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Anna Catharinna 1

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Ao contrário da palavra romântico, o termo realista vai nos lembrar alguém de espírito

prático, voltado para a realidade, bem distante da

fantasia da vida.

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A arte parece guiada por uma grande preocupação: corrigir os desvios da sociedade a partir da

análise dos fatos e dos homens. A observação deveria ocupar, assim, o

lugar que no Romantismo era ocupado pela imaginação.

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As idéias de liberdade difundidas pela Revolução Francesa espalham-

se pela Europa, no começo do século XIX. Do período que vai de 1820 a 1848, as nações européias esforçam-se para conter o avanço

dessas idéias e da expansão napoleônica.

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O ano de 1848 antecipa aquilo que seria toda a segunda

metade do século XIX: lutas sociais e fermentação de idéias

políticas.

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No ano de 1848, em vários países europeus, como Itália, Alemanha

e França, ocorreram intensas conturbações sociais. Eram

movimentos de origem popular, com idéias liberais, nacionalistas e

socialistas.

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No mesmo ano (1848) é publicado o Manifesto Comunista, de Karl Marx

e Frederick Engels, em que se defendia o socialismo científico (sistema no qual existiria uma

sociedade igualitária, sem a exploração do homem pelo homem).

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Assim, o socialismo científico somente seria alcançado por meio da luta de classes que

tivesse por alvo a burguesia e o sistema capitalista.

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Tal teoria contrapunha-se às idéias do socialismo utópico, de Robert Owen, Proudhon e outros, que

acreditavam na possibilidade de se chegar a uma organização

comunista da sociedade sem a luta de classes.

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No plano científico-filosófico, verifica-se uma verdadeira onda de cientificismo e materialismo, que alguns chegam a identificar como uma continuidade ou uma segunda etapa do Iluminismo do

século XVIII.

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Dentre as mais importantes correntes científico-filosóficas da

época, destacam-se:

Positivismo;

Determinismo;

Darwinismo.

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Criado por Auguste Comte, parte do princípio de que o

único conhecimento válido é o conhecimento positivo, isto é,

oriundo das ciências.

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É uma filosofia empírica, que se baseia na observação do mundo

físico, por isso rejeita a metafísica. Acredita na

capacidade do homem de amar e de ser solidário socialmente.

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Criado por H. Taine, parte do princípio de que o

comportamento humano édeterminado por três aspectos

básicos: o meio, a raça e o momento histórico.

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Criado por Darwin, apresenta a teoria da seleção natural, segundo

a qual a natureza ou o meio selecionam entre os seres vivos

aquelas variações que estão destinadas a sobreviver e

perpetuar-se.

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Assim, os mais fortes sobrevivem e procriam,

enquanto os mais fracos são eliminados antes de exercerem

a procriação.

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Destacam-se ainda, na época, as pesquisas no campo da Física,

da Química, da Biologia e, principalmente, no campo da

Medicina.

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São dessa época igualmente os primeiros esforços no sentido de criar três áreas científicas

novas: a Sociologia, a Antropologia e a Psicologia.

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Objetivismo; narrativa lenta, exatidão para localizar tempo e

espaço; descrição objetiva, precisa; casamento como arranjo

conveniente; mulher não idealizada, mostrada com

qualidades e defeitos;

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amor e outros sentimentos subordinados aos interesses

sociais; protagonistas apresentado como um anti-herói ou um “herói

problemático”, cujos valores entram em crise perante o mundo

degradado;

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crítica aos valores e às instituições decadentes da

sociedade burguesa; introspecção psicológica.

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É nesse contexto sociopolítico-científico que surgem o

Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo.

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A alteração do quadro social e cultural exigia dos escritores

outra forma de abordar a realidade: menos idealizada do

que a romântica e mais objetiva, crítica e participante.

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Contudo, há semelhanças e diferenças entre essas correntes.

As semelhanças residem na objetividade, na luta contra o Romantismo e no gosto por

descrições minuciosas.

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A designação de Realismo ao movimento não é a mais

adequada, porque em todas as épocas se pode identificar mais ou

menos o realismo artístico, em oposição à fantasia e à

imaginação.

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Entretanto, o Realismo da segunda metade do século XIX, preconiza maior

aproximação com a realidade ao descrever os costumes, o

relacionamento homem e mulher, as relações sociais, os conflitos interiores do ser humano, a crise das instituições (Estado, Igreja, família, casamento, entre

outros.) e etc.

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A obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881) de

Machado de Assis, tradicionalmente tem sido

apontada como marco inicial do Realismo no Brasil.

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Contudo, essa nova postura artística já se esboçava desde a primeira metade do século XIX,

no interior do próprio Romantismo.

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A observação da produção literária dos escritores da última geração

romântica, dos anos 60 – 70 , revela a existência de algumas tendências que apontavam cada vez mais para uma literatura preocupada com o

seu tempo o que caracterizou o Realismo alguns anos depois.

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São exemplos dessas tendências: a objetividade das descrições de

certos romances, como Senhora, Lucíola e O Cabeleira; e o

sentimento literário reformador da poesia social de Fagundes

Varela e Castro Alves.

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Essas obras, em parte jádistanciadas de algumas

posturas iniciais do Romantismo como o exotismo, a fuga da realidade, o “mal do

século” e outros,

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representam o início de um processo que culminaria numa forma diferente de sentir e ver a realidade, menos idealizada e

mais verdadeira e crítica: a perspectiva realsita.

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Memórias Póstumas de Brás Cubas, editado em livro em

1881, foi publicado em folhetim no ano anterior, na Revista

Brasileira.

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O romance é a autobiografia de Brás Cubas, que, depois de

morto, resolve escrever suas memórias.

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Dentre os fatos ligados à sua vida, destacam-se: seus amores juvenis

por Marcela, suas aspirações àvida poética, sua amizade com o

filósofo humanista Quincas Borba e seu caso amoroso com Virgília,

mulher de Lobo Neves.

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“AO VERME QUE PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES DO MEU

CADÁVER DEDICO COMO SAUDOSA LEMBRANÇA

ESTAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS.”