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1 ANÁLISE FACIAL: A PRIMEIRA ETAPA PARA A HARMONIZAÇÃO OROFACIAL Facial analysis: The first step towards orofacial harmonizaon Alessandra Larissa Rosa Kichese¹ Jenifer Alexandria de Moraes² Cynthia Soares de Souza³ ¹ Esp. em Prótese dentária - UFU, Mestranda em prótese – SL Mandic/SP, Esp. em Harmonização Facial- Faipe, Prof. em cursos e especialização de Harmonização Facial. ² Esp. em Prótese dentária – ABO/GO. ³ Esp. em Saúde Estéca – InCursos/GO

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ANÁLISE FACIAL: A PRIMEIRA ETAPA PARA A HARMONIZAÇÃO OROFACIAL Facial analysis: The first step towards orofacial harmonization

Alessandra Larissa Rosa Kichese¹Jenifer Alexandria de Moraes²Cynthia Soares de Souza³

¹ Esp. em Prótese dentária - UFU, Mestranda em prótese – SL Mandic/SP, Esp. em Harmonização Facial- Faipe, Prof. em cursos e especialização de Harmonização Facial. ² Esp. em Prótese dentária – ABO/GO.³ Esp. em Saúde Estética – InCursos/GO

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2Simmetria Orofacial Harmonization in Science. 2019; 1(1):08-19.

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RESUMO

A análise facial é indispensável para o sucesso de qualquer tratamento estético, pois auxilia no diagnóstico e plano de tratamento para o equilíbrio e harmonia dos terços fa-ciais, assim como auxilia na comunicação profissional-paciente. Com o reconhecimento dos fundamentos da análise facial, o profissional tem mais segurança tanto para indicar procedimentos de harmonização facial não cirúrgicos, quanto para indicar correções cirúr-gicas, melhorando o prognóstico e previsibilidade dos tratamentos. O objetivo do presente estudo é apresentar uma breve revisão da análise facial, com padrões de referências ba-seados na literatura.

Descritores: Análise facial, estética orofacial, harmonização facial, simetria facial.

AbstractFacial analysis is indispensable to success for any aesthetic treatment, as it assists the

diagnosis and treatment plan for the balance and harmony of facial thirds, as well as to assist in professional-patient communication. With the recognition of the fundamentals of facial analysis, the professional has more security both to indicate non-surgical facial harmonization procedures and to indicate surgical corrections, improving the prognosis and predictability of treatments. The purpose of this study is to present a brief review of facial analysis, with reerence standards based on the literature.

Descriptors: Facial analysis, orofacial esthetics, facial harmonization, facial symmetry.

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INTRODUÇÃO

Inicialmente a definição de estética foi introduzida por Aristóteles, que relatou que uma pes-soa podia se ver agradável nos olhos de outras pessoas, assim, foram descritas as primeiras leis da geometria para a harmonia e equilíbrio facial. Conceitos esses que mudaram ao longo do tempo1.

Os fundamentos para as terapias estéticas se baseiam em um correto diagnóstico e plano de tratamento que remetem ao equilíbrio e harmonia dos traços faciais. Com o avanço e popularidade dos procedimentos estéticos não cirúrgicos, o equilíbrio facial recebeu maior destaque. Isso resultou na intensificação da necessidade de se estudar as faces esteticamente equilibradas e a harmonia entre diferentes elementos faciais2.

A estética orofacial é o que leva os profissionais a estarem sempre se atualizando sobre a temática, para se aproximar das expectativas de seus pacientes na busca pela beleza. Essa expectativa deve ser considerada, visto que o conceito de estética é pessoal e varia de acordo com a região, época e cultura de um povo. Existe uma combinação entre a estética e a Dentística, que define a arte de criar, reproduzir, copiar e harmonizar tratamentos com estruturas dentais e anatômicas próximas, de modo que o trabalho se torne belo, expressivo e imperceptível3.

A análise facial é uma ferramenta clínica muito usada por profissionais da saúde com a finalidade de avaliar características faciais do paciente, definindo proporções, volume, apa-rência, simetria e deformidades visíveis. Essa análise consiste em realizar um exame da face, por meio de fotografias e ou ainda associado a exames de imagem4,5.

Essas análises voltadas especificamente para a face ganharam força após 1980, decor-rente do crescimento e incentivo à cirurgia ortognática, já que em alguns casos a superfície externa da face não está diretamente relacionada com o esqueleto e que o conhecimento das proporções faciais e a objetividade das análises subjetivas na avaliação da harmonia facial poderiam auxiliar na correção cirúrgica da região6.

Esse exame, que por muito tempo foi usado por ortodontistas e cirurgiões bucomaxi-lofaciais, nos dias de hoje deve estar à disposição de qualquer especialidade odontológica, principalmente as que trabalham com estética. Com a regulamentação do uso estético para a toxina botulínica e do ácido hialurônico para a Odontologia no Brasil, muitos profissionais vêm buscando cada vez mais este conhecimento7.

Com o conhecimento dos fundamentos da análise facial é possível que o cirurgião-den-tista possa reconhecer uma alteração (deformidade) que não será corrigida com as terapias estéticas não cirúrgicas. Dessa forma, o profissional terá maior segurança no momento, tanto para indicar procedimentos de harmonização facial não cirúrgicos, quanto para sugerir cor-reções cirúrgicas, melhorando o prognóstico e previsibilidade dos tratamentos8.

Este trabalho tem como objetivo analisar e revisar os fundamentos que norteiam os princípios e parâmetros estéticos da análise facial, priorizando os conhecimentos mais deta-lhados na aplicação clínica, com base nos artigos e trabalhos citados como uma revisão de literatura juntamente com análise do caso clínico.

REVISÃO DE LITERATURA

As análises faciais informam sobre a morfologia do perfil, bem como sua relação com o tecido ósseo subjacente9.

Para Powell e Humphreys (1984)10, a harmonia da face, em geral, é determinada com base no equilíbrio dos terços faciais. Assim, por meio da análise linear de tecido mole é possível estabelecer padrões estéticos relacionando a proporcionalidade das estruturas da face do paciente11.

A face pode ser classificada antropometricamente em três tipos: dolicocefálica (longa e estreita), braquicefálica (curta e com largura aumentada) e mesocefálica (tipo intermediário)12.

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Plano Sagital (simetria horizontal)A face deve ser avaliada pela visão frontal, quanto a simetria bilateral, proporções de

tamanho da linha mediana às estruturas laterais e proporcionalidade vertical. Inicialmente é traçada uma linha vertical verdadeira (Centro da glabela, filtro e mento), dividindo a face em duas partes (Figura 1). Não há face perfeitamente simétrica, contudo, certas simetrias são necessárias para uma boa estética facial. Essa “assimetria normal”, a qual resulta de uma pequena diferença de tamanho entre os dois lados, deve ser distinguida de um grande desvio do queixo ou nariz.

A assimetria pode ter relação com mordida cruzada, alterações de crescimento ósseo e/ou condilares, atrofias musculares e ainda associada a paralisia facial. Assim, muitas vezes os procedimentos não cirúrgicos para correção de assimetrias terão resultados precários13.

Figura 1 – Linha vertical para avaliar a simetria da face.

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Terços faciais (Simetria vertical)As proporções e simetrias podem ser avaliadas por meio dos terços da face: supe-

rior, médio e inferior. Os terços faciais são formados a partir de linhas perpendiculares ao plano sagital. As linhas têm como referência a raiz do cabelo, rebordos superciliares, subnasal e rebordo inferior do mento. É possível considerar que uma face é proporcio-nal quando os três terços têm aproximadamente o mesmo tamanho. O terço inferior é considerado o terço de maior importância na hora de estabelecer um diagnóstico e um plano de tratamento14 (Figura 2).

A avaliação dos terços faciais e o correto diagnóstico das suas alterações influen-ciam sobremaneira a decisão de intervenções cirúrgicas ortognáticas previamente a reabilitações estéticas. De acordo com o estudo, o terço superior corresponde, em uma média, de aproximadamente 30% do comprimento total do rosto, o terço médio de 35% e o inferior de 30 a 35%15.

Figura 2 – Terços faciais traçados

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Análise do sorriso e em repousoUm sorriso agradável e com características de jovialidade pode ser definido como

aquele que expõe completamente os dentes superiores, podendo apresentar uma exposição gengival de 1 mm a 3 mm16. Todavia, em estudo recente, pesquisadores constataram que para ortodontistas o limite estético de exposição gengival e de até 2 mm17.

As linhas médias dos incisivos superiores e inferiores devem estar alinhadas e coinciden-tes com a linha média facial. Estudos constataram que discrepâncias de até 4 mm entre as linhas médias dentárias superiores e inferiores são imperceptíveis para os leigos16 (Figura 4).

Um sorriso agradável é alcançado quando os ângulos da boca (linha da comissura labial) estão paralelos à linha interpupilar e ao plano incisal, com a ponta dos caninos to-cando levemente no lábio inferior18. Também podemos avaliar a largura do sorriso com a linha vertical indo da comissura labial no sorriso à linha até a íris. Mostrando se o sorriso é curto, em caso dessa linha passar pelo meio ou anterior à íris, ou se for um sorriso largo caso a mesma tangencie a distal da íris, ou se for do tamanho ideal caso passar pela parte externa da íris (Figura 3).

As linhas verticais também podem revelar a posição das asas do nariz e comissuras labiais em relação à íris. A linha que passa bilateralmente pela asa do nariz permite verificar se o nariz é normal, largo ou estreito para a face. O ideal é que esta linha toque no início da esclera, quanto mais dentro da esclera está a linha, mais largo é o nariz e se a linha não toca na esclera, o nariz é estreito para face (Figura 4).

Outra linha vertical que pode ser analisada é a da comissura labial em repouso à linha interna da íris. Mostrando se a boca é pequena, em caso dessa linha passar aquém do início da íris, ou se for uma boca larga caso a mesma invada à íris, ou se for do tamanho ideal caso a linha tangencie o início da íris19 (Figura 4).

Figura 3 - Linha vertical indo da comissura labial no sorriso à linha até a íris, com a distância interpupilar e a largura do sorriso.

Figura 4 - Linhas verticais no sorriso e em repouso.

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Largura asa do narizAs linhas verticais da asa do nariz são duas linhas imaginárias que tangenciam bilate-

ralmente a asa do nariz e determinam a distância interalar. Essas linhas podem auxiliar em dois aspectos: analisar simetria do nariz com a face e auxiliar na determinação da dimensão ideal dos seis dentes anterossuperiores. Outra condição importante é que, a linha da asa do nariz deve tangenciar a porção distal dos caninos superiores, evidenciando uma relação de largura ideal dos seis dentes anterossuperiores no sorriso. Essa linha também auxilia na determinação de posição distal ou mesial dos caninos superiores, seja pela movimentação dental, seja pelo ganho de volume vestibular dos dentes anteriores em casos de linguali-zação coronária20 (Figura 5).

Distância bizigomática x Distância bigoníacaA distância bizigomática, entre o ponto mais alto da região do zigomático, é em cerca de 30%

maior que a distância bigoníaca, entre os gênios mandibulares. O terço inferior da face deve ser mais estreito, em vista frontal, causando efeito visual de rosto em formato de triângulo invertido21.

Já em relação à proporção de altura (do tríquio ao mento) e a largura (medida entre zigo-máticos), irá depender do gênero. Na mulher a largura do rosto corresponde a 70% da medida de seu comprimento, já no homem deve corresponder a 65% do seu comprimento6 (Figura 6).

Figura 6 - Distância bizigomática e distância bigoníaca.

Figura 5 - Distância interalar.

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Comprimento do lábioO comprimento do lábio superior é medido do subnasal ao ponto mais inferior do

lábio superior (Sn-LS) (Figura 7). Esta medida é mais longa no sexo masculino do que no feminino. Se o lábio superior é anatomicamente curto (18 mm ou menos), observa-se um espaço interlabial aumentado e uma exposição do incisivo, associada a um aumento da altura do terço inferior12,22.

Com os lábios relaxados, as linhas subnasal, do lábio superior, do lábio inferior e dos tecidos moles do mento dividem o terço inferior em comprimento do lábio superior e inferior. Como regra geral, o comprimento do lábio superior deve ser a metade do comprimento do inferior (pele e vermelhidão). O comprimento normal da linha subnasal à borda superior do lábio inferior é de 19 mm a 22 mm e engloba o comprimento do lábio superior, que é anatomicamente mais curto, promove aumento da distância interlabial em repouso e, con-sequentemente, a estética desejada, que é a exposição dos incisivos centrais superiores21.

Figura 7 – Comprimento do lábio superior

Exposição do incisivo superior em repouso (selamento labial)O selamento labial pode estar aumentado, excessivo ou normal. O lábio curto pode

expor excessivamente o incisivo em repouso. Um excessivo selamento geralmente está associado a um aspecto senil8.

O interessante é que tenhamos ao menos 1 a 3 mm de exposição de incisal em repouso, em pacientes mais jovens. Em média, os incisivos superiores são expostos mais nas mulheres (3,4 mm) quando em repouso que os homens (1,91 mm) e que nos pacientes jovens eles são mais visíveis que nos pacientes de meia idade ( 3,37 mm versus 1,26 mm)23 (Figura 8).

Figura 8 – Exposição dos incisivos centrais em repouso

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Ângulo GoníacoO ângulo goníaco foi também investigado pela sua importância na construção de uma

mandíbula normal, resultado de um crescimento adequado que se espera encontrar nos indivíduos Padrão I24.

Segundo estudo, a média obtida para o mesmo foi de 121,4°, variando entre 109,0° e 133,0°. Os pacientes do gênero feminino apresentaram o tipo facial tendendo a mais horizontal, com redução do ângulo (120,3°, variando entre 109,0° e 128,8°), enquanto nos pacientes do gênero masculino o valor mínimo obtido foi 115,6°, o máximo foi 133,0°, e a média foi de 124,6º. 20 (Figura 10).

Análise de perfil Para esta análise, o paciente deve estar em posição natural da cabeça, olhando para o

horizonte, evitando hiperextensão cervical, que pode projetar excessivamente o mento, ou a hiperextensão cervical, que pode gerar um encurtamento do pescoço, que geraria uma análise com mento pouco projetado, conduzindo a resultados errados22.

Este tipo de análise permite identificar 3 tipos de perfil facial: côncavo, convexo e reto.O perfil pode ser avaliado pela união de três pontos (glabela, subnasal e pogônio) e

ângulo interno assim formado, onde o perfil normal forma ângulo de aproximadamente 170 graus, o convexo menor que 170 graus, e o côncavo maior que 170 graus21 (Figura 9)

Figura 9 – Análise do paciente em perfil

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Figura 10 – Ângulo Goníaco

Projeção nasalA projeção nasal é indicadora de posição anteroposterior da maxila. Em um nariz

muito longo é possível que exista uma posição posterior da maxila. Assim, em discrepân-cias acentuadas da projeção as terapias não cirúrgicas terão resultados limitados. Essa projeção nasal é a medida horizontal do subnasal a ponta do nariz e tem uma média de 16 a 20 mm8 (Figura 11).

Figura 11 – Projeção nasal

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Ângulo NasolabialEste ângulo é formado pela intersecção da linha do lábio superior e da linha da colu-

mela ao subnasal, sendo que pode ter uma melhora perceptível com procedimentos que visam preenchimento da base nasal ou também no ápice nasal18 (Figura 12).

Todos os procedimentos devem colocar o ângulo nasolabial na variação cosmetica-mente desejável entre 850 a 1050. No sexo feminino, pode ser mais fechado7.

Figura 12 – Análise do ângulo nasolabial.

Linha queixo pescoçoA distância da junção pescoço região submandibular até o mento também deve ser ob-

servada. O comprimento dessa linha deve ser de aproximadamente 35 a 45 mm. A relevância clínica dessa distância (linha queixo pescoço) é observada em pacientes que apresentam valores abaixo da média e se queixam de excesso de tecido mole nessa região25 ( Figura 13).

Figura 13 – Distância do mento à região submandibular.

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CONCLUSÃO

Os fundamentos para as terapias estéticas em Odontologia se baseiam em um correto diagnóstico e plano de tratamento que remetem ao equilíbrio e harmonia dos traços faciais.

Com a população cada vez mais exigente e com grande diversidade de tratamentos estéticos orofaciais é essencial conhecer bem as estruturas anatômicas que formam a face, tendo uma referência da normalidade do padrão do biótipo brasileiro. É importante diagnosticar a origem da desarmonia estética facial, podendo ser esquelética, dentária ou alteração anatômica, que poderá não ser corrigida com as terapias estéticas.

Um dos maiores objetivos dessa análise é facilitar a comunicação entre o paciente e os profissionais envolvidos no tratamento, garantindo melhor previsibilidade nos resultados finais.

Além de que, aas imagens dos pacientes realizadas previamente podem ser um fator decisivo a ser considerado quando o profissional realiza a análise facial.

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Como citar este artigo:Kichese ALS, de Moares JA, de Souza CS. Simmetria Orofacial Harmonization in Science. 2020; 1(3):DOI:

Email do autor: Recebido para publicação: 05/02/2020Aprovado para publicação: