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ANGELA VALÉRIA ROSA VIANNA FAVA MARÍDIA LILIANE ANSONI FERREIRA O PAPEL DO SUPERVISOR E DA ESCOLA FRENTE À INCLUSÃO DESCALVADO

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ANGELA VALÉRIA ROSA VIANNA FAVAMARÍDIA LILIANE ANSONI FERREIRA

O PAPEL DO SUPERVISOR E DA ESCOLA FRENTE À INCLUSÃO

DESCALVADO

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INTRODUÇÃO

• A presente proposta de pesquisa teve por objetivo investigar “O papel do Supervisor e da Instituição Escolar frente à inclusão”. Se propôs a investigar a importância das políticas governamentais nos movimentos de interação e inclusão.

• Neste estudo procurou-se investigar a inclusão de todas as crianças, com necessidades especiais, em escolas regulares, abordando a necessidade de interação dessas crianças com os colegas para que ocorra o desenvolvimento educacional e social.

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Introdução

• Diante desta perspectiva inclusiva, o trabalho do Supervisor Escolar deve se fazer ainda mais presente na medida em que ele tem como função estimular o professor a construir seus conhecimentos e sua prática.

• Deve oferecer uma melhor capacitação proporcionando maior autonomia ao trabalho pedagógico, maior criatividade ao planejamento e desempenho das atividades. Deve, também, desenvolver estratégias, privilegiando o aspecto intelectual e prático para propiciar mudanças na formação do professor.

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INTRODUÇÃO

• São muitas as questões legais que garantem direitos aos portadores de necessidades especiais, como o direito à educação e ao atendimento educacional especializado.

• Uma educação inclusiva requer mudanças nos

processos de gestão, na formação de professores, nas metodologias educacionais, com ações compartilhadas e práticas colaborativas que respondam às necessidades de todos os alunos.

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INTRODUÇÃO

• Este projeto de pesquisa surge como instrumento de construção e reconstrução permanente de uma sociedade mais justa, humana e igualitária, melhorando as relações entre a escola, comunidade, equipe escolar e pais, fator essencial para que a inclusão escolar seja elaborada de acordo com as necessidades reais dos alunos.

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INTRODUÇÃO

• O objetivo geral do presente estudo é analisar e refletir sobre o paradgma atual da educação: A Inclusão. Para que a inclusão se efetive nas escolas é necessário que toda a comunidade escolar esteja envolvida nesse processo.

• Neste contexto, o Supervisor Escolar aparece como o profissional que atuará como facilitador do processo inclusivo uma vez que este tem como função, entre outras, ser o elo entre pais, professores, alunos e direção.

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INTRODUÇÃO

. Para que o processo inclusivo se consolide de fato nas escolas, faz-se necessário que a ação supervisora seja eficaz no sentido de criar condições de transformação da escola passando do discurso à ação transformadora.

. Com o presente trabalho torna-se possível perceber que é importante a participação de todos na sociedade e que a educação inclusiva é uma questão de direitos humanos.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS E A LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃÕ

• O primeiro passo rumo a uma escola inclusiva, é que exista uma legislação clara que ampare uma política e que assegure a adoção e manutenção de ofertas educacionais, a provisão de serviços e recursos necessários às pessoas deficientes.

• É necessário fazer algumas considerações a respeito das leis em vigor tendo como princípio que a inclusão, no atual contexto, é um direito de todos os cidadãos e não um privilégio de poucos.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• Em 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, afirma o princípio da não-discriminação e proclama o direito de toda pessoa à educação.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• Da década de quarenta até oitenta, várias conquistas foram feitas no campo da legislação, mas a mais significativa foram no Brasil, a Constituição Federal (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394/96) que estabelecem a educação como direito de todos, garantindo atendimento educacional especializado às pessoas com necessidades especiais.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• Em 1990, em Jomtien, Tailândia, foi aprovada a Declaração Mundial sobre Educação para Todos que estabelecia o princípio de integração e a garantia de escola para todos. Em consonância com esse documento, em 1994, na cidade de Salamanca, na Espanha, aconteceu a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais que resultou na Declaração de Salamanca.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• Essa Declaração constitui-se num marco referencial à medida que reúne, em um só documento de representatividade internacional, várias implicações teóricas e práticas que o princípio de educação para todos traz aos países que o admitem como plataforma de base de suas políticas educacionais.

• A Declaração de Salamanca deflagrou como um dos seus princípios básicos a questão da inclusão de todos os alunos na escola regular, constituindo-as em escolas inclusivas conforme expressa o trecho abaixo:

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças deveriam aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter. As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas necessidades de seus alunos, acomodando tanto estilos como ritmos diferentes de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos por meio de currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com a comunidade (...). Dentro das escolas inclusivas, as crianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer apoio extra que possam precisar, para que se lhes assegure uma educação efetiva (...) (UNESCO, 1994, p. 61)

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA• A lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96) apresenta

algumas inovações. Pela primeira vez surge em uma LDB um capítulo (cap. V) destinado à educação Especial.

• Essa lei representa o respaldo legal para a implementação de políticas que favoreçam a educação para alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino, preferencialmente (art. 58): a criação de serviços de apoio especializado para atender as peculiaridades da clientela de Educação Especial (art. 58, parágrafo 1º); a oferta de Educação Especial durante a educação infantil (art. 58, parágrafo 3º); a especialização de professores (art. 59, III) e a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino como um compromisso do poder público (art. 60, parágrafo único).

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• Conforme estabelece a Constituição (1988) e a LDB (1996), a elaboração do Plano Nacional de Educação é uma incumbência da União em colaboração com os Estados, Distrito Federal e Municípios, assegurando a continuidade das políticas educacionais e ações articuladas entre os mesmos.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• Para guiar a educação dos alunos com necessidades especiais, foi criado o Referencial Curricular para a Educação Infantil – Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Especiais (2001).

• Esse documento tem como objetivos principais redimensionar o atendimento especializado oferecido, mediante atualização de conceitos, princípios e estratégias; bem como orientar e apoiar o atendimento educacional em creche e pré-escola.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• O documento do Ministério Público ”O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular” (Brasília, 2004) , apresenta um referencial para a construção dos sistemas educacionais inclusivos, organizados para atender o conjunto de necessidades e características de todos os cidadãos., análise da legislação pertinente à educação especial e orientações pedagógicas que discutem a prática dos educadores.

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METODOLOGIA

• Na busca de compreender a questão deste trabalho científico, pautado na problemática da inclusão escolar, dialogou-se com autores que argumentaram sobre educação inclusiva para a democratização de um ensino de qualidade para todos, sendo que, a construção de uma sociedade inclusiva exige mudanças de idéias e práticas.

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METODOLOGIA

• Também foi realizada uma pesquisa de campo, em cinco Unidades Escolares de Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino de Descalvado em 2007.

• Por meio dessa pesquisa de campo, foi possível investigar como os profissionais da educação estão adaptando o projeto pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa.

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ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

• PERFIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE DESCALVADO

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

DeficiênciaMental

DeficiênciaAuditiva

DeficiênciaFísica

CondutasTípicas

EMEF "Professor FranciscoFernando Faria da Cunha"

EMEF "Professora Therezados Anjos Puoli"

EMEF CAIC "Dr. Cid MunizBarretto"

EMEF "Coronel Tobias"

EMEF "Professora DirceSartori Serpentino"

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ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

• Diante dos dados apresentados na pesquisa de campo conclui-se que as escolas estão promovendo atividades buscando desenvolver ao máximo as potencialidades de cada aluno portador de necessidades especiais e proporcionar-lhes a socialização.

• Observa-se que no universo de 2.195 alunos existem apenas 0,9 % de alunos portadores de necessidades especiais matriculados na rede municipal de ensino de Descalvado.

• Como demonstra a legislação sobre Direito à Educação – Subsídios para a Gestão dos Sistemas Educacionais – Orientações Gerais e Marcos Legais do Ministério da Educação/2004, esses alunos têm garantido o acesso e a permanência nas escolas regulares. Porém, como demonstra os dados acima, a porcentagem de alunos portadores de necessidades especiais é muito pequena em relação ao universo de alunos existentes na rede municipal de ensino.

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ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

• Através dos dados coletados, pode-se observar que em quatro das cinco escolas pesquisadas, há crianças portadoras de necessidades especiais, como, deficiência mental, auditiva, física e condutas típicas. Em relação a essas crianças é realizado um trabalho pedagógico diferenciado, buscando desenvolver habilidades e competências.

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CONCLUSÃO

• Por meio de pesquisas chegou-se à conclusão que a verdadeira inclusão só será realidade quando escolas, professores, família e sociedade trabalharem juntos, com o mesmo objetivo: proporcionar o desenvolvimento educacional e social das crianças portadoras de necessidades especiais.

• O supervisor deve caminhar no sentido de superar a condição de exclusão, alienação e desatualização com relação à Educação Especial. Comprometido com a realização de uma educação efetivamente democrática e de qualidade, o Supervisor deve levar o professor a reconhecer que o desenvolvimento das pessoas com deficiências, por meio de educação, deve ocorrer dentro do processo de inclusão, e não como requisito para que essas pessoas possam fazer parte da sociedade.

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CONCLUSÃO

• Concluindo, o Supervisor Escolar deve reunir esforços para trabalhar de forma sistemática com os professores, realizando investigações científicas para que, com um maior número de estudos sobre inclusão, possam caminhar de forma objetiva para a construção de uma escola verdadeiramente inclusiva e de uma sociedade mais justa e cidadã.

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CONCLUSÃO

• Nesse processo é indispensável a ação do Supervisor Escolar e de toda a Equipe Técnico-Pedagógica, para acompanhar o trabalho dos professores analisando, orientando, participando, estimulando, repassando e divulgando informações, promovendo uma melhor compreensão acerca das diferentes dificuldades. Desta forma, esta equipe estará acompanhando direta e indiretamente as ações de implantação de Inclusão, fornecendo subsídios e apoio ao pessoal envolvido nelas, seja na sala de aula ou fora dela.