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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
ALECSANDRO FERREIRA DA SILVA MICHERMANS ARAUJO MONTEIRO
ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE GRANITO EM FACHADAS, POR ANCORAGEM QUÍMICA NA ORLA DE MACEIÓ, POR
MEIO DE ACOMPANHAMENTO DE UM EMPREENDIMENTO.
MACEIÓ–AL 2017/1
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ALECSANDRO FERREIRA DA SILVA MICHERMANS ARAUJO MONTEIRO
ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE GRANITO EM FACHADAS, POR ANCORAGEM QUÍMICA NA ORLA DE MACEIÓ, POR
MEIO DE ACOMPANHAMENTO DE UM EMPREENDIMENTO.
Trabalho de conclusão de curso apresentado com requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob orientação da professora Me. Roseneide Honorato dos Santos
MACEIÓ–AL 2017/1
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ALECSANDRO FERREIRA DA SILVA MICHERMANS ARAUJO MONTEIRO
ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE GRANITO EM FACHADAS, POR ANCORAGEM QUÍMICA NA ORLA DE MACEIÓ, POR
MEIO DE ACOMPANHAMENTO DE UM EMPREENDIMENTO.
Trabalho de conclusão de curso apresentado com requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob orientação da professora Me. Roseneide Honorato dos Santos
EM : 25/05/2017 BANCA EXAMINADORA
Professor Jose Moises da Luz Lima
Professor André Freitas de Albuquerque
MACEIÓ–AL 2017/1
4
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades.
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que
oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela
acendrada confiança no mérito e ética aqui presentes.
A nossa orientadora e coordenadora de curso Professora Mestra
Roseneide Honorato dos Santos, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas
suas correções e incentivos.
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o
nosso muito obrigado.
5
ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE GRANITO EM FACHADAS, POR ANCORAGEM
QUÍMICA NA ORLA DE MACEIÓ, ATRAVÉS DE ESTUDO DE CASO ANALYSIS OF THE APPLICATION OF GRANITE IN FACADES, BY CHEMICAL
ANCHORAGE IN THE MACEIÓ ORLE, THROUGH CASE STUDY
Alecsandro Ferreira da Silva Graduando do Curso de Engenharia Civil
[email protected] Michermans Araújo Monteiro
Graduando do Curso de Engenharia Civil [email protected]
Enga. Civil Profa. Roseneide Honorato dos Santos Mestra em Engenharia de Produção
RESUMO
Este trabalho descreve o acompanhamento de empreendimento, sobre a aplicação de granito em fachada na orla de Maceió, realizado por estes acadêmicos. Inicialmente faremos uma análise dos edifícios com granito e suas patologias, apresentando dados para justificativa do trabalho proposto. Demonstrado os procedimentos e cuidados para aplicação do mesmo, citando em vários trechos o posicionamento sobre a falta de normas para fixação de pedras com dimensões superiores a 400cm², nos apresentando a oportunidade de elaborarmos uma cartilha ilustrativa da aplicação de granito em fachadas por ancoragem química, que irá beneficiar e terá como público alvo, os empreendedores, construtores, gestores e colaboradores das empresas de construção civil.
PALAVRAS CHAVE: Análise. Aplicação. Ancoragem Química.
SUMMARY
This work describes the monitoring of the project, on the application of granite on the facade of the Maceió border, carried out by these academics. Initially we will make an analysis of the buildings with granite and their pathologies, presenting data to justify the proposed work. Citing in various sections the positioning on the lack of norms for fixing stones with dimensions greater than 400cm², presenting us the opportunity to elaborate a booklet illustrative of the application of granite in façades by chemical anchorage, Which will benefit and target the entrepreneurs, builders, managers and employees of construction companies.
KEYWORDS: Analysis. Application. Chemical Anchorage.
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Utilização de Granito na Orla de Maceió........................................... 24 Tabela 2 - Utilização de Granito em Fachadas na Orla de Maceió......................... 24 Tabela 3 - Utilização de Granito em Fachadas pelas Patologias Encontradas....... 25
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LISTA DE QRADROS
Quadro 1 - Classificação das argamassas com relação a vários critérios.............. 21 Quadro 2 - Norma ABNT NBR 14081-1:2012 - Argamassa colante
industrializada para assentamento de placas cerâmicas..................... 33 Quadro 3 - Norma ABNT NBR 14081/2004 - Argamassa colante industrializada
para assentamento de placas cerâmicas – Requisitos........................ 34 Quadro 4 - Norma ABNT NBR 14081-1:2012 - Argamassa colante
industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 1: Requisitos............................................................................................. 34
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Cristais de quartzo................................................................................. 15 . Figura 2 - Ortoclase................................................................................................. 15 Figura 3 - Biotite...................................................................................................... 15 Figura 4 - Extração por perfuratriz.......................................................................... 16 Figura 5 - Extração por fio diamantado................................................................... 16 Figura 6 - Classificação dos granitos...................................................................... 18 Figura 7 - Acabamentos em granito, mais utilizados.............................................. 19 Figura 8 - Tipos de argamassas colantes industrializadas..................................... 22 Figura 09 - Pontos de corrosão............................................................................... 26 Figura 10 - Pontos de umidade............................................................................... 26 Figura 11 - Calcinação............................................................................................ 27 Figura 12 - Preparação para Impermeabilização.................................................... 30 Figura 13 - Face Frontal Polida............................................................................... 30 Figura 14 - Tardoz Impermeabilizado..................................................................... 30 Figura 15 - Junta de dilatação s/ silicone................................................................ 31 Figura 16 - Junta de dilatação c/ silicone................................................................ 31 Figura 17 - Junta de dilatação c/silicone percorrendo todo perímetro da fachada. 32
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Utilização de Granito em Fachadas x Percentagem, na Orla de Maceió.................................................................................................. 25
Gráfico 2 - Utilização de Granito em Fachadas pelas Patologias Encontradas, na Orla de Maceió...................................................................................... 26
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.1 O Problema ........................................................................................................ 12 1.2 Objetivos ............................................................................................................ 12
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 12 1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 12 1.3 Metodologia ....................................................................................................... 13 1.4 Justificativa ........................................................................................................ 14
2 ELEMENTOS CONSTRITUIVOS ........................................................................... 15 2.1 Rochas ............................................................................................................... 15
2.2 Conceito e Análise Histórica do Granito ......................................................... 15
2.2.1 Formação de Granito ........................................................................................ 16
2.2.2 Extração de Granito no Brasil ........................................................................... 17 2.2.3 Diferenças entre o Granito e o Mármore .......................................................... 17 2.3 Características ................................................................................................... 18 2.4 Classificação Comercial ................................................................................... 19
2.4.1 Tipos Acabamentos .......................................................................................... 20 2.5 Argamassa ......................................................................................................... 21
2.5.1 Conceito e Análise Histórica da Argamassa ..................................................... 21 2.5.2 Classificação de Argamassas .......................................................................... 22
2.5.3 Tipos de Argamassa......................................................................................... 22 3 EVIDÊNCIAS APRESENTADAS EM ANÁLISE UM EMPREENDIMENTO...........24 3.1 Utilização de Granito na Orla de Maceió ......................................................... 25 3.2 Incidência de Patologias ................................................................................... 27
3.3 Acompanhamento do Estudo de Caso ............................................................ 30
3.3.1 O Granito .......................................................................................................... 30
3.3.2 Argamassa Colante Industrializada .................................................................. 35 3.4 Patologias .......................................................................................................... 36
4 PROPOSTA ........................................................................................................... 38 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 39
APÊNDICE ................................................................................................................ 41 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43
11
1 INTRODUÇÃO
Atualmente é muito comum observar granitos revestindo as fachadas das
edificações, principalmente na orla de Maceió, por se tratar de um material mais
nobre, buscando atingir a sofisticação e exigência de clientes que se interessam em
morar em edificações de alto padrão. Para a viabilização do material, se faz
necessário obter alguns conhecimentos e dentre eles, destacam se: o estudo
petrográfico das pedras, cujo objetivo é a descrição das rochas e a análise das suas
características mineralógicas e químicas. Tendo também a ancoragem química com
a utilização de argamassa colante, que é um dos métodos existentes no mercado da
construção civil, para aplicação de pedras e outros revestimentos em fachadas. Por
fim a amostragem dos procedimentos de assentamento, tendo como objetivo a
apresentação dos cuidados necessários para realização do processo.
Conforme Navarro (2002, p. 88)
[...] se baseiam em parâmetros petrográficos (composição mineral, texturas
e estruturas) e se propõem à previsão de parâmetros físicos e mecânicos
(porosidade, desgaste abrasivo, resistência à compressão e módulo de
ruptura) em rochas granitóides utilizadas como material de revestimento.
O projeto propõe complementar as informações técnicas necessárias para
auxiliar na tomada de decisão, sobre uso de revestimento de granito em fachada,
pelo método de ancoragem química, tendo importância devido à falta de
normatização sobre o uso de revestimentos com dimensões maiores que 400 cm².
Conforme preconiza a NBR 13755 (1996, p. 2):
Esta norma se aplica a revestimentos constituídos de placas cerâmica com
as seguintes dimensões máximas.
Área de superfície: ≤ 400 cm².
A utilização de granitos em fachadas pelo método de ancoragem química é
assegurada pelo laudo e histórico apresentado pelos fabricantes de argamassa
12
colante, onde o mesmo garante que o seu produto tem resistência suficiente para
atender as características do material e local de aplicação especificado pelo
construtor. O projeto fornecerá informações sobre o uso de granito aplicado pelo
método citado acima, oferecendo informações e dando mais segurança na
viabilização para esse tipo de empreendimento. Durante o desenvolver do projeto
será observado que não há uma norma específica para o tipo do material proposto,
mas o que há, são normas semelhantes onde poderão servir de balizamento. A
partir, procedimentos e conclusão de materiais técnicos para pedras naturais com
dimensões maiores do que a norma de aplicação de revestimento permite, será
apresentado um complemento e um reforço ao que já existe, porém ainda não
especifico, gerando informações e seguranças ao construtor e ao consumidor final.
Um estudo de caso será realizado em um edifício da orla de Maceió, tendo
como o método a ser exposto, o de ancoragem química por argamassa colante.
1.1 O Problema
O surgimento de patologias, como: corrosão, calcinação e umidade,
encontradas nas fachadas das edificações da orla de Maceió, provenientes da falta
de diversos fatores, tais como: normas especificas, conhecimento técnico para
aplicação das pedras, conhecimento sobre a petrografia dos granitos, fiscalização do
processo de aplicação e manutenção adequada.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Proporcionar segurança na tomada de decisão pelo construtor, no uso de
granito em fachada com ancoragem química, conforme a referência de garantia do
fornecedor e comparar com dados coletados dos edifícios na orla de Maceió, através
de elaboração de cartilha ilustrativa.
1.2.2 Objetivos Específicos
13
Apontar os granitos apropriados, a serem aplicados conforme suas
características químicas (petrografia);
Apresentar evolução cultural e característica da ancoragem de granito na orla
de Maceió;
Oferecer um entendimento sobre o uso da argamassa e suas restrições;
Demonstrar procedimentos e rotinas para aplicação de granitos;
Elaborar um estudo em uma edificação para auxiliar na tomada de decisão,
apresentando patologias encontradas em outros empreendimentos da orla de
Maceió, com dados exposto em gráficos.
Produzir uma cartilha com o passo a passo sobre o assentamento do granito
com argamassa colante.
1.3 Metodologia
Com intuito de oferecer informações e produzir uma segurança a mais ao
construtor, foi elaborada uma pesquisa, onde o foco principal é conhecer o material
que servirá de base, denominado de granito, expondo informações com clareza e
redundância para os estudos que serão realizados. Em primeira instância foi
observado as características físicas / químicas, tecnologias e petrográfica, que por
sua vez, dará conhecimento ao expectador (construtor), o conhecimento sobre o
granito.
O estudo vem para mostrar brevemente os aspectos para complementar e
adicionar informações ao que está sendo proposto, com obtenção de indícios físicos
e mineralógicos, como é feita a extração do material, classificação comercial,
vantagens e desvantagens do uso, patologias que poderão ocorrer, caso não seja
realizado a aplicação da maneira correta e os tipos de acabamento que a mesma
pode receber.
As dimensões das pedras estarão dispostas no estudo, dando ênfase a falta
de norma especifica, gerando observações para um balizamento na aplicação do
mesmo. Haverá ressalvas de informações, sobre o tipo de ancoragem, deixando
bem exemplificado que há vários tipos de ancoragem, mas o método que está sendo
proposto no trabalho, é o de ancoragem química por argamassa colante.
Através de tabelas de fichas técnicas de fabricante, foram extraídas as
informações sobre as argamassas, no entanto está sendo mostrado de forma
14
enxuta, devido à existência várias marcas e fabricantes, cada um defendendo seu
produto. Brevemente foram apresentados os tipos existentes, mas com ênfase para
os tipos de argamassas que possuem as características e resistência para aplicação
de granito em fachadas, ressaltando sempre para dimensão da pedra e região de
aplicação.
As visitas em fabricas foram de grande importância para verificação das
características dos granitos mais requeridos pelos construtores, controle de
qualidade e cuidados que é realizado para o resultado final do material, como
também, conhecer processos e procedimentos das pedras em destaque, dando
fortalecimento ao trabalho proposto, com a elaboração de cartilha ilustrativa.
As entrevistas com os fornecedores de argamassa colante permitiram
aprofunda-se em esclarecimentos normativos e questionamentos sobre a falta de
normas especificas para utilização de revestimento de granitos em fachada.
Para obter uma visão geral do mercado, foi realizado um estudo in loco sobre
diferentes tipos de granitos, com dimensões diversas, aplicados na orla de Maceió,
com delimitação até o edifício Riviera, localizado em Cruz das Almas. O resultado
desse estudo forneceu informações importantes para análise das características,
tipos de granitos, tempo de aplicação e análise de patologias. Por fim, após coleta
dados em campo, web e livros, houve um acompanhamento do processo de
aplicação de granitos em uma fachada de um edifício na orla de Maceió, e ao final
do trabalho, foi elaborado e apresentado uma cartilha explicativa e ilustrativa,
mostrando tanto o processo de aplicação como também características e cuidados a
serem tomados. O trabalho proposto ofereceu informações importantes e relevantes
para o construtor na tomada de decisão, complementando uma norma existente,
porém, deixando claro que não é a norma especifica para pedras de granito e por
fim, gerando informações para situações mais especificas, dando ampla visão de um
material natural, nobre e muito utilizado em nossa orla de Maceió.
1.4 Justificativa
Observando a carência de mercado, devido à falta de normas especificas e
informações sobre a aplicação do granito em fachadas. Por isto, o tema em epígrafe,
foi aprofundado, sendo desenvolvida uma cartilha, que facilitará o construtor na
15
tomada de decisão, bem como, aprimorara a técnica de aplicação, evitando
patologias futuras.
2 ELEMENTOS CONSTRITUIVOS
2.1 Rochas
Agregado natural, composto de minerais, podendo ou não, conter também
materiais fosseis, ou vítreos.
As rochas para revestimento, recebem a seguinte definição: Rocha para
revestimento é definida, por sua vez, como sendo: “material rochoso natural que,
submetido a processos diversos e graus variados de desdobramento e
beneficiamento, é utilizado no acabamento de superfícies, especialmente pisos e
fachadas, em obras de construção civil”. (FRASCÁ; FRAZÃO, 2002)
Ao se especificar a utilização de rochas ornamentais, em suas diversas aplicações,
cada vez mais se torna indispensável o conhecimento de suas características
petrográficas, químicas, físicas e mecânicas.
Para Vicente (1996 apud FRASCÁ, 2005, p. 178), “a rocha é o principal
material de construção dos monumentos e edifícios históricos europeus, não
somente pela abundância, mas pela sua resistência e durabilidade”.
Dentre as classificações de rochas as que mais se destacam, são as
seguintes: As sedimentares que surgem sob ação de agentes dinâmicos a partir da
erosão de rochas preexistentes. As metamórficas surgem sob ação de forte
temperatura e pressão sobre rochas preexistentes. Por fim as ígneas que tem
surgimento partir o resfriamento do magma.
A classificação das propriedades das rochas é um instrumento de vital
importância para correta especificação do material. “A análise petrográfica tem por
finalidade principal determinar a composição mineralógica da rocha”.
(PETRUCCI,1987, p. 285).
2.2 Conceito e Análise Histórica do Granito
16
O Granito é uma rocha ígnea de grão variado por um conjunto de minerais e
sua composição é basicamente a seguinte: Quartzo que é reconhecido como
mineral cristalino, geralmente translúcido; o Feldspato (ortoclase, sanidina e
microclina), responsável pela variedade de cores, dentre elas: avermelhada, rosada
e creme-acinzentada; e a Mica (biotite e moscovite), que confere o brilho à rocha.
As cores de granito mais encontradas na natureza são as de tons cinzentos e
avermelhados, contudo encontram-se nas cores: branco, preto, azul, verde, amarelo
e marrom. Além disso, os granitos podem apresentar minerais como: anfíbolas
(hornblenda), piroxenas (augite e hiperstena), olivina, zircão, dentre outros.
Segundo Carvalho (2014):
De acordo com a norma NBR 15012:2013 - Rochas para Revestimentos de Edificações - Terminologia, "o granito é uma rocha magmática, de granulação média a grossa, constituída por quartzo e feldspatos e, acessoriamente, por biotita, muscovita, anfibólios e raramente piroxênios".
Os egípcios e romanos foram as primeiras civilizações a utilizar e extrair este
nobre material. Observado que na Idade Média, o granito foi difundido, passando a
ser utilizado em grande escala nas casas e nas igrejas. Hoje em dia é muito utilizado
na construção civil praticamente em todos os setores, que vai desde a decoração à
fachadas.
A partir da década de 1950, com a criação das serras diamantadas
motorizadas, o granito passou a ser utilizada como acabamento decorativo.
2.2.1 Formação de Granito
Os granitos possuem em sua formação:
Figura 1 - Cristais de quartzo. Figura 2 - Ortoclase. Fonte: Carlos Franquinho (2008). Fonte: Carlos Franquinho (2008).
17
Figura 3 - Biotite
Fonte: Carlos Franquinho (2008). 2.2.2 Extração de Granito no Brasil
Por ser um dos principais produtores de granito, o Brasil, está dentre os
maiores exportadores do mundo. Devido as grandes dimensões do Brasil ele possui
vários pontos de extração, gerando uma grande variedade de tonalidades. No Brasil
os granitos mais valorizados estão no estado da Bahia, onde as rochas são azuis,
conhecido como Azul Bahia; no estado de Minas Gerais são na cor lilás, chamado
de Lilás-Gerais e no estado de São Paulo, por sua vez, são verdes, identificado
como verde Ubatuba.
A extração pode acontecer por vários meios: Sistema helicoidal por fio
diamantado, Brocas diamantadas (Martelo/ Compressor), Argamassa Expansiva e
por Explosivos;
Figura 4 - Extração por perfuratriz. Figura 5 - Extração por fio diamantado. Fonte: Blogar (2016). Fonte: OS Comercial (2016).
2.2.3 Diferenças entre o Granito e o Mármore
O granito possui uma maior resistência e dureza que o mármore, como sua
dureza chegando a 6 na escala Mohs, escala que classifica a dureza dos minerais,
isto é a resistência que um determinado mineral oferece ao risco, foi criada em 1812
pelo alemão Friedrich Vilar Mohs. Uma vez que é composto basicamente de três
18
minerais (mica, feldspato e quartzo), enquanto o mármore é o nome de qualquer
rocha carbonática de origem sedimentar ou metamórfica, composta de calcita ou
dolomita, com dureza 3 na escala Mohs, o que o torna mais macio e, portanto,
menos resistente a riscos que o granito. Além disso, o granito não é possuidor de
muitos veios, constituindo menos poros que o mármore. Em comparação à
coloração, o mármore possui uma cor mais uniforme, enquanto que o granito possui
mais mesclas e apresenta pontos pretos.
Uma maneira de identificar se a rocha é mármore ou granito é riscando a
superfície: o mármore risca, enquanto o granito devido a sua resistência não pode
ser riscado.
Segundo Abirochas (2001, p. 39):
Explica que por serem materiais mais resistentes que os mármores, ao ataque químico, ao desgaste abrasivo e aos agentes atmosféricos de intemperismo, as rochas graníticas têm sido prioritariamente especificadas para revestimentos externos, tanto de pisos quanto de fachadas. As rochas para revestimento, amplamente utilizadas em fachadas, conferem às mesmas um diferencial em relação à durabilidade, manutenção e alto padrão de acabamento da edificação.
2.3 Características
Dentre as características do granito, a mais importante para ser analisada,
são as características físicas/mecânicas, onde é verificado as propriedades de
resistências mecânicas, dureza, resistência a agentes químicos, permeabilidade,
trabalhabilidade, entre outras, dependendo das suas composições químicas e
mineralógicas, que variam entre os tipos disponíveis. Existe uma carência de
parâmetros técnicos que norteiem os responsáveis, no momento da escolha do
granito adequado para determinadas condições de utilização.
O desenvolvimento tecnológico norteia como fator de proteção e garantia para
fornecedores, especificadores, construtores e consumidores, além de representar a
forma mais efetiva de valorização das rochas como materiais de ornamentação e
revestimento. Para a definição desses e de outros parâmetros igualmente
importantes, recomenda-se que todos os materiais rochosos de ornamentação e
revestimento sejam submetidos a ensaios de caracterização tecnológica. Porém,
analisando-se os tipos de ensaios comumente realizados, percebe-se que não são
19
contempladas questões como: o tipo de revestimento, o ambiente de exposição, o
acabamento superficial da rocha, os agentes de degradação e a reflexão da rocha.
Desta forma, deve-se unificar todos esses parâmetros para dar garantia de
desempenho ao longo de sua vida útil.
A classificação das propriedades das rochas é um instrumento de vital
importância para correta especificação do material. “A análise petrográfica tem por
finalidade principal determinar a composição mineralógica da rocha”.
(PETRUCCI,1987, p. 285).
2.4 Classificação Comercial
Os granitos podem ser classificados comercialmente como:
Granito Amarelo Granito A.Capri Granito A.Icarai Granito Arabesco
Granito Azul Bahia Granito A.Noruegues Granito B.Itaunas Granito Branco Paris
Granito Branco Polar Granito B.Dallas Granito Café Imperial Granito Cinza Andorinha
Granito Cinza Corumba Granito Ocre Itabira Granito Preto Absoluto Granito Preto Sao Gabriel
20
Granito Santa Cecilia Granito Marrom São Paulo Granito Verde Candeias Granito Verde Ubatuba
Figura 6 - Classificação dos granitos. Fonte: Diário de arquitetura (2016).
2.4.1 Tipos Acabamentos
Além da sua nobreza, o granito é um material que pode ser utilizado com
diversos acabamentos. Conforme, obtido no site mármore-granito, abaixo listados:
Bruto, é o granito sem acabamento, conforme extraído;
Jateado, são aplicados jatos de areia, confere aspecto opaco, indicado para
áreas externas;
Levigado, consiste no lixamento bruto, apresenta acabamento semi-polido
que confere aspecto rústico e sem brilho, indicado para áreas internas e externas;
Flameado, é jateado com fogo, lhe conferindo uma aparência grosseira,
crespa e sinuosa, tornando-se antiderrapante, indicada para áreas externas,
espessura mínima pra uso 2cm;
Apicoado, recebe leves marteladas, deixando com uma parencia aspereza
variável, aspecto poroso e uniforme, indicado para áreas externas por possuir
propriedades anti-derrapantes. espessura mínima pra uso 2cm;
Polido, passa por um processo de polimento, atribuindo uma aparência lisa e
brilhante, tornando-se escorregadia, devendo ser utilizado em áreas secas;
Resinado, aplica-se resina cobrindo os poros existentes nas pedras, este
processo dar um polimento e brilho excepcional. Aconselhado para áreas secas;
Escovado, passa por um processo de polimento com uma sequência de
escovas abrasivas, apresenta uma textura sedosa e irregular, ficando com brilho
acetinado.
A imagem abaixo se refere aos tipos de acabamentos que o granito pode
receber:
21
Figura 7 - Acabamentos em granito, mais utilizados. Fonte: Fernandes Pimentel (2016).
Os acabamentos na imagem acima, são os mais usuais no mercado da
construção civil e os mais utilizados para revestir as fachadas dos edifícios, são os
granitos polidos.
O material deve ser especificado quanto ao tipo: “Granito”, o seu nome
comercial: “Itaúnas’, quanto ao acabamento: “Polido”, sua espessura: “2 cm”, e caso
tenha algum “detalhe” deve-se especificar.
2.5 Argamassa
2.5.1 Conceito e Análise Histórica da Argamassa
A argamassa colante é um dos materiais que é utilizado como ancoragem
química, sendo a proposta do estudo, porém é importante deixar claro aqui que há
outros tipos de ancoragem química, não sendo foco de explicação para este projeto.
A argamassa, segundo SABBATINI (1986, p.86) pode ser conceituada como:
Um material complexo, constituído essencialmente de materiais inertes de baixa granulometria (agregados miúdos) e de uma pasta com propriedades aglomerantes, composta por minerais e água (materiais ativos), podendo ser composto, ainda, por produtos especiais, denominados aditivos.
Pode-se definir a argamassa para revestimento, como sendo uma
combinação homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água,
podendo conter ou não aditivos ou adições, com características de adesão e
endurecimento.
Foi utilizada pela primeira vez há 11.000 anos na pré-história, conforme os
registros arqueológicos em pisos polidos e assentadas com cal e areia.
22
Teve o seu segundo registro, em Israel, onde foi encontrada uma rua em piso
polido de 180 m², constituído em pedras e uma argamassa cal e areia, datado de
7000 a 9000 a.c. outros registros foram encontrados como na Iugoslávia há 5600
a.c, uma laje de 25 cm de espessura com argamassa e cal, no Pátio da Vila de
Lepenske-Vir.
Depois destes registros iniciais, a argamassa a base de cal e gesso foram
difundidos pelos Egípcios, Gregos, Etruscos e Romanos.
No Brasil em especial data-se do primeiro século da colonização, a técnica
trazida pelos portugueses era utilizada para o assentamento de alvenarias de
pedras, a cal que constituía a argamassa era obtida através da queima de conchas e
mariscos. O óleo de baleia era também muito utilizado como aglomerante, no
preparo de argamassas para assentamento.
2.5.2 Classificação de Argamassas
Quadro 1 - Classificação das argamassas com relação a vários critérios.
CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO TIPO
Quanto à natureza do aglomerante Argamassa aérea
Argamassa hidráulica
Quanto ao número de aglomerantes Argamassa simples Argamassa mista
Quanto à consistência da argamassa Argamassa seca Argamassa plástica Argamassa fluida
Quanto à plasticidade da argamassa
Argamassa pobre ou magra
Argamassa média ou cheia
Argamassa rica ou gorda
Quanto à densidade de massa da argamassa
Argamassa leve
Argamassa normal
Argamassa pesada
Quanto à forma de preparo ou fornecimento
Argamassa preparada em obra
Mistura semipronta para argamassa Argamassa industrializada
Argamassa dosada em central
Fonte: Aquarius (2016, p.2).
2.5.3 Tipos de Argamassa
23
A argamassa AC-I é comumente utilizada para o assentamento de
revestimentos e pisos cerâmicos em ambientes internos. Podem ser utilizadas tanto
em áreas secas como em áreas molhadas como banheiros e cozinhas.
A argamassa AC-II já possui propriedades que permitem absorver os efeitos
de variações de temperatura e umidade e à ação do vento, podendo ser utilizada em
ambientes internos e externos em pisos, paredes, e em lajes com vão inferior a 5
metros como áreas ao ar livre, fachadas, piscinas de água fria, pisos cerâmicos
industriais ou de áreas públicas.
A AC-III é a mais poderosa em aderência, por esse motivo ela é indicada para
assentamento de porcelanatos e de revestimentos cerâmicos em ambientes mais
agressivos como piscinas de água quente, saunas e churrasqueiras e também é
utilizada para grandes placas (maiores que 60x60cm).
Figura 8 - Tipos de argamassas colantes industrializadas Fonte: Engenheiro no canteiro (2016).
Quando uma argamassa recebe a denominação “E” (AC-I-E, AC-II-E, AC-III-
E) ela apresenta maior tempo em aberto. Assim que a argamassa é espalhada na
base ela entra em processo de cura (endurecimento) e a cada minuto que passa ela
vai perdendo seu poder de aderência. As argamassas do tipo “E” retardam o início
do endurecimento. Se as condições de assentamento não exigirem essa
24
necessidade (muito vento, por exemplo), você não precisa adquirir este tipo de
argamassa, uma vez que ela é mais cara que as comuns.
3 EVIDÊNCIAS APRESENTADAS EM ANÁLISE UM EMPREENDIMENTO
O presente trabalho, apresenta informações por meio de dados técnicos
coletados in loco, mostrando a evolução cultural da utilização de granitos em
fachada na orla de Maceió e relacionando o mesmo ao seu uso, atentando os
cuidados e as técnicas utilizadas por uma empresa de Maceió, em um edifício beira
mar, através de uma análise do empreendimento.
O estudo contém informações relevantes para balizamento, devido à falta de
respaldo normativo, inexistência de normas especificas para utilização de granitos
em fachada e à espera da atualização da norma 13755:1996, que estava sob
consulta até o dia 20 de março de 2017, onde é abordado o tema revestimento de
paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa
colante, estabelecendo procedimentos e requisitos para a execução, fiscalização e
recebimento de revestimento de paredes externas com placas cerâmicas
assentadas com argamassa colante específica para fachadas. Através dessas
informações, ainda não específica para o projeto em questão, dando um desafio
maior, para relacionar outras normas e seguir um balizamento para atender os
requisitos normativos, dando início a análise do empreendimento localizado na orla
de Maceió.
As entrevistas que foram realizadas com os fornecedores de argamassas,
estabeleceram alguns esclarecimentos sobre a falta de respaldo normativo e
características de suas argamassas colante; e os mesmos deixaram claro, que
mesmo não havendo respaldo normativo específico, as características de seus
produtos, com adições de materiais como cimento e aditivos, fariam com que os
mesmos tivessem mais resistência, através de testes, ultrapassando os requisitos da
norma 13755:1996 citada acima e também a 14801:2004, relacionada a argamassa
colante industrializada dando enfoque aos seus requisitos.
Em visitas às fabricas, observou-se quais os granitos, mas requeridos pelas
construtoras, e em diálogo com fornecedores, foram expostas algumas informações
relevantes, sobre a evolução com o passar dos anos.
25
Há alguns anos atrás, os granitos mais exigidos, pelas construtoras que
dominavam o mercado em Maceió, eram os granitos escuros, como verde Ubatuba,
preto São Marcos, preto São Marcos e Marrom São Paulo, fato comprovado em
estudo de campo. Houve um pequeno levantamento dos empreendimentos
localizados na orla marítima de Maceió, no trecho compreendido entre a Pajuçara à
Cruz das Almas, que utilizam em suas fachadas o granito. Foram vistos, assentados
e fotografados 55 unidades ao longo desta limitação acima. Este número levantado
conduziu os pesquisadores na percepção do tipo de granito, sua fixação, o uso
isolado ou compartilhado com outro material de fachada, dentre outras informações
com fins de levantar as evidências necessárias para auxiliar na proposta inicialmente
levantado como proposição desta pesquisa. Dos 55 edifícios analisados na orla de
Maceió, 18 deles têm esses granitos revestindo suas fachadas, representando 33%
dos granitos utilizados na orla, e outro dado observado é que dos 18 edifícios com
granitos escuros revestindo suas fachadas, 11 deles tiveram em sua ancoragem, a
fixação de parafusos, para dar uma maior resistência. Em última, foi observado que
grande parte desses edifícios tem mais de 12 anos, contudo se fazendo pensar que
também foi necessária a fixação de parafusos pela por ausência de normas e
ensaios técnicos de resistência.
3.1 Utilização de Granito na Orla de Maceió
As tabelas abaixo foram produzidas em função de pesquisa realizada em campo,
observando os edifícios da orla marítima de Maceió, no trecho da Pajuçara à Cruz
das Almas, utilizando uma simples simbologia de sim ou não, para identificação dos
edifícios que continham granitos como revestimento principal e outros revestimentos
em suas fachadas, bem como, suas patologias, conforme o apêndice A.
Tabela 1 - Utilização de Granito em fachadas na Orla de Maceió.
Localização (Bairro) Quantidade de Edificações
Pajuçara 29
Ponta Verde 10
Jatiuca 14
Cruz das Almas 2
TOTAL 55
Fonte: Dados da pesquisa.
26
A tabela acima apresenta a quantidade de edificações, que receberam
aplicação de granito em sua fachada, parcial ou em sua totalidade, acompanhada ou
não de outros tipos de revestimento.
Tabela 2 - Utilização de Granito em Fachadas na Orla de Maceió.
Utilização %
Granito e Pastilha 42%
Granito e Mármore 22%
Granito 20%
Granito, Pastilha e Porcelanato 4%
Granito e Porcelanato 11%
Granito, Mármore e Pastilha 2%
TOTAL 100%
Fonte: Dados da pesquisa.
A tabela 2, representa a composição do granito nas fachadas da orla e os
diversos revestimentos que foram aplicados em parceria ou não.
Com a os dados da tabela 2, gerou-se o gráfico a seguir:
27
Gráfico 1 - Utilização de Granito em Fachadas x Percentagem, na Orla de Maceió Fonte: Dados da pesquisa.
3.2 Incidência de Patologias
Por meio da analise dos empreendimentos, estará desposto abaixo os dados
da incidência de patologias no granito, nos edifícios da orla.
Tabela 3 - Utilização de Granito em Fachadas pelas Patologias Encontradas.
PATOLOGIAS ENCONTRADAS
Corrosão Umidade Calcinação Calcinação e Umidade Total
Edifícios 6 7 9 2 22
% com Patologias 11% 13% 16% 4% 40%
Fonte: Dados da pesquisa.
Com a os dados da tabela 3, gerou-se, o gráfico a seguir:
42%
22% 20%
4%
11%
2% 0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
GRANITO EPASTILHA
GRANITO EMARMORE
GRANITO GRANITO,PASTILHA E
PORCELANATO
GRANITO EPORCELANATO
GRANITO,MARMORE E
PASTILHA
UTILIZAÇÃO DE GRANITO EM FACHADAS DA ORLA DE MACEIÓ
28
Gráfico 2 - Utilização de Granito em Fachadas pelas Patologias Encontradas, na
Orla de Maceió Fonte: Dados da pesquisa.
No gráfico 2, onde, apresenta-se 2%, referente à calcinação e umidade,
identifica que ocorreu estas duas patologias em duas edificações, da orla. Sendo
computados individualmente na patologia específica.
Abaixo estão sendo expostas algumas patologias encontradas durante a
pesquisa de campo comprovando dados do gráfico acima
6 7 9
2
22
11% 13%
16%
4%
40%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
0
5
10
15
20
25
CORROSÃO UMIDADE CALCINAÇÃO CALCINAÇÃO EUMIDADE
TOTAL
PATOLOGIAS ENCONTRADAS
EDÍFICIOS % COM PATOLOGIAS
29
Figura 09 - Pontos de corrosão Figura 10 - Pontos de umidade Fonte: Dados da pesquisa Fonte: Dados da pesquisa
‘
Figura 11 - Calcinação Fonte: Dados da pesquisa
O estudo de campo da orla de Maceió mostrou com mais frequência a
existência de pontos de corrosão e umidades em granitos mais claros ou granitos
inapropriados para fachada como é o caso do granito branco itaúnas.
Para as patologias de calcinação, 78% das mesmas, se fez presente em
granitos escuros, fato que não quer dizer nada, pois a ocorrência de calcinação em
rejuntes ocorre na maioria das vezes devido a pequenas falhas na execução de
rejunte, ou até pela falta de impermeabilização de alguns granitos no seu tardoz,
podendo obter um acumulo de umidade e ter como escape as pequenas brechas na
falha de rejunte, e o fenômeno calcinação se dá pela remoção de água, CO2 e
outros gases ligados à substância do rejunte.
Ao concluir a análise de campo, foi comprovado, que dos 55 prédios
observados, 40% dos granitos apresentaram patologias, sejam por falta de cuidado
e fiscalização na execução ou por falta de conhecimento na escolha do granito
apropriado. Outro questionamento importante, para o fato de ainda não haver
normas para aplicação desse tipo de material.
30
3.3 Acompanhamento da Aplicação de Granito em um Empreendimento
Estes pesquisadores escolheram dentro das edificações analisadas, que
corresponde a 55 empreendimentos, uma que pudesse auxiliar nos objetivos
previamente lançados no projeto de pesquisa, para o atingimento do resultado.
O empreendimento analisado encontra-se ao norte de Maceió, região de
expansão imobiliária, localizado na praia de Cruz das Almas, com uma fachada
medindo aproximadamente 60m de altura, expostas a ventos fortes e maresia,
resultando numa dificuldade maior para aplicação das pedras de maiores
dimensões. A fachada tem em sua composição, granito e pastilha.
O empreendimento citado acima foi analisado com foco na identificação do
problema, exposição das evidências desde a obtenção do material (granito e
argamassa colante industrializada) passando pelo processo de agregar valor ao
produto até o assentamento final. Foram apresentadas as argumentações da
escolha do “granito na fachada”, pelos autores, com enfoque também para aplicação
de pedras com maiores dimensão, dando uma nobreza ao empreendimento.
3.3.1 Granito
O primeiro passo se deu através da escolha do granito, uma análise
realizada, verificando as condições do mercado imobiliário, o porte do
empreendimento que será vendido, a disponibilidade do material com os
fornecedores e vantagens e desvantagens da utilização do granito, verificando seu
custo benefício.
O granito possui excelente vantagem, devido ao seu acabamento, resistência
e durabilidade, uma vez que quase não se percebe o rejunte entre uma peça e
outra, devido a sua resistência, não apresenta arranhões, ao contrário de outras
pedras, porcelanatos e cerâmicas. Outro ponto é a sua praticidade e facilidade de
limpeza, podendo ser utilizado apenas sabão neutro e um pano úmido.
A sua durabilidade, gera um melhor custo x benefício ao longo prazo, quando
comparado a outros tipos de revestimentos, como os citados acima. A resistência do
granito vem de sua formação, por ser rocha magmática, a mesma suporta elevadas
temperaturas sem problemas. Também não cede na água com facilidade e não
31
perde a cor mesmo com mudanças climáticas constantes, sendo um revestimento
indicado para qualquer região do país e tipo de clima.
A sua variedade de cores e tipos, o que permite soluções personalizadas para
cada tipo de projeto e por ser um mineral frio, deve ser utilizado preferencialmente
em locais quentes, uma vez que equilibra o ambiente. Já em regiões com clima frio,
pode vir a reduzir ainda mais a temperatura do ambiente.
O granito escolhido para o edifício beira mar é dado pelo nome técnico:
branco Siena, pedra de altíssima qualidade com uma de suas faces polidas, com
dimensões variando entre 0,31 a 0,36m² de área, natural da rocha gnaisse granítico,
possuindo alta resistência ao impacto, baixa absorção de água, observando no seu
fundo branco, pequenas pintas rosadas, com granulação média.
Importante ressaltar, que foi analisado os indícios físicos desta pedra natural,
pois a absorção de água, a densidade (ou massa específica) e a porosidade são os
índices físicos de maior importância a serem analisados por qualquer pedra natural.
Existe uma grande interdependência entre eles, pois um dado tipo petrográfico será
mais denso se sua porosidade for menor e, consequentemente, menor será sua
capacidade de absorção de água.
Estes parâmetros influenciam de diferentes formas as propriedades físico-
mecânicas das rochas, citados no capitulo 2.
Segundo Frazão e Farjallat (1995, p.80)
Quando mais denso por um dado tipo petrográfico, maior será sua resistência mecânica. Já a alta porosidade resultará em baixa durabilidade e uma progressiva diminuição de resistência mecânica ao longo de tempo ... ... Salientam- se que as rochas com alta absorção apresentarão menores resistências mecânicas quando no estado saturado. Fatores de ordem petrográfica podem afetar os índices físicos.
No recebimento deste material é realizada uma vistoria do mesmo, atentando
para as pedras trincadas ou danificadas, fora de esquadro e com dimensões
diferentes das pedras solicitadas conforme o projeto. O material é estocado em local
seco, sem contato com o solo, ou seja, podendo estar em cima de pallets, ou trados
de madeira, com identificação dos panos de fachada e locais de aplicação de acordo
com as dimensões de cada pedra. Em uma central de armazenamento e corte, onde
32
o granito é preparado para receber o tratamento no tardoz, sendo realizada a
impermeabilização na face posterior da pedra.
Após verificação de qualidade e disposição das pedras, segue em suas
etapas de impermeabilização, com a utilização do impermeabilizante sello da marca
bellinzoni, seguindo sempre a dosagem exposta pelo fabricante e fiscalizando
durante a preparação e aplicação do produto, respeitando o tempo entre as demãos
e o tempo de cura até a utilização da pedra.
Figura 12 - Preparação para Impermeabilização Fonte: Dados da pesquisa
Figura 13 - Face Frontal Polida Figura 14 - Tardoz Impermeabilizado Fonte: Dados da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa
33
A quantidade de granito é separada antecipadamente de acordo com a
produção média dos pedreiros e deixados em quantidades nos pavimentos
específicos. Após a limpeza do substrato, é verificado o prumo e o esquadro, dando
início da aplicação, no sentido de baixo para cima.
Durante a execução dos serviços, é sempre verificado, o sentido de aplicação
da argamassa colante, respeitando a dupla colagem, a planicidade dos panos, o
alinhamento das pedras, aberturas e limpeza das juntas.
As juntas de dilatação / movimentação estão de acordos com a norma de fachada
NBR 13755:1996, que recomenda a execução de junta a cada 3m ou a cada pé
direito, podendo ser definida como uma separação entre duas partes de uma
estrutura para que estas possam movimentar-se livremente, assim permitindo os
diversos tipos de movimentação que a fachada está sujeita, que podem ser
estruturais, por variação térmica, por expansão hidráulica, causada pelas vibrações
do edifício (vento, trânsito ou carga dinâmica) ou por retração do revestimento de
argamassa.
Para que as juntas cumpram estas funções, a selagem das juntas deve
manter-se íntegra e ter boa capacidade de absorver deformações ao longo de sua
vida útil, bem como vedar a passagem de água, ar ou sólidos para o interior da
estrutura, auxiliando assim na proteção da edificação, dos componentes do
revestimento e contribuindo para o conforto e salubridade dos ambientes internos,
devendo ser empregados selantes à base de elastômeros, tais como poliuretano,
polissulfeto, silicone, etc.
O selante escolhido para o empreendimento, foi o da Dow Corning, empresa
multinacional de altíssima qualidade presente no mercado desde 1943.
Uma observação importante é que a largura da junta deve ser em função da
movimentação prevista da fachada em função da deformidade admissível do
selante, respeitando o coeficiente ditado pela largura/profundidade da junta, que em
geral é especificado pelo fabricado do selante.
A junta adotada pela equipe e especificada pela Dow Corning em função da
movimentação prevista foi a de 12 mm de espessura x 24 mm de profundidade.
34
Figura 15 - Junta de dilatação s/ silicone Figura 16 - Junta de dilatação c/ silicone Fonte: Dados da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa
Como observado nas figuras acima, é de grande importância ficar atento as
espessuras das juntas que estão sendo deixadas, para que as mesmas não estejam
fora dos padrões construtivos, ficando muito largas ou pouco profundas. Verificando
a limpeza do substrato que ainda poderá conter resíduos de argamassa colante e
após a verificação, o próximo passo é observar a fixação correta do corpo de apoio,
denominado de “tarucel”, que consiste em um delimitador de profundidade,
impermeável e flexível, elaborado com espuma de polietileno, de baixa densidade.
Além de evitar fuga de material durante a aplicação dos selantes, permite o
correto dimensionamento das juntas, pois proporciona profundidade uniforme e
adequado fator de forma (relação entre largura e profundidade). Possibilita a máxima
eficiência da junta, uma vez que a aderência do selante ocorre apenas nas laterais,
e não no fundo, evitando assim o destacamento ou a ruptura do selante.
‘
Figura 17 - Junta de dilatação c/silicone percorrendo todo perímetro da fachada Fonte: Dados da pesquisa
35
3.3.2 Argamassa Colante Industrializada
A argamassa colante escolhida para aplicação do granito, foi a cola tudo da
marca votomassa, porém foram analisados pontos importantes antes da utilização
do produto, para saber se a mesma possuía resistência para atender as
necessidades do empreendimento. No teste de resistência, o aplicador orienta
sempre verificar a consistência da argamassa, para saber a condição do produto.
Após realização do teste, foi apresentado um laudo técnico comprovando que o
mesmo possuía resistência, sendo então liberada sua utilização.
A Cola tudo da Votomassa, possui um consumo médio especificado em seu
saco que varia de 4 a 8 kg/m². Todas as vezes em que foi usado um rendimento de
4kg/m² acaba faltando material para terminar o serviço. A diferença de consumo
acontece por algumas imperfeições da base e pela necessidade de dupla colagem,
devido às dimensões das pedras. Adotando uma média final de 6,5 kg/m².
É de extrema importância observar todas as informações do verso do saco de
uma argamassa colante, não só consumo como também as observações de tempo
de abertura e utilização, maneira de preparação que as vezes, não é respeitada por
colaborador que possuem alguns vícios e manias.
Características técnicas para atender a norma estão descritas abaixo em
formas de quadro.
Quadro 2 - Norma ABNT NBR 14081-1:2012 - Argamassa colante industrializada
para assentamento de placas cerâmicas
ITEM OBSERVAÇÃO
Designação
Argamassa colante tipo III - AC III
Argamassa com aderência superior aos tipos I e II
Argamassa colante com tempo em aberto estendido (E)
Argamassa colante dos tipos I, II e III, com tempo aberto estendido.
Argamassa colante com tempo em deslizamento reduzido (D)
Argamassa colante dos tipos I, II e III, com deslizamento reduzido.
Embalagem e Marcação
Designação normalizada da seguinte forma: - AC III - E e/ou D;
Marca do produto e razão social do fabricante
Massa líquida do produto, em kg
36
Identificação da ABNT NBR 14081-1:2012
Instruções e cuidados necessários para manuseio e aplicação do produto, a quantidade de água de amassamento e o tempo de maturação.
Instruções para liberação ao uso da área revestida
Informações sobre a composição, adata de fabricação, o prazo de validade e as condições de armazenamento.
Fonte: ABNT NBR 14081-1 (2012, p.4).
Quadro 3 - Norma ABNT NBR 14081/2004 - Argamassa colante industrializada para
assentamento de placas cerâmicas - Requisitos
PROPRIEDADE MÉTODO DE
ENSAIO UNID.
ARGAMASSA COLANTE INDUSTRIALIZADA
ACI ACII ACIII E
Tempo em aberto ABNT NBR 14083 Min 15 20 20
Argamassa do tipo I, II ou III, com tempo em aberto estendido em no mínimo 10 min do especificado nesta tabela.
Resistência de aderência à tração aos 28 dias em
cura normal
cura submersa
cura em estufa
ABNT NBR 14084
MPa
MPa
Mpa
0,5
0,5
-
0,5
0,5
0,5
1,0
1,0
1,0
Deslizamento1 ABNT NBR 14085 Mm 0,7 0,7 0,7
Fonte: ABNT NBR 14081 (2004, p.6).
Quadro 4 - Norma ABNT NBR 14081-1:2012 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 1: Requisitos
REQUISITO MÉTODO DE
ENSAIO CRITÉRIO
Tempo em aberto estendido (E)
ABNT NBR 14081-3
Argamassa do tipo I, II ou III, com tempo em aberto estendido no mínimo 10 min. além do especificado como propriedade fundamental.
Deslizamento reduzido (D) ABNT NBR 14081-5 Argamassa do tipo I, II ou III, com deslizamento menor ou igual a 2 mm
Fonte: ABNT NBR 14081-1 (2012, p.5).
3.4 Patologias na Construção Civil
O termo patologia na construção civil refere-se a uma construção quando
apresenta algum defeito, doença ou não atende as funções para qual foi projetada.
37
As patologias podem se manifestar de varias formas, tais como: fissuras, manchas,
infiltrações e etc. Para o estudo desse projeto, foi descrito apenas patologias
relacionadas ao conhecimento sobre as pedras e aplicação da mesma.
Como mostrado em estudo de campo e gráfico, o granito é o material mais
procurado e utilizado quando se pensa em construir um empreendimento de alto
padrão em Maceió, não só pelas suas propriedades, mas como também seu custo
benefício. A nobreza do granito valoriza qualquer obra, e é de grande importância ter
atenção na escolha do granito, acompanhamento dos processos de execução e,
sobretudo dos estudos de revestimentos pétreos, que ainda estão aquém do
desejado. Consequentemente, não há somente ocorrências de diversas
manifestações patológicas, mas também grandes desperdícios nos canteiros de
obras, obtendo-se, muitas vezes, um produto final com desempenho insatisfatório.
Dentre as diversas manifestações patológicas em revestimentos pétreos, uma
das mais temidas pelos construtores é a que ocorre em fachadas. Dentre as
manifestações patológicas em fachadas, a mais frequente é a mancha de umidade e
outras descritas abaixo:
Descolamento de revestimento de granito;
Manchas e Eflorescências;
Ação da água da chuva- o revestimento absorve umidade, transferindo-a para
a argamassa e para alvenaria;
Manchas com aparecimento de ferrugem do fixador;
Comumente relacionam-se manchas de umidade com sua absorção de água
aparente.
Philippi (1993 apud TRISTÃO, 1997) denomina higroscospicidade como o
“Efeito de aumento do conteúdo de líquidos dos materiais quando os mesmos são
colocados em contato com vapor d’água.”.
Partindo desse princípio, a absorção por imersão parece não ser a explicação
técnica que justifique o aparecimento de manchas, mas talvez as diferenças entre os
diversos tipos de granitos quanto aos fenômenos de difusão e capilaridade d’água.
O fenômeno de capilaridade de água foi estudado por Tristão (1997) e o
mesmo concluiu: “as manchas de umidade nos revestimentos com placas de granito
se devem a diversos fatores que não somente a absorção de água total.”
38
Em reforço ao gráfico 2, acima mostrando a incidência de patologias em
fachadas de empreendimentos da orla de Maceió, foi retirada da web, uma pesquisa
onde, observaram uma patologia e estudos foram realizados para descobrir motivo
da patologia, e após estudos petrográficos, concluíram que a pedra não era
apropriada para o devido fim.
O material estudado, descrito acima tem como nome comercial, o branco
caravela, onde após aplicado em uma fachada, começara a aparecer manchas
resultantes de oxidação e ao analisar a superfície do granito foi constatada a
presença de biotita acompanhado da pirita e constatado também a presença de
granalha encrustada na superfície do granito. Os indícios encontrados em nossa
análise superficial do granito indicam que as possíveis causas da oxidação do
granito foram:
Presença de biotita acompanhado da pirita, produto da granada.
Presença de granalha encrustada na superfície do granito.
O ferro, que faz parte de minerais comuns como a biotita, pode ser facilmente
oxidado pela seguinte reação:
4FeO + O2 → 2Fe2O3
4FeO = Óxido Ferroso
2Fe2O3 = Óxido Férrico
Por este processo, formam-se novos minerais, com o ferro na forma oxidada,
como a hematite. O ferro oxidado torna-se insolúvel em água, precipitando-se no
meio em que se encontre, devendo-se a este fato a coloração avermelhada dos
produtos de meteorização. A biotita acompanhada de pirita são minerais suscetíveis
à oxidação.
Aliado a isto, observam-se falhas devido ao controle deficiente, na seleção e
recebimento de materiais, na preparação da argamassa de assentamento, na
execução dos serviços de assentamento e acabamento final.
4 PROPOSTA
O presente capítulo apresenta uma proposta dos pesquisadores para a área
da construção civil. Trata de uma cartilha ilustrativa, que servirá como instrumento
de apoio e consulta aos colaboradores em geral, de empreendimentos com
39
fachadas de granito, aplicados por ancoragem química, reunindo diversos
procedimentos que vão desde o descarregamento até a aplicação final de uma
pedra natural, denominada granito, garantido o cuidado e manutenção necessárias
para que não haja patologias futuras.
O produto resultante do trabalho de pesquisa, ou seja, a contribuição dos
pesquisadores para a escola de engenharia resulta nesta cartilha, que irá beneficiar
e terá como público alvo, os empreendedores, construtores, gestores e
colaboradores das empresas de construção civil.
Percebe-se que esta cartilha agrega valor, pois ela não altera em nada as
normas existentes, funciona como um instrumento ou facilitador, pois, não há
normas especificas e as normas que existem não estão diretamente ligadas para
aplicação desse material, que está sendo estudado e pesquisado no momento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em contribuição, o que está sendo deixado como legado para academia de
engenharia e área da construção civil, é um instrumento aqui denominado de
cartilha, com 26 páginas, apêndice B, figuradas e coloridas, com fins de melhorar a
aplicabilidade do material e promover conhecimento aos colaboradores que o
utilizarem.
A maior dificuldade foi relacionar os procedimentos, encontrados em web, aos
que estavam sendo executado, já que cada empresa tem sua maneira de trabalhar,
porém todas precisam garantir a técnica necessária para aplicação do granito. Outra
dificuldade constituiu em identificar as normas semelhantes, e tirar proveito de
etapas que se repetiam, para ter um balizamento e relacionar o estudo do projeto,
aos casos práticos, obter dados para funcionalidade do estudo de campo, e se fazer
um questionamento, do porque eu devo fazer o estudo e qual a motivação.
O Questionamento sobre a falta de normas, necessidade de respaldo e
padronização que é notável a dificuldade, já que cada empresa tem seus métodos e
técnicas. As observações durante início do trabalho, sobre a quantidade de edifício
com o mesmo tipo de pedra em fachada, o aparecimento de patologias visíveis no
decorrer do percurso, foram dificuldades e motivações para a elaboração deste
trabalho.
40
O legado a ser deixado é um balizamento plausível, para aplicação do granito
em fachada, através da cartilha ilustrativa.
Colocar mais um questionamento sobre a falta de norma específica. Por não
existir normas para o devido material, expondo a experiência de ter acompanhado
todo processo de aplicação de um tipo de granito e o cuidado que foi exercido para
garantir a técnica.
Mostrar a primeira pesquisa realizada para identificação da quantidade de
granitos revestindo as fachadas na orla de Maceió e relação entre tempo e
patologias.
41
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO
42
APÊNDICE B - CARTILHA
43
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13755 (1996): Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas.
______. NBR 14081 (2004): Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Requisitos.
______. NBR 14081-1 (2012): Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas.
______. NBR 14083 (2004): Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – Determinação do tempo em aberto. ______. NBR 14084 (2004): Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Determinação da resistência de aderência à tração.
______. NBR 14085 (2004): Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Determinação do deslizamento.
______. NBR 15012 (2013): Rochas para Revestimentos de Edificações – Terminologia.
______. NBR 15844 (2010): Rochas para Revestimento - Requisitos para Granitos.
______. NBR 15845 (2010): Rochas para Revestimento - Métodos de Ensaio.
______. NBR 15846 (2010): Rochas para Revestimento - Projeto, Execução e Inspeção de Revestimento de Fachadas de Edificações com Placas Fixadas por Insertos Metálicos.
ABIROCHAS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDUSTRIA DE ROCHAS ORNAMENTAIS. Rochas ornamentais no Século XXI: bases para uma política de desenvolvimento sustentado das exportações brasileiras. Rio de Janeiro:
Convênio CETEM/ABIROCHAS, 2001, p. 39.
44
AECWEB, Granito é indicado para revestimento de pisos paredes e fachadas.
Disponível em: <http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/granito-e-indicado-para-revestimento-de-pisos-paredes-e-fachadas_11681_0_1>. Acesso em: 18 nov. 2016.
ALARCÃO, Jorge de. Argamassas na Antiguidade, in «História», Nº2, Lisboa,
Prójornal, 1978. p.20-24. AQUARIUS, Apresentação Disponível em:
<http://aquarius.ime.eb.br/~moniz/matconst2/argamassa_ibracon_cap26_apresenta-cao.pdf> Acesso em: 22 nov. 2016.
BLOGAR, Compressor portátil da atlas copco permite perfuração três vezes mais rápida e agiliza extração de granito na marbrasa. Disponível em:
<http://blogar.ind.br/post/46/compressor_portatil_da_atlas_copco_permite_perfuracao_tres_vezes_mais_rapida_e_agiliza_extracao_de_granito_na_marbrasa.php#.WP7Dy7h8HIU>. Acesso em: 20 nov. 2016.
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