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 João Jose Gremmelm aier Ano 2435 Primeira Edição Curitiba / Paraná Edição do Autor 2010

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João Jose Gremmelmaier

Ano2435

Primeira Edição

Curitiba / Paraná

Edição do Autor

2010

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Autor: João Jose Gremmelmaier 

Edição do Autor

 Nome da Obra: Ano 2435As opiniões contidas no livro são dos personagens, em

nada assemelham as opiniões do autor, esta é uma obra deficção, sendo os nomes e fatos fictícios.

É vedada a reprodução total ou parcial desta obra.Sobre o Autor;

João Jose Gremmelmaier nasceu em Curitiba, Paraná,

Brasil no ano de 1967, formou-se em Economia e atuou comomicroempresário por mais de 15 anos. Escreve em suas horasde folga como hobby, alguns jogam, outros viajam, ele faz tudoisto, mas não abre mão de ficar a frente de seu computador,viajando em estórias, e nos levando a viajar com elas pelomundo da fantasia.

Autor de Obras como a série Fanes, Guerra e Paz, Mundo

de Peter, Heloise e Anacrônicos, as quais se assemelham noformato da escrita, por começarem como estóriasaparentemente normais, e logo partem para o imaginárioutilizando recursos que interligam de forma sutil e inteligenteas diversas estórias entre si, fazendo com que o leitor crie umcerto grau de curiosidade em relação as demais estórias.

CIP  – Brasil  – Catalogado na Fonte

Gremmelmaier, João Jose Ano 2435, Romance de Ficção, 325 pg./ João Jose

Gremmelmaier / Curitiba, Pr / Edição do Autor / 20101.  Literatura Brasileira  – Romance  – I - Titulo

85  – 0000 CDD  – 978.000

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Gostaria de agradecer a todos que meincentivaram a escrever, a pensar e ser quem sou,

nunca duvido da mão de Deus na minha vida, mas

não esperem entender meu Deus, ele é meioestranho mesmo!

J.J.

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InicioEstou a caminhar, o ano é 2435, esta cidade não para de

crescer, mais da metade do pais já mora nela, muitos falam dosanos em que o pais era um continente, hoje já nem tão grande,nasci num pais que fora invadido nos anos de 2200 por muitosmalucos, muitos fugitivos, muitos sonhadores, entre quaismeus pais, vieram de uma região que diz a historia, foi já muitorica e produtiva, mas a muito que nações como Holanda,Dinamarca, Letônia, Finlândia, Hungria, Irlanda, foramsumindo nos últimos 200 anos.

O mar sobe agora mais calmamente, mas chegou a subirno meio da crise polar, de degelo, 22 metros em um ano, foi noano de 2254, o caos tomou o mundo, se viu países inteirosentrando em guerra por espaço, e no deserto do Saara surgircidades inteiras, de nações que nunca existiram ali, mastomaram espaços a força, falam de um tempo, que tínhamosum vizinho ao sul chamado de Uruguai, e um a oeste chamadoParaguai, a Argentina ainda sobrevive as montanhas, muitas

áreas produtivas do mundo sumiram, uma das maiores naçõesdo mundo, a antiga Rússia da época do comunismo, perdeumais de 60 por cento de suas terras, para as águas, cidadesgigantes foram mudadas de lugar na china onde o topo dosgrandes prédios de Xangai viraram atração turística, a quase200 km a dentro do mar, a Austrália quase dividida ao meio emduas grandes porções de terra, que os antigos diziam ser uma

só, o mapa do mundo se alterou, dizem que numa floresta quehavia entre o Brasil e o norte dos Andes, perdeu — se commuitas plantas e animais sem ao menos estudarmos eles, a vidaquando falamos do passado, é algo estranho, não imaginocomo seria estas florestas, temos imagens de péssimaqualidade, não são tridimensionais, as cores parecem muitoexageradas, o passado parece sem graça, mas insistem em nosensinar, quero ir aos Palácios de Jogos, exercitar a mente em

 jogos alucinantes, e não em livros de papel, parece que nãotinha a menor graça este mundo do passado, outra coisa, nem

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consigo imaginar, falam em fabricas, vemos em filmes maisruins ainda, onde as pessoas trabalhavam com suas mãos,tolice, querem nos impressionar;

Dizem que este mês teremos um grande evento de Jogose aprendizados, musica e energia, dizem que alucinógenos no passado eram proibidos, falam que até os naturais como amaconha era proibido, hoje o governo incentiva o plantio aténas sacadas mais altas, embora ache que lá em casa nunca vainascer, os ventos vindos do mar, são muito fortes;

Moro em uma cidade no Brasil, cidade de São Paulo,vivo no centro, 32 milhões de habitantes só na cidade, as

cidades anexas como Barueri, já somam mais de 6 milhões,falam que cidades como Rio de Janeiro, já foram 200 metros a baixo, mas estão a planejar o subir mais da cidade, não sei paraonde, já que esta metrópole se estende entre três pólos, BeloHorizonte, São Paulo, e a Nova Rio, nunca me canso deconhecer esta cidade, ela é linda, imensa, e não me imagino emum dos campos de produção industrializado, dizem que somos

um pais de sorte, pois embora tenhamos perdido parte doterritório, ganhamos em muito em terras produtivas, paísescomo nós e os Estados Unidos viramos refugio de milhões de povos, falava de meus pais que moravam na Holanda, a NovaHolanda, tomada da Mauritânia a força, a mais de um século,gerou as guerras daqueles anos, hoje cultivam ao deserto, tiramo sal da água do Mar distante, a energia atômica virou regra,diziam que os países tinham carros a combustão, deveria ser

uma fumaça só, não sei como não viram que iríamos passar poristo, será que os humanos não eram tão inteligentes aqueletempo, ao ponto de ver o que iria acontecer, e nada fazer?

Os campeonatos de dança e jogos, a muito dominam osmeus domingos, sabe que quando estou com o meu grupo, de125 pessoas, dançando, me esqueço do colégio, das coisaschatas, dos aborrecimentos, parece que estou em outro mundo;

Eu estava dançando e parei, aqueles olhos me pararam,não sei por que, mas ela parou e tive sensação se ser para mim,

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no meio de tantos, os demais me cutucaram e me perdi no passo, o sorriso dela não foi de condenar, foi de apoio, emesmo tentando me achar no passo não consegui, quando prestei atenção no passo novamente perdi ela de vista, forammuitos pegando no pé, eu havia errado a coreografia que eumesmo tinha feito, olhei em volta e não vi a moça, fiquei a pensar quem era, e por mais que tentasse, os domingos por doismeses, procurei aqueles olhos e não os vi;

Esqueci, meu nome é João, eu tenho 16 anos, todosvividos nesta megalópole de 175 milhões de habitantes, queconsideram os campeonatos de dança, um tipo de distração,

mas ainda estão tirando sarro de mim, não sei como vou aofuturo, mas a universidade de engenharia me chama, dizem quetenho boas notas e uma bolsa de estudos para os melhores emdança, virou tradição, não entendo nada de alguns esportes do passado, que diziam ser populares neste pais, a mais de 400anos, mas é muito tempo para lembrar;

Eu fui ao mega-shopping e me deparei com a turma,

Cezar, Paulo e Carina, que sempre encontram comigo nalanchonete Monster, coisas naturais, e vi aqueles olhossentados a mesa, a falar com Cezar e não acreditei, parei afrente deles, os cumprimentei, e a menina falou;

 —  Prazer Paula!Minhas palavras não saíram, pensei como estava fazendo

 papel de bobo e ela falou; —  Não falou seu nome! —  João! —  Apenas João? —   Apenas, tenho nome de um tataraneto, uma tradição

de família, então melhor só João! —  Tem medo do passado? —  Não parece possível as historias que contam!

 —  Não parece, por que? —  Tem gente que diz que trabalhávamos com as mãos!

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Paula pensa que o menino era bonitinho e perguntou; —  Este sotaque é holandês? —  Sim, o seu parece local!

 —  Mas não é, é de uma cidadezinha nos Estados Unidos! —  Onde? —  Não ouviu falar menino! —   Não vai dizer que veio de uma cidade de campo,

nunca fui a uma, as vezes parece meio triste viver ao campo,sem a agitação!

 —  Você acha que estes alucinógenos, fazem o que, além

de uma sensação fraca de felicidade! —  Acho divinas elas! —  Não tem idéia do que é divino, menino!Eu olhei para ela, estava todo bobo, uma menina com

aqueles olhos verdes, bonita falando comigo, podia atédiscordar dela e não mandou eu a bicas, era como chamavamas entradas destes lugares, sinônimo de entrada e saída, quer

mandar alguém embora, manda a bicas, e ela se irrita, quandodiscordei dela, pensei que mandaria — me a bicas, mas quando pensei isto, ela falou algo que Cezar olhou para a moça edepois para mim;

 —  João, se lhe mandar a bicas, me interne!Eu sorri sem graça, mas por que ela disse aquilo, não

entendi, Carina olha para nós meio sem graça e Paula falou;

 —  Desculpe menina, estou atrapalhando? —   Não, é que acho estranho a forma que os três lheolham!

 —   Carina, eles se fazem de homens, mas ainda nãoaprenderam o básico!

 —  E o que é o básico? —  Sexo é o básico, Carina, mas eles ainda são virgens,

eu prefiro a alucinógenos, mas eles falam de mais e fazem demenos!

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 —   Sabe que regem muito os nascimentos, desde quesurgiram os imortais, eles nos excluem, nem sei como são, asvezes acho que eles não existem, pois nunca vi um!

 —  Acho que eles são horríveis, pois ninguém viu um, porque eles não se mostram, se fossem bonitos, ou inteligentes! —   Uma boa pergunta, mas o que ensinam aqui sobre

imortais? –  Pergunta Paula; —  Dizem que vieram do interior da terra, e tomaram as

terras na Europa na terceira década deste milênio, mas osrelatos falam de gigantes, os vídeos mostram grandesguerreiras, mas não mostra guerras, e sim, tentativas eestratégias! –  João;

 —  Eu gostaria de conhecer imortais, e você?  –  Paulo quedepois do cumprimento falou a primeira vez;

 —   Eu acho que conheço alguns, mas como saber, naminha terra, dizem que eles são como nós, sem diferença!

 —  Dizem que são geneticamente diferentes! –  João; —   Alguns, outros na mesma genética, mas sem

envelhecimento, estão tentando ver qual a seqüência genéticaque os permite envelhecer lentamente! –  Paula;

 —  Não acredito nisto, Paula! –  João; —   Esta quase conseguindo menino, mas quer saber,

imortais não são o problema, sabem que toda a historia dodegelo, foi inventada, pois como alguém vai assumir quefizeram besteira a mais de 300 anos!

 —  Você acha que não foi um degelo natural? —  Não foi natural, e deve ter sido uma imensa correria,

 pois pense em o mar subindo quase 2 metros por mês, quandocomeçou, a tendência foi primeiro tentar deter, quando viramos diques da Holanda virem serem inundados, 500 mil mortesem uma noite trágica, as pessoas acordaram que não tinha maisvolta, quando a água do mar começou invadir grandes rios,

matando peixes, tubarões surgindo em rios a 100 km do mar, já

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era tarde, não teriam tempo de reagir, e começaram as guerras por terra, mas não pode ter sido natural!

 —  E o que poderia ter sido?

 —   Não sei, ou se sei, não posso provar, ou se posso provar não posso dizer, e se pudesse saber, provar e dizer, deque me adiantaria, é passado mesmo! –  Paula;

 —  Mas acha que foi o que?Paula olha os demais e fala; —  Alguém diz para ele que o assunto esta chato?Carina sorriu e falou;

 —  Não de corda ao João para este tipo de assunto, ele se perde em indagações sobre o passado, e não para, elegeralmente é quem manda as meninas embora do grupo!  –  Carina;

 —  E você Carina, do que gosta? —  Gosto de dança, balada e musica eletrônica! —  Só disto? –  Paula;

 —   Não, gosto também do pessoal aqui, e de algunsalucinógenos!Eu tomei mais um alucinógeno, uma injeção na altura do

 pescoço e ouvi a menina falar baixo; —  Hot, Hot —  e mexer com a mão;Vi tudo em múltiplas corres, nunca havia experimentado

um alucinógeno como aquele, vi a minha frente como se a

menina estivesse nua, dançando para mim, tentei pegar o papel para anotar a coreografia, mas nada consegui, e quando volteiao normal, Carina e a menina não estava mais na mesa, e Paulo perguntou;

 —  O que houve, João! —  Por que? —  Você parece ter viajado longe, ficou estático ai mais

de meia hora, qual a marca deste alucinógeno, amigo, parecedo bom!

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 —  O de sempre, mas fiquei quanto tempo? —  Mais de meia hora! —  E onde foi a menina?

 —  Ela conversou um pouco e arrastou Carina para pertodaqueles rapazes lá ao longe!  –  Paulo aponta e olho a menina,que olhava para um rapaz mais velho, deveria ter minha idade,vi Carina a olhar para o rapaz, e pergunto a Paulo  –   Por quetenho a impressão de conhecer aquele rapaz? É de algum grupode dança?

 —  Não sei, mas também tive a impressão de o conhecer,mas não sei de onde!

Ouvi Cezar falar; —   Ele é um imortal, lembra que a menina falou que

conhecia alguns! —  Um imortal, como sabe? –  Perguntei; —  Vocês conhecem o rosto dos retratos tridimensionais

dos livros de historia, Peter Carson!

Olhei incrédulo, tínhamos um imortal na mesa e perguntei; —  Ela disse de que cidadezinha dos Estados Unidos ela

era? —   Não, mas lá eles conhecem mais imortais, e aquele

não parece um ser feio, por sinal, Carina esta babando por ele! –  Cezar;

 —  Ele além de tudo é rico, pelo que sei! –  Paulo; —   Não sei por que alguém quer ser rico?  –   Respondi,

mas o grupo em volta da menina era grande, e tinha me dopadono lugar de a dar atenção, mas por que viajei tão profundonaquele momento, não entendi, a mesa do rapaz, estava cheia, equando olhei para Cezar, ele estava estranhando ocomportamento de Carina, e viu o rapaz a beijar, ele ficou perdido, quis partir para uma confusão, mas olhou os

seguranças, estavam sempre bem atentos, locais daqueles eram bons para viajar, sair da real, e falei para ele;

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 —  Ela volta amigo, sabe disto! —  Não tinha de a disputar com alguém rico!Olhei para lá e Paula me olhou, e quando viu que estava

 bem, veio com duas meninas de nossa idade, deixando láCarina, que beijava o menino que deveria ter mais de 400 anos,estranho isto, alguém nos livros de historia que eu achava nãoserem reais, estava na mesa a 30 metros;

 —  Paulo, esta é Pietra, e esta Sharon!Ela olhou para Cezar e falou chegando perto dele; —  Acha que vai acontecer o que lá?

 —  Eu gosto dela, menina!Vi a menina, ela era linda, beijar Cezar, e ele meio perdido, parou de olhar a outra e olhou nos olhos da moça, efalou;

 —  Não sou bom como você disse em sexo! —  Lhe ensino, Cezar! Não conseguia tirar os olhos da moça e vi a moça de

nome Sharon, chegar ao meu lado e falar; —  Gosta de olhar?Olhei para ela, meio perdido, ela pegou o alucinógeno, a

mesa e vi se tornar em uma rosa, pensei se ainda estavaviajando, pois não havia uma rosa ali, por sinal, em alguns países fora proibida a plantação delas, por que eu não tinhanem idéia, mas vi os lábios dela chegar aos meus, a que estavacom Paulo já o beijava, e quando ela me beijou, senti os lábioscarnudos, a moça beijou — me com vontade, com calor, e viquando o ela afastou os lábios, o rapaz parado ao lado da mesaolhar para nós e perguntar;

 —  Querem ir a uma festa diferente? —  Diferente? –  Cezar; —   Ela lhe ama menino, não a vou tirar de você!  –   O

rapaz falou encarando Cezar que falou; —  Aceitamos o convite, mas quando?

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 —  Estou com um voador a porta, podemos ir agora, senão estiverem ocupados!

Levantamos e fomos ao voador do rapaz, vi os

seguranças cumprimentarem o rapaz, eles nuncacumprimentam ninguém, dizem ser parte da profissão, masquando vi o grande veiculo aéreo a porta, os seguranças da casanos aguardavam entrar, muitos convidados, não era umafestinha, e não mais de 5 minutos, estávamos ao ar, e fomos auma cobertura da Anhanguera, num prédio novo de mais de100 andares, paramos na cobertura, e vimos as grandes caixas,e embora estivesse acompanhado da moça, não conseguia tirar

os olhos daquela menina, Paula era o nome, mas por queachava — me atraído a ela, senti os lábios da moça me beijarem,vi que não tinha alucinógenos no local, a moça não tinhaaquele olhar de quem estava dopada, estava sóbria, lúcida e me beijava, me deixei levar pelos beijos, vi ela me encostar em umsofá e tirar minha camisa, o bronze artificial era o maismoderno da cidade, para poder ter uniformidade na cor dogrupo, eu vi ela tirar sua blusa, não era uma festa, era uma aulade sedução, e ela encostou seus seios no meu peito, e beijou — 

me com calma, vi ela afastar os lábios ao lado, e vi ela beijarum lábio ao lado, demorei para reparar que era Paula, meexcitei ao ver as duas se beijarem, e vi Sharon tirar a blusa damenina e ela me beijar, deveria estar sonhando, para alguémaos 16 anos, virgem, não esperava ser assim minha primeiravez, e ouso as duas falarem;

 —  Nós vamos com calma, João!As duas voltaram a se beijar, olhei para Cezar, ele estava

com Carina aos braços, Paulo estava com a outra menina, e euno céu, dois aviões ao sofá, e quando elas me possuíram, medeixei levar e quando acordei, depois de uma noite incrível,estava sozinho a cama, de meu alojamento, olhei em volta, pensei se foi uma alucinação, não podia saber, tinha babado na

fronha, e olhei em volta, pareceu um sonho, mas meu corpo parecia ter o cheiro dela ainda;

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Levantei e fui ao corredor, e vi uma menina a sair doquarto de Paulo, ela me olhou e fez sinal para não fazer barulho, sabia que aquela era uma região para rapazes, asgrandes cidades, construíram prédios como estes paraestudantes, na parte de baixo o colégio, e um quarto, não maisque cama e banheiro, para os alunos, vantagem é que aquantidade permitia um aluguel barato, dizem que antigamentese comia em casa, não vejo motivos para isto, por quedespender tempo em algo tão sem sentido, Paulo me olhou e perguntei;

 —  Como vim parar aqui?

 —  João, amanha me paga, perdemos uma baita festa porvocê ficar totalmente grogue, pensamos que iria apagar, ainda bem que tinha uma moça que fez primeiros socorros, e nos deuuma carona até aqui!

 —  E a menina? —  Ela só veio me dar um beijo, mas acho que Cezar se

entendeu com Carina!

 —  Já era tempo dos dois saírem da defesa para o ataque,mas ainda não lembro como vim parar aqui, estava alucinado,achava estar com duas meninas, e de repente acordo em casa!

 —  As meninas até tentaram algo, mas você apagou, umadelas chamou a moça que lhe atendeu, e achou melhor nosdeixar no alojamento, não queriam problemas com menores, nafesta deles!

 —  Pelo jeito paguei o mico! —  O micão!Entrei de novo e tentei dormir, não parecia ser verdade,

mas sabia bem que alucinógenos causavam isto, eles ainda preferem estes efeitos aos auto índices de suicídio do século passado, quando uma leva de desespero tomou muitos países, esuicídio virou moda, estranho isto, nunca pensaria em tirarminha vida, mas os relatos diziam que muitos preferiam a istoao futuro que se apresentava, as guerras do passado, depois o

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grande gelar do inicio do milênio, depois soluçõesirresponsáveis, e mais guerras;

Acordei e fui a aula, vi Cezar com Carina, a primeira vez

desde que se olharam a primeira vez, os dois sorriram e Cezarfalou; —  O que aconteceu ontem amigo, apagou? —   Não sei, alucinei, mas Paulo disse que atrapalhei a

festa! —  A dele com certeza, mas a nossa não, amigo! —   Não entendi, estava bem e de repente tudo mudou,

alucinei geral! —  As vezes acontece, com você não acontecia, mas atéos imunes um dia passam por isto, amigo!

 —  Esta falando do que? —   Tentou impressionar a menina e deve ter exagerado

em algo, pois nunca vi alguém perder a cor daquele jeito! —  Lembro de pouca coisa, mas sabe que aqueles olhos

verdes podem mesmo ter me feito perder a compostura, mas da próxima vez me controlo! —  João, lá as pessoas estavam sóbrias, estavam falando

varias línguas, acho que você resolveu tomar alucinógeno portodos eles! –  Carina;

 —  Sóbrios, mas que graça teria a festa? —  Não sei, a menina virou para você e disse que cuidava

de você, ela estava falando de sexo, amigo João! –  Carina;Ri, pois aquilo não fora alucinação, não o começo da

conversa, mas me precipitei, e foram as aulas, muito chato,nunca fora de estudar muito, já tinha minha colocação detrabalho, era ser um aluno nota 7 e estaria empregado, em nadame valia uma nota maior, pois não tinha outro cargo para mim,se meus pais ainda estivessem vivos, mas nem isto, as aulaseram a mesma coisa, a parte de cálculos eu gostava, mas o

resto, parecia historia sem sentido, aprender genética, para quese nunca passaria perto de alguém doente, ou com disfunção

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genética, já que com o avanço da tecnologia se identificava istona primeira semana de gestação e se induzia mutaçõesgenéticas para evitar problemas hereditários, dizem que houveum tempo que não era assim, mas por que não entendo, umavez uma professora falou que a ética medica no passado não permitia, e não entendi, onde ética se encaixa em evitar quealguém nasça com problemas, que o geraram problemasdurante a vida, eles falam que no inicio do milênio, paises que passavam os 80 anos de expectativas de vida eram tidos como paises evoluídos, acho difícil, pois hoje dificilmentemorreremos antes dos 140 anos, somente se sofrermos um

acidente, ou exagerarmos na dose de estimulantes, mas gostodisto, mas aqueles olhos verdes me pegaram mesmo, a queriaver de novo, mas achava difícil, fiz papel de bobo, fui quererimpressionar e me dei mal;

As festas de fim de ano estavam chegando, astradicionais férias, este ano sobrara um pouco, e queria ver se passava em Buenos Aires, a famosa cidade flutuante, dizem seragitada, mas como nunca fui a uma cidade flutuante, cidadesdestas, que tem não mais de 7 milhões de habitantes, devem ser bem calmas, mas queria conhecer isto, e sabia que Janeiro viriae iria a ela;

Sexta acabou com uma festa no colégio, daquelas queeram mais controladas do que o normal, achava que o mundonão merecia festas em colégio, professores não sabem ensinar,estava uma chatice, mas quando vi, Paulo com a menina da

semana anterior agucei os olhos, mas não vi nada, os demaisforam dançar, se divertir e um rapaz parou a mesa e falou;

 —  João Moreira se não me engano? —  Sim, me conhece? —   Passou mal na minha festa semana passada, não

esqueço dos problemas!Olhei o rapaz, era o tal Peter Carson, ele estava nos livros

de historia, nos de ficção, e a minha frente, não sabia o que perguntar e falei o que me pareceu idiota depois;

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 —  Verdade que tem mais de 400 anos?O rapaz sorriu e falou; —   Perdi a conta, mas se ver minha irmã por ai diz que

quero falar com ela? —  Sua irmã? —   Paula Carson, sei que ela conversou com você a

semana passada! —  Ela é sua irmã?O rapaz não respondeu e saiu no sentido da festa e foi

falar com algumas pessoas e Paulo parou ao lado com a

menina; —  Sozinho, o que esta acontecendo com o mais famoso

galanteador de São Paulo? —  Famoso, nada comparado a alguns! —  Vi que o rapaz veio lhe falar, algum problema?Ia responder, mas me perdi naqueles olhos me olhando e

vindo a mesa, e falei;

 —  Não, nenhum problema, mas estou confuso! —  Já? –  Paulo;Olhei a menina com Paulo, quase perguntei quantos anos

ela tinha, pois comecei a ligar a historia, mas parecia algoinimaginável, aquelas que se contava, mas não se sabia se erareal e Paula chegou a mesa e falou;

 —  Posso sentar? –  Ela me olhou aos olhos com malicia e

falei; —  Seu irmão a esta procurando!Paula olha para trás e nem fala nada, e olha para mim; —  Ele é chato assim mesmo, não estranhe? —  Sabe que estou intrigado?  –   Falei fazendo sinal para

ela sentar; —   Intrigada estou eu, você me deixou sozinha a uma

semana, como vai compensar o tempo que perdi com você? —  Compensar?

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 —  Sim, investi em você e quando vi estava sozinha numafesta que todos se arranjaram, espero não me deixar só hojetambém!

Ela foi direta, encostei na cadeira e guardei oalucinógeno no bolso, ela me pegou de jeito, o que falar, estavaquase fugindo quando ela falou;

 —  Não vai nem falar?Paulo riu e resolvi ir ao ataque, não sabia o que ganhava

com isto, mas se continuasse naquele caminho, naquele patético caminho, não daria em nada, e perguntei;

 —  Não sei se lhe devo nada menina, quer dizer, se nãoestou enganado, minha avó é mais nova que você!

Ela me olhou, olhou Paulo e falou; —   Espero que trate minha sobrinha com mais carinho

que este aqui, Paulo! —   Sobrinha?  –   Falei e engasguei , estava com Paula

Carson a mesa, a menina mais encantadora que conheci, fuimal educado e vi ela se levantar e ir ao centro da festa e abraçaro irmão e por lá ficou, os dois depois de um tempo saíram juntos, e pensei no que havia falado e me calei, burro, se queriarealmente a mandar embora, consegui, Paulo olhou para mimquando a menina os deixou e falou;

 —  Esta doente, João? —   Devo estar, acabo de jogar minha felicidade numa

frase idiota, agressiva e discriminatória!

 —   Você não esta bem, se recolhe, não esquece queamanha tem mais dança, e espero que não se perca no passo?

 —   Se não olhar para as pessoas, não me perco, masacabo de perder algo maior, acho que ...  –  ia me lamentar masvi uma menina de minha idade, de minha sala e atravessei osalão e fomos dançar, se tinha uma coisa que sabia fazer eradançar, e me diverti um pouco, não me alucinei naquele dia,

estava decepcionado comigo, a menina a frente sorria, e eu a beijei, normal ficar com alguém, as coisas que normalmente

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me deixariam feliz em uma festa, mas não estava, a meninatinha me fisgado e eu tinha me recusar a ficar no anzol, agoracom o queixo furado, parecia faltar algo, a festa foi acabando,deixei a moça na ala feminina e foi a minha cama, aquela noiteme virei na cama, não conseguia dormir, muita coisa estavafora do lugar e como estava a pensar no que havia feito, medeparei com minha frase idiota e nem tinha o que discutir, amenina iria sair com outro e nunca mais a veria, se ela foi lá,talvez me dando uma segunda chance, me cobrando ficar comela e no lugar disto, a fiz sair dali, com uma frase estúpida, nãome conformava, e fiquei deitado até tarde, quase perdi a

condução da tarde, que ia ao ginásio de apresentação, no centode tudo encontrei o pessoal da dança, e lá estavam Cezar eCarina, Paulo com um sorriso e eu com cara de vamos dançar, pois já dancei mesmo;

Quando adentro o Palácio de Cristal com meu grupo dedança, esqueço o mundo, a batida forte, com muitos gritosmetálicos de cordas e sons estridentes, com uma batida que nosfaz vibrar, dançar, alucinar os demais, este é meu mundo, ondeesqueço que existe planeta fora daquele salão, o grupo começa,meias hora, acelera o ritmo, fazemos o fim da introdução e nosconcentramos na perfeição, e no fim, com sorrisos, lagrimas emuita adrenalina, encerramos o movimento, e olho em volta, as pessoas aplaudindo, e quando saímos do salão, a menina do diaanterior me beija, deveria estar feliz, mas não era os lábios quedesejava, mas cada um colhe os frutos que plantam, e vimos os

outros 10 grupos se apresentarem, 20 horas de dança, e daí simcomeça a festa para valer, as janelas do Palácio de Cristalescurecem e a musica toma o lugar, os salões laterais se abreme mais gente vem para dentro, e as festas se arrastam, estavaabraçado com Miriam, ela me beijava quando disse que estavalonge, não podia mentir para ela, mas sabia que ela ficaria brava, estava prestes a jogar mais uma pela janela, ela saberiamais sedo ou mais tarde mesmo, mas a abracei;

 —  Miriam, quem destes dançando mais lhe interessa?

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 —  Esta me desprezando João? —  Não, mas queria saber, sabe como é, não acredito que

um cara como eu a fizesse feliz por muito tempo?

 —   Esta achando-se pouco, João, você é o melhordançarino do grupo, você é dos mais cobiçados da escola, vocêtem função determinada, a maioria nem isto tem!

 —  Isto nunca entendi, por que alguns não tem função seeu tenho, nem sou tão grande coisa!

 —  Dizem que você não estuda, mas sabe das coisas, temgente que estuda e não sabe de nada, vi ontem aquele imortallhe cumprimentar pelo nome, acha que os imortaiscumprimentam qualquer um?

 —  Não sei, nunca havia visto imortais antes! —   Mas tem duas lhe olhando desde que estamos

abraçados? —  Tem? —  Sim, uma de olhos azuis e uma de olhos negros! Logo

atrás de nós! —   Sabe que dizem que um parente muito distante,

quando estas terras eram muito maiores, fez fortuna nestasterras, mas para mim é como muitas coisas, lenda, mas que para estes imortais, é ontem, e o que será sonho para nós, são oamanhã para eles, e quando não formos mais pó, eles aindacaminharam por estas terras!

 —  Parece ter ódio deles? —  Não acho certo, Miriam, como alguém pode viver só

140 anos, e alguns, viu o menino que me cumprimentouontem?

 —  Sim! —   Dizem ter mais de 400 anos, e é uma adolescente

ainda! —  Vendo por ai, mas para que viver tanto, se nem temos

o que fazer, imagine estudar o dobro?

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 —  Deus me livre, mas eles mataram nossos deuses! —  Não leve a ferro e fogo, por isto esta tão longe, vi a

menina lhe dar bola ontem, dizem que pos a menina para

correr, ontem duvidei, mas pelo jeito o fez, você é especialJoão, não se deixe enganar! —  Mas não deveria os descriminar, não devo fazer com

eles o que eles fazem com a gente, pois me igualo a eles! —   Tem de acalmar!  –   Senti os lábios de Miriam me

 beijarem e fiquei ali, estava querendo achar uma desculpa, masnão tinha, eu me irritava mesmo diante de imortais, por que,não sabia, mas quando soube que a menina era irmã de PeterCarson, não consegui resistir;

Miriam me olhou e falou; —  As duas vem direto a você, quer que saia? —  Não, acho que nem é comigo! —  E se for? —   Sabe que estou a fim de atravessar sua porta hoje,

Miriam! —   Olha que hoje até deixava, mas amanha iria me

arrepender!João a beijou e viu duas moças sentarem ao lado de Paulo

e falar com a menina; —  Pietra, estamos preocupadas, o que esta fazendo? —  Me apaixonando, o que mais?

 —  Sabe que Peter vai ficar bravo! —  Ele não pode me prender para sempre, estou chegandona idade de me acertar com alguém, por que ele não entende?

 —  Sabe bem os planos dele! —  Ele seguia os próprios planos, não os dos outros, ele

vai querer me obrigar a algo! —   Não, mas sabe que pode lhe mandar para Comptche

novamente?

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 —  Mãe, tem de relaxar um pouco, eles são só humanosquerendo evoluir, depois que o pai brigou com Call, faz o que,200 anos, parece que tudo virou problema para ele!

Vi a menina, não parecia ter mais de 14 olhar para Pauloe falar; —   Não entenda-me mal menino, mas não quero ver

minha filha apaixonada por alguém que não estará aqui dentrode 120 anos, vi historias tristes de amores, ver quem se amamorrer é triste, mas o meu amor voltou, mas não gostaria disto para minha filha!

Paulo somente neste momento se tocou do que deveriater falado no dia anterior, que a menina era uma imortal, masolhou serio para ela e falou;

 —  Não sei seu nome, senhora? —  Caterina! —  Sei que posso não ser imortal, mas não existem casos

de humanos que adquiriram a imortalidade? —   Existe, mas a maioria não encara aquilo, que é o

adquirir da imortalidade com naturalidade! —  Por que? —  Existem diferenças genéticas entre nossas espécies, na

verdade não somos nem humanos e nem imortais, somos o quealguns chamam de Fanes, mas esta denominação não seencaixa na historia exatamente!

 —  Não entendi! —  Seu nome é Paulo, não é? —  Sim! —   Quando meu companheiro, fez o que fez, a mais de

400 anos atrás, era para que os humanos estivessem vivendo1300 anos, e não os meros 120 anos que vivem hoje, 120deveriam estar em estado de jovens entre 20 e 30 anos, nocorporal, mas o que aconteceu, os governos não estavam

 preparados para isto, e quando começou a leva de suicídios dosque não conseguiam evoluir, começaram a autorizar estes

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estimulantes, que hoje é mais comum que comida, o governode vocês não esta querendo os humanos evoluindo, e não possodizer que eles não tivessem razoes para isto, mas veja, induzirvocês quimicamente a regredirem, é parte do que o governochama de controle de futuro, pois os 120 anos, bem vividos,sem doenças, e uma morte no que seria o auge da vida, bemcômodo, mas quero ver quando for a hora dos que estão no poder morrer, dentro de 20 ou 30 anos como vão ficar as leis!

 —  Esta a dizer que deveríamos estar vivendo 1300 anos? –  Falei sem sentir;

A moça me olhou, entendi de onde vinham aqueles olhos

azuis da moça que estava ao lado de Paul, lindos, não diria queela tinha mais que 14 anos, mas falava com uma experiência deséculos, a filha dela era quase equivalente em idade a ela,estranho, seres preparados para viver a eternidade, que passariam normalmente em qualquer lugar, e a beleza damenina era muito grande;

 —  Sim, você deva ser João Moreira?

 —  Me conhece? —   A 16 gerações conheci um parente seu, menino, os

Moreiras sempre foram aliados, mas nunca se dedicaram aserem especiais!

 —  O que quer dizer com isto? —   Você deveria não existir, menino, se seu antecessor

tivesse escolhido pela imortalidade, mas ele entrou em uma

 briga financeira com Peter, coisa sem sentido, ele deixoumuitos herdeiros, pelo menos isto!Paulo olhou para ela e perguntou; —   Esta a dizer que se sua filha escolhesse João não

estaria falando nada?A moça olhou para a que me acompanhava e falou; —   Por que os meninos são tão inseguros assim?  –  

Caterina;Miriam riu e me beijou e olhou para Paulo e falou;

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 —  Estaria a falar sim, mas este ai já esta encrencado, nãoestamos falando dele!

 Não entendi a frase e Pietra olhou para a mãe, e falou;

 —  Eu quero tentar mãe, não pode me negar isto! —   Não posso, no papel é muito mais do que maior de

idade, tem a idade para ser uma ancestral distante dele, mastem de saber que dará trabalho, e que seu pai vai interferir!

 —  Com ele me acerto!A menina, moça, mulher, idosa, não sei, se levanta com a

outra, as duas foram abraçadas até uma parte que não dava

mais para ver, Miriam olhou para mim e perguntou; —  Sabia que a menina era tão velha assim?Paulo olhava para mim e falei; —  Acho que até Paulo já sabia, ou não?Pietra olha para mim e fala; —  Sabe que minha tia esta interessada em você! Não respondi, mas Miriam olhou para a menina e

 perguntou; —  O que ela quis dizer com escolher pela imortalidade? —  Seu parceiro é uma Fanes, eles são geralmente os mais

 bonitinhos, mas os mais ordinários, mas deve ter lido sobreJoaquim Moreira, esta nos livros de historia deste planeta,chegou a Presidência?

 —   Sim, uma linha de poder que depois de um tempo,

entrou em uma derrocada, dizem que ele tinha algumasamantes? —   Ele tinha amores menina, a diferença é que elas

sabiam umas das outras, meu pai tem 16 companheiras, não 15amantes, mas isto é normal em nossa sociedade, onde entre osimortais, para cada homem, temos 99 mulheres, a vida entrehumanos para as mulheres é mais confortável, pois não temtamanha concorrência!

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 —   Esta a dizer que existe uma falta terrível de homensentre os imortais?

 —  Sim, mas por isto meu pai não pode reclamar de tentar

 –  olha para Paulo, a menina iria falar algo pois ela olhou paraele com malicia e deu um beijo –  de convencer um humano nocaminho da imortalidade!

 —   Mas teria toda a concorrência, se ele se tornasseimortal? –  Miriam;

 —   Menina, não sei o que acha dos rapazes que seenvolve, mas prefiro os sinceros, as vezes um sincero nãomuito fiel, é mais fiel que um pseudo homem para a vida, quede vocês não é muito longa!

 Não resisti ficar quieto e perguntei; —  Mas que papo é este podermos viver 1300 anos? —  Menino, se um dia parar de tomar estes alucinógenos,

vai entender, olha em volta, olha os seres de mais de 100 everifique que eles são os que mais precisam destesalucinógenos, mas olhe para eles, e não para o que eles tentam

aparentar! —  Não entendi? —  Não damos nada de graça, e este assunto esta chato! –  

A menina virou — se para Paulo e o beijou, e quando vi Miriamestava a me olhar e pergunta;

 —   Minha avó tem 100, mas ela sempre esta a reclamardas coisas, mas ela não esta mal, sempre digo que ela parece

muito bem, acho que ela esta falando daquelas fotos dos idososem livros de historia, com rugas, dificuldade de locomoção, etudo mais!

 —  Mas não adquirimos isto pela manipulação genética?A menina sorriu e voltou a beijar Paulo, Miriam me

 puxou para dançar e fomos ao centro, minha cabeça estava a pensar nas coisas que ouvi, e pensei o que a senhora, não

conseguia pensar nela como senhora, falou, e fiquei a pensar edançar sem prestar muita atenção em volta e Miriam sorria ao

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dançar e quando voltamos a mesa de canto, vi ela aplicar umentorpecente, cheguei a pegar um no bolso, mas olhei aquilo enão o fiz, como tudo em volta, as pessoas usavam comtamanha naturalidade, talvez minha primeira festa sem usaraquilo, olhei em volta, e notei que os seguranças me olharammais seriamente naquele dia, por que, se não estava a usarnada, então observei que eles olhavam mais para os que nãoestavam a usar o entorpecente, sempre pensei que estavam ali para isto, mas não, estavam a controlar os que não usavam,voltamos a dançar e Miriam disse que estava lindo, e a beijeicom vontade, a muito não me sentia tão vivo, estranhei, olhei

em volta, a maioria estava mais a dançar pelo entorpecente, nãotinham mais o brilho nos olhos, de quando chegamos, efizemos as apresentações, olhei que quando voltamos osseguranças estavam a falar com Paulo se ele não iria tomar oentorpecente, não era somente eu, então eles viram a meninaolhar para o segurança e lhe mostrar a sua identificação, e osdois seguranças pararam de olhar para o casal, apenas paramim, Miriam estava totalmente mole, aos meus braços quandoo segurança olhou para mim e perguntou;

 —   Algum problema, não esta a usar o controle contra problemas sociais!

Eles sempre colocavam como se aquilo fosse umamedida contra os índices de suicídio do passado, os própriosseguranças tomavam mas um pouco menos que os demais, euiria falar e vi Peter chegar a minha pequena mesa e olhar para o

segurança e falar; —  Ele esta comigo segurança! —  Desculpe, não sabia senhor Carson!Estranhei a formalidade, era um rapaz quase de minha

idade, e toda aquela formalidade; —  Tudo bem João? —  Tudo, mas não entendi?

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 —   Entendeu, não é burro, Fanes administram até 100 pensamentos ao mesmo tempo, não é como a moça ao seu ladomenino!

 —  Esta a dizer que por isto mesmo sem me dedicar tenhouma vaga no futuro e alguns não tem? —   Na verdade sempre mantive as vagas abertas aos

Moreira, mas isto nem sou eu que faço, mas é outro assunto! —  O que é isto, uma divida de família? —   Divida, não, um dia ensinei a imortalidade a uma

moça, que era apaixonada por um parente distante seu, e istogerou ciúmes, mas o que posso fazer, não penso sem negar ascoisas, mentir, mas já administro isto melhor!

 —  Mas o segurança me obrigaria a me dopar? —   Com certeza, controle é isto, mas a maioria vai

sempre achar que estão ai para eles não exagerarem, não existeexagero, pode tomar a maior dose possível, e nada aconteceria!

 —  Mas passei mal ontem, por que? —  A pergunta, é o que você lembra, pois sei que o que

aconteceu João, mas nos denominamos de Carson, pois somosos controladores das memórias, então não estranhe todosfalarem que você passou mal, mas você não lembrar de nada,mas me preocupo com minha irmã!

O rapaz olha para o lado, e a filha beijava Paulo como senem ai para quem estava ali e depois deste olhar a meninaolhou para ele, pareceu que os dois se entenderam com os

olhares, o que significava não entendi; —  João, ser imortal tem seus problemas, você vai ver sua

filha lhe alcançar a idade, ou algo muito próximo, é inevitável, pois a aproximação da idade, ao infinito, gera isto!

 —  O que quis dizer com se preocupa com sua irmã, deium fora daqueles nela ontem!

 —   Tem algo que não entendo nos Fanes, eles em si,

 podem viver uma eternidade e não aprendem nem quem são,

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mas tudo bem, sei que ela é mais teimosa que eu, apenas cuida para não a machucar, e não me verá por perto!

 —  Não?

 —   Quer dizer, se minha filha mais velha estiver por perto, estarei por perto! —  Mais velha? –  Falou a menina como se ele a estivesse

chamando de velha;O rapaz sorriu e olhou para Paulo e falou; —  Bem vindo ao grupo, cuidado, ela não tem controle,

depois não me diga que não avisei!

 —  Vai o por para correr? –  Pietra; —  Correr, como era o nome daquele rapaz em Dallas, ele

deve estar ainda correndo!  –  O rapaz ria com espontaneidade,Miriam aos meus braços estava toda mole, como se não tivessecontrole mais do corpo, olhei em volta, os olhos ativos, damaioria das pessoas, os corpos soltos nos sofás, olhei paraCezar e Carina, estavam moles, o volume das conversas foicrescendo, o salão esvaziando, nunca tinha visto uma festa atéo fim, milhares de pessoas em pequenas mesas, em grupos aconversar, mas até o sentido da conversa se perdia, quantasvezes achei que esta parte era a mais interessante da festa, eolhei um grupo ir ao centro, Miriam parecia olhar o infinito, eolhei para os demais, todos entorpecidos, o rapaz se direcionaao grupo no centro da pista, uma pista para mais de 10 mil pessoas, agora com não mais de 20 pessoas, e ouvi o segurança

a minhas costas; —  Desculpe senhor, não sabia que era um deles!Olhei para ele e não falei nada, e ouvi ele dizer; —  Pode ir lá, olhamos ela para o senhor!Paulo e Pietra levantaram — se e a menina esticou a mão

 para mim e não fiquei ali, quando me levantei, a cena eraaterradora, milhares de pessoas encostadas, a olhar o infinito, o

fim das festas nunca existia, era o que os demais achavam queseria, isto que Peter deve ter falado, pois sei que o que era real,

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e o que não era, mas sóbrio, vi que quando cheguei ao centro, amusica não era a que tocava, aos meus ouvidos, era umamusica estilo Punk, inglês, e olhei em volta, e vi Paula chegar aminha frente e falar;

 —   Pelo menos hoje esta lúcido!  –   Ela falou isto e me beijou, não sabia mais se ela estava brava, não sei por que elame beijou, e depois de um tempo me olhou  –   Não vai nemretribuir o beijo?

 —  Lhe devo desculpas! —  Desculpado, mas por que decidiu entrar para o grupo? —   Não sei se decidi, Pietra me esticou a mão e vendo

que era o único grupo que estava consciente do que acontecia,achei que não custava olhar o que estava acontecendo?

 —  Hoje é uma dia especial, meu irmão chega aos 18 anoscronológicos, para os imortais é uma data importante, nossometabolismo desacelera, ele vivera com a aparência de hoje pormais de 30 milhões de anos!

 —  Esta a dizer que é uma festa de maioridade para ele?

Vi a menina sorrir, basicamente os presentes nãoolhavam para nós, estávamos lá mas não existíamos, lembro terfalado a uma semana que nunca havia visto um imortal, mas amaioria nunca veria, os seguranças viam pois estavam acontrolar as coisas, enquanto dançávamos os segurançasacompanhavam aquela leva de seres, quantas horas se perderianisto, tinha de tudo ali, de prefeito a governador, quem

comandava este comercio, por que? Esta pergunta bateu emminha mente, mas sorri e quando Paula olhou para traz; —  Sharon, lembra do nosso menino? —   Sabe que hoje parece mais vivo que a semana

 passada! —   Sabe que não me lembro de nada?  –   Falei tentando

escapar do vexame;

Sharon olhou para Paula e falou;

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 —   Não se faz isto menina, induzir o pensamento dosoutro, tudo bem, mas agora vou ter de ensinar como gosto tudode novo!

 —  Quando acabar a festa lhe deixo tirar uma casca, hojeele esta sóbrio, mas a magia o deixou meio tonto, era deesperar, sabe disto!

Sharon sorriu e me deu um beijo e depois saiu na direçãode uma garota, e fiquei sem entender, fora alucinação minha oudos demais;

 —   Dos demais, não sua!  –   Ela falou como serespondendo meus pensamentos, e pensei ser maluquice, masestava são;

Sacudi a cabaça e a menina me beijou e falou; —  Vou lhe dar uma chance, senhor Moreira, mas se me

chamar de velha de novo, lhe mato! —   Desculpe, foi totalmente grosseiro, mas me sinto

arredio, até agressivo diante da idéia de Imortais! —  Não somos Eternos João, apenas não sabemos quando

vamos morrer! —  Mas me é estranho! —  Se não quiser a imortalidade tudo bem, mas se quiser

o primeiro passo vai ser difícil! —  Difícil? —  Sim, tem de largar os estimulantes, mas para isto, tem

de evitar alguns alimentos, eles colocam neles, tem de evitaralgumas coisas normais, cerveja, refrigerante, frituras, mas o pior, é a abstinência de estimulantes, não sei como é, masdizem ser muito difícil largar!

 —  Esta a dizer que somos viciados nisto? —  Sim, vocês são viciados e não é fácil largar, pois se

fosse, os humanos estariam vivendo 1300 anos, e isto quebrariaalguns paises, pois eles teriam de proibir natalidades, teriam de

educar para mais de uma função, pois não tem como você vivera função que lhe ensinam hoje, daqui a 1000 anos, mas nem eu

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sei o que é isto ainda, mas sei que no meu tempo, muitosqueriam ser médicos, hoje, ninguém sonha com isto, pois nãodá mais dinheiro!

 —  E vocês, fazem o que? —   Assim como você, sou filha de dois Fanes, masquando adquiri a imortalidade, me fiz esta pergunta, o quefazer, mas eu administro galáxias, não preciso de uma funçãoremunerada, como Fanes, posso comer pedra, para sobreviver!

 —  Esta brincando?A menina riu, fiquei sem saber se era serio, mas ela olhou

serio para mim e falou; —   Passa neste endereço, quando deixar a moça no

alojamento!Eu olhei para traz e ela falou; —  Dentro de meia hora começa tudo de novo, e depois

de 3 horas voltam a lerdeza, se pensar que estão todos aqui há20 horas, e ficaram até a madrugada de domingo, quando vão para casa, e dormem e voltam a normalidade de suas vidas,sabe que para mim é muito ruim ficar em ambientes assim, mesinto deprimida!

Paula me acompanhou até a mesa, sentei e vi que osolhos já estavam voltando, nunca pensei em algo assim, umfluxo continuo de acontecimentos e entorpecimentos, vi amenina sumir no sentido do pessoal, o segurança tambémacompanhou os demais saírem e chegou ao meu lado;

 —   Sempre quis saber, por que alguns podem tanto,aquele rapaz, nunca vi alguém tão forte como ele!

 —  Já o viu brigar? —   Eu era uma criança, mas vi, mas eu envelheci, e ele

esta como no dia que o vi a primeira vez! Não falei mais nada, e olhei a moça voltando, o

segurança tomou seu lugar novamente, eles nunca

conversavam com a gente, quer dizer, se passar a ser alguémespecial, eles falaram comigo, mas por que? Mais uma

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 pergunta a responder, Miriam me abraçou, e vi ela me beijar, efalei;

 —  Vai ficar, estou cansado!

 —  Me deixa no alojamento, também estou achando meiochato hoje!Fomos ao alojamento, vi que Miriam estava entregue, a

deixei a porta e peguei o endereço no bolso, era central, lembroquando construíram o grande prédio, sobre o que dizem ter umrio embaixo dele, chamaram o prédio de Tiete, uma imensaconstrução, com pistas 12 pistas por sentido, por 6 andares, eaquele prédio, 200 andares, num contorno do que chamam deantigo centro, mas para mim, ABC é central, periferia é BH,Rio de Janeiro, ou mesmo Curitiba, isto é periferia.

Cheguei pela entrada sul do prédio, uma imensa rampa,onde os manobristas recolhiam os carros dos moradores evisitantes, cheguei de Táxi terrestre, não tinha dinheiro para umaéreo, estava a economizar para as férias, mostrei o cartão na portaria, e ele indicou o fim de um corredor, já estivera ali, a

ala dos especiais, somente gente rica entrava ali, local degovernadores, prefeitos e muitos empresários de nome, nomundo tinham residência, passei o cartão num leitor e este meindicou o elevador, no mesmo encostei o cartão e o elevadorsubiu rapidamente, nem reparei nas pessoas me olhando, nãoera alguém que devesse estar ali, nem tinha roupas para isto,mas pareciam saber que eu era esperado, deveria ser impressão,o elevador abriu a porta e vi um agito geral, era uma festa,

olhei ao longe, era uma cobertura, mas não sabia existirtamanho espaço com um só dono na cidade, os espaços como oque eu residia, tinha pouco mais de 12 metros quadrados entre banheiro, e quarto, o padrão de todos os estudantes etrabalhadores solteiros, sonhava em ter uma companheira, masteria de trabalhar 30 anos para ter direito a um quarto de casal,e o normal era somente depois disto, procurar uma

companheira;

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O local era imenso, o local deveria estar com umas 300 pessoas até não era muita gente, já vi festas em lugaresmenores que este com mais de 3 mil pessoas, uma rapaz veioservir, eram aperitivos de Salmão, raros e caros e sucos, nãotinha nem bebida alcoólica, os salmões tinham seus locais dedesova em áreas geladas, das quais alguns rios deixaram deexistir, pois com o subir dos mares, foram alagados, os poucoslugares de desovas, hoje são controlados, pois não se quer perder mais esta espécie de peixe, peguei um, era fresco, achoque nunca havia provado algo assim, estava muito bom, e osuco era sem açúcar, estranhei um pouco, mas era outra coisa

que se tornou rara, os campos todos em sistemas automatizadosde alta produção, davam prioridade a outros tipos de alimentos,mais protéicos e de maior produtividade.

Reparei que existiam pessoas de varias idades, querdizer, variava entre uns 12 anos e uns 30, mas hoje em dia a pessoa ia aos 120 com aparência de no máximo 40, ficavadifícil saber ao certo, e ouvi uma moça ao meu lado;

 —  Pelo jeito é novo no grupo? —  Nem sei se sou do grupo ainda! —  Prazer, sou Renata, a anfitriã, seu nome? —  João Moreira, Paula me convidou! —   Moreira, sabe que em direito parte disto deveria ser

seu? —  Esta brincando, não esta?

A moça sorriu, Renata, olhos lindamente azuis, deveriater uns 60 anos, quer dizer, aparentava uns 60 anos, e pensouquantos anos ela teria para ter aquela aparência, 60 na minhacomparação, não sei na de vocês, jovem, bela, no meio de umavida;

 —   Isto não importa João, tenho a aparência de quandodescobri a imortalidade!

 —   Como vocês fazem isto, vocês respondem pensamentos!

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 —  Conheci pessoalmente Joaquim Moreira, um parentedistante seu, mas quando o conheci, não era imortal, tinhasofrido algumas coisas, como com câncer de colo do útero,naquela época se usava quimioterapia, passei 6 meses semcabelo nenhum rapaz, mas um dia os Carson iriam novamentese aproximar dos Moreira!

 —  Dizem que brigamos, mas por que? —   Por que tive uma filha de Peter, e seu parente, que

tinha outras mulheres, não se conformou, e o que era uma brigaracional virou financeira, mas o menino ali a frente, não seimportava com estes detalhes, e o seu parente, deveria ter

entendido, pois antes nem poderia ter tido o filho! —  Mas quantos anos tinha Peter quando isto aconteceu? —   14, e eu tinha meus 24 anos, a mesma aparência

daqueles anos que para mim parecem ser uma eternidade atrás!Olhei a moça, alguém capaz de se envolver com um

menino, o que deveria ter acontecido, obvio que não era demeu interesse esta parte mas perguntei ;

 —  Por que diz que parte disto deveria ser meu? —   Seus bisavós foram para a Holanda, a New — 

Amsterdã, era uma cidade flutuante, mas algo deu errado, e acidade começou a afundar, e os negócios de sua família junto!

 —   Nunca entendo esta parte da historia, como umacidade flutuante pode afundar, sem ninguém falar por que?

 —  Eles teriam de aceitar, que nem tudo é apenas caso do

destino, mas ninguém vai falar disto! —  Como assim? —   Nada ainda, com calma você vai ficar sabendo!

Conhece o pessoal ou vai ficar só olhando? —  Sabe onde Paula esta? —  Deve ter ido se trocar, mas já vem! —  É lindo o local, é seu?

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 —   A Ponto, foi criada por Joaquim Moreira a mais de400 anos, mas Assessor de Marketing, é a primeira função, masestou falando das que virão a seguir, já que sua sociedade nãoescolhe mais funções, aceitam como se tudo sempre tivera sidoassim!

 —  Esta da dizer que vou crescer na empresa, por isto elesestão querendo me conhecer, eles sabem o que vou fazer,mesmo eu não sabendo?

 —   Na verdade, escolheram em conjunto, uma regraestranha, temos 10 mega empresas que controlam este pais, e acada 40 anos, uma indica o próximo presidente, da nação,

estamos falando de sua função em 10 anos!Eu parei naquela informação, alguém parada ao meu lado

estava dizendo que o presidente do pais, dentro de 10 anos, eraescolhido pelas empresas, e eu, que começaria na empresadentro de 4 anos, seria o escolhido, era algo impensável paramim, mas a reverencia e atenção que os demais me deram,tendia a confirmar isto;

 —  Mas se você falar a alguém isto, fora destas paredes,se troca os nomes, não tem idéia de como é fácil induzir um povo a votar menino!

 —  Desculpe se parecer incrédulo!A moça sorriu e falou; —  Paula esta chegando ai atrás, agora posso lhe deixar

em boas mãos!

A moça não olhou para trás, mas quando me virei, vi elae Sharon, a me olhar e caminhar para mim, ela pegou emminha mão e falou;

 —  Ainda bem que veio, era sua ultima chance comigo! —  Por que você resolveu me escolher, já que eu só estou

dando motivos para o contrario?Ela sorriu e me beijou, achava que estava confuso, e

estava mesmo, ela me abraçou e caminhamos com Sharonmedindo — me, e a menina, e paramos em frente a uma senhora

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de uns não sei quantos anos, talvez das pessoas mais velhas quetenha visto em minha vida, as pessoas não tinham maisaparência de velhos, pensei no que Caterina havia falado, eouvi;

 —  Mãe, este é João, meu namorado!Eu engasguei, era a mãe da menina, e ela falou; —  Não deve estar acostumado a ver pessoas velhas por

ai, mas tudo depende da idade que descobrimos a imortalidademenino, mas tem de cuidar direito de minha filha, é meutesouro!

 —  Vou tentar não a machucar! —  Bom menino, mas ela é mais perigosa que você!  –  A

senhora olha para a filha e fala. –  Pega leve com ele, não sabenada, pelo que vi!

 —  Sei disto mãe, mas vou com calma!Vi Peter Carson chegar ao lugar, muitas das crianças

 presentes foram cumprimentar ele, e Paula falou; —  A maioria é filho ou filha dele, não se preocupe! Neste momento vi vindo de dentro, meio desajeitado

Paulo com Pietra, havia esquecido que os dois sumiram juntocom o pessoal;

 —  Quer ficar agora na reunião dos com mais de 400 oumenos de 400?

Olhei Paula, nunca alguém me fizera uma pergunta tãoestranha, mas em si não tinha como responder sem ofender, efalei;

 —  Na que você estiver! —   Sabe que tendo a passar nas 3 reuniões, a dos com

mais de mil, a com mais de 400, pois estou nesta faixa, e ascom menos de 400, as crianças, os menor de 12 anos, não estãona festa!

 —  Nunca entendi isto, vocês crescem normal até os 12

anos, É isto?

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 —   Temos níveis de crescimentos, que tem umcrescimento aparentemente normal até os 12, depois crescemosmais lentamente até os 18, e por fim, quando chegamos aos 22nosso metabolismo para de envelhecer por um tempo que nãosei qual é!

 —  Não conhece ninguém com esta idade? —  Seria isto, a pessoa mais velha que conheço tem só 52

milhões de anos, então não sabemos aonde iremos? —  E esta pessoa não passou dos 22 anos? —  Sim esta pessoa não passou dos 22 anos, embora os

humanos atuais morram com 35 anos cronológicos, e nem sedão conta disto!

 —  Reparei que sua mãe é a mais velha presente! —  Ela descobriu a imortalidade, na mesma época que eu,

ela tinha 41 anos, por isto ela tem a aparência da época, muitasimortais a respeitam por acharem que ela é muito mais velha! –  A menina riu;

Vi outras pessoas chegarem ao grupo, algumas comaparência de 20, outras mais novas, e Sharon abraçar Paula efalar;

 —  Temos de ter meninas novas, conheço todas! —  Sabe que às vezes lhe estranho, Sharon? —  Paula, se um dia Kátia voltar, volto à condição de ter

alguém para a vida, foram os melhores 200 anos de minhavida, mas Call tinha de implantar esta porcaria, aquilo me

deprime! —  Ele fez os cálculos, o planeta não agüentaria amiga!Sharon sorriu e beijou Paula, não fora apenas sonho, e

Peter foi a um palco e falou; —  Crianças, lembro que não se deve abusar, este prédio é

físico, não agüenta todas vocês, sabem disto, mas por isto emhomenagem aos meus 18 anos, olha que jurava que faria eles

antes, mas antes tarde que nunca, prometo não esperar até os22 para dar outra festa!

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Ouve um agito geral e Paula virou — se para Sharon e perguntou;

 —  Vai tocar hoje?

 —  Ahau e Bia já devem estar chegando, sabe que a muitonão toco, depois que descobriram que era uma imortal, pararamde vender meus discos, e desisti de bater para gravarem, elestinham razão, mas o que chamam de musica hoje, não tem poesia!

 Não falei, sabia que podia ofender, estava vendo queminha língua se continha mais sem alucinógenos, uma hora medeu vontade, e vi o que se dizia ser vicio, mas me segurei,Paula estava ali, parecia que quando ela me dava a mão, avontade ia embora, a cortina se abriu, e vi uma imensa sala,mas ela ia no sentido onde não tinha prédio, era imensa, masolhei do lado de fora, não cabia, não existia, antes de entrarnela, achei ser uma ilusão de ótica, ou uma projeçãotridimensional, mas Paula me puxou para lá, vi algumas pessoas estranhas, sabia quem eram, Tesália e Dalila,

imperatrizes numa festa de 18 anos, aquelas vestes mostravamtudo, estranhei, as pessoas não olhavam aqueles corposesculturais, Paula olhou para mim e falou;

 —  Os demais já viram mais que isto, João! Não entendi, mas vi algumas moças, lindas, jovens,

estava na ala dos mais de mil, e Paula foi me apresentando,ouvi muitas vezes perguntarem para a menina ―Por que estacom este mortal?‖ ela não respondia, mas sabia que estavamme descriminando, se antes, os políticos estavam a seragradáveis, estas não foram, e quando sentamos, vi que alirolaria sexo, haviam camisinhas, a muito não usava — se isto,diziam que com os alucinógenos as mortalidades acidentaiscaíram, mas também a natalidade caiu em mesma proporção,mas pelo que vi, nenhum daqueles no salão do palácio decristal faria sexo, mas aqui, parecia que aconteceria, estava me

sentindo mais ligado na tomada, mas as vezes me dava dor decabeça, Paula vendo que tinha alucinógenos no bolso, os

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 pegou, e vi pela primeira vez algo que achava ser mentira dashistorias, eles desintegraram na mão dela, virando pó;

 —  Sei que vai ser difícil João, quero que tente, nem sei

se vai querer tentar, mas é a única condição, estas portas estãosempre abertas para sóbrios, sãos, mas sempre fechadas paraalucinados, eles pirariam aqui dentro!

Eu a beijei e ela falou; —  Tem de saber as regras daqui menino? —  Regras? —  Sim, imortais gostam de sexo, sabe que estamos fora

do tempo, é só olhar para sala ao lado, eles estão estáticos emmovimentos tão lentos que temos de ficar fixos na imagem para ver o movimento, estamos fora do planeta, se olhar parafora, é outro planeta na sacada, mas aqui quando a musica virar padrão pode ser atacado por alguém, tem de saber se quer ounão!

 —  Mas acha normal isto? —   Temos mais mulheres imortais que homens, então

sabe que tem mulheres que mesmo elas se fazendo dedesinteressadas, quando o ritmo se unificar, vão querer!

 —  Perguntei pois estou com você! —  Esta? —  Não me apresentou a sua mãe como seu namorado? —  Verdade, aquilo foi o mais formal que já cheguei de

uma relação, por que não sei, acho que estamos com destinostraçados!

 —  Por que você fala assim? –  Perguntei no sentido de seralgo que ela queria, não fui gentil, o pai dela embora tivesse pouco mais que minha idade, estava ali;

 —  Por que gostei de você, espero não ter me enganado! —  Estranho isto, você atacou, as meninas recuam! —  Elas são programadas para resistir, fui educada para

experimentar!

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 Nós sentamos distante do centro do salão, basicamentevieram poucos homens mesmo, mas Paula me isolou, nos pondo numa posição de aguardo, ela não sabia como mesentiria lá, vi alguns chegarem ao centro, nunca havia vistoaquilo, sexo é uma coisa, sentia — se as fragrâncias de rosa noar, e uns poucos a serem devorados por deusas, aquilo era algo bem estranho, elas não usavam camisinha, pareciam quereralgo mais, não só sexo, Paula foi me explicando quem eraquem, ficamos ali umas 2 horas, e fomos ao grupo de poucomais de 400 anos, ali vi que haviam rapazes, mas mesmo alitinha uma leva maior de mulheres, mas eram bem mais rapazes

na comparação, e sentamos ao fundo novamente, vi ela me beijar, o pai dela não estava ali, deveria ficar um tempo nosalão ao lado, onde haviam muito mais mulheres, mas não dava para diferenciar algumas que lá estavam, em idade das que aquiestavam, mas esta era a leva que descobriu a imortalidade,escolheram por ela, era estranho isto, não tinha mais noção decerto, vi uma rapaz chegar e beijar Paula, senti ciúmes, e elafalou quando o rapaz se afastou;

 —   Não somos muito fieis aqui João, nem sei se esta pronto para isto!

 —  Pensei que estávamos juntos? —   Estamos, mas quero saber se não me enganei com

você! –  Vi ela me beijar e os seus braços tiraram minha camisa,ela pos ao lado, e vi ela puxar o zíper lateral de minha calça,que descolou do corpo, ela me deixou de sunga, e tirou sua

 blusa, me puxou a seus seios, desta vez esta lúcido, o cheirodela era delicioso, beijei seus seios, ela me acariciou e me beijou, ela parecia uma menina mais nova, mas sabia o quefazia, deveria ter mais que minha vida, em experiência, ela mefez a excitar e somente depois vi ela me por uma camisinha evir sobre mim, olhei em volta, alguns casais faziam sexo, masos demais não achavam aquilo não natural, vi Paulo e Pietra

chegarem junto ao nós e a menina beijou — me, vi nos olhos dePaulo o ciúmes, mas quando Paula que estava sobre mim, o

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 puxou para ela e o beijou, ele não entendeu, mas a beijou, fuieu que senti ciúmes, a Paula tirou a blusa de Pietra e senti oslábios da menina novamente, e os seus seios tocando meu peito, fez o mesmo com Paulo e enquanto beijava a menina vios dois se beijarem, Paula me deixou ali com Pietra que trocoude camisinha, Paulo entrou com mais naturalidade que eu natroca de namoradas, mas aqueles olhos azuis me encantaram enão neguei fogo, mas fiquei sem jeito em alguns momentos, eraalgo estranho, dois amigos de anos sendo trazidos para ummundo estranho, bem estranhos, depois de tudo aquilo, vimosos demais pararem no tempo, e as duas nos porem na parede, e

ouvi as palavras, da boca de Paula; —  Tenho de saber se me aceitaria como sou? —  Mas sou um mortal? —  Esta é a segunda pergunta! —  Eu não sei o que foi que aconteceu aqui? —   Nós imortais, temos de escolher alguém, e tentar o

trazer a imortalidade, nossos filhos seriam imortais, não

 precisando ser iniciados, mas teria de saber se saberia entender,que não existe imortal saciável por um mortal, nem por imortal,e não negamos esta necessidades física!

 —  Esta a dizer que teria outros? —   Quero dizer que você seria meu, e nossos filhos

seriam nossos, eu provavelmente nas festas teria outrasrelações, você teria outras relações, mas que estaria comigo!

 —  Parece uma loucura, estas festas acontecem sempre? —  Não, mas me aceitaria assim? —  Tenho ciúmes, não sei se entende disto? —  Entendo, mas não ache que não sinto ciúmes, dizem

que somos a cada dia mais possessivas! —  Eu não sei se lhe amo Paula, é sedo para dizer isto? —  Sei disto, mas gostaria de mim a ponto de tentar um

amor?

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 —  Sim, você é incrível, mas me sinto inseguro! —  Um sim, agora tenho de saber outra coisa? —  Fale, qual a outra exigência?

 —   Quer ser um imortal? Não é uma exigência, masfacilita, você envelhece mais calmamente mesmo que nãoaceitando a imortalidade, mas o queria trazer a imortalidadeJoão!

Aquelas palavras me fizeram pensar, não estava ela se pondo como uma imortal, e sim, me convocando aimortalidade, eu não soube o que falar, ouvi Paulo ao ladodizer sim a Pietra, olhei com duvida, ela com certeza liaminhas incertezas, meus pensamentos, senti ela fazer isto antes,mas olhei para ela e sorri, ela sorriu de volta, ela soube que nãoera um sim, mas falou;

 —  Pelo menos me deixa lhe tentar induzir a isto? —  Mas por que eu? —  Por que?  –  Ela me olhou e falou algo que talvez não

estivesse preparado para ouvir.  –   Por que você é bonito, éinteligente, tem um futuro, mas principalmente, não conhece amim como os que estão aqui, eles não tem como me amarJoão!

 —   Por que eles não lhe amariam, vi que beijou ummenino!

 —  O nome daquele rapaz é Paulo, como seu amigo, masé irmão de Pietra! Mas a maioria me teme aqui dentro, são

 poucos que não tem medo de mim, de Peter, eles nunca meamariam por eu!

 —  Mas por que eu? —  Não quer tentar, vai me por para fora, depois do dia de

hoje João?Sorri, pois minhas duvidas não eram sanadas por

 palavras, a beijei e senti tristeza nos seus lábios e passei a mão

em seus cabelos e falei; —  Eu tento, mas saiba que não sou fácil!

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 —  João, vamos fazer um trato? —  Fala! —   Tentamos, mas usando sinceridade, você deve achar

que leio seus pensamentos, só os que você produz no momentoque estamos juntos, e não leio sentimentos, não que não possa,mas não é fácil entender, sentimento é complicado, mas queriaque usássemos de sinceridade, pois se não for assim, não vaidar certo!

 —  Sabe que estranho isto!Ela me beijou e nos vestimos, a noite estava apenas

começando, as duas nos ensinaram coisas, que eu imaginavaimpossível, aquela peça, que parecia fora do tempo, dava paraver as pessoas do lado de fora, em movimentos muito lentos,olhando para cima, haviam quartos, mas estávamos no ultimoandar, não haviam estes mais de 20 andares a mais, mas foramdias me ensinando, não sabia se aquilo era uma alucinação, noterceiro dia, quando acordei, suava, estava ainda em não maisde minutos, o relógio parecia de tempos em tempos passar um

segundo a frente, num relógio digital, não se via, pois sómostrava o dia, ano, hora e minuto, para que se queria sabersegundos, estava a suar na cama, meu corpo parecia ter febre, evi a menina sentar  — se a cama, e me dar a mão, não deuresultado, senti aliviar, mas era algo dentro de mim, ela olhou para fora do quarto e depois de poucos minutos vi Renataadentrar a sala com Peter, estranho a naturalidade que tinhamcom seres despidos, como eu estava a cama e Peter falou;

 —   Tem de o apoiar irmã, já vi crises de dias, atésemanas, aura de cura ajuda, mas como não é doença, o corpoesta acostumado com a droga, ele não precisa dela, mas ascélulas na folga de trabalho químico que o produto gerava,estão reclamando, o amigo dele teve a reação forte ontem, umdia depois, é dos fortes, mas nestes que a reação é mais forte!

Perguntei sem saber de onde vinha o tremor, nunca havia

sentido algo como aquilo, febre nunca soube o que era, minhacicatrização era melhor que a dos demais;

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 —  Mas o que estou passando? —  Reação de abstinência a entorpecentes, é muito difícil

à escolha de sair dela!

Pensei em pedir um, que mal teria, mas vi na lagrima dosolhos de Paula o mal que o pensamento tinha, e tentei ser forte,mas sabia que estava a tremer, sentir frio, minhas mãos nãofixavam nada, ela me deu de comer a boca, naquele dia, ela meabraçou e falou;

 —  Não queria que desistisse João, mas a escolha é sua! —  Estou tentando Paula, mas é horrível isto!  –  Estava a

nem conseguir segurar algo, o corpo parecia querer a droga, o pensamento nisto acalmava, era como se o corpo fosse viciado,nunca pensei nisto, também não lembrava de ter passado maisde dois dias sem o usar, desde a infância, houve uma vez, masfoi durante uma greve e a falta foi suprida por importações,nunca havia me dado conta da rapidez que o governo fez osestoques chegarem, depois daquilo não me lembrava de ter tidooutra greve, o que será que puseram a mais na droga, pois os

salários eram apenas suficiente, mas os gastos diminuíam,estávamos em um mundo onde o prazer era em grandes festas,e com muitos estimulantes, vi que pensar era uma forma de nãodeixar me entregar as drogas, mas tinha horas, que quando elasaia para pegar comida ou para ir ao banheiro, que ela mesoltava as mãos, eu tremia, minha cabeça parecia que iriaexplodir, o que seria de alguém sem um toque daquele tentar passar por isto, ela voltou rápido, mas falou;

 —   Paulo esta tendo complicações respiratórias, mas ocorpo dele não tem mais febre!

 —  Por que disto? —  Por que ele usava fumar maconha, em doses elevadas,

 para acalmar, o pulmão dele vai reclamar! —   Mas ... —   senti um calafrio, ela me deu a mão, e

 pareceu diminuir, ela olhou para o prato e este veio a mão dela

sem ela largar a minha mão e assim sem tocar a colher ela me

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deu de comer, ela era incrivelmente bonita, e especial, às vezesme vinha as historias do passado a mente, não entendia do porque, mas ela disse que os demais tinham medo dela, não sei por que me veio isto a mente, mas ela não me tratara mal,cuidara de mim, lembrei de quando minha mãe ainda era viva efora morta, estranho como acasos aconteciam, mas seconsiderar o nível de mortalidade por assassinato no pais,muito próximo de zero e já era este valor quando ele era pequeno, e perdeu os dois pais por arma de fogo, em assalto,mas o que levaram, um relógio, uma amostra de sangue, e umacarteira que não tinham como usar sem serem rastreados, ela

me fez lembrar minha mãe, cuidando de mim, e esta lembrançame fez estranhar, pois só agora me dei conta que naquele anotivemos problemas de fornecimento de alguns produtosalimentares para os mais novos, sempre fora definido aalimentação por idade, eles diziam que isto nos garantia umvida melhor no futuro, até hoje temos estas propagandas, seráque já consumíamos estimulantes, e não sabíamos, desdequando sou viciado, lembrei de cada problema que tive,geralmente desculpas referente a alguma comida, pois não podia ser genético, e Paula estava ali e em beijou e falou;

 —  A partir de amanha, pode ser pior João! —  Pode ser pior? —   Pode, a partir de amanha seu amigo começa a

melhorar, e você piorar! —  Mas seu irmão disse que eu era forte! —   João, seu amigo tem noção de uma existência, uma

cabeça que desenvolve um pensamento por vez, você não, podeadministrar milhões de pensamentos ao mesmo tempo, o vicioé mais incrustado ao cérebro, que é o maior fator de tudo que parece sentir João!

 —  Esta dizendo que a partir de amanha piora, como podeser?

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 —  Confia em mim, estou aqui! –  Ela falou e aquela noiteela dormiu comigo, eu não conseguia nem me virar, mas viquando pareceu tudo mudar, as cores das paredes, e muitascoisas passarem em minha cabeça, não sei quando começou, pareceu que vivi naquilo a vida, as pessoas eram reais, meofereciam o entorpecente que recusava, mas sentia o corpo sedeteriorando, vi muitos amigos me oferecendo dizendo que senão tomasse iria me matar, foi um dia inteiro eles me falandoque ou eu voltava a tomar, ou teria uma vontade grande de mematar, vi meninas variadas, falando que não queriam que eumorresse, vi a imagem de Paula me oferecendo o produto e

quando vi isto, me batia a cama, não queria, mas não conseguiasegurar ela que estava prestes a me aplicar o produto, quandosenti a mão dela nas minhas e um ser surgir em minha mente, por trás da imagem dela, ela em si, e as duas saíram no braço, oser dentro de mim que queria que tomasse era forte, e vi a queestava dentro de mim ganhar no braço da imagem de Paula, elaestava ao chão com uma lagrima nos olhos quando conseguimexer o braço e segurar a aplicação, quando fiz isto, a moça sedesfez no ar, olhei ao chão e Paula não estava mais lá, senti asmãos delas na altura de minha barriga, deveria estar dormindo,e consegui dormir um pouco;

 Não sei quantos dias dormi, mas foram alguns, lá sabiaque estava fora do tempo, mas foram pesadelos atrás de pesadelos, todos falando para tomar a droga, às vezes sentia umfrio terrível, as vezes sentia fome, mas não acordava, não de

verdade, ouvia as vezes Paula falar com alguém, ela estava ali,mas não consegui a ver, por vezes achei que iria morrer, tiveduvida se era o melhor, mas como poderia escolher continuarme enganando, e me deparei com muitas conversas, Paulo veiome ver e falar com ela algumas vezes, ele parecia pela vozmelhor, mas não conseguia dominar o corpo, era como se amente tivesse desconectada, do resto do corpo, assim que umtetraplégico deveria sentir, mas eles ainda teriam a vista, eu

nem isto, talvez coma, mas sabia disto apenas pela historia de

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acidentes trágicos, mas nenhum próximo de mim, minha menteera testada em conflitos, sentia que Paula aparecia lá as vezes,quando me sentia muito fraco, mas ela evitava, entendi que oenfrentamento era meu, e não dela, mas as vezes tive vontadede morrer, as dores, o frio, ela ali perdendo tempo de sua vida, por um fraco, mas depois via que era reação de depressão, meveio a mente se os primeiros casos de suicídio não foram emtestes destas drogas, pois a muito não se ouvia casos desuicídio, mas o que eles falariam se alguém tentasse sair, emorresse, em casa sozinho, que não tomou o estimulantes, eteve uma depressão e se matou, fazia sentido, não estariam

mentindo, mas não falariam que a pessoa estava tentando selivrar da droga, e se tentaram pela comida, e alguns nãomantiveram quantidades, suficientes e se mataram peladepressão causada, podia ter sido de tantas formas, tentei achara razão e sabia que agora queria sair, podia não virar umimortal, mas era importante me livrar daquilo, mas não teriacomo ver os demais se matarem e nada fazer, será que eraverdade que seria presidente, e se fosse, o que poderia fazer,será que Paula me amava mesmo, ou estavam pensando nofuturo, em ter o presidente como amigo, minha mente estavame traindo, mas de qualquer forma, queria sair daquilo.

Senti Paula sentar  — se a meu lado, ela dormia ao meulado, mas de manha sentava — se, sabia que estava com fome,mas senti a cabeça melhor, menos dor, não cessaria, não assimde um dia para outro, minha mente pensava se resistiria à

tentação, quando lá fora, com um aplicador a mão, era tão fácilencostar no pescoço e deixar ele me entorpecer, ouvi duasvozes entrarem;

 —  Como ele esta irmã? —  Melhor, acho que esta quase saindo! —  Como sabe? –  Uma voz feminina que não identifiquei; —  A mente dele já esta menos confusa, menos sonhos,

mais pensamentos! –  Paula;

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 —   Sabe que até para nós é um conhecimento, ver oquanto os Fanes serão mais difíceis de trazer desta praga!  –  Peter;

 —  Não sei como Call concorda com isto? –  A pessoa quenão conhecia —   Ele não toma, é fácil ver os demais morrerem, e

mesmo que tomasse, ele é imortal, o corpo dele não absorveria,seria apenas dor de barriga! –  Peter;

 —  Pai, eles tem de ser alertados disto? —  A ultima vez que tentamos isto, perdemos Call para

eles, e geraram a ultima guerra filha! —  Mas acha justo? —  Filha, esquece que os Fanes, parte morreram sem nem

saber por que morriam, pois aquela menina, não parou, antesda mãe dela morrer para pensar!

 —  E como esta ela? —   Tocando uma leva de meninas, do outro lado do

universo! —  Quanto mais longe melhor! —  Ela não sabe onde nos achar, filha! —   Mas como podemos ver os Fanes no lugar de ir a

imortalidade, morrerem aos 120 naquele plano de extermínio!Estas palavras vieram a mente, acharam as frases da

companheira de Peter, e pensei que tudo isto era para manter aestabilidade, sem terras, sem mortes seria uma catástrofe, obvioque mesmo assim, estaríamos recusando a evolução, pois senossas cabeças estavam no mais produtivo, estávamos matandoesta parte, mas para que produtividade, eu mesmo estava a pensar que estava com tudo certo, e quando agora vejo que poderíamos mais, me envergonho e tento abrir os olhos e Paulasurge a minha frente, tento mexer lateralmente a cabeça, masainda não consigo, mas um sorriso meio sem movimentos sai

de meus lábios;

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 —   Bem vindo!  –   Fala Paula, não consegui olhar osdemais, mas ouvi um pequeno som de alegria e alivio dos doisao lado, que se despediram e saíram, foi mais dois dias, paraconseguir sentar sozinho a cama, agora o toque dela me ajudoua ver onde estavam os comandos, ela era especial, muitoespecial, e quando a beijei, no terceiro dia, ela falou;

 —  Esta precisando de uma escova!Sorri, ela tinha razão, e perguntei com palavras meio

tortas pelo novo manusear das palavras; —  Quantos dias dormi? —   12 dias, intermináveis 10 dias de alucinações, mas

enfrentou eles, agora vai ter de reaprender a dominar seucorpo!

 —  Por que disto? —  Falei que não seria fácil, lembra? —  Lembro, —  esta palavra saiu muito torta e ela sorriu,

aquele sorriso me fez sorrir  –   mas é ruim não comandar ocorpo, o que esta acontecendo?

 —  O produto super acelera o celebro, seu amigo passou pela primeira faze melhor, mas somente ontem conseguiu sairda cadeira de roda, você esta mexendo melhor a perna que ele!

 —   Esta a dizer que éramos acelerados pela droga, poristo podíamos dançar de 20 a 30 horas seguidas?

 —  Sim, e para compensar a exaustão da segunda, o corpo pedia uma dose extra na segunda, e vocês lhe davam, na quinta

estavam melhor e vinha tudo de novo!Eu tentei dar alguns passos, o corpo estava firme, mas

demorei para os primeiros passos, mas assim que os dei, pareceu que tudo voltou, fui a um banho, a menina meacompanhou, ainda não estava muito bom, mas era uma reaçãonormal, embora nunca havia tomado um banho com umagarota me olhando, ela me alcançou a toalha, estava com um

olhar malicioso, mas não sentia meu corpo ainda, pensar quetudo aquilo para se livrar de um vicio, que não sabia ter, sai do

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quarto e me deparei com o local que estava, atrás de uma parede de vidro, de cima a baixo, aquele mundo que não era oda outra sala, olhei ao meu lado Paula, e os dias seguintesforam de exercícios físicos e mentais, Paulo estava com problemas em administrar as pernas, pensei o que seria oreverter disto, será que teria jeito, escravos de um vicio,naqueles dias fora do meu mundo, vi natureza pela primeiravez, não aquela de parques criados, e sim, mata fechada em ummundo paralelo, vi seres alados nem tão pacíficos, que quandoo irmão dela criou aquele local, a 430 anos atrás, ele o colocouem um tempo acelerado, então enquanto os seres viveram 430

anos, aqueles seres alados, evoluíram quase 4 milhões de anos,ela falou o exato, mas não era um numero para guardar, e sim para curtir, ela conta a primeira vez que fora a aquele mundo, eleva ele a uma imensa roseira, nunca havia visto algo comoaquilo, um cale retorcido, de mais de 20 metros com largura demais de 6 metros, com milhares de pontas de rosas, vivas, nãotinha mais muitas, ou quase nenhum espinho no caule daquelaroseira, imensa para uma roseira, ela foi me contando historiasque pareciam irreais, mas aquilo era um lugar impensável paraele, os planetas isolados, era uma regra, que diziam ter, mascomo nunca vira outro ser, até aqueles dias, não achava real, aduvida sempre fora meu forte, mas o que posso fazer, a meninaestava a mostrar que tudo era diferente na verdade, do que euacreditava, sabia que era uma mudança sem volta, estávamos aconversar, a intimidade entre nós estava crescendo, mas cada

noite parecia parecer uma moça diferente, as vezes queria elaapenas para mim e ela me trancava no quarto, e ali ficávamosmas era estranho como na magia na parte mais baixa me sentiamais viril, ia mais longe, do que apenas com ela, ela meexplicava estas coisas, que achava impensável a 15 minutos,que foi o tempo que meu relógio marcou quando voltamos paraa sala ao lado, eu e Paulo pegamos uma condução e fomos parao quarto, cheguei em meu quarto e olhei a cartela de

alucinógenos sobre a escrivaninha, e pensei, como algo assim,tão inofensivo, podia ter me gerado tamanha dor, peguei a

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cartela de pseudo alucinógenos, pois teria de me passar por sernormal, e toquei os verdadeiros e sem pensar os transformei em pó, pois não poderia ter provas, mas teria de me controlar,sabia que poderia alguém trocar e eu virar um viciadonovamente, não queria, estava a estranhar, uma noite, quecomeçara a algum tempo, pois para mim jurava que tinham seido mais de 90 dias, eu deitei e ouvi Paulo bater a porta e falar, já entrando;

 —  João vai mesmo deixar os alucinógenos? —  Por que Paulo? —  Me sentia mais vivo antes, mais ativo, já pensou na

queda da produtividade nos bailes? —  Tem de escolher amigo, eu vou tentar! —   Ela que me desculpe, mas eu preciso!  –   Vi Paulo

aplicar novamente, e a feição dele mudar, ele estava há 90 diasem purificação, não era como algo continuo, ele ficou branco,depois o sentei em minha cama, ele vomitou, quando achei queele iria, ver que voltar era um erro, vi ele aplicar um segundo,

sabia que seria um problema, pois ele sabia de mais, ou nãosabia, olhei ele acalmando o corpo, o conduzi ao quarto e levei para o meu os falsos frascos, e ele nitidamente estava tendouma super alucinação, mas o deixei ali, na manha seguinte, viele na aula, e ele veio a mim, sabia que teria de ter uma açãonormal, e ele falou;

 —  João alucinei ontem legal!

 —  O que aconteceu? —  Não sei, sabe quando juro que fui a uma festa de 90dias, mas foi ontem, não aconteceu, e que havia purificado ocorpo, sofri um bocado, você também, mas hoje cedo acordei evi que viajei, acho que a menina nem existiu!

 —   Esta falando de quem?  –   Perguntou Miriamabraçando — me;

 —   Ele alucinou que fez sexo ontem, em uma noite demais de noventa dias de duração, nunca alucinei assim!

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 —  Não falei de sexo? —  Mas me olhou como sempre que se perde na cama a

se masturbar!

O rapaz sorriu e falou; —   Deve ter sido tudo alucinação, nem imagina como

viajei! —   Se fosse você segurava a língua, eles lhe tiram os

alucinógenos!  –   Falei, sabia que não deveria estar falandoassim, mas ele escolheu o caminho, e Miriam perguntou;

 —  Depois de me deixar no alojamento fez o que?

 —  Acho que dormi, estava cansado, não sei por que, masna quarta já estou melhor, não sou mais criança, mas no fim desemana tem mais!

Miriam me abraçou e falou; —  Pensei que amanheceria do meu lado? —   Me disse que iria se arrepender hoje cedo, achei

melhor não!

 —  Sabe que em certo momento achei que ontem a noite osegurança estava olhando para vocês dois? —   Eu me lembro que ele veio e me pediu para tomar

uma dose, que estava muito serio, mas não discuto, neste tipode coisa, faço!

Paulo olhou para mim, ele tinha outra impressão, mas eleescolhera o caminho, ele sabe o que aconteceu, mas ele quetem de tomar a decisão, entendi que o reverter seria semiimpossível agora, mas ainda estava a pensar nos beijos da noiteanterior, e Miriam olhou para mim e falou;

 —  Tem uma moça de olhos verdes vindo direto para cá!Olhos verdes, deveria ser Paula, e ouvi em minha mente;―Não precisa ser agradável, soube que seu amigo pulou

fora!‖ Sorri para Miriam e falei olhando para Paula;

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 —  Tudo bem Paula?  –  Não soltei o braço de Miriam, e para Paulo era a confirmação que era alucinação;

 —  Tudo, vim ver se seu amigo sabe de minha sobrinha,

ela não dormiu em casa! —   Paulo, sabe da ..como é o nome dela mesmo?  –  Perguntei;

 —  Pietra, não a vi, nem sei o que foi real e alucinação deontem para hoje?

―Ela gostou dele, estamos preocupados, ela achava que

ele resistiria, ela enfrentou o pai para isto!‖ 

Olhei serio para Paulo e falei; —  Precisamos conversar, amigo!Miriam viu que era serio, e o conduzi a um canto sem

câmeras, a menina me deu todas as dicas para passardesapercebido, e olhei para ele serio e perguntei;

 —  Paulo, é serio, ela gostou de você! —  Mas o que posso fazer, alucinei!

 —   Acha mesmo que as duas a cama, foi alucinaçãoamigo?Paulo me olhou com uma cara de interrogação e

 perguntou; —  Mas por que não falou antes? —   Você lembra de vomitando na minha cama, sei que

lembra, não preciso falar para os outros o que vivemos lá, mas

tem de ver que ela queria algo a mais, ela enfrentou o pai paraficar com você, acha pouco? —  Verdade, o pai e a mãe, embora aquela mãe dela, era

uma gata! —  Você não presta, perde a virgindade e acha que pode

sair por ai, falando merda? —  Mas por que esta me falando?

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 —  Para com isto ai, vai passar mal, e atrasar tudo, nãoesta cansado, sei que a dança foi a mais de 90 dias, podiadançar 6 dias sem drogas e ainda não estaria cansado!

 —  Mas acha que ela vai voltar? —  Eu acho, mas queria saber se vai estar comigo, ou comos demais?

 —  Sou um fraco João! —   Fraco, você acordou no primeiro dia, eu demorei 12

dias para acordar naquele quarto, acho que eu sou o fraco,apenas quando descido algo, vou até o fim!

 —  Mas procurei as ampolas e haviam sumido, achei seralucinação mesmo! —   Sabe bem que eles revistam nossos quartos, se

achassem muitas lá estranhariam, como estava com o estoqueem alta, levei para o meu cubículo!

 —  E não ia me falar nada? —  Não aqui amigo!

 —   Esqueço que tudo é monitorado, mas vi que estaevitando? —  E cada dia vou evitar mais, e a tendência da escola é

me apoiar, a um consumo mais moderado, como o deseguranças e políticos!

 —  Não me falou disto ainda? —   Me disseram que se falar, muda tudo, não posso

amigo! —  Certo, mas o que faço?Alcancei um dos conjuntos meus para ele, e olhei o que

ele me passou, desintegrei na mão o dele, e falei; —  Tem um conjunto, depois falamos nos alojamentos! —  Obrigado amigo!Voltamos para a roda e Paula me olhava e falou;

 —  Espero que se ela aparecer me falem?

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Balancei a cabeça e vi Paula olhar para o aplicador queestava a mão de Paulo e sorriu, olhou para mim e falou;

 —  Temos ainda de conversar, João Moreira?

 —   Soube que conheceu Joaquim Moreira?  –   Respondivendo Miriam sorrir e ela falar; —   Sempre me chamando de velha, mas ..  –   Paula olha

 para Miriam e fala  –  na cama não me disse que eu era velha,experimente, vale a pena!  –  Ela devolve o olhar para mim.  –  Mas uma semana e já me esqueceu, mas sei que tirei a primeiracasca, não espere que não tire mais de uma!

Miriam viu que estavam falando de sexo, e Paulo viu queos dois estavam em meio a uma encenação, e todos viram amenina ir embora como chegou;

 —   Entendi direito ou a levou para cama a semanaanterior, quando ninguém estava olhando? –  Paulo;

 —   Dizem que foi uma alucinação, sabe do que estoudizendo! –  Falei;

 —  Entendo, mas acha que Pietra vai me procurar? —   Todos aqui ouviram ela dizer para a mãe que queria

tentar ficar com você amigo, estamos falando em virar rico, pois os Carson estão no topo dos mais ricos do mundo!

 —  Os Moreira também, mas isto não lhe faz rico amigo! –  Paulo;

 —   Verdade, esqueci que Joaquim deixou um imortalcomo descendente, mas não o conheço, tenho de me contentar

com o meu empreguinho, depois com meu futuro, já que tenhoum bom futuro, como Miriam me lembrou!

Miriam sorriu, me abraçou e perguntou; —   Como ela conseguiu o que tento há anos e segura — 

se? —  Ela me despiu e não tive como dizer não! —  Safado, e fala como se iria de novo com ela a cama! –  

Miriam;

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 —  Miriam, sei que se alguns outros lhe dessem bola, iriatambém, não vamos se fazer de santos!

 —  Como aquele irmão dela? –  Falou Miriam;

 —  Como aquele homem com cara de menino, que dizemsatisfazer por noite as 16 companheiras!  –   Falei para ver areação;

 —  Ele dá conta de 16, isto o põem como um excepcionalamante!  –  A moça falou meio sem sentir e ficou rocha depoiscom o olhar de Paulo e o meu encarar, fui ao ouvido dela efalei;

 —  Se quiser lhe apresento ele!Ela passou para um sorriso e veio a meu ouvido e falou; —  E vai me cobrar como este favor?Pensei besteira, e ouvi em minha mente;―Sendo sincero, não tem problema!‖ Olhei ao longe e a vi, olhei para o outro lado, e vi Pietra,

meu olhar foi acompanhado por Paulo, e ele foi até ela, o que

falaram não sei, mas ele veio meio descontente, as aulas tinhamacabado e falei com Paulo e marcamos no alojamento, equando cheguei com Miriam ele ia sair, e falei;

 —  Vamos conversar lá dentro, aqui fora não dá!  –  Faleiolhando as câmeras, fui ao banheiro e Paulo estava a parede afalar, alto;

 —  João, ela disse que se decepcionou comigo! —   Calma amigo, tem de relaxar e decidir o que vai

fazer? —  Sabe as conseqüências! —  Ainda serão leves, você tem de escolher amigo!Miriam levantou — se e foi a meu ouvido e falou; —  Acho que vim na hora errada!Sorri com um ar malicioso, ela viu que eu queria ela, mas

falei em seu ouvido; —  Vai nos deixar na mão Miriam?

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Eu estava querendo saber o que estava sentindo, e a beijei, levantei sua blusa e seus seios firmes me tocaram, elaficou sem jeito, mas a deitei a cama, Paulo via aquiloincrédulo, e quando Miriam viu ele a beijando, a moça sorriu,esta mesmo aprontando, os três deitaram na cama apertada, equando alguém bateu a porta, os três se vestiram rápido, e umsegurança a porta falou;

 —  Tudo bem por aqui?  –  Olhou os dois, Miriam estavaao banheiro;

 —  Tudo, algum problema senhor! —  Alguém afirmou que um rapaz e uma moça entraram

neste quarto! —   Certo que meu cabelo esta longo, mas para moça,

estou longe disto!O segurança olhou com malicia para os dois, e pediu

desculpas e saiu pela porta, os dois fecharam, sentaram — se nacama, nem 5 minutos depois, bateu na porta de novo, fiz sinal para Miriam para entrar embaixo da cama, fiquei a porta do

 banheiro e Paulo atendeu a porta, o segurança me olhando a porta do banheiro, com os braços, fechando a porta, falou;

 —  Tenho de dar uma olhada, senhor! —  Por que disto senhor? —  Sabem das regras ou não sabem, podem ser expulsos!Pensei que não podia ser expulso, pensei no toque da

obscuridão e quando o rapaz pediu para que saísse da porta do

 banheiro já tinha outro a porta, os seguranças olham — se e o da porta fala;

 —  Caio, pode deixar que faço a revista! —  Ele é um especial? —  Sim, os dois são especiais, eu faço a revista!Eu abri a porta, não estava querendo nada diferente, e os

dois seguranças viram que não tinha nada demais, o segurança

 pediu desculpas e saíram e Miriam sai debaixo da cama, efalou;

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 —  Especiais, o que ele quis dizer? —   Nada de especial, dizem que o sistema estabelece

caminhos para poucos, que levam a algo, nós dois fomos

escolhidos, mas sabe que neste local alguns foram! —  Como souberam? —  Se você for, lhe será informado, mas o que, nem idéia! —  Esta a dizer que são escolhidos a algo a mais, mas não

o que? —  Nunca soubemos, qual a diferença?Miriam sorriu, mas fora uma maluquice, e se chegassem

antes, ela ouviu mais uma batida a porta, e foi ao banheiro, abria porta e vi a menina a porta perguntar; —  Sabe onde esta Paulo? —  Entra, eles vão vir averiguar mesmo!Paulo olhou Pietra e fui ao banheiro e sai com Miriam, e

falei; —  É bom conversarem!

Saímos pela porta e a segurança já vinha, mas vendo queestávamos saindo do quarto, o segurança falou; —  Pelo jeito vou ter de cuidar só de você! —  Caio, sabe que ela entrou há poucos segundos, só veio

me chamar, mas Paulo esta lá, ele não consegue esqueceralguém que ele deu o fora!

O segurança olha os dois saindo de costas, e olha para a

 porta, bate, e vê o rapaz sozinho, ao quarto, Paulo via amenina, mas o segurança não viu, olhou tudo, e quando saiu, pediu desculpas, só cumpria ordens, com cara de quem nãoentendeu nada, uma entra e outra sai, eu olhava aquilo do fimdo corredor, quando o segurança saiu, deixei Miriam em seucubículo, e sai a andar, não sabia se estaria tudo bem, sentei aum parque, da cobertura do colégio, antigamente vinha correrneste local, hoje poucos correm aqui, comecei a olhar as coisas

diferentes, os seres com mais de 120 anos reclamavam de dores

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insuportáveis, dor de cabeça, e coisas assim e pensei nasconseqüências do largar antes do tempo, eles eram internadosna clinica de idosos, nunca ninguém saia vivo de lá, todossabiam que entrar lá era morrer, mas uma coisas passou aminha mente e teria de verificar, pois os seres que via a rua,eram mais jovens que a mãe de Peter Carson, as vezes esqueciaque era a mãe de Paula, mas o que isto queria dizer, será que ocrescimento era até os 22 anos, pois vira algumas pessoas afesta, que pareciam ter a aparência dos senhores, mas adiferença, era que estavam bem, usavam um sorriso no lugar deuma carranca, a própria Renata, linda, mas a aparência era a de

algumas pessoas que eu achava com mais de 60, mas somenteagora estava a pensar nisto, será que na idade de estacionar ocrescimento, algo acontecia, e o produto gerava reação quegerava a morte, pois não era normal pensar nisto, nem olhavaos demais, lembra que uma vez, uma moça de nossa turma dedança, me apresentou uma que dançava a 5 anos na turma posterior a nossa, e não havia nem olhado para ela, nãoreparávamos nos alem de nossas turmas, pois estávamossempre dopados;

Comecei a observar e encenei tomar uma dose deestimulante, e os seguranças que me olhavam, relaxaram,reparei nas multi câmeras, os sistemas com olhos eletrônicos,com mais de 2 mil focos diferentes pegando detalhes eestruturas, reparei que com duas daquelas eles cobriam todaregião, eles nos vigiavam, mas por que, sempre pensei que

fosse pelos suicídios, as vezes ouvíamos alguém falar disto,mestres pensei, não, quem falava eram as equipes de prevenção, aquelas que todo o ano nos induziam as dosescertas, mas todos sabiam que tomávamos acima da media, maso que fazer;

Uma moça sentou — me ao meu lado e falou; —  As câmeras pegam quem pensa demais rapaz, tem de

aprender disfarçar!

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Olhei a moça, deveria ter uns 20, não tinha como tercerteza, e perguntei;

 —  Do que esta falando?

Olhei nos olhos dela, e ela olhou nos meus, não eranormal fixar a vista nos olhos de alguém, a mente aceleradasempre estava à milhas do local, estimulada a pensar muitomais rápido, mas muito menos profundo;

 —   Sei que é um escolhido, sempre monitoramos asconversas!

 —  Ouvi isto, mas não sei ainda o que significa!

 —  Que estaremos em lados contrários da luta, por maisde 100 anos! —  Acha que o problema é este, moça?Ela me olha como se querendo perguntar algo e fala; —  Não tem lugar seguro neste local para falarmos moça!Vi ela fixar a vista nos pontos de monitoração e falar; —  Mas acha que nos ouvem daqui?

 —  O sistema lê nossos lábios! —  Merda! –  Falou a moça e sorri; —  Calma, vamos dar uma volta!  –  Estiquei para ela um

dos meus entorpecentes e ela tentou recusar, mas vendo ascâmeras, aplicou, me olhou mais curiosa ainda após isto;

Saímos a andar por uma serie de corredores, e quandochegamos a um em especifico, parei e olhei para ela;

 —  Quem é você? —   Alguém que esta estranhando as coisas, seus

entorpecentes são falsos! —   Eles me obrigariam a tomar moça, se não tivesse

encenando! —  Mas se for uma pessoa do controle! —  Daí terei de enfrentar mais 30 dias difíceis!

 —  30 dias?

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 —   Você pelo jeito nunca deixou de usar esteentorpecente, mas para pensar usa uma quantidade pequena!

 —  Sim, dizem que se não usarmos não chegamos aos 120

anos! —  Em parte a informação esta certa, mas se não tomar, pode chegar bem mais longe que isto, mas vai envelhecer, vaiter problemas de doenças, e outras coisas que não temos até os120 anos!

 —  Esta a me dizer que isto é um controle? —   Sim, mas para se purificar, demora mais de 30 dias

sem tomar, e não pense que dá para eles não perceberem, poisno mínimo um dia de coma você sofreria!

 —  E você quem é? —   Um ninguém, mas que por algum motivo entrou na

lista dos escolhidos, mas nem os escolhidos sabem disto moça! —  Mas esta me contando? —  Se for do controle, antes dos 120 saia da cidade, volte

ao campo, se esconda e veja até onde você vai viver! —  Você apostaria em quanto a mais? —  Vivemos 10% do que fomos programados, moça! —  10%, esta a dizer que viveríamos mais de mil anos? —   Sim, mas teríamos doenças, os empregos se

atropelariam, a super população sem comida seria imensa,controle, mas controle necessário!

 —  Sou contra controles! –  Falou a moça quase gritando;Eu olhei em volta, estávamos no setor de limpeza, entãonão havia muito o que fazer, quando vi um senhor as costaschegar perto simplesmente a puxei aos lábios e a beijei, elaestranhou, mas quando olhou em meus olhos, viu o reflexo dealguém, e o segurança nos barrou e falou;

 —  Bonito, duas crianças se encontrando as escondidas!Olhei para o rapaz, e mostrei minha identificação, vi que

a moça não se mexeu, coloquei a mão no bolso dela e puxei

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 —  Esta maluca, trazendo um deles a nossa.. —   o senhorinterrompe a frase e pergunta –  o que ele sabe de nós?

 —  Já falou mais que eu, pai!  –  A moça foi enfática e o

senhor olhou em meus olhos, era uma forma de teste desobriedade, e perguntou; —  Há quanto tempo não toma um estimulante rapaz, esta

muito sóbrio!O senhor me alcançou um dos deles e agradeci, tinha os

meus; —  91 dias senhor! –  Falei olhando a reação;

 —   Esta maluco, pode se matar por causa disto!  –   Osenhor olha para a moça e pergunta. –  Ele sabe o que fazemos? —  Não, mas ele sabe de coisas que não sabemos pai! —  Como o que?A moça pega o aplicador e põem na mesa; —  Que isto é a forma de controle até dos escolhidos pai!O senhor olha para mim, ele media meus atos, acho que a

muito não via alguém sóbrio, e perguntou; —  Mas como pode ficar sem, sabemos que quando falta

nos abastecedores, temos dores de cabeça, vi gente quasemorrer pela falta!

 —  A dor de cabeça, foi terrível no primeiro mês senhor,depois entrei em coma, e só depois disto, consegui entender oque é o que tem a mão, não é uma forma de purificação, e sim,de viciador, mas para nós que consumimos isto desde criança,esta nos alimentos infantis, nos leites especiais, quando paramos de tomar, nós temos crise de abstinência, o que querdizer isto, o corpo esta viciado no estimulante, e a falta dele ofaz pedir mais, os primeiros dias, a dor de cabeça e febre sãonormais, depois, depende de cada um, mas os que voltam dacoma rápido, onde enfrentamos os medos de não conseguir, poralguns dias perdemos o controle motor do corpo, não é fácil se

livrar disto que tem a mão! —  E como conseguiu?

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 —   Tive ajuda, pois sabe que 30 dias fora da vista, docontrole é difícil!

 —  Mas carrega consigo sempre uma dose, por que?

 —  São falsos pai, ele me mostrou, não é alucinógeno, porsinal me senti mais acordada depois que ele me aplicou! —  Por que aplicou um alucinógeno falso em minha filha? —   Às vezes quando se esta sendo vigiado, tem de se

estar pronto para parecer normal senhor! —  Mas eles podem ver em seus olhos que está sóbrio? —  Se alguém sóbrio aparecer lá, pois não tem mais gente

sóbria naquela região onde sua filha me achou! —   Mas por que nos viciariam assim, sabemos que os

controles começaram há 200 anos, quando os imortaisinduziram alguns nossos ao controle, mas as melhorasgenéticas e estruturais, somadas a crise do degelo, fez muitacoisa mudar!

 —  Senhor, não conheço toda a historia, tenho só 17 anos,mas quem me ajudou a me purificar foi uma imortal, e elesfalam que ouve um racha interno entre eles há 200 anos, pareceque existiam duas castas e uma resolveu pelo controle, pois nãoteriam como explicar ao ser humano em si, que ele não viveriamais que 10% do que poderia viver!  –  Eu escolhi as palavras,mas mesmo assim ficaram estranhas até para mim;

 —  Não entendi? –  Falou o senhor; —  Senhor, quando nos induziram geneticamente, nem sei

como isto acontece, nosso genoma apontou para uma vida de perto de 1300 anos, mas tínhamos na época, perto de 8 bilhõesde habitantes no planeta, isto foi anterior a briga de 200 anos, auns 400 anos atrás, e diante da realidade, tinham duas frentes,uma pouco populosa, dos imortais, e uma de humanos mortais,mas que não teria como sem as mortes por mais de mil anos semanter, daí começou as guerras, depois a fome por áreas

cultiváveis sumindo aos milhares, o aumento de áreasdesérticas, que acabaram virando cidades, e mais guerras, mas

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a 200 anos atrás, não sei quem, decidiu que mesmo com uma população de 3 bilhões, não tínhamos mais espaço a viver,controlar isto, hoje vivemos os 10% primeiros anos de nossasvidas, por que disto, evitar problemas de saúde, pois estamosna faze mais produtiva e ainda em desenvolvimento do corpo,mas algo acontece aos 120 anos, acho que o corpo começa arejeitar o estimulante, sabe bem que quando se chega lá, se falaem dores de cabeça forte, e sintomas que eu senti, mas para sairdo vicio, o corpo esta rejeitando o estimulante, e talvez isto queos gere a morte senhor!

O senhor olha para a filha e fala;

 —  Temos de falar isto aos demais, achava que entendia o problema, mas o rapaz esta nos mostrando que o problema éum disfarce, tudo que vemos e ouvimos desde criança foiadulterado!

 —   Por isto o trouxe pai, mas sabemos que deixa de serseguro a partir de amanha!

 —  Sei disto filha, mas realmente fez o certo, mas rapaz, o

que faria para mudar isto? —   Isto não posso falar senhor, meu futuro foi

determinado por computadores, mas pretendo forçar a porta esubir o máximo possível, se me deparar com pessoas que não pensam é mais fácil!

 —  Acha que vai até onde? —  Senhor, minha família já foi alguma coisa neste pais,

quando ele era maior, pretendo ver se chego até lá, mas ainda éum sonho! —  Qual seu nome? —  João Moreira! —  Parente dos Moreira, das grandes empresas? —  Parente Pobre, sem futuro exato, mas às vezes os que

estão lá, esquecem que existem lugares bem piores a viver!

 —  Mas acha que teria uma saída?

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 —   Senhor, não temos terras produtivas e nem gentesuficiente para trazer todos de uma vez, sofri para valer, e seique sem clinicas de recuperação, a maioria voltaria ao vicio,não podemos apenas suspender a produção, a dor de cabeça ealucinação depois, faria terem assassinos as ruas, não sei aindao que fazer, mas estava pensando sobre isto!

 —  Fala como se fosse muito difícil? –  A moça; —   Somente quem viver o sair disto, vai entender, mas

senhor, não sei se teria como ajudar aqui agora, pois precisamos primeiro, de mais frascos de pseudo estimulantes, pois os demais não poderiam desconfiar, depois temos de trazer

de grupos pequenos, e com uma desculpa para não aparecerem por no mínimo 30 dias, pode ser feito em menos, mas nãoqueremos pessoas cambaleando as ruas, chamando a atenção, e por terceiro, precisaria ensinar algumas coisas a estas pessoas, para que elas possam começar a reagir!

 —  Sabe que não temos nem identificação, eles nos olhamaos olhos quando vamos comer, seriamente!

 —  Senhor, chega lá meio sóbrio, e aplica a frente delesalgo que não fará efeito e eles lhe darão comida, mas acho que posso verificar outra forma!

 —  Ainda mais coisa? —   Tenho de tentar, estranho de uma hora para outra,

tudo mudar em sua vida!Conversamos e voltei a escola, ao meu alojamento e

antes de entrar, Paula me esperava a entrada do bloco dosrapazes, olhei para o segurança, e saímos a andar, pegamosuma condução e fomos ao prédio que fora um dia antes, pegamos o elevador, e paramos no mesmo andar, cobertura,quando abriu o mesmo, era outro lugar, era a laje superior dogrande prédio, ela me olhou e falou;

 —  Estranhando?

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 —   Sim, ontem tinha um espaço que não é normal nemaos ricos, hoje, algo bem padrão a laje superior de um prédioimenso!

 —   Você pensou em mim hoje à tarde, senti, mas o quequeria perguntar? —  O que aconteceu há 200 anos, por que houve um racha

entre vocês?Vi a menina estalar um dedo e tudo surgir do nada, uma

sala imensa e sentei com ela me olhando; —   Historia triste, nada alem de divergências amorosas,

mas que separou o grupo, meu irmão brigou com o melhoramigo, mas isto separou em grupos, mas tudo por mulher, nadado que vê foi pensado, mas conseqüência de anos, sem planejamento em um planeta se transformando, os anos dedegelo foram terríveis, foram migrações forçadas, forammilhões morrendo, não foi fácil nem ver as coisas, foi tristemesmo!

 —   Mas ainda é triste, milhões de dopados a se achar

especiais, acha isto bom? —  João, não é nada bom, mas temos de ver que foram os

humanos que escolheram isto, não posso obrigar eles aentender, que o universo é suficiente para eles viverem bem,mas preferiram a forma mais cômoda, controlar os seus!

 —  Acha que teria como ser diferente? —   Sempre tem, mas verá que nem tudo é como você

conhece, mas terá de escolher em que lado ficar! —  Se for um imortal, sei que serei descriminado, mas por

que preciso viver apenas 130 anos quando muito! —  O que quer fazer? —  Conheci um grupo de sem identificação hoje, estranho

que tem gente que o governo isola da existência, mas osmantêm mesmo assim sobre controle!

 —  Não respondeu?

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 —  Não tenho recursos para fazer Paula, senão montariauma fabrica, e os colocaria a trabalhar lá, mas como eles queselecionariam as pessoas, poderíamos trazer alguns a lucidez e juntos traçarmos planos maiores!

 —   Sempre me disseram que os Moreira eram malucosmesmo, suicidas em si!

 —  Não tem como me ajudar? —   Tenho, mas é maluquice, mas se já tem um destino

traçado, por que não mostrar que pode mais que os outros, nãoé!

 —  Você tem razão que eles vão estranhar!Paula me beijou, e olhando em meus olhos falou; —  Mas terei de falar com meu irmão! —  Acha que ele vai ser contra? —  Acho que ele é maluco como você!Eu sorri e ela falou; —  Mas agora temos de voltar, acho que amanha vamos

ao banco abrir uma conta para você! —  Vamos abrir uma conta? —  Conjunta, quero saber se estará gastando com outras! —   Com certeza!  –  Falei e vi ela sorrir, estranhava isto,

ela queria sinceridade na relação, preferia que se fosse o casotivesse outra mas falasse;

 —  Já decidiu o que vai produzir?

 —   Sim, embalagem para estimulante, e se conseguirregistro, estimulante! —  Não entendi? —  Paulo é bioquímico, preciso falar com ele, mas tem de

ser em locais assim! —  Amanha vemos isto!Ela me acompanhou até a ala dos rapazes, cheguei lá e

Paulo estava a minha porta com a chave e falou; —  Pietra me falou que queria me falar!

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 —  Vamos entrar!Paulo me olhou e perguntei; —  Vai estar com a gente, ou não?

Paulo viu que fui direto, ele sentou — se e falou; —  Pisei feio na bola, sabe que passei mal o dia inteiro,

agora sei para que são as falsas injeções, para reduzirem asdores de cabeça, pois sem elas pareceria que não estavatomando, pois é incrível o que dez dozes fizeram, quase perdiaquele sorriso por isto amigo!

 —  Mas escolheu que lado Paulo!

 —  Não gosto de deixar os outros nisto, mas você sempretem planos, não tem? —  Sim, mas quero você nisto comigo! —  O que vamos fazer? —  Sair juntos do grupo de dança, pois somos escolhidos

e vamos mostrar nosso valor aos cargos que nos determinaram2 anos antes!

 —  Não entendi? —   Paulo, vamos montar uma fabrica, e vamos pedir

autorização para produzir os alucinógenos, mas istoconversamos com calma amanha, você será o bioquímico dafabrica, temos de saber o que isto faz, para melhor enfrentar oque pretendo fazer!

 —  Mas acha certo ganhar dinheiro com isto?

 —   Paulo, quero a cada 30 dias, tirar 30 pessoas disto,mas para isto, tenho de ter refeitório, ter alguém que saiba oque tem lá dentro, e também quem esta no grupo, mas principalmente, não teremos imortais a segurar a mão de todose lhes absorver parte das dores e dos sintomas!

 —  Mas eles não vão concordar! —  Paulo, qual a primeira coisa que me perguntou? —   Certo, pensaram que estamos fazendo o que eles

querem, mas isto é arriscado!

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 —   Paulo, dentro de 2 meses, seremos imortais, nãoestamos falando de nós, e sim dos demais!

 —  Mas eles podem nos banir!

 —   Podem, mas se fizermos direito, vamos ampliar ascoisas, quero estar em 4 ramos, mas não tenho dinheiro ainda, por isto amanha nos falamos!

 —  Pelo jeito lúcido resolveu pensar! —  Sim!Paulo se despediu e fui descansar, a primeira medida,

quando acordei foi bater a porta de Paulo, pedir para ele se

vestir a rigor, viu pelas minhas vestes isto e fomos aoadministrador da escola, que nos recebeu com cordialidade,afinal éramos escolhidos;

 —  O que trás os dois tão cedo a minha sala? —   Senhor, estamos hoje à tarde, sendo chamados a

 participar de algo maior, o que não sei, mas estamos aqui poisteríamos de nos afastar do grupo de dança, não nos sobraramuito tempo!

 —  Soube que incluíram seus nomes nos escolhidos, masnão sabia que iniciavam tão cedo assim!

 —  Também não senhor, nunca conheci um escolhido!  –  Falei;

O diretor olhou — nos como se pensando e falou; —   Sabem que temos reclamações no sistema contra os

dois? —  Reclamações? –  Perguntei como se não soubesse; —  Dizem serem visitados por meninas, mas vou revelar

isto, é raro sair um escolhido destes corredores, geralmentenem passam em escolas, apenas estudos particulares,específicos, então vou tirar do sistema, mas me mantenhaminformado!

 —  Com certeza senhor, não falo mais por ignorar mesmo

o que pretendem!

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Paulo não falou nada ao meu lado e quando saímos eleiria falar algo e me viu olhando a câmera e se calou;

As aulas chatas de sempre, e ao meio da tarde nós dois

fomos avisados que havia um carro nos esperando, e vimos queéramos observados por todos os seguranças, entramos noveiculo aéreo com vidros escuros e Paulo recuou, era um carrode detenção, e olhei o senhor a frente e falei;

 —  Algum problema senhor? —  O senhor foi visto conversando com não nomeados, e

nossa função é verificar os por que?  –   Fala um senhor, nãomais sabia a idade, deveria ter uns 60, mas era um chute;

 —   Senhor, eu e meu amigo Paulo, fomos chamados aempreender a instalação de uma nova fabrica de aplicadores deestimulantes na região de Barra Mansa, nada de mais olhar acondição dos não nomeados a disposição!

Paulo olha para o senhor com a mesma empáfia, eramespeciais, escolhidos a algo a mais, não podiam baixar aguarda, seguiu os meus passos, e ouviu;

 —  Estava em campo, sabe que é perigoso? —  Por que acha que estamos ampliando os estimulantes

naquela região senhor, minha educação foi para o lado daadministração e a do meu amigo, bioquímica, sabemos quetemos de controlar os demais!

Eu pegue um dos frascos e me apliquei, estava muitosóbrio, e o senhor poderia desconfiar, Paulo estava com dor de

cabeça e fez o mesmo, não sabia se a cara de mal dele era dorde cabeça ou queria impressionar, mas os senhores, falaram; —  Desculpem — nos, fazemos nosso papel! —   Entendemos isto senhor, não faz mais do que a

função, isto que nos gera a sociedade boa que vivemos!Saímos da viatura e os demais viram isto, mas depois

veio uma segunda, também com vidros escuros, mas com

 padrão passeio e não os dos controladores;

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Paulo entrou e viu Pietra e Paula, mas ao lado dela tinhaum rapaz, e do outro lado, Peter Carson que me olhou e perguntou;

 —  Se me convencer, faremos negocio!Abri a porta e sai, Paulo fez o mesmo, não iria jogarmeus planos assim, andei no sentido do alojamento, nem olhei para traz, se era para me desculpar com o diretor, o faria, masnão estava disposto a expor tudo, não a um desconhecido;

Paulo entrou comigo em meu cubículo e falou; —  Por que saiu de lá?

 —   Não vou entrar nisto para perder Paulo, Pietra veiocom o irmão, e Paula com o irmão, se quiserem ajudar, tudo bem, se não, arranjo outra forma!

 —  Mas como? —  Ainda não sei, mas se ele não quer ajudar por ajudar,

 pois ele sabe mais que nós o que acontece, sinal que não seimporta!

 —  Mas se era apenas um teste! —  Saberemos amanha!Eu me fechei ao quarto, peguei meu editor holográfico e

fiz varias simulações de ganho, e varias planilhas, várioscaminhos, eu me dediquei a pensar por 10 dias nas possibilidades, vi que estar sóbrio diante de uma sociedadealucinada, me fez ver bem a frente, por 30 dias Paula não foime ver, então soube que não era serio, pois ela não teria de

 jogar assim, não se me amasse, Pietra foi ver algumas vezesPaulo, ela o queria, lhe ensinou vários caminhos, que não fuiensinado, coisas malucas sobre magia, mas dediquei — me aos planos, mandei para duas fabricas de equipamentos, pedidos dealgo especifico, e para uma de carregadores de ampolas,descobri que nunca me dariam autorização para produção doalucinógeno, e este estranhamente era produzido nos hospitais

de fim de vida, um mercado fechado, pensei, não queriamconcorrência, mas eles gostaram da planilha de montagem e

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 preços que conseguiria praticar montando uma fabrica, e no diade numero 32 que havia me recusado a explicar para Peter,sabia que podia ser um teste, mas não estava ali para sertestado, um senhor sentou — se a minha mesa, na hora dasrefeições, evitei os olhos, pois ele estava sóbrio, conhecia dasfotos dos relatórios históricos, era Call, o humano quecontrolava as produções das fabricas de alucinógenos;

 —  Deve ser João Moreira? —  Sim, e você? —  Todos me conhecem apenas por Call! —   Lembro de ter lhe mandado uma planilha um tempo

atrás, mas não exato quando! –  Joguei como o rapaz e apliqueiuma dose antes da refeição, regra que seguíamos desde criança;

 —   Agora entendi por que esta na lista dos especiaismenino, mas estou a fim de financiar o que falou!

 Não o olhei, mas tive vontade; —  Esta falando serio senhor? —  Sim, mas vi que também verificou dados de produção

do estimulante, o que pretendia? —  Não sei, estava pensando, acho que na produção, do

começo ao fim, uma cadeia produtiva de custos baratos, massoube que não é aberto a produção, mas não entenderam, nãoqueria produzir, o rapaz que me apoiaria com a parteBioquímica não entende nada disto, então pensei apenas emembalar!

 —  Esta falando como se a produção fosse fácil menino,não tem idéia de o que vai lá dentro!

 —   Verdade, mas entendi que é complicado, pois meuamigo não entendeu nada e ele é um gênio nisto, sinal que écomplicado!  –  Pensei que não fora nos passado o real, mas játinha 6 amostras que Paulo não tinha como testar antes determos um lugar para isto;

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O ser sorriu, e olhou os demais, vi que dois rapazessentaram ao meu lado, evitei os olhos, mas estes estavamdopados e ouvi o ser falar;

 —   Rapaz, não gostamos de gente xeretando nisto, suas planilhas são boas, mas não gostamos de concorrência! —  Senhor Call, se fosse concorrência, primeiro eu teria

dinheiro, segundo não teria mandado para o senhor, e terceiro,seria um suicida, não vejo onde viu concorrência! –  Sabia que acomida nos dava uma lucidez razoável, era o normal agir assimnaquele momento;

 —  Sabe que as vezes esqueço que existem seres especiaisentre nós, você parece conseguir dopar parte do cérebro e pensar com outra parte!

 —  Não entendi senhor?Call fez sinal para a segurança que estava tudo bem, os

demais sabiam que eu era um especial, mas era evidente que osenhor a minha frente dominava as coisas locais;

 —   Rapaz, quando for a hora, trabalhara para mim, não

agora! —  Algo que não saiba? —   Que vai ter maus dias no colégio, pois não vamos

facilitar! —  Isto já sei, dois inimigos de peso, pelo jeito vou para a

lista dos sem identificação! —  Quem mais conseguiu de inimigo? —   Um parente distante, Joaquim Moreira, depois foi

aquele Imortal, Peter Carson, agora outro imortal, Call semsobrenome, estou mesmo morto!

O senhor tentou me encarar, mas estava a olhar distante,e falou;

 —  Pelo jeito tem 3 imortais como desafeto, sabe que vaiter problemas!

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 —  Senhor, se não gosta de dinheiro, problema seu, poisaquela sua forma de produção é ridícula, sua forma deadministrar, anos 2000, ou melhor, do tempo que era mortal,mas se não gosta de dinheiro, na verdade não precisa, como osoutros dois, não posso fazer nada!

 —  Sabe que esta batendo forte! —  Se soubesse o que esta coisa faz a nossa mente, difícil

segurar a língua, mas não é imortal suficiente para provar isto! –   Foi um desafio, e o ser sabia que tinha tocado num pontofrágil, ele imortal vivia de dopar os seus, mas fiz como quemnem sabia o que falava, ele bateu irritado na mesa e os

seguranças se mexeram, eram treinados a evitar reaçõesviolentas, até os dois seguranças do meu lado, por intuiçãoavançaram sobre o senhor, estranho, alguém me disse queéramos espécimes inteligente, mas não neste estado, como eraestranho ser o único lúcido alem do ser a minha frente;

 —  Não sabe o que fala rapaz!Estiquei para ele um dos meus estimulantes, ele olhou

 para mim, era uma ação normal entre nós, os viciados, ele nem poderia reclamar, e levantou — se irritado, obvio que me pusnuma condição ruim, havia me colocado num mundo que nãoera meu, mas não recuaria, fiz umas planilhas e vi que algoestava errado, e soube por acaso que não era um produto e simuma reação a algo que outros produziam, pois as fabricas nãotinham fornecimento de produtos químicos, e sim uma naveentregava uma vez a cada 15 dias, uma grande quantidade de

um liquido incolor, as embalagens eram da cor que melhor lheagradasse, mas fiquei a pensar no que era aquilo;

Quando no fim daquela tarde, um senhor me procurou efui chamado à sala de reuniões, onde não havia câmeras, e vi omeu terceiro problemas, este conhecia a fama, aprendera aatirar com a mãe, diziam que ele em um ambiente fechado,derrubava um exercito antes de puxarem uma arma;

 —  Você deve ser João Moreira?

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 —  Sim, todos estão me perguntando isto! —  Quem andou lhe procurando? —  Desculpe, não fui agradável, mas eles reagem a minha

ação, os que me procuraram, Peter Carson e este Call não seido que! —  Dois estrangeiros, sabe que não gosto deles! —  Sei que não é o que aparenta, senhor!  –  Falei como se

querendo uma pergunta; —  Como saberia que não é o que aparenta? —   Conheci uma menina, Paula Carson, ela me iludiu

direitinho! —  Aquilo não é ilusão, é magia! —  Não falava da magia, falava dos sentimentos senhor! –  

Chamei de senhor, mas o ser não aparentava nem minha idade;Observei por um vidro atrás dele, que haviam mais seres

a ouvir a conversa e falei; —  Mas o que um qualquer vai querer com imortais, não

é! —  Não estamos em uma sociedade justa rapaz! —  Mas ainda vivemos senhor! —  Acha mesmo que sabe o que é viver, nem sabe o que

se passa ao lado de você, não tem capacidade de concentração,não tem capacidade de tiro, hoje não tem mais graça as guerras,os seres estão tão entorpecidos que morrem sem nem ver quem

os matou! —  Eu acho que não é lugar para falarmos disto Joaquim!O ser me olhou e falou; —  Nisto tem razão!Ele se levantou e falou; —  Me acompanha!Levantei, era difícil encenar o tempo inteiro, e o segui,

entramos em um carro e o ser falou no controlador; —  Cobertura!

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O aero veículo subiu e nem 10 minutos depois estávamos pousando em um imenso prédio, ao sul se via o mar, imenso,era o prédio mais a sul da cidade, abaixo dele, os estaleiros,mais ao norte, as fabricas de cidades flutuantes, adentramos umlugar grande para os padrões normais, mas não era magia, erafísico, o rapaz dispensou os demais e olhou para mim;

 —   Deve ter agitado os demais com suas planilhas decusto, sabe se é possível?

Pela primeira vez olhei nos olhos do ser que falou; —  Você esta sóbrio, como? —   A pergunta é até quando, pois quando descobrirem,

voltarei a ser uma lesma ambulante! —  Acha que é possível? —   Sim, mas não tenho recursos, os Carson não

mostraram mais do que interesse pessoal, não quero algoassim, Call como humano deveria se preocupar, mas não se preocupa, como posso eu, um nada, querer fazer algo!

 —  Você vive lá, deve ver coisas horríveis! —   Não tem idéia do horrível senhor, entre as grandes

concentrações que fazem parte desta mega cidade, tem bolsõesde não existência, acho que nisto era mais sincero matar todose começar de novo, a lhes explorar como exploram!

 —  Sabe que pode estar se condenando a morte? —  Estou morto, não sabia, mas estava, vivi em 30 dias o

que não vivi na vida, nos 17 anos anteriores, descobri que

ainda existem caçadores de Fanes, descobri que existemresistências não armadas, mas que nada podem pois sãoviciados, era tirar deles o abastecimento e suas dores seriamtantas que desistiriam da resistência, descobri que Imortais nãose preocupam, mas como falei, já estou morto mesmo!

 —   Sabe que nunca fui a favor do plano de Call, nãorachamos em dois grupos, e sim, 4 deles, o alimentar, o dos

estimulantes, os dois tocados por Call e a esposa, o náutico e

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armamentício, e o de entretenimento, mas somos aliadosquando de algo externo, como você!

 —   Imaginei, mas como disse, amanha me dopam, me

convencem que foi uma alucinação, me tiram da lista deespeciais e pronto, mas vivi estes dias! —  Não vai lutar pela idéia? —  Não entendeu, estou lutando! —  Mas não puxou ninguém para dentro, que luta é esta? —   Passei a mais de 130 empresários as planilhas, e

cheguei a algumas conclusões, entre elas que os seres lá em

 baixo, se acham felizes, segundo, que não existe lado certo,terceiro, é fácil para vocês, uma população de não pensantes! —  Esta querendo levar um tiro, rapaz! —  Sabe que não vou levar um tiro, vocês dirão que não

tomava o estimulante, o que tem razão e dei um tiro na cabeça,ninguém vai contestar!

O ser riu a minha frente e vi Paula entrar no local e falar;

 —  Disse que ele acredita nisto, J! —  Você o enganou direitinho, ele acha mesmo que é umadroga, nem tem idéia do que é tudo isto!

 Não falei, sabia que era uma ensina alimentar, não umvírus, mas queria ver até onde eles iriam, Paula olhou para mimcom aqueles olhos verdes, mas não foi como antes, já não meencantou, e ela leu os meus pensamentos como sempre, e nãosorriu;

 —  Ele não é tão burro assim, J! —  Esta gostando deste traste? —   Ele sabe que é uma enzima, como não sei, mas ele

sabe, mas a pergunta é se ele teria coragem mesmo de sematar!

 —   Ele esta provando que sim, ele desafiou Call, em publico, não daria dois dias a ele!

Aqueles olhos me olharam e perguntou;

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 —  Por que o desafiou João? —  Quem disse que o desafiei! —  Todos falam!

 —   Vocês não entendem de nada, imortalidade sem propósito, diria meu pai, mas de que me adianta explicar! —  Mas se deixou tentar por ela? –  A moça retrucou; —  Ate sonhei com ela, mas vi que era sonho, apenas isto,

talvez não entenda, mas vender  — se por um objetivo é umacoisa, sem ele, não tem por que, como seu amigo falou, estoumorto mesmo!

Os dois se olharam e falaram em uma língua que nãoentendi, então um motorista me largou a rua, a 12 quadras daescola, obvio que dariam um fim em mim, mas quando era oque estava a querer saber, não sabia mais o que fazer, estava perdido;

Depois de 2 quadras, vi que não chegaria a escola sem problemas, passei a mão na carteira, nada de documentos, euma barragem de investigação ao frente, não podia correr, não podia me esconder, podia fazer uma identificação, até amaterializei em minha mão, mas a desfiz e caminhei a ele e umser me encostou na parede, só me perguntou;

 —  Tem identificação? —  Perdi o emprego ontem! –  Respondi;Um gritou para o outro; —  Um desocupado!Me jogaram em um canto e me chutaram, muito, eu

estava um lixo, mas eles jogaram os meus estimulantes sobremim e falaram;

 —  Some, esta região é para trabalhadores!Andei duas quadras e sentei — me, não sabia o que fazer,

e vi uma moça sentar  — me ao meu lado; —  Pensei que duraria mais!

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Olhei a moça, era obvio que nem tudo que vivi era real,mas sabia pensar, e senti a moça me aplicar uma dose dealucinógeno, olhei para ela, uma infiltrada, lhe apertei a jugular, força nos braços eu tinha e ela perdeu a consciência, peguei a identificação dela, e vi que era segurança de controle,uma das tantas que existiam na cidade, mas vi que ela tinhamuitos créditos em espécie, alguém a estava pagando, eu nãoqueria ser pego, mas agora já era tarde, cai na encenação, masquem era, quais de tantos, era quem descobrira, pois os demaisnão temeria, me veio à mente tanta possibilidade, nunca haviatentado pensar tanto, e vi que podia ser o que quisesse sóbrio,

mas dopado, nada;Estávamos em um canto, oculto nas sombras de uma

cidade imensa, a moça desacordada, a levantei, visualizei oandar rápido de um veiculo, eles passavam a toda nesta região,quando a menos de 20 metros empurrei a moça, o veiculo aacertou em cheio, ela voou mais de 30 metros, não olhei paratraz, se fosse uma imortal me encontraria de novo, se não, nocéu nos encontraríamos, andei no sentido da periferia, e vi quea realidade era mais cruel do que o que a moça havia falado,muitos machucados, muitos sem comida, mas todos munidosdo entorpecente, comprei uma toca de frio, mais para esconderos machucados ao rosto que qualquer coisa, no dia seguinteestaria bem, mas em si, sabia que algo estava errado, tudoestava errado, dormi em uma rua que não existia nos mapas,abaixo da superfície, um dia deve ter havido uma grande

avenida ali, mas se via muitos jovens sem ocupação ao rua, e parei em uma ponta a observar;Da moça havia pegou 4 coisas, a identificação, os

Créditos, os estimulantes, e uma arma, sabia que conseguiriaalgo pelos estimulantes, eram dos caros, mas dentro de unsdias, não agora, achei um local para ficar, paguei em créditos, osenhor sorriu mas sabia que não queria ser identificado, eraalgo normal a aquele local, no dia seguinte, achei um rapaz arua, que nitidamente estava a roubar outros mais lentos, mas

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quando ele tentou pegar minha carteira, o segurei, eleesperneou, era muito jovem, uns 11 anos, o encostei na paredee um mais jovem veio pelas costas e falou;

 —  Solta meu irmão senão lhe mato!Olhei o menino, estavam dopados, não sentiam nada, omenino esticava um paralisador, sempre disseram que eradoido, mas não queria experimentar;

 —  Calma, não o quero mal!O menino foi avançar e peguei o paralisador, e olhei para

o que segurava na parede e falei;

 —  Me ajuda, ou vou ter de lhe quebrar? —  Se me soltar!Os demais não interferiram, não haviam câmeras, não

existia controle, apenas o vicio, soltei o menino e ele saiucorrendo, ele parou e viu que não correria, e ficou intrigado;

Um outro senhor olhou e falou; —   Não liga, só querem comer, estes estimulantes dão

fome, sabe disto!Comercio, comercio e mais comercio, nada era pelas pessoas, mas se era para entrar na guerra, entraria, o mundo láfora era pior que este, e o menino chegou perto e falou;

 —  Não vai correr atrás? —  Cair em sua arapuca, já fui criança menino! —  Disse que precisa de ajuda!

 —  Sim, você deve conhecer a área! —  Como poucos! —  Onde podemos montar algo grande, fora dos olhos? —  Vai pagar ou quer na faixa! —  Na faixa, pois os gastos serão muito altos!O menino olhou em meus olhos e falou; —  Você não é como os outros, você foca os olhos!

 —  Você também, não toma os alucinógenos?

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 —  Não, dizem que era alérgico a lactose, nunca tomei!Olhei o menino e perguntei; —  Então vai me ajudar ou não?

 —  O que ganho com isto? —   Nem sei ainda menino, mas depois comemos algo,

mas tem coisas que não poderemos comer! —  Lhe mostro um lugar!Eu segui o menino, sabia que era um caminho sem volta,

nem tinha mais noção de onde estava, as placas apagadas, masele me mostrou o que parecia uma grande caverna, era muito

úmido e falou; —   Nos escondemos aqui, quando a segurança resolve

re — socializar alguns! —  Bom saber que fazem isto, me avisa quando for para

correr! —  Você vem lá de cima, o que pode ter de ruim lá!Tirei um alucinógeno e mostrei ao menino;

 —  Isto que tem de ruim lá em cima, são seres sem direitode pensar como eu e você! —  Mas eles querem que vivamos bem!Olhei o menino e perguntei; —  Quando teve o ultimo problema de saúde menino? —  Dor de barriga vale? —  Não! –  Respondi sorrindo;

Ele sorriu, olhei o local, não era uma caverna, era umantigo estacionamento, base de concreto, bem deteriorado, sevia as vigas dos prédios que vieram acima, e furaram estas,mas era coberto, teríamos de refazer duas calhas, e estariamuito mais seco, vi a entrada, uma parede em L, e olhei emvolta, aquilo era um buraco, alguém um dia teve algo bemescondido ali, mas muito tempo mesmo, ainda usavam

Televisores tridimensionais, ri por um momento, o menino me

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ajudou e no fim sentamos em uma lanchonete próxima e ele perguntou;

 —  Posso dividir com meu irmão?

 —  Deve!O menino assoviou e uma menina, de uns 10 apareceu ecom ela um menino mais novo ainda, e o menino que meapontara o Paralisador veio junto, passei a ele o mesmo, pedi 4sanduíches a mais, que o senhor quis receber antecipado, cadaum comeu um pedaço do sanduíche e guardou mais da metade,vi que estavam economizando comida, vi os olhos da meninamais nova, também estava sóbria, mas os outros dois eram bem mais lentos, mesmo a criança, não era certo isto, fomos aolocal que o menino havia me mostrado e perguntei;

 —  Quem é o dono? —  Não tem dono, quer dizer, quem é dono no prédio de

200 andares acima, mas eles nem olham para baixo! —  Sabe o que tem ai em cima? —  Dizem ser um colégio!Pensei, caminhei no sentido do mesmo, não duvidava

estar nos alicerces do grande colégio, mas se tivesse, teriacomo puxar energia, ajeitamos as coisas, e cada um se ajeitouem um canto, fechamos as portas, pesadas, mas era um cantoque os demais não vinham, ainda não sabia por que, mas omenino falou;

 —   A noite alguns dizem que seres da noite tomam o

local! —  Seres da noite? –  Perguntei incrédulo; —   Sim, nunca vi, mas não durmo aqui, mas com um

adulto, com identificação, deve ser seguro!Pensei no que o menino falou, não tinha a identificação,

mas como os de cima deveriam ter, era normal pensar isto, ascrianças dormiram e fui a um canto, onde tinha um espelho e

tirei a toca e vi que onde haviam chutado já estava bom, asvezes queria saber como estavam as coisas no colégio acima,

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mas não tinha idéia, aquela noite foi até confortável, um poucoúmida, mas ali tinha espaço, acordei sedo e olhei em volta,estava sem o capuz e o menino me olhou e perguntou;

 —  Alguém lhe pegou de jeito! —  Seguranças, sempre muito educados com os demais!O menino riu e falou; —  O que vamos fazer?Os corredores eram grandes, vi algumas lâmpadas e as

desmontei, algumas armações de ferro, portas, algumasferramentas, tudo muito rudimentar, trabalho braçal, lembrei de

ouvir meus pensamentos, que para que alguém faria as coisascom suas mãos, desparafusei duas grandes placas, e pus comajuda do menino na entrada da porta, o que dava a impressãodepois de entrado, que era uma peça sem saída, colocamosalgumas placas na parte onde pingava umidade, e prendi umasluminárias, nos seus lugares, recolhi disjuntores e fios, fiz todaa ligação, e quando achei os fios dez andares acima da luz daescola, vi também cabos de informação, ainda não era a hora,

mas puxei a luz e as crianças sorriram ao ver que teríamos luz, pensei que poderia ter aprendido mais nos dias entre osimortais, mas não tinha mais como retornar, no dia seguinte,compramos colchões velhos, e um computador pessoal bemantigo, em uma sala mais a baixo, pegamos uns sofás que pusemos para secar, e algumas coisas, tínhamos um local paramorar, mas puxei o sistema e por dois dias, tentei ter acesso,não sabia o que a segurança estava achando disto, mas alerteias crianças para ficarem de olho;

 Nestes dois dias, eu e Pedro, o menino mais velho, fomosesvaziando os 10 andares acima de nós, fomos empilhandocoisas, abrindo espaços, e o menino no fim do 2 dia perguntou;

 —  O que pretende? —  Não sei ainda, mas preciso fazer algo, mas para isto,

 preciso pensar, e mexer os músculos me faz cansar o suficiente

 para dormir e ter algumas idéias!

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 —  Você é maluco? —  Sou, eu estudava na escola acima de nós, tinha como

os demais falavam, um futuro, e escolhi mudar isto, provocar, e

descobri que me queriam como um fantoche, prefiro ser livre, pensar e agir, mesmo sem objetivo, do que trabalhar para queum babaca faça dinheiro!

O menino sorriu, podia não ter me apercebido, mas tinhauma família a cuidar, mas sabia que o dinheiro escassearia ecomecei a pensar, tinha de ter algo que pudesse fazer, masquando consegui acesso ao sistema, vi como estavam as coisas,meu quarto estava ainda vazio, desculpa, intercambio em uma

cidade flutuante, olhei o menino e falei; —  Dentro de 6 dias vamos passear! —  Para onde? —  Buenos Aires, mas precisamos de roupa! —  Eu consigo! –  Falou o menino;Sorri, terminei naquele dia os encanamentos, os

 banheiros existiam, mas estavam a muito abandonados,fechamos todas as entradas de água ou ratos, tínhamos criançasali, quando no 4º Dia com água e luz, lavamos um antigo banheiro, imenso banheiro, deveria ser algo para muitas pessoas usarem, mas só tinha um chuveiro, desentupimos e olugar com azulejos brilhou, e foi o primeiro banho depois dedias, e até ganhamos cara de seres civilizados;

Os dez andares para cima estavam limpos, agora iríamos

 para baixo, e Pedro perguntou; —  Por que estamos fazendo isto? —   Não gosto de ser surpreendido, então se soubermos

que não tem entrada, fora a que tem lá em cima, estamostranquilos, outra coisa, isto para quem não conhece, nos dávantagem de se esconder, podendo servir para que possa lhesensinar o básico!

 —  Vai me ensinar a escrever? –  Perguntou o menino; —  Mais que isto!

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Descemos um andar, a umidade das paredes, fomoscobrindo com as placas que achamos, sempre separávamos aocentro das peças o que nos podia ser útil, estávamos lá quandoouvimos a menina gritar a cima e Pedro subiu correndo, eramdois meninos mais velhos, estavam a despir a menina e umapontou uma arma para Pedro e falou;

 —  Fica quietinho, que estouro seus miolos! Não poderia olhar aquilo, e dei a volta e subi pelo outro

lado, e quando o rapaz se virou, eu o acertei a cabeça, uma dascrianças, a mais nova estava ao chão sangrando, na cabeça, omenino apontou a arma para mim e vi Pedro avançar sobre ele,

não deu tempo de falar para não fazer nada, o menino o acertoue mirou em mim, uma raiva me tomou, olhei o menino nochão, outro baleado, a menina despida e apontei a minha arma para o menino, ele recuou, era fácil atirar em desarmados, eatirei, pegou no braço dele, outros dois entraram pela porta, vique eram uma gangue, quando me viram armado saíram pela porta e sumiram, o marginal sangrava no braço, olhei o menino

que outra ora estivera com o imobilizador na mão, entrar comum sorriso e soube que ele que trouxera os demais, e ouvi; —  Esta em maus bocados, eles virão com tudo! Não pensei e descarreguei a arma, o menino tombou na

 porta, fechei a porta, e pedi para a menina se vestir, e ela foiver o irmão, ao chão sangrando na cabeça, puxei para dentro omenino morto a porta e o que estava com o braço sangrandoamarrei, e fiz um torniquete na perna do menino, se estivesse

dopado, ele não sentiria aquela dor, mas não daria aquilo a ele;A menina não falava muito, mas falou; —  Por que nos defende João! —  Acha certo isto? —  Eles não nos matam assim! —  Mas lhe engravidam e vem mais um por ai, não é uma

adulta ainda para ter filhos, menina! —  Obrigada, mas eles vão voltar!

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 —  Quem são? —  Eles controlam tudo aqui, eles que mandam! —  Quantos são?

 —  Mais de 50! —   Amarra aquele ali, e pega o sal que achamos no

deposito! —  O que vai fazer? —  Eles são carne, melhor que de rato! —  Os outros vão reclamar! —  Menina, matamos um, eles virão com força, mas sem

um informante! —  Pensei que Guto era amigo! —   Também pensei, mas aqui não existe amigos, e sim

ameaça, mas os demais devem estar se escondendo no caminho para cá!

 —  Com certeza, pois quando eles vêem é para badernargeral!

Pedro abriu os olhos, se via a dor, e com a ajuda damenina, levamos os dois 10 andares acima, e os sentei lá edesci, fiz a menina prometer cuidar deles por um tempo, efechei uma porta pesada atrás dela, e desci os dez andares pelaescada correndo, um bicho tomou meu corpo, cortei osmeninos em pedaços, e pendurei na peça, com sal grosso, tireios colchões e fechei as portas para as escadas a para cima preguei uma placa escondendo ela, a para baixo, em um doslados, preguei e deixei a outra visível, era algo que me guiava,não sabia o que, mas algo me mandava os conduzir para baixo, peguei a arma do menino, e o imobilizador do outro, a cena nãoera boa de ver, aquelas pernas, braços, cabeças de 3 crianças penduradas na peça, e esperei eles chegarem, ouvi os barulhos,vi quando um veiculo se lançou na porta da frente e a arrancou,depois um puxou as placas, até aquele momento era festa, mas

se viu os rostos de revolta, ao ver os corpos aos pedaços, seforam salvar alguém, não teria mais o que salvar, eu tinha 5

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tiros, não mais que isto, em uma das descidas das escadas,abaixado, apenas a cabeça para fora, as luzes da parte onde oscorpos estavam acesas e o resto em um breu, um rapaz maiorveio a frente, e falou bravo;

 —  Quem foi o desgraçado que fez isto com meu irmão!Dei o primeiro tiro que atravessou a cabeça do rapaz, que

caiu lentamente e os demais começaram a atirar em todos ossentidos, sem ver para onde, dei mais dois tiros, poderiam mematar, mas teriam trabalho, três mortes a mais, estava virandoum matador, já eram com a moça da segurança, 7 mortes, nãotinha como matar todos eram muitos e corri pelas escadas

abaixo, os demais ouviram os movimentos e um carro jogou aluz e tudo acima pareceu iluminar-se, corri para baixo, descidois andares a correr, e esbarrei em algo, não sabia quemestava ali, mas vi os olhos brilhosos, não sabia onde estava,mas senti as mãos me pegarem, e me arrastarem, os demaisnem vi, mas ouvi os tiros, algo me bateu a cabeça e desacordei por um tempo;

Acordei com um balde de água fedida a cara, e umamoça me olhava de frente e emitiu um som que não entendi;Olhei em volta, alguns rapazes presos, amarrados como

eu, poucos para 50 pessoas, 4 exatamente;Um deles xingou quando a moça falou, e finalmente

entendi, ela falava um dialeto de Português antigo, e olhou paramim e falei lentamente;

 —  Meu nome é João Moreira! —  Por que invadem nosso mundo? —   Desculpe, eu lhes perturbei, mas eles queriam me

matar, não tinha outra saída! —  Então confessa que é culpado por isto! —  Sim!Os demais estavam muito malucos ainda para falar mais

lentamente para a moça entender, mais cantado, um delesolhou para mim e falou;

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 —  Quando seus amigos nos soltarem está morto! —  É burro mesmo, estamos mortos, não entendeu!O rapaz olhou em volta, eram mais de 300, os olhos

 brilhavam ao escuro, e me olhou; —  O que eles tomam, para os olhos brilharem assim! Não respondi, eles poderiam ser Fanes, poderiam ser

humanos dejetos das guerras nucleares, escondidos, poderiamser até outra espécie, mas não me cabia saber isto, os atrai, eisto que importava, mas quando vi arrastarem as crianças paradentro me irritei;

 —   E vocês, por que invadem nosso mundo e arrastamnossas crianças para cá! –  Olhei a moça seriamente; —  Aquele local é parte do nosso mundo! —   Discordo, aquilo foram escravos como eu e estas

crianças que montamos para que seres acima de nós vivam bem, não foi você que construiu!

 —   Você não fez nada menino, é uma criança, eles nosforçaram a muito tempo a construir as bases, depois noslargaram aqui, não podemos viver ao sol, nosso mundo é osesgotos destes seres que parece não gostar também!

 —  Moça, lá em cima, tem um exercito de dopados comoestes ai, mas as crianças não tem nada a ver com isto, estesseres atiraram e bateram nelas, mas deixe elas irem, peço porelas, não por mim!

A moça anda até a menina, e olha os olhos dela e vê que

o menino no colo dela estava machucado, ela o tocou, vi asferidas se fecharem, ela tocou Pedro ao chão, estavadesacordado, deve ter perdido muito sangue, antes delaabaixar-se, a menina falou;

 —  Obrigada moça!Ela tocou Pedro e a bala sai do corpo e se faz uma

cicatriz, e ela olha para mim e fala;

 —  Elas não matamos, mas sabe que não sairão daqui!

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 —   Obrigado!  –   Agradeci sem sentir, a moça me olhouestranho, mas não entendi por que;

 —  Sabe que os mataremos?

 —  Sei, mas as mantendo vivas, tudo bem! Lá em cimaestão todos viciados, não é vida aquilo moça! —   Não entendo você, parece mais forte do que mostra,

sabe se defender mas não nos atacou como estes ai! —   Eles são o que a sociedade os fez, matadores,

assassinos, exploradores dos demais, da desgraça dos demais,eu não sou nada, não preciso viver!

Os demais entenderam que era o fim, a menina segurouminha mão e fala; —  Mas quem vai nos proteger! —  Eles vão lhe proteger, pequena menina, são melhores

que eu nisto, tentei lhes dar um lar, o que consegui, quase osmatar?

 —  Você nos deu um lar!

Uma lagrima correu em meus olhos, achava mesmo queiria morrer, mas lá encima estava morto, ali em baixo estavamorto, não tinha diferença;

Me jogaram em uma cela, e não comi, sentia aquantidade de entorpecente nela, se era para morrer, tinha deser ciente de quem era, a fome, depois de um tempo pareceuser insignificante, no escuro do local, dava para ver que eralimpo, mas um breu total, vi que conseguia controlar minha

retina as vezes a ponto de enxergar, estranhei isto, mas paraque ver, o fim estava breve mesmo;

 Não sei quanto tempo fiquei lá, quando fui levado a umlocal escuro, tudo o era, sentia as pessoas em volta e amarradoas costas sentia um cheiro de carne fresca ao ar, sangue maisexato, agucei a vista, estava curioso de ver o que estavaacontecendo, queria saber o que seria meu fim, olhei em volta,

os 4 rapazes estavam pendurados, aos cantos, escorrendosangue, foram cortados abaixo do queixo até a barriga, escorria

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sangue, e os intestinos de uns tendiam para fora, eles estavamvivos ainda, pois estavam dopados, estranho algo assim,sangravam muito e esta falta de sangue os mataria, pelo menosnão resistiria ao corte, morreria rápido;

Olhei para a moça a minha frente, e ela viu que a via, pois a olhei aos olhos;

 —  Tem direito a um ultimo pedido, mas não vale pedir aliberdade!

 —   Não entende que aqui embaixo és livre, lá encimaseria escrava, mas não tenho nenhum pedido!

 —  Mas temos de lhe oferecer, se não quer nada, podem o pendurar!

Senti alguns fazerem barulho e não ofereci resistência,me amarraram a uma corda e me penduraram, já sabia o queiria acontecer, e ouvi um choro, sabia quem era, olhei ao fundoe olhei para a senhora e falei;

 —  Se tenho direito a um ultimo pedido, não queria queelas presenciassem isto!

 —  Por que, se é a regra da casa? —  Não pode me satisfazer nem o ultimo pedido, por que

me propôs ele moça!  –   A olhei aos olhos, eram de apareciahumana, mas aquele brilho nos olhos era estranho, vi que ascrianças estavam com o mesmo brilho, deveria ser o que faziameus olhos verem no escuro, mas fechei os olhos, e senti amoça encostar a faca em meu pescoço, morte estúpida;

Um silencio se fez e ouvi a moça falar; —  Por que intercede por ele? —   Por que ele é um dos nossos, se não sabe mais ver

isto, perdera a liderança Magda!Mantive os olhos fechados, nem queria saber de quem

era a voz, parecia conhecida, mas fosse quem fosse, não meimportava mais, estava morto mesmo;

Incrível o que a mente pensa em dias que não temos maisesperança, ela lembra do passado, ela se apega a momentos

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 bons ou ruins, dependendo do dia, mas sem objetivo, elaapenas corre o passado como se procurando a sua vida, meachei em dois pontos, a imagem da minha mãe, não lembravade meu pai, e da menina agradecendo, mas depois de umainterminável discussão, alguém me desamarra o tórax, comoainda estava com as mãos amarradas, inclinado a frente, e comos pés amarrados, cai de cara do chão, esfolei o queixo e o ladoesquerdo do rosto, mas nem me mexi, estava morto, será, ouvia menina falar para alguém;

 —  Obrigada por o salvar! —  Ele é importante, mas não sabe disto menina!

Somente nesta hora reconheci a voz, era a de Pietra, nãoolhei, mas era ela, como não olhei a menina veio até mim efalou;

 —  Nem olha quem lhe salva?Olhei meio que sem entender, não queria ajuda, queria o

direito a morrer, mas sabia que ela lia meus pensamentos, e perguntei por que?

 —  Es especial João, nunca entendi por que saiu daquelecarro!

 —  Sabe por que Pietra, mais do que eu!Ela não argumentou, sabia de algo, mais que eu, mas me

falou; —   Às vezes esqueço que as pessoas sentem emoções,

mas saiba que não o queremos mal!

 —  Às vezes esqueço que imortais não sentem!A menina não gostou da frase, se viu na feição dela, e me

fala; —  Peter pediu para o poupar, se quiser mudo de idéia!Eu não era de recuar e ela sabia, olhei para Magda e falei; —  Pode me matar, ela já mudou de idéia!Magda me olha, não sei o que passou na mente dela, mas

ela veio a mim e me desamarrou;

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 —  Alguém que não teme a morte não merece morrer!Pietra me olhou e falou; —   Sabe que não temos como apoiar a idéia, você era

vigiado, o que esperava! —  Sinceridade, apenas isto! —   Mas alguém o havia entregue, se o apoiássemos

seriamos retalhados! —  Desculpa, mas se vocês não podem, Call não pode, JJ

não pode, ninguém pode, ou melhor, ninguém se importa, dá para o pessoal de Magda na comida dela, entendi que não

querem!Pietra some no ar, sabia que podia nem ser ela e Pedroveio a mim e me abraçou, a menina olhou para ele e falou;

 —   Dani!  –  Sorri, ela sempre disse que não tinha nome,que não importava, mas ainda estava em terras estranhas;

 —   Quem é você que Peter intercede mas não aceita aajuda!

Olhei a moça e falei; —  Sabe que lhe dopam pela comida?Ela me olhou desconfiada e perguntou; —  Como sabe?Apontei os rapazes e falei; —  Eles estão vivos, comeram o que me deram, deveriam

esta com dor de cabeça, mas estão vivos por não sentir dor!

Magda olhou os rapazes, eles ainda olhavam para elas,era a forma que gostavam de matar, mesmo que saíssem dali,morreriam;

 —  Mas como podemos não comer? —  Pelo que entendi, são Fanes! —   Sim, da cidade Prata, mas ela se inundou, alguma

entrada subterrânea de água!

 —  Mas por que vivem aqui, escondidos? —  Dizem que não somos bem vindos lá em cima!

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 —   Eu sou um Fanes, e vivia lá em cima, qual adiferença?

 —  Não sei, mas por que não disse que o era?

 —   Você sabia que eu era, não preciso falar que souhomem, assim como não preciso dizer que sou Fanes! —  E as crianças?Eu ri, a moça não sabia nem em que mundo vivia, teria

de saber mais e sabia que ela dominava dons, ou magia, nãosabia, pareceu dons;

 —  Como esta nossa casa?

 —   Isolada, os da cidade isolaram ela, depois da cena demorte que você montou, daí amontoamos alguns lá mortos, elesisolaram tudo!

 —  Posso ir lá ou sou prisioneiro? —  As vezes tinha de pensar antes de falar! —  Verdade, não teria todos querendo me matar!A moça indicou o caminho, tive de reverter a retina, para

enxergar, era muita frequência de luz, olhei as pilhas, moscas,carne estragada, desperdício, mas sabia que as que haviasalgado, estavam boas, e nem me preocupei com o não comercarne, não era mesmo chegado a magia, nem cheguei aimortalidade e já havia quase morrido, estava meio perdido,olhei para Pedro e falei;

 —  Tem aquele cal no terceiro anda, vamos usar ele! —  Para que? —  Não gosto de comer mosca!  –  Falei sorrindo, Magda

aparece a minhas costas com óculos bem negros e vê que euenxergava lá, e perguntou;

 —  Vai fazer o que com esta carne podre? —   Se tivessem salgado, teríamos comida, mas assim,

apenas lixo, mas quero perturbar, então vamos incomodar egerar uma saída!

 —  Não entendi!

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Peguei uns sacos e levei ao 12º andar, não estava nadagostoso aquele cheiro, fechei a entrada dos cabos, ergui uma parede dupla de armações metálicas, e na entrada de ar,colocamos todos os pedaços de gente, estava podre, as moscasvieram junto, no chão do local, jogamos cal, fechamos o lugar,isolando o andar, e lavamos a nossa casa, e Magda viu quetínhamos até conforto, eles estavam pior instalados, e perguntou;

 —  Tem um espaço grande, mas o que pretende? —  Não sei ainda, mas perdi uma chance de viajar e ainda

nem sai daqui  –   Olhei o menino e falei  –   Pedro, me pega

aquele pé de cabra no segundo piso! —  Vai nos mostrar ao mundo? —  Não, mas aos poucos vão aparecendo, os demais vão

se assustar com a gente, mas já que alguns lideres estãodesconfiados, podemos ter uma leva nova de ataque, daí desçolá mas desta vez, sem desperdício!

 —  Não quer aproveitar aqueles pendurados?

 —  Lógico que vamos, ou vai jogar no lixo!A moça sorriu, ela não era ruim, mas respondia pela

segurança dos seus;Pedro trouxe o pé de cabra, forcei e abri a porta, e uma

leva de seres viram eu e as crianças a andar a rua, sentamos nalanchonete em frente e pedimos dois sanduíches, eram maissaldáveis que as comidas dos Fanes, o senhor nos olhou e

 perguntou; —  Pensei que tinham morrido!Olhei-o serio e perguntei; —  Sobraram quantos ainda? —  Uns 10, mas o pessoal esta mais tranquilo, o que foi

aquilo? —  Nos escondemos, na escuridão eles se mataram, mas

ainda tinha dois escondidos e não podia arriscar a vida dascrianças!

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 —  Vão morar ali ainda? —  Sim!  –  Comemos os sanduíches e voltamos ao local,

instalamos as portas de novo, a parede de proteção e não deu o

fim do dia, alguém estava a arrombar a porta, as criançassubiram e os rapazes me viram sentado ao sofá, estava comuma faca na mão, era para eles pensarem, e um falou;

 —  Quem é você, comeu tudo, agora veio buscar mais? —   Não, salguei, não quero ter de matar mais do que

 preciso!Os rapazes me apontaram as armas e falei;

 —   Por que não paramos com esta coisa idiota rapazes,querem mesmo morrer? —  Mas você matou dos nossos! —  Eles que vieram me caçar, sabem disto, não mexi com

ninguém! —  Mas você é perigoso! —  Sou perigoso! –  Eu me levantei, os rapazes recuaram,

eu dei uns passos em direção da escada de descida  –  Queremmais alguma coisa? —  Nós vamos lhe matar!Quando vi um deles destravar a arma pulei na escada e

desci rápido, primeiro anda, vazio, apagado, segundo andar,vazio, apagado, terceiro andar, aceso, 4 deles abertos a barriga,vivos, os rapazes olharam aquilo, antes de falarem estavamimobilizados, por vários seres, e Magda me olhou e perguntou;

 —  Fazemos o que? —   Sangra, depois salga, assim podemos comer com

calma!Os rapazes viram que não sairiam vivos, penduraram os

rapazes de ponta cabaça e mataram os deixando sangrar, e fui acidade, e Pedro foi ao meu lado, e perguntei;

 —  Onde era a base deles? —  Eu mostro!

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Adentramos um prédio, haviam garotas lá, novas demais,algumas empunharam as armas, e falei;

 —  Quem quiser ficar, estou assumindo o lugar, mas terão

de obedecer a mim! —  Kiko vai voltar e lhe matar! –  Falou uma;Olhei a menina e falei; —  Mortos não voltam, outra coisa, amanha não quero lhe

ver com estes metais a boca, e quero este lixo arrumado! —  Você matou ele? Não respondi, olhei os armamentos, mas o que queria

estava num canto, sistema de comunicação para cima, li osalertas e olhei a menina e perguntei; —  Quando eles lançaram este alerta? —  Antes de ontem, o pessoal deve vir hoje!Olhei Pedro que atravessou o local avisando todos que os

seguranças viriam, foram fechando portas atrás de portas, o queera uma cidade, virou uma serie de corredores, sem vestígio de

vida, e olhei para a menina e perguntei; —  O que eles geralmente falam? —  Nem passam aqui, mas parece que um viria, pois estão

 procurando alguém especial! —  Sabe quem? —  Kiko disse que mandaram uma foto, ele foi lá buscar o

cara depois de avisar que ele estava aqui!

Acessei o sistema e minha foto tridimensional foi projetada e as 4 meninas recuaram, eu era o cara, e olhei elas e perguntei;

 —  Querem sair deste buraco? —  Eles não vão vir ressocializar ninguém, eles vem para

limpar a área, de tempos em tempos fazem isto! —  Então espero que saibam atirar!

Fui passando uma arma para cada, e peguei uma leva dearmas, bati em cada porta e avisei que eles vinham limpar a

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área e fui armando o pessoal, as crianças foram sendo levadas para o buraco, e os demais seguiram elas, olhei Magda a portae falei;

 —  Não os matem, são sobreviventes como vocês!Os demais viram os seres, surgirem de todos os lados, eos conduzirem para baixo, os corredores para as demais partes,foram sendo fechados, embora a cidade se unisse por baixo,quando se dava o alerta, separavam-se em milhares de pequenos grupos, as meninas armadas foram juntas as crianças,eram crianças também, sabia que elas não gostariam de ver osmortos, mas marginais, se eles queriam viver, teriam de mudar

de lado, acessei o sistema dos marginais, eles vendiam as pessoas, quando precisavam diziam onde conseguir o que, masnestas investidas, muitos morriam, os que não interessavam aeles, tinham acesso a rede de informação, olhei as minhasinformações, todas normais, somente com acesso especial, comsenha se teria os verdadeiros dados, pensei quando a moçafalou em Kiko e digitei, não acreditava ser, mesmo sendo uma

senha de 4 dígitos, mas abriu as informações;―Procurado por matar uma segurança, por ser perigoso,

com adendo de estar armado, atirar para matar!‖ Soube que não teria boa recepção, mas também sabia que

atirariam em todos, não estavam querendo sobreviventes, olheia hora da visita surpresa, dentro de duas horas, mas tinha umadendo pichado na parede;

―Desgraçados, nunca na hora mesmo!‖ Peguei as granadas, as armas, e posicionei na entrada do

túnel, haviam outras, mas teriam de entrar por ali, olhei asujeira aos cantos, derramei gasolina naquela vala cheia delixo, e escorreu no sentido da entrada, estava cheio, o cheiroera até agradável comparado ao cheiro do local, e quandochegou a hora, estava eu sentado a frente da entrada, suicídio puro, e vi os seguranças com coletes e toda as proteções

 possíveis, tinham lança mísseis as mãos, não tinham noção deonde estavam, mas se era guerra, era guerra, eles me olharam e

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alguns ficaram tensos, uma coisa era pegarem as pessoas desurpresa, covardemente, mas a idéia era simples, joguei ofósforo na manilha e o fogo foi correndo com violência para olado deles, alguns foram pegos de surpresa, deixei duasgranadas no veiculo e corri para o local dos marginais, equando os seres me viram correndo, avançaram rápido, o carroexplodiu, vi alguns pegando fogo, mas eram poucos, eu estavaa frente do local, eles teriam de ver para onde eu ia, esperavaque não conhecessem o local tão bem;

Ouvi o rapaz pedindo reforço e a estática não deixouclaro se eles ouviram, vi um deles mirar um lança mísseis e me

 joguei ao chão, a explosão detonou com uma coluna, muita poeira se viu ao ar, ouvi mais duas explosões, corri para dentro,fechei a porta atrás de mim, e desci por um tubo, e comecei arastejar por baixo deles, era um piso suspenso, uma granada aofundo explodiu e mais lança mísseis foram acionados, vi a levade seguranças acima de mim, uma granada que havia deixadomais ao fundo, onde entrei explodiu, e senti o calor passar pormim, mas os rapazes sobre mim, deveriam ter mais de 100adentram o local, eu acelerei o meu rastejar, e o rapaz atira umlança mísseis a mais para o fim do local, valentes, ouço oestrondo e depois um grande estalo, tentei rastejar maisrápidos, os idiotas não perceberam nada antes de virem aultima coluna estalar, um prédio de 100 andares desaba acabeça, o pó entra dos mínimos lugares, mas lembro da minha perna presa, desacordei de novo;

Acordei mais de 30 horas depois em uma sala, não sabiaonde estava, olho em volta, e vejo Dani me olhando e ela grita;

 —  Ele acordou!Vi Paula vir lá de dentro e me olhar, não a encarei, era

mais fácil sem olhar nos olhos dela; —  Sabe que é mais resistente que seu antecessor, ele saia

do prédio antes de demolir!

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Olhei os demais, o corpo estava doido, mas Pedro veio aolado da irmã, e sorriu, e a menina pegou em minha mão,estranho formar uma família assim;

 —  Pedro, onde estamos? —  Na casa da moça ali! –  Fala apontando para Paula; —  O que fazemos aqui Paula?Ela me olha, não estava com uma cara de paz e falou; —   Alguém derruba o prédio de segurança da cidade, e

me pergunta o que estou fazendo aqui? Não falei nada, ela não havia respondido, e sabia disto;

 —  Queria mesmo morrer lá pelo que entendi? —  Gosto de me sentir útil, se derrubei o prédio certo em

milhões de prédios, já é um começo! —   Você não tem noção do caos que uma cidade destas

vira sem segurança, alguns grupos a anos no submundo saíramde lá atirando em tudo, matando, tem noção do que é isto?

 —   Sim, eles estão morrendo com as balas que os

senhores de cima armaram eles para matar os de baixo, mas naausência de alguém em cima que lhes desse medo, osmarginais, que matavam, estupravam, extorquiam na cidadeque não existe, a mando dos de cima, resolveram por asmangas de fora!

 —  O povo não tem culpa João!Segurei firme a mão de Dani e olhei para ela e falei;

 —  Sabe que agora lá é mais seguro que aqui, tinham deestar escondidos! —  Pai, você é importante! Nunca alguém havia me chamado de pai, era uma

responsabilidade para a vida, olhei a menina e a abracei e falei; —   Vocês são mais importantes, são o futuro, pois

vivemos de passado!

 —  Mas você teria morrido lá! –  Dani;

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 —  A moça ali não contou que se fosse para morrer teriamorrido, pois não sou imortal!

Eu vi que Paula me olhou, mas não desviei os olhos, virei

 para Pedro e falei; —  Tem de os proteger, menino!Ele sorriu e falou; —   Quando pediu ajuda, não disse que iria derrubar a

segurança da cidade sozinho, senão nem teria perguntado se me pagaria!

Ri, pois o menino achava um feito, e obvio que Paula não

gostou do rumo da conversa e falou; —   Tem de ficar mais um dia, daí pode levar eles paraonde quiser!

Olhei para ela e perguntei; —  Algum motivo para esperar amanha? —   Nada grave, mas para sua informação, quase toda a

cidade subterrânea veio a tona, pois dizem estar impossível

respirar até o décimo andar na área afetada! —   Menos mal, não perco aula!  –   Me esforcei para melevantar, não estava contente em estar ali, e senti ela me aplicaralgo ao braço, e apaguei novamente, estava muito fraco, pois jáera o meu terceiro apagar, o terceiro da vida;

Acordei e a cabeça estava pesada, vi a ampola ao lado dacama, estava em uma hospital, as crianças não estavam ali, abrias retinas, senti o entorpecente na veia, olhei para a porta,seguranças, olhei para a janela, muito alto, olhei a mesa,entorpecentes, e xinguei, mas tudo bem, olhei o relógio na parede, fechei os olhos e ouvi um rapaz vir ao quarto e falar;

 —  Entregaram ele ontem, mas não parece alguém capazde derrubar um prédio!

Uma segunda voz falou; —   Mas foi ele, considere que mais de 3 mil pessoas

morreram nesta ação, e continuamos tirando gente dos

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destroços, mas a pergunta é como os meus homens afirmamque ele estava lá, poucos segundos antes de vir tudo a baixo!

 —   Esta a dizer que estavam o caçando e ele trouxe um

 prédio sobre ele? —  Estas informações são de segurança médico, acha quequando ele pode responder a um interrogatório?

 —  Amanha, pois foi entregue inconsciente e fizemos umexame de sangue, alguém o dopou, mas o índice deentorpecente estava baixo, ele pode ter tentado se matar senhor,ele estava quase são!

 —   Mais isto, alguém deixou o cara são, e os meushomens entram em campo sem saber que não era um assassinoe sim um maluco que tinham a frente!

O medico falou algumas coisas e soube que teria se sairdali, pois 3 mil mortes não eram 7 ou 20, eram 3 mil, mas meveio uma idéia mais maluca ainda, e sabia onde iria, quandosaísse dali, estava entorpecido, mas não gostei do que Paulafez, se era guerra, teríamos guerra;

O medico saiu pela porta, eu olhei o entorpecente,apliquei ele e peguei mais dois deles, abri a janela, muito alto, peguei a colcha da cama, e amarrei as duas pontas, peguei nasamarras nas duas extremidades, olhei para baixo e pulei, erasuicídio, mas quando soltei a colcha senti os braços estendereme desacelerar, o tecido sintético não resistiria muito, nas sedesse para chegar mais baixo, seria um ganho de vida, quando

vi que a velocidade diminuiu, avistei uma janela no prédio emfrente, e adentrei por ela, era um cubículo, a moça se assustou, pedi desculpas e sai pela porta, passei pelas escadas e descirapidamente, sabia que ainda não tinha escapado, olhei umalinha de saída de água, e me esquivei por ela, sabia muito bemonde iria, quem mata 3 mil, mata outros 3 mil, seria pena demorte mesmo;

Ainda assim seria melhor que ressocialização, olhei em

volta e senti o corpo acelerando pelo túnel, uns cortes aqui,

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outros ali, mas parei doidamente 10 andares abaixo, apliqueioutro no pescoço, sabia das consequências, mas estava commuita dor, os braços ainda latejavam de ter segurado no lençol por mais de 80 andares, depois mais 10 cortes por andar quedesci por aquele duto de metal, me ajeitei e olhei para o local,era um duto de divisão, teria de caminhar por um dos lados evoltar a descer, esperava não escolher o que acabava na rua,mas comecei a andar, escolhi o norte, pois o prédio em si, quehavia saído, era a sul, caminhei mais de 6 mil metros e um dutocomeçou a descer, queria ir mais baixo possível, quando medeparei com uma proteção de arames finos souber que estava

no caminho certo, não queriam ratos subindo por ali, forceicom o pé e continuei a descer, passei daí a ter ratos decompanhia, sabia que a partir de agora, seria sem entorpecente,mas quando cheguei a parte abaixo da rua vi que o ar estava bom, mais mentira, alguns me viram surgir numa ponta da ruae um senhor me apontou, e outro veio a mim e falou;

 —  Você não é João Moreira?

 —  Lhe conheço? —  Não, mas esta em todas as noticias!O senhor, deveria ter uns 90 anos, estica um jornal de

 papel, a muito não via um, com sua cara estampada, a palavraherói ao lado da foto não me agradou e falei;

 —  Não sou herói senhor, mas poderia me informar comochego a região do antigo prédio?

 —  Esta desorientado pelo jeito, fugiu de onde? —   De um hospital acima, 3 mil mortes não me darãonem direito a julgamento!

 —   Tinham falado que era um prédio desativado da policia, mas ninguém falou em 3 mil mortes!

 —  Senhor, o prédio que veio a baixo, é um prédio de 100andares, não este que parece na foto, aquele central dasegurança!

O senhor olha para o outro e fala;

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 —   Ele disse que foi o prédio central, não este da periferia!

Muitos olham para ele, e o senhor fala;

 —  Ajudo o senhor a chegar lá!Ele me indicou o caminho, muitos me olhavam, estava aquerer saber das crianças, o resto arranjava depois, depois de10 horas andando, minha cabeça começou a latejar, o senhorme ofereceu um entorpecente, quase aceitei, mas disse não,queria a lucidez, e sabia que seria muito ruim desta vez, masme sentia traído, se antes eu achava que fora enganado, agorafui largado a sorte, passei por alguns túneis, em um o senhorfalou;

 —   Este caminho dizem ser mais rápido, mas ninguémsobrevive!

 —  Então vou por ele, agradeço senhor a ajuda! —  Mas é perigoso!Sabia que era, podia ser outro grupo, outro tipo de perigo,

mas entrei no local, vi as escadas descendo e quando desci 10andares, agucei mais a vista, e vi um rosto familiar a frente efalei;

 —  Tudo bem Magda? —  Não sou Magda, ela é minha irmã e inimiga! —  Preciso de inimigos mesmo, já não me serve todos os

 primatas acima!Alguém chegou a moça e falou algo, e ela falou; —  Meu segurança disse que estão pagando bem por sua

cabeça, fora do corpo! —  O que é bom preço para você, não sei seu nome? —  Marise! —   Qual o preço de minha cabeça, já que vou a perder,

quero saber o preço! —  10 mil créditos!

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 —  Sabe que isto me faz mais importante do que sou, maslhe explicaram por que querem este valor?

 —  Não! –  O rapaz cochicha no ouvido dela e ela me olha

e pergunta; —  Você é João Moreira? —  Sim, sou João Moreira! —  Sabe que ninguém acredita nas historias lá de cima,

alguém capaz de derrubar um prédio para matar 200seguranças, corajoso!

 —  Eles não diriam a verdade, moça!

 —  Por que não? —   Eles estão com tumultuo generalizado, mesmo sem

falar que o prédio central de segurança veio a baixo, imagine seeles falarem!

 —  Você implodiu o prédio central deles? —  Não, eles explodiram, mas isto é detalhe técnico! —  Por que eles fariam isto?

 —   Por que seguranças quando vêem para baixo, vemdopados, e alguém se preocupa se o lança mísseis estadetonando a coluna de estruturação de um local como este?

 —  Esta a me dizer que não fez, foi acaso? —  Não acredito em acaso moça, vim por este caminho

 por que dizem que ninguém sobrevive a ele, tinha de ter irmãosFanes nele, mas nosso lugar não é neste buraco!

 —  Mas não conseguimos nos adaptar a luz lá de fora! —   Sei disto, mas tem de acreditar mais em vocês emenos nas pessoas que lhes prendem aqui em baixo, pois fuientregue a eles, por Paula Carson, não por um humano!

 —  Tem certeza disto! —  Queria não ter moça, eu amei aquela menina!Ela me olha com desconfiança e fala;

 —  Lhe deixo na entrada do reino de minha irmã, mas temde se cuidar, ela é uma aliada dos Carson!

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 —  Sei disto, mas prefiro morrer lutando, ou pela mão dosirmãos, e não entregue a sorte em um hospital, outra coisa, ascomidas estão todas com energético, isto não as deixam aguçara vista lá fora, perdem o controle físico, isto é físico, não édom!

 —  Tem certeza? —  Tenho!Um rapaz me conduziu mais 12 horas por caminhos

subindo e descendo, senti quando nos aproximamos, o cheirode pó me fez prender um pano ao rosto, e na entrada do reinode Magda o rapaz me deixou e um veio a frente e falou;

 —  Não é bem vindo, João Moreira! —   Fala para Magda que preciso apenas de uma

informação, não quero a complicar!Sentei e fiquei esperando, o ar estava pesado, mas

demorou um pouco e Magda veio a frente e falou; —  O que quer menino, já não nos complicou suficiente? —  Quero apenas saber se sabe onde estão as crianças! —  Por que quer saber, quase nos matou, a todos! —  Mente tão mal quanto Paula, Magda, sabe que não fiz,

mas tudo bem da próxima vez trago eles para seu lado comlança mísseis, os Fanes já foram respeitados, agora, patéticos!

 —  A menina esta cuidando deles! —   Cuidando ou os envenenando, pois foi legal ela me

entregar aos seguranças, dopado! —  Ela não faria isto! —  Não vou discutir, posso passar por seu reino ou terei

de voltar as 12 horas e fazer por cima? —  O que vai fazer! —   Sumir, se os meus não me querem por perto, os

 primatas acima querem me condenar à morte por mortes quenão vão relatar, o que posso fazer!

 —  Por que diz que ela lhe entregou?

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 —   Não vou discutir isto, ela lhe dá veneno e diz seramiga, quando um dia, acordarem, ela os esta entregando, poiseles são Fanes Imortais e vocês a mostra que eles eram normaisa 400 anos, mas tudo bem, posso passar ou não!

 —  Não!Dei meia volta e comecei a andar e ela gritou; —  Sabe que esta terra é de minha inimiga! Não falei, olhei para ela, e uma hora depois, vi que havia

uma escada e comecei a subir, me deparei com uma rua, nasaída de um beco, a cidade tinha poeira no ar, olhei para cima,tudo coberto, estava ainda nos esgotos, no submundo, voltei aandar no sentido que precisava, e depois de mais uma hora,adentrava a lanchonete a frente do antigo lar, o senhor meolhou e falou;

 —  Todos dizem que morreu! —  Então sou um espírito, mas como esta o local? —  Uma bagunça, você puxou para você o peso, eles nem

sabem o que desabou do lado de fora! —   Nem eu ainda, mas com certeza alguém morreu, e

sabe que se matam aqui em baixo, nada acontece, lá em cima, pena de morte!

 —  Sei, as crianças estão ai dentro!Estranhei, e andei até o local, e me deparei com alguém

se passando por mim, e olhei para o ser em meu formato efalei;

 —  Bonito, não tem coragem de dizer que me entregarama morte?

Pedro me olha assustado, mas se esconde; —   Tudo bem Pedro, sou perigoso, mas estava

 preocupado!  —   Olhei Dani, e olhei ela com uma boneca e omenino mais novo ao canto, não eram eles, senti alguém chegar pelas costas e dei um passo ao lado, e o tiro atravessou a

 parede, segurei a arma e a puxei para mim, pessoas semcoordenação, dopados, me senti tonto, dor de cabeça, e vi o ser

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 puxar o gatilho, senti o tiro atravessar o pé, não estava tãodopado ainda!

Puxei a arma e atirei no ser, e mirei na cabeça do meu

clone e atirei, não tinha certeza dos demais, mas vi Pietramudar de forma e desviar a bala, Pedro era ele mesmo, achei pelo olhar de susto, os demais, muito firmes nos disfarces, masvi a menina se transformar e Pedro se assustar, era Paula, eolhei as duas e perguntei;

 —  Estão brincando de casinha, onde esta Dani? —  Sobre cuidados! —   Sei, uma multi presença não deixariam solta,

imaginei!As duas se olham e Paula fala; —  Tem de entender, você saiu do controle! —  Sei disto, estou saindo da cidade mas antes preciso de

Dani, onde ela esta? —  Por que vai sair, pensei que iria brigar!

 —  Eu me escondi aqui, você sabe disto, Pietra sabe disto,e vocês sabiam onde estava, ela não lhe comunicou quematariam alguém, mas vieram, então as controlam, não queroser controlado, e vocês, deveriam saber disto, vocês medespertaram!

 —  Foi um erro! —   Foi mesmo, mas agora estou dopado, mas sei quem

sou, antes não fazia diferença, agora faz, montei uma famíliaaqui, e acha que vale a briga, a afastar de mim?

 —  Você nem tem como a dar o melhor! —  Vocês lembram do que é o melhor, pensei que eram

heróis em um passado, talvez tenham sido, mas duas covardes,velhas nos pensamentos, não na aparência, considerava quealguém havia feito algo incrível, mas hoje sei que foi apenashistoria para os demais acreditarem que eram especiais!

Eu sabia que tinha alguém a porta, mas não olhei;

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 —  Nos adaptamos as existências, João! —  Sim, um fantoche, as suas exigências, mas tudo bem,

Peter Carson, de herói a um qualquer, e imagino o que

aconteceu, não estão preparados para o futuro, falar é umacoisa, fazer é outra! –  Só nesta hora olhei para ele; —  Não sabe o que fala! —  Então me responde uma coisa, o que faria se tivesse

ficado naquele carro e fosse convincente, teria financiado, ouera apenas discurso!

Peter se calou, era sabido que mesmo séculos depois, elenão conseguia mentir, e perguntei de novo;

 —  Então se não pode me responder isto, me responde, sesente bem andando entre estes seres lá em cima, ou mesmo os pobres Fanes, sem comida por baixo de nós todos dopados!

 —  Não entende, não tivemos escolha! —   Não, não tiveram, vocês são uma farsa, e me

transformaram em um problema, e nem coragem de enfrentartem, vão brincar de casinha com os meninos enquanto dopamDani, para não terem problemas, cômico, deveriam ser símbolode evolução, e fazem o que, cruzam os braços, desistiram,legal!

Sentei, odiava sentir a verdade, sabia que havia faladoela, como não sabia, mas eles de alguma forma tinham mefalado a verdade e Pedro me abraçou e falou;

 —  Não chore, eles não são ruins!

 —   Pedro, eles estão dopando sua irmã, para que,seduzirem com a magia, e a transformar em um deles, mas não por que a querem, e sim por terem medo do que ela pode!

 —  Mas por que? —  Viu os Fanes, acha que eles estão bem? —  Não, definhando com fome! —  Eles não os estão matando, tem medo da pena de um

 por um, estão deixando que eles se matem!

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 —  Mas não aparentam mal! —  Não, mas me doparam e entregaram aos seguranças, e

se puseram em meu lugar, no de sua irmã, mas nem a

conhecem! —  Esta o pondo contra nós, por que? –  Paula; —   Diziam que a verdade liberta, as vezes mata, pois

ninguém tem coragem de assumir a verdade! —  O que teria feito, se fosse nós? –  Peter; —  Desculpa, não sou você, não crio mundos, não tenho

milhões de soluções na mão, vocês dois tem, e se os dois mais

 poderosos não querem, desculpa, não serei eu a enfrentar, massei que minha fuga será breve, eles me pegam em breve, 3 milmortes eles não deixaram barato!

 —   Se inteirou do problema, não tínhamos com não oentregar! –  Paula;

Olhei para Pietra, e perguntei; —  Concorda com isto, mesmo?

 —  Sabe que foi um jogo, a muito Paulo é dos nossos! —  Sei disto, mas a pergunta não foi esta! —   Acho que tinha outras saídas, mas eles não ouvem,

sabe disto! —   Não, eles se perderam, são crianças em corpo de

criança, e experiências de bons caminhos, que esqueceram no passado, mas quer saber, sei que devem estar vindo, vocês sãotão previsíveis quanto os demais, vão matar mais quantos aqui,não lhes importa, não é?

 —  Não temos a ver com isto! —  Quer saber, Peter Carson, meu antecessor estava certo,

você não pensa, age por impulso, mas fazer o que, imortais nãoforam feitos para pensar e resolvem que os demais não o vãofazer!

Terminei a frase e vi os seguranças tomando o lugar,

olhei para Pedro e falei;

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 —  Sabe onde se esconder, aqui não é seguro!O menino pegou o irmão e desceu a escada, o segurança

foi atrás mas o menino sumiu no escuro, algemaram-me, Peter,

Paula e Pietra viram isto, pensei que estava morto, vi eles sedesintegrando no ar, os seguranças tentaram achar o meninocom lanternas, mas não viram nada, era um breu total, viquando eles voltaram e falaram;

 —   Teremos de voltar depois, para procurar, é grandedemais!

Fui amarrado, e estávamos saído pela porta, deveriam termais de 200 seguranças ali, estava tudo fechado, sinal que pelomenos alguém avisou os demais, não sei de onde veio o primeiro tiro, mas vi um por um caindo, pediram reforço, maso túnel de acesso estourou quando um grupo desceu, fechandoaquele caminho, vi as 3 meninas virem a frente e uma medesamarrar, e falar;

 —  Sabe que pensei que eles não sairiam mais! Não falei nada, mas os senhores pararam a minha frente e

um falou; —  Por que os imortais o entregaram? —  Eles tem de manter suas posições, para conseguirem

mudar algo, se todos estiverem sendo perseguidos, não vaifuncionar!

Menti, queria acreditar na mentira, sabia quando entreino local que tudo estava sendo monitorado, nisto sempre fui

rápido, observação, mas mais alguém, alguns, poriam emminha lista de mortes; —  O que faremos agora? —   Preciso de um lugar tão amplo como este, mas não

 pode ser este, eles sabem onde fica! —  Mas o que vai fazer? —   Desintoxicação, vocês são mais ativos que os lá de

fora, pois suas doses de veneno!  –  Estiquei uma ampola.  –  É

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menor que a deles, mas precisamos estar cientes de quemsomos e o que podemos, para os enfrentar!

 —   Mas vai demorar uma eternidade!  –   Falou uma das

meninas; —   Alguém tem um mapa deste lugar, de antes dosgrandes prédios?

 —   Temos, mas aqui dizia que um rio cruzava a cidade,mas se a chuva nem chega ao chão, como tem um rio! –  Falouum rapaz, cheguei perto e olhei o mapa, precisávamos de uma base e escolhi uma bem localizada, seria algo impensado, oleito do antigo rio, mas teríamos uns problemas, e aorganização estava a precisar de reforços;

 —  Sei que o que vou falar parece maluquice, mas em si,o sistema se mantêm por lhes viciar, e sair disto não é fácil, eumesmo terei uma dose forte de recaída, pois eles me doparam por um dia inteiro, mas quando tivermos o nosso pessoal purificado, ai vamos agir, mas precisamos de união nesta hora!

 —  Mas o que ganharemos com isto?

 —  Vida, doenças, e morte digna! —  Doenças? –  Perguntou um senhor; —  Estamos todos na puberdade, quando morremos, então

quando alcançarmos os mil anos, teremos doenças da idade,mas se querem viver apenas 130 anos, e os últimos 10 comdores, tudo bem!

 —  Esta a dizer que podemos viver mais!

 —  Nunca vi ninguém morrer, alguém viu alguém morrerde causa natural aqui?

Todos se olharam e um falou; —   Mas os levamos, ao hospital quando começam as

dores! —  Sim, mas alguém os viu morrer? —  Não! –  Um senhor falou;

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 —   Acho que nos matam, não morremos, pois nuncasoube de alguém que saiu de lá, mesmo que os familiareslevem antes do tempo, morre, aquilo não é um hospital, é ummatadouro, mas nós é que somos mortos!

 —  Mas como ter certeza! —  Não sei, todas as minhas certeza estavam erradas, tudo

que aprendi foi que poderia ser especial, me disseram, secomporta e será presidente desta nação, mas não posso ser presidente vendo as coisas como vejo!

 —  Você é um dos escolhidos, e esta aqui, a nos liderar? –  Falou uma das meninas;

 —   Me chamavam assim, mas só quem vive lá para seinteirar do que é isto, mas não estamos falando deles, e sim denós!

Os demais começaram a falar, um rapaz indicou umantigo ponto de acesso, ele mostrou uma fotos, eles faziam passeios lá há 10 anos, olhei e gostei, dei as instruções, asmeninas pareciam ter aderido a idéia, estranho de onde vêem as

alianças, quando se esta num barco furado, algumas frasesainda passavam por minha cabeça, sabia que estavammonitorando eles quando houve a conversa, mas não sabia se ooutro lado sabia, os demais foram cruzando os espaços destaimensa cidade, e fui com o mapa, olhando os antigos metrôs,interessante, ligações que poderiam ainda esta lá, a cidade esta bem acima daquilo, 10 andares, pouco para uma cidade, masera mais de 30 metros acima do nível normal, olhei os traçadosdos novos metrôs e trens, me pegaram em uma armação por eunão conhecer mais do que falavam da cidade, e desci a área deMagda e falei;

 —  Vão ficar sobre o muro, ou vão aderir! —   Não podemos ir contra eles, agora sabemos ser

verdade, mas não podemos! —   Não podem, devem, mas eles esperam mais de você

que esta inércia Magda, ele espera que reaja!

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 —  Mas se ele não lhe ajudou! —  Magda, vamos fazer um trato, nada de aparecer antes

da hora, nada de se meter em encrenca, e nada de consumir

comida contaminada? —  Por que disto? —  Não é a hora do desafio, é hora de olhar em volta e

aprender, não é hora de se queimar em praça publica! —  Mas não temos comida? —  Vamos produzir, e vamos se locomover, mas preciso

saber se vem com seu povo e quantos ainda estão definhando

aqui em baixo! —  Quero ir, mas preciso de ajuda! —   Querer já é um caminho, vamos primeiro mudar de

lugar! —  Por que? —   Lhes monitoram aqui Magda, e lhe envenenam aqui,

quer mais motivos que isto?

 —  Certo, para onde? —  Em 3 dias venho com um veiculo na passagem que dá

ao reino de sua irmã! —  Acha que ela vai nos deixar passar? —  Esta na hora de pararem com isto Magda, nem quero

saber quem fez o que, mas é hora de união, e não de separação! —  Acha que ela vai me ouvir?

 —  Não sei, tente, sabe que são poucos, eles lá tambémsão poucos, e se não unirem todos, não vão conseguir! —  Vou tentar, mas o que acha que os Carson vão fazer? —  Espero que façam vistas grossas, outra coisa, melhor

começar a tirar o seu pessoal, esconde eles por 6 dias, eles vãodetonar tudo neste lado!

 —  Acha que vão trazer a baixo?

 —  Espero que não, pois tenho amigos acima no colégio,ou colegas, seria o mais real esta definição!

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 —  Sabe que é uma peça importante João! Não respondi e fui ao comunicador, uma câmera com os

dois meninos e falei para ela;

 —  Pedro, vamos sair da cidade, acho que temos de ir anorte! —  Acha que conseguimos? —   Depois de BH decidimos para onde, lá vamos ficar

visíveis! —  E nossa irmã? —  Pedro, se formos a tirar de lá, perco todos, não posso

arriscar tudo agora!Começamos a caminhar para fora, sabia bem que todosos lugares eram vigiados, mas aquele era um local montado, eesta certeza me fez jogar a isca;

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Cidades FlutuantesDois meses faziam que tinha visto Paula naquele local

 pela ultima vez, estranho sentir algo e a realidade lhe insistirem outra, não sei como reagir a tudo, estou a me entender comas meninas, mas tem um buraco de confiança, deixei deconfiar, principalmente em mim, estava a olhar em volta emuma manha, com todos os esforços, conseguimos trazer alucidez, não mais de mil pessoas nestes 2 meses, e não foi fácil,estávamos em um mundo onde as pessoas não tentavamentender, somente depois de recuperadas, as pessoas entendiam

o acontecido, sei que meus planos não tem como dar certo, semajuda, e as vezes me perco, a cidade acima de nossas cabeçastem mais de 170 milhões de habitantes, mas temos mais 4milhões nos subterrâneos, fizemos um local de tratamentosobre o leito do antigo rio Tiete, ainda hoje, quando fica muitoúmido verte alguma água por ele, mas é uma água fedida, podre, estamos escondidos e ao mesmo tempo visíveis;

Chego a um local que fica entre três pontos do metro que

reativamos, este só abrange o centro da cidade, mas nos ajudoua organizar as coisas, abrimos 12 avenidas, sabemos hoje que émais fácil enfrentar que fugir, os seguranças ainda fazemoperações em alguns lugares, com apoio de marginais que elesalimentaram no subsolo das cidade, mas aos poucos depusemosmais de 6 mil deles, existe ainda 3 grupos, mais chegados aBH, não estamos muito preocupados, neste ponto, instalamos

um antigo sistema, que conectamos através do colégio asegurança da cidade, estamos a vigiar eles, como eles nosvigiavam, com seus próprios sistemas, sei hoje que o único que parece estar brigado com o grupo é Call, os outros 3 pontos seapóiam, apoio que se consolidou a mais de 400 anos, mascomo Call domina a fabricação do produto em mais de 300nações, ele comanda o mundo, mas tem uma parte do globosempre independente, vendo pelos sistemas, uma região sem

sistema, onde os imortais vivem, os verdadeiros imortais, os

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que nasceram para isto, e estavam aqui diante de alguns Fanesconseguirem a imortalidade;

 —  João, eles vão agir na região do Autódromo!

 —  Avisa o pessoal e manda os ônibus para lá e esvazia, padrão!O rapaz pegou o comunicador passou as instruções e

 pensei em o que poderíamos fazer e perguntei; —  Os rapazes vêem de onde? —  Da sede local! —   Fala para o pessoal trazer a baixo, quando eles

entrarem! —  Sabe que eles odeiam isto! —  Carlos, estamos os enfraquecendo, pois eles nem tem

como divulgar isto! —  Sabe que as vezes tenho medo de represália! —   Sei disto, mas por isto os monitoramos, sabe o que

eles pretendem desembarcar na cidade Flutuante de Santos?

 —  Não, mas o cargueiro veio da Rússia, alta tecnologia,é algo grande! —  Vamos ficar de olho, não queria ter de atacar cidades

flutuantes, mas se for o caso, fazemos! —  Seria uma serie de mortes desnecessárias! —   Sei disto, mas não perde eles de vista, e se a cena

estacionar, muda de foco, eles às vezes percebem que estamos

olhando! —   Estou olhando com atenção, mas sempre escolhendoum foco de gente próxima, padrão deles!

Me retirei e fui ao que chamava de minha base, ondetudo começou, sabia que as câmeras foram desligadas, depoisque eles reviraram o local e mataram até os ratos em uma açãodepois das mortes para minha soltura a 62 dias, sentei na sala ePedro perguntou;

 —  Quando vamos pegar minha irmã?

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 —   Amanha Pedro, mas preciso que mantenha a calma,certo!

 —  Estou preocupado e o Mino chora muito sem ela!

 —  Sei disto, mas vamos resolver!  –  Eu sentei e refiz os planos, subi na peça superior onde tínhamos já um estoque deaplicadores, como analgésico e não estimulante, e falei comuma das meninas e perguntei;

 —  Como estão as coisas?Katy me deu um beijo e falou; —  Tudo pronto, nosso escolhido!

A beijei, as três me tratavam bem, mas elas sabiam que pensava em outra mas não reclamavam, não na minha frente,foi a forma de achar um equilíbrio, tínhamos uma entrada paracima, pelo colégio, era a área de calefação, eles tiveram deabrir uma porta, para verificar as moscas que tomaram aventilação, não conseguiram tira as pilhas de carne morta, semabrir uma porta, deixaram lá, oculta, para se um dia alguémfizesse isto novamente, fiquei nos braços de Katy aquela tarde,

sabia que seria pedreira no dia seguinte, peguei os produtos detingimento e eu e Pedro tingimos os cabelos de loiro, pegamosos falsos aplicadores, identificadores falsos, e atravessamos acidade, subimos pela região do Tiete, e entramos narefrigeração do grande prédio, seriam mais de 3 horas subindo,o menino estava bom nisto, mas nem sabia se teria resultado,não saberia se ela estaria lá, ou se poderia ser uma arapuca;

Depois de um tempo, nos deparamos com a saída de arno topo do prédio, os músculos reclamavam o esforço, Daniolhou Pedro e sorriu, mas olhou desconfiada para mim,estranhei, não sabia se era real, sabia que era um mundo deilusão, a menina estava na ilusão, nós na realidade;

Pedro deu a mão para ela, senti as energias do prédio emeu radio tocou;

 —  Arapuca! –  Alguém falou do outro lado;

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 —  Mas por que não para de implodir? —  Por que não para de mentir!Eu larguei a fechadura e andei até ela, ela me olhava

assustada, a beijei, e quando a porta abriu, simplesmente sai pela porta, empurrando a moça da limpeza para fora, a fechei equando abriu de novo, os seguranças adentraram o local,enquanto estava a abrir o saguão no colégio, e atravessando para o esconderijo, confirmei por radio se haviam pego Pedro,confirmaram que ele estava bem, e eu relaxei um pouco, masmeu pensamento estava em onde estava a menina, não era nacidade, eles a levaram para algum lugar, comecei a fuçar nas

sedes de empresas relacionadas, nos quartos de colégios, euestava fuçando quando Magda entrou na sala e falou;

 —   Tem uma menina multi presença identificada ao suldaqui, no mundo dos demoníacos, uns 30 km!

 —  Altura da rua? —  Mais de 100 metros do chão de lá, não sei daqui! —  30 km? —  Aproximado, lá é uma floresta ao chão, visualizaram

ao acaso! —   Valeu!  –   Comecei a fuçar, e achei um prédio da

Carson & Carson, a mais de cem metros, 32º andar, e comeceia fuçar, na verdade estava no 30º andar, a cidade estava sobreuma plataforma flutuante, olhei pelas imagens e vi que elaestava bem cuidada, mas lhe davam os estimulantes, não

entendia isto, por que este medo, será que teria uma ajuda foradeste mundo, olhei para Magda e falei; —  Liliane Canvas existe? —  Sim, mas esta do outro lado do universo! —  Precisava aprender o básico, não tenho como defender

estas crianças! —   Tem alguém que poderia lhe ajudar, sabe tanto dons

quanto magia! —  Quem?

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Magda não respondeu, não entendia muito destas coisas,as vezes falava de mais por ignorar tudo, ou quase tudo, nãotinha tempo de recuar, Pedro entrou pela porta e me viuolhando para Dani e perguntou;

 —  Mas será ela? —   Esta é, precisava que achassem que éramos bobos,

mas pela primeira vez, vou fazer algo que não acredito Pedro! —  O que vamos fazer? —  Vamos afundar uma cidade! —  Esta maluco?

 —  Não, ela tem mais de 600 metros em prédios, mas elavai afundar 200 metros, e forçara eles fecharem as comportas, euma evacuação!

 —  Esta pensando em tirar minha irmã de lá assim? —  Não, vamos tirar ela de lá, duas horas antes! —  Mas quando? —  Não sei ainda Pedro, hoje arriscamos!

 —  Era aquela moça de novo!Peter mostra a cena da moça chegando até a menina e os

dois ouvem; —  Vamos a tirar daqui! —  Não esta se precipitando Paula! —  Ele sabe onde ela esta, e falou em afundar a cidade,

tem noção disto!

Paulo entra logo após e fala; —  Irmã o que esta acontecendo? —   Paula disse que aquele rapaz vai afundar a cidade,

 para tirar a menina daqui! —  Não entendi ainda por que a manter aqui? –  Paulo; —  Ele esta nos ouvindo, melhor não falarmos!Paulo olha para a câmera e fala; —  Por que deixam elas ligadas?

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regiões degradadas, em outras palavras, mataram pois precisavam do espaço, mas aqui, vão matar por que não precisam de nós!

 —  Acha seguro ficarmos?Tirei uma mascara de uma caixa e falei; —  Acha que só produzimos injetores? —  Soube do caso e se precaveu? –  Pedro; —   Sim, mas vamos distribuir e vamos esperar, eles

estarão ejetando nos 3 limites, sul para o gás subir por tudo,mas quero todos os nossos bem armados e prontos a ir a rua no

dia!  —  O que quer que faça? —  Quem você queria me apresentar! —   Ela não vem a cidade, ela fica agora num mundo

 paralelo, nem Peter tem acesso! —  E ela nos ajudaria? —  Não sei, mas o que podemos fazer, se não tentarmos?

João pega as coordenadas, saíram e na sala fala; —  Magda, eles a tiraram de lá, temos de a achar de novo!Magda saiu e Pedro olha para a menina a imagem e

 pergunta; —  Como vamos saber quem é, nunca? —  Vamos tentando, um dia acertamos! —  Ela pode nos esquecer!

 Nos juntamos aos mais novos e fomos ao centro, e namanha seguinte embarcamos com 12 pessoas para a região daserra do mar, quando entramos na parte que deveria ser unidacom Santos, vimos que teríamos de achar outro caminho, osseguranças estavam nos esperando, eu fui direto e nem tiveduvida, apresentei a identificação e o senhor me olhou, desvieios olhos, como se estivesse aéreo, e ele me fez passar, os

demais passaram, eu era o mais problemático, mas as vezes poderiam nos fazer entrar e prender depois, por isto, esperamos

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em local visível mais de uma hora, e de uma hora para outra,entramos no esgoto e sumimos da aparência, as cidadesflutuantes, eram fixas em imensas estruturas flutuantes,existiam edifícios de mais de 200 andares sobre elas, mas istoera no centro do grande complexo, nas pontas existiam pequenos prédios, mas o equilíbrio era sempre a distribuição de peso, os cálculos muito bem feitos, pensei em afundar tudo decara, mas não daria o efeito, então pensei em algo mais trágico,a cidade era como se tivesse postas em 10 sentidos, estas pontas tinham prédios menores, mantendo o equilíbrio doconjunto, se detonasse 3 destas ligações, o peso do outro lado

seria superior e começaria a afundar, se não houvesse umrombo de pressão, equilibraria, e nada aconteceria, então eraalgo impensável, 3 explosões seguidas de 3 falhas decompressão, impossível diriam alguns, mas ainda esperava quetivessem tirado a menina dali, armamos as 3 bombas, e fomos a parte subterrânea, e instalamos três expanssores, erammaquinas que encostavam em duas paredes na ponta maisestreita, e quando acionados, pressionariam para foram, a primeiro momento, ajuda a compensar a pressão, mas quandorasga o casco, vira calamidade.

Fomos a uma saída de emergência, na parte baixa dacidade, era uma provocação, das grandes, mas entramos em 2 boias, era inicio da noite, lua nova, remamos com calma, semchamar a atenção, e paramos em outra entrada já em terra, euacionei por radio, e vi as três explosões, a cidade balançar com

as explosões, estar em um andar alto não era boa coisa, acidade inclinou lentamente, quando começou a ameaçar aestabilizar, vi a parte inferior começar a ceder, nem precisávamos ter feito tanto, o projeto foi mal feito, vi a grandetorre central de mais de 230 andares, se soltar do casco inferiore tender inteira sobre os prédios laterais, rasgando o fundo dagrande estrutura, ela tendeu com força e virou, ergueu aquelaimensa parte baixa da cidade, tocando ao fundo, e deitando a

cidade sobre o mar, a correria foi grande, os noticiários

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Ouvi o helicóptero e afundei a cabeça e o mesmo chegou perto iluminando o local, e não tinha ninguém lá, quando ohelicóptero recolheu a luz, levantei a cabeça e ouvi no radio;

 —  Não vai falar, ou já desligou! —   JJ, teria de ser mais do que filho de uma grandemulher, teria de saber o que quer da vida para escolher melhoro lado que tomar!

 —  Eu escolhi rapaz, mas acha que ganha o que com isto?Só vi o menino com o lança mísseis detonar o

helicóptero, e falei;

 —  Recolhe o helicóptero, virou pó, outra coisa, melhoraos projetos, troca os engenheiros, assim facilita demais ascoisas!

Deixei o radio na balsa com a tecla de retransmissãoapertada, e nadei até a encosta, e os demais se mantiveramlonge, com calma e lentamente andei ate um ponto, troquei deroupa, por uma seca, e com calma, fomos a beira olhar oacontecido, a cidade inteira olhava, por que andaríamos no

sentido oposto;Saímos de lá e fomos para o Rio de Janeiro, de New Rio,

haviam imensas pontes entre partes firmadas sobre rochasólida, mas o porto foi para o focinho do Cavalo, imensas plataformas, e a cidade fixa em pontos mais altos, e ligada porgrandes estruturas flutuantes, mais próximas ao que eleschamam de morros, para mim seriam ilhas, mas é parte cultural

que usa cidade que já esteve pouco mais de 200 metros abaixo,lembro que um dia mergulhei com o pessoal, para conhecer o pão de açúcar, coisa sem sentido, dentro da água não teriaaçúcar, lembro das instalações metálicas enferrujadas, o mar alié bem gelado para se mergulhar.

Demoramos 12 horas para chegar a New Rio, tivemos deir por meios comuns, os trens bala estão vigiados, e uma vezneles, desembarcaríamos sem termos para onde correr, mas que

seria mais rápido seria, mas estávamos chegando e vi que ainda

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enfrentaríamos problemas, nas tevês holográficas, em todos oslados, as cenas do acidente em Santos, e minha foto, comoresponsável, as noticias estavam a todo lado, se não fossem pessoas sempre dopadas a rua, não teríamos chego tão longe,mas olhei o pessoal e falei;

 —  Vão ter de entrar primeiro, senão perdemos todos! —  Não quero ir sem você! —  Pedro; —   Eu sei, mas se me prenderem, ainda tem vocês a

continuar, mas se prenderem todos, acaba aqui! —  Mas.. –  Pedro ia reclamar e abaixei até ele e falei;

 —  Por sua irmã, tem de ser forte! —  Mas se não voltar? —  Não posso prometer que vou voltar Pedro, mas darei o

melhor de mim!Duas moças afastaram ele e foram passando, entrando na

cidade, eu fiquei a olhar eles irem, poderia passar, mas naduvida, achei melhor não arriscar, ter uma cara normal, asvezes facilita, as vezes não, eu olhei o pessoal já dentro dacidade, agora era minha vez, algo dizia que iriam me pegar, euquase dei meia volta, mas meu destino era aquele, passei e osdois rapazes me olharam, nem senti os outros dois chegarem por trás e me encostarem na parede, não olhei mais nada,alguém me algemou e fui jogado em uma viatura, a noticiacorria rápido, haviam pego a grande ameaça, os noticiários poronde passava via a cena de eu sendo preso, me puseram

algemado a uma mesa em uma sala e fiquei ali um bom tempo, pedi para a moça me aplicar o estimulante, e ela nem discutiuisto, pegou um dos meus, desconfiada, aplicou um dos dela,melhor assim, estaria zureta em algum tempo, estava meacostumando com a recuperação, o que não era bom, masenfrentaria meus medos, estava eu sentado a sala quando umsenhor veio a minha frente e falou, ao que estava ao lado;

 —  Isto é a ameaça? —  Sim senhor!

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O senhor olhou para a moça que fazia a segurança e perguntou;

 —  Ele tomou o estimulante?

 —  Sim senhor! —  Reclamou de algo? —  Não, ate me lembrou da hora do estimulante!O senhor me olhou e perguntou; —  Como é seu nome? —  João! —  De que?

 —  Moreira, senhor! —  Sabe do que é acusado? —  Sei, mas sei que de algumas coisas não sou culpado,

mas o que importa! —  Do que não é culpado? —  De afundar esta ponta da cidade, por exemplo! —  Mas isto não aconteceu, quero de algo que aconteceu? —   Não sou culpado de, deixa para lá, não lembro

mesmo! —  Como não lembra? —   Senhor, eu sou acusado de ter derrubado prédios,

exemplo, o primeiro, nem sei o tamanho que tinha, pois cadacontra informação dizia uma coisa, —  fiz uma cara de dopado –  mas não fui eu que idiotamente, caça alguém na base de um

 prédio de mais de 100 andares com lança mísseis, sabe bem oque trouxe o prédio para baixo, pois vocês monitoram as ações,alguém atirou uma vez, duas, quatro, covardes matando nãoregistrados com lança mísseis, dopados que nem sabiam o quefaziam, lembro até hoje do estouro as minhas costas, e doestalo, depois não lembro de mais nada, dois meses para voltara andar senhor, eu não sou imortal, levei sorte, da rua acima

segurar metade do prédio, pois era para ter morrido, e não seracusado de suas inconsequências!

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 —  Não acha que vou acreditar em você! —   Já disse que não importa, vocês precisam de um

culpado, olha as cenas do acidente em Santos, a cidade sacode,

o prédio maior se vê sacudir, eu não vi explosão, mas vi o prédio tender ao lado, levando a cidade, quando virou se viu ofundo com os furos do rasgo do prédio central, vão me culpar,mas ai é engenharia, mas também não importa!

 —  Vai negar que estava aqui para destruir a cidade? —  Estou atrás de uma filha para mim, uma menina de 10

anos, que os Imortais sequestraram, sabe bem do que falo,alguém que eles tem medo, não estou preocupado com cidadesflutuantes, não estou preocupado se vão fazer o que Moreirafalou, entorpecer todos e matar para reestruturar as antigas bases, pois estão precisando de espaço, pouco me lixo paraPeter Carson falando que se me comportasse seria presidente,eles ditarão quem será desta vez, e muito menos se Call esta perdendo o controle, ouvi dizer por ai que eu nem estavatomando os estimulantes, vocês inventam tanto que até

acreditam nas mentiras!O senhor me olhou com uma cara de desconfiança, eunão poderia saber destas coisas e perguntou;

 —  Quem é você rapaz, eu soube da ação a pouco e mediz que já sabia?

 —   Você acha que manda na segurança, ignora tudosenhor!  –  A isca foi jogada, mas o senhor olhou para mim e

 perguntou; —   Pelo que entendi, vão atacar as três pontas dedesembarque, aqui, Santos e Paranaguá?

 —   Senhor, o senhor sabe que não entraria em Santos,seria como entrar aqui, não conseguiria, nem identificaçãotenho de acesso a certos lugares, mas acredita mesmo que fuieu?

 —  E quem seria?

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 —   Isto não sei, sou apenas um rapaz de 16 anos, achaque tenho quanto em experiência nisto?

 —  Mas por que lhe culpariam?

 —   Senhor, se algo acontecer aqui, hoje, acha que dirãoque foi quem, mesmo o senhor sabendo que me pegaram, semnada que pudesse destruir uma formiga!

 —  Acha que vai acontecer? —  Senhor, tem homens, mulheres e crianças lá em baixo,

que são estuprados, e mortos como ratos por seus homens, umdia eles vão se encher disto!

 —  Mas são rale! —  São, então um desafio senhor, tire a identificação e saia rua, não importa se alguém lhe conhece, nem vai lhe olhar,vai apanhar antes mesmo de dizer algo, e se falar um a, apanhamais, mas não é homem para isto, a segurança perdeu a noçãode responsabilidade, poder demais para pessoas dopadas, sabe bem que eles mataram mais de 3000 pessoas naquela operação para me matar, mas se matassem o dobro lá em baixo, não

teríamos um problema, mas como eles por acidente derrubaramum prédio, alimentaram algo que não tinha, pois quem iriaacreditar nisto, não é!

 —  Eles cumprem ordens! —  Estupram crianças com sua assinatura, depois dão um

tiro na cabeça como se fossem ratos, com sua assinaturasenhor!

 —  Não! —  Então não sabe nem quem comanda senhor!Olhei para a moça e falei; —  Me veria mais um entorpecente?O senhor estranhou e falou; —   Você pensa muito para alguém dopado o tempo

inteiro!

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 —   Dopado, sabe como se pensa sem isto a cabaçasenhor?

 —  Não!

 —   Não pensa, a cabeça estoura de dor, por abstinência,mas não provei esta dor por querer, e sim por ter ficado 3 diasnos escombros até que uma criança me viu lá e me tiraram, estacriança que procuro, a devo minha vida, e não vou deixarimortais a transformarem em algo que não quer ser!

 —  Quer dizer que quando o entregaram estava dopado, por causa desta dor?

 —  Sim, mas estava inteiro, incrível o que aquele toque decura deles fazem, a moça me dopou e me entregou, mas não foiela que me tirou de lá, sabe quando se olha um sorriso bonito euns olhos encantadores e não pensa que aqueles olhos verdesvão lhe trair!

 —  E o que faria em Santos? —  Meus informantes disseram que era o ultimo paradeiro

dela, mas o mesmo me disse para vir ao Rio, acho que agora

não terei mesmo como verificar!Aplicaram o estimulante, o senhor olha a moça e

 pergunta; —  São de verdade, pois não confio nele! —  Estou dando dos meus senhor, para evitar problemas! —  Sabe que quando pulou do hospital, assinou sua culpa! —  Senhor, estava acordado há 12 horas, quando ouvi o

medico, ou sei lá quem, dizer que seria culpado de 3 milmortes, que saída eu tinha!

 —  Fugiu por que sabia que ninguém acreditaria? —  Ninguém vai acreditar, o que é matar um estudante de

16 anos, a desafiar as grandes corporações que tocam estemundo, senhooorrr!  –  A ultima frase saiu torta, pelo estouro e pelo balançar do prédio, não sabia em que andar estava, mas

estava algemado a uma mesa, fixa ao chão, se afundasse, iria junto, mas o que era minha morte, os demais seguraram-se e

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houveram mais 3 estouros, até olhei a moça, o susto, não pedi para me soltar, ela não o faria, mas o senhor olhou-me e falou;

 —  Segurança, verifique o perímetro!

A moça saiu o prédio balançava de um lado a outro, maisde um metro de movimento, era como estar em um barcoimenso e ele enfrentasse uma tempestade, o senhor saiu atrás,teria de esperar, sentei na cadeira e o senhor me olhou;

 —  Não tem medo de morrer! —  Senhor, eu estou morto, você sabe disto!Aquele movimento me fez sentir enjoo, olhei pela janela,

lado das explosões e me acalmei e olhei o senhor e falei; —  Manda prenderem de alguma forma, esta ponta, sejacom navio ou cabos, se o engenheiro foi o mesmo, vamosvirar!

 —  Você parece entender isto! —   Um dia resolvi irritar uma pessoa e acabei aqui

senhor!

 —  Vai negar que matou a primeira Segurança? —  Na época me arrependi, mas depois que vi eles agindosenhor, não matei mais que uma animal, mas não é por aquelamorte que morrerei!

 —  Confessa que a matou? —   Senhor, acha que fui para o lado dos sem

identificação, por que quis?

 —   Armamos e você caiu, mas não entendi esta historiaainda! —  Faz alguma coisa, não é hora de conversar senhor, ou

quer ver mais uma cidade afundar, e estar nela?  –   Falei bemalto, o senhor saiu pela porta, minha mão tocou a algema e elase desfez em pó, estes truques eram eficientes, olhei pela janelae vi que começou a inclinar mais, iria virar, me pendurei na janela pelo lado de fora e quando começou a inclinar de vez,

sai andando pela parede do prédio, uns 45º de inclinação, me

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levantei e corri no sentido, pois já iria virar de vez, imaginava o pânico das pessoas, se olhasse para traz, veria prédios inteirosentrando na água, na rua alguns começaram a escorrer pelasavenidas, carros sendo arrastados, veículos aéreos sendoatingidos por péssimos motoristas, a base que subia estava notérreo e olhei o prédio, estava a nível do chão, mas de pé na parede do prédio, ajudei uns a se colocar ali, e ouvi uns prédiosse soltando, fiz sinal para a moça a minha frente correr e vi a base do prédio que estava, se soltar e o prédio se chocar com oanterior, e foram se desprendendo, segurei em um poste,torcendo para o prédio acima de minha cabeça não ceder, era

 pequeno, não mais de dez andares, a base deveria o segurar umtempo, ajudei alguns a se posicionar, o desprender do prédio,abriu um rombo na rua, olhei uma galeria de água, abri ela e amoça viu que era um caminho, alguns outros me seguiram, equando saímos na ponta oposta, se via o mar a poucos metros,um barco vinha de socorro, fiz sinal para ele, e ajudei os queme seguiram entrarem no barco e o senhor me olhou e falou;

 —  Você não é o procurado? —   Não é hora de condenar senhor, ajuda estes que vou

indicar o caminho a outros, a estrutura vai ceder geral eminstantes!

Falei e o senhor ouviu o estrondo, voltei pelo caminho, efiz sinal para alguns que ali era uma saída, não sei se elessaíram do outro lado, pois ouvi o prédio a minha cabeça ceder,me joguei abraçando um poste da rua, fora do caminho do

 prédio, e vi a cidade inclinar, ver de fora era uma coisa, dedentro, outra!

Um carro batel no poste do lado, ele estivera na parededo prédio que cedeu, uma mulher me olha apavorada, abri a porta e tirei o filho dela e lhe dei a mão, ela agarrou ela e ocarro sumiu para baixo, na água, sabia que estava cada vezmais baixo, quando o nível da água me permitiu nadar, fiz sinal

 para a criança segurar-se em mim, a moça deveria me seguir,não teria como a levar também, quando cheguei na altura do

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 —  Não estava preso? —  Como esta o pessoal? —  Voltando, mas que aparência é esta?

 —   Tinha de sair no tumultuo, mas temos de mudar os planos! —  Por quê? —  A terceira entrada é Paranaguá! —  Tem certeza? —  Sim, e mesmo que fosse Niterói, eles teriam de fechar

muitas pontas, mas alguém me indicou Paranaguá, mas quer

dizer que nosso fornecedor de informações esta nos deixando passar algo, olha os demais portos, e vê se tem algum grupo deação que não alterou os planos mesmo com este caos!

 —  Verifico, mas eles estão preocupados! —   Sei disto, mas estou apenas repensando, muitos

morreram lá, eu quase morri lá! —  Mas dizem que tem mil vidas!

Sorri, sabia que diziam que era alguém de sorte, mas precisava falar com alguém, e vi Magda a porta; —  A moça quer falar com você! —  Ela deve estar brava! —  Está, ninguém gosta deste tipo de morte João! —   Eu sei, sai nadando com uma criança as costas,

estranho como parece que meus caminhos são desenhados, era

 para estar morto, se estivesse em qualquer outro ponto daquelacidade! —  Mas poderia ser agora?Olhei o rapaz e ele falou; —  Eles chegam em 6 horas! —  Avisa Pedro que estou bem, o resto, deixa no silencio,

vamos nos posicionar de acordo com o que falarem, perdi um

tempo falando para alguém o que queria, e ele morre, assimnão vale!

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Olhei Magda e perguntei; —  Onde?Magda pegou em minhas mãos e vi tudo mudar em volta,

e vi uma moça sentada, ela não se virou, mas Magda soltouminha mão e sumiu, caminhei até ela e sentei; —   João Moreira, por que sempre carregam mortes as

costas os com este sobrenome! Não sabia o que falar, na verdade queria evitar o pior mas

o que fiz, não foi bom, deveria ter agora a culpa de mais de ummilhão de mortes, 7 era muito, 3 mil era muito, um milhão,será que era muito?

 —   João, você tem de conhecer as leis, pois vai acabarcom os seus assim!

 —  Por quê? —   Uma lei da matéria, bem complexa, a raiz de tudo é

uma, mas o equilíbrio da matéria, faz que para cada morte quetenha as costas, outro de sua espécie morra também, certo queem si, compensou parte na própria manobra suicida, mas precisa saber disto!

 —   Quer dizer que se mato um humano, um dos meusmorre, mas como?

 —  Pode ser de varias formas, desde um tropeção e uma batida de cabeça, a um enfarte!

 —  Nem sei se tenho direito de pedir ajuda, nem sei seunome, na verdade!

 —  Todos me conhecem por Rose! —  A das historias? —  Sim, Rose das historias infantis, mas nada infantil!A moça me olhou a primeira vez, tinha olhos cor de mel,

não parecia com as descrições dela, mas tinha se passado maisde 400 anos, outra imortal;

 —  Você não tem de pedir ajuda, precisa de ajuda João!

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 —   Não me dei bem com aqueles truques, quer dizer,magia!

 —   Você se deu bem sim João, mas usa apenas o

necessário, não sai criando fantasias, acompanho seu caminho,mas tem de saber mais, nisto concordo! —  Teria como me ajudar? —   Sim, mas teríamos de ter um trato menino, tem de

 parar de matar gente sem necessidade, você fez de uma forma perfeita, mas estas mortes levara as costas pela eternidade!

 —  Não quero o imortalidade!

 —   Mentir é uma das coisas que podem atrapalharmenino! —  Por que acha que estou mentindo? —   Por que não lhe falaram que já é imortal, mas você

caiu direitinho no plano dos Carson! —  Não entendi ainda isto? —   Peter Carson domina a magia, e uma delas, é

estabelecer o futuro, por desenhos, ele desenha, e você pormais que saiba que não deveria ir por ali, vai e asconseqüências se ampliam, como a sensação de que iria ser preso na entrada da cidade flutuante no Rio!

 —  Como sabia? —  Descobri algumas coisas interessantes, e uma é o que

vou falar agora, quando conheci Liliane, eu era arrogante, e elausou isto, para fazer o que ela queria, mas ela dominava osDons e me ensinou, aprendi com uma excepcional mestre, masos dons me surgem a flor da pele, era senti-los e desenvolver,não são todas as pessoas que são assim, poucas são, eu achavaque conhecia as coisas, mas não conhecia o amor, quandoconheci Peter Carson, aprendi a Magia, ele domina as coisascom tamanha naturalidade, que com a ajuda dele, depois deanos inerte, conseguimos devolver o equilíbrio a magia, mas

ele e Paula, em espírito, são ela a mãe, ele o filho, estranho masseria assim, mas algo mudou nas forças do universo, nem Paula

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e nem Peter sabem o total das coisas ainda, mas lembro devocê João, gostei do nome, mas nunca fora nomeado antes,mas tinha curiosidade o que aconteceria quando encontrassePaula, os dois são atraídos um para o outro, amor e ódio muito próximos, estranho, mas estou a lhe observar desde pequeno,desde que os Dragões mataram seus pais!

 —  Vai dizer que foram mortos? —  Foram, e sabe que isto não podia ser coincidência, já

lhe falaram isto antes, mas não nomearam, mas nem imagina oagito que sua vinda fez ao mundo menino!

 —  Esta me confundindo, não entendi nada! —  Tem uma regra, o universo é regido pela energia, pela

magia e pelo dom, Peter a magia, Paula deveria ter aprendido odom, e você a energia, mas ela usa os dons sem sentir, todosnós perdemos energia no uso, mas ela ganha, mas para ela éMagia, sem percepção não há como denominar, mas os três juntos, magia, dons e energia, formam o universo, você é aenergia, você pode dizer quando algo vai acontecer, antecipar

sentindo a energia no ar, mas sofre com a morte, pois é aretirada da energia, transformando em não existência, oualmas, como entender melhor!

 —  Não esta me dando muito valor? —  Estou, mas sabe bem que os demais lhe respeitam, ou

não sabe? —  Acho que não!

 —  Mentir não vale, lembra disto! —  Não sou tão confiante em mim assim! —  Certo, mas as coisas as vezes se alteram, não sei por

que, você escolheu pelo fim das existências e o ressurgir, talveztenha razão, Liliane cada vez mais fora de controle, Peter perdendo o caminho fácil, Paula querendo uma existência eresolveu pelo fim, mas somente você sabe como tudo começou,

ouvi alguns dizendo, ele não tem como recriar as existências,mas somente você sabia como recomeçar e nem sei se a idéia é

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esta, mas de repente nasce Dani, a menina, o ser mais poderosoque conheço, e eles nem olharam para ela ainda João, eles amantêm lá para você ir buscar, mas quer saber, isto édesconfiança, você a criou e veio a encontrar!

 —  Esta maluca, ou eu que não entendi nada, não tenhocomo criar alguém mais nova que eu!

 —  Por isto tem de sentir as energias João! —  O que não sei que sabe? —  Dani é mais velha que eu, em existência, ela nasceu

em 1978, neste país, mais ao sul, ela é mãe de Pedro, e do pequeno, não lembro o nome, mas ainda nem adulta é, e nãofoi iniciada, seus pais eram Fanes, não é uma menina de multi presença, ela é de multi estados, em cada mundo, ela interagecomo um ser próprio, é diferente, ela não adoece, nãoenvelhece mais que horas por ano!

 —   Esta a dizer que Dani não é apenas a criança queaparenta?

 —   Ela é uma criança e você veio a achar, por que não

sei! —   Quem você acha que sou, pois não me convenceu

disto ainda! —   Seria meu pai em alma, mas se pensar que você

desistiu desta existência, da continuidade, é um inimigo! —  Acha que sou algo que não entendo? —  Você seria a energia do mundo, você é o controle, é

quem pode trazer Liliane ao caminho, e impor a Peter ocaminho, mas para isto, tem que querer, mas algo fez Paula virà vida, não sei o que aconteceu, antes pensei que ela veio atrásde Peter, ela não sabe ainda, deixar claro, serão milhões deanos para ela e ele saberem, mas sempre pensei que ela veio para ajudar Peter a reiniciar o universo, mas acho que não, poisa menina Dani, é anterior a vinda dela, mas ela nem sabe quem

tem a mão, mas atraiu a ela, como ela e Peter atraem sempre!

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 —   Podemos discutir isto, ou é isto e pronto?  –   Faleiirritado;

 —   Podemos discutir enquanto lhe ensino, mas sei que

não é Fanes, sei que não é Imortal, e não é Carson, um Moreiraespecial, mas estranho, bem estranho! —  Você disse que seria a energia, mas por que geraria

algo em vida, não na não existência? —  Você semeou Pedro, tem idéia da idade do menino? —  Uns doze! —  Ele nasceu em 2008 João!

 —  Como sabe? —  Isto é dom, ver as linhas das vidas vividas, ou magia,

sentir a idade das pessoas, mas tem de se tocar as pessoas paraisto, não a toquei, e tem a energia vital, que é a idade que elaaparenta!

 —  Acha que ele é meu filho? —   Ele parece com você, lhe ouviu, lhe segue, lhe

respeita, Dani o espera, mas mesmo Paula quando lhe trouxe aimortalidade, trouxe para entender, perto de você, o todo! Masignora seus planos, ela deveria pensar em Dani, mas esperouachar algo diferente, não sei o que ela lembrou disto, mas parece que era algo apenas entre você e Dani, que recobra esteano a consciência de quem é, ou do por que veio ao mundo,mas pode ser que ela não lembre, pois ela parece estar na sextaexistência dela!

 —  Que maluquice, mas como posso ser algo assim, como posso não saber o que vim fazer?

 —   Não sei, deveria saber, mas não sabe ou não se permitiu lembrar, pois realmente deveria já saber!

 —  Poderia ser outra coisa? —   Sim, pois Paula não lembra de Dani e você não

lembra de nada, que deveria ter sido aos 10 anos, mas se não

for você, teria de repensar tudo!

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 —  Acho que passou algo desapercebido, mas entendo aação de Paula pelo menos!

 —  Ela sempre foi apegada ao menino mais velho, Peter é

tudo para ela, antes de lembrar já era muito, mas eles nãoacharam a saída! —  Sabe o que pensava quando lia as suas historias? —   Não, o que pensava!  –   Vi que Rose me olhou aos

olhos neste momento; —  Que vocês esqueceram do básico, não há necessidade

de haver dois seres para uma criação, ouvia falar e me pareceunão fazer sentido, certo que estava sempre entorpecido, masnuma coisa é certo, sinto as energias, mas já pensou quematéria é nada mais que energia, Peter não tem como gerarmatéria, sem energia, Liliane não tem como mudar de forma,sem alterar a estrutura da energia, os dois usam energia, mascada qual com um nome, obvio, com frequências diferentes, oque faz um poder bloquear o outro, mas tem uma frase dePeter, esta nos livros de historia, ―Nunca acredite na historia,

ela é contada pelos vitoriosos!‖, o mundo não é dividido, é uno,não existe dons, magia e energia, é tudo, é aquela física queaprendemos no colégio, acha que quando desmaterializo uso oque, magia, dons, ou o que?

 —  Mas eles reagem diferente, um tira a força outro mefaz absorver a energia!

 —  Rose, se eu usar a minha energia, é dom, se usar a do

meio, é Magia, mas é a mesma coisa, você sente como seestivesse recebendo energia pois esta, é o meio que esta lhefornecendo, e sempre viria mais energia, pois nunca saberia aenergia antes do comando de fim, que não deveria ter vindo!

 —  Mas como poderia bloquear os Dons? Se a energia é própria?

 —   Não vi meninas deixando de ser multi-presença nasterras da magia, ou aconteceu?

 —  Não, continuava em todos os mundos!

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dois isto é igual, mas dizem que é a idade ideal de um imortal,entre 18 e 22 anos, não entendo disto!

 —   Outra coisa, por que temos sempre a impressão, eu

tenho, de algo esta me observando! —  Não sei, tenho isto, mas se você estivesse aqui, nadaestaria nos olhando, isto que quer dizer?

 —   Sim, não falo das frequências de energia, falo deinteligência de caminho, como se algo nos guiasse!

 —   Peter por muito tempo procurou algo acima, masdepois da historia das 100 almas, ele não procurou mais!

 —  Mas sinto algo, e não estou maluco, meio dopado, masnão maluco! —  Como esta desenvolvendo resistência a estes venenos? —  Uso como droga mesmo, quando sei que as coisas vão

sair do real, exigência de força, acima do normal uso para poder sobreviver, agora sei que sobreviveria de qualquerforma!

 —  Tem de cuidar com isto, ninguém sabe ainda todas asconsequências disto!

 —   Mais uma pergunta, como Paula sabe tudo quefazemos?

 —  Ela sente grupos com mais de 10 pessoas, mas ela lheidentificou observando, ela percorria o mundo a lhe procurar,ela parecia procurar algo, somente depois de lhe encontrar,falou algo para Peter, ele ficou bravo, mas viu que ninguém,

nem ele, nem a mãe dela lhe fez resistência, ouvi dizer que elalhe apresentou a mãe como namorado, ela nunca teve alguém aserio João!

 —  Esta é mais uma incógnita, mas parece me vigiar dealguma outra forma?

 —  Ela agora sabe seu cheiro, dizem que é uma forma demagia, mas podemos ver se podemos fazer apenas pela energia,

não pela magia, não pelo dom!

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 —   Sabe que tudo que ela me ensinou, somente parteguardei!

 —  Imagino que não seja fácil, mas me passou outra coisa

a mente! –  A moça olhou preocupada; —  O que pode ter lhe passado desapercebido? —  Você já viu o poder do Carbono! —   Sim, vi fazer, mas sabe que não tem nem energia e

nem dom ali! —  Não? —  Rose, observa alguém fazer, não é a pessoa que esta

fazendo, é como induzir um caminho, sente a energia, ela jáesta determinada, mas a pessoa desenha achando ser ela queesta escolhendo, mas esta em um consciente maior!

 —   Esta a afirmar que o desenho apenas mostra ocaminho que você sente?

 —   Sim, veja quanta energia Peter usa para abrir uma porta espaço tempo, você mesmo, quanto usa?

 —  É uma magia, não usaria energia! —  Mas repare que não recebe também, nada, é natural,mas se você atravessa uma porta feita, como um portal, criado por alguém, no espaço tempo, perde uma imensa quantidade deenergia!

Rose me olha e pergunta; —  Acha que tudo foi determinado?

 —  Sim, e quem desenha os acontecidos? —  Paula, ela pode ter feito antes, mas o que nos serviriasaber isto?

 —  Nada, se não soubermos o que ela quer, vou começara apelar a partir de hoje!

 —  Como assim? —  Trouxe duas cidades a pique, e não queria as mortes,

mas fiz, não pensei, apenas segui o que parecia certo, me deixei

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levar para a cidade, mesmo sabendo que seria preso e elaafundaria, é hora de fazer diferente!

 —  Mas se for o que ela desenhou?

 —  Pense Rose, como ela sabe o que farei? —  Ainda no controle que ela tem de seus atos? —  Sim, ela não tem nada de controle nas Fanes abaixo da

cidade, mas sabia que iria para lá, senti que deveria ir e fui, eusinto o caminho e me deixo levar, mas se no lugar disto, fizerdiferente!

 —  Ela saberia que estamos falando?

 —  O que não sei, mas saberia, ela nos induziu a isto! —  E o que não faríamos de forma alguma? —  Não é isto em jogo, se ela me desenhou aqui, quando

lá em cima, eu viria, mesmo sem querer, isto foi desenhadoantes!

 —  Mas por quê? —   Não foi você que disse que ela deveria saber das

coisas, mas não demonstrou algumas coisas? —  Sim, como a sua vinda, ela lhe procurou em 3 lugares,

 pensando bem, o planeta é imenso, os três na cidade que vive,impossível, não improvável, mas o que faria?

 —   Eu não posso fazer muita coisa, mas pense, vocêlembra do outro lado, tem tudo a haver com lá, mas esquece oque acha, o que viveu aqui, você lá, era grudada em quem?

 —  Liliane! —  O que a historia lhe induziu? —  A deixar ela para fora, sem a trazer para perto! —  Certo, por que Liliane mudou? —   Ela sentia um ódio, que diziam ser proveniente de

você, do outro lado! —   Mais uma pergunta, não canso disto! Por que

 pensaram ser eu, e não uma energia negativa ao ar! —  Não entendi?

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 —  Não aconteceu, vi o sorriso dele ao olhar para Paulano formato de Dani, se eu via no comportamento que não eraDani, ele também veria, pois viveu muito mais com ela!

 —  Sabe que podemos estar redesenhando a historia? —   Por enquanto, suposições Rose, mas se fosse você,reaproximava Liliane, mostrava para ela o caminho da energia, pois ela acalma, não sei você, mas Dons me enervam,experimentei uma vez, e me deixou mais irritado, é umcaminho que sempre a tirara do bom caminho, deixando aoescolhido o bom caminho!

 —  Sabe que pensei que o ensinaria, mas tem uma leva de pensamento rápido!

 —  Dizem ser de família! —  Moreira era esperto, mas um teimoso! —   Esqueço que quando falo com vocês, conheceram

seres a mais de 400 anos!A menina sorriu e falei; —  Vai me ensinar o que?Ela me ensinou muitas coisas, e fomos testando o que

achávamos, descobrindo um terceiro caminho, que na verdadeera o caminho básico, e vi a moça me olhar no fim e falar;

 —  Sabe que não é feio! —  Agora vai me cantar?Senti os lábios dela, estas imortais não seguram os

impulsos, senti o corpo quente dela, e nem me dei conta oquanto foi gostoso, ela sorriu depois de um tempo e falou;

 —  Esta linha Carson é terrível mesmo!Sorri, era um elogio estranho, mas era, ela me ensinou

coisas mais do que básicas, estranhava sentir o que usaria e oque não usaria, e ela falou;

 —  Então pense como pode usar o que acha que não vaiusar!

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Sorri, fazia sentido, depois de uns 30 dias, ela me beijoue deixou em minha base, tocou minha cabeça e meu cabelovoltou a sumir, foi como um piscar de olhos, olhei a minhafrente de Magda estava ali, e ela perguntou;

 —  Acha que conseguiu algo? —   Não, acho que não tem um caminho fácil, quanto

tempo fiquei lá? —  Dois minutos!Sorri e olhei o rapaz vir atrás de mim e falar; —  Prenderam eles, na entrada da cidade!

 —  Onde? —  No caminho da Dutra! —  O que podemos fazer? —  Não sei, você que faz os bons planos! —  Como os acharam? —  Pedro ficou visível, ele pareceu sair por um caminho

errado!

 —  Havia o avisado que estava bem? —  Sim, não fazia um minuto!Senti uma vontade grande de ir ao local e falei a Magda; —  Sabe onde esta Dani? —  Um prédio aqui no centro, aquele demoníaco esta nos

ajudando! —   Depois temos de falar, preciso saber se tem como

contatar Liliane! —  Por que, ela é perigosa! —   Não deu frutos com Rose, tenho de tentar algo mais

radical! —  Vou verificar!Olhei o rapaz e falei; —  Ele esta onde exatamente?Ele me indicou no mapa e falei;

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 —  Vou lá! Me prepare ..  —  pensei e veio a mente,  —  um carro, tem a avenida que abrimos, direto até lá!

O rapaz sorriu e olhei Magda, minha mente estava tão

confusa, que jurei que a informação do carro veio dela, poderiaser apenas impressão;Olhei o rapaz e perguntei; —  Quem passou a mensagem? —  Prica escapou! —  Avisa ela que estou chegando em meia hora! —  Vai correr?

 —  Sim, vou correr!Sai e peguei o carro, vi que minha mente sentiu uma

lerdeza após me afastar, ainda reflexo do remédio, mas olheiem volta, não, isto fazia mais de 30 dias, dirigi calmamentecom o radio ligado para o edifício no centro, que sabia ser dosCarson, e subi calmamente a rua, atravessei o portão e medirecionei ao topo, nem pensei, estava com a imagem decaminhando no túnel, rapidamente, quando o elevador abriu evi Dani correr a mim e falar;

 —  Você veio! Não falei nada, sentamos e ela viu tudo mudar em volta e

falou; —  Onde estamos? —  Você sabe onde, Dani!

Ela me encarou com um olhar de duvida e perguntou; —  Vai me abandonar por isto? —  Não, mas tenho de ajudar Pedro, sabe disto! —  Mas ele não gosta de você, não sei por que? —  Ele gosta de Paula, ele tem ciúmes Dani! —  Mas como pode ele gostar de Paula, se ele conheceu

ela a pouco! –  Vi na aura dela que mentia.

 —  A pouco, mais de 12 existências atrás, ele gosta dela,mas ela acha que sou ele, então esta com ciúmes!

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 —  Você sabe das existências? —  Sim, mas não sei quem é você? —  A geradora!

 —  Não entendi! —  Antes da existência, antes da matéria, eu criei o que

você conhece como Pedro e Paula, mas para mim é Xi e Xo,dois seres de existência, mas tenho a idade que quiser João!

 —  Sabe que me enganou direitinho! —   Desculpe, mas faz parte de conhecer os limites,

conhecer as existências, quem passa a Xi e Xo o que pode

acontecer sou eu, mas vivo e eles aprendem, mas passo de umcorpo a outro, nasço e morro muitas vezes em uma existência! —  Pedro falou quem é, ou já sabia? —   Ele não precisa saber que sei, ele escolheu alguém,

mas nem sabe que sou eu que o gerou, ele nem tem idéia detudo João!  –   Não tive certeza de onde era verdade e ondementira no que a menina falou.7

 —  Sabe que me assusta isto? —   Imagino, eles pensando que você é e pode o que ele pode!

 —  Mas o que faço? —  Não sei, ignoro o que Xo fez? —  Imaginou a minha existência, cada segundo, ela em si,

sabe tudo que farei, mas se não fizer, o que acontece?

 —  Não sei, ele não ajudou muito em me achar? —  Não, ele lhe sente e se deixa ir pelos caminhos maisdifíceis, vi que ele não é apegado a seu filho mais novo, nemsei como agir referente a isto!

 —   João, eu não preciso de sexo, eu não preciso deinteração para gerar seres, eles vem a vida, nestes corposhumanos, é doido, mas na não existência, é natural, gosto de terdois filhos, e netos, criando universos!

 —  Quer ficar ou voltar?

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 —  Voltar, mas sabe que não deveria estar aqui! —  Onde estamos mesmo? –  Perguntei sorrindo; —   As arvores lentas que vê ao fundo, são seres

inteligentes João!Olhei, era estranho um mundo assim, mas dei a mão paraela e caminhamos por aquele mundo e saímos na altura daavenida que tínhamos de chegar, ir reto sempre é mais fácil,olhei para ela e falei;

 —  Me espera aqui? —  Sim, é uma arapuca!

 —  Sei disto! Vou cair, mas antes livrar os demais! —  Você é bom, menino!Sorri e apareci na avenida, e os seguranças a minhas

costas se assustaram, e olhei Pedro, que sorriu, ele sabia queera uma arapuca, e olhei para Prica, fiz sinal para os segurançasa minhas costas, ela olhou para eles e manteve-se escondida;

 —  Por acaso estão me procurando assassinos!

Os seguranças me olharam, e um deles me apontou,quando ele veio no meu sentido, vi Pedro soltar as mãos, e faleiem sua mente para ser discreto e soltar os outros, e olhando osegurança senti o rapaz as costas bater em minha perna, e caide joelho;

 —  Me chamou de que? —  Perguntou um brutamonte; —  Sabe do que o chamei, ou é surdo também!

 —  Quer apanhar? —   Vocês vão bater de qualquer forma, não se faça doque não é!

O rapaz as costas me deu uma paulada na cabeça edesmaiei, mais um desacordar, estava virando padrão, masdesta vez acordei amarrado, e vi um senhor, que pensava termorrido entrar pela porta;

 —  Você é resistente rapaz, não morreu?

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 —  Estes humanos estão morrendo por um caminho quenão tracei, não desenhei, não imaginei, sabe do que estoufalando filho!

Peter olha assustado para mim, eu estava jogando, meus pensamentos embaralhados, mostravam o que falava, sabia queera real, então minha aura era de quem falava a verdade, mastinha pontos de mentira onde não fazia sentido ao menino e elesaiu pela porta, hora de enfrentar a morte, olhei o senhor efalei;

 —  Como vai ser! —   Você irritou o menino, nunca o vi sem palavras,

sempre com resposta para tudo! —   Às vezes não olhamos para o lado senhor, como o

senhor querendo me culpar do que sabe, não fui eu! —  Mas matou uma segurança? —   Sim, pena de morte, o que posso fazer, naquele

segundo, não sabia que era um imortal! —  Mas terá de responder por isto! —   Respondo, outra coisa, serei culpado por que

confessei, pois não tem prova!O senhor olha para mim com uma cara de indagação e

fala; —  Esta aqui por que quer, se entendi? —  Sim!Vi a porta abrir as costas e Paula vir e olhar para o senhor

e falar; —  Posso falar com ele antes de o matar? —   Pode, não sei ainda como o matar, derrubamos um

 prédio de 200 andar encima dele, e olha como esta!Paula olhou irritada para o senhor, depois para mim; —  Onde pôs a menina?

 —  Não lhe diz respeito onde ela esta Paula!

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Sentia o caminho, estranhei isto, as invasões em minhamente vinham de 3 pontos, dois atrás da parede, e olhei paraela esperando a resposta;

 —  Esta me confundindo, esta forçando sua mente dizerque estou com a pessoa errada, faz isto desde que o conheci,agora sei que encenou direitinho, cheguei a acreditar que nãolembrava, mas não pensei em suas memórias, poderia lhedeixar inconsciente do caminho, mas por que falar para Peter!

 —  Ele tem de saber que fez isto por que o ama mais quea mim, que não fui eu que transmiti o medo e raiva a Liliane,que não fui eu que imaginei ela fora de controle!

Sabia pelo olhar dela que falei de mais, mas não recuaria,e falei mais;

 —  Sabe que minto, mas Peter não precisa saber de tudo por mim, sabe disto!

O rosto de certeza foi a duvida de novo, soube que aconfundi, e ela fala;

 —  Entrou no jogo, mas por que deixou se levar! —   Quer que fale para eles gravarem isto, não é bom

Paula!Ela sabia que estava sendo tudo gravado e vi ela estalar

um dedo, vi um inseto parar no ar e ela falar; —  Sabe que posso apagar tudo, mas por que agora?Eu fui a ela e a beijei, ela me empurrou com raiva, eu a

segurei, e a beijei de novo; —  Não o quero? Eu quero algo diferente! —  Não disse que não terá algo diferente Paula, mas não

esta no caminho certo!Eu a beijei novamente e ela me beijou finalmente; —  Não entendo como pode me amar, Xi! —  Xo, sabe que lhe amo, mas nunca foi em matéria, com

emoções conturbadas como ciúmes, era puro, como fomos

criados!

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Paula me olhou, e falou; —  Você não é Xo! —  Sabe que não, ou não sabe?

Ela me olha aos olhos, estava perdida, ela não sabia, eolhou para mim e me beijou, estávamos em um tempo estático,a encostei na parede, não deveria estar indo por este caminho,mas sabia que nada tinha mais a perder, ou tinha tudo a perder;

 —  Quem é você, o que é você, o que criei! —  Um ser sem memória, apenas isto! —  E o que seria se tivesse memória?

 —   Talvez tivesse um ciúmes tão grande de você, queacabasse com tudo!Ela me olhou como se lesse as entrelinhas e falou; —   Alguém com muito ciúmes, mas não achei esta

 pessoa! —  Não olhou direito Paula! —  Não lhe entendo!

 —  O mesmo Paula! —  Não precisa me chamar assim, sabe disto! —  Você não entendeu nada, aqui sou João, e você Paula,

mas sabe bem, isto foi definido antes dos dias, então o que temde errado em meu nome!

A menina não entendeu, mas me beijou, afastou o lábiodos meus e falou;

 —  O que faço com você! —  Eu me viro, ou não reparou o que imaginou! —  Isto não estava lá, sei disto! —  Tudo mudou, quando vi que viria, mudei tudo Paula! —  Mas segue minha criação! —  Mas sem memória, não é isto?

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A moça estala o dedo, o inseto a voar era sinal deretorno, vi que Peter acompanhou a conversa e adentrou com ochefe da segurança;

 —  Acha que podemos o condenar senhor Carson! —  Se ele matou mais de um milhão de pessoas, não sereieu que o julgarei senhor!

Paula olhou para mim e falei; —  Primeira existência, mais novo que você!Ela sorriu, não entendi o sorriso, mas aquele sorriso que

queria, o resto poderia ser algo muito estranho nos anos para a

imortalidade, vi os dois saindo e o senhor me olhar; —  Pelo jeito tem grandes inimigos mesmo! —   Eles não têm como se posicionar senhor, sem gerar

uma guerra e muita desconfiança! —  Jurei que iria bater forte agora!Pensei nisto, mas quando senti este caminho fui por

outro, mas sabia que poderia estar me condenando ao

isolamento, pois era o que acontecia, com o pessoal que nãotinham como matar, isolavam de um mundo em uma cela forada existência, ótimo castigo para um imortal, péssimo paramim;

 —  Não vai reclamar? —   Senhor, não posso fazer nada, tinha de falar com

Paula, minha vida não teria sentido se não falasse com ela eisto fiz!

 —   Você é estranho, parece não temer, às vezes parecedopado, mas nunca vi o efeito disto em imortais!

 —  Uns 10 mil anos por aplicação, a menos, mas quanto édiminuir 10 mil de infinito! –  Sorri;

O senhor achou que era uma piada e sorriu, outrosseguranças chegaram ao senhor e falaram;

 —  Dois prédios caíram juntos há 5 minutos!

O senhor me olhou e falei;

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 —   Já deveria ter fugido, assim vai parecer que não fuieu!

Os seguranças não gostavam da insinuação e olhei um

deles, o que havia me prendido; —  Mas não deixa de ser um assassino, rapaz, apenas temuma permissão para isto!

O chefe dele olhou irritado para mim e falou; —  Não esta facilitando! —  Quer um culpado ou um julgado!O senhor olha para mim e fala;

 —  Um culpado!Estalei o dedo e surgi na realidade que havia deixado

Dani, e andei uma hora até o ponto e lhe dei a mão e ela falou; —  Sabe que tudo isto é gerar incerteza? —   Tenho de desafiar as idéias dela, senão nada terá

sentido de verdade!Surgimos em uma praça e liguei para a base e falei;

 —  Eles escaparam? —  Onde esta João? —  Voltando, avisa Pedro que preciso falar com ele, que é

 bronca! —  Aviso, mas ele lhe ama!Eu de Dani caminhamos calmamente pelo caminho, a

cidade estava a correr nos sentidos das quedas e adentramos a

região pelo colégio, e quando descemos os andares a cara desusto de Pedro foi grande mas quando Dani lhe estendeu os braços, ela era mãe dele em duas conotações, embora ele deuma outra forma fosse mãe de todos nós, era estranho isto;

 —  Você a trouxe de volta! —  Sim, mas precisamos conversar, pode ser lá no nosso

esconderijo?

 —  Bronca? —  Sim! –  olhei para Dani e falei –  nos acompanha?

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Ela fez que sim, olhei Magda e falei; —   Consegue um lugar novo para nós, não

amanheceremos aqui!

 —  Problemas? —   Sim, problemas dos grandes, Paula sabe onde nos

escondemos! —  Como ela saberia! —  Xo, é evidente demais!A moça me olhou e sorriu, e os demais não entenderam,

com exceção de Dani, mas o olhar de Pedro foi estranho, e ele

olhou Dani e perguntou; —  Estava tão próximo assim? —  Sim, vamos subir! –  Dani;O menino subiu quieto, sentei, olhei para ele sem falar

nada, ele olhou para Dani e perguntou; —  Você falou para ele? —  Ele descobriu sozinho Pedro!

 —  Por que escolheu este nome horrível! —  Pois é teimoso como uma pedra, filho! —  O que ele sabe? —   Que esta num caminho pré determinado, imaginado

 por ela, e que isto o levara a aproximar-se dela, mas você provocou isto, é um absurdo ter ciúmes!

 —  Eu não tenho ciúmes!

Dani sorriu e me olhou; —  Pedro tenho de ser sincero, você não sabe o que esta

fazendo, ela lhe ama, mas você não entende isto, não em umaexistência física!

 —  Como pode dizer que ela me ama, ela lhe entregou! —   Sim, ela seguiu os caminhos, ela queria uma reação,

ela acha agora que posso ser você de verdade, e isto não sei se

é bom ou ruim!

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que, um caminho de purificação e apego, mas ele não é você, eela sabe disto! –  Fiquei olhando Dani, e quase ouvi outra coisaquando ela disse ―não é você‖, ela ia falar outra coisa, mas não

sabia o que. —  Mas o que faço? —  Sabe o que fazer, mas tem de ver se aguenta, pois ela

quer uma existência, todos estão nesta existência, sem ninguéma controlando, a melhor das formas de existência, onde as pessoas, fora João, seguirão o caminho que ela estabeleceu, e aconhecendo um pouco, um final juntos, mas como vai mudaristo, se você não veio no corpo que ela queria que viesse!

 —  Mas ela seduziu ele, um absurdo!Eu levantei e falei; —   Pedro, eu gosto de vocês, mas se é para ser assim,

estou abandonando o barco, não tenho o que fazer nele, a nãoexistência vai o forçar a tomar um caminho, pois não vou ficarno meio do caminho!

 —  Vai nos deixar? –  Dani; —  Sabe que não tenho outro caminho, tudo indica a ficar

e nada mudar, eu não tenho de acabar com ela no fim, eu, vocêe ele sabemos, este caminho vai me fazer apaixonado em pouco tempo, ela já o ama, e acha que sou eu, ou quer que seja, pois se não for eu não tem idéia de onde achar!

 —  E se pedir para ficar! –  Pedro; —  Sabe que não tenho como ficar, estou seguindo o que

dizem ser algo que você sabe fazer, tudo me indica a ficar,então vou pelo outro caminho, pois eu ficar é o que elaimaginou!

 —  Mas vai fazer falta! —  Se achar que posso, volto!Eu desci, o que os dois conversaram não sei, mas virei

 para o pessoal e falei;

 —   Pessoal, eu Prica, Katy e Trina vamos a Paranaguá,assim que chegarmos lá, eu ligo para vocês, Magda vai achar

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um lugar melhor, isto amanha vai estar cheio de seguranças,melhor não ficar ninguém, muda até o pessoal da rua, fecha astrês entradas, e preparem tudo!

 —  Acha que virão? —  Tenho certeza!  –  Falo olhando Magda, não sei se elaentendeu, mas as meninas ajeitaram as coisas, poderia ter maisgente infiltrada, mas não sabia quem, pensei se ela me cortaria para mostrar a mim que eu era imortal, era bem capaz, mas nãoera o que estava pensado, ela sabia onde tinha de estar, eu não,as meninas e eu embarcamos em um caminho para Santos,sabíamos que seriamos desviados, mas aprendi nestes poucos

dias, que não iria para onde falasse que estava indo, Prica viuquando embarcamos para longe, e perguntou;

 —  Estamos indo para onde? —  Buenos Aires! —  Mentiu por quê?Eu a beijei e abracei as três e perguntei; —  Se alguém achar que estou abandonando o barco, na

verdade o estou por um leve momento o deixando a deriva,quero ver quem se mexe!

 —  Por que disto, por que deixou Pedro, Dani e o meninode fora?

 —   Eles tem um caminho a correr e acho, que estavaatrapalhando!

 —  O que faremos lá? —  Vou usar créditos e começar um plano maior! —  Estamos nele? –  Trina; —  Não, ficaram em Sampa!As três sorriram;

Desembarcamos em Buenos Aires, 3 dias depois, fomosem um cargueiro, pagamos passagem mais era uma formadiscreta de chegar lá, o senhor estranhou, mas um dinheirinho a

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 —  Qual a curiosidade? —  O que eram os Laikans, senhor?Ele me olhou desconfiado, e olhando as meninas juntas

 perguntou; —  Todos Brasileiros? —  Sim, todos Brasileiros!Ele fez sinal para entrar, o cheiro do local era impecável,

 parecia ter um aroma especial, o quarto pequeno, três por trêsmais um banheiro de um por um, o ser abriu um armário e tiroutrês banquinhos de metal e pano, retrateis, e ofereceu um para

cada, sentei e o senhor me olhou; —  Por que a curiosidade? —   Senhor, me meti em encrenca, e as coisas estou

montando, não sai com boas referencias do Brasil, mas a minhacuriosidade é saber se existem mesmo, para mim, com 16 anos,é muita coisa!

 —   Você e uma delas é uma Fanes, esta aura deve serFanes, a sua é muito branca, a moça é mais fácil de dizer seruma Fanes, é um amarelo vivo e duas devem ser humanas,auras invisíveis de tão fracas, mas o que um Fanes quercomigo?

 —  Aprender a ler auras senhor! —  Por que? —   Já deve ter ouvido falar de Peter Carson, Paula

Carson, Call e Joaquim Moreira, todos querem minha cabeça, preciso saber diferenciar eles!

 —  E quem me indicou a você? —  Uma Fanes, Rose! —  Uma boa menina, mas como ela esta? —  16 anos agora! —   E como entrou nisto, desconfio de todos e pergunto

isto!

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 —  O que vi aqui é o mesmo que vi no Brasil, gente semvontade senhor, mas o que são estes espectros que vejo!

 —  A lenda diz que são os seres que a pedido de outros

seres, interagem nos planetas, os brancos com forma, são seresde intercessão de espíritos, não entendo os por quês, os negrossão almas que não querem o bom caminho, mas são maisdeterminados em desviar os caminhos, os brancos sem forma,dizem ser os seres que interagem e seguem os caminhos dageradora!

 —  Mas quais os motivos disto? —  Esta é a pergunta que não consegui responder a Rose! —  Mas tinha uma teoria antes? —  Achava que eles ditavam o caminho de deus, quando

ele falou por minha boca, achei-me um escolhido, mas estavaum andar abaixo de deus, eu briguei com o ser acima dageradora, rapaz!

 —  Francisco, eu acredito em deus, e não vejo em Paula,Peter ou mesmo Liliane um deus, mesmo em Dani, a geradora,

acho que são filhos de algo, não pode ser acaso, são serescriados, com existências, mesmo Paula e o seu par, não sãomais que crianças sem experiências, não em existência, entãoou digo que Peter Carson é um deus, e ele não é, e sabe disto,ou existe algo a mais!

 —   Por que acha isto?  –   Vi que os olhos do senhor brilharam;

 —   Por que eles estão em um ciclo, mas um cicloevolutivo, o que quero falar, o ciclo diz que na primeiraexistências lembraram de quem eram aos 10 anos, e foi sesomando um ano a partir daí, mas pense, que ciclo gerarepetição e uma continuidade com degeneração, o de deus, ou ode algo criado?

 —  De algo criado, mas eles formam universos!

 —  Não sei como acontece, mas falei com Paula, ela disseque Peter concentrou a magia, e começou sentir o seu eu ser

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 —  Seres com a minha aura, Francisco, são geradores denovas almas, geramos espíritos novos, mas não vejo como pode um universo existir, sem algo controlando isto depois deum tempo, sabe que crenças são complicadas!

 —  Sei, então a aura branca é de geradores de almas? —  Sim, novas almas! –  Francisco falou aquilo, eu olhava

sua aura e quase tive certeza que ele já sabia disto, mas por queestaria me comunicando isto, por que estaria repetindo isto.

 —  São raros neste mundo pelo jeito? —  Sim, isto estranhei, mas agora compreendo, planetas

como o nosso existe a tanto tempo, que não precisam de muitasalmas novas, para continuar, somos bem numerosos em certasgaláxias se multiplicando!

 —  Também demonstração de algo maior rapaz! —   Tudo tem, mas é que as pessoas as vezes se acham

muito, e se perdem, mas mesmo eu sigo uma trilha as cegas,mas acho que posso conseguir muito Francisco, ou nada, masquero saber onde vou conseguir paz em minha alma, pois

quando se briga com imortais, acabamos sempre gerandocoisas assim!

 —   Esta confuso, mas o que falou faz sentido, mas pretende o que na cidade?

 —  Não sei ainda, acho que consigo um emprego, precisosumir um pouco!

 —  Querendo se esconder deles?

 —  Não existe esconderijo deles, mas quero pensar antesde fazer uma burrada por ai!

O senhor sorriu e me falou; —  Sabe que os alojamentos de casal são uma fortuna? —  Imagino, mas só preciso de um simples, o resto ajeito,

agora sei como!Descemos e pedi um quarto para cada uma e um para

mim, e fomos ao meu, Francisco viu eu pegar o papel e falar;

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 —  Este é o dom que mostra que tudo é mais Francisco! —  O Dom do Carbono, ou Magia do Carbono? —   Chame de Carbono, pois não é nem dom e nem

Magia, mas estou tentando descobrir o que é!Vi que o senhor pareceu não entender, ou não sesurpreendeu, mas se despediu, eu adentrei a um quarto imensoe as meninas sorriram, e fui a um banho, tinha carregado estas3 a alguns meses, Prica, Katy e Trina, elas serviam a um bandode marginais, mas se alguém me falasse que uma delas eraPaula, não duvidava, até duas poderiam ser, mas não estava preocupado com isto, poderia me acostumar com este espaçosobrando e bem a meu gosto, vi Prica adentrar nua ao banheiroe me beijar, e falar;

 —  Não entendi aquele papo de meu companheiro, Xi! —  Quantas vezes preciso falar isto, Xo?Trina adentrou também o banheiro e falou; —  Não quero saber de mentiras hoje Xi!Katy veio ao banheiro e me beijou, e falou; —  Acha que vou deixar você com qualquer uma Xi?Três lábios, três corpos, minha vida tem sido assim por

mais de 2 meses, eu não reclamo não, estava me viciando nisto,mas se a idéia era ser especial, eram especiais, e me perdi nostrês corpos, e dormi como criança, estava eu a retomar comPrica, sentada ao colo, nua, a beijando os seios quando Roseapareceu com uma menina ao lado, Liliane;

 —  Podiam bater antes de entrar?Rose sorriu e Prica não parou, ela não iria fazer de conta

de estar preocupada; —   Tem certeza que não viemos numa hora imprópria

Rose?Prica parou e foi ao banheiro, pus uma roupa e Rose

falou; —  Conhece Liliane?

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A medi de baixo a cima, e falei; —   Prazer, João Moreira!  –   Olhei Rose  –   E como esta

você?

Rose sorriu e falou; —   Fizemos as pazes, mas não entendi o que quis com

aquele papo com Francisco? —  Descobrir o todo, não metade! —  Mas concordo com você, são a mesma coisa!  –  Falou

Liliane; —  Pelo menos alguém, mas tem mais coisa ai?

 —  Como assim? —  Rose, 12 existências como você, após um confronto

recebem as informações de quem são, sem terem 22 anos, ounão era uma regra, ou como falei para Francisco, existe algo amais!

 —   Acha que algo coordena as coisas, mas por quê?  –  Prica a porta;

Olhei para Rose que entendeu que era Paula; —   Por que não sou Xi, e se não sou e ele esta por ai,

alguém previu isto e me deu as informações do que precisava,não ache que alguém que a 3 meses dançava na escola, dopado,vira alguém que pensa em coisas como as que estou pensando,sem algo mais por cima, ou do lado, não sei!

Liliane me olhou e perguntou;

 —  O que fez com Rose, ela sabe o que pensa? —   Pacto da Orquídea, já que Rosa precisaria ter umaquantidade de terra, e não a temos facilmente!

 —  Você fez um pacto com ela? –  Prica; —  Temos de conversar depois! –  Falei olhando para ela;As duas vêem as três sumirem e olho para Liliane e falo; —  Agora podemos falar!

 —  Eram Paula?

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 —   Sim, eram Paula, mas ela acha que sou Xi, ser dacriação, mas não sou, e acho que tem mais coisa ai, não existediferença de Magia e Dom, não na pratica, apenas precisa saberde onde vai tirar a energia, mas precisava de uma coisa!Liliane!

 —  O que? —  Entender o que o ser que esta no corpo de Paula sente

e pensa, acho que ela não tem experiência, ela deve estarconfusa como você esteve na primeira existência, mas o queacontece se ela perder o controle?

 —   Não tenho idéia, se for Xo, a muito não uso estetermo, ela não tem noção de matéria, ela não tem noção de antimatéria, ela nem deveria poder se materializar!

 —  Xi também se materializou Liliane! —  Tem certeza? —  Tenho! Acho que 6 dias depois de Paula! —  Mas por quê? —  Ele viu os planos dela, e veio mudar tudo, não foi ele

que lhe forneceu aquela disfunção toda, já estava pensado, jáhavia sido imaginado daquela forma, nem que tentasse,conseguiria ser diferente, pois não sabia que teria de desviar oque via como caminho natural!  –   Olhei para Rose  –   Magdatambém é uma forma de Paula!

 —  Ela esta tentando se inteirar das coisas, pelo jeito! —  Ela esta no controle, sabe mais que nós, então nosso

trabalho é maior, ela vai induzir Peter, ela tem o controle daslembranças, então se ela brilhar, fechem os olhos!

 —  Mas pode estar induzindo sua memória? —   Sim, por isto estou dividindo o que sei, não posso

simplesmente chegar a descobrir que não sou nada disto e queexplodiram o universo ao lado e trouxeram o irmão mais novo!

 —  Reinold é diferente de você! –  Rose;

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 —  Por que acha que ela planejou isto tudo? —  Não sei, estou começando a entender agora só parte e

mesmo assim não faz sentido, é difícil imaginar que os seres

criadores não soubessem que não existia diferença de dom emagia, e mesmo assim, deixam dois irmãos se pegarem aexistências, não faz sentido!

 —  Mas como eles saberiam? —   Eles geraram vocês, tudo que vocês sabem, eles

sabem, eles os instruíram, obvio que os dois conseguemrecomeçar o universo, mas será que a idéia era esta, qual aidéia, falta algo!

 —  Mas é maluquice achar que esta nas bruxas! —   Não sei o que são as bruxas, mas em nada são ou

fazem parte, mas vou descobrir!Liliane me olha e pergunta; —  Não entendi o que quer rapaz! —  Viver, pois perdi 16 anos de minha vida, e você, o que

esta fazendo? —  Ajudando em um mundo distante! —  Este é seu mundo menina, não o fim de mundo! —  Perdi tudo que tinha aqui! —  Tão bonitinha e com decisões tão definitivas, estranho

isto! —  Vai me cantar e Rose?

Rose me olhou e sorriu e falei; —   Desculpe, não era uma cantada, era uma frase deefeito, mas sabe que não recuso um bom sexo, nem um sorriso bonito, menina!

Prica ressurgiu e Rose falou; —  Explica depois para ela, que era brincadeira! —   Eu gosto desta brincadeira!  –   Falei olhando para

Prica; —  Nos falamos!

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As duas somem e olho para Prica e ela fala; —  Por que fez isto? —  Por que não se mostra como é Paula?

 —  Não sei, gosto de aparentar diferente!Eu cheguei ao lado dela e falei; —  Sabe que não quer fazer um pacto comigo, o que lhe

chateou?Ela me olhou e falou; —  Você me engana sempre, quando penso não ser você,

 parece ser, quando tenho certeza que gosta de mim, se entrega

a três moças a cama, o que quer João Moreira? —  Alguém que você pôs numa historia, e que não tem

idéia do que você sente, ou se sabe o que sente, mas não possodizer que lhe condeno, não é fácil assumir um sentimento,mesmo os ódios nos são temporários!

 —  Não lhe odeio! —  Mas tudo indica que vai odiar, não é?

 —  Sim, tudo me diz que é você, e você me prova semprenão ser, mas se não é você, quem é! —  Importa mesmo, não veio para se livrar dele de vez? —  Não sei como posso comparar uma emoção aqui com

uma lá, não existem segredos lá, tudo é dividido, mesmo meussonhos mais animais, ele sempre soube, ou você, tive umachance e fugi!

 —  Por que não consigo acreditar nisto? —  Mas é verdade! —  O que você sabe sobre a geradora Paula? —  Lenda, não mais que lenda! —  Xi veio ao mundo por ela, não por um ser criado por

Peter, pois saberia quem ele era, mas se os segredos nãoexistiam, como você não sabe da geradora, quem esta

mentindo? —  Não estou mentindo João!

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 —   Não é nosso inimigo rapaz, mas temos que saber oque veio fazer aqui?

 —  Se não me engano, tenho de falar com Call que deve

estar a chegar na cidade! —  Sabia que ele pediria sua prisão, estranhamos isto! —  Eu também, mas tenho de ganhar a vida, no meu país,

não tenho mais chances, os Carson foram para lá, e não sãoamigos dos Moreira, não da parte normal da família!

 —  Acha normal alguém afundar duas cidades? —   Senhor, não acredite em tudo o que o governo de lá

fala, eles em si tinham-me preso quando aconteceu, mas istonão vão falar, mas se quer acreditar, não lhe culpo! —  Alguns o estão chamando de Anjo, não entendo por

quê? —  Sou alguém que deveria estar sentado esperando para

ser presidente daquele país senhor, mas não gosto de gentemandando em mim!

 —  Mas todos seguimos as determinações maiores! —  Vocês, quer dizer, mas eu não!Senti alguém entrando as costas, nem olhei, a energia era

forte e vi Call sentar-se ao meu lado, ele veio acompanhado,deveria ser Kátia, olhos que fariam qualquer um se perder, masnem olhei muito e ouvi;

 —   Nos encontramos de novo, pelo jeito não mentiaquando disse que tinha inimigos nos Carson!

 —  E nem falei a verdade Call! —  Por que? —   Omiti meu brilho de imortal, e nem falei o que os

Carson pensam quem sou? —  Esta é a pergunta! O que eles pensam que você é a

 ponto de o porem nesta historia! —   Eles pensam que sou o ser que ao lado de Paula,

criamos os espíritos!

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 —  E você é isto? —  Não, mas por mais que fale que não sou, os dois não

acreditariam, então assumi a posição de talvez, e isto irritou

eles!  —  Agora entendi o por que Peter esta meio perdido, mastentou me provocar também, posso saber por que?

 —   Lhe mostrei meu valou, mas não quis ouvir, vocêstodos, sem exceção estão ficando arrogantes demais!

 —  Gosta de uma briga pelo jeito, não segura a língua! —  Já falamos disto, não toma esta sua droga, então não

sabe o quanto isto solta a língua da gente, mesmo não querendoacabamos falando de mais! —  Mas não era isto que pretendia falar comigo, ou era? —   Não, ainda preciso de um emprego, e se esta com

engenheiros como os de Moreira no Brasil, cidades podemafundar apenas por ele esquecer de verificar o índice decorrosão das águas do mar em seus projetos!

 —  Esta a dizer que não foi você? —  Estou a dizer que nem tive chance de terminar o plano

e a cidade de Santos já havia tombado, a regra em si era elaestabilizar e afundar aos poucos, mas não foi o que aconteceu,e sabemos disto!

 —  Esta a dizer que erraram feio nos cálculos lá? —  Sim, e sei que eles projetaram pelo menos 20 cidades

flutuantes para a Argentina, entre elas a que estamos, não querter de nadar ou andar pelo fundo, até a costa mais próxima,senhor?

 —  Saberia fazer estes cálculos de ajuste? —  Sim, saberia, mas tem de ver se quer!Encarei o rapaz, estranho estes imortais que sabemos a

idade e tem nossa aparência, as vezes fica difícil não pensar noser com 18 anos, mas fiquei a esperar a resposta e Call falou

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em Castelhano com o senhor ao lado, que pareceu preocupar-se, parte não entendi, parte sim, mas tinha de esperar;

 —  Eu o contrato, mas tem onde morar?

 —   Sabe bem que qualquer porta para nós vira um palácio, não é o problema senhor! —   Soube que andou conversando com um ser que os

demais deixam quietos na cidade, poderia me dizer por que? —   Curiosidade, não acredito que Paula Carson seja o

deus maior, e fui conversar, mas posso dar apenas uma dicasenhor?

 —  Fale! —   Reduz a doze dos engenheiros, e dos químicos,qualquer dia esta mistura afunda cidades inteiras, no planeta!

 —  Sabe que isto não posso fazer! —  Sei que tem medo, mas não posso ensinar um imortal

que o universo é tão infinito como sua vida, e cabe muita gente,mesmo com 1300 anos, senhor!

 —  Não gosto deste papo! —   Senhor, se é para me contratar e por um fecho emminha boca e cálculos, esquece, me prende, afunda com este barco a deriva e com dois furos que vocês montaram, e nacomodidade da imortalidade, nem olham para ele!

 —  Quer me irritar de novo, estou vendo isto!Me calei, era difícil não ter raiva do que estava vendo,

mas como não queria magoar os brios do senhor a frente mecalei;

 —   Você parece saber muito para não ser quem elesacham que é!

 —  Eu sei quem é a pessoa que eles procuram, senhor, eesta pessoa me contou coisas incríveis, mas quem me contou amaioria das coisas foi Paula, depois conheci Rose, e por ultimoLiliane em pessoa, não sou bom em guardar dados, mas rostos

 bonitos guardo fácil!

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 —  Não sou assim, mas realmente ela vive a muito temponeste planeta, ela já esteve na forma de vários seres, mas suaaura é de primeira existência, confunde a gente!

 —   É que existências, estabelece que você esquece porum tempo, ela nunca esqueceu, nunca parou de viver, desde a primeira existência, ela pode ter ficado velha e renascido, ondequeria, ou se auto gerado, ela é capaz de se auto gerar e criaralgo que faça com que sua memória transite para o novo ser, eo atual morra, ela não se preocupa com estes pequenosdetalhes!

 —  E como sabe disto? —  Não sei, mas tenho certeza disto! —  Você continua me deixando confusa!Eu a beijei, ela recuou e falou; —  Se não é Xi, melhor não! —  Então melhor não aparecer por aqui Paula! —  Esta me pondo para correr?

 —  Eu não sou Xi, já lhe disse isto, mas se vier vou lhe beijar e não só isto, então se acha que não devemos, me deixatrabalhar!

 —   O que esta fazendo, este mundo é para criar vida, enão produção automatizada!

 —  Meu mundo faço o que quero! —  Mas para que?

 —  Tenho de saber como as coisas podem funcionar, ounão, Paula!Eu dei um passo atrás, senão a beijaria de novo, se ela

não sabia se queria, agora eu sabia que a desejava, mas nãoseria fácil segurar os impulsos;

 —  E se tiver na forma de suas amiguinhas! —   Se não é certo, não é a forma que a fará certa ou

errada!

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 —  Mas se quiser?  –  Ela falou com uma cara de menorcarente;

 —  Quando você se decidir, sabe onde me encontrar!

Ela me olhou desconfiada, eu sabia que ela poderia se passar por qualquer pessoa, mas não queria parecer fácil,embora minha mente sempre disse que ela me fascinava, masvi ela sumir de minha frente, me prendi a instalar equipamentosde produção automatizada, e comecei a desenhar um grandeestaleiro, desenhei o oceano em meu mundo, mas não sabianada de biologia para criar seres, comecei pela base e comeceia projetar os prédios do centro para as pontas, e ver quais as

conseqüências de cada erro e acerto, estranho criar uma cidadeem um papel sentado a cama e a ver se materializar ao cais aofundo, era um bom projeto, refiz os cálculos, e no fim de tudo,acrescentei o desgaste e a erosão, vi o prédio central ficar maissensível, ai estava o problema, erosão por maresia, reforcei oscálculos e redesenhei, e fiz os testes, ampliei as laterais deequilíbrio, dando a impressão de que o equilíbrio estava as

 pontas, mas cada 10 quadras, tinha seu equilíbrio estrutural, projetei um sistema de proteção, onde se uma das partestendesse ao naufrágio, a cidade se desprendesse dela, podendose desprender em até 100 pedaços todos estáveis, e em caso decolapso total, a cidade não virasse, o contrapeso sempre jogando água de um lado a outro e compensando, para em casode necessidade maior, ela afundasse lentamente, quandoterminei os testes e os cálculos, tinha trabalhado mais de 6 dias

seguidos, do lado de fora, nada mais que minutos, sai do quartoe bati na porta de Francisco;

 —  Mais calmo agora? —  Sim, deve ter visto minha aura de agitado! —  Sim, mas precisa de algo? —  Não sei, o que se faz nesta cidade para se distrair? —  Os concursos de dança, viraram atração mundial! —  Não sou bom em Tango!

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 —   Nem eu, mas podemos assistir e me fala de seus planos!

 —  Impressionar e mexer com a cidade, este é meu plano!

Saímos os dois, como toda boa cidade, um local especial para os concursos de dança, mas neste existia a parte inferior,onde cada grupo se apresentava, e a parte superior, ondemilhares de pessoas olhavam e davam suas notas aos grupos,reparei nos grupos, quase senti falta daquilo, mas lembrei quetinha de me dopar para esta lá em baixo, estava a olhar comFrancisco quando uma moça chegou ao nosso lado e falou;

 —  Pelo jeito meu marido ficou impressionado com você,rapaz!

 —  Por que ficaria?  –   Olhei a moça, Kátia, a esposa deCall;

 —   Por que ele não deixa as pessoas serem arrogantescom ele!

 —  Mas é arrogante com todos, mas não sei se ele ficouimpressionado ou esta intrigado, por não saber muito de mim!

 —   Ele sabe tudo de você rapaz, acha que algo passadesapercebido dele?

 —   Não sei, amanha começo a trabalhar, hoje, vimconhecer um pouco a cidade!

 —  Sabe no que caba isto? —  Sim, sei bem no que acaba isto!  –  Falei olhando nos

olhos da moça, os olhos de Paula, de Peter, não poderia ser

diferente, irmã dos dois não seria diferente;Virei para Francisco e perguntei; —  Quantos Laikans se perderam com as enchentes? —   Eles ainda estão lá, almas não precisam de ar, para

eles, é apenas um meio diferente, mas estão lá ainda! —  Qualquer dia gostaria de ter esta experiência! —  Qualquer dia! –  Respondeu Francisco; —  Do que estão falando? –  Kátia;

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 —   Um mito antigo, almas aprisionadas na forma deLobos, Francisco era um excepcional libertador de almas, masveio as guerras, depois os degelos, e muitas almas ainda estãolá embaixo para serem libertas!

 —  Mais de 200 metros de água e querem ir lá?Francisco olhou para a moça e falou; —  Alguns estão em seco, mas tem alguns que estão a 20

metros, 100 metros, e até uns 200 metros, mas difícil élocalizar eles!

 —  Por que? –  Perguntei;

 —  Antes juntava relatos de quem os havia visto, hoje emdia, estes seres ai, nem vêem a sombra deles, imagine um lobo!Ele tinha razão, as coisas estavam meio sem parâmetros,

e depois de um tempo, voltamos aos alojamentos, deixeiFrancisco no dele, e tranquei a porta do meu, alguém bateu a porta, fiz de conta que estava dormindo e não atendi;

Pela manha, fui a grande construção, era uma fabrica etinham um estaleiro de anti mão, a fazer uma destas cidadesflutuantes, as atuais eram imensas, foram sendo juntas umas aoutras, e ampliando, sobre bases bem frágeis, e Call merecebeu e me apresentou a um engenheiro;

 —  Não sei por que senhor, insiste neste desafio! —   Pablo, temos de saber se a cidade aguentaria algo

como o que aconteceu no Brasil, lá morreram mais de ummilhão de pessoas, não queremos isto, ou queremos, e sabe que

depois do incidente, os compradores vão querer fazer testes deresistência?

 —  Mas quer que ele sabote uma cidade, e verificar se elaresiste, e os prazos de entrega!

 —   Eu acredito nos cálculos Pablo, senão não estaria propondo isto a nosso amigo aqui!

O engenheiro me olhou com desconfiança e falou;

 —  Como eles fizeram lá, sabe?

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 —   Sei, mas o que fez ela afundar não foi o que elesfizeram, em teoria, a cidade deveria ter afundado lentamente,mas ela tendeu com força e girou 90º, e sabe o que istosignifica, toda a estrutura da cidade se desfez pois os cálculossão para ela resistir de pé, e não deitada!

 —  Esta a dizer que erraram no calculo e a cidade girou, eos prédios maiores puxaram os menores, lhes arrancando daestrutura de fixação?

 —  Sim, eu estava prestes a entrar na cidade quando vi o prédio central, de mais de 200 andares, quando da pequenaexplosão, ele balançou, com o balanço, rasgou a estrutura, e

tendeu com cidade e tudo, para o mar! —  Então não foi apenas terrorismo, foi erro mesmo! —  Sim, a ideia de testarmos, é que no Brasil, as cidades

Flutuantes estão a poucos quilômetros da encosta, entãochegaram milhares de barcos para socorrer, o que aconteceriaem uma cidade como Buenos Aires, 4 horas de barco rápido para o primeira chegar!

 —   Entendo a preocupação, mas por que acha queacontecera?

 —  Não sei, mas pense, testar pode nos custar alguns diasde trabalho a mais, mas não teríamos as mortes para nos pesara consciência!

O engenheiro concordou e passei as coordenadas, equando estava tudo pronto eu olhei para o engenheiro e falei;

 —  Teria como por algumas câmeras para verificarmos asvibrações, quero ver se isto resistiria depois de 10 anos demaresia!

 —   Podemos, acha que pode ter sido a maresia quecorroeu as estruturas lá?

 —  Corrói no mundo inteiro, mas o importante, é que setivermos estes testes e cidades preparadas para isto, podemos

ganhar mercado, acho que nisto que Call esta pensando! –  Falei

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olhando para o engenheiro, que sabia que muitas desconfiançasdos compradores se gerou quando do problema estabelecido;

Tudo programado, as três bombas detonaram, sacudiu, se

rasgou a parte oposta, e mesmo sendo nova, Call viu o prédiocentral balançar até tender lateralmente, o calculo era melhorfeito, pois não levou a cidade inteira, mas o engenheiro olhou para Call e falou;

 —   Mas nunca alguém chegaria a ter acesso para fazeruma detonação destas!

 —   Lá acabou tendo, a cidade quando nova, muitavigilância, depois as próprias construções ganham adendos forados projetos!  –  Vi Call me olhar e falar  –  E o que faço agora,você acabou de detonar um contrato, pois tinha de entregar estacidade!

 —  Se me permitir, sei com calcular isto, e refazer! —   Não entendeu, não temos tempo!  –   Fala Call bem

alterado;Olhei para Call e falei; —  Quer uma emprestada eu consigo!  –  Ficou com tom

de brincadeira e sabia que Call não gostaria, e falou serio; —  Isto não é brincadeira menino!Peguei meu caderno e desenhei um imenso portal

dimensional, e quando ele se abriu, dois navios automáticos, puxaram de meu mundo para o mundo real, a cidade que havia projetado e testado, e o engenheiro olhou a imensa cidade, e

Call também deixou o queixo cair, e falou; —  Mas é segura? —   Tenho duas, testamos na primeira, mas os cálculos

induzem a compensar, e esta tem um sistema independente acada dez quadras, se a cidade começar a balançar, eladesprende a parte que esta fora do controle, e a estabilidade semantêm!

O engenheiro viu a primeira ao longe e a segunda,idêntica a primeira começar a passar pelo portal, e perguntou;

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 —   Pensou muito nisto menino, meu engenheiro ficouimpressionado!

 —  Este é o começo Call!

 —   Vi que é alguém de ação, não só de ficar a olhar ascoisas, é bom ver isto, soube que não atendeu a porta ontem anoite!

 —  Nem sei quem bateu, alguém especial? —  Sim, alguém especial, mas é bom ver que não se deixa

levar pelas tentações do dia a dia!Fiquei curioso para saber quem, mas não perguntei,

obvio que ficaria sabendo, e quando Pablo chegou perto falou; —  Senhor Call, esta em ordem, temos apenas de mudar asinalização para Francês, mas o resto, perfeito!

 —  Não sabia que ia para a França, desculpa! –  Sorri;O engenheiro olhou para mim e perguntou; —   Qual a estrutura de soldagem das bases, vi que foi

feita toda em uma única solda, não conseguimos fazer isto

aqui, pois temos de ver que 25 km de raio, é coisa muitogrande! —   Temos de verificar isto!  –   Falou Call, sabendo que

não fora soldado, mas não iria abrir o jogo com o seuengenheiro;

O primeiro dia foi tranquilo, bem produtivo e Call meconvidou a ir a sua casa, no fim daquele dia, as coisasmudaram, o senhor sorria, era outro, mas fiz por merecer, esabia que nem tudo naquele sorriso era sincero;

Um prédio simples no centro da cidade, e obvio, Magiacorrendo as paredes, uma vez no apartamento, tudo mudava,era um mundo verde, com uma casa de campo ao fundo, aesposa dele veio nos receber, com um sorriso maroto demais para quem estava a frente do marido, e apresentou a filha,aparência 16, imortais tinham isto, eles tinham filhos e estes

chegavam a aparência dos pais, e continuavam com aquelaaparência por séculos, era difícil ver as coisas assim, a

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 —  Me disseram que o senhor era alguém justo, será queme falaram de outro ser?

 —   Você não acha justo me apropriar daquilo, esta em

meu estaleiro! —  Verdade e não poderei sabotá-lo! —  Quem manda fazer algo resistente a sabotagem! —  Esta falando serio em não me pagar Call? —  Me de um bom motivo para lhe pagar? —  Regra básica, nunca se passa a perna em um mago, se

 perde três vezes o que ganhou!

 —  Você não é um mago! Não respondi, não era mesmo, mas ele não teria como

saber, ou teria, não sabia exatamente, mas achei que ele nãoengoliria esta;

 —  E se concordar em lhe pagar, qual seria o preço? —  Nisto você me pegou, posso saber o quanto os demais

vão lhe pagar, mas sei o meu custo nisto, mas para não

 brigarmos, 20% do que eles pagarem! —  Esta pedindo muito rapaz! —   Call, eu entrei com todo o material, toda a

especificação técnica, por que não os 20%! —  Terei de pensar, mas este acerto fazemos amanha!Vi na aura de Call que estava mentindo, mas não me

 preocupei, se ele quer guerra, terá guerra, sempre se diz que

quem esta na chuva é para se molhar, eu gostava do guardachuva;As conversas estavam chatas, bem chatas na verdade,

Call foi atender um segurança e Kátia olhou para mim e perguntou;

 —  Não atende a porta a noite?A filha dela estava ali e ela não disfarçou, fora ela que

 batera a porta, mas se tinha de jogar, jogaria;

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 —  Estava cansado, mas juro que se soubesse havia abertoa porta!

Ela sorriu e a filha me olhou mais maliciosamente, não

entendi, será que a menina não era filha do empresário a minhafrente; —  Do que falavam? –  Call; —   Que estou meio cansado, e se não fosse mal para o

senhor, esta na hora de me recolher! —  É cedo, mas nos vemos amanha rapaz!Levantei-me e sai pela porta ao meio de um jardim

florido para a cidade de prédios altos no centro, caminheicalmamente até o prédio onde estava acomodado, vi Prica a porta me esperando, e subimos, o rapaz da portaria não gostoumas ela também tinha quarto naquele prédio;

 —  Algum problema Paula? —  Não sei, sua prisão esta determinada, eu que pergunto

se tem algum problema? —  Teria como entrar em contato com Sharon? —  Por que? —  A qualquer momento Kátia vai bater aquela porta! —  Ela vai adorar isto, mas não me respondeu? —  Call me deve 20% de uma cidade flutuante, acho que

é mais fácil me mandar prender! —  E mantêm a calma?

 —  Só preciso de uma borracha menina, você me ensinouisto! —  Mas por quê? —  Ele se desviou, não sei por que, mas você deve saber? —   Sim, as guerras emocionais e financeiras foram

grandes! —  Imaginei, mas .. –  vi Sharon surgir as costas de Paula

e falar; —  Tem certeza disto, menino?

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 Não respondi, apenas a olhei e senti alguém bater a porta,e passei com Prica pela porta ao meu mundo, e nem vi quemestava a porta, mas deveria ser a moça, e se não fosse, não sei,olhei para Paula e perguntei serio;

 —  O que faz aqui? —  Não me quer? —  Você que disse não ser certo! —  Mas você reescreveu sua historia, e não entendi como! —  Não sei como, mas .. —  Puxei ela e beijei, e a deitei a

cama, e não sai dali por algum tempo, e olhei meu mundo a

fora, se corroendo e perguntei para Paula; —  O que ele esta fazendo?Paula olhou para a deterioração, e falou; —   Ele esta tentando entrar em seu mundo, mas sem a

chave, como ele é mais forte, pode destruir seu mundo; —  E quem disse que ele é mais forte! —  João, ele é um Mago, Imortal, você é um Imortal que

nem Bruxo é! —  Verdade!Olhei para fora e abri a porta, tirei a chave de proteção, e

vi o rapaz se materializar a porta e me olhar, ao lado de Prica, e perguntar;

 —  Onde esta minha esposa? —   Na porta ao lado, com Sharon!  –   Falei tão

naturalmente que ele me olhou desconfiado; —  Não esta com ela, por quê? —  Você não entendeu, meu coração tem dono Call! —  Por que abriu a porta, não teve graça assim! —   Não tem haver com graça, e sim com regra, se não

abrisse, seu mundo seria destruído Call, sabe da regra, e não oquero mal!

 —  Acha que é mais forte que eu?

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 —   Geradoras falam com os Anjos, aqueles quechamamos de Bruxas, e induz um futuro, ele não viria por umageradora à toa!

 —  Mas ele não teve os pais mortos? —  Call, qual a melhor forma de ninguém saber se você équem afirma, é não ter pais, eles mortos!

Call me olhou, a discussão estava boa, e ele perguntou; —  O que é você? —   Call, ela esta buscando uma desculpa para estar a

minha cama, ela sabe que não deveria, mas a possibilidade de

eu ser Xi, lhe dá esta liberdade, e não há cobrança de Peter enem da mãe, apenas isto! —  Ela não é assim rapaz! –  Call; —   Não sei ainda, ela sabe o que penso, mas não tento

saber o que ela pensa, me complica, eu não gosto de sentiródio, muito menos por mim!

 —  Ele diz o que na mente dele? –  Call pergunta a Paula;

Eu ri e ela me olhou serio; —  Ele não sabe Call, eu estabeleci a existência dele, mas por algum motivo ele descobriu as coisas, e esta a recuperarsua historia por fatos, não por memória, ele deveria a ter, masnão tem, mas ele sabe coisas que não são normais, e a forçadele, é muito grande!

 —  Quanto grande? —   Eu não ensinei ele a criar a galáxia que esta ao céu,

Call!Call me olhou, estava engraçado, os dois querendo saber

quem eu era, e falou; —   Mas se sabe que não vou pagar, por que esta tão

calmo? —  Se você foi mesmo um excluído, com diz as historias,

Os Famosos Excluídos de Comptche, deveria pensar mais, e

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voltar a ser quem era, este mundo de mandar matar, ou prendernão é o seu Call!

 —   Mas por que minha esposa estaria ao lado com

Sharon? —  Por que não sei, mas Sharon ainda a espera, ela disseter tempo para que Kátia acorde para a verdade! –  Paula;

 —  Mas por que? –  Call pergunta me olhando; —  Call, se quer destruir um mundo, mesmo adultério não

é motivo, sabe disto, principalmente adultério induzido, já que pelo jeito queria ter feito isto ontem, mas não preciso eu, umqualquer de 16 anos ensinar a você as regras!

Call olha nós dois e vai a porta, mas não consegue abrir,e me olha;

 —  Mas você me deixou entrar, por que? —  Tem de pensar Call, onde esta? —  Em um mundo de existência, preso a este prédio, foi

fácil lhe achar assim!

 —  Mas agora, esta onde? —  No seu mundo, você impõem as regras, pode não medeixar sair!

 —  Não é isto, deixa as duas um pouco, faz o que, lá fora,10 segundos, elas nem se apresentaram ainda, nem discutiramainda, para você interromper!

 —  Verdade, mas não as vai trazer para cá?

 —  Este mundo ou se entra por aquela porta, ou somentePaula tem permissão de entrar, então é bem fechado, a dois, asvezes ela vem com outra forma, mas sei que é ela por isto!

Paula me olhou e eu a abracei e Call sumiu da nossafrente, ele iria pela porta normal agora;

 —  Acha que o que esta acontecendo na porta ao lado?  –  Paula;

 —  Sinceramente? —  Esta palavra me lembra meu irmão, mas é obvio!

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 —   Acho que ele vai achar Sharon com a filha dele acama, mas qual o problema?

 —  Acha que as duas viriam?

 —   Acho, mas Kátia viria mais tarde, não enquanto eleestivesse acordado, ele demoraria um pouco mais para chegar,os seguranças que controlam aqui o avisariam e ele viria, nãocoisa de minutos e sim de dias!

 —  Você não presta Xi! —  Se eu aceitar que me chame assim, daí sim você vai

sumir, ficara claro que não sou eu, Xo!

 —  Certo João, onde paramos?A beijei e depois de uns dias, ela se foi sumindo ao ar, eabri a porta e olhei Sharon e falei;

 —  Ainda não, Call vem buscar a filha! —  Sabe que ela até que beija bem? —  Meu pai vai entrar por aquela porta? —  Sim, ou acha que isto era uma arapuca para quem?

 —  Para minha mãe, mas por que?Estiquei a mão e ela me deu a mão e olhei para Sharon e

falei; —  Desta vez ele deve estar a esperar um pouco, não quer

deixar um clone ai, ele vai bradar alto, mas nada além disto!As duas sorriram e vi dois clones, um de cada moça,

surgir, e ficamos translúcidos, no lugar, e Call bateu a porta, e

Sharon atendeu, ele empurrou com tudo, e viu a clone da filhaa cama, e por um segundo perdeu as palavras; —  Ketlen , o que esta fazendo aqui? —  Sabe o que pai, ou não sabe, mas este seu funcionário

me fugiu duas vezes, uma ontem, outra hoje! —  Mas filha, não quero que se envolva com esta ai! —  Também sinto sua falta Call! –  Sharon;

 —  Não se aproxime delas, não a quero por perto!

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 —  Quanto ódio, sabe que não entendo destas suas brigascom Peter, ou quer dizer, entendo, já falamos isto antes, mas parece que esqueceu!

 —  Ela é minha companheira, não entendeu? —   Entendi, mas és bobo, tinha três mulheres que lheamavam, e no fim, depois de anos sendo feliz, resolveu mudarde lado, não entendo isto Call!

 —  Você não tem de se meter Sharon, sabe disto! —   Mas quando você a coloca nisto, você que pode

 perder, não esquece, João é um Moreira, linhagem Carson, perder alguém para eles é fácil, sabe disto, mas quer arriscar denovo!

 —  Eu apenas não consigo a segurar, mas pelo jeito nem afilha consigo?

 —  Quer o que, estes seus dopados funcionários, achamque foi um sonho no dia seguinte, ela se aproveita!

 —  Mas filha? —  Pai, não sou mais criança, sabe que não controla nada

em casa, o que quer, que fique a esperar a eternidade, este parece saber o que faz pois o senhor o levou lá em casa, nemseu engenheiro o senhor levou!

 —  Não se envolve com Pablo! —  Pai, ele é gostosinho, mas não é nada mais que sexo,

ele dopado até que é bom de cama, mas como sempre, ficaminertes, e saímos sem nem eles verem!

 —  Vai voltar comigo Filha!A menina olhou para Sharon e falou; —  Vai ter de o esperar sozinho, se Paula não acabar com

ele!Sharon sorriu e viu a moça sair com o pai, e a clone olhar

eles invisíveis e falar; —  Acha que ela vem?

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Ketlen me olhou e falou; —  Nunca entendi este amor? —  Já entendeu de amor, ou é apenas sexo menina!

 —  Você é muito novo para entender isto? —  Pode ser, mas posso ser bem mais velho também!A garota não entendeu, mas o que se podia fazer, sei que

depois de um tempo, as duas saíram entrando em uma porta aoar, e ficamos ali um tempo grande, até Paula surgir, e nos olhara cama e Ketlen perguntar;

 —  Seu quarto é sempre tão disputado?

 —   Ketlen, esta é Paula Carson, deve ter ouvido falardela! —  Sua namorada? —  Bem mais que isto, ela é para existências, e não para

uma vida, menina! —  Fala isto e leva ela para cama? —  Esqueceu como nos conhecemos Paula?

 —   Era para lhe provocar, achei que lembrava, naquelaépoca!

Sentei a cama, e olhei para ela, obvio que eu esta nu, eela me olhou e falou;

 —  Não tem vergonha? —  Vergonha, o que é isto?Ela chegou perto e me beijou e falou;

 —  Você não presta, é como meu irmão, não prestam! —   Não apresentava ele a ela, que ela iria ficar mais

maluca ainda! —  João, o que faço com você!A puxei na cama e a beijei, a moça ficou sem jeito,

sempre os rapazes eram objeto, estranho sentir-se como faziaos demais se portarem, mas não a queria como objeto e sim,

contato, era pior do que isto, Paula leu meus pensamentos esorriu;

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 —  A pergunta continua em aberto!Ri e a moça veio ao lado e perguntou; —  Por que esta briga continua?

 —  Por que as vezes, temos de complicar, acha fácil paraeles viverem a mesmice menina, eles brigaram pois precisavam, acha que eles não vão se entender, não conhece aeternidade, ela sempre nos faz brigar, e retornar, mas este aquinão presta mesmo!

 —  Você foi carinhoso, mas por que não disse que tinhaoutra? –  Ketlen me olhando;

 —   Por que depois do que ouvi lá fora, pensei que nãoestava pensando em algo para a eternidade, e tenho deconcordar com Paula, a eternidade muda todos os preceitos,nem chegamos a milhões de anos e estamos brigando, quandochegarmos a milhões?

 —  Mas eu gostei de você!Eu a beijei, senti o ciúmes de Paula, mas não a soltei, e

falei; —  Não sou alguém tão fiel a Paula, assim como ela tem

os amores dela, somos seres que deveriam estar livres, eficamos a ver os demais viverem, e nós apenas a olhar, temos odireito de viver, não é que não gostei, pois você é incrívelmenina!

Paula olhou a menina e falou; —   Você beija bem menina, e sabe que imortais não

seguram seus desejos, não queira ele como um mortal, ele nãoé!

 —  Mas onde vamos parar assim? –  Ketlen; —   Quem disse que vamos parar, Ketlen!  –   A beijei a

inclinei novamente a cama, ela sentiu meu corpo novamente,até senti a maldade em seus pensamentos, não sabia se aquiloviciava, mas estava virando alguém que nem me reconhecia a

cama, e quando as duas adormeceram, pensei em qual confusãome esperava porta a fora, e por um tempo fiquei a pensar nas

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 —   Ninguém neste universo é mais perigoso que você,Paula Carson, mas não quer dizer que acima dele, não existaalguém que possa com você!

Abracei Paula e depois fomos a um banho, quando amoça saiu pela porta, já era manha, e logo depois, vi osseguranças baterem a porta, pedirem identificação e mealgemarem, como era identificado, não apanhei, pois sinal quetinha emprego, tomei minha dose de alucinógeno antes de ircom eles e Francisco estava a porta vendo me prenderem pelasegunda vez, mas meu sorriso deixou ele intrigado, fui levadoao prédio central, e com toda a calma, sentado a uma cadeira, e

um senhor que não havia visto sentou-se a minha frente efalou;

 —  Você é João Moreira?Evitei olhar aos olhos do senhor e respondi; —  Sim, João Moreira! –  Falei bem pausadamente; —  O que o traz a cidade? —  Propus um serviço nos Cais, para senhor Call, ontem

ele disse que iria me contratar, até me deu uma identificação! —  Sabe que esta identificação é falsa? —  Não, não pode ser falsa senhor! —   Mas é, e esta preso por falsidade ideológica, e será

deportado a seu país, ainda hoje! —   Ótimo, então por que esta me interrogando, já que

tudo que quer e se livrar de mim? —   Me afirmaram que é um Terrorista, que afunda

cidades, fez até uma demonstração para este imortal, Call,quero saber por que se ele controla tudo, quer nos destruir!

 —  Ele não quer lhe destruir, e não foi uma demonstraçãode terrorismo, e sim um teste, ele tinha dois modelos decidades flutuantes a vender a França, e pediu para que testassea segurança, a primeira, não resistiu, a segunda, perfeita nos

cálculos, ficou intacta, senhor!

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 —  Por que o esta defendendo, sabe que foi ele que pediusua prisão?

 —   Não acredito nisto senhor, ele não me pareceu este

tipo de pessoa! —   Então ele lhe enganou direitinho, deve lhe deverdinheiro, pois não teria motivo aparente, a não ser que tenhadado em cima da filha dele!

 —   Fugi dela duas vezes senhor, talvez tivesse que sercomo a maioria, não fugir!  –  Encarei ele como quem acusa dealgo;

 —  Esta insinuando algo, João Moreira? —  Não, mas se a pergunta era se fui a cama com ela, não

fui a cama com ela! —   Sabe que se ela lhe acusar de assedio, terei de lhe

segurar aqui? —   Não ganharia nada com isto senhor, somente

 problemas maiores! —  Sabe a que esta condenado no Brasil? —  Sei, a não existência, já que não podem me matar! —  Acha normal? —   Tenho de tentar algo e a não existência, é um bom

lugar! —   Se pensa que pode escapar de lá, acho que não

entendeu o como aquilo é feito!

 —  Senhor, a não existência, é uma porta, onde só se temum lado, o outro, não se tem mais, assim que se passa, mas istoquer dizer, ficarei lá, por um tempo imenso, para mim, mas lánão tem tempo, então não existe volta se não for no segundoque se entrou!

 —  E mesmo assim quer ir? —  Não quero, tenho um visto, que sei ser legal, mas se o

senhor afirmar que ele é ilegal, seria a minha palavra contra a

sua, ninguém vai verificar mesmo, e me deportam, mas sei que

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é legal, sei que não tem motivo para isto, mas se quer, paciência, onde assino a deportação?

O policial me olhou, ele sabia que não tinha motivo, mas

ele cumpria ordens, se tinham de me deportar, deportariam, evi 3 rapazes me tirarem da sala, daí apanhei, já não tinhaidentificação, mudavam de lugar, não mudavam de atitude,com o olho roxo, cara esfolada, fui embarcado em um Avião deorigem Brasileira, quer dizer, estava condenado assim que puso pé nele, mas mantive a calma, se tinha algo que não podiamais reclamar, era disto;

Desembarquei em Brasília, e fui levado a policia federal,

lá me identificaram e com uma condenação daquelas, ninguémme poupou de mais uma surra, fiquei preso 3 dias em uma cela,e no quarto dia, me levaram a uma cela especial, sabia que eraa não existência, e lá fui atirado, em um dia qualquer, de umano qualquer;

Tentei olhar em volta, nada vi, era escuridão total, sentias energias do local, havia energia, tentei ver meu corpo, mas

nem corpo eu tinha ali, era sem matéria, ou anti-matéria,lembrei que estava em um lugar sem tempo, na teoria, mas nãoacreditava nisto, alguém que entrou antes de mim, pode estarali a milhões de anos, para ter passado um ano do lado de fora,comecei lembrar da minha pequena existência, teria tempo de pensar, mas algumas coisas me deixaram triste, ninguéminterferiu por mim, era mais um teste, mas deste talvez não sai-se, e se daqui me livrasse, seria outra pessoa, não mais João

Moreira, pensei na magia, e nada aconteceu, mas pensei naenergia e tentei a puxar para mim, absorver ela, e quando fizisto, por estranho que pareça, vi meu corpo de não existência,não tinha forma, não tinha, me veio a duvida se não seriamesmo Xi, cheguei a conclusão que não, mas fui formado paraser, é como se tudo que eu pudesse fazer, ele também podia, pois fui posto em seu lugar, uma existência por uma semente

 poderosa, vi as coisas se aproximarem, não fui arremessadonuma corrida em sentido de algo, mas sim, as coisas sendo

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alterei minha aura para a de um Fanes, desenhei o local, comoum local agradável, mas dentro da existência, sabia queconseguiria novos inimigos que antes foram amigos, estranheia facilidade que consegui fazer isto, mas não era para brincarde casinha de novo, e desenhei um novo mundo, deixei o meulá, abandonado, e murchando, como se não tivesse mais minhaenergia para manter o mundo todo, meu novo mundo, eraapenas uma ilha, em meio a um oceano por todos os lados,entendia agora a decepção de Xi, ele ajudara a formar todos osuniversos, e seu filho nunca desconfiou, era uma forma deeducação, mas o sentido da educação não entendia ainda,

estava sentado em meu novo sofá, nova cara, nova identidade,quando vi uma leva de Fanes tomarem o lugar e Magda vir afrente, ela me olhou e perguntou;

 —  O que faz invasor? —  Desculpe, não sabia que este lugar aconchegante era

de você!A moça olhou em volta, sabia que era um dos olhos de

Paula e perguntou; —  Quem é você? —  Vim procurar uma mãe para mim, mas não a achei? —  Como ela é? —   Não me leve a mal, mas agora ela deve ter uns 10

anos, nome Dani, se não mudou de nome novamente! —  Você é um dos filhos de Dani, qual o seu nome?

 —  Joaquim! —  Joaquim de que? —   Só Joaquim, ela nunca teve um segundo nome, por

que eu teria!A moça olhou para o seu lado, acompanhei o olhar, e

surgiu Paula, que olha para mim e fala, ela estava com umalagrima aos olhos, mas poderia ser apenas impressão;

 —  Quantos filhos esta menina tem?

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 —  Não sei, eu era apenas o pequeno Joaquim, mas tinhaaquele menino maior, Pedro!

 —  Ela lhe deixou com quantos anos? –  Paula;

 —   Eu disse que queria conhecer o mundo, tinha uns 9anos, Pedro uns 11, ela tinha quase meu tamanho na época! —  Pedro ainda tem 11 anos, rapaz!Olhei em volta e falei; —   Peço desculpas, mas não queria incomodar, achei o

lugar vazio, por sinal, o que aconteceu, tanto espaço e ninguém por ai?

 —  Nada que lhe interesse, mas você que arrumou isto? —  Desculpe!  –  Eu estalei um dedo usando Dons, e tudo

se desfez –  Não quero meter-me no que não me diz respeito! —  Vai para onde? —   Vim ver se Dani ainda estava por aqui, mas Pedro

sempre dizia que um dia um rapaz entraria nestes túneis esairiam daqui, nunca entendi, pelo jeito o rapaz veio e os levou,

sorte deles! —  Pedro sabia que o rapaz viria? –  Paula; —  Sim, quem é você, me parece conhecida? —  Paula Carson! —   Desculpe, vim da New Europa, não ouvi falar, é

conhecida? —  Não, mas alguns falam de mim!

 —  Posso me ir, ou devo algo, não sei os costumes daqui?Paula olhou para Magda que falou; —  Por mim, não nos incomodando, tem muito espaço a

 partir daquela porta! —  E muita sujeira!  –   Falei meio irritado, me despedi e

sai, nem olhei para traz, sabia pelas energias que Paula estava aminhas costas, e olhei onde antes tinha a base dos marginais,

olhei em volta, peguei um pouco de pó e soprei ao ar, isto eraDom, e a menina viu os entulhos se erguerem, a cidade viu,

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acima, o prédio se refazer como se fosse, novinho em folha,sentei-me na antiga base e olhei em volta, muita coisadiferente, e vi Paula na forma de Prica, adentrar o local e meolhar;

 —  Sabe que esta invadindo? —  Tudo bem, era seu o amontoado de pó? —  Era, não gostamos de intrusos! —   Vou dormir hoje, amanha vou ao norte, não vão me

ver mais mesmo, povo estúpido e mesquinho! —  Me chamou do que?

 —  Ouviu, mas vou apenas dormir aqui, se puder fechar a porta, quando sair, seria bom, evita que mais intrusos entremem seu grande castelo de pó, amanha trago a baixo, antes de irembora!

Falei irritado, nem estava, mas precisava sentir aquilo,sentia minha mente sendo vasculhada, e embaralhei commagia, parecia que estava pensando em uma moça, do outrolado do oceano, e a moça ficou ali parada, arrumei um canto edeitei;

 —  Vai mesmo me desafiar? —  Não criança, vai dormir, tem espaço suficiente, só me

deixa, estou cansado!Estava mesmo cansado, mas como dormir, com alguém

lhe vigiando, alguém que pode entrar em sua mente, quandovocê bobeia, foi uma noite tensa, Paula ficou ali e ainda pela

manha surgiram as outras duas, e sai, e perguntei; —  Quer que fique assim, ou prefere o pó? —  Assim esta melhor!Segui o caminho bem longo para saída, ela não sabia por

onde havia entrado, mas me seguiu, teria ela agora no meuencalce, quem sabe fosse bom, mas não tinha identificação, equando puxei uma bússola, ela me viu olhando e perguntou;

 —  Acha que consegue se localizar por isto ai?

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 —  Na verdade, poderia ter interferido e o tirado de lá, oque dá na mesma, não o fiz, ele foi, e agora tenho de jogar como que posso, pois não tenho o único ser que estava, de um jeitotorto, me ajudando!

 —  Não estou entendendo nada! —  Melhor assim! —   Sabe que no original não é feia menina, mas é uma

imortal, pelo que falou, eu sou apenas um Fanes, tentandoviver meus 1300 anos!

 —   Vi que tem tendência a Imortal, mas pelo jeito estalonge de querer algo assim?

 —   Não tenho a pretensão da eternidade, talvez quandoestiver mais velho, mude de idéia, mas daí vejo se ainda éalcançável!

 —  Sabe que se nos cruzarmos de novo, não pretendo sertão xereta assim!

 —  Tudo bem, é que não sou de falar, meu mundo é dosilencio, as vezes passo dias sem falar com alguém mesmo!

 —  E gosta disto?Olhei para ela e não sorri, o sorriso era algo característico

de mim, e teria de mudar, pensei um pouco e pensei forte, antessó do que mal acompanhado, ela leu isto em minha mente, efalou;

 —   Acho que quando achei quem deveria levar aeternidade, o matei!

 —   Sabe que a Dani sempre dizia que não existe nãoexistência, mas se ele achar em algo a se agarrar lá dentro, ele pode voltar, se era imortal, pode ser que demore umaeternidade para ele, mas para você não passaria de alguns dias!

 —  Mas no que ele se apegaria, se eu o trai? —  Não sei, mas não o conhecia, esqueceu? —  Verdade, mas terei de falar com Dani, pelo jeito Pedro

me engana sempre!

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 —  Quer uma dica com Dani, primeiro não diz que faleiisto, pois ela vai entrar na defensiva, mas chega perto dela, coma tristeza que esta sentindo, e diz que acabou fazendo o que fez,ela tende a abrir o jogo, ela tem um coração de mãe!

 —  Quer que diga que você esta por perto? —  Só diz para Pedro, que eu estou por perto, ele fala para

Dani! —  Certo, mas vai mesmo a BH? —  Não, meu destino é um templo submerso em uma área

que era dos Estados Unidos da América, templo de Tampa,dizem que apenas o topo da pirâmide esta acima da agua, queromergulhar lá e conhecer algo diferente!

 —  Conheci quando estava na superfície, é bonito, vale a pena mesmo!

Vi a menina sumir ao meu lado e o motorista perguntar; —  Você disse ter mais de 300 anos? —  Deveria prestar mais atenção na estrada, senhor!

 —  Desculpe, mas é um imortal? —  Não, existem 3 seres sobre o planeta, os humanos, quevivem bem mais pouco, os Fanes, que são em sua maioriatransformados em imortais, e os Imortais!

A viagem foi cheia de perguntas, e quando chegamos aBH, fui ao submundo e comprei um caderno e um lápis, eapaguei as cidades flutuantes, Call deveria me xingar naquelahora, mas o que poderia fazer, estava preso a existência de meumundo, que definhava, ele sentiu meu mundo definhando,estava a ver a noticia de que a engenharia no centro da grandemetrópole trouxe de novo dos restos o prédio que caíra diasantes, vi as noticias, e em meio a tudo ainda as noticias damorte das pessoas e da execução do responsável, ouvi umrapaz ao meu lado falar;

 —   Acabaram com um grande líder, eles vão ter o que

merecem!

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uma pousada, estava cansado, Dons cansam a gente, mas nãousaria Magia nenhuma, e quando no meu quarto, um friogrande lá fora, aparece uma moça a minha porta;

 —  Você não me engana, sei que é João Moreira! —  Quem é João Moreira? —  Perguntei; —  Você sabe, quase apanhou por ele! —  Guerreiro Moreira, se chama João?  –  Perguntei, pois

todos o chamavam de novo guerreiro, ou guerreiro Moreira,nada de João Moreira;

 —  Sabe bem demais da historia para não ser ele!

 —  Com quem falo? —  Meu nome é Rose! —   Pode aparentar com a pequena Rose, mas Rose me

conhece da Etiópia, ela não falaria assim comigo! —  Você conhece Rose? —  Uma parecida na aparência com este seu jeito, mas ela

não fala cantado, e não tira os olhos dos olhos, quando fala!

Sabia que era Paula, ela ainda no meu encalço mas tinhade esperar ela falar; —  Sabe quem devo ser, mas por que você me deixa ler

seus pensamentos? —   Bloqueios nunca funcionaram com não Fanes, para

que me desgastar! —  Você não pode ser ele, pois não saiu por aquela porta,

mas sinto como se fosse! —  Sente? —  Sim, você me olha nos olhos, quando fala, não desvia,

Rose também faz isto, mas você faz mais intensamente, e algoem mim diz que é você!

 —  Mas como poderia? —   Dani não lembra de você, e Pedro não lembrou

também!

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 —  Agora pelo menos sei com quem falo, mas Pedro dissequem é, ou apenas ficou se fazendo de criança?

 —  E quem ele é?

 —   Um ser mais velho provavelmente que eu e você juntos, mas ele não diz isto, Dani quando eu perguntava a datade nascimento dele, dizia que era incerta!

 —  Incerta? —  Qual a idade dos deuses, incerta, eles nasceram antes

dos calendários, antes da existência, acho que Dani queria dizeristo!

 —  Não vai dizer que é você, não é?Sabia que ela tocaria o chão e minha imagem talvez sedeformasse, para a anterior, não teria o como evitar, e olhei para ela e perguntei;

 —  Para que quer saber, morto ele não servia, vivo nãoservia, para que quer saber?

 —   Para ter certeza, você não pode ser ele, mas se for,você sabe mais que eu, pois eu não sai da não existência sem aajuda de Peter!

 —   Isto é sinal que ainda terei de ir lá mais uma vez,Paula!

 —  Por que? —   Por que Peter não sabe como tirar alguém da não

existência, ele não sabe nem gerar existência sozinho, mas tudo bem, se for o caso irei novamente, mas preciso me afastar devocê, esta conseguindo matar algo dentro de mim, não gostodisto!

 —  Sabe onde pecou? —   Alguns pontos, mas quando apaguei as cidades

flutuantes, ficou visível, elas não definharam, apenas sumiram! —  E fez do mesmo jeito! —   João Moreira morreu Paula, e não foi você que o

matou, você apenas desenhou todas as possibilidades, mas

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nelas, não acho que tivesse me poupado da não existência,então não me venha com lagrimas que não lhe caem bem!

 —  Mas se você é Xi, sabe por que fiz!

 —  Eu não sou Xi, e já lhe disse onde ele esta, mas nãoacredita, quer que seja eu, me mataria quantas vezes possível, para provar que esta certa, então para mim acabou Paula!

 —  Não pode acabar, nossas vidas estão entrelaçadas! —  Não, sua vida e a de Pedro estão entrelaçadas, a minha

não, e no caminho, vou acabar morrendo! —  Es imortal!

 —   Sabe que a única coisa que mata um imortal, é sua própria vontade de morrer, então não me custa acabar de vezcom isto!

Estava deitado, o frio era imenso, mas sentei-me a cama,não queria usar magia, mas estava ficando insuportável, e elafalou;

 —  Não entende que eu te amo!

 —  E quem você odeia Paula, você faz o que com eles, pois se você não sabia sair da não existência, eu não sair, forçaPeter ter de me buscar, mas não vai pedir isto a ele, pois ele vaidizer que se não era eu, para que salvar, e se ele fosse, deveriaa ele isto, desculpe, mas todas as saídas, não me eram viáveis,você não pensou nisto, apenas achou que eu sairia e pronto,mas as instruções foram diferentes, e não quero sair de lá,deixa eu lá, todos felizes, espancando imortais no país inteiro,

gente que não tem nada a ver com isto, mas o que pode fazer oser mais poderoso do universo!

Ela me olhou a sentou-se ao meu lado, eu a encarei, e elafalou;

 —  Mas você foi carinhoso, você disse que me queria? —  Disse, mas sempre espero que as pessoas que falam do

outro lado, também mostrem o que sentem, é fácil estar aqui, e

com Peter lá, bloqueando aqui, para que ele nem desconfie,

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 —   Mas como pode me amar, Paula, se nada que digovocê acredita!

 —  Me prove que estou errada!

Passei a mão a cabeça e pensei em como, mas senti oabraço dela, e não soube dizer não a ele, mas olhei para ela efalei;

 —  Mas não terei mais aquela aparência! —  Por que? —  Por dois motivos, Dani e Pedro! —  Vai voltar comigo?

 —   Não, você vai me encontrar amanhã, e daí vai melevar para sua casa, e me apresentar a sua mãe! —  Ela vai desconfiar! —  Vai, mas sou um Fanes, não sou bonito, e não sei falar

Português direito! —  Certo, isto é loucura! —   Sei que é, mas se quer uma prova, terá uma prova!

Depois me mata mesmo, pois vai descobrir que ama aquele projeto de gente, mas tudo bem! —  E como fica Ketlen? —  O pai dela me deportou, o que posso fazer, Call vai

 perder um contrato de mais de 1 trilhão de créditos, mas elenão quis me pagar uma pequena fatia disto!

 —  Sabe que tive vontade de afundar a cidade, quando ele

resolveu lhe entregar! —  Com ele me acerto depois, mas já sei o que serei, meencontre amanha, a tarde, pode ser na área de passeio, lá que os perdidos de amor passeiam, e lá que os perdidos na cidade seencontram!

 —  Não vai se congelar de novo? —   Lembrei que não morreria, ficaria um picolé pela

eternidade, até degelar, não fico bem de picolé!  –  Eu a puxei

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sobre mim e falei –  Ou acha que minha coberta vai sair assim, por ai sem permissão!

Ela me beijou, estávamos virando um casal problemático,

eu não a largava e ela não me largava, e íamos de extremos,onde sempre eu me dava muito mal, mas tudo bem, estavaacostumando;

 Naquele dia, fiz um pacto com ela, um pacto que sentiaque ela conseguia bloquear, e vendo o caminho que ela bloqueava, aprendi que também poderia bloquear, no fim, um pacto apenas de aparência, pois nem ela e nem eu estavam prontos para dividir tudo.

 Nova imagem, nova identificação, nova roupagem chegoao colégio na manha seguinte e peço para falar com o diretorda mesma;

 —  Quem vem a nós? —  Senhor, meu nome é Joaquim Cezar, meu pai tem uma

linha de construção naval, em New Europa, e estamos pensando em ampliar para as terras locais, mas preciso me

manter nos estudos, fora de confusão, enquanto me instalo nacidade;

 —  Vai requerer prédio próprio? —   Vou, mas se puder me conseguir uma instalação

modesta, posso me virar por enquanto! —   Sempre é bom ter grandes nomes a destacar nossa

escola!

 —  Sei que não estão tão por cima diretor, mas concordoque tenho que estudar!

O diretor fez uma cara de poucos amigos, mas viu quetudo era questão de tempo, eu dei entrada nos documentos, paguei os créditos do ano, deixando tudo acertado, e fui aagencia que tinha a frente, abri uma conta e depositei oscréditos que tinha, procedência, e tudo mais, de lá fui a parte da

 prefeitura de concessões, e pedi uma grande concessão de

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ampliação sobre o mar da cidade, o rapaz primeiro me achoumaluco, depois viu que estava falando serio;

 —  E quando pretende instalar, se for concedido?

 —   Assim que liberarem os atracadores trazem de NewEuropa a primeira parte, e depois de instalada, vemos as possibilidades, podemos gerar muitos impostos a mais para omunicípio, rapaz!

 —  Pelo jeito vem com capital para se instalar? —   Sim, mas tenho de ter a concessão, se não, escolho

outro lugar, o mundo é grande rapaz!

O prefeito veio lá de dentro, me olhou e perguntou; —  Você que esta a fazer este pedido de concessão? —  Sim, deve ser o prefeito, Joaquim Cezar, prazer!Evitei os olhos, todos sempre meio dopados; —  Sua família é do ramo de construção naval, pelo que

entendi? —   Sim, com a desistência da Call Companhia Naval,

iremos fornecer a New Paris, um projeto francês de séculos,que vai sair do papel senhor! —  Acha que teriam capacidade de entregar uma para nós,

temos de refazer duas pontas de cidade, e não queremos maisesta Call Naval por perto, se me entendo?

 —  Sabe que sempre se tem licitações! —   Sei, mas se sua empresa estiver disposta a entrar,

 podemos até segurar a licitação para semana que vem, jáinstalado na cidade, pode participar desta licitação! —   Sem problemas, mas acha que demora a minha

concessão?O prefeito olhou para o rapaz e fez que podia fazer, sai

com a concessão para duas flutuantes, era algo impensável,mas uma vez feito isto, o empresário, eu, sai a rua, e fiz queliguei para alguém, e redesenhei as duas cidades flutuantes,

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elas em si tinham sua propulsão, e sua geração de energia,eram auto suficientes;

Era inicio da tarde, quando eu fui ao passeio, e lá fiquei a

observar a cidade a baixo, um passeio alto, era comochamávamos a área do prédio central, que fora erguida umasacada em volta, estava a mais de 200 andares acima do nívelda cidade, disseram que dali se viu a cidade de Santos afundar.

Estava a olhar os presentes, vi Paula sentada com Peter,ele falava algo que não ouvia, sentei a olhar o mar, bem aofundo, e mais ao fundo, já aparecia a primeira cidade vindo, nadireção da parte sudoeste daquele ponto, um ponto onde a

cidade tocou o mar, mas não avançou, e um rapaz estava aobservar por um binóculos, tinham alguns para se olhar aofundo, e começou falar alto para o outro olharem, foi umacorreria aos binóculos.

Peter olha ao longe, e chega as costas com Paula e fala; —   A prefeitura estava agitada hoje, um empresário

europeu vem a cidade, e parece que vem mesmo, irmã!

 —  Não estou para falar disto, Peter! —   Tem de esquecer, sabe bem que não existência é

complicado, lembra quando me bati para lhe achar, e lhe trazerde volta?

 —  Lembro, mas eu gostava dele, ele não era Xi, e aquelemenino ainda se faz de desentendido!

 —   Acho que não é ele, deve ser outro! Soube que

apareceu mais um ser estranho nesta cidade, levantou um prédio com um toque! —  Este até conheci, Magda me deu o serviço, Joaquim

Cezar, empresário que estava a procurar Dani! —   Não fala assim da menina, é apenas uma criança,

mana! —   Vai ver suas mulheres, estou me enchendo de você

hoje!

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 —  O que pretende? —   Unificar forças, já tenho os meus funcionários, mas

 para isto, eles têm de estar isolados da cidade!

 —  Certo, qual o segundo plano? —  Me oferecer para remodelar a cidade antiga! —  Vai extorquir eles? —  Lógico, tenho de pagar salários!Paula me olhou e falei; —  Quer dar uma volta? —  Onde? –  Ela perguntou;

 —  Não sei, a cidade é você que vai me apresentar! —  Não acho interessante lhe apresentar tão animada para

minha família hoje! —  Não falei para ser animada, diga que sou um chato,

que não larga do seu pé, mas você que escolhe? —  Não sei, João! —  Joaquim! –  Consertei;

Ela riu, e a convidei a descer ao mirante, era hora do caféda tarde, e fomos ao restaurante e obvio, o prefeito me vendo, já veio a mesa e falou;

 —  Conhecem-se a muito tempo? –  Prefeito; —  Não, ele estava perdido lá em cima, coisa de turista

mesmo! Se conhecem? –  Paula; —  Sim, Joaquim Cezar é um empresário europeu vindo a

cidade, pequena Carson! —   Você é uma Carson, e não iria me contar?  –   Eu

 perguntei;O prefeito sorriu e falou; —   Juntem-se a nós, tem muitos querendo conhecer o

novo empresário que pôs a cidade em polvorosa hoje! —  Não era a intenção prefeito!

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Sentamos a mesa e algumas apresentações, e obvioalguns olhares de interesse financeiro sobre minha carteira, e o prefeito perguntou;

 —  Fora estes dois empreendimentos, tem algum plano amais de investimento na cidade, rapaz? —   Tenho, mas não sei que isto se fala abertamente, na

minha terra se evita concorrência desnecessária! —  São todos amigos, rapaz! —   Tenho interesse em dois segmentos, um é o de

Cidades Flutuantes, mas o segundo, é de revitalização deantigas regiões, soube que tens muitas áreas degradadas nacidade, prefeito, não sei como se lida aqui com isto, lá se vendetrechos aos empresários, e eles se responsabilizam pelareestruturação e projetos novos sobre estas áreas, lógico quesempre com a aprovação das prefeituras envolvidas!

 —   Sabe que temos um grande problema neste sentido,senhor, mas sabe que se mostrar interesse em alguma área, eu posso estudar a viabilização!

 —  Outra coisa que preciso saber prefeito, como estão osníveis de sem cadastro de sua cidade, acha que conseguimosfuncionários para o estaleiro ou acha melhor trazer de fora!

 —   Neste momento de guerra em si, acho melhor procurarmos nas periferias das cidades!

 —  Gosto de gente direta prefeito, fiquei curioso, qual omontante de recursos que a cidade vai desembolsar para a

construção de Santos? —  Um trilhão e meio, é o que esperamos, mas queremos

capacidade ampliada, para no mínimo, 2 milhões de habitantes! —  Posso ser indiscreto prefeito? —  Seja! —   O que esta pesando mais, é o valor ou o numero de

habitantes?

 —   O valor, mas esperamos que esteja em nossaconcorrência!

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 —   Espero que minha fabrica esteja aqui em 5 dias,senhor!

 —  Esta a dizer que tinha uma linha para vir para cá, mas

 por que agora? —   Eu tinha elas em construção, Call venceu em 3concorrências, mas agora sei onde o vencer, senhor, mas ele jogou o custo lá em baixo e ganhou Londres, vai perder o prazoem Paris, e Roma, estou vindo ao novo mundo, senhor, mas seique aqui poderei produzir com mais incentivos, que é o que eleesta fazendo!

 —  Acha que ele vem com que preço? —  Dois milhões de habitantes, ele ganhou de mim com

uma proposta de um e trezentos em Londres! —  Vai tentar baixar este preço? —  Vou tentar, por isto estamos vindo para cá prefeito! —  Sabe que aqui temos os Moreira, que também fazem

uma boa concorrência! —   Compreendo senhor, não estou no desespero, mas

tenho ganho concorrências por prazos não cumpridos, então asvezes vale mais o estar pronto do que o não saber o como sefaz!

 —  Você é novo, parece falar bem! —   Estou tentando aprender, meus pais vão ficar na

Europa por enquanto, mas se gostarem, vem para o Brasil! —   Acha que teria como bater o preço deles, estamos

cheios de empresas que não cumprem o que esta no papel! —  Soube que Call contratou um dos rapazes que sabotou

aqui, e que os engenheiros dele, achando que a cidade era forte,lhe desafiaram a fazer o mesmo e a cidade ruiu!

 —  Todos falam disto, mas sinal que ele vem com peso! —   Vou fazer minha proposta, prefeito, se acharem ser

 boa, faremos negocio!

Virei para Paula e perguntei;

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 —   Não vai me dizer seu nome mesmo, ou vou ficarapenas com o sobrenome?

 —  Paula Carson, mas por que tudo isto?

 —  Tudo o que? —  Vem com uma leva de construção para a cidade, acha

que vale o esforço? —  Com certeza vale!Pedi algo e Paula pediu algo bem mais natural que eu,

mas se era europeu, tinha de esbanjar no gasto comendo pouco,era o padrão momentâneo, e depois de um tempo, fiz que

apliquei minha dose, mesmo ali tinham seguranças, e sai pela porta com Paula, e falei; —  Nos falamos amanha? —  Não iria me deixar em casa? —   Pensei que não iria encarar de cara, estava triste,

lembra! —  Mas você é insistente! –  Paula;

Sorri, e fomos a uma condução e saímos na direção do prédio dela, e adentramos ao apartamento, Paula olhou triste efalou;

 —  Já me deixou em casa, não precisa mais nada! —   Esta melhor! Posso lhe fazer companhia enquanto

ninguém chega!Dani olhou para Pedro, e falei;

 —  Só as crianças estão em casa, assim pode me mostrar acasa que mora! —  Não acho apropriado! —  Tem certeza?A mãe de Paula surgiu da cozinha e olhou ela e

 perguntou; —  Não vai convidar o rapaz para entrar!

Pude sentir o ar de mal goro que veio de Pedro, e ela meolhou sem graça;

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 —  Fica para outra ocasião! —  Tudo bem, espero você estar melhor!Sai e no lugar de voltar ao quarto, desci ao submundo, e

olhei o pessoal todo organizado para uma investida e falei; —  Acham que vão aonde?Todos me olharam e um rapaz veio a frente e falou; —  O que tem a ver engravatadinho!Minha feição voltou a ser a anterior e o rapaz recuou e

falou; —  Mas disseram que lhe mataram?

 —  Reúne o pessoal, vamos mudar em estilo! —   Mas vão fazer mais cidade, vão nos afundar mais

ainda! –  O senhor da pastelaria;O pessoal se reuniu, estavam ali as lideranças de 200

subúrbios internos, e olhei para eles e falei; —  Em 5 dias, vamos morar na primeira cidade, preciso

organização, tenho espaço lá para 3 milhões de empregados,

que vão tocar desde restaurantes, bares, tudo em si, e mais umgrande estaleiro, vantagem, estaremos em uma área nossa,controle nosso, todo sistema nosso, alguém tem duvida sobreisto?

 —  Esta a dizer que vamos todos a legalidade? —   Quem quiser, a segunda parte, farei um acordo de

revitalização das áreas abaixo, quero os Fanes nisto!  –   Falei

olhando as duas irmãs, mesmo sabendo que ambas eram Paula —  vamos ter um bairro para isto, e não um buraco, e com otempo, muito espaço, mas sabem qual o plano maior!

 —  Os trazer a lucidez! —   Lhes trazer, eles, quando acordarem já tomamos o

 poder, mas vamos com calma, certo! —   Pensamos que iríamos a ação novamente, alguém

levantou o prédio da segurança de novo!

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 —  Então vamos fazer o seguinte! –  Apontei o dedo numamarcação a 3 metros da outra avenida  –   Esta vendo aquele ponto lá quase na avenida, de marcação?

 —  Sim! —  Só preciso alisar o solo de lá para cá, a plataforma deligação já esta pronta, rapaz!

 —   Esta dizendo que a plataforma, vai poupar estetrabalho?

 —  Este, mas não o trabalho!O mestre de obras me viu abrir a planilha e olha os

detalhes, e vê que teriam trabalho.Viram a grande cidade cada vez mais perto, chegou a um ponto e ancorou, os demais ficaram a olhar aquela imensa ilhaflutuante, e alguns olhavam mais atrás, outras duas, chegavamao local, uma era um estaleiro gigante, em formato de C, aofim da cidade, tinham prédios em um semicírculo, e ao centroum grande espaço tomado pelo mar, todos olhavamimpressionados e eu tentando parecer normal aquilo, mas era

encantador mesmo, os rapazes viram que as pontes de ligaçãoestavam suspensas, e quando começaram a descer, viram amesma se estender exato até o ponto que eu tinha falado, outrastrês pontes se afixaram, e os demais viram a imensa cidade,uma empresa particular de segurança, manteria a cidade vazia por enquanto, mas a cidade mesmo imensa, fomentava ocrescimento.

Fui ao cento da cidade e comprei um espaço comercialem um centro comercial de 20 andares, todas pequenas salas denão mais de 20 metros quadrados, imensos corredores, nossasede da grande imobiliária que teria, estava a precisar vender acréditos, podendo receber em parte do salário direto, até 30%dele, por mais de 3 milhões de moradias, por mais de 30 anos,uma fonte de renda ao futuro, e esta era apenas o começo;

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 —   Isto não é sociedade, é covardia, mas sei bem queainda teremos problema, mas em 20 dias, nosso escritório semuda para a nova cidade, em prédio próprio, muitos aqui vãoquerer ter cede lá, e vamos vender os lugares mais cobiçados, eganhar com isto!

 —  Mas acha que tem lugar para todos? —   Nem todos vão querer vir meninas, mas ai tem um

segundo projeto, e um terceiro projeto! —  Vai mesmo abraçar todos os filhos excluídos? —  Eu em si quero tentar, mas o desafio é grande!

Fui na parte de dentro, peguei dois uniformes, bem sex edei as duas e falei; —   Este é um uniforme do local, a fachada eles vão

instalar hoje, depois estes cartões de créditos, para vocês passarem em uma loja na parte baixa, fazer cabelo, unha, e daruma geral, tudo bem?

 —  Tudo, assim eles nem vão nos reconhecer! —  Vou ter de ficar de olho, pensei que o lugar era mais

serio!Me despedi das duas e desci a direção e pedi para falar

com o gerente; —  Senhor Joaquim, algum problema? —  Sim, uma das moças que veio pegar identificação foi

detida por sua segurança, despida, pensei que o lugar era derespeito, mas se não for, vou a outro lugar senhor!

 —  Mas ela não tinha identificação? —  Sabe a resposta, pois se estava começando, não tinha e

alguns vão vir para se cadastrar e receber as suas, espero quenão aconteça de novo!

 —  Mas o que vai receber? —   Senhor, a cidade não teria mais de um milhão de

funcionários se não apelasse para os sem registros, sabe bem

disto!

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 —  Vou avisar os seguranças, mas são ordens? —   Desculpa, mas ordens, assassino é assassino em

qualquer lugar, senhor!

 —  Esta me ofendendo? —  Se acha certo eles as estuprarem e matarem, e repetir

que estou lhe ofendendo, tiro as pessoas daqui senhor, lugarvago tem aos milhares na cidade!

O senhor viu que estava falando serio, e falou; —   Desculpe, não sou a favor, mas sabemos que

acontece!

 —  E fazem vistas grossas, minha educação é diferente,não gosto disto! —  Desculpe novamente senhor! —  Que não se repita! —   Providenciarei! Mas quantos empregos vai gerar, se

esta buscando um milhão entre os não registrados? —  Mais de 3 milhões de empregos senhor!

 —  Então será dos grandes empregadores? —   Sim, mas não gosto deste costume local, os

seguranças poderem fazer o que querem, não tenho firmeza atrazer minha família assim!

 —  Nem todos são assim! Não respondi, me despedi e sai pela porta e o senhor

deve ter chamado os rapazes, pois eles nem me olharam

quando sai, e fui à prefeitura e pedi para falar com o rapaz dodia anterior, e ele me atendeu com café e o prefeito apareceulogo a seguir;

 —  Bem vindo rapaz, soube que começou com peso, masveio fazer o que aqui?

 —   Lembra do que falamos ontem, tenho interesse emduas regiões de reformar, a do antigo canal do rio e o doAnhanguera, as cidades baixas, se puder verificar?

 —  O que pretende?

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 —   No sentido do rio, o transporte é deficitário, tenhointeresse de passar uma linha de ligação por ali, daí fazer asreformas, não precisa se preocupar com as retiradas, dou meu jeito!

 —  Não quer ajuda dos seguranças? —   Soube que trouxeram um prédio de 200 andares ao

chão ajudando, não quero estar lá se algo assim cair! —  Já chegou a Europa isto? —  Chegou bem mais, mais uma coisa prefeito, o projeto

 para a cidade nova, aceita parte da proposta em sistema detroca?

 —  Não entendi? —   Lhe forneço uma cidade de 4 milhões, e fico com 2

milhões, como parte quase integral dos pagamentos! —  Teria capital para isto? —  Teria, e conseguiria fornecer mais rápido, pois tenho

um projeto pré feito de uma cidade de 4, seria apenas ajeitar asestruturas da cidade!

 —   Faz a proposta, não estou mesmo querendo gastartudo aquilo, mas tem os moradores, eles compraram e precisamos os alocar em algum lugar!

 —   Outra coisa, estou chamando parte do pessoal semregistro, para se apresentar em fila ordeira amanha no centro dacidade, vai ser uma fila de dois dias, imensa, mas se pudessesegurar os seguranças, sei que não estou acostumado com a

forma que eles agem aqui, quase mataram uma hoje, no centro,e era só me ligar e confirmar, mas preferiram a despir, sabe bem o que aconteceria, não queria me decepcionar com acidade assim, a primeira impressão ontem foi boa, mas hojequase recuei!

 —  Vou falar com o secretario de segurança, mas por quedisto?

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 —  Prefeito, vou gerar emprego em escala, e se não for ossem registros, teria de perder talvez meses para começar afuncionar, não quero demorar tanto!

 —  Certo, mas pelo jeito veio para fazer historia, soubeque Moreira esta pensando em conversar com você! —  Faço serviços a terceiros, não tem problema! —  Gosto de gente que não vê todos como inimigos? —  Vou hoje ao Rio, ver se eles querem que participe de

uma concorrência lá também! —  Sabe que lá é um problema portuário!

 —   Sim, mas quero ver pois ouvi que ele não farialicitação lá! —  Ouvi isto, eles tem uma lei de urgência! —  Conhece o prefeito de lá? –  Perguntei sem rodeio; —   Sim, somos uma metrópoles única, nos conhecemos

todos! —  Não me apresentaria ele, Prefeito!

 —  Pode ser, tem compromisso para agora, iria bem tomarum café da tarde com ele! —  Vamos nesta!Peguei minha paste e fomos ao centro, subimos no

mesmo prédio do dia anterior, e sentamos a uma mesa a olhar bem ao fundo a instalação da segunda cidade, e o prefeitofalou;

 —  Acha que teríamos como fazer um negocio em umacidade em parceria? —   Teríamos, mas tenho de saber se estaria disposto a

 pagar quanto por isto, prefeito? —  Vai ter de cobrar? —  Pelo menos o custo, é de 30% do valor da cidade, mas

 preciso, mas vai lhe custar menos de 500, para quem estava

 pensando em 1500, é uma economia de um trilhão de créditos prefeito!

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 —  Esta a me dizer que a margem é imensa nestas coisas? —   Tem a manutenção, de no mínimo 10 anos, isto

sempre encarece, e nisto que entra a necessidade de lhe cobrar

algo! —   Sabe que a concorrência vai tentar propor algo, onosso secretario não é de confiança absoluta!

 —  Não tenho medo de concorrência, prefeito!O prefeito se levantou e cumprimentou o outro e

apresentou-me e este falou; —   Este é o empresário que esta agitando os sem

documentos da cidade? —   Não queria agitar tanto, mas soube que estacontratando uma cidade sem licitação, e queria saber se teriachance de fornecer!

 —  Temos pressa rapaz! —  De quanto, 12 dias, é o tempo que posso fornecer! —  Temos um recurso escasso, a parte que caiu da cidade,

era de mais de 800 mil habitantes, teria como fornecer? —  Estava a falar com o prefeito aqui, posso fazer uma proposta semelhante ao senhor!

 —  Como assim? —  A região que instalou a cidade lá, é firme como aqui,

 poderia fazer um trato que pode valer mais do que apenas os800 mil habitantes, tenho duas cidades em construção final, naEuropa, cada qual para 4 milhões de pessoas, mas poderia afornecer!

 —  Mas não tenho mais do que 800 bilhões para a comprarapaz!

 —   Sei que não deve ser fácil senhor, mas se ouvir a proposta?

 —  Estou ouvindo! —  Forneço a cidade com 4 milhões para você, e parte do

 pagamento fica em propriedades que manterei em meu nome,

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forneço ao senhor 2 milhões de excepcionais moradias, e aindareformo o antigo porto, com adendo mais moderno, em umadas laterais da cidade, por 650 bilhões!

 —  Esta falando serio? —   E lhe entrego em 12 dias, a partir da assinatura doacordo! A cidade, o porto total pode demorar um pouco mais,mas a cidade vem com um imenso porto lateral, que deve sermaior que o que tinham lá!

 —  Tem uma amostra do projeto? –  Perguntou o prefeito;Abri a minha pasta e tirei um imenso papel holográfico,

que desdobrei com calma, e ele olhou a dimensão da cidadeflutuante, e olhou incrédulo para aquilo e falou;

 —  Tem isto quase pronto lá? —   Se olhar ao fundo prefeito, pretendo começar a

 produzir aqui também! —  Vi, agora entendo onde vão tantos funcionários, não

esta construindo casinhas, esta construindo empreendimentos! —  Podemos ter um acordo prefeito?O mesmo olhou o projeto, com prefeitura, administração,

segurança, e tudo novo, e falou; —  Sabe que talvez seja o melhor negocio que fiz, desde

que assumi a cidade, acho que aquele acidente ainda é capaz deme fazer governador!

 —   Nunca entendi esta cidade, ela abrange varias prefeituras, e 5 governos estaduais, ainda estou meacostumando com isto!

 —   Mas vai acostumar, e até gostar, mas soube que tem projetos para nossa região também?

 —  Tenho de ir lá e falarmos pessoalmente, queria poderinstalar um pólo de turismo sobre o que foi um dia o pão deaçúcar!

 —  Mas como seria isto?

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 —   Sabe que nunca li um contrato assim, parece maisvantajoso, você não tem medo de não resistir a inspeção?

 —   A minha primeira o prefeito ao seu lado esta

coordenando as inspeções, ele que pode dizer se é um bom padrão? —  Fala amigo, o que acha do nível de construção? —   Encantador, os rapazes estão fiscalizando as

instalações próprias, e as instalações programadas! Mas esta bem acima da antiga cidade, moderna tanto em equipamentocomo em acabamento!

O prefeito assinou, primeira cidade vendida, com 2milhões de residências próprias, teria de redesenhar o porto,mas não teria problema para isto, peguei o referente ao projetoda cidade praia e fabrica e pus a frente do prefeito e falei;

 —  Este é o da cidade turística, não sei se quer levar a eles para olhar?

 —   Pelo que entendi, esta parte comporta outros 4milhões de habitantes, mas com espaços de turismo, e

industrias, é isto? —   Sim, cada qual terá os seus registros, é que isto

demora mais para instalar e para por para funcionar prefeito,mesmo os hotéis temos de treinar no padrão internacional!

 —  O Rio voltando a ter Praia, sabe que nem pensei queum dia poderia falar isto rapaz, mas sei que muitos mesmofalando mal, vão lá andar a praia!

Separei as copias do prefeito e um assessor chegou ao prefeito e perguntou;

 —  Prefeito, mas não tínhamos um acordo com Moreira? —   Rapaz, estamos economizando 150 bilhões, com

entrega mais rápida, não tenho como recusar!O assessor olhou os documentos e falou; —  Isto é serio, mas como pretende entregar isto a tempo?

Olhei para ele e falei;

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 —   Vai demorar mais tempo, tirar os restos da antigacidade, mas podemos depois ver como fazemos com aquilo,não é prefeito!

 —  Com certeza, acha que o porto volta a funcionar emquanto tempo? —   25 dias, o prazo normal para total instalação dos

acessos, a cidade em si é rápido, mas os acessos, túneis demetro desfeitos, e coisas assim é que geram mais tempo!

 —   Quem lhe olha, não diria que tem tanto menino, parece se esconder atrás de uma simplicidade!

 —   As vezes tento parecer mais, mas não faz parte deminha educação senhor!

 —  Pelo jeito vai agitar mais ainda os sem registros! —   Prefeitos, estava fazendo meus levantamentos,

contando as periferias e os sem registros ocultos, devem termais de 4 milhões deles, e acho que vai me faltar mão de obra!

 —  Esta falando serio? –  O prefeito do Rio de Janeiro; —  Sim, mas fica entre nós, vamos nos virando com o que

temos, e evitamos falar que temos este problema, nãoqueremos que tenhamos uma leva de seres vindo a cidade, nãoé prefeitos!

 —   Pensando como político também, mas sabe queteremos muito espaço a reaproveitar se os tirarmos dosubmundo!

 —   Mas espero não ter de brigar com os seguranças

 prefeitos, eles são poucos, então não pretendo malucosentrando lá, e matando mão de obra que pode nos tornar umlugar gostoso e integrantes dos pontos turísticos mais visitadosdo mundo!

 —  Vai pelo jeito em todos os sentidos? —  Sim, mas com calma chegamos a cada detalhe! –  Falei

e pedi um vinho de qualidade, e o garçom serviu com toda a

 pompa e os dois prefeitos sorriram e sabia que estava

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 —  Ele não é meu namorado! —  Já falou para ele isto? —  Quer brigar, é isto?

 —   Não, mas sabe como é, fica difícil me segurar em publico, e as vezes as pessoas olham, tem muita coisa aconcertar nesta sociedade, e uma das coisas, é a diminuição dosseguranças, sem os 4 milhões de desocupados, terão de reduziros números!

 —  Acha seguro? —  Seguro para os habitantes, sim, eles matam mais que

qualquer coisa! —  O medo deles evita roubos! —   Mas eles extorquem e roubam, pequenos comércios

Paula! —  Sabe que não gosto deles também, mas sempre olho

com receio seus planos! —  Nem os tenho ainda, então acalma!

 —  Vai me levar em casa hoje? —  Se me convidar a entrar! —   Sabe que vi como Pedro agiu ontem, ele realmente

ficou furioso! —  Então vai ficar mais furioso, convida Moreira, preciso

falar com ele! —  Mas por que?

 —  Moreira acha que é seu namorado, não acha? —  Sim, mas não quero ele! —  Mas quer provocar o menino, não quer? —  Sim, esta querendo uma praga longe de você? —  Pragas não me afetam, mas preciso fechar um acordo

com ele, e se ele respeitar, ganhamos os dois, se ele nãorespeitar, ele vai se bater com as contas!

 —  Acha que Call vai tentar entrar na concorrência?

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 —   Ele esta excluído da concorrência, por malconservação do projeto anterior, ainda vai sofrer um processoda prefeitura!

 —  Conseguiu isto do prefeito? —   Nem precisei pedir, mas ele esta feliz em alguns pontos, menos desempregos, economia numa obra que ele pensou que iria esvaziar os cofres, prédios públicos novos, emenos custo com segurança!

 —  Ele deve estar sorrindo de orelha a orelha! —  Esta! –  Sorri. –  Mas liga para Moreira!

Vi Paula ligar para o rapaz e marcar com ele em sua casa,e nós dois fomos para lá, e adentramos a casa e Paula meapresentou a mãe e falou;

 —  Mãe, este é o rapaz que não deixei entrar ontem! —  Prazer, desculpe a falta de educação dela ontem! —  Eu que fui inconveniente senhora! —  Faz o que na cidade?

 —  Construo! —  Não é você que esta agitando a cidade? —   Nem sei ainda como as coisas funcionam na cidade

 para estar por dentro das agitações! —  Empresário de fora? —   Sim, mas estou estranhando um pouco os costumes

locais!

Começamos a conversar, vi Paula ir abrir a porta eMoreira entrar e olhar para mim, ela lhe deu um beijo e vi acara de Pedro, mas sem o encarar, e o empresário veio a mim efalou;

 —  Você que me tomou um cliente hoje? —  Não sei, se fala do prefeito do Rio de Janeiro, foi! —  Paula disse que gostaria de conversar!

 —  Sim, sei que terceiriza os estaleiros, terei um aqui eum no Rio de Janeiro, se precisar de local, tenho bons preços, e

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acho que podemos fazer um acordo, eu ganho às vezes, vocêganha as vezes, e ninguém morre de fome!

 —  Pensei que iria entrar de sola!

 —  Vou, mas não preciso ganhar sozinho Moreira! —  Soube que tem planos grandes para a cidade, mas não

entendi? —   Isto que queria falar, pois estou a fim de ganhar

dinheiro, nossas empresas não entram em mercados parafechar, ampliamos a cada ano!

 —  E vai fazer o que?

 —   Quero tanto no Rio, como aqui e em Paranaguá,instalar praias turísticas, mas aos fundos, com muito espaçonovo, fabricas, umas mil por empreendimentos, mas preciso de parcerias, tanto para construir, como para crescermos juntos!

 —  Estava falando com o rapaz que pago no Rio, ele memostrou o projeto das praias, aquilo é serio?

 —  Em 3 meses verá tudo aquilo instalado!

 —  Então vai inverter as prioridades? —  Pretendo ter pelo menos 40 praias destas, em 5 anos,entre o Rio e Paranaguá, quero aproveitar a mão de obra baratado país, mas não quero estar sozinho, não sou imortal, entãonão preciso de dinheiro como vocês, por uma eternidade, paramim alguns trocados chega!

 —  Soube que vai propor algo impensado para Santos! —  Sobre isto que queria conversar Moreira! —  Não entendo, não tenho como competir como falou, e

não sou suicida! —   É imortal, não existem suicidas entre os imortais

Moreira! —  O que pretende?Abri a pasta e estiquei para ele e falei;

 —  Esta é a minha proposta para a cidade, mas acho que podemos fazer algo maior ai?

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 —  Como assim?Peguei o desenho e apontei; —  Eu instalei esta cidade flutuante a oeste e esta a leste,

se reparar, a cidade se encaixa no meio exato das duas, gerandoapenas a sobra para nosso projeto, que pretendo em parceriacom você, instalar ali!

 —  Ai fala em portos, mas acha que teríamos fluxo? —  Teremos, o de oeste, carga, o do leste, turismo e luxo! —  Mas quem viria ver esta parte da cidade?Cliquei um entra, e se viu uma sequência de 3 praias com

suas fabricas e parques entre a entregue e o mar, e olhei paraele e falei; —  Preciso de parceria para instalar isto e administrar! —  Mas para que tantos imóveis, acha que eles largaram o

anterior por que? —   Na verdade tenho ainda que falar com Call, mas os

 planos são ganhar dinheiro, não sei se gosta?

 —  Sim, minha mãe me fez imortal, e me fez empresário,mas não gosto desta sua forma de fazer! —  Por que? —  O que ganho em não participar da concorrência? —   Quem disse que não vai participar?  –   Falei olhando

serio para ele; —  Não entendi!

 —  Você vai propor este volume que esta em sua mão, lhevendo a cidade, e me paga 300 bilhões por ela, embolsa outros350 bilhões, mas o lucro ainda será nosso, pois terá um milhãode imóveis bem localizados e eu terei outro milhão de imóveis!

 —  Você é maluco mesmo, esta dizendo que vou ser euque vou oferecer isto?

 —  Sim, e vamos propor ao prefeito, autorizar as demais

implantações, e lhe proporei participação em algumas fabricas,se tiver interesse!

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 —   Um dia vamos ter de conversar o que queria comaquela cantada?

A olhei e nada falei, ela ficou sentido as energias do

menino e da menina, e reparou em algo, pois ela olhou paraDani e falou; —  Algum problema Dani? —  Você nem gostava dele, já esta com dois rapazes, ele

nem teve tempo de sair e já esta se oferecendo! —   Verdade, mas ele não era quem achava ser, senão já

teria saído, pois lá não tem tempo Dani!

 —  Tempo tem, mas tão lento que nem eu consigo sentir anão existência! —   Pelo menos Pedro pareceu feliz ontem, não entendi

isto, ele nega mas sente algo estranho! —  Sabe que o rapaz era especial? —   Sei, mas não acreditei nele, então terei de me

consolar!

 —  Estranho você! —  Eu não estranho, pois sei hoje que não adianta tentarentender, não lhe entendo também, e desisti de tentar Dani!

Paula olhou para mim e falou; —  E que papo é este de querer falar com Call? —   Depois também tenho de falar com seu irmão, ele

investe em turismo se não estou enganado?

 —  É o ramo que ele mais se apegou? —   Tenho uns espaços interessantes a ocupar aqui e noRio!

 —  Quer abraçar toda a estrutura? —  Sim, toda a estrutura!Moreira me olhou e perguntou; —  Mas quer mesmo que proponha isto?

 —   Queria marcar eu, você e o prefeito amanha, daívemos a reação dele, e saberemos se teremos problemas!

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Todos sorrimos e depois de um tempo, me despedi evoltei ao alojamento, lá chegando tinha uma leva de segurançasa me esperar e vi Call a sair de um carro e me barrar, asegurança do local se posicionou para me defender e Callestranhou, acostumado a mandar e fazer sem nada contra olhouo diretor e falou;

 —  Esta ao lado dele agora? —   Senhor Call, ele não é inimigo desta cidade, muito

 pelo contrario, não gostamos de seus seguranças induzindoempresários a saírem do país!

Eu olhei para o diretor, e falei; —   Diretor, não somos inimigos, pode tranquilizar os

demais! —  Tem certeza? —   Ele é apenas um imortal senhor, mas os seguranças

são mortais!  –  Olhei o segurança de Call e fiz fogo à mão eolhei para ele  –   Ele não quer queimar inteiro antes de puxaruma única arma!

Os seguranças estranharam mas recuaram, o rapaz era umFanes, não apenas um humano, olhei para Call e falei;

 —   Estava mesmo precisando falar com você, SenhorCall!

 —  Assunto? —   Nada que os demais possam ouvir, antes de você

concordar, se não concordar, somente eu e o senhor saberemos

o que conversamos! —  Tem uma proposta? —   Sim, entrei em contato com Moreira, ele que vai

ganhar a licitação da cidade aqui, não eu! —  Esta dividindo, não entendi? —  Podemos falar em um local mais propicio? —  Algum lugar que não conheça?

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 —   Não, minha casa esta pronta em 2 dias, esta sobreanálise, então teria apenas meu cubículo!

Call fez sinal para que eu entrasse, olhou para os demais

e entrou sozinho, quando entrou no meu cubículo, lhe ofereci acama e falei; —  Sei que posso parecer um inimigo Call, em parte não

gostei do que fez, mas não posso reclamar aquele João tinhalíngua muito grande!

 —  Era dos seus? —   Meu engenheiro, ele sabia magia e facilitava os

controles de qualidade, ele fazia em um lugar que não entendo,mas os resultados eram muito bons, mas se o perdemos, pus ocarro a frente e resolvi vir de vez, algo para um ano, mas queele me fez antecipar!

 —  Mas não tem nada na Europa de onde vem? —   Da Europa, mas lá, Fanes são caçados, estamos em

sociedades mais escondidas, verá que mesmo aqui temsociedades Fanes escondidas que trarei a tona, é mais fácil

controlar os caçadores, com as coisas mais visíveis! —  A guerra não declarada ainda esta nos submundos da

Europa? —  Sim e ganhar as coisas escondido fica difícil! —  E o que tem a propor! —  Uma maluquice me passou a mente Call, tínhamos 8

 bilhões de moradores neste planeta quando começamos os

índices de controle, mas hoje estamos com pouco mais de um bilhão de meio, pois a maioria esta morrendo antes dedesabrochar dos hormônios, estamos na Europa em umdeclínio perigoso de população e os Fanes de lá estão preocupados!

 —   Eles acham que estamos caminhando em rota deextinção?

 —   Na verdade eles estão analisando os números, massabe que podem demorar tempo demais para decidir, já que os

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nascimentos são controlados, e as mortes todos nós sabemosquando acontece!

 —  E fala assim como se fosse natural?

 —  Entre nós Call, nunca falaria isto lá fora, e nunca meverá discutir isto diante de outros seres, vai ver que vou meaproximar dos Carson e dos Moreira, mas não quer dizer quetenha lado, eu sou um Fanes, não sou imortal, e nem humano,mas eles me vieram com uma idéia, é maluca mas teria de verse interessa!

 —  Fala! —   Eles desenvolveram uma dose mais potente do

controle, mas este composto reduz a apetite sexual, o quemantêm o controle mas permitindo em uma propaganda demarketing, dizer que a ciência desenvolveu um novo produto,que nos permitiria ir ate uns 250 anos de idade, saudáveis, elesestão pensando economicamente, pois o produto seria maiscaro, você controlaria, como sempre, mas eles teriam mais cemanos de vida, pagando mais caro, e teríamos uma chance maior

de controlar os nascimentos no índice de não aumentar muito,mas nos dar maior fluxo de capital, com um controle maior! —  Não gosto da idéia rapaz! —   Então esquece que me ouviu falar disto, pois não

queremos brigar, é apenas uma forma de ganhar mais e decontrolar algo que sabe que esta acontecendo, o mercadoreduzindo a cada dia!

 —  Não vai insistir? —  Me mandaram propor, não insistir, se não entende demercado, me alertaram disto, quando os seus se extinguirem,ninguém vai segurar nem os Fanes nem os imortais, pois podeser imortal hoje Call, mas foi um humano, é o seu povo que vaimorrer, não o meu e nem os imortais!

 —  Acha que daria dinheiro?

 —   Lógico que daria, mas obvio que não ofereceríamos250 anos direto, ofereceríamos 30 anos a mais, 5 anos antes de

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dar os 5 anos, mais 30, mantendo um controle que pode nemchegar a mais 100 anos, mas que poderíamos achar o ponto deequilíbrio!

 —  Vou ter de pensar nisto! —   Agora então vamos falar de negócios, pois você seapoderou de duas cidades minhas na Argentina Call!

 —  Eram suas? —  Sim, o rapaz era um imortal dopado, um gênio, mas

dopado, nunca vi alguém com a resistência daquele, mas eleme fornecia coisas que não vou conseguir com o mesmo custo!

 —  Então por que do rapaz me desafiar? —   Ele deveria estar mostrando os produtos, viria apósele, mas não me deixou nem chegar e já se livrou de alguémque não podemos invadir suas fabricas, e quero saber se vamos jogar limpo ou como pretendeu jogar comigo lá fora?

 —  Você é direto, vi que tirou uma venda de Moreira elhe propõem algo aqui?

 —   Tinha outras duas cidades prontas, além daquelas,difícil bater elas, mas Call, vou precisar de estrutura dedistribuição nas cidades, e vou precisar de parceiros em váriosramos, quero saber, seremos aliados ou inimigos, já que vi quearrogância lhe cai como uma luva!

 —  Por que me acha arrogante? —  Lhe digo que tem uma forma de ganhar não por 120

anos e sim mais 130 anos encima das mesmas pessoas com

 preço maior, e qual foi a frase, não gosto da idéia! —  As vezes acho que me acostumei a ser o único nisto! —  Acho que os Fanes vão voltar a superfície, escondidos

estamos morrendo e vamos querer o direito de nos identificarcomo os Imortais, esta na hora de sairmos da sombra, podemquerer nos deixar de fora, mas não vamos aceitar assim, semmais nem menos!

 —  Qual a media de vida atual de um Fanes?

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 —   Não sabemos Call, estamos todos envelhecendo pouco, mas foram-se 430 anos, e ninguém morreu!

 —  Não sabem nem por alto?

 —   Estamos apostando nos 1300, mas é apenas umaaposta Call! —  Sabe que não vou permitir isto! —   Se quiser bater, no lugar de ganhar dinheiro, vai

 perder país a país, até lhe mandarmos de volta a Comptche! —  Não temos como fazer isto! —   Quer brigar, ou um trato de acordo, pois não

ficaremos mais escondidos, esta fácil de mais você financiaraqueles caçadores e morrermos sem ninguém ver! —  Não os financio! —  Mas financia os Seguranças em ações de extermínio, o

que dá na mesma! —   Vou ter de pensar, mas acha que eles engoliriam a

historia?

 —  Lógico que sim, mas tem de decidir, não vamos entrarneste mercado sujo! —  Não acho sujo, é necessário! —  Call, se acha que é necessário, recuse a imortalidade, é

fácil condenar aos outros, o que não tem vontade para você, eunão quero a imortalidade, apenas o direito de viver a minhavida, de virar velho, mas não entende isto!

 —  Fala bem para um não local! —  Sabe como absorvemos isto, disseram-me que casoucom uma Fanes!

 —  Sim, mas estou com problemas em casa! —  E quem não tem? —   Fiz burrada, este seu engenheiro tinha tudo para

ajudar, mas realmente por uma ninharia, perdemos um grande

arrogante, mas ele seduziu minha filha, e quando ele foicondenado e ela soube que mandei o deportar, fugiu de casa!

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 —  Não entendi o que ela sentia por este rapaz? —  Complicado, ela se deixou enredar, ela se apaixonou,

e pelo jeito o rapaz era bom em mexer com as pessoas desta

forma! —  Estou tentando me aproximar dela, mas parece muitotriste!

 —  Cuidado ali, Peter sabe ler mentes! —  Não estou mentindo em meu interesse, mas ler mentes

não é o problema! —  Se cuida, mas quanto vai pedir pela cidade?

 —   Quanto pagaria por ela, já que perdi duas delas poristo! —   Pago o preço de estaleiro, se estiver nas

especificações, 800 bilhões de créditos! —  Seus engenheiros estão onde? —  Em Buenos Aires! —  A minha reserva esta nos Arais, me comunico e eles

começam a se locomover para o local de entrega! —  Ainda tem a vantagem de já estar na antiga Europa? —  Fazer o que, minhas reservas são de lá! —  Quer os créditos quando? —   Assim que os engenheiros verem se serve, não

esquece que a sinalização não foi feita, mas tem todo sistemade transportes, e de portos, mas assim que verificar, lhe passo o

numero de minha conta! —   Sabe que tem gente que vai ficar revoltado, poisestavam pensando em competir!

 —  Sei disto, mas não se acostume com o preço! —  Sei que vende mais barato que isto! —   Na verdade meu preço é mais caro, mas deixo

reservas pessoais, que vendidas aos pouco, podem me gerar

entradas de recursos, por 30 ou 40 anos!

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 —   Entendi, vende a créditos pessoais em folha de pagamento, com prazos longos de pagamento, e tem recebíveis por anos, não havia pensado nesta estratégia!

 —   Mas pense no que falamos e se mudar de idéia,sabemos como fazer o marketing disto! —  Vou pensar, pelo jeito você é o começo? —  Alguns cansaram de ficar escondidos Call!Se despedimos e ele saiu pela porta e o diretor veio a

mim e perguntou; —   Como esta menino, sabemos que ele não é muito

agradável com a concorrência! —  Ele que entregou meu engenheiro, ele fazia faculdadeaqui, mas estava em formação paralela, João Moreira, umagrande perda para as empresas!

 —  Era um dos que apostava no rapaz? —  Sim, gênios não nascem todo dia, mas Call não soube

lidar e o perdemos, agora ele vai ter de me pagar pelos prejuízos!

 —  E ele vai pagar? —  Não tem saída, ou paga ou perde uma concorrência,

ou me paga o preço, ou paga a multa de não cumprimento daconcorrência, e daí sim ele estaria em maus bocados, mas não oquero falindo, nos faria mais mal que bem!

 —  Sabe que nós Brasileiros não nos preocupávamos seele falisse!

Sorri e me despedi, e fui descansar, teria mais um diaagitado no dia seguinte;

Amanheceu e fui a estrutura, e passei uma foto de Ketlene dei instruções referente a moça, depois marquei com o prefeito e quando surgi na prefeitura com Moreira o prefeitoestranhou;

 —  Prefeito podemos falar em um lugar sem ouvidos?  —  

Perguntei;

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 —  Sim rapaz, veio com reforço! —  Apenas conversar! —  Certo, vai mudar de planos!

 Não falei e entramos na sala, Moreira olhou em volta e vios pássaros parados ao ar do lado de fora e o prefeito olhou-mee falou;

 —  O que aconteceu? —  Estava falando com Joaquim Moreira ontem e ele me

convenceu a lhe propor algo! —  Mais investimentos?

Estiquei o papel com projeção holográfica, era bemmelhor que projetos estáticos, e falei; —   Prefeito, estou instalando, esta parte,  —   Uma das

cidades cresceu no papel  –   e esta parte  —   a outra tambémsurgiu —   e o estaleiro, mas Moreira me disse que tinha planosturísticos a cidade, e que também tinha projetos que iria porlonge, pois não tinha local para instalação perto do oceano eontem conversando, resolvemos fazer a concorrência emconjunto, no valor de 650 bilhões, mas viemos pedir concessãode um porto turístico, um de carga, uma área industrial e a áreade praias! –  A cada clique parte foi se materializando no papele o prefeito olhando encantado me olhou;

 —   Quer dizer que o que era muito ontem virou uma parte?

 —   Sim, somos empresários e gostamos de ganhar

dinheiro senhor, e achamos que podemos ganhar com isto,estamos projetando para o futuro prefeito!

 —  Ainda vai querer refazer as duas áreas? —  Sim, verifiquei ontem mais 6 áreas, e queria pedir que

retirasse os Seguranças das cidades baixas! —  Por que?

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 —  A filha do empresário Call fugiu e esta escondida nacidade, não queremos um acidente e gerar uma guerra comaquele arrogante!

 —  A filha dele fugiu mas por que? —  Algo a ver com estar apaixonada por João Moreira, oque foi mandado a não existência!

Moreira me olhou e falou; —  Ele tinha pego a filha do Call também? —  Parece que sim, conhecia a menina? —  Incontrolável, mas nunca se apaixonou por nada!

 —   Este cara morto me deixa com mais problemas quequando vivo! –  Falei; —  Conhecia ele? –  O prefeito; —  Prefeito, o projeto da cidade que vê a frente, foi feito e

testado por ele, ele fazia projetos para cidades flutuantes, tinha boas idéias, mas era um viciado em dança e alucinava geral!

Moreira me olhou e perguntou;

 —   Esta a dizer que ele que desenvolveu estes imensos projetos com segurança tripla contra qualquer atentado? —  Foi, não entendi por que mudou de lado, mas ele havia

desviado 2 cidades para vender para Call, mas parece que osdois brigaram e chegamos hoje sem ele e com a filha de Callno submundo da cidade!

O prefeito olha para mim e pergunta;

 —   Já alertou os seus, ela vai tentar um emprego comcerteza? —  Com certeza foi a primeira coisa que fiz, mas como os

seguranças estão sempre de olho nas meninas mais bonitas,vim pedir para os tirar de lá!

 —  Vou pedir não queremos problemas!O prefeito olhou aquele projeto e Moreira olhou os

detalhes e falou;

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 —  Trabalhou a noite inteira pelo jeito, para transformar oque falamos em projeto!

 —  Me dedico ao que acredito, Moreira!

Saímos de lá e na saída uma das moças me esperava a porta da prefeitura, me despedi de Moreira e fui ao local dealocação e vi Ketlen em um canto, fui a ela e primeiro olhei osdemais, olhei para Patrícia e perguntei;

 —  Como estamos? —   Filas intermináveis, mas muitos sorrisos amimam a

gente!

 —  Fica de olho e desconfiando, dá aquele sobrenome quecombinamos! —  Certo!Entrei na sala e olhei a menina e falei; —  Ketlen se não estou enganado! —  Me conhece? —  Alguém que conheci lhe conheceu, mas seu pai pediu

 para lhe achar, mas antes que saia correndo, primeiro temalguém que quer lhe falar! —  Quem! —  Alguém que oficialmente continua morto, ou melhor,

na não existência!A moça me olhou desconfiada e perguntou; —  Esta a dizer que ele não morreu?

 —  Não, Paula o tirou de lá, mas não falou para ninguém,nem para o irmão, então preciso que fique entre nós isto! —  Bem que tinha ouvido um rumor, mas não acreditei! —  Ele quer lhe ver, mas primeiro temos de a tirar daqui

sem que os demais lhe vejam!A moça sorriu e me olhou com desconfiança; —  Mas se for uma arapuca de meu pai?

 —  Tem de escolher se quer correr o risco menina, é maisfácil fugir, mas ele não pode aparecer ainda!

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 —  E se meu pai souber que ele esta vivo? —  Ele não quer mal ao rapaz Ketlen, apenas não tinha

noção disto na época!

 —  Como assim! —   Ele tinha pedido 10% do valor de uma cidade, para

 passar a seu pai, seu pai para não pagar a multa, vai me pagar80% do valor pela mesma coisa!

 —   Você esta vendendo para ele, o que não quis pagar para João, mas como ele fica!

 —  Ele lhe explica isto, não eu!

Olhei para a garota e pedi para as moças que precisava deuma forma de tirar ela dali, 18º andar, precisava chegar aotérreo, e de lá, mais 12 andares para o fim das áreas detransporte e estacionamento, e somente abaixo disto, a antigacidade, pensar que ignorava a alguns meses a existência desteslugares, estava a descer pelo elevador e vi os seguranças seretirando, fomos descendo até o ultimo piso do estacionamento,entramos em uma passagem de nível, e começamos descer

novamente agora por uma grande rampa, ela viu muitos précomércios que não conhecia, me olhou e perguntou;

 —  Onde estamos? —   Na cidade sobre a cidade, onde João é um Herói, e

não um procurado moça! —  Esta a dizer que existem mesmo pessoas aqui? —   Vamos levar eles ao mundo, mas em condições

melhores! —  Vamos? —   Se entrar neste mundo, verá que não tem saída ou

assume seu papel ou esquece dele e o tenta destruir, mas eles precisam dele!

 —  E quem é você? Não respondi e olhei um dos seguranças do local, a nossa

organização e falei;

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 —  Rapaz, ela precisa ver João Moreira!O rapaz me olhou e apontou um caminho, a moça me

olhou como se fosse finalmente real, lhe olhei aos olhos e falei;

 —   Naquela pequena moradia, no fim desta rua, esperaali, ele já deve aparecer ali! —  E se o encontrar com outra? –  Perguntou ela; —   Daí volta para casa e faz de conta que não viu nada

moça!Ela caminhou e o segurança me olhou e falou; —  Por que não disse para ela?

 —  É a filha do Mega Empresário Call! Não podemos portudo a perder por ciúmes ou coisas assim! —  E o que ela faz aqui? —  Em poucas horas estaremos começando a ocupar uma

das cidades, daí vamos começar a mudar as coisas! —  Sabe que podemos ter guerras por isto?Olhei o rapaz e falei;

 —  Prefere ver quem esta lhe matando e poder reagir ounem o ver e morrer sem guerrear?

 —  Ver quem me ataca, acha que eles vão gostar disto? —   Estou tentando os acalmar, mas sempre tem

resistência dentro dos próprios grupos, estas são as maisdifíceis!

 —  Vai lá?

 —  Sim, estou esperando alguém para chegar lá!O rapaz viu uma moça vir a ele, Paula na forma de Prica

e mudei de forma e fomos ao local e lá chegando olhei para amenina e sorri, ela sorriu e me abraçou, era estranho alguém seapegar a você, Prica fez uma cara de poucos amigos e sentamose ela perguntou varias vezes se estava bem, e falamos de variascoisas, entre elas que ela não deveria estar ali, que não era um

 bom lugar, os seguranças não respeitavam nada, mas ela meolhou e perguntou;

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 —  O que tem com ela?Sorri, eu preocupado com ela e ela com Prica, olhei para

Prica, que foi a forma de Paula e Ketlen olhou para a moça e

falou; —  Obrigada por o ter salvo! —  Ele é mais difícil de matar que isto Ketlen, mas ele

tinha de passar por isto, olhando para traz vai parecer que ele projetou isto antes, mas aqueles anos pensando no nada, lhefizeram pensar em muitas coisas!

Ela me olhou e me deu um beijo e falou;

 —  Não sei por que lhe amo João, mas você foi diferente,e quando lhe acho você se faz de morto! —  Eu não posso aparecer ainda Ketlen, eu vou sair por

aquela porta ainda, mas isto eles não sabem! —  Vai sair por aquela porta, mas eles vão lhe jogar para

dentro! —   Não podem, a condenação é ser jogado a não

existência, a volta não é esperada, não existe pena máximaacima disto, mas eles ficariam assustados e não é a hora ainda!

 —  Quer dizer que vai enfrentar isto ainda? —  Sim, amigos como Joaquim, vão preparar o caminho,

ele é melhor empresário que eu, mas tem de cuidar-se, poistenho meus planos, mas você tem de estar bem!

 —  Quero estar ao seu lado! —  Sabe que você ficando aqui, seu pai vai vir com tudo e

não podemos enfrentar isto ainda! —  Mas o que faço? —  Eu jogaria com seu pai, mas você tem de fazer isto,

 pois aqui em baixo, tudo vai mudar! —  Mas ele pode me tirar daqui! —  Você é cidadã americana, maior de idade, você faz o

que quer menina! —  Mas como viveria?

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 —  Joaquim arranja um emprego para você, uma moradiae aposto que ele tem uma função de peso para você!

 —  Confia nele?

 —  Como um grande irmão, pensamos igual Ketlen! —  Mas ele faria o que por mim?Paula me olhou e falou; —   Ele precisa não brigar com seu pai, tem de ser mais

maleável até tudo instalado Ketlen, ele não pode lhe esconder,mas pode lhe dar cobertura para conversarem e um posto queseu pai não tenha como reclamar!

 —  E o que seria? —   Não sei, ele disse que você queria falar com João

antes! —  Não estava acreditando que você estivesse vivo!  –  Ela

falou me olhando aos olhos, e vi uma lagrima e a abracei, elaolhou depois para Paula e ela nos abraçou também, umtriangulo perigoso, mas digno dos tempos do irmão de Paula,não esqueçam que fiz um pacto de Orquídeas com Paula, entãoestava dividindo com ela o que queria desta estória;

 —  Acha que tenho de voltar? —   Joaquim vai lhe conduzir para cima, e depois vai

sentar com seu pai e explicar as coisas, não sei como seu paivai se portar, ele parece fora de controle, mas temos de tentar,não pode ficar escondida, a melhor forma é enfrentar!

Ela me abraçou de novo, vi um sorriso e Paula aconduziu ate a parte onde o segurança estava e dois minutosdepois aparecia como Joaquim e começamos o caminho devolta, mas agora fomos para a entrada da nova cidade, o prefeito estava lá e apresentei a moça e ele relaxou e falou;

 —  Menos uma tensão? —  Sim, liberam hoje ou não prefeito!

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 —  Sim, sabe que eles estão mais registrando que fazendocontrole, eles testaram os materiais e as estruturas, mas porquê?

 —  Vamos a meu local de reunião na cidade, prefeito! —  E vamos como? —  Temos sistemas de transportes tanto na vertical como

na horizontal da cidade caro prefeito!O prefeito sorriu e adentramos a um veiculo da prefeitura

e atravessamos a cidade vazia, e bem ao centro, tinha umimenso prédio, se lia na entrada, Empreendimentos Cezar,adentramos ao local, e fomos a parte da empresa, do andar denumero 180 ao 280, fomos a parte de reuniões, um imensosalão, ultimo andar, acima de nós apenas as antenas decomunicação, se via a cidade a baixo, e sentamos a uma mesa,Ketlen estranhou o local, não era magia, nem dom, era real, ummundo palpável, peguei o comunicador e liguei para Call;

 —  Call, é Joaquim Cezar! —  Algum problema? —  Temos que conversar, pessoal! —  Achou ela? —  Sim, mas ela é maior de idade, esta com identificação

de Americana, legalmente na cidade, não tenho como passar por cima das leis!

 —  Mas ajeito as leis em Brasília, me mande ela de volta! —   Call, filhos não se trata como empresa, tem de

conversar com ela, e não a prender num quarto, já que sabe quenão a prenderia, ela fugiria de novo!

 —  Ela esta a sua frente? —  Sim, Paula me ajudou a achar ela, mas não quer que

fale isto! —  Por quê? —  Ela também esta cansada desta briga Call! —  Esta onde?

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 —  Inaugurando com o prefeito a cede de minha empresana cidade nova!

 —  Tem aéreo pouso?

 —   Lógico que tem Call, pensa que esta falando comquem! —  Deve ser o prédio mais imponente? —  Sim, 280 andares bem no centro, padrão!Call desligou e olhei a moça e falei; —  Ketlen, primeiro eu vou falar com ele, mas tem de ver

que guerras assim, não se mantêm, ele é seu pai e teria de estar

sempre longe de sua mãe! —  Sei disto, mas alguém me disse que me ofereceria uma

função? —  Primeiro quero falar com seu pai, depois sei que tem

formação em publicidade e acho que vamos precisar de umaassessora de marketing para a companhia que deve surgir assimque seu pai deixar de ser teimoso!

 —  Quer que trabalhe para ele? —  Não, para nós não é prefeito! —  Este local é incrível, um espaço destes tem um valor

incalculável numa cidade destas! —   Sabe que cada um impressiona como pode, mas

 prefeito, pensou sobre o projeto de mais sedo? —  Você veio mudar tudo pelo jeito, mas não tenho como

dizer não, mas esta oferecendo 10% a mais de moradias, sereformar a parte que estava falando, não temos gente para isto! —  Sei disto senhor, mas cada coisa a sua vez, não vamos

 priorizar quantidade, e sim qualidade! —   Sabe que Call me reduziu os estimulantes, disse que

 precisava estar mais atento a você, posso perder uns anos poristo!

 —  Anos bem vividos, mas se Call parar de ser teimoso,teremos uma solução para isto e não uma guerra!

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Vi o veiculo parar 100 andares a baixo, e pedi ummomento e desci pelo elevador os deixando lá e olhei Call vircom a segurança de sempre e lhe cumprimentei e ele falou;

 —  Ela esta onde? —  Lá em cima! —  Vai me proibir de a tirar daqui? —  Não, senão nem teria chamado, não acha? —  Verdade, achou ela rápido! —  Plantei uma informação falsa no submundo, a de que

João estava vivo, e ela caiu rapidinho, mas não falo de meus

métodos para ela! —  Mas se a quiser tirar, sabe que terá uma discussão! —   Não esta pensando com a razão Call, esta usando

muitos dons ultimamente, pois isto nos tira um pouco a calma! —  Tenho exagerado, mas pelo jeito veio conversar antes!Olhei os seguranças e ele fez sinal para esperarem e

adentramos a região, um hangar de pouso tomando um andar

inteiro a mais de 180 pisos acima da rua, Call olhouimpressionado e falei; —  Igual ao que vai entregar em Paris! —   Bom saber, mas estava pensando e vendo os valores

de mercado, acha que podemos ganhar com o ampliar daexpectativa de vida?

 —  Sim, mas por isto estou me instalando, eles tem de ter

sonhos maiores para dar certo! —  Quer dizer que tem planos maiores? —   Call, sabe que planos para a década é para humanos

dopados! —  Mas se passa por um? —   Não gosto de ter resistência e sabe que a segurança

estranha nós não precisarmos disto!

 —   Sei, eles estranham mesmo, mas o que proporia setopasse?

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 —   Primeiro, vamos precisar de uma assessora demarketing para esta empresa, adivinha em quem pensei?

 —  Em minha filha?

 —  Cabeças ocupadas não fazem besteira, Call! —  Mas se não topasse? —  Não precisaríamos da assessora, você teria de ficar a

 buscando cada vez mais longe! —  Certo, mas tenho de ver qual o produto que tem para

fornecer! —   Call, os corpos dos humanos fica mais resistente

depois dos 110 anos e isto gera os problemas de continuidade,mas esqueceu de uma coisa, simples! —  O que? —  Não precisa depois dos 100 anos aplicar o produto, e

sim, controlar o vicio, a resistência é ao vicio, e não aocontrole!

 —   Esta a dizer que eles estão sofrendo como uma

desintoxicação? —  Sim, testamos em humanos na Europa, eles precisamapenas de controles e não de viciantes entre os 100 e 150,depois disto, pode voltar com os viciantes, a próxima reação dedesintoxicação será aos 210 anos, e pode controlar mais 30anos e depois voltar a ativa, mas não pretendo os deixar vivertanto!

 —   Quer dizer que tem forma de controle até quantosanos?

 —  Até uns 320 anos, nossas cobaias estão ainda vivendoCall!

 —  Não sabem mais pois os estudos ainda estão andando? —  Sim, não sei por que não se preocupou com isto? —  As vezes pensamos em algo as pressas, mas sabe que

nem tudo foi como eu queria, mas assumo a responsabilidade e

não sei recuar as vezes!

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 —   Isto às vezes eu também não sei Call, mas pretendoaos poucos melhorar, não sou de vivenciar as coisas e nãoaprender com elas, sermos perseguidos, nos manteve unidos, asvezes as pessoas pensam em enfraquecer com isto, e nos dãoforça!

 —  Às vezes esquecemos o que são os verdadeiros Fanes,aqueles que comiam pedra para sobreviver!

 —  Graças a nossa deusa, não vivi esta parte, mas dizemque foi triste!

Olhei serio e Call falou; —  Acha que ela conversaria comigo? —   Se for conversar, ela pareceu querer chamar mais

atenção que fugir Call, mas as vezes as pessoas no lugar deolhar para a filha, ficam lembrando do passado e se perdem!

 —  Verdade, mas pelo jeito conseguiu aliciar Paula? —  Ela ainda não sei como tratar, linda e indecisa, mas

sabe bem o que pretendo a cidade, não sou de esconder! —  Sabe que quando anunciei hoje cedo que entregaria a

cidade em Paris, o mundo se agitou, você vai me custar caro,mas melhor pagar por algo que se vai receber, do que pagarmultas sem retorno algum!

 —  Sabe que o mercado esta bem previsível, mas sabe queo plano de marketing, é algo a se aplicar, e a reversão não seaplicara a pessoas com mais de 110 ano, não teríamos como ofazer, temos de induzir o tratamento a partir dos 90 anos para

os novos, e uma chance aos com 110, mas acima disto, nãoteríamos chance!

 —  Não daria certo? –  Perguntou Call; —  Daria certo, mas deixaria um furo no marketing Call! —  Certo, não se preocupa com estes? —  Call, me preocupo, mas este é o seu mercado, não o

meu!

 —  Não sei ainda como fazer?

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 —   Call, temos um prédio inteiro novo para suasinstalações, e a partir dele vamos ampliar, a notícia vai correr omundo, e sabe que os governos vão se ajeitar aos poucos a isto!

 —   Certo, escolheu aqui, mas podia ser em qualquerlugar! —   Se tivesse ganho a concorrência para a New Paris,

teria sido lá o lançamento Call! —   Participaram e perderam, interessante, alguém com

uma visão de mundo mas que esta apenas começando! —  Sabe que nós Fanes quando alcançamos os 10 anos,

 batemos de longe os Humanos a nível intelectual! —  Sei disto, nunca cheguei perto de Peter Carson, e ele

ainda tinha déficit de aprendizado! —   Call, todo Fanes tem, não é déficit, é complicação

mental, vocês pensam um pensamento apenas, mas quandoestamos aos 10 começamos pensar vários pensamentos aomesmo tempo, e isto, nos deixa bem confusos, demoramos paraadministrar isto até os 14, mas quando alcançamos o controle,

tudo fica claro como vidro bem limpo, enxergamos os problemas em mais de 100 possibilidades, então quando João projetou esta cidade, ele se prendeu a 100 possibilidades deerro por vez, sabe no que deu!

 —  Sei, vejo que quando entregar a cidade em Paris, osmeus clientes vão querer este nível de acabamento, você em siesta se pondo como fornecedor!

 —   O rapaz pensou nesta cidade dos 14 aos 16 quandovocês o mandaram a não existência, se ele estiver pensando lácomo pensava aqui, ele vai achar uma saída Call!

 —  Acha que tem saída? —  Ele era um teimoso, ele se agarrava a possibilidades e

enquanto ele acreditar, ele vai tentar! —  Seria um problema!

 —  Dele se sair eu cuido, vocês não sabem negociar comum gênio! –  Falei sorrindo;

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Fiz um sinal para os grandes elevadores internos e fomosa ele, estes elevadores sentia-se a aceleração e a desaceleração,e quando abriu a porta falei;

 —  Call, tem uma sala ao lado, se quer falar com ela, achoque nos que não somos da família, não precisamos ter acesso aisto!

Call olhou a filha e falou; —  Filha, precisamos conversar! —  Não vou voltar pai! —  Não vim discutir, apenas conversar filha!

Ela se ergueu e foram a sala ao lado, não sei o que se passou lá, mas quando voltaram ela me olhou desconfiada, eolhou para o prefeito e falou;

 —   Pelo jeito prefeito, estes dois acabam de fazer umaaliança perigosa prefeito! –  Ketlen;

 —   Perigosa, preciso prender os dois?  –   Falou rindo o prefeito;

 —  Precisa, eles vem com uma arma ao mercado e nemsabia que tínhamos esta possibilidade! —  Arma? –  Fala ficando serio o prefeito;Eu ri e Call também e ele falou; —   Prefeito, eu e Joaquim Cezar estamos em um estudo

genético, que pode permitir, aos humanos viverem em perfeitasaúde, tirando os efeitos do fim da vida, e a ampliando em 40anos, aproximadamente!

 —  Estão falando serio? —  Estamos prefeito, mas temos de terminar os estudos,

mas a tecnologia já existe, e pode ser aplicada a partir dos 90anos e os levar a viver até agora, até os 260 anos! –  Call;

 —  Este era o assunto que tratavam lá fora? —  Isto não pode sair desta sala ainda, Prefeito, sabe bem

que a função de controle atual é essencial, mas teríamos de

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 primeiro mudar umas leis em Brasília, para depoisimplementar! –  Falei;

 —  Estão realmente falando que posso viver bem até os

260 anos, esta é uma ótima noticia! —  Estamos tentando reduzir também os efeitos colateraisdos últimos 10 anos de vida, mas ainda estamos trabalhando prefeito!

Paula me olhou, primeiro passo dado, ela sabia queabrindo uma exceção era um passo imenso, e trazendo a filhade Call para dentro, uma aliada de peso, ela me olhou e falou;

 —  Call, queria apenas dizer uma coisa!Vi que Call olhou desconfiado para ela; —  Fale Paula! —  Não tenho nada a ver com sua briga com Peter!Vi o sorriso dele, às vezes poucas palavras mudam o

clima do local e o prefeito sorriu, sua mente mostrava umcontentamento, pois se os Carson, os Moreira e Call nãoestavam contra o novo empresário, e ainda sem mais de ummilhão de antigos desocupados, ele estava a ser monitorado pelos demais e vi Paula me sorrir e sorri de volta, Ketlen vendoaquele sorriso sorriu, ela pensava que se Paula se interessasse por mim, teria João para ela, em si era real;

Call atendeu um intercomunicador e me olhou preocupado;

 —  Pablo me falou que não avistaram a cidade! —  Assim que terminarmos aqui, vamos lá!Call relaxou e Paula falou; —  Problemas? —   Não, apenas tenho de apresentar a um Argentino a

região de Tarbes, no que antes foi um pais imenso, hoje aantiga França se mantêm junto as antigas montanhas, entre elasTarbes!

Call me olhou e falou;

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 —  Então esta a um dia de Paris? —   Sim, a um dia de entregar com 12 dias de

antecedência a cidade, Call!

Call sorriu e ouvi ele falar para os seus olharem mais para o lado de Tarbes, e vi Call olhar para mim e falar; —  Estavam olhando para o lado errado, agora viram, ele

 pediu desculpas pelo atrapalho! —   Compra um óculos para este seu engenheiro Call, a

cidade é imensa!Call sorriu e nos despedimos, as coisas estavam calmas e

 precisava voar para França como se fosse parte de casa, masnão era, então olhei Paula e ela sorriu como se não fosse problema;

 —   Ketlen, se for nossa assessora de Marketing, apenasgostaria de pedir uma coisa? –  Falei olhando a moça;

 —  O que precisa? —   Tem de aprender a manter as informações mais

fechadas!Ela sorriu, e Call viu que eu iria por freios na língua da

filha, sabia que acabaram falando de mais, por uma frase dela,e adentramos ao elevador e Call perguntou;

 —  Pensei que Paula viria junto? —   Melhor não, assim acertamos detalhes que não

 precisam ser públicos!Call sorriu, adentramos a aeronave dele e apenas dei as

coordenadas, o piloto acertou no curso e o veiculo saiu do chãoem direção ao leste, primeiro sobre parte da cidade, depoissobre o mar, que tomou aquele planeta nas mãos, a temperaturamedia do planeta aumentou perto de 12 graus no ultimo século,a água quando absorvia energia, demorava mais tempo para asoltar, do que a terra, com menos terra, o planeta aqueceu maisum pouco, Call gostou das planilhas que passei a ele e sabia

qual o meu temor, mas não iria fugir disto, 3 horas depoisestávamos já sobrevoando terra indo agora um pouco mais a

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norte e Call sorriu ao olhar a grande cidade sobre o mar, e pousamos ao centro, ele viu que os seus já estavam a falar comos transportadores e descemos a cidade, Call olhou oengenheiro, lembrei dele, mas ele não de mim, fomosapresentados, e o ser me olhou e falou;

 —  Parece a que perdemos vindo para cá!Call sorriu, era igual, mas o que podia falar, me olhou e

depois para o engenheiro e falou; —  Este senhor era o empregador do João Moreira, Pablo!O engenheiro não entendeu, mas ficou claro que era de

mim que haviam roubado as duas cidades flutuantes, Callolhou cada detalhe enquanto a cidade transitava pelo mar aonorte, estávamos já quase sobre a região que fora um dia agrande Paris, e vimos uma serie de administradores a chegar aolocal, e cumprimentarem Call e olharem encantados a cidade, eum falou em inglês;

 —  Senhor Call, pensamos que não teria uma reserva! —   As vezes dilatamos um contrato que podemos e

cumprimos os demais, muitos falam demais, sem saber o queesta acontecendo!

 —   Mas ela esta nas especificações!  –   Perguntou o prefeito da futura cidade;

 —   Não cobrarei por adendos a mais, mas cobre asespecificações e teremos de acertar com um acordo deimobilizados!

 —  Como assim? –  O prefeito; —  Este rapaz ao meu lado, é Joaquim Cezar, e junto com

as empresas dele, estamos implantando uma revolução noantigo tratamento de sobrevida, com qualidade nas mesmasespecificações, mas podemos ganhar mais de 40 anos de forçade trabalho, qualidade de vida e principalmente, pagamento deimpostos prefeito!

 —  E querem começar a partir daqui?

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 —  É uma cidade nova, terá leis novas e pessoas novas,este tratamento só tem valor a pessoas com menos de 90 anos, prefeito!

 —  Acha que temos interesse? —   Tem de ver se quer ficar para depois, poisimplantaremos na grande São Paulo, se quer os seusimplorando depois ou fazer parte da primeira leva!

 —  E as leias lá? —  Brasília esta já estudando o meu projeto que mandei a

 pouco, eles gostaram da idéia, tem de ver senhor que estamosfalando em sobrevida até os 260 anos, com a mesma qualidadedos 90 anos!

 —   Certo, temos de falar nisto, pois sabemos que és umgrande pagador de impostos Call, e isto gera o pagamento damaioria dos gastos públicos, mas teria algo a mais?

 —   A cidade comporta um crescimento de 100 anos, aexigência era de no mínimo 30 anos, prefeito!

 —  Pensamos que teríamos de fazer nova licitação, sabeque a administração deste crescimento é do senhor?

 —  Sei, mas por isto pretendemos assim que a prefeituraestiver instalada, mandar nossas pretensões referente aosnossos investimentos!

Eu me mantinha meio quieto, meu francês era apenas o básico, teria de aprender um pouco mais, e Call reparou queobservava mais do que falava, mas quando o prefeito foi querer

 por defeito, e os seus engenheiros adentraram a cidade, umdeles veio a eles, e falou;

 —  Prefeito, esta acima dos nossos padrões! —  Como assim? —  Tem mais de 300 esquemas de segurança por divisão,

tem uma sede para cada 300 mil habitantes, mas com total proteção a dados, a imagem, e principalmente, a cidade é feita

 para quase toda quadra flutuar independente, se tivermos umcaos total, muito além das especificações!

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O prefeito olhou Call e falou; —  Sabe que chamei os melhores, pois achei que iria nos

entregar refugo!

 —  Este projeto demorou mais de 3 anos de calculo parasair do papel prefeito, não é algo que foi feito do dia para anoite, mas é uma cidade base, nosso melhor produto, tem genteque pede o melhor e quer pagar o mínimo, e depois vemreclamar!

O prefeito achou que foi um elogio, mas os engenheirosestavam a babar e um deles virou para mim, e perguntou algo efalei;

 —  Meu Francês não é bom!Call sorriu, ele sabia que entendia, mas não estava a

 participar, mas o rapaz insistiu em Inglês; —  Mas de quem é um projeto tão perfeito!Olhei o rapaz e falei; —  O engenheiro que projetou isto, esta na não existência

rapaz, não preciso falar disto!O rapaz me olhou assustado e perguntou; —  Era um imortal? —  João Moreira! –  Falei e olhei os rostos, estava a criar

uma lenda, e o prefeito me olhou e perguntou; —  Mas não era o terrorista? —  Não prefeito, ele testa resistência de cidades, se você

explodir todas as balsas desta cidade, todas num cronometrar perfeito, primeiro, não terá fogo, não terá instabilidade, e elanão afundara, ele não era um qualquer, gênios são poucos, maseles geralmente acham inimigos onde não se precisa!

 —   Então esta a afirmar que esta cidade passaria emqualquer teste de superfície?

 —  Ele testou uma destas a fazendo navegar no Golfo deOmã, e sabe que nem navios pequenos passam mais lá senhor!

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 —   Esta a dizer que uma cidade destas é feita paranavegar até sobre minas?

 —  Era um teste senhor, não recomendamos por mais de 6

dias, mas a cidade agüentou as explosões por 6 dias, e veio a pique, depois disto ele somou duas camadas de Fibra deCarbono, nas bases, e não fizemos um teste deste novamenteainda!

Call sorriu, era algo impensável navegar com uma cidadedestas em um golfo como o de Omã que no fim das guerras,antes da área lateral ser alagada, foi cheia de minas desuperfície, e submersas, uma cidade pelo peso, tinha um calado

de mais de 90 metros de profundidade, então rasparia nas duasestruturas, e o engenheiro olhou para o prefeito e falou;

 —  Ela tem mesmo uma carapaça digna de um submarinonuclear Prefeito!

Call viu o prefeito assinar a entrega e falar; —  Pelo jeito andei ouvindo muita fofoca Call! —  Compreendo, mas não sou de fugir a uma multa, se

fosse o caso, a pagaria, mas não entregaria menos que omelhor!

Eu ri, pois sabia que era mentira, Call me olhou commalicia nos olhos e falei;

 —   Prefeito, este é o projeto mais moderno de cidade jáimplementado!

 —  Bom saber!

Vi o prefeito fazer a transferência para Call do pagamento, e naquele momento entrava na lista dos grandesnomes, não antes, mas estava a criar um problema, e umasolução, e quando Subimos na estrutura que era prédeterminada para as empresas de controle de Call, ele estariana cidade, independente de ganhar ou não uma concorrência, ecom um produto que sabia-se o preço e quanto cada cidadão

usava, em si, o maior pagador de impostos, por isto seudinheiro se mantinha e ampliava, se tivesse índice de

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crescimento positivo, mas estava no negativo a 200 anos, entãoele me ouviu mais por falta de opção do que por querer mesmoa solução;

 —  Sabe que mesmo os nossos laboratórios, parecem deultima geração! —  Mas são, a geração que vira Call! —  Joaquim Cezar, o rapaz que me fez impressionar um

Francês, viu a cara do engenheiro? —   Sabe o produto que vendo Call, se quiser

fornecimento, sabe o preço, mas ninguém acreditaria, masgosto da forma que fiz em Santos, oferecer a um preço menor,e ficar com parte dos imóveis em meu nome!

 —  Eles sempre deixam as ampliações por nossa conta!  –  Call;

 —   Call, na grande São Paulo, estarei empregando maisde 4 milhões de pessoas, estou as colocando perto do trabalho,mais fácil de controlar, e pretendo revitalizar toda a cidadeantiga!

 —  Vai os tirar de lá, por que quer as terras? —   Tem áreas de tamanha concentração, que eles não

refazem os antigos prédios, por não ter como sem uma guerra,refazer as bases!

 —  Esta pensando em 100 anos, eles não pensam assim! —  Estou pensando em meu filho, em mil anos tocando

isto! —  Não quer mesmo a imortalidade? —  Call, eu tenho um filho, e confio nele, ele vai ser um

grande homem, mas ainda é uma criança a instruir! —   Esqueço que os Fanes começam cedo, mas sabe que

um menino eu sempre quis, mas nem tudo acontece com deve! —  Tem de parar de culpar ela por isto Call! —  Como sabe?

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 —   Fala com magoa, não adianta culpar quem não temculpa!

 —  Ela me tira do serio, ela me faz sempre achar que ela

encontra o irmão ainda, ela não me poupa disto!Eu estava pensando na filha e descobri que ele falava daesposa, e falei;

 —  Call, não tenho nada a ver com isto, mas tem de verque ela esta com você, e não com o irmão, tem de parar deanalisar como a sociedade o faz, pois a imortalidade é feita para vocês se entenderem, e não para se condenarem!

 —  Sabe que a muito não falo com ninguém, me escondoatrás de uma violência, Peter era meu melhor amigo, o únicoque entendia o que eu sentia!

 —  E o que mudou? —  Eu escolhi este caminho, que pela primeira vez vejo

que era da extinção, mas não sei se posso reverter isto! —   Aquele maluco do João, sempre dizia que criar

universos é mais fácil do que administrar amores! —  Gostava dele! —   Call, eu acredito nele, ele vai sair, não sei como,

quando, mas ele vai dar um jeito! —  Fala como se ele fosse algo muito especial! —  Ele queria outro caminho, tentei mostrar para ele que

as pessoas não se tratam com violência, mas ele achava que podia criar mil mundos e por os humanos a viver os dias quelhe são direito, mas era um sonhador!

 —  Ele me falou isto, mas não levei a serio! —  Ele não era fácil Call, ele batia para ser ouvido, e isto

não é bem aceito em uma sociedade de dopados e pessoas quenão estão mais acostumados aos demais batendo!

 —  Verdade, mas por que acha que se ele vai voltar nãovoltou ainda?

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 —  Call, ele esta fora do tempo, ele pode voltar até antesde ter entrado, e se passar por alguém normal, ninguém entendeaquele local, mas imagino que o primeiro ano, sem osalucinógenos que ele tomava, ele vai estar muito mal, depoisele vai organizar as idéias, e somente depois disto, ele ou criaum mundo imaginário e vive, ou sai e faz o que bem entende!

 —  Esqueci que ele era um viciado, ele realmente vai teras dores insuportáveis de cabeça, vi gente ter isto por dez anos!

 —  Com analgésicos, imagine sem eles? –  Afirmei;Call olhou-me e balançou a cabeça como se entendesse,

 para sair ele teria de pensar, mas como pensar com a cabaçaestourando, e falou;

 —  Vai dar um pulo em casa? —   Não posso, tenho de estar no Rio de Janeiro hoje à

noite! —  Vai entregar uma cidade lá? —   Vou, menor que esta, mas o projeto fixado sobre o

Pão de Açúcar. Vai fazer aliados e inimigos, mas tenho de estarlá, se puder me dar uma carona de volta!

 —  Não gosta muito de usar os Dons pelo que vi! —   Eles me irritam Call, magia acalma, mas Dons,

irritam!Call sorriu e voltamos a grande São Paulo e enquanto

sobrevoamos a cidade, Moreira entregava a proposta à prefeitura e protocolava as formas e mesmo sabendo que era

uma cartada de mestre, pois por aquele preço, era difícilalguém vencer, fui ao Rio de Janeiro com Paula e lá chegandofomos a prefeitura e o prefeito fala;

 —   Joaquim Cezar, vi que a cidade esta chegando, masMoreira me ligou mais cedo e me indagou sobre outros projetos!

 —   Sim, ontem falamos da parte turística, hoje quero

saber se liberaria um novo porto, e uma região industrial na parte dos fundos das praias!

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 —  Pensei que estava ainda nos planos de ontem? —   Prefeito, amanha começo a fixar a cidade nova, e já

estão chegando hoje, os rebocadores para começar a reforma

do antigo porto, a parte pesada é rápida, o difícil são sempre osacabamentos! —  Certo, mas pelo jeito conseguiu bons aliados? —  Ainda estou tentando me acertar com isto!Os assuntos foram técnicos e fomos a cidade, e Paula viu

que estava meio confuso, não sabia administrar tudo que estavaarmando e ela falou;

 —  Acha que terá problemas? —  Vou ter problemas, mas preciso falar com seu irmão! —  Por que?Abri uma porta no ar e ela passou a frente, olhou a

grande praia a frente e me olhou; —  Onde estamos? —  Estamos navegando no sentido do Rio de Janeiro, mas

 preciso de parcerias!Paula olhou em volta, viu os grande prédios na mesmaaltura, viu as calçadas estilizando ondas e lembrou de umtempo muito distante, fora naquele lugar num passado distante,mas era na real, os prédios no fundo, no lugar de ter os antigos poucos andares, eram todos em altura padrão de 100 andares atoda a volta, e olhou a praia e pensou o como algo assim lhefazia falta, senti os pensamentos dela, e ela caminhou a praia eme olhou;

 —  Este lugar é incrível! —   Decidi viver a vida, mas quero lhe perguntar uma

coisa Paula! —  Fala? —  Vai estar até quando aqui ao meu lado?Ela me bloqueou e sorri e ela não gostou;

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 —   João, sabe que meu destino é interligado a outra pessoa!

 —   Não perguntei em outra existência, não perguntei

daqui a uma vida, perguntei algo palpável Paula! —  Acha que fico até quando? —  Eu não sei, queria lhe amar para sempre, mas sei que

vai ficar chato, e quando isto acontecer, não lhe seguraria, poisa mataria!

 —   Você é diferente, lembra meu irmão falando, umconquistador, e ao mesmo tempo, alguém que não demonstraapego, mas sei o que sente, esqueceu?

 —  Esqueceu que sabe o que quero que saiba Paula! —  Mas não parece esconder nada! —   Mas sabe que posso até me passar por outro, ou vai

dizer que não ficou na duvida? —  Fiquei, mas estou aqui, o que quer mais? —   Saber se esta aqui, ou se é apenas meus olhos a

colocando ai! —  Sabe que tenho de controlar as coisas, mas volto emminutos!

Vi ela sumir da minha frente, e fui à avenida, peguei ocaderno e comecei a terminar o projeto, mas não fechei traços,mas reforcei o que não estava a vista, e fiz duas replicas dacidade que entregaria no Rio, encaixadas ao fundo da praia,ninguém estava a olhar mesmo, ou se estavam, eu não sabia,dois portos, entre as divisões, e uma área imensa verde, entre asduas cidades e mais duas cidades, um parque com arvores, comgrama, chafariz, parte temático e uma montanha falsa,dividindo a cidade, depois de tudo um novo porto e aeroporto eum aeronaves;

Estava sentado em um banco e vi Paula e Peter surgir aareia lá a frente, vi o rapaz olhar o local, e sorrir, olhou para

onde eu estava e guardei o caderno, em minha pasta e os doisvieram caminhando até mim;

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 —   Joaquim Cezar, pelo que vi ainda não sei se é um perigo ou um aliado!

 —  Diria que sou um novo rumo!

 —  O que quer falar? —  Sei que seu ramo é entretenimento, e teremos muito

entretenimento nesta cidade, de festivais de dança, recriei oespaço para shows como os dos anos 2 mil, quando tinham umlocal de Samba, eu acho, não sei ainda como resgatar isto, masacho uma ótima forma de entretenimento, queria parceria notocar de 6 parques temáticos, e mais de 200 hotéis, que não sãominha especialidade!

 —  Duzentos, vai começar pequeno? —  Vou, mas sabe que não posso inaugurar tudo de cara,

 precisamos de gente, e não tenho mais que 4 milhões de semregistro e outros 3 milhões desempregados!

 —  Certo, mas posso dar uma olhada? —  Sim, tem um aero — móvel na orla nos esperando!Os dois me seguiram e primeiro foi na direção das praias,

e os dois viram as 3 grandes praias, sobrevoamos os portosnuma curva de 60º, e quanto olharam a cidade em anexo, Peter perguntou;

 —  Esta a falar em administrar tudo isto? —  Sim!  –  Sobrevoamos após os portos a parte ao fundo

dos grandes prédios da orla, 10 quadras com prédios todosnivelados e separados por grandes avenidas, depois a região

comercial e depois a industrial; —  Tem parceria para a industrial? —  Em parte Moreira entra neste empreendimento!Viramos no estremo do porto, se fizesse um ângulo de

60º a direita voltaria as praias, virei a esquerda e os dois virama grande montanha a frente, a área verde e pousei a entrada do parque e Peter me olhou;

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 —   Vai dizer que os parques temáticos estão todosembaixo da montanha?

 —  Sim, 6 entradas independentes, 6 parques diferentes!

Vi os dois olhando em volta, pareciam estar em meio auma cidade das antigas, com área verde ao centro, e entramosno primeiro parque e pegamos uma condução, mostrei osdetalhes aos dois e quando saímos novamente voamos até oestremo da cidade e Peter olhou para traz, estávamos a mais de40 km das praias em linha reta, e ele viu a ultima parte dacidade as duas partes acopladas na parte do parque central, erauma cidade em volta daquela área verde e falou;

 —  Se quer um parceiro, acho que vai precisar de muitos! —  Vou, falei com Moreira ontem, ele vai me apresentar

 parte dos empresários, se tiver pessoas interessadas, nãoestamos ainda com a cidade instalada, temos 15 dias parasomar no projeto!

 —  Pretende esta com isto instalado em 15 dias! —  Peter, sou um homem de negócios, esta aposta é um

 projeto que quero vender igual para os EUA, tenho algosemelhante, chamado de New York, uma cidade de mais de 20milhões de habitantes, com parque, com divisões flutuantesligadas por pontes e ligações mas olhando por cima, pareceriaserem partes desconectas pois tem 10 metros de água, emcanais artificiais!

 —  Então esta pretendendo enfrentar o desafio do governo

americano, de reerguer New York? —  Quero provar que é possível, se eles quiserem pagar,venderei!

Paula estava me olhando com carinho e Peter percebeu e perguntou;

 —  O que tem com minha irmã?Olhei para Paula e falei fechando as ligações mentais;

 —  Desculpe, mas este convite não tem haver com isto!  –  Fui seco;

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 —  Não vai responder rapaz! —  Se tivesse certeza de algo, falaria, mas a conhecia a 3

dias, é muito cedo, e nem sei ainda o que ela quer com isto!

Peter olhou para Paula e falou; —  Ela sente algo, esta me bloqueando! —  Não quero ouvir de você isto e sim dela!Paula olhou para mim, não fui simpático, não pedi nada,

estava expondo o que queria, e ouvi no final; —  Soube que convenceu Call a ampliar o tempo de vida,

até onde vai com isto?

 —  Até onde achar seguro! —  O que quer dizer com isto? —   Vocês tem de parar de brigar por algo que os dois

sabem que acontece, Kátia, mas não vou me meter nisto! —  O que quis dizer com isto? –  Peter; —  Que Kátia e Ketlen, ficam no meio e não é justo, tive

de tirar sua filha do meio dos sem documento hoje, sabe bem o

que pode acontecer se os seguranças pegarem ela lá em baixo! —  Ela sabe se defender! —   Não estou preocupado com ela, e sim com a cidade

acima Peter! —  Veio bem informado, mas por que disse que acontece? —  Se Call que é cego de amor vê, os demais devem fazer

muito para não ver, não é por estarem fora do tempo, que não

deixam evidencias, Peter! —  Certo e o que faria? —   Eu não preciso fazer nada, ele ainda lhe tem como

amigo, mas ele assumiu o que precisava, sabia que não tinhacomo criar mundos, ele nunca conseguiu nem um mundo comretardo de tempo, ele fez como sabia fazer, e pressionado porguerras que não foi ele que causou, enquanto você e Liliane se

fizeram de quem não concordavam, não apresentaram algo queele tivesse como seguir!

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 —  Esta a dizer que entende ele? —  Até você entende Peter, ele tinha um planeta depois de

200 anos de guerras com 5 bilhões de habitantes, um mar

tomando tudo, tecnologia que não tinha como recusar pois seu povo estava fugindo dos grandes centros inundados, nãoesquece que cidades com Londres foram fixadas sobre navesFanes, pois não tinha como fazer algo tão rápido em um mundoinundando, e daí veio a ultima leva de guerras, a por terras ecomida, mas sem terra, 5 bilhões de vivos, 3 bilhões de mortes,mas grandes áreas cultivadas sumindo, a temperatura subindonão resolvia muita coisa sem terras plantáveis, acha que

quantos anos demoraram para conseguirem produzir nosPirineus, ele assumiu o que precisava, esta na hora de pararem para pensar nisto e sair destas guerras bobas!

 —  Mas sei que ele tem ciúmes! —  Não se faça de inocente, Peter Carson, todos sabemos

que foi uma desculpa você se por contra os planos, tinha umairmã lá, na verdade ficou na comodidade, Liliane esta somente

agora se controlando e Paula, não facilitou nada isto! —  De onde você vem rapaz? —  Do submundo dos submundo, não é importante isto! —  Esta escondendo algo! —   Estou, descobri que os da América não respeitam

nossos pensamentos no ultimo dia, não gosto de gente olhandoo que não os diz respeito!

 —  Sabe que não gosto de gente que tem medo de mostrarquem é! —  Mas não mostra tudo, muito cômodo! –  Ataquei, sabia

que era fácil desconfiar, mas não queria também parecerinocente;

Peter me olhou e falou; —   Negócios podemos ter, mais não queria se

aproximando de minha irmã! —  Isto não lhe diz respeito Peter Carson!

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 —  Esta a me desafiar? —  Não, sei que é bom em desafios, todos sabemos isto,

mas quem vai decidir se fica por perto ou não é ela, não vai ser

eu e nem você!Peter olhou Paula e ela falou; —  Homens, discutindo sobre o que não lhes diz respeito!Peter me olhou serio e falou; —  Sabe que não pretendo mudar de posição referente a

Call! —  Como disse no começo, não tenho nada a ver com isto

mesmo! —   Vou pensar em o que podemos fazer em comum

acordo, mas pelo menos sei que não veio brincar de ganhardinheiro!

 —  Passar bem! –  Falei e vi os dois adentrar uma porta esumir em um destino desconhecido, puxei o caderno e termineios portos e os transportes, e entrei no veiculo e fui a um prédiono cento da cidade, de frente ao parque, e olhei para baixo,adentrei ao prédio e passei por um portal em direção ao docentro da cidade de São Paulo, e olhei para a sala, tomei aminha forma, e adentrei em silencio a peça, olhei Ketlensentada a olhar para fora, e ela se assustou a me ver ali e falou;

 —  Pensei que não viria? —  Vamos sair daqui Ketlen!Fomos ao portal e passamos para a cidade que estava

indo em sentido do Rio e ela olhou para fora, e perguntou; —  Onde estamos? —  Um trecho novo que esta indo ao Rio!  –  Abracei ela e

a beijei –  Estava com saudades destes lábios! —  Nem sentiu falta! —  Esta vendo outra aqui? —  Não, mas não quer dizer que não tivesse!

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 —  Paula deve chegar em breve, mas a maioria nunca vaientrar neste apartamento!

 —  Esta fora do tempo?

 —  Não, é que não tem porta para ele, é um apartamentono andar de numero 102, de um prédio de 100 andares! —  E a entrada é por São Paulo? —  Teremos um assim em Paris e um em Londres, mas

seu pai não pode desconfiar que sabe bem que ele me capa! —  Não brinca com isto!Sorri e fomos a sacada e ela olhou a imensa cidade e

falou; —  Tudo isto vai vender? —  Parte vou administrar, mas parte vou vender, mas quer

ver o que os trará para cá? —  Não disse que não tem entrada?Subimos a cobertura e pegamos um veiculo aéreo e

descemos a rua, e entramos no prédio e fomos a um andar

 baixo, e ela adentrou ao apartamento, um banheiro de 4 metrosquadrados, e um quarto de 20 metros quadrados com camasespaçosas e um pequeno canto particular, e olhou para mim efalou;

 —   Vai vender espaços desejados, mas sabe que muitosvão reclamar!

 —  Inveja é isto menina!

Ela me beijou e voltamos ao apartamento e quandoentramos Paula estava a nos olhar e falou; —  Não posso nem deixar Peter em Casa e já esta com

outra? —  Sabe que somos um, o que quer mais do que saber até

o que sinto? —  Saber por que foi tão duro com Peter?

 —  Por que ele tem de pensar, ele não é burro! —  Mas você disse que Ketlen é filha dele!

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Eu olhei para Ketlen e perguntei; —  Isto é segredo para alguém, ou só eu e você sabemos? —  Paula, Call sabe que não sou filha genética dele, desde

que nasci, não é segredo isto!Paula olha para a moça e pergunta; —  E acha isto normal, sua mãe se encontrar com ele? —  Minha mãe é ciumenta, ela quer controlar os dois, mas

como sabe que não consegue nenhum dos dois, ela tentamanter as rédeas, sem saber bem onde vai parar!

 —  E você sabia disto e não me conta?

 —  Eu falei, não disse para Peter que ele escondia coisas? —   Falou, perguntei o que você quis dizer, e ele não

soube o que falar!Ketlen me olhou e perguntou; —  Vai ter um apartamento no centro do tamanha de 100

apartamentos, e acha que quanto tempo para meu paidesconfiar?

 —  Ele vai saber em breve, mas não sei como falar aindacertas coisas!Paula sorriu e falou; —  Quando ele souber que João Moreira é o mesmo que

Joaquim Cezar, ele vai lhe matar!Ketlen me olhou com desconfiança e perguntou; —  Ela esta falando serio?

 —   Sim, acha que não vi você sorrindo quando Paulasorriu para mim?

 —  E não ia me contar? —  Já iria, mas lá é outra pessoa, ele não tem os mesmos

escrúpulos, e controla a língua somente às vezes!Paula me abraçou e a beijei, minhas meninas eram lindas,

e não me neguei a elas, estávamos a ir a um encontro de peso,

mas com o comunicador ligado, estava atento a cada passo da

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segurança, pois era a minha grande ameaça, eles podiamcomeçar uma guerra, mas sabia que tudo era questão de tempo;

Estava deitado quando o meu comunicador tocou e ouvi

do outro lado; —   Joaquim, estamos com uma grande entrada deseguranças pela região da Marginal!

 —  Estou indo! Nem falei nada, deixamos Ketlen ali e eu e Paula

surgimos em meio a um conflito, seguranças metralhandogente, surgi em meio a uma correria e corpos ao chão, olhei para os seguranças e um me apontou uma metralhadora,dopado, peguei o comunicador com toda a calma e liguei parao secretario de segurança;

 —  Secretario, o que seus homens estão fazendo na áreada marginal!

 —  Quem? —  Joaquim Cezar! —   Sei que os defende, mas temos indicio de uma

desordem, não vou permitir que interfira! —   Então liga para as famílias e informa que morreram,

 pois não vou morrer por que es um irresponsável! —  Não pode os matar! —  Tem um me apontando uma metralhadora, crianças e

mulheres mortas ao chão, acha que isto é desordem, vejo comochacina, mas não pretendo morrer hoje!

 —  O que faz ai? —  Pedi para o prefeito tirar os seus daqui hoje e sei que

ele deu a instrução, estava com ele, se quer que eles sedivirtam, escolheu o lugar errado, Secretario!

Fiz fogo com a mão e os Seguranças viram uma leva deFanes as minhas costas fazer o mesmo, Paula tocou umacriança ao chão e ela abriu os olhos e não poupamos

assassinos, quinze minutos depois, quando a ordem de

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suspender a operação estava sendo passada ao radio, nãohaviam mais seguranças vivos, olhei Paula e ela leu meus pensamentos, e Magda as minhas costas fez um rapaz atender aligação e falar;

 —  Sim! —  Tem ordens de suspender a missão! —  Senhor, ligue para o outro lado, muitos estão mortos! —  Quem esta lhes atacando? —  São Fanes, eles revidaram o fogo, alguns morreram! —  Aguenta ai, vou ligar para alguém!

O meu comunicador tocou e atendi; —  Fala secretario? —  Vai responder por estas mortes! —   Se me fizer responder pelas mortes secretario, vai

responder por matar mulheres e crianças, aos milhares, pois é acena que tenho a minha frente, vai ter cenas indo ao ar deseguranças fazendo o que melhor fazem, matando inocentes,

espancando, torturando, agora entendo onde me alertaram quea cidade não era segura, na segurança, mas pensei comoinstitucional e não como primeira pessoa!

 —  Não pode fazer isto! —  Estou mandando os que se entregaram para cima, mas

estou na sua sala em 10 minutos com o prefeito e com todauma leva de políticos e empresários!

 —  Mas o que vem fazer aqui! —   Hoje o senhor vira um sem identificação, vamos verse gosta do tratamento que ensinou aos seguranças!

Desliguei e olhei Magda, e falei; —  Adultera as identificações, põem 3 mil sobreviventes

de baixo escalão para cima!  –   Olhei para Paula  –   Conseguealguém para por estes nomes no sistema?

 —  Sem problemas!

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Paula estava a socorrer os primeiros baleados e vi Petersurgir ao meu lado e falar;

 —  Não sabe que não o apoiarei nisto?

 —   Se mantêm na posição cômoda, Peter Carson, poisassim dá razão a Call, em todos os atos, e vira cúmplice decada morte, coautor!

Paula olhou para mim e depois para o irmão, ela faloualgo, mas não sei o que foi, se ela deixasse aberto estecaminho, ele saberia que tinha um pacto com ela, e não pretendíamos que ele soubesse por enquanto;

O meu comunicador tocou e ouvi; —  O que aconteceu Joaquim! —   Prefeito, estava em uma reunião na região da

Marginal, e os seguranças que pedi para tirar daqui, chegarammetralhando tudo, ou tira este secretario ou vou ter de repensartudo o que falei!

 —  Mas ele disse que não haveria operação hoje! —   Para mim o que vi hoje era lenda, concurso de

escalpos, já havia ouvido falar, mas para mim, prova que osecretario ou não controla o seu pessoal, ou não esta nem ai para a verdadeira segurança!

 —  Mas tudo bem com você? —   Levei sorte, Paula Carson estava comigo aqui, senão

não sei! —  Eles atiraram nos dois? —  Estavam como sempre prefeito, 3 doses consecutivas

de alucinógenos, sabe bem que eles não reconhecem nem osfilhos assim!

 —  Mas faria o que se fosse eu? —   Prefeito, castigo para os demais respeitarem, o

transforma em um sem cadastro, e se alguém dos grandes quedesceram tivesse sobrevivido, recomendava o mesmo, assim

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como para os que coordenaram em suas salas, pois alguém comcerteza controlava tudo isto!

 —  Quer um exemplo, para não haver mais disto!

 —   Uma coisa é eles continuarem fazendo pensandonunca ser com eles, outra é pensarem que podem acabar aquiem baixo!

 —  Vou falar com as pessoas, sabe quantos mortos? —  Mais de 3 mil não identificados, foi o que contamos

até agora! —  Certo, e seguranças?

 —  Uns 500 deles! —  Sabe que tem gente que vai reclamar! —  Quero mais que reclamem prefeito, tem gente que não

sabe o que é ser humano, mas os faço falir e jogo nosubmundo, sei bem fazer isto!

 —  Lhe ligo na sequência!Falei com o prefeito olhando para Peter a minha frente, e

ele falou; —  Vai mesmo pedir a destituição deles? —  Sim, ou acha que pego leve com covardes! —  Sabe onde esta minha filha? —  Não a sente? —  Não quando ela me bloqueia, quase sempre! —  Então não posso lhe ajudar!

Virei as costas e falei para Magda; —  Manda eles para cima sem armas, vamos ter gente lá

dentro, e com o tempo, vamos por um deles no comando!Peter olha para mim e fala; —  Acha que eles vão engolir?Ele olha para Paula, era obvio que ela havia falado algo; —  Peter, se quer se fazer de cego, continua nisto, o que

esta fazendo aqui?

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 —  Segui a magia, sabia que alguém estava usando! —  Um controlador, mas era sua irmã, mãe, não entendi

isto ainda!

Peter some no ar e Paula brada; —  Por que o afasta, assim me afasta!Sabia que era encenação, mas se no jogo, jogue; —  Eu não sei calar para certas coisas, João estava certo,

eles matam crianças! —  Mas vai fazer o que agora? —  Esperava ter você do meu lado, mas se não estará lá,

compreendo!Olhei o pessoal, dei as instruções e dois minutos depois

estava a entrar na sala do secretario de segurança, antes mesmode qualquer um, já o conhecia, ele quase me enganou, sefazendo de não informado, mas estava apenas numa cômodasituação, aquilo de controlar os demais e ninguém falar nada,senti os seguranças a porta e levantei minhas proteções, todaselas, não interessava se iriam sentir, e olhei o ser e falei;

 —  Haviam me falado que fazia parte e não acreditei! —  Do que esta falando, matou dos meus! —  Matei, para me defender, agora vai ter de explicar por

que seus homens atiraram sem pedir a identificação! —  Mas lá não tem ninguém sem identificação! —   Tinha eu, uma leva de meus seguranças, Paula

Carson, eles mataria todos e diriam o que, fomos encontradosmortos?Vi Call entrar pela porta e me olhar e falar; —  Não deveria estar lá! —  Você Call, pensei que fossemos aliados? —   Não pensei que você estaria lá, eles precisam de

diversão!

 —  E matam crianças para se divertir Call? —  Não são gente!

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 —  Pensei que poderíamos fazer negócios, esquece, estoutirando as minhas empresas da cidade!

 —  Não vai desistir de dinheiro assim?

 —   Dinheiro é fácil conseguir Call, mas Peter se pôscontra minha ação, agora você, os dois pensam igual, e sefazem de inimigos, que se virem, vou soltar a minha criação evocês que se virem!

 —  Do que esta falando? —  O secretario; —   João Moreira saiu hoje sedo, com tudo parado pela

 porta que entrou, deve estar agora, com a filha de Call emalgum lugar, quer dizer de Peter, sei lá, mas vocês que seentendam, agora entendo o que querem, matar todos, sejam bem cruéis, eu vou terminar de instalar, o que me propus, masestou encerrando os meus projetos!

 —  E os sem registro? —  São da cidade, estava a tirar mais de dois milhões de

lá, se virem com a revolta deles, não estão nem ai para isto,outra coisa, não vou amanhecer num país destes, se acham que

ganham algo com o que fizeram, ganham, minha retirada, nãovou ter um filho numa cidade onde o chefe de segurançamanda matar e o maior empresário assina a autorização!

Eu sai pela porta e vi o senhor olhar para os segurançasmas eles não conseguiram se mexer e olhei para Moreira efalei;

 —   Entrego o que me propus, mas esquece o resto dos

 projetos, a cidade não me quer por perto, não ficarei!O prefeito me olhou e falou; —  Mas o que aconteceu? —   Prefeito, vocês sempre viram o chefe de segurança

matar crianças e nunca falaram nada, vejo que teria de bater emtodos, não sou João Moreira, então me retiro, não queremevolução, não querem viver mais, não querem uma cidade

melhor, eu não vou ficar batendo em pedra para vocês veremque estão no caminho de animais, e não de pessoas civilizadas!

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Dei as costas e sai, não fiquei para ouvir, estavarevoltado, inverti os motores de aproximação da cidade e perguntei quem estaria comigo e alguns ficaram, outros commedo se recolheram, eu desatraquei as duas cidades, com quemquis fazer parte naquele fim de tarde, e comecei a por elas nadireção do mar novamente, para águas internacionais, liguei para o prefeito do Rio de Janeiro, e confirmei a entrega do quefora pago, mas que esquecesse os demais projetos, estava meretirando do país, muitas perguntas se fizeram na manhaseguinte, e quando em águas internacionais, acoplei as duas praias, uma de cada lado, prontas para impressionar, as duas

levas de cidades que vieram da região de São Paulo, sentei a praça, e fiquei a pensar o que fazer, estava sem saber recuar, acidade estava me olhando sentado, mais de 2 milhões decabeças resolveram me seguir das quais, mais de 200 milFanes, levantei as proteções de ataque, e as de magia, e os donse vi Rose surgir a minha frente e falar;

 —  Pensei que estava na não existência?

 —  Hoje queria estar Rose, precisava não pensar, mas láse pensa mais que aqui, como se muda um povo por dentro,como fazer um bando de animais virarem seres humanos, istoque não sei responder!

 —  Esta julgando eles por poucos! —   O povo nem quer saber, matar sem identificação é

como matar ratos, Peter, Call, Paula, Moreira, todos fazendovistas grossas, você e Liliane, todos, não quero ver isto, já vivi

muito para 16 anos, não quero viver isto pela eternidade! —  Mas vai desistir assim? —   Vou, não posso brigar com todos, energia para isto

tenho, mas não quero, eles tem de escolher, não eu, se todosquerem morrer, por que eu preciso os fazer sobreviver,democracia não é a vontade da maioria, eles querem morrer aos120 sem dor, eles querem matar uns aos outros, por que não

sei, querem sentir o prazer de tirar o escalpo de uma criança

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morta a metralhadora cruelmente, desculpe, que prazer temnisto!

 —   Eu já desisti de entender humanos, até Fanes João,

não tem nada de bonito na maioria, poucos fizeram a historia ea maioria fez pela crueldade, mas com se diz, deram uma cararomântica, apontando a parte bonita, não a feia!

 —  Mas não quero fazer parte disto! —  E este pessoal, eles acreditaram em você! —  É neles que estou pensando Rose, senão já tinha feito

merda!

 —  Certo, eu ajudo a administrar a cidade, mas tenho desaber a idéia? —  Uma cidade turística, temos praias, parques temáticos,

linhas de transporte, hotéis, cassinos, estava a começar a treinaro pessoal, mas nem sei se posso fazer isto, estamos em lugar deninguém, quem viria aqui?

 —  Quem não concorda em estar lá! —  E quem não concorda Rose? —  Eu não concordo! –  Ouvi as costas e olhei para Liliane

e algumas moças as costas, mas não era quem queria ali e sabiaque estava sendo mesquinho, estava pensando em mim e nãonas pessoas, respirei fundo e olhei para ela e agradeci;

 —   Obrigado pelo apoio, mas nem sei se estou nocaminho mais!

 —   Tem coragem menino, 99 por cento das pessoas nãofazem nada de valor, esta a fazer o que acredita, mas viu quenão teria como fazer, e Call vai pagar pela língua grande!

 —  Não sei o que ele quer? —  A filha, que esta lá em cima a sua cama!  –  Paula que

surge as minhas costas, olho para ela e nem pergunto nada; —   João, tem de parar de pensar no que se passou, tem

gente que confiou em você! –  Rose;

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Estava sentado e olhei em volta, precisava fazer algo,mas nem sabia o que ainda, mas obvio que haviam duas coisasa fazer e ambas eram muito complicadas de administrar, olhei para Paula e ela falou;

 —  Estou aqui, não estou? —  Esta? —  Estou seu bobo!Sorri e Rose viu que estava mais encrencado do que

 parecia, e falei; —   Certo, esta cidade é muito grande para 2 milhões de

 pessoas, ela comporta 16 milhões, então sabemos o que fazer? —  Nem idéia? –  Paula; —  Lembra de como era sua casa, quando o planeta não

era assim, sem muitos lugares para viver? —  Sim, sala, cozinha, quartos, muito espaço? —   Então vamos remodelar, e vai sobrar espaço aos

turistas, mas os habitantes vão viver bem, depois vamos

registrar nossa existência, e por ultimo, terei de ser as duas pessoas, a temida e o empresário, pois vou erguer os dois pontos com muitas fabricas, automatizadas, e dois grandesestaleiros!

 —  Esta falando serio? –  Rose; —  Sim, e pode falar para todo imortal e Fanes, que são

 bem vindos a cidade, e não teremos drogas nela! —  Vão querer nos tirar do mapa! –  Liliane; —  Vão, pois é mais fácil fazer isto, mas não vamos se

 preocupar com isto? –  Falei; —  E como os vamos dar de comer? —   Eu remodelo meu mundo, pode ser uma serie de

campos plantados e com colheitadeiras automatizadas, isto nãoé problema!

Paula me olhou e falou; —  Sabe que gastara muita energia para isto?

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 —  Sei? —  Sabe, quer me deixar, é isto? —  Não, mas não os deixarei morrer de fome, estamos em

meio a um planeta lotado de vida, então vamos definir espaços,criar peixe, camarão, mariscos, podemos ter uma grande produção disto, e se alguém reclamar que estamos aqui,andamos para outro lugar!

 —  Sabe que ninguém vai nos querer por perto? —  Na verdade não sei! –  Paula me olhou serio, ela sabia

que estava escondendo algo, e vi uma serie de aero veículoschegarem perto, eu baixei as seguranças e Paula me olhou, etomei a forma de Joaquim Cezar e Rose sabia que vinham políticos e não estava a fim de os receber, mas sabia que teriade os iludir;

Vi Moreira vir a frente, com o prefeito de 3 grandescidades, ao lado de um senhor que não conhecia, o presidente,ao fundo vinha Call e o chefe da segurança, então sabia que provavelmente não teria acordo;

Paula havia sumido, e a vi surgir no ultimo veiculo comPeter, e ouvi;

 —  Alguém pode me explicar o que esta acontecendo?  –  Falei;

 —   Joaquim, o prefeito quer conversar com você!  –  Moreira;

 —  Pode falar prefeito!

 —  Mas quem tem aqui é de confiança? —  Liliane Canvas, minha deusa, Rose e as meninas multi

 presença, uma leva de pouco mais de 200 mil Fanes, ninguémque não possa ouvir!

O prefeito olhou em volta, e Call observou, o rapaz nãoera um qualquer, estava cercado dos inimigos de outra hora, ealiados também, e Paula veio a frente e falou;

 —  Eles querem saber o que pretende, pois lhes ofereceum projeto e abandona como se estivesse fugindo ou armando!

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 —  Na verdade tudo que vêem aqui, é 1 por cento do que pretendia implantar nos próximos 50 anos, mas não sou de vercovardes matando crianças, com proteção de imortais que seomitem ou assinam embaixo!  –   Olhei para Call e falei  –  Quando falei que estávamos em rota de extinção, em números,não foi para você descer nos submundos e matar mais 3 ou 4milhões de pessoas –  olhei para o chefe de segurança –  Não era para ver covardes de sorte se fazendo grande coisa, se tirar suaidentificação, nem cheirar melhor que eles você cheira, poiseles não cheiram a covarde  —   olhei para Peter  –   e quandofalei em reerguer as coisas, era pensando em futuro, mas parece

que quer apenas os imortais, e de preferências seus filhos nocomando  —  olhei para Paula e falei  –  e não sei o que sentiraquando olhar João de volta!

 —  Não sou covarde! Não me dei trabalho em responder e o prefeito falou; —  Desculpe, a culpa foi minha, autorizei a operação, mas

o que são 10 mil mortes, um peso a menos, tem de ver que não

temos como administras os demais!Olhei para ele e falei; —   Lhe disse que iria os transformar em trabalhadores,

mas não era o que queriam, mas não sei o que fazem aqui?O presidente veio a frente e falou; —   Senhor, não nos conhecemos, mas não pode apenas

tirar investimentos de nosso país, criou um grande

investimento de outros em um caminho que desistiu, ou retornaalguns investimentos ou terá de arcar com as multas, referentea isto!

 —   Presidente, acaba de assinar em baixo do meu nãoretorno, não sai de lá por não achar um bom mercado, mas porachar que me enganei com o investimento, não pode meobrigar a manter um investimento, não existe lei internacionalque possa me processar, pode tentar, mas não vai ganhar nada,

e pagara as custas, mas tenho ainda uma divida com Moreira,

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mas a parte que acordei com ele e com o prefeito do Rio, seráentregue, eu arco com meus compromissos, mas não mantereiinvestimentos em um país em crise social, pois quando as pessoas deixam de ser humanas para virarem animais, é umacrise social e de personalidade!

 —  Esta nos chamando de animal?Olhei a menina brincando ao parque ao fundo e falei; —   Esta vendo aquela menina Presidente, linda menina

correndo feliz pela primeira vez a luz do dia, era isto que osseguranças caçavam nos submundos, e não acho que alguémque mate com uma metralhadora uma criança daquela, nemquem assina a ordem ou quem faz vistas grossas, seja mais queum animal, se tem uma coisa, que sei é identificar problemas, já havia apontado ao prefeito que não aceitaria um caso destes,ele me aponta com milhares de casos como sendo natural!

 —  Mas elas nem deveriam ter nascido! —   Mas estas que não deveriam ter nascido, são a

esperança que em 100 anos, tenhamos humanos na face deste

 planeta, pois Call  –   olhei para ele  –   Seu medicamento estatransformando os demais em estéreis, e o índice de assexuadosque nasce já esta em 12%, mas nem estão ai para isto  –  Olhei para Peter –  Outra coisa, magia não existe, assim como Don, éa mesma coisa, se não sabe disto, não entende de energia  –  olhei o prefeito –  se para você 10 mil mortes não é nada, Joãodisse que vai derrubar amanha todas as sedes dos seguranças dasua cidade, e não disse nada, vocês que se virem com o quecriam, Brasileiro como vocês!

Os demais se olharam, e Paula olha para mim e pergunta; —  Como pode afirmar que ele saiu, se não o sinto? —  Dizem que o pai sente o filho!Os demais se calaram, Call me olhou e perguntou meio

sem medir as palavras;

 —   Era dele que falava, alguém que estava aprendendo,mas ele esta fora de controle!

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 —  Ele assim como vocês, ou acha que alguém além dochefe da segurança sabe o que faz entre as 19 e as 24 horastodo dia?

 —  Do que ele esta falando? –  Pergunta o prefeito; —   Pergunta para Call, para Peter Carson, para osImortais, o que faz vocês ficarem fora do ar por 5 horas tododia, e pergunta também por que ele não vai lhe levar mais aos260 anos como falamos ontem, é um covarde, escondido atrásde uma imortalidade que não merece!

 —  Esta me ofendendo, rapaz! –  Call; —   Achei que seriamos amigos, mas não vi isto, vi

alguém incapaz de amar, vocês se perderam e pior, fizeram detudo para estar como os bonzinhos, mas esqueceram de que avida é o que se faz todo dia!

Senti a praga vindo de Peter e olhei os braçosendurecendo e Call olhou para Peter e sorriu e quando tudoestava quase estático, Rose olhando assustada para Peter, Paulafalou;

 —  Por que isto irmão? —   Ele esta fora do controle, tomamos as cidades e

reassumimos tudo! —  Não respondeu! —   Você esta interessada nele, não esta na cara, vai o

defender? —  Sim, esqueceu que estava lá, que estes ai autorizaram

matar aquela menina, que fui eu que a trouxe a vida! —  Mas como o presidente falou, não deveria ter nascido! —  Não falou isto irmão! —  Desculpe, mas sempre estive a apoiar a idéia de Call,

apenas não acho que eles realmente mereçam uma chance, olhaem volta Paula, eles acham certo matar uns aos outros, elesnem estão ai se algo assim afundar, só pensam no dinheiro que

vão gastar, não entendeu isto?

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O prefeito olhou assustado e olhou Call; —  Esta a falar que ele sempre apoiou o que? —  Prefeito, tudo isto é uma ilusão, este lugar não existe,

esta a imaginar, não deveria ter se dopado tanto!Call olhou em volta e os políticos sumiram, os imagineiem seus gabinetes, mas ele olha para Peter e fala;

 —  Mas acha que aquele João não vai dar problema? —   Call, eles se matam desde que eles lhe forçaram a

tomar o caminho de controle, eles resolveram por isto, mastenho de concordar que os Fanes não escolheram este caminho!

Eu estava estático, mas via e ouvia tudo, e Liliane olhaincrédula para Peter e fala; —  Esta falando em matar todos eles, mas por que? —   Não serei eu que os matarei, Liliane, eles se matam

desde que se entendem por gente, eles não estão preocupadoscom isto!

 —  Mas não acredito que seja a favor? –  Paula;

 —  Ele lhe encantou mesmo!Paula sorriu e falou; —  Você acha mesmo que ganham o que com isto? —   Mantemos os controles, eles estão se extinguindo, e

nem se preocupam com isto!O sorriso de Paula deixou Peter em alerta e olhando para

ela viu a imagem dela falando com João, e perguntou;

 —  Quando falou com aquele João? —  Hoje ainda! —  Não lhe entendo? —  Peter, acha mesmo que tudo isto foi criado como?Peter olha em volta e não sabia, se tinha uma coisa que

não deixava rastro de magia era o carbono e olhou para ela, eusorria por dentro;

 —  Não tem sinal de magia e nem dom!

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Rose riu, e Call olhou a menina e perguntou; —  O que fazem aqui? —  Somos... digamos fadas madrinha de João Moreira!

 —  Então isto foi feito por vocês? –  Peter; —  Não, lembra da frase que Joaquim falou, se você não

sabe que magia e dom não existe, não entende nada de energiasirmão! –  Rose;

 —  Esta a dizer que ele criou isto, João, com energia!Rose riu e não resisti, me estiquei dentro da estatua e

Peter me olhou enquanto a estatua se desfazia em pedaços ao

chão, praga em que Peter tivera preso por mais de 10 anos, Calltambém me olhou e olhei para Paula e falei em sua mente, poissabia que Peter ouvia;

―Este seu irmão é pior do que pensei, fez comigo o que

disse que nunca faria, para Liliane!‖ Liliane sorriu e olhou para Peter e Rose olhou para ele

também, julgar era fácil;

 —  O que você é? –  Call;Tomei a forma de Pedro e olhei para Call e falei; —  Me chamam de Xi!Vi no rosto de Peter e Call que estava sendo convincente,

e Peter gaguejou; —  Mas por que pai? —  Tinha de garantir a vida, e o que estão fazendo, esta

mesmo na hora de recriar vocês, todos fora de controle, tenhode melhorar as matrizes pois no lugar de melhorarem e procurarem melhorar, trazer mais a luz, estão querendo o fimde uma criação que foi sua!

 —  Mas não lembro? —   Então deveria fazer como os sábios, antes de ter

ciência, não sair matando ou exterminando, mas não, o podersubiu a cabeça!

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Me tornei translúcido, e Paula fechou os olhos, mas não brilhei, apenas viram tudo em volta sumir e eles desabaram naágua, estavam em meio ao oceano, e Peter olha para Paula e pergunta, em meio a água;

 —  Sabia que ele era Xi? —  Pedro, sim sabia, já havia falado isto! —  Não se faça de boba irmã?Era estranho ela me mostrar isto, geralmente ela

 bloqueava, mas quando a cidade ressurgiu inteira em outro ponto, Liliane me olhava e perguntou;

 —  Não entendi? —   Nem eu ao total, achava que viriam negociar, e nãovieram!

 —  Como assim? —  Liliane, sente o que aconteceu aqui?Liliane recua com o dom dos Felinos e fala; —  Estranho, é como se os políticos não estivessem aqui!

 —  E não estavam, eram todos imagens criadas por Peter,então não discuti com mais que Call e Peter! —  Mas o que eles queriam com isto? —  O que querem, quer dizer? —  Sim! —  Tenho minhas desconfianças, mas vou verificar! —  Por que não fala?

 —   Se tivesse certeza do lado de cada um falaria, masainda não sei Liliane, vocês são irmãos em espírito, eu umfarsante, pois não sou Xi!

Passei a Rose o que ela podia me ajudar a abri uma porta, para o escritório do Prefeito e este se assusta com a minhaaparição;

 —  Joaquim Cezar, por que esta nos deixando?

 —  Preciso saber a posição real, Prefeito!

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 —  Qual a duvida! —  Call e Peter me induziram a acreditar que o senhor era

o responsável pela ordem de matar aquelas crianças!

 —   Mas sabe que não mando na segurança, peço, nãoordeno! Mas os políticos estão pedindo o afastamento do atualchefe, mas isto pode demorar!

 —   Não fale para ninguém, mas ainda não desisti dacidade!

O prefeito sorriu e sai pela mesma porta que entrei,apareci na cobertura de Moreira e ele se assusta;

 —  Pensei que não teríamos mais os acordos! —   Não pretendo abandonar os acordos Moreira, mas precisava lhe falar pessoalmente que não confio nem em Call enem Peter, e mesmo que eles afirmem que não entregarei, veráa cidade ao mar, 6 dias antes, certo!

 —  Mas pareciam interessados, até queriam participar! —  Os dois nunca brigaram Moreira!

 —  Tem certeza disto? —  Tenho, mas não posso ficar muito tempo, eu entro emcontato!

Sumi por uma porta, e me deparei a frente de Pedro naforma de João e ele me olhou assustado, Dani me abraça e falo;

 —   Pedro, não tenho nada contra você, mas Peter sabequem é você, se cuida!

 —  Como ele saberia? —  A ligação dele por Paula esta crescendo, ele manipulaela para achar que não era você, mesmo tudo mostrando ocontrario, ele a quer, mas não precisa acreditar em mim, maslevanta as proteções, ele amaldiçoou pelas costas aquele rapazque esteve aqui estes dias, Joaquim!

 —  Pelas costas? –  Perguntou Dani; —   Sim, ele não mente, mas pode fazer mal da mesma

forma, ou de formas mais cruéis!

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Senti os dois surgirem as minhas costas e ouvi Peterfalar;

 —  O que faz aqui?

Olhei com calma para ele e falei; —  Vim ver 4 pessoas, mas não você, Peter Carson!Olhei para Paula e falei; —  Preciso lhe falar! —  Fale! —  Queria dizer que menti para você e pedir desculpas! —  Mentiu? –  Paula;

 —  Sim, mas não foi para lhe magoar, mas não acrediteiem Xi quando ele disse que Peter estava mentindo!

 —  Do que estão falando? –  Peter; —  Mas ele não mente! —   Não precisa mentir com palavras Paula, ele sempre

disse com cara de arrependimento que ainda tinha Call comoamigo, e todos nós pensamos que estivessem brigado, sempre

falou com saudades de Kátia, mesmo tendo saído do quartodela há segundos!

 —  Quem é você para vir a minha casa me desmoralizar! –  Peter;

Estalei um dedo e voltamos todos ao teto do edifício, eolhei para ele e falei;

 —  Se mora no teto vazio de um prédio, sinal que não tem

nada! —   Mas por que não falou que tinha voltado antes?  –  

Paula; —  Por que Xi a ama, e não podia me por diante de um

amor maior que o meu! —  Mas eu te amo!Olhei serio para Paula, as palavras foram nada pensadas;

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 —  Paula, eu também lhe amo, mas assim como eu, Petere Pedro lhe amam, Paulo também a ama, não posso ficar emmeio a isto!

 —  Mas não pode me deixar agora que sei que errei antes! –  Paula; —  Mas não tenho como ficar, sabe que eles me mandam

 para lá de novo! —  Mas ...  –  Alguém bateu a porta e vi os seguranças a

entrar pela porta e me jogar ao chão, ela olhou para eles e falou –  Larguem ele!

Os seguranças olharam assustados; —  Não Paula, sabe que tenho de voltar lá! —  Mas se não sair mais? —  Você esta aqui, é o que importa!Os seguranças me levaram pela porta e desliguei meu

corpo das dores, enquanto era espancado novamente, e vi pelosolhos de Paula Peter perguntar;

 —  O que ele quis dizer com tem de voltar lá! —  Ele não é Xi, ele é um criador, como você, Peter! —  Mas como um criador? —  Nada, não entenderia! –  Ela olhou Pedro e se abaixou

aos olhos dele e falou  –   Sabe que lhe amo, por que não medeixa lhe amar!

Vi Pedro perder as palavras, e Dani o cutucar;

 —  Vim na forma errada! —  Nada que a imortalidade não conserte, Xi! —  Mas pensei que me odiava? —   Pensei amar uma pessoa, mas vi que seguirem

caminhos determinados é fácil, quando se perde o caminho,que se descobre quem é quem, Liliane mais humana, Petermais carrasco, estranho como se as pessoas não fossem nada

sem a livre escolha Pedro! —  Sabe que tenho de aprender muito ainda!

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 —   Quero dividir com você, mas preciso ter alguém aomeu lado!

 —  Mas e Peter?

 —  Ele é sua criação mais perfeita, pensei em conquistar asua criação mais perfeita, mas não quero ele mais que você! —  E este João? —  Um bom rapaz, mas quando ele voltar falamos! —  Acha que ele voltara? —  Esta sua criação sempre volta Pedro, mas ainda não

olhou direito para ele!

 —  Minha criação? —   Sim, criação sua, mas nunca havia vindo ao mundo

em parto normal, sempre Dani o trazia!Peter ouvia a historia e perguntou; —   Não querendo me meter neste encontro de família,

mas não entendi nada! —  Depois lhe explico Peter! –  Paula;

 —  De quem esta falando? –  Pedro; —   Xi, quando passava de um terço da criação, sempre

mandava um ser para se divertir, para aliviar a tensão, o quesempre me gerou a vontade de vir, lembra disto!

 —  Mas não estou lá para o ter mandado! —  Você não veio, mas sabe que a existência se repete, e

quando você não estava disponível para cumprir meu desígnio,

ele veio a existência, com seu charme, seus poderes, seusintuitos suicida e encantador, não me culpe por lhe amarduplamente Pedro!

 —  Esta a dizer que ele é Xiuhtecuhtli? —  Sim, sabe que aconteceria, é só pensar direito!Dani olha para Paula e fala; —  Faz sentido, mas por que ele quer ir a não existência

de novo?

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 —  Ele sabe que Peter se bate na não existência, e lá nãoexiste tempo, ele tem no mínimo duas passagem por lá, a primeira ele já fez, mas ainda tem de ajudar Peter a me tirar delá, em algo que para mim é distante, mas para a não existência,não existe tempo, é tudo no mesmo segundo!

Peter olha para Paula e fala algo, mas sou trazido a minharealidade por mais um chute, e uma dor grande no estomago,não queria reagir, mas agora seriam poucos mais;

Mais uma vez mandado a Brasília e jogado novamente na porta de não existência, e me deparei com o silencio e meus pensamentos, mais nada, até os pensamentos de Paula se

 perderam, primeiro sem carne, a dor sumiu, olhei em volta e pensei em o que fazer, não sabia se aquilo era real, mas ela medeu o caminho, desta vez foi para mim, Pedro pode pensar queera uma explicação para ele, mas não, era para mim, econcentrei-me, olhei Paula e vi ela como uma criança a minhafrente, 10 anos, cheguei perto e lhe dei a mão, ela não me via,mas como não havia ido na memória dela, podia ser eu mesmo,

Xi, ou algo parecido com Xi, e ouvi ela em meu pensamento; —   Sabe que não lhe quero mal, mas preciso viver um pouco, você sempre se diverte e eu?  –   Estranhei, ela nãodeveria me reconhecer em forma alguma.

 —  Eu te amo, Xo!Ela sorriu e a inverti e ela viu Peter vir a ela, e a abraçar,

e apenas vi ele a olhar, ela olhar para traz, não me viu mais, eos dois meio perdidos, estavam a tentar juntar as energias, elame olha e pensa;

―Não vai me ajudar?‖ ―A porta, Xo!‖ Ela olhou para a porta e Peter acompanhou o olhar dela,

ela vinha a eles, e quando passou próximo a eles, se agarrarame vi ela atravessar a porta, com Peter, o menino gostava dela, pois arriscou a própria existência, mas não era isto que me

importava, ela estava bem, olhei em volta e vi seres jogados a

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não existência, Magda, Marise, e outros seres em nãoexistência, nem falar entre eles, não havia comunicação paraseres normais, as abracei em uma não existência e a moça meolhou e perguntou;

―Quem é você?‖ ―Magda, vim apenas a tirar daqui!‖ ―Sabe quem sou?‖ ―Você, Marise, e alguns olhos familiares‖ —   vi um

sorriso que me deixou a duvida de tudo que sentia, pois aliestavam Mari, Sharon, Cati, Sheila, Kátia, Ketlen, e algumas pessoas que não conhecia, mas que pela feição imaginei quemeram, pensei mais um tempo, e quando Ketlen veio a mim e perguntou;

―Sabe quem somos?‖ ―Ketlen, um clone com sua imagem me enganou

direitinho!‖ Vocês não imaginam quantas duvidas são capazes de

 passar em minha mente em uma eternidade de segundos, fuiunindo forças e quando tinha uma leva de mais de mil pessoas,envolta, a moça voltou e perguntou;

―Sabe quem nos prendeu aqui?‖ ―Você sabe?‖ –  Perguntei;―Não, nem lembro de ter vindo, lembro de uma festa, e

de nada mais!‖ Olhei todas e falei;―Queria que se pudessem me ouvir, é importante!‖ Vi elas chegarem perto, todas moças ou adolescentes, e

falei;―Quando sairmos, o tempo estará parado, mas assim que

entrar lá, abrirei uma porta e passaremos para um local distantede lá, mas antes de podermos nos preparar, quem lhes pôs aqui,estará lá para nos confundir, peço apenas uma coisa!‖ 

―Fala rapaz!‖ –  Cati;

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―Não acreditem em tudo que virem, o mundo lá fora para

alguns é bem diferente de quando entraram!‖ ―Em que ano retornaremos?‖ –  Sharon;

―2435!‖ Sharon me olhou e falou;―Mas ninguém deu por nossa falta?‖ ―Alguém se passa por cada uma de vocês lá, não sei

quantas pessoas estão envolvidas, mas para cada uma aqui, temalguém lá!‖ 

Olhei ao fundo e vi um casal se aproximando e vi os dois

ainda se mantinha juntos, mesmo na não existência, isto queera amor, não sabia quem era, mas todos me seguiram, equando saímos com tudo parado, abri uma porta para a cidadeflutuante e obvio que quando Magda se deu de cara com elamesmo, foi um choque, e quando outras pessoas, como Ketlentambém se depararam com isto, alguém sabia que as coisas nãosaíram como ela pensava, e ouvi em minha mente;

―Temos de falar!‖ ―Temos mesmo, apareça!‖ As moças estavam em meio ao oceano e Cati pergunta; —  Onde estamos? —   Em meio ao Atlântico, não sei em que ano você

sumiu? —  Pietra era uma criança de 6 anos!

Olhei Pietra, ainda uma criança, ausência de tempo os fezsaírem como entraram, mas era muito complicado; —  Ela nem sabe que você sumiu, mas vai ser estranho! —  Mas Peter não identificou que não era eu? —  Não sei como isto aconteceu, moça, eu tenho 17 anos,

isto foi a mais de 400 anos! —  Mas por que tem cidades flutuantes? –  Sharon;

 —   Por que não temos mais pólos, cidades comoComptche sumiram a 200 anos!

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Rose chega perto e fala; —  Esta a dizer que todas elas estavam na não existência?Liliane vê alguns clones sumirem ao ar, os de Magda, de

Ketlen, os de Marise e entendeu que muito do que viam, erauma farsa, e viram Paula surgir no local e olhar para João; —  Precisamos falar, João! —  Já falamos!Terminei de apresentar o pessoal e Paula me olhou; —  Eu acredito no que falei antes, que lhe amo! —  Mas as deixaria lá?

 —  Eu gosto do que sou, bem ao estilo que Pedro gostava! —  Mas mentiu para ele sobre quem eu sou! —  Não é mentira, pode ser que seja mesmo isto! —  Paula, eu nunca existi, pode ser que este ser que falou

existiu, mas não sou eu, pois ele era Pedro, então sou alguémindependente, mas é real que tenho muito conhecimento, masacredito ser algo diferente!

 —  Não vai me condenar pelo que fiz? —   Não, mas terei de apresentar algumas pessoas, pois

Ketlen ainda é uma criança, já que lá não tem tempo! —  Como pode trazer tantos de volta!Pela primeira vez vi o casal e o rapaz chegou a mim e

falou; —  Qual o seu nome rapaz!

 —  João Moreira, mas não estou em minha aparência! —  Obrigado, mas como pode o mundo ter mudado, como

fomos parar na não existência! —  Não sei, vocês devem ter descoberto algo terrível, mas

informo que alguém se passou por vocês estes anos inteiros!A moça olhou para mim e perguntou; —  Mas por que alguém faria isto?

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 —  Para Peter Carson não perceber, para que mais, o quetodos estes que vieram tem em comum!

O rapaz olhou o grupo e falou;

 —  Seremos gratos eternamente! Meu nome é Paul! —   Não me agradeçam, perderam a parte mais cruel do

ser humano! —  Muitas guerras? —  Muitas!Entendi quem eram e depois afastei Paula e perguntei; —  Por que tudo isto, Paula?

 —  Ela amavam ele, apenas queria me sentir amada! —  Isto é crueldade! —  Vai deixar de me amar João?A peguei pela cintura e falei; —   Acha que vou deixar você por ai, mas se fizer isto

com alguém perto, sinceramente, lhe deixo lá e não volto para buscar!

 —  Não teria coragem! —  Não me conhece, sou um Moreira, esqueceu, fazemos

e depois sofremos pelo que fizemos! —  Mas por que me condena, estava a querer me sentir

viva! —  Se para sentir-se viva, tem de tirar a vida dos demais,

não sabe ainda o que é viver Paula!

Ela me beijou e quando abriu os olhos, estava em meumundo, e me viu sumir de sua frente, e muitos clones sumiramno mundo, queria saber quem ela havia alterado, e olheiCaterine, e falei;

 —  Me acompanha?Ela balançou a cabeça afirmativamente e surgimos a

frente de Peter e ele estranha Cati ao meu lado, e falou;

 —  O que fazem juntos?

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 —  Vim conversar, mas não tenho o dia inteiro, Peter! —  O que fazem juntos? —  Acabo de tirar sua amada da não existência, mas não

tenho nada haver com isto, ela estava lá a mais de 400 anos! —  Mas quem estava aqui! —  Tem uma chance para saber Peter!Sumi deixando Cati olhando Peter, não quero nem saber

o que aconteceu, mas fiz o mesmo com Sharon diante de Ahau,com Kátia e Ketlen diante de Call, cada uma delas retornei aosmundos onde deveriam estar, e olhei em volta e Magda e

Marise, e as duas falaram; —   Não entendemos, alguém se passou por nós estetempo inteiro?

 —  Sim, me enganou direitinho em alguns casos! —  Mas como lhe agradecemos o que fez?Olhei com malicia as duas e pensei, o que seria daquele

mundo sem estas pessoas, e olhei para Rose, e pensei alto e ela

falou; —  Realmente, talvez eu tenha tido sua única experiênciafora Paula!

Ri, e as duas sorriram, estavam a maliciar e falei; —  Ela me encanta, fazer o que! —  Sabe que teremos represália? —  Levanta na forma de dons a proteção Rose, pois não é

 para saber se ela vai atacar, mas se ela esta presente! —  Entendi, e vai fazer o que? —  Tenho de falar com ela, sabe disto! —  Você é tão teimoso quanto Peter! —  Se foi um elogio, obrigado! —  Não foi!Eu olhei em volta e surgi em frente a Paula que me

olhou;

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 —  Me prendeu aqui, por quê? —   Precisamos conversar, e quero saber se é você

mesmo!

 —  Mas o que quer conversar?Sentei e ela viu tudo mudar em volta, meu mundo ficoufeio e cheio de irregularidades e sem forma definida, e olhei para ele e falei;

 —   Desta vez não vou abrir, se querem falar com vocêque esperem!

 —  Mas quer falar sobre o que?

Olhei para ela e falei; —  Primeiro se desarma, não vim brigar com você Paula! —  Mas não esta facilitando! —  Quero saber quando for você e não uma enganação! —  Mas vai dizer que não foi gostoso? —  Foi falso, não importa se na hora for bom, se depois

com um ato você acaba com tudo!

 —  Mas pensei que gostava? —   Como posso se você estava com Peter também a

cama, em varias versões de você, se estava com Call a cama, seestava com Ahau a cama, e quantos outros!

 —  Sentiu ciúmes? —  Não, apenas achei que você me amava, e quando os vi

na não existência, fiquei na duvida, se realmente ama alguém!

 —  Mas por que, eu sou sua quando com você! —  Mas também é quem bem entende, estava a olhar os

mundos, e muita coisa em si, mostra que não sei de nada! —  Ficou perdido? —   Não, eu sei o caminho que não devo seguir, mas

queria a ter ao lado, e não sei se você entende o que fez! —  Mas elas só atrapalhavam João!

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 —   Elas tinham suas funções, mas vi que assim comovocê não confiava em seu irmão, ele não confiava em você!

 —  Ele não confia nem nas meninas dele e nem Call em

Kátia! —   Vocês acham que um esta enganando o outro, nãoquero fazer parte disto Paula, me enchi disto, não quero serdiferente, mas como posso aceitar isto?

Ela sentou-se ao meu lado e falou; —   É uma pena não confiar em mim!  –   Vi ela brilhar,

inverti a retina e fiquei olhando ela pela magia e ela depois de brilhar falou.  –  Pensei que nunca desconfiaria, mas não posso permitir que continue a saber João!

Olhei para ela e sacudi negativamente a cabeça; —  Queria só lhe dizer uma coisa Paula!Ela me olhou com indagação; —   Queria dizer que lhe amei, como nunca amei nada,

mas se acha que a vida é algo que se apaga, não entendeu isto!

Eu lhe toquei o braço e surgimos no teto do apartamentosobre o antigo rio Tiete e olhei para ela como se tivesse doidodizer adeus, eu amava aquele ser, por que não sabia, mas sabiaque se eu fiz aquilo para me entender com ela, quando elatentou me apagar a memória, me decepcionou, surgi em meumundo e uma lagrima me veio ao rosto, autorizei a entrada dequem forçava a entrada e vi Peter surgir a minha frente e perguntar;

 —  Onde ela esta? —  Vai com calma Peter, ela fez isto por você, não por

mim! —  Mas ela me usou? —   Peter, ela acabou de tentar apagar minha memória,

então não posso lhe ajudar, ela me quer fora disto! —  Você gosta dela?

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 —   É difícil afastar-me, mas não tenho como ficar por perto!

Olhei para fora e o mar azul surgiu, ao fundo e vi a

grande cidade se materializar lá e Peter olhou e falou; —  Vai os proteger? —  Tem gente Peter, como seu amigo Paul, que jamais se

desconfiaria, ela não mediu forças para ter você aos braços,mas se você omitiu dela parte, para ela é como se não confiassenem nas suas meninas, então ela sentiu-se duplamente traída,mas se puder me deixar com os meus, não sei o que faremosainda!

Vi Peter sumir da minha frente e muitas lágrimas vieramao olho, e não sabia o que sentir, não era fácil não amar aquelamenina;

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ComptcheHaviam se passado três meses que havia isolado parte

do pessoal em meu mundo e as coisas estavam a se ajeitar, coma ajuda de Rose, e algumas moças, estávamos sempre cercadosde Dons, pois sabíamos quando falhava que alguém com magiase aproximava, estava eu a colher a plantação de milho em umgrande vale, quando senti a distorção da realidade e vi surgirum rapaz a minha frente, não conhecia, mas ele me olhou e perguntou;

 —  Deve ser João Moreira?

 —  Sim, quem vem de Azul? —  Meu nome é Paco, e preciso lhe falar! —  Algo de meu interesse? —  Tudo indica que Paula vai sair do controle! —  Peter não resolve? —   Os dois brigaram há dois meses, ele não fala os

motivos, mas para ter idéia, os oceanos recuaram 20 cm nos

últimos 2 meses! —  E o que precisa falar, Paco? —   Me disseram que você gostava dela, e precisava de

alguém que interviesse, todos que pedi para falar com elavoltaram sem memória!

 —  Bem típico, mas ela esta onde? —  Conhece Comptche?

 —   Que saiba estaria a mais de 100 metros abaixo daágua!

 —  A cidade flutuante de Comptche? —  E onde esta Peter? —  No Rio de Janeiro, parece que algumas coisas saíram

do controle! —  Imaginei, mas por que eu?

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 —  Peter me indicou você, quer dizer ele me indicou ummenino chamado Pedro, mas não o acho?

 —  Peter não sabe de Pedro?

 —  Não, ele disse que poderia ajudar!Fiz sinal para a outra maquina e Patrícia me olha e fala; —  Problemas? —  Patrícia, vou ao Rio de Janeiro, fala para o pessoal que

se não voltar em 10 dias, fazerem eleições novas e se prepararem para luta!

 —  Acha que ela nos desafiaria?

 —   Acho que não, mas assim elas acham que vão terfunção, os Fanes gostam disto!Olhei para o rapaz e perguntei; —  Você o que faz? —  Musico, mas sou um Mago! —  Um Mago, a muito não ouso isto, desde o tempo que

 jogava!

Paco sorriu, era um jogo infantil do inicio da década, abriuma passagem e me deparamos com o Rio de Janeiro a frente esurgimos a porta de Joaquim Moreira, e ele me olhoudesconfiado;

 —  Voltou? —  O que esta acontecendo Moreira? —  Ela esta triste, algo ela fez que não consegue reverter!

 —  Você nem queira saber o que ela fez Moreira, e pior,ela não se arrepende de nada!

 —   Aquele menino no primeiro mês estava sempre comela, depois ele sumiu, Dani sumiu na semana que vocêdesapareceu!

 —   Talvez esteja no meu destino mesmo, mas onde estaPeter?

 —  Ele não vai querer falar com você! —  Ele me culpa pelo que, ter sobrevivido?

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 —  Não, ele acha ainda que você é Xi!Paco me olhou desconfiado e perguntou; —  Você é Xi?

 —   Não, Pedro é Xi, mas ele não mudou em nada, eladeve ter tentando o acalmar, mas ele não tinha calma, e deveestar na forma de um dos anjos!

 —  Do que esta falando? —  Xi, sempre vinha a terra se divertir, mas ele sempre

usou as formas mais normais, qualquer dos nove anjos maisfamosos ele usava, mas esta é uma historia que ainda estou

aprendendo! —  Esta a dizer que ela esta aprontando? —  Tenho quase certeza, sabe quando alguém pensa em

desfazer algo e vai pelo caminho mais difícil? —  Como assim? —  Sabe como se desfaz uma magia de rosas? –  Perguntei

 para Moreira, ele sacudiu negativamente e Paco falou;

 —   Jogando sal grosso nas raízes da roseira, ela seca e ofeitiço se desfaz! —   Mas se você tiver um pacto que somente pode ser

desfeito, destruindo um mundo como o de Peter? —  Teria de criar guerras! –  Paco; —  Acho que tudo isto ainda é referente ao amor de Peter

 por Caterine!

 —  Acha que o problema esta no passado? —  A roseira de Sheila, morreu com 100 metros de águasalgada Paco!

Paco me olhou assustado e perguntou; —  Como você sabe destas coisas? –  Estranhei a pergunta

e me pus em alerta; —   Dizem que sou uma encarnação das coisas que Xi

 poderia fazer, mas não acredito nisto! —  Mas absorve a verdade?

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 —  Somente longe de Paula, perto ela me engana, ela meatrai e distorce a realidade, é o meu entorpecente!

 —  Mas..

 —  Preciso falar com Peter, alguém me leva lá, ainda souinimigo numero um da cidade! —  Eu levo! –  Moreira;Saímos ao Aeroporto e pegamos um veículo e saímos em

direção ao norte, senti as proteções de magia atravessarem agente e vi o veiculo perder propulsão e descer mais a frente eMoreira falar;

 —  Temos de caminhar um pouco!Caminhamos mais de duas horas por uma avenida, tudoabandonado, nada funcionava, quando Moreira olhou a frente eviu Peter nos olhando, cheguei perto e falei;

 —  Precisamos falar! —  Sobre o que? —  Peter, não seja criança e mimado, não lhe cai bem!

 —  Certo, entrem!Olhei para Caterine e ela me cumprimentou e perguntou; —  Qual o problema? —  Ainda não sei, se todos cruzam os braços e alguém me

 bate a porta, apareço, mas quero saber se o problema é real ouapenas uma distração!

Peter me olhou e perguntou;

 —  O que quer dizer? —  Peter, não sou um inimigo, vocês é que se perderam e

demorei para entender onde! —  Mas fez estragos! —  Não fiz nada comparado ao que fez Peter, temos 200

metros de mar salgado a matar um amor que dura mais de 11existências entre você, Cati e Sheila, e acha que foi acaso?

 —  Mas não tive saída, sabe disto!

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 —   Peter, Guto Rocha, era uma das personalidades dePaula!

 —  Esta a dizer que ela queria isto?

 —  Como falava para Paco, ela esta tentando ainda, minha pergunta é uma só! —  Qual? —   Já defendeu seu amor plantando uma muda onde

Paula não soubesse? —  Acha que ela vai tentar matar todas as rosas? —   Não sei como vocês fazem, mas senti as energias, o

 planeta esta meio grau acima da media, não deveria estar comum oceano 20 cm mais baixo! —  Acha que ela vai fazer o que? —  Se proteger as mudas, deixa ela fazer, entra no jogo,

 parece que todos deixaram de pensar, qual o peso desta aliançacom ela para você Peter!

 —  Ela me enganou, ela tomou a ligação de Katia e como

recebia pelo mesmo canal, não notei, Katia me odeia agora! —  Ela não lhe odeia e sabe disto ou não sabe? —  Mas por que esta aqui? —   Por que esta se escondendo do problema e não

enfrentando! —  Mas o que posso fazer? —  Para pra pensar Peter, o que ela fez, ela vai fazer de

volta, ela enganou Xi, ela é boba mesmo, acha que a nãoexistência prende ele, mas ele é irracional, vai jogar sua irasobre você e eu, não sobre seu amor, ela acha que pode comele, mas vocês não prepararam o futuro, então tem derecomeçar Peter!

 —  Mas se me afastar ela as vai prejudicar de novo!Olhei para Caterine e ela falou;

 —  Ele tem razão Peter, ele pode prejudicar seus filhos,filhas, amores, acha que nos deixamos encantar pela forma que

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você sempre olhou ela, e isto que nos fez diferente, não nosdefendemos dos amigos, e sim dos inimigos!

 —  Outra coisa! –  Falei;

 —  O que? –  Peter; —  Esta sua proteção, protege contra amigos, não contra

Paula, Pedro, Dani e seres evoluídos! —  Mas sempre funcionou! –  Peter;Brilhei e Peter sentiu os dons, magias e energias, olhei

nos olhos dele e Paco recuou, era obvio que eu evoluíra eterminei;

 —  Protege os seus, eu vou a Comptche!Peter me olhou e falou; —  Vai fazer o que? —  Isto saiu do controle há 200 anos Peter, eu não estava

aqui, mas pense, Pedro estava, Dani estava, eles não meenganam com este aparente estado de inércia e cuida que temmais um!

 —  Acha que o menino mais novo também é problema? —  Quem é a defesa dos dois, alguém que ninguém olha,

se duvidar Xi pode nem ser Pedro! –  Falei;Peter me olha e pergunta; —  Mas como pode ter todo controle? —   Peter Carson, você é existência, energia na matéria,

anti-energia na anti-matéria, ine-energia na inexistência, mas

em si você é existência, não existe dom, magia e energia existena forma que você quiser, mas melhor controlar, uma anti-energia, como a sua, como a de Paula, destruiria esta galáxia,esta existência!

 —   Esta a dizer que a energia e minha existência estãoligadas a nível acima de tudo?

 —  Acima de tudo, fora Xi e Xo, e os seres acima deles,mas os dois podem adulterar a forma que vemos as coisas, oque acha que são lembranças, o que é o amor, o ódio, ela lhe

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quer longe agora, se defendendo, não faça isto, seja PeterCarson e mostre que a cria pode superar o criador quando temvontade!

 —  Mas não posso a destruir! —   Não falei em destruir, não existe para Xi e Xodestruir, eles não precisam de energia Peter, eles criam do nadaenergia, eles não precisam de magia, dom, e não sei por que,mas sei que posso fazer o mesmo, mas me iludo facilmente,então não posso acreditar no caminho que me parece lógico, eeste caminhar na falta de lógica que me trouxe até aqui!

 —  Quer dizer que não existe morte para Xi e Xo? —  Não, ela o quer por no lugar de Xi, ela tem como o

 preparar para isto, e Xo quer lhe destruir por isto, acha que elasabe tudo que faz, não esquece, o ultimo na teoria ter saído daexistência é Xi, mas ele ainda pode estar nos guiando porcaminhos tortuosos!

 —  E por que você esta aqui, se ele esta no controle? —  Peter, você parou de procurar, mas a resposta esta no

Eterno, não em Xi e Xo! —  Você acredita no Eterno? —  Ele existe e você o ouve, mas não o compreendemos

facilmente! —  Então acha que você foi produzido para gerar duvida? —   Sabe que esta é uma das mais poderosas armas do

Eterno, então não duvide! —  Ou melhor, duvide! –  Peter falou;Sorri e Caterine sorriu, os outros dois não entenderam;Eu me toquei de algo e toquei o chão e Peter viu Paco se

desfazer no ar, Moreira olhou assustado, olhei em volta e viuma empregada sumir, e ao longe, duas moças desaparecerem,e Peter me olhou;

 —  O que fez?

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 —   Esta é uma proteção de energia, sei que Paula nãomantém clones e nem impostores nesta forma de energia!

 —  Mas tão próxima?

 —  Precisava que ela soubesse que iria a Comptche, masnão sabia quem era o informante! —  Desconfia de todos? —   Sim, não sei os métodos de Xi, mas acho que são

 piores que este, acho que ele reescreveu a historia antes de vir,acho que mandou Pedro e veio após, como o filho mais novode Dani, que posso estar enganado, mas é usada, ou é um anjo,o que significaria que Pedro, Dani e o menino poderem ser amesma pessoa!

 —  Mas ele pode ainda estar entre nós? —  O que vou falar é maluquice Peter! —  Fala! —  Não confie em mim!Peter me olha assustado e pergunta;

 —  Por que? —   Anjos são formas de vida de Xi, eu posso ser um

deles, e não ter ciência disto, mas se for, ele sabe o que sei, nãodomino tudo, a única coisa que me põem esta duvida, é ociúmes dos seres próximos a Pedro, da minha pessoa, mas podeser por ser um anjo mais conhecido, como Xiuhtecuhtli!

 —  O primeiro anjo, mas acha que nem você é confiável?

 —  Estou dizendo que carrego desconfiança até nos meus pensamentos, quando penso em ir a direita, forço o corpo ir aesquerda!

 —  E gera mais resistência! —  E as pessoas pensando, podem me odiar, mas Paula

me ensinou a imortalidade antes mesmo de me dizer o queachava que eu era, Pedro me esperava, Dani não sabia se eu eraXiuhtecuhtli ou não, então não sei exatamente como agir, mas

vou a frente!

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 —  Mas como posso fazer algo baseado na energia! —  Peter, quando você faz baseado na sua energia, é Don,

quando faz baseado na energia da terra, Magia, quando faz

 baseado na existência, sabe a sentir, é energia! —  Esta a dizer que posso fazer naturalmente? —  Sim, vi você se bater na primeira criação do universo,

você aplicou magia, nada aconteceu, quando coloquei energia,foi atraído para onde eu estava, e daí sim, uma faísca fez umuniverso!

 —  Você estava lá?

 —  Lembra quando resgatou Paula? —  Sim! —   Lembra que ela bloqueou os pensamentos e olhou

 para trás? —  Você estava lá? —   Me apresentei na forma de Xi, pois ela me

reconheceria apenas assim, e quer dizer, aos 10 anos ela sabia

que eu era Xi, e sabia o que queria, hoje fica claro que estamostodos ligados, mas repare que fui mandado em dois pontos do passado a partir do futuro, para interferir numa historia de maisde 400 anos, poderia não ter olhado para o lado, mas este livrearbítrio parece algo do Eterno!

 —  Então não criei um universo? —  Se for lá, tem de confiar na energia, e não na magia,

ou Don, Peter! —  E como soube? —   Isto não sei, se me perguntar o que regeu seus atos,

digo que foi algo escrito por Paula, mas o que regeu meus atos,não sei!

 —  E vai a Comptche? —  Tenho de tentar falar com ela! —  Sabe que ela apaga memórias?

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 —  Peter, amor pode se ocultar na memória, mas não seapaga!

Olhei para Moreira e perguntei;

 —  Me daria uma carona para Comptche? —  Não quer fazer uma porta? –  Peter; —  Não, quero dar tempo para ela pensar, ações requerem

reação pensada e não no susto!Moreira me olhou e depois para Peter, despedimo-nos e

sai pela avenida, andamos a pé e Moreira perguntou; —  Por que se escondeu, todos querem seus produtos?

 —  As vezes as pessoas tem de querer mudar Moreira! —  Acha que eles vão mudar? —  Acho que não sabem o que querem, se acostumaram a

alguém ordenar e eles fazerem!Andamos, empurramos o veiculo um pouco a frente,

Moreira o ligou e contornamos a magia de Peter e fomos anoroeste por um tempo, depois a norte, vi a pequena ilha

artificial já ao longe, algumas montanhas mais altas viraramilhas, e pedimos permissão e deixamos o veiculo no Aeroportoao sul, olhei aquela pequena cidade, e vi aqueles olhos a frente,Moreira sorriu, mas vendo a feição de Paula, recuou, asegurança da cidade estava ao lado dela, aqueles olhos mefaziam perder o rumo, verde, pensei fundo em verde, estava adesviar a cabeça, vi neste momento que nem meus pensamentos estavam puros, não quando olhava aquele olhar,

ela me falou a mente;―O que faz aqui?‖ Sorri e olhei para o alto, um grupo de aeronaves de

defesa, esperta, olhei para o ser ao lado dela e falei; —  Muc, não somos inimigos! —  Sabe quem sou? —   Uma criação de Paula, ela às vezes esquece que fez

um pacto comigo!

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Paula me olha e fala; —  Não tem olhado nada! —  Não o que já sei, como esta?

 —  Triste! —  Não a sinto triste! —  Veio resgatar aquele chorão? —  Quem? —  Aquele filho de Dani, o único que não consegui por na

não existência, ele distorce com o choro o portal! —  Não esta olhando novamente Paula!

 —  Você mentiu para mim? —   Não, esquece que não sei, estou aprendendo, não

mentindo! —  Acha que o menino é especial? —  Se fosse, ele entrava e saia de lá, não é!Paula me olhou e falou; —  Só você sai de lá, mas não entendo como? —  Nem eu, mas esta linda! —  Não entendo o que veio fazer? —  Trazer seu irmão ao amor Paula, ele esta perdido, e Xi

ganha se isto acontecer! —  Agora esta do meu lado? —  Não, do meu lado!

 —  Não lhe entendo! —  Já discutimos isto Paula!Muc me olhou e falei em sua mente;―Amigo, eu amo sua deusa  e ela não sabe o que sente,

apenas isto!‖ O ser sorriu e Paula olhou o ser;―Eu o odeio!‖ 

Vi o ser reunir os seus e sair dali e falei; —  Daí, me ajuda ou continua neste caminho sem saída!

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 —  Não entendo por que não tem saída! —   Amores não se apagam Paula, pode brilhar, pode

interferir, pode matar as rosas, mas o amor não morre!

 —  Sabe o que estou fazendo! Como? —   Infantilidade de primeira existência, mas não posso

lhe deter! —  Por que não pode? —   Você quer o amor de todos, mas não sabe amar, as

 pessoas recebem o que doam, e não o inverso! —  Mas amo Peter!

 —   Mente mal até para você Paula, sei que fez de tudo para que ele estivesse do seu lado, mas não podia não lherecolher de lá, e ao mesmo tempo, não adivinharia o queaconteceu, se não tivesse visto, mas o que posso eu fazer!

 —  Parar de explicar para Peter como me barrar! —  Mas o que posso faze, lhe amo!Paula me olhou e falou;

 —  Mas veio apenas conversar? —  Preciso ver o menino! —  Sabia que tinha algo ai, é seus olhos? —  Você não olha mesmo ao lado! –  Concentrei no verde,

e olhei o mar em volta, e Paula olhou o mar ficar verde dealgas marinhas, me olhou e falou;

 —  O que esta fazendo?

 —  Tentando controlar meus pensamentos! —  Não entendi! —  Já olhou nos olhos de Mino? —  Não, por que? —  Nem eu, e costumo olhar nos olhos, ler a alma pelos

olhos Paula! —  O que quer dizer com isto?

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 —   Você esta matando sua alma Paula, sua alma verdeesta morrendo, se perdendo, você fez isto com Peter,aprisionou sem saber por que as almas azuis, algumas negras,mas não entendeu!

 —  Não! —  Quase todos nascemos como o mar, livre, em nossas

almas azuis, mas nos primeiros dias de vida, primeiras horas,definimos o que seremos, ou alguém define por nós, mas poucos mantém a alma azul, mesmo a verde é difícil, mas asnegras que são fortes, pois o que é o negro, se não a soma detodos, ou ausência de alma!

 —  Esta ficando maluco! —  Sim, mas por que me queria de volta?Moreira me olhou, não entendeu a pergunta; —  Queria você nisto, me abandonou! —   Foi difícil lhe ver brilhar com brilho de 90 dias, me

apagaria totalmente de sua memória! —  E sabia disto? —  Quando bloqueou, soube! —  E não fez nada além de se afastar? —   Gosto de sofrer, mas sabendo por que, não por

ignorância! —   Sabe que te odeio da forma mais estranha, mas não

entendi ainda quem é você!

 —  Já falamos disto, mas não de pé em um Aeroporto!Ela me olhou e perguntou serio para Moreira; —  E você, o que faz aqui?Olhei para ela, ela sabia mais que eu, ou algo havia me

enganado;―Sabe que podemos nos enganar, mas não para sempre!‖ ―Não sei, me fala o que me passou desapercebido?‖ 

Moreira sorriu e vi aquele sorriso antes, era Pedro,estranho, mas sabia que ele estava nisto, mas ela sem querer

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me deu uma arma e quando pensei nisto ela olhou para mim e perguntou;

 —  Arma?

Sorri e o sorriso de Pedro sumiu, ele não ouvia os pensamentos dela, e perguntou também; —  Arma? Do que estão falando?Eu bloqueei Paula e ela se irritou e vi que era uma guerra

e que Pedro não entendera, mas fazer o que, seres como eu eele somos iguais, isto era algo que considerei uma arma e olhei para Paula e falei;

 —  Posso falar com Mino? —  Por que? —   Quer mesmo que volte lá e tire Dani, desnecessário,

só preciso falar com ele, não me faça ir lá de novo!Paula sorriu com malicia e falou; —  Acha que a coloquei ao alcance? —  Se me deixar apenas falar com ele, pode ser que não

 precise a procurar! —  Você esta mentindo, mas não sei por quê?Olhei para Pedro e falei; —  Ela é bobinha mesmo, não é? —  O que sabe, Xi? —   Sei que você, Tlaloc, não me é problema, mas sabe

que me divirto com isto!

Pedro me olhou com raiva; —  Não repita isto, Xi! —  Certo Tla!Paula me olhou e perguntou em minha mente;―Vocês são o mesmo ser?‖ ―Não, somos independentes, mas seguimos o caminho de

nosso ser maior, que nem sei se esta presente, ou esta apenasmexendo os palitinhos!‖ 

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―Mas não é Xi?‖ ―Xi, que ele falou é abreviatura, adivinha de que?‖ ―Xiuhtecuhtli?‖ 

Olhei nos olhos dela, estava jogando e ela estavacomeçando a entender o problema, ela procurava Xi em uma pessoa, mas poderíamos ter ele e mais 9 seres fazendo seucaminho, e 9 deles como eu, sem saber que estavam o fazendo;

Sei que a maioria boiou, mas tem a crença antiga dos 9lordes do mal, ou arcanjos, ou anjos caídos, eles são as 9 faceshumanas de Xi, as formas que ele vinha ao mundo, ele mesmoantes da existência se divertia, e estes seres semprecaminharam pelo planeta lhe fazendo as vontades, enquantoXo, visualizava os caminhos a ponto de os incutir na realidade,Xi gostava de desviar isto, os 9 lordes, ou 9 faces angelicais,eram a forma dele se impor, me coloquei como um anjo caído eolhei para Paula, ela não sabia se estava falando a verdade, poisera um pensamento que nunca lhe veio a mente, emboradevesse conhecer Xi melhor que eu, ela estava ainda em sua

 primeira experiência na matéria, ela mesmo depois de mais de400 anos, não administrava bem isto e me olhou como setivesse a traído, e falei;

 —   Sabe que não acredito nesta lagrima Paula, e nãoespere que lhe chame por um sinônimo de luz, quando deixa aluz ao longe!

Ela olhou em volta, o mar estava todo verde, as algas

estavam a crescer, e ela não entendeu, estava fazendo o que, por quê? —  Você quer mais alguma coisa! —  Sim, esquece para que Xi usava os seres como eu? —  Para sentir-se vivo! —  Mas uma coisa ele não esperava Paula! —  O que?

―Vou ter de falar, não entende mesmo?‖ ―Eu tento lhe odiar  João!‖ 

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 —  Paula, sabe que te amo, e a única coisa mais poderosaque a energia, que pode trazer a vida coisas impensadas, o queé?

 —  Esta jogando comigo, me deixou! —  Eu lhe deixei? O que queria com minha volta? —  Não sabia que você era Xiuhtecuhtli! —  Isto muda o que? —  Você estava a serviço dele, o tempo inteiro! —  Se não entendeu ainda, eu volto dentro de 100 anos!Pedro me olhou e falou;

 —  Não pode continuar se omitindo, você faz parte! —  Tla, não entendeu, eu não estou a serviço de Xi, mas

ele que se vire sozinho! —  Não pode largar o barco! Não respondi e olhei para Paula e falei; —  Quando se cansar disto, sabe onde me encontrar! —   Mas não entendi!  –   Paula me olha, não era para

entender e sim pensar, estava ali por que, não era por Xi, masse ela não entendia isto, o que posso fazer, voltar a meu mundode faz de conta;

Vi o pequeno Mino aparecer as costas dela e fixei osolhos nos olhos negros dele, a primeira vez que fiz isto, e eleentendeu que estava livre e Paula olhou para traz e falou aosseguranças;

 —  Tirem ele daqui!Os seguranças tentaram chegar perto, mas não

conseguiram, Paula olhava o pequeno pela primeira vez,aqueles olhos negros, as algas abriam um misto de flor ao mar,ninguém estava olhando para o mesmo, mas eu sentia o cheiroda rosa ao ar, e para quem olhava de fora, toda a região foitomada por um vermelho ao mar, milhares de rosas mutantestomaram o lugar e Xi falou;

 —  Não pode ter independência, Xiuhtecuhtli!

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 —  Então peço o meu fim!Ele me olhou e talvez Paula somente neste momento

tenha entendido quem estava ali, ela nunca havia visto Xi em

forma humana, ninguém que olhava para ele, lembrava, ou nemse dava ao trabalho de olhar, era o fato dele passardesapercebido, foi quando procurei a pessoa que passoudesapercebido ao todo que enxerguei quem era Xi, ele meolhou firme;

 —  Se quer seu fim, que seja feito seu desejo!Paula viu uma lamina de fogo vir do céu sobre mim, e a

matéria ficou em pó sobre o chão, e ele me viu em alma e falouao céu;

 —  Ele quer o fim, por que o poupa!Paula olha para cima, não entendia isto, Xi falava com

alguém superior, vi uma luz descer sobre mim, não entendi, iriademorar para entender, mas vi minha carne se refazer, e omenino me olhar e falar;

 —  Não é Xiuhtecuhtli! —   Não reconhece nem seus criados, nem seus pedaços

Xi? –  Falei o encarando; —  Não pode ser parte e não aceitar meu desígnio! —  Xi, sou independente do seu desígnio!  –  Paula vê eu

lentamente encostar no chão e Moreira ao meu lado some e omenino perde a carne e se mostra em não existência a nossafrente e fala;

 —   Mas se é Xiuhtecuhtli, como pode ser independentedo seu criador!

 —  Se as crias são presas ao criador, lhes sobra uma únicacoisa, Xi, prender minha existência a outro ser, um criado pormim, e assim, viver pela minha cria, você vive por suas crias,vive da vida de Xo, mas a farei livre de você!

 —  Não pode, ela é minha!

Olhei para Paula e falei;

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 —   Paula Carson, não quero saber o que Xi quer, teriacoragem de mudar, de tentar de novo?

 —  Sabe que não lhe amo!

 —  Sei que não sabe amar Paula, não que você ama outro!Xi olha revoltado e vejo uma rajada de raios caírem sobrea cidade, uma leva de seres saiu correndo, e Paula vê sua carnedesaparecer, e somente nesta hora entende que ela tinha deescolher, não era eu, era ela que tinha de mudar de caminho,ela olhou o mar depois de minutos, e viu as rosas, Xi olhou nosolhos dela o vermelho, e não o verde, seus olhos foram ao ódioe me olhou;

 —  Você não pode adulterar a alma verde dela? —  Você escondeu ela no verde, mas ela nunca teve uma

alma verde, sabe disto, ela se encontrou nos espinhos, novermelho das rosas, somente agora entendi que vocêredesenhou tudo antes de vir, você a queria odiada, para quelhe amasse, no lugar de entender o que vinha buscar naexistência, achou melhor a convencer a nunca mais vir, isto não

é amar, é maldade em si, Xi! —  Eu a amo, ela não pode amar mais alguém que a mim! —  Isto é estranho Xi, ela ama mais a mim, uma pequena

fatia de sua existência, do que de você! —  Mas ela então ainda esta me amando! —  Não, para ela lhe amar, você teria de a ter permitido

amar, mas ela não sabe ainda o que é isto, eu não a estou

 pedindo para me amar, estou pedindo a ela que a me deixeensinar-lhe o que é amor, pois hoje sei algo que você não sabeo que é!

 —  Eu destruo tudo, mas não vou deixar um ser criado mesuperar!

 —  Estou esperando, Xi!Paula me olhou e vi ela retomar a carne e Xi olhar

revoltado para ela, e falar; —  Também vai me desafiar?

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 —  Quem é você, para mim, apenas uma criança chorona,não foi como se apresentou a mim?

Ele olhou revoltado, ele brilhava a ponto dos demais

desviarem o rosto, mas Paula olhou para os Ogros e eles seretiraram, a cidade estava a pegar fogo ao fundo, olhei aos céuse choveu forte sobre a cidade, e Xi me olhou, ele não sabiaainda o que fazer, os olhos de Paula continuavam vermelhos,vivo, olhou para Xi e falou;

 —  Não sou sua, geramos juntos, mas se me quer lá comoescrava, esquece!

 —  Coloco outra em seu lugar! —  Prefiro uma existência, a eternidade ao lado de quem

se faz de compreensivo e não sabe amar! —   Acredita que pode mesmo viver em um mundo que

criei?Paula me olha assustada, e olhei com calma para ela e

olhei em volta, as roseiras subiam pelas laterais da balsafixando suas raízes nas frestas da grande construção metálica,

será que a única pessoa interessada não apareceria, às vezes penso que as pessoas entendem as entrelinhas, mas parecia quenovamente teria de estar sozinho nisto;

 —  João, ele pode destruir o universo! —   Não enquanto estiver aqui, e se sair agora, ele sabe,

 perde o direito de intervir, ele esta pensando em como nosameaçar Paula e não achou um jeito, ele não lhe criou, vocês

foram criados pelo mesmo ser, superior a ele, ele não temcerteza de ter outra lhe esperando, ele tem medo, olha nosolhos dele, uma criança ruim!

Paula olhou para Xi, estava transfigurado, o cheiro derosa tomava o local, e vi Peter se materializar as minhas costase falei;

 —  Pensei que não viria?

 —  Me disse que estaria em Comptche!Paula nos olhou sem entender e falei;

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 —  E acha que o que queima ao fundo?Peter olhou o fogo cedendo, os ogros ajudando as

 pessoas a se proteger, e olhou para Paula e falou;

 —  Achou alguém a altura?Ri, pois ele desta fez nem sabia o que estavaacontecendo, mas era verdade, mal com mal se retribui;

 —  Peter, queria lhe apresentar a forma física de Xi!  —  Falou Paula apontando para o espectro, ainda tinha a sensaçãode traição vindo dela, mas Peter em meio as rosas, era alguémdiferente, seu brilho era diferente, e ouvi Xi falar;

 —   Filho, estes dois querem destruir tudo, não possodeixar!Peter me olhou, e falei; —  É verdade, eu quero destruir este mundo inteiro! —   Ele esta falando serio, filho ele esta junto com sua

mãe, para destruir tudo, ela prefere uma existência de emoção aeternidade ao meu lado!

Peter olha para mim, e pergunta; —  O que é você, que o confunde assim?Xi me olhou, Paula também, sorri e sem uma resposta

exata falei; —  Quando descobrir lhe conto! —   Filho, ela tentou me jogar na não existência, ele

distorceu a verdade, ele foi um dia Xiuhtecuhtli, mas ele se

apaixonou por ela, e mudou, ele esta fora de controle!Somente nesta hora entendi que não era Xiuhtecuhtli, asvezes demoramos para perceber, estava a pensar quando Paulasorriu, e Xi olhou para ela e falou;

 —  O que tem de engraçado! —  Demorei para pensar, a imortalidade nos tira a rapidez

de pensamento Xi, você não sabe como sair da não existência,você não se deixou jogar lá pois não sabia sair!

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 —   É obvio que não sei, esqueceu das leis básicas,somente o Eterno sai de lá vivo, Peter fez algo incrível, massomente o eterno controla a não existência!

Peter me olhou, ele entendeu, eu não era o Eterno, sabiadisto, mas era alguém com a proteção dele, pois pensei que sairde lá era algo inerente a Xi, mas não era, e ouvi;

 —  Mas não é o Eterno? –  Peter; —  Não sei quem sou, mas não sou o Eterno!Xi se assustou, e olhou para o filho e falou; —  Ele é Xiuhtecuhtli, não se deixe confundir filho!

 —  Por que esta com medo de mim, pai?  –  Peter olha emvolta, um mar de rosas aquáticas, elas estavam tomando a pequena cidade flutuante, e olhando para mim falou  –  Obrigado pelas rosas!

 —   Sei de onde cada um tira o seu brilho, você é docheiro da rosa, mas eles não entenderam isto!

 —  Como sabe?

 —  Sinto a magia no cheiro, mas tem de saber uma coisa! —  O que? —   Xi re-imaginou toda a existência antes de vir, nem

Paula e nem você seguiram as cegas, mas seguiram por ondeele os forçou visualizar, ele não quer Xo vivendo, ele se permite 9 existências a cada universo criado, mas não deixauma para quem diz querer pela eternidade, estranho isto, masele não é ruim, apenas acha ter posse sobre a existência, quenem sabe fazer, você descobriu a matéria, ele se apoderou dela,você descobriu a magia, Liliane descobriu o Don, ele seapoderou dele, mas ele ignora o que lhe falei!

 —  Mas como se ele criou tudo? —  Peter, ele não criou, você não criou a matéria, você a

descobriu, é diferente!Peter me sorri e Paula olha para Xi e fala; —  Estes dois as vezes ficam chatos com estes papos!

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 —  Eles estão se aliando contra nós Paula! —  Xi, eu achando que você era ele, me prendi a ele pela

eternidade, na época, ele havia sumido e me isolado, mas uma

de minhas existências fez um pacto da orquídea com ele, édiferente da rosa, é um pacto sobre as águas aéreas, sobre avida solta ao ar, não presa a terra, ele não esta tramando, elenão quer apenas que nosso filho nos odeie!

 —  Mas o que ele ganha com isto? —  Ele é um anjo, Xi, um anjo de luz, foi sempre os anjos

negros, nesta existência, fui os anjos brancos, mas sabe queexistem os anjos de luz, brancos mas sem rosto, ele deve serum anjo, pois você o sente, mas não o domina, ele sente, e nãodomina, muitas vezes ele sabe do que acontece enquantocaminha, o caminho dos anjos, Xi!

 —  Não esta com raiva de mim? —   Não lhe entendo, você quer tudo, e não me permite

nada! —  Sou a existência, como quer algo além de mim Xo? —  Quero sentir, quero amar, quero algo que não seja a

sua forma de sentir, sou apenas possessiva, não sou nada alémdisto!

Peter me viu ouvindo eles e falou; —  E como ficamos? —  Acha que acabou? —  Não? —  Seu pai não quer uma existência a sua mãe, ele não

esta aqui para facilitar, mas estou aprendendo, não sei o que posso, o que devo, mas sei que não acabou!

 —  Mas ele nem percebeu onde estamos! —  Ele esta num mundo que ele acha ser dele, ele ignora

o que você se bate a fazer aqui, ele se bate em tentar interagir,ele só vem se divertir e atrapalhar!

 —  Fala como se o conhecesse?

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  —   Não conheço, mas esta realidade atual, foi ele que

imaginou, não foi o que Paula quis, e sei que fui instrumentomesmo tentando não ser, mas não a podia ignorar, não podiadeixar todos lá, seria o fim de tudo, se me entende!

 —  Entendo, mas eles vão se entender? —  Acho que não! –  Sorri e Paula se aproximou de mim e

falou; —  Como posso aceitar isto?Eu lhe dei a mão e ela me olhou, seus olhos voltaram ao

verde e ela falou;

 —  Mas assim ele me controla? —  Não aqui?Paula me olhou e beijou-me, não sei o que os outros dois

sentiram, pois não olhei ela nos olhos, era isto que me faziasaber o que ela queria que fizesse, mas me perdia como sendominhas idéias, ela afastou os lábios e ouvi;

 —  Não pode escolher ele, ele sou eu?

 —  Se fosse você não estava reclamando! –  Paula; —  Verdade, mas o que pretende, você me fez fazer isto,o que posso fazer, ignorar?

 —  O que sempre fez, não era você que vinha se divertir,se divirta!

Peter me olhou e sumiu ao ar, olhei Xi aos olhos e elefalou;

 —  Não é certo, quem é você? —   Um Fanes, apenas isto, que Paula ensinou aimortalidade, as magias, Rose os Dons, e que por uma sorte dodestino, estava no lugar certo na hora certa!

Sorri e Paula me abraçou;