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ANO 2 - Nº 7 CARLA BRUNI A beleza e ousadia da primeira-dama ANO 2 - Nº 7 Os melhores hotéis e destinos Cassel, Godard e Le Corbusier: os artistas que encantam o Brasil

ANO 2 - Nº 7 - QGDI · 2018-05-14 · Jardins verticais, hortas em vasos e nichos de plantas ajudam a trazer o clima do campo para dentro de casa 24 Decoração Paisagismo ... Feito

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ANO 2 - Nº 7

CARLA BRUNIA beleza e ousadia da primeira-dama

AN

O 2

- N

º 7

Os melhores hotéis e destinos

Cassel, Godard e Le Corbusier: os artistas que encantam o Brasil

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JB Pátria Editora Ltda.

Expediente

Frederico PereiraArno Stupp e Henrique SuassunaCarlos Coimbra, Carol Boxwell, Fernando Moreno,Múcio Souto, Pierre Prelorentzou, Ricardo Gusmão

Jaime BenutteIberê BenutteGabriela S. NascimentoWalter TorresBete CostaStephane KallineKelly Souza

Jaime BenutteCarol Boxwell, Carol Neves, Christiana Guimarães, Cintia Carneiro e Germana Monte

Trilogia Comunicação e Arte Ltda.Mauro Malin, MTB 14887-67Juliana Bianchi

Belatrix Ltda.Marcelo Paton - Diretor de arteGabriel de Moraes Luiz, Vivian Balardin e Vanessa Hamazaki- Assistentes de arte

Alexandre Staut, Gilberto Martins, Luan Silva, Mariane Morisawa

Gráfi ca Santa Marta

Empresa fi liada à Associação Nacional dos Editores de Publicações, Anatec.

A Revista PREMIUM QUEIROZ GALVÃO é uma publicação trimestral da JB Pátria Editora Ltda., localizada na R. Flórida, 1703, 11o andar, Brooklin. CEP 04565-001, São Paulo – SP. Tel.: (11) 5505 6065.www.patriaeditora.com.br

Queremos fazer uma revista cada vez melhor para você. Mande seus comentários, sugestões e críticas pelo e.mail [email protected]

Os textos assinados são responsabilidade dos seus autores, que não estão autorizados a falar pela revista.

Diretor-presidente: Diretores:

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Presidente:Diretor:

Administrativo / Financeiro:Comercial:

Assistente comercial:

Jornalista:

Publisher: Conselho editorial:

Edição:

Editora:

Direção de arte:

Colaboradores:

Impressão:

FALE CONOSCO:

QUEIROZ GALVÃO

PREMIUM MAGAZINE

EDITORA

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QUEIROZ GALVÃO

Editorial

08

Se a infl uência portuguesa no Brasil ocorreu sob a égide da colonização, necessariamente imposta, a presença da França em diferentes aspec-tos do cotidiano do país foi ganhando força ao longo dos anos de for-ma gradual. Vindo, muitas vezes, com grande carga de valor, referências francesas se fi zeram presentes em nossa língua, arquitetura, paisagismo, cultura e gastronomia. Ao longo de 2009, o país de Luís XIV se fez mais presente do que nunca em território nacional, graças às inúmeras atividades do Ano da França no Brasil. Para celebrar esse intercâmbio, preparamos uma edição especial, com matérias que explicitam a estreita ligação entre esses dois universos. Em primeiro lugar, a história da primeira-dama francesa, Carla Bruni, que vem encantando o mundo com sua beleza e delicadeza, e cujo pai bioló-gico, Maurizio Remmet, adotou o Brasil como residência há mais de 30 anos. Outro que vem estreitando seus laços conosco é o ator Vincent Cas-sel, que estrela um dos fi lmes mais comentados durante o último Festival de Cinema de Cannes, À Deriva.Se Cassel ajuda o cinema nacional a ganhar projeção lá fora, aqui den-tro artistas de diversas áreas valem-se da criatividade de grandes nomes franceses, como o cineasta Jean-Luc Godard, os arquitetos Le Corbusier e Grandjean de Montigny, e o paisagista André Le Nôtre, que infl uenciaram inúmeros projetos no Brasil.E, como saber aproveitar a vida também é uma arte amplamente difundi-da entre os franceses, incluímos um roteiro dos melhores spas da França, assim como alguns destinos, lá e cá, onde é possível relaxar. Um tour pela gastronomia francesa, que tanto já ganhou temperos lo-cais, completa a viagem intercultural que preparamos com tanto carinho. Espero que aproveitem. À bientôt.

Frederico PereiraDiretor-executivo

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DEZEMBRO DE 2009

28 CARLA BRUNI

Bela e inteligente, a primeira-damafrancesa vem atraindo tanto a atenção do

público quanto o próprio presidente

10

12 Spot Objetos de DesejoUma seleção dos objetos mais transados do

momento para deixar sua casa ainda mais

bonita e agradável

20 Decoração Arquitetura de interioresJardins verticais, hortas em vasos e nichos de

plantas ajudam a trazer o clima do campo

para dentro de casa

24 Decoração PaisagismoUm dos jardins mais admirados do mundo,

Versalhes serve de inspiração para diversas

áreas verdes no Brasil

36 Destino NacionalAs belezas da Chapada Diamantina, antiga

sede do vice-consulado da França no Brasil

no período das grandes minerações

Capa: Carla BruniFoto: Claude Gassian / Getty Images

Sumário Edição 07

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16 PERFIL

Com trabalhos no Brasil, o ator Vincent Cassel ajuda a atrair os holofotes

internacionais para o cinema brasileiro

40 DESTINO INTERNACIONAL

A magia de Saint-Paul-de-Vence, no Sul da França, convida a uma viagem no

tempo por vias ruelas muradas

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44 Destino InternacionalUm roteiro de lugares imperdíveis em Paris

48 GourmetChefs, receitas e ingredientes franceses que

mudaram a história da gastronomia brasileira

52 Viver BemAlguns dos melhores spas da França para

relaxar com o estilo

56 Especial ArquiteturaAs linhas e traçados franceses que serviram de

inspiração a edifícios brasileiros

62 Queiroz Galvão

Verdadeiras jóias imobiliárias, os empreendimentos

da Queiroz Galvão em São Paulo e no Recife estão

prontos para serem garimpados

68 Do BemConheça o projeto social que levou

música e cidadania à comunidade do

Coque, em Recife

72 Art CulturaUma retrospectiva da carreira do

cineasta Jean-Luc Godard, um dos

criadores da Nouvelle Vague

76 Art ArquiteturaA história de Le Corbusier, o arquiteto

que marcou época e infl uenciou Oscar

Niemeyer e Lúcio Costa

82 Habitar CrônicaAs lembranças e sutilezas de um

cotidiano único que só a capital

da França nos traz

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Beleza provocativaPara quem não tem muita paciência para regar e cuidar de plantas, mas não abre mão de ter um en-feite que faça referência à natureza, as esculturas de árvores de Alexandre Stefani caem como uma luva. Feitas com arame de alumínio, sobre tronco de árvore, as obras de arte são também um apoio à preservação ambiental. “Ao recriar uma árvore com produtos industriais, achei uma forma de ‘de-volver’ à natureza o material que dela é retirado, e ao mesmo tempo, fazer uma crítica à não pre-servação, já que transformei parte da natureza em uma peça industrial que remete à própria nature-za”, explica o artista, que utiliza resíduos fl orestais e madeira de reaproveitamento para compor suas peças. Produzidas artesanalmente em diferentes tamanhos, as árvores são uma demonstração de que é possível unir modernidade e preservação. “É uma peça contemporânea, pensada para o am-biente urbano em que vivemos”, diz Stefani, que chega a levar até 15 dias para produzir uma escul-tura. À venda na Reserva Pessoal, em São Paulo.

Escultura de solitário feita com arame de alumínio, R$ 139, a

peça de 30 cm

Escultura com arames e base de cedro, R$ 1.390, a peça de 40 cm

Escultura com arames e base de tronco de árvore, R$ 1.980, a peça de 50 cm

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Acabamento de primeiraContar com a ajuda de vasos é uma das maneiras mais simples e práticas de trazer a natureza para dentro de casa. Mas o cuidado que se tem na hora de escolher as plantas deve ser replicado quando chega o momento de dar um acabamento de classe à base. Com diferentes tipos e tamanhos de cachepôs, a loja Jardinaria, no Recife, oferece alternativas variadas para combinar com cada tipo de decoração. Entre os mais pedidos estão o de vidro, com 40 cm x 40 cm (R$ 368) e o de pínus, que pode servir ainda como uma charmosa mesa de centro (R$ 85). Se a ideia for resolver toda a questão em um só lugar, a loja também conta com plantas escolhidas a dedo, como a Lança-de-São-Jorge (R$ 65) e a orquídea chuva-de-ouro (R$ 196).

Balde térmicoCom grande utilidade para quem gosta de vinho, os clima-tizadores da Mevolution prometem deixar sua bebida na temperatura ideal da primeira à última taça, sem precisar usar água nem gelo. O modelo com bateria recarregável (na foto, por R$ 549) tem baixo consumo de energia e dispensa a necessidade de tomadas por perto na hora de servir. Com design moderno e display digital, pode ser en-contrado nas cores preta ou prata na loja Mevolution.www.mevolution.com.brPente na cozinha

Ele pode parecer apenas um objeto deco-rativo. Mas não se engane. Feito manual-mente, o escorredor de pratos Pente, do designer Eduardo Borém, leva criatividade à cozinha. Feito com mais de 25 pentes plásticos, o utensílio permite que as louças sejam encaixadas com segurança entre os dentes dos pentes unidos para dar mais rigidez à peça. Eleito pelo público como o terceiro melhor projeto apresentado na II Bienal Brasileira de Design, em 2008, o objeto está à venda pelo telefone (61) 3039-3175. Preço sob consulta.

Balde térCom grande uttizadores da M

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Spot

Natureza vivaO abajur Okwen, da marca francesa Bleu Nature, é um dos objetos exclusivos da coleção de luminárias do designer Frank Lefebvre. Elaboradas de acordo com as estações do ano, quan-do diferentes matérias-primas naturais podem ser encontradas, as peças desenvolvidas por Lefebvre são confeccionadas uma a uma por uma sociedade de artesãos que dá vida às cria-ções feitas com galhos que se desprendem naturalmente das árvores, madeira petrifi cada e pedras encontradas pelo caminho. À venda na Puntoluce, em São Paulo. Preço sob consulta.

Avião recicladoO alumínio usado para a fabricação de aviões serviu como ponto de par-tida para a nova coleção de mobiliário do designer Sergio Fahrer, da qual faz parte a mesa de centro Lola. Baseada em um estudo inédito de engenha-ria, que garantiu sua fi rmeza mesmo tendo apenas quatro milímetros de espessura em sua base, a peça ainda conta com tampo em recouro – couro natural reprocessado, utilizado nor-malmente em calçados –, que a torna mais resistente e difícil de riscar. As criações do premiado designer, que já conta com pontos de venda em Nova York, Londres e Paris, podem ser ad-quiridas no Brasil nas lojas Brentwood, Dpot e Firma Casa. Preço: R$ 3.975.

Pedra falsaAcostumado a trabalhar com materiais ecológicos, como a fi bra de bananeira, o artista plástico mineiro Domingos Tótora, une, mais uma vez, design e preservação ambiental com a mesa de centro Água. Composta em sua base por três esculturas em formato de pe-dra – feitas com papel, cola e sacos de cimento reciclado –, que equilibram um tampo de vidro, a peça ganhou status de objeto de arte ao vencer o 1º Prêmio Craft Design. A peça está à venda na loja Duilio Sartori, no RIo de Janeiro, com preço sob consulta.

p p ç gstatus de objeto de arte ao vencer o 1º Prêmio Craft Design. A peça está à venda na loja Duilio Sartori, no RIo de Janeiro, com preço sob consulta.

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Elogiado em Cannes por sua participação em longa brasileiro, o ator francês é um apaixonado pelo país, no

qual vê todos os elementos de uma bela poesia

Mariane Morisawa

Passaporte

brasileiro

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incent Cassel lembra-se da primeira vez que en-trou em contato com as cores, as misturas e o samba do Brasil. Seu pai o levou para assistir ao filme Orfeu Negro, dirigido pelo francês Marcel Camus. Começou ali seu romance com o país, que rendeu lindas férias, a participação em uma pro-dução brasileira exibida no Festival de Cannes e a vinda para divulgar o Festival de Cinema Francês e seu último filme À Deriva, em junho. – Quero pensar que faço parte dessa história de amor entre Brasil e França, que começou com os voos do Concorde. E não se esqueça de que estivemos aqui antes – diz, com um

sorriso, referindo-se às tentativas francesas de se apoderar do que eram então terras colo-niais portuguesas. – A comunicação com o Brasil é muito mais fácil, não sei por que, diz o ator de 42 anos, em portu-guês com algum sotaque. Quando recebe elogios pelo domínio da língua, diz apenas: “Estou me-lhorando, estou melhorando.” Durante muito tempo, o parisiense falava o que cha-ma de português de praia. “Valeu!”, “Tudo bem?”, “Hoje tá fraco!” eram as frases que conseguia sol-tar. Mas, desde que participou do longa-metragem À Deriva, seu conhecimento deu um salto.

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Vincent Cassel: amor entre Brasil e França

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Participação em fi lme brasileiro surgiu após

inúmeros convitesNa obra de Heitor Dhalia, exibida na mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, e lançada no Brasil em ju-lho, ele interpreta Matias, escritor francês radicado no Brasil que vai para a casa de praia, em Búzios, com a mulher Clarice (Débora Bloch) e os fi lhos numa tentativa de recuperar o casamento em ruínas. Desde então, tem mantido seu português graças à músi-ca. “Estudo ouvindo samba, MPB, Seu Jorge, Marcelo D2, Racionais MCs, Rappin’ Hood”, conta ele, irmão do rapper, Mathias, do grupo Assassin. À Deriva não foi o primeiro convite recebido, mas foi o primeiro aceito. “Sempre que venho ao Brasil acabo encontrando pessoas, conversando. Já tinha tido pro-postas, mas nenhuma com essa qualidade”, diz. Para falar bem a verdade, Cassel – ou Vicente, como prefere ser chamado quando está no país – tinha cer-ta resistência a trabalhar aqui. – O Brasil era o lugar aonde eu ia para sair da minha realida-de, para fi car em paz, para curtir a vida. Não queria perverter essa relação. Não queria fazer coisa ruim, fazer um fi lme de m..., pelo menos não aqui – conta. Foi uma oportunidade: gostou do roteiro, encontrou-se com o diretor – conhecia seu longa anterior, O Cheiro do Ralo –, havia o nome de Fernando Meirelles envolvido.

Perfi l Vincent Cassel

Vincent Cassel durante fi lmagens no Brasil com a estreante Laura Neiva

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Personagens maus lhedão mais possibilidades

de criaçãoCassel prefere os projetos fortes e, frequentemente, evita os papéis de bonzinhos. É o caso, por exemplo, em Ini-migo Público Nº 1 (2008), produção dividida em duas partes sobre a ascensão e as ações espetaculares do polêmico gângster francês Jacques Mesrine, morto em praça pública pela polícia em 1979. – É um personagem popular, violento, carismático. Não dá para saber direito o que pensar dele – diz Cassel, que engordou 20 quilos e participou de longos nove meses de fi lmagem nesse trabalho dirigido por seu amigo Jean-François Richet. Valeu a pena: ele levou o César, o Oscar da França, por sua interpretação. – O personagem mau é mais interessante. O herói, para o ator, é uma droga. Veja o Batman e o Coringa. O Coringa é muito mais interessante. Porque a vida é cheia de pro-blemas, o personagem que não é bonzinho é sempre mais bacana. Ele tem mais gradações de cinzas.Com esse pensamento, foi parar em O Ódio (1995), de Mathieu Kassovitz, que o revelou para o mundo. Inter-pretava um judeu morando num gueto violento e multi-étnico de Paris. Em Senhores do Crime (2007), de David Cronenberg, fazia o instável fi lho de um mafi oso. Em Doze Homens e Outro Segredo (2004), dirigido por Steven So-derbergh, viveu um ladrão que rivalizava com a gangue de Danny Ocean (George Clooney).

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‘Estou mais interessadona realidade do que

no escapismo’No momento não deseja levantar bandeiras em favor do cinema nacional. “Minha maneira de promovê-lo foi apresentá-lo em Cannes”, afi rma.Mas tem o projeto de rodar aqui uma comédia românti-ca, ao lado de sua mulher, Monica Bellucci, e vai partici-par da versão cinematográfi ca de Onze Minutos, livro de Paulo Coelho, com Alice Braga e Mickey Rourke.Cassel, que atualmente também é garoto-propaganda do perfume Yves Saint Laurent, conhece alguns longas-metragens produzidos no país, mas, confessa, não é um espectador fanático da sétima arte. “Agora que tenho uma fi lha... Os fi lhos são o melhor fi lme que se pode ver”, diz ele, referindo-se a Deva, fruto do casamento de dez anos com a atriz italiana Monica Bellucci. – Eu gosto de fazer cinema, não sou rato de cine-ma. Estou mais interessado na realidade do que no escapismo.Esse interesse faz com que ame o Brasil, mas não fe-che os olhos para o lado difícil. “Eu não tenho fascínio pelas favelas, apesar de elas terem coisas criativa-mente muito fortes. Mas a realidade da favela é muito dura. Se elas sumirem, vai ser a melhor coisa para o Brasil”, afi rma. O ator tem esperança: “É um país novo, há tudo para fazer. E vai crescer”. Ao mesmo tempo, fala apaixona-damente do povo. “Gosto do brasileiro, é um misto de alegria, tristeza, saudade. Para mim, é a defi nição da poesia. Posso ver na música, nas letras, que são sim-ples e profundas. Você pode sentir nas pessoas, que cantam apesar de a realidade ser tão dura.” Tão feliz assim como fi ca por aqui, o ator poderia plei-tear o passaporte brasileiro. “É verdade! Só que eu teria de casar com uma brasileira, e já sou casado... Ia dar problema!”, afi rma, em tom de brincadeira. Vin-cent Cassel não precisa fi car preocupado. Gente que ama o Brasil é sempre bem-vinda a esta terra.

Vincente Cassel em Inimigo Público Nº 1

Vincente Cassel em À Deriva

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Jardim vertical em ambiente projetado por Gica Mesiara, responsável também pelo mapa do Brasil (ao lado) feito com plantasFo

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Jardins verticais se tornam opções práticas e estilosas para quem não abre mão de ter a natureza por perto,

mesmo com pouco espaço

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pelas paredesVerde

gora não tem mais desculpa para fi car longe da natureza, mesmo morando na cidade grande. Aliados às modernas técnicas de jardinagem, arquitetos preocupados em se-mear verde no dia a dia estão levando pomares, hortas e minifl orestas para dentro de casa. Assim, no lugar de pinturas, surgem, nas salas, quadros vivos com avencas e samambaias. Nas cozinhas, pequenas jardineiras verti-cais permitem colher temperos sempre frescos.– Os jardins verticais são ótimas opções para levar um clima de natureza a espaços pequenos. Além disso, eles trazem mais aconchego à casa – afi rma a arquiteta So-phia Galvão, que já usou o recurso em varandas, onde aproveitou uma das paredes para criar uma horta.Um dos recursos mais utilizados é o do “quadro vivo”, difundido no Brasil pela arquiteta Gica Mesiara. Trata-se de uma espécie de fl oreira vertical, onde as plantas são encaixadas em um quadro fi xado na parede. – Mas, de preferência, o “quadro” deve estar próximo a uma janela e longe da gordura – orienta a arquiteta Renata Florenzano, que, com Myrna Porcaro, valeu-se do aparato para montar uma horta com hortelã, chei-ro verde, pimenta, cebolinha e alecrim na cozinha de um apartamento.

Sophia Galvão valeu-se do bambu e de caixa de ferro para trazer mais charme à varanda

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a parede, deixar um ponto de água e de energia elétrica por perto e ter um piso de fácil manutenção, para que a água possa escoar, também ajuda na manutenção.Sophia ainda lembra outros cuidados a serem observa-dos. “A área onde se pretende instalar o jardim deve ser bem arejada e estar diretamente ligado à luz externa [seja por uma janela ou teto de vidro].”E se montar o jardim preso à parede não for uma boa op-ção, Sophia propõe usar a criatividade: – Um painel com caixas de ferro oxidado e bambu, como o que criei para um cliente, pode servir de apoio para as plantas. Com a vantagem que já traz elementos da natureza em sua estrutura e as cores quentes do ferro oxidado.

– A planta trouxe vida ao local. Além de se passar a ter à mão produtos frescos, o que é uma delícia para qualquer dona de casa, para gourmets ou para crian-ças, que adoram – completa Renata.Gica lembra que a presença das plantas serve ainda como revestimento acústico e ar condicionado natu-ral, pois ajuda a reduzir a temperatura do ambiente, além de melhorar a qualidade do ar e atrair pássaros e borboletas.Para facilitar a limpeza e o manuseio do “quadro”, há a opção de utilizar uma moldura de acrílico, que dispen-sa alguns cuidados básicos necessários no caso das feitas com madeira. – Alguns quadros vivos precisam de um recipiente por dentro, uma espécie de calha, para coletar a água que escorre das plantas na hora de regar. No caso de qua-dros de acrílico, não é necessário – explica Renata.

Escolher o melhor local e sistema de irrigação para instalar o jardim

é essencialQuando as plantas são instaladas no formato de painéis verticais, o cuidado com a irrigação deve ser redobrado. Diferentemente dos quadros vivos, os painéis requerem um projeto estrutural antes de ser instalados.Em alguns casos, é possível contratar uma empresa que já instale o sistema de irrigação. Impermeabilizar

Cozinha com jardim e horta criada por Renata Florezano e Myrna Porcaro

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Estude que plantas se adaptam melhor

a cada ambiente Mas antes de sair montando o jardim é bom saber que plantas se adaptam melhor ao ambiente onde serão instala-das. Uma das mais recomendadas para locais internos são as bromélias. Frutas também podem ser escolhidas, desde que haja espaço sufi ciente para acomodar a raiz.No caso de plantar fl ores em lugar com pouca luz natu-ral, as mais indicadas são as que absorvem menos água, Entre elas, lírio-da-paz, maria-sem-vergonha, hortênsia, antúrio e diversas espécies de trepadeiras, como lanter-na japonesa, dracena, jasmim-de-madagascar.– Mas é importante contar com a ajuda de um paisa-gista para que sejam escolhidas as plantas mais indi-cadas de acordo com as características de cada local – arremata Sophia.

Elementos naturais como a madeira e o algodão completam o clima natural trazido pelas plantas no ambiente planejado por Sophia Galvão (acima)

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Inspirado no Jardim de Versalhes, na França, o Parque

da Independência, em São Paulo encanta com seus charme e beleza

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Símbolo do reinado de Luís XIV, o Rei Sol, os jardins clássicos franceses que encantavam o mundo no século XVII são, ainda hoje, fonte de contemplação. Mas não é preciso estar na França para conhecer as características paisa-gísticas que tanto fi zeram sucesso.No Brasil, o jardim do Parque da Indepen-dência, localizado em uma área de mais de 180 mil metros quadrados junto ao Museu do Ipiranga, tornou-se uma relíquia tão digna de acervo quanto os 125 mil objetos, imagens e documentos no museu, que é o mais antigo de São Paulo. Inspirado nos jardins do Palácio de Versalhes – elaborados por André Le Nôtre, paisagista de Luis XIV –, o jardim do Parque da Indepen-dência foi projetado em 1907, pelo arquite-to belga Arsène Puttemans, e inaugurado dois anos depois. Embora não tenha a mesma fama de sua fonte inspiradora, e muitas vezes seja re-legado ao título de jardim de entrada do Museu Paulista da USP (nome formal da instituição), o parque vale a visita.Para dar um toque francês ao jardim, Puttemans privilegiou a construção de parterres – cantei-ros geométricos em terreno plano, tradição nos jardins da França –, e vegetação que forma som-bras pelo gramado. – Esse tipo de jardim tem um desenho que cria a sensação de que todos os caminhos levam ao centro, por pequenos corredores ou mesmo um pequeno labirinto – explica Daniel Varela, admi-nistrador do parque. De acordo com a diretora do Museu Paulista, Cecília Helena de Salles Oliveira, os jardins tam-bém possuem “traços renascentistas italianos e ingleses, marcados pela simetria, por ruas ador-nadas com plantas e fl ores, pela existência de pequenos bosques e pequenas fontes”.

Vista geral do Jardim do Parque

da Independência, em São Paulo

Kelly Souza

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Inspirado nos jardins do Palácio de Versalhes, o parque fi ca ao lado do Museu do IpirangaCuidados constantes

ajudam a conservar a beleza da paisagem tombada

Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Es-tado de São Paulo (Condephaat) em 1975, o par-que já passou por diversas restaurações, e conta com um esquema reforçado de poda durante os últimos meses do ano, quando as plantas ganham um “retoque” em seus formatos geométricos.São necessários três jardineiros e 12 funcionários de limpeza para manter organizada a parte botâ-nica, que inclui canteiros de rosas, palmeiras e ci-prestes, além dos conjuntos de buxos, azaleias e espécies de fícus. “São alguns dos elementos co-muns ao Jardim de Versalhes”, diz Varela. As ár-vores frutíferas também levam charme ao local e atraem aves e saguis.– A organização dos jardins tem função de embe-lezamento da área, que, no início do século XX, era ainda um arrabalde de São Paulo – diz Cecília He-lena. Segundo a professora, “passaram-se mais de dez anos entre o término do edifício [museu, 1894] e a montagem dos jardins [1909].”

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Construído na região onde Construído na região onde Dom Pedro I teria anunciado Dom Pedro I teria anunciado a Independência do Brasil, a Independência do Brasil, o museu recebe milhares de o museu recebe milhares de visitas por anovisitas por ano

Visita ao jardim convida a uma

viagem pela História do Brasil

Localizado no bairro do Ipiranga, a 5,5 quilôme-tros de distância do centro da capital paulista, o local é uma homenagem à Independência do Brasil, já que teria sido às margens do Riacho do Ipiranga que Dom Pedro I simbolicamente rom-peu com a Corte portuguesa. Só no primeiro semestre deste ano o local rece-beu mais de 200 mil visitantes. Mas o livro Além dos Jardins do Ipiranga – História, Restauro e Vida no Parque da Independência, publicado em 2005 pelos patrocinadores da recuperação dos chafarizes e fontes do parque, avisa que o fl uxo de pessoas costuma aumentar em setembro, por conta das comemorações do Sete de Setembro, uma vez que “o local é ainda hoje considerado palco de um dos fatos políticos mais importantes da história do Brasil”.Com diversas opções de lazer e cultura, o par-que também serve de espaço para quem quer manter a saúde em dia.

– Dispomos de equipamentos de ginástica e uma pista de corrida – diz Varela. O visitante ainda pode conhecer o Museu Paulista da USP, a Casa do Grito, o Monumento à Indepen-dência, e aproveitar o espaço para piqueniques e brincadeiras com as crianças. – E quem estiver apenas disposto a contemplar a be-leza, pode sentar em volta do Jardim Francês e viajar no tempo imaginando São Paulo na época da Indepen-dência – sugere o administrador.

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Ex-modelo e cantora de origem italiana, a primeira-dama da França, Carla Bruni, é hoje uma das mulheres mais admiradas em todo o mundo

Conto de fadas

Ela costuma falar o que pensa, já namorou roqueiros e não se arrepende de ter posado nua inúmeras ve-zes. As qualidades, que cairiam como uma luva na biografi a de muitas estrelas de Hollywood ou top models internacionais, mostram apenas algumas facetas da vida da primeira-dama da França, Carla Bruni. Aos 41 anos, ela é a protagonista de um con-to de fadas digno do século XXI, onde as heroínas não são assim tão castas e os efeitos da globaliza-ção têm papel preponderante no fi nal da história. Comparada a Jacqueline Kennedy por seu estilo moderno e guarda-roupa impecável – posto que hoje disputa com Michelle Obama –, esta italiana de nascença foi alçada em poucos meses à musa do governo francês. Isso sem ter de passar pelos des-gastes da campanha que elegeu seu atual marido, Nicolas Sarkozy, de 54 anos. Separado ofi cialmente de Cécilia Ciganer-Albéniz desde outubro de 2007, o presidente da França foi

apresentado a Carla Bruni no mês seguinte, durante um jantar na casa do publicitário Jacques Ségué-la, em Paris. O romance começou na mesma noite, após longa e animada conversa que culminou em pedido de casamento dias depois. Em fevereiro de 2008 os dois ofi cializaram a união em uma cerimô-nia secreta no Palácio do Eliseu, residência ofi cial do governante francês, em Paris.Segundo declaração da primeira-dama à revista Va-nity Fair, Sarkozy foi “fogoso” desde o início. “Isso é muito raro de se ver em um homem. Eu já tinha 39 anos quando o encontrei e já tinha meu fi lho [Au-rélien, 8, fruto de seu relacionamento com o pro-fessor de fi losofi a Raphaël Enthoven, de quem se separou em 2005]. Então, a situação normal seria ir devagar, mas ele não é um homem devagar. Ele disse: ‘Estou completamente apaixonado por você, e eu realmente gostaria de me casar com você’”, disse ela.

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Capa Carla Bruni

Com “grande capacidade de adaptação”, como ela mesma de-clarou inúmeras vezes, Carla Bruni nasceu em Turim, na Itália, e cresceu entre a França e a Suíça. Filha da pianista Marisa Borini e do empresário Maurizio Remmert, radicado no Brasil desde os anos 1970, a primeira-dama foi criada pelo industrial e compositor de música erudita Alberto Bruni Tedeschi, ligado à fábrica de pneus Ceat e à petrolífera italiana ENI.Em 1988, abandonou os estudos de Arte e Arquitetura na Sorbonne para se tornar modelo. Contemporânea de Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Christy Turlington e Kate Moss, po-dia se gabar, no fi m dos anos 1980, de ser uma das vinte mo-delos mais bem-pagas do mundo, ganhando cerca de US$ 7,5 milhões por temporada de desfi les internacionais. – Ela era uma diva das passarelas. Sempre estava nos me-lhores desfi les, mas era bem low profi le, por isso poucos se lembram dela –, afi rma o stylist e editor de moda da Vogue, Giovanni Frasson. Nesse período, se relacionou com roqueiros como Eric Clap-ton e Mick Jagger, além do magnata Donald Trump, e de ato-res como Kevin Costner e Vincent Perez. São também do fi m dos anos 1980 e começo dos 90 as duas fotos sensuais que foram leiloadas recentemente: uma por US$ 91 mil, valor vin-te vezes maior que o esperado, e outra por US$ 19.600. Em ambas, a atual primeira-dama aparece como veio ao mundo. – Eu nunca tinha percebido quantas fotos nuas eu tinha tira-do antes de encontrar Nicolas. Eu virei para ele e disse: ‘Ok, agora eu preciso te mostrar, por que posei nua. Eu nunca fi z fotos de caráter sexual... Mas você tem de saber que isso vai aparecer a qualquer hora.’ Ele disse: ‘Oh, eu gosto desta aqui! Posso ganhar uma cópia?’ –, disse Carla à imprensa interna-cional na época do primeiro leilão. Fora dos padrões de uma primeira-dama tradicional, Carla Bruni confessa que “inconscientemente”, se projetaria mais como Jackie Kennedy, “que era jovem e moderna” do que “como madame de Gaulle” [esposa do estadista francês Charles de Gaulle]”, explica.Aos olhos da consultora de moda e estilo Costanza Pascola-to, a primeira-dama é “uma mulher esperta, muito bonita, bem-nascida e educada, além de ter uma capacidade ex-traordinária para lidar com sua imagem de forma positiva. É uma camaleoa. Desde que se casou com Sarkozy entendeu que precisaria interpretar um papel diferente da vida boê-mia que levava. E está fazendo isso de forma muito chique.”

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De femme fatale a primeira-dama recatada

Bonita e bem-nascida, Carla rouba a cena nos eventos ofi ciais

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Talento musical divide opiniõesImposta à nação como mulher do presidente nove meses depois da eleição, Carla conseguiu não só ganhar a afeição do povo como atrair ainda mais a atenção da mídia para sua carreira de cantora, que não foi colocada de lado após a mudança de status. – Com exceção de Cherie Blair, a maioria das mulheres casa-das com políticos muito importantes não tem outro trabalho. Mas, é claro, a maioria delas trabalha com o marido desde o início. Esse é o trabalho delas. Não é o meu caso –, disse ela à GNT, no documentário Alguém me Contou sobre... Carla Bruni, exibido em abril. Em julho de 2008, apenas cinco meses depois de ter se casa-do, ela lançou seu terceiro CD, Comme si de Rien n’Était, com melodias em estilo pop, folk, blues e country, cantadas em francês, inglês e italiano. Compostas principalmente por ela, algumas letras mais provocativas geraram polêmica ao serem associadas ao romance com o presidente. Caso de Ta Tienne e Tu Es ma Came, que faz referências à cocaína colombiana e à heroína do Afeganistão. Com a curiosidade gerada em todo o mundo, o disco – cuja arrecadação foi prometida a uma instituição de caridade fran-

cesa – acabou vendendo, só no primeiro mês, mais de 200 mil cópias, segundo a gravadora Naïve. Mas os críticos não reagiram tão bem assim. Para o jor-nal Le Monde, que elogiou apenas duas faixas, a obra é repleta de banalidades. O primeiro álbum de Carla, Quelqu’un m’a Dit, lançado em 2002, fi cou conhecido no Brasil antes mesmo de o romance começar, ao ter sua faixa principal incluída na trilha sonora de uma novela da Globo, Belíssima.Sucesso de vendas com 1,2 milhão de cópias co-mercializadas na França e 800 mil cópias em todo o mundo, o primeiro disco não serviu para impulsionar o segundo trabalho, No Promises, lançado em 2007, com poemas musicados de escritores como Emily Di-ckinson, Dorothy Parker, William Butler Yeats, W.H. Au-den e Christina Georgina Rossetti. Nele, a então futura primeira-dama da França apare-ce na foto de capa lendo, só de blusa, sentada numa almofada, ao lado da lareira.

Abaixo, a primeira-dama na capa de dois dos seus CDs

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Modelo bem-paga nos anos 1980, Carla Bruni namorou com

roqueiros e atores antes de se casar com Sarkozy

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Capa Carla Bruni

Com ares de modelo, tem atraído atenção pelo bom gosto dos fi gurinos

De acordo com o crítico de música Jotabê Medeiros, em matéria publicada no jornal O Estado de S.Paulo, “o disco tem uma natureza acústica e é folk, às vezes até meio country. A voz de Carla é agradável. Mas tem algo errado: monocórdia, estática, Carla canta de ma-neira mecânica”. Com a promessa de que só voltaria a fazer shows após o fi m do mandato ou em eventos voltados a causas humanitárias, como a comemoração dos 91 anos de Nelson Mandela, realizada em julho no Madison Squa-re Garden, em Nova York, Carla Bruni tem se dedicado a roubar a cena ao lado do presidente nas recepções e viagens ofi ciais. Sempre sorridente e discreta, a pri-meira-dama atrai a atenção por sua beleza, carisma e guarda-roupa impecável. Antes adepta da dupla jeans e camiseta, Carla Bru-ni decidiu tornar-se uma espécie de embaixatriz das principais grifes francesas, como Dior e Hermès, para compor seu estilo. – Ela tem à mão todos os melhores recursos de guarda-roupa de primeira linha e está usando isso lindamente para criar a personagem da primeira-dama convencio-nal. Ainda mais tendo uma silhueta impecável como a dela – analisa a consultora de moda Glória Kalil.Geralmente de sapatilhas ou sapatos baixos, para não fi car mais alta do que Sarkozy, ela tem recebi-do elogios ao apostar em combinações recatadas e de cores sóbrias, como fez ao visitar a rainha da Inglaterra. No baú ofi cial, vestidos de lã retos, em tons de cinza, mantô preto, com botões forrados e chapéu pillbox. Os acertos também se repetiram ao lado da primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, e da prin-cesa Letizia, da Espanha, ambas conhecidas pelo bom gosto e atenção à moda. Até mesmo na praia, “La Bruni” decidiu adotar uma linha mais comportada nos últimos tempos. Saíram os topless em Saint-Tropez para dar lugar a biquínis e maiôs discretos em areias mais reservadas. Como as de Itacarezinho, na Bahia, onde o casal refugiou-se por dois dias após a visita ofi cial do presidente ao Brasil, em dezembro de 2008.Ao lado de Camila Pitanga, durante visita ao Brasil em 2008

Desde 2002 se dedicando à carreira de cantora

Pose para lançar um de seus discos

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Causas humanitárias entram na pauta da cantora

Com tantos ventos a favor, Carla decidiu começar a ocu-par seu tempo como se espera de uma primeira-dama, isto é, engajando-se em causas humanitárias. Em de-zembro de 2008, tornou-se embaixatriz mundial para a proteção de mulheres e crianças na luta contra a Aids, causa com a qual já se identifi cava desde 2006, quando perdeu o irmão Virginio para a doença. A decisão de se engajar teve ainda relação direta a sua nova posição política. “Não quero perder estes anos”, disse ela, em entrevista coletiva na qual anunciou que também pretende “atuar contra a pobreza, a ignorân-cia e a exclusão”, e “ajudar as crianças e as mulheres”. Pautas que tem levado a sério a cada visita ofi cial que faz ao lado de seu marido. No Brasil mesmo, aproveitou o tempo livre na agen-da para conversar com mães doadoras de leite no Banco de Leite Humano do Instituto Fernandes Fi-gueiras, da Fiocruz, no Rio, e visitar o Espaço Crian-ça Esperança no alto do Morro do Cantagalo, em Ipanema. De mocassim caramelo, calça social e blu-sa azul-marinho, ela passeou sua elegância discreta pela comunidade e assistiu a um desfi le de moda produzido pela Associação ModaFusion.Com tantos atributos, não é de se espantar que sua presença constante ao lado de Sarkozy venha sendo apontada como um dos principais fatores para o au-mento da popularidade do presidente francês.

Sempre discreta, Carla fez do guarda-roupa impecável um aliado para conquistar o carisma de todos

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Conhecida no século XIX por suas minas de diamante, a Chapada Diamantina reserva paisagens de tirar o fôlego

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Vista do Morro do Pai Inácio

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A paisagem exuberante, com grandes extensões de terras altas, recortadas por vales e cachoeiras de tirar o fôle-go, em nada lembra a Europa. Mas nem por isso a Cha-pada Diamantina, na Bahia, deixa de ter sua história entremeada com a do Velho Continente. Principalmen-te se voltarmos ao século XIX, mais exatamente entre as décadas de 1840 a 1870, quando a descoberta de imensas jazidas de diamantes gerou um grande fl uxo de negócios e interesses entre os dois mundos.O movimento era tão frequente que, no auge do ciclo, a França chegou a abrir um vice-consulado na principal ci-dade da região, Lençóis, para facilitar o comércio das pe-dras sem que houvesse interferências de Salvador nem Rio de Janeiro. Conhecida pela qualidade e quantidade de suas reservas de pedras preciosas, Lençóis, na épo-ca com 25 mil habitantes, duas vezes e meia o que tem hoje, era considerada a terceira cidade mais importante da Bahia, atrás de Salvador e de Feira de Santana. Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional desde 1973, a “capital do diamante” vive hoje da beleza de suas paisagens e da preservação de suas reservas na-turais. Atrativos que criaram uma nova ponte de inter-câmbio, agora com fi ns turísticos. – É um lugar maravilhoso, que une beleza natural e arquitetura incrível –, afi rma o engenheiro paulistano Francisco José Capatto, 27, que visitou a Chapada há dois anos. – Para quem gosta de entrar em contato com a natureza em um lugar aconchegante, não tem igual.

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Destino Chapada Diamantina

Transformada em museu, a antiga sede do vice-consulado francês, na Praça Horácio de Matos, serve de ponto de partida para a descoberta das bele-zas da arquitetura local. Refl exo dos tempos áureos da região, o luxuoso palacete em estilo colonial que abriga a prefeitura, pode ser admirado a pou-cos passos da igreja Nossa Senhora do Rosário e do Mercado Cultural, lo-calizado na Praça Aureliano Sá (antiga Praça das Nagôs). Mas é nos arredores da cidade que es-tão as maiores surpresas. Abrangendo os municípios de Lençóis, Andaraí e Mucugê, os 152 mil hectares do Par-que Nacional da Chapada Diamantina, criado em 1985, incluem cavernas, grutas, rios, cachoeiras, morros e tri-lhas onde é possível fazer longas ca-minhadas, além de praticar esportes radicais como rapel e bungee jump. Entre as principais atrações estão a gruta do Lapão, a maior reserva de quartzito das Américas, e a Cachoeira da Fumaça, de 340 m de altura, a se-gunda mais alta do país. O nome é uma

referência direta à evaporação da água antes de chegar ao solo, tal a altura da queda, combinada com pequena vazão. – A cachoeira da fumaça foi sem dúvida o meu lugar preferido, onde se tem uma vista surreal. Não tem foto que explique a beleza desse lugar – diz Suzana Massi-ni, artista visual que visitou o local pela primeira vez em fevereiro deste ano. Entretanto, chegar até essas e outras atrações naturais exige fôlego para en-frentar longas caminhadas – algumas podem durar cinco dias, como a que vai do Vale do Capão ao Vale do Paty. Organizados por agências locais, os pas-seios geralmente pedem a companhia de guias experientes, que saberão indi-car os caminhos mais curtos e seguros para cartões-postais como o Morro do Pai Inácio, um dos principais mirantes da região; o Poço Encantado, que encerra um lago de azul profundo, com 61 me-tros de profundidade; a Cachoeira do Buracão, localizada no interior de um cânion; e a Gruta da Torrinha, onde é possível observar grande quantidade de estalactites com cristal.

Belezas naturais pedem preparo físico

Vice-consulado Francês

Gruta do Torrinha

Cachoeira da Fumaça

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De dentro dos vales tem-se uma ideia da grandiosidade dos morros

QUEM LEVA

CVCwww.cvc.com.brPacote de oito dias saindo de São Paulo, a partir de R$ 2.348 (para saídas 29 de novembro).

Descobertas também passam pelo paladar

Viajar para a Chapada Diamantina é uma boa oportunidade de descobrir novos sabores e aromas. Rica e pouco conhecida, a culinária local reserva pratos e misturas curiosas como o godó de banana (espécie de ensopado de carne-de-sol feito com banana nanica verde) e o cortado de palma (que nada mais é do que um refogado de cacto). Suzana, a artista visu-al, indica o pastel de palmito de jaca “É um pastel famoso por lá, típico da região”, diz Além dessas receitas, os restaurantes costu-mam contar com clássicos dos tempos da mi-neração, como os “reforçados” pirão de parida (feito com o caldo do ensopado de galinha cai-pira), angu à moda do escravo (polenta servida com carne de porco e mamão verde) e arroz com pequi (fruta abundante na região).

História viva na Chapada

Desde 2007, um novo roteiro foi aberto na Chapada Diamantina para reforçar o turis-mo. Trata-se do extenso corredor de pintu-ras rupestres localizado a 36 quilômetros de Lençóis, na Serra das Paridas. Verdadeiro sítio arqueológico descoberto por catadores de frutas após um incêndio que devastou a vegetação, o paredão apre-senta desenhos coloridos feitos nas rochas há milhões de anos. São representações de animais, peixes, pássaros, mulheres de có-coras e até mesmo algo como um extrater-restre, com cabeça e olhos grandes, pescoço longo e apenas três dedos nas mãos.Quem prefere mergulhar mais na história, pode visitar os túmulos do cemitério em es-tilo bizantino em Mucugê, que serviram de cenário para o fi lme Abril Despedaçado, de Walter Salles. A cidade também abriga o Museu Vivo do Ga-rimpo e o Projeto Sempre-Viva, de pesquisa e preservação da fl ora nativa, ambos localiza-dos no Parque Municipal de Mucugê.Aproveite para admirar as bromélias, orquídeas e cactos que nascem em abundância por ali.

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Encravada no topo de uma colina próxima a Nice, Saint-Paul-de-Vence mistura o charme medieval a surpresas da arte moderna

Destino Saint-Paul-de-Vence

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Q uarenta e cinco minutos. Nem mais, nem menos. Esse é o tempo exato que se necessita para per-correr, a pé, todas as vielas da pequena cidade de Saint-Paul-de-Vence, na Riviera Francesa, e ter a certeza de que se viajou no tempo. As casas de pedra, as ruas estreitas, a muralha com vista para todo o vale e até mesmo os jo-gos de petanca – espécie de bocha – na pra-ça, ainda estão lá. Assim como deveriam estar na Idade Média, quando o vilarejo foi fundado para servir de fortaleza, depois de passar pe-los domínios grego, romano e celta.Com pouco mais de 7 quilômetros quadrados – boa parte deles protegidos por uma alta e extensa parede de pedra –, a cidade permite admirar uma das paisagens mais surpreenden-tes de todo o Sul da França, tendo o Mar Medi-terrâneo ao sul e os Alpes suíços ao norte. Elevada à categoria de Vila Real no século XVII, Saint-Paul sofreu com as inúmeras guerras que aconteceram na região no século XVIII. Reconstruída no século seguinte, recuperou suas características originais e passou a atrair, já em 1920, inúmeros artistas. Entre os gran-des pintores, Picasso, Matisse, Miró, Chagall (que foi enterrado lá) e Renoir. E celebrida-des do cinema como Romy Schneider, Roger Moore e Tony Curtis.

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Destino Saint-Paul-de-Vence

É fácil esquecer do tempo e perder-se agradavelmente nas ruelas de Saint-Paul, acima, vista da cidade com o Mediterrâneo ao fundo

A menos de 15 minutos do aeroporto de Nice, Saint-Paul é uma mistura perfeita entre o romantismo do passado e a ebulição da arte moderna. Logo ao sair da estrada principal, uma alameda de árvores centenárias leva ao famoso hotel Colombe d’Or e ao Cafè de La Place, perto dos quais, ainda hoje, homens de todas as idades passam as tardes jogando petanca num campo de terra batida.Alguns passos à frente, o pórtico de entrada, construído no século XIV, dá acesso ao centro da cidade, com suas

ruas estreitas – muitas delas inacessíveis a carros. No pavi-mento, pedras polidas formam graciosos desenhos de fl ores. À frente dos restaurantes, placas de madeira recortadas em estilo medieval convidam a uma refeição repleta de legumes e peixes frescos, no melhor estilo provençal. Transformadas em pequenas galerias de arte moderna, muitas lojas servem de elo entre o antigo e o novo, gerando, algumas vezes, um agradável choque de gerações que aguça a tentação de voltar para casa com um novo quadro ou escultura.Uma das poucas estruturas originais ainda existentes na cida-

O ar medieval ganha frescor nas galerias de arte moderna

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QUEM LEVA

Vôos de São Paulo a Nice, a partir de R$ 998,00 pela Air France

Mas, se o paladar pede algo mais sofi sticado, perto dali pode-se encontrar a cozinha do chef Ludovic Puzenat, do restaurante e hotel Le Saint-Paul, condecorado com uma estrela no Guia Michelin 2008 e membro do seleto grupo Relais & Châteaux. Outras boas alternativas de refeição e hospedagem de qualidade são os hotéis Le Mas de Pierre, com seu parque de dois hectares de oliveiras centenárias e arquitetura co-lonial, e o clássico La Colombe d’Or, que, assim como a própria Saint-Paul-de-Vence, nunca perde o charme e sim-patia que se espera encontrar em uma vila medieval.

de é a torre da masmorra, também utilizada como princi-pal ponto de observação em tempos de guerra. Construí-da no século XII, abriga, desde 1443, o relógio público do vilarejo. Aquele responsável por marcar as horas em uma terra em que não se vê o tempo passar. A seu lado, como numa paisagem digna de sonhos, em que se podem misturar referências livremente, está a igreja Collé-giale. Construída no século XII, em estilo românico provençal, guarda traços acrescentados pela arquitetura barroca do sé-culo XIV e peças de ourivesaria do século XVI. Do lado de fora, uma única palmeira dá ares mouros ao pátio que recebe cerca de 7 mil visitantes ao ano.

Museu ao ar livre e restaurantes renomados

estimulam a permanênciaOutro passeio imperdível se esconde fora dos muros da cidade. Trata-se da Fundação Marguerite e Aimé Maeght (www.fondation-maeght.com), um museu a céu aberto criado em 1964 pelos marchands parisienses que dão nome ao local. No pavilhão – criado pelo arquiteto es-panhol Josep Luis Sert, seguidor de Le Corbusier – e nos jardins externos é possível admirar mais de 9 mil obras de arte moderna. Entre elas, telas e murais de Léger, Giaco-metti, Braque, Kandinsky e Chagall. Além de esculturas de Miró, num labirinto de obras permanentes. Quem não resistir à tentação e quiser aproveitar a vista, a tranquilidade e o charme da cidade por mais algum tem-po, poderá deliciar-se tomando uma boa taça de vinho, para acompanhar especialidades locais, como a ratatou-ille e o fondant de chocolate, em um dos restaurantes em torno da muralha. Os bistrôs Chez Andréas, La Sierra e Malabar são boas opções.

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Destino Paris

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Programas e lugares imperdíveis para você

aproveitar o melhor da Cidade Luz

Síntense francesa

1. Além do Louvre e do d’Orsay, Paris tem mais uma centena de bons museus a serem visitados. Confi ra a programação da época e escolha o que mais tem a ver

com você.

2. Supere medo de altura e suba até o terceiro andar da Torre

Eiffel, de onde é possível avistar toda a cidade.

3. Desbrave a Ilha de St. Louis até encontrar a sorveteria

Bertillon. Não saia de lá sem provar pelo menos dois sabores.

4. Na mesma região, saboreie pratos típicos como creme

brülée e foie gras no clássico bistrô Chez Julien. 1, rue Pont-Louis-Philippe

Tel: 33 (01) 42-78-31-64

5. Deixe-se contagiar pela emo-ção na catedral de Notre Dame.

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6.Aproveite os dias de sol com um piquenique no Jardim

de Luxemburgo.

7. Caminhe pelas grandes alamedas

do Jardim das Tulherias, fazendo uma pausa para

tomar um refrescante pana-

ché (limonada com cerveja).

Conforto e modernidadeLocalizado a poucos metros do Jardim de Luxemburgo, da igreja de Saint-Sulpice (que fi cou ainda mais famosa após a publicação do livro O Código da Vinci) e da praça de Saint-Germain-des-Prés, o hotel Le Six é o local ideal para acolher aqueles que buscam conforto em meio à modernidade. Com decoração contemporânea, conta com apenas 41 quartos espaçosos e tran-quilos, equipados com janelas de dupla proteção, internet sem fi o e televisão de plasma. Das sacadas é possível ver ao longe a igreja de Sacré Cœur e os infon-fundíveis telhados parisienses.No lounge, um agradável bar convida a mais uma taça de vinho ou a um descanso em frente à lareira. Quem quiser aproveitar ainda mais os momentos de relaxamento, poderá marcar uma massagem no spa localizado no interior do hotel.

Hotel Le SixMembro da rede Hotels & Preference14, Rue Stanislas, 75006 Paris

www.hotel-le-six.com

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8. Vá jantar no restautante japonês Kong, localizado no

topo da maison Kenzo. Vale tanto pela comida e

pela decoração com peças de Philippe Starck, quanto

pela vista.1 Rue du Pont Neuf

Tel: 33 (01) 40-39-09-00www.kong.fr

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Destino Paris

11. Invista em um passeio de Bateau Mouche. A cidade fi ca ainda mais linda quando

vista a partir do Sena.

Rodeado por luxoFundado em 1907, todo o luxo e conforto da bel-le époque parisientes ainda estão encerradas no Hotel Astor Saint Honoré. Como em um pequeno palácio, o toque artístico do decorador Frédéric Méchiche ainda está por todos os lados, nas con-fortáveis poltronas da biblioteca, nas suntuosas cortinas e nas largas e confortáveis camas.Instalado entre a Champs Elysées e a Opéra, a poucos metros do Palácio do Eliseu, sede do governo francês; das boutiques de luxo do Fau-bourg Saint-Honoré, onde estão localizadas, por exemplo, as maisons Chanel, Hermès, Yves St. Laurent e Christian Dior; e do Arco do Triunfo, o hotel permite ao hóspede acordar com uma das mais belas vistas da cidade, a da Torre Eiffel.Com serviço à altura de sua excelência, o hotel oferece a possibilidade de transfers em limousine, jornais internacionais, concierge em português, sala de ginástica e internet sem fi o gratuita.

Hotel Astor Saint HonoréMembro da rede Hotels & Preference

11 Rue d’Astorg – 75008, Paris www.astorsainthonore.com9. Apesar de já ter aberto mais de dez fi liais pelo

mundo, a casa que deu origem à rede Buddha Bar continua imbatível na noite de Paris. Aproveite.

www.buddhabar.com

10. Perca-se entre os macarrons, eclairs e outras delícias gastronônicas da Fauchon, na Place

Madeleine. Quem costa de caviar, também não pode deixar de passar nas lojas da Kaspia e da

Prunier, do outro lado da rua.

Tire uma tarde para fazer compras na Champs-Elysées, onde estão

grifes como Louis Vuitton, Guerlain, Lacoste, Adidas e Nike.

12.Tire uma tae umna Champna Champ

13. Faça um happy-hour no hotel Costes e aproveite para curtir a música lounge onde ela nasceu.

www.hotelcostes.com

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SERVIÇO www.hotelspreference.comCall center: (11) 8467-0487

White Palm Hotel, Cannes

Hotel Carl Gustaf, St. Barthélemy

Hotel L’ Empire, Paris

Hotel Frédéric Carrion, Borgonha

Hotel Domaine St Claire, Normandia

Hotel Le Jardin de Neuilly, Paris

Hotel La Perouse, Nice

Hotel Cour de Loges, Lion

Conforto a um clique

Imagine poder escolher entre se hospedar em um hotel boutique, com apenas 13 quartos na Provence, em um hotel palácio no coração de Paris ou em uma vila exclu-siva com vista para a baía de St. Barthélemy, no Caribe, sem sair de casa. Ou melhor, sem ter de levantar da cadeira. Esta é a proposta da cadeia de hotéis Hotels & Preference que acaba de desembarcar no Brasil.Com cerca de 130 hotéis quatro e cinco estrela espalhados por 16 países, a rede criada há nove anos na França é a combinação de modernidade e elegância na hora de planejar a próxima viagem. Seja ela a negócios ou lazer. “A cada ano, apro-ximadamente dez novos membros se unem ao nosso portfólio de hotéis”, afi rma Carole Hilton, diretora da rede no Brasil.Com atendimento em mais de 13 línguas, entre elas o português, onde quer que se esteja, a empresa aposta nas facilidades da internet e call center no Brasil para ajudar o cliente a encontrar todos os detalhes essenciais para tornar qualquer viagem inesquecível e personalizada. Para fazer parte do cuidadoso portfolio do grupo, alguns critérios essenciais devem ser preenchidos, tais como: exclusividade e alto padrão de atendimento ao cliente; estar localizado em uma região turística ou oferecer pos-sibilidades de lazer e entretenimento de alta qualidade, tais como campos de golfe e spa, em suas instalações ou nas proximidades; estar equipado com o que há de mais moderno em tecnologia, sem perder o foco de tradição, conforto e no acolhimento. Dentro desses parâmetros, mas cada qual com suas pecu-liaridades, é possível encontrar grandes hotéis com chefs de primeira linha, spas conceituados e campos de golfe.

Na França, é possível encontrar alguns dos melhores hotéis e resorts de luxo do mundo, com a facilidade de fazer reservas em português

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Com a ajuda da família real e de chefs desbravadores, a culinária francesa ganhou espaço e nuances

exóticas no país

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BrasilBon appetit,

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francês não tem nada em sua receita. De acordo com o livro História da Vida Privada no Brasil – Vol 2, organizado por Luiz Felipe de Alencastro, a famosa variação surgiu graças à propaganda do padeiro francês Delmilhac, que “anunciava um novo sistema mecanizado de fazer pães [...] ga-rantindo mais higiene no fabrico...”.Em meados do século XX, a gastronomia fran-cesa já encontrava seus primeiros redutos em São Paulo. Um dos primeiros restaurantes es-pecializados foi o Freddy, inaugurado em 1935, época em que popularizou os molhos madeira, as omeletes provençais, o bife chateaubriand e a perna de cordeiro assada. Pouco depois surgia o La Casserole, que mesmo com 55 anos de vida ainda traz em seu cardá-pio o fi lé au poivre (molho de pimenta do reino), o coelho cozido no vinho branco, o coq au vin (galinha no molho de vinho), e o rognons au Be-aujolais (rins ao vinho tinto Beaujolais).

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Cow au vin do restaurante La Casserole: (na foto acima) receita tradicional que não pode sair do cardápio

La Cocagne: um dos clássicos franceses em São Paulo

ofi sticada, com belas apresentações e alto nível técnico, a culinária francesa já servia de referên-cia nas cortes de toda a Europa antes mesmo de ganhar o mundo no século XVIII e XIX com a que-da da monarquia e as conquistas napoleônicas, que começaram a espalhar pela Europa os pra-zeres da nobreza à mesa. Assim, com a vinda da família real portuguesa em 1808, não é de se estranhar que o Brasil também tenha absorvido muitas das técnicas e receitas or-ganizadas pelo célebre cozinheiro Marie-Antoine Carême, muito antes de ter consolidado a culiná-ria nacional. Até porque, como conta Camara Cas-cudo no livro História da Alimentação no Brasil, muitos dos nobres que serviram a Dom João VI rejeitavam os produtos locais. Exemplos claros da infl uência francesa no início do Brasil Império podem ser vistos na mesma obra de Cascudo, onde aparecem pratos como “peruas no-vas lardeadas à francesa” no menu diário da corte de Dom Pedro, ou no livro Com Unhas, Dentes e Cuca, de Alex Atala e Carlos Alberto Dória, onde se recorda a derivação dos clássicos confi ts para a popular conservação do “porco na banha”, muito usada no interior de Minas e Goiás no século XIX.

Receitas e técnicas francesas estão presentes

no dia a dia desde o início do século XX

Daí a crepes, sufl ês, patês, croissants, éclairs (mais conhecidas como bombas) e mousses invadirem o dia a dia do brasileiro foi questão de tempo. E não estamos falando do pão francês, que de original

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“Meu pai trouxe dois cozinheiros franceses para criar o cardápio e treinar a equipe. Na época, mais impor-tante do que a criação era a execução perfeita dos clássicos. Mesmo assim, era muito difícil lidar com o paladar do cliente e a falta de ingredientes”, afi rma Marie-France Henry, proprietária da casa. Ela lembra que um dos pratos que hoje mais fazem sucesso no restaurante, o gigot d’agneau (pernil de cordeiro), foi por muito tempo forte candidato a de-saparecer. “Primeiro porque era difi cílimo encontrar um bom fornecedor de carneiro. Depois, eram os clientes que não estavam acostumados a comer car-ne mal passada. Por sorte, o paladar das pessoas foi mudando.”Da mesma época ainda estão em atividade o La Co-cagne, o La Paillote, o Le Coq Hardy e o Marcel, com seus clássicos sufl ês.

Cena gourmet se sofi stica a partir dos

anos 1980 com a vinda de chefs para o país

Mas foi no fi m dos anos 1970 que o fl uxo de chefs franceses começou a desembarcar no Brasil, tra-zendo todo seu arsenal de receitas e técnicas que servem de base para as cozinhas mais modernas. Um dos primeiros expoentes dessa safra foi Lau-rent Suaudeau, que no fi m de 2009 completa 30 anos de Brasil. Enviado pelo mestre Paul Bocuse, ele veio para implementar a alta gastronomia fran-cesa no restaurante Le Saint-Honoré, no hotel Mé-ridien, no Rio. Apaixonando pela cultura e por sabores locais, foi fi cando. Adaptou receitas clássicas aos ingredientes nacionais, como no confi t de pato com molho de ja-buticaba; criou pratos que valorizassem o exotismo

FOIE GRASIngredientes:4 fatias de foie gras fresco de 80grs cadaSal, pimentaModo de preparo:Tempere o foie gras com sal e pi-menta. Frite cada fatia dos dois lados. Seque e corte em cubos.

PALMITOIngredientes:04 corações de palmito pu-punha bem grosso2 colheres manteiga

Sal, pimentaModo de preparo:Enrole os palmitos, a manteiga, o sal e a pimenta em papel alumínio. Asse 35 minutos na temperatura de 180 graus. Desembrulhe. Re-tire o centro do palmito e recheie com o foie gras.

TOQUE FINAL200ml molho agridoce 2 colheres quinoa fritaColoque o molho agridoce no prato. Disponha o palmito em cima. Finalize com quinoa frita.

“Os a Moelle” de palmito pupunha, Foie Gras e farofa de Quinoa

Claude Troisgros

Receita cedida pelo chef Claude Troisgros

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dos sabores tropicais, como a mousse de cupuaçu; trei-nou os primeiros grandes cozinheiros do país e brigou pela profi ssionalização do setor gastronômico, numa época em que ser cozinheiro estava longe de ter o gla-mour de hoje.Quase ao mesmo tempo em que Laurent, também che-gava ao Brasil o chef Claude Troisgros, herdeiro de um dos cozinheiros mais respeitados da França no século XX, Pierre Troisgros, um dos pais da nouvelle cuisine e dono de três estrelas no respeitado Guia Michelin. Hoje à frente do restaurante carioca Olympe, Claude inaugu-rou o Le Pré Catelan, no hotel Sofi tel do Rio, e o extinto Roanne, em São Paulo. Com a difi culdade de encontrar os produtos com que estava acostumado a trabalhar, começou a misturar seu talento aos produtos locais. Assim, ajudou a criar uma nova esfera de cozinha franco-brasileira, na qual se des-tacam pratos como o palmito com foie gras; o tartare de atum e granite de gazpacho crocante ao gengibre e caviar de tapioca; e o magret de pato caramelizado com caju e risoto cremoso de quinoa.

Receitas clássicas ganharam novas versões

com ingredientes nacionais Nos anos seguintes, outros chefs com larga experiência vieram para engrossar o time. Caso de Erick Jacquin, que fi cou famoso por seu foie gras com manga servido na Brasserie que leva seu nome, Emmanuel Bassoleil, do Skye, e o patissier Fabrice Le Nud, da doceria Douce France, hoje respeitados expoentes dessa saborosa mis-tura que fazem de seus restaurantes verdadeiras embai-xadas francesas no Brasil.– Três coisas mudaram muito desde que cheguei ao Bra-sil: a qualidade e a oferta de produtos, a valorização dos profi ssionais de cozinha e os clientes, cujo paladar evo-luiu muito – afi rma Jacquin. Segundo ele, há 25 anos, a cozinha brasileira estava atrasada em relação ao mun-do. – Usavam-se muita farinha nos molhos e muito tem-pero em tudo, o que mascarava o sabor dos alimentos – lembra ele, que, até mesmo pela difi culdade, acabou dando um “sotaque brasileiro” a suas criações, como o foie gras com banana ouro ou feijão. E não é só em São Paulo que a interação entre as duas cozinhas acontece. Em Salvador, o chef bretão Marc Le Dantec, do restaurante de mesmo nome, aproveita a fartura de frutas e peixes locais para dar nova roupa-gem às receitas. Daí, aparecerem robalos com redução de umbu-cajá e trigo sarraceno e atuns au poivre com sauté de tapioca e aspargos. No Recife, é possível encontrar no restaurante Chez Ge-orges pratos híbridos, como o camarão à provençal com bolinho de macaxeira e o peito de frango ao molho de champignon e arroz de castanha.

Há três anos no Brasil, Laurent Suaudeau ajudou a mudar o status da gastronomia no Brasil; acima sua mousseline de mandioquinha com caviar

O chef Erick Jacquin e seu foie gras com banana

ouro: combinação de sucesso

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Nem só de cultura, luxo, gastronomia e belas paisagens vive a França. Conhecidos por sa-ber, como ninguém, como aproveitar a vida, os franceses também se especializaram na arte do relaxamento. Pelos quatro cantos do país é possível encontrar spas bem equipados que convidam o visitante a se dar um momento de prazer com tratamentos de beleza, massagens e banhos de imersão. Tudo aliado à alta tecno-logia cosmética, outra vantagem francesa.Em Paris, uma das opções mais requintadas para quem quiser descansar em meio ao turbi-lhão de ideias e novidades que se exalam pelas ruas é o spa Dior, dentro do hotel-palácio Pla-za Athenée. Aberto também a não-hóspedes, o espaço tornou-se ponto de encontro de artis-tas, executivos, príncipes e magnatas de passa-gem por Paris.

RelaxfrancêsLuxo e bem-estar se unem num

convite irrecusável a conhecer os melhores spas da França

Alexandre Staut

Entrada do spa Dior, no hotel-palácio Plaza Atheneé, em Paris

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Rosto e corpoInstalado no subsolo do hotel, o spa surpreende por sua beleza. Logo na entrada, uma piscina com fundo em mosaico, sobre a qual pende uma gota de vidro soprado, recepciona o visitante, que conta com ex-tensa lista de tratamentos para o rosto e o corpo oferecidos pela casa. Entre eles estão o lifting, o peeling, a fotoestimu-lação e a drenagem linfática, todos realizados com concentrados Dior. Inclusive com o L’Or de Vie, que traz ingredientes das vinhas do Château d’Yquem, desenvolvido pela Dior Cosméticos.Para ajudar a diminuir os efeitos do jet lag dos hóspedes que chegam de viagem, quase todos os procedimentos começam com uma massagem nas costas, chamada Lifting 3D, que tem como obje-tivo movimentar fi bras musculares e os circuitos energéticos, acordando o fl uxo vital do cliente. – Trata-se de um protocolo da Dior para receber seus clientes – diz a especialista Nicole Quirici.

Massagens e tratamentos com direito

a menu triestreladoOutro endereço mítico de Paris, o hotel Le Meurice, também abriu seu spa após a recente renovação visual comandada pelo designer Phi-lippe Starck. Trata-se do Valmont au Le Meurice, que oferece tratamentos como máscaras anti-ida-de, massagens relaxantes e hidratação de rosto e contorno dos olhos, além de uma ampla gama de tratamentos para o corpo, nos quais são utilizados produtos à base da água-marinha vinda das termas de Saint-Malo, ao noroeste da França. Além de contar com um espaço reservado para relaxar, o hóspede ainda pode optar por receber os mimos no terraço ensolarado do hotel. Equi-pado com guarda-sóis, espreguiçadeiras e mesas, ele também é servido pelo chef Yanick Alléno, três estrelas no Michelin, que preparou um cardápio especial com saladas, carpaccios, sanduíches, ma-carons, sucos de frutas, frappucinos e chás gelados para acompanhar o momento de descanso.

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Bem viver Spas

A oeste de Paris, um descanso inspirado na ÍndiaSituada numa das regiões mais bucólicas da França, a cidade de Vannes, a 300 quilômetros de Paris, na Bretanha, é ideal para descansar longe do frenesi da capital francesa. Trata-se de uma joia intramuros, onde se fi xaram os povos celtas no século IX, e hoje se localiza a Villa Kerasy Hotel e Spa, uma das hospedarias mais discretas e silenciosas do local, digna da distinção Charme & Caractère. Toda a sua ambientação remete à época das Compa-nhias das Índias Ocidentais, que mobilizaram as cidades da Bretanha no século XVIII. Assim, cada um dos 15 quartos da Villa é como se fosse uma parada no cami-nho marítimo para a Ásia. – Um lembra a pimenta da Índia e de Sumatra, outro a canela do Ceilão, o cravo e a noz-moscada das [ilhas] Banda [na Indonésia], e assim por diante – diz o proprietário, Jean-Jacques Violo.Instalado dentro do hotel, o spa oferece tratamentos relaxantes, de revitalização dos sentidos e despertar es-piritual por meio da imersão num mundo tipicamente in-diano de cores, aromas, sabores e música, como poucos imaginariam existir na França. Há ainda cerimoniais refi nados de massagens desenvolvi-dos pela marca de cosméticos Sundari, uma linha feita com ingredientes destilados e essências raras, nos moldes da-queles criados por botânicos indianos há 200 anos.

Na região da Bretanha, a Villa Kerasy convida a dias de relaxamento inspirado nas especiarias

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No sul da França, o Couvent de Minimes, construído em 1613, foi tranformado em hotel com spa da L’Occitane

No sul do país, terapia à base de ervas aromáticas e azeite

Caso o turista decida encontrar momentos de quietude mais ao sul da França, a dica é hospedar-se no Le Cou-vent des Minimes Hotel & Spa, membro do seleto time de Relais & Chateaux. Inaugurado pela L’Occitane em 2007, em Mane-en-Provence, pequena cidade a cerca de uma hora do aeroporto de Marselha, em meio às montanhas da Haute-Provence, tem como base um antigo convento da ordem dos Minimes, datado de 1613.Com apenas 46 quartos, o hotel conta com piscina, quadra de tênis, adega e jardim de ervas aromáticas, criado no século XVII. Ali estão alguns dos ingredientes típicos da região – menta, oliva, amêndoa, camomila, lavanda, verbena e alecrim –, utilizados nos produtos L’Occitane, cuja fábrica se localiza nas proximidades. O spa tem seis salas de massagem, duas saunas, uma piscina aquecida e banheiras de cobre, e oferece trata-mentos baseados em banhos de ervas naturais e óleos essenciais, numa prática que remonta à Antiguidade. Para encerrar a viagem em grande estilo, uma boa opção é conhecer a cabine Grande Mediterrâneo Hammam Ritu-al. Novidade no Le Couvent, ela lembra as melhores sau-nas turcas, e tem a massagem feita a quatro mãos numa área externa do spa.

SERVIÇO

Le Couvent des Minimes Hotel & SpaChemin des Jeux de Mai Mane-en-Provencewww.couventdesminimes-hotelspa.com

Diárias nas suítes de € 350 a € 1.275. Preços dos tratamentos sob consulta.

Le Meurice228 rue de Rivoli, Pariswww.lemeurice.comPreços de tratamentos e diárias sob consulta.

Plaza Athénée25 avenue Montaigne, Pariswww.plaza-athenee-paris.comTratamentos no spa Dior entre € 170 e € 1,5 mil. Preços das diárias sob consulta.

Villa Kerasy20 avenue Favrel et Lincy, [email protected] com uma diária, 120 minutos de spa privê com ritual indiano, café-da-manhã e jantar num restaurante da região, por € 229, por pessoa.

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Estilo encontrado nos grandes monumentos franceses infl uenciou a arquitetura das principais

cidades brasileiras nos séculos XVIII e XIX

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ão é de hoje que a arquitetura neoclássica francesa inva-de as construções brasileiras. O estilo foi trazido ao país, ainda que indiretamente, a pedido do príncipe Dom João, depois Dom João VI. Decidido a acelerar o processo de modernização da nova capital do Império, após a insta-lação da família real portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, ele incumbiu o intelectual Joaquim Lebreton de reunir artistas franceses dispostos a participar da criação de um núcleo criativo no Brasil.O primeiro passo foi a chegada, em março de 1816, da Missão Francesa, que trazia entre outros o pintor Jean-Bap-tiste Debret e o arquiteto Grandjean de Montigny. Se o primeiro tratou de registrar a paisagem exuberante e os habitantes do país, o segundo, um arquiteto prestigia-do na França, que acabara de receber o II Grande Prêmio de Roma, foi incumbido de afrancesar a cidade e imprimir traços neoclássicos por todo o espaço urbano, tingindo o barroco das fl orestas e das casas coloniais de um tom cos-mopolita, à moda europeia, como diz a historiadora Fátima Santiago, do espaço cultural Casa França-Brasil, hoje insta-lado, não por acaso, em uma das construções de Montigny, o antigo prédio da alfândega.

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Projetado por Ramos de Azevedo, o Mercado Municipal de São Paulo é uma réplica do estilo francês de se construir prédios

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As obras de Montigny serviram de referência

para o neoclássico carioca– Durante os 24 anos em que viveu no Rio de Janeiro (onde morreu em 1850), Grandjean de Montigny tra-balhou intensamente. Projetou o Mercado Municipal do Rio (já demolido), o prédio do Senado e da Biblio-teca Imperial (que não chegaram a ser construídos), a Escola Real de Ciências Artes e Ofícios (demolida) e sua residência na Gávea, que se transformaria no Solar da Baronesa, hoje centro cultural da PUC-RJ, depois de ter sido a sede da reitoria da universidade. Além disso, tratou de fazer diversas intervenções ur-banísticas na paisagem do Rio – diz Fátima. Para seus projetos, ele usava elementos básicos da arquitetura neoclássica, como materiais nobres (már-more, granito e madeira), em desenhos cheios de li-nhas ortogonais, formas regulares, geométricas e si-métricas, com volumes corpóreos e maciços, a partir de critérios geométricos formais.– A arquitetura de Montigny é especial pois ele traz sua bagagem francesa, mas não abre mão de “brin-car” com elementos da natureza brasileira. Para fa-zer sua residência, por exemplo, valorizou a mata da Floresta da Tijuca em cada mínimo detalhe. A casa é praticamente um neoclássico dos trópicos, pois tem varandas abertas nas quais a natureza é convidada a entrar – diz a historiadora Piedade Grinberg, dire-tora do Solar. – Tanto a Casa França-Brasil quanto o Solar da Baro-nesa viriam a se transformar nas obras mais signifi ca-tivas do estilo neoclássico no país, que seria copiado à exaustão e invadiria as ruas do Rio de Janeiro no fi m do século XIX – afi rma Piedade. Ela conta que o período neoclássico no Brasil durou quase um século. “Grandjean de Montigny era pro-fessor da Academia de Artes e Ofícios e teve diver-sos discípulos, como Pedro José Pézerat, criador do projeto do pavilhão do Palácio Imperial, na Quinta da Boa Vista, em 1828, e Carlos Rivière, que criou o pro-jeto da Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória, entre algumas dezenas de outros discípulos, que recriariam a paisagem carioca do período.”

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No século XIX, infl uência extrapola as fachadas e dá lugar ao ‘morar à francesa’

Ricardo Corrêa Coelho, autor do livro Os Franceses, situa o fi m do neoclássico no país em 1889, momento em que o Brasil se transforma em República e quer se mostrar ao mundo como um país inserido na modernidade. – Uma das primeiras medidas governamentais foi mudar pa-drões artísticos que vigoravam na época. Surge então o período eclético, que trazia combinações de elementos da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca e neoclássica, e que, do ponto de vista técnico, imprimia os avanços da engenharia do sé-culo XIX, com o uso de estruturas de ferro forjado, por exemplo.Nessa época são criados o Teatro Municipal do Rio, na Praça Floriano, e o hotel Copacabana Palace, na Avenida Atlântica, entre tantos outros prédios. “São construções que trazem não somente uma estética de fachada, mas uma forma de morar à francesa, na qual as construções passaram a ser divididas em alas totalmente independentes – de dormir, de estar e de serviço”, diz o historiador.

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No Rio, o hotel Copacabana Palace traz uma estética de fachada e um estilo de morar franceses; abaixo Teatro Santa Isabel, no Recife

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Os mesmos traços podem ser encontrados em São Paulo e Recife

Se São Paulo era relegada a segundo plano no período imperial, o mesmo não aconteceu no início do século XX, quando fazendeiros e empre-sários começaram a encomendar prédios e casas em estilo europeu. Formado na Universidade de Gand, na Bélgica, Ramos de Azevedo (1851-1929) foi um dos des-taques dessa época, ao recriar na capital paulista algumas das mais importantes obras de infl uên-cia francesa em São Paulo, tais como o Mercado Municipal, a Pinacoteca do Estado e o Liceu de Artes e Ofícios. O estilo haussmanniano ainda foi explorado no traçado das ruas centrais do Recife, especial-mente na região do Marco Zero, entre a Avenida Rio Branco e a Rua Marquês de Olinda. Mas não foi somente no urbanismo que o estilo francês se impôs na cidade. O Mercado São José, por exemplo, inaugurado em 1875, foi inspirado no Mercado de Grenelle, em Paris. Já o Teatro Santa Isabel foi desenhado pelo enge-nheiro francês Louis Léger Vauthier em meados do século XIX.

Pinacoteca do Estado,em São Paulo: refl exo dos clássicos traços franceses

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Mercado São José, no Recife, inspirado no mercado de Grenelle, em Paris

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tura brasileira que tem na raiz alma francesa – conclui Coelho. (Leia mais sobre Le Corbusier na página 76)Seguindo ainda os passos de Le Corbusier, hoje a ar-quitetura francesa é representada no Brasil por qua-tro nomes, Greg Bousquet, Guillaume Sibaud, Olivier Raffaelli, do escritório Triptyque – que tem ainda a brasileira Carolina Bueno como sócia –, e pelo franco-suíço Michel de Fournier.Mas só o tempo dirá se um dia eles serão lembra-dos e reverenciados como Grandjean de Montigny e Le Corbusier, que deixaram suas marcas para sempre na paisagem urbana do país.

Muitos historiadores dizem que a infl uência francesa na arquitetura brasileira dura até a Segunda Guerra Mundial, quando se começa, por aqui, a imitar o estilo americano, com seus arranha-céus. Mas o historiador Ricardo Corrêa Coelho discorda. Segundo ele, toda a arquitetura moderna nacional foi inspirada “de a a z” no franco-suíço Le Corbusier, considerado uma das fi guras mais im-portantes da arquitetura moderna.– Ele orientou vários arquitetos brasileiros, como Lúcio Costa, Carlos Leão e Oscar Niemeyer. Este último soube se aproveitar dos ensinamentos do mestre, mas em vez de usar suas linhas re-tas, acabou imprimindo um traço característico das curvas do Rio, da mulata carioca, em seus projetos. Inventou assim uma arquite-

Estilo de Le Corbusier serviu de base para diversos projetos no país

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Fachada do edifício Grand Diamond, no Vila Nova Conceição

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m verdadeiro diamante lapidado, a pou-cos metros do Parque Ibirapuera. Assim é o Grand Diamond, empreendimento da Queiroz Galvão, que está sendo entregue na Vila Nova Conceição, em São Paulo.Projetado para traduzir a qualidade de vida e sofi sticação que o bairro, um dos mais valorizados da cidade, pode oferecer, o edifício de 14 pavimentos, sendo 13 ti-pos e 1 cobertura, conta com um aparta-mento por andar e área total de 1.455 m2. Com linhas imponentes em tons claros e formas elegantes, o Grand Diamond foi pensado pela dupla de arquitetos Márcio Curi e Azevedo Antunes para

transmitir toda a nobreza do estilo clás-sico, que está sempre vivo e se valoriza a cada dia. Nas áreas comuns foram criados um salão de festas gourmet, uma sala de massagem, fi tness, solarium, deck molhado, duas pis-cinas - uma infantil e outra climatizada com raia de 18 metros - e playground. Uma “praça da água”, ambiente de estar e contemplação, foi pensada em parceria com Benedito Abbud, responsável pelo paisagismo do empreendimento. Com uma fonte rodeada por jabuticabeiras, o local atrai os pássaros da região, que contribuem com seu canto para o clima

Grand Diamond reúne sofi sticação, espaço e tranquilidade num dos bairros mais valorizados de São Paulo

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Jóia lapidadaSalão de festas decorado pela arquiteta Débora Aguiar

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de paz e tranquilidade gerado pelo barulho da água em movimento. Seguindo o mesmo padrão da própria rua, a Jacques Félix, o edifício é todo cercado de verde, desde a calça-da. Conta também com a sombra de árvores preserva-das, como a sibipiruna. Para garantir a tranquilidade dos moradores, um mo-derno sistema de segurança foi instalado em todo o edifício, com direito a guarita com vidros blindados.

Outra importante profi ssional que participou da formação do empreendimento é a arquiteta Débora Aguiar. Valendo-se de ingredientes básicos como madeira, granito e mármore branco, oferece conforto e sofi sticação a cada futuro morador, como se

fosse o único. A partir de uma releitura do estilo art-déco, a es-pecialista projetou ambientes clean, que se inte-gram aos revestimentos de piso, forro e paredes em tons claros e suaves. No hall de entrada e salões comuns, um mobili-ário limpo e moderno alia beleza e sofi sticação para proporcionar aconchego e amplitude.“O ponto de destaque é o pé direito duplo do hall, com seis metros de altura, que permitiu a constru-ção de nichos verticalizados e iluminados, decora-dos com bambu e vegetação”, afi rma Débora.Nos apartamentos tipo, com 228 m2, as áre-as integradas foram pensadas para estimular a convivência familiar. Assim, cada unidade conta com sala para qua-tro ambientes, com direito a lareira, quatro su-ítes e quatro vagas na garagem. No caso das coberturas duplex, de 364 m2, o benefício sobe para seis vagas, além de uma piscina privativa no terraço.

Salão de ginástica equipado com o que há de mais moderno

Beleza e privacidade sem perder o contato com a natureza

Na área de lazer, piscina infantil, piscina adulto com raia, deck molhado e quadra poliesportiva

V I D A , V E R D E E L I B E R D A D E

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Fotos do local

• Trilhas ecológicas para caminhadas* • 5 lagos* • Horta com estufa* • Árvores frutíferas*• 50.000m2 de área de preservação permanente* • Minifazendinha com animais*

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*Os condôminos adquirentes do empreendimento Nature Village, bem como os futuros adquirentes do empreendimento Nature 2, terão direito ao uso da área de preservação permanente (APP), objeto de “Instituição de Servidão de Uso”,registrada junto à matrícula nº 110.927 do 2º oficial de Registro de Imóveis de Jundiaí/SP e conforme normas estabelecidas na convenção do condomínio. Incorporadora Responsável: Queiroz Galvão Nature Etapa 2 DesenvolvimentoImobiliário Ltda. Av. Brigadeiro Faria Lima, 3015 – 12º andar – CEP: 01452-000, São Paulo – SP. Central de Atendimento: Fernandez Mera Negócios Imobiliários, Av. Brigadeiro Luís Antonio, 4.910 – CEP: 01452-002, São Paulo – SP.Creci 5.425 - J. - www.fernandezmera.com.br. Memorial de Incorporação Registrado sob nº R.9 da matrícula nº 110.927 do 2º Oficial de Registro de Imóveis da comarca de Jundiaí, em 18/09/2009. Mapa de acesso sem escala.

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Totalmente envidraçada, a fachada dos 21 andares contribui para a iluminação natural dos ambientes internos

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Flexibilidade de espaços e localização privilegiada fazem da torre Janete

Costa o endereço ideal para empresários no Recife

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epois do sucesso de vendas da primeira torre do Centro Empresarial Queiroz Galvão, um espaço de 10.800 metros quadrados totalmente voltado ao empreendedorismo, em Boa Viagem, a construtora Queiroz Galvão e a Galvão Engenharia lançam agora o segundo edifício no complexo, a torre Janete Costa. Com localização privilegiada no Recife, o empreendi-mento situa-se próximo das principais vias de aces-so ao estado (BR-101 e BR-232), a apenas cinco minutos do Aeroporto Internacional Gilberto Freyre (Guararapes) e a trinta do Porto de Suape, um dos mais importantes do país.A ser construída ao lado do Shopping Center Recife, um dos maiores centros de compras, alimentação e serviços do Brasil, a torre Janete Costa destaca-se pela fl exibilidade de seu projeto, criado pelo arqui-teto Carlos Fernando Pontual. Com salas modulares de 40 a 427 metros qua-drados em cada um dos 21 pavimentos-tipo, o edifício permite a instalação de escritórios de di-ferentes tamanhos, de acordo com a necessidade de cada empresa, seja qual for o ramo de atuação.

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Flexível, a planta permite a instalação de escritórios de diferentes tamanhos, de acordo com a necessidade de cada empresa

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“O projeto foi feito para que o proprietário possa optar por utilizar todo o pavimento em um úni-co salão, ou dividi-lo em até oito salas. E, mesmo nesse caso, não haverá prejuízo para as demais instalações, como banheiros, por exemplo, pois a ocupação de cada pavimento poder ser feito de forma independente”, explica Pontual.Totalmente envidraçada, a fachada ainda contribui para a iluminação natural dos ambientes internos. “Feita em vidro, com revestimento de alumínio, a torre Janete Costa se benefi ciou com sua localiza-ção, na esquina do empreendimento. Isso nos pos-sibilitou aproveitar a praça em frente para servir de entrada de acesso ao edifício.”Para garantir a tranquilidade dos condôminos, as recepções e entradas de serviço e social se-rão independentes, e com catracas eletrônicas

que auxiliarão no rígido controle de acesso de visitantes. Sob a orientação da Haganá, empre-sa líder no segmento de segurança condomi-nial, o edifício ainda trará completa infraestru-tura para a instalação de câmeras em pontos estratégicos nas áreas comuns, alarmes em to-dos os andares e sistemas de segurança e ad-ministração, controlados por computador em sala blindada e isolada.

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Importante agente transformador na comunidade do Coque, no Recife, Orquestra Criança Cidadã pode disputar

o título de melhor projeto social do mundo

Do bem

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cidadaniaMúsica e

A orquestra formada pelos meninos do Coque tocam clássicos como os de Vivaldi e Ravel

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Um dos alunos do projeto, João Pedro aprendeu a tocar violino em apenas oito dias

No início, transformar em músicos as crianças e adolescentes da Comunidade do Coque, re-gião mais violenta de Recife e com o menor índice de desenvolvimento humano de Per-nambuco, parecia uma missão impossível. Mas com muita persistência, o juiz João José Galvão Targino, idealizador da Orquestra Criança Cidadã, conseguiu “plantar fl or onde só tinha espinho”. – Não adianta reclamar da violência, temos que ser agentes pró-ativos da sociedade. Esse cená-rio de desigualdade e infortúnio só vai mudar quando houver iniciativa da sociedade – diz ele, que criou o projeto em parceria com a Associa-ção Benefi cente Criança Cidadã (ABCC). – Queria disciplinar e transformar essa juven-tude. Você não vê um músico mal feitor. En-xerguei as virtudes que a música proporciona e passei a nutrir esse sonho.O desejo de mudar a perspectiva de futuro da comunidade tornou-se realidade em julho de 2006. Nesta data foi inaugurada a Escola de Música do Projeto Orquestra Criança Cidadã, com sede no quartel do 7º Depósito de Supri-mentos, do bairro de Cabanga. Ali, 130 crianças e adolescentes do Coque, todos entre quatro e 17 anos, se revezam em aulas de música, inglês, espanhol, com-putação e bons modos. Ao longo das quatro horas diárias que passam no local, também recebem atendimento médico e odontológico, além de três refeições.A importância social do projeto é tão grande para a comunidade, que a Orquestra já ganhou dois prêmios regionais de reconhecimento.

O próximo objetivo é qualifi car-se entre os dez projetos sociais brasileiros que serão in-dicados pela Caixa Econômica Federal para participar do Prêmio Internacional de Dubai sobre Melhores Práticas para Melhorar as Condições de Vida, promovido anualmente pelas Nações Unidas. – Temos grandes chances de estar entre esses dez selecionados – diz Targino.

Apesar do crescimento do projeto, o juiz la-menta a instabilidade fi nanceira com que convivem. Sem renda fi xa, a escola se man-tém com doações vindas de empresas como a construtora Queiroz Galvão, que doou par-te das instalações das salas de aula. Além da Queiroz Galvão, a orquestra conta com patrocinadores como o Exército Brasileiro, CNI (Confederação Nacional das Indústrias) e CHESF (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), entre outros – Imagine uma mãe pobre, sem ter do que se alimentar, tendo que manter uma gestação saudável. Assim foi o nascimento do projeto – defi ne Targino. – No primeiro ano de atividade, anunciamos o fi m do projeto duas vezes por falta de recur-sos. Isso me entristece, pois não se trata de assistencialismo. Temos o objetivo da trans-formação e não da esmola.Para garantir essa mudança na comunidade,

Projeto depende de doações

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os pais dos alunos benefi ciados pelo projeto também são inseridos nesse contexto musical, participando de reuni-ões e apresentações. – Sempre falo para os pais: “Dêem carinho e apoio a eles, porque são eles que vão tirar vocês daqui”. E o fato de ve-rem seus fi lhos fora das ruas e das lan houses dá a es-perança de que eles sairão do bairro antes mesmo de se tornarem adultos – diz o maestro Cussy de Almeida, coor-denador musical da orquestra. Rosângela Teixeira de Lima, mãe do adolescente de 13 anos João Pedro, que desde os 11 frequenta a escola, engrossa a lista dos que esperam um futuro melhor devido à formação musical do fi lho. – Nunca criei o João com a ideia de que um dia ele iria para a faculdade, porque não tínhamos perspectiva alguma. Hoje vejo que ele vai ter um futuro. Ele diz que vai se formar mú-sico, vai cuidar de mim e comprar um apartamento para se mudar daqui – diz Rosângela.Apesar da expectativa do fi lho, Rosângela admite que gos-ta do lugar onde vive. “Nasci e cresci aqui. E é um bairro que fi ca perto de tudo”, diz. “O Coque fi ca em uma região central do Recife, por onde a população é quase que obri-gada a passar”, explica o maestro Almeida. “Todo mundo conhece a favela do Coque”, completa.

Criado no Recife – com direito a temporadas de estudos em Paris e Genebra –, Almeida sempre soube da existên-cia da comunidade, mas foi só quando foi assaltado na região que começou a repensar a forma de ver a cidade. “É um lugar violento, onde vivem 40 mil pessoas, sem ne-nhuma perspectiva de vida. A violência é a escola dessas crianças. Pensando na cidadania e no futuro profi ssional dessa juventude, passei a participar do projeto, para ten-

Do bem

tar trabalhar as crianças dentro de uma ‘bolha’. Elas conhecem o crime, mas não participam dele”, diz.A “bolha” já deu resultados. No início de setembro, um dos alunos ganhou uma bolsa de estudos musicais no exterior. “Ele está na Polô-nia, e tendo em vista a rigidez da avaliação europeia, isso comprova a qualidade do projeto. Eles de fato se formam músicos e podem exercer a profi ssão. E isso evita que eles se tornem ‘aviões’ do tráfi -co para ganhar dinheiro”, diz o maestro.Ao contrário do que normalmente acontece em famílias de baixa renda, onde o estudo é deixado de lado e o trabalho passa a ser prioridade, Rosângela prefere que João Pedro passe o dia estudan-do. “Hoje o adolescente trabalha para ajudar a sustentar a família, mas amanhã, que futuro ele vai ter?”, diz ela. Ela relembra o primeiro momento em que sentiu orgulho de ter um fi lho músico. “Fazia apenas oito dias que o João estava na escola, quando pegou o violino do vizinho emprestado e tocou uma música para mim. Eu nunca havia visto um instrumento como aquele. Fiquei tão emocionada que chorei. E até hoje choro quando o vejo tocar.”

Orquestra é sinônimo de esperança

Os dirigentes do projeto: Nildo Nery, presidente da ABCC; o juiz João Targino e o maestro Cussy de Almeida

Além das atividades musicais, os jovens atendidos pelo programa têm aulas de informática, para reduzir a exclusão digital

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Art Cinema

Uma onda forte, daquelas que derrubam tudo pela frente, percorreu o mundo do cinema na virada da década de 1950 para 1960. A Nou-velle Vague, detonada por um grupo de críti-cos franceses que se tornaram cineastas, teria repercussões por toda parte, inclusive no Bra-

sil, onde vigorou, com o Cinema Novo, o lema “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. Nessa turma, formada por François Truffaut, Claude Chabrol, Jacques Rivette e Eric Rohmer, nenhum revolucionou tanto a sétima arte quan-to Godard.

O diretor que inspirou mais de uma geração de cineastas ganhou retrospectiva no ano da França no Brasil

Mariane Morisawa

Luz, câmera,Godard

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Abaixo, pôster do fi lme Pierrot le Fou; à esquerda cena do fi lme Uma Mulher É uma Mulher

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Pode-se dizer, sem exageros, que existe um cinema antes de Godard e depois de Godard, assim como há a pintura antes de Picasso e depois de Picasso. “Godard foi incontestavelmente o maior inventor no cinema da segunda metade do século XX. Ele explo-rou o cinema sob todas as suas formas e em todos os seus estados, como Picasso fez antes dele com a pintura”, diz Alain Bergala, crítico e professor fran-cês que fez a curadoria da Retrospectiva Godard, dentro do 5º Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, em Salvador, no final de julho. – Godard não é simplesmente um grande cineasta que fez bons fi lmes. Ele tem uma ideia muito elevada do que deveria ser o cinema e ele tenta confrontar sua arte com o que há de maior antes dele na história das artes. Godard transformou-se hoje na mais alta “cons-ciência” do cinema no mundo – exalta Bergala. – É como se ele fosse, mesmo, um deus do cinema. Ou um farol.

Nova forma de fazer cinema nasceu de uma

visão crítica da arte

A infl uência de Godard e sua turma começou ainda como críticos de cinema, principalmente na revista Cahiers du Ci-néma. Nela, os jovens autores criticavam a maior parte dos diretores e roteiristas franceses da época. “Seus movimentos de câmera são feios porque seus temas são ruins, seus elencos atuam mal porque seus diálogos não têm valor; numa palavra, vocês não sabem criar ci-nema porque vocês nem sabem mais o que é cinema”, escreveu, certa vez, Godard.Eles abraçaram as teorias do crítico André Bazin, que pro-punha o conceito de autoria no cinema. “Nós vencemos quando conseguimos que fosse reconheci-do, como princípio, que um fi lme de Hitchcock, por exem-plo, é tão importante quanto um livro de Aragon [Louis Aragon, escritor e poeta francês]. Os autores de cinema, graças a nós, fi nalmente entraram na história da arte”, afi r-mou Godard. Eles eram, afi nal, uma geração formada já sob os signos do cinema. “Todos éramos críticos antes de começar a fazer fi lmes, e eu amava todos os tipos de cinema – os russos, os americanos, os neorrealistas. Foi o cinema que nos fez – a mim, pelo menos – querer fazer fi lmes. Eu não sabia nada da vida a não ser por meio do cine-ma”, disse o cineasta.

No Brasil, Godard tem admiradores como

Selton Mello

Quando ele estreou seu primeiro longa-metragem de fi cção, Acossado, em 1959, não havia dúvi-da de que nascia ali uma nova forma de cinema. Claro que houve muitos críticos. Mas houve e há também, até hoje, admiradores impressionados com seu trabalho. Caso do ator Selton Mello, que começa, ele próprio, a dar seus primeiros passos como diretor.

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Artrt CinemaCinemaCena do fi lme Pequeno Soldado de 1963

Cena do fi lme Cena do fi lme Nouvelle Nouvelle Vague Vague de1990de1990

– Li em algum lugar que esse fi lme pode ser interpre-tado como um documentário sobre (o ator) Jean Paul Belmondo. É um raciocínio bem curioso e divertido – afi rmou Selton. Faz todo o sentido. Acossado propôs um cinema com um pé no realismo, em que a câmera, leve e na mão do fotógrafo, podia colar nos atores, eles pró-prios livres para se movimentar nas locações. Como não há marcações muito evidentes, os atores se me-xem de forma muito natural, e a iluminação também se apoia pouco em fontes artifi ciais. Michel (Jean Paul Belmondo), o protagonista, anda à deriva, ten-ta obter dinheiro por meio de roubos e golpes, diz que ama Patricia (Jean Seberg). Tudo parece muito casual, como se a câmera documentasse a vida e não como se a vida representasse para a câmera. Na montagem, Godard emenda cenas de forma a causar estranhamento no espectador. O final am-bíguo se tornaria frequente em sua obra. – O cinema de Godard foi sempre um apelo à liberda-de de fi lmar e à consciência da responsabilidade do criador de cinema – diz Bergala.

Próximo fi lme do diretor deve ser lançado em 2010

Godard passou um tempo fi lmando muito, às vezes dois longas num único ano. O cineasta brincou com os gêneros cinematográfi cos: fez musical (Uma Mulher é uma Mulher), fi lme de guerra (O Pequeno Soldado), policial (Bande à Part) e fi cção cien-tifi ca (Alphaville). Por volta de 1964, já era imitado no mundo inteiro. Infl uenciou, por exemplo, o cinema marginal brasileiro, de diretores como Rogério Sganzerla. Na década de 1980, causaria escândalo com Je Vous Salue Marie, proibido no Brasil por mostrar Nossa Senhora como uma estudante moderna, que joga basquete. O longa forma uma trilogia com Passion e Prénom Carmen. – Nessa trilogia, cada fi lme é uma etapa em direção à pró-xima, e pode-se ver Godard avançar passo a passo sobre questões como: a confrontação do cinema com a pintura e a música, o sagrado da Virgem com a criação – diz Bergala. Na década seguinte, sua preocupação se voltaria para o envelhecimento e a morte, com obras como Nouvelle Vague, Hélas pour Moi e Para Sempre Mozart. – Godard se interroga sobre a possibilidade de o cinema fi lmar o desaparecimento e a ressurreição dos corpos, a ponte divina e humana na encarnação, o envelhecimento e o retorno a aspectos de sua infância. Esses três períodos permitirão seguir o percurso de Godard em relação à sua arte e às suas preocupações recorrentes, mas sobretudo a evolução de seu projeto para o cinema – explica Bergala.Sem terminar um fi lme de fi cção desde Nossa Música, de 2004, Godard se prepara para lançar Socialisme em 2010. O mundo do cinema vai mais uma vez parar para prestar atenção.

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Art Cultura

Nascido na Suíça, mas radicado na França, Le Corbusier infl uenciou a arquitetura e teve relação estreita com o Brasil

e com arquitetos como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa

Mariane Morisawa

do século XXGigante

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Na página ao lado, o mestre explicando um de seus

projetos; à direita, a cadeira Chrome feita com tubular de

aço, couro e molas de aço

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“Para este grande viajante, existem lugares privile-giados no planeta, entre montanhas, planaltos e planícies com grandes rios que correm rumo ao mar. O Brasil é um desses lugares acolhedores e generosos que gostamos de poder considerar como um amigo.” Foi assim, cheio de carinho e palavras elogiosas, que Le Corbusier (1887-1965) resumiu seu relato sobre a passagem pelo país nas décadas de 1920 e 1930. Essa relação foi destacada na exposição Le Cor-busier – Entre Dois Mundos, que fi cou em cartaz na Caixa Cultural Rio de Janeiro em agosto. Na mostra, com curadoria de Jacques Sbriglio, foram exibidas 120 peças produzidas por ele em seus últimos vinte anos de vida, entre 1945 e 1965, o que inclui projetos arquitetônicos, desenhos, pin-turas, colagens, litografi as, esculturas, tapeçarias, maquetes, livros e fotografi as pertencentes à Fun-dação Le Corbusier, de Paris.Considerado por alguns estudiosos o arquiteto mais importante do século XX, ele veio pela pri-meira vez ao Rio de Janeiro e a São Paulo em 1929 – a segunda visita aconteceria em 1936. Para Sbriglio, as viagens ao Brasil foram impac-tantes em sua obra:– O antes é o período “purista”, o das mansões parisienses, e o “racionalista”, dos edifícios Clar-té (em Genebra) ou Molitor (em Paris). O depois é o período “brutalista”, com o concreto armado como sua matéria-prima e todo um novo voca-bulário arquitetural que se implanta, a partir da utilização do quebra-sol, que se torna para Le Corbusier, após o pilotis, a planta livre, a facha-da livre, a janela em fi ta e o terraço jardim, o “sexto ponto da arquitetura moderna”.

Trabalho infl uenciou diversas obras no Brasil,

entre elas BrasíliaNa década de 1930, o arquiteto franco-suíço aproximou-se do grupo de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, atuando como consultor do projeto do prédio-sede do então Ministério da Educação e Saúde, no Rio, projetado por Costa, Niemeyer, Affonso E. Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcellos. Os arquitetos modernistas brasileiros criaram diá-logo estreito com Le Corbusier, infl uenciando e sendo infl uenciados por ele. A construção de Brasí-lia, por exemplo, não teve sua participação direta, mas ali várias de suas ideias, até então utópicas, ganharam versão criada por Costa e Niemeyer. Ele defendia, por exemplo, grandes blocos de aparta-mentos assentados sobre pilotis, algo comum de ver na paisagem da atual capital federal. Nos anos 1950 e 1960, o ensino de arquitetura no Brasil baseou-se muito em sua obra e suas ideias. O próprio Niemeyer era grande admira-dor dele, como prova a semelhança entre seus desenhos do início da carreira e os do arquiteto naturalizado francês.

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Exposições pelo mundo marcam os 60 anos

de carreira Le Corbusier ainda é objeto de muita polêmica no mundo da arquitetura. Para discutir a implicação de sua obra na atualidade, uma grande exposição foi montada pelo Vitra Design Museum em parceria com o Royal Institute of British Architects e o Neder-lands Architectuur Institut. Ela fi cou em cartaz no Martin Gropius-Bau, em Ber-lim, até o início de outubro. Le Corbusier – Art and Architecture apresentou 380 peças em ordem cro-nológica, abarcando seus 60 anos de carreira. Ha-via maquetes novas e antigas, além de instalações baseadas em projetos de interiores, o mural gigante do escritório parisiense na Rue de Sèvres (1948), o fi lme Arcachon, rodado por ele no Rio de Janeiro, e a reconstrução do Plan Voisin, de 1925, seu projeto urbano utópico para Paris.A mostra procurou deixar evidentes seus interesses no Mediterrâneo e no Oriente Próximo, sua busca por for-mas orgânicas nos anos 1930, seu fascínio pelas novas tecnologias e mídias e pela metrópole moderna. Sua obra ligava arquitetura, planejamento urbano, pin-tura, design, cinema e outras disciplinas. Ele mesmo sempre se considerou um escultor, não um arquiteto.

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Art Cultura

Le Corbusier em seu ateliê, em Paris, onde criava novas formas orgânicas para objetos e edifícios

Unidade habitacional construída por Le Corbusier em Marselha,

uma de suas obras-primas

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Viagens serviram para se inspirar e divulgar

o modernismoNascido em 1887 em La Chaux-de-Fonds, na Suíça, Char-les-Edouard Jeanneret-Gris cursou a Escola de Arte de sua cidade e, autodidata em arquitetura, fez viagens de inicia-ção para Itália, Áustria, França, Alemanha e Grécia, entre 1906 e 1917, ano em que se radicou em Paris, onde ado-tou o pseudônimo que o tornaria famoso. Na capital francesa, fundou a revista L’Esprit Nouveau, com Amédée Ozenfant e Paul Dermée. Nos anos 1920, come-çou suas palestras e continuou suas viagens. Na América Latina e no Norte da África, descobriu as formas orgânicas, as tradições regionais e o uso de materiais naturais. Do Me-diterrâneo, passou a utilizar os volumes claros, as fachadas brancas e os ambientes abertos.Nos anos 1930 dedicou-se a propagar sua doutrina, mas foi a partir da Segunda Guerra Mundial que, maduro, desenhou suas obras mais importantes, como a unidade habitacional de Marselha, a capela de Ronchamp, o convento de Touret-te, e os edifícios do Capitólio em Chandigarh, na Índia. Le Corbusier era um apaixonado pela arquitetura e acredita-va que ela podia ajudar as pessoas a clarear suas ideias. Ele foi um desbravador e grande divulgador do modernismo, uma corrente que, mesmo muito criticada, moldou a arqui-tetura mundial desde o século XX até os dias de hoje.

Capele Notre-Dame-du-Haut, em Ronchamp

Pavilhão Philips em Bruxelas; obra de 1958

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Scandinavia Designs - Concept StoreR. Barão de Capanema, 559São Paulo (SP)Tel.: (11) 3081-5158www.scandinavia-designs.com.br

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Sophia GalvãoR. Barão de Jaguaripe, 407, Conj. 111Ipanema - Rio de Janeiro (RJ)Tel.: (21) 3511-6734www.sophiagalvao.com.br

Teatro Santa IsabelPça da República, s/nº, Recife (PE)Tel.: (81) 3232-2939

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Habitar Crônica de Mauro Malin

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Moradaperdida no tempo

Em 1987, eu trabalhava no Jornal do Brasil e ganhei de presente uma viagem à Alemanha, passando na volta por Paris. A viagem era para Berlim, que come-morava 750 anos de fundação, com uma passagem por Nuremberg, e eu aproveitei bastante ambas as visitas. Basta dizer que ainda não havia caído o Muro de Berlim e eu pude passar um inesquecível domingo em Berlim Oriental. Mas importante mesmo era voltar a Paris. Com a ajuda dos amigos Rui Xavier e William Waack, da editoria de Economia, comandada por Miriam Leitão, inventou-se que eu deveria participar da cobertura das negocia-ções da dívida externa brasileira com o chamado Clube de Paris. Rui e William tinham fi cado comovidos com o fato de eu não ter voltado a Paris, onde vivera, desde o então já distante ano de 1979.A pessoa encarregada de escolher o hotel em que eu fi caria reservou quartos no Lutétia. Ora, a diária era absurdamente cara, consumia uma parte insuportá-vel da diária a que eu tinha direito. Além disso, o hotel era metido a besta e tinha sido usado como QG pelos nazistas quando invadiram a cidade, na Segun-da Guerra Mundial.Rapidamente, achei outro hotel, pequeno, simpáti-co, barato e historicamente inofensivo, a não mais de cem metros da portaria do Lutétia, que fi ca no Boulevard Raspail. Nessa viagem fi z apenas uma reportagem que me fi -cou na memória. Dois dias depois da inauguração do

Museu de Orsay, passei uma jornada inteira, da aber-tura ao fechamento, percorrendo-o com um bloco de anotações em punho. Disso resultou uma página in-teira no Caderno de Turismo, escrita com reverência e emoção.Mas um episódio curioso dessa viagem ocorreu perto de onde eu estava hospedado, na Rue de Sèvres, qua-se esquina do Boulevard Raspail. Em 1976, eu havia morado dois meses num pequeno apartamento da Rue de Babylone. Fora meu primeiro lar em Paris. A Rue de Babylone é uma continuação da Rue de Sèvres. Levei a mala para o novo hotel e logo saí para visitar o velho prédio onde eu morara. Estava lá, e em seu silêncio de pedra me despertava um carrossel de sentimentos. Em seguida, caminhei até um café na esquina de Ba-bylone com Rue Vanneau. Era lá que eu comprava cigarros em 1976. Como eu havia parado de fumar em 1983, limitei-me a pedir um café. Olhei para o rapaz atrás do balcão e imaginei ver um personagem daquele tempo, que eventualmente me reconheceria. Com olhar quase lacrimejante, lancei, tomado por uma espécie de êxtase rememorativo:– Você trabalha aqui há muito tempo?Todo o clima melancólico e retrô desabou quando ele me respondeu:– Há dois meses, Monsieur.

Mauro Malin é editor da Premium.Ilu

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