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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 29 Domingo, 20.07.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · precisa depender do acaso. Seja campeão! Confie no único Deus vivo e verda-deiro. 4 o ornal batista domingo, 200714

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Page 1: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · precisa depender do acaso. Seja campeão! Confie no único Deus vivo e verda-deiro. 4 o ornal batista domingo, 200714

1o jornal batista – domingo, 20/07/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 29 Domingo, 20.07.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Page 2: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · precisa depender do acaso. Seja campeão! Confie no único Deus vivo e verda-deiro. 4 o ornal batista domingo, 200714

2 o jornal batista – domingo, 20/07/14 reflexão

E D I T O R I A L

Hoje é o dia do Jornal Batista!

Neste domingo, dia 20 de julho, é ce-lebrado o dia de O Jornal Batista.

Queremos destacar algumas informações históricas deste nosso Jornal.

Fundado em 1901 com seu primeiro número aparecen-do em 10 de janeiro desse ano. O JORNAL BATISTA, em 1909, se tornou o órgão oficial da Convenção Batista Brasileira, é humanamente falando, a obra de W. E. Entz-minger. É preciso, entretanto, reconhecer que, para a reali-zação de seu ideal, Entzmin-ger contou com a compreen-são, a visão denominacional e o desprendimento de dois outros grandes missionários: Salomão L. Ginsburg e Zaca-rias C. Taylor. Há quem diga que o primeiro jornal batista brasileiro foi O CRISTÃO BRASILEIRO, fundado por W. B. Bagby, no Rio de Janeiro, em 1887. Outros, entretanto, reivindicam essa glória para

Zacarias C. Taylor, que teria fundado O ECO DA VER-DADE em 1884, na Bahia. Não existem que saibamos exemplares dos primeiros números desses jornais. Em 1889 montou na Bahia uma pequena tipografia no porão do velho Aljube. Aos poucos o Dr. Taylor a foi aumentan-do até chegar a possuir uma oficina modesta embora, mas que prestava bons serviços. Em maio de 1889, saiu dali o primeiro número de O ECO DA VERDADE, título este mais tarde mudado para A VERDADE, que, por seu turno, foi substituído, depois, pelo de A NOVA VIDA, men-sário de 12 páginas. Zacarias C. Taylor em sua Autobiogra-fia, documento interessan-tíssimo, que poucos têm a ventura de conhecer, refere--se a 1884 como data da fun-dação do ECO DA VERDA-DE. Parece-nos, entretanto, que sua memória falhou ao escrever a data e cremos que

a informação de Entzminger é a exata. É mais fácil de-terminar o aparecimento de AS BOAS NOVAS, jornal de Salomão L. Ginsburg: surgiu em Campos, em 15 de março de 1894. Em maio de 1900 realizou-se aqui no Rio uma reunião de missionários nor-te-americanos: W. B. Bagby, Zacarias C. Taylor, Salomão L. Ginsburg, J. J. Taylor e W. E. Entzminger. Decidiram eles fundar no Rio de Janei-ro uma Casa Publicadora e publicar um jornal batista nacional. Até então A NOVA VIDA servia aos batistas da Bahia para cima, e AS BOAS NOVAS servia os de Campos para baixo, um para o Norte e outro para o Sul. Os mis-sionários achavam melhor ter um jornal só para o país inteiro. Para que isso acon-tecesse, Zacarias C. Taylor abriu mão do seu jornal, o mesmo fazendo Salomão Ginsburg. Zacarias fez mais: vendeu o material tipográfico

que tinha na Bahia e enviou a importância conseguida para o Rio, a fim de ajudar no lançamento da empresa. É digno de nota o despren-dimento dos dois grandes missionários suprimindo a publicação dos seus jornais para que surgisse O JORNAL BATISTA. Poder-se-ia colo-car no expediente de nosso jornal: sucessor de AS BOAS NOVAS e de A NOVA VIDA e assim recuaríamos a data de nossa fundação para 1889.

Mas não criemos proble-mas históricos e fiquemos mesmo com a data de 10 de janeiro de 1901 e os cento e treze anos de O JORNAL BATISTA.

A assembleia anual da Con-venção Batista Brasileira, realizada em Recife de 1909, adotou O JORNAL BATISTA como seu órgão oficial e estabeleceu o 3ºdomingo de julho, de cada ano, como o Dia do JORNAL BATISTA. (SOS)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

O Jornal Baptista Capital Federal 10 de Janeiro de 1901 Nº 1

Nasce o modesto periódico

Em 1996 O Jornal BatistaUm novo formato e colorido,

começamos uma nova época do nosso semanário.

Em 1909 na Assembleia Anual da Convenção Batista Brasileira, realizada em Recife, o periódico da denominação tornou-se o Órgão Oficial, sendo estabelecido o 3º domingo do mês de Julho de cada

ano, como o Dia do JORNAL BATISTA.Durante um bom tempo essa data foi esquecida, mas no exemplar de 03-01-1971, “ressuscitamos

essa comemoração”.

Em 1901 eram escritas as primeiras linhas do semanário

que abençoaria o povo batista por longos anos.

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3o jornal batista – domingo, 20/07/14reflexão

Carlos Henrique Falcão, pastor da Igreja da Liberdade - RJ

“Um c h u t e no traves-são aos 30 minutos do

segundo tempo da prorroga-ção na partida entre Brasil e Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo poderia ter mudado a história do Mundial. O chileno Mauri-cio Pinilla, de 30 anos, au-tor da finalização, resolveu eternizar o momento com uma tatuagem do lance que assustou a torcida brasilei-ra” (http://www.estadao.com.br/). Em seguida, as reportagens dos canais da

esotérica Rede Globo (TV Globo e Esporte TV) anun-ciaram a “sorte” do Brasil no lance. Um dos repórteres disse que temos “sorte de campeão”.

“Sorte” misturada com su-perstição é a mensagem eso-térica da vez. Pessoas tomam uma série de atitudes anteci-padas para ter “sorte”. Não é de hoje que o homem deseja interferir no futuro. Quando dá certo é sorte. Quando dá errado foi azar. Esta ideia é tão forte na sociedade que se não tomarmos cuidado iremos aplicar na vida cristã os princípios da “sorte”: “Se acontecer foi da vontade de Deus, se não acontecer é porque Deus não quis”.

Mas a Bíblia fala de sorte? Fala. Em vários momentos quando era preciso uma decisão difícil, após pedir a orientação de Deus, o sorteio realizado era consi-derado a expressão da Sua vontade. Davi é grato por sua vida e diz que foi Deus o organizador dos fatos e é o mesmo Deus que garante o seu futuro. A tudo o que Deus fez e fará, Davi chama de sorte (Sl 16.5). Em lugar nenhum da Bíblia encon-tramos alguma referência a fatos que acontecem ao acaso. Nenhum personagem bíblico fica com os dedos cruzados esperando aconte-cer e depois se alegra com a sua sorte. O “acaso” não

acontece na vida do servo de Deus.

A Bíblia nos convida en-tregar a vida a Deus e a con-fiar na providência divina: “Entrega o seu caminho ao Senhor, confia nele, e Ele agirá” (Sl 37.5). Por causa dessa entrega, o mesmo salmista, diz para o servo de Deus “descansar no Senhor e aguardar com paciência” enquanto Ele age (Sl 37.7). O profeta Isaías também é enfático quando convida Israel a confiar em Deus: “Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam”

(Is 64.4). Temos um Deus que trabalha por nós e em nós. Não existe outra força a nosso favor porque Deus mesmo disse: “Agindo eu, quem pode desfazer?” (Is 43.13-NVI). Isso quer dizer que o servo de Deus confia na providência divina e será sempre campeão porque Deus fará o que Ele deseja fazer e não há nada que mude a sua vontade. O ser-vo de Deus não é campeão por causa da sorte. É cam-peão porque Deus faz. O servo de Deus pode confiar em alguém que age. Não precisa depender do acaso. Seja campeão! Confie no único Deus vivo e verda-deiro.

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4 o jornal batista – domingo, 20/07/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

O enorme número das

bênçãos

reflexão

“A minha boca manifes-tará a tua justiça e a tua salvação todo o dia, pois não conheço o número delas” (Sl 71.15).

No Salmo 71 Davi explica a razão de sua postura de gratidão e louvor

ao Senhor: “A minha boca relatará as bênçãos da Tua justiça e da Tua salvação todo o dia, posto que não conheça o seu número” (Sl 71.15).

A memória humana é im-pressionantemente frágil, quando se trata de relatar as bondades de Deus para conosco. Por outro lado, quão grande é a nossa lista, quando se trata de nossas mágoas e de nossas quei-xas. Ao ponto de, às vezes, acharmos que o Senhor nos esqueceu.

Neste contexto, a atitu-de do salmista destoa das nossas tendências. Depois de alguma meditação, ele descobriu que o Senhor não tira férias, quando se trata de ajudar Seus filhos. Noi-te, dia, domingos e feria-dos. Neste ponto, depois de muito pensar, concluiu: na verdade, nós nunca sabe-remos o número completo das bênçãos divinas. Não somente não conhecemos a intensidade e a fidelidade de Suas bênçãos – mais do que isto, na maioria das vezes, nem sequer entendemos a razão, não nos surpreenda-mos quando, ao amadure-cermos em nossa comunhão com Ele, de vez em quando detectamos as intervenções divinas. Vale a pena apren-der a contar as bênçãos que recebemos Dele. Quer en-tendamos ou não.

Daltro de La Puente Machado,membro da Igreja Batista Central de Volta Redonda - RJ

“O nobre projetará coisas nobres. E nas coisas nobres persistirá” (Is 32.8).

A palavra mentor é formada a partir de um personagem da mitologia. Na Odis-

seia – poema épico grego, do século VIII a.C. – Homero conta que Ulisses ao sair para a Guerra de Troia, confiou o palácio e os cuidados de seu filho Telêmaco a um sábio conselheiro chamado Mentor. Quando retornou encontrou Telêmaco, de per-sonalidade madura, exibindo comportamento exemplar, desempenho competente e caráter íntegro. Ulisses, então deduziu que isto só poderia ter sido resultado da influência, da sabedoria, da experiência, do exemplo e da dedicação de Mentor. Com base neste significado o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa conceitua “men-tor como pessoa que guia, ensina ou aconselha”. Por-tanto, mentor é aquele que dá suporte e encorajamento para que alguém planeja-damente aprenda, realize seu potencial, desenvolva suas habilidades, melhore seu desempenho e viva com qualidade de vida.

Mentoria, palavra derivada, é o processo de transferência de experiências através de um relacionamento dura-douro, profundo, dinâmico, de confiança, de apoio e de enriquecimento mútuo, entre duas ou mais pessoas, suprin-do necessidades e proporcio-nando oportunidades de cres-cimento pessoal, onde o mais experiente (por exemplo, o apóstolo Paulo – Mentor) transmite visões, sonhos, ideais, princípios, valores, atitudes, conhecimentos, habilidade e sabedoria ao mais novo (por exemplo, o jovem Timóteo – Mentorea-do), ajudando-o a descobrir e usar bem seus dons, talentos e a cumprir seus desafios e crescer na vida.

A Bíblia registra vários exemplos de pessoas que se beneficiaram da mentoria. Jesus, que mentoreou doze homens e os fez discípulos, ensinando-os e instruindo-os, assim como a Nicodemos, a Maria (irmã de Lázaro) e a inúmeras pessoas é o nosso maior paradigma de mentor. Jetro mentoreou Moisés; Moi-sés, Josué e Calebe; Noemi, Rute; Samuel, Davi; Elias, Eliseu; Ananias, Saulo (Paulo);

Paulo, Timóteo; etc. São mui-tos e edificantes os exemplos encontrados na Bíblia. Tam-bém na história secular temos exemplos de personalidades notáveis que tiveram grandes mentores, evidenciando que um verdadeiro mentor sem-pre ajuda alguém a ser uma pessoa melhor e a encontrar sentido na vida, na busca de autorrealização.

A qualidade da vida, espe-cialmente da vida cristã, a qualidade da gestão eclesi-ástica, da governança corpo-rativa - pública ou privada, com certeza apresentaria resultados infinitamente me-lhores se a mentoria fosse sistematizado. Parece que o mundo ainda ignora a rele-vância deste processo que enriquece tanto ao mento-reado quanto ao mentor, porque há uma “fertilização cruzada” e a ação se pro-cessa no campo das ideias. Vale citar o provérbio chi-nês: “Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um com um pão, e, ao se encontrarem, trocarem os pães, cada um vai embora com um. Se dois homens vêm andando por uma es-trada, cada um com uma ideia, e, ao se encontrarem, trocarem as ideias, cada um vai embora com duas”. Igual-mente, mentorear, tem esta característica, é enriquecedor aos dois (quem ensina, tem que se preparar, então se enriquece; quem aprende, tem sua carência suprida, se enriquece também), ninguém sai perdendo, os dois saem ganhando. Quando se com-partilha experiências, quem ensina e quem aprende des-cobrem que é possível estar sempre aberto para o novo e para mudanças. Ambos transformam o trabalho em um aprendizado constante, capaz de mudar vidas.

O objetivo do mentor é levar alguém a ter mudan-ça de vida, exibindo com-portamento futuro melhor do que o atual, porém esta mudança precisa desenvol-ver integralmente a vida de seu discípulo. Assim como Paulo não fez de Timóteo um Paulinho, o objetivo do mentor não é reproduzir a si mesmo, mas oportunizar o desenvolvimento integral da vida de seu aluno, evitando uma relação excessiva de dependência. Exigirão do mentor diante desta neces-sidade especial, um nível de maturidade, sensibilidade, humildade, empatia e senso de responsabilidade para a efetividade da aprendizagem. Pode-se, aqui parafrasear o

TWI/JI - SE O MENTOREA-DO NÃO APRENDEU, O MENTOR NÃO ENSINOU. TWI - Training Within Indus-try / JI - Job Instruction), mé-todo de ensino industrial para “foreman”, iniciado em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial que objetivava in-crementar a produção para suprir as necessidades do esforço de guerra das Forças Aliadas, adotava o slogan “If the learner has not learned, the teacher has not taught”. Vale dizer que o fruto deste relacionamento só se efetiva quando o mentoreado in-corpora conscientemente os conhecimentos ministrados e, em decorrência disto ado-ta comportamento coerente com o aprendizado.

Em que pese o grande avan-ço do mundo globalizado, percebe-se que não há cul-tura voltada para a prática de mentoria. Há muita gente boa, inclusive nos nossos arraiais, “que sabe e sabe que sabe”, estando apta para ensi-nar, mas não gosta, não quer, alega não ter tempo nem paciência e não se dispõe a mentorear quem tem neces-sidade, deixando transparecer insegurança, falta de discerni-mento, de solidariedade, de altruísmo, com uma ponta de egoísmo, preferindo, às vezes ter alguém ao seu lado des-provido de instrução, indouto. No lado oposto, há muita gen-te, “que não sabe e sabe que não sabe”, necessitando de aprender para se desenvolver e viver melhor, mas não quer, alega não ter (ou não poder perder) tempo e não se dispõe a aprender para suprir suas carências e suas deficiências, deixando transparecer falta de humildade, preferindo assim não revelar suas fraquezas e mazelas, numa concordância tácita com a ideia retrógrada e que contraria a teoria da aprendizagem que diz “pau que nasce torto não tem jeito morre torto”, que, aliás, é uma balela.

Portanto, procurar, desco-brir mentor é preciso... Para se descobrir um mentor, o

primeiro passo é querer e em seguida ter coragem de perguntar a alguém que se admira se está disposto a ser seu mentor. Outra maneira é dizer às pessoas que está à procura de um mentor. Certa-mente quem assim agir, fica-rá surpreso com a disposição de tantas pessoas qualificadas em ajudar.

Para finalizar, o Processo de Mentoria abaixo esque-matizado, objetiva mostrar no contínuo uma visão do relacionamento mentor-men-toreado (adaptação do modelo

de Warren Schmidt e Arthur Johnson, em “Estilos de Con-sultoria”, sugerindo que toda situação de mentoria envolve uma mesclagem potencial-mente diferente da experiência do mentoreado e do mentor, ressaltando-se que o processo é dinâmico e deve acontecer de forma normal e gradual, tendo início (primeiro o mais simples), meio (aprofunda-mento dos conteúdos teóricos e práticos) e fim (pontos mais complexos, acompanhamento e “feedback”), visando assegu-rar a capacitação.

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5o jornal batista – domingo, 20/07/14reflexão

Foi um susto tremen-do. Eu estava numa Caravan, um carro pesadão, cuja direção

mecânica exigia algum esfor-ço. Ia de Irajá para a Tijuca. Naquele tempo eu me dava bem com um “carrão” dois ponto zero. Tomei a rua que tem nome do poeta paulista Álvares de Azevedo, no Ja-caré. Após o cruzamento da entrada da favela, há um leve declive, que termina em uma curva à direita. Ao entrar na curva, vi na calçada à direita, junto ao meio fio, esperando para atravessar a rua, uma senhora que levava um bebê ao colo, amparando-o com o braço esquerdo, enquanto sua mão direita sustentava uma bolsa. Ao seu lado, uma menina de seus três anos, não mais, segurava-se com a mão na alça da bolsa da mãe. Subitamente, a menina sol-tou a mão e, rápida como um corisco, ameaçou atravessar a rua. O que deu na cabeça da guria? Quem pode saber? Eu já estava a pouca distân-cia. Se a garota corresse, eu não teria como parar o carro para evitar o atropelamento, fatal com certeza, algo que jamais me aconteceu. Foi um zás. Mais rápido do que eu pudesse pensar no que fazer ou mesmo reagir por impul-so, como por exemplo, jogar o carro para a esquerda, num reflexo instintivo, a mãe sol-tou a bolsa e agarrou a meni-na pelos cabelos, puxando-a para si. Instintivamente pisei no freio e estava bem de vagar, tentando me refazer do susto. Ainda pude ver, antes de completar a curva, a mãe passar rapidamente a bolsa para a mão esquerda, mesmo amparando o seu bebê e segurar a mão da filha com a mão direita para, logo em seguida, atravessar a rua, como pude ainda ver pelo retrovisor.

Ficou-me uma preciosa lição daquele evento. Não somos nós que temos de se-gurar na mão de Deus. Se a nossa segurança dependesse do nosso esforço em segurar

na mão de Deus, estaríamos perdidos. “Segura na mão de Deus” é o apelo de um conhecido hino baseado na convicção da salvação pelas obras, por mérito humano. “Tenho que fazer por onde”, é o que pensam os que pen-sam que nós é que preci-samos segurar na mão de Deus, ao invés de confiarmos na sua graça e no seu poder para nos dar segurança. Não conheço um único versículo bíblico que me diga que sou eu que preciso segurar na mão de Deus. Mas há várias promessas de Deus dizendo que Ele me toma pela mão e me segura com sua destra poderosa.

Naquele remoto incidente na rua Álvares de Azevedo, Deus interveio, livrou aquela menina de morrer atropela-da, guardou sua mãe de uma grande dor e guardou tam-bém a mim, por sua graça, de uma experiência terrível.

Podemos confiar na po-derosa mão do nosso Deus. Podemos! Por sua maravi-lhosa graça, Deus realmente nos livra dos perigos, muitos dos quais jamais viremos, a saber, que nos ameaçaram. Ficou a marca em minha alma. Sempre que passo por aquela rua, é impossível não me lembrar, daquela fração de segundo por mim vivi-da, como é impossível não agradecer a Deus pelo livra-mento, mais rápido do que um flash, mas que marcou indelevelmente o meu ser.

Não se conforme em se-gurar você mesmo na alça de uma doutrina, de uma criação humana, seja ela qual for, na ilusão de que terá a proteção divina. Deixe Deus segurar você pela mão e conduzir sua vida pelos caminhos da justiça, da ver-dade, da retidão.

No Salmos 63.8 diz Davi: “A minha alma se apega a ti; a tua destra me sustenta”. Já no Salmos 37.24, Davi reconhece: “Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o segura pela mão”. Por sua graça inefável.

Rogério Augusto de Paula,pastor da Primeira Igreja Batista em Colatina - ES

Estamos às portas de mais um pleito, nesses momentos é comum surgir candidatos de

toda espécie. O tradicional, o exótico, o novo, o repre-sentante de classes, o que promete muito, o utópico, o defensor das minorias, o salvador da pátria etc. Dentre estes há também o candidato de última hora, aquele que em geral busca fazer alianças com todos os seguimentos da sociedade, inclusive com as igrejas. Apresentam dificul-dades para vender facilidades.

Eleições vêm, eleições vão, políticos vêm, políticos vão, no entanto, a sociedade bra-sileira continua padecer com problemas que estão ai há dé-cadas. Educação deficitária, saúde na UTI, falta de inves-timentos em saneamento bá-

sico, segurança ultrapassada, desvio de recursos públicos etc. São situações que perdu-ram. Então o que fazer?

Acordar o “gigante que dorme em berços esplêndi-dos” seria uma boa opção!

Há um provérbio chinês que diz: “Os loucos às ve-zes se curam. Os imbecis nunca”!

O povo é tratado como imbecil porque se comporta como imbecil, principalmen-te no momento de escolher os seus representantes políti-cos e no momento de reivin-dicar os seus direitos básicos.

Segundo o profeta Oséias 4.6 “O povo estava sendo destruído por falta de conhe-cimento”. Por falta de conhe-cimento deixamos Deus de fora das nossas decisões políti-cas. Por falta de conhecimen-to elegemos pessoas despre-paradas e descomprometidas com Deus e com o povo. Por falta de conhecimento do que

somos capazes de realizar por intermédio de Deus, o povo sofre, a corrupção aumenta, a imoralidade é instituciona-lizada e o país cada vez mais, mergulha no caos social.

O texto de II Crônicas 7.14 nos diz: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a mi-nha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”.

É preciso clamar para que o Senhor tenha misericórdia de nós e dessa terra chamada Brasil, que tanto amamos.

A frase atribuída a Pla-tão, “Não há nada de erra-do com aqueles que não gostam de política. Simples-mente serão governados por aqueles que gostam”, exemplifica de forma fantásti-ca a posição dos cristãos bra-sileiros em relação à política.

Acorde povo de Deus; va-mos clamar.

Durante a reunião do Conselho Geral da Aliança Batista Mundial, realizada esta semana na Turquia, foi definida a Diretoria do próximo quinquênio 2015 a 2020, sendo eleito para presidente o sul-africano Paul Smiza e para vice-presidente o pastor Luiz Roberto Silvado, representando o Brasil e toda América do Sul.

Leia mais sobre esta matéria nas próximas edições.

Presidente da Convenção Batista Brasileira, pastor Luiz Roberto

Silvado foi eleito vice-presidente da Aliança Batista Mundial

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 20/07/14

Caminhos da Mulher de DeusZENILDA REGGIANI CINTRA,

pastora e jornalista, Taguatinga, DF.

reflexão

“É por sua ordem, que a águia se eleva e no alto constrói o seu ninho? Um penhasco é sua morada, e ali passa a noite; uma escarpa rochosa é a sua fortaleza” (Jó 39.27-28).

Certo dia estava pas-seando com minha família ao redor da Lagoa Rodrigo

de Freitas, um dos cartões postais da cidade do Rio de Janeiro. Muitas coisas me chamam a atenção naquele local, mas naquele dia algo simples me despertou. Numa das árvores bem perto da pis-ta de passeio, num lugar até baixo demais, um passarinho fez seu ninho. Parei o ob-servei aquela obra simples, porém significativa.

Nossa família, num certo sentido, é como um ninho.

Existem vários tipos de ni-nho. Dependendo do pássaro o ninho pode ser grande ou pequeno.

Penso num ninho como lugar de aconchego, de cui-dado, de crescimento. De todas as aves, creio que nossa família deve ser como um ninho de águia.

As águias fazem seus ni-nhos nos lugares altos. Nossa família deve estar assentada sobre os mais altos padrões da ética, dos valores morais.

Hoje, há toda uma cons-piração para desestruturar a família.

A mídia, especialmente, tentar fazer com que acei-temos conceitos que à luz da Palavra de Deus sempre foram errados.

Outro detalhe muito inte-ressante dos ninhos feitos pelas águias é que são cons-truídos na rocha. Quando nossa família, como um ni-nho, está firmada na Rocha Eterna, que é Jesus Cristo, podemos sofrer todos os

tipos de embate, mas estare-mos seguros.

Na família Cristo deve ser exaltado e o exemplo a ser seguido por todos os seus membros. A Palavra de Deus é que nortea todas as ações, palavras e comportamento nas relações, seja conjugal ou pais e filhos.

Para uma ave, ninho é um lugar temporário para se criar os filhotes. Um filhote, num ninho, é protegido, cuidado e alimentado, mas um dia ele deve voar. Já vi também mui-tos filhotes de rolinha bem pequenos dar seus primeiros voos. Nossos filhos nascem em nossos ninhos, devem ser cuidados com todo o ca-rinho, amor, aconchego, ali-mentados em suas emoções e no aspecto físico, mas um dia eles devem voar e construir seus próprios ninhos. A vida é assim e isso é altamente saudável para a família. As águias, por exemplo, balan-çam o ninho incentivando os filhotes a voar.

Família como um ninho, deve ser lugar de cuidado, aconchego, mas nunca deve-mos esquecer que os filhotes que Deus nos deu um dia vão voar.

Gosto de citar Henri Nou-wen quando fala sobre os filhos. Diz ele que os filhos são “hóspedes” em nossa casa durante algum tempo, e o melhor que podemos fazer é ajudá-los a “crescer para a liberdade que lhes permite firmar-se sobre os próprios pés físico, mental e espiritualmente, dando-lhes a possibilidade de seguir na direção que escolherem”.

Famílias que agem assim são saudáveis e deixarão, com certeza, um legado para as futuras gerações e porque não dizer para a sociedade.

Juntos pela família.

Perplexos. Foi assim que nos sentimos diante do inexpli-cável resultado do

jogo da Alemanha: 7x1. Em um primeiro momento nos sentimos meio catatônicos, assim como aparentemente os jogadores brasileiros após o primeiro gol do time rival, propiciando a chuva de no-vos gols.

Lembrei-me do jogo dos sete erros com o qual to-dos nós brincamos quando crianças, ou talvez até hoje como eu, e que nos trazia um mundo lúdico e divertido. Não foi assim desta vez. Por mais inacreditável que fosse, o placar era real e cruel.

Como razões para cada gol que sofremos, há motivos que são apontados: a falta de jogadores mais preparados,

Ivone Boechat, colaboradora de OJB

A liberdade não é um pássaro voando no azul do infinito, sem destino, sem

consciência: ser livre é ser infinito em cada destino, é saber porque e para que voar naquela direção.

A liberdade propõe auto-nomia e habilita a sair das cavernas para abrir os olhos e ver as próprias oportuni-dades. A pessoa livre não depende, compartilha, não estende a mão para receber, sem trabalhar, porque é um ser inteligente capaz de su-perar, avançar, aprender, pro-duzir. A liberdade é a mãe da igualdade: ela não sustenta a pobreza, ela socorre na fome emergencial, mas ensina seus filhos a pescar.

A liberdade mobiliza, não paralisa. Ela inclui. Jamais

esquemas táticos individuais errados, instabilidade emo-cional dos jogadores, fragili-dade do meio-campo, defesa estática, falta de treino e falta de investimento nas catego-rias de base. Esses são sete erros possíveis na seleção pinçados das muitas críticas divulgadas pelos meios de comunicação.

Os meses que antecederam a Copa foram palco para milhares de pessoas saírem às ruas a fim de protestar a respeito de questões sociais. Saúde, educação, trabalho, segurança, inflação, moradia e corrupção, sete itens entre tantos outros que entraram na pauta. Foi impressionante a adesão do povo brasileiro e esse movimento retardou bastante o entusiasmo pela Copa do Mundo.

exclui alguém pela raça, pela camada social, pela etnia, pela fé que professa, pelo pensamento político/ideoló-gico. A liberdade põe de pé, dá energia para concorrer e vencer, chegar junto, sem deixar pessoas clamando na beira do caminho eterna-mente.

A liberdade não censura, não se desculpa, não discri-mina, ela ensina o discurso e a postura dos iguais perante a lei e canta junto o hino cívico, sem interferência de apartheid. A liberdade é o espelho onde se mira a res-ponsabilidade.

A liberdade é atributo do ser humano. Ela não aceita máscara, mentira, submis-são, nem tem medo da ver-dade, porque só a verdade liberta.

Ser livre é não estar com-prometido com nenhum tipo de constrangimento e nem

Na raiz de todas as questões levantadas nos protestos, e de outras de nossas próprias vidas, estão sete erros que o ser huma-no pode cometer e que Deus condena: “olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos per-versos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.16-19).

Que o Senhor nos abençoe e tenhamos atitude para nos livrarmos dos erros: nossos, do governo e da nossa sele-ção. Que entre o presente e o futuro, em quadros com-parativos, possamos ter vidas mais santas, uma nação mais justa e uma seleção muito mais preparada para, enfim, conquistarmos o hexa.

estar carimbado por siglas que reduzem a velocidade no caminho da paz. Para ser livre há sacrifícios e não guerra!

Ser livre não é impor con-ceitos, filosofia, ideologia, religião, política. Ser livre é ter sabedoria para viver a ver-dade sem atropelar o tempo e o espaço, no limite do outro. Quem impõe não sabe o que é liberdade. Quem apoia a servidão, a escravidão, o se-questro de ideias ou se rego-zija com a prática de manter pessoas reféns de qualquer projeto político, tem discurso ilusório e frágil de liberdade. Finge-se libertador.

“...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimen-ta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda...” Cecília Meirelles.

Jesus ensinou tudo sobre a liberdade, quem a conhecer, será livre.

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7o jornal batista – domingo, 20/07/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

O Complexo do Alemão é uma d a s á r e a s d a cidade do Rio

de Janeiro da qual muitas pessoas têm medo de se aproximar por causa dos constantes conflitos entre policiais e traficantes. Mais de 35 mil pessoas vivem nele. E com o objetivo de alcançar vidas, em especial as crianças da comunidade, um grupo formado por 63 voluntários participou da Trans Crianças Complexo do Alemão.

Durante uma semana, o Evangelho foi compartilha-do em casas e becos de três pontos específicos: Itararé, Bairro dos Mineiros e Ale-mão. “Com a chegada dos amarelinhos, sentimos que Deus estava conduzindo toda a história porque, desde que entramos lá, não houve con-flitos que nos tenham impe-dido de realizar o trabalho. Os próprios moradores esta-vam comentando que, com a nossa presença, parecia ter melhorado a situação de conflitos. Éramos respeita-dos por todos, até mesmo pelos traficantes”, relatou a missionária de Alianças Estra-tégicas, Maria Helena Santos.

As crianças, que eram o principal alvo da operação evangelística, receberam muito bem os voluntários. Participaram de todas as ati-vidades, e assim escutaram o evangelho. Como resultado, 159 crianças aceitaram Jesus como salvador e iniciaram o processo de discipulado.

“Percebemos o quanto po-demos fazer em trabalhar com elas antes que o mundo onde vivem, com tantas situ-ações com seus pais, amigos, vizinhos, roube o coraçãozi-

nho delas. Precisamos correr! Investir nas crianças é uma estratégia de Deus porque antes mesmo de elas chega-rem ao tráfico e às drogas, elas já estarão com a certeza de que Jesus é o Salvador da vida delas”, disse ainda, Maria Helena.

Algumas das crianças al-cançadas impressionaram os voluntários, dando prova de que tinham realmente compreendido o plano de salvação. Uma criança que aceitou Cristo, quando re-tornou para as atividades do dia seguinte, no pequeno grupo, ao ouvir novamente o apelo se levantou e disse: “Mas, tia, eu ontem já rece-bi Jesus no meu coração e então não preciso aceitar de novo”. Outra criança, após ter aceitado Cristo, pediu oração pelo seu pai para que ele pare de ser traficante e de usar drogas, pois isso a deixa com medo.

Além das crianças, alguns pais também foram alcança-dos, principalmente, aqueles

que receberam voluntários em sua casa. Maria Helena afirma que existem muitas pessoas carentes de amor e cuidado, que se alegravam ao receber “os amarelinhos” em sua casa por perceberem assim que alguém se importa com elas.

Outros missionários de Missões Nacionais, como Aidete Brum, pastor Valdir e Ana Maria Soares, Laise Felix, Lídia Mariano, pastor Luiz Fernando e Sueli Nunes também estavam entre os voluntários da Trans Crianças no Complexo do Alemão. “Foi a expressão clara da glória de Deus entre nós”, definiu a missionária Ana Maria.

“Como missionários da JMN, estamos felizes pelo desempenho dos voluntá-rios. Vidas foram impac-tadas, lares abriram suas portas e, com a força do Espírito Santo daremos con-tinuidade, pois queremos muito mais crianças alcan-çadas para Cristo. Elas farão

parte de uma geração que vai impactar o Complexo”, afirma o pastor Luiz Fer-nando.

Para os demais voluntá-rios, a experiência de par-ticipar da operação evan-gelística foi especial. “A Trans criança representou para mim o amor, simples-mente isso, porque eu amei aquelas crianças e também fui amado por elas. São crianças que precisam de um amor diferente. Deus é amor”, disse Daniel Pesta-na, voluntário vindo da IB Vitória, de Campo Grande (MS).

Para Ariane Carvalho da Silva, voluntária vinda da IB Boas Novas, de Hortolândia (SP), a Trans representou em sua vida a dependência total de Deus. “Pude aprender o significado de gratidão e demonstrar o amor de Deus por intermédio da minha vida”, relatou.

Também vinda de São Pau-lo, a voluntária Lívia Quin-tanilha, da 1ª IB em São Vi-

cente de Paulo (SP), revelou: “A Trans me ensinou que não posso mais ficar sentada enquanto pessoas morrem sem Jesus”. Da mesma igreja que ela, a voluntária Luma de Sá Carvalho afirmou: “No Complexo do Alemão aconteceram coisas tremen-das, que me mostraram que Deus é por nós e que está sempre conosco. A Trans me ensinou que posso amar as pessoas do jeitinho que elas estão e posso suportar as diferenças. A Trans me ensinou que preciso parar de ser reformado e começar a ser TRANSformado. Eis-me aqui, Senhor!”.

Segundo Ingrid Nunes, voluntária da IB Bom Sama-ritano, localizada na comu-nidade de Nova Brasília, no Rio de Janeiro (RJ), a Trans Crianças representou “um renovo de vida”. Ela foi des-pertada e conta que não tem mais medo de pregar o evangelho a toda criatura. “Também entendi que não posso mais ficar adiando meu chamado, achando que tenho outras prioridades. Agora quero colocar a von-tade de Deus sempre em pri-meiro lugar. A pergunta que faço para mim mesma é: ‘Se eu morrer hoje, de que valeu minha vida na proclamação do evangelho?’. Quero ser luz em meio às trevas 24 horas por dia”, disse ela, que ao chegar em casa também evangelizou sua irmã de 5 anos. Após ter ouvido In-grid, a menina evangelizou a moça que trabalha em sua casa e também o tio, usando a estratégia das cores relacio-nadas ao Plano de Salvação.

A IB do Bom Samaritano, localizada em Nova Brasí-lia, serviu como base para a Trans Crianças no Complexo do Alemão. Além dela, a IB Bom Samaritano, a 1ª IB do Cachambi e IB Aliança Eter-na darão continuidade ao trabalho realizado, acompa-nhando as vidas alcançadas durante a operação.

Até o fim deste ano, estão previstas outras Trans Crian-ças, em diversas cidades brasileiras. Visite o canal Jesus Transforma, no site de Missões Nacionais, para ob-ter informações atualizadas das datas e inscrições. Par-ticipe como voluntário(a), e ajude a levar a mensagem de esperança para as crian-ças brasileiras.

Parte da equipe de voluntários

A Palavra tocou o coração dos pequeninos Momento de oração com as crianças

Trans Crianças alcança mais de 100 vidas no

Complexo do Alemão

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9o jornal batista – domingo, 20/07/14notícias do brasil batista

Paulo Henrique G. Santos,pastor Igreja Batista Esperança - MG

No dia 06 de junho de 2014, a Igreja Batista Esperança (IBE) completou

seus 21 anos de idade, e foram relembradas em suas celebrações alusivas ao mo-mento, às lutas, vitórias, ex-periências vividas durante esse tempo. Lembro-me que a irmã Delma Freitas, (mem-bro fundadora), me parou no corredor e com emoção na voz e no olhar relatou: “Houve um momento difícil da mudança de endereço, o que necessitava de certa urgência, de como os irmãos se doaram para que o templo fosse erguido, onde foi posta a pedra fundamental, o pri-meiro culto em que a Igreja ainda não estava toda cober-ta com seu telhado e houve uma chuva e nesse momen-to e ninguém foi embora”. Ainda, irmã Neide (membro fundadora) me falando: “te-nho lembranças de quando a Igreja tinha uma Kombi e que o pastor Clério saia buscando os meninos da Vila para es-tarem na Igreja e como eram peraltas”. Cada dia que tenho

Silvio Luiz Rosendo, pastor – presidente da Convenção Batista Goiana

O m ê s d e j u l h o pode ser um dos meses mais frios do ano, mas os

corações dos batistas goianos devem estar aquecidos pelas comemorações dos 75 anos de existência da Convenção Batista Goiana.

Na verdade, a história mis-sionária batista em Goiás é maravilhosa, desde a chega-da em 1914 de Salomão Luiz Ginsburg para evangelizar e formar a primeira congrega-ção batista em Catalão, dos missionários Daniel Frank Crosland e sua esposa Virgi-nia Crosland e Walter Beas-ley MacNealy e sua esposa Imogenia Alexander Mac-Nealy até quando o trabalho tomou um novo impulso com um ritmo mais acelerado de crescimento. Diante disto eles tomam a iniciativa de

a oportunidade de conviver com cada um dos membros fundadores dessa casa, ouço verdadeiras enciclopédias vivas sobre sua história, sou privilegiado de poder pasto-rear uma Igreja que em seu quadro conta com pelo me-nos 10 membros fundadores, sendo eles (citarei somente o primeiro nome): Judite – Karina – Lilian – Maurícia - Mário – Neide – Onésimo – Onice – Alumita – Vivian. Desses membros citados o que mais me chama a aten-ção é a irmã Maurícia que aos seus 95 anos de idade, se privilegia de uma lucidez e alegria contagiantes a quem tiver o prazer de conhecê-la, pessoa de fé inabalável, cari-nhosamente chamada pelos mais jovens de “vozinha”.

Ao completar seus 21 anos de idade a IBE já viveu gran-

organizar a Convenção Ba-tista Goiana, o que aconteceu no dia 21 de julho de 1939 na Primeira Igreja Batista de Morrinhos com a presença de 22 mensageiros que repre-sentavam mais três igrejas, além da Igreja local, PIB em Goiânia, PIB em Ipameri e PIB em Urutaí, mais dois pastores que representaram a Convenção Batista Mineira, na época Convenção Batis-ta Minas Goiás, pastor Otis Pendentlon Maddox, da PIB em Barro Preto-BH e pastor Florentino Ferreira, da PIB em Divinópolis.

O primeiro presidente da Convenção Batista Goiana foi o pastor Daniel Frank Crosland.

No dia 21 de julho de 2014, às 19h30, no templo da PIB em Goiânia, com a presença do pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da CBB, desejamos realizar uma grande cele-bração em reconhecimento

des e agradáveis experiências com Deus em sua caminhada, sendo sempre ajudada pelo Senhor, e por homens de Deus em sua instrumentali-dade, pastores que se doa-ram tais como: pastor Clélio Mendes (fundador); pastor José Renê de Toledo e pas-tor Joab Mendonça. Estamos caminhando para sermos um povo maduro no relaciona-mento, firmados na Palavra e no conhecimento de Deus, superando novos desafios, sendo assistidos todos os dias pelo nosso Senhor e Deus, vi-vendo a comunhão, o respei-to mútuo, sabendo que temos diferenças na individualidade, mas, buscando o mesmo ideal para o Reino de Deus como igreja, priorizando vidas e o relacionamento interpessoal.

Na atualidade a marca IBE é sinônimo de Cristãos por

às inúmeras bênçãos que o Senhor tem derramado sobre a Convenção Batista Goiana.

Certamente foram muitas as lutas, conflitos e desafios, e ainda continuam, mas quem disse que seria diferente? Mais vale a palavra do profeta Samuel: Ebenezer, “até aqui nos ajudou o Senhor”. Con-clamo aos amados irmãos, não somente da grande Goi-ânia, mas de todas as demais associações a que neste dia, além da celebração noturna façamos um grande clamor ao Senhor pela denominação batista no Estado, principal-mente para que resgatemos os princípios de uma espiri-tualidade transformadora da cooperação denominacional, do fervor missionário, da identidade doutrinária e do primeiro amor.

Hoje somos aproximada-mente 18.000 batistas no estado, espalhados em 152 igrejas e 89 congregações. Há muitos desafios e por

excelência, do sacrifício da cruz e Batistas por amor a limpidez do Evangelho, pro-pagado ao mundo perdido em sua seriedade, ensinado desde suas crianças de colo até a mais experiente pessoa aos seus 95 anos a adorar, amar, conhecer, caminhar e obedecer o Deus criador de todas as coisas, sendo igualitária no trato para com todos os seres humanos, in-dependente de sua condição econômica, social e cultural. Aberta para a comunidade onde está inserida para o auxilio em que como Igreja podemos realizar, onde o calor humano não se deixa perder em seu caminhar.

Sabemos que ao comple-tar “21” anos, alcançamos a “maioridade” como povo e com isso vem, também, maior responsabilidade de

meio de um relacionamento íntimo com nosso Pai por meio da oração, certamente os desafios serão vencidos, pois juntos somos mais for-tes e juntos chegaremos mais longe.

Deus deseja realizar gran-des coisas por meio desta denominação que amamos e na qual servimos no Reino do

sermos realmente uma agên-cia do Reino de Deus aqui na terra e na propagação de sua “boa nova”. Deixo aqui então registrado para cada membro da IBE minha gra-tidão e satisfação de servir essa Igreja como pastor, pois tenho convivido com vocês já há dois anos e meio, parece que foi ontem que cheguei a essa casa e os conheci, mas quando observo as fotos que já tiramos e que ultrapassaram a casa das mil é que tenho a noção de o quanto já vivemos juntos, e quanto as coisas já mudaram de lá para cá, tenho presenciado um povo alegre, satisfeito, carinhoso comigo e minha família. Por isso pode-mos dizer como Samuel em I Samuel 7.12, no final do ver-sículo: “Até aqui nos ajudou o Senhor”, já foram superados vários desafios e sabemos que outros virão, por isso vivamos o mais novo tempo para essa casa.

Somos orgulhosos de per-tencer a Cristo pela exce-lência do sacrifício na cruz do calvário, e felizes por sermos batistas pela limpidez e clareza da exposição da Palavra de Deus “boa nova” que transforma o homem e promove a paz!

amor de Deus, mas para que grandes coisas aconteçam é necessário clamar, conforme o Senhor revelou ao profeta Jeremias: “Assim diz o Senhor que fez a terra, o Senhor que a formou e a firmou; seu nome é Senhor: Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que não conhece” (Jr 33.2-3).

Igreja Batista Esperança - MG alcançando seus 21 anos de organização e durante

estes vivenciando o cuidado de Deus

Convenção Batista Goiana – 75 anosJubileu de Brilhante

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10 o jornal batista – domingo, 20/07/14 notícias do brasil batista

Linaldo de Souza Guerra,pastor da Primeira Igreja Batista do Pilar - PB

Noite de gratidão, entusiasmo, ale-gria, no dia 17 de maio do ano 2014,

no templo da Congregação Evangélica Batista de Alagoa Grande, sito à Av. João Pessoa 1.113, Centro, Alagoa Gran-de – PB, com a presença dos membros da Congregação e da “Igreja-mãe”, a mesma foi organizada como Igreja. Com a participação especial do Coro da Igreja Evangélica Batista de João Pessoa, sob a regência do maestro Ebéne-zer Lourenço, o dirigente do culto, pastor Tomaz José de Aguiar Munguba, presidente da Igreja Evangélica Batista de João Pessoa, da qual a Con-gregação fazia parte, declarou instalado o Concílio Exami-natório, que foi aprovado por unanimidade, convidou o pastor Luiz Lucena Barbosa Junior para a oração consa-gratória e o pastor Ismael Ma-chado da Silva para entregar a Bíblia ao novo obreiro da nova Igreja.

O presidente convidou os irmãos da Congregação, agora Igreja, a se ajoelharem para a oração consagratória, que foi feita pelo pastor Tomaz Jose de Aguiar Munguba. Após a oração o presidente declarou a Congregação organizada em Igreja, constando de seu rol de membros fundadores, os seguintes irmãos: Adriana Coelho Feitosa, Alaércio Sil-va Alves, Alessandra Pereira Nunes, Alessandra Sousa Me-deiros, Alexandre Antoniel Soares de Franca, Amanda Clara Cavalcante da Costa França, Andreia Celi Marinho Magalhães, Andrezza Klyvia Oliveira de Araújo, Angell de Melo Cruz, Anna Rafaella Marques, Aureliano Cruz Nu-nes, Aurélio Pereira Nunes, Aurenielly Pereira Nunes, Bru-na Milena Ferreira de Sou-sa, Camylla Araújo Oliveira, Carlos Antônio Cavalcanti da Costa, Claudio Roberto de Araujo da Silva, Cristiane de Melo Silva, Dayane Leite da Silva, Divaneide Coutinho Macena Freitas, Edilena Farias de Albuquerque, Edmilson Rodrigues, Eduarda Souza e Lima, Efraim da Silva Lima, Elysanna Karla Santos de Paiva Silva, Elza Soares de Medeiros Bezerra, Érika Milene Souza e Silva, Eudes Felismino dos Santos, Fábio Gerard Souza de Melo, Fellipe Bruno Barbosa Bandeira, Francisca de Brito Fernandes, Genival Cabral da Costa, Geyziane Silva do

Nascimento, Gildênia Cabral da Costa, Gilene de Oliveira Silva, Gisélia Pereira da Silva Marques, Giuseppe Cabral da Costa, Guimualdo Barbosa de Farias, Hailson de Souza Nu-nes, Ilma Fidélis Silva Lima de Oliveira, Israelly Emília Lima Cunha de Medeiros, Izamara Dayse Cavalcanti de Castro, Janio Medeiros, Joanna Caro-linne Evangelista Rodrigues, Joel Jose de Sousa, Jordan

Lima de Sá Pereira, José Cou-tinho Matos Cunha, Jose Elias de Brito Fernandes, José Hen-rique Cruz Filho, José Wagner Alves Leão, Joselia Maria de Souza Bezerra, Josielba Alves Barbosa Leão, Josildo Mar-ques Pereira, Josué Rodrigues de Araújo, Jurandir Queiroz de Oliveira Júnior, Kátia Lí-gia de Souza, Laura Luiza da Cruz Aguiar, Laurinete de Oliveira Carolino, Luciana

Christina Acioly de Melo, Maciel dos Santos Bernardo, Magna Celi da Silva, Márcia Gabriele Alves Fernandes, Marcos Antonio Carolino da Silva, Marcos Jose de Oliveira Carolino, Margarida Marques de Souza, Maria Anunciada Gomes de Góis, Maria de Je-sus da Silva, Maria do Carmo Silva Costa, Maria José Araújo da Silva, Maria Jose da Silva Medeiros, Maria Nadir Cor-

reia Sobral, Maria Raquel de Brito Fernandes, Marthalyne Marques de Oliveira, Maurí-cio Martins da Silva, Maysa Karla de Oliveira Carolino, Micheline Carlos de Souza Silva, Monica Alves da Silva Costa, Nelma Mabel Lima da Cunha, Núbia Correia Sobral Martins da Silva, Otto Medeiros da Costa, Patrícia Alves da Silva, Patrícia Arau-jo da Silva, Paula Marques Rodrigues, Priscila Francielly dos Santos Silva, Rafaela dos Santos Pinto, Rafaelly Vivyan Nunes Silva, Raiane Alves Souto Maior, Raquel Maria Alves Souto Maior, Severina do Nascimento Sobral, Seve-rino Damião a Silva, Severino Lins de Oliveira, Sillas Kleber Silva Barbosa de Sousa, Silvia Xavier Barbosa, Simone Xa-vier Barbosa, Solange Rocha Santos, Suely Pereira Nunes, Thamara Alves Medeiros, Valdemir Martins de Oli-veira, Verônica Alves Silva Medeiros, Wellington Alves da Silva, Winkler Nóbrega de França e Yasmim Sousa e Lima; ao todo 102 irmãos.

Foi escolhido pela Igre-ja, recém-organizada, o seu nome definitivo, a eleição do pastor e sua diretoria. A Igreja escolhe o nome de IGREJA EVANGÉLICA BATIS-TA DE ALAGOA GRANDE, e sua diretoria ficou assim composta: pastor presidente - Fábio Gerard Souza de Melo, vice-presidente - Efraim da Silva Lima, primeira secretá-ria - Geyziane Silva do Nas-cimento, segunda secretária - Izamara Dayse Cavalcanti de Castro, primeiro tesourei-ro - Cláudio Roberto Araújo da Silva e segundo tesoureiro - Carlos Antonio Cavalcanti da Costa. A diretoria eleita foi empossada com uma oração feita pelo pastor Tomaz José de Aguiar Munguba. Em se-guida o pastor Fábio Gerard de Souza Melo e sua esposa Luciana Christina Acioly de Melo foram convidados para tomar assento na plataforma. Foi cantado pelos presentes o hino “O Estandarte desta Igreja”. O pastor Tomaz José de Aguiar Munguba trouxe uma palavra de exortação e edificação à nova Igreja. Após a mensagem, foi dada a pa-lavra ao pastor Fábio Gerard de Souza Melo, que fez os agradecimentos à Igreja mãe e a todos que tornaram pos-sível este momento. O pastor Fábio Gerard de Souza, orou e impetrou a benção apostóli-ca, encerrando desta forma o culto solene de organização da Igreja Evangélica Batista de Alagoa Grande.

Visão da congregação tendo a plataforma o Coro da Igreja Evangélica Batista de João Pessoa

Pastor Tomaz Munguba dirigente e orador oficial da organização da IEB em Alagoa Grande, Paraíba

Pr. Fábio Gerard, pastor da Novel Igreja, recebendo a Bíblia das mãos do Pastor Ismael Machado, sob os olhares do Pastor Tomaz Munguba

Igreja Evangélica Batista de Alagoa Grande, Paraíba

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11o jornal batista – domingo, 20/07/14missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Crianças vítimas de violência e tráfico de seres humanos no Sul da Ásia são

o alvo do projeto Lar da Paz. Esta ação de Missões Mun-diais cuida e oferece uma nova vida em Cristo a meni-nos e meninas que viviam à margem da sociedade.

Coordenado pelo casal Charles e Camila Lopes, o Lar da Paz funciona hoje em duas casas e atende cerca de 50 crianças. Os missionários consagraram suas próprias vi-das para servir a Cristo como se fossem, de fato, pai e mãe dessas crianças.

“Nosso sonho é ver essas crianças, que um dia sofreram o abandono dos seus pais ou foram acometidas de tragé-dias em suas vidas, seguindo ao Senhor Jesus e obtendo sucesso em sua vida acadê-mica, profissional e também constituindo uma família”, diz a missionária Camila Lopes.

Em menos de um ano, os resultados desse projeto já começam a surgir. É o caso de três meninas que foram as melhores em suas turmas na escola. Todas têm um his-tórico em comum: tragédias familiares. Hoje elas experi-mentam a graça de uma nova vida em Jesus.

Entre os meninos, um ado-lescente de 15 anos conse-guiu superar a morte do pai e conviver com a mãe que

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Estão abertas as inscri-ções para a próxima caravana do Tour of Hope que seguirá em

outubro para o Haiti. Este é o lugar para quem deseja servir comunidades haitianas com atividades evangelísticas nas áreas de educação, saúde, construção civil, capelania, ação social e esportes.

sofre de distúrbios mentais. Com o apoio do projeto, ele passou de ano e também foi o melhor de sua turma. Esse menino chegou ao Lar da Paz quando tinha apenas quatro anos de idade junto com uma irmã. Hoje, ele faz parte

O Tour of Hope Haiti é uma iniciativa da Junta de Missões Mundiais, que man-tém no país o projeto Por Um Novo Haiti, com o apoio da Conexão das Igrejas Batistas Haitianas para a Missão Inte-gral – CEBHAMI. O projeto é coordenado pelo Pr. Marcos Grava, que já li-dera caravanas missionárias ao Haiti desde 2009, além de outras caravanas como a que mobilizou mais de 100

do grupo musical do abrigo, tocando bateria. Segundo a missionária Camila, o jovem participa semanalmente das atividades da igreja.

O projeto precisa de vo-luntários para serem voz de Deus juntamente com nossos

voluntários nos Jogos Olím-picos de Londres em 2012.

Segundo o Pr. Grava, a inscrição custa R$ 250,00. Este valor será revertido em despesas administrativas e no pagamento do uniforme do projeto. O custo total da viagem inclui US$ 850,00 referentes à hospedagem, alimentação completa, se-gurança e transporte local, acrescido do valor das passa-gens aéreas e seguro-viagem.

missionários na vida dessas crianças. Se você tem co-nhecimentos em informática, costura, música, entre outras áreas, faça contato com Mis-sões Mundiais. Também é possível ajudar esta missão a continuar firme no cam-

Características de quem pode participar:• Ser membro atuante de uma igreja genuinamente

evangélica por, pelo menos, um ano;• Ter vida cristã exemplar, firmeza doutrinária e

aptidão comprovada para evangelização, pregação do evangelho e submissão à liderança;

• Ter completado, pelo menos, o ensino fundamental;• Ter boa saúde física, mental e psicologicamente;• Ter idade mínima de 16 anos completos até a data

da viagem.

Para mais informações e inscrições, o interessado deve escrever para [email protected].

po através de suas orações e ofertas. Saiba mais sobre como ajudar a construir uma cultura de paz no Sul da Ásia: 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais lo-calidades).

Projeto no Sul da Ásia resgata crianças carentes e

as insere na sociedade

Inscrições abertas para o Tour of Hope Haiti

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12 o jornal batista – domingo, 20/07/14

No primeiro semes-tre deste ano, os olhos do planeta se voltaram para o

Brasil, em virtude da realiza-ção da Copa do Mundo, da FIFA, que está ocorrendo atu-almente. No entanto, outros acontecimentos despertam atenções, aquilo que deveria marcar positivamente a histó-ria do país e proporcionar mo-mentos alegres, infelizmente não está acontecendo. Para-lelo a tudo isto, a Faculdade Teológica Batista Equatorial - FATEBE nos apresenta boas novas, as quais vêm acompa-nhadas de algumas propostas e estas convidam a todos os cristãos, sejam eles alunos, funcionários, amigos ou par-ceiros a, mesmo diante dos últimos ocorridos país afora, voltarem o olhar para Deus o único capaz de mudar a realidade Brasil e do mundo.

Tudo começa aqui em Be-lém do Pará. Num aspecto fundamental, a FATEBE, pro-cura contribuir para educa-ção e formação de homens e mulheres, seja na graduação, pós-graduação em teologia ou nos cursos de extensão, através do Centro Missiológi-co Equatorial e da Academia de Artes. Seu compromisso é oferecer uma educação de excelência para a glória de Deus, por isso que tem servi-do a Igreja de Cristo ao longo de sua história, permanecen-do fiel ao ensino da Palavra e aos princípios batistas, que norteiam nossa denominação ao longo de seus mais de 400 anos de história no mundo.

Diante de um calendário arrojado a se cumprir e de uma gama de tarefas a ser realizado, o primeiro semestre da FATE-BE foi encerrado com êxito. Desta forma, resumidamente apresentamos algumas de suas atividades que marcaram o referido semestre, e que tive-ram como objetivo preparar homens e mulheres para o serviço da igreja a nível global, independente do contexto onde elas estão inseridas.

Em face das muitas realiza-ções, destaca-se Seminário Temático, realizado no perío-do de 12 a 14 de março. Este seminário desafiou a todos com o tema: “Como ser uma Igreja do I século no mun-do atual”, cujo palestrante oficial foi Rev. Prof. Darrel Robinson, conferencista e escritor mundialmente co-nhecido. Este evento contou com um público significati-vo de alunos, pastores, mis-sionários, líderes, etc, de várias denominações, que respiraram evangelismo e missões nas três noites conse-cutivas. Para Wendel Gomes, membro da Primeira Igreja Batista de Monte Dourado, Pará, e acadêmico da FATE-BE: “O seminário foi muito importante, pois serviu para conscientizar-me de minha missão como cristão”. E, para Augusto Dias, membro da Igreja Batista da Mangueira, Imperatriz, Maranhão, tam-bém acadêmico da FATEBE: “este seminário trouxe um tema muito relevante; veio de encontro com reais neces-sidades da igreja”.

Outro feito de destaque foi a realização do 4º Congresso de Música, nos dias 13 e 14 de junho, através da Acade-mia de Artes do Equatorial. Após quase uma década a FATEBE trouxe uma propos-ta totalmente atual para se trabalhar e ensinar através da música. Com o tema: «Música, Ministério e Igre-ja: Desafios da Atualidade», o congresso proporcionou aos mais de 200 participan-tes, de várias denominações, especialmente das igrejas convencionais, tanto da re-gião metropolitana de Belém, quanto de outras cidades e regiões, dentre as quais destacamos Altamira (Xingu – Centro Oeste), Castanhal (Nordeste), Itaituba (Tapa-jós - Sudoeste), Marabá (Su-deste), Rondon (Tocantínia – Sudeste), Santarém (Baixo Amazonas - Oeste) e Tucuruí (Tocantínia – Sudeste), opor-tunidade de aprender e deba-ter sobre a realidade musical nas igrejas. Ressaltando que dentre os inscritos estiveram algumas ex-alunas, formadas em música pelo Seminário Teológico Batista Equatorial, as quais atualmente exercem seus ministérios em outras cidades do nosso Estado.

Para a glória de Deus, o congresso superou as ex-pectativas, desde o início, com uma linda e inspirativa apresentação pelo Coral de Sinos. Destarte, no intuito de preparar melhor os ministros e líderes que trabalham com música da educação musical nas igrejas, investiu em pales-

trantes de alto nível, como os ex-professores da instituição, Prof. Msc. David e Dra. Carol Hill, que atualmente residem e atuam nos Estados Unidos, e vieram especialmente para esse maravilhoso encontro. Ele mestre em música cristã e mestre em artes pelo Sou-thern Baptist Theological Se-minary (Louisville, KY, USA). Ela possui dois doutorados, um pelo Southern Baptist Theological Seminary, outro pela Universidade Camp-bellsville, Virgínia (Doctor of Music Ministry - Hymno-logy) (Doctor of Musical Arts - Vocal Performance). Eles ministraram palestras e ofi-cinas nas áreas de regência, prática de conjunto aplicada aos sinos, master class de piano, a técnica vocal no aprimoramento do cantor, master class de canto lírico e regência orquestral.

Além dos palestrantes ofi-ciais, o congresso também contou com outros pales-trantes de renome, os quais ministraram oficinas voltadas para: Ministérios Combina-dos - Música, Pastoral e In-fantil (Profa. Marta Abreu); Quais os benefícios do Canto Coral para a Igreja? e Elabo-ração de Arranjos Práticos para Back Vocal (Prof. Ozian Saraiva); Práticas Percussivas (Prof. João Paulo); Harmonia: Fundamentos para Arranjo e Improvisação (Prof. Robenare Marques); Sonorização ao Vivo em Igrejas (Prof. Jander Boaventura); Teatro Cristão (Tetê Cantanhede); Manu-tenção para Instrumento de

Sopro (Prof. Natanael dos Santos), Educação Musical na Igreja - Possibilidades (Prof. Rômulo Queiroz).

O congresso foi intenso, edificante e instigante, e viabi-lizou um maravilhoso encon-tro por meio da mesa redonda os palestrantes oficiais, que abordaram e discutiram o tema do congresso: “Apren-dendo a lidar com os conflitos no ministério”, juntamente com o Prof. Dr. Manoel Ri-beiro de Moraes Júnior, o qual também num segundo mo-mento discorreu sobre a “Arte e Religião e suas Expressões dentro da Igreja”, levando todos a uma reflexão sobre adoração, espiritualidade e a importância da educação musical, tudo isto ladeado com o ensino bíblico, o qual é fundamental para o cresci-mento cristão. Ao final, um belíssimo coral de 65 vozes foi formado pelos próprios congressistas, que encerram a programação com uma mag-nífica apresentação de louvor ao Senhor, sob a regência do casal David e Carol Hill.

Somos gratos a Deus pelo primeiro semestre. Sem dú-vida nenhuma a FATEBE é um patrimônio histórico dos batistas brasileiros. Ela existe para Glória de Deus, existe para servir a Igreja de Cristo. Louvado Seja Deus, somente ele é digno de receber toda honra e toda glória.

Faculdade Teológica Batista Equatorial: Servindo a Igreja de CristoT. B. F. Riker, C. S. Rodrigues

notícias do brasil batista

FATEBE encerra o 1o Semestre com Chave de Ouro

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OBITUÁRIO

Pastor Nelson Lopes(1924 -2014)

13o jornal batista – domingo, 20/07/14notícias do brasil batista

“Assim como o Pai me en-viou, eu também envio vo-cês” (Jo 20.21).

Do colega, irmão e amigo:Oswaldo Mancebo Reis,pastor da PIB em Ijuí – RS

A carreira missionária do pastor Nelson Lo-pes foi uma aventura triunfante, que va-

mos resumir em cinco partes:1. PANAMBI, RS: 1964 a

1967. A Igreja Batista Ema-nuel de Panambi (Igreja de língua alemã) convidou o pastor Nelson Lopes para o seu ministério em língua portuguesa. Em sua ampla visão missionária, essa Igreja se mobilizou plenamente na grande Campanha Nacional de Evangelização de 1965. E aí se registraram dois fatos históricos: nas pregações evangelísticas de 07-14 de março, houve quatrocentas decisões, com cerca de 20% batizados pelo pastor Nel-son, após longo e profundo discipulado. Um recorde

Sempre estendidas Ao doente As mãos de Lêda...Às vezes cansadasPelo labutar do dia...Mas sempre estendidasAs mãos de Lêda.Lêda cansada,Nunca se vê.Lêda zangada,Nunca se vê...Só alegria!Mãos pacientes, servindo ao doente,Sem nunca cansar...Mãos carinhosasServindo ao aflito...Mãos generosas, servindo sempre,Sem nada pedir.Mãos submissas, a espera que um dia, Alguém a possa servir...

em todo o Brasil. O outro acontecimento histórico foi a organização da Segunda Igreja Batista de Panambi em 05/02/1967, tendo como sucessor do pastor Nelson, o pastor Derly Bahiense Mo-reira.

2. PASSO FUNDO, RS: 1967 a 1972. Tão próspera foi a Missão em Panambi com o pastor Nelson Lopes , que a Igreja Batista Emanuel o manteve como seu mis-sionário, para começar uma nova Missão onde ele quises-se. Ousado como sempre, ele tomou um ônibus em total dependência de Deus, que o fez descer e ficar em Passo Fundo. Este foi o campo mais árido de sua experiência, mas ele triunfou, a semeadura frutificou, cuja continuidade se deu com quem subscreve estas notas, sendo organizada a Primeira Igreja Batista de Passo Fundo em 01/05/1980.

3. BARÃO GERALDO, SP: 1973 a 1977. A Igreja Batista Paulistana, também inflamada por Missões, adotou o pastor

Mãos de Lêda...Mãos que serviram a tantas pessoas!Mãos serviçais Mãos sem igual!Serve com amor,Serve com paciência,Serve com alegria!Serviu, serve e servirá sempre,E sempre contente...Porque seu coração é cheio de amor!Coração generoso,Coração bondoso...Dádiva de Deus!Lêda, um dia ainda esperamosServir a você, como a todos serviu.Um dia Lêda, suas mãosEstarão junto a DEUS para Dele ouvir:Lêda minha filha, Estendeste tuas mãos para que EU as usasse...Cumpris te na terra, tua tarefa...Agora Lêda, tu sabes, boa serva;Quem serve é feliz!Feliz tu serás, pois tens as mãos lindas!Tuas mãos foram humildes como eu ensinei.Aqui tu serás minha serva fiel Aqui tu terás a recompensa...E só a mim servirás...Aqui haverá só paz e descanso...Tuas mãos só serão para me adorar...

Edson Ferreira Mafra, pastor da Igreja Batista Monte Tabor - RJ

Um diácono, um homem de Deus que dedicou sua vida ao serviço do

Mestre.A Igreja Batista Monte Ta-

bor sente-se honrada pelos serviços prestados do seu diácono querido durante 64 anos.

Um homem com coração na obra, um testemunho exemplar para Igreja e fa-mília. Um cumpridor de sua obrigações, como nos ensina a epístola de I Timóteo 3.8-13. Homem com estas quali-dades possuía o nosso amado diácono Joventino.

Assim como temos gran-des exemplos de homens de Deus contidos na palavra, homens de valor denomi-nados Heróis da Fé, homem segundo o coração de Deus. Hoje temos o diácono Joven-

Nelson Lopes como seu mis-sionário para um novo pio-neirismo na cidade de Barão Geraldo, na região da Grande Campinas. Em junho de 1978 foi organizada a Igreja Batista dessa cidade, sucedendo ao pastor Nelson o pastor Sebas-tião Lúcio Guimarães.

4. MARTINÓPOLIS, SP: 1979 a 1985. Aqui o pastor Nelson não foi um desbrava-dor, mas um reconciliador. Havia duas Igrejas Batistas pequenas, uma delas origi-nada por cisão na anterior. Como hábil moderador, no mais nobre processo de apro-ximação, perdão e reconci-liação, as duas se tornaram uma, com o nome mais apro-priado e histórico: Igreja Ba-tista Unida de Martinópolis, em 1983. Alinor Paschoal, presidente da Ordem dos Pastores da Associação da Alta Paulistana, é o seu atual pastor.

5. PRESIDENTE PRUDEN-TE, SP: 1988 A 1998. Cerca de dez anos depois da exito-sa Missão em Barão Geraldo,

Mãos de Lêda...Mãos que servem.Um dia todos dirão:Essas mãos...As mãos de Lêda...Como serviram essas mãos...

Lucas 4. 38-40“Jesus saiu da sinagoga e

foi à casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta, e pediram a Jesus que fizesse algo por ela.

Estando ele em pé junto dela, inclinou-se e repreen-deu a febre, que a deixou. Ela se levantou imediatamente e passou a servi-los.

Ao pôr do sol, o povo trouxe a Jesus todos os que tinham vários tipos de doen-ças; e ele os curou, impondo as mãos sobre cada um dele”.

LêDA OyOLA ALVES REIS

Antiga membro falecida da Primeira Igreja Batista de Niterói

“Para a minha querida ami-ga Lêda, esta lembrança. É como Eu a vejo, minha que-rida. Que Deus a abençoe sempre. Que algum Dia eu possa retribuir aquilo que você fez por mim”.

Com muito carinho, Elza Gomes Nunes.

tino, um homem de valor para a Igreja Batista Monte Tabor.

O amor da Igreja à família e a sua valorosa esposa de toda uma vida, irmã Eunice Barreto Menezes.

Hoje ele já não se encontra conosco, está com nosso Se-nhor e Salvador Jesus Cristo, no lugar que foi preparado para os salvos, “Aqueles que foram fiéis até o fim e hoje desfruta da coroa da vida”.

O dia de sua partida para a glória foi no dia 10 de abril de 2014, era natural do Esta-do do Rio de Janeiro, Muni-cípio de Cardoso Moreira, e tinha 85 anos.

Ficamos com a nossa sau-dade e consolo do Espirito Santo que inunda o seio da Igreja e de sua amada família

Hoje o diácono Joventino é cidadão dos céus e com certeza, os céus manifesta a glória do Senhor Jesus Cristo com a chegada daquele que foi fiel até a morte.

a Igreja Batista Paulistana reconvocou o pastor Nelson Lopes para um novo pionei-rismo. As ações heroicas des-sa Missão, como a compra de dois terrenos no centro da cidade, não cabem neste espaço. A glória de tudo isso culminou na organização da Igreja Batista Prudentina em 1994. Em 1998 o pastor Nelson Lopes deu posse ao pastor Daniel Bento da Silva, que permanece lá no exercí-cio desse pastoreio.

Em 04 de abril de 1964 o pastor Nelson Lopes pisou o solo de Panambi para uma obra de resultados eternos. Precisamente 50 anos depois, 04 de abril de 2014, voltou a Panambi para habitar no Lar de Idosos, TABEA, da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil. Adoeceu logo depois, vindo para o Hospital da Unimed em Ijuí, onde deixou a marca de sua maior paixão: levar pessoas ao Salvador. Conduzido pe-los corredores em cadeira de rodas, exclamou: “Felizes os

que morrem!”. Percebendo o espanto de alguns, com-pletou: “Que morrem sal-vos por Jesus”. Tendo alta, quis retornar a Presidente Prudente, onde se mudou em 10/06 para o Eterno Lar. Por telefonemas e e-mails, soubemos dos três cultos em gratidão por essa vida vivida para o Senhor da vida: dois na Igreja Batista Prudentina e o outro no Cemitério de Presidente Venceslau, onde ficou apenas o seu corpo, porque o Nelson teve o seu fim bem-aventurado e sua bem-aventurança sem fim.

As mãos de Lêda Diácono Joventino dos Santos Menezes

Uma vida dedicada ao Senhor

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14 o jornal batista – domingo, 20/07/14 ponto de vista

Abnel Felix, membro da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro - RJ

“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benig-nidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu co-nheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (Sl 51.1-3).

O texto em questão nos mostra a confissão do rei Davi em relação a um pecado que ele havia praticado. Sua oração foi fervorosa e sincera ao Senhor, por isso, foi perdoado. Todos nós esta-

mos sujeitos a cometer erros e pecados. Devemos fazer uma análise introspectiva do nosso proceder e ver se cometemos alguma ofensa ao nosso irmão, ao colega de trabalho, aos nossos familiares ou alguma coisa boa que deixamos de fazer. Sigamos o exemplo de Davi, confessando ao Senhor e pedindo perdão. Deus está sempre pronto a nos ouvir e perdoar.

Edgar Silva Santos,pastor da PIB de Jardim Mauá – Manaus - AM

A dor de uma derrota é lacerante,Após luta ferrenha e destemida,Quando se tem aplicado a própria vidaNa trilha de um trabalho triunfante!

E é tão tétrica a lágrima vertidaQue o peito vai afogar na soledade,Pois a dor que se sente é na verdade,Corte agudíssimo e áspera ferida...

Mas derrotado é só quem não persiste,Quem capitula e rápido desisteDessa lição divina enaltecida

Que uma augusta derrota resistenteSupera às vezes fragorosamenteUma frágil vitória imerecida!

Luiz Antônio de Souza Sudré,pastor e psicanalista da Quarta Igreja Batista em Santo Aleixo - Magé RJ

Em Hebreus 11.1, le-mos: “A fé é a certeza de que haveremos de receber o que espera-

mos, e a prova daquilo que não podemos ver”.

A fé confere realidade às coisas que não podem ser vistas; Deus valoriza a fé sincera e absoluta depositada em sua pessoa e palavra, tan-to quanto a fé que devemos a Cristo.

A fé que está sendo ensina-da hoje em muitos púlpitos,

Tarcísio Farias Guimarães,pastor da PIB em Divinópolis - MG

Jogo da seleção brasileira de futebol. Placar desani-mador no primeiro tem-po. Tensão em campo.

Muito calor no estádio da capital cearense, em torno de 29º C. O treinador aparece com um agasalho no segun-do tempo e, claro, chama a atenção do narrador da parti-da, que entende ser o agasa-lho um recurso supersticioso do treinador. Questionado ao final do jogo, que ficou ape-nas no empate sem gol com a seleção do México, Luiz Felipe Scolari declara: “Uso porque é de praxe. Se não usar, parece que falta alguma coisa, falta um amuleto”.

O técnico Felipão mantém uma longa lista de práticas fundamentadas na supers-tição: usa a mesma camisa em todos os jogos, o mesmo relógio, senta-se sempre na mesma poltrona de ônibus e aviões acompanhado do mesmo integrante da comis-são técnica, sem esquecer-se da santinha que fica no bolso direito da calça. Comentários cordiais feitos, o narrador Galvão Bueno declara: “So-mos todos supersticiosos!”. Nesse momento, eu respon-do para o treinador enquanto lamento o baixo desempenho do time brasileiro: “Eu não sou supersticioso. Eu sou crente!”.

Segundo o atual dicionário brasileiro Sivadi, superstição

não é a mesma ensinada por Cristo e pelos Apóstolos, pois a fé é crer no invisível de Deus, é acreditar verdadeira-mente que tudo é possível ao que crer; encontramos Jesus dizendo a mulher do fluxo de sangue, vai a tua fé te curou e não que algum objeto ou bens operou o milagre.

Hoje a fé precisa ser ma-terializada, mistificada, pois para provar a nossa fé é ne-cessário pagar altos valores, garrafas ou copos com água da terra santa, etc., se assim não for o milagre não acon-tece, a bênção não chega, onde está escrito isto na Bí-blia?

é: “sentimento de veneração religiosa que se funda no te-mor ou na ignorância e leva ao cumprimento de falsos deveres, a quimeras, ou a con-fiança em coisas fantásticas e ineficazes; presságio infun-dado; crendice; credulidade; fanatismo”. Bater 3 vezes na madeira, cruzar os dedos, levantar da cama sempre utili-zando-se do pé direito, jamais passar embaixo de escada e torcer para não encontrar um gato preto, especialmente se o calendário estiver marcando uma sexta-feira 13. Quanta superstição!

A mente supersticiosa de-monstra temer a insegurança oferecida diariamente pe-las circunstâncias da vida. O receio de que a inveja alheia prejudique negócios e relacionamentos gera in-quietude no coração do indi-víduo supersticioso. Eventos da natureza, especialmente aqueles que não apresentam fácil explicação, tornam-se perigos em potencial. É para essa pessoa, escrava das su-perstições, que a confiança no Deus Eterno deve ser proclamada, assim como declara o salmista: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não teme-rei mal algum, porque Tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4).

A certeza de que Deus criou, governa e sustenta to-das as coisas, mesmo aquelas que se apresentam misterio-sas, produz paz no coração

Por isto Deus diz que o povo erra por não conhecer as escrituras e o seu poder. Precisamos voltar à sã dou-trina para que os falsos pas-tores deste século não mais enganem o nosso povo, faz--se necessário que os verda-deiros escolhidos de Deus, se coloquem como flechas polidas pelas mãos de Deus, para apascentarmos verda-deiramente o rebanho com a verdadeira palavra, para sermos boca de Deus para essa nação, pregando e en-sinando a verdadeira fé, dis-sipando assim a falsa religião e os falsos pastores dos nos-sos dias.

humano. Todo cristão pode vencer a ansiedade e o medo do incerto por meio da fé em Deus. Esta fé viva não invalida o uso da razão, an-tes permite que a mente se apoie na certeza de que Deus está vivo e se importa com aqueles que nele esperam. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127.1).

Uma mente guiada pela fé em Deus está livre da triste submissão à superstição. O intelecto do cristão genuíno é utilizado para vencer a ditadura das experiências e das emoções. Eis o alerta dos Salmos 32.9, que é muito necessário em nossos dias: “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não tem entendimento”.

Cristãos não podem ser supersticiosos. Essa conduta é incompatível com a fé em Deus. O medo de palavras, eventos e coisas que nos causam espanto, jamais in-validará a certeza de que “nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cris-to Jesus nosso Senhor” (Rm 8.38-39). Assim como faz o apóstolo Paulo, questione-mos a todos: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31).

Somos todos supersticiosos?

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15o jornal batista – domingo, 20/07/14ponto de vista

Moisés Selva Santiago,pastor da Igreja Batista Olaria, Porto Velho

Muito se tem escri-to sobre as faça-nhas do Conde João Maurício

de Nassau-Siegen, gover-nador do Brasil Holandês de 1637 a 1644. A história atesta que ele priorizou o bem-estar da população, por meio da educação, mo-radia, saneamento, coleta de lixo, calçamento de ruas, pontes, edifícios públicos, jardins, segurança; incen-tivou a ciência, criando o observatório astronômico e o laboratório de ciências naturais; fortaleceu a eco-nomia, unindo portugueses

e holandeses; permitiu a liberdade religiosa entre católicos, calvinistas, judeus e até mesmo escravos afri-canos; e governou de forma “democrática”, ouvindo os diferentes segmentos da so-ciedade. Mas, há um detalhe na biografia de Nassau pou-co explorado. A fé.

E como expressão de fé, o Conde compôs o “Hino de Gratidão, Contrição e Oração», em 1665, após o quase afogamento na Frígia, nas costas do Mar do Norte. Diz ele: “Sou Príncipe real. Ao trono celestial, coloco o cetro meu. Profunda grati-dão transborda o coração: Sou servo, filho Teu”. Mes-mo investido de autoridade, submetia-se ao Trono Celes-

tial. Em vez de prepotência, gratidão. Um príncipe que se considerava apenas ser-vo. E conclui: «Sou grande pecador”... “Entrego o cora-ção nas Tuas mãos. Amém”. (Schalkwijk, F. Igreja e Esta-do no Brasil Holandês. SP: Ed. Cultura Cristã, 2004, p. 420).

Talvez esse elemento es-teja faltando nos adminis-tradores públicos de nosso tempo. Não me refiro ao ato de ir a uma igreja (prin-cipalmente porque nessa época de eleições, os can-didatos vão a todas!). Nem levo meu pensamento para o exclusivismo, pai do fun-damentalismo mórbido que apregoa a morte de quem adora diferente. Nassau pos-

suía convicções pessoais, ao mesmo tempo em que convivia com as diferenças. Sabia que era um “grande pecador”, e não um ser in-tocável acima da lei e da justiça, como hoje em dia muitos tentam se colocar, embora estejam afundados na lama da corrupção. E o Conde não se guiava pelo “coração”, mas sim coloca-va as emoções nas mãos de Deus. Atitude bem diferente dos rompantes passionais hierarquizados na adminis-tração pública, com perse-guições aos “opositores” e benesses para quem com-partilha o partido, o copo, o roubo e até o corpo.

É claro que o governo de Nassau não foi perfeito,

nem Recife era o Éden sem serpente. Porém, lá até a maior autoridade reconhe-cia sua pequenez diante de Deus. O certo é que em qualquer época ou cultura, a esperada moralidade e éti-ca no trato da coisa pública, e a almejada sociedade justa e legal para todos somente podem ser reais quando há fé nas pessoas. Inclusive nos dirigentes do país. Não bas-ta ensinar «religião» nas es-colas ou construir uma igre-ja em cada esquina. “Não adianta ir à igreja, rezar e fazer tudo errado”(cantou Fernando Mendes). Isso por-que a fé, sem obras é morta (como disse Tiago). Então, ecoa a questão: por onde anda o elemento fé?

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