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ÁNNO 11. CAMPINAS, 28 DE MAIO DE 1871 N. 159 W* GAZETA DE CAMPINAS & Redactor-O Baclxarcsl F1. Ouirino dos Santos Toda e qualquer correspondência 'leve ser dirigida ao Gerente do estabelecimento— Jose Maria Lisboa NOTICIAS Gazeta «le Campinas—Uma pequena reserva de papel, do que ainda pudemos lançar mão, habilita- nos a dar, em meia folha, o numero"de hoje. Sabemos que está despachada e em caminho a porção deste genero por nós incommondada. Assim faremos todo o possível por não deixar em branco os nossos assignan- tos, em a próxima quinta-feira. «Jury—Ante-liontem reuniu-se quantidade legal de jurados para abrir-se este tribunal. Foi submettido a julgamento, sendo juiz de direito o sr. dr. V. Ferreira Bueno. escrivão o sr. J. Franco de Fontes, o processo em que eram accusados os escravos Cainillo, Felicia- 110, Constantino e Gregorio, por erirafi de homicídio na pessoa de seu senhor Joaquim Guedes de Godoy. Tomara a cadeira da accusação a viuva do finado, co- mo queixosa, representada por seu advogado sr. dr. Luiz Silverio Alves Cruz, e a da defeza o advogado F. Quirino dos Santos, nomeado ex-oíTicio para esse acto pelo sr. dr. presidente do jury. Os reus dividiram-se em duas turmas, entrando os dois primeiros, pronunciados no art. Io da lei de 10 de Junho de 1835, como authores do attentado, (pena de morte), e os outros dois, um considerado igualmente àuthor e outro cúmplice, ficaram adiados para o dia seguinte, visto não combinarem todos entre si nas re- cusacões. Concluídos os debates, em que houve replica e tro- plica, o conselho condemnou o primeiro a galés perpo- tuas e o segundo a açoites, como pedira a delfeza. Theatro—Hoje damos, no lugar competente, < annuticio das duas primeiras pecas que tf em de ser re presentadas brevemente pelo insigne actor Joaquim An gusto e a respectiva companhia. Não nos fartamos em pedir toda a attenção dos leitores para esta agradavei occurrencia Certamente todas as recitas, pois que nel- Ias tomam parte o grande artista, a festejada sra D. Rosina e outros vultos cujo merecimento nos é conhe- cido, hão de atrahir a devida concurrencia; mas ha opti- mo partido em se tomarem assignaturas anticipada- mente, tanto mais attenta a vantagem de preço nas en- iradas, como se propõe. Com;>anliia Paulista—Foi autorisada a rcs- pectiva direetoria a fazer nova chamada de capitaes na razão de 10 °/o a começar de 10 do proximo de Junho e a lindar no dia 26. Substituição (le ni»tas—Acha-se prorogado até 31 de Dezembro do corrente anno o praso mareado para a substituição, sem desconto, das notas de 2$ da 3" estampa. Bispos—Foram nomeados os seguintes: Da diocese de Olinda, o ltevd. missionário capuchinho brasileiro frei Vital Maria de Pernambuco; Da diocese de S. Paulo, o ltevd. Lino Deodato lio- I missão que para esse fim se dirigiu ao governo de Ver- salhes, diz-se, que o sr. Thiors respondera : « a nossa : missão é conciliar a unidade com a liberdade. » A' vis- ta desta resposta parecia a muitos espíritos sérios, que haviam empregado esforços para chegar-se a uma con- ciliaçào, ser a questão resolvida pelas armas. Diante da communa, que se precipita no c-ahos, e do governo provisorio e assemblóa nacional, que parece- nos não comprehenderem bem a situação da França, a questão incarada de alto é esta: federação ou unidade ? Em face de taes acontecimentos os prussianos con- sorvam-se firmes e espera-se que intervenham 110 caso de serem violadas as estipulações feitas com o go- verno que representara a França nos preliminares da paz. Dos outros estados da Europa não nos traz a citada Correspondência noticias de maior vulto. Osjornaes da còrte, que posteriormente nos chega- ram ás mãos, nada mais de importancia adiantam ás noticias que damos acima. Futuro g>apaDiz II Tempo de Roma que n'um conclave de cardeaes recentemente celebrado pelo Padre Santo, esle, prevendo a sua morte, recommendou para lhe succeder o cardeal Bonaparte, primo de Na- poleão iii. füxtran^esros no exercito da eoasiEiiu- na—O numero total de extrangeiros alistados por Clu- seret nas fileiras do exercito communista ascende a 40.0110, os quacs não saem de Paris, o reservam-se para o momento decisivo. São 18:000 garibaldinos sem dis- tineção de nacionalidade, 7:000 inglezes e fenianos ir- landezes, 1:200 gregos, C00 americanos e outros tantos hospanhoes, allemàes e de outros diversos paizes. O general Cecília—O general que succedeu a Dombrowski no commando da praça de Paris, tem 36 anrios, nasceu cm Tours, sabe vinte e seis línguas orientaes e europeas e é mathematico. Tem sido reda- ctor do Rappel. Serviu em Italia nas campanhas de 1859-1860, foi ferido duas vezes e chegou a ser capitão de engenhei- ros. Na guerra com a Prússia foi tenente de corpos francos, e chegou a coronel. Dirigiu a defeza de Alen- çon e bateu-se em Ablis, Cliâteaudun o Varise. Depois de 1S de março foi nomeado chefe de estado maior do general Eudes, e agora é elle proprio general e commandante da praça do Paris. Paris ameaçado de ir pelos ares—Lfi-se o seguinte 11'uma correspondência de Versalhes: O general Dombrowski mostra uma afíeição particu- lar pelas minas. Já, por ordem sua, se tem minado os priucipaes bairros, e hontem, segundo noticias de Pa- ris, tocou a vez aos alicerces do Elyseue das Tulherias que foram cheios de nitro glicerina, para no caso dos versalheses entrarem em Paris, fazerem ir a cidade pe- los ares. drigues ,le Carvalho, que serve actualinente de secreta- rio do bispado do Ceará. Eleição senatorial—O governo geral expediu ordem á presidência desta província para mandar pro- ceder, marcando dia, á eleição de eleitores especiaes, para ser preenchida a vaga deixada pelo fallecido sena- dor José Manoel da Fonseca. Noticias da Europa—Devemos a um amigo, que recebeu a Correspondência de Portugal, o poder- mos adiantar algumas noticias da Europa, vindas pelo paquete John Elder. Eil-as:, Começaram as operações em força contra Paris. Fora desta cidade os federaes (revoltosos) haviam sido re- pellidos em alguns pontos que ousaram atacar e bati- dos completamente em outros, donde foram expellidos. O forte de Issy estava sendo bombardeado assim co- mo outras posições. Moulineaux, aldeia perto de Issyi tinha sido tomada aos revoltosos, depois de um comba- te em que as perdas destes foram superiores ás das for- ças de Versalhes.. Em quanto a communa se enfraquece pelas rivalida- des e por actos que denunciam desespero em defeza de uma causa quasi perdida, os republicanos moderados ganhavam terreno, obtendo victorias nas eleições sup- plementares que se fizeram nas províncias. Dentro de Paris tomava corpo a idéia de conciliação, não obstante ter sido mallograda uma tentativa em que tomaram activa parte os franc-maçons. A uma com- Hotel Monstro Extrahimos o seguinte do «Mounthley Circular» dos srs. Letts, Son & C., de Londres:f w O Grande Central Hotel de New-York contem OoO quartos com acommodações para 1,500 hospedes. A área superficial de cada andar 6 de 35,000 pés inglezes. Tem duas áreas no centro, cada uma com 160 pés de comprimento e 20 pés de largura. Altura do prédio 197 pés. Tem 10 andares e largura de frente 175 pós, e fun- dos 200 pés. Custo do prédio e terreno proprio 1,500.000 dollars. Estatística—Lê-se no «Estandarte»: Um observador fez o calculo, segundo os almanaks de Paris e dos departamentos, que existem em França 1,100,843 médicos, e segundo um outro calculo que se diz «muito exacto», não mais que 1,900,651 doentes. De outro lado ha 1,900,403 advogados, e segundo os autos que se encontram não ha mais que 990,000 cau- sas em litigio. Ora, se os 910,403 advogados desoccu- pados, ou em inacção não cahirem doentes de pesar e melancolia, ahi veremos os 300,192 médicos, que tam- bem ficarão em disponibilidade, de braços crusados a espera de melhor sorte. Conducções—Preços que tem regulado : Até uma légua . . De uma a duas . . £40 a 480 Duas a cinco . . . ^00 a o40 Oliituario—Freguezia de N. S. da Conceição : Maio 13 :—José, escravo de Urbano Ferreira de Mes- quita. 14—VicenteAílonso, mineiro. »—Adão, escravo de Francisco Antonio da Costa Braga. 15—JoãoRoso, liberto. » —João, filho de Elesbão de tal. » —Christina, escrava de Bento Rangel. 16—José,illho de Joaquim Ferreira Maria no. _ » Laurentina, escrava do Luciano T. Nogueira. »—João, escravo de Joaquim Polycarpo Aranha. 18—Domingos,escravo de Francisco Soares. 19—Umafilha de José Antonio Martins Lascasas. » —Gertrudes Soares. » —Um recem-nascido, filho de João Baptista d'01i- voira. 20—Sebastiana,escrava de Francisco Antonio da Costa Braga. 21—ManoelRubino de Faria. » —Laura, escrava de D. Thereza Pompou. 22—Silverio,escravo de D. Maria Luzia de Souza Aranha. 23—Maria,escrava de Joaquim Bonifácio do Amaral. ), —Gabriel, filho de Joaquim Barbosa. » —José, filho de José Theodoro da Silva. 24—JoaquinaMaria de Jesus. » —Maria Felicia de Jesus. » —1). Petronilha Clara do Amaral Lascasas. 25—Benedicta,escrava de Maria Carolina de Souza. 20—Guilhermina, filha do dr. José Cooper Reinhardt. Freguezia de Santa Cruz 16—Luiz, escravo do senador Queiroz. ), —Joaquim, filho de José Antonio Marcai. » —Marianna, escrava de Joaquim Celestino. » —D. llenriqueta Seorrar de Miranda. 18—Joaquim,escravo de Antonio Américo. 19—Auna,filha de Joaquim Custodio de Lima. 20—Antonio,escravo de Antonio Francisco Guima- ães. 21—'Theodoro,escravo do barão da Limeira. » —D. Anna Petronilha de Souza Damy. 22—Iliria,filha de? Zacarias Ferreira de Queiroz. 24—Bonifácio, escravo de João José Fernandes. » —Anna Joaquina de Camargo. 26—Maria,escrava do commendador Villela. SJercaílo «le Campinas—Últimos preços por- Feijão novo, alqueire Feijão velho, alqueire. Farinha de milho, alqueire Farinha de mandioca, alqueire Arroz pilado, alqueire Arroz com casca, alqueire. Milho, alqueire . Fubá, alqueire Polvilho, alqueire. Toucinho mineiro, arroba. ioueiuliü paulista, aifõ^ãT Fumo do Descalvado, arroba Fumo do commercio, arroba Café bom, arroba . Café ordinário, arroba Café escolha, arroba Assucar branco, arroba . Assucar redondo, arroba . Assucar mascavo, arroba . Aguardente, cargueiro Queijos de Caldas, um Queijos de Jaguar/, um . Caixetas de marmelada, uma Leitões, um Frangos, um Ovos, dúzia 480004§500 1S60023000 3800038500 580006j?000 4800058000 $ 186002J000 ft 11^00012J000 480004^500 388004JOOO 8 8 4800048500 280003»000 1800018500 7850088000 6850078000 5850078000 $ 1860028000 $ 1800028000 3800038500 84008500 86008640 SECCAO PARTICULAR O triste fimleitão Ainda ha um restinho!.. Hoje vai a cabeça, amanhã o focinho. E outra cousa mais, uma fina sorpresa: Gelca á sobre-mesa! Depois grande marcha triumphal até á estação para vir cahir a tarde ! TF.LEGn.UIH» DA fl.IlMi HOIU. DE

ÁNNO 11. CAMPINAS, 28 DE MAIO DE 1871 N. 159 W* …memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1871_00159.pdf · ... e os outros dois, um considerado igualmente ... Futuro g>apaDiz II Tempo

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ÁNNO 11. CAMPINAS, 28 DE MAIO DE 1871 N. 159

W* GAZETA DE CAMPINAS &

Redactor-O Baclxarcsl F1. Ouirino dos Santos

Toda e qualquer correspondência 'leve ser dirigida ao Gerente do estabelecimento— Jose Maria Lisboa

NOTICIASGazeta «le Campinas—Uma pequena reserva

de papel, do que ainda pudemos lançar mão, habilita-nos a dar, em meia folha, o numero"de hoje. Sabemosque está já despachada e em caminho a porção destegenero por nós incommondada. Assim faremos todo opossível por não deixar em branco os nossos assignan-tos, em a próxima quinta-feira.

«Jury—Ante-liontem reuniu-se quantidade legal dejurados para abrir-se este tribunal. Foi submettido ajulgamento, sendo juiz de direito o sr. dr. V. FerreiraBueno. escrivão o sr. J. Franco de Fontes, o processoem que eram accusados os escravos Cainillo, Felicia-110, Constantino e Gregorio, por erirafi de homicídiona pessoa de seu senhor Joaquim Guedes de Godoy.Tomara a cadeira da accusação a viuva do finado, co-mo queixosa, representada por seu advogado sr. dr.Luiz Silverio Alves Cruz, e a da defeza o advogado F.Quirino dos Santos, nomeado ex-oíTicio para esse actopelo sr. dr. presidente do jury.Os reus dividiram-se em duas turmas, entrando osdois primeiros, pronunciados no art. Io da lei de 10 deJunho de 1835, como authores do attentado, (pena demorte), e os outros dois, um considerado igualmenteàuthor e outro cúmplice, ficaram adiados para o diaseguinte, visto não combinarem todos entre si nas re-cusacões.

Concluídos os debates, em que houve replica e tro-plica, o conselho condemnou o primeiro a galés perpo-tuas e o segundo a açoites, como pedira a delfeza.

Theatro—Hoje damos, no lugar competente, <annuticio das duas primeiras pecas que tf em de ser representadas brevemente pelo insigne actor Joaquim Angusto e a respectiva companhia. Não nos fartamos empedir toda a attenção dos leitores para esta agradaveioccurrencia Certamente todas as recitas, pois que nel-Ias tomam parte o grande artista, a festejada sra D.Rosina e outros vultos cujo merecimento nos é conhe-cido, hão de atrahir a devida concurrencia; mas ha opti-mo partido em se tomarem assignaturas anticipada-mente, tanto mais attenta a vantagem de preço nas en-iradas, como se propõe.

Com;>anliia Paulista—Foi autorisada a rcs-pectiva direetoria a fazer nova chamada de capitaes narazão de 10 °/o a começar de 10 do proximo de Junhoe a lindar no dia 26.

Substituição (le ni»tas—Acha-se prorogadoaté 31 de Dezembro do corrente anno o praso mareadopara a substituição, sem desconto, das notas de 2$ da3" estampa.

Bispos—Foram nomeados os seguintes:Da diocese de Olinda, o ltevd. missionário capuchinho

brasileiro frei Vital Maria de Pernambuco;Da diocese de S. Paulo, o ltevd. Lino Deodato lio-

I missão que para esse fim se dirigiu ao governo de Ver-salhes, diz-se, que o sr. Thiors respondera : « a nossa: missão é conciliar a unidade com a liberdade. » A' vis-ta desta resposta parecia a muitos espíritos sérios, quehaviam empregado esforços para chegar-se a uma con-ciliaçào, ser a questão resolvida pelas armas.

Diante da communa, que se precipita no c-ahos, e dogoverno provisorio e assemblóa nacional, que parece-nos não comprehenderem bem a situação da França, aquestão incarada de alto é esta: federação ou unidade ?

Em face de taes acontecimentos os prussianos con-sorvam-se firmes e espera-se que só intervenham 110caso de serem violadas as estipulações feitas com o go-verno que representara a França nos preliminares dapaz.Dos outros estados da Europa não nos traz a citadaCorrespondência noticias de maior vulto.

Osjornaes da còrte, que posteriormente nos chega-ram ás mãos, nada mais de importancia adiantam ásnoticias que damos acima.

Futuro g>apa Diz II Tempo de Roma quen'um conclave de cardeaes recentemente celebrado peloPadre Santo, esle, prevendo a sua morte, recommendoupara lhe succeder o cardeal Bonaparte, primo de Na-poleão iii.

füxtran^esros no exercito da eoasiEiiu-na—O numero total de extrangeiros alistados por Clu-seret nas fileiras do exercito communista ascende a40.0110, os quacs não saem de Paris, o reservam-se parao momento decisivo. São 18:000 garibaldinos sem dis-tineção de nacionalidade, 7:000 inglezes e fenianos ir-landezes, 1:200 gregos, C00 americanos e outros tantoshospanhoes, allemàes e de outros diversos paizes.

O general Cecília—O general que succedeu aDombrowski no commando da praça de Paris, tem 36anrios, nasceu cm Tours, sabe vinte e seis línguasorientaes e europeas e é mathematico. Tem sido reda-ctor do Rappel.

Serviu em Italia nas campanhas de 1859-1860, foiferido duas vezes e chegou a ser capitão de engenhei-ros. Na guerra com a Prússia foi tenente de corposfrancos, e chegou a coronel. Dirigiu a defeza de Alen-çon e bateu-se em Ablis, Cliâteaudun o Varise.

Depois de 1S de março foi nomeado chefe de estadomaior do general Eudes, e agora é elle proprio generale commandante da praça do Paris.

Paris ameaçado de ir pelos ares—Lfi-seo seguinte 11'uma correspondência de Versalhes:

O general Dombrowski mostra uma afíeição particu-lar pelas minas. Já, por ordem sua, se tem minado ospriucipaes bairros, e hontem, segundo noticias de Pa-ris, tocou a vez aos alicerces do Elyseue das Tulheriasque foram cheios de nitro glicerina, para no caso dosversalheses entrarem em Paris, fazerem ir a cidade pe-los ares.

drigues ,le Carvalho, que serve actualinente de secreta-rio do bispado do Ceará.

Eleição senatorial—O governo geral expediuordem á presidência desta província para mandar pro-ceder, marcando dia, á eleição de eleitores especiaes,para ser preenchida a vaga deixada pelo fallecido sena-dor José Manoel da Fonseca.

Noticias da Europa—Devemos a um amigo,que recebeu a Correspondência de Portugal, o poder-mos adiantar algumas noticias da Europa, vindas pelopaquete John Elder. Eil-as: ,

Começaram as operações em força contra Paris. Foradesta cidade os federaes (revoltosos) haviam sido re-pellidos em alguns pontos que ousaram atacar e bati-dos completamente em outros, donde foram expellidos.

O forte de Issy estava sendo bombardeado assim co-mo outras posições. Moulineaux, aldeia perto de Issyitinha sido tomada aos revoltosos, depois de um comba-te em que as perdas destes foram superiores ás das for-ças de Versalhes. .

Em quanto a communa se enfraquece pelas rivalida-des e por actos que denunciam desespero em defeza deuma causa quasi perdida, os republicanos moderadosganhavam terreno, obtendo victorias nas eleições sup-plementares que se fizeram nas províncias.Dentro de Paris tomava corpo a idéia de conciliação,não obstante ter sido mallograda uma tentativa em quetomaram activa parte os franc-maçons. A uma com-

Hotel Monstro — Extrahimos o seguinte do«Mounthley Circular» dos srs. Letts, Son & C., deLondres: f wO Grande Central Hotel de New-York contem OoOquartos com acommodações para 1,500 hospedes. Aárea superficial de cada andar 6 de 35,000 pés inglezes.Tem duas áreas no centro, cada uma com 160 pés decomprimento e 20 pés de largura.

Altura do prédio 197 pés.Tem 10 andares e largura de frente 175 pós, e fun-dos 200 pés.Custo do prédio e terreno proprio 1,500.000 dollars.

Estatística—Lê-se no «Estandarte»:Um observador fez o calculo, segundo os almanaks

de Paris e dos departamentos, que existem em França1,100,843 médicos, e segundo um outro calculo que sediz «muito exacto», não mais que 1,900,651 doentes.De outro lado ha 1,900,403 advogados, e segundo osautos que se encontram não ha mais que 990,000 cau-sas em litigio. Ora, se os 910,403 advogados desoccu-pados, ou em inacção não cahirem doentes de pesar emelancolia, ahi veremos os 300,192 médicos, que tam-bem ficarão em disponibilidade, de braços crusados aespera de melhor sorte.

Conducções—Preços que tem regulado :Até uma légua . . •De uma a duas . . • £40 a 480Duas a cinco . . . • ^00 a o40

Oliituario—Freguezia de N. S. da Conceição :Maio 13 :—José, escravo de Urbano Ferreira de Mes-

quita.14—Vicente Aílonso, mineiro.»—Adão, escravo de Francisco Antonio da CostaBraga.15—João Roso, liberto.» —João, filho de Elesbão de tal.» —Christina, escrava de Bento Rangel.

16—José, illho de Joaquim Ferreira Maria no. _» — Laurentina, escrava do Luciano T. Nogueira.»—João, escravo de Joaquim Polycarpo Aranha.18—Domingos, escravo de Francisco Soares.19—Uma filha de José Antonio Martins Lascasas.

» —Gertrudes Soares.» —Um recem-nascido, filho de João Baptista d'01i-voira.

20—Sebastiana, escrava de Francisco Antonio da CostaBraga.

21—Manoel Rubino de Faria.» —Laura, escrava de D. Thereza Pompou.

22—Silverio, escravo de D. Maria Luzia de SouzaAranha.

23—Maria, escrava de Joaquim Bonifácio do Amaral.), —Gabriel, filho de Joaquim Barbosa.» —José, filho de José Theodoro da Silva.

24—Joaquina Maria de Jesus.» —Maria Felicia de Jesus.» —1). Petronilha Clara do Amaral Lascasas.

25—Benedicta, escrava de Maria Carolina de Souza.20—Guilhermina, filha do dr. José Cooper Reinhardt.

Freguezia de Santa Cruz16—Luiz, escravo do senador Queiroz.), —Joaquim, filho de José Antonio Marcai.

» —Marianna, escrava de Joaquim Celestino.» —D. llenriqueta Seorrar de Miranda.

18—Joaquim, escravo de Antonio Américo.19—Auna, filha de Joaquim Custodio de Lima.20—Antonio, escravo de Antonio Francisco Guima-

ães.21—'Theodoro, escravo do barão da Limeira.

» —D. Anna Petronilha de Souza Damy.22—Iliria, filha de? Zacarias Ferreira de Queiroz.24—Bonifácio, escravo de João José Fernandes.

» —Anna Joaquina de Camargo.26—Maria, escrava do commendador Villela.SJercaílo «le Campinas—Últimos preços por-

Feijão novo, alqueireFeijão velho, alqueire.Farinha de milho, alqueireFarinha de mandioca, alqueireArroz pilado, alqueireArroz com casca, alqueire.Milho, alqueire .Fubá, alqueirePolvilho, alqueire.Toucinho mineiro, arroba.ioueiuliü paulista, aifõ^ãTFumo do Descalvado, arrobaFumo do commercio, arrobaCafé bom, arroba .Café ordinário, arrobaCafé escolha, arrobaAssucar branco, arroba .Assucar redondo, arroba .Assucar mascavo, arroba .Aguardente, cargueiroQueijos de Caldas, umQueijos de Jaguar/, um .Caixetas de marmelada, umaLeitões, umFrangos, umOvos, dúzia

48000 4§5001S600 2300038000 3850058000 6j?00048000 58000

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$18600 28000$18000 2800038000 38500

8400 85008600 8640

SECCAO PARTICULARO triste fim leitão

Ainda ha um restinho!..Hoje vai a cabeça, amanhã o focinho.E outra cousa mais, uma fina sorpresa:

Gelca á sobre-mesa!Depois grande marcha triumphal até á estação para

vir cahir a tarde !TF.LEGn.UIH» DA fl.IlMi HOIU.

DE

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GAZETA DE CAMPINAS

EülTAESJonijiiiui Antonio dn Silva Camargo, cida-

dflo brasileiro, fiscal da Ca mora Munici-pai nesta cidade do Campinas e seu ter-mo na forma da lei etc., etc.laço saber aos habitantes desta cidade e

a quem convier, que de ordem da Mus-trissima Gamara Municipal se ha de ven-der em hasta publica na primeira Domin-ga, quatro do mez do Junho p. f., o terre-no municipal, que faz frente á projectudatravessa do Góes e rua Formosa; está elledividido em oito lotes, cada ura dos quaesserá arrematado separadamente; tem ellesa seguinte discripçâo: o primeiro 84 bra-ças quadradas, o segundo 76, o terceiro100, o quarto 124, o quinto 144, o sexto170, o sétimo 190, o oitavo 210, ns fren-les são de sessenta palmos com aexcepçãodo primeiro lote, que tem cento o vintepor ser menor a sua superfície; a primeirasecção foi avaliada por 120?? rs., a segundapor 420® rs,, a terceira por 150# rs., aquarta por 1805? rs., a quinta por 210$ rs.,a sexta por 240» rs., a sétima por 270#rs., a oitava por 510® rs.; a praça terá lu-gar na Praça do Mercado nn dia acimamencionado ao meio dia em ponto, impre-terivelmente. E para que chegue ao co-nhecimento de todos e ninguém possa al-legar ignorancia se faz publico pelo pre-sente e por tres mais no mesmo sentidoque serão publicados e a (lixados nos loga -res mais públicos, e pelo periodico destacidade. Dado c passado nesta cidade deCampinas aos 18 de Maio cie 1871. E euJoaquim Antonio da Silva Camargo, fiscalda Gamara que escrevi c assigno.—Joa-quim Antonio da Silva Camargo. 3—3

20—Pateo da Matriz-Velha—20DEPOSITO DE CHAPÉOS

Chegou a lista da 17' loteria, concedidapara patrimonio do Hospicio de Pedro II

COMMEKCíOMercado de Santos

Lê-se na «Imprensa» de 25 do corrente:24 de Maio

Café.—Nada se fez.Algodão.—Venderam-se 800 fardos do

ssperior a 7íí000.Preços correntis.

Café superior de machina .Café superior, arroba 5$400

Vende-se um prelo pedreiro, de idade 23annos, mais ou menos, muito sadio. Tam-bem vende-se uma casa sita á rua da Ma-triz-Novn n. 67, concertada de novo. Paravôr e tratar na mesma. 1~ SiAaSHKIXAMAe Geléa mineira superior, em porção o pormiúdo. Vende-se na praça do* mercadonos quartos ns. 26 e 27.

3—1

Antonio Martins Alves o JuíuTSavagliõ,fazem sciente no publico que dissolveramamigavelmente a sociedade commercial ,que tinham nesta cidade, na padaria dolargo da Cadêa n. 14, ficando todo o adi-vo e passivo da referida sociedade a cargodo primeiro.

Campinas, 26 de Maio de 1871.Antonio Martins Alves.Júlio Savaclio.

e homens, chalés incorpndos de Ifl pura,marca grande, e vendem-se muito baratosem casa do Joaquim Izique & Filho, ruado Rosário n. 16. ;|_!j^hegou uma porção de Cavotirs de pannopiloto, forrados de boa baetilha o gollade velludo, e também de pellucia preta egolla de velludo, debruados com cadarçode seria, a 2QWOO cada um, em casa deJoaquim Izique & Filho, rua do Rosárion. 16. 3—3IJrande reduccào no preço das fazendas,em todo o sorlimento existente, paravenderem com brevidade, pois lêem de irpura o ítio de Janeiro para trazerem umgrnnde e complelo sortimonto, compradoa dinheiro para poderem vender o maisbarato possível, como é sempre seu syste-ma,—em casa de Joaquim Izique & Filho,rua do Rosário n. !(>, loja. 3—3

CHEGOU AD. V. PARAÍSORua do Gomitiereiíii n. S5"3'Cavours finos pretos e de cores.

Sobretudos idem, idem, idem.Paletotes-sobre de casiinira de cores muito

modernos.Grande variedade de cachenets.Capas de lã para senhora.Paletots de casimira prelos e de cores.

(Jhegou uma grande porção de algodãod ílu, que vendese cm vara a 640 e empeça a 620, em casa de Joaquim Izique &''ilho, rua do Rosário 11. 16. lj—3

Aluga-se uma casa com bastantes com-modos nn rua da Matriz nova ; trata-se comRozo & Filio, ruadoCommercio n. 36. 0-1

Bom, idemRegular, idem ....Ordinário, idem ..Algodão em rama 1.

» » » 2.» » » 3.

sorte' »»

455500. 3#000

795007900069500

59800596009

5900049000

Desapparcceu no dia 5 de Maio ura ca -vailo, de bonita estampa, entroncado deancae peitos, é mouro, está (ousado, cri-na larga e aspreada, pêllo mourinho, mar-ca estiibo. Gratifica-se bem a quem deiledér noticias em Piracicaba no sr. ManoelLuiz, ou em Campinas ao sr. Francisco Jo-sé Coelho. \

ANNUNCIOS

tJose A. II. Lasrasas Júnior, José B. do Ca-margo I edroso e família, esposo, pais, irmãos ecunhados da finada D. Pelronillia Clara do Ama-rat Lascasas, pedom a sons parentes o amigos oobséquio de assistirem á missa, que, por alma da mes-ma, fazem celebrar no dia 30 do corrente ás 8 1/2 horas na Matriz da Conceição (Rosário.'

Tributo «lo Atmií.asleSois amigos do finado João Cardoso de AIniei-da e Silva, mandam celebrar uma missa no 45°dia do sou passamento, era suffragio do sua al-ma. Convidam a sua familia, parentes e amigospara assistirem a este aeto religioso, que terá lu«*ar nodia 2 de Junho, ás 8 horas da manhã, na igreja matrizde Santa Cruz. Desde já se confessam gratos.jUniào © ProgressoHaverá partida amanhã, sob direcção do socio Joséleixeira Yillela, em sua casa às horas do costume.

O Secretario,J. Alves.oas RUA DIREITA N. 11

n

0 Também concerta-se lampeões de kerosene á ^M 500 r*

8RUA DIREITA N. 71

COLX0EIEO

Aíí«i»esiii S!!Roga-se á pessoa que nos dias depois ria

Semana Santa, talvez por distração, levoudo estabelecimento photographieo destacidade uma photographia, representandoo Descimento da Cruz (reproducção de umquadro de Rubens] a bondade de o mandarentregar no dito estabelecimento, rua Di-reita n. 28, ao contrario publicar-se-haseu nome. 2—1

mores de caRecebemm-n'os Kiel & C., o que ha demais perfeito em acabamento de obra, efnuito reforçados, como alé agora nuncavieram a Campinas, e por isso se rccom-mendam aos srs. Fazendeiros, ea todosaquelles que precisarem destas machinasagrícolas, prevenindo-os de não compra-rem antes de examinarem aquelles que osabaixo assignados tem em seu estabeleci-mento. 5_5

IS-Lürgo fia r«£a(riz-vel]ia—18K I E II L & C.*

Desappareceu, ha cerca de quinze dias,do pasto denominado do Brôa, um burrovermelho, alto, ferrado dos 4 pés, crinatousada, nos joelhos tem umas listras preIas. Quem o entregar no hotel do sr. Tei-xeira será bem gratificado.

ATTENÇAOPHARMACIA

O abaixo assignado, socio gerente do ne-goeio da pharmacia filial de Barreto & Ir-mão, estabelecida á rua dc Baixo n. 75, par-licipa ao iliustre povo desta cidade e aossrs. fazendeiros que se acha funccionandoo laboraterio da mesma pharmacia; porconseguinte no caso de receber e aviar lodoe qualquer receituario medico. Gutro-simcompromelte-se a vender pelos preços maiscom modos possíveis. ' 2-2

Campinas, 23 de Maio de 1871.Balthasar Jesuinode Oliveira Barreto

Trabalhos de eageiihariayt na <2o Cociinicrcin, 3O capitão João Gonçalves Pimenta, com-

pelniitemente aulhorisado, já por suas ha-bilitaçõas scientiíicns. adquiridas na Eseo-Ia Militar do Brasil, já pelo titulo de Agri-mensor que lhe passou o Ministério da Agri-cultura, Commercio e obras publicas, pro-põem-se a exercer as suas funeções emqualquer parte desta Província, e executa-rá os seguintes trabalhos, se lhe forem pro-postos: r

Levantamento do plan-tas; nivelamento; visto-rias; demarcações e divi-sões de terrenos e fazen-das; projectos de estradas,de jardins, etc.

Explorações de terrenose de estradas; reduccào depesos e medidas em'todosos systemas; reduccào deplantas; cartas topographi-cas ou geographicas.Podem procural-o, das 10 horas da ma-nhã ás 3 da tarde, em casa de sua resi-dencia a rua do Commercio n. 3. 10-2

jaram Chalés de malha para o frio,J capolinlios e cachet-nez, para senhoras

THEATRO DE S. CARLOSCOIIPAMIIA DUASIATÍCA MCH».»

SOB A DIRECÇÃO DO AUTISTAJTOAQXJIjVT augusto

1' RECITA DE ASSIGNATURAQuinta-feira 8 ílc Junho de 18Í1Ia representação do drama em 5 actos, do repertorioda celebre tragica Mme. Ristori:

S0R0R THEREZAINo qual faz a sua estréa a primeira actriz

ROSINA DO SOUTO MUNIZSabMo IO «1c Junho de lgff

2» RECITA DE ASSIGNATURAGrande drama em 5 actos o 7 quadros

A Estatua da dòr^

Oj espoctaculos principiarão impreterivelmonte i% 8

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ÀNNO II. CAMPINAS, L" DE JUNHO DE 1871 N. lfífl

ASÍIGNATURACami>iiias

A ii no . . 100000Semestre . fijoooCAMPINAS

ASSÍGNATURASPara fóru

Anno . . 12$000SeniBstre . '/gOOO

Rodactor-O Bacharel T\ Quirino dos Santos

Toda e qualquer correspondência deve ser dirigida ao Gerente do estabeleciweulo-JosÉ Mar,a L,S„oa

NOTICIAStiazeta de Campinas—Não tendo chegadomnda o papel, que esperamos a todo o momento, edando-se-nos aviso que uma loja desta cidade possuiauma pequena quantidade, aproveitamol-a afim de nãodeixarmos os leitores, por hoje, de todo sem folhasahindo ella, ao menos, por metade.«lury—No dia 27 do corrente, ornwando a cadeirade presidente do tribunal o sr. dr. juiz' de direito Fer-reira Bueno, de escrivão o sr. Franco de Pontes, com-pareceram os reus escravos (íregorio e Conslantino accu-sados o primeiro de co-author e o secundo de cúmpliceno attentado em razão do qual falleceu o senhor seudelles Joaquim Guedes de Godoy. Representava a par-te queixosa o sr. advogado dr. Luiz Silvorio ea deffesaj)or nomeação ex-ofTicio, o advogado F. Quirino dosSantos. Houve replica e tréplica nos debates. Os reusforam absolvidos.No dia 29, juiz e escrivão os mesmos referidos, pro-motor publico o sr. dr Moraes Saltos, appresentou-seo reu Antonio Pedroso de Almeida, accusado por feri-monto grave. Oecupou a cadeira da deífcsa o advogadosr. dr. Raphael Lopes Branco. O reu foi condemnadoa um anno de prisão com trabalho e muleta correspon-dente á metade do tempo, gráu mínimo do art. 205 doCodigo Criminal.

JNo dia 30, juiz e escrivão os mesmos, promotor pu-blico interino o sr. dr. Raphael Lopes Branco, compa-receu o réu Ughes Ihomaz Pedro, italiano, accusadode, na noute de 7 de Abril do corrente anno, havermorto, em sua casa, a seu socio Simplicio llorelli. Oc-cuparam a cadeira da dellesa os advogados dr. C. A.de Souza Lima e F. Quirino dos Santos. Houve réplicae tréplica, prolongando-se os debates até ás 8 1/2 lio-ras da tarde. Recolhido o conselho, trouxe depois asua resposta, affirmando unanimemente que Ughes pra-ticára o facto que se lhe imputa, não só em deílesa deseus direitos, como em,deífesa de sua própria pessoa, eassim foi o réu absolvido.

A Ríiaveíií—E' esto o titulo de um mimoso jornal-smlio, que so começa a publicar cm S. Paulo, redigidopor meninos, traz artigos litterarios que seklècm comgosto. Agradecemos e retribuímos a remessa.c.r— r, a. lil! Cardoso de Almeida ebilva, celebra-se amanhã, ás 8 horas, na igreja de San-tn Lruz, uma missa, mandada dizer por seis amigos do

A Reforma Liberal-Dc Manáus-cnviaram-nos este penodico. V' uma folha muito interessante.Contem escnptos recommendaveis e que bem mostramo progresso e adiantamento daquella porção do nossopaiz. I enhorados pela attenção que usa para comnosco,enviamos também ao contemporâneo o nosso jornal.ÀIcxímiíIpc Edunisis»—Este grande escriptor deixou manuscriptos de 23 romances e 14 peças de theatro,que não chegou a publicar. Klle morreu devendo trintacontos de réis á casa lUichel Levy Fréres, e quando oli lio, Dumas Júnior, foi lia pouco saldar a conta, esteseditores recusaram receber o pagamento, porquanto dis-seram elles, «ganhamos bastante com o fallecido paraesquecermos esta sua ultima divida.» Dumas Júnior mu-dou-se agora para Madrid, onde mora em uma casa per-to da «Porta do Sol.»

Prorootoria pabliea—No dia 29 do correntedeixou definitivamente este cargo o sr. dr. Moraes Sal-los. Já so acha entre nós a pessoa nomeada para subs-tituil-o: o sr. dr. Antonio José Pereira, mas ainda nãoentrou cm exercício.Presidente—Chegou á capital e devia ante-hon-tem tomar posse da administração da província, o sr.dr. José Fernandes da Costa Pereira, ultimamente tio-meado presidente para esta província.AUnanalí de Santos—Acabamos de receberesta interessantíssima publicação. Nós que saudámoscom verdadeiro inthusiasmo ò livro deste genero im-presso acerca do nosso município, vemos no «Almanakde Santos» toda a utilidade, toda a importancia que sedeve ligar ao cadastro, á estatisca exacta e liei por quese possam aferir o florescimento e a prosperidade da-quelle outro município, porta o chave a um tempo detoda a nossa rica e belía província.Santos tem de commum com a nossa Campinas osauspícios lisongeiros de um ridentissimo futuro, pois seali está a entrada por onde se aquilatam os límpidoshorisontes de uma região toda incantada e feliz, aquiestá o ponto culminante de que se erguem, em côreslindas, as esperanças para a certa grandeza de toda es-sa terra.

Os srs. Martins Fontes e Alves da Silva, autliores do«Almanak de Santos», prestaram com o seu valiosotrabalho um optimo serviço, não só ao lugar em queresidem, como ás demais*partes que com elle tom cs-treitas relações do interesses e de harmonia social.Agradecemos o exemplar com que fomos obsequia-dos.Viaj^ean imperial—O imperador sr. J). Pedro11 e sua consorte, embarcaram para a Europa no dia25 do corrente, no vapor «Douro», como dizem os jor-naes da côrte.

! EJeancíSio cáSicaz—N'uma correspondência daAmerica dirigida ao Cosmos, dá-se a importante noticiade que parece ter-se achado um remedio eíficaz contraa diabetis, que até aqui se tem julgado incurável; oqual consiste em tomar constantemente, uma hora an-tes de todas as comidas, e ao recolher, uma colher desopa de jalepo de camplioro, em meio copo d'agua.fPftDjpSBccisft. de SSãsmjarBí—Refere um diárioextrangeiro que o conde de Bismark.ao passar porFranc-fort, e quando estava a comer, na estação, um pedaçode presunto, lora rodeado pela população, que o accla-mou, apresentando-se-lhe ao mesmo tempo uma depu-tação de povo. O que fazia de chefe dirigiu algumasphrases de louvor a Bismark, accrescentando que, comoa viagem era bastante longa, se dignasse acceitar umpresente, que consistia n'um irnmenso salchichão. Aoentregar-lh'o, o chefe accrescentou :—Permitia Deus que nos governeis ainda durantecincoenta annos.

Cincoenta annos o muito—roplicou o conde, acei-tando o salchichão.—Contentar-me-hei com quinze. Masestai certos, meus amigos, que, cm quanto vós o eu vi-vermos, nao haverá decididamente mais guerra.Hereado de Campina»

que foram vendidos os generos preFeijão novo, alqueireFeijão velho, alqueire.Farinha de milho, alqueireFarinha de mandioca, alqueireArroz pilado, alqueireArroz com casca, alqueire.Milho, alqueire .Fubá, alqueirePolvilho, alqueire.Toucinho mineiro, arroba.Toucinho paulista, arroba.Fumo do Descalvado, arrobaFumo do commercio, arrobaCafé bom, arroba .Café ordinário, arrobaCafé escolha, arrobaAssucar branco, arroba .Assucar redondo, arroba .Assucar mascavo, arroba .Aguardente, cargueiroQueijos de Caldas, umQueijos de Jaguary, um .Caixetas de marmelada, umaLeitões, umFrangos, umOvos, dúzia

¦Últimos preços por-isentes ao mercado:

Festividades religiosas — Celebraram-seem as duas parochias desta cidade as festas de Peten-coste com as solemnidades respectivas, em missas can-tadas e outros actos do ritual catholico. Informam-nosque os festeiros de ambas as matrizes applicaram me-tade do que deviam gastar, se desinvolvessem maiorespompas, em ollerta para acquisiçáo de paramentos.

4j?000 4J5001|?600 gJSOOO3j?500 4S0005«ooo egooo5J000 OiMOOisgoo afooo

» »$ H4,<10002 ss »$ $4)?000 4^500

2,<iooo sjjtnoo1JOOO ljsoo75000 SJOOOcjooo aam5,9500 5,5800

H1S300 25000H15000 25000»

#500 JfiOOam

SECÇÃO PARTICULARdespedida

^ Francisco Pereira Artiagas, 2° cadete do exercito, re-tirando-se desta cidade nao pôde deixar de dar publicotestemunho pelas muitas finezas e attencõps com que openhorou o sr. Frederico Thetoneo Silvo"Capilé, duran-

te os dias que residia em sua casa; iguaes agiuuecinieii-tos taz aos srs. Augusto Teixeira Alvares, José Brunode Camargo e alferes José Bnnedicto. A todos a maissaudosa lembrança de verdadeira sympathia o, na Côrteencontrarão um coração grato para os servir.Sociedade dos trais ven-esarlordre du presidente avisa-se celte illustra so-1" «ujourd hui tera rcunion ás horas et liounouvellenient combinados. On demande a assistência

torio S S as;i0cl<ís' para f°rniation tdu riouveau direc-O secretaire, le 2"" copo.

Theatro de s. Carlos^arnos afinal ler noulos- agra (laveis aexplendidas, em nosso theatro.Não pôde deixar de causar geral conten-tnme 11 to, a vinda do grande actor JoaquimAugusto com uma companhia, em cujonumero existem figuras de recommendavel

nomeada.Entre os artistas avultam alguns quenos sao familiares, como Joaquim AugustoD. Julia, João Eloy, etc.No numero dos que nos são desconheci-dos ha alguns, de quem os jornaes du ca-

pitai tem feito ultimamente especialissimamensão, citaremos, por exemplo, o que arespeito de I). Rosina se encontra em umadaquellas folhos, e por ahi podemos fazericléa do que vai ser o nosso theatro, no pe-riodo em que aqui se demorar a compa-nhia, dirigida pêlo sr. Joaquim Augusto. '

tis o período em questão:«A' excelsa actriz d. Rosina, coube o de-sempenho do papel diflicil de «Soror The-reza».«Parece que um raio da intelligencia deB isto ri aquiesceu o talento de Rosina.«Recitando o seu papel, esta distinclabrasileira, soba esíamenha da freira, muitalagrima arrancou dos nossos olhos, e pormais de uma vez, quando ella se prostravaconsternada, apertando a cruz entre os de-dos, levantando os olhos para o céo, pormais de uma vez, ella, tornando-se sublime,

desafiava os mais energicos sentimentos denossa alma.«D. Rosina tem umacousaquea recom-

metida muito: decóra e recita bem os seuspapeis, estuda-os e procura comprehendel-os, de fôrma que nunca poderá desasra-dar.

«E assim que se conquista um nome efama.»Parece-nos ser isto o mais lisongeiro

possível.Ainda bem.

COMMERCIOMercado i»e Santos

Lê-se na «Imprensa» de 29 do corrente:27 de Maio

Nada ha feito em café e algodão. A exis-tencia regula de 29 a 30,000 saccas no pri-meiro destes generos, ede 60,000 f. no se-gundo, bem demonstram a paralysação des-tes generos em nossa praça.

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GAZETA DE CAMPINAS

ANNUNCIOSTributo de Ami/.aile

t

Seis amigos do finado João Cardoso de Almei-da e Silva, mandara celebrar uma missa no 45°dia de seu passamento, em sufrágio de sua al-> ma. Convidam a sua família, parentes e amigos

para "assistirem a este acto religioso, que terá lugar nodia 2 de Junho, ás 8 horas da manhã, na igreja matrizde Santa Cruz. Desde já so confessam gratos.

ba branca, fula, falia alto, grosso de corpoEstes dois escravos andam pelos niattos pro-ximos a esta cidade. Gralifica-se generosa-mente a quem os entregara Francisco An-tonioda Casta Braga. 10—1

CLUB SEMANALSessão do conselho hoje ás 0 horas da tarde, em ca-«a do sr. Bento Quirino.Roga-se o comparecimento dos srs. conselheiros.Secretaria, Io de Junho de 1871.O secretario,João Ala ria.

(5.') LOTEKIA20—Pateo da Matriz-Velha—20

DEPOSITO DE CHAPÉOSAcha-se á venda os bilhetes da 82' loteria

do Monte-pio dos servidores do estado.

Sortimento de fogosEm casa de Francisco Álvaro, rua Di-

reita, encontra-se grande e variado sorli-mento de fogos de todas as qualidades, sen-do tudo novo, bom e barato. Também tembandeiras.

Concerta-se lampeões em 5 minutos. Tra-Ia-se com o Cezar, no becco do Inferno. 5

Appareceu na fazenda do capitão Ser-gio Seraphim Passos, no Bethlem de Jun-diahy, uma escrava que suppõe-se ser per-dida, não sabendo o nome do senhor, nemo logar de sua habitação; deve ter 60 an-nos mais ou menos, baixa, lesão num pé.Quem se julgar seu dono appareca namesma fazenda. *3—2

Vende-se um preto pedreiro, de idade 23annos, mais ou menos, muito sadio. Tambem vende-se uma casa sita á rua da Ma-

gosto. Os chapéose mais, fazendas' vendei tr'z"Nova n. 67, concertada de novo. Para

ATTENÇAOAntonio Pitndu, participa ao respeitável

publico de bom gosto, que recebeu pelo ul-timo paquete da linha do Pacifico, umgrande sortimento de chapéos de sol comcabos de marfim, inglezes legítimos, e bemassim muitas outras fazendas de apurado

CAMPINASHotel Universal, na rua de S. José n. 6,largo do Theatro, offerece todas as commo-

didades aos viandantes e ao publico, tendoboa cocheira, animaes de aluguel e mesmoaprompta-se comida a qualquer hora, asatisfação do freguez, e manda-se para fóragarantindo-se o bom serviço em aceio epromplidão. Preços os mais' commodos.

Campinas, 24 de Abril de 1871. 10-10José Bruno de Camargo.

por preços baratissimos, nunca vistos desdeque o mundo é mundo. 3—1

Campinas, largo do Rosário, loja ao péda igreja.Bandeiras de S. João, S. Pedro e Santo

Antonio, nas casas dos illms. srs. IlentoQuirino, Cândido Borges, Guilherme & Sal-gadoe Miguel Morato do Canto. 2-1

José Pereira Antunes Bastos, pertendevender suas carroças completas, promptasa trabalhar, uma com 8 animaes e outracom C, bons encerados, saccos para os doisCarros e trem de cosinha. Quem deltas pie-cisar dirija-se á sua casa rua de Baixo n. 1para tratar o preço á vista dellas. Tambémvende uma casa com quintal, capim, par-reiras e arvores de frutas, na rua da Pontede Santa Cruz n. 42.

Fugiu no dia 28 do corrente mez deMaio, do abaixo assignado, o escravo José,idade 40 annos, mais ou menos, baixo, bempreto, olhos grandes, e olha só por baixo ede lado, tem barba só no bigode e no quei-xo. Foi com barba grande, tem o andarmuito ligeiro e entende do ofíicio de pedrei-to. Levou calças e camisa de panno de Al-godão grosso e um paletot de baetâo pardojá usado. Quem o prender e entregar a seudono em sua fazenda da Cachoeirinha, nodistricto de Campinas, será bem gratificado.

Campinas, 30 de Maio de 1871. 4-1João Baptista de Campos Barreto.

Fugiu de José Innocencio de Godoy oescravo Carlos, meio fulla, cabeça esponta-da, pelle grossa, proveniente d'espinhas,corpo cheio, sem barba, tem um signal natesta de brecha, desdentado na frente noqueixo de cima; levou chapéo pardo pellode lebre de aba grande, idade 25 a 30 an-nos: foi comprado ao dr. Cuvillon. Quem oentregar a seu senhor ou a Antonio JoséMachado será bem gratificado. 6—1

CAMPINAS '

Andam fugidos os seguintes escravos :Alexandre, 28 annos, baixo, um poucofula, pés tortos, pouea barba, falia bem, to-

ma tabaco eé carpinteiro; desconfia-se queanda na estrada de ferro.Balthazar, alto, bem preto, barbado,

mãos e pés pequenos, muito ladino, e mui-to prosa.

Ambrozio, baixo, 36 annos, alguma bar-

ver e tratar na mesma. s>_«>ii.vií >ii:i.i.ai»v

e Geléa mineira superior, em porção e pormiúdo. Vende-se na praça domercadonos quartos ns. 26 e 27.

3—2

Antonio Martins Alves e Júlio Savaglio,fazem sciente ao publico que dissolveramamigavelmente a sociedade commereial,que tinham nesta cidade, na padaria dolargo da Cadêa n. 14, ficando todo o adi-vo e passivo da referida sociedade a cargodo primeiro. 3—2

Campinas, 26 de Maio de 1871.Antonio Martins Alves.

Júlio Savaglio.

FogosPara os festejos de Santo Antonio, S. João

e S. PedroPistolas de 4 tiros, dúzia 19200, ditas de6 tiros, dúzia 19500.Ditas de 8, dúzia 19800, ditas do 10 du-zia 29200.Ditas de 12, dúzia 29600.Rodinhas pequenas, cento 19500, ditasmeãs, cento 29800.Ditas grandes, cento 59600.Bombas pequenas de 20 rs., cento 19500,

ditas meàs de 40 rs., cento 29800.Ditas grandes de 80 rs., cento 59600.Foguetinhns, cento 19600.Jasmins grandes, dúzia 29400.Girasoes com bombas, dúzia 19120.Estallos fulminantes, milheiro 29600RLA Ml<: BAIXO IV. Sfcasa da Águia — Antonio Pereira Sampaio

OTi| novas e experimenta-cH im mes das. enconlr.,.se gran.de variedade, na rua do Commercio n. 28

LeilãoAo leilão da rua Direita, chegou

quantidade de PREGOS sortidos, e PON-IAS l)E PARIS, e também uma grandeporção de COBEItTulíES pardos para es-cravos. Convida-se os freqüentadores acomparecerem ás horas cio costume, por-que estes generos ó para serem vendidossem reserva.

FABRICA l)E MOVEISE COLXÕES

De Adolplin RunelRua do Commercio n. 32

e Bua de Baixo n. 25Tem sempre um completo sortimento de

mobilias de todas as qualidades, colxões,cupolas, cortinados, lençóes, cobertas, emfim todo o necessário para o arranjo deuma casa.

Também vende e compra quaesquer mo-veis usados. 10-10

Kieiil & Companhia, participam ao res-peitavel publico de Campinas, que tem emseu estabelecimento uni grande sortimentode machinas de costura, de todos os syste-mas e autores mais conhecidos, como se-jam:Machinas de trabalhar á mão e

com o pé a . . . 709000Ditas de trabalhar à mão . 8O9OÜÜDitas syslema Singer, desde

1009000 até . . . 1209000Bem como d'outros autores

desde 1209000 até 2009000Dão-se para experimentar, prestando-se a

ensinar ás pessôas que não estiverem bempraticas. Nesta casa faz-se todo e qualquerconcerto, e as machinas vendidas são ga-rantidas por um anno: qualquer concertoque precisarem é feito grátis durante estetempo. 3—318—Largo da da Mataiz Velha—18

João terraz de Campos, por haver outrode igual nome assignar-se-ha dorate, 'oão Ferraz de Campos Souza. 3-2

Precisa-se de um pedreiro para traba-lhar em uma—lazenda —Para tratar narua do Commercio n. 28. 2Desappareceu no dia 5 de Maio um ca-vallo, de bonita estampa, entroncado deanca e peitos, é mouro, está tousado, cri-na larga e aspreada, pêllo mourinho, mar-ca estribo. Gratifica-se bem a quem delleder noticias em Piracicaba ao sr. Manoel

Luiz, ou em Campinas ao sr. Francisco Jo-sé Coelho. 2

THEATRO DE S. CARLOSCOMPANHIA DRAMATICA NACIONAL

SOB A DIRECÇÃO DO ARTISTAJOAQUIM AUGUSTO

1* RECITA DE ASSIGNATUBAQuinta-feira 8 de Junho de 1891Ia representação do drama em 5 actos, do repertorioda celebre tragica Mmo. Kistori:

S0R0R THEREZANo qual faz a sua estréa a primeira actriz

ROSINA DO SOUTO MUNIZSabbado IO de Junho de <891

2' RECITA DE ASSIGNATURAGrande drama em 5 actos e 7 quadros

A Estatua da dórOs espectaeulos principiarão impretsrivelmente ás 8horas.Nesta typographia vende-se bilhetes de

camarotes.1871—Typ. da «Gazeta de Campinas».

Page 5: ÁNNO 11. CAMPINAS, 28 DE MAIO DE 1871 N. 159 W* …memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1871_00159.pdf · ... e os outros dois, um considerado igualmente ... Futuro g>apaDiz II Tempo

AMNO II. CAMPINAS, 4 DE JUNHO DE 1871 N. 1C1

ASUGNATURACampinas

A/ino . , 10#000Semestre . C$000 Anno

SemestreGAZETA DE CAMPINAS

Rodactor-O Bacharel F\ Ouiririo dos Santos

Toda e qualquer correspondência deve ser dirigida ao Gerente do estabelecimento—José Maria Lisboa

ASSIGNATURASPara frfira

12JOO»70000

VARIEDADE

II y clr o tlxer apiaVou sentir enorme prazer, escrevendo

ácerca da agua, n'este dia diluvioso emque ella me não deixa sahir de casa. Emdias corno estes visitam-me alguns dosmeus melhores amigos. Antes de hontem,passou commigo a manhã o bispo de PortoAlegre, dom frei Amador; de tarde sentou-se commigo ao fogareiro o sr. Antonio Fe-liciano de Castilho, a fallar-me de Camõüscom tanto amor e reverencia que me ent ris teceu e quasi envergonhou de ser por-tuguez. Hontem passei a manhã com Ja-cintho Freire de Andrade, que me deixouvaidoso de ter nascido na terra de João deCastro; de tarde, conversei com o eremitaHeitor Pinto ácerca da «Tranquillidade davida.» Hoje de manhã procurou-me o fa-migerado medico Duarte Madeira Arrais,physico do pulso de D. João iv, e falíamosdo uso dos banhos de agua fria, por eu lheter dito que debellára com banhos de chu-va uma contumaz catarrhal: não disse«bronebyte» para não basofiar de hellenis-ta com o medico doutissimo, que foi mui-to descaroado de terminologias gregas, pos-to <n>e soubesse de raiz a língua de Hypo-crates.

Eu tive sempre a perdoavel ambição depassar por sábio: relevem-me estafalha,em desconto dos prejuízos e dissabores queme ella tem causado. Eu seria muito maisfeliz se me fingisse sandeu. Pessoas a quema Providencia dotou com excellencias deentendimento, assim que dwãrrTTênto-dermundo em que viviam, trataram de corri-gir a natureza, fingindo-se parvos; e me-lhoraram de condição e fortuna. Outrossugeitos, laureando-se com uma coroa deespinhos, como Ricardo Sauvage, á horada morte, antes quizeram assim acabar,quebrados de magoas, com renome, po-rém, de altos engenhos, e uma carta deguia para a immortalidade. Não estou comestes nem com os outros. Eu apenas queropassar por sábio, mórmente na admiraçãode pessoas esclarecidas como o physico dopulso do sr. D. João iv.

Assim pois que me elle deu azo a des-fechar o que eu sabia ácerca de banhos dechuva, entrei a contar-lhe que o inventorda hydrotherapia fôra um medico da Sibe-ria austríaca, chamado Vicente Priessnitz,nascido em 1799.

—Inventor?!—atalhou Duarte Madeira.—Inventor, sim—confirmei eu.O physico do rei sorriu-se, ageitou uma

liga afivelada do calção de lemisle e disse:—Vá dizendo.Continuei no benevolo intuito de ins-

truir o meu hospede um tanto atrazado nosprogredimentos médicos:

besse que um camponez seu visinho cicatrizava feridas com agua fria, tratou ellede curar-se também de um couce, e ficousão. Vicente deu de mão á agricultura, .fez-se medico. Confiaram-se-lhe doentes degravidade, e sahiram rijos. A medicina of-ficial quiz empecer-lhe; mas elle defendeu-se com e testemunho dos curadoscom a innocencia das suas applic^çôesConcorreram a centenares os enfermosGrofeuberg. Era já notorio o systema medicinal do abençoado inventor, que morreu em 1851. A sepultura d'este homem éum dos mais illustres cofres das cinzas devarão prestadio.—Não se tratou com agua fria o inven-tor do systema—interrompeu Duarte Ma-deira—Morreu aos cincoenta e dous annosI... Dessa idade podia elle morrermedicando-se com agua quente I—Quer o meu illustre amigo metterriso a medicina de agua fria?—Não, senhor. Eu, ha duzentos e vintee tres annos, publiquei um livro em queimparcialmente cotejei as opiniões dos fau-tores com as dos adversarios da agua friacomo matéria medicinal.

—Como assim?!—atalhei eu espantado—Pois o sr. Duarte Madeira já teve noticiada hydrotherapia ha mais de dous séculos?—Tive noticia d'uma cousa que se in-ventou, pelos modos, cento e cincoenta an-nos depois. As invenções modernas sãoquasi todas assim inventadas, meu amigoVossa mercê... (o medico de D. João "iv,em matéria de tratamento, regula-se ainda¦ela pragmatica da sua mocidade) Vossamercê, se quizer ir commigo á GreciãT êunão duvido apresental-o a Archimedeselle lhe contará comó inventou o vaporapplicado ás locomotivas.

—E então Fulton?—Fulton é um inventor como o Vicente

da agua fria—acudiu o medico, ageitandooutra vez a liga do calção—A aereostatica,proseguiu elle, os balões, mais de séculoantes dos irmãos Montgolfier, os exercitouo padre Gusmão em Lisboa, façanha mui-to mais engenhosa e fundada' em princi-pios de sciencia, que centenares de annosantes estavam estabelecidos. Tem noticiado padre da passarela?

—Sim, senhor, eu tenho noticia de qua-si tudo.Faltava-lhe unicamente saber que o

uso dos banhos d'agua'fria foi já systemade medicina em Grécia e Roma. Os medi-cos contemporâneos dos imperadores es-creveram volumes sobre a conveniência deacalmar, mediante os banhos frios, febresmalignas, e roborar ale n tos exhauridos, eemendar a destemperança debilitante, co-mo diz Galeno, o qual, no meu citado li-vro, eu verti por estes termos: «a agua fria

O qual Vicente Priassenitz, como sou-1 condensa os poros para que os espíritos se

não exhalem. Esta virtude mostrará a ex-poricncia a quem d'ella usar; os cosimen-tos fazem-se melhor; ha mais aptidão pa-ra o trabalho, e melhor vontade de co-mer.» Ora eu vou agora repetir-lhe tex-tualmente as palavras de Agattino, citadaspor Orabasius no décimo volume, sétimocapitulo, da sua «colectanea» edição de15515. Textualmente: «Quiaulem huncbrevem vitaj...»

—Se me dá licença vou buscar o diccio-nario tatino...— acudi eu.—Não seincommode; eutraduzo; deboa vontade me sacrifico á summa sabe-doria dos sábios liodiernos, que apenasgnoram o latim e os inventores dos ba-

uhos de chuva. Resa assim em vernáculoo dizer do Agattino, «apud Orobasium» :«Aquelles que desejam passar o breve cur-so desta vida com saúde, hão-se de ba-nhar muitas vezes em agua fria, porquenão posso encarecer com palavras quantoproveito se segue d'este banho. E pnr estacausa achareis que os que em agua fria sebanham, posto que já quasi gastados davelhice, comtudo tem o corpo firme e com-pacto, de côr florida, constante e varonil;o ainda no que toca aoappetite e cosimen-to firme, os sentidos pela maior parte in-leiros e perfeitos; (e para que diga tudoem uma palavra) todas as operações da na-tureza muito bem dispostas. E muitas ve-zes tenho ouvido que os barbaros metlemos seus meninos pequenos em agua fria.

também me suacede muitas vezes nãopodendo dormir em razão da calma, postoque tenha ceado, metter-me no banho

b cousa de espanto como pas-so 4 noite regalado.» Até'aqui Agattino,commentado por Orobasio, que floresceuno império de Juliano, o apóstata.

—Muito bem; mas, se me dá licença,observo ao famigerado physico d'el-rei D.João iv que a agua fria nas medicinas an-tigas entrava como elemento duma scien-cia qUe hoje chamamos hygiene; depoisde Priessnitz, é que ella foi therapeutica-mente applicada ao curativo de gravesdoenças.

-Está vossa niercá errado. No meu li-vro, escripto e publicado ha duzentos evinte e tres annos, assentei eu, authorisadopor Galeno, Rudio, e Júlio César Claudinoque as immersões em agua fria eram medi-cativas em gravíssimas enfermidades.

-Consinta-me ao menos que os moder-nos estabelecimentos hydropaticos exerci-tam validamente este systema, empregan-do as variadas temperaturas da agua, con-forme as variadas doenças reclamam,

-Não consintoahypothesefallaciosa. Sa-berá vossa mercê que os antigos repartiamo banho em quatro partes, ou temperatu-ras, segundo Galeno, e Orobasio, «locis ci-tatis.» A primeira era uma casa em . que se

3E

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2 GAZETA DE CAMPINAS

despiam e preparavam para o banho. A segunda, uma tina de ogua quente em que odoente se mettia. A terceira outra tina deagua fria em que entrava, depois de sahirda quente. A quarta, outra casa aconche-gada em que se limpava emcttia à cama.E d'estas quatro partes a principal era obanho de agua fria; e todas as mais orde-nadas a esta; porque só com ella se conseguia o intento, que era esfriar o demasiadocalor de toda ou de parte do corpo. Ciara-mente diz Galeno: «os que padecem febrehectica, se os não metterem na agua fria,nenhuma cousa lhes aproveita o banho.»"Veja agora se me pôde dizer o que inven-tou mestre Vicente? Receio que vossa mer-cê me diga que elle inventou a agua.

Dito isto, o doutor Duarte Madeira Ar-rais ergueu-se e acrescentou:

—Quer alguma cousa de mim?—Desejava que me receitasse alguma

cousa para a dôr do fígado.—Tome uni caldo de viboras.—De viboras! O doutor cuida que as

viboras se vendem na praça eomo as fran-gas?!—Eu appliquei muitas vezes a meu amoo senhor D. João ív o caldo de vibora. Nomeu tempo, appareoiam em barda, quan-do eram necessarias.

—Agora não ha viboras.—Então que sumiço levaram ellas?—Provavelmente esconderam-se no co-

ração das damas.O doutor alisou as meias de sêda preta,

symetrisou as fivelas das ligas e despediu-se, murmurando:

—Ainda bem que eu deixei de amar hacento e oitenta annos. No meu tempo o co-ração da mulher era ninho de rolas, e nãolurá de viboras.

Camiixo Castei.lo Branco.

NOTICIASJury—No dia 31 do passado, constituindo-se o tri-

bunal sob a presidência do sr. dr. Ferreira Bueno esendo escrivão o sr. Franco de Pontes, promotor inte-rino o sr. > dr. Raphael Branco, compareceu para serjulgado Mathias Pinto, a quem se imputava o crime detentativa de morte. Occupou a cadeira da deíFesa o ad-vogado sr. dr. M. F. de Campos Salles.

Houve replica e tréplica. O conselho reconheceu una-nimente que Mathias não tentou matar e que disparan-do um tiro o fez em deffesa de seus direitos, sendo as-<;im n réu absolvido.

JNo dia 1 do corrente, juiz e üSLinãu üj mcsmc:, parte accusadora o sr. João^Nepomoceno de Campos, com-pareceram Antonio de íarros Duarte e Manoel do Bar-ros Duarte, accusados, aquelle como author e este co-mo cúmplice, de tentativa de morte na pessoa do quei-xoso. Occuparam a cadeira da deffesa os advogadossrs. drs. A. A. de Aguiar Witaker e F. Rangel Pesta-na. O conselho afirmou que os réus não tentaram mat-tar e decidiu unanimente que, se um delles disparouum tiro na parte queixosa, foi para deffesa do outro, seuirmão. O sr. dr. Juiz de Direito appellou da sentençapara a Relação do Districto.

Estrada de ferro—Chegaram a Santos, comprocedencia da Inglaterra, tres navios conduzindo par-te do material rodante, e a totalidade do fixo, para oleito e linha telegraphica da estrada da CompanhiaPaulista.

Protectora das Famílias—E' esta uma da-quellas instituições cujos bons fruetos pelos propriosfins e objecto se lhe antevêem desde logo. Acha-se nes-ta cidade o sr. Margarido da Silva, agente commissio-nado para angariar-lhe adhesões entre nós; e vai hojen'outra secção o respectivo annuncio. Chamamos todaa attenção dos nossos leitores para elle, certo de quelhes recommendamos um ponto de subido e palpitanteinte-esse.

Espectaculo—Está entre mis o prestidigitadorsr. Rossi, a quem todas as recommendações tecem umagrande nomeada na sua especialidade. Segundo cartasde pessoas authorisadas e os jornaes de differentes loca-lidades, como Rio de Janeiro e outras cidades cultas,é o sr. Rossi um artista muito distineto. Fará elle ho-je, no theatro de S. Carlos, a exhibição de seus traba-íhos. Além dos muitos attractivos que chamam a estafuncçãOj accresce o de ser a única noite em que pode-

mos apreciar o artista referido, pois não estendo a maisde um os seus espectaculos, visto estar cedido o thea-tro á companhia do sr. Joaquim Augusto. Assim, pois,os nossos patrícios certamente lhe hão de fazer uma op-tima recepçàq.

Cura da liydro|>esia—D'uma correspondeu-cia de S. João da Boa Vista, publicada no Correio Pau-listano, extrahimos o seguinte:«Um facto importante, acaba de dar-se nesta villa,que por ser de utilidade publica, não posso deixar nastrevas, e dou publicidade, para bom dos hydropicos edos Esculapios.

O Commercio de Santos, e oulros jornaes desta pro-vincia, referindo-se a uma folha portugueza, deram co-mo certa, a prompta cura da hydropesia com o empre-go de burriés (caramujos) aos que solfrem de hydrope-sia Verifica-se agora, que este remedio é poderoso, in-fallivel e real.

O sr. Custodio Rocha, fazendeiro neste termo, es-tando com sua senhora soíFrendo de hydropesia, emponto tal de adeantamento, que estava deitando grandequantidade de agua, muito inchada, e nos últimos pa-roxysmos da vida, estando já preparada com todos ossacramentos necessários da alma, teve noticia deste re-médio, por um numero do Diário de S. Paulo, ou doCommercio de Santos, que lhe enviou o sr. capitão Ma-ximiano: não hesitou um momento em experimentar oremedio, tal era o desespero em que estava com o máuestado de saúde de sua mulher.

Poz muita gente em procura de caramujos e não foisem grande difíiculdade, que no fim do alguns dias,poude conseguir um ainda com o bicho vivo dentro.Deitou-o em um vaso, poz em cima tres chicaras deagua fria, e no fim de algumas horas, vazou a agua emum copo, tendo este tomado uma côr amarellada etransparente, e deu então á doente em duas vezes, umcalix por cada vez.

Experimentdu a doente grande adormecimento, dor-miu toda a noute, no dia seguinte appareccualguma reac-cão e após, grande despejamento de agua pelas pernas,botando cheios 6 ou 7 vasos.Em conclusão, no fim de 24 horas, estava a senhoraalliviadissima, e em seguida em convalescença, e istovae ha um mez e ella está sã perfeitamente, "e ahi está

para todos verem, trabalhando nos misteres de sua ca-sa, como antes, e aflirma-nos o sr. Custodio que ella éde edade avançada e está tão sã e sacudida, como senada soíTresse.Calcula-se, que os burriés de que nos deram noticiaas folhas, são os do mar, apanhados nas praias ; ora nãotendo nós aqui desses, o sr. Custodio, serviu-se dos quetemos por aqui, serrá-cima, que são grandes e nemsempre se acham em todas as estações do tempo ; sen-do elles mais' freqüentes nas estações chuvosas; serãoelles de mais vantagem para aquelles que moram beiramar.Será porém conveniente, que os médicos tratem deestudar o meio de conserval-os presos em casa, ou deextrahir delles a virtude pelos meios da chimica, visto

que serra-acima, não é fácil apanhal-os, em occasiõesprecisas e de momento.»

Origem das sizas—Lê-se ri'um jornal portu-guez:As sizas não foram impostas pelos reis, foram os po-vos que voluntariamente as lançaram entre si quandooccorria algum caso urgente do município; porém dura-va só em quanto urgia a necessidade. O primeiro lança-mento dás sizas foi no tempo de D. AffonsoIV, na villade Setúbal, e foi accordado entre os povos para levan-tarem as muralhas. Foram duas sizas; a grande sobreos vinhos rendia mil e trezentas dobras, e a pequenamiúda, rendia trezentas. Tudo se gastava na obra dosmuros: durou o impostoirté-qtte-eííe&Joram conclui-das.

No tempo de D. Fernando, estando o reino opprimidode guerras, se lançaram sizas aos povos, sendo a primei-ra á cidade de Lisboa, também para a construcçãode mu-ralhas, que 'no tempo daquelle rei se fizeram.'

Acabadas estas obras se levantaram outra vez as si-zas; porém pouco depois se tornaram a lançar, e dura-ram quatro annos, sempre applicadas ás necessidadesdos povos; e desde então se tornaram quasi efiectivas.

No tempo de el-rei D. João I, o condestavel D. NunoAlvares Pereira propôz em conselho, que se pedissemaos povos as terças destas sizas para as despezas do es-tado; e éde presumir que desde então as ficassem sem-pre pagando.

Obituari o—Freguezia de N. S. da Conceição :Maio 26—-Francisco, filho de Domingos Caghári.30—Benedicto, escravo de D. Anna E. de Almeida.» —Benedicta, escrava de Antonio F. de Andrade

Couto.Junho Io—Odarilho, escravo de Manoel Carlos Ara-nha.

2—Brotero, escravo de Francisco Pompeo do Amaral.Freguezia de Santa Cruz

Maio 26—Brazilio, escravo de Generoso Pires Bar-bosa.

27—Paulo, escravo de D. Gertrudes da Rocha Ca-margo.

27—Francisco, escravo de Antonio Januario PintoFerraz.29—João, escravo do barão d'Atibaia.

» —Pedro, escravo da Marqueza de Valença.Junho Io—Honorio, escravo de D. Maria* Francisca

Barbosa Aranha.1—Mathias, escravo de João Baptista de CamargoDamv.

1—Maria, filha de João Francisco de Godoy.»—Ludovina, escrava do commendador Villela.2—Cesario, escravo do D. Candida Maria Ferraz deBarros.»—Marianna, escrava de Antonio Leite de CamargoBarros.Condueçõcs—Preços que tem regulado :Até uma légua 400De uma a duas . . . 440 a 480Duas a cinco . . . . 500 a 640Mereado de Campinas—Últimos preços por-que foram vendidos os generos presentes ao mercado :Feijão novo, alqueire 3#000 3#500Feijão velho, alqueire. 1$(S00 2$000Farinha de milho, alqueire 2j?800 3#200Fariçha de mandioca, alqueire 5#000 6$000Arroz pilado, alqueire 5$000 6j?000Arroz com casca, alqueire. # $Milho, alqueire . 1$600 1$700Fubá, alqueire $ $Polvilho, alqueire. . # $Toucinho mineiro, arroba. # $Toucinho paulista, arroba. # . #Fumo do Descalvado, arroba # j?Fumo do commercio, arroba # $Café bom, arroba. 4#000 4$500

Café ordinário, arroba 2#000 2#5(I0Café escolha, arroba 1#200 lj?400Assucar branco, arroba 7$500 8#000Assucar redondo, arroba (5#000 6#500Assucar mascavo, arroba 5$400 5JJ600Aguardente, cargueiro ., 3ftj)000 36$000Queijos de Caldas, um # f>Queijos de Jaguary, um $ $Caixetas de marmelada, uma 1$000 2$000Leitões, um ... # 0Frangos, um- # $500Ovos, dúzia . $ • $500

MISCELLANEAUm homem muito alto. gordo, e reforçado casou com

uma mulher muito baixa, magra e débil! Admirando-se muito os seus amigos de tanta desigualdade, lhesrespondeu:—«Amigos, observarei sempre aquelle dita-do—de dous males o menor.»

Certo príncipe escolheu para uma embaixada impor-tante, um dos seus cortezãos, que o tinha já servidoem muitas com satisfação. Nesta, porém, não aeonte-ceu assim, e quando se apresentou ao príncipe, este,cheio de cólera, entre muitos outros insultos, lhe disse:—«Cuidei que mandava um homem, e mandei um ani-mal; porque tu, desgraçado, não és outra cousa.»—«Eu não sei o que sou, "senhor, replicou o cortezão ;mas sei que representei a vossa alteza, e o tenho repre-sentado muitas vezes. ,

Morrendo o cheffi de uma numerosa família, ficouesta consternadissima: perguntando-se a um visinhosapateiro como iam passando a viuva e os orphãos,respondeu:—«Estão todos n'uma classia e n'uma situa-dura tal, que nem pestanejam nada pela bocca fóra.»

Foi confessar-se um catraeiro, e perguntando-lhe opadre quantas eram as pessoas da Santíssima Trindade,respondeu que eram seis, e elevou-as a trinta: o con-fessor, enfadado, o despediu. A sahida encontrou umcompanheiro, a quem fez a pergunta que lhe tinha si-do feita; e sendo-lhe respondido que tres, exclamou :«Sim, vai para lá com essa ninharia: trinta já eu lhedava^e o padreca, ainda lhe pareceram poucas.»

SECCÃO PARTICULAR

AGOA CHOCANão tenho palavreado bastante para

agradecer ao jucundo povo agoa-choquen-se a maneira harmoniosa e melliílua coraque espargio sobre este acanhado mortalas mais redolentes e perfumadas sempre-vivas.

Levo a alma pelo queixo e deixo aquiparte de meu amantetico coração, que vivenum boliçar diabolico. A todos uma grati-dão métrica, e ao intrépido amigo Flaviouma brigada de abraços.

Vou para a côrte curar-me do esophago,e lá, desde o raiar matutino até o accenderdos lampeões, teem ás ordens um criadoenfermo.

Não olTereço a casa, porque vou de hos-pede.Adeos, Agoa Choca; adeos, povo; adeos,Flaviosinho.

Maio de 1871.Annibal Torresão deGusman.

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GAZETA LIE CAMPlNAs

O Doutor Silveira Lopes, retirando-se para S. Paulo,por poucos dias, em busca do restabelecimento do sualonga enfermidade, pede desculpa ás numerosas pessdasque so dignaram visital-o de não lhes agradecer poragora pessoalmente tamanhos favores, o que espora po-rém fazer na sua volta.

Campinas, 3 de Junho de 1871.

COMMERCIOMercado de Santos

31 de Maio.Lê-se na «Imprensa» de 31 do corrente:Café.— Consta-nos que se venderam

6,000 saceas com uma baixa de '200 rs.Em consequencia das grandes entradas

a existcncia pode ser calculada era 40,0U0saccas.

Algodão.—Tem havido pequenas vendasa 698000 e 7$000.— Existência 52,000 far-dos.

Prerns correntes.Café superior de mnchina . 55600 SW)00Café superior, arroba 5®i00 59600Bom, idem ® ®Regular, idem 15500 59000Ordinário, idem 39000 19000Algodão em rama 1." sorte 79000

» » » 2.' » 69500» » » 3." » 69000

ANiN (JNCIOS

Associação Promotora de Fami-lias, o único agente nesta provínciaé Margarido da Silva; epódc sei*pro-curado em casa do illin. sr. capitãoJoaquim Quirino dos Santos.

Campinas, 2 de Junho de 1871.Margarido da Silva.

Pliotographia CampineuseDE HENRIQUE ROSEN

8 8 — Rua Direita — 8 8Trabalha-se todos os dias em todos os

tamanhos e por todos os systemas.Recebe-se encommendas de novas co-

pias de retratos já tirados e que no estabe-leeimento estão guardados.

Tira-se reproducções de retratos antigos.N. B. Não se vende e nunca se venderá

retratos de pessoa alguma sem o consenti-mento do douo e nem tão pouco se bota oretrato do fregue/, na galeria contia o dese^ -leijo manifestado pelo mesmo. 5—1

Chegou mais uma porção de algodão deItú. vendem a 640 a vara e em peça 620em casa de Joaquim Izique & Filho, ruado Rosário n. 16. 8—1

Chegou uma porção de rédes, de dor-mir, de Sorocaba, finas e grossas, por preçosmuito baratos, em casa de Joaquim Izique& Filho, rua do Rosário n. 16. 3-1

Escravo fugidoFugiu ao dia 9 do corrente mez de Maio

do abaixo assignado, o escravo José, creou-lo, idade de 20 >e tantos annos, muito baixo de estatura, feições miúdas, nariz cha-to, bem preto, dedos dos pés muito peque-nos, cabellos curtos e escovados, suppõe-seque procurou o lado de Brotas onde foicomprado, levou roupa fina e grossa, ca-misa de baeta vermelha, chapéo de palhae levou uma manta de retalhos. Quem oprender e o entregar será bem gratificado.

Campinas, 11 de Maio de 1871. 6-5Querubim Uriel Ribeiro de Camargo Castro.

Aluga-se a casa n. 8 á rua do BarretoLeme, própria para familia.IJi\u' Vegetal ilu ftmiHlu—Clinrtreiisc»

listo Elixir, verdadeiro, só se encontraem casn de Joaquim Alves de Almeida S/il-les Júnior na rua Direita n. 10, o qual nãosó é muito superior em qualidade ao deGrenoble, que se vende em outras casas•oomo os frascos são muito maiores. Namesma casr. se encontrará o afamado Eli-xir para curar dores de dentes. 8—6

¦ GratificaçãoFugiu ha cinco mezes da fazenda Bom-

Gm, de João Manoel d'Almeida Barbosa, oescravo Prudencio, fula para preto, alto,novo, olhos grandes, pouca barba, bonito,fedia descançado, sente-se do quarto direi-to quando anda, tem uma cicatriz retintana costa da mão direita e uma ferida nolado da perna direita, é espigado e activo.

Quem o aprehender e entregar ao donon'esta cidade ou na fazenda ao adminis-trador será bem gratificado. 10—6

lo de obras de folha. Concerta Lampeões a500 rs. 4-:j

Bilhares do largo dan

Matriz-velhaO proprietário destes bilhares está resol-

vido a vendel-os, alugal-os ou admittir umsocio, garantindo um lucro vantajoso : omotivo deste negocio particularmente sedirá ao pretendente certo de que não desa-gradará. 3-1

¦HHIiAviso importante

Desejando proteger seus amigos e freguezescontra as imitações

siwgkr conpmtem adoptado a marca abaixo descripla

BOM EMPREGO DE CAPITALVende-se uma parte de 40 a 80 alquei-

res de terras de cultura, na Sesmaria doMonjolinho, em S. Carlos do Pinhal, di-vidindo com o patrimonio da mesma villa,tendo tres agoas e terras próprias para ca-fó, e querendo também vende-se um ter-reno que já tem algumas bernfeitorias, eque serve para uma boa chacara por sermuito perto da villa. Quem pretender di-rija-se a mesma villa, com o sr. AntonioJosé Borges, negociante na rua da Matta.

Irmandade de s. benedicíõO abaixo assignado roga a todos os ir-

mãos que se acham atrazados em suasan-unidades e jóias para virem satisfazel-os noprasa de 90 dias, afim de com o produclose continuarem as mesmas ebras, do con-trario serão eliminados da irmandade. Naigreja do Rosário e na capella do Santoacham-se listas com o nome dos devedorese quantias. ' 3—2

Tito de Camargo Andrade.

lifi--Rua da Alfandega—116RIO DE JANEIRO

E. RANGEL PESTANA & C.Com um dos primeiros estabelecimentos

de fazendas inglezas, franoezas, suissas, ai-mãs-e-americanas de seda, lã, linho e al-

godão, das quaes muitas recebem directa-mente.

para homensCamisas de linho e algodão, ceroulas de

linho e algodão, camisas de meia e de fia-nella, meias, brins, casimiras, pannos,letiços, gravatas e outro artigos.

variado sortimentoToalhas, guardanapos, brins para len-

çóes, morins, chitas, cassas, lansinhas, se-das, algodões, riscados, chalés, meias paracrianças, cobertores, pannos de todas ascores e muitos outros artigos de gosto,

para senhorasCamisas, saias, lenços bordados, e lisos,

meias, còrtes de vestidos, sedas, modas eoutros artigos apropriados para todos ospreçoo. 6—5Só vendem a dinheiro para vender baratoEnfardam e fazem seguir aos seus destinos.

Funileiro lampista39=llua Direita=39

Incumbe-se de fazer cannoS para telha-dos, banheiras, bahús, etc. Tem sorlimen-

Nenhumam a c h i n aSI IN G15 R éLEGITIMA

se não levaesta marcaFIXA noBRAÇO damachina.

Para evitarContrafac-ções note-sebem todos

os DETA-LHES da

MARCAPreços100$, 1109 até 1809

Os únicos agentes para as vendas dasle-gitimas inachinas de costura da companhiaSINGEli na província de São Paulo são:

Guilherme P. Ralston 44, Rua do Com-mercio, Campinas.

Guilherme Plalt, São João do Rio ClaroMelliotfo para Piano Forte

Ao uso do Real Conservatorio de Paris,do celebre maestro L. Adam, com 50 lie-ções progressivas com numevação para osdedos das mãos. Preço 20J>000. Nesta ty-pographia se diz quem vende.

OS ADVOGADOSF. QUIRINO DOS SANTOS e F. RANGEL PESTANA

(Trabalhara em sociedade)Rua (la Itlatriz-nova n. 29CATHECISMO BRASILEIRO

Para uso das escolas de primeiras letlrasde ambos os sexos.

Adoptado nesta província pela lei n. 43de 19 de Julho de 1867, e na de S. PedrodoRio Grande do Sul, pelo respectivo conselhode instrucçâo publica.

A' venda no escriptorio da Gazela deCampinas a 500 rs. cada exemplar.

AVISONesta typographia recebe-se assi-

gnaturas para o Correio Paulistano,assim como annuncios e outros quaesquer artigos para serem publicadosnaquelle jornal.

O leilão da rua Direita, continua todosos dias, havendo sempre ricas fazendas,vinhos, charutos etc.

Page 8: ÁNNO 11. CAMPINAS, 28 DE MAIO DE 1871 N. 159 W* …memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1871_00159.pdf · ... e os outros dois, um considerado igualmente ... Futuro g>apaDiz II Tempo

I GAZETA DE CAMPINAS

CAMPINASlicitou uma grande porção do toiilhas

^ pnra mesa, do panno atoalhado combonitos padrões e franjas do mesmo panno,para todos os comprimentos de mesas,vendem muilo barato como sempre foi seusystema em casa de Joaquim Izique & íi-lho, rua do Rosário n. lti. 3—2

Desappareceu, ha cerca de quinze dias,do pasto denominado do Brôa, um burrovermelho, alto, ferrado dos í pés, crinatousada, nos joelhos tem limas listras pre-tas. Quem o entregar no hotel do sr. Tei-xeira será bem gratificado. 3—2

Aluga-se uma casa com bastantes com-modos na rua da Matriz nova ; trata-se comRozo & Flho, ruadoCommercio n. 36. 6-2GSSSSSSSSSSSSSSiSSeSSSSSíSSO6? &

AMPARO gH João Pedro Martins Ferreira , Cirurgiãog Dentista pelii FaeuliSíide de Sleili- Jjjj estia lio Rio íle Janeiro. {J(0Í Continua a residir cm casa dos srs. Guimarães jj& Gomes, largo da Matriz n. 12. 10—3 fyídj í-56SS8SS8SSSSSSSSSSSSSSSSSSgPharmacia BarretoEste estabelecimento, notável pela va-

rieda.de e importancia de suas prepara-ções as mais caprichosas e dignas de todaaceitação 110 tratamento das moléstias, aca-La de receber da Europa e Rio de Janeiro oseguinte:

Oleo de fígado de bacalhau da Noruega.Leite anté-phelico contra os padecimen-

tos da Cutis.Agoa mineral de Rakoczv para o esto-

mago.Èlixir e pilulas diurelicas de Ramonde,

remedio o mais effieaz para as enfermida-des da bexiga e lodo apparelho rénaL

Xarope de hydrato de chloral de Folict.Gottas J&ponezas para dores de dentes,

remedio infailivel.A grande farinha Mexicana para os pn-

decimenlos de todas as moléstias do peitoprincipalmente para os tísicos e debilita-dos por longas enfermidades.

O grande remedio contra asthma ultima-mente descoberto no Norte do Império esubmettido ao exame da Junta Central dehygiene do Rio de Janeiro que o acolheucom especial menção ordenando que fosselogo publicado.

Assim mais, tem esta pharmacia muitaspreparações de alta clinica e os especialis-simos Xarope desobstruente ferroginosode Caragualá e o Xarope depurativo anti-rheumafico de Barreto já tão conhecidos dopublico pelos seus soberanos resultados. 1

Largo do Rosário n. 35'SpiflMlÍM "ovas e experimenta-

das; encontra-se gran-de variedade, na rua do Commercio n. 28.

reita n. 28, ao contrario publicar-so-haseu nome. 2—2

Desappareceu no dia 5 do Maio um ca-vallo, de bonita estampa, entroncado deanca e peitos, é mouro, está tousado, cri-na larga e aspreada, pôllo mourinho, mar-ra estribo. Gratifica-se bem a quem delledér noticias em Piracicaba ao sr. ManoelLuiz, ou em Campinas ao sr. Francisco Jo-sé Coelho. 3—3

e Geléa mineira superior, em porção e pormiúdo. Vende-se na praça do mercadonos quartos ns. 26 e 27. 3—3

João Ferraz de Campos, por haver outrode igual nome, nssignar-se-ha d'ora ávan-te João Ferraz de Campos Souza. 3—3

AttençãolüRoga-se á pessoa que nos dias depois da

Semana Santa, talvez por distração, levoudo estabelecimento pholographico destacidade uma photograpliia, representandoo Descimento da Cruz (reproduccâo de umquadro de Rubens] a bondade de o mandarentregar no dito estabelecimento, rua I)i-

Precisa-se de um pedreiro para traba-lhar em uma—fazenda—Para tratar narua do Commercio n. 28. 3—3

Antônio Martins Alves e Júlio Savaglio,fazem sciente ao publico que dissolveramamigavelmente a sociedade commercial,que tinham nesta cidade, na padaria dolargo da Cadôa n. 14, ficando todo o acli-vo e passivo da referida sociedade a cargodo primeiro. 3—3

Campinas, 26 de Maio de 1871.Antonio Martins Alves.Júlio Savaglio.

Concerta-se lampeões em 5 minutos. Tra-ta-se com «tezar, no becco do fnfernn. 6

Appareceu na fazenda do capitão Ser-gio Seraphim Passos, no Belhlem de Jun-diahy, uma escrava que suppõe-seser per-dida, não sabendo o nome do senhor, nemo logar de sua habitação; deve ter 60 an-nosmais ou menos, baixa, lesão n'um pé.Quem se julgar seu dono appareça namesma fazenda. 3—3

Sor limento de fogosEm casa de Francisco Álvaro, rua T)i-

reita, encontra-se grande e variado sorti-mento de fogos de todas as qualidades, sen-do tudo novo, bom e barato. Também tembandeiras. 4—2

CAMPINASAndam fugidos os seguintes escravos :Alexandre, 28 annos, baixo, um pouco

fula, pés tortos, pouca barba, falia bem, to-ma tabacoe écarpinteiro; desconfiasse queanda na estrada de ferro.

Balthazar, alto, bem prelo, barbado,mãos e pés pequenos, muito ladino, e mui-to prosa.

Ambrozio, baixo, 36 annos, alguma bar-ba branca, fula, falia alto, grosso de corpo.Estes dois escravos andam pelos mattos pro-ximos a esta cidade. Gratifica-se generosa-mente a quem os entregar a Francisco Antonioda Casta Braga.. 10-2

Fugiu de José Innocencio de Godoy oescravo Carlos, meio fulla, cabeça esponta-da, pelle grossa, proveniente d'espinhas,corpo cheio, sem barba, tem um signal natesta de brecha, desdentado na frente noqueixo de cima; levou chapéo pardo pellode lebre de aba grande, idade 25 a 30 an-nos; foi comprado ao dr. Cuvillon. Quem oentregar a seu senhor ou a Antonio JoséMachado será bem gratificado. 6—2

' ATTENÇÃO"Antonio Pitada, participa ao respeitável

publico de bom gosto, que recebeu pelo ul-limo paquete da linha do Pacifico, umgrande sortimento de chapéos de sol comcabos de marfim, inglezes legitimos, e bemassim muitas outras fazendas de apuradogosto. Os chapéos e mais fazendas vendepor preços baratissimos, nunca vistos desdeque o mundo é mundo. 3—2

Campinas, largo do Rosário, loja ao péda igreja.

Fugiu no dia 28 do corrente mcz deMaio, do abaixo assignado, o escravo José,idade 40 annos, mais ou menos, baixo, bempreto, olhos grandes, e olhn só por baixo ede lado, tem barba só no bigode e no quei-xo, Foi com barba grande, tem o andarmuito ligeiro e entende do offieio de pedrei-ro. Levou calças e camisa de panno de Al-godão grosso e um paletot de baetão pardojá usado. Quem o prender e entregar a seudono em sua fazenda da Cachoeirinha, nodistricto de Campinas, será bem gratificado.

Campinas, 30 de Maio de 1871. 4-2João Baptista de Campos Barreto.

Bandeiras de S. João, S. Pedro e SantoAntonio, nas casas dos illms. srs. BentoQuirino, Cândido Borges, Guilherme & Sal-gado e Miguel Morato do Canto. 2-1

José Pereira Antunes Bastos, pertendevender suas carroças completas, promplasa trabalhar, unia com 8 animaes e outracom 0, bons encerados, saccos para, os doiscarros e trem de cosinha. Quem dellas pre-cisar dirija-se á sua casa rua de Baixo n. 1para tratar o preço á vista dellas. Tambémvende uma casa com quintal, capim, par-reiras e arvores de frutas, na rua da Pontede Santa Cruz n. 42.

Trabalhos de engenharia£2s::i do CoBimiercio, 3

O capitão João Gonçalves Pimenta, com-petentemente authorisado, já por suas ha-bilitaçõas scientificas. adquiridas na Eseo-la Militar do Brasil, já pelo titulo de Agri-mensor que lhe passou o Ministerioda Agri-cultura, Commercio e obras publicas, pro-põem-se a exercer as suas funeções emqualquer parte desta Província, e executa-rá os seguintes trabalhos, se lhe forem pro-postos:

Levantamento de plan-tas; nivelamento; visto-rias; demarcações e divi-soes de terrenos e fazen-das; projectos de estradas,de jardins, etc.

Podem procural-o, das 10 horas da ma-nhã ás 3 da tarde, em casa de sua resi-dencia á rua do, Commercio 11. 3. 10-3

Explorações de terrenose de estradas; rednoção depesos e medidas em" todosos systemas; rfducção deplantas; cartas topograplü-cas ou geograpliicas.

Superiores cigarro^ de fumo do Descal-vado, vende-se em grandes e pequenas por-cões, na rua Direita n. 11. 8—7

Fumo superior do Descalvado, vende-semuito barato na rua Direita n. 11. 8-7

THEATRO DE S. CARLOSCOMPANHIA DRMIATICJV IVACIOIYAL

SOB A DIRECÇÃO DO ARTISTAJOAQUIM AUGUSTO

1- RECITA DE ASSIGNATURAQuinta-feira 8 de Junlio de 1891

Ia representação do drama em 5 actos, do repertorioda celebre tragica Mme. Ristori:

S0R0R THEREZANo qual faz a sua estréa a primeira actriz

ROSINA DO SOUTO MUNIZ

Sabbado IO dc Junho de 18712' RECITA DE ASSIGNATURA

Grande draraa em 5 actos e 1 quadrosA Estatua da dòr

Os espectaculos principiarão impreterivelmente ás 8horas.

Nesta typographia vende-se bilhetes decamarotes.

1871—Typ. da «Gazela de Campinas».