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ANO 54 - OUTUBRO A NOVEMBRO 2014 - 207 LA SE FOI MAIS UM A1'0 Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão; e chegam ao fim sem esperança. (Jó 7:6) Estamos a poucos passos do final do ano. Sem dúvida, devemos dar razão à afirmativa de nesta primeira parte do versículo. Nossos dias, de fato, são velozes. Entretanto, para os filhos de Deus que vivemos na dispensação da graça, temos a esperança que tem movido nossos corações. De fato, a velocidade do tempo nos assusta. Quando era criança a chegada do natal parecia demorar mil anos, uma vez que esperava ansioso pelo presente. E hoje chega num piscar de olhos. Assim, nossos projetos e realizações deveriam ser concluídos na mesma celeridade, mas, lamentavel- mente, isso não ocorre, e muitos se perdem no caminho. Talvez nossas aspirações para a vida espiritual começaram bem no primeiro dia do ano, mas logo se esmaeceram. Aquele entusiasmo na noite do culto de vigília foi engolido tão rápido, como a velocidade do tempo. Deixamos de orar e ler a Palavra de Deus com regularidade, e quantas vezes caminhamos arrastados para a Casa do Senhor. Perdemos de vista a esperança gloriosa da vinda de Cristo. Apesar da nossa letargia deixando o tempo se escoar em nossas mãos^ nosso Deus tem se mantido fiel. E maravilhoso saber que Ele não muda como nós: "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento" (Isaías 40:28). Que tal pensarmos que a rapidez dos dias também torna rápida a volta de Cristo? Os acontecimentos que se sucedem à nossa volta, as guerras mais recentes, a indiferença dos homens em relação ao Senhor Jesus, são fatores que aceleram a sua chegada para o seu povo. Tais ocorrências deveriam mudar nossas atitudes, nos animar a cada dia e fazer crescer nosso entusiasmo e não diminuí-lo com a voragem dos dias. Que nossos corações e mentes sejam mudados tão rápido quanto o tempo, para uma nova perspectiva com olhares fixos para o Senhor Jesus, colocando sob Seus cuidados nossos - 01 -

ANO 54 - OUTUBRO A NOVEMBRO 2014 - N° 207 · planos e coisas do género, como que se evangelizar fosse um grande empreendimento empresarial, e tudo indica que se trata disso, pois

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ANO 54 - OUTUBRO A NOVEMBRO 2014 - N° 207

LA SE FOI MAIS UM A1'0 Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão; e

chegam ao fim sem esperança. (Jó 7:6) Estamos a poucos passos do final

do ano. Sem dúvida, devemos dar razão à afirmativa de Jó nesta primeira parte do versículo. Nossos dias, de fato, são velozes. Entretanto, para os filhos de Deus que vivemos na dispensação da graça, temos a esperança que tem movido nossos corações.

De fato, a velocidade do tempo nos assusta. Quando era criança a chegada do natal parecia demorar mil anos, uma vez que esperava ansioso pelo presente. E hoje chega num piscar de olhos. Assim, nossos projetos e realizações deveriam ser concluídos na mesma celeridade, mas, lamentavel­mente, isso não ocorre, e muitos se perdem no caminho.

Talvez nossas aspirações para a vida espiritual começaram bem no primeiro dia do ano, mas logo se esmaeceram. Aquele entusiasmo na noite do culto de vigília foi engolido tão rápido, como a velocidade do tempo. Deixamos de orar e ler a Palavra de Deus com regularidade, e quantas vezes caminhamos arrastados para a

Casa do Senhor. Perdemos de vista a esperança gloriosa da vinda de Cristo.

Apesar da nossa letargia deixando o tempo se escoar em nossas mãos^ nosso Deus tem se mantido fiel. E maravilhoso saber que Ele não muda como nós: "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento" (Isaías 40:28).

Que tal pensarmos que a rapidez dos dias também torna rápida a volta de Cristo? Os acontecimentos que se sucedem à nossa volta, as guerras mais recentes, a indiferença dos homens em relação ao Senhor Jesus, são fatores que aceleram a sua chegada para o seu povo. Tais ocorrências deveriam mudar nossas atitudes, nos animar a cada dia e fazer crescer nosso entusiasmo e não diminuí-lo com a voragem dos dias.

Que nossos corações e mentes sejam mudados tão rápido quanto o tempo, para uma nova perspectiva com olhares fixos para o Senhor Jesus, colocando sob Seus cuidados nossos

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projetos e aspirações, e clamando por forças para completá- los com sabedoria. "Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa

fé, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo" (Rm 15:13).

©Orlando Arraz Maz

O LOCAL HUMILDE DO NASCIMENTO

A imaginação de qualquer pessoa fica inquieta ao pensar na conversa que o dono da hospedaria teve com sua família à mesa do café. Alguém mencionou a chegada do jovem casal na noite anterior? Perguntou como estavam? Ou comentou a gravidez da moça que veio montada em um jumento? Talvez. É bem possível que alguém tenha tocado no assunto. Contudo, na melhor das hipóteses, se alguém levantou a questão, ela não foi discutida. Não havia nada de extraordinário neles. Foram provavelmente apenas mais uma das

• muitas famílias rejeitadas naquela noite. Além do mais, quem conversaria

sobre eles com tanta agitação ao redor? Augusto fez um enorme favor à economia de Belém quando decretou a realização do censo. Quem poderia se lembrar disso em um momento de tanto alvoroço no vilarejo?

Não, é muito difícil que alguém tenha mencionado a chegada do casal ou se preocupado com a condição da moça. Estavam ocupados demais. O dia seria cheio. Tinham de preparar o pão do dia. As tarefas da manhã precisavam ser realizadas. Havia coisas demais ern que pensar para imaginar que o impossível havia acontecido.

Deus viera ao mundo por meio de um bebê...

Não poderia haver lugar mais humilde para um nascimento.

Do lado de fora havia um grupo de pastores. Estavam sentados no chão em silêncio. Talvez perplexos, talvez com

medo, mas certamente maravilhados. Sua vigília notuma fora interrompida por uma explosão de luz vinda do céu e uma sinfonia de anjos. Deus vai até aqueles que têm tempo de ouvi-lO — assim, naquela noite sem nuvens. Ele foi até simples pastores de Belém.

Ao lado da jovem mãe está o pai cansado. Se há alguém sonolento ali, é ele. Não se lembra da última vez que se sentou. Agora que aquela agitação havia diminuído, agora que Maria e o bebê estavam confortáveis, ele se encosta à parede do estábulo e sente os olhos pesarem. Ele ainda não havia entendido tudo. O mistério do evento o confunde. Entretanto, não possuía forças para pensar naqueles questionamentos. O importante é que o bebê está bem e Maria está segura. Com a chegada do sono, lembra-se do nome que o anjo pediu que ele colocasse no menino... Jesus. "O nome dele será Jesus".

Maria, porém, estava bastante desperta. Puxa, como ela é jovem. Sua cabeça repousa sobre o couro macio da sela de José. A dor foi suplantada pela admiração. Ela olha para a face do bebê. Seu filho. Seu Senhor, Sua Majestade. Nesse ponto da história, o ser humano que melhor com.preende quem é Deus e o que está fazendo é a adolescente deitada naquele estábulo malcheiroso. Ela não consegue tirar os olhos dele. De alguma forma sabe que está segurando o próprio Deus.

©Max Lucado - extraído do livro "Seu nome é Jesus"

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EVAieELISMO Por definição, evangelismo é o

sistema, moral e religioso, fundamentado no Evangelho. Fala-se muito em nossos dias da necessidade de evangelização de todos os povos e nações e para isso investe-se muito em estratégias, planejamentos, programas, planos e coisas do género, como que se evangelizar fosse um grande empreendimento empresarial, e tudo indica que se trata disso, pois muitos estão ganhando muitos recursos financeiros nessas empreitadas.

Mas, de fato, o que significa "evangelizar"? Aliás, o que é ser "evangélico"? Está aí algo de difícil compreensão em nossos dias dado o enorme mercantilismo que é praticado no segmento tido como evangélico com seus muitos congressos, mega-espetáculos, instituições paraeclesiás-ticas, etc.

Por definição, evangelizar é o esforço pessoal de levar os incrédulos a receberem o Senhor Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, sob a absoluta direção do Espírito Santo, e não através de estratagemas tecnocratas criados pela sabedoria humana.

Por certo o máximo que se conseguirá é levar o incrédulo a uma exper iência emocional, não necessariamente à conversão espiritual, ao "novo nascimento", conforme claramente asseverado pelo Senhor Jesus em João 3:7: "necessário vos é nascer de novo" (literalmente "nascer de cima"). A cruel realidade é que vivemos dias de enorme perda de identidade daquilo que deveria ser a Igreja de Deus, nunca dantes vista desde a reforma protestante.

Evangelizar é o pr ivi légio estabelecido a todo aquele que crê no Senhor Jesus, e se exprime através do "testemunho pessoal" de fé. O que vem a ser "testemunhar"?

E algo extremamente simples que as pessoas dificultam ao estabelecerem complicadas estratégias de como fazê-lo. Testemunhar nada mais é que transmitir a outros aquilo que sabemos e sentimos, e produzirá seus efeitos na medida em que vivamos de conformidade com a nossa fé, crendo que quem faz a obra de conversão de uma alma é o Espírito Santo. De que adianta pregarmos uma nova vida espiritual se praticamos toda sorte de impropriedades não condizentes com a condição ética e moral exigidas para um autêntico servo de Deus.

Evangelizar, por quê? Porque é uma determinação expressa do Senhor Jesus.

Foi a forma estabelecida por Ele para que os incrédulos fossem alcançados e resgatados da punição eterna, através do testemunho pessoal dos filhos de Deus. Em sua última mensagem, no dia em que foi levado para cima. Ele deixou instruções claras e objetivas acerca disso: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espír i to Santo, e ser-me-eis testemunhas... até os confins da terra" (Atos 1:8). Desnecessário qualquer tratado de hermenêut ica para compreender essa ordenança, pois ela é simples: Todo aquele que tem o Senhor Jesus como Senhor e Salvador é Sua testemunha. Leiam também Mateus 28:16-20; Marcos 16:14-20.

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A ordem do Senhor é "imperativa" ("ide e pregai", Mateus 16:15) e "universal" ("até os confins da terra", Atos 1:8). Deve-se evangelizar mediante a "autoridade" de Jesus ("foi-me dada toda autoridade", Mateus 28:18), pelo poder do Espírito Santo que habita em nós ("recebereis poder", Atos 1:8), tendo amais absoluta confiança de que temos a Sua companhia ("estou convosco todos os dias", Mateus 28:20), e seguindo o exemplo que vemos nos inícios da Igreja, quando os Seus discípulos pregavam a Palavra com intrepidez apesar da feroz perseguição que sofriam: "e divulgava-se a palavra de Deus, de sorte que se multiplicava muito o número de discípulos" (Atos 6:7). A igreja primitiva se submetia à completa direção do Espírito Santo não pelos ditames de uma mera entidade religiosa ("a igreja... pelo auxílio do Espírito Santo, se multiplicava", Atos 9:31).

Quando Paulo escrevia a Timóteo, ele o alertava para que pregasse a Palavra com insistência, a tempo e fora de tempo, porque viria a época em que não mais se suportaria a sã doutrina, pois grande seria o desejo dos corações de ouvir coisas agradáveis e desviariam seus ouvidos da verdade. Ele instava ao jovem discípulo para que fizesse a obra de um evangelista, cumprindo bem o seu ministério (2 Timóteo 4:1-5). Qual o Evangelho que está sendo pregado em nossos dias? E outro evangelho, o do bem-estar, da prosperidade obstinada, da vida cómoda, confortável, sem pr ivações , e para isso "determinam" ao Senhor, como se possível fosse, a obrigação de conceder às pessoas toda sorte de abastança material.

Não era esse evangelho que Paulo pregava! Ao escrever à igreja que se reunia em Corinto ele deixou expresso que o Senhor Jesus o enviou para pregar o Evangelho, não em sabedoria de palavras para que a cruz de Cristo não se tornasse vã, pois o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus e foi aprazível a Deus salvar pela "loucura da pregação" do Evangelho os que crêem (1 Coríntios 1:17-21).

Disse mais, Paulo aos coríntios: "nós pregamos a Cristo crucificado... porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado... a minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração de Espírito e poder, para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus". Para Paulo, não haveria pregação do Evangelho se não fosse pela "palavra da cruz", que é loucura para os que perecem, mas para os que são salvos é o poder de Deus (1 Coríntios 1:23; 2:2,4).

Sejamos, pois, testemunhas autênticas do Senhor Jesus. Em suas últimas palavras aos seus discípulos, o Senhor Jesus, ressurreto e antes de ser levado ao céu, disse-lhes: "Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas". Preguemos, portanto, o verdadeiro Evangelho. Permita Deus que assim seja!

©José Carlos Jacintho de Campos

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TRÊS MULHERES NOTÁVfelS

Nos Evangelhos encontramos várias mulheres, algumas mencionadas pelo seu nome, que se destacaram pelas circunstâncias em que viviam, sua t ransformação ao encontrarem o Senhor Jesus, e a sua colaboração em Seu ministério. E notável que, embora o Senhor tenha encontrado muitos inimigos, não sabemos de nenhuma inimiga entre as mulheres.

O príncipe das potestades do ar (Efésios 2:2), no entanto, tem sucedido em vilificar algumas delas. É notável como fez com que uma mult idão através dos tempos idolatrasse Maria, a mãe humana de Jesus quando veio ao mundo, tecendo lendas em seu nome, fazendo dela objeto de culto, colocando-a em igualdade com a divindade, e mesmo acima do Senhor Jesus. Isto é de conhecimento geral na "cristandade", mas não vamos tratar disso agora.

Vamos focalizar em três outras mulheres que têm sido confundidas entre si, e detratadas por causa de lendas e invenções dentro de instituições que se chamam cristãs e assim apresentadas ao mundo em filmes de grande audiência. Vejamos o que a Palavra de Deus diz sobre elas:

1. Maria Madalena Ela é mencionada nos quatro

Evangelhos: Mateus 27:56, 61; 28:1; Marcos 15:40, 47; 16:1, 9; Lucas 8:2; 24:10 e João 19:25; 20:1, 18. Maria Madalena foi uma mulher possessa por sete demónios, dos quais foi libertada pelo Senhor Jesus.

O nome Madalena indica que .p rov inha de uma cidade ou região

chamada Magdala, também traduzida como Magadã, no litoral sudoeste do mar da Galileia. O Senhor Jesus passou por lá depois de multiplicar os pães e peixes pela segunda vez (Mateus 15:39; Marcos 8:10), e é provável que foi curada nessa ocasião, quando então ela se juntou aos Seus discípulos (Lucas 8:1 e 2) e servia com as mulheres que O serviam com os seus bens (Lucas 8:3).

Foi testemunha da maioria dos acontecimentos por ocas ião da crucificação do Senhor Jesus e a primeira testemunha da Sua ressurreição, sendo enviada pelo Senhor para comunicar o fato aos outros discípulos (João 20:11-18). O encontro que teve com o Senhor Jesus por ocasião da Sua ressurreição é muito comovente e revelador do seu profiindo amor e reverência para com Ele. Nada mais é dito sobre ela, e não existe qualquer evidência para justificar todas as lendas, geralmente maliciosas, que se contam sobre ela. Provavelmente se reuniu com os apóstolos para aguardar a chegada do Espírito Santo (Atos 1:14).

2. Maria de Betânia Também é mencionada nos quatro

Evangelhos: Mateus 26:6-13; Marcos 14:3-9; Lucas 10:38-42; João 11:1-46; 12:1-8. Maria de Betânia era irmã de Marta e Lázaro (Lucas 10:38-42).

Nada sabemos sobre o passado dessa família. Marta era provavelmente mais velha do que Maria, pois a casa em que moravam em Betânia, pequena cidade nas vizinhanças de Jerusalém,

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é conhecida como sendo de Marta e talvez tenha sido herdada de um falecido marido não mencionado. Maria, Marta e Lázaro eram muito unidos, e o Senhor Jesus os visitava em sua casa quando ia a Jerusalém.

Em uma de suas visitas, Maria ficou sentada aos Seus pés e ouvia seus ensinos enquanto Marta trabalhava na cozinha. Quando Marta queixou-se de que Maria não a ajudava. Ele repreendeu Marta suavemente dizendo que Maria escolhera melhor ao ouvir Suas palavras.

Lázaro morreu, mas foi notavelmente ressuscitado pelo Senhor. Maria mostrou sua gratidão ungindo os pés do Senhor com " uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço'' (João 12:3) e limpando seus pés com seus cabelos. O Senhor deu a Maria o mérito pelo sacrifício que fez em Sua honra e declarou que a ação dela seria lembrada onde quer que este Evangelho fosse pregado pelo mundo inteiro, em memória dela (Mateus 26:13; Marcos 14:9). Fica assim constatado que ela e Maria Madalena são duas mulheres distintas, provindas e residentes em localidades bem diferentes, não constando que a Madalena tenha ungido o Senhor Jesus em alguma ocasião.

3. A pecadora A mulher pecadora de Lucas 7:36 a

39 é ainda outra pessoa completamente diferente das duas precedentes. Somente este evangelho faz menção dela, sem nos dar qualquer outra informação senão que era pecadora. O seu ato de lavar os pés do Senhor com suas lágrimas e de ungir seus cabelos tem alguma semelhança com o ato de Maria de Betânia, mas seu caráter, o lugar, a ocasião e as circunstâncias em que isto ocorreu são completamente diferentes. Tem menos semelhança ainda com a Madalena que, além dessas diferenças, não consta sequer ter ungido o Senhor. Esta foi curada de uma possessão demoníaca e é notável por isto, não pecadora no sentido em que era aplicado esse adjetivo às mulheres daquele tempo.

Recomendo que não se dê ouvidos às lendas estranhas que têm surgido, originadas no misticismo medieval e sem qualquer base confiável, sobre estas três mulheres santas que a Palavra de Deus honrou pela sua reverência e dedicação ao seu Salvador, o Senhor Jesus, enquanto Ele esteve envolvido no Seu ministério na Terra.

©R David Jones

PROFECIA E IMPORTANTE 4. Que efeito o ensino sobre a volta do Senhor deve ter em nós?

Bem, se não somos cr i s tãos , deveria motivar-nos a procurar estar prontos para esse evento ou não seremos incluídos e seremos deixados para trás - Mateus 24:42-44 e 25:1 -13: Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor e por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir

à hora em que não penseis. Enquanto essas passagens são principalmente sobre a vinda do Senhor como o Filho do Homem, são igualmente aplicadas à Sua vinda no arrebatamento. Lembre o bem conhecido lema do mosqueteiro - "Esteja preparado".

Se somos crentes no Senhor Jesus, isso deveria:

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a) confortar nossos corações (João 14:1 e PTessalonicenses4:18);

b) motivar-nos a viver uma vida muito mais santa ( P João 3:3): E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. Um de meus amigos estava se comportando mal quando seu pai inesperadamente apareceu à porta da sala. Ele disse: "Eu sempre amo meu pai, mas no momento não amei sua presença". Em 2̂ Tm 4:8 Paulo fala sobre a importância de "amar Sua presença". Sinceramente creio que cada um de meus leitores está pronto para Sua aparição. Se Ele aparecer nos próximos cinco minutos você seria envergonhado diante dEle? Ele seria desapontado com seu baixo nível de compromisso cristão?

Pedro nos fala sobre a volta do Senhor e os eventos subsequentes, e em 2̂ Pe 3:11 ele diz: Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade. Depois, no v. 14: Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis.

Deveríamos esperar o Senhor a qualquer momento em breve?

Você pode estar pensando que não há pressa. A Bíblia não fala sobre diferentes "sinais" que acontecerão antes de Sua volta?

Sim - antes que Ele volte em glória e poder para estabelecer o Seu Reino há muitos sinais prometidos que precisam ser cumpridos. Mas não há um sinal que necessita de cumprimento antes do arrebatamento.

Mesmo no primeiro século, crentes V^esperavam o Senhor retornar a

qualquer momento. Seu cumprimento introdutivo para cada um era "Maranata" = o Senhor está vindo. Veja P Co 16:22.

Até mesmo o apóstolo Paulo esperava estar vivo quando o Senhor voltasse. Ele escreve em P Ts 4:15 e 17: "«oí (não eles) que estamos vivos seremos arrebatados. Paulo esperava estar vivo no arrebatamento e, portanto, esperava o Senhor voltar a qualquer momento. A esperança iminente da volta do Senhor não fez Paulo parar de se preparar para a possibilidade da morte. Ele era como o cristão piedoso que, ao abrir suas cortinas a cada manhã diz "talvez hoje", e ao fechá-las à noite, diz "talvez esta noite". Esses cristãos devotos vivem esperando o Senhor a qualquer momento.

Temos perdido o espír i to de esperança hoje? Estamos tão envolvidos com o materialismo e prazeres que Sua vinda interferiria em nosso estilo de vida?

O que acontecerá depois do arrebatamento?

Primeiro haverá a mudança no corpo dos crentes.

Em Y Coríntios 15:51 Paulo fala sobre a certeza da mudança: seremos transformados. Pode haver alguma dúvida se estaremos entre os vivos ou mortos quando o Senhor vier - nem todos dormiremos, mas não há nenhuma dúvida sobre a mudança que ocorrerá: todos seremos transfor­mados. Isso não é maravilhoso?

Não haverá arrebatamento parcial de alguns crentes, nenhum crente será deixado para trás, pois todos seremos transformados. A igreja de Corinto a quem Paulo estava escrevendo era um grande desapontamento para e l e J

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(leia capítulos 1-15). Mas isso não significa que alguns deles não participariam do arrebatamento! Eles foram descritos como "carnais". Havia divisões entre eles. Alguns defendiam doutrinas erradas. Havia ainda conduta imoral. Por mais que houvesse um argumento para um arrebatamento parcial apenas dos crentes espirituais que havia em Corinto, Paulo escreve a essas mesmas pessoas: todos seremos transformados. Concluímos, portanto, que não há razões para crer num "arrebatamento parcial".

Paulo diz-nos também sobre a instantaneidade da transformação. No V. 52 ele diz que será num momento, e se isso não é rápido o suficiente, ele acrescenta: num abrir e fechar de olhos - um dos movimentos perceptíveis mais rápido no corpo humano. No v. 53 ele fala sobre "cor rupção revestida de incorruptibilidade" e "mortalidade revestida de imortalidade". Aqui é a conexão entre os crentes mortos e vivos que vemos em João 11:25, 26 e novamente em P Ts 4:15-17.

Em Filipenses 3:20, 21 Paulo novamente descreve a transformação no corpo dos crentes que acontecerá no arrebatamento, mas agora ele fala sobre o poder que a realizará. Ele diz: para ser igual ao corpo da sua glória. Mas como Ele fará isso? -segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas. Ele fará essa transformação pela manifes tação desse poder sobrenatural pelo qual subjuga todos os Seus inimigos.

Espero que você faça parte deste grupo que será transformado quando o Senhor voltar.

O tribunal de Cristo O evento seguinte acontecerá no céu.

E o tribunal de Cristo. Embora haja muitas alusões a esse

evento, há três passagens principais das Escrituras que explicam o que acontecerá no tribunal de Cristo. Podemos ter certeza de que nenhum descrente estará diante do tribunal. Entretanto 2̂ Co 5:10 nos diz que cada crente deverá comparecer = ser manifestado perante o tribunal de Cristo. É inevitável. Note que não é um julgamento dos nossos pecados. Isso aconteceu no Calvário quando o Senhor Jesus morreu. Ele sofreu o julgamento dos nossos pecados.

Deus não exigirá pagamento duas [vezes,

Primeiro pela sangria das mãos [do meu Fiador,

E depois novamente das minhas.

Se somos verdadeiros crentes, Cristo sofreu tudo nesse julgamento por nossos pecados no Calvário.

O tribunal de Cristo é, antes, o julgamento de nossas vidas, nosso serviço, e nossos motivos nesse serviço para nosso Senhor Jesus. No v. 9 Paulo quis que seu serviço fosse bem agradável a Ele. Quando diz que Paulo fez disso seu alvo, significa literalmente que Paulo tomou isso como sua ambição na vida para agradar a Deus em todas as coisas que ele fazia. Seu serviço era sempre executado à luz do dia quando será manifesto diante do Senhor. Isso é muito desafiador, pois não podemos ter uma segunda oportunidade para melhorar nosso serviço para Deus. Não há como fazer o relógio voltar atrás!

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Contemplando Sua face, enfim Face por mim... marcada assim Vendo a dor vou me recriminar "Por que não O amei muito mais? "

Esta, a primeira de nossas três Escrituras, está nos dizendo que o tribunal de Cristo está relacionado com o que temos feito em nosso corpo.

Nossa segunda Escritura em Romanos 14:10 é mais relacionada com nossa atitude com nosso irmão. Obviamente Deus dá grande importância a isso. Nessa igreja eles estavam julgando uns aos outros e tratando com superioridade ou menosprezo outros crentes. Frequentemente pensamos que essas coisas não têm importância. Fofocamos e criticamos e fazemos todo tipo de coisa com nossos irmãos - ignorando que esses muitos problemas serão expostos publicamente no tribunal de Cristo. Esses são problemas que precisamos colocar em ordem antes do Senhor voltar e estarmos diante do tribunal.

Nossa última passagem em P Co 3:9-15 mostra que, no tribunal, Deus tratará também de nossa construção. Paulo explica sobre a prova completa de nossa vida de serviço. Ele a descreve como um edifício engolido pelas chamas. Coisas consumíveis como madeira, feno e palha obviamente seriam destruídas, ao passo que coisas como ouro, prata e pedras preciosas subsistiriam. Como nossa vida e serviço enfrentarão o exame minucioso de um Deus que tudo vê no tribunal?

Será que estamos muito ocupados com nossas atividades na igreja,

^ correndo em círculos o tempo todo?

Mas estamos fazendo coisas de que não nos envergonharemos e de que Deus ficará satisfeito no tribunal ou apenas resultarão em nada?

Temos dito que alguns crentes receberão um galardão enquanto outros sofrerão perda. Sofrer perda significa que eles perderão o galardão que, ao contrár io, poderiam ter ganhado. E muito importante para nós ter certeza de que estamos edificando com os materiais certos e que somos guiados pelos motivos certos em nossas atividades para Cristo.

Finalmente, P Co 4:5 diz-nos que este julgamento de nosso serviço não acontecerá durante este tempo de vida presente ou quando morrermos. As vezes ouvimos pessoas dizerem num funeral que o falecido alcançou sua recompensa, mas isso não é verdade. Esta passagem ensina que quando Ele manifestar os desígnios dos corações e quando cada um receber de Deus o louvor não ocorrerá até que o Senhor venha. Então os eventos do tribunal não acontecerão até que o Senhor venha.

A parábola dos talentos em Mt 25:14-30 e das minas em Lc 19:12-26 mostram que os galardões serão dados quando o Senhor retornar depois de um longo tempo e ajustar contas com eles. Assim, o tribunal de Cristo seguirá o arrebatamento. Será o primeiro evento depois que o Senhor vier nos ares para chamar-nos para estar com Ele mesmo.

Prophecy Matters John Campbell

Trad: EFC

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msisjmm A PRESSÃO DO 6RUPO Quando estava na escola, um de

meus amigos alcançou nota máxima e se uniu com um respeitável grupo de amigos. Ele era popular, boa companhia e parecia estar contente. Por volta dos 14 anos começou a se juntar com outro grupo social fora da escola e muito rapidamente a mudança foi imensa. Suas notas caíram, mudou sua imagem, parecia infeliz e ainda falava com um sotaque totalmente diferente - apenas por ser aceito por seu novo grupo de amigos. Infelizmente, o episódio culminou com sua expulsão da escola. Ele foi uma vítima da pressão negativa do grupo.

O que é pressão do grupo? Pressão do grupo é quando um grupo

(geralmente nossos amigos) nos influencia a nos comportar de certa maneira, dizendo e fazendo certas coisas que são típicas de outros no grupo. Pode ser a maneira de vestir, a linguagem que usamos, ou a maneira de nos comportar. Em nossa adolescência a pressão do grupo é uma grande questão, esses são os anos quando formamos nossos próprios valores e padrões, e esses são facilmente influenciados por aqueles ao nosso redor. Todo mundo quer ser aceito e amado por seus amigos, mas esse desejo pode facilmente nos guiar para a direção errada. E claro, para um jovem cristão, a pressão do grupo pode sér um perigo real.

Pressão do grupo na Bíblia E bom olhar para exemplos

anteriores de ocorrências na Bíblia, nesse caso a história de Noé vem à mente. As pessoas do tempo de Noé se recusaram a crer em Deus, zombaram dele e os

poucos crentes seguiram com ele. Sua zombaria tornou-se pior quando ele começou a construir um grande barco no meio do nada, preparando-se para uma grande inundação. As pessoas realmente riam dele por crer em Deus. Estou certo de que isso soa familiar, muitas vezes na vida podemos nos sentir como se es t ivéssemos construindo um barco no meio do nada. Mas com certeza a lição é que Noé perseverou na causa de Deus. Ele não sucumbiu à pressão do grupo.

É claro que há casos na Bíblia em que o povo do Senhor cedeu à pressão do grupo. Talvez o pior caso seja o do apóstolo Pedro. Pedro em muitos aspectos era um homem corajoso. Ele empunhou uma espada contra a multidão hostil quando Jesus foi preso, mas mais tarde ele se juntou com a companhia errada e negou o Senhor -pressão do grupo para o pior. Talvez esse evento nos seja familiar.

Lidando com a pressão do grupo O melhor conselho para lidar com a

pressão do grupo deve ser escolher nosso grupo (ou amigos) cuidadosamente. Provérbios 13:20 ilustra o bom e o ruim da pressão do grupo: O que anda com os sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído. É claro que a pressão do grupo pode ser uma influência positiva; se nos unirmos com o sábio, então também nos tomamos sábios. Para os jovens cristãos isso significa buscar a companhia de outros crentes da mesma opinião, sempre que possível. Mas é claro que a forma de

pressão mais forte é negativa - se nos ^ - 10 -

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juntamos com os tolos, en t ão sofreremos dano - como aconteceu com meu colega de escola.

Para os jovens hoje, escolher amigos pode ser realmente um problema. Frequentemente na escola, universidade e no trabalho não há colegas cristãos por perto, mas é claro que não queremos ficar sozinhos. A coisa mais importante a lembrar é que uma boa companhia nunca deve impedir ou atrapalhar você de servir a Deus. Posso pensar nos amigos e colegas que não são crentes, mas eles devem apreciar minha fé e não atrapalhar minha vida espiritual. Ainda assim, há momentos quando tenho que estabelecer um limite e me retirar do meio deles, evitando ir a certos lugares e me envolver em conversas não proveitosas.

Esteja preparado Uma das melhores maneiras de

resistir à pressão do grupo é se preparar

para isso; planeje como você poderia lidar com certos eventos. Preste atenção aos primeiros sinais: situações que podem parecer totalmente inocentes podem rapidamente se tornar uma tentação real. Mais que tudo ore por ajuda, força e sabedoria de Deus. Tiago 1:5 diz: E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberal­mente, e o não lança em rosto, e ser-Ihe-á dada.

Finalmente, se temos sucumbido à pressão do grupo, pense novamente no exemplo de Pedro. Ele negou o Senhor, mas Jesus deu-lhe uma segunda chance. Depois da ressur­reição, Ele perguntou a Pedro se ele O amava, e Pedro respondeu: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo (Jo 21:17). O Senhor está sempre disposto a nos perdoar.

©Andrew BarnesYoung Precious Seed, ago 2012

Trad EFC

O QUE, POSSO F Ã Z E Í t P A R A DEUS?

Buscando a vontade dEle para sua vida E maravilhoso que Deus tenha um. plano para cada um de nós, e deseja

guiar-nos nas grandes decisões que tomamos. É igualmente extraordinário que Ele tenha dado o Espírito Santo para habitar em

cada cristão para guiá-los constantemente mesmo nas "questões mínimas ". Cada cristão deveria dizer: quanto a mim, o Senhor me guiou

no caminho, Gn 24:27.

A vontade de Deus - qual é?

- Conhecer e fazer a vontade de Deus em minhas decisões e ações; - inclui discernir exatamente quando não fazer alguma coisa-At 16:6; - estar disposto, se necessário, a fazer algo inicialmente ilógico-At 8:26-29.

A vontade de Deus - por que buscá-la?

- Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e deleita-se no seu caminho. SI 37:23; - estamos seguindo o exemplo do Senhor Jesus que era cheio do Espírito, Lc 4:1 e sempre faz o que

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agrada a Seu Pai, Jo 8:29; - não somos de nós mesmos como servos, mas servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus, Ef6:6.

A vontade de Deus: Como conhecê-la - os princípios? - Nunca encontrei um cristão que dissesse que achou isso fácil. Isso é intencional da parte de Deus; não é para "deixar-nos na escuridão", mas para fazer-nos dependentes dEle. "Caminhamos pela fé". Penso que as diretrizes seguintes poderão ser úteis.

1. Seja sincero: realmente estou interessado na vontade de Deus ou em manipu lá - lO para aprovar meus planos? Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas, Pv 3:6; não se faça a minha vontade, Lc 22:42; se o Senhor o permitir, PCo 16:7;

2. confessar meu pecado: eu não posso estar verdadeiramente buscando a vontade de Deus se não me arrependi de seguir meu próprio caminho, Jn 2:9; 3:1; 3. orar: quantas vezes simplesmente

não pedimos ins t ruções! Mesmo quando parece óbvio o que fazer, devemos orar, Js 9:14. Continuar orando até que a resposta venha;

4. ler e aprender os comandos direto das Escrituras. Por exemplo, esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus, P Ts4:3;5:18;

5. pense sobre os princípios das Escrituras: fazei tudo para a glória de Deus, P Co 10:31; seja um bom exemplo, P Tm 4:12; seja sábio e lembre-se de que o Senhor logo vem, Ef 5:16-17; considere que teremos que

responder por como temos usado nosso tempo e dinheiro, P Co 4:2; comporte-se como o Senhor Jesus, P Pe 2:21; 6. seja sensível ao Espírito de Deus que

habita dentro de você. Pois todos os que são guiados pelo Espirito de Deus são filhos de Deus, Rm 8:14. Sua orientação nunca será contrária a uma ordem direta das Escrituras. Quando esta direção é corretamente seguida frequentemente haverá um senso de estar em paz quanto ao resultado.

A vontade de Deus: Como conhecê-la - a prática - seja cuidadoso com as circunstâncias; elas podem frequentemente ser interpretadas de mais de uma maneira, e são mais bem refletidas algumas vezes um tempo depois da situação, por exemplo, Jonas foi contra a ordem de Deus e, naquele momento, encontrou um barco indo para o caminho que ele queria, Jn 1:3; inversamente, Paulo estava indo no caminho certo e estava inicialmente naufragando, At 27; - discernir a vontade de Deus corretamente em uma parte de minha vida não garante que eu tenha feito o certo em todas as outras partes; - se você está "fazendo a prova da lã", esteja certo, como Gideão, de que você pediu por alguma coisa realmente miraculosa; - seja paciente. Deus guiará, mas será em Seu tempo; - lembre-se, não conheceremos "todo o quadro" antes da hora. Os israelitas no deserto foram guiados a cada dia e noite por muitos anos. Olhe os vários estágios de uma orientação, Gn 22:2-4. Obedeça à orientação que você tem e o próximo passo será revelado.

Steven Buckeridge Precious Seed, nov 2012

Trad. EFC

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PEOBLEMAS COM A ORAÇÃO E SUAS SOLUÇÕES Nossa inabilidade para seguir instruções

Rezar X Orar

Muitos rezam e rezam o "Pai Nosso". Talvez meu leitor seja um deles. Deixe-me perguntar-lhe: De que você se aproveita? O que o afeta interiormente? O santifica? O aproxima de Deus? Faz alguma mudança, ou dá alguma direção à sua vida? Transforma seus afetos? Muda suas intenções? Modifica suas ambições, ou o deixa do jeito que você é?

Se o "Pai Nosso" não afeta nem muda profimdamente a direção da sua vida, temo que seu problema seja enorme, e que haja uma interferência descomunal com o Eterno. Algo me diz que o cerne de seu problema consiste em que você está rezando e não orando.

Existe uma diferença abismal entre rezar e orar. Rezar é repetir uma oração que outro tem pensado, expressado ou escrito. Orar não é repetir. E criar uma oração com sentimentos próprios ou emoções pessoais, diante de dificuldades ou problemas, e não algo como uma fita de gravação ou um CD que repassa as expressões de outra pessoa. Orar é ter uma experiência primária e não secundária, de primeira mão e não de segunda mão. Quando rezamos é como se colocássemos uma roupa usada por outra pessoa.

O rezar afasta a criatividade e suprime a livre vibração da alma na presença do Senhor. Orar estimula e promove a ambas. Rezar é dormitar. Orar é despertar. Rezar é aprisionar-se no cárcere do pensamento alheio. Orar é soltar-se na plenitude do

pensamento próprio e mergulhar em espírito na imensidade de Deus. Rezar é repetir como os papagaios. Orar é exercitar-se inteligentemente como seres criados à imagem de Deus. Minha esposa e eu convidamos um casal vizinho para tomar chá em nossa casa. Depois de falar com eles sobre nossas ocupações na obra do Senhor, nos assentamos à mesa. Antes de comermos, pedi permissão a eles para dar graças a Deus. Com prazer aceitaram. Ao terminar minha oração a mulher tocou meu braço bastante emocionada. Comentou favoravelmente minha oração e perguntou se eu a teria de forma escrita para lhe dar uma cópia. Assim, passei a explicar a diferença entre rezar e orar. Procurando não ofendê-los, usamos todo o tato possível em nossa breve expl icação . Não sabemos até que ponto a mulher entendeu.

O Senhor Jesus advertiu seriamente contra a prática de rezar, pois era contra repetir, repetir até esgotar as ideias e deixá-las sem força, sem sabor e sem sentido. Recitar uma oração é desvirtuá-la. O Senhor Jesus ensinou assim: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos" (Mat. 6:7). Podemos parafrasear este versículo assim: " Quando estiver orando, não repita a mesma oração como os pagãos, que pensam que por repetirem Deus responde em seguida".

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o "Pai Nosso" não é uma reza. É uma oração. É a oração que Jesus ensinou aos seus discípulos, e não uma reza que recitariam a seu Mestre. Ensinou esta oração como um modelo, como uma pauta para ensiná-los a orar e não a rezar. Tinha como objetivo ensiná-los a expressar-se e não a repeti-la. A intenção de Cristo não era que a guardassem no cérebro como um computador, mas para que os discípulos tirassem dela diretrizes, princípios, padrões, com os quais formulassem suas próprias orações, e assim chegassem a ser criativos conversadores com seu Deus.

Transcrevo o que alguém disse sobre o "Pai Nosso": "Ao orar com este modelo de oração não posso dizer 'Pai' se não encontro a realidade deste parentesco em minha vida pessoal e cotidiana, por não ter nascido do Espírito Santo na família de Deus. Não posso dizer NOSSO: (Pai Nosso), se meu íntimo vive em estranheza espiritual, crendo ser o único objeto de atenção do céu, o favorito do Pai, o monopolizador de sua atenção. 'Nosso' também inclui outros que como eu são objetos do amor, interesse e cuidado do Pai. Não posso dizer 'Que estás no céu', se penso e vivo como se só este mundo existisse onde estão meus apetites terrenos. 'Santificado seja o teu nome', se minha língua é profana e não foi santificada pelo Senhor. Não posso dizer 'Venha o teu reino' se Cristo não foi entronizado em meu coração e se nada faço para que este reino venha ao coração dos que me cercam, nem testifico para que entrem neste reino. Não posso dizer 'Faça a tua vontade' se estou decidido a fazer a minha

vontade continuamente. Não posso dizer 'Assim no céu como na terra', se não me consagro inteiramente ao serviço de Deus. Não posso dizer 'O pão nosso de cada dia nos dai hoje', se vivo unicamente de minhas experiências passadas, se vegeto no conhecimento de ontem, se não estou renovando meu espírito cada dia na leitura e reflexão da Palavra de Deus.

O exercício de alimentação espiritual deve ser diariamente. Não posso dizer: 'Não nos deixes cair em tentação' se deliberadamente me coloco à disposição das mesmas, com a possibilidade de pecar enlodando-me nelas. Não posso dizer: 'Teu é o reino' se não dou a Cristo, Rei dos reis e Senhor dos senhores, o primeiro lugar em meus sentimentos e nem me submeto a Ele voluntariamente para obedecer-Lhe, negando a mim mesmo. Não posso dizer: 'Porque teu é o poder', se vivo no exercício das minhas forças e não nas forças de Deus, se me vejo como autossuficiente. Não posso dizer 'Tua é a glória' se ando sempre em busca da minha própria fama, e dos elogios dos meus próximos. Não posso dizer: 'Por todos os séculos' e meu horizonte e visão se limitam somente ao século presente. Não posso dizer 'Amém' sem me esforçar, custe o que custar, para que os postulados desta oração transpirem em minha própr ia vida."

Reiteramos que o Pai Nosso não é uma reza, mas uma oração. E uma experiência vital, por sua vez exclusiva, não para todo o mundo, senão para um grupo definido. Desde seu princípio indica para quem é. Como é seu início? "Pai", Pai Nosso. É uma oração exclusivamente para os filhos, não para qualquer pessoa, mas para os filhos do Pai, do Pai Deus.

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Você é filho de Deus? Deixe-me certificar-me:

Você mente habitualmente, ainda que sejam mentiras piedosas ou mentiras brancas? O diabo, disse Jesus, é o pai da mentira. O mentiroso habitual testifica com cada mentira quem é o seu pai. Você vive dominado por desejos pecaminosos? Guarda pensamentos obscenos em sua mente? Guarda dentro de você rancor, ódio , ressentimento contra alguém? Ira-se e maldiz com ímpeto? Estas coisas vêm do diabo. Cristo disse que os filhos do diabo cumprem ou fazem os desejos de seu pai (João 8:44). Como o Pai Nosso é uma oração exclusiva para os filhos de Deus, os filhos do diabo não têm o direito de usá-la.

Talvez a esta altura a lguém pergunte: Como posso me tomar filho de Deus? Simplesmente fazendo o que João 1:12 diz: "Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tomarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus". João evidencia que se deve receber a Cristo como Salvador em seu coração para nascer na família de Deus.

Receba em seu coração, pela fé, o Senhor Jesus Cristo. Arrependa-se sinceramente de seus muitos pecados e por fé se identifique com a obra de Cristo na cmz. A Bíblia diz: "e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado" (I João 1:7). Ao apropriar-se da obra de Cristo na cruz, pela fé, a entrada para sua família é automaticamente. Nesta posição de privilégio, como pecador feito filho, você poderá orar com toda a propriedade: "Pai Nosso".

Tome posse pela fé da Obra da Cmz

agora mesmo, e desfrute da maravilhosa e doce comunhão com O Pai Deus. A clamar a Deus de todo coração, a balbuciar em sua presença "Pai, Pai, Pai Nosso".

©Mariano Gonzales V. Extraído de Sendas de Luz 2013, n° 2

Eis-me vencido

Eis-me vencido por Teu amor E, confessando que sou pecador. Venho, Senhor, em Ti confiar; Só Tua graça me pode salvar

Nada de preço posso trazer; É Tua cruz que me pode valer. Minha alma quer em Ti descansar; Só Tua graça me pode salvar.

Bem descansado, meu Salvador, Lougedo mal quero andar, ó Senhor; É meu anelo sempre mostrar Que Tua graça mepode salvar.

Santificado, perto de Ti Quero ficar, pois de Ti recebi O meu resgate, e quero provar Que Tua graça me pode guardar

(HC126)

Mudando-se? Por favor, dê-nos seu novo

endereço com antecedênc ia ! Informe-nos por e-mail:

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UMA PALAVRA DE QRATIDÃO' Com esta publicação-encerramos com seus artigos preciosos que por certo

mais um ano, usando as palavras de abençoaram muitas vidas. Samuel após uma grande vitória contra Assim, fazemos uso das palavras de os filisteus: "Até aqui nos ajudou o nosso cântico: "Queremos forças Senhor" (I Sm 7:12). Assim tem sido alcançar e alento para prosseguir; e Tu, com a equipe de "A Senda do Cristão", jesus, nos pode dar o que queremos que apesar das lutas e barreiras adquirir. Pois do teu coração de amor, colocadas pelo inimigo, com a ajuda de j e acordo com o Teu poder, estamos nosso Deus todas foram vencidas. A certos, ó Senhor, que Teu socorro Ele seja glória! vamos ter" (HC 240).

Agradecemos muito nossos Desejamos a todos um abençoado amados irmãos, fiéis leitores, e igrejas 2015. que têm colaborado com suas orações e ofertas, bem como aos cooperadores A equipe de A Senda do Cristão.

Caminhada diária pelo NT

Entre em contato com um dos irmãos responsáveis e faça seu pedido:

Jairo Roberto - Rua Jesuíno de Arruda 2020, loja 1, São Carlos-SP, 13560-642, e-mail: [email protected];

telefone (16) 3372-1996 Pedidos para a Grande São Paulo: com Eduardo Marques -

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A SENDA DO CRISTÃO Publicação trimestral cristã, sem fins lucrativos e mantida por ofertas voluntárias.

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Para orientação das igrejas e dos irmãos, o custo de cada exemplar de A Senda do Cristão é de R$ 0,55.

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