8
1 Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número - Outubro/Novembro 011 Todos y todas a la Marcha de los Imigrantes Como regularizar un inmigrante en Brasil? En este año nuestra marcha será el 04 de diciembre, domingo, con una caminata que empieza en la Plaza de La República y termina en la Plaza de la Sé, con acto público y expresiones culturales de danzas típicas de cada país. Será un momento de reivindicar nuestros derechos… (leia mais) Pág. 03 Conforme el Estatuto del Extranjero vigente, las posibilidades de lograr la permanencia definitiva son muy pocas y remotas, o sea: solamente para los que tienen hijos brasileños o que estén casados con brasilero (a) y por reunión familiar, si un miembro de la familia (padre, madre, esposo (a) tenga la permanente... (leia mais) Pág. 08 Leiga Scalabriniana e Jornalista foi assassinada por Narcotraficantes no México O corpo de Maria Elizabeth Macias, editora-chefe do jornal Primera Hora, publicado em Nuevo Laredo, Tamaulipas estado (leste), foi encontrado decapitado em 24 de setembro de 2011. Esta mulher de 39 anos de idade é o quarta jornalista morta desde o início do ano.. Segundo fontes, Maria Elizabeth Macias usava as redes sociais para denunciar as ações do tráfico de drogas na região. Ela tinha um blog sob o pseudônimo de “a menina de Nuevo Laredo.” De acordo com o Procurador Geral do Estado de Tamaulipas, ao lado do corpo da jornalista havia dois teclados de computador, um toca-discos e alguns cabos, acompanhados por uma mensagem. “ … para aqueles que não querem acreditar que isso aconteceu a mim por minhas ações” (leia mais) Pág. 08 1º Festival de Música e Poesia do Imigrante Pág. 02 A Voz das Comunidades: Peru, Bolívia, Itália, Chile págs 04 e 05 Anistia aos Imigrantes: Sonho ou Pesadelo? Pág. 06 Migrações: águas que movem moinhos Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS Pág. 03 Barbárie: usineiros incentivam crack para cortadores de cana em SP Em algumas plantações de cana- de-açúcar espalhadas pelo interior paulista foram encontradas realidades dramáticas: alguns cortadores trabalhando até 14 horas por dia, sem interrupção, graças ao uso do crack. Pág. 02 Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número - Outubro/Novembro 011 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

1 Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011

Todos y todas a la Marcha de los Imigrantes

Como regularizar un inmigrante en Brasil?

En este año nuestra marcha será el

04 de diciembre, domingo, con una

caminata que empieza en la Plaza

de La República y termina en la Plaza de la Sé, con acto público y expresiones culturales de

danzas típicas de cada país. Será un momento de

reivindicar nuestros derechos… (leia mais)

Pág. 03

Conforme el Estatuto del Extranjero

vigente, las posibilidades de lograr la

permanencia defi nitiva son muy pocas

y remotas, o sea: solamente para los

que tienen hijos brasileños o que estén

casados con brasilero (a) y por reunión

familiar, si un miembro de la familia

(padre, madre, esposo (a) tenga la

permanente... (leia mais) Pág. 08

Leiga Scalabriniana e Jornalista foi assassinada por Narcotrafi cantes

no MéxicoO corpo de Maria Elizabeth Macias, editora-chefe do jornal Primera Hora, publicado em Nuevo Laredo, Tamaulipas estado (leste), foi encontrado decapitado em 24 de setembro de 2011. Esta mulher de 39 anos de idade é o quarta jornalista morta desde o início do ano.. Segundo fontes, Maria Elizabeth Macias usava as redes sociais para denunciar as ações do tráfi co de

drogas na região. Ela tinha um blog sob o pseudônimo de “a menina de Nuevo Laredo.” De acordo com o Procurador Geral do Estado de Tamaulipas, ao lado do corpo da

jornalista havia dois teclados de computador, um toca-discos e alguns cabos, acompanhados por uma mensagem. “ … para aqueles que não querem acreditar que isso aconteceu a mim por minhas ações” (leia mais) Pág. 08

1º Festival de Música e Poesia do Imigrante Pág. 02

A Voz das Comunidades: Peru, Bolívia, Itália, Chile págs 04 e 05

Anistia aos Imigrantes: Sonho ou Pesadelo? Pág. 06

Migrações: águas que movem moinhos Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS

Pág. 03

Barbárie: usineiros incentivam crack para cortadores de cana

em SPEm algumas plantações de cana-de-açúcar espalhadas pelo interior paulista foram encontradas realidades dramáticas: alguns cortadores trabalhando até 14 horas por dia, sem interrupção, graças ao uso do crack. Pág. 02

Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Page 2: Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

�Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011

Expediente:

Serviço Pastoral do Migrante - SPMTel.: (0xx11) �063-7064

http://[email protected]

Rua Caiambé, 1�6 - Ipiranga - São Paulo/SP

Centro Pastoral do Migrante - CPMTel.: (0xx11) 3�07-0888

[email protected]

Rua do Glicério, ��5 - Liberdade - São Paulo/SP

Centro de Apoio ao Migrante - CAMITel.: (0xx11) �694-54�8

[email protected]

Rua Coronel Morais, 377 - Pari - São Paulo/SP

Jornalista Responsável: Pe. Antonio Garcia Peres Neto - MTB 3081Organizador: Nelson Bison - Editoração Eletrônica: Hernane Martinho Ferreira (11) 8837-5057

Na primeira edição do Jornal “Nosotros Imigrantes” reafirmamos nossa mobilização na luta por

direitos e o resgate de nossas raízes culturais.

“Eu era estrangeiro e tu me acolhestes” (Mt 25,35-36)

Quantos de nós já não sentimos na carne e na alma a dor de estar longe de nossas pátrias? Quão sofrível é estar distante de nossos pais, filhos, irmãos, parentes, em busca de uma vida melhor para todos, todas?

O grito pela vida não poderá silenciar jamais e, neste sentido, o Jornal “Nosotros Imigrantes” coloca-se a serviço das comunidades imigrantes para anunciar um mundo mais acolhedor, sem xenofobia, onde todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai, buscando um mundo sem fronteiras.

Nesta edição, abordaremos as migrações na mensagem de Pe. Alfredo Gonçalves. Temos duas compatriotas bolivianas que expõem o perfil da mulher imigrante; o espaço “voz das comunidades” trás Bolívia, Peru, Paraguai, Haiti, Chile e Itália, apresentando ações de convivência e de partilha. Temos também, uma chamada para a Marcha do “Dia Internacional do Imigrante”, o caminho percorrido na história, a luta pelos direitos civis: direitos fundamentais à vida, à liberdade, à igualdade perante a lei: direitos de ir e vir, de escolher o trabalho, de manifestar o pensamento, de organizar-se; há os direitos sociais, tais como: direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria, entre outros. Há, também, o direito político: o direito ao voto, para escolher seus representantes, pois o dever de pagar impostos é uma dura carga nos ombros de todos, devido, também, ao alto valor cobrado em taxas para a regularização migratória.

Percebemos, então, que a ausência dos direitos civis, sociais e políticos representa um obstáculo à construção da cidadania do imigrante. Lutemos, então, pelos nossos direitos!!!!!

Nesta segunda edição do “Nosotros Imigrantes” fazemos uma homenagem à “La Vírgen de Guadalupe”, que é “la Madre del Pueblo Latinoamericano”, que ilumina o caminho do imigrante!

Um abraço “hermano y fraterno” da redação.

Editorial Actividades del CAMI:

El centro de Apoyo al Migrante – CAMI – es un servicio de lucha por todos los derechos de los inmigrantes de varias

nacionalidades. Actúa en la defensa de los derechos para obtención de ciudadanía, como regularización migratoria, asesoría jurídica, y ofreciéndoles la posibilidad de aprendizaje profesional en los cursos de informática y portugués para la llena inserción social; actúa en la prevención del trabajo similar a la esclavitud y al tráfico de personas. Propone cambios en la ley de Inmigración, juntamente con Organizaciones, Asociaciones y Comunidades de inmigrantes.

Ofrece asesoría jurídica y psicosocial a inmigrantes víctimas del trabajo similar a la esclavitud, en conjunto con el Ministerio del Trabajo, como en el caso de la Confección Téxtil Zara, ampliamente divulgada en la Prensa, donde se mantenían inmigrantes trabajando en situación similar a la esclavitud.

Los cursos de la Escuela de Informática y Ciudadanía del segundo semestre empezaron el 2 de septiembre, con clases de informática y portugués, con participación de, por lo menos, 100 inmigrantes entre hombres, mujeres y adolescentes de varias nacionalidades que desean una profesión para inserirse en el mercado de trabajo brasilero.

I Festival de Música e Poesia do Imigrante

Todas as nacionalidades de imigrantes são convidadas a participar do Iº Festival de Música e Poesia do Imigrante para

o ano que vem, 2012. O evento vai acontecer na Igreja N. S. da Paz, possivelmente no mês de junho, mês da Semana do Migrante.

Convocamos os grupos musicais, folclóricos e poetas para se prepararem. Haverá boa premiação, e as melhores músicas farão parte de uma publicação em CD.

O tema tanto das músicas quanto das poesias versa sobre migrações, direitos e cidadania que envolve a vida e a realidade dos imigrantes.

As letras, músicas e poesias devem ser inéditas. Qualquer grupo pode participar sendo profissional ou não.

Mais informações:SPM - Tel.: �063 7064CPM - Tel.: 3�07 0888CAMI - Tel.: �694 54�8

•••

Encontro de Formação

Convidamos a todos e todas a participarem de um dia de formação sócio-pastoral a realizar-se no dia 23 de outubro de 2011,

no salão nobre da Igreja da Paz, na Rua do Glicério, 225, com início às 9 hs e término às 17 hs. O encontro de formação será assessorado pelo Pe. Alfredo J. Gonçalves. A animação do encontro está a cargo dos Jovens Sem Fronteiras do CAMI. Haverá almoço gratuito no local e ônibus que parte do CAMI.Inscreva-se pelo tel. 2694-5428. (Resp.: Ivone)

Em algumas plantações de cana-de-açúcar espalhadas pelo interior paulista foram encontradas realidades dramáticas: alguns cortadores trabalhando até 14 horas por dia, sem interrupção, graças ao uso do

crack. Tal situação foi registrada por um levantamento inédito da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, da Assembleia

Legislativa de São Paulo. Segundo o estudo sobre a proliferação do entorpecente no Estado e apresentado no dia 20 aos 29 parlamentares da frente, que ficaram todos surpresos, esse é um dos usos crescentes da droga; sobretudo porque o motivo de tamanha produtividade, um sonho para todo usineiro, é pequeno, barato e cada vez mais fácil de conseguir: o crack. Outro fato estarrecedor é a consequência para esse ‘super-funcionário’, um drama muito conhecido: em poucos anos, uma saúde devastada e, não raro, a morte.

De acordo com o deputado estadual Donisete Braga (PT), tal prática é liberada pelos próprios usineiros e sua maior incidência foi verificada em cidades como Ribeirão Preto, Vale do Ribeira, Pontal, São José do Rio Preto e Alta Paulista, regiões onde há forte indústria sucroalcooleira. “Os funcionários fazem uso da droga para agregar valor físico e aumentar a produção”. Ele também disse que a liberação do consumo de crack por parte das usinas está ligada à produtividade que, em geral, os trabalhadores são pagos pelo volume de produção pois a maioria não possui vínculo formal de trabalho; isso leva a outra situação cruel. “É comum após quatro ou cinco anos esses funcionários serem afastados ou demitidos por causa da saúde debilitada pelo crack”, afirmou Braga.

Segundo o parlamentar, as informações do estudo são o primeiro passo para se programar uma fiscalização dessa prática entre outras ações por parte do Estado para sua erradicação. A pesquisa abordou políticas públicas, investimentos e programas de combate a drogas, e foi respondida por 325 municípios do Estado, que concentram 76% da população.

Barbárie: usineiros incentivam crack para cortadores de cana em SP

Foto: Beto Novais - UFRJ

Page 3: Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

3 Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011

Marcha Mundial de los/las inmigrantes!

Ya estamos organizándonos para el 5º año de MARCHA de las/los inmigrantes que viven en San Pablo, organizada por el Servicio Pastoral de los Migrantes – SPM, Centro de Apoyo al Migrante – CAMI, Centro

de Pastoral del Migrante – CPM, CIDIC, con Asociaciones de Inmigrantes, Colectividades, Consulados, Sindicatos, entre otros. En este año nuestra marcha será el 04 de diciembre, domingo, con una caminata que empieza en la Plaza de La República y termina en la Plaza de la Sé, con acto público y expresiones culturales de danzas típicas de cada país. Será un momento de reivindicar nuestros derechos: derecho al voto, nueva ley de inmigración, ratifi cación de la Convención de los inmigrantes por el Estado brasilero, por políticas públicas, disminución de la burocracia en los servicios ofrecidos a los inmigrantes, prevención del trabajo similar a la esclavitud, al tráfi co de personas, lucha contra la criminalización del inmigrante indocumentado.

Nuestra lucha es mundial porque en el mundo entero se celebra el Día Mundial del Inmigrante.

Pero, ¿cómo comenzó la Movilización Mundial del Inmigrante?Desde 1997, las organizaciones asiáticas de inmigrantes, lideradas

por Filipinas, ya celebraban el 18 de diciembre como el Día Internacional de Solidaridad por los Inmigrantes. Eligieron esta fecha porque el día 18 de diciembre de 1990 las Naciones Unidas, a través de la Resolución 45/158, aprobaron la Convención de Protección de los Derechos de todos los trabajadores Inmigrantes y sus familiares. La referida Convención pasó a vigorar el primero de Julio de 2003, con la vigésima adhesión: del Timor Leste.

Después de amplia movilización y presión mundial, el 4 de diciembre la Organización de las Naciones Unidas –ONU, declaró el 18 de diciembre como Día Internacional del Inmigrante. Fue elegido como el día para difundir los derechos humanos y libertades fundamentales de los inmigrantes y para crear un Foro para intercambio de experiencia y de luchas por derechos de los inmigrantes.

En junio de 2006, en Madrid – España –el II Foro Mundial de Migraciones solicitó que todas las organizaciones presentes celebraran el Día Internacional del Inmigrante el 18 de diciembre.

El Servicio Pastoral de los Migrantes – SPM, asumió el compromiso y comenzó en el mismo año, el proceso de movilización del Día del Inmigrante en Brasil. Algunas ciudades brasileras han promovido debates, eventos culturales. El día 17 de diciembre de 2006, en la Plaza Kantuta, en San Pablo, se realizo el Primer Acto Cívico y Cultural del Día del Inmigrante, con el tema: Integración, Ciudadanía Universal, Derechos Humanos. Estuvieron presentes 1.500 personas, hubo presentaciones culturales, y lectura de la “Carta del Inmigrante”.

En 2007, el 16 de diciembre, el segundo acto se celebró el Día Cívico y Cultural de los Inmigrantes, con marcha por el centro de la ciudad de São Paulo, del Teatro Municipal hasta la Plaza de la Catedral, donde hubo el acto público. Tres ejes marcaron esta movilización: Integración, Universal Ciudadania y Derechos Humanos.

En 2008, el 14 de diciembre, el lema fue: “Marcha por la Integración de los Pueblos: nuestras voces, nuestros derechos, por un mundo sin muros”. En Sao Paulo, fue la tercera vez de la Marcha del Inmigrante. Espontáneamente la gente gritó en las calles por donde pasava, “Amnistía ahora”. Un paso más allá del miedo, más allá del silencio; un grito desde dentro. Los inmigrantes representaron, en la Plaza de la Sé, una gran pared, dibujada en un papel que luego fue desgarrado y roto por la multitud en movimiento. En este día, se denunció la ley anti-inmigrante de Europa: la Directiva de Retorno.

En el año de 2009, el 13 de diciembre, hubo la 4ª Marcha de los Inmigrantes, con el tema: Por el acceso a todos los derechos. El inmigrante lucha contra la exclusión social, por ciudadanía universal. Los jóvenes inmigrantes crearon un logotipo y hicieron camisetas para sensibilizar la sociedad. Fue en este año que los inmigrantes conquistaron la Amnistía para regularizarse.

En 2010, el día 6 de diciembre, el Día de los Inmigrantes se realizó en Foz do Iguaçu- PR, durante la Cumbre Social del MERCOSUL. Inmigrantes de San Pablo viajaron hasta Foz do Iguaçu para celebrar los veinte años de la Convención de la ONU para Protección de todos los Trabajadores Inmigrantes y Miembros de sus familias. Se celebró, incluso, el Primer año del Acuerdo de Libre Residencia del MERCOSUR, Chile y Bolivia.

LA “Carta Manifi esto” tenía el tema: “Por un MERCOSUR libre de xenofobia, racismo y todas las formas de discriminación”.

En este año de 2011, ocurrirá la 6ª Marcha con participación activa de muchos inmigrantes y Asociaciones de inmigrantes.

Llamamos a todos los inmigrantes para los encuentros de organización de la Marcha del Día Internacional del Inmigrante que se conmemora el 4 de diciembre de 2011.

Roberval Freire

Migrações: Águas que movem moinhosPe. Alfredo J. Gonçalves, CS

Se a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX, foi um período fortemente marcado por deslocamentos humanos de massa, as migrações hoje superam aquele período

em número e em complexidade. Segundo o historiador Peter Gay, entre 1820 e 1920 cerca de 62

milhões de pessoas deixaram o velho continente europeu. Buscavam novas terras e novos horizontes nas Américas, na Austrália e na Nova Zelândia. A Revolução Industrial havia criado o trabalho assalariado e desencadeado a grande mobilidade humana, primeiro do campo para a cidade e, num segundo momento, cruzando os oceanos. “Far l’America” do outro lado do Atlântico, sina de milhões de italianos, era sinônimo de um futuro mais promissor no novo continente. Juventude e primavera se aliavam num misto de fuga e busca, de sonho e esperança, de luta e trabalho. O Eldorado americano atraía igualmente os ingleses, irlandeses, espanhóis, portugueses, alemães, entre outros.

Difícil o país que, de alguma forma, não esteja envolvido no vaivém de pessoas, seja como lugar de origem, de destino ou de trânsito, quando não tudo ao mesmo tempo. Novos rostos, antes confi nados ao próprio território nacional, estão a caminho.

Traços, costumes e culturas diferentes se justapõem, se sobrepõem e se mesclam pelas ruas, praças e espaços públicos em geral. Essa presença cotidiana do outro, estranho, diferente” é extremamente ambígua. Engendra-se a cultura dos nossos, aqueles que estão do lado de cá dos muros, em contraposição aos outros, que se arrastam do lado de fora dos muros.

Mas o outro pode, igualmente, converter nossa casa numa tenda, aberta a quem bate e a quem passa. Tenda para o descanso e a recuperação das forças do peregrino. Se, no caso anterior, o fechamento cria guetos, aqui a abertura proporciona espaços comunitários. Numa palavra, o outro sempre interpela, ou como um perigo hostil de quem devo defender-me, ou como um convite à solidariedade e ao crescimento recíproco. Esse é, aliás, o terreno fértil e ambivalente onde se engendra a identidade. A chegada do outro obriga a rever minhas práticas e meus princípios, a incorporar e/ou rejeitar valores e contravalores. O dinamismo da cultura nasce e cresce nesse campo minado: preconceitos, discriminação, xenofobia e racismo se confundem e se misturam com aproximações, laços imprevistos e relações novas. Daí que a cultura não pode ser entendida como algo acabado, defi nitivo, e sim um processo onde cada ponto de chegada se converte em novo ponto de partida, cada pessoa e cada povo obrigam a novas interpretações. É neste sentido que a memória do passado, se não pode modifi car os fatos sociais, modifi ca continuamente sua signifi cação, dependendo do contexto atual em que é chamada a comparecer. Um rápido olhar às narrativas evangélicas mostra que um encontro profundo no presente pode resgatar uma vida inteira, por mais sinuosa e perturbadora que tenha sido sua trajetória, como é o caso da estrangeira samaritana, só para citar um exemplo (Jo 4,1-42).

A pergunta fi nal que se pode levantar é a seguinte: que moinhos tendem a mover as águas dos fl uxos migratórios atuais? Ou, em termos mais modernos, que turbinas põem em ação a força insuspeitada dessas correntes humanas em movimento? Explicitando, seus sonhos e esperanças, sua energia vital deverá ser cooptada, manipulada e servir como massa de manobra para a reprodução ampliada do capital? Ou, ao contrário, poderá cavar veredas novas no terreno contraditório da história, abrindo perspectivas históricas para a construção de uma sociedade justa, solidária e sustentável, do ponto de vista social e ecológico?

A crise da modernidade não será um sulco no solo histórico, o qual, ao mesmo tempo que gera intensa mobilidade humana, faz dos migrantes sementes vivas e ativas, propensas a fecundar esse sulco com alternativas sociais, econômicas, políticas e culturais? Em tal perspectiva, os migrantes e as migrações aparecem como profetas de um amanhã renovado e recriado. Justamente por terem de atravessar o deserto escuro do não lugar – sem papéis nem raiz, sem pátria nem rumo – tendem a converter-se nos mensageiros privilegiados no novo lugar, ou se quisermos, do Reino de Deus.

Também neste caso, uma vez mais, a ambiguidade se faz presente. A experiência negativa de duras travessias tanto pode encerrar a pessoa num isolamento que lembra o berço ou o ventre materno (o retorno ao não ser), quanto projetá-la potencialmente para os desafi os de novas fronteiras (o ser diferentemente). A crise ou a encruzilhada, num primeiro momento, costuma levar-nos ao colo materno. Num segundo momento, porém, ela deixa ali os fracos e lança os fortes para o futuro desconhecido, na busca incansável de novos horizontes. As correntes migratórias, fenômenos visíveis ou movimentos subterrâneos, podem ser canalizadas para movimentar as engrenagens e interesses da acumulação capitalista e neoliberal, sem dúvida, mas podem também mover os moinhos ou turbinas de uma transformação social mais profunda e radical. Essa é a esperança de quem crê, luta e caminha nas trajetórias dos migrantes ou nas pegadas do peregrino de Nazaré.

Page 4: Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

4Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011

HaitiOs novos rostos da imigração para o Brasil

Poucos dias após a celebração dos 206 anos da Independência do Haiti, comemorada em 1º de

janeiro, o Haiti, no dia 12 de janeiro de 2010, precisamente às 16h53m, sofreu uma das maiores tragédias do mundo. Um terremoto que deixou as marcas de destruição atingindo toda a capital e outras regiões, deixando milhões de vítimas. Foi um ano marcado por tristezas, traumas, lágrimas, perdas de vidas e de bens materiais. E logo em seguida, uma epidemia de cólera atingiu a população. Segundo pesquisas internacionais e algumas especulações, essa epidemia foi trazida pelas Forças de Paz em Missão no país caribenho, causando ainda novas vítimas. Como se não bastasse, logo em seguida, o país se viu envolto na farsa política das fraudulentas eleições presidenciais, mas que foi imediatamente resolvida com a ajuda da Comunidade Internacional. Diante de tudo isso, a pergunta que se faz: O que fazer? Para onde ir?

Para o Brasil, nunca houve migração haitiana, depois do abalo, isso não tardou a acontecer e hoje, há migrantes haitianos no Brasil. Em Manaus, um dos lugares em que mais cresce essa pequena onda migratória, com a chegada desses haitianos. Muitos estão vindo de outros países, como Equador, Santo Domingo, Argentina, Chile, etc., queixando-se de que a renda desses países não lhes é favorável, é pouca. Assim, acabam saindo à procura de outros lugares. A maioria dos que saíram do Haiti, tenta usar as fronteiras brasileiras como lugar “de passagem ou rota” (migrantes de trânsito) a fim de chegar a outro destino, Guiana Francesa ou outros países. Os que ficam estão sendo acompanhados, acolhidos, orientados pastoralmente pela ação social da Igreja-Mãe, nos lugares onde eles se encontram. Sendo assim, pode-se notar que está ocorrendo uma onda migratória de forma desordenada. Nem mesmo responsáveis do Brasil sabem o que dizer diante disso. Pois bem, essa pequena onda migratória haitiana para o Brasil é vista como de “migrantes ambientais ou de pessoas vítimas de desastres naturais”, em busca de trabalho e moradia, para voltarem a sonhar, e a manter a eles mesmos e às suas famílias. No total, estima-se que pelo menos 1500 vítimas haitianas do terremoto já chegaram ao Brasil, sem contar os que estão na fronteira em Tabatinga, à espera de documentação, para depois alcançarem a capital amazonense, Manaus.

Chegando ao final dessa pequena reflexão, como estudante religioso, vivendo no Brasil, gostaria, enfim, de agradecer em nome dos meus irmãos haitianos, “migrantes ambientais ou deslocados”, a todo o povo brasileiro, sobretudo, ao povo amazonense pela acolhida dada a esses irmãos. Por outro lado, um agradecimento que vai ainda ao Conselho Nacional de Imigração, ao Instituto de Direito Humano, enfim, a todos os que acolheram e continuam a acolhê-los. Não podemos esquecer os padres e irmãs scalabrinianos, engajados nessa missão nos vários Estados do Brasil, de maneira mais especial, em Manaus. Por fim, a todos os diferentes serviços pastorais e instituições da sociedade civil; leigos e missionários que estão ajudando a esses irmãos a se integrarem, na medida possível, na cultura e no mercado do trabalho. Que Deus abençoe esta terra amada, Brasil!

Pierre Dieucel Estudante de Teologia - escalabriniano - http://www.dieucel.blogspot.com

A V O Z D A S C O M U N I D A D E SItália

Biblia e EmigrazioneIl mese di settembre é per la

Chiesa del Brasile il mese dedicato alla Biblia. La Sacra Scrittura é molto ricca per quello che dice rispetto all’emigrazione. Giá agli inizi il Signore chiama Abramo per uscire dalla sua terra e andare a iniziare una comunitá nella Nuova Terra che Dio gli stá preparando.

Se poi pensiamo alla stessa storia del popolo dell’Alleanza noi vi troveremo vari momenti nella sua storia di popolo migrante. Si trova in Egitto, debe uscire e percorrere un longo cammino per giungere nuovamente alla terra promessa.

Quando si trova in esilio a Babilonia, debe nuovamente partire e Dio si servirá pure di Re pagani per portare nuovamente il popolo al suo ritorno, Ciro, Dario, Artaserse etc. La stessa terra Promessa sará una striscia di territorio, un corridoio di passaggio, di incontro di grandi civilitá di ogni tempo come ci racconta la Missionaria Scalabriniana Anna Fumagalli. Il popolo dell’alleanza ha provato nella sua stessa storia cosa significa uscire dal proprio territorio, dalla propia comunitá e avere l’eseprienza a contatto con altre comunitá, altri popoli, altre religioni.

Se poi entriamo nel Nuovo Testamento vi troviamo che lo stesso figlio di Dio ha lasciato la sua dimora per venire ad abitare tra noi. Sappiamo in primo luogo che la sua venuta é orientata per il suo popolo: inizia la Nuova alleanza ma parte del suo popolo non l’accetta come il Messia promesso e quindi quanti riferimenti nei vangeli dove mette in evidenza la fede trovata fuori di Israele, come “la vedova di Sarepta, Namann il Siriio, la Regina del sud, gli abitanti di Ninive, il centurione romano, la parabola del samaritano, é l’unico che ritorna a ringraziarlo… non era giudeo… ma straniero.

La memoria di questa apertura di Gesú sará pure decisiva per le prime comunitá cristiane e per il loro atteggiamento nei confronti dei “non ebrei”. Lo stesso Paolo si rivolgerá ai pagani, agli altri. É quindi il mandato di Gesú… portare e viver la sua Missione nel mondo intero, perché é un solo il popolo amato da Dio.

Pe. Giogio Cunial cs.Pároco da Igreja pessoal das

comunidades dos imigrantes italianos em São Paulo.

Missas em italiano: primeiro domingo de cada mês às 11h na Igreja N. S.

da Paz – Rua do Glicério, 225.

Chile

Los estudiantes em chileLas movilizaciones comenzaron

a mediados de mayo para exigir que el Gobierno Chileno vuelva a administrar la educación primaria y secundaria, que se prohiba a las instituciones privadas lucrarse con la educacion y que se garantice en la constitucion el derecho a una educacion publica y de calidad, la constitucion en Chile es de 1980 quando, governaba Pinochet.

En Chile el estado solo financia el 10% de la Universidad Publica, el resto esta a cargo de las familias o de los mismos estudiantes . Como los aranceles son muy alto, tienen que pedir un credito para estudiar.En 4 años de estudio, los estudiantes deben aproximadamente 15 millones de pesos, es decir alrededor de 40.000 dolares, el salario minimo en chile es cercano a 390 dolares, si el Estado chileno financiase la carrera de cada estudiante, gastaria mucho menos de lo que gasta hoy otorgando creditos y endeudando a millones de jovenes universitarios durante los proximos 20 años.Chile es el pais con mayor nivel de privatizacion de la educacion en el mundo por cada peso que aporta el Estado a la educacion universitaria, los estudiantes y sus familias tienen que poner cinco pesos.

En chile con 17 millones de habitantes, hay un millon de alumnos en la educacion superior, incluidas universidades e institutos tecnicos, casi el 50% de los estudiantes en edad universitaria estan en la universidad, un porcentaje mayor al de la mayoria de sus vecinos

Las protestas estudiantiles que paralizan el pais han sido vista en gran parte del mundo como un sintoma del fracaso del sistema universitario abierto a la iniciativa privada que rige el pais. Chile adopto un sistema usado en Australia, que permite que los estudiantes empiecen a pagar su educaciòn una vez que se gradùen y consigan un empleo y tienen que pagar una suma fija, independientemente de sus ingresos y el grande problema de sus padres que ellos son los que garantizan el prèstamo, por eso toda la familia se encuentra con grandes deudas, lo que ayuda a explicar el amplio respaldo al movimiento estudiantil.

Miguel Ahumada

BolíviaDia da Independência da Bolívia 186 Anos“Viva mi patria Bolivia”

El día 06 e 07 de agosto fue comemorado el día de La Independencia de Bolivia que cumplió 186 años de Independencia. Y también celebramos el día de la virgen de Copacabana y de la virgencita de Urkupiña.

Esta celebración se realizo en el Memorial de América Latina, mucha gente bonita paso y sobre todo personas de otros lugares y nacionalidades, todos estuvieron presentes, conociendo un poco más de la Cultura Boliviana, algunos pasaban para ver lo que había en la fiesta, lo que más les llamaba la atención era el sonido de las bandas tocando, miraban y escuchando los instrumentos andinos que les parecía muy agradables y que iban al ritmo y a la elegancia de los disfraces de los morenos, de la diablada, de los tinkus, de los caporales y entre otros grupos, todos con las ropas lindas, coloridas.

Las cholitas con sus polleras con su manta y adornadas con sus lindas joyas. Los morenos con aquellos trajes grandes danzando con mucha alegría, sin importarse del día tan caluroso, danzando con mucha fe y devoción, muchos danzaron por primera vez sintiendo una grande emoción que contagiaba a los espectadores, porque es lindo ver nuestra cultura siendo demostrada en un país grande llamado Brasil.

Al total fueron 14 grupos que se a presentaron entre los días sábado y domingo, la alegría era mayor porque tenían tiendas donde muchas personas podían deleitarse con las comidas típicas de Bolivia, especialmente las personas de otras nacionalidades. Fueron dos días de mucha alegría y de mucho calor, que calentaban y animaban, eran un total de 58 mil personas que nos acompañaron y apreciaron nuestra Cultura Boliviana. Siendo 40 mil el día 06 (sábado) y 18 mil el día 07 (domingo), segundo datos de la organización.

Estos fueron días maravillosos, no solo por nuestra independencia sino que también una muestra de nuestra unión, de nuestra fe, confirmando que estos 186 años vividos con alegría y diciendo: “Viva mi patria Bolivia una gran nación por ella doy mi vida también mi corazón”.

Carla Lucero Larico Yanapa

Page 5: Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

5 Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011

A V O Z D A S C O M U N I D A D E SPeru

Agradecimiento a las familiasNovenas – �011

Este año celebramos, mes a mes , la novena en honor al SEÑOR DE LOS MILAGROS-�011. Fueron muchas las casas donde el Señor entró, muchas las puertas que se abrieron. Nos reunimos en varias casas, caminamos por varios

barrios… Habían muchos rostros amigos, así como también rostros nuevos. En cada encuentro compartimos muchas alegrías, risas; muchos pesares y nostalgia; muchos testimonios y mucho más. Nos reunimos en varios barrios de esta gran São Paulo. Cantando y rezando a una misma voz, en una misma oración, unidos por una misma FE.

Es así como agradecemos a cada una de las familias , a cada uno de los devotos y devotas, a los amigos y hermanos latinoamericanos que con su presencia hicieron posible la realización de la novena de este año. Es a estas personas que les deseamos muchas bendiciones, mucha fuerza, mucha salud y mucha fe. Y así , nos unimos al unísono en una misma oración para juntos continuar caminando en COMUNIDAD.

Gran fiesta en honor al “señor de los milagros” - octubre �011

Cada año la Comunidad Peruana celebra una gran fiesta religiosa y tarde cultural con platos y danzas típicas en el mes de Octubre. Por tal motivo invita a todas las familias latinoamericanas, devotos y devotas, amigos y amigas, público en general a participar de la gran celebración anual del Santo patrón del Perú: El “Señor de los Milagros”.6° RECORRIDO PROCESIONAL El recorrido será por las inmediaciones de la Iglesia.Día: �� de Octubre (Sábado) - Hora: 18h MISA Y TARDE CULTURALLa misa latina, como de costumbre se realizará el último Domingo del mes.Día: 30 de Octubre (Domingo) - Concentración: 11hLocal: Igreja “Nossa Senhora da Paz”Rua Glicério, ��5 - Liberdade - São Paulo - Telef : 3�07-0888

Los esperamos!!!Nancy Olivares

Migrantes peruanos podrán residir y trabajar en países de la Comunidad Andina y Mercosur

Los migrantes peruanos podrían residir y trabajar sin obstáculos ni dificultades en Bolivia, Ecuador, Colombia, Brasil, Argentina, Paraguay, Uruguay y Chile, gracias a la propuesta hecha formalmente en Bogotá por los Parlamentarios Andinos Peruanos, en el sentido que los países de la Comunidad Andina se adhieran en bloque al Acuerdo de Residencia del MERCOSUR. Lo cual permitiría que los migrantes peruanos en los 8 países mencionados puedan residir y desarrollar cualquier actividad lícita, con solo la demostración de su nacionalidad y no contar con antecedentes penales, sin exigir siquiera la acreditación de trabajador mediante contrato, e independientemente de la su situación migratoria en la que se encuentren, a través de una visa temporaria de dos años tras la cual pueden optar a la definitiva.

La adhesión beneficiará también a los migrantes de Ecuador y Colombia. Bolivia forma parte desde su inicio del Acuerdo. El Perú se adhirió este año y está en proceso de implementación. El “Acuerdo sobre Residencia para Nacionales de los estados partes del MERCOSUR, Bolivia y Chile” fue establecido en el 2002 y se aplica desde el 2009. Permite trabajar en plena igualdad de derechos con la población del país receptor.

En el caso directo de los ciudadanos irregulares, este acuerdo permitirá que se solucione inmediatamente su situación migratoria, recobrando sus plenos derechos, beneficiando especialmente para los pueblos indígenas, mujeres, niños y niñas.

El Dato: 10 millones de migrantes de la Comunidad Andina están dispersos en el mundo, el 10% de su población total. De ese total, 3 millones son migrantes entre países de la CAN. Existen 6 millones de migrantes intraregionales en los bloques regionales de la CAN y el MERCOSUR.

ParaguaiLa Comunidad Paraguaya.

El Paraguay es conocido como “El Corazón de la América” por su forma y localización en el mapa.

En este artículo juntamos una gotita de un estudio formal de la cuestión migratoria y lo que vemos al caminar por

una ciudad que recibe todos los días, por medio de los ómnibus que llegan a São Paulo, una gran cantidad de paraguayos.

Según informaciones del trabajo “La migración internacional de paraguayos y sus efectos actuales en el origen”, de autoría de Dionisio Borda y Cynthia Gonzáles, los principales motivos para la salida de paraguayos del país de origen son las dificultades económicas, la pobreza, la desigualdad y la falta de empleos.

Juntan-se a estos la inestabilidad, persecución política y la migración interna rural-urbana.

También llega a los oídos las historias de personas que llegaron a São Paulo para estudiar por un acuerdo entre universidades y por acá se quedaron.

Brasil no es el destino principal de los paraguayos, primero es Argentina, después España.

Pero cuando caminamos por el centro de São Paulo parece que esta información no es verdadera. Escuchamos por los caminos el idioma guaraní - Paraguay tiene dos idiomas oficiales: el español y el guaraní – otra característica típica del paraguayo es llevar siempre en todas partes su termo y yerba para preparar el “terere” o el mate junto a los amigos o en las oficinas de costuras, la ocupación principal de la coletividad.

Los barrios de Bom Retiro, Casa Verde, Jardim Brasil, las ciudades de Guarulhos, Campinas y Santo André tienen fuerte representación de grupos paraguayos. Hay también otros barrios donde viven pero en menor cantidad o disperso.

La comunidad paraguaya, diferente de los hermanos chilenos, bolivianos, no tiene todavía una institución formal jurídica que atienda sus intereses políticos-sociales junto a las autoridades brasileñas, hay grupos que tienen objetivos distintos pero no menos importantes, porque es necesario respetar y integrar la historia y cultura guaraní a la cultura local.

En este punto dos espacios tienen papel fundamental, la Pastoral del Migrante en São Paulo, y Igreja Nossa Senhora Auxiliadora que abren sus espacios para las demonstraciones religiosas, culturales y sociales de la colectividad paraguaya, ofrecer apoyo y suporte a las cuestiones jurídicas y psicológicas de los que necesitan.

Los 3ºs. Sábados de cada mes se realizan las novenas paraguayas en las casas amigas. Dejamos ya la invitación para compartir junto a nosotros la Celebración por la Virgen de Caacupé en este año de Bicentenario de la Independencia, en 11 de Diciembre en la Igreja da Paz, con procesión, misa, tarde cultural, gran baile, comidas y artículos típicos de Paraguay.

PojopyPatrícia Rivarola

Brasileña, de mamá y hermana paraguayas. Así… paraguaya de corazón.

Apoio:

Page 6: Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

6Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011

São Paulo, setembro de 2011

Diante do marco Legal Internacional dos Direitos Humanos dos Imigrantes, o Brasil está desatualizado, atrasado e andando na contramão da história. O Estatuto do Estrangeiro de 1980 (ainda

vigente) elaborado durante a Ditadura Militar e com características de segurança Nacional é a maior prova disso.

Ao mesmo tempo em que o tema das Migrações está sob a responsabilidade do Ministério da Justiça, na prática quem decide é a Policia Federal aonde mais uma vez se revela que o Migrante não é tratado como um cidadão e sim, muitas vezes, como um suspeito ou possível delinqüente. Infelizmente, a criminalização das migrações é uma realidade na maioria dos Países. Ainda se insiste em desviar o foco da atenção sobre as verdadeiras causas da crise. Se as estruturas injustas do sistema não mudarem, as vítimas (os migrantes e refugiados de modo especial) aumentarão rapidamente em todas as partes do mundo.

Para complicar mais ainda a situação dos migrantes, os serviços dos portos e Aeroportos foram terceirizados e estão na mão de grupos e pessoas com muito pouco conhecimento sobre o tema, pouca prática e pouca humanidade nas relações e na comunicação com os, as imigrantes. Dificilmente encontramos alguém que fale outro idioma, nem mesmo o espanhol. As reclamações e queixas de maus tratos, de falta de informação, ou informações desencontradas e a dificuldade de entenderem as orientações por não compreenderem o idioma é freqüente na Pastoral dos Migrantes e outras Instituições da Sociedade Civil.

Ressaltamos também as taxas altíssimas que são cobradas dos imigrantes, pelos documentos expedidos pela Policia Federal, os quais devem ser renovados permanentemente num vai e vem sem fim do povo migrante. Nos últimos cinco anos muitos imigrantes renovaram até quatro vezes seus documentos e em todas elas pagam altas taxas ao governo.

Diante desta situação aparecem as máfias e os aproveitadores (despachantes, cartórios, advogados, Ongs e particulares) que geralmente subornam, mentem e enganam quando se oferecem para qualquer tipo de tramitação. A Pastoral dos Migrantes nestes últimos cinco anos assessorou, orientou e acompanhou mais de 40 mil imigrantes, (esperamos que não seja em vão todo este esforço e trabalho).

Cremos que diante desta precária situação o tema do/a imigrante deveria ser repensado como uma política pública de Estado separado da Polícia Federal, pois o/a migrante é trabalhador/a assim como os milhões de brasileiros/as que trabalham e ou que buscaram outro país para trabalhar.

O Estado Brasileiro em 2005 assinou um Acordo bilateral com a Bolívia dando uma imagem positiva internacionalmente e no momento da renovação a grande maioria dos imigrantes não conseguiu o documento permanente e depois de sucessivas renovações temporárias foram orientados para entrar na Anistia de 2009, perdendo assim tudo o que haviam conseguido pelo acordo.

O Brasil foi reconhecido mundialmente e teve visibilidade Internacional pelo gesto humanitário e solidário na aprovação da Anistia a qual foi um grande sucesso no primeiro momento, porém, outra vez, na transformação de visto provisório para permanente, diante da burocracia, da falta de comunicação entre os poderes responsáveis pelo tema e os autoritarismos

de atendentes e agentes federais muitos imigrantes não estão conseguindo a documentação e já um grande número perdeu a única oportunidade que durou tão pouco tempo. Nos perguntamos: Para que tanto esforço em aprovar uma anistia e regularizar mais de 40 mil imigrantes residentes no Brasil se na transformação de provisório para permanente se inviabiliza o processo de uma grande parte dos solicitantes?

A cada dia temos na Pastoral dos Migrantes uma versão diferente e, a todo momento, assistimos pais, mães e jovens chorando e caindo no desespero porque depois de um longo caminho de regularização estão chegando ao nada. Outra triste situação é aquela de muitos imigrantes que ao apresentar os requisitos para a renovação simplesmente seu documento é retido pela Federal e retornam a situação de irregulares, apesar do documento, pela força da lei, ser válido até o último dia de sua validade.

A burocracia e a falta de comunicação entre os diferentes níveis de poder são constantes na atenção e no atendimento do poder público em relação aos poucos imigrantes que temos em nosso país se comparados aos mais de 4 milhões de brasileiro que vivem no exterior.

Depois de um longo processo de diálogo com o Secretario da Justiça, com a Chefe do Departamento de Migrações e com delegados da Policia Federal em São Paulo, em relação ao vazio legal da lei de anistia que estava causado tanto transtorno e sofrimento a tantas famílias, foi aprovada e publicada no Diário Oficial da União no dia 28 de julho a Portaria Nº 1.700. Já passaram mais de dois meses de sua publicação e lamentavelmente o Departamento de Migrações da Polícia Federal de São Paulo não modificou sua prática e não está aplicando a Portaria do Ministério da Justiça. Na prática do cotidiano da Pastoral, as reclamações e dificuldades dos migrantes continuam do mesmo jeito como se nada tivesse acontecido e é de conhecimento público e nacional que houve mudanças claras e significativas na referida Portaria.

O imigrante tem as mesmas necessidades que qualquer ser humano e não pode ser tratado com tanta indiferença. A situação legal de qualquer pessoa é fundamental para garantir sua cidadania, portanto denunciamos e repudiamos esta insensibilidade no tratamento aos imigrantes e a falta de comunicação que existe entre os vários níveis do poder público deste país em relação aos anistiados de 2009 e as instituições que trabalham com os mesmos.

Ser migrante e migrar não é delito.Enquanto os imigrantes, pastorais, instituições civis e movimentos

sociais aguardam pela implementação Nacional da Portaria Nº 1.700 do Ministério da Justiça, projetos de suma importância relacionados aos imigrantes continuam congelados e permanecem no silêncio do Congresso Nacional ou na Casa Civil, tais como a Nova Lei de Migração e a Convenção da ONU sobre os Direitos Humanos dos trabalhadores imigrantes e suas famílias, o qual em âmbito do MERCOSUL, somente o Brasil ainda não assinou e nem ratificou.

A Pastoral dos Migrantes propõe soluções visando a construção de uma cidadania universal. Estamos abertos ao diálogo e à participação reivindicando políticas de inclusão social para todos os imigrantes residentes no país.

ANISTIA AOS IMIGRANTES: SONHO OU PESADELO?CARTA ABERTA À SOCIEDADE BRASILEIRA

SPM - Serviço Pastoral dos MigrantesCPM - Centro Pastora MigrantesCAMI - Centro de Apoio ao Imigrante

Page 7: Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

7 Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011

Nestes 71 anos de história, queremos fortalecer e confi rmar o compromisso com a dimensão sócio-transformadora, missionária e acolhedora, como Igreja profética, junto aos migrantes e imigrantes.

Uma pastoral com incidência social e política junto aos governos e organismos nacionais internacionais para alcançar leis de migração justas; políticas migratórias que atuem em favor dos migrantes, que combata todo tipo de xenofobia, preconceitos, discriminações aos que são apenas diferentes. As diferenças devem ser acolhidas como riquezas e jamais como problemas, vendo os migrantes seres humanos portadores de um mundo novo.

Temos a esperança de que é possível construir um mundo sem muros físicos, psicológicos, culturais, políticos e religiosos, enfi m, um mundo sem fronteiras. Assumimos o compromisso de cuidar o planeta terra como nossa única casa porque entendemos que somos uma só família e, portanto, todos chamados a administrar os recursos naturais com justiça e responsabilidade. Um pouco de história

A Igreja, em São Paulo, através dos Missionários Scalabrinianos celebra setenta e um anos de presença amiga e acolhedora na Paróquia N. S. Da Paz junto aos migrantes. Os primeiros missionários, enviados pelo fundador, o Bem Aventurado João Batista Scalabrini, chegaram ao Brasil em 1887 e construíram sua sede missionária no Ipiranga. No início, acompanharam os imigrantes Italianos que trabalhavam nas fazendas de café e cana de açúcar no interior de São Paulo e, em seguida, assumiram o compromisso com os fi lhos (crianças pobres e órfãos destes mesmos imigrantes que não tinham condições dignas para sua manutenção e são acolhidos nos orfanatos da Vila Prudente e do Ipiranga que até hoje funcionam com a mesma fi nalidade). Mais tarde, encarnam seu carisma junto aos migrantes internos, marinheiros e imigrantes de diferentes nacionalidades que chegavam ao Brasil.

No contexto da segunda guerra mundial, os padres carlistas, na pessoa do Pe. Millini, assumem uma nova iniciativa em favor da paz e dos migrantes. Neste novo contexto, de conjuntura mundial, nasce a Igreja N. S. da Paz para seguir acolhendo os imigrantes que continuavam chegando da Europa por causa da violência generalizada.

Nas décadas de 1940 - 60, tivemos, no Brasil, o grande êxodo interno rural causado em parte pela “indústria da seca” e pela pobreza estrutural do país, aonde milhões de migrantes partem de suas terras de origem para alimentar o incipiente parque industrial no Sudeste do País e, neste contexto, através da Congregação Scalabriniana, na pessoa do Pe. Alberto Zambiasi, é fundada, em 1974, a AVIM (Associação de Voluntários para a Integração do Migrante), junto ao complexo estrutural da Igreja N. S. da Paz, no centro de São Paulo. Essa associação acolheu milhares de brasileiros especialmente vindos do Norte e Nordeste do Brasil. Em 1996 há uma reestruturação da AVIM e esta passa a ser CASA DO MIGRANTE.

Atualmente acolhe pessoas de nacionalidades, culturas e religiões diferentes. (Mais de 50 nacionalidades diferentes a cada ano).

Nas décadas de 1960 -70, no contexto da violência causada pelas sucessivas ditaduras militares na América Latina, milhares de imigrantes hispano-americanos chegam ao Brasil em busca de segurança e de vida. Neste contexto (1977), nasce, através do Pe. Mário Miotto, a Pastoral dos Latinos, também funcionando junto a Igreja da paz. Por meio deste serviço, centenas de imigrantes são acolhidos, documentados e acompanhados garantindo direitos, cidadania e dignidade. Nesse momento difícil da história do Brasil e da Igreja, um grande aliado à Missão da Paz foi o Cardeal D. Evaristo Arns, um grande defensor dos direitos humanos e da justiça em favor dos imigrantes e, depois de duas décadas de intenso trabalho sócio-pastoral (em 1995), a Arquidiocese de São Paulo cria a Paróquia Pessoal Latino-Americana, hoje coordenada pelo Pe. Mário Geremia cs., integrando um grupo de leigos (as), representantes de diferentes comunidades latino-americanas.

Em 1965, nasce também, através dos Missionários Scalabrinianos o CEM (Centro de Estudos Migratórios, hoje com sua sede também na Igreja da Paz) que, juntamente com demais entidades, é uma referência para o tema das migrações.

A Igreja Pessoal dos imigrantes italianos, constituída em 1956, continua presente como sede na Igreja N. S. da Paz, aonde os diferentes grupos e comunidades celebram e festejam suas devoções e datas signifi cativas durante todo ano. O padre responsável que acompanha as comunidades italianas em São Paulo é Giogio Cunial cs.

No ano de 1980, devido ao grande volume de migrantes internos se deslocando do campo para as cidades, êxodo que se intensifi ca a partir da década de 60, a CNBB (Conferência Nacional do Brasil), lança a Campanha da Fraternidade sobre o tema das migrações com o lema: “Para Onde Vais?” Essa campanha fomentou uma mobilização nacional em torno do tema e é neste contexto (1985) que é fundado o Serviço Pastoral dos Migrantes – SPM na Igreja do Brasil. O SPM com o fi m de somar junto aos imigrantes em São Paulo, estrutura em 2005 o CAMI (Centro de apoio ao migrante).

Em todo este conjunto de trabalhos, reafi rmamos nosso compromisso e sonhamos com a cidadania universal junto aos migrantes protagonistas da história e profetas da paz. A eles nossa gratidão, nosso compromisso e nossa presença.

“Para o Migrante a Pátria é a terra que lhe dá o pão, a acolhida e o trabalho e aonde está o migrante ali deve estar a Igreja” (Scalabrini)

Pe. Mário Geremia CSCoordenador da Pastoral do Migrante e

Pároco da Igreja Pessoal dos Fiéis Latino Americanos

PAROQUIA PESSOAL DOS IMIGRANTES LATINOAMERICANOS E ITALIANOS“Eu era migrante e vocês me acolheram” (Mt. 25, 35)

Un sábado 9 de diciembre de 1531 el indio Juan Diego, recién convertido a la fe católica, se dirigió al templo para oir Misa. Al pie de un cerro pequeño llamado

Tepeyac vio una nube blanca y resplandeciente y oyó que lo llamaban por su nombre. Vio a una hermosa Señora quien le dijo ser “la siempre Virgen María Madre de Dios” y le pidió que fuera donde el Obispo para pedirle que en aquel lugar se le construyera un templo. Juan Diego se dirigió a la casa del obispo Fray Juan de Zumárraga y le contó todo lo que había sucedido. El obispo oyó con admiración el relato del indio y le hizo muchas preguntas, pero al fi nal no le creyó.

De regresó a su pueblo Juan Diego se encontró de nuevo con la Virgen María y le explicó lo ocurrido. La Virgen le pidió que al día siguiente fuera nuevamente a hablar con el obispo y le repitiera el mensaje. Esta vez el obispo, luego de oir a Juan Diego le dijo que debía ir y decirle a la Señora que le diese alguna señal que probara que era la Madre de Dios y que era su voluntad que se le construyera un templo. De regreso, Juan Diego halló a María y le narró los hechos. La Virgen le mandó que volviese al día siguiente al mismo lugar pues allí le daría la señal. Al día siguiente Juan Diego no pudo volver al cerro pues su tío Juan Bernardino estaba muy enfermo. La madrugada del 12 de diciembre, Juan Diego marchó a toda prisa para conseguir un sacerdote a su tío pues se estaba muriendo. Al llegar al lugar por donde debía encontrarse con la Señora prefi rió tomar otro camino para evitarla. De pronto María salió a su encuentro y le preguntó a dónde iba. El indio avergonzado le explicó lo que ocurría. La Virgen dijo a Juan Diego que no se preocupara, que su tío no moriría y que ya estaba sano.

Entonces el indio le pidió la señal que debía llevar al obispo. María le dijo que subiera a la cumbre del cerro donde halló rosas de Castilla frescas y poniéndose la tilma, cortó cuantas pudo y se las llevó al obispo. Una vez ante Monseñor Zumarraga Juan Diego desplegó su manta, cayeron al suelo las rosas y en la tilma estaba pintada con lo que hoy se conoce como la imagen de la Virgen de Guadalupe. Viendo esto, el obispo llevó la imagen santa a la Iglesia Mayor y edifi có una ermita en el lugar que había señalado el indio

El hecho causó gran asombro, y, los fi eles acudieron en masa al Palacio Episcopal, y posteriormente llevado en triunfo a la gran iglesia que fue construida en la colina a la Santísima Virgen.

Desde entonces, la Virgen de Guadalupe es un gran santuario nacional de México, constantemente visitado por una multitud de fi eles que recurren a la Virgen en todas sus necesidades.

El manto de Juan Diego se venera en el Santuario de Nuestra Señora de Guadalupe. En 1979 el Papa Juan Pablo II

consagró solemnemente a Nuestra Señora de Guadalupe como patrona de toda América Latina.

Nadie mejor que la Santa Patrona personal de la parroquia de fi eles de América Latina en la Arquidiócesis de San Paulo que es Nuestra Señora de Guadalupe, ella es la que une a todos en torno a su Hijo Jesús, el Salvador del mundo.Que Nuestra Virgen de Guadalupe que es nuestra fuerza y que siempre este a nuestro lado para que nos acompañe. “EN EL CAMINO DE UN IMIGRANTE SIEMPRE HAY UN SANTUARIO”

Miguel Ahumada e Pe. Mário Geremia cs

Nossa Senhora de Guadalupe

Page 8: Ano I - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante | CAMIcamimigrantes.com.br/site/nosotros/Nosotros_02.pdf · Plaza de la Sé, con acto público ... de um dia de formação sócio-pastoral

8Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número � - Outubro/Novembro �011

En Brasil, el inmigrante se encuentra con la ley 6.815/1980, que fue reglamentada por decreto ley nº 86.715/1081, y que es nombrada de “Estatuto del Extranjero”. La misma defi ne la forma de regularización

y de permanencia legal de quien viene de otro País. A toda persona que llega a Brasil puede recibir las siguientes visas: de turista, de tránsito, temporaria, permanente, de cortesía, ofi cial y de diplomático. Estas visas son siempre individuales, o sea, solamente para una persona, con la posibilidad de ser ampliada también para familiares conforme el Estatuto de Extranjero.

El actual Estatuto, vigente en Brasil, ha sido muy criticado por no estar en sintonía con la Constitución Brasileña y el Marco jurídico Internacional de los Derechos Humanos. Actualmente Brasil está en descompaso con la realidad de los migrantes y con los avances Internacionales y de la globalización. Al mismo tiempo en que vivimos esta triste realidad interna, el Estado Brasileño ha dado muestras de apertura y de sensibilidad sobre el tema de las migraciones y esto lo podemos comprobar en los diferentes acuerdos de reciprocidad bilaterales fi rmados con Bolivia, Uruguay, Argentina en los últimos años. También con la ley de amnistía de 2009 que acogió a todo inmigrante que vivía de forma irregular en el País. Tuvimos también en el mismo año la fi rma y aprobación de la ley de residencia del Mercosur (Brasil, Paraguay, Uruguay y Argentina) y los Países asociados (Bolivia y Chile), posibilitando así la documentación a todos los inmigrantes de estos Países hermanos y vecinos.

Conforme el Estatuto del Extranjero vigente, las posibilidades de lograr la permanencia defi nitiva son muy pocas y remotas, o sea: solamente para los que tienen hijos brasileños o que estén casados con brasilero (a) y por reunión familiar, si un miembro de la familia (padre, madre, esposo (a) tenga la permanente.

Tenemos por lo tanto en el momento solamente estas tres posibilidades de regularización en el País: Por la ley de residencia del Mercosur, por la Amnistía (renovación) y por el Estatuto de Extranjero (Ley Brasileña).

Tengan en cuenta que la regularización por la amnistía y por el Mercosur, solo resulta permanente después de dos años de estada provisoria (Por la Amnistía) o temporaria (Por el Mercosur). Son dos momentos por lo tanto, en el proceso de regularización, o sea: primero se hace el pedido, dando entrada en la Policía Federal que lo envía al Ministerio de Justicia para ser analizado y publicado. Dentro de los tres meses antes de su validad se hace la transformación de provisorio o temporario para permanente.

El Estatuto posibilita aún la regularización del inmigrante, por medio de una visa temporaria para quien vienen para estudiar y trabajar, como profesor, científi co, periodista, religioso o otros profesionales cuyos criterios son aceptados o aprobados por la ley.

Sería muy largo tratar aquí sobre el tema de la regularización del inmigrante en Brasil. Tenemos a nivel Nacional un Consejo que cuida del tema sobre todo en los casos especiales que es el CNIg (Consejo Nacional de Inmigración. Este Consejo también asesora y propone al Gobierno políticas de Migraciones en donde el inmigrante tenga ciudadanía plena.

En los próximos números vamos seguir hablando del asunto.

O Tema “Mulher Imigrante” é algo que me fascina desde que iniciei meu trabalho com os imigrantes, talvez pelo fato de ser fi lha de imigrantes.

Nestes últimos anos, com base no atendimento no Centro Pastoral do Migrante, na Igreja da Paz, São Paulo, o número de mulheres imigrantes cresceu de forma considerável, chegando a 60% das pessoas atendidas, sendo em sua maioria mulheres jovens em torno de 20 anos a 35 anos de idade, confi rmando a feminização da migração.

O que me espanta é a coragem que essas mulheres demonstram, ao deixarem seus países, sua cidade natal, suas famílias, fi lhos, pai, mãe amigos, amores. Coragem que me inveja, pois são mulheres que enfrentam a saudade, a mudança de hábitos, costumes, alimentação, tudo em busca de melhores condições de vida, em busca de trabalho para pagar dívidas em sua terra natal, manter sua família e gerar melhores condições econômicas para a família.

Na corrida em busca de melhores condições de vida, acabam formando suas famílias, criando seus fi lhos e, na maioria das vezes, sendo responsáveis por metade do orçamento familiar com seu trabalho. Com jornada dupla ou tripla, essas mulheres imigrantes não são devidamente reconhecidas. Tolhidas em seus direitos, sem o amparo de sua família que deixou no seu país de origem, discriminadas, e muitas vezes controladas e reprimidas por seus maridos, têm muita difi culdades em acessar a lei em sua defesa. Vivendo esta violência doméstica silenciosa, estas mulheres guerreiras não se curvam diante das difi culdades e tampouco aos obstáculos, pois são esperançosas. Buscam informações e, assim, na escola da vida e do sofrimento, lutam por uma condição melhor.

Sustentam suas famílias, que fi caram na terra de origem, educando os fi lhos e formando profi ssionais.

A mulher imigrante quando conhecedora de seus direitos, no caso que observo nesta cidade de São Paulo, é solidária tornando-se agente multiplicador, levando a suas colegas e companheiras de trabalho toda a informação de que necessitam. No cotidiano, ela transmite sua cultura e seus costumes a seus fi lhos, regatando suas raízes de resistência.

Até mesmo seu silêncio é uma forma de contestação e protesto contra a discriminação e exclusão a que está sujeita. Mas, a cada dia que passa, se torna sujeito, organizando o espaço que defende a vida e a dignidade, como mulher lutadora.

Ruth CamachoAdvogada do Centro Pastoral

Migrante da Igreja da Paz

MULHER IMIGRANTECOMO REGULARIZAR UM IMIGRANTE NO BRASIL?

Leiga Scalabriniana e Jornalista foi assassinada por Narcotrafi cantes no MéxicoLeigos Scalabrinianos

A Comunidade do Movimento Leigo Escalabriniano (MLS) está de luto pela terrível morte violenta de um membro: María Elizabeth Macías Castro, 39 anos, conhecida como Marisol, que trabalhava num jornal, em Tamaulipas, que foi sequestrada e assassinada.

O comunicado enviado à Agência Fides, assinada pelo Scalabriniano Pe. Francisco Pellizzari, conselheiro espiritual da América do Norte, informa que “quarta-feira, 22 de setembro, Marisol Castro, Leiga Scalabriniana do grupo de Nuevo Laredo, México, foi seqüestrada por um grupo de narcotrafi cantes “chefões” desta região de fronteira. Depois de dois dias de buscas e silêncio dramático, seu corpo sem vida apareceu numa rua na cidade de Nuevo Laredo, cidade onde ela nasceu e trabalhava como editora e ilustradora de um jornal local”.

“Pedimos uma oração para a nossa amiga e membro do Comitê Central do Movimento de Leigos Scalabrinianos que com grande afeto e fi delidade trabalhava na Casa del Migrante em Nuevo Laredo e mantinha contato diário com muitos de nós do Movimento”, conclui o comunicado. Marisol foi “uma mulher de fé e grande compromisso com a justiça” – testemunha Pe. Rui Pedro.

Fonte: Clube da Imprensa e Agência Fideshttp://www.rsradios.com.br/noticia/Leiga-Scalabriniana-e-jornalista-foi-assassinada-na-tentativa-de-amorda%C3%A7ar-redes-sociais