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Jornal de OLEIROS INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA www.jornaldeoleiros.com Ano 2, Nº11, Setembro de 2010 Preço: 0,01€ • Edição Mensal Director Paulino B. Fernandes Director-Adjunto Luis Mateus ANÁLISES CLÍNICAS CONSULTAS MÉDICAS FISIOTERAPIA Rua do Ramalhal. Lj. 2 r/c Esqº - 6160-418 OLEIROS Telf.: 272 688 023 Fax: 272 688 024 Telm.: 925 228 223 e-mail: [email protected] PÁGINA 16 PÁGINA 16 PÁGINA 9 Centro Cultural da Gaspalha é algo a não perder PÁGINA 4 PÁGINA 10 PÁGINA 11 PÁGINA 11 PÁGINA 12 PÁGINA 13 PÁGINA 9 PÁGINA 16 Tiros pela culatra… O Que Se Vê Daqui “CRÓNICA… NÃO ANUNCIADA“ PÁGINA 2 PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINA 6 PÁGINA 6 PÁGINA 7 PÁGINA 8 PÁGINA 8 Sector Florestal por um fio! Incêndios florestais na ordem do dia A ORIGEM DA SOCIEDADE DE CONSUMO “MEMÓRIAS DO FUTURO“ RETENÇÕES? - “Jamais…” 1 º Aniversário 2009 - 2010 Alimentação Saudável Turismo Ponto por Ponto A Marca de Oleiros – Parte 1 ECONOMIA & CRESCIMENTO A Alimentação Património da Cultura Rural “UMAS LINHAS DE VEZ EM QUANDO…” As malfadadas “SCUT” – Parte I O VERÃO NO CONCELHO DE OLEIROS NÃO FOI MARCADO PELO FLAGELO DOS INCÊNDIOS ALGUMA CONTROVÉRSIA SOBRE A IGREJA DO MOSTEIRO CÓNEGO MARTINHO DISPONIBILIZOU TODA A INFORMAÇÃO As malápias de Oleiros e a prevenção do cancro e de doenças cardiovasculares “Oportunidade para um balanço sintético” PORTUGAL, Terá futuro? Memórias de Festa PÁGINA 13 “As SCUT e o País Real“

Ano 2, Nº11, Setembro de 2010 • Preço: 0,01€ • Edição ... · por qualquer preço, encarre- ... antever o resultado de um julgamento na praça pública? ... assistir ao juramento

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Page 1: Ano 2, Nº11, Setembro de 2010 • Preço: 0,01€ • Edição ... · por qualquer preço, encarre- ... antever o resultado de um julgamento na praça pública? ... assistir ao juramento

Jornal deOLEIROSINFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

www.jornaldeoleiros.com • Ano 2, Nº11, Setembro de 2010 • Preço: 0,01€ • Edição MensalDirectorPaulino B. FernandesDirector-Adjunto Luis Mateus

AANNÁÁLLIISSEESS CCLLÍÍNNIICCAASS

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Rua do Ramalhal. Lj. 2 r/c Esqº - 6160-418 OLEIROSTelf.: 272 688 023 • Fax: 272 688 024

Telm.: 925 228 223 • e-mail: [email protected]

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Centro Cultural da Gaspalha é algo a não perder

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Tiros pela culatra…

O Que Se Vê Daqui

“CRÓNICA…NÃO ANUNCIADA“

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Sector Florestal por um fio!Incêndios

florestais na ordem do dia

A ORIGEM DA SOCIEDADE DE CONSUMO

“MEMÓRIAS DO FUTURO“

RETENÇÕES? - “Jamais…”

1º Aniversário 2009 - 2010Alimentação Saudável

Turismo Ponto por PontoA Marca de Oleiros – Parte 1

ECONOMIA & CRESCIMENTO

A AlimentaçãoPatrimónio da Cultura Rural

“UMAS LINHAS DE VEZEM QUANDO…”As malfadadas “SCUT” – Parte I

O VERÃO NOCONCELHO DE OLEIROSNÃO FOI MARCADOPELO FLAGELODOS INCÊNDIOS

ALGUMACONTROVÉRSIA SOBREA IGREJA DO MOSTEIROCÓNEGO MARTINHO DISPONIBILIZOU TODA A INFORMAÇÃO

As malápias de Oleiros e a prevenção do cancro e de doençascardiovasculares

“Oportunidade para um balanço sintético”

PORTUGAL, Terá futuro?

Memórias de Festa

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“As SCUT e o País Real“

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Anunciada a data da leitura doacórdão, poucos terão ficadoindiferentes. Através dos diver-sos canais televisivos o paísprocurou manter-se informado,em tempo real, da sentença doprocesso mais mediático que ajustiça portuguesa já conheceu.

Satisfeitos ou resignados, comaplausos ou com desilusão,dificilmente qualquer de nós teráevitado um juízo sobre ascondenações atribuídas. Trata-seda nossa opinião, do direito quetemos a tê-la.

A minha intenção ao escreverestas escassas linhas não é,apesar disso, opinar sobre se aspenas foram leves, pesadas,gordas ou magras... Interessa-me, isso sim, reflectir sobre oque terá contribuído para aformulação do juízo que cada umde nós efectuou acerca desteassunto e, de igual modo, sobre ajustiça ou injustiça da decisão.

Referi, no início, que ojulgamento deste caso duroucinco anos. É falso. Em boaverdade e em minha opinião, estejulgamento iniciou-se no precisodia em que publicamente sedivulgou o que vinha decorrendocom miúdos da Casa Pia e quem,em concreto, se encontravaenvolvido.

Com particular destaque para atelevisão, e seguros de que taltipo de notícias são comodeliciosos “caramelos” que opúblico, feito criança, comprapor qualquer preço, encarre-garam-se os diversos meios decomunicação de dar aso à poucavergonha a que todos pudemosassistir e na qual, sem o mínimode bom senso, alguns dosvisados como suspeitos fizeramquestão em colaborar. Indepen-dentemente da culpa que tives-sem ou não, e do que a justiçaviesse a apurar e provar, esque-ceram-se desde logo, aoparticiparem activamente na-quela fantochada, de uma ver-dade básica e fundamental: fre-quentemente, muitas mais vezesdo que imaginamos, o feitiçovolta-se contra o feiticeiro. Poroutras palavras, pensando que sebenziam, partiram irremediavel-mente a cabeça.

Uma situação deste tipo, com agravidade que todos lhe reconhe-cemos, não pode enfrentar-senem resolver-se como se de umjogo ou concurso se tratasse, por

muita confiança que o jogadortenha nas suas capacidades deapresentação, argumentação, epersuasão.

Quem agora se queixa contraos meios de comunicação, quei-xa-se de quê? Porventura nãoparticipou voluntariamente nojogo? Não tinha obrigação deconhecer as regras? Não deviaantever o resultado de umjulgamento na praça pública?Por certo que sim. No entanto,por vezes, a imensa vaidade levaa sobrestimar em muito ascapacidades do “charme”.

Tudo tem um tempo e um lugarpróprios e os julgamentos nãofogem à regra. A sede própria é otribunal e assim sendo, vamosagora à questão da justiça ouinjustiça da sentença.

Não tenho quaisquer dúvidasde que, em termos de opiniãopública, o circo mediático emque os próprios visados insisti-ram em participar lhes ditou asentença. A grande maioria dosportugueses já os tinha comocondenados antes de o julga-mento se iniciar.

Mas vamos devagar e com ummínimo de bom senso. Retirardaqui, sem mais, que o tribunalditou a sentença em causa influ-enciado pela opinião pública oucom receio da reacção desta é,no mínimo, aviltante. Quemacredita nisto?

Aviltante, de igual modo,chegar ao despudor de afirmarque testemunhas, investigadores,magistrados e sei lá quem mais,se conluiaram para conseguir a

condenação. Resumindo: as tes-temunhas mentiram, os investi-gadores inventaram provas e osmagistrados fizeram “vista gros-sa”, deram de ajuda e condena-ram à força.

Não fora o assunto tão sério,que quase o comparo aquelaanedota de uma mãe que foiassistir ao juramento de bandeirado filho. Sendo que o rapaz des-filava de paço trocado, a exce-lente senhora, na sua boa fé ecom aquele carinho que só mãetem, espalhou por toda a aldeiaque o desfile fora muito bonitosendo de lamentar, no entanto,que todos levassem o paçotrocado excepto o seu Manel.

Quem se julga esta gente?Importantes são, disso não tenhodúvidas. Mas chegar ao ponto deimaginar-se o centro do mundo,o bode expiatório de todas asculpas, aquele a quem escolhe-ram para carregar a cruz…

Exceptuando o ex-motorista dainstituição, todos bradam a suainocência. Só falta acrescen-tarem – talvez um dia ainda ofaçam – que os culpados foramos miúdos porquanto osseduziram.

Já estou, já estamos cheios deouvir falar em cabalas, em “com-plots”, em teorias da conspira-ção. Haja um mínimo de juízo, jáque seriedade parece não existir.

Afirmações deste tipo, pelagravidade do seu conteúdo,ultrapassam em muito o que, nodireito à defesa própria, qualquerum pode argumentar. Pena que,muito provavelmente, fiquemimpunes.

Reflectindo um certo desnor-teamento, não deixam de ter porfinalidade lançar o descrédito ainstituições de respeito e prestí-gio e a todos quantos as inte-gram.

Acredito no estado de direitoem que vivemos e no funcio-namento das instituições. Porisso mesmo, acredito que foifeita justiça.

Encarregar-se-ão os causídicosde prestígio, a quem estessenhores (felizmente paraambos) podem pagar, de prolon-gar este caso até à prescrição.

É outro assunto. Socialmente,penso que a justiça já desem-penhou o papel que lhe cabe.n

António Romão de [email protected]

Jornal de OLEIROS SETEMBRO 20102

EDITORIAL

BAR CALADO: [email protected]. Nac. 238, Alverca, Oleiros

Telefone 936 355 742 (Frente à zona indústrial)

Celebramoso 1º Aniversário

Celebramos a data (25 de Setembro - dia do registo legal) conscientesde que produzimos um trabalho que nos orgulha, patenteámos a nossaisenção, independência e vencemos os escolhos que nos foram“plantando” no caminho percorrido.

Não foram suficientemente agrestes e ainda menos convincentes, paraimpedir a continuidade do projecto, sempre a organizar-se, a alargar oseu campo de acção, correspondendo aos estímulos dos Amigos Leitoresque saúdam a nossa sobriedade e postura não belicista.

O site www.jornaldeoleiros.com poderoso instrumento de afirmação,permite atingir mercados diversos, mais amplos, tanto no plano internocomo externo, transformando-se num motor de desenvolvimento ecatapultando o jornal para as dezenas de milhares de Leitores, que nosforam surpreendendo e entusiasmando, mas absolutamente credíveis esustentados em relatórios “Google” que não podemos adulterar comoqualquer espírito medianamente formado sabe e percebe.

Constituimo-nos assim, num veículo capaz de produzir sinergias efomentar redes de negócios, apetecíveis para os nossos empresários quebeneficiam desta possibilidade ampliadora de perspectivas.

O futuro está aí.Avançamos decididos.Uma palavra aos muitos que nos ajudaram e incentivam diariamente,

em particular, aos nossos Leitores, Assinantes e Parceiros comerciais.Obrigado.n

Paulino B. FernandesDirectorEmail: [email protected]

RENOVAÇÃO DE ASSINATURAS

Celebramos nesta edição o 1º aniversário.Em conformidade, alguns dos nossos primeiros assinantes,

estão prestes a necessitar de renovar a assinatura, convite queaqui deixamos e antecipadamente agradecemos o envio docheque para, Largo dos Viscondes, nº. 3, 1º — 6100 Oleiros. n

Tiros pela culatra…

Já não era sem tempo.Finalmente,

oito anos decorridossobre o início da

investigação, foi lida a sentença

do Processo Casa Pia cujo julgamento

se arrastou por cinco longos

anos

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2010 SETEMBRO Jornal de OLEIROS 3

. Um ano frenético e entusias-mante .

Oleiros, sem perder de vista queé um Concelho do interior, enqua-drado num país em crise, soube,no entanto construir obra, produzirrealizações.É sabido que se podesempre fazer mais, mesmo melhor.

Neste meu primeiro breve apon-tamento, justificado pela ediçãoque assinala um ano de vida do

JORNAL de OLEIROS, querodestacar:

. A “batalha” pelas novasestradas;

. O novo hospital;

. O novo hotel;

. A nova creche;

. A 10ª Feira do Pinhal e osprogramas das festas de SantaMargarida;

Evidentemente, devo assinalar

as actividades culturais, o dina-mismo do sector do turismo, asfestas nas diferentes freguesias.

Sem dúvida.No entanto, bastaria ter assina-

lado as cinco realizações referidasem destaque, para poder afirmarque 2010 foi um ano de sucesso.n

Ivone [email protected]

O Que Se Vê aquiCom o final da Feira do Pinhal, das Festas de Santa Margarida e do

mês de Agosto, termina também a época de maior agitação em Oleiros.Este ano estiveram quase todas as Associações presentes na Feira doPinhal, tendo desta forma oportunidade de dar a conhecer o seupatrimónio a quem nos visitou. Penso que nenhuma delasdeu por mal empregue o tempo gasto na preparação doseu stand e que concerteza estarão presentes no próximoano.

Se esta é uma altura em que algumas Associações têmo merecido descanso, como as Associações Culturais,outras, as de interesse Recreativo e Desportivo, começamagora a ter mais trabalho.

Em relação à parte desportiva, iremos ter um ano emcheio, pois com os jogos do Águias do Moradal e daARCO no Campo Municipal de Oleiros, haverá jogospraticamente todos os domingos. Teremos ainda, asvárias camadas jovens, que tanto a ARCO como a Casado Benfica irão ter a disputar os respectivos campeonatosdistritais, dando desta forma oportunidade aos nossosjovens de continuarem a praticar desporto.

Por último uma novidade, a Casa do Benfica em Oleirosvai competir pela primeira vez no Campeonato DistritalSénior de Futsal, estando a apresentação da equipa aossócios prevista para a 2ª quinzena de Outubro. Espero quecompareçam, a esse como aos outros jogos, pois esta equipaé constituida unicamente por jovens do Concelho deOleiros e que vão precisar de todo o nosso apoio.

Com o Jornal de Oleiros a celebrar o 1º Aniversário,quero enviar um grande abraço e um agradecimento aoSr. Paulino Fernandes, pelo convite e pela oportunidadeque me dá mensalmente de expressar a minha opinião noJornal.n

António [email protected]

“ CRÓNICA…NÃO ANUNCIADA “

A quarta edição da Semana doMedronho e da Castanha vai reali-zar-se em Oleiros, de 30 de Outubroa 7 de Novembro. A iniciativa com-preenderá a criativa Mostra Gastro-nómica dedicada a estes dois produ-tos locais (no último fim-de-semanade Outubro e no primeiro fim-de-semana de Novembro), a qual vai terlugar, como já é habitual, nos váriosrestaurantes aderentes. Este eventotemático inclui ainda a mítica mara-tona de BTT “Rota do Medronho”,numa parceria entre a Câmara Muni-

cipal e a Associação Pinhal Total.O Município de Oleiros volta

assim a promover esta semana temá-tica com o objectivo primordial devalorizar dois importantes recursosendógenos do concelho. Importaaqui consolidar e afirmar a fileira domedronho, unindo esforços e envol-vendo diversos agentes na atracçãode pessoas a este concelho, duranteestes dias, ao mesmo tempo que secombate a sazonalidade verificadaao nível de fluxos turísticos.

Recorde-se que o Município tem

apostado na criação de eventos te-máticos, os quais se têm consolidadode ano para ano e dinamizam umasérie de agentes, ao mesmo tempoque contribuem para a definição deum calendário de eventos capaz desatisfazer a procura turística. Oleirosoferece-se assim como destino deexcelência único e amplia a suaprojecção para o exterior.n

Município de Oleiros volta a promover

o Medronho e a Castanha

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Jornal de OLEIROS SETEMBRO 20104

BIG barSérgio André Martins HenriquesEstr. Nac. 238, Ameixoeira • Telem. 965 839 770

Para José Martins Fernandes,Presidente da Comissão deMelhoramentos da Gaspalha, oque tem sido feito é um poucocomo “ O Homem sonha a obraacontece”.

E José Martins Fernandes temsonhado muito e, em consequên-cia, realizado mais.

E foi após tantos sonhos e lutasduras que em 25 de Setembro de2004 foi inaugurada esta obra, hojemuito visitada, de forma compre-ensível.

Ali se pode ver um pouco do quefoi a região e, mais do que isso, foiconstruído um local acolhedor on-

de os moradores actuais e os queestão fora se podem reunir econviver, mais do que isso, provaraqueles licores fabulosos que nãodispensamos.

Evidentemente o José MartinsFernandes não está só, tivemos apossibilidade de conviver com oPresidente da Assembleia Geral,Dr. João Morais (professor) e coma Vice-Presidente, Fátima Mo-rais, também ela professora etemos convivido com grandesAmigos como o José Mendes aClara Mendes, o Henrique An-tunes Simões e a Esposa, (verda-deiros militantes da Gaspalha) e

outros, tantos que é difícil enu-merar.

Actualmente com mais de 240sócios, ambiciona continuar acrescer e em cada almoço anual,este ano o 11º, se renovam as espe-ranças e novos projectos são lan-çados.

José Martins Fernandesambiciona agora criar uma pe-quena estalagem com 4 a 5 quartosque permita a permanência depessoas para poderem usufruir dabeleza que envolve a região.

Os nossos votos são para quecontinue a lutar e pode contar como Jornal de Oleiros.n

Centro Cultural da Gaspalha

é algo a não perder

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2010 SETEMBRO Jornal de OLEIROS 5

CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE ee SS EE GG UU RR OO SSee SS EE GG UU RR OO SSJosé Mateus & Filho - Contabilidade, Lda

Rua Cabo da Deveza6160-412 Oleiros

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“Desejo com estas publi-cações, que vão ficar muitoincompletas, despertar na almade algum estreitense comcapacidade e bairrismo, adeterminação de fazer umestudo mais científico e com-pleto sobre a sua terra natal,que bem o merece” - Pe. JoséBernardino, Alma Dum Povo,73, A Jeito de Despedida,14/09/1984.

Sobre o Estreito e a suafreguesia não foi aindapublicado uma monografia. Étempo de cumprir o desejoformulado pelo saudoso Pe.José Bernardino ao terminar asua notabilíssima série de 73artigos no jornal Reconquista.A obra foi iniciada a 23 deJulho de 1982 e terminada a 14de Setembro de 1984. Comacutilante sentido de obser-vação da história e da índole emodo de vida das gentes dacomunidade composta pelosinúmeros povoados da fre-guesia intitulou a sua obra de“A Alma Dum Povo”, títuloque deixa escapar a enormeafeição que nutria pela terraonde vivera onze anos e que oacompanharia para toda a vida, nãotivesse a mesma sido tão curta.Precocemente, faleceu. Meses depois desair do Estreito. Com 47 anos de idade.

A edição da “Alma Dum Povo”, emmonografia, é um imperativo depreservação da memória do povo e dahistória da freguesia. Imperativo,também, de homenagem ao pároco JoséBernardino. Por iniciativa do actualpároco, Pe. António Neto, iniciaram-seos trabalhos de preparação dessapublicação, a que actualmente procura-mos dar continuidade. Seguindo o apelodo autor, pretende-se completar a obra,com anotações que se mostrareminteressantes ou úteis.

Mantendo-se a estrutura da obra ereservando-lhe o título e a centralidade,pensa-se valorizá-la com a incorporaçãode vários anexos.

Uma série de seis artigos publicadosentre 1939 e 1940, pelo ProfessorAntónio Benjamim Mendes, no jornal “AComarca da Sertã”, de que era cor-respondente no Estreito, têm evidenteafinidade e relevância, como o títuloaponta: “Alguns dados monográficossobre a freguesia do Estreito”.

Como registo de fontes primárias parauma futura monografia, pondera-se aintegração de um conjunto de docu-mentos históricos - sentença da Casa daSuplicação fundadora da freguesia;algumas memórias paroquiais; refe-rências no foral de Oleiros, integraçãodas Póvoas e Roqueiro na freguesia, sãoexemplos desses documentos.

Como auxiliares de pesquisa e fontessecundárias, pondera-se a integração derelatórios de pesquisa de elementoshistóricos e de informação demográfica- como a relação e referência de livros

históricos do cartório da pa-róquia, e uma mapa da evo-lução do número de habitan-tes.

Porém, para a edição da“Alma Dum Povo” ainda hámuito trabalho a realizar. OJornal de Oleiros, por gen-tileza do seu Director, ofe-rece-nos oportunidade depublicação dos trabalhos queforem sendo realizados cujanatureza se revele interes-sante. E, sobretudo, podetornar-se ponto de encontro detodos os que quiserem cola-borar, desafio que fica lan-çado, especialmente aos pro-fessores e estudantes estrei-tenses, de naturalidade,residência ou afeição, e atodos em geral. Proponho-mereunir os dados e coordenar ostrabalhos e a equipa de cola-boradores, ficando à dispo-sição de todos o meu endereçode correio electrónico.

Nas próximas edições doJornal de Oleiros, regular-mente, daremos conta dos tra-balhos. Pensamos replicar ostrabalhos no site da Junta de

Freguesia do Estreito ( www.jf-estrei-to.pt ), para o que temos a anuência doseu Presidente.

Por agora, solicitamos voluntáriospara realizar pesquisas, de acordo comguião a fornecer, no arquivo distrital deCastelo Branco; na Torre do Tombo e naBiblioteca Nacional, em Lisboa.

Com vista a tratar o tema EstreitensesCombatentes, pedimos indicação depessoas (nome, localidade da freguesia,além de detalhes de participação) que:tenham tido participação na PrimeiraGrande Guerra; morreram ou ficaramgravemente feridos em guerras co-loniais; tenham participado nas movi-mentações militares de 25 de Abril de1974.n

João H. Santos [email protected]

Uma Monografia para a Freguesia do Estreito - Desafio

Reunir Esforços, Contributos. Divulgar Fontes. Construir a Obra.

Capela de São Sebastião. Foto de Alfredo Almeida©

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Jornal de OLEIROS SETEMBRO 20106

O tema não podia ser maisquente. Portugal está em chamas,perdem-se vidas, bens, recursos ematéria-prima e ainda há quempense que se ganha com osincêndios florestais.

Não querendo por mais “lenhana fogueira”, que por sinal está jásuficientemente acesa, a ANEFAnão pode deixar de demonstrar asua preocupação em que as AltasAutoridades considerem que osprejuízos associados a 15 milhectares (ha) de área ardida seresumam a 15 milhões de euros,ou seja 1000 euros por ha… seassim fosse, então é quedeixaríamos de ter floresta.

O sector tem uma dinâmica eimportância muitas vezesdesconhecida pela sociedade civil,mas assistir a esse desinteresse edespromoção por parte dasAutoridades nacionais tem outraperspectiva. Não querendo desvalorizar otrabalho de ninguém, até porque acre-ditamos ser altura de unir esforços em prolde um bem comum, é necessário apontar asgrandes fragilidades do sector, muito paraalém do combate aos incêndios.

A falta de investimento e a inoperânciado ProDeR, são sem sombra de dúvida osprincipais constrangimentos do sectorflorestal, paralelamente responsáveis peloscenários dantescos a que assistimos nosúltimos dias em todos os organismos decomunicação.

É tempo de pôr em prática todas asalternativas de que dispomos. Finan-ciamento para novas arborizações, opera-cionalização do ProDeR, uso do FundoFlorestal Permanente directamente para afloresta e meios de combate acessórios aosjá utilizados, uma vez que há semelhançade outros países europeus, em Portugalestamos a descurar a hipótese de combateros incêndios com maquinaria e equipa-mento florestal (por exemplo máquinas derastos) e respectivos operadores que tão

bem conhecem a floresta, traduzindo-senuma mais-valia.

Não podemos no entanto considerardespropositado que a tutela considere que“não é por falta de financiamento que alimpeza das matas e floresta fica por fazer,assim como as demais acções de pre-venção”, mas sim porque têm de sercriados “novos mecanismos de inter-venção” onde o agravamento das coimaspara os prevaricadores e os mecanismos denatureza fiscal são as principais soluçõesapontadas.

Mais uma vez o Estado “investe” emmedidas de carácter penalizador, ao invésda vertente de incentivo que deveriatransparecer. A ANEFA acredita que afloresta nacional merece muito mais…

Sabia que…

Ao abastecer o seu automóvel decombustível está a contribuir com umimposto para o sector florestal (Fundo Flo-

restal Permanente), e que até hoje não foigasto 1 euro com a criação ou manutençãode florestas? Sabia que já contribuiu paraarborizar o equivalente a 100 mil camposde futebol e que nada foi feito?

Em 2003, o custo tido em prevenção,combate, perdas de bens e serviços erecuperação, ascenderam os 1.026,7 mi-lhões de euros, no entanto em 2004, osgastos em prevenção rondaram os 52, 6milhões, ou seja, 20 vezes menores aoefectivamente necessário?

Em 2005/2006 o valor implícito aosincêndios florestais foi superior ao custode construção dos estádios de futebol doEuro 2004, ou mesmo de 1/5 do custo doAeroporto de Alcochete?n

ANEFA - Associação Nacional deEmpresas Florestais, Agrícolas e doAmbiente

Joana Faria

Sector Florestal por um fio!

Incêndios florestais na ordem do dia

A ORIGEM DA SOCIEDADEDE CONSUMO

O que mais marcou os “trinta gloriosos” foia generalização do conforto material, o que nosleva a comprar, vender, trocar, aproveitar ossaldos…

O emprego garantido, os altos salários e aposição de bens a preços acessíveisconduziram à sociedade de consumo, isto é,ao consumo em massa de bens supérfluos que,inconscientemente, passam a ser encaradoscomo essenciais, na segunda metade do séculoXX.

Com estes produtos vendidos “ao des-barato”, a população com o ordenado querestava, após pagar o fundamental, começa-sea preocupar com o conforto do lar, para que assuas casas ficassem mais cómodas e melhorequipadas: aparelhos de aquecimento, rádio,televisão e, ainda, electrodomésticos quefacilitavam, por exemplo, o aquecerem dasrefeições.

Por outro lado, surgem os automóveis quedesfilavam nas ruas e serviam de meio detransporte para passear e para ir maisfacilmente para outro lugar qualquer. Surgemtambém as férias pagas, uma vez que ostrabalhadores tinham necessidade de descansarface às longas horas laborais, aparecendo,então, a ideia de “se o dinheiro existe é para ogastar”, isto é, usufruir do que ganhamos.

Vivemos, deste modo, numa sociedade emque o cidadão é, permanentemente, estimuladopelo consumo excessivo, querendo sempremais que o necessário e preciso. É nesteâmbito, que se multiplicam os espaçoscomerciais, onde os objectos para consumir seencontram expostos ao alcance do comprador.Peguemos em Lisboa, há cada vez mais zonascomerciais e em Castelo Branco que é umapequena cidade, mas que, no entanto, começa ater demasiados centros comerciais, no meuponto de vista.

Temos, ainda, a publicidade, que é o maiorinterveniente ao apelo do consumo, porque,através das suas técnicas de persuasão cativa acuriosidade e o interesse do consumidoradjacente ao produto em si e mesmo as vendasa crédito possibilitaram-nos a comprar mais doque o que temos, queremos e devemos!

Em suma, se não fossem estes luxos aosquais, desde cedo, nos habituámos, talvezagora vivêssemos numa sociedade maisigualitária e menos invejosa, visto que, quandouma pessoa tem alguma coisa nova e que está“na moda” nós não quereríamos, de certo, teralgo igual ou ainda melhor para revelar quesomos superiores ou mais importantes.n

Soraia [email protected]

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2010 SETEMBRO Jornal de OLEIROS 7

Junta de Freguesia do Estreito

Venha visitar-noswww.jf-estreito.pt

Deseja longa vida ao Jornal de Oleiros

A Freguesia de Álvaro felicita o JO pelo 1º aniversário

RURALIDADES

Em Oleiros, existe uma variedade de maçãque segundo estudos recentes, “possui elevadaactividade biológica e características anti-oxidantes”. As malápias, assim são popular-mente designadas as maçãs desta variedade,para além de possuírem maior concentração decompostos activos (polifenóis e fibras) e poderantioxidante que as Golden, Starking, Fuji,Gala ou Reineta, podem prevenir algunscancros e doenças cardiovasculares.

Antigamente, existia uma produçãoexpressiva desta variedade em Oleiros,havendo referências na obra “Memórias davila de Oleiros e do seu concelho” alegandoque “a melhor qualidade de maçã é aMalápio, que se conserva todo o ano”.

Consta também que o Professor JoséHermano Saraiva, aquando da sua vinda aonosso concelho, inquiriu se poderia arranjaralgumas malápias, uma vez que tinhaconhecimento que aqui se produziam.

Mas afinal, como é esta variedade? Autó-

ctone da Beira Interior, tal como a maçã BravoEsmolfe, a Malápio é constituída por pomosde pequeno calibre, duros mas muitosaborosos.

A representatividade desta variedadetradicional em Oleiros foi-se perdendo aolongo de décadas, comprometendo todo umpatrimónio genético regional que se encontraactualmente ameaçado.

Tendo em conta todo este potencialhereditário e considerando que se dá tão bemem Oleiros, possui características con-servativas ideais, apresenta apreciável sabor eriqueza nutricional e traz tão promissoresbenefícios para a saúde; seria talvez deconsiderar a instalação de mais exemplaresdesta variedade no concelho, fomentandoassim o desenvolvimento da fruticultura naregião.n

Inês MartinsEngenheira Agrónoma

A língua portuguesa é nos nossos dias aligação entre uma vasta comunidade queabrange países na Europa, África, América ealgumas regiões do Médio e Extremo Oriente.

É um património que devemos conservar etratar com seriedade.

Mas parece que tem os dias contados. Com o Verão, chegam os nossos emigrantes

que foram em busca daquilo que o país que osviu nascer não lhes deu.

E cada ano que regressam, menos falamportuguês, optando pela língua do país que osacolheu, em detrimento da língua materna.

O acordo ortográfico que já entrou em

vigor, mas que tem um período de transiçãoaté 2015, também contribuirá para oempobrecimento da língua portuguesa.

O desaparecimento das consoantes mudas,abrasileirando a nossa forma de escrever,parece-me descabida.

Uma língua não se faz por decreto e cadapaís independentemente de falar a mesmalíngua deve manter as suas diversidades.Certoé que os portugueses continuarão a dizer e aescrever talho e não açouge, hospedeira e nãoaeromoça, matraquilhos e não pingolim.n

Miguel Silva Costa Marques

APONTAMENTOS

As malápias de Oleiros e aprevenção do cancro e dedoenças cardiovasculares

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A Ministra da Educação fez saber aopaís a sua intenção de acabar com asretenções de modo a que “os alunos sedediquem mais intensamente a obterbons resultados e que a escola ofereçacondições de apoio e diversidade depropostas para que todos possamavançar…” (palavras da ministra numaentrevista à estação de televisão SIC).

Não será tolice, com toda a certeza,informar a senhora ministra e os seussecretários e subsecretários, que se asescolas tiverem as condições de apoio ediversidade de ofertas formativas,aliciantes para os jovens, como sedeseja e a tutela verdadeiramentecolabore, não será necessário acabarcom os “chumbos”, já que estarãocriadas as condições para que,naturalmente, deixem de existir.

Continuo com a sensação que por trásde uma “capa de veludo”, que a novaministra propende a estender aosprofessores, continua uma negra lutacontra os docentes deste país. Pareceque com esta medida, mais uma vez, osprofessores são culpados, pois são elesque “chumbam” os alunos e acabar comas retenções é mais fácil para ter os paise encarregados de educação satisfeitos econtentes, felizes pelos seus filhospassarem com a maior das facilidades.Na verdade, os professores tudo fazempara evitar retenções, pois ver o sucessodos alunos é uma questão de brio eorgulho profissional e muitas vezes osdocentes, apesar de tudo fazerem pelos

seus alunos, ainda são alvo derepressões e agressões só porqueprestam um serviço de qualidade. Asretenções acabam porque é mais fácilatingir o objectivo estatístico e maisrapidamente, mas não se pensa nasconsequências que resultam de decisõestomadas segundo modelos de outrospaíses, onde o sucesso dessas medidas éinegável, mas que se aplicam acontextos e indivíduos com culturasdiferentes da nossa.

É bem verdade que sempre fomos umpovo aventureiro, constantemente

procurando ir em frente e sóposteriormente reflectindonaquilo em que nos me-temos. Considero que ulti-mamente isso se tem veri-ficado imenso com os nossosgovernantes, que parecematirar-se a um “mar desco-nhecido” só para não per-derem a aventura…ou entãonão percebem nada daquiloque fazem, mas já que láestão é preciso dar nas vistas.E que bem dão nas vistas!Querem tapar os olhos aospais dos alunos, acabandocom as retenções, que porvezes eram remédio santopara abrir os olhos dosmeninos menos trabalhado-res, que efectivamente des-pertavam para a realidade

escolar. (Ainda me lembro de na minhafamília, o meu avô, contar muitas vezescomo ensinou os meus tios a agarrarem-se aos estudos, depois de um “chumbo”ou outro, obrigando-os a agarrarem-se àdura enxada, para que aprendessem avalorizar a escola e a educação).

Na imprensa nacional li que aCONFAP concorda com a decisão datutela, o que é normal e até se com-preende, uma vez que, hoje em dia, ospais pensam sempre em dar o melhoraos filhos e o melhor é passar o ano ereceber uma boa prenda pelo excelenteempenho, no entanto é preciso reflectirbem naquilo que é melhor e leva, semmargem para dúvidas, à excelência.

Embora o Ministério da Educaçãoafirme que vai oferecer melhorescondições às escolas para que possamtrabalhar cada vez melhor em prol dosalunos, especialmente aqueles que têmritmos de aprendizagem diferentes, issonão pode ser entendido como certo eseguro. Já que na preparação para opróximo ano lectivo 2010/2011 asregras, por exemplo, para a constituiçãode turmas nas escolas são extremamenterígidas, não permitindo um númeromenor de alunos para que se possaatender mais eficazmente a ritmos deaprendizagem diferentes, nomeada-mente quando as turmas têm alunoscom necessidades educativas especiais.Assim, como trabalhar para o sucessodos alunos sem facilitismos?

Como sempre tem acontecido, maisuma vez o ME, tem a intenção de cons-truir uma casa começando pelo telha-do…

O facilitismo que se tem imposto, nosúltimos anos, na escola, é uma vergonhapara o país e esta medida, que já estavatalhada na anterior legislatura, só vemagravar a situação, conjuntamente coma história das metas de aprendizagem. Oque é necessário fazer é reformular osprogramas das muitas disciplinas epermitir um trabalho sério e competenteaos agentes educativos e não ocupá-loscom burocracia desnecessária.

Ainda vamos a tempo de deixarmosde lado as utopias e as imitações econcentrarmo-nos nos problemas e narealidade educativa que temos no nossopaís.n

A professora Manuela [email protected]

Jornal de OLEIROS SETEMBRO 20108

Vasco Pereira Vasco Pereira Chefe de Serviço de OFTALMOLOGIA Chefe de Serviço de OFTALMOLOGIA

da Carreira Médica Hospitalarda Carreira Médica Hospitalar

Cirurgia nos Hospitais Públicos – doentes do SNSCirurgia nos Hospitais Privados – Convenções e Seguros de Saúde

Raios Laser, Lentes de Contacto, Doenças, ÓculosCLÍNICA CELINDA . SERTÃ ( junto ao mercado)

Av. Dr. Ângelo Henriques Vidigal Lote 4 R/CMMAARRCCAAÇÇÕÕEESS:: 227744001100001144 .. 996633558822110022

DE “OLHO” NA EDUCAÇÃO

“MEMÓRIAS DO

FUTURO“Maria dos Reis Fernandes

Algum dia vou lembrar alguém, casualmente, meconvidou para fazer a exposição dos meus quadros,na Casa de Turismo de Oleiros.

No momento fiquei agradavelmente surpreendida,senti-me honrada e agradecida e perguntei a mimprópria: porque não?!

Guardei numa célula remota do meu cérebro para,no momento oportuno, começar a trabalhar noassunto.

Se pararmos um pouco para meditar nos temposconturbados que correm, no evoluir gradual daCiência, na procura infinita dos mistérios da Vida, narazão de ser das Religiões, na diferença pura e naturalentre as Raças e, inevitavelmente, o desentendimento,o sofrimento, a desunião…

Basta estudar a história dos tempos e dos séculos, oevoluir lento do passado e a transição das épocas. Nãohá duvida que estamos no limiar de uma nova era, emque esta mocidade de hoje, já incompreensível paranós, serão os futuros homens do século XXI, maisexigentes, mais inteligentes e mais evoluídos!...

É neles que penso quando escrevo

“Memórias do Futuro”Cidadãos de amanhã olhando para aquelas

paisagens como para fenómenos naturais e belos, jáultrapassados, que ficaram na lembrança de umpassado que se afasta com o tempo.n

RETENÇÕES? – “Jamais…”

OLEIROS VAI TER NOVA JUNTA DE FREGUESIACompreende-se a boa disposição do Presidente Alfredo de Jesus Martins. Não é para menos.Oleiros vai ter uma nova junta, edifício extraordinário com várias valências e que marcarádecisivamente o mandato do Presidente Alfredo de Jesus.As obras já iniciaram e avançarão decididamente. Ganha Oleiros e ganham os Oleirenses.

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2010 SETEMBRO Jornal de OLEIROS 9

Tel. 272 682 250Tlm. 926 786 616

Setembro, mês por eleição derescaldo da “época alta” nacional,importa olhar para os mesespassados, e reflectir sobre o quefoi feito, seja para receber elogios,seja para reflectir sobre o quecorreu menos bem.

Pela primeiro vez estive emOleiros nos meses quentes, naexpectativa das anunciadas en-chentes, da confusão, das “mas-sas” de gente da terra, que hámuito partiu, e que volta na épocaestival para matar saudades. Certoque o concelho de Oleiros seencheu, assim como todos osoutros de uma multiculturalidade,que era fácil de perceber quandose caminhava na rua, mas mesmoassim ficou aquém das minhasexpectativas. Poderá ter sido porcausa da crise económica global,ou por outro qualquer fenómenomacroeconómico, mas parece queeste ano a diáspora portuguesa nãorumou a Portugal com o fulgor deoutrora.

Mas nem tudo é mau nummercado que vê na sazonalidadeuma compensação para os mesesde inverno. O 3º trimestre de 2010está a revelar-se assim um períodoatípico, com menos visitas dequem tradicionalmente nosvisitava, e com mais entradas dequem não se sabia que vinha.Vimos assim o concelho lotado deturistas nacionais, provenientes detodos os pontos do país, nãosabendo ao certo ser o resultado deum crescente desejo de “regres-sar” às raízes, se uma resposta emmassa ao apelo do Sr. Presidenteda República, em preferir a praiado Açude Pinto em detrimento dePunta Cana. De qualquer maneira,e seja qual for a razão, o turismoem Oleiros teve um verão que seráuma referência para anos futuros.

Certo é que toda esta dinâmicanão será certamente fruto doacaso. Os eventos em Oleiros játêm alguma representatividade,sendo a Feira do Pinhal um dos

pontos altos do ano. Este ano nãofoi excepção, e mais uma vez aFeira do Pinhal, em Edição de 10ºaniversário, capitalizou muitosvisitante, e ecoou para a esferanacional o que de melhor se fazem Oleiros e no Pinhal.

Este artigo foi começado a serescrito no dia do espectáculo desexta-feira, onde mais uma vez aPirotecnia Oleirense, na sua jáhabitual forma vanguardista,trouxe um exclusivo à Feira doPinhal, que foi para mim umprimeiro, e uma surpresa. Deparei-me com um espectáculo magni-fico, com uma dimensão nacional,e que não destoaria em qualquergrande palco nacional e mundial.Fiquei perplexo com o acon-tecimento, e pensei que esta seriauma excelente forma de promovero concelho, com um espectáculoexclusivo, a nível mundial, e quefaria com que Oleiros, duranteAgosto, atraísse um leque maisvasto de visitantes, e rivaliza-secom alguns destinos imple-mentados, e de maior dimensão.

Temos aqui uma franja demercado por explorar, associandoos eventos do concelho, aosespectáculos pirotécnico, ediversificando a oferta num áreaem que se sabe que há procura e

pouca oferta. O turismo de eventostem como característica principalo esbatimento da sazonalidade, aatracção de novos segmentos,tradicionalmente mais gastadores,e a transformação do visitante em“embaixador” do destino, promo-vendo o local, e permitindo ummelhoramento da imagem da sededo evento, perpetuando essaimagem para além da data derealização.

Este artigo é o primeiro queescrevo sobre esta temática, mascertamente não será o último. Ficaa ideia… que Oleiros pode aindanão ser uma Marca, mas semdúvida deixa a sua marca.n

Hugo Teixeira [email protected]

Turismo Ponto por PontoA Marca de Oleiros – Parte 1

Alimentação Saudável

Alimentação saudável, eis uma expressão com a qual nos deparamosfrequentemente. Mas será que a maioria dos cidadãos sabe o quesignifica?

Os pacientes, ao ouvirem o médico dizer: “tem que ter cuidado com asua alimentação” ou “se não começa a fazer uma alimentação saudávelirá ter problemas no futuro”, encaram este discurso como se de umapavorosa sentença se tratasse. Porquê? Quiçá, porque a maioria daspessoas associa o termo alimentação saudável a uma alimentaçãorestritiva, monótona e sem prazer. Pelo contrário, uma alimentaçãosaudável quanto mais variada for, melhor! Diferentes alimentoscontribuem com diferentes nutrientes o que, potencialmente, enriquece odia alimentar de cada pessoa. Ao optar por hábitos alimentares maissaudáveis, não tem que abdicar daqueles alimentos menos saudáveis deque tanto gosta. O importante é que o consumo desses alimentosconstitua a excepção e não a regra do seu dia-a-dia alimentar. Produtoshortícolas, frutos, cereais e leguminosas são alimentos ricos em fibra,vitaminas, sais minerais e com baixo teor de gordura, por isso devem seros “alimentos base” do seu quotidiano.

Fazer uma alimentação saudável deve ser encarado como umaoportunidade para expandir o seu leque de escolhas e experimentarnovos pratos. Deste modo enriquece os seus hábitos alimentares e evitaque a sua alimentação se torne rotineira e monótona.

Estamos muito acomodados àquilo que é o usual e acabamos por nossubmeter a uma alimentação pouco variada. Lembre-se, por exemplo,que existem diversos tipos de pão (ex. centeio, milho, trigo, de mistura,integral, com sementes), tal como não existe só a massa, a batata e oarroz. Existem outras escolhas por explorar, tal como os cuscus, ascastanhas e as leguminosas que também são um óptimoacompanhamento.

Esqueça o arcaico mito de que uma alimentação saudável é apenas àbase de cozidos e grelhados! Os estufados em cru, os assados com baixoteor de gordura e os cozinhados a vapor também são bons exemplos deculinária saudável.

As ervas aromáticas (ex. alho, hortelã, louro, orégão, salsa) e asespeciarias (ex. açafrão, noz-moscada) na preparação e confecção dealimentos são uma boa forma de adicionar sabor e realçar a cor aosalimentos, para além de contribuírem para a redução do consumo de sal.

Coma bem, e de boa saúde! n

Cátia Pereira AfonsoEmail: [email protected] em Dietética e Nutrição

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SETEMBRO 2010

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Jornal de OLEIROS10

O tema das “SCUT” – vias rodoviáriascom características de auto-estrada semcustos para os utilizadores – embora sejaum problema já com vários anos, está naprimeira linha da actualidade e na aberturados noticiários das TV´s.

E isto, porque os beneficiários durantevários anos desta regalia, não queremperder esses previlégios, a que se julgamcom direito.

E já que é assim, vamos reflectir umpouco sobre este assunto.

O tempo que se tem perdido a discutireste e outros problemas que os própriosgovernantes criaram, é enorme, em detri-mento de outros problemas reais no país,que deviam ser discutidos e resolvidos, enão são.

Alguns governantes quando tomam assuas decisões, com uma grande dose dedemagogia, pensam unicamente com finseleitoralistas nas próximas eleições e, porisso, mais cedo ou mais tarde, todos vamoster de pagar as suas asneiras, com a suatotal e gritante impunidade. O caso das“SCUT” é um bom exemplo e o senhor

que teve essa brilhante ideia – e todossabemos quem foi – deve ser um génio,pois fazendo “orelhas moucas” aos avisosoriundos dos vários quadrantes, tomouesta decisão, sabendo que alguém, maistarde, teria de pagar a factura, e, essealguém eram os que viriam depois dele.Maneira “inteligente” de fazer as coisas!

O problema das “SCUT” tem de servisto num âmbito mais alargado àsrealidades do país e não ser visto ediscutido, somente, entre os que têm auto-

estradas. Os que as não têm e os que nemsequer estradas condignas possuem,também deviam ter uma palavra a dizer,porque também esses pagam dos seusimpostos para os utilizadores das “SCUT”.

O problema tem de sido discutido entreos que pagam e os que não pagam, nemquerem pagar, e, já esta discussão põe aclaro uma enorme injustiça. Só que ainjustiça alarga-se bastante, quandocomparada com a situação daqueles quenada têm em termos de vias de comu-nicação.

Do ponto de vista humano, seria óptimoque ninguém tivesse de pagar as viasrodoviárias – neste caso as auto-estradas –por onde transitasse. É um bem a que todostemos direito e seria excelente que nosdeslocássemos em boas vias sem termosde pagar.

Mas… Há sempre um mas! Como épossível?n

Augusto Matos

Continua na próxima edição

“UMAS LINHAS DE VEZ EM QUANDO…”

As malfadadas “SCUT” – Parte I

Era enivitável não falar deste grandeacontecimento em Oleiros onde estivémospresentes.

Na altura, o nosso stand prestouhomenagem ao “ HERALDO DE OLEI-

ROS” que nos antecedeu, momentomarcante e muito apreciado.

Não sendo possível exibir todas as fotos,colocamos algumas representativas doacontecimento, fortemente vivido e com

um extraordinário programa de animaçãoque inclui o baptismo de vôo em balão.

No nosso online em www.jornalde-oleiros.com a matéria foi amplamentedesenvolvida. n

X FEIRA DO PINHAL FOI MOMENTODE GRANDE AFIRMAÇÃO

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2010 SETEMBRO Jornal de OLEIROS 11

Um dos problemas mais sérios comque se debate a economia nos nossosdias é o do crescimento, tema que nospropomos abordar neste artigo, deforma genérica e de fácil interpre-tação pelos nossos leitores.

A forma mais corrente de medir ocrescimento económico de um país, émedir a variação do seu ProdutoInterno Bruto (PIB), ou seja, o soma-tório de todos os bens e serviçosproduzidos pelo país num determi-nado período de tempo, normalmenteum ano, já que as avaliações davariação do PIB em períodos maiscurtos, tão do agrado dos nossosmalabaristas políticos, poderão serdistorcidas por acontecimentos casu-ais, tornando menos rigorosa a avalia-ção da situação da economia, a qual,como verificamos acaba por ter de sercorrigida várias vezes ao longo dotempo. Duma forma simples, pode-remos dizer que o PIB é a riquezaproduzida no país, mas essa riquezasó é real se os bens e serviços produ-zidos forem transaccionáveis, isto é,vendidos.

Isso faz-se por uma das seguintesmaneiras; a exportação e o consumointerno.

No caso de Portugal, a situação é aseguinte:

-No que respeita ao consumointerno, as possibilidades de cresci-mento são cada vez mais reduzidas,uma vez que as famílias, sobrecarre-gadas por impostos, vão vendoreduzidas as suas disponibilidades dedinheiro para consumir.

- No que respeita às exportações,para além das exportações tradicio-nais e de uma empresa do sectorautomóvel, vamos exportar o quê?Para onde?

Numa economia global em cons-tante evolução, a nossa capacidade deoferecer produtos inovadores, ou não,de alto consumo é muito limitada e acompetência dos empresários paraassumirem riscos e iniciativas é quaseinexistente, ficando quase sempre àespera de apoios do Estado, que,muitas vezes prometidos, pouco seconcretizam, nem apresentam osresultados esperados.

Aagravar a situação, o país impor-ta quase tudo o que consome.

Significa isto que estamos numbeco sem saída?

Estamos em crer que não será ocaso, mas, para não chegarmos a esseponto, é absolutamente necessáriomudar significativamente a forma defuncionamento do país, a começarpela substituição da actual classepolítica, que já deu provas mais doque suficientes da sua incapacidadepara conduzir os destinos do país deforma eficiente. Para além desta

medida, como se pode alterar a formade funcionamento do país? Deixamosalgumas pistas possíveis e neces-sárias:

Emagrecer o peso do Estado naeconomia, já que o Estado não produzriqueza para o país1 e consomerecursos, na maior parte das vezesexageradamente e sem critérios deracionalidade.

O emagrecimento do Estadopermitirá, por um lado, baixar a cargafiscal, leia-se impostos, libertandomais disponibilidades para asfamílias, e, por outro lado, tornaratractiva a fixação de investimentosprodutivos que contribuirão para ocrescimento da economia.

Apoiar a investigação universitáriaem áreas que possam originar fontessustentadas de exportação de bens eserviços, criando as condições neces-sárias para tal; financiamento da in-vestigação e do desenvolvimento doproduto, e criação de uma ligaçãoefectiva com o mundo empresarial.

Reavivar os sectores da agriculturae das pescas, cuja modernização era

uma das metas a atingir com aintegração na Europa, mas quefracassou redondamente, devido à máaplicação dos fundos concedidos paraesse fim, conjugada com as com-plicadas e viciadas teias burocráticascriadas para “gerir” esses fundos.

Adoptar uma gestão racional dosrecursos florestais do país, nomea-damente ao nível do ordenamento eda prevenção, maximizando os pro-veitos da fileira da madeira.

Tudo isto terá de ser feito por gentecompetente, sem objectivos de pro-moção pessoal ou de satisfação de in-teresses privados, e disposta a servir opaís em vez de se servir dele.

Para terminar, diremos que, nasituação actual do país, a suaeconomia deveria crescer cerca de3% ao ano e não as míseras décimascom que alguns políticos demago-gicamente fazem grande festa, lan-çam os foguetes e apanham as canas

Até breve.n1. Convém não confundir a riqueza da economia dopaís com a dos políticos, da qual voltaremos a falar see quando for oportuno

ECONOMIA & CRESCIMENTO

FAROL

O património gastronómico deuma dada região é o resultadohistórico da influência do solo e doclima que interagem, moldando ossaberes e os sabores resultantes doempenho de sucessivas gerações.Trata-se de uma afectuosa apro-priação e identificação com o lugarde origem, suas tradições, valores evivências.

A alimentação constitui, assim,uma síntese amadurecida pelotempo do modo como o homem sefoi relacionando com a natureza, osprodutos e, sobretudo, do modocomo assumiu o acto cultural doconvívio e da partilha através damesa.

Os saberes e os fazeres tradi-cionais, a selecção das sementes, osprodutos genuínos, os processos decondimentar e cozinhar, decanta-dos na transmissão oral de suces-sivas gerações originaram ver-dadeiras jóias que são traçosautênticos da alma inventiva do

povo. Pela sua disponibilidade eempenho fecundo, destacou-sesempre a acção da mulher, comomãe, companheira e mestra. Fiel

depositária do saber fazer e eloessencial na ligação entre assucessivas gerações, a mulher ruralsempre assumiu um papel central,

activo e fecundo, na culturapopular. Pela sua postura de he-roísmo silencioso, merece o reco-nhecimento e a singela homenagem

de todos os que se revêem nos valo-res da cultura rural.

O modo de produção rural, comos vários ciclos produtivos, moldouas formas e os conteúdos daalimentação. Sobretudo nas épocasde trabalho mais pesado, asrefeições mais importantes eram oalmoço (logo ao início do dia) e ojantar (ao meio-dia), de modo aassegurar energia para os durostrabalhos do campo. Todas asrefeições incluíam o pão com oconduto, ou seja: queijo, azeitonase o enchido.

(…) Dentro da frugalidade etemperança que sempre cara-cterizou o viver da nossa gente, oscozinhados mais elaborados e asiguarias gastronómicas eramreservados aos dias festivos e aosacontecimentos sociais, comocasamentos e baptizados.n

*in Cozinhados lembrados – Tradições Gastronómicas da Beira Baixa - Penamacor

A Alimentação Património da Cultura RuralPor Lopes Marcelo*

António Graç[email protected]

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Iniciámos esta pequena conversa,por procurarmos saber qual foi arealidade, quanto a incêndios, noconcelho de Oleiros. O Comandante,prontamente se disponibilizou paranos fornecer todos os dados,devidamente registados em impres-sos próprios e verificámos assim que“felizmente, este ano, poderemosafirmá-lo, não foi afectado porqualquer grande incêndio. O maissignificativo foi no Estreito, ondearderam 46 hectares e nas Rabaças7,6. Existiram mais alguns, mas depequena dimensão, graças à rapidezcom que atacámos os focos ealgumas vezes com a ajuda muitoútil dos meios aéreos. É verdade queestivemos muito atentos e colaborá-mos no incêndio do Urgeiro, esse jáde maiores dimensões (praticamente70 hectares) mas este só ardeu noconcelho do Fundão, muito emboraameaçasse a entrada no concelho deOleiros, junto ao Orvalho”.

Ao terminar o mês a enormetrovoada que assolou o norte do País,passou ainda de forma feroz pelazona de Castelo Branco, mas, noconcelho de Oleiros não podemosconsiderar que fomos atingidos deforma significativa. É verdade queduas faíscas caíram no Vale daColmeia e em Adgiraldo, mas foramfogos logo imediatamente controla-dos. No do Vale da Colmeia, tanto oDirector deste jornal, como eu, esti-vemos presentes e o que verificámosfoi o alto grau de prontidão dosnossos voluntários ajudados é certopor quatro meios aéreos (2 helicó-pteros e dois aviões).

Feito o ponto de situação, emconversa com o Comandante, pas-sámos a outros aspectos deorganização, condições e realidadesno Quartel. Foi-nos dito que oQuadro Activo conta com 114elementos (comportando aindalugares vagos para mais). É por issoque vai começar uma escola deestagiários (curso) para 42 novoselementos dos quais, 9, são doOrvalho. A sua formação passa pelasduas componentes: teóricas epráticas, num total de 250 horas.Seguidamente, existem mais doiscursos realizados pela ENB “Té-cnicas de Socorrismo 50 horas” eainda “Salvamento e Desencarece-ramento, 50 horas”. Um dosobjectivos deste Comando é mesmoa formação porque, diz “Bombeiroque não sabe, não salva nem sesalva”

Por isso, a aposta será sempreformação. Está já programado, anível interno, mais um curso com asseguintes vagas: 1 – a Chefe; 2 a Sub-Chefe; 12 a Bombeiros de 1ª e 29 aBombeiros de 2ª. “Estamos orga-nizados em duas companhias e 6secções. Falta-nos um Chefe parauma delas”. Em termos de organiza-ção do Comando, o Comandante adi-antou que um dos elementos estásempre de serviço, que avança sem-pre que há fogos e um outro elementotambém do Comando arranca aseguir. Os Comandantes têm contratopor 5 anos, mas somente até aos 65.

Como objectivo principal veio aafirmação de que “se não mesentisse bem no cargo em queestou nem sequer tinha aceite eum dos meus objectivos é criarbases para o lançamento de gentenova e capacitada”.

Qual é o maior problema dosBombeiros actualmente? É ofinanceiro. As verbas não chegam eprecisávamos de:

- nova ambulância com platafor-ma para deficientes (temos uma masnão chega, estamos a transportardeficientes em ambulâncias nor-mais)

- uma viatura comando/Direcção(que também serviria para transportedo pessoal para formação ou outrastarefas do género)

- existe um projecto de alteraçõesde instalações para melhorar aeficácia e o atendimento, nomeada-mente nova central.

- outro projecto é o daremodelação da sala de formação(orçado em 24.617, 59 euros, queserá apresentado)

A nível social, afirma que“regressa o Natal do Bombeiromas com o conhecido peditório” .Está previsto também o simulacro de“grande catástrofe”, num fim desemana, onde estarão todos os meiospresentes mas igualmente aprovei-tados para estreitamento de relaçõesentre os Bombeiros. Vai tambémdesenvolver-se um encontro de Fan-

farras, estando a ser organizado para10 de Outubro, esperando somentealgumas confirmações. Note-se que,a nossa Fanfarra desloca-se a várioslocais. Vai agora à Amadora, depoisa Figueiró dos Vinhos e Belmonte.São bombeiros do corpo activo e sãoaproximadamente 30.

Um dos planos que o Comandantetem em mente é contactar grandesempresas, Lares etc, para gizarplanos de intervenção. Mantém boasrelações com a Direcção e desloca-se ao Orvalho (Secção) todas assemanas e diz sentir bem as dificul-dades que eles ali têm. Contamsomente com uma viatura decombate a incêndios (antiga) e duasambulâncias. Com 2 bombeiros de1ª, três de 2ª e dezasseis de 3ª, aquiestão os soldados da paz que, destaFreguesia partem mais rapidamentepara locais distanciados da sede emOleiros.

Homem muito satisfeito por se teradquirido um GPS gráfico e umaparelho de ventos e temperaturasque, para efeitos de previsões nosincêndios, são absolutamente funda-mentais na previsão da progressãodos fogos.

Este bombeiro desde 6-11-1997,esteve no quadro activo desde 10-10-2002,Quadro de Honra. Depoissaiu da Corporação por 7 anos.Passou, assim, por todos os postos,desde aspirante a Chefe. Foinomeado Adjunto em 1996 e agorana qualidade de Comandante tem àsua responsabilidade o desempenhodas suas funções, de forma a queOleiros ganhe com o seu dinamismoe sua inteligência.n

Luís [email protected]

O VERÃO NO CONCELHO DE OLEIROSNÃO FOI MARCADO PELO FLAGELO DOS INCÊNDIOS

Jornal de OLEIROS SETEMBRO 201012

Parabéns ao JOpelo 1º aniversário

JUNTA DE FREGUESIA

DE CAMBAS

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2010 SETEMBRO Jornal de OLEIROS 13

Falei ao sr. Cónego Martinhosobre uma questão que me foicolocada, por escrito, sobre aactual e antiga igrejas do Mos-teiro. Foi com muita amabilidadeque se prestou logo para falar so-bre o assunto e esclarecer tudo oque possam ser dúvidas ou críticassobre esta questão. Antes e durantea festa do Mosteiro várias pessoasme voltaram a abordar semprecom apreciações em tom decrítica. Assim, da conversa quetive com quem me podia efectiva-mente informar e esclarecer,afirmou que, “a nova igreja emMosteiro era para ser construída jáhá mais de 20 anos”. Sob o pro-jecto que deu lugar à nova casa deCristo, afirmou-me que “mandouo projecto ao sr. Bispo e que,depois de ser apreciado pelaentidade competente da igreja paraestas questões, passou semnenhum reparo e veio aprovado”.Faltava então cumprir a outraetapa legal que era conseguir aaprovação por parte da CâmaraMunicipal. Também tratou disso e,finalmente, o projecto estavadefinitivamente aprovado.

O sr. Cónego, bem como o sr.Bispo (que se congratulou com oprojecto), consideraram que oprojecto , e agora a igreja , en-quadram-se perfeitamente no me-io da povoação e contém os ele-mentos essenciais que cara-cterizam um templo sagrado parase orar, dizer missas e realizartodos os serviços religiosos emexcelentes condições para todos.

- Mas há quem critique o factode se demolir a antiga igreja eafirmam que esta podia ter sidoconstruída noutro local…

- Sabe, o projecto contemplaaté um jardim exterior ondeficarão expostas algumas daspedras e a própria pia do Bap-tismo. Digo-lhe também que, aofazer-se ali esta nova construção,as fundações desta coincidiamcom as da antiga, num dos lados.A igreja era propriedade da “fá-

brica da igreja” e além disso erapequena e ficavam pessoas quasesempre fora. Agora, há um anoque lá estamos e todos podementrar e posso afirmar que atétêm vindo mais pessoas à missa.Falta, no entanto, o Sr. Bispo virbenzer a igreja. Quando foi davisita pastoral ao nosso concelhopor parte do Sr. Bispo, ele fezquestão em tirar até uma foto-grafia à frente desta igreja, naescadaria, com todo o Povo.

Sei que há pessoas que criticamque os sinos não ficaram viradospara os mesmos lados, mas peloque nos foi dito, a grande cruzincutida na fachada da frente daigreja não permitia manter os sinosnessa posição.

Espero ter, assim, contribuídopara o esclarecimento total destasquestões que normalmente selevantam normalmente e, perantea mudança, há sempre lugar aresistência. O meu agradecimentoao sr. Cónego pela amabilidade emnos esclarecer a todos, de modo apoder registar aqui de formapública.

Uma última informação adici-onal: o financiamento parcial paraa construção foi obtido com subsí-dios da Câmara Municipal e Juntade Freguesia do Mosteiro, váriaspessoas e não está totalmentepaga, claro.n

Luís [email protected]

“As SCUT e o País Real“Grande Porto e Algarve perdem isenções e descontos nas portagens

um ano depois. Mais de cem vão mantê-los.A mancha no País é enorme, mas vai ser fortemente reduzida em

Junho de 2012. Dos 210 concelhos que ficam abrangidos, embora emdatas diferentes, pela discriminação positiva nas portagens das Scut, sódeverão restar 133 com condições para manter as isenções e osdescontos determinados pelo Governo para os respectivos residentes eempresas aí sediadas.

Isto porque a partir daquela data as isenções e os descontos só serãoaplicados nas Scut que sirvam as regiões mais desfavorecidas, tendo emconta o índice de disparidade do PIB per capita regional nas regiões queregistem 80% da média do mesmo indicador nacional.

Com base no último estudo do Instituto Nacional de Estatística sobreas NUTS III, as tais regiões para efeitos estatísticos, 13 delas têm umPIB per capita inferior a 80% da média nacional: o Minho—Lima, Ave,Tâmega, Entre Douro e Vouga, Douro, Alto Trás-os-Montes, PinhalInterior Norte, Dão-Lafões, Pinhal Interior Sul, Serra da Estrela, BeiraInterior Norte, Cova da Beira e Baixo Alentejo.

Entre as regiões que são abrangidas até 2012 pela discrimina- çãopositiva no pagamento das portagens naquelas auto-estradas, há dez quejá excedem a média do PIB per capita nacional. São elas o Cávado,Grande Porto, Baixo Vouga, Baixo Mondego, Pinhal Litoral, BeiraInterior Sul, Médio Tejo, Alto Alentejo, Lezíria do Tejo e Algarve. Ouseja, daqui a dois anos, todos os concelhos que as integram vão pagar natotalidade as taxas de portagem.

Mas ao adoptar o critério das NUTS, em particular no caso das ScutInterior Norte, Beiras Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve, oExecutivo vai manter benefícios a concelhos que têm um nível dedesenvolvimento acima da média nacional.

É, por exemplo, o caso de São João da Madeira, que tem um PIBregional de cerca de 131% em relação à média nacional, mas que seinscreve numa região, a de Entre Douro e Vouga, cujo indicador é de79%.

Ou os de Bragança (94%), em Alto Trás-os-Montes, Viseu (92%), emDão-Lafões, Guarda (92%), na Beira Interior Norte, Covilhã (84%), naCova da Beira e Beja (110%), no Baixo Alentejo.

A resolução aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministrosestabelece a entrada em vigor das portagens nas Scut Norte Litoral,Grande Porto e Costa da Prata a 15 de Outubro desta ano. As restantesquatro - Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve -serão portajadas a partir de 15 de Abril de 2011.

Para todas elas foi fixado o regime transitório, até 30 de Junho de2012, que abrange os residentes e empresas com sede nos concelhosabrangidos pelas Scut, que ficam isentos do pagamento das portagensnas primeiras dez passagens mensais e que terão um desconto de 15%nas restantes.

No caso das primeiras três auto—estradas que começam a ser pagaspelos utentes em Outubro, serão abrangidos os concelhos em quequalquer parte do seu território esteja a menos de dez quilómetrosdaquelas vias.

Nas restantes, são visados os municípios inseridos numa NUT cujaqualquer parte do território esteja a menos de 20 quilómetros .

Ao anunciar estes critérios, o Governo fez questão de sublinhar que aintrodução de portagens sem custos para o utilizador está prevista noPrograma de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 2010-2013, comosendo uma das medidas de consolidação das contas públicas. OExecutivo espera arrecadar já este ano 120 a 130 milhões de euros.n

* Com Agências e DN a nossa Homenagem à Colega Paula Sá do DN

ALGUMA CONTROVÉRSIA SOBRE A IGREJA DO MOSTEIRO

CÓNEGO MARTINHO DISPONIBILIZOU TODA A INFORMAÇÃO

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Jornal de OLEIROS SETEMBRO 201014

Algures no tempo, num planeta daVia Láctea, num laboratório deEstudos de Física…

Ele estudava, e fazia experiênciassobre inovações da física tridi-mensional… Tinha um laboratóriosó para si, com autorização governa-mental, para as suas experiências…Dos seus êxitos, só ele sabia… Assuas projecções físicas eram tãoperfeitas, que os seus colegasfalavam para “elas” julgando queestavam a falar com o próprio... Sófaltavam uns pequenos pormenoresde consistência no toque físico e nafala, mas não faltava muito… Então,ele quis fazer uma experiência, emalguém especial, que lhe fugia porentre os dedos, ou melhor, não lheligava nenhuma… Ela trabalhava norefeitório dos laboratórios, servindoe fazendo almoços para aqueles quetrabalhavam ali… Certa vez…

Ela estava a servir almoços, comode costume, e viu determinadapessoa, que almoçava sempresozinho, acompanhando a leitura aomesmo tempo que comia…Destavez, estava acompanhado, por outrapessoa, em conversa muitoanimada… O visado, desta vez nãotrazia apontamentos, para acom-panhar o almoço, e o seu compa-nheiro estava de costas… Curiosa,ela tentou ver quem era, e ainda ficoumais intrigada quando viu que eleera parecido, muito parecido, com ovisitante, que se virou de repente elhe atirou um piropo… Ela que eraum “osso duro de roer”, desta vez,ficou um tanto ruborizada e, deu umsorriso, coisa que nunca tinha feitoao outro, o “papa-açorda” … En-tretanto, foi servir outras mesas…Quando olhou novamente, o“atrevido” já se tinha ido embora, e o“papa açorda” estava outra vezsozinho…

De vez em quando, ele tinha acompanhia da mesma pessoa…Quando falavam, parecia quetratavam de assuntos de ciência, e,quando ela passava perto omalandreco metia-se com ela,travando olhares, ele procurandoconversa, ela dando troco,parecendo que estavam a gostar dacompanhia um do outro… O“papa açorda”, não parecia estar agostar do rumo dos acontec-mentos…

Estava ele, desta vez sozinho,almoçando e lendo os seus

apontamentos quando ela lheperguntou, parecendo interessada :

- Senhor, diga-me se quiser, quemé aquele desconhecido que, de vezem quando fala consigo? É muitosimpático e… parecido consigo… éseu irmão?

-… Não, senhora, não é meuirmão…está interessada nele?Uhn… parece que pelos, vistosestá…nunca falou comigo e agora…- ela interrompeu-o :

- Desculpe… parece que fuiinoportuna… passe bem! disse elaum pouco desapontada e irritadacom ela mesmo… É verdade que sófalavam sobre almoços do dia… e,ele era demasiado tímido para meterconversa…

Noutro dia, o “novato” apareceu,novamente, e logo que a viu acenou-lhe e, mandou-lhe um beijo com osdedos… Ela… ela correspondeu-lhe, fechando a mão como se otivesse apanhado… Os comensaisriram-se achando piada, mas nadamais do que isso… Quem não gos-tou muito do gesto foi o… o “papaaçorda” que já estava nervoso,enquanto o atrevidão se ria…

- O que eu fui arranjar! disse“este” para o “companheiro”

Os colegas do físico já estavam aver o que estava acontecer, masdesconheciam que o colega tinha umirmão gémeo, “atrevido”… Perce-biam que o físico gostava da raparigamas também sabiam que ele eramuito reservado com as mulheres e,normalmente, isso não leva a ladonenhum… Ele até era boa pessoa,ajudava os colegas que precisavamde ajuda, mas com as mulheres, eleera um desastre…

Quando se apanhou no labora-

tório, teve uma conversa “a sério”com o “atrevido”

- Já visto em que alhada e ridículome meteste? disse o “idiota”…

- Deves estar maluco! Então eu souuma projecção tua, e eu é que te metiem sarilhos? Tudo o que eu fiz só foio que querias fazer, mas,cobardemente, não o fizeste! Nãotinhas “lata” ! Tu gostas dela, elaparece-me que é boa rapariga… Estásà espera de quê? Vou-te treinar bemcom o que tens na tua cabeça, e daquimais uns tempos vais ver que ela nemdá pela troca ! Vou convidá-la parasair… e quem vai és tu!

- Não sejas maluco! disse o “papa-açorda”, nervoso…

- Tu é que sabes!… Não teesqueças, eu sou o teu pensamento…Eu sei que tu queres ir… Aproveita,seu idiota! Vou-te dar uma dica…quando te faltar palavras apropriadas,sorri vais ver que fica tudo maisfácil… Sê um pouquinho atrevido!

… Alguns dias depois, ele, opróprio, não veio com papéis… pediuo almoço, sorrindo, para a rapariga…Esta estranhou, mas pensou que o“merdoso” não viera por estar atrabalhar, e sorriu também, pedindo atodos os santinhos que o outro“empata” não aparecesse… e, nãoapareceu…Eles falaram animada-mente, ele ficou feliz, ela também…Ele convidou-a para sair, esta estavadisponível, aceitou, e passaram bem oresto do dia… Ela não deu pela“troca”… ele, também não…Mentalmente, ele, agradeceu ao“atrevido”, sorrindo… E, desta vez,ele não interveio, não era preciso…n

Hugo Freitas [email protected]

Um pouco de ficção científica…

EMIGRANTES OLEIRENSES e DO DISTRITO NO MUNDO

Os nossos Amigos VitorLourenço e a Nelly estão emFrança, mas a Família vive emOleiros. Divulgam o programa derádio “POR TERRAS DE POR-TUGAL”, ouvido em todo o mun-do no horário das 18H00 às 20H30(hora de Portugal). Vejam mais emhttp: / /s tream.levil lage.org/transparence.m3u.

Aqui fica o convite a todos quepelo mundo lutam. Escrevam parao email do Jornal de Oleiros([email protected]) e vejamem www.jornaldeoleiros.com n

O progresso tecnoló-gico e as novas ferra-mentas da informação eda comunicação vieramdotar, o mundo em quevivemos, de importantesinstrumentos comuni-cacionais. Esta evoluçãopossibilita um maior emelhor desenvolvimentoem áreas muito dife-rentes, mas que, todavia, se podemcomplementar. Esta interdiscipli-naridade ocorre, por exemplo, aonível do ensino e da literatura.

Com efeito, quer no ensino, querna literatura, com recurso às novastecnologias ? utilização de softwaresespecíficos ?, podem fomentar-seestratégias inovadoras de incentivo àaprendizagem e à leitura.

É importante que os livroscheguem a todas as crianças, semexcepção, como forma de preen-cherem, não só, certas necessidadesbásicas de comunicação da criança,mas, igualmente, permitirem a suainclusão na sociedade, como mem-bro de pleno direito, e a livre expres-são das suas ideias.

É neste contexto que a Comuni-cação Aumentativa e Alternativa(CAA) ? particularmente, o software/programa de Escrita com Símbolos? se reveste de enorme importância,pois, facilita a aquisição de compe-tências básicas em literacia da leiturae da escrita, uma vez que os símbo-los podem ser motivo de inclusão eajudarem diferentes tipos de utili-zadores. É o caso de: crianças até aos6 anos, que ainda não utilizam alinguagem escrita e que podem,através deste programa, começar aler, reconhecer e ordenar símbolospara comunicarem ideias; criançascom dificuldade de soletração oucompreensão das palavras, ou queapenas necessitem de motivaçãopara escrever, podem ser estimu-ladas e auxiliadas através dos símbo-los (por exemplo, crianças comdislexia); crianças com dificuldadesde aprendizagem podem utilizar ossímbolos como forma de acesso àleitura e à escrita, adquirindo, assim,independência e autonomia e, ainda,

crianças e, ou, indivíduoscom paralisia cerebral,deficiência mental, sur-dez e baixa visão.

Várias são as investi-gações que defendemque, o que é bom para osalunos com Necessida-des Educativas Especiais(NEE), é bom para todosos alunos em geral.

Em Portugal, é quase inexistente aliteratura que utiliza este género demetodologia. Surgiu, portanto, anecessidade de fazer chegar àscrianças com Necessidades Educa-tivas Especiais, aos terapeutas dafala, educadores, professores, pais eetc., um livro diferente. Um livroescrito a pensar em todos aquelesque são diferentes e que também têmo direito às palavras e à magia dashistórias.

“O Piolho Zarolho e o Arco-Íris daAmizade” é um livro ilustrado, depoesia para crianças, e tem a mais-valia de incluir linguagem bilingue(Português/Escrita com Símbolos).

A utilização da Escrita comSímbolos? como processo de inclu-são? serve para proporcionar à cri-ança um meio para expressar assuas necessidades e pedidos. Favo-rece, ainda, a transferência intera-ctiva de informação e contribui pa-ra uma maior aproximação, em ter-mos sociais, das outras crianças e,ou, adultos, permitindo o desenvol-vimento das relações interpessoais.

Fomenta atitudes inclusivas e decidadania, pois, ajuda a criança adescobrir valores como: a justiça, apaz, a liberdade, a igualdade e asolidariedade.

?O Piolho Zarolho e o Arco-Íris daAmizade” é, acima de tudo, umaobra de afectos, onde “Todos osmeninos são especiais. Todos têmdentro de si uma caixinha mágica,aberta de par em par, a transbordarde inocência e amor… Cabe-nos anós pintar essa caixinha com as coresdo arco-íris e fazer com que elajamais se feche!”.n

http//lurdesbreda.wordpress.com/[email protected]

Literatura Inclusiva

LIVROS

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2010 SETEMBRO Jornal de OLEIROS 15

Director: Paulino B. Fernandes • Director-Adjunto: Luís Mateus • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 •Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Redacção e sede: Largo dos Viscondes, 3, 1º, 6100 Oleiros •www.jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem:3 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H.Santos Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, Ana, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, IvoneRoque, Feliciano Barreiras Duarte, Hugo Francisco, Hugo de Freitas Andrade, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Graça,Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Correspondente em Castelo Branco:Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Correspondente na Sertã: Soraia Tomaz • Fotografia:Rute Antunes, email: [email protected] • Impressão: Gráfica: Coraze, Oliveira de Azeméis • Paginação: [email protected]

Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110Bombeiros Voluntários

de Oleiros – 272 680 170Centro de Saúde – 272 680 160Correios – 272 680 180

Farmácias

Estreito – 272 654 265Farmácia – Oleiros – 272 681 015Farmácia – Orvalho – 272 746 136G.N.R – 272 682 311

Postos de Abastecimento

Galp (Oleiros) – 272 682 832Galp (Ameixoeira) – 272 654 037Galp (Oleiros) – 272 682 274António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas

Câmara Municipal – 272 680 130Piscinas Municipais/Ginásio – 272 681 062Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008Casa da Cultura/Biblioteca – 272 680 230Campo de Futebol – 272 681 026Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

CONTACTOS ÚTEIS

APOIE OS BOMBEIROS

DE OLEIROSFAÇA-SE SÓCIO

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• OLEIROS- Papelaria JARDIM

• ESTREITO- Café “O LAPACHEIRO”Estreito - 6100 Oleiros

.• PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-Nova

- Tabacaria do CentroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova

• CASTELO BRANCO- Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco

- Quiosque junto ao Cine Teatro

• CERNACHE DO BONJARDIM- Papelaria Boa Nova Mercado Municipal

• AMEIXOEIRA- BIG barEstação de Serviço, Estª Nacional 238Ameixoeira 6 100 Oleiros

• COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã

• PEDROGÃO GRANDE- Papelaria 100 RiscosLg. do Encontro, 47-A

• VILADE REI- Quiosque Notícias Novas- Papelaria Tertúlia

• VILAVELHADE RÓDÃO- Galp na A23 nos dois sentidos

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INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

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Desejo receber em minha casa, mensalmente, o Jornal de Oleiros

q Nacional 15,00€q Estrangeiro 25,00€

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Jornal deOLEIROS

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

Ficha técnica

Jornal deOLEIROS

8ª edição do Concurso

“Escola Alerta:Acessibilidadepara Todos”

O Instituto Nacional para aReabilitação promove a 8ª ediçãodo Concurso “Escola Alerta:Acessibilidade para Todos” quevisa sensibilizar e mobilizar osalunos e as escolas para a igual-dade de direitos e oportunidades, anão discriminação e a criação decondições para a acessibilidade depessoas com deficiências ouincapacidade.

O Concurso dirige-se aos alunosque frequentem estabelecimentosprivados ou públicos do EnsinoBásico e Secundário do Conti-nente e Regiões Autónomas dosAçores e da Madeira e prevê a atri-buição de prémios distritais/regio-nais e nacionais aos melhoresclassificados.

Os alunos, sob orientação dopessoal docente, são convidados aidentificar as múltiplas barreiras(sociais, atitudinais, de informa-ção, comunicação e urbanístico-arquitectónicas) existentes noespaço que os rodeia (rua, escola,transportes públicos, etc.), e apropor soluções e iniciativas que

contribuam para tornar estesespaços mais acessíveis.

Os trabalhos deverão serremetidos para apreciação até aodia 18 de Março de 2011.n

Mais informações:www.inr.pt -http://www.inr.pt/content/1/412/concurso-escola-alertaDr. Miguel Ferro - [email protected];Dr.ª Maria de São José Amaral [email protected]: 21 792 95 00;Fax: 21 792 9595/6Fonte: Instituto Nacional para areabilitação I.P.www.inr.pt

Candidatura ao gasóleo

verde (gasóleoagrícola)

de uma só vezCom a presente alteração,

procede-se à dispensa da obri-gação de confirmação anual dasituação dos beneficiários junto

das entidades competentes, man-tendo -se a obrigação de comu-nicação das alterações da respe-ctiva situação para efeitos de seaferir da manutenção dos pressu-postos da concessão do benefíciofiscal e do cumprimento dasdemais condições exigíveis.

Assim:

Manda o Governo, pelos Minis-tros de Estado e das Finanças e daAgricultura, do DesenvolvimentoRural e das Pescas, o seguinte:

«Os beneficiários devem comu-nicar, junto das direcçõesregionais de agricultura e pescascompetentes, ou das instituiçõespor estas devidamente creden-ciadas para o efeito, qualqueralteração dos pressupostos dobenefício fiscal, designadamente acessação da actividade, ou outrasalterações relevantes, como sejama alteração dos equipamentosautorizados, a transferência dapropriedade dos equipamentos,cedência ou substituição destes, ouas alterações nas áreas regadas porbombagem a gasóleo.»

No concelho de Proença-a-Nova, essas alterações poderão serefectuadas no Gabinete de Apoioao Agricultor e Empresário, àsSextas-Feiras da parte da manhã.n

Fonte: Município de Proença-a-Novawww.cm-proencanova.pt

Museu de Francisco

Tavares Proença Júnior

- 24 HorasO Verão está no fim e “As Férias

no Museu” também!Este ano o Museu de Francisco

Tavares Proença Júnior comemorao seu I Centenário.

Como “prenda de aniversário” aturma em férias no Museu oferece-lhe 24 horas de companhia, detrabalho e lazer.

Preparam-se para dormir noMFTPJ 20 crianças e 3 adultos.

Vão aproveitar para preparar aexposição dos trabalhos realizadosnestes dois meses e meio, mas otempo vai permitir ver um filmesobre arqueólogos e outros aven-tureiros.

Vão também recuar até aosfinais do século XIX e inícios doXX, quando viveu Francisco

Tavares Proença Júnior, o fun-dador do Museu.

Estão convidados para visitar aexposição a partir do dia 18 deSetembro.

Esta actividade tem acolaboração da Sociedade dosAmigos do Museu de FranciscoTavares Proença Júnior.n

Fonte: www.naturtejo.com

VILA de REIExposição

de fotografia:“Relembrar o Passado,valorizar o Futuro”

As Jornadas Europeias doPatrimónio, iniciativa do Con-selho da Europa e da União Euro-peia, a decorrer nos dias 24, 25 e26 de Setembro do corrente ano,com o tema “Património: Um Ma-pa da História”, coordenadas peloIGESPAR, tem como principalobjectivo sensibilizar a populaçãopara a importância da protecção eda valorização do Património.

Desta forma a Câmara Mu-nicipal de Vila de Rei em parceriacom a Santa Casa da Misericórdiade Vila de Rei, organiza umaexposição de fotografia acom-panhada pela apresentação dotema “Relembrar o Passado, va-lorizar o Futuro - Igreja daMisericórdia 1581-2010”, queestará patente na Igreja da Mise-ricórdia de Vila de Rei.

A inauguração da exposição defotografia tem lugar dia 24 deSetembro, sexta-feira pelas 15:00horas na Igreja da Misericórdia,acompanhada da apresentação dotema proposto pela autarquia.

A entrada para a exposição égratuita, podendo ser visitada das10:00 às 18:00 horas, nos dias 25 e26.

Terá ainda lugar no dia 24, aassinatura de Protocolo de cola-boração entre a Câmara Municipalde Vila de Rei e o Instituto Poli-técnico de Tomar, que visa odesenvolvimento de acções decolaboração no domínio daconservação e restauro de bensculturais, no âmbito da formação,investigação e divulgação.n

www.cm-viladerei.pt

RONDA PELO DISTRITO

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Jornal de OLEIROS SETEMBRO 201016

NOTA DO DIRECTOR

“Oportunidadepara

um balançosintético”

O Jornal de Oleiros ao fazer o1º Aniversário, não pode deixar dereferir momentos marcantes quebalizaram os nossos objectivos:

1º O Jornal de Oleiros é dosOleirenses;

2º O Jornal de Oleiros é para osOleirenses;

3º O Jornal de Oleiros promovea afirmação dos Oleirenses;

4º É um orgulho enorme ver ajuventude, os novos Quadros acooperarem.

Não vou falar dos “pesospesados” de Oleiros quecolaboram, mas quero destacarjovens como a Cátia Afonso,recentemente Licenciada, aSoraia Tomaz, o Augusto de Matosque reedita a actividade do Paique cooperou desde a primeirahora com o “Heraldo de Oleiros”,com a Maria dos Reis Fernandes,uma “jovem” que se preparapara fazer uma exposição depintura que vai ser um sucesso,conhecemos a qualidade da obra.

E quantos mais não o podemfazer?

Alguns, sabemos que odesejam, por isso, com estesexemplos os incentivamos. Sócusta começar…

É verdadeiramente um orgulhopara nós, por isso o destacamos.

…………..A partir desta edição dedi-

caremos uma atenção especial àsAssociações.

Iniciámos com a GASPALHA ea outras em cada mês nos dedica-remos.

É essencial que nos contactem.Hoje possuímos dois canais de

difusão.O Online em www.jornalde-

oleiros.com de extrema propa-gação e o mais lido na região, e asedições em papel.

…………..Alargamos o desafio aos nossos

Emigrantes.Não esqueçam que o Jornal de

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Escrevam para: [email protected]

Partido da coligação de Merkeldiz que Alemanha deve vetarajudas a países do euro antes dostratados serem alterados.

O Partido Liberal Alemão(FDP), parceiro de Angela Merkelno Governo, considera que achanceler alemã deve recusar-se aajudar países como Portugal,Irlanda ou qualquer outro da zonaeuro que venha a precisar deauxílio financeiro.

“Devido à dimensão extraor-dinária dos pagamentos suporta-dos pela Alemanha em caso decrise, o governo deveria fazer usodo seu poder de veto”, lê-se numdocumento do partido a que aBloomberg teve acesso, intitulado“O Futuro da Zona Euro”.

A Alemanha contribui com maisde 25% para o fundo de ajuda aospaíses do euro concebido para

conter a crise de dívida que rebentouna Grécia. E segundo os liberais, aAlemanha devia vetar quaisquerpagamentos futuros até ser fechadoo acordo dos países parceiros quantoa novas regras de insolvência paraos estados-membros da zona euro.

O mega-fundo europeu exige aaprovação de todos os 16membros do euro para avançarcom eventuais ajudas, o quesignifica que a oposição alemãvetaria qualquer empréstimo.

Esta semana, Merkel voltou adizer que são precisas alteraçõesaos tratados do euro, “incluindouma reestruturação dos proce-dimentos para os estados” queestejam em grandes dificuldades.

Jean-Claude Trichet, presidentedo BCE, foi mais longe e defendeua suspensão dos direitos de voto depaíses com défices excessivos.n

PORTUGAL, Terá futuro?

Longe vão os tempos em que o tioAcácio Sequeira começava o seutrabalho no arraial, alvoroçando acriançada com a expectativa daFesta.

Na memória ficaram os cheiros doforno a lenha, os sabores desapare-cidos, as casas caiadas, os fatos no-vos a estrear, a esplanada no recintoda Festa e um tocar de sinos commestria que levava mensagens dealegria.

O maestro Zé do Moucho ensaiavaa Marcha vencedora desse anoenquanto, em convívio, se pre-paravam as fogaças que eram imen-sas e davam origem a um serpentearcolorido.

A Festa evoluiu ao longo dostempos mas o cortejo não acom-panhou essa evolução. As fogaçaspassaram a ser transportadas emcarrinhas, sem estética, logo aseguir à Virgem Mártir danossa devoção.

Sem a beleza e harmonia decores de um Tabuleiro de To-mar, representam uma tradiçãosecular que foi salva peloselementos do Rancho Folcló-rico. Estes passaram a transpor-tá-las envergando os trajestípicos, dando ao cortejo umadignidade que nos faz recuar aopassado da Festa e das nossasgentes.

Outra figura incontornávelda memória da Festa é oSenhor João Custódio que comelegância e conhecimento domeio artístico, contactava eapresentava os artistas em vogana Rádio e Televisão. Depois vieramos grupos de música rock, que nãosendo apreciados pelos mais velhos,cantando em Inglês, nos faziam sentirmais perto do resto da Europa.

Mais tarde, devido à qualidade demúsicos e bandas que ainda hoje ar-rastam multidões aos espectáculos, anossa Língua voltou a estar na modae “salta-se” e canta-se em Português.

Para trás, ficaram também, as fi-guras pirotécnicas do “castelo” e do“ciclista” que nos fascinaram.Presentemente, a auto-estima olei-rense eleva-se quando assistimos aos

espectáculos apresentados pelanossa Pirotecnia. Graças ao talento eengenho da equipa liderada peloJoão Paulo, são atingidos patamaresde excelência de nível mundial.

Neste segundo Domingo deAgosto, muitos dos que nos visitampoderiam estar numa praia da modaou numa cidade turística de umqualquer país, mas é aqui quequerem estar, confraternizando comamigos e familiares num avivar damemória dos sentidos. Constituemum “turismo de afectos” que teráabrigo, por certo, na Estalagem deSanta Margarida.

Para todos, boas memórias deFesta.n

Ana [email protected]

Memórias de Festa