144
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo MARIA EMÍLIA DA SILVA OLIVEIRA ARAÚJO Análise das manifestações patológicas em edificações escolares pré-fabricadas na cidade de Campinas/SP. CAMPINAS 2017

Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

MARIA EMÍLIA DA SILVA OLIVEIRA ARAÚJO

Análise das manifestações patológicas em

edificações escolares pré-fabricadas na cidade de

Campinas/SP.

CAMPINAS 2017

Page 2: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

MARIA EMÍLIA DA SILVA OLIVEIRA ARAÚJO

Análise das manifestações patológicas em

edificações escolares pré-fabricadas na Cidade de

Campinas/SP.

Volume 01

Dissertação de Mestrado apresentada a Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, para obtenção do título de Mestra em Engenharia Civil, na área de Construção.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Marmorato Gomes

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA

DISSERTAÇÃO OU TESE DEFENDIDA PELA ALUNA MARIA

EMÍLIA DA SILVA OLIVEIRA ARAÚJO E ORIENTADA PELO

PROF. DR. CARLOS EDUARDO MARMORATO GOMES

ASSINATURA DO ORIENTADOR

______________________________________

CAMPINAS 2017

Page 3: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

FICHA CATALOGRÁFICA

Agência(s) de fomento e nº(s) de processo(s): CAPES, 01-P-04376-2015

Ficha catalográfica Universidade Estadual de Campinas

Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura Luciana Pietrosanto Milla - CRB 8/8129

Informações para Biblioteca Digital Título em outro idioma: Analysis of pathological manifestations in prefabricated school buildings in the city of Campinas/SP Palavras-chave em inglês: School buildings - Campinas (SP) Fabrication Buildings Área de concentração: Arquitetura e Construção Titulação: Mestra em Engenharia Civil Banca examinadora: Carlos Eduardo Marmorato Gomes [Orientador] Armando Lopes Moreno Júnior Kelen de Almeida Dornelles Data de defesa: 10-02-2017 Programa de Pós-Graduação: Engenharia Civil

Page 4: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E

URBANISMO

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM

EDIFICAÇÕES ESCOLARES PRÉ-FABRICADAS NA

CIDADE DE CAMPINAS/SP.

Maria Emília da Silva Oliveira Araújo

Dissertação de Mestrado aprovada pela Banca Examinadora, constituída por:

Prof. Dr. Carlos Eduardo Marmorato Gomes FEC-Unicamp

Prof. Dr. Armando Lopes Moreno Júnior FEC-Unicamp

Profa. Dra. Kelen de Almeida Dornelles USP-IAU

A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de

vida acadêmica do aluno.

Campinas, 10 de fevereiro de 2017

Page 5: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

DEDICATÓRIA

Aos meus filhos: Pedro e Maria Júlia.

Page 6: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por não me abandonar e ser a luz que me

guiou em todos os momentos.

Ao professor Carlos Marmorato, por ter aceito ser meu orientador e do desafio

de me ajudar a finalizar a pesquisa.

Aos professores Armando Moreno e Kelen Dornelles, por aceitarem participar

da banca e colaborar com a pesquisa.

Aos professores Ângelo Just, Gladis Camarini, Dóris Kowaltowski, Armando

Moreno, José Roberto (Tuca), Stelamaris Rolla, Denis Granja e Flávio Picchi, pelo

apoio e incentivo.

À Unicamp, pelo acolhimento e oportunidade em realizar este mestrado.

Ao Moisés Júnior, por todo apoio e amor dedicados.

Aos meus familiares em Recife, principalmente à Fátima (Mainha), Lúcio

(painho) e minha irmã Alice que, apesar da distância física, me incentivaram e

estiveram na torcida.

Aos amigos da Unicamp: Maria Clara, Alex, Rodrigo, Elisa, Ítalo, Felipe, Luiz

Flávio, Jana e Rafaella, pelo apoio e pelas risadas.

Aos amigos: Loumend, Jessica, Bergue, Reja e Erika, pela motivação, apesar

da distância física.

Às grandes amigas que ganhei em Campinas: Thamys e Rosameire, que

foram imensamente importantes nessa jornada.

À CAPES, por ter me concedido a bolsa de estudos.

A todos que direta e indiretamente foram importantes para a realização deste trabalho.

Page 7: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

RESUMO

Estudos recentes têm mostrado uma crescente preocupação com a concepção,

execução e uso das edificações escolares. No Estado de São Paulo, a Fundação

para o Desenvolvimento Escolar (FDE) é o órgão responsável por gerenciar todos os

processos para a implantação de novas escolas, onde em 2003 incorporou

expressivas alterações na aprovação dos projetos de construção de edifícios

escolares, adotando, por exemplo, a utilização de estruturas pré-fabricadas com o

intuito de viabilizar o tempo de obra e obter edificações com mais qualidade. Diante

do exposto, diversos desses imóveis sofreram várias formas de degradações ao

longo do tempo. Em contrapartida, sabe-se que as construtoras exercem papel

importante na questão da durabilidade das edificações, pois a ausência de controle

de qualidade na fase de obras, além da incompatibilidade de alguns projetos, traz

inúmeros problemas ao edifício. O presente trabalho teve por objetivo realizar o

mapeamento dos tipos de manifestações patológicas apresentadas em edificações

escolares pré-fabricadas situadas na cidade de Campinas/SP. Inicialmente foi

realizado um levantamento das edificações utilizando dois métodos de Avaliação

Pós-Ocupação (APO): o uso de registros fotográficos e a avaliação o desempenho

físico (ou método walkthrough). Por meio das informações coletadas, foram

evidenciadas que as patologias mais frequentes são as fissuras em alvenaria e as

fissuras nas estruturas de concreto, levando a considerar que as manifestações

patológicas têm origens em diversas etapas de uma obra: projeto, execução e uso,

sendo a última devido à ausência de uma gestão de manutenção predial nas

instituições.

Palavras-chave: manifestações patológicas. edificações escolares. pré-fabricação.

Page 8: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

ABSTRACT

Recent studies have shown a growing concern with the design, implementation and

use of school buildings. In the State of São Paulo, School Development Foundation

(FDE) is the body responsible for managing all the processes for the implementation

of new schools, where in 2003 incorporated significant changes in the approval of

school building construction projects, adopting, for example, the use of prefabricated

structures with the purpose of making work time feasible and obtaining buildings with

better quality. On the exposed, several of these buildings suffered various forms of

degradation over time. On the other hand, it is known that the builders wield

important role on the issue of durability of buildings, because the absence of quality

control in the construction phase, as well as the incompatibility of some projects,

brings many problems when building. The present study aimed to perform the

mapping of types of pathological manifestations presented in buildings prefabricated

school located in Campinas/SP. Initially we conducted a survey of buildings using

two methods of post Occupancy Evaluation (APO): the use of photographic records

and physical performance evaluation (or walkthrough method). Using the information

collected, were highlighted as the most frequent pathologies are the cracks in

masonry and the cracks in concrete structures, taking the view that the pathological

manifestations have origins in different stages of a work project, implementation and

use, the latter being due to the absence of a management of building maintenance in

the institutions.

Keywords: pathological manifestations. school buildings. pre fabrication.

Page 9: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Peças pré-fabricadas separadas por papel parafinado .......................... 23

Figura 2 – Fissuras verticais induzidas por sobrecargas ......................................... 26

Figura 3 – Fissuras verticais por expansão da alvenaria ......................................... 26

Figura 4 – Fissuras verticais junto ao solo por recalque da fundação ..................... 27

Figura 5 – Fissuras verticais por movimentação térmica da alvenaria ..................... 27

Figura 6 – Fissuras verticais por movimentação térmica da alvenaria ..................... 28

Figura 7 – Fissuras verticais por movimentação térmica da laje .............................. 29

Figura 8 – Lei de Sitter ............................................................................................. 35

Figura 9 – Manutenção preditiva e manutenção corretiva planejada ....................... 37

Figura 10 – Desempenho ao longo do tempo .......................................................... 39

Figura 11 – Delineamento da pesquisa .................................................................... 46

Figura 12 – Locação da Escola A ............................................................................. 48

Figura 13 – Locação da Escola B ............................................................................. 49

Figura 14 – Locação da Escola C ............................................................................ 50

Figura 15 – Locação da Escola D ............................................................................ 51

Figura 16 – Locação da Escola E ............................................................................. 52

Figura 17 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola A......................... 56

Figura 18 – Fissuras na laje do segundo pavimento ................................................ 57

Figura 19 – Mofo/bolor em elementos de concreto e na sala (do pavimento térreo) e

na fachada .................................................................................................................58

Figura 20 – Eflorescência na viga do pavimento térreo ........................................... 58

Figura 21 – Corrosão de armaduras no pilar próximo ao portão de entrada ........... 59

Figura 22 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola B ........................ 60

Figura 23 – Fissuras na laje da sala de aula do térreo e na alvenaria da área de

recreação .................................................................................................................. 60

Figura 24 – Mofo/bolor na alvenaria da sala de aula e na laje da sala de aula (ambos

no segundo pavimento) ............................................................................................ 61

Figura 25 – Eflorescência na laje da sala da direção ............................................... 61

Figura 26 – Corrosão de armaduras na laje da sala dos professores ..................... 62

Figura 27 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola C ........................ 63

Figura 28 – Fissuras na alvenaria do muro e na viga do pavimento térreo ............. 63

Page 10: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

Figura 29 – Mofo/bolor na alvenaria do segundo pavimento e na laje do pavimento

térreo ........................................................................................................................ 64

Figura 30 – Eflorescência na alvenaria e viga da fachada do térreo ....................... 65

Figura 31 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola D ........................ 65

Figura 32 – Fissuras na alvenaria da fachada do térreo e laje do pátio recreativo .. 66

Figura 33 – Mofo/bolor na alvenaria do muro de acesso à quadra poliesportiva e na

laje do pavimento térreo ........................................................................................... 67

Figura 34 – Eflorescência na alvenaria externa dos banheiros dos alunos e na laje

do pavimento térreo .................................................................................................. 67

Figura 35 – Corrosão de armaduras na viga da fachada ......................................... 68

Figura 36 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola E ........................ 68

Figura 37 – Fissuras nas alvenarias das salas de aula do primeiro e segundo

pavimentos ............................................................................................................... 69

Figura 38 – Fissuras em estruturas de concreto da laje do corredor do primeiro

pavimento ................................................................................................................. 69

Figura 39 – Mofo/bolor na alvenaria interna e na viga da fachada, ambas no

pavimento térreo ....................................................................................................... 70

Figura 40 – Eflorescência na alvenaria do pavimento térreo e, abaixo da escada e

nas lajes das escadas .............................................................................................. 70

Figura 41 – Análise global das manifestações patológicas das escolas .................. 71

Figura 42 – Valores das médias e dos desvios padrões das manifestações

patológicas ................................................................................................................72

Figura 43 – Valores dos níveis de confiança e o número de manifestações

patológicas ................................................................................................................72

Page 11: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Escolas e elementos inspecionados ..................................................... 47

Quadro 2 – Modelo de relatório de inspeção ........................................................... 54

Page 12: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

LISTA DE SIGLAS

ABCI – Associação Brasileira da Construção Industrializada

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

APO – Avaliação Pós-Ocupação

BNH – Banco Nacional da Habitação

CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano

COHAB – Companhia de Habitação Popular

DE – Diretoria de Ensino

EE – Escola Estadual

EJA – Educação de Jovens e Adultos

FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

ISO - International Organization for Standardization

PVC – Policloreto de Polivinila

VU – Vida Útil

VUP – Vida Útil de Projeto

Page 13: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 16

1.1 OBJETIVO DA PESQUISA ........................................................................................17

1.1.1 Objetivos específicos ...........................................................................................................17

1.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .....................................................................................18

1.3 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................18

1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .............................................................................18

2 PRÉ-FABRICAÇÃO ...................................................................................................... 20

2.1 DEFINIÇÃO DE PRÉ-FABRICAÇÃO ........................................................................ 20

2.2 BREVE HISTÓRICO DA PRÉ-FABRICAÇÃO .......................................................... 20

2.3 A PRÉ-FABRICAÇÃO NO BRASIL .......................................................................... 22

2.4 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES PRÉ-FABRICADAS ........ 25

2.4.1 Fissuras e trincas ....................................................................................................... 25

2.4.1.1 Fissuras verticais induzidas por sobrecargas ............................................................ 25

2.4.1.2 Fissuras verticais por expansão da alvenaria ............................................................ 26

2.4.1.3 Fissuras verticais junto ao solo por recalque da fundação ........................................ 26

2.4.1.4 Fissuras verticais por movimentação térmica da alvenaria ....................................... 27

2.4.1.5 Fissuras verticais em paredes por retração da alvenaria .......................................... 28

2.4.1.6 Fissuras verticais por movimentação térmica da laje ................................................ 28

2.4.1.7 Fissuras horizontais induzidas por sobrecargas ........................................................ 28

2.4.1.8 Fissuras horizontais por expansão da alvenaria ....................................................... 29

2.4.1.9 Fissuras horizontais por expansão da argamassa .................................................... 29

2.4.1.10 Fissuras horizontais por movimentação térmica da laje ............................................ 29

2.4.1.11 Fissuras por sobrecargas na interface alvenaria/esquadria ...................................... 30

2.4.1.12 Fissuras pelo destacamento de paredes por retração .............................................. 30

2.4.1.13 Fissuras por deficiência de amarração da alvenaria ................................................. 30

2.4.1.14 Fissuras em estruturas de concreto pré-fabricado .................................................... 30

2.4.2 Corrosão de armaduras ............................................................................................. 31

2.4.3 Eflorescência ............................................................................................................. 31

2.4.4 Mofo/bolor ....................................................................................................... 32

3 DESEMPENHO E MANUTENÇÃO ................................................................................ 33

3.1 CONCEITOS ............................................................................................................... 33

3.1.1 Desempenho ............................................................................................................. 33

3.1.2 Manutenção ............................................................................................................... 34

3.1.2.1 Manutenção preventiva ............................................................................................. 34

Page 14: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

3.1.2.2 Manutenção corretiva ................................................................................................ 36

3.1.2.3 Manutenção preditiva ................................................................................................ 36

3.1.3 Durabilidade ............................................................................................................... 37

3.1.4 Vida Útil ..................................................................................................................... 38

4 AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO (APO) ....................................................................... 40

4.1 CONCEITOS ............................................................................................................. 40

4.2 MÉTODOS DE APO .................................................................................................. 42

4.2.1 Medidas de aferição do desempenho físico ........................................................ 42

4.2.2 Avaliação do desempenho físico ............................................................................... 42

4.2.3 Questionários ............................................................................................................. 43

4.2.4 Entrevistas ................................................................................................................. 43

4.2.5 Mapas comportamentais ........................................................................................... 44

4.2.6 Registros fotográficos ................................................................................................ 44

4.2.7 Grupos focais ............................................................................................................. 44

4.3 APO EM EDIFICAÇÕES ESCOLARES .................................................................... 44

5 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 46

5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES ESCOLARES ........................................ 46

5.1.1 Escola A...................................................................................................................... 47

5.1.2 Escola B...................................................................................................................... 48

5.1.3 Escola C..................................................................................................................... 49

5.1.4 Escola D..................................................................................................................... 50

5.1.5 Escola E...................................................................................................................... 51

5.2 REGISTROS FOTOGRÁFICOS ............................................................................... 52

5.3 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FÍSICO (MÉTODO WALKTHROUGH) ............... 52

5.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ........................................................................................... 55

6 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................... 56

6.1 ESCOLA A................................................................................................................. 56

6.2 ESCOLA B................................................................................................................. 59

6.3 ESCOLA C................................................................................................................. 62

6.4 ESCOLA D................................................................................................................. 65

6.5 ESCOLA E................................................................................................................. 68

6.6 ANÁLISE GLOBAL DAS ESCOLAS INSPECIONADAS ........................................... 71

6.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS ESCOLAS INSPECIONADAS .................................. 72

7 DISCUSSÕES E CONCLUSÃO ................................................................................... 73

7.1 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 74

Page 15: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

7.2 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS .............................................. 75

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 76 APÊNDICE 1 – RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO ................................................................... 86 APÊNDICE 2 – ESPECIFICAÇÕES DAS FISSURAS NAS ALVENARIAS ........................ 92 ANEXO A – CATÁLOGO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ................................ 98 ANEXO B – PROJETOS DAS ESCOLAS ..........................................................................128

Page 16: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

16

1 INTRODUÇÃO

Quando se trata de edificações escolares, deve-se levar em consideração

todos os aspectos que permitam aos usuários conforto e bem-estar para estimular o

aprendizado, que não precisam estar distantes das questões educacionais

(DELIBERADOR, 2010). Devido às mudanças ocorridas com os avanços

tecnológicos, sociais e econômicos, e suas influências na construção, as

dificuldades em atender aos requisitos quanto à qualidade final dos edifícios

aumentaram, e isso não é diferente para os edifícios escolares (KOWALTOWSKI et

al., 2006).

Com esses avanços, a modernização dos procedimentos e técnicas

construtivas são assuntos bastante atuais e que apresentam crescimento acelerado

na indústria da construção civil. A preocupação com a qualidade dos materiais

empregados, a geração de entulhos, as gestões de projetos, entre outros tópicos,

vão abrindo espaço para conceitos, relegados a segundo plano no mundo

construtivo, tais como a durabilidade e a vida útil das edificações. Esses conceitos,

que estão conectados, vêm sendo abordados, dada a norma de desempenho, a

NBR 15.575 (2013b), que deve ser implementada em todas as fases do projeto e

execução.

Em meados de 2003, o Estado de São Paulo iniciou o uso da pré-fabricação

de elementos de concreto nas edificações escolares. A Fundação para o

Desenvolvimento da Educação (FDE) é um órgão ligado à Secretaria de Educação,

sendo responsável por todo o processo licitatório da contratação de empresas para

elaboração do projeto de arquitetura e de execução da obra, além de promover

programas de manutenção e reformas nos edifícios, quando necessários,

enfatizando que essa nova concepção melhore a qualidade dos edifícios e reduza a

duração da obra.

Estudos são realizados para que haja um entendimento do motivo pelo qual

as práticas de manutenções em edificações serem bastante questionadas, visando

desenvolver formas de corrigir os danos e diagnosticá-los, aumentando a

durabilidade da edificação seja ela de origem pública ou privada (CASTRO, 1994).

A metodologia de análise das anomalias em edifícios escolares se torna

difícil com o tempo, sendo condizentes pela escassa manutenção e uso intensivo

Page 17: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

17

das escolas, ocasionando um elevado nível de degradação dos seus elementos,

com o surgimento de anomalias de desempenho cada vez mais complexas

(AZZALIN, 2005).

As manifestações patológicas não possuem uma só causa, e sim uma

participação de causas diversas. É bastante comum deparar-se com uma estrutura

de um edifício que traga consigo um erro de construção ou de projeto e que não

acarreta danos de grande relevância, como também é possível algumas vezes um

tipo de estrutura apresentar grande comprometimento como consequência de

inúmeros pequenos erros. É importante frisar que uma estrutura que apresenta

pequenos erros de construção que não acarretem grandes danos logo após sua

ocupação, poderá provavelmente apresentar problemas durante sua vida útil em

consequência de modificações que a edificação venha a sofrer (GARCIA e

LIBÓRIO, 1998).

1.1 OBJETIVO DA PESQUISA

O presente trabalho teve por objetivo analisar as manifestações patológicas

nas edificações escolares pré-fabricadas.

1.1.1 Objetivos Específicos

Avaliar as manifestações patológicas quantitativamente por meio da

Avaliação Pós-Ocupação (APO) identificadas por meio dos métodos

de Análise do Desempenho Físico e de Registros Fotográficos;

Contribuir para o desenvolvimento de um conjunto de procedimentos

que possibilitem melhor desempenho das edificações escolares e

redução dos custos de manutenção.

Contribuir com as informações obtidas nas pesquisas, com a intenção

de que as falhas do projeto sejam corrigidas.

Page 18: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

18

1.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

A pesquisa analisou escolas da Rede Estadual de São Paulo situadas na

cidade de Campinas. Foram selecionadas aleatoriamente 5 (cinco) escolas dentre

as 9 (nove) edificações construídas com a tecnologia pré-fabricada adotada pela

FDE durante os anos de 2004 e 2009. As patologias foram delimitadas em fissuras

de ordem estéticas e estruturais, a presença de umidade ou de fungos e de

eflorescência ou a lixiviação nos elementos de alvenaria e nas estruturas de

concreto.

1.3 JUSTIFICATIVA

Este estudo se justifica pela necessidade de avaliar e estabelecer quais

manifestações patológicas podem surgir nesses prédios na fase de pós-ocupação,

considerando que a construção pré-fabricada fomenta uma padronização do sistema

construtivo motivada pela qualidade do controle tecnológico na execução dos

elementos, pela redução do prazo de entrega das unidades escolares e pela

parceria do órgão público.

Os estudos enfatizaram as manifestações patológicas analisadas nos

elementos estruturais pré-fabricados e de vedação, relacionando-os com a

segurança e a durabilidade dos elementos, e o bem-estar dos usuários durante a

ocupação.

1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

A dissertação está estruturada em 7 capítulos. Neste primeiro capítulo, são

apresentadas a sua contextualização, justificativa, seus objetivos, as delimitações da

pesquisa, as justificativas e a estrutura da dissertação.

O Capítulo 2 apresenta a revisão de literatura sobre a pré-fabricação, sua

evolução no Brasil e no mundo, como também das manifestações patológicas em

edificações pré-fabricadas.

O Capítulo 3 apresenta a revisão de literatura sobre conceitos de

desempenho e manutenção em edificações no geral.

Page 19: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

19

No Capítulo 4, aborda-se, mais especificamente, a Avaliação Pós-Ocupação

(APO) e seus métodos.

O Capítulo 5 descreve a metodologia empregada neste trabalho para

analisar as manifestações patológicas observadas nos sistemas construtivos das

escolas.

No Capítulo 6, são apresentados e discutidos os resultados obtidos na coleta

dos dados.

Finalmente, no Capítulo 7, são apresentadas as considerações finais e

conclusão. Neste capítulo também se encontram as contribuições que a pesquisa

proporcionou o aporte para pesquisas futuras.

Page 20: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

20

2 PRÉ-FABRICAÇÃO

2.1 DEFINIÇÃO DE PRÉ-FABRICAÇÃO

Para melhor entender do que se trata o sistema de pré-fabricação, devem ser

distinguidos alguns conceitos:

“A pré-fabricação é um método para simplificar a construção,

por aumento da percentagem de trabalho concluído antes ser

construído” (KELLY, 1951).

“A pré-fabricação é a produção de elementos de construção civil

em indústrias, a partir de matérias-primas cuidadosamente

escolhidas e utilizadas” (REVEL, 1973).

‘Os elementos pré-fabricados de concreto são preparados, moldados

e curados nas fábricas, sendo produzidos integralmente em fábrica,

e posteriormente transportados e montados

em obra” (MAGALHÃES, 2013).

A NBR 9062 (2006) define a pré-fabricação como sendo a execução de um

elemento pré-moldado em instalações permanentes de uma empresa qualificada e

em instalações permanentes de empresa destinada para esse fim.

2.2 BREVE HISTÓRICO DA PRÉ-FABRICAÇÃO

O sistema de pré-fabricação começou a ser usado na construção civil após o

fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, sendo consequência do grande volume

de concreto armado já utilizado (EL DEBS, 2000). Esse fato levou o uso da pré-

fabricação ser considerado um tipo de manifestação considerável no processo de

industrialização da construção (WRUBEL MOREIRA, 2009).

Os marcos de utilização dos pré-fabricados de concreto foram divididos em

três seguintes etapas:

Page 21: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

21

De 1950 a 1970 – Segundo Ferreira (2003) os fatos ocorridos no período do

pós-guerra europeu na área de habitação criaram um descrédito que

associava a construção pré-fabricada à uniformidade, invariabilidade e com

flexibilidade quase inexistente, pois o ciclo de produção era totalmente

fechado, ou seja, existia um único fornecedor para todas as etapas de

execução dos elementos de concreto. Além disto, as construções eram

consideradas massivas, onde a avaliação do desempenho dos sistemas

construtivos era escassa e, consequentemente, associadas à manifestação

de muitas patologias.

De 1970 a 1980 – Esta etapa foi marcada pelo acontecimento de diversos

acidentes em alguns edifícios construídos com elementos pré-fabricados de

concreto, que culminaram na reprovação a este sistema construtivo. Com isso

houve um decréscimo no uso dos sistemas pré-fabricados de ciclo de

produção fechada.

Pós 1980 – A grande característica desta etapa foi a demolição de grandes

conjuntos habitacionais, fundamentada pela rejeição social e degradação dos

elementos da edificação. Consolidou-se o sistema de pré-fabricação de ciclo

aberto, que Bruna (1976) definiu como “a industrialização de componentes

destinados ao mercado e não, exclusivamente, às necessidades de uma só

empresa”. Ferreira (2003) afirmou que a pré-fabricação de ciclo aberto surgiu

na Europa, com a padronização dos equipamentos que compõem os

elementos, os quais poderiam ser associados com produtos de outros

fabricantes, assim legalizando a compatibilidade entre os elementos e

subsistemas.

De fato, o fim da Segunda Guerra Mundial foi o marco da industrialização da

pré-fabricação; entretanto existem evidências na história onde o uso deste tipo de

tecnologia construtiva se mostrou estacionário (KONCZ, 1976; WRUBEL MOREIRA,

2009; MAGALHÃES, 2013):

Page 22: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

22

Vigas pré-fabricadas baseando-se na arquitetura das lajes e

superfícies curvas esbeltas – Alemanha (1877);

Execução de vigas para suporte de cargas pela primeira empresa de

pré-fabricação: Coighet – França (1891);

Paredes moldadas na horizontal; modelo ‘Tilt-Up’ (1907);

Início da história da pré-fabricação, principalmente na Europa (1945);

Uso intensificado e em grande escala de elementos pré-fabricados de

concreto (1950 – dias atuais).

Nos últimos anos, a utilização da pré-fabricação tornou-se mais frequente,

principalmente em obras de infraestrutura, galpões industriais, de pontes e viadutos,

de muros de contenção, de redes de drenagem de águas (pluviais e residuais) etc.

Hoje a pré-fabricação é uma opção praticável à construção em relação aos

elementos tradicionais, pois as peças são produzidas em indústrias especializadas,

em seguida transportadas e instaladas em canteiros de obras (MAGALHÃES, 2013).

2.3 A PRÉ-FABRICAÇÃO NO BRASIL

Diferente dos países atingidos pela Segunda Guerra Mundial, o Brasil não foi

afetado por grandes devastações e demolições de edificações e,

consequentemente, não foram necessárias construções em grande escala, como

ocorrido na Europa. Porém o Brasil também passou por transformações de

industrialização da construção civil com o uso da pré-fabricação iniciando-se um

pouco mais tarde, entre as décadas de 1950 e 1960, com o surgimento das

empresas Sobraf e Protendit (SERRA; FERREIRA; PIGOZZO, 2005; WRUBEL

MOREIRA, 2009).

Entretanto, há registros de obras onde se empregou elementos pré-fabricados

em anos anteriores à guerra, como a execução do hipódromo da Gávea, no Rio de

Janeiro, que foi realizada em 1929 pela empresa dinamarquesa Christiani-Nielsen,

que possuía sucursal no Brasil. No fim da década de 1950, a construtora Mauá,

situada na cidade de São Paulo, já era especializada em construções industriais, e

começou a utilizar a pré-fabricação para executar galpões no próprio canteiro de

obras (VASCONCELOS, 2002).

Page 23: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

23

As peças foram dispostas deitadas umas sobre as outras numa sequência

vertical e entre elas usou-se papel parafinado (Figura 1). No processo, não havia a

necessidade de esperar o tempo de endurecimento do concreto para poder iniciar a

camada sucessiva e, com isso, economizava-se tempo e espaço no canteiro de

obras, sendo possível empilhar até 10 peças. Assim que o concreto endurecia,

montavam-se as fôrmas laterais reduzindo assim a extensão do escoramento,

alcançando-se um aumento na produtividade. Depois que finalizava a primeira pilha

de 10 peças, montavam-se as novas 10 pilhas em outro local e assim, multiplicava-

se a produção de peças similares.

Figura 1 – Peças pré-fabricadas separadas por papel parafinado.

Fonte: Vasconcelos (2002)

No início da década de 1960, a construção civil passava por pressões por um

mercado em expansão. Foram realizadas algumas experiências com pré-fabricados

leves, como exemplo os painéis artesanais de concreto de Carlos Milan

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA – ABCI,

1980).

Em 1966, foi criado o Banco Nacional da Habitação – BNH, que tinha como

objetivo diminuir o déficit habitacional devido à grande demanda populacional. A

princípio o BNH adotou uma política de redução do sistema pré-fabricado no setor

da habitação, com a intenção de incentivar o aumento da mão-de-obra não

qualificada nos canteiros de obra (OLIVEIRA, 2002).

Page 24: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

24

Na década de 1970, o BNH adotou novas diretrizes para a indústria da

construção, introduzindo novas tecnologias, mesmo que gradativamente, como a

construção com elementos pré-fabricados de concreto. O BNH patrocinou algumas

pesquisas de processos construtivos e instalou canteiros experimentais utilizando

componentes pré-fabricados como o canteiro Narandiba, na Bahia, em 1978; o

Carapicuíba VII, em São Paulo, em 1980; e o de Jardim São Paulo, em São Paulo,

em 1981.

O maior problema desses canteiros experimentais foram as expressivas

manifestações patológicas que foram identificadas e, consequentemente,

aumentando demais o custo da sua manutenção. Houve casos tão graves de

patologias nos edifícios que os mesmos precisaram até ser demolidos (OLIVEIRA,

2002).

Ainda na década de 1980, a própria COHAB – SP, juntamente com o IPT,

concluíram que não havia viabilidade técnica e econômica para recuperar as

edificações acometidas por manifestações patológicas, tendo sido identificadas

como causas raízes o uso de material inadequado e a deficiente execução das

peças, o que ocasionou diversos casos de corrosão de armaduras generalizadas.

Com isso os pré-fabricados deixaram de existir na década de 1980, com retorno

apenas na década de 1990, por conta dos grandes investimentos que ocorreram na

cidade de São Paulo, havendo a necessidade de grande velocidade de execução

que o sistema de pré-fabricação proporcionava (SERRA; FERREIRA; PIGOZZO,

2005).

Por fim, é de suma importância a utilização de sistemas de estruturas pré-

fabricadas em concreto armado em obras industriais e comerciais, que possuem

tipologia de galpões, cujo processo de montagem é relativamente simples

(BULHÕES; PICCHI, 2013). Zhuangyu e Jessen (2011) afirmaram que as estruturas

pré-fabricadas também são adequadas para a construção de casas habitacionais,

além de edifícios de escritórios, plantas industriais etc., mudando a direção do

desenvolvimento da indústria da construção civil.

Page 25: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

25

2.4 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES PRÉ-FABRICADAS

2.4.1 Fissuras e trincas

Thomaz (1989) apontou que as fissuras são tipos de manifestações

patológicas que podem servir de alerta sobre danos mais preocupantes na

edificação, vindo a modificar o desempenho das estruturas e, em alguns casos, a

trazer constrangimento aos usuários.

A NBR 15.575-2 (2013) classifica as fissuras como ativas ou passivas, onde

a primeira possui variações na espessura de acordo com os movimentos

higrotérmicos; e a segunda possui abertura constante. A referida Norma ainda

definiu que as aberturas serão chamadas de fissuras quando apresentarem

espessura inferior a 0,6 mm. Serão denominadas trincas quando apresentarem

espessura maior ou igual a 0,6 mm.

Independentemente da denominação que diferencia fissuras de trincas, deve-

se levar em consideração que esses tipos de manifestações patológicas exigem

atenção pois atingem os usuários psicologicamente, pela sensação incômoda visual

do problema da segurança (ANTUNES, 2010). Em relação aos sistemas atingidos

pelas fissuras/trincas, nesta pesquisa foram avaliados estes tipos de manifestações

nas alvenarias e nas estruturas de concreto armado.

Na classificação dos tipos de fissuras em alvenarias e em estruturas de

concreto, são consideradas algumas configurações, destacadas a seguir.

2.4.1.1 Fissuras verticais induzidas por sobrecargas

São causadas pelo carregamento excessivo de compressão sobre a alvenaria.

Na ligação entre a alvenaria e a argamassa, ocorrem tensões de tração horizontal,

acarretando fissuras verticais, paralelas ao eixo de carregamento (SAHLIN, 1971;

THOMAZ, 1989; JAWOROSKI, 1990; PRUDÊNCIO JÚNIOR; OLIVEIRA; BEDIN,

2002) (Figura 2).

Page 26: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

26

Figura 2 – Fissuras verticais induzidas por sobrecargas.

Fonte: Thomaz (1989)

2.4.1.2 Fissuras verticais por expansão da alvenaria

Se manifestam em cantos e reentrâncias, semelhantemente representado

pelas fissuras verticais por movimentação térmica da alvenaria (ELDRIDGE, 1982).

Thomaz (1989) defendeu que este tipo de manifestação patológica ocorre em cantos

salientes devido à expansão das paredes que são consequência da umidade

absorvida por elas (Figura 3).

Figura 3 – Fissuras verticais por expansão da alvenaria.

Fonte: Argilés (2000)

2.4.1.3 Fissuras verticais junto ao solo por recalque da fundação

Manifestam-se em casos em que a fundação foi mal executada ou em pontos

de grande concentração de cargas combinadas, muitas vezes, com movimentações

de origem térmica, apresentando abertura da alvenaria próximo ao solo (SAHLIN,

1971) (Figura 4). Esse tipo de fissura é alarmante pois aponta problemas sérios nas

Page 27: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

27

fundações, independentemente de como as mesmas foram executadas (HELENE,

1992).

Figura 4 – Fissuras verticais junto ao solo por recalque da fundação.

Fonte: Gaspar; Flores-Colen; De Brito (2006)

2.4.1.4 Fissuras verticais por movimentação térmica da alvenaria

Este tipo de manifestação surge quando ocorre contração térmica e dilatação

das paredes de alvenaria (THOMAZ, 1989; VERÇOZA, 1991). É comum em

alvenarias muito longas (onde não foram executadas amarrações ou juntas de

dilatação), em platibandas e em muros (TRILL; BOWYER, 1982) (Figura 5).

Figura 5 – Fissuras verticais por movimentação térmica da alvenaria.

Fonte: Thomaz; Helene (2000)

Page 28: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

28

2.4.1.5 Fissuras verticais em paredes por retração da alvenaria

Ocorrem pela retração dos materiais componentes da alvenaria (tijolos, blocos

de concreto ou juntas de argamassa) (THOMAZ, 1989). Entretanto, em blocos de

concreto a retração por secagem é mais expressiva (BRICK INDUSTRY

ASSOCIATION, 1991). Manifestam-se em encontros de paredes ou em paredes que

possuem contenção por algum tipo de estrutura (concreto, metálica ou madeira)

(COPELAND, 1957).

2.4.1.6 Fissuras verticais por movimentação térmica da laje

Quando as lajes se dilatam geram tensões horizontais de tração provocando

fissuras verticais nas paredes (DUARTE, 1998). É visível nas partes dos topos das

paredes nas proximidades das lajes e em paredes em que os tijolos foram

assentados com os furos nas verticais (MAGALHÃES, 2004) (Figura 6).

Figura 6 – Fissuras verticais por movimentação térmica da laje.

Fonte: Thomaz (1989)

2.4.1.7 Fissuras horizontais induzidas por sobrecargas

Ocorrem quando as paredes sofrem carregamento excessivo ou por possíveis

solicitações de flexocompressão (SAHLIN, 1971; THOMAZ, 1989). A qualidade dos

materiais usados na execução da alvenaria é um outro fator relevante, pois as

rupturas por esmagamento se dão por insuficiência de resistência mecânica dos

materiais (MAGALHÃES, 2004) (Figura 7).

Page 29: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

29

Figura 7 – Fissuras horizontais induzidas por sobrecargas.

Fonte: Sousa; Sousa (2015)

2.4.1.8 Fissuras horizontais por expansão da alvenaria

Ocorrem na presença de umidade, seja nas bases ou no painel da alvenaria

(THOMAZ, 1989). É uma patologia comum em platibandas na interface alvenaria/laje

de concreto, porém são mais significativas em alvenarias de tijolo cerâmico

(ADDLESON, 1982; BRICK INDUSTRY ASSOCIATION, 1991).

2.4.1.9 Fissuras horizontais por expansão da argamassa

São causadas devido às reações químicas dos elementos constituintes da

argamassa, ou seja, a reação dos sulfatos do ambiente externo com o cimento da

argamassa. Outro fator que causa as fissuras por expansão é o processo de

hidratação retardada da cal presente na argamassa (CINCOTTO, 1988).

2.4.1.10 Fissuras horizontais por movimentação térmica da laje

Ocorre quando as paredes de alvenaria servem de apoio para lajes de

concreto armado, onde as mesmas estão expostas às variações de temperatura.

Essas variações causam movimentos variados entre as lajes e as alvenarias,

tornando possível a manifestação de fissuras (CINCOTTO, 1988).

Page 30: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

30

2.4.1.11 Fissuras por sobrecargas na interface alvenaria/esquadria

Manifestam-se quando sofrem excesso de carregamentos de compressão.

Têm como configuração típica as fissuras que surgem a partir dos vértices das

esquadrias (THOMAZ, 1989). Em alguns casos ocorre o preenchimento com

espessas camadas de argamassa, devido a incompatibilidade entre as dimensões

do vão e esquadrias (LUCINI, 2001).

2.4.1.12 Fissuras pelo destacamento de paredes de alvenaria por retração

Estes tipos de fissuras que ocorrem na interface alvenaria/estrutura de

concreto armado, podem surgir nos sentidos horizontais e verticais. A retração de

fato ocorre através da secagem das argamassas, originada pelo abatimento na

execução das alvenarias (THOMAZ, 1989).

2.4.1.13 Fissuras por deficiência de amarração da alvenaria

A amarração é realizada inserindo-se elementos metálicos nas juntas de

argamassa na ligação entre os tijolos ou blocos. Quando a amarração não é

executada adequadamente, podem surgir fissuras nessas ligações (MAGALHÃES,

2004).

2.4.1.14 Fissuras em estruturas de concreto pré-fabricado

As fissuras ocorrem em concretos pré-fabricados devido a dois fatores: cura

mal executada ou a utilização de material de forma inconveniente para a preparação

do concreto. No primeiro caso, a cura no concreto deve ser feita mantendo a

temperatura controlada, para que a água, fundamental para a hidratação do cimento,

não evapore. Uma evaporação excessiva da água forma vazios, e uma grande

quantidade desses vazios, com a retração plástica, dá origem à fissura do concreto.

Caso o consumo de cimento por metro cúbico seja elevado, o grande calor de

hidratação, quando não controlado, pode originar fissuras, o que já compromete a

estrutura. Outras causas de fissuras são a utilização de um material inconveniente

Page 31: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

31

para a fabricação da fôrma e o excesso de água adicionada à mistura de concreto

(WRUBEL MOREIRA, 2009).

2.4.2 Corrosão de armaduras

Este tipo de manifestação patológica ocorre principalmente em peças de

concreto aparente, pois a ação da corrosão acontece da interação destrutiva do

material com o ambiente através do processo químico e eletroquímico, ocasionado

pela oxidação da armadura e, consequentemente, a ação da corrosão (MELO,

2011).

O processo de corrosão pode se iniciar em ambientes agressivos ou através

de substâncias que podem despassivar as armaduras quando penetradas através

de fissuras no concreto: i) redução da alcalinidade do concreto devido à

carbonatação; ii) quantidade excessiva de cloretos, adicionados durante o

amassamento do concreto ou que penetram através da microestrutura do concreto,

ou outros íons despassivantes em contato com a armadura (CASTRO, 1994). Outro

fator que pode levar à corrosão é o cobrimento da armadura insuficiente, onde o aço

fica mais próximo do concreto e através das redes de poros formados, facilita a

entrada de agentes agressivos (MELO, 2011).

2.4.3 Eflorescência

A eflorescência é definida como sendo depósitos salinos que se formam na

superfície do elemento estrutural, resultado da migração e posterior evaporação de

soluções aquosas salinizadas, conduzindo às formações esbranquiçadas na

superfície dos materiais. Este tipo de manifestação patológica pode surgir nas

estruturas de concreto em qualquer idade e geralmente não causa problemas

maiores do que o mau aspecto resultante. Entretanto, dependendo do grau de

salinidade, a eflorescência pode levar ao descolamento dos revestimentos ou

pinturas, à desagregação das paredes e até à queda de elementos construtivos

(VERÇOZA, 1991).

Apresenta como efeitos o surgimento de manchas de umidade e pó branco

acumulado na superfície. Pode ter como causas prováveis a umidade constante em

Page 32: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

32

que o elemento se encontra exposto ou à quantidade de sais solúveis nas alvenarias

(CINCOTTO, 1988).

2.4.4 Mofo/bolor

Shirakawa et al. (1995) enumeraram as principais causas para que o

mofo/bolor se manifeste nos elementos:

• umidade de condensação de vapores em ambientes fechados;

• umidade relativa do ar em torno de 80%;

• umidade ascendente por capilaridade;

• umidade de infiltração por fachada ou telhado;

• umidade acidental (vazamento de água).

Nestes tipos de manifestações patológicas surgem manchas em várias

tonalidades: pretas, esverdeadas ou marrons, em tons escuros, que trazem prejuízo

estético para a edificação, e caso não sejam tratados podem aumentar a

proliferação de fungos em ambientes externos e internos, desenvolvendo problemas

de alergias para os usuários que frequentam o ambiente (SHIRAKAWA et al., 1995).

Page 33: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

33

3 DESEMPENHO E MANUTENÇÃO

3.1 CONCEITOS

3.1.1 Desempenho

Blachere (1974) apud Chevalier; Hans (2003) conceituou o desempenho de

uma edificação e dos seus sistemas como o comportamento que a mesma

apresenta ao longo da sua vida útil. O mesmo autor reiterou que o alcance do

desempenho é possível através da racionalização e industrialização dos sistemas

construtivos, quando se reduz os custos de produção e utiliza-se novas tecnologias

construtivas.

Souza (2015) definiu desempenho como sendo um produto caracterizado da

edificação (alvenaria, piso etc.) que seja submetido às diversas condições de

exposição que atenda às necessidades dos usuários.

A ISO 6241, elaborada em 1984, define uma lista de requisitos de

desempenho para os usuários de edificações. A Norma tinha como objetivo

colaborar com outros países para que cada caso fosse revisado com os requisitos

pertinentes à cada região.

No Brasil, a NBR 15.575 (2008a) foi implementada e tratava dos requisitos de

desempenho das edificações, porém ainda apresentava diversas falhas. Em 2010

houve uma revisão, que acabou não sendo aplicada pelos construtores. Porém, em

2013, em mais uma tentativa de revisar a norma, com os requisitos de desempenho

acessíveis pelos revisores e corporativo, a NBR 15.575 foi consolidada.

Com o objetivo de atender às expectativas dos usuários, a NBR 15.575

(2013b) foi reformulada para que os sistemas das edificações habitacionais tivessem

requisitos mínimos de desempenho. As principais finalidades da Norma são:

Estabelecer requisitos mínimos para que as condições adequadas de uso;

Possibilitar atingir parâmetros de desempenho como diferencial;

Definir responsabilidades para quem é encarregado por cada fase da obra;

Estabelecer parâmetros com o intuito de reduzir as notificações de não

conformidade.

Page 34: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

34

Os usuários são definidos como os ocupantes da edificação, sendo os

mesmos responsáveis pela manutenção e pelo bom uso do patrimônio. Cada

usuário possui um perfil característico que deve ser levado em consideração de

acordo com suas exigências, diretamente ligadas ao tipo de edificação e suas

particularidades (ANTUNES, 2010).

3.1.2 Manutenção

A NBR 5.674 (2012) estabelece requisitos à gestão do sistema de manutenção

de edificações levando em consideração as características da construção, a redução

da perda de desempenho ocorrida pela ação das manifestações patológicas.

Na construção civil muito se questiona sobre a temática da manutenção das

edificações. Quando se inicia o processo de planejamento de uma obra, é

importante entender que precisa ser dada a devida atenção à forma de se projetar,

executar, usar da melhor maneira os materiais empregados na fase de execução e,

também, na fase de pós-ocupação. No âmbito da engenharia civil, a manutenção

pode ser classificada em três tipos: preventiva, corretiva e preditiva.

3.1.2.1 Manutenção preventiva

Helene (1993) concluiu que a manutenção preventiva é a alternativa menos

onerosa e correta de manter o uso por um período de tempo maior da edificação,

com correções mais permanentes, de maior durabilidade e fáceis de executar

quanto mais cedo forem realizadas. A “Lei de Sitter” apresenta as etapas

construtivas e de uso; e são divididas em quatro períodos, demonstrando que os

custos com manutenção aumentam se a mesma for adiada por muito tempo (Figura

8).

Page 35: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

35

Figura 8 – Lei de Sitter.

Fonte: Helene (1993)

De acordo com a Lei de Sitter, adiar uma intervenção de manutenção significa

aumentar os custos diretos em uma razão progressiva dos custos de manutenção

numa progressão geométrica de razão cinco. Como ilustra a Figura 1, se em t2 o

custo de intervenção é igual a R$5,00, em t3 será de R$ 25,00, e em t4 será R$

125,00.

Para que haja um diagnóstico correto das manifestações patológicas é

necessário que se conheça suas formas de manifestação (sintomas), os processos

de surgimento (mecanismos), os agentes desencadeadores desses processos

(causas) e em que etapa da vida da edificação teve origem o problema (TUTIKIAN,

PACHECO, 2013).

Moreira Filho (2002) afirmou que uma manutenção preventiva, quando bem

executada, determinará uma tendência mais conservadora e antecipam-se as

paralisações por prevenção, implicando em futuros reparos desnecessários.

É comprovado que a manutenção preventiva se torna uma opção mais

recomendada para a diminuição de gastos com manutenção predial em geral. Ela

garante o uso correto do imóvel, com redução dos riscos do surgimento de

patologias, de gastos no período de garantia do imóvel e a valorização do bem.

Page 36: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

36

3.1.2.2 Manutenção corretiva

Quando se detecta um problema na edificação, programa-se a manutenção

corretiva para que haja uma interferência ao dano, um melhor planejamento dos

serviços futuros, a garantia do uso de ferramentas adequadas e mão-de-obra

qualificada. Geralmente este tipo de manutenção gera custos altos pois a

intervenção deve ser imediata, devido à atenção urgente que a anomalia apresenta.

A manutenção corretiva não é a técnica mais apropriada para se adotar num

plano de gestão da manutenção, pois estão envolvidos diretamente com o prazo

final da entrega do produto ou do serviço. Essa técnica pode ainda ser subdividida

em:

a) Manutenção corretiva não planejada: Kardec e Nascif (1998) afirmaram

que essa técnica provoca uma paralisação das atividades produtivas do

equipamento ou serviço, e consequentemente acarreta no desempenho da

produção diária, considerando também a perda da qualidade.

b) Manutenção corretiva planejada: Esse tipo de manutenção é programado

para ocorrer em um período planejado, com intervenção no equipamento

ou do serviço, desde que o dano não provoque a manifestação de novos

problemas. Há a opção de deixar o equipamento funcionando até danificar

totalmente, porém geralmente intervêm-se antes de ocorrer a falha total

(MARÇAL, 2008).

Dentre os tipos de manutenção, a corretiva é a mais onerosa devido aos

custos da manutenção dos equipamentos ou serviços, somados aos custos da perda

produtiva (BRISTOT et al., 2012).

3.1.2.3 Manutenção preditiva

É o tipo de manutenção que proporciona uma qualidade pretendida do serviço

de forma sistemática nas análises dos problemas, onde haja uma supervisão

centralizada para que as execuções de manutenções preventivas ocorram e,

Page 37: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

37

consequentemente, uma diminuição da manutenção corretiva (BRISTOT et al.,

2012). Os mesmos autores confirmaram que a manutenção preditiva pode ser

comparada a uma inspeção sistemática onde se faz uma verificação de todo o

serviço e havendo a necessidade de intervenção, realizando uma manutenção

corretiva planejada (Figura 9).

Figura 9 – Manutenção preditiva e manutenção corretiva planejada.

Fonte: Bristot et al. (2012)

Permitir a coleta de dados do serviço com o mínimo de interferências e que

possibilitem uma análise detalhada do processo são os requisitos mais importantes

das técnicas de manutenção preditiva (BRISTOT et al., 2012).

Vaz (1997) acrescentou que quando se adota a manutenção preditiva, existe

uma ideia para que a solução ideal para as falhas e defeitos dos equipamentos ou

serviços, pois a preditiva propõe que seja realizada a interferência direta para que

seja realizada a manutenção de maneira eficaz, no tempo satisfatório.

3.1.3 Durabilidade

Está diretamente relacionada à tendência, ao longo do tempo, em que o

edifício ou seus sistemas possuem em desempenhar suas funções básicas

conforme às condições de utilização e manutenção especificadas (SABBATINI,

2007).

John (2006) defendeu que a durabilidade não se trata de uma particularidade

própria do material, porém ela é consequência de quando este material interage com

Page 38: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

38

o meio ambiente. No entanto, um material pode apresentar funções de desempenho

diferenciados de acordo com o local em que esteja exposto.

John (1988) apresentou três maneiras de se medir a durabilidade de um

edifício ou sistema:

Através da vida útil (tempo em que os produtos mantem seu desempenho num

nível acima do aceitável, sendo realizadas manutenções cotidianas);

Em função do desempenho variando com o tempo após a instalação do produto;

Por meio de ensaios comparativos, utilizando-se de uma amostra degradada

comparando-a a uma amostra padrão com degradação mínima admitida.

3.1.4 Vida útil

De acordo com a NBR 15.575 (2013b) existem dois conceitos relacionados à

vida útil de uma edificação e seus sistemas:

Vida Útil (VU): é o tempo em que os sistemas construtivos desempenham as

atividades para os quais foram projetados e construídos, atendendo aos critérios de

desempenho contidos na Norma (não pode ser confundida com o prazo de garantia

legal).

Vida Útil de Projeto (VUP): trata-se do tempo em que o sistema é projetado, que

atenda aos requisitos de desempenho contidos na Norma, considerando o

atendimento aos requisitos das normas adequadas para cada sistema e a

compreensão do projeto.

A vida útil de um sistema construtivo deixa de ter utilidade quando não

desempenha bem os requisitos mínimos exigidos e podem ser representados na

Figura 10.

Page 39: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

39

Figura 10 – Desempenho ao longo do tempo.

Fonte: NBR 15.575-1 (2013b)

A vida útil da edificação aumenta com o passar do tempo quando se realiza

a manutenção periódica e, consequentemente, melhora o seu desempenho. É

importante salientar que essas manutenções são realizadas após a entrega da

edificação. A realização da manutenção faz com que haja uma melhoria no

desempenho previsto dos sistemas da edificação e as condições previstas na fase

de projeto não sofrerão modificações ao longo da vida útil da construção

(FAGUNDES NETO, 2013).

Page 40: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

40

4 AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO (APO)

4.1 CONCEITOS

A Avaliação Pós-Ocupação (APO) é utilizada com ferramenta para avaliar, de

maneira ordenada, os aspectos do ambiente construído com a identificação do grau

de satisfação do usuário, auxiliando no aumento da qualidade dos edifícios através

da retroalimentação do ciclo de produção dos mesmos (PREISER et al, 1987). Meira

e Oliveira (1998) tratam a APO como um mecanismo sistemático para analisar o

ambiente construído; Lay e Reis (2002) complementaram que essa ferramenta é

utilizada para fomentar processos e recomendações de melhorias nas fases de

projeto e execução.

Outra utilização da APO tem por finalidade diagnosticar, analisar e recomendar

ações a partir das avaliações realizadas in loco nas edificações. Este tipo de

avaliação é bastante significativo em habitações de interesse social ou em edifícios

públicos (escolas, universidades e prédios administrativos) (ROMERO; ORNSTEIN,

2003).

No Brasil, a Avaliação Pós-Ocupação (APO) iniciou-se nos anos 1970 e 1980

como método usado tradicionalmente na avaliação de edifícios habitacionais e de

empresas públicas (VILLA; ORNSTEIN, 2013). Há grupos de pesquisas em diversas

regiões do país, como o Qualidade do Lugar e Paisagem (ProLUGAR) do Programa

de Pós-graduação em Arquitetura da FAU/UFRJ (Faculdade e Arquitetura e

Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro), o da Escola de Arquitetura

da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), através de seu Núcleo de Pós-

Graduação em Arquitetura e Urbanismo, o Departamento de Arquitetura e

Urbanismo/Engenharia Civil da Universidade Regional de Blumenau (FURB), o

Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo (NUTAU) do

Departamento de Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP (Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo da Universidade de São Paulo) e o Departamento de Arquitetura e

Construção da FEC (Faculdade de Engenharia Civil e Arquitetura) da UNICAMP

(Universidade Estadual de Campinas).

A primeira pesquisa de APO no Brasil foi realizada com o objetivo de averiguar

os níveis de satisfação dos usuários de um conjunto habitacional na cidade de São

Page 41: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

41

Paulo (DEL CARLO; MOTTA, 1975). Em seguida, muitos outros pesquisadores

aprofundaram suas pesquisas em APO em diversas diretrizes.

Lay; Reis (2002), Abiko; Ornstein (2002), Kowaltowski et al. (2004), Lacerda;

Marroquim; Andrade (2011) e Rodrigues et. al. (2015) buscaram na APO uma

maneira de identificar problemas de desempenho do ambiente construído com a

percepção do usuário, utilizando habitações de interesse social como foco do

estudo. Abiko; Ornstein (2002) e Kowaltowski et al. (2004) utilizaram, além da APO,

ferramentas digitais contando com contribuição dos usuários para a fase de projetos.

Priori Júnior; Hazin; Ferreira (2006) utilizaram a APO para fazer uma avaliação

sistemática da manutenção preventiva de edifícios em uma construtora

pernambucana, junto aos clientes. Os autores concluíram que esta forma foi eficaz

uma vez que muitos usuários poderiam não ter a percepção de problemas, onde o

auxílio de profissionais seria relevante para identificar manifestações patológicas e

antecipar a solução de problemas.

Vale (2012) analisou um conjunto habitacional de interesse social visando

estudar a relação dos usuários com as atividades cotidianas como infraestrutura

urbana, a segurança, a saúde, o lazer e cultura e o trabalho, utilizando a APO por

meio de visitas in loco e questionários aplicados com ajuda dos moradores.

Qualharini; Gamba (1997), Xavier et al. (2002), Penna et al. (2002) e Oliveira

et al. (2009) realizaram trabalhos voltados para problemas de manifestações

patológicas em edifícios públicos (um comercial e um hospital) e em dois conjuntos

habitacionais de interesse social utilizando a APO como ferramenta metodológica.

Penna et al. (2002) e Oliveira et al. (2009) propuseram também a implantação de

manutenções preventivas e corretivas, além da retroalimentação de projetos.

Grizante; Ono (2011) fizeram um trabalho focando na percepção dos

funcionários com relação aos ambientes de trabalhos em empresas multinacionais

de grande porte (mais de 500 funcionários). Utilizaram-se de questionários com os

funcionários e gestores sobre as questões de temperatura, iluminação, espaço

físico, ruídos e qualidade do ar. Observaram que ficou claro que a relação entre

ambiente de trabalho e produtividade é primordial.

Woon et al. (2015) e Nurhayati et al. (2015), o primeiro elaborou uma revisão

da literatura acerca do uso da APO no ambiente construído; o segundo usou a APO

para análise de edifícios de baixa renda.

Page 42: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

42

Agyefi-Mensah et al. (2013), em Gana, Guerra-Santin; Tweed (2015) no Reino

Unido e Zhao; Shi (2016) na China também utilizaram a APO como método de

avaliação de edificações.

4.2 MÉTODOS DE APO

Pode-se afirmar que a APO consiste em um conjunto de métodos de

avaliação, que varia de acordo com os objetivos que cada pesquisa se propõe. A

seguir relacionam-se os tipos de métodos usados na APO; entretanto, podem ser

inseridas outras abordagens metodológicas ainda na etapa de desenvolvimento

(ROMERO; ORNSTEIN, 2003).

4.2.1 Medidas para aferição do desempenho físico

Nesta etapa verificam-se os parâmetros dos fatores ambientais dos ambientes,

tais como: iluminação, pressão sonora (externa e interna), temperaturas, medições

físicas dos ambientes e medições de correntes elétricas/tensões. As medições são

realizadas com equipamentos específicos, devidamente aferidos conforme

regulamentação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

(INMETRO). A vantagem do método é que a percepção do usuário pode ou não ser

levada em consideração. Entre as desvantagens estão a necessidade de se fazer

tabulação dos dados e lidar com possíveis falhas dos equipamentos (ROMERO;

ORNSTEIN, 2003).

4.2.2 Avaliação do desempenho físico

Também chamado de walkthrough, este método possibilita mapear os danos,

o qual é caracterizado por fazer um levantamento in loco das características da

edificação, do estado de conservação e das manutenções realizadas que são

registrados por meio de fotografias/anotações (PREISER et al. (1987). Xavier et al.

(2002) corroboram ainda que o método possibilita que sejam observados os

aspectos técnicos e funcionais do ambiente construído. Tupin-Brooks; Viccars (2006)

consideraram que o método é fundamental para iniciar o APO.

Page 43: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

43

As verificações são visualmente, onde se identificam as manifestações

patológicas como trincas, fissuras, umidade, bolor, corrosão de armaduras entre

outras patologias existentes. A análise é realizada de forma detalhada e pode ser

implementada a análise e projetos. O método torna-se vantajoso pois pode ser feito

de forma rápida, é bastante confiável e de baixo custo (ROMERO; ORNSTEIN,

2003).

4.2.3 Questionários

É o mais utilizado pois há a participação ativa dos usuários, onde podem ser

exploradas todas as informações pertinentes aos aspectos da edificação, conferindo

a satisfação dos usuários em relação aos aspectos do ambiente construído (XAVIER

et al., 2002; ROMERO; ORNSTEIN, 2003).

Os questionários são elaborados pelo pesquisador e podem ser aplicados

pessoalmente, por telefone, por e-mail ou correios, que gerarão tabulações e devem

ser gerados dados estatisticamente. Trata-se de uma ferramenta de grande

confiabilidade, que necessita o conhecimento da pessoa que elabora e aplica o

questionário. Entretanto, não podem ser aplicados num universo menor que 30

pessoas e nem para idosos/crianças devido à falta de confiabilidade nas respostas

(ROMERO; ORNSTEIN, 2003).

4.2.4 Entrevistas

São realizadas com pessoas importantes para a edificação, como síndicos,

supervisores de manutenção, diretores, encarregados etc. As entrevistas possuem

as vantagens de serem confiáveis e agilidade nas pesquisas em que são aplicadas

(ROMERO; ORNSTEIN, 2003).

A finalidade das entrevistas é orientar o pesquisador de como deverão ser

formuladas os questionários e as perguntadas abordadas de forma mais detalhada

(XAVIER et al., 2002). Este método deve ser feito diretamente entre o pesquisador e

o entrevistado; onde haverá melhor interpretação das perguntas, caso haja

questionamentos adicionais por parte do entrevistado (VOORDT; WEGEN, 2005).

Page 44: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

44

4.2.5 Mapas comportamentais

Os mapas comportamentais têm a finalidade de deixar a edificação registrada

espacialmente, com suas dimensões, aspectos construtivos e localização de

mobílias. Trata-se, também, de observar a relação dos usuários em determinado

tempo e espaço (KITCHIN, 1994; XAVIER et al., 2002).

Podem ser usados nas áreas internas e externas da edificação, e são de

grande relevância para analisar relações entre as áreas de convivências dos

conjuntos habitacionais ou pátios escolares. Possuem o inconveniente de

disponibilidade de tempo do pesquisador, pois este deve estar presente no local de

objeto de estudo onde os levantamentos são feitos em tempos regulares (ROMERO;

ORNSTEIN, 2003).

4.2.6 Registros fotográficos

São importantes para registrar manifestações patológicas e, em alguns casos,

é necessária a autorização para proteger a privacidade dos envolvidos (VILLA;

ORNSTEIN, 2013).

Podem ser utilizados nos métodos de avaliação de desempenho físico

(walkthrough) e em mapas comportamentais, pois permitem que sejam feitas

análises posteriores das situações. É um método de baixo custo e de confiabilidade

no registro (ROMERO; ORNSTEIN, 2003).

4.2.7 Grupos focais

Para aplicar este método é necessário que se tenha um grupo entre 6 e 12

participantes, um moderador que seja responsável por elaborar questões e conduzir

a conversa, e de um assistente que se encarregue de gravar as conversas e

registrar os resultados (ROMERO; ORNSTEIN, 2003).

4.3 APO EM EDIFICAÇÕES ESCOLARES

O estudo do uso da APO em edificações escolares tem sido alvos de

pesquisas em vários países. Ornstein; Martins (1997) fizeram uso da APO em 24

Page 45: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

45

escolas da Grande São Paulo e utilizaram os métodos de avaliação de desempenho

físico (walkthrough) e o questionário. Os mesmos métodos foram empregados nas

pesquisas de Chimenti et al. (2000), Cintra (2001), Araújo et al. (2004), Ferreira;

Assis (2006), Fontes et al. (2006), Klein et al. (2006), Voltari et al. (2007), Azevedo et

al. (2008), Fontes et al. (2010), Teixeira et al. (2011), Newton et al. (2012), Adeyeye

et al. (2013), Farias et al. (2015), Hassanain; Iftikhar (2015), Tookaloo; Smith (2015),

Wheeler; Malekzadeh (2015) e Hassanain et al. (2016). Estes trabalhos se

diferenciam apenas pelo local de aplicabilidade, sendo creches, escolas estaduais

de ensino fundamental/médio, biblioteca e prédios universitários.

Machado et al. (2008) utilizaram os métodos de mapeamento visual e

walkthrough para apresentar um diagnóstico e recomendações de melhorias na

Creche Edson Luiz, localizada no Rio de Janeiro. Ficou evidente que os métodos

empregados agregaram valor pois outros autores conseguiram fazer com que os

arquitetos envolvidos no projeto da creche pudessem remodelar projetos futuros

com base nas conclusões da pesquisa.

França (2011) analisou três edificações escolares situadas na cidade de São

Paulo, usando as ferramentas de APO: walkthrough, questionários, medição de

aferição de desempenho físico, entrevistas e grupos focais, onde concluiu que as

decisões tomadas na fase de projeto e a utilização do edifício ao longo dos anos

foram os pontos mais problemáticos e serviram como reflexão para oportunidades

de melhorias na fase de concepção e preservação da vida útil de projeto.

Salleh et al. (2015) utilizaram questionários em escolas que foram

reformuladas. A pesquisa teve como principal finalidade avaliar os níveis de

satisfação dos usuários às novas adequações.

Dessa forma, percebeu-se que houve avanço nas pesquisas relacionadas aos

ambientes das edificações escolares em vários países, além do Brasil. As

contribuições das avaliações de desempenho do ambiente construído são relevantes

para que o processo de projeto seja realimentado com as informações obtidas nas

pesquisas, com a intenção de que as falhas do projeto sejam corrigidas.

Page 46: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

46

5 MATERIAIS E MÉTODOS

Neste trabalho, optou-se por utilizar dois métodos de APO descritos no

Capítulo 3: a avaliação do desempenho físico (ou método walkthrough), que fornece

informações da edificação por meio de inspeções in loco; e o uso dos registros

fotográficos, que foi incorporado ao método walkthrough (Figura 11). Ambos os

métodos foram usados em cinco edificações escolares estaduais de tipologia pré-

fabricada, localizadas na cidade de Campinas/SP.

Figura 11 – Delineamento da pesquisa.

Fonte: Autora (2016)

5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES ESCOLARES

Neste trabalho, a seleção das edificações escolares foi realizada a partir do

banco de dados disponível no site da FDE, que possibilitou catalogar as escolas e o

contato com as DE’s (Diretorias de Ensino) Leste e Oeste. O contato com as DE’s

Revisão da

Literatura Métodos APO Tratamento

dos Dados

* Quantificação e

classificação das

manifestações

patológicas através

dos relatórios

* Avaliação do

desempenho

físico

(Walkthrough)

* Registros

fotográficos

Fotográfcos

* Pré-

fabricação

* Desempenho

e manutenção

* Cálculo de

frequência dos danos

* Causas e origens

prováveis dos danos

* Análise estatística

*Avaliação pós-

ocupação

Page 47: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

47

possibilitou a obtenção de informações orais e formais acerca das edificações, bem

como a autorização para a realização das vistorias em cada unidade.

Foram selecionadas cinco escolas estaduais (EE) para serem inspecionadas,

todas situadas na cidade de Campinas/SP e construídas entre os anos de dois mil e

quatro a dois mil e nove (Quadro 1). Estas escolas estaduais são frequentadas por

alunos na faixa etária entre 6 e 18 anos, nas quais permanecem por até cinco horas.

Todas as unidades funcionam com aulas no turno da manhã e da tarde (Ensino

Fundamental I, II e Médio), além do turno da noite (EJA – Educação de Jovens e

Adultos).

Quadro 1 – Escolas e elementos inspecionados.

ESCOLA

ANO DE

CONSTRUÇÃO

ELEMENTOS

ESTRUTURAIS

ELEMENTOS DE

VEDAÇÃO

ESCOLA A 2004 Concreto pré-fabricado Blocos de concreto

ESCOLA B 2004 Concreto pré-fabricado Blocos de concreto

ESCOLA C 2004 Concreto pré-fabricado Blocos de concreto

ESCOLA D 2004 Concreto pré-fabricado Blocos de concreto

ESCOLA E 2009 Concreto pré-fabricado Blocos de concreto

Fonte: Autora (2016)

5.1.1 Escola A

A Escola A (Figura 12) encontra-se em atividade há 12 anos, direcionada para

o Ensino Fundamental I e possui 4 pavimentos: um pavimento térreo e mais 3

pavimentos (primeiro, segundo e terceiro andar). No térreo constam o pátio de

serviços, a cantina, os sanitários (alunos e funcionários), refeitório, cozinha,

secretaria, diretoria e o grêmio estudantil. O primeiro andar abriga as salas de aula

(8 unidades), almoxarifado, depósito, coordenação e sala dos professores. No

segundo pavimento há 4 salas de aula, sala de leitura, sala de reforço, depósito,

sala de uso múltiplo e sala de informática. No último andar foi construída a quadra

poliesportiva com fechamento em telhas de alumínio. Nesta escola foi utilizada

Page 48: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

48

estrutura de concreto pré-fabricado, aparente, sem aplicação de revestimentos. As

alvenarias de vedação foram construídas com blocos de concreto e as fachadas

receberam apenas pintura. As alvenarias dos sanitários e da cozinha receberam

revestimentos cerâmicos.

Figura 12 – Localização da Escola A.

Fonte: Google Maps (2015)

5.1.2 Escola B

Com as atividades voltadas para os Ensinos Fundamental II, Médio e EJA, a

Escola B, construída em 2004, abriga em sua estrutura o térreo e mais 2 pavimentos

(primeiro e segundo andares). Possui um pavimento térreo, onde estão a quadra

poliesportiva, pátio coberto, sanitários (2 para os alunos e 2 para os funcionários),

depósito, sala para material de limpeza, almoxarifado, coordenação, direção,

secretaria, refeitório, cozinha e pátio de serviços. O primeiro andar abriga a sala dos

professores, salas de aulas (6 unidades), sala de uso múltiplo e sala de reforço. O

segundo e último pavimento é destinado para salas de aulas (9 unidades). Utilizou-

se estruturas de concreto pré-fabricado que receberam pintura. As alvenarias de

vedação internas foram construídas com blocos de concreto e nas alvenarias das

fachadas foram instalados painéis de concreto finalizados com pintura. As alvenarias

Page 49: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

49

dos sanitários e da cozinha receberam revestimentos cerâmicos. As Escola A e B

estão localizadas em bairros periféricos de Campinas/SP, nas proximidades da

Rodovia Dom Pedro e da Estrada dos Amarais (Figura 13). Foram pioneiras do

programa piloto em construções com elementos pré-fabricados criado pela FDE.

Figura 13 – Localização da Escola B.

Fonte: Google Maps (2015)

5.1.3 Escola C

Também há 12 anos em funcionamento, a Escola C atualmente é voltada

apenas para o Ensino Fundamental I. O edifício possui três pavimentos: térreo,

primeiro e segundo pavimento. No térreo estão a quadra poliesportiva, 4 sanitários

(2 para os alunos e 2 para os funcionários), diretoria, secretaria, almoxarifado,

depósito, despensa, cozinha, refeitório e área aberta para recreação (Figura 14). No

primeiro andar estão a coordenação, sala dos professores, sala de reforço e sala de

uso múltiplo. O último andar abriga as salas de aula (6 unidades). Esta escola, assim

como a citada anteriormente, também foi executada com estruturas de concreto pré-

fabricado. As alvenarias de vedação internas foram construídas com blocos de

concreto e nas alvenarias das fachadas instalados painéis de concreto finalizadas

com pintura, porém as alvenarias dos sanitários e da cozinha receberam

revestimentos cerâmicos. Localizada nas proximidades da Rodovia Anhanguera, a

Page 50: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

50

escola foi construída em 2004 para atender às necessidades da população do

conjunto CDHU.

Figura 14 – Localização da Escola C.

Fonte: Google Maps (2015)

5.1.4 Escola D

A Escola D, assim como a citada anteriormente, também foi construída em

2004 nas proximidades do conjunto CDHU, atendendo aos Ensinos Fundamental II,

Médio e EJA. (Figura 15). Possui quatro pavimentos: térreo, primeiro, segundo e

terceiro pavimentos. O térreo abriga a parte administrativa da escola, contando com

diretoria, coordenação, cozinha, copa, depósito, pátio recreativo, 2 sanitários para os

alunos (masculino e feminino), 2 sanitários para os funcionários (feminino e

masculino). O primeiro andar possui sala de informática, sala dos professores, sala

de reforço (2 unidades) e biblioteca. O segundo e terceiro pavimentos abrigam as

salas de aula (10 unidades no total), entretanto no último pavimento, além das salas

de aula dispõe da quadra poliesportiva. As estruturas de concreto foram executadas

no tipo pré-fabricação, mantendo-se o concreto aparente. O fechamento das

fachadas de vãos abertos, utilizou-se telhas metálicas previamente pintadas e

venezianas industriais de PVC. As alvenarias internas utilizaram-se blocos de

Page 51: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

51

concreto, revestidos de argamassa e, por fim, pintura. Os revestimentos de

alvenarias dos sanitários, cozinha e copa foram assentados com cerâmicas.

Figura 15 – Localização da Escola D.

Fonte: Google Maps (2015)

5.1.5 Escola E

A Escola E (Figura 16) iniciou suas atividades em 2009, com Ensino

Fundamental I e II. E edificação possui três pavimentos: térreo, primeiro e segundo

andares. No pavimento térreo localizam-se 4 sanitários (2 para os alunos e 2 para os

funcionários), cozinha, cantina, refeitório, almoxarifado, coordenação, recepção,

diretoria e a quadra poliesportiva. No primeiro andar estão salas de aulas (6

unidades) e salas de vídeo. No segundo andar, além das salas de aulas (12

unidades), estão a biblioteca, sala de informática e almoxarifado. Nesta escola foi

utilizada estrutura de concreto pré-fabricado, aparente, sem aplicação de

revestimentos. As alvenarias de vedação foram construídas com blocos de concreto

na parte interna e nas fachadas, sendo todas em acabamento argamassado e

finalizadas com pintura; entretanto as alvenarias dos sanitários e da cozinha

receberam revestimentos cerâmicos. A particularidade dessa escola é a instalação

de muros, tornando a escola “fechada” e perdendo o objetivo em se implantar os

projetos propostos pela FDE. A construção desta escola surgiu da necessidade de

Page 52: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

52

atender às crianças do bairro Jardim Icaraí, localizado nas proximidades da Rodovia

Lix da Cunha em Campinas/SP; porém, é de difícil acesso e afastado de outros

bairros mais populosos.

Figura 16 – Localização da Escola E.

Fonte: GoogleMaps (2015)

5.2 REGISTROS FOTOGRÁFICOS

Com os registros possibilitou-se constatar os tipos de manifestações

patológicas e corroborar com os dados levantados nos relatórios. Limitou-se em

fotografar as alvenarias (internas e externas – de alvenaria estrutural) e as

estruturas de concreto (lajes, vigas e pilares), pois foram elementos que se

caracterizaram por apresentar uma variedade relevante de anomalias.

5.3 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FÍSICO (MÉTODO WALKTHROUGH)

No método walkthrough, fez-se uma avaliação qualitativa das manifestações

patológicas nas edificações, onde utilizou-se um relatório de inspeção (Quadro 2).

Machado et al. (2008) afirmaram que o método “walkthrough” é importante para se

conhecer detalhes gerais do edifício a partir de relatos de pessoas envolvidas com o

mesmo, como aspectos funcionais, questões técnicas e construtivas. A presente

pesquisa não utilizou entrevistas padronizadas; entretanto, as diretoras das escolas

Page 53: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

53

envolvidas disponibilizaram-se a dar informações sobre processos de modificações

na estrutura original dos prédios, a realização ou não de manutenções e as questões

sociais.

De forma a sistematizar as informações obtidas no levantamento em campo,

elaborou-se um modelo de relatório de inspeção adaptado de Braga (2010) e

Marques (2012), no qual foi possível preencher os dados das manifestações

patológicas verificadas nas edificações escolares (Quadro 2). O campo de

ocorrência indica a quantidade de vezes que a mesma manifestação patológica foi

verificada, independentemente do ambiente; o campo da frequência (%) indica a

razão da ocorrência pelo total de ocorrência em toda a edificação escolar,

multiplicada por 100. Este método se caracteriza por visualizar os tipos de danos

encontrados e o percentual de unidades escolares afetadas quando contabilizada

cada tipo de manifestação observada (MAGALHÃES, 2004).

Page 54: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

54

Quadro 2 – Modelo de relatório de inspeção.

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

Nome: Ano de construção: Endereço:

Nº de ambientes: Nº de pavimentos:

Manifestação

Patológica

Variações

Ocorrências

Frequência

(%)

Imagem

Fissuras

(Alvenaria)

Orientada

Mapeada

Interface

alvenaria/

esquadria

Interface

alvenaria/

concreto

Fissuras

(Elementos de

concreto)

Longitudinal

Transversal

Mofo/Bolor Alvenaria

Concreto

Eflorescência Alvenaria

Concreto

Corrosão de

armaduras

Concreto

TOTAL 0 0

Fonte: Adaptado de Braga (2010) e Marques (2012)

Page 55: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

55

5.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Utilizou-se a distribuição t de Student, criada por William Gasset, que é

bastante utilizada para aplicações em análises com pequenas amostras (RAJU,

2005). Segundo a FDE, atualmente, o número total de nove edificações escolares

pré-fabricadas na cidade de Campinas. A pesquisa foi realizada em cinco unidades.

A aplicação de uma análise estatística revelou, também, os níveis de certeza

da ocorrência dessas manifestações patológicas em todas as obras realizadas

através desse sistema construtivo, mesmo período, na cidade de Campinas/SP.

Page 56: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

56

6 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo, são apresentados e analisados os resultados obtidos na

avaliação técnica de cada edifício escolar, identificando as possíveis causas das

manifestações patológicas assim como a frequência em que foram constatadas. As

análises foram feitas individualmente para cada escola estudada.

Como complementação das informações contidas neste Capítulo, os relatórios

de inspeção das escolas assim como o detalhamento das fissuras em alvenarias,

foram inseridas nos Apêndices 1A até o 1E.

6.1 ESCOLA A

Como mostra a Figura 17, a escola A apresentou um grande número de

casos de fissuras em alvenarias. Este tipo de manifestação patológica foi

identificado em diversos pontos das alvenarias, sendo a maioria devidas às

sobrecargas na interface alvenaria/esquadria (Apêndice 2A).

Figura 17 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola A.

Fonte: Autora (2016)

Observa-se que os casos de fissuras, mofo/bolor e eflorescência nas

estruturas de concreto apresentaram frequência na faixa de 10% a 13% dos casos

analisados. As fissuras foram identificadas em grande parte nas lajes, entretanto não

60%

3%

12%

13%

10%2%

Fissuras (Alvenaria)

Mofo/Bolor (Alvenaria)

Fissuras (Concreto)

Mofo/Bolor (Concreto)

Eflorescência (Concreto)

Corrosão de Armadura(Concreto)

Page 57: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

57

é possível afirmar a causa desse tipo de patologia, por se tratar de peças

executadas em empresas de pré-fabricados. Supõe-se, de acordo com Wrubel

Moreira (2009), que podem ocorrer casos de retração plástica dos vazios no

momento da concretagem da peça, e posteriormente, haja formação de fissuras

(Figura 18).

Figura 18 – Fissuras na laje do segundo pavimento.

Fonte: Acervo da autora (2015)

O mofo/bolor, que são característicos de ambientes favoráveis à umidade e

fungos filamentosos, foi visto em alguns pontos das lajes, que pode ter sido

ocasionada por falhas no arremate da impermeabilização (Figura 19a) e em peças

de concreto das fachadas, que ocorre devido à ação de chuvas diretamente nas

estruturas (Figura 19c). O mofo/bolor (alvenarias) tiveram pouca ocorrência, sendo a

primeira notada nas alvenarias internas em contato direto com áreas molhadas

(sanitários e cozinhas) (Figura 19b).

Page 58: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

58

Figura 19 – Mofo/bolor em elementos de concreto e na sala (do

pavimento térreo) e na fachada.

(a) (b) (c)

Fonte: Acervo da autora (2015)

As ocorrências de eflorescência nas estruturas de concreto foram vistas nas

peças em que já apresentavam problemas de mofo/bolor, sendo assim a

eflorescência uma consequência da umidade que se infiltrou nas peças (Figura 20).

Apesar de terem apresentado casos de mofo/bolor em alvenarias, casos de

eflorescência não foram identificados nas paredes da Escola A.

Figura 20 – Eflorescência na viga do pavimento térreo.

Fonte: Acervo da autora (2015)

A corrosão de armadura foi verificada em poucos pontos da edificação

sendo a maioria em áreas externas onde pode-se visualizar que se trata de uma

Page 59: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

59

manifestação que originalmente era uma fissura, que por falta de reparo,

intensificou-se, levando à expansão do concreto e, posteriormente, a armadura ficou

exposta, o que ocasionou a corrosão (Figura 21).

Figura 21 – Corrosão de armaduras no pilar próximo ao portão de

entrada.

Fonte: Acervo da autora (2015)

6.2 ESCOLA B

A Figura 22 permite analisar que as fissuras se sobressaíram dentre as

manifestações patológicas que foram examinadas. As fissuras em estruturas de

concreto foram mais comuns (46%) (Figura 23a), seguida das fissuras em alvenaria

que representaram 38% das ocorrências investigadas e sofreram variações de tipos

e possíveis causas (Figura 23b). Um maior detalhamento das variações destas

fissuras está descrito no Apêndice 2B.

Page 60: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

60

Figura 22 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola B

Fonte: Autora (2016)

Figura 23 – Fissuras na laje da sala de aula do térreo e na alvenaria da

área de recreação.

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

Na Escola B foram observadas pequenas variações de mofo/bolor em

alvenarias e em concretos, com 3% e 5%, respectivamente (Figuras 24a e 24b). Os

casos de mofo/bolor foram detectados em alvenarias que estavam próximas aos

sanitários dos funcionários. Havia pontos de umidade na base das alvenarias e na

parte mais alta (ponto do chuveiro), que provavelmente foram ocasionadas por

vazamentos de tubulações hidráulicas. Entretanto, nas estruturas de concreto, as

manifestações de mofo/bolor foram perceptíveis em pontos das lajes do 3º

38%

3%46%

5%4%

4%

Fissuras (Alvenaria)

Mofo/Bolor (Alvenaria)

Fissuras (Concreto)

Mofo/Bolor (Concreto)

Eflorescência (Concreto)

Corrosão de Armadura(Concreto)

Page 61: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

61

pavimento, onde acima deste se encontra a quadra poliesportiva. Quando há

lavagem desse piso ou ocorrência de chuvas intensas, onde provavelmente algumas

regiões da laje possuem falhas na manta de impermeabilização.

Figura 24 – Mofo/bolor na alvenaria da sala de aula e na laje da sala de

aula (ambos no segundo pavimento).

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

Ocorreram manifestações de eflorescências, que são ocasionadas pela

presença de umidade ocorrendo a lixiviação dos sais solúveis contidos nas

superfícies dos componentes, em alguns pontos de estruturas de concreto (4%),

como se pode verificar na Figura 25. Existem há pontos com umidade onde a

eflorescência encontrou facilidade para ocorrer. Nas alvenarias não foram

encontradas manifestações de eflorescência.

Figura 25 – Eflorescência na laje da sala da direção.

Fonte: Acervo da autora (2015)

Page 62: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

62

No caso da corrosão de armadura, que em alguns casos ocorre pela

despassivação da armadura, é uma patologia decorrente de falhas na fase de

projeto e/ou de execução (onde não se prevê um cobrimento nominal suficiente para

garantir a proteção das armaduras), também se encontrou com a frequência de 4%

(Figura 26), que nesse caso é consequência de fissuras nas lajes.

Figura 26 – Corrosão de armaduras na laje da sala dos professores.

Fonte: Acervo da autora (2015)

6.3 ESCOLA C

Com base na inspeção visual, a Escola C apresentou ocorrências

significativas de patologias (Figura 27), sendo fissuras em alvenarias com 34% dos

ambientes verificados (Figura 28a). As variações deste tipo de manifestação

patológica foram listadas e se encontram no Apêndice 2C, onde indica que as

fissuras no sentido horizontal induzidas por sobrecargas são as que se destacaram,

com 23%.

Page 63: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

63

Figura 27 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola C.

Fonte: Autora (2016)

Coincidentemente, na Escola C, o número de fissuras em estruturas de

concreto foi semelhante ao de fissuras em alvenaria, chegando aos 34% (Figura

28b). Algumas causas prováveis para que as fissuras em concreto se manifestem

foram apresentadas no Capítulo 2, entretanto a mais comum que se pode pressupor

é a retração plástica do concreto que ocorre quando a cura não é executada de

forma correta (WRUBEL MOREIRA, 2009).

Figura 28 – Fissuras na alvenaria do muro e na viga do pavimento térreo.

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

Problemas com mofo/bolor encontradas nas alvenarias (Figura 29a) se

limitaram a áreas molhadas (sanitários e cozinhas), que podem ter sido provocados

por vazamentos das instalações hidráulicas, seguido de falha na impermeabilização,

34%

11%

4%

34%

5%

12%Fissuras (Alvenaria)

Mofo/Bolor (Alvenaria)

Eflorescência (Alvenaria)

Fissuras (Concreto)

Mofo/Bolor (Concreto)

Eflorescência (Concreto)

Page 64: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

64

causando pontos de umidades. Entretanto, observou-se postos de eflorescência

inclusive nas fachadas, onde há incidência de chuvas e, consequentemente,

agravando o aparecimento das manchas brancas (Figura 29b). As manchas de

umidade (Figura 29b) existentes apareceram devido à obstrução da tubulação de

drenagem das águas pluviais proveniente do telhado relacionado a problemas no

sistema de impermeabilização.

Figura 29 – Mofo/bolor na alvenaria do segundo pavimento e na laje do

pavimento térreo.

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

A eflorescência foi vista em poucos ambientes da Escola C, sendo

encontrada em apenas 4 locais sendo todas em alvenarias da fachada (Figura 30a),

locais onde as intempéries são mais atuantes. Este tipo de anomalia é causado pela

lixiviação de sais da argamassa de assentamento (ARAÚJO, 2001). A ocorrência de

eflorescência em peças de concreto, apesar de apresentar diferenças nas

porcentagens, foi observada em conjunto em muitos casos (Figura 30b). Na Escola

C não foram identificados problemas de corrosão de armaduras.

Page 65: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

65

Figura 30 – Eflorescência na alvenaria e viga da fachada do térreo.

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

6.4 ESCOLA D

Diferentemente das escolas analisadas anteriormente, na Escola D foram

encontradas todas os tipos de manifestações patológicas listadas (Figura 31). E

mais uma vez as fissuras em alvenarias se destacaram em maiores ocorrências,

chegando a 45% dos ambientes vistos. O Apêndice 2D detalha melhor como estas

fissuras variaram e suas prováveis causas, entretanto as mais evidentes foram as

horizontais por conta de sobrecargas da estrutura e, em seguida, as fissuras da

interface alvenaria/esquadria (Figura 32a).

Figura 31 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola D.

Fonte: Autora (2016)

45%

5%1%

31%

7%

9%2%

Fissuras (Alvenaria)

Mofo/Bolor (Alvenaria)

Eflorescência (Alvenaria)

Fissuras (Concreto)

Mofo/Bolor (Concreto)

Eflorescência (Concreto)

Corrosão de Armadura(Concreto)

Page 66: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

66

Nas estruturas de concreto pré-fabricado, observou-se uma numerosa

ocorrência de fissuras, passando dos 30%. Como se pode notar, a laje da Escola D

possui peças de larguras maiores em relação a outras escolas, sendo usada para

vencer vãos longos. Além de algumas lajes, as fissuras foram verificadas nas vigas

na área interna e nas das fachadas (Figura 32b).

Figura 32 – Fissuras na alvenaria da fachada do térreo e na laje do pátio

recreativo.

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

Na Escola D, o acesso à quadra poliesportiva se dá por duas entradas: uma

na parte interna da escola através de escadas e uma na área externa pelas rampas,

que são usados por pessoas portadoras de necessidades especiais. Nestas rampas

foram identificados casos de mofo/bolor nas alvenarias dos muros (Figura 33a).

Outros casos de mofo/bolor e eflorescência foram observados em peças de concreto

similares, mesmo com a diferença de 2% de frequência entre as duas manifestações

patológicas, as mesmas se mostraram visíveis conjuntamente (Figura 33b). Neste

caso é possível notar que as tubulações de hidráulica, em caso de vazamentos,

ocasiona acúmulo de água e, consequentemente, favorece o aparecimento de

mofo/bolor. No caso da eflorescência, foram vistos poucos casos em que se

configurou de forma isolada (Figura 33b).

Page 67: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

67

Figura 33 – Mofo/bolor na alvenaria do muro de acesso à quadra

poliesportiva e na laje do pavimento térreo

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

Além das alvenarias dos sanitários dos alunos (Figura 34a), também foram

vistos pontos de eflorescência em estruturas de concreto com 2% de frequência. No

caso da eflorescência em concretos, observou-se poucos casos que se

configuraram de forma isolada (Figura 34b).

Figura 34 – Eflorescência na alvenaria externa dos banheiros dos

alunos e na laje do pavimento térreo.

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

Apesar de um número significativo de fissuras nas estruturas de concreto, as

mesmas não chegaram a causar tantos problemas de corrosão de armaduras.

Foram identificados apenas 2 (duas) peças com este tipo de anomalia e ambas se

Page 68: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

68

encontram nas fachadas da edificação (Figura 35), que são os locais mais propícios

a ações de intempéries, grandes causadoras de patologias em edificações.

Figura 35 – Corrosão de armaduras na viga da fachada.

Fonte: Acervo da autora (2015)

6.5 ESCOLA E

Sobre as fissuras em alvenarias observou-se que as ocorrências foram altas,

muito acima das escolas já analisadas, chegando aos 76% (Figura 36). Na avaliação

das variações das fissuras em alvenarias, observou-se que a maioria tem como

possível causa a sobrecarga das estruturas acima das alvenarias, causando fissuras

no sentido horizontal (Figura 37a), além de fissuras no sentido vertical (Figura 37b e

37c). Os detalhes das configurações dos tipos de fissuras estão relacionados no

Apêndice 2E.

Figura 36 – Ocorrência de manifestações patológicas na Escola E.

Fonte: Autora (2016)

76%

10%

3%4%

4% 3%Fissuras (Alvenaria)

Mofo/Bolor (Alvenaria)

Eflorescência (Alvenaria)

Fissuras (Concreto)

Mofo/Bolor (Concreto)

Eflorescência (Concreto)

Page 69: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

69

Figura 37 – Fissuras em alvenarias das salas de aula do primeiro e

segundo pavimentos.

(a) (b) (c)

Fonte: Acervo da autora (2015)

As fissuras em estruturas de concreto não chegaram nem a 10% dos casos

de fissuras em alvenarias. Observou-se a ocorrência nas lajes, entretanto em

apenas 4 (quatro) peças de todas analisadas (Figura 38).

Figura 38 – Fissuras em estruturas de concreto da laje do corredor do

primeiro pavimento.

Fonte: Acervo da autora (2016)

Na sequência, os casos de mofo/bolor deram-se em 10% das alvenarias

analisadas (Figura 39a). Verificou-se que as alvenarias acometidas estão todas

situadas na fachada em que há maior incidência chuvas. Uma das alvenarias

afetada é a da biblioteca da escola, ocasionando perda de materiais e equipamentos

Page 70: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

70

que se encontravam próximos aos locais de umidade. Casos de mofo/bolor foram

constatados nas estruturas de concretos que se localizam nas fachadas (Figura

39b), onde a ação de intempéries colabora para que a manifestação se desenvolva.

Figura 39 – Mofo/bolor na alvenaria interna e na viga da fachada, ambos

no pavimento térreo.

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

As alvenarias acometidas por eflorescência coincidiram com as mesmas

afetadas pela ação de mofo/bolor (Figura 40a). Numa ocorrência na faixa dos 3%

foram observados casos de eflorescência em estruturas de concreto (Figura 40b).

Não foram observados casos de corrosão de armadura na Escola E. Por fim, as

estruturas também foram acometidas por eflorescências, todavia foram identificadas

em apenas 3 (três) bases/pisos das escadas (Figura 40b).

Figura 40 – Eflorescência na alvenaria do pavimento térreo, abaixo da

escada e nas lajes das escadas.

(a) (b)

Fonte: Acervo da autora (2015)

Page 71: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

71

6.6 ANÁLISE GLOBAL DAS ESCOLAS INSPECIONADAS

Foi realizada uma análise entre os dois tipos construtivos para se ter um

melhor entendimento de como as manifestações patológicas se comportaram para

as edificações escolares. É perceptível que não há diferenças tão evidentes com

relação aos resultados finais. Entretanto, salienta-se que as edificações possuem

idades diferentes, onde os anos de construções variam entre 2004 e 2009 (Figura

41).

Figura 41 – Análise global das manifestações patológicas das

escolas.

Fonte: Autora (2016)

A análise global das ocorrências indica que as fissuras nas alvenarias se

sobressaíram dentre as outras manifestações patológicas inspecionadas, seguida

pelas fissuras em estruturas de concreto. As outras manifestações variaram em

pequenas ocorrências e até mesmo em ausentes em algumas escolas, onde foram

realizadas manutenções, levando a mascarar o resultado.

Page 72: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

72

6.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS ESCOLAS INSPECIONADAS

Observou-se um total de 544 ocorrências de manifestações patológicas nas 5

(cinco) escolas visitadas. Aplicou-se o t de Student, exclusivamente para o universo

das 5 (cinco) escolas que participaram desse projeto com o mesmo padrão

construtivo e início de atividade, onde se notou a possibilidade de encontrar os totais

de manifestações patológicas relacionadas aos seus respectivos níveis de confiança

(Figuras 42 e 43). Ou seja, uma extrapolação das 5 (cinco) estudadas para as 9

(nove) existentes atualmente.

Figura 42 – Valores das médias e dos desvios padrões das manifestações

patológicas

Alvenaria Concreto

Fissura Mofo Eflorescência Fissura Mofo Eflorescência Corrosão de Armadura

Média 45% 5% 1% 31% 5% 9% 2%

Desvio Padrão 17% 4% 2% 17% 3% 4% 2%

Fonte: Autora (2016)

Figura 43 – Valores dos níveis de confiança e o número de manifestações

patológicas

Nível de confiança

Nº de manifestações

patológicas

75% 92,57

80% 88,19

85% 82,74

90% 75,22

95% 62,1

98% 48,00

99% 26,73

Fonte: Autora (2016)

Page 73: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

73

7 DISCUSSÕES E CONCLUSÃO

O objetivo deste trabalho foi analisar as cinco edificações escolares

construídas pela FDE na Cidade de Campinas/SP durante os anos de 2004 e 2009

por meio da pré-fabricação e, assim, permitir um mapeamento dos problemas

construtivos e manifestações patológicas dessas construções por meio das técnicas

walkthrough e APO.

As manifestações patológicas se concentraram em maior parte nas

alvenarias, com destaque para as fissuras (horizontais induzidas por sobrecargas,

na interface alvenaria/concreto e na interface alvenaria/esquadria), umidade e

eflorescência. Para os elementos de concreto destacaram-se as fissuras, sendo as

lajes e vigas as partes afetadas. As fissuras nos pisos foram observadas em todas

as unidades escolares e os casos de descolamento de revestimento cerâmico

identificado em apenas uma unidade escolar. Por se tratarem de peças produzidas

em empresas especializadas em pré-fabricados, definir as causas para os tipos de

problemas encontrados podem ser classificadas por diversas origens, visto que elas

passam por todo o processo de execução fora do canteiro de obras e apenas

empresas responsáveis pela execução das peças possuem as informações

inerentes aos métodos usados na fabricação.

As análises dos resultados da presente pesquisa apresentaram conclusões

semelhantes em relação às outras pesquisas que adotaram a APO como método de

avaliação do desempenho. Assim como França (2011) verificou em sua pesquisa, os

métodos de APO colaboraram para que seja implantado um sistema de avaliação

(manutenção) nos prédios escolares, como também a da participação da

comunidade nas tomadas de decisões no processo de planejamento, sendo de

grande importância a interação dos usuários para que se elaborem projetos mais

eficazes e uma utilização mais plena do edifício escolar público.

Corroborando com os argumentos da autora, foram relatados por diretores

escolares essa falta de conhecimento da melhor utilização dos ambientes e de suas

localizações; uma vez projetados de forma inadequada, causam futuros transtornos

para os usuários dos prédios. Foram presenciados em três escolas com sistema pré-

fabricado casos de modificações do projeto inicial, que previam espaços abertos

para que a comunidade tivesse acesso, e consequentemente, casos de vandalismos

Page 74: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

74

foram evidenciados. Por conta disso, foram solicitados os fechamentos dessas áreas

com uso de grades e portas que alteraram a configuração original da edificação e,

em alguns casos, facilitando o surgimento de manifestações patológicas.

A realização de manutenção preventiva faz com que o surgimento de

manifestações patológicas seja minimizado; porém, observou-se que apenas a

Escola I mantém um plano de manutenção preventiva, com a realização de pinturas

nas estruturas de concreto e alvenarias internas anualmente. Em contrapartida, as

demais unidades escolares não apresentaram nenhum planejamento de

manutenções preventivas; e quando realizadas, eram manutenções para corrigir um

problema pontual urgente. A ausência de um sistema de manutenção também foi

constatada pelos autores Ornstein; Martins (1997), Araújo et al. (2004), Klein et al.

(2006) e Adeyeye et al. (2013).

Ressalta-se que a metodologia adotada para avaliar as edificações atingiu o

objetivo da pesquisa, funcionando como uma ferramenta bastante útil para a

constatação das manifestações patológicas e suas prováveis causas.

7.1 CONCLUSÃO

Dentre as patologias identificadas nos prédios vistoriados as fissuras em

alvenarias e elementos de concreto apresentaram maior percentual de ocorrência,

estando presente em todas as edificações analisadas. A maior parte das fissuras

identificadas foram acarretadas especialmente pela movimentação hidrotérmica dos

elementos de blocos de concreto. As alvenarias nas construções pré-fabricadas de

concreto são tradicionalmente relegadas apenas à função de vedação. Assim, as

empresas construtoras são induzidas a desconsiderar aspectos importantes dessa

técnica construtiva, a começar do controle de qualidade dos elementos de vedação,

por exemplo, absorção, porosidade e propriedades mecânicas. Também, ao longo

do tempo estes elementos acabam não suportando as tensões induzidas pela

estrutura tais como recalques diferenciais, sendo, então as justificativas

apresentadas nesta pesquisa para tal manifestação patológica.

A segunda patologia com maior incidência foi a presença de mofo ou “bolor

identificada em 13% dos casos estudados. Dos casos de mofo ou “bolor” conclui-se

que ocorreram falhas na execução de elementos de platibandas e peitoris de

Page 75: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

75

janelas, assim como ausência de manutenção predial do sistema de pintura. A

provável qualidade dos elementos de alvenaria já apresentada também potencializa

o surgimento desta manifestação patológica.

Em menor quantidade verificaram-se problemas comuns nas estruturas de

concreto armado como eflorescência no concreto e corrosão do aço. Não foi

possível a identificação das causas, porém, são atribuídas pela literatura às falhas

de projeto, execução e manutenção da estrutura.

Por fim, pressupõe-se que a falta de manutenção predial exerceu papel

preponderante nas manifestações patológicas verificadas, sejam fissuras nas

alvenarias ou na estrutura de concreto, na presença de fungos ou bolor,

eflorescência no concreto e corrosão em armaduras.

7.2 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS

Como sugestão para futuras pesquisas:

Realizar um estudo comparativo das manifestações patológicas em

edificações escolares construídas na década de 1970 (construções

convencionais) com as edificações construídas na década de 1990 até os

dias atuais (construções convencionais);

Caracterizar a tecnologia construtiva de elementos de concreto pré-fabricados

adotado pela FDE para a construção de novos prédios escolares;

Analisar o grau de deterioração dos elementos afetados através de ensaios

não-destrutivos (como o ultra-som, a esclerometria e a termografia

infravermelha), com a intenção de avaliar o desempenho do material e o

comportamento do sistema construtivo;

Propor um programa de gestão de manutenção preventiva junto à FDE.

Page 76: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

76

REFERÊNCIAS

ABIKO, A. K.; ORNSTEIN, S. W. Inserção Urbana e Avaliação Pós-Ocupação

(APO) da Habitação de Interesse Social. Coletânea Habitare. Programa de

Tecnologia de Habitação. v. 1, 2002.

ADEYEYE, K.; PIROOZFAR, P.; ROSENKIND, M.; WINSTANLEY, G. The impact of

design decisions on post occupancy processes in school buildings. Facilities, v. 31,

n. 5/6, p. 255-278, 2013.

ADDLESON, L. Building failures: a guide to diagnosis, remedy and prevention.

London: The Architectural Press, 1982.

AGYEFI-MENSAH, S.; POST, J.; EGMOND, E. V.; BADU, E.; MOHAMMADI, M. The

need for post-occupancy evaluation of public apartment buildings in Ghana. Journal

of Engineering, Desing and Technology. v. 3, n. 2, p. 315-333. 2013.

ANTUNES, G. R. Estudo de manifestações patológicas em revestimentos de

fachada em Brasília. Dissertação (Mestrado). 178p. Universidade de Brasília.

Faculdade de Tecnologia. Brasília, 2010.

ARAÚJO, A. de B. Pintura sobre alvenaria de tijolo. Notas técnicas para a

construção em tijolo. Nota 6 Revista. Lisboa: 2001, p. 1-9.

ARAÚJO, L. S. M.; ILHA, M. S.; COSTA, C. H. A.; SILVA, C. C. Avaliação durante

operação dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários de edifícios escolares.

Anais... X Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. São Paulo,

2004, p. 1-12.

ARGILÉS, J. Arquitectura sin Fisuras. Arquitectura e Tecnologia (2). Munilla-

Leria (ed), Madrid, España, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA (ABCI). A

história dos pré-fabricados e sua evolução no Brasil. São Paulo. 1980.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5.674:

Manutenção de edificações — Requisitos para o sistema de gestão de manutenção.

Rio de Janeiro, 2012.

________. NBR 7.212: Execução de concreto dosado em central — Procedimento.

Rio de Janeiro, 2012.

________. NBR 9.050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015.

________. NBR 9.062: Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado.

Rio de Janeiro, 2006.

Page 77: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

77

________. NBR 15.575: Edificações Habitacionais — Desempenho. Rio de Janeiro,

2008.

________. NBR 15.575: Edificações Habitacionais — Desempenho. Parte 1:

Requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2013a.

________. NBR 15.575: Edificações Habitacionais — Desempenho. Parte 2:

Sistemas Estruturais. Rio de Janeiro, 2013b.

AZZALIN, M. Building pathology database and maintenance approach in a well-

defined context: Calabrian historical centers. 10th DBMC International

Conference on Durability of Building Materials and Component. p 988-994. Lyon,

France, 2005.

AZEVEDO, B. M.; MONTEIRO, B. C.; AZEVEDO, G. A. N.; CARDOZO, K. M.; LIMA,

M. B. Avaliação Pós-Ocupação de ambientes para educação infantil: o caso da

Creche Carmem Miranda no Rio de Janeiro. Anais... XII Encontro Nacional de

Tecnologia do Ambiente Construído. Fortaleza, 2008.

BRAGA, C. C. Manifestações patológicas em conjuntos habitacionais: a degradação

das fachadas. Dissertação (Mestrado). 158p. Universidade Católica de Pernambuco.

Recife, 2010.

BRICK INDUSTRY ASSOCIATION. Volume changes and effects of movement.

Reston: BIA, 1991. (Technical notes, 18).

BRISTOT, V. M.; BRISTOT, V. M.; SCHAEFFER, L.; GRUBER, V. Manutenção

preditiva em indústrias de revestimentos cerâmicos. Cerâmica Industrial. v. 17.

Jan/Fev, 2012.

BRUNA, P. Arquitetura, Industrialização e Desenvolvimento -

EDUSP/Perspectiva. Coleção Debates, número 135, São Paulo, 1976.

BULHÕES, I. R.; PICCHI, F. A. Redução do tamanho do lote em projetos como

estratégia de implementação do fluxo contínuo em sistemas pré-fabricados.

Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 13, n. 3, p. 161-175, jul./set. 2013.

CASTRO, E. K. Desenvolvimento de tecnologia para manutenção de estruturas

de concreto armado. 1994. 185 f. Dissertação (Mestrado). Universidade de Brasília

– UnB, Brasília, DF, 1994.

CINTRA, C. R. G. A utilização da ISO 6241 na avaliação de edificações

escolares, através dos métodos e técnicas da APO – Avaliação Pós-Ocupação.

O caso das escolas de “Cara Nova” de Mogi das Cruzes/SP. Dissertação

(Mestrado). 142p. Escola Federal de Engenharia de Itajubá. Itajubá, 2001.

CHEVALIER, J. L.; HANS, J. Performance Based Approach French State of Art.

343p, 2003.

Page 78: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

78

CHIMENTI, B. N.; RHEINGANTZ, P. A. BARONCINI, C. N. APO aplicada em

edificações históricas – Estudo de caso: Faculdade de Direito da UFRJ. Anais...

NUTAU 2000. São Paulo: FAUUSO, 2000.

CINCOTTO, M. A. Patologia das argamassas de revestimento: análise e

recomendações. TECNOLOGIA de edificações. São Paulo: PINI; IPT, p. 549-554.

CÓIAS, V. Inspecções e Ensaios na Reabilitação de Edifícios. Lisboa: IST

PRESS, 2006.

COPELAND, R. E. Shrinkage and temperature stresses in masonry. ACI Journal. [s.

l.]: [s. n.], 1957, 53, p. 769-780.

DEL CARLO, U.; MOTTA, C. F. A. Nível de satisfação em conjuntos habitacionais da

grande São Paulo. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade

de São Paulo, 1975. Relatório Técnico.

DELIBERADOR, M. S. O processo de projeto da arquitetura escolar no Estado

de São Paulo: caracterização e oportunidades. 2010. 379 f. Dissertação

(Mestrado). Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Campinas, São Paulo,

2010.

DUARTE, R. B. Fissuras em alvenarias: causas principais, medidas preventivas e

técnicas de recuperação. Porto Alegre: CIENTEC, 1998. Boletim Técnico n. 25.

EL DEBS, M. K. Concreto pré-moldado: fundamentos e aplicações. São Carlos:

EESC-USP, 2000.

ELDRIDGE, H. J. Construcción, defectos comunes. Barcelona: Gustavo Gili,

1982.

FAGUNDES NETO, J. C. P. Vida útil e desempenho das edificações na ABNT: NBR

15.575/13. Revista Concreto – IBRACON – Ano XLI – n 70, 2013.

FARIAS, J. F. L.; ALMEIDA, S. M.; SILVA, E. R.; CAMELLO, T. C. F.; ALMEIDA, J.

R. Avaliação pós-ocupação do pavilhão Prof. Antônio Fernando Rodrigues (UERJ) a

partir da satisfação dos usuários. Revista SUSTINERE, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p.

117-127, jul-dez, 2015.

FERREIRA, A. D. F.; MELLO, M. G. D. Arquitetura escolar paulista – estruturas

pré-fabricadas. São Paulo: FDE, 2006.

FERREIRA, M. A. A importância dos sistemas flexibilizados. 2003. 8p. (Apostila).

FERREIRA, F. C.; ASSIS, E. S. Avaliação pós-ocupação em escolas de ensino

fundamental e médio da rede estadual de escolas públicas de Minas Gerais. Anais...

XI Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. Florianópolis, 2006, p.

1134-1142.

Page 79: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

79

FRANÇA, A. J. G. L. Ambientes contemporâneos para o ensino-aprendizagem:

avaliação pós-ocupação aplicada a três edifícios escolares públicos, situados

na região metropolitana de São Paulo. Dissertação (Mestrado). 338p. Faculdade

de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2011.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Site Institucional.

Disponível em: <http://www.fde.sp.gov.br/>. Acesso em: outubro 2014.

FONTES, M. S. G. C.; SALCEDO, R. F. B.; GUSHIKEN, A. T.; COSTA, D. A.;

PEDROTTI, F. S.; PASQUOTTO, G. B.; SILVA, G. P.; CORREA, H. L. N. L.;

LAMENTE, J.; ARMIGLIATO, M. A.; ARAÚJO, P. C.; CARVALHO, T. C. Avaliação

pós-ocupação nas escolas municipais de ensino infantil integrado (EMEII’S): estudo

de caso em três escolas em Bauru/SP. Anais... XI Encontro Nacional de Tecnologia

do Ambiente Construído. Florianópolis, 2006, p. 1161-1170.

FONTES, M. S. G. C.; SALCEDO, R. F. B.; MONTEIRO, J. F.; FANUCCHI, C. V.

Avaliação do desempenho do ambiente construído: estudo de caso em um ambiente

de educação infantil. Anais... XIII Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente

Construído. Canela, 2010.

FRANÇA, A. J. G. L. Ambientes contemporâneos para o ensino-aprendizagem:

avaliação pós-ocupação aplicada a três edifícios escolares públicos, situados

na Região Metropolitana de São Paulo. Dissertação (Mestrado). 314p. Faculdade

de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2011.

GARCIA, C. C.; LIBÓRIO, J. B. L. A incidência de patologias geradas pela falta

de controle e de qualidade e dos canteiros de obras. Congresso Latino-

Americano Tecnologia e Gestão na Produção de Edifícios – Soluções para o terceiro

milênio. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo- USP. São Paulo. 1998.

GASPAR, P. L.; FLORES-COLEN, I.; DE BRITO, J. Técnicas de Diagnóstico e

Classificação de Fissuração em Fachadas Rebocadas. Anais... 2º Encontro sobre

Patologia e Reabilitação de Edifícios. FEUP, Porto, Portugal, 2006.

GRIZANTE, V. ONO, R. Avaliação Pós-Ocupação em edifícios industriais. Anais...

2º Simpósio Brasileiro de Qualidade do Projeto no Ambiente Construído (SBQP). Rio

de Janeiro, 2011, p. 288-296.

GUERRA-SANTIN, O.; TWEED, A. C. In-use monitoring of buildings: An overview

and classification of evaluation methods. Energy and Buildings. p. 176–189. 2015.

HASSANAIN, M. A.; IFTIKHAR, A. Framework model for post-occupancy evaluation

of school facilities. Structural Survey, v. 33, n. 4/5, p. 322-336. 2015.

HASSANAIN, M. A.; MATHAR, H.; AKER, A. Post-occupancy evaluation of a

university student cafeteria. Architectural, Engineering and Design Management,

2016, v. 12, n. 1, p. 67-77, 2016.

Page 80: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

80

HELENE, P. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto.

São Paulo: PINI, 1992. 215 p.

HELENE, P. R. Contribuição ao estudo da corrosão em armaduras de concreto

armado. Tese de livre docência. Universidade Politécnica do Estado de São Paulo.

São Paulo, 1993.

ISO 6241:1984 - Performance standards in building -- Principles for their preparation

and factors to be considered.

JAWOROSKI, H. C. Estudo experimental em alvenaria estrutural: resistência à

compressão e resistência de aderência. Dissertação (Mestrado em Engenharia) -

Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande

do Sul, Porto Alegre, 1990.

JOHN, V. M. Avaliação da durabilidade de materiais, componentes e edifícios:

cálculo do custo global. In: SIMPÓSIO DE DESEMPENHO DE MATERIAIS E

COMPONENTES DE CONSTRUÇÃO CIVIL, 1, 1988, Florianópolis. Anais...

Florianópolis: UFSC, 1988, p. 42-52.

JOHN, V. M. Coletânea Habitare – Construção e meio ambiente. Volume 7. 2006.

KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro:

Qualitymark, 1998.

KELLY, B. The Prefabrication of Houses. Unites States of America: The

Massachusetts Institute of Technology, 1951.

KITCHIN, R. M. Cognitive maps: what are they and why study them? Journal of

Environmental Psychology, 1994, v14, p. 1-19.

KLEIN, S. E. S.; KLEIN, R.; OLIVEIRA, E. C. P.; MORETTI, S. K. Avaliação pós-

ocupação de escolas estaduais, de ensino fundamental, do Município de Blumenau

– Vertente técnico-construtiva. Anais... XII Encontro Nacional de Tecnologia do

Ambiente Construído. Florianópolis, 2006, p. 1191-1200.

KONCZ, T. Manual de la Construcción Prefabricada. Madrid. Hermann Blume,

1976, 3v.

KOWALTOWSKI, D. C. C. K.; PINA, S. M. G.; SILVA, V. G.; LABAKI, L. C.;

RUSCHEL, R. C.; MOREIRA, D. C. Da pós-ocupação à avaliação de projeto:

diretrizes de implantação de conjuntos habitacionais de interesse social no Estado

de São Paulo, Brasil. Anais... X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO

AMBIENTE CONSTRUÍDO. São Paulo, 2004.

KOWALTOWSKI, D. C. C. K.; CELANI, M. G. C.; MOREIRA, D. C.; PINA, S. A. M. G.

Reflexão sobre Metodologias de projeto Arquitetônico. Anais... Revista online da

ANTAC - AMBIENTE CONSTRUÍDO. Porto Alegre, v6, no.2, p. 7-19, 2006.

Page 81: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

81

LACERDA, A. E.L.; MARROQUIM, F. M. G.; ANDRADE, S. S. Avaliação Pós-

Ocupação de unidades habitacionais do conjunto Antônio Mariz, João Pessoa/PB.

Anais... 2º Simpósio Brasileiro de Qualidade do Projeto no Ambiente Construído

(SBQP). Rio de Janeiro, 2011, p. 308-318.

LAY, M. C. D.; REIS, A. T. L. O papel de espaços abertos comunais na avaliação de

desempenho de conjuntos habitacionais. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 2,

n. 3, p. 25-39, jul-set, 2002.

LUCINI, H. C. Manual técnico de modulação em vãos de esquadrias. São Paulo:

Ed. PINI, 2001.

MACHADO, E. S.; SILVA, H.; FLEMMING, L.; CAVALCANTI, P. B.; AZEVEDO, G. A.

N.; RHEINGANTZ, P. A. Uma reflexão sobre métodos utilizados em apo: estudo de

caso da creche Edson Luiz – RJ. Anais... XII Encontro Nacional de Tecnologia do

Ambiente Construído. Fortaleza, 2008.

MAGALHÃES, E. F. de. Fissuras em alvenarias – configurações típicas e

levantamento de incidências no estado do Rio Grande do Sul. Dissertação

(Mestrado). 180p. Mestrado profissionalizante em Engenharia da Escola de

Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2004.

MAGALHÃES, J. S. A Pré-Fabricação em Betão em Edifícios. Porto: ISEP, 2013.

MARÇAL, R. F. M. Gestão da Manutenção. Ponta Grossa: Programa de

Especialização em Gestão Industrial com ênfase em Produção e Manutenção

(ESPGESTIND-PM), 2008.

MARQUES, B. R. A. P. Caracterização de anomalias em edifícios escolares portugueses de tipologia Liceu - Métodos analíticos de estudo de anomalias

construtivas. Tese (Doutorado). 170p. Instituto Superior Técnico. Lisboa, 2012.

MEIRA, A. R.; OLIVEIRA, R. O usuário da habitação no contexto da APO. 1998.

Disponível em: <https://www.abepro.org.br/index.asp> Acesso em: março/2016

MELO, A. C. A. Estudo das manifestações patológicas nas marquises de

concreto armado do Recife. 2011. 216 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de

Pernambuco. Recife, 2011.

MOREIRA FILHO, U. Planejamento, Programação e Controle da Manutenção.

Curitiba: Centro Universitário Positivo – Unicenp. Apostila utilizada no Curso de

Engenharia Mecânica, 2002.

NEWTON, C.; WILKS, S.; HES, D.; AIBINU, A.; CRAWFORD, R. H.; GOODWIN, K.;

JENSEN, C.; CHAMBERTS, D.; CHAN, T.; AYE, L. More than a survey: an

interdisciplinary post-occupancy tracking of BER schools. Architectural Science

Review, v. 55, n. 3, p. 196-205, August-2012.

Page 82: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

82

NURHAYATI, K.; HISHAMUDDIN, M. A.; IBRAHIM, S.; NUR, H. J.; SITI, Z. D. Post

occupancy evaluation of physical environment in public low-cost housing. p. 155-162,

2015.

OLIVEIRA, L. A. Tecnologia de painéis pré-fabricados arquitetônicos de

concreto para emprego em fachadas de edifícios. 191p. Dissertação (Mestrado).

Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

OLIVEIRA, C. B.; SANCHES, I. D.; ZANDERFINI, A. S.; SERRA, S. M. B.;

FABRÍCIO, M. M. Avaliação de desempenho de habitações sociais: patologias

internas. Anais... VI SIBRAGEC. João Pessoa, 2009.

ORNSTEIN, S. W.; MARTINS, C. A. Arquitetura, manutenção e segurança de

ambientes escolares: um estudo aplicativo de APO. Ambiente Construído. Porto

Alegre, 1997.

PENNA, A. C. M.; LACERDA, L. R.; CASTRO, J. A.; RODRIGUES, H. S.; SOARES,

I. S.; RHEINGANTZ, P. A. Avaliação Pós-Ocupação (APO) em edificações da

Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) – O caso do Instituto Fernandes Figueira (IFF).

Anais... NUTAU. São Paulo: FAUUSP, 2002.

PREISER, W. F. E.; RABINOWITZ, H.; WHITE, E. Post-occupancy evaluation. Van

Nostrand Reinhold. New York: 1987, 197p.

PRIORI JÚNIOR, L.; HAZIN, M.; FERREIRA, M G. V. X. A manutenção pós-

ocupação e sua influência na melhoria contínua de produtos e processos na

construção civil. Anais... XI Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente

Construído. Florianópolis, 2006, p. 2556-2564

PRUDÊNCIO JÚNIOR., L. R.; OLIVEIRA, A. L.; BEDIN, C. A. Alvenaria estrutural

de blocos de concreto. Florianópolis: [s. n.], 2002.

QUALHARINI, E.; GAMBA, T. Patogenia x Patologia – Uma análise de APO das

manifestações envolvendo microrganismos na edificação. Anais... IV Congresso

Iberoamericano de Patologia das Construções (CONPAT). Porto Alegre, 1997, p.

421-426.

RAJU, T. N. K. William Sealy Gosset and William A. Silverman: two “students” of

science. Pediatrics. September, 2005. v 116, ed. 3, p. 732-735.

REVEL, M. La prefabricacion em la construcion. Bilbao: Urmo, 1973.

RODRIGUES, P. R.; GALVÃO, R. G.; ALMEIDA, N.; MONTEIRO, E. C. B.; BASTO,

P. E. A. Post occupancy evaluation of popular housing estate of Cordeiro in Recife

(Pernambuco, Brazil). Eletronic Journal of Geotechnical Engineerig. v. 20, p.

12449-12458, 2015.

Page 83: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

83

ROMERO, M. A.; ORNSTEIN, S. W. Avaliação pós-ocupação: Métodos e

Técnicas Aplicados à Habitação de Interesse Social. Coleção Habitare ANTAC.

Porto Alegre, 294p, 2003.

SABBATINI, F. H. Sugestões para a conceituação da durabilidade e vida útil.

Projeto norma de desempenho – vida útil. FHC – Consultoria e Engenharia. São

Paulo: 2007.

SAHLIN, S. Structural masonry. Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1971.

SALLEH, N. M.; KAMARUZZAMAN, S. N.; RILEY, M.; ZAWAWI, E. M. A.;

SULAIMAN, R. A quantitative evaluation of indoor environmental quality in

refurbished kindergarten buildings: a Malaysian case study. Building and

Environment. p. 723-733. 2015.

SERRA, S. M. B.; FERREIRA, M. de A.; PIGOZZO, B. N. Evolução dos pré-

fabricados de concreto. Anais... 1º Encontro Nacional de Pesquisa-Projeto-Produção

em Concreto Pré-Moldado – ENPPPCPM. 10p. São Carlos, Nov-2005.

SHIRAKAWA, M.A.; MONTEREIRO, A.B.B.; SELMO, S.M.S.; CINCOTTO, M.A.

Identificação de fungos em revestimentos de argamassa com bolor evidente.

Anais... SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS. 1995.

Goiânia. p. 402-410.

SOUSA, H.; SOUSA, R. Defects in Masonry Walls - Guidance on Cracking:

Identification, Prevention and Repair. Specificities of Masonry Walls and

Defects Identification. FEUP – Livro. Portugal, p. 9-25. 2015.

SOUZA, R. O conceito de desempenho aplicada às edificações. São Paulo,

Editora Tula Melo. 2015, 52p.

TEIXEIRA, P. C.; REIS, R. P. A.; GNIPPER, S. F.; MONTEIRO, J. V. F. Estudos de

patologias nos sistemas prediais hidráulicos e sanitários do prédio do ciclo básico II

da Unicamp. REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil. v. 1, n. 2, p. 34-50.

2011.

THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. São Paulo,

Ed. PINI, 1989.

THOMAZ, E.; HELENE, P. Qualidade no projeto e na execução de alvenaria

estrutural e de alvenarias de vedação em edifícios. São Paulo, Universidade de

São Paulo, Escola Politécnica, Departamento de Engenharia de Construção Civil,

Boletim Técnico BT/PCC/252, 31p. 2000

TOOKALOO, A.; SMITH, R. Post occupancy evaluation in high education.

International Conference on Sustainable Design, Engineering and Construction.

Procedia Engineering, p. 515-521, 2015.

Page 84: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

84

TRILL, J.; BOWYER, J. T. Construcción, el caso de la esquina rota y otros

problemas constructivos: una aproximación científica a la patología. Barcelona:

Gustavo Gili, 1982.

TUPIN-BROOKS, S.; VICCARS, G. The development of robust methods of post

occupancy evaluation. Facilities, v. 24, n. 5/6, p. 177-196, 2006.

TUTIKIAN, B.; PACHECO, M. Inspección, diagnóstico y prognóstico em la

construcción civil. Boletín Técnico. Asociación Latinoamericana de Control de

Calidad, Patología y Recuperación de la Construcción – ALCONPAT, México, 2013.

VALE, K. C. Avaliação Pós-Ocupação (APO) do Conjunto Residencial Gervásio

Maia. Dissertação (Mestrado). 110p. Universidade Federal da Paraíba. 2012.

VASCONCELOS, A. C. O concreto no Brasil: Pré-Fabricação, Monumentos,

Fundações. Editora Studio Nobel, Volume III, Rio de Janeiro, 2002.

VAZ, J. C. Gestão da Manutenção Preditiva: Gestão de Operações. Fundação

Vanzolini. Editora Edgard Blücher, 1997.

VERÇOSA, E. J. Patologia das edificações. Porto Alegre: Sagra, 1991.

VILLA, S. B.; ORNSTEIN, S. W. Qualidade Ambiental na Habitação – avaliação pós-

ocupação. São Paulo: Oficina de Textos, 2013.

VOLTARI, E.; OITICICA, M. L. G. R.; COSTA, J.; PASCHOALINO, D.; RODRIGUES,

C. E.; BORSATO, K.; SKUBS, D.; LABAKI, L. C.; KOWALTOWSKI, D. C. C. K.

Avaliação de desempenho do ambiente construído – APO Biblioteca do Campus I da

PUC – Campinas/SP. Anais... IX Encontro Nacional e V Latino Americano de

Conforto no Ambiente Construído. Ouro Preto, 2007, p. 2039-2048.

VOORDT, D. J. M. D.; WEGEN, H. B. R. V. Comparative floorplan-analysis in

programming, design and evaluation of buildings. Architectural Press, 2005.

XAVIER, I. S. L.; RESENDE, M. M.; SHIMIZU, N. Y.; ALMEIDA, C.; SHAHINI, C.

APO nos conjuntos habitacionais – estudo de caso: Programa PROVER – Conjunto

Vila da Paz. Anais... NUTAU. São Paulo, 2002, p. 170-181.

WHEELER, A.; MALEKZADEH, M. Exploring the use of new school buildings

throughpost-occupancy evaluation and participatory action research. Architectural

Engineering and Design Management, 2015. Vol. 11, No. 6, p. 440–456.

WOON, N. B.; MOHAMMAD, I. S.; BABA, M.; ZAINOL, N. N.; NAZRI, A. Q. Critical

Success Factors for Post Occupancy Evaluation of Building Performance: A

Literature Analysis. Jurnal Teknologi (Sciences & Engineering) 74:2, 2015, p. 41–

49.

Page 85: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

85

WRUBEL MOREIRA, K. A. Estudo das Manifestações Patológicas na Produção

de Pré-fabricados de Concreto. 2009. 120 f. Dissertação (Mestrado em

Engenharia) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais,

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2009.

ZHAO, X. R.; SHI, Q. F. Post occupancy evaluation of urban public space

environment: Take Yingze park in Taiyuan as an example. Anais… 4th International

Conference on Civil, Architectural and Hydraulic Engineering, ICCAHE, 2016, p.

1245-1248.

ZHUANGYU, H.; JESSEN, Z. W. Prefabricated monolithic concrete structure beam-column joints technique [J]. Guangzhou Building, 2011, 39 (6), p11-14.

Page 86: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

86

APÊNDICE 1 – RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO

Page 87: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

87

APÊNDICE 1A – RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DA ESCOLA A

Nº de Pavimentos: 3

121 100%

DIAGNÓSTICO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Nome: Escola A Ano de Construção: 2004 Endereço: Campinas

Nº de Ambientes: 31 Tipo Construtivo: Pré-Fabricado

Imagem

Alvenaria

MPA1 Fissuras 63 52%

MPA2 Mofo/Bolor 5

Manifestação

PatológicaSigla Variações Ocorrências

Frequência

(%)

4%

MPA3 Eflorescência 0 0% -

MPC2 Mofo/Bolor 18 15%

MPC3 Eflorescência 15 12%

TOTAL

MPC4 Corrosão de Armadura 3 2%

Estruturas de

concreto

MPC1 Fissuras 17 14%

Page 88: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

88

APÊNDICE 1B - RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DA ESCOLA B

Nº de Pavimentos: 3

95 100%

37%

3%

0%MPA3 Eflorescência 0 -

Ano de Construção: 2004 Endereço: Campinas

DIAGNÓSTICO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Nome: Escola B

MPA2 Mofo/Bolor 3

Alvenaria

MPA1

Nº de Ambientes: 33 Tipo Construtivo: Pré-Fabricado

Manifestação

PatológicaSigla Variações Ocorrências

Frequência

(%)Imagem

MPC3 Eflorescência 4 4%

MPC2 Mofo/Bolor 5 5%

Fissuras 35

MPC1

TOTAL

MPC4Corrosão de

Armadura4 4%

Estruturas de

concreto

Fissuras 44 46%

Page 89: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

89

APÊNDICE 1C – RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DA ESCOLA C

Nº de Pavimentos: 3

101 100%

DIAGNÓSTICO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Nome: Escola C Ano de Construção: 2004 Endereço: Campinas

Nº de Ambientes: 23 Tipo Construtivo: Pré-Fabricado

Imagem

Alvenaria

MPA1 Fissuras 34 34%

MPA2 Mofo/Bolor 11

Manifestação

PatológicaSigla Variações Ocorrências

Frequência

(%)

5%

11%

MPA3 Eflorescência 4 4%

TOTAL

MPC3 Eflorescência 12 12%

Estruturas de

concreto

MPC1 Fissuras 35 35%

MPC2 Mofo/Bolor 5

MPC4Corrosão de

Armadura0 0% -

Page 90: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

90

APÊNDICE 1D - RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DA ESCOLA D

Nº de Pavimentos: 4

110 100%

DIAGNÓSTICO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Nome: Escola D Ano de Construção: 2004 Endereço: Campinas

Nº de Ambientes: 27 Tipo Construtivo: Pré-Fabricado

Imagem

Alvenaria

MPA1 Fissuras 50 45%

MPA2 Mofo/Bolor 5

Manifestação

PatológicaSigla Variações Ocorrências

Frequência

(%)

7%

5%

MPA3 Eflorescência 1 1%

TOTAL

MPC3 Eflorescência 10 9%

Estruturas de

concreto

MPC1 Fissuras 34 31%

MPC2 Mofo/Bolor 8

MPC4Corrosão de

Armadura2 2%

Page 91: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

91

APÊNDICE 1E - RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DA ESCOLA E

Nº de Pavimentos: 34

92 100%

DIAGNÓSTICO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Nome: Escola E Ano de Construção: 2009 Endereço: Campinas

Nº de Ambientes: 3 Tipo Construtivo: Pré-Fabricado ( X )

Imagem

Alvenaria

MPA1 Fissuras 69 75%

MPA2 Mofo/Bolor 9

Manifestação

PatológicaSigla Variações Ocorrências

Frequência

(%)

4%

10%

MPA3 Eflorescência 3 3%

TOTAL

MPC3 Eflorescência 3 3%

Estruturas de

concreto

MPC1 Fissuras 4 4%

MPC2 Mofo/Bolor 4

MPC4Corrosão de

Armadura0 0% -

Page 92: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

92

APÊNDICE 2 - ESPECIFICAÇÕES DAS FISSURAS NAS ALVENARIAS

Page 93: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

93

ESPECIFICAÇÕES DAS FISSURAS NAS ALVENARIAS DA ESCOLA A

Frequência Imagem

39%

23%

17%

10%

6%

4%

1%

Fissuras destacamento de

paredes de alvenaria por

retração

Fissuras verticais por

movimentação térmica da

alvenaria

Fissuras verticais induzidas por

sobrecargas

Fissuras verticais por

movimentação térmica da laje

Fissuras horizontais induzidas

por sobrecargas

Causas Prováveis

Podem ter procedência por

problemas nos materiais

empregados (THOMAZ,1989),

causando retração da alvenaria e

sendo mais expressiva em alvenarias

de blocos de concreto, que é o caso

da edificação em questão.

É visível que este tipo de

manifestação ocorre pelo

carregamento excessivo de

flexocompressão que a alvenaria

sofre, haja vista que há laje acima

da parede (SAHLIN, 1971).

Fissuras por sobrercargas na

interface alvenaria/esquadria

Especificação da Fissura

Fissuras verticais em paredes

por retração da alvenaria

Essa manifestação é característica

de lajes que se dilatam e geram

tensões de tração, que é visível no

topo da parede (MAGALHÃES,

2004)

Fissuras que ocorrem por

problemas na argamassa, justamente

na ligação entre a alvenaria e

argamassa (SAHLIN, 1971).

Como se trata de alvenaria longa

que é do fechamento do pátio, e

não se verificam pontos de

amarração ou juntas, causando as

fissuras (TRILL; BOWYER, 1982).

É um tipo de manifestação que

ocorre na interface

alvenaria/concreto que tem origem

no abatimento da alvenaria no

momento da execução juntamente

com a retração de argamassa

(THOMAZ, 1989).

Por se tratar de lajes pré-

fabricadas e de vão maiores, esse

carregamento excessivo pode ser a

causa principal destas fissuras

(THOMAZ, 1989).

Page 94: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

94

ESPECIFICAÇÕES DAS FISSURAS NAS ALVENARIAS DA ESCOLA B

Especificação das Fissuras Frequência Imagem Causas Prováveis

Fissuras horizontais induzidas

por sobrecargas26%

É visível que este tipo de

manifestação ocorre pelo

carregamento excessivo de

flexocompressão que a

alvenaria sofre, haja vista que

há laje acima da parede

Fissuras por sobrecargas na

interface alvenaria/esquadria17%

Por se tratar de lajes pré-

fabricadas e de vão maiores,

esse carregamento excessivo

por ser a causa principal

destas fissuras (THOMAZ,

1989).

Fissuras verticais por

movimentação térmica da laje17%

Essa manifestação é

característica de lajes que se

dilatam e geram tensões de

tração, que é visível no topo

da parede (MAGALHÃES,

2004)

Fissuras verticais em paredes

por retração da alvenaria14%

Podem ter procedência por

problemas nos materiais

empregados

(THOMAZ,1989), causando

retração da alvenaria e sendo

mais expressiva em alvenarias

de blocos de concreto, que é

o caso da edificação em

questão.

Fissuras destacamento de

paredes de alvenaria por

retração

11%

É um tipo de manifestação

que ocorre na interface

alvenaria/concreto que tem

origem no abatimento da

alvenaria no momento da

execução juntamente com a

retração de argamassa

(THOMAZ, 1989).

Fissuras horizontais por

expansão da alvenaria11%

Ocorre pela presença de

umidade ascendente do solo

(THOMAZ,1989). No caso

da Escola B, foram

identificados este tipo de

manifestação nas alvenarias

do térreo.

Fissuras verticais por

expansão da alvenaria4%

Esta manifestação é

ocasionada pela

movimentação térmica da

alvenaria e ocorre

principalmente em cantos

(ELDRIDGE, 1982).

Page 95: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

95

ESPECIFICAÇÕES DAS FISSURAS NAS ALVENARIAS DA ESCOLA C

Especificação das Fissuras Frequência Imagem Causas Prováveis

Fissuras horizontais induzidas

por sobrecargas23%

É visível que este tipo de manifestação

ocorre pelo carregamento excessivo de

flexocompressão que a alvenaria sofre,

haja vista que há laje acima da parede

(SAHLIN, 1971).

Fissuras pelo destacamento e

paredes de alvenaria por

retração

20%

É um tipo de manifestação que ocorre

na interface alvenaria/concreto que tem

origem no abatimento da alvenaria no

momento da execução juntamente com

a retração de argamassa (THOMAZ,

1989).

Fissuras por sobrecargas na

interface alvenaria/esquadria20%

Por se tratar de lajes pré-fabricadas e

de vão maiores, esse carregamento

excessivo por ser a causa principal

destas fissuras (THOMAZ, 1989). Em

alguns casos ocorre o preenchimento

com espessas camadas de argamassa,

devido a incompatibilidade entre as

dimensões do vão e esquadrias

(LUCINI, 2001).

Fissuras verticais por

movimentação térmica da laje15%

Essa manifestação é característica de

lajes que se dilatam e geram tensões de

tração, que é visível no topo da parede

(MAGALHÃES, 2004)

Fissuras verticais em paredes

por retração da alvenaria12%

Podem ter procedência por problemas

nos materiais empregados

(THOMAZ,1989), causando retração

da alvenaria e sendo mais expressiva

em alvenarias de blocos de concreto,

que é o caso da edificação em questão.

Fissuras por deficiência de

amarração da alvenaria10%

Provável causa deste tipo de

manifestação patológica, de acordo

com Magalhães (2004) é a falta de

amarração entre as alvenarias com a

colocação de telas metálicas nas juntas

de argamassa na ligação entre os

blocos.

Page 96: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

96

ESPECIFICAÇÕES DAS FISSURAS NAS ALVENARIAS DA ESCOLA D

Especificação das Fissuras Frequência Imagem Causas Prováveis

Fissuras horizontais induzidas

por sobrecargas48%

É visível que este tipo de

manifestação ocorre pelo

carregamento excessivo de

flexocompressão que a alvenaria

sofre, haja vista que há laje acima

da parede (SAHLIN, 1971).

Fissuras por sobrecargas na

interface alvenaria/esquadria14%

Por se tratar de lajes pré-

fabricadas e de vão maiores, esse

carregamento excessivo por ser a

causa principal destas fissuras

(THOMAZ, 1989).

Fissuras verticais por

movimentação térmica da laje14%

Essa manifestação é característica

de lajes que se dilatam e geram

tensões de tração, que é visível no

topo da parede (MAGALHÃES,

2004)

Fissuras verticais por

movimentação térmica da

alvenaria

10%

Como se trata de alvenaria longa

que é do fechamento do pátio, e

não se verifica pontos de

amarração ou juntas, causando as

fissuras (TRILL; BOWYER,

1982).

Fissuras por deficiência de

amarração da alvenaria10%

Provável causa deste tipo de

manifestação patológica, de acordo

com Magalhães (2004) é a falta de

amarração entre as alvenarias com

a colocação de telas metálicas nas

juntas de argamassa na ligação

entre os blocos.

Fissuras verticais por

expansão da alvenaria4%

Esta manifestação é ocasionada

pela movimentação térmica da

alvenaria e ocorre principalmente

em cantos (ELDRIDGE, 1982).

Page 97: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

97

ESPECIFICAÇÕES DAS FISSURAS NAS ALVENARIAS DA ESCOLA E

Especificação da Fissura Frequência Imagem Causas Prováveis

Fissuras horizontais

induzidas por sobrecargas52%

É visível que este tipo de

manifestação ocorre pelo

carregamento excessivo de

flexocompressão que a

alvenaria sofre, haja vista que

há laje acima da parede

(SAHLIN, 1971).

Fissuras por sobrecargas na

interface

alvenaria/esquadria

16%

Por se tratar de lajes pré-

fabricadas e de vão maiores,

esse carregamento excessivo

por ser a causa principal

destas fissuras (THOMAZ,

1989).

Fissuras verticais por

expansão da alvenaria13%

Esta manifestação é

ocasionada pela

movimentação térmica da

alvenaria e ocorre

principalmente em cantos

(ELDRIDGE, 1982).

Fissuras verticais por

movimentação térmica da

laje

7%

Essa manifestação é

característica de lajes que se

dilatam e geram tensões de

tração, que é visível no topo

da parede (MAGALHÃES,

2004)

Fissuras verticais em

paredes por retração da

alvenaria

4%

Podem ter procedência por

problemas nos materiais

empregados

(THOMAZ,1989), causando

retração da alvenaria e sendo

mais expressiva em alvenarias

de blocos de concreto, que é

o caso da edificação em

questão.

Fissuras destacamento de

paredes de alvenaria por

retração

4%

É um tipo de manifestação que

ocorre na interface

alvenaria/concreto que tem

origem no abatimento da

alvenaria no momento da

execução juntamente com a

retração de argamassa

(THOMAZ, 1989).

Fissuras verticais junto ao

solo por recalque da

fundação

4%

Presupõe-se que este tipo de

manifestação patológica tenha

como causa problemas de

recalque da fundação

(HELENE, 1992).

Page 98: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

98

ANEXO A – CATÁLOGO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Page 99: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

99

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS – ESCOLA A

Figura III – Fissuras em alvenaria de fechamento entre ambientes (interno e externo)

Figura IV – Fissuras na alvenaria devido à sobrecarga da laje

Page 100: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

100

Figura V – Fissuras na alvenaria devido à sobrecarga da laje

Figura VI – Fissuras na alvenaria do muro

Page 101: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

101

Figura VII – Mofo e fissuras na alvenaria da sala de aula

Figura VIII – Fissuras na laje

Page 102: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

102

Figura IX – Fissuras na viga gerber

Figura X – Mofo na laje

Page 103: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

103

Figura XII – Mofo nos encontros viga/pilar

Figura XII – Pontos de eflorescência na laje

Page 104: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

104

Figura XIII – Pontos de eflorescência na laje

Figura XIV – Corrosão de armaduras na laje

Page 105: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

105

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS – ESCOLA B

Figura XV – Fissuras na alvenaria de fechamento que separa o ambiente interno e externo

Figura XVI – Fissuras na alvenaria de fechamento que separa o ambiente interno e externo

Page 106: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

106

Figura XVII – Fissuras e pequenos pontos de mofo na alvenaria

Figura XVIII – Fissuras na laje

Page 107: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

107

Figura XIX – Fissuras mapeadas na laje

Figura XX – Mofo na laje de cobertura

Page 108: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

108

Figura XXI – Mofo e pontos de eflorescência na laje de cobertura

Figura XXII – Fissuras mapeadas na laje

Page 109: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

109

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS – ESCOLA C

Figura XXIII – Fissuras em alvenarias

Figura XXIV – Fissuras em alvenarias causadas por recalque de fundação

Page 110: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

110

Figura XXV – Mofo na alvenaria

Figura XXVI – Mofo na alvenaria

Page 111: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

111

Figura XXVII – Eflorescência na alvenaria

Figura XXVIII – Fissura na parte inferior da viga

Page 112: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

112

Figura XXIX – Fissura na viga gerber

Figura XXX – Fissura na viga gerber

Page 113: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

113

Figura XXXI – Fissura e mofo no concreto

Figura XXXII – Eflorescência na face da viga da fachada

Page 114: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

114

Figura XXXIII – Eflorescência na face da viga da fachada

Page 115: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

115

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS – ESCOLA D

Figura XXXIV – Fissuras em alvenarias

Figura XXXV – Fissuras em alvenarias causadas por recalque de fundação

Page 116: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

116

Figura XXXVI – Fissuras na alvenaria

Figura XXXVII – Mofo na alvenaria

Page 117: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

117

Figura XXXVIII – Mofo e eflorescência na alvenaria

Figura XXXIX – Fissuras na viga gerber

Page 118: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

118

Figura XL – Fissuras na laje

Figura XLI – Fissura na face da viga

Page 119: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

119

Figura XLII – Mofo na viga da fachada

Figura XLIII – Mofo na viga

Page 120: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

120

Figura XLIV – Eflorescência na laje

Figura XLV – Eflorescência no encontro laje e viga

Page 121: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

121

Figura XLVI – Corrosão de armaduras na viga

Page 122: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

122

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS – ESCOLA E

Figura XLVII – Fissuras em alvenarias causadas por recalque de fundação

Figura XLVIII – Fissuras em alvenarias causadas por recalque de fundação

Page 123: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

123

Figura XLIX – Fissuras em alvenarias acompanhando as juntas de assentamento dos blocos

Figura L – Fissuras na interface alvenaria/concreto devido às falhas na amarração dos sistemas

Page 124: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

124

Figura LI – Mofo na alvenaria abaixo do bebedouro por conta da umidade permanente

Figura LII – Mofo na alvenaria do corrimão de acesso dos estudantes à escola ocasionado por

exposição às intempéries

Page 125: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

125

Figura LIII – Eflorescência na alvenaria

Figura LIV – Fissuras nas lajes dos espelhos das escadas de acesso ao pavimento

Page 126: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

126

Figura LV – Fissuras na viga gerber

Figura LVI – Fissuras na viga e na alvenaria

Page 127: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

127

Figura LVII – Mofo nas vigas da fachada

Figura LVIII – Eflorescência nas vigas

Page 128: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

128

ANEXO B – PROJETOS DAS ESCOLAS

Page 129: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

129

PROJETOS DA ESCOLA A

Figura LIX – Corte Transversal (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Figura LX – Elevação Norte (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 130: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

130

Figura LXI – Térreo/Implantação (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Figura LXII – 1º Pavimento (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 131: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

131

Figura LXIII – 2º Pavimento (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 132: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

132

PROJETOS DA ESCOLA B

Figura LXIV – Corte Transversal (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Figura LXV – Corte Longitudinal (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 133: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

133

Figura LXVI – Térreo/Implantação (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 134: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

134

Figura LXVII – 1º Pavimento (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Figura LXVIII – 2º Pavimento (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 135: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

135

Figura LXIX – 3º Pavimento (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 136: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

136

PROJETOS DA ESCOLA C

Figura LXX – Corte Transversal (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Figura LXXI – Corte Longitudinal (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 137: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

137

Figura LXXII – Térreo/Implantação (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 138: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

138

Figura LXXIII – 1º Pavimento (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 139: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

139

Figura LXXIV – 2º Pavimento (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 140: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

140

PROJETOS DA ESCOLA D

Figura LXXV – Corte Longitudinal (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 141: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

141

Figura LXXVI – Térreo/Implantação (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 142: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

142

Figura LXXVII – 1º Pavimento (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 143: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

143

Figura LXXVIII – 2º e 3º Pavimentos (Fonte: Ferreira; Mello, 2006)

Page 144: Análise das manifestações patológicas em edificações ...repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/322039/1/Oliveira_M… · FICHA CATALOGRÁFICA Agência(s) de fomento

144

PROJETOS DA ESCOLA E

A Escola E foi construída em 2009 e, portanto, não fez parte do catálogo das

Escolas em atividades no livro “FDE: Arquitetura escolar paulista: estrutura pré-

fabricadas”; assim como também não foram disponibilizados projetos das escolas

pela FDE.