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VERDE Companheiros do Informativo do Meio Ambiente e Cidadania Ano I.: Nº 15.: 2ª Quinzena JULHO – 2010 Acompanhe a coluna “Nossos Parques” e conheça ótimas opções de lazer Pág. 2 Conheça as vantagens das atividades físicas durante a terceira idade Pág. 8 Memória histórica da arborização do Plano Piloto E m Brasília, a dimensão dos espaços livres a serem tratados e o curto espaço de tempo para construir e inaugurar a cidade contribuíram para tornar os trabalhos de arborização um grande desafio, numa situação quase sem paralelo no mundo. Acertos e erros formam esta experiência, que teve início nos anos 50, no século XX. Acompanhem a entrevista exclusiva com a arquiteta Simone Cruz Lima sobre o trabalho de recuperação da memória histórica do processo de arborização do Plano Piloto. Pág. 6 Reciclagem de óleo gera renda para trabalhadores em todo o pais Pág. 12

Ano 1 número 15

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Jornal do meio ambiente o cicadania.

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Page 1: Ano 1 número 15

VERDECompanheiros do

Informativo doMeio Ambiente e

Cidadania

Ano I.: Nº 15.: 2ª Quinzena julho – 2010

Acompanhe a coluna “Nossos Parques” e conheça ótimas opções de lazer

Pág. 2

Conheça as vantagens das atividades físicas durante a terceira idade

Pág. 8

Memória histórica da arborização do Plano Piloto

Em Brasília, a dimensão dos espaços livres a serem tratados e o curto espaço de tempo para construir e inaugurar a cidade contribuíram para tornar os

trabalhos de arborização um grande desafio, numa situação quase sem paralelo no mundo. Acertos e erros formam esta experiência, que teve início nos anos 50, no século XX.

Acompanhem a entrevista exclusiva com a arquiteta Simone Cruz Lima sobre o trabalho de recuperação da memória histórica do processo de arborização do Plano Piloto. Pág. 6

Reciclagem de óleo gera renda para trabalhadores em todo o pais

Pág. 12

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Companheiros do

VERDE julho 20102 Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

EDIToRIAlQuando apreciamos as

belezas de Brasília, onde cada estação apresenta

um cenário mais diverso que o outro, ora seco, ora verde, não podemos imaginar quanto tra-balho, criatividade e profissio-nalismo finaliza um conjunto de obras tão genial que é a cidade.

Temos o maior orgulho de apresentar nesta edição uma entrevista exclusiva sobre o tra-balho “A Arborização Urbana de Brasília”, da arquiteta Simone Cruz Lima, recuperando a me-mória histórica da implantação do projeto de Lúcio Costa para a cidade de Brasília.

Também nesta edição, na editoria de gastronomia, co-nheça um pouco mais sobre a mandioca, riqueza brasileira, e aprenda a fazer um delicioso bolinho de mandioca.

Nossa editoria Saúde e Bem Viver está cheia de boas sugestões.

Boa leitura!

Olga Christina PedraDiretora

[email protected]

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Publicação: Solução Audio Visual Ltda.End.: Condomínio San Diego, Lt. 15, sobreloja 03 Jardim Botânico - CEP 71.680-362Fone/fax: (61) 3335 3584 / 9666 2947Email: [email protected]

[email protected]ção Geral: Olga Christina PedraDireção Administrativa e Financeira: Evelynne PedraProjeto Gráfico / Diagramação: Sérgio Linhares

Contatos para consultas sobre espaço publicitário: [email protected] Colaboradores: André Gubert e Leonardo Barreto.Webmaster: Felipe GelbckeFontes de pesquisas: Ag. Câmara, Ag. Sena-do, Ag. Brasil, Embrapa, Adasa e Ministério do Meio Ambiente, Ag. Brasília. Fotos da capa e página 6, dissertação “Processo de arborização urbana do Plano Piloto”, de Simone Cruz Lima.

Distribuição gratuita: Órgãos do GDF, Administração do Lago Sul, Adminis-tração do Jardim Botânico, Câmara Legislativa, Câmara Federal e Senado, Esplanada dos Ministérios, Campus do Uniceub, Rodoviária do Plano Piloto e locais de grande circulação em Brasília e na cidade de Goiânia.*Os artigos assinados não traduzem a opinião do jornal ‘Companheiros do Verde’.

EXPE

DIE

NTE

COMPANHEIROS DO [email protected]

TELEFONES PÚBLICOS DE EMERGÊNCIACorpo de Bombeiros..............................193Defesa Civil..........................................199Disque-denúncia...................................181Polícia civil..........................................197Polícia Militar.......................................190Secretaria dos Direitos Humanos............100Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.................................................180

TELEFONES ÚTEISCentral De Serviços Alcoólicos Anônimos..................................3226.0091

CVI – Centro de Valorização do Idoso.................................0800 644 1401Delegacia de Proteção ao Menor e Adolescente..............................3361.1049Promotoria de Defesa do Consumidor.............................. 3343.9851

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICACEB....................................0800 61 0196CAESB................................................115PROCON.............................................151DETRAN..............................................154

Julho

17 Dia de Proteção às Florestas

25 Dia do Colono

28 Dia do Agricultor

NOSSOS PARQUESParque Ecológico Saburo Onoyama

Saburo Onoyama chegou à nova capital do Brasil, em 1958, vindo do Japão. A família atendia a um pedido do irmão do imperador Hirohito, para que ajudassem Juscelino Kubitschek a desenvolver o cerrado. O agricultor vislumbrava futuro

melhor numa região que começava a ser habitada por imigrantes que chegavam ao Planalto Central. Era o nascimento de Taguatinga.

Uma vez instalados, Saburo fez o convite para participar da empreitada que iniciava aqui a seis outras famílias de colonos japoneses que viviam em São Paulo e no Paraná. Por falta de recursos, os Onoyama decidiram se dedicar à produção de hortifruti. Além de frutas, a família também iniciou o plantio de flores no terreno de 55 hectares.

Posteriormente, doaram a área para implantação do Parque. Localizado na Área Especial, atrás da QSC 25, em Taguatinga Sul, o Parque

Ecológico Saburo Onoyama foi criado por meio do Decreto n° 17.722/1996. O Parque Ecológico Saburo Onoyama tem este nome em reconhecimento a sua

luta pela preservação do Cerrado em Taguatinga. No local existem nascentes, córregos, mata ciliar e áreas de lazer com quadras poliesportivas.

AGENDA ECOLÓGICA

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Companheiros do

VERDEjulho 2010 3Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

MEU BRASIL

Perfil: PresidenciáveisMarina Silva:

Marina Silva nasceu em 1958 em um lugar chamado Breu Velho, no seringal Bagaço, a 70 km de Rio Branco. Seus pais tiveram onze filhos, dos quais oito sobreviveram. Aos 15 anos, Marina foi levada a cidade de Rio Branco

e foi acolhida pelas Irmãs Servas de Maria. Ainda analfabeta, foi matriculada no Mobral e trabalhou como empregada doméstica.

Após concluir o primeiro e segundo graus orientada pelas freiras, ela cursou História na Universidade Federal do Acre.

Tornou-se professora de ensino público e se engajou no movimento sindical junto com Chico Mendes. Em 1986, se filiou ao PT e em 1988 foi a vereadora mais votada de Rio Branco. Em dezembro daquele ano, Chico Mendes assassinado. Marina herdou a liderança da luta em favor dos seringueiros, bem como o meio ambiente no Acre.

Em 1994, foi eleita senadora, sendo reeleita em 2002. Em 2003 se tornou Ministra do Meio Ambiente, renunciando ao cargo em 2008, após o lançamento do Plano Amazônia Sustentável, cuja administração foi entregue para Mangabeira Unger, sem participação de Marina Silva.

Recebeu o Prêmio Goldman do Meio Ambiente (1996); o prêmio Champions of the Earth concedido pela ONU (2007); o prêmio norueguês Sofia (2009); e o prêmio Mudanças Climáticas da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco (2009).

Marina é casada e tem quatro filhos. Embora tenha sido educada no catolicismo e ter sido muito ativa nos movimentos da Igreja ligados a Teologia da Libertação no Acre (CEBs), hoje ela professa o cristianismo evangélico (Assembléia de Deus).

José Serra

José Serra nasceu no bairro de Mooca, cidade de São Paulo, em 19 de março de 1942. Seu pai era vendedor de frutas no Mercado Municipal. Em 1960, ele ingressou no curso de engenharia civil na USP, sendo bastante ativo na política

estudantil, sendo eleito presidente da UNE) em julho de 1963.Com o golpe de 1964, Serra seguiu para o exílio na França. Retornou ao

país em 1965, mas teve que fugir para o Chile, onde estudou economia. Em 1967, casou-se com a bailarina e psicóloga Sylvia Ledezma, com que teve dois filhos.

Com o golpe militar no Chile em 1973, Serra refugiou-se novamente nos Estados Unidos, onde concluiu seu doutorado na Cornell University (1976).

Em 1978, retornou ao Brasil e foi contratado como professor na Unicamp. Em 1982, Serra se tornou Secretário de Economia do governo de São Paulo. Em 1986, foi eleito deputado federal pelo PMDB e foi um dos fundadores do PSDB em maio de 1988.

Em 1994, foi eleito para o Senado. Em 1998, FHC convidou Serra para assumir o Ministério da Saúde, onde ele iniciou o programa de combate à AIDS e de incentivos para medicamentos genéricos.

Em 2002, se tornou o candidato do PSDB à Presidência da República, mas foi derrotado por Lula (PT). Em 2004, Serra foi eleito prefeito de São Paulo e em abril de 2006, governador do Estado de São Paulo, permanecendo no cargo até abril de 2010, quando tornou-se candidato à presidência da República pela segunda vez.

Dilma Rousseff:

Dilma Rousseff nasceu em Belo Horizonte, em 1947. Em 1966, ingressou no Comando de Libertação Nacional (Colina). Em Marco de 1969, a organização mandou Dilma para o Rio de Janeiro, onde conheceu o gaúcho Carlos de

Araújo. Ficaram juntos por quase 30 anos.Em 1970, Dilma se mudou para São Paulo, onde foi presa, torturada e

condenada a dois anos de prisão. O promotor no caso a chamou da “Joana d’Arc da subversão”.

Libertada em 1972, mudou-se para Porto Alegre. Em 1976, nasceu a sua filha e em 1977 se formou em Economia pela UFRGS. Em 1980, Dilma participou fundação do PDT. Com a eleição de Collares para a prefeitura de Porto Alegre em

1985, ela foi nomeada Secretária da Fazenda. Em 1990, Collares foi eleito Governador do Rio Grande do Sul e indicou Dilma como Secretária de Energia, Minas e Comunicação.

Em 1998, Olívio Dutra foi eleito governador e Dilma voltou a ocupar a Secretaria de Minas e Energia. Em 2000, abandona o PDT e se filia ao PT. Em 2002, Lula escolhe Dilma para ser sua Ministra de Minas e Energia.

Dilma ficou quase dois anos e meio à frente do MM&E, assumindo o posto chave da Chefia da Casa Civil em2005, quando José Dirceu retorna à Câmara dos Deputados para se defender do escândalo do mensalão.

Em abril de 2009, Dilma enfrentou um câncer no sistema linfático. O tratamento foi feito no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo e ao final de 2009, os médicos confirmaram sua cura. Em setembro dessa ano, no auge da campanha, a Dilma vai ser avó.

O Brasil possui 27 milhões de eleitores

analfabetos comple-tos ou funcionais. O dado assusta e lança dúvidas a respeito da qualidade do voto. Afi-nal, como esse eleitor toma sua decisão?

Não se pode ge-neralizar. Mas, é certo que o analfabetismo incide diretamente sobre a (in) capacidade do eleitor de acessar meios de informação e de construir vários pontos de vista. Dessa forma, esse eleitorado tende a replicar práticas políti-cas mais tradicionais, hábitos que lhes foram passados por costume, como o voto por indi-cação por exemplo.

A tendência desse grupo é replicar aqui-lo que o pai ou o avô faziam, sem capacida-de crítica. Por isso, é muito comum escutar, mesmo nos grandes centros, pessoas dizendo que irão votar “naquele candidato que der uma ajudinha para a família”, assim como se fazia no tempo dos coronéis.

Por essa razão, o dado mostra que o aperfeiçoamento dos políticos passa por uma qualificação dos eleitores.

o eleitor inacabadoLeonardo Barreto – Cientista Político e autor do blog

www.casadepolitica.blogspot.com

Política sustentável!

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Companheiros do

VERDE julho 20104 Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

A exploração ilegal de madeira caiu significativamente na última década. Em três dos principais fornecedores de madeira do mundo – Brasil, Camarões e Indonésia –, a queda foi de até 75%. Com a redução, uma área de 17 milhões de hectares de floresta, equivalente ao Reino Unido,

deixou de ser desmatada ilegalmente e pelo menos 1,2 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa não foram lançadas na atmosfera.

O diagnóstico foi divulgado em estudo inédito do instituto britânico Chatham House. A redução da exploração ilegal teve reflexo direto no contrabando da matéria-prima. A importação de madeira ilegal pelos principais países consumidores caiu pelo menos 30%, segundo o levantamento.

Os pesquisadores analisaram a cadeia produtiva da madeira ilegal em cinco países tropicais de-tentores de florestas (Brasil, Indonésia, Camarões, Malásia e Gana), em países consumidores (Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e Holanda) e na China e no Vietnã, que processam a madeira e fornecem produtos para o mundo industrializado.

Para os países consumidores, aumentou a dificuldade de identificar a origem da madeira, que já chega aos mercados transformada em móveis. Nesses países, a criação de barreiras para madeira ilegal depende agora da criação e implementação de leis que proíbam a entrada de produtos sem origem comprovada. “Apesar de os Estados Unidos já terem aprovado uma lei nesse sentido e a União Européia esteja prestes a fazer o mesmo; o Japão, que é um grande mercado, continua aberto à ma-deira ilegal”, de acordo com o estudo.

Em visita ao Brasil, o ministro japonês do Meio Ambiente, Osawa Sakihito, se reuniu com a ministra Izabella Teixeira para tratar dos principais assuntos que serão discutidos na COP-10, a ser realizada em outubro na cidade de Nagoya (Japão).

Sakihito ressaltou a importância dos países participantes estabelecerem metas de curto e longo prazos para a conservação da biodiversidade. Disse ainda que o governo japonês estuda medidas necessárias para proteger os direitos dos países detentores de patrimônio genético, e que pretende consolidar mecanismos de cooperação financeira e de transferência de tecnologia para o Brasil.

Já Izabella Teixeira reforçou a necessidade da aprovação do sistema de acesso e repartição de benefícios oriundos do patrimônio genético (ABS, em inglês), principal propósito dos países mega-diversos na conferência. A ministra brasileira também defendeu a importância de se estabelecer os meios para o cumprimento das metas que serão acordadas durante o evento.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma e

a marca desportiva, Puma, anunciaram três importantes projetos de conservação como os beneficiários da campanha “Joga pela Vida”, uma parce-ria inspirada pelo mundial de futebol para apoiar o Ano In-ternacional da Biodiversidade em 2010.

Fundos angariados na campanha serão do-ados a projetos que irão salvar leões africanos na Zâmbia, elefantes na Côte d’Ivoire e na Libéria e gorilas nas montanhas Mbe, na Nigéria.

A escolha dos beneficiários foi decidida por adeptos do futebol e pelo público em geral, numa votação que decorreu no site de relacionamento social, Facebook, e na página online do Pnuma.

Esta iniciativa global visa aumentar a consciência sobre a importância da con-servação de espécies e habi-tats entre amantes do futebol durante o ano do campeonato do mundo, realizado pela pri-meira vez em África.

“Joga pela Vida” priori-za o continente africano, uma

região que abriga uma biodiversidade excepcio-nal, incluindo algumas das espécies animais e vegetais mais ricas e ameaçadas do planeta.

A campanha promoveu o Ano Internacional da Biodiversidade através de uma combinação de eventos e anúncios públicos que contaram com a participação do futebolista dos Camarões, Samuel Eto’o.

Ministros do Meio Ambiente do Brasil e do Japão se reúnem em Brasília

Pnuma e Puma juntam forças para proteger espécies e habitats na África

Exploração ilegal de madeira caiu na última década, mostra estudo britânico

Acordo entre OMS e COI promove estilo de

vida saudável

A Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Comitê Olímpico Internacional, COI, assinaram

um memorando de entendimento em Lausane, na Suíça, onde prometem cooperar em nível nacional e internacional para promover atividades destinadas a ajudar as pessoas a reduzirem o risco de doenças não transmissíveis, como câncer, ataques cardíacos e diabetes, promovendo estilos de vida saudável, incluindo atividades físicas, esporte para todos, Jogos Olímpicos sem Tabaco e a prevenção da obesidade infantil.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que o acordo irá reforçar o combate a doenças que provocam o maior número de mortos no mundo.

Doenças não transmissíveis ou não infecciosas matam cerca de 35 milhões de pessoas todos os anos, incluindo quase 9 milhões com menos de 60 anos.

A falta de exercícios físicos é apontada como o 4º maior fator de risco para todas as doenças, contribuindo para cerca de 1,9 milhão de mortos todos os anos.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, disse que tanto o COI como a OMS estão interessados em promover estilos de vida saudáveis.

Mortes causadas por doenças não infecciosas estão aumentando em todas as regiões do mundo. A OMS revela que irão subir para cerca de 41 milhões por ano, se a atual tendência continuar.

INtERNACIONAL

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Companheiros do

VERDEjulho 2010 5Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

COMUIDADE

Leia mais, conheça e participe do COMPAnhEIROS DO VERDE também na Internet:

www.companheirosdoverde.com.br

Reflorestamento prevê 150 mil mudas no Descoberto

Supermercado Baratudo festeja 13 anos em Santa Maria

Até o final deste mês, os órgãos do GDF que atuam no programa Descoberto Coberto vão conhecer a real situação de cada chácara da região que será reflorestada dentro do modelo de sustentabilidade ambiental. A previsão é que sejam plantadas cerca de

150 mil mudas de árvores do cerrado para recuperar totalmente a vegetação nativa da Área de Proteção Ambiental.

O levantamento de dados realizado junto aos chacareiros, que se dedicam à produção de hortigranjeiros, abrange as características da vegetação, uso de água subterrânea, número de outorgas e, principalmente, uso e ocupação do solo.

O projeto de recuperação do Descoberto, implementado por um grupo de trabalho formado por técnicos da Adasa, Ibram, Emater, Seapa, Ceb, Terracap e associação de produtores locais deverá estender suas ações a toda a bacia do Pipiripau, numa segunda etapa, e tem conclusão prevista para cinco anos.

Cerca de 40 produtores já receberam 18 mil mudas de plantas nativas. Com o início das chuvas (setembro-outubro) será intensificado o plantio. Essa nova vegetação ajudará na recuperação e proteção da orla do Lago Descoberto, responsável por mais da metade de abastecimento de água do DF. A partir de agosto serão iniciadas ações educativas junto aos chacareiros e alunos de escolas públicas da região.

na comemoração do aniversário de 13 anos do supermercado Baratudo, quem ganha é o cliente, com um mês recheado

de comemorações entre sorteios e brincadeiras, o supermercado devolve a cidade de Santa Maria todo o carinho recebido dos clientes ao longo dos 13 anos de serviços, além de estar sempre promovendo campanhas de saúde e educação ambiental, o Baratudo faz parte da vida da cidade. “Agradeço primeiro Deus e nossos clientes que vem nos prestigiar o ano inteiro” afirma o Diretor Antônio Luís Uchoa, que era só felicidade.

Fonte luminosa e Feira da torre prontas em agosto

Mico-leão-dourado

Localizado na área da floresta tropical, no sudeste do Brasil, com hábitos alimentares a base de frutos e insetos,

o mico-leão-dourado chama a atenção no primeiro olhar pela juba dourada, de uma espetacular beleza, responsável pelo seu apelido, lembrando um leão.

Embora o tráfico destes animais para outras regiões do mundo seja muito antigo,

une-se à destruição da Mata atlântica como os maiores riscos à sobrevivência da espécie. Outros fatores, como animais competidores vindos de outras regiões, doenças e novos predadores também ameaçam os micos-leões.

Hoje, estima-se que cerca de 1200 indivíduos vivam em liberdade, nas matas baixas do Rio de Janeiro, número muito pequeno para a segurança da espécie. O mico-leão dourado foi adotado como símbolo da proteção à fauna brasileira, e os esforços para sua proteção e recuperação devem ser usados como modelos para muitas outras espécies.

A revitalização completa da parte externa da Torre de TV deve ficar pronta em agosto. As obras

incluem a construção da Fonte Luminosa, a transferência e padronização das barraquinhas de artesanato e um novo estacionamento para os usuários. O GDF aplicou aproximadamente R$ 18 milhões nas obras, enquanto a Eletrobrás patrocinou os R$ 9,5 milhões gastos na nova estrutura da fonte. O GDF liberou R$ 1,791 milhão para acelerar a entrega das obra, iniciadas em setembro do ano passado .

A nova Fonte Luminosa, que utilizará equipamentos da Espanha, apresenta características cibernéticas e de multimídia. Com seu espetáculo colorido, que mistura sons, luzes e movimento, será uma das 10 maiores do mundo, ocupando uma área de 4, 8 mil metros quadrados. A instalação elétrica no subsolo e a montagem de bombas, tubos e bicos da fonte luminosa estão prontas.

Já na nova Feira da Torre de TV, as 600 barracas de ferro padronizadas, o calçamento e os banheiros públicos estão prontos.

VIDA EM EXtINÇÃO

Foto: Roberto Rodrigues

Você Sabia?

Que o tabagismo está ligado a 50

tipos de doenças como câncer de

pulmão, de boca e de faringe, além

de problemas cardíacos?

Foto: Roberto Rodrigues

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Companheiros do

VERDE julho 2010Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena6ENtREVIStA

no trabalho de recuperação da memória histó-rica do processo de arborização do Plano Pi-loto, realizado pela Arquiteta Simone Cruz de

Lima, poderemos conhecer os desafios que se apre-sentaram para a execução do projeto de Lúcio Costa, a cidade-parque, num bioma pouco conhecido, o cer-rado, com o nascimento de uma cidade totalmente diferente de todas as outras existentes no País.

Companheiros do Verde – Como foi realizada esta pesquisa, muitas dificuldades no levantamento de informações?

Simone Cruz Lima – As informações sobre o desenvolvimento do processo de arborização de Bra-sília encontram-se dispersas em relatórios, notícias de jornais, ima gens da época, pois os arquivos do Departamento de Parques e Jardins estão em sua grande parte perdidos e danificados. A dificuldade de reunir documentos para compor esse painel, exi-giu o levantamento das diversas fontes de consulta e a coleta de dados. Na organização desses dados utilizou-se a metodologia histórica. Essas fontes são basicamente as seguintes:

- fontes bibliográficas: periódicos (revistas e jornais), relatórios técnicos e documentos que foram organizados por ordem cronológica para reconstitui-ção histórica;

- fontes iconográficas: fotos que mostram as diferenças na paisagem, durante o intervalo de tem-po proposto para a pesquisa, as várias intervenções do Departamento de Parques e Jardins; imagens aé-reas e croquis;

- entrevistas com pessoas que testemunharam essa experiência ou dela participaram.

CV – Quais as principais características do processo de arborização de Brasília?

SCL – O processo de arborização do Plano Pilo-to de Brasília caracteriza-se em um primeiro momento por uma grande preocupação em gramar e arborizar uma cidade nova, em meio um bioma ainda pouco conhecido, e por uma grande dificuldade em encontrar mudas que pudessem dar um tratamento paisagístico adequado as quadras que surgiam em ritmo acelera-

do, aos palácios e prédios públicos.Impossibilitados de encontrar na

região mudas de árvores ou arbustos que atendessem à grande demanda então exis-

tente, e pressionados pelos curtos prazos políticos que deviam ser cumpridos, os técnicos, responsáveis pelos primeiro serviços de arborização da nova capi-tal, não tiveram outro recurso senão o de trazer de

outros estados, principalmente Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo9, espécimes arbóreos e arbusti-vos, muitas delas apresentando um porte compatível com os resultados esperados. É nesse período, no fi-nal dos anos 50, que ocorreram as primeiras ten-tativas de trazer gramados, árvores e arbustos para arborizar a nova capital.

Algumas tentativas de resolver rapidamente o problema soam, hoje, como anedotas, por não obe-decerem a técnicas adequadas, mas eram ações para atender as solicitações necessárias para as inaugu-rações. Uma dessas histórias, transmitida oralmente ao longo dos anos, refere-se a solução experimentada por técnicos que, pressionados por políticos ávidos por mostrar resultados, “gramam” o Eixo Monumen-tal com tiririca (Cyperus rotundos) e revestem o solo da Esplanada dos Ministérios com alpiste (Phalaris canariensis).

O primeiro gramado feito em Brasília foi o do entorno da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, com grama trazida de Luziânia, e inaugurado em 28 de junho de 1958. Na mesma época foi plantado o gra-mado do Palácio da Alvorada.

CV – Como foi o acontecimento impactante de 71/72, com a morte de um grande número de árvores na W3 sul?

SCL – A década de 70 começou com um gra-

ve problema a ser enfrentado pelos técnicos, o apa-recimento, entre 1971/1972 de ataques severos de pragas na arborização que já se consolidava. Nessa época, foi constatada uma exsudação nos troncos, amarelecimento e queda de folhas, causando a morte de inúmeras Cássias, resultando, em 1976, na morte de mais de 8000 indivíduos dessa espécie. Altos ín-dices de mortalidade aconteceram, na mesma época, com outras espécies, como a albizia, Albizia lebbeck e a cássia, Cassia macranthera. A morte das árvores apresentou aspecto desolador e ao mesmo tempo, co-locou em questão a metodologia e os critérios adota-dos para a arborização da cidade.

O processo de retirada das árvores mortas envolveu o DPJ, que se viu diante de um impasse técnico, social e político. Em decorrência desses fa-tos, técnicos do Departamento de Parques e Jardins da Novacap começaram a sentir a necessidade de pesquisar e de fazer coleta de sementes de espécies nativas, que se mostrassem mais adaptadas e ade-quadas ao nosso ambiente de cerrado, ocasionando uma transformação nos critérios para o plantio das áreas públicas.

CV – Quais foram os reflexos na arborização de Brasília com o avanço das preocupações ambientais na década de 80?

SCL – A crise surgida com a morte de várias espécies exóticas, já consolidadas na paisagem da cidade, coincide com acontecimentos mundiais, que questionam a necessidade de cuidados com a con-servação dos recursos naturais. Em Estocolmo, em 1972, países do mundo inteiro se reúnem para discutir os impactos ocasionados pelo crescente processo de urbanização e industrialização, que se acabam refle-tindo no crescimento das cidades e na degradação do meio ambiente. A necessidade de conservação das paisagens naturais e o reconhecimento dos elos essen-ciais entre Meio Ambiente e Desenvolvimento foram os temas predominantes na Conferência de Estocolmo. Surge, como resultado das discussões, a idéia de cria-ção, em vários países, de Reservas da Biosfera.

A década de 80, para o processo de arbori-zação é um período marcado por grande mudança nas posturas de escolha de espécies arbóreas a serem utilizadas na arborização urbana do Plano Piloto de Brasília. As principais dificuldades, relatadas na épo-ca, eram referentes à obtenção regular de sementes, principalmente das espécies de matrizes originárias do habitat natural.

Entrevista: simone cruz lima

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Companheiros do

VERDEjulho 2010 7Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

O MERCADO VAI VER VOCÊ DIFERENTE.

WWW.UNICEUB.BR

Page 8: Ano 1 número 15

Companheiros do

VERDE julho 20108 Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

SAúDE E BEM VIVER

A prática de atividades físicas é recomendada a qualquer pessoa, principalmente para as da terceira idade -acima de 60 anos. Elas permitem que o idoso possa controlar suas taxas sanguí-

neas, tornando-se mais independente nas atividades diárias.A realização de atividades físicas na terceira idade pode, ainda,

colaborar com a saúde óssea - evitando a osteoporose por exemplo, com o fortalecimento da musculatura e a melhoria na consciência corporal e da coordenação motora. Mas com todas as fragilidades adquiridas com o tempo, alguns cuidados devem ser tomados, pois

exercícios que exercem impacto sobre as ar-ticulações e que pos-suem mudanças brus-cas de direção podem trazer desconfortos ao idoso. Nesta fase da vida, os ossos e as arti-culações enfraquecem e ficam mais sensíveis.

Antes da realiza-ção de atividades físi-cas, o idoso deve co-

nhecer os limites do próprio corpo. “Eles podem fazer qualquer exercício, desde que estejam aptos para aquela prática. O que quer dizer que de-vem passar pela avaliação de um profissional para que o mesmo indique qual é a atividade que melhor se encaixa no perfil do aluno. Para isso, os profissionais levam em consideração quaisquer distúrbios osteomioar-ticular, metabólicos e cardíacos, além de outras limitações que possam interferir na prática da atividade”, considera Peri Cavalcanti, coordenador de Musculação e Ginástica da Academia Unique Fitness.

O especialista alerta, ainda, quanto à intensidade dos exercí-cios, “Para este grupo é necessário um pouco mais de cautela. Do contrário, podem ter como resultados alteração na pressão arterial, desgastes articulares, lesões musculares, entre outros”, explica.

Nada impede que qualquer atividade seja feita por um idoso, des-de que, esteja enquadrada em suas limitações. Se ele estiver em bom estado de saúde e adaptado às práticas físicas, pode exe-cutar, normalmente, todas as atividades que um jovem executa.

SERVIÇO:Academia

Unique Fitness Family ClubEndereço: SIG Qd.

08 Lote 2045 ao lado da SQSW 100

Tel.: (61) 3343-2002Site: www.unique-

fitness.com.br

Conheça as vantagens das atividades físicas durante a terceira idadeIdosos que realizam atividades físicas podem ter uma vida mais longa e distante do sedentarismo.

Malhando, podem evitar problemas com as taxas sanguíneas, doenças ósseas e enfraquecimento da musculatura.

Brasília – O crack, droga formada pela mistura de bicarbonato de sódio e coca-ína, ameaça a vida de 25 mil jovens brasileiros. A estimativa é do Ministério da Saúde e, segundo o coordenador de Saúde Mental, Álcool e Drogas do mi-

nistério, Pedro Delgado, a dependência coloca esses jovens no nível de marginalidade extrema. Ele falou sobre o problema no Seminário Internacional de Políticas sobre Drogas, na Câmara Federal.

Delgado disse ainda que faltam estudos de âmbito nacional sobre o tema, mas os dados do ministério mostram que existem padrões diferentes de uso das drogas, inclusive do crack. “Existem duas populações de consumidores de crack no Brasil. Uma que estimamos em 25 mil jovens que estejam em vulnerabilidade máxima e corram risco de vida e outra, em situação menos grave, com 600 mil pessoas que fazem uso frequente da droga”.

O coordenador do Ministério da Saúde também falou do problema da mortali-dade de adolescentes pelo uso de drogas, citando Maceió como a cidade com o maior registro de morte violenta de jovens. “Temos convicção de que isto tem a ver com a vulnerabilidade associada ao uso de drogas”, disse.

Em maio deste ano o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que cria o Plano Nacional de Combate ao Crack que destinou R$ 90 milhões para o Ministério da Saúde, prioritariamente para a ampliação dos leitos em hospitais gerais. Mais R$ 210 milhões de recursos novos do orçamento do ministério estão sendo uti-lizados para a ampliação de centros de Atendimento Psicossocial para dependentes

químicos, que nas cidades com mais de 200 mil habitantes passarão a funcionar durante 24 horas.

Segundo o representante do Ministério da Saúde apesar da necessidade de ampliação do número de vagas em hospitais gerais, a internação não deve ser vista como a solução do problema. “Em situação de risco existe a opção da internação, mas ela não é a solução para o crack. Os casos mais graves acometem pessoas que passaram pela internação. Precisamos de ações intersetoriais para combater o pro-blema”, disse.

O secretário Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), general Paulo Uchôa, disse que em agosto começam os cursos a distância para a formação de profissionais de diversas áreas para lidar com o problema do crack. Serão 80 mil vagas destina-das a religiosos, conselheiros de infância e adolescência, educadores e profissionais de saúde. “A ideia é fazer uma capacitação coletiva para que todos falem a mesma linguagem”, afirmou.

Uchôa falou também que uma pesquisa realizada pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) mostrará o retrato da situação do crack no país, desde o consumo, o perfil do dependente até as consequências da droga sobre as famílias. Os primeiros dados da pesquisa devem ser apresentados em setembro.

“Com base nos dados revelados na pesquisa faremos um redirecionamento ou direcionamento das ações. Temos muitos informações sobre a cocaína, mas não temos dados aprofundados sobre o uso do crack”.

Ministério da Saúde estima que 25 mil jovens corram risco de vida pelo uso de crackLisiane Wandscheer – Repórter da Agência Brasil

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Companheiros do

VERDEjulho 2010 9Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

SAúDE E BEM VIVER

“A inspiração existe, porém tenho que encontrá-la

trabalhando.”Pablo Picasso

XAXIMtronco de determinadas samambaias arborescentes, cuja massa fibrosa é

utilizada como substrato para cultura de orquídeas e outras plantas.

Glossário Ecológico

O lanche escolar saudável é uma grande difi-culdade na alimentação infantil. As cantinas das escolas estão repletas de alimentos que em nada ajudam nos bons hábitos das crianças. É também difícil para mãe unir praticidade com qualidade na hora de montar a lancheira, e é difícil a criança aceitar o que a mãe escolheu. Hoje en-contramos um grande crescimento da obesidade infantil. E com certeza a alimentação escolar influencia nisso. Para conseguir atrair o interesse da criança, não adianta proibir. O melhor é recriar hábitos gradativamente. A dica é trocar aos poucos o cardápio calórico poralimentos que sejam nutritivos,mas também variado ecolorido.

Oferece:

Na hora de arrumar a lancheira, prefira:

Lanche escolar saudável

Sugestão de cardápio para lancheira: Bisnaguinha integral (2)c/ polenguinho, suco de laranja e 1 maçã.

Frutas, sempre coloque uma na lancheira.Uma opção de carboidrato, pães integrais, bisnaguinhas integrais, biscoitos integrais(não coloque o pacote inteiro, prepare porções de 4 a 5 biscoitos). Coloque sucos naturais(em garrafas térmicas, para melhorconservação), evite sucos industrializados pois são ricos em açúcar e corantes. Cuidado com queijos, requeijões, iogurtes e frios pois neces-sitam de refrigeração e portanto são fáceis de estragar. Geleia de frutas e polenguinho são boas opções para passar nos pães já que não necessitam de refrigeração.

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CanteiroMedicinal

Barbatimão

Das 26 espécies dessa árvore, 25 são nativas do Brasil. Cresce no cer-rado, de maneira isolada, ou seja,

nunca se encontram várias árvores juntas. O fruto é uma vagem que nasce diretamen-te no caule e o grão tem a forma parecida com a do feijão.

Usa-se externamente a casca reduzida a pó para tratamento das úlceras (proprieda-des secante, antiinflamatória e cicatrizante. Serve ainda para lavar feridas e fazer garga-rejos, sendo um potente antiinflamatório. As folhas reduzidas a pó podem ser aplicadas sobre úlceras.

Guaco

O guaco (Mikania glomerata) é originá-rio do Brasil e sempre foi muito co-nhecido pelos índios brasileiros, que

usavam a planta para combater o veneno das serpentes.

A ciência já comprovou as proprieda-des medicinais do guaco e atestou seu efeito broncodilatador e expectorante. No inverno, quando aumenta incrivelmente a incidência de problemas do aparelho respiratório, por conta das gripes e resfriados, o guaco volta a figurar nas receitas caseiras. Trata-se de um arbusto lenhoso e cheio de ramos, que cresce como uma trepadeira, embora não tenha garras para se prender e precise de suporte como apoio.

Um alerta, como qualquer medicamento, as plantas medicinais também apresentam efeitos colaterais e contra indicações, o efeito terapêutico nem sempre é o

esperado, portanto, é também necessário o seguimento médico.

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Companheiros do

VERDE julho 201010 Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

Pau-brasil

É o nome genérico que se atribui a vá-rias espécies de árvores do gênero Ca-esalpinia presentes na região da Mata

Atlântica brasileira. O nome de nosso país teve origem nesta árvore.

Uma das características mais importan-tes do pau-brasil é a madeira pesada com a presença interna de um extrato que gera uma espécie de tinta vermelha. Por ser de alta qua-lidade, a madeira desta árvore é muito usa-da na fabricação de instrumentos musicais como, por exemplo, violinos, harpas e violas.

A presença de pau-brasil na Mata Atlân-tica era muito grande até o século XVI. Porém, com a chegada dos portugueses ao Brasil teve inicio a extração predatória do pau-brasil. Os portugueses extraíam a madeira para vender no mercado europeu. A madeira era transfor-mada em móveis, enquanto o extrato era usa-do na produção de corante vermelho.

Atualmente, é baixa a presença de pau--brasil na Mata Atlântica. Inclusive, existe lei federal que considera crime o corte ilegal des-ta árvore.

10CIDADANIA

“Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.”Pitágoras

Uma operação conjunta de vários órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) foi re-alizada na região administrativa do Paranoá para fiscalizar veículos de tração animal (carroças) e coibir maus tratos. Durante a ação, seis vistorias foram realizadas e sete

animais examinados. Todos possuíam autorização e não apresentavam ferimentos. A ação contou com a participação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), da Secre-

taria de Estado e Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), da Coordenadoria das Cidades, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) e da Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa)

Técnicos da Adasa atuarão no sentido de disciplinar o uso da água do Córrego do PintoO Córrego dos Pintos, que atende às necessidades dos moradores do Núcleo Rural Casagrande, no Gama, deve ter sua exploração feita de maneira sustentável para garantir a vazão mínima necessária à

sua preservação. Esta foi a proposta da Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF (Adasa) para dissolver os conflitos entre os cerca de 50 usuários de água da região.

Em reunião com representantes da Associação dos Produtores do Núcleo Casagrande, o dire-tor presidente da Adasa, Ricardo Pinheiro, sugeriu que os próprios usuários do Córrego dos Pintos devam se debruçar em busca de soluções permanentes, evitando futuros conflitos. “Todos devem cuidar da manutenção dos mananciais, que, para serem úteis, devem ser explorados com parcimô-nia”, salientou Pinheiro.

O presidente da Associação, Anibal Rodrigues, preocupado com o futuro do riacho, que atende hoje a cerca de 50 chácaras, apontou o uso indiscriminado de captações como preocupante. O supe-rintendente de Recursos Hídricos da Adasa, Diógenes Mortari, garantiu que, se houver uma captação racional e uma distribuição mais organizada, a água poderá ser utilizada por todos.

Atualmente, por inexistência de acordo entre os chacareiros, existem várias zonas de conflitos, desde a nascente do manancial. Técnicos da Adasa, que já estiveram no local, constataram as irre-gularidades e, atuarão no sentido de disciplinar o uso da água do Córrego do Pinto.

operação fiscaliza maus tratos a animais no ParanoáFiscalização feita por diversos órgãos do GDF tinha o objetivo de

apreender cavalos usados de forma cruel no Paranoá

uso racional garantirá água no Núcleo Rural Casagrande

VERDE EM EXtINÇÃO

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Companheiros do

VERDEjulho 2010 11Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

GAStRONOMIA

A origem da mandioca ainda é contro-versa, alguns acreditam que a man-dioca teria sua origem nas Américas

Central e do Sul e outros crêem que sua origem estaria no cerrado brasileiro e pos-teriormente alcançado a Amazônia.

A teoria mais aceita está embasa-da em uma lenda que conta sobre um

passado muito distante onde a linda filha de um chefe indígena, chamada Mani, morrera

ao completar apenas um ano. A criança de aparência muito branca foi enterrada dentro de sua oca, onde sua sepultura teria sido regada dia-riamente, conforme o costume da tribo. Algum tempo depois nasceu uma planta desconhecida sobre seu túmulo. Com o tempo as raízes foram aparecendo e chamaram atenção dos índios que as comeram. Teriam então, os indígenas, aprendido a cultivar a planta e passaram

a chamá-la de Mani-oca que significava casa de Mani, onde a junção dessas palavras acabou tornando-se “mandio-

ca”. Quem registrou essa lenda foi o escritor e folclorista mineiro, es-pecialista em cultura indígena, Couto de Magalhães (1837 – 1898).

Muitos pesquisadores acreditam que a mandioca teve sua origem nas tribos Tupis, mas essa pode não ser a versão mais correta. Como a palavra Mani é de origem Aruak (povos originários do alto amazonas, litoral equatoriano e planícies venezuelanas), e esses eram exímios agri-cultores, principalmente no cultivo da mandioca, é possível presumir que os Tupis tenham aprendido com eles como cultivar essa planta.

Por sua provável origem, a mandioca caracteriza-se por ser um produto brasileiro e tem relevante importância na cultura e alimenta-ção brasileira. Ela é pro-duzida em 1,7 milhão de hectares em todo Brasil e juntamente com milho, arroz e cana de açúcar constituem como princi-pais fontes de alimento e cerca de um bilhão de pessoas em todo mundo utilizam-na como fonte alimentar.

CURIOSIDADES DA GASTRONOMIAcom André Gubert [email protected]

MAnDIOCA – RIQUEzA BRASILEIRA

• 500gdemandiocadescascada

• 1ovo

• 1/2xícaradechádefarinhad

etrigo

• 1colherdesopademargarina

• Salagosto

• 5colheresdesopadetemperoverde

(salsaecebolinha)picado

• Óleoparafritar

Ingredientes*

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Companheiros do

VERDE julho 201012 Ano I.: Nº 15 – 2ª Quinzena

RECICLAGEM

Ao jogar o óleo de cozinha usado na pia, o brasileiro não percebe que está ajudando a aumentar a contaminação dos córregos, rios e mares, além de colaborar para entupir

o encanamento da sua residência e das galerias pluviais. Na Grande São Paulo, a organização não governamental

(ONG) Trevo é uma das responsáveis pela coleta desse material em cerca de 2,5 mil prédios. Segundo Roberto Costacoi, a ONG que preside coleta, em média, 270 mil litros de óleo por mês. Todo esse óleo de cozinha que é recolhido pelos prédios, bares e principalmente restaurantes fast food de São Paulo é depois tra-tado e repassado para grandes indústrias de biodiesel. Com esse trabalho, a organização se auto-sustenta e gera emprego para 50 famílias que recebem, em média, R$ 1 mil por mês.

Um barco feito de lixo partiu de São Francisco, nos Estados Unidos, no início do ano, com chegada em Sydney, na Austrália. Nessa travessia, o veleiro Plastiki denuncia a

catástrofe ambiental que está atingindo os mares do planeta. É tanto lixo que até os bichos ficam confusos. Peixes engo-

lem lixo como se fosse alimento. Cerca de 70% do lixo dos oce-anos é formado por plástico. O lixo que desembarca no local sai dos continentes e é levado por albatrozes.

O barco Plastiki foi feito com 12,5 mil garrafas de plástico. O veleiro navega sem motor e tudo nele funciona com energia solar ou do próprio vento.

Ele foi criado e navegou durante quatro meses e meio para chamar a atenção do mundo para a poluição dos mares. O barco é feito de plástico, porque cerca de 70% do lixo dos oceanos é formado por plástico.

A rota foi planejada para o barco passar pela maior concen-tração de lixo marinho do mundo, a gigantesca lata de lixo gira-tória localizada no norte do Oceano Pacífico, onde fica o Havaí.

Reciclagem de óleo gera renda para trabalhadores em todo o país

Barco feito com garrafas de plástico denuncia catástrofe ambiental que atinge os mares do planeta.

“Aquele que conhece os outros é sábio, aquele que se conhece a si próprio é iluminado.”

Lao-Tsé