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1 Milho na 2ª Safra União e trabalho na família Goto Página 3 Página 4 Página 2 Página 6 Página 7 Página 8 Ano I - n° 5 janeiro/fevereiro de 2013 Soja Hobby Nutri Rico Romeu Kiihl, “o pai da soja no Brasil” A prova no campo! O Circuito de Tecnologia Agro100 deste ano vai reunir cerca de seis mil produtores em mais de 200 eventos regionais. Nesta safra de verão o circuito começou com os dias de campo mostrando a tecnologia disponível e os seus resultados aplicados à realidade dos nossos produtores parceiros no Paraná e Mato Grosso do Sul. Pioneiros em Tamarana, os Goto trabalham unidos, seguindo a ilosoia oriental. Um exemplo de produtividade e sucesso no agronegócio da região. Veja as recomendações para o plantio de uma boa safra de milho de inverno. A Nutri Rico tem um dos terminais de transbordo mais eicientes da região. Cuidados com o percevejo e as per- das na colheita. Foto: J.J Silva José Federice Neto fez a miniatura perfeita do seu Mercedes 1113.

Ano I - n° 5 janeiro/fevereiro de 2013 A prova no campo! · mente de milho para a próxima safra de inverno cresceram 40% em relação ao ano passado e que os produtores já po-

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Milho na 2ª SafraUnião e trabalho na família Goto

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Ano I - n° 5 janeiro/fevereiro de 2013

SojaHobby Nutri Rico

Romeu Kiihl, “o pai da soja no Brasil”

A prova no campo!O Circuito de Tecnologia Agro100 deste ano vai reunir cerca de

seis mil produtores em mais de 200 eventos regionais. Nesta safra

de verão o circuito começou com os dias de campo mostrando a

tecnologia disponível e os seus resultados aplicados à realidade dos

nossos produtores parceiros no Paraná e Mato Grosso do Sul.

Pioneiros em Tamarana, os Goto trabalham unidos, seguindo a ilosoia oriental. Um exemplo

de produtividade e sucesso no agronegócio da região.

Veja as recomendações para o plantio de uma boa safra de milho de

inverno.

A Nutri Rico tem um dos terminais de transbordo mais eicientes da região.

Cuidados com o percevejo e as per-das na colheita.

Foto

: J.J

Silv

a

José Federice Neto fez a miniatura perfeita do seu Mercedes 1113.

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Londrina - MatrizAv. 10 de Dezembro, 6930 - (43) 3373-1100Alvorada do Sul - PRAv. Beira Lago, nº 78 - (43) 3661-1439Assaí - PRAv. Paul Harris, 125 - (43) 3262-5289Bela Vista do Paraiso - PRRua Carlos Dias Reis, 261 - (43) 3242-3626Borrazópolis - PRRod. Br 466 Km1 nº 1.334 - (43) 3452-2116Cambé - PRAv. Inglaterra, 2013 - (43) 3154-0123Eldorado - MSRua Ruy Barbosa,87 Jardin Novo Eldorado - MS (67) 3473-2000 Iepê - SP Rod. SP - 457, s/n - fundos - Bairro Rural (18) 9790-5463Maringá - PRAv. Prefeito Sincler Sambati, nº 2370(44) 3029-4888Mauá da Serra -PRRua Projetada, 02 Parque Industrial(43) 3464-1623Naviraí - MSAv. Weimar Gonçalves Torres, 1093 - sala 3(67) 3461-5725Nova Santa Bárbara - PRRua João Jurandir de Moraes, 432 - (43) 3266-1134Ponta Porã - MSRua Comandante Lincoln Paiva, 26 (67) 3433-3000Primeiro de Maio -PRRua Quatro, 110 - (43) 3235-1007Sabáudia - PRRod. PR 218 Km 14 - Pq. Industrial (44) 3251-1300São Jorge do Ivaí - PRRod. PR-554 - Km 17,1 - (44) 3243-1003Sertanópolis - PRRod. PR-323 - Km 426 - (43) 3232-2620Tamarana - PRRod. Vitório Francovig - Km 2 - (43) 3398-1600

Impresso em papel reciclado

Londrina - sedeRodovia Celso Garcia Cid, 1545 - (43) 3374-1100Cambé - PREstrada da Prata - Km 4 - (43) 3251-5353Bela Vista do Paraíso - PRRod. PR-090 - Km 4 - (43) 9195-5927 Guaravera (Londrina) - PRRod. PR-538 - Km 2 - (43) 3398-3330Primeiro de Maio - PRRod. PR-445 - Km448 - (43) 3235-1000Sertanópolis - PRRod. PR-323 - Km 426 - (43) 3232-5050 Tamarana - PREstrada p/ Marilândia do Sul km 2 (43) 3398-0120

Orgão de divulgação do Grupo AGRO100

Um bom começo é o segredo do sucesso!

Para esta próxima safra de milho (safrinha) escolha muito bem os

híbridos e siga as recomendações técnicas corretas e colha mais!

Milho safrinha

O plantio da segun-da safra de milho (safrinha) come-

ça nos próximos dias. Na verdade, a “safrinha” se transformou numa gran-de alternativa econômica para os produtores bra-sileiros. No ano passado, com a produção de quase 40 milhões de toneladas, superou em cerca de 7 mi-lhões a safra de verão.

“Para que o produtor alcance os melho-res resultados nesta próxima safra é preciso que ele faça a escolha correta dos híbridos e se assegure de fazer um bom plantio. Um fator importante é conseguir uma lavoura com um bom “stand” de plantas, ou seja, plantar o número correto de sementes por metro e distribuição uniforme das plan-tas”, diz o técnico da Sementes Agroceres/Monsanto, Arquimedes Lorga, parceiro da Agro100 no fornecimento de sementes e orientação aos produtores parceiros.

Segundo ele, para isso os produtores precisam tomar alguns cuidados. “Preci-

Esteira para o teste de plantabilidade

samos da melhor plantabilidade possível, escolhendo corretamente os discos e anéis de plantio. E foi pensando nisto que trou-xemos um serviço diferenciado para nos-sos clientes. A Agro100, em parceria com a Sementes Agroceres, adquiriu uma esteira de plantabilidade, com a inalidade de tes-tar todos os lotes de sementes e identiicar o disco e anel corretos para serem usados no plantio. Com estes testes precisos os agricultores terão o melhor plantio possí-vel, consequentemente, lhes assegurando ganhos na produtividade nas lavouras”, ex-plica Arquimedes.

CUIDADOS IMPORTANTES

Regulagem correta do número de se-

mentes por metro de linha

Escolha correta dos discos e anéis de

plantio

Velocidade de plantio (de 4 a 5 quilôme-

tros por hora)

Profundidade de plantio (5 centímetros)

Tratamento de sementes

Umidade de solo no plantio

Evitar contato da semente com adubo na

linha de plantio

Controle de ervas daninhas e pragas

Usar graite.

HÍBRIDOS RECOMENDADOSAG9010PRO Superprecoce de alto potencial produtivo e excelente sistema radicular.Recomendação de população: 60 a 65.000 plantas/haAG9030PROSuperprecocidade com a máxima produtividade.Recomendação de população: 60 a 65.000 plantas/haAG9040YGO superprecoce ideal para plantio de Safrinha.Recomendação de população: 55 a 60.000 plantas/haAG8500PRO Precoce rápido com performance produ-tiva diferenciada na safrinha.

(43) 3024-4084 - (43) 9139-3933Jornalista ResponsávelNilson Herrero - MTB 2113 ColaboradoresGabriela BaptistottiProgramação VisualDione LimaRevisãoMaria Christina Ribeiro Boni

Produção:

Rolândia- PRTerminal de TransbordoRod BR-369 - Cambé / Rolândia, (43) 3156-1600

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Tecnologia

Circuito de Tecnologia Agro100

Segundo Roberto Gajar-doni, gerente comercial da empresa, o Circuito

de Tecnologia Agro100 reúne anualmente cerca de seis mil agricultores em mais de 200 eventos, entre dias de cam-po, dias de colheita, visitas aos campos demonstrativos de lançamentos de produtos, tours tecnológicos e palestras técnicas. Para a safra de verão eles se concentram nos meses

acontecerem até inal de fevereiro e serão divulgados pelas 17 iliais da empresa no Paraná e Mato Grosso do Sul. “Ne-les nossos fornecedores/parceiros mostram a genética e as tecnologias mais modernas do mercado e ajudam os pro-dutores a planejarem as safras seguintes com as suas apli-cações e o manejo mais adequados para a realidade de cada região, buscando a maior produtividade e sucesso no retor-no econômico da atividade.”

Plano de safraCarlos Henrique Arrabal Garcia, um dos sócios proprie-

tários da Agro100, anunciou durante este evento o Plano de Safra de Verão. Segundo ele os produtores já podem procu-rar os técnicos e vendedores na sede, em Londrina, e nas 17 iliais da empresa para fazer o planejamento dos insumos no sistema de compra ou de troca por produção.

Carlos Arrabal informou também que as vendas de se-mente de milho para a próxima safra de inverno cresceram 40% em relação ao ano passado e que os produtores já po-dem programar o recebimento dos insumos junto à empresa.

Com o Dia de Campo em Bela Vista, no dia 24 de janeiro, a Agro100 deu início ao Circuito de Tecnologia deste ano.

Nesta safra de verão foram montados 20 campos demonstrativos onde serão realizados 10 dias de campo e mais uma

centena de outros encontros com os produtores parceiros de nossa empresa no Paraná e Mato Grosso do Sul.

de janeiro e fevereiro e para a de inverno, entre os meses de junho e agosto.

Os eventos são regionalizados para mostrar a tecnologia disponível e os seus resultados o mais próximo possível da realidade do produtor. “É claro que isto demanda um esforço muito grande, na montagem dos campos e no deslocamento de equipe e toda a estrutura dos eventos. Mas nós entendemos que atuamos numa grande região com diferenças de clima, solo, al-titude, regime de chuvas e características peculiares dos nossos parceiros. Temos que mostrar o resultado da mesma tecnologia aplicada nas lavouras dos produtores de Mauá da Serra - numa altitude de 1.200 metros e com microclima especíico - e em El-dorado, no Mato Grosso do Sul - numa altitude média de 300 metros e com peculiaridades totalmente diferentes”, explica.

“Seria muito mais fácil montar apenas um campo e trazer os produtores para um único local. Mas para nós é impor-tante que o produtor veja o resultado da tecnologia apli-cada o mais próximo possível da sua propriedade. Assim podemos orientar e levar o que existe de melhor para a sua realidade. Os campos que preparamos com parcelas mos-

Roberto Gajardoni Carlos Henrique Arrabal Garcia

trando as diferentes tecno-logias e insumos sempre es-tão próximos de áreas onde elas são aplicadas em grande escala, facilitando a compa-ração pelos produtores”, ga-rante Gajardoni.

Ele aconselha todos os produtores a participarem destes encontros, sendo ou não parceiros da Agro100. Os eventos desta safra de ve-rão estão programados para

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Pioneiros

A família Goto trabalha unida,

como manda a tradição japonesa

A família Goto, parceira da Agro100 em Tamarana, tem uma bela história de trabalho e união. O patriarca do clã, Kitizo Goto, nascido na província japonesa de Yamagata,

em 1915, desembarcou com a família do sogro no Porto de Santos em 1935. Assim como a maioria dos imigrantes japoneses, chegou para cultivar a terra. Foi para São Joaquim da Barra-SP, para tra-balhar numa fazenda de café. Em 1936, mudou-se com a família para a Seção Roseira, no município paranaense de Assai, e mais tarde para a Seção Palmital. Trabalhador e empreendedor, plantou e colheu café, e administrou a serraria da família em Umuarama.

Em 1961, comprou a Fazenda Pacaembu, no então distrito londrinense de Tamarana, com 360 alqueires com 80 mil pés de café e plantação de arroz. Em Tamarana incou raízes, onde icou conhecido como “Candiró”. Faleceu em 2002. Seus descendentes vivem até hoje nas terras que ele escolheu para viver. Os dois ilhos, Luiz Kazuo Goto e Manoel Yoshio Goto e esposas, ilhos, noras e netos trabalham unidos, como manda a tradição japonesa.

Luiz Kazuo, casado com dona Tereza Kayoko Goto, tem dois ilhos, Roberto Eidi Goto e Sérgio Yudi Goto e sete netos. Manuel Yoshio Goto é casado com dona Emiko Olinda Goto e também tem dois ilhos, Marcos Leandro Yoshikazu Goto e Martha Lean-dha Yukiko Goto. Leandha é solteira e a única a viver fora da pro-priedade. Marcos é casado e tem dois ilhos.

Como manda a tradição japonesa, Luiz Kazuo, o ilho mais ve-lho, liderou o clã e foi o responsável pela administração dos negó-cios da família. Esta tradição é mantida pelos Goto. Hoje, Roberto Eidi Goto, o ilho mais velho dele, também assumiu a liderança da família quando completou 35 anos, em 1995. Fizeram uma festa, uma cerimônia para comemorar o fato, conforme a antiga tradi-ção japonesa.

Toda a família trabalha unida. Cada um tem a sua função. Mar-cos Yoshikazo Goto é responsável pela logística da fazenda, trans-portando insumos e a safra. Sérgio Yudi Goto ica com a condução das lavouras, do plantio à colheita. E Roberto Eidi Goto cuida da administração dos negócios, incluindo compra de insumos e co-mercialização da safra. Cada um tem o seu salário e os lucros são investidos na atividade ou divididos entre todos.

“Eles tomam as decisões do dia a dia. Eu e meu irmão só inter-ferimos nos assuntos mais complexos e delicados”, conta Manoel Yoshio Goto.

Conquistas com trabalhoLuiz Kazuo lembra que o pai, ele e o irmão Manoel trabalharam

muito. “Foram anos de dedicação e trabalho nas lavouras de café e arroz. Eu ainda estava para começar o ginásio quando vim para cá nas férias ajudar na colheita de café e nunca mais voltei para a escola. A gente contratava turmas de até 90 trabalhadores volan-tes (os chamados boias-frias) e aí não era só iscalizar o trabalho, a gente tinha que pegar na enxada e puxar o serviço. Tínhamos que dar o exemplo.”

Hoje, Luiz Kazuo preferiu a aposentadoria, gosta de viagens e fotograia. “A gente morre e não leva nada. O melhor é aproveitar a vida. Já trabalhei muito”, resume ele. Quanto ao sistema de ad-ministração da família ele é taxativo: “Neste mundo não se vive sozinho. A família unida tem mais força. Várias cabeças pensam melhor do que apenas uma. E quem comanda os negócios tem que entender que as pessoas são diferentes e isto tem que ser respeita-do”, conclui.

Já Manoel Yoshio prefere a política. Foi vereador nas três pri-meiras legislaturas do novo município de Tamarana, desmem-brado de Londrina em 1995. E, hoje, corre no dia a dia resol-vendo os problemas de estradas, pontes, construções, máquinas e caminhões como secretário municipal de obras. “Temos que fazer a nossa parte pela comunidade”, resume ele.

A família Goto planta 290 alqueires de soja, milho, trigo e aveia, altamente tecniicados, com altas produtividades e desti-nados à produção de sementes iscalizadas, o que agrega maior valor à produção. Cliente iel da Agro100, desde que a empre-sa foi fundada. Roberto Goto diz que a parceria é importante. “Não adianta icar pu-lando de galho em galho. O melhor é estabelecer com-promissos tanto do lado do pro-dutor como do lado da empresa e de seus técnicos. Você não pode ti-rar proveito num negócio e perder no outro. Tem que ser bom para os dois lados”, diz. Kitizo Goto “Candiró” e a esposa Yae Goto

Luiz Kazuo Goto e Manoel Yoshio Goto com ilhos, noras e netos

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Logística

Nutri Rico espera movimentar1 milhão de toneladas em 2013

Instalado em Rolândia, com capacidade de embarque de 600 toneladas/hora, o terminal consegue trabalhar com dois produtos ao mesmo tempo, pois conta com

duas moegas e fitas transportadoras independentes. Em 2012, a Nutri Rico movimentou 601.415 toneladas

em seu terminal, sendo 252.903 de milho, 221.164 de soja, 116.888 de açúcar e 11.205 de farelo. Foram transborda-dos 10.993 vagões, na média de 54 por dia. “Por esses nú-meros dá para ter uma dimensão do tamanho da empresa e o quanto ela comporta”, comenta Eduardo Rico, sócio diretor da Nutri Rico.

Ele explica que para o início deste ano foi feito um in-vestimento superior a R$ 7 milhões que vai ampliar a ca-pacidade de recepção e expedição dos produtos em 60%. Além disso, o terminal está atendendo 24 horas por dia, com a criação do terceiro turno. Por isso a estimativa é de que a movimentação de 2013 chegue a um milhão de toneladas.

Além da Nutri100, a Nutri Rico conta com uma sele-ta carteira de clientes exportadores multinacionais e tra-dings. Entre eles se destacam Bunge, Glencore, Cargill, Grupo André Maggi, Nidera e Copagri. A empresa conta também com uma parceira de renome, a ALL. “A maioria de nossos vagões é da ALL. É um parceiro que contribuiu sobremaneira no volume de exportação”, conclui Eduar-do Rico.

A Nutri Rico Transportes, empresa do Grupo Agro100 e Eduardo Rico, tem um dos terminais de

transbordo mais eicientes da região. No ano passado movimentou mais de 600 mil toneladas de

produtos e este ano espera movimentar mais de 1 milhão de toneladas de grãos, açúcar e farelos.

EstruturaO terminal de transbordo da Nutri Rico

está instalado numa área de 124 mil metros quadrados, contando com uma ampla área para estacionamento, apoio ao caminho-neiro, duas balanças rodoviárias e duas ba-lanças ferroviárias, duas caixas de expedi-ção, além de duas moegas com capacidade de 200 toneladas cada, contando com dois tombadores para bitrens. Tem apoio de 3 linhas na concepção de “Terminal Inteli-gente”, podendo comportar até 160 vagões.

Tem capacidade estática de armazena-gem de 18.000 toneladas em armazéns e 12.400 toneladas distribuídas em dois silos verticais totalizando 30.400 toneladas.

Terminal de Transbordo em Rolândia

Eduardo Rico, sócio diretor da Nutri Rico

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Tecnologia

A importância do enxofre na agricultura

“Zé Tripa” e a sua obra de arte

O enxofre (S) tem se destacado nos programas de aduba-ção das culturas pelo seu fundamental papel na síntese de outros elementos e pela sua função bioquímica no

metabolismo das plantas, resultando no aumento da produtivi-dade das lavouras. Devido aos baixos teores de matéria orgâni-ca e enxofre nos solos brasileiros, programas de adubações que incluem o enxofre têm apresentado grandes respostas das cul-turas e aumentos signiicativos de produtividade.

Por ser um elemento envolvido nos processos bioquímicos das plantas, o enxofre é requerido durante todo o ciclo das cul-turas. Contudo, sua forma sulfato (SO

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e perdida no solo, deixando a terra deiciente e afetando o bom desenvolvimento das culturas. Para se evitar este problema po-de-se aplicar o enxofre na sua forma elementar (So), no entan-to, como a planta somente absorve o SO

24, deve-se aplicar o en-

xofre em ambas as fórmulas: SO 24 para que a planta o utilize

imediatamente e So para que seja oxidado e disponibilizado ao longo do ciclo da cultura.

A grande novidade em tecnologia de fertilizantes é a li-nha Microessentials, da empresa Mosaic, que incorpora

O caminhãozinho do produtor José Federice Neto, uma cópia perfeita de um Mercedes 1113 trucado da fa-mília, é famoso. A miniatura é realmente uma obra

de arte.Conhecido como “Zé Tripa” - apelido que nunca lhe irritou e

que ele explica que o ganhou porque era muito magro -, seu hobby é fazer peças com madeira. Na sala da sua casa estão algumas ca-

as duas fontes de enxofre (sulfato e elementar) dentro de um mesmo grânulo, somando altas concentrações de ni-trogênio e fósforo. Os resultados de pesquisa e de campo têm mostrado alta eficiência na produção de grãos, geran-do economia na aplicação dos fertilizantes, com redução de doses e de paradas para reabastecimento de máquinas, além do melhor ajuste às janelas de plantio.

deiras que ele construiu. Mas sua obra mais importante é mesmo a miniatura do caminhão. Nessa “relíquia” ele gastou milhares de horas de folga em 20 anos para deixá-la pronta.

“Foi tudo medido no caminhão de verdade e reduzido em esca-la, para o caminhãozinho. Cada metro do original representa 8,8 centímetros na miniatura”, explica.

Tudo foi feito por ele, desde as pequenas peças como faróis, se-tas, fechaduras, retrovisores, volante, bancos, painel, limpadores de para-brisa, aos pequenos ganchos da carroceria, incluindo as 205 sacas de café para fazer a carga e uma pista de asfalto desenhada no papelão para colocar o caminhão na estrada.

“Este é único, nunca mais faço outro”, fala Zé Tripa, segurando o caminhão com o maior cuidado. Ele fez até uma plataforma para deixar a “obra de arte”. “O rodado tem rolamentos, desliza fácil e pode cair”, diz ele.

Parceiro da Agro100, José Federice Neto administra os negó-cios rurais da família do sogro, Antônio Favarão. Planta 290 al-queires de lavouras em Primeiro de Maio e Bela Vista do Paraíso. A família é pioneira no plantio de soja na região, tendo iniciado com a cultura em 1973.

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Controle de pragas

Muito cuidado com os percevejosSegundo as previsões meteorológicas, teremos uma sa-

fra de verão chuvosa até a colheita. Este excesso de chuvas diiculta o controle de pragas nas lavouras.

Uma das maiores preocupações com a soja é o ataque de percevejos.

O entomologista (especialista no estudo de insetos) e pes-quisador da Embrapa Soja, Samuel Roggia, explica que os percevejos podem estar na lavoura desde a fase inicial de de-senvolvimento das plantas, mas só irão causar algum dano a partir do início de formação das vagens. Portanto o con-trole deve ter início apenas quando aparecem as primeiras vagens. “Estudos recentes realizados no Estado do Paraná mostram que a aplicação de inseticidas antes do início do surgimento das vagens não traz benefícios para o manejo da praga”, ressalta.

O agricultor deve estar atento a sua lavoura, amostran-do o nível de pragas pelo menos uma vez por semana e re-gistrando os pontos com maior ataque de percevejos. “Em períodos prolongados de chuva o produtor deve reforçar o monitoramento, só assim ele terá elementos para a tomada de decisão sobre a necessidade e sobre o melhor momento de controle da praga”, explica.

Esse conhecimento da lavoura e localização dos focos de ataque é essencial, pois assim o produtor consegue deinir de forma precisa os locais prioritários a serem pulverizados. Roggia diz que “deinir os locais exatos é muito importan-te para o gerenciamento das aplicações, principalmente nos casos de diiculdade operacional de controle devido à chuva e outras eventualidades”.

Segundo ele, é de extrema importância o produtor saber que a pulverização preventiva não traz bons resultados. Ele explica que o uso racional de agrotóxicos para o manejo i-tossanitário é fundamental para reduzir riscos de ocorrên-cias de pragas secundárias, como algumas espécies de lagar-tas e ácaros.

O entomologista destaca que, para saber das necessidades

Samuel Roggia - pesquisador da Embrapa/Soja

de controle e o inseticida mais adequado para cada caso, é essencial procurar um engenheiro agrônomo, pois uma boa aplicação de produtos depende do momento adequado da pulverização, da dose e tecnologia de aplicação adequada. Normalmente para o controle de percevejos são utilizados inseticidas químicos do grupo dos neonicotinoides.

“Além do controle químico, existe a ação de uma vasta diversidade de inimigos naturais, predadores, parasitoides e patógenos, que causam mortalidade natural de ovos, ninfas e adultos de percevejos. Por esta razão, para o manejo de lagartas e outras pragas da soja, é importante usar insetici-das seletivos, a im de preservar esses inimigos naturais”, cita Roggia.

Sobre o processo de aplicação de inseticidas, o entomolo-gista diz que o momento correto é um dos principais fato-res para o sucesso. E para o produtor ter máxima eiciência de controle ele dá três dicas de quando o veneno deve ser aplicado:

1 - Quando for atingido o nível de controle de 2 perceve-jos por metro, na média de várias amostragens da lavoura, sendo amostrados pelo método do pano de batida;

2 - A partir do aparecimento das primeiras vagens; 3 - Para lavoura de produção de sementes, utilizar o nível

de 1 percevejo por metro. Essa amostragem pelo método pano de batida é essen-

cial para conhecer a real densidade populacional da praga. “Além disso, é importante lembrar que para determinar o ní-vel de controle é preciso quantiicar todos os adultos e ninfas de 3º-5º instar, pois as ninfas apresentam potencial de dano equivalente ao dos adultos”, explica.

Por conta disso, as pulverizações realizadas em conjunto com a pulverização de fungicidas nem sempre apresentam a máxima eiciência, pois não levam em conta o nível popula-cional de percevejo. “Pulverizações com densidade baixa de praga, ou, em outros casos, elevada, acarretam deiciência no controle, gerando o risco de perda de produtividade”, i-naliza o pesquisador.

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: J.J

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Colheita

O Brasil ainda perdemuito na colheita da soja

O Brasil perde aproximadamente 12,5% da soja produ-zida no País durante os processos de pré-colheita, co-lheita, transporte curto, padronização, armazenagem

e transporte longo. Considerando as previsões para a safra brasileira, isto representaria cerca de 10 milhões de toneladas de soja, segundo levantamento da Aprasoja - Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso.

No caso da soja, ica na lavoura nada mais, nada menos do que 4% da produção, em torno de 5 sacas por alqueire, consi-derando a produtividade média nacional de 121 sacas por al-queire. Esse prejuízo sai direto do bolso do produtor.

José Miguel Silveira, especialista na área de manejo de solo e da cultura da soja no Centro Nacional de Pesquisa de Soja da Embrapa Soja, diz que para minimizar a perda na colheita é necessário icar atento à lavoura do plantio à colheita.

“O produtor deve plantar estabelecendo a população cor-reta de plantas, considerando as recomendações dos técnicos de acordo com a cultivar e a época de plantio. As plantas com boa altura e uniformes facilitam o trabalho do equipamento colhedor e a sua manutenção durante o processo de recolhi-mento dos grãos”, alerta Silveira.

“Vagens com bom desenvolvimento dos grãos e lavouras limpas - sem ervas daninhas - também são fatores de redução de perdas por facilitar as regulagens dos mecanismos internos

da colheitadeira, proporcionando um produto inal de melhor qualidade”, continua ele.

De acordo com o pesquisador, se as perdas forem acima de 60 kg por hectare, é necessário parar a máquina e checar as regulagens, e se os ajustes feitos estão corretos para a cultu-ra da soja. “Com a colheitadeira em movimento, observar se a velocidade de deslocamento está entre 4 quilômetros e 6,5 quilômetros por hora, que representa um intervalo de traba-lho onde as perdas de grãos são mínimas.”

Silveira destaca que o produtor sempre conduz a lavoura de soja para uma máxima produção de grãos ao aplicar as técni-cas e recomendações existentes, o que torna o Brasil o principal produtor mundial. Mas, mesmo com as altas produtividades observadas, atualmente é importante fazer o monitoramen-to das perdas, seja através do copo medidor, da contagem de grãos, da pesagem ou de qualquer outro método.

Há um programa de redução das perdas de grãos na colheita de soja que foi criado na década de 80. “Este programa consis-te no monitoramento do processo de colheita mecanizada da soja, desde a fase de pré-colheita, a partir da maturação isio-lógica das plantas, até o descarregamento dos grãos/sementes nos caminhões ou caçambas graneleiras que irão transportar o produto colhido até os armazéns”, comenta Silveira.

O programa orienta os operadores de colheitadeiras quan-to às perdas de grãos que ocorrem durante a colheita nos vá-rios sistemas componentes da máquina: corte e alimentação, trilha, separação, limpeza, armazenamento e descarregamen-to. Tudo isso para que as perdas totais na lavoura não ultra-passem a uma saca por hectare, a metade do que se perde atualmente na média brasileira, segundo o levantamento da Aprosoja.

José Miguel Silveira, pesquisador da Embrapa/Soja

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: Sér

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Nossa gente

“Vestindo a camisa”

Wagner, do estoque à gerência

Ricardo, dois anos em Eldorado

Wagner de Lara Rego, gerente administrativo da ilial de Maringá, que fez sua carreira proissio-

nal na empresa, e Ricardo José Vain, gerente em Eldorado-MS, são os destaques entre os colabora-

dores pela dedicação e empenho no trato dos negócios da empresa e de nossos clientes.

Ricardo José Vain é um dos mais novos colaboradores do Grupo Agro100. Gerente comercial de vendas de Eldorado – MS, foi contratado há quase dois anos e

comenta que tem orgulho de trabalhar na empresa.A Agro100 já conquistou Ricardo, que explica, “trabalhar

nesta empresa é uma honra”. “Participar de um grupo que está sempre preocupado em trazer o bem-estar aos funcionários e principalmente aos seus clientes é realmente muito bom”, garante.

Ricardo é produtor rural no Mato Grosso do Sul e sem-pre foi cliente da empresa. Assim conheceu Roger Bolsoni, um dos sócios proprietários e responsável pelos negócios do Grupo Agro100 no Mato Grosso do Sul, que o convidou para fazer parte da equipe no início de 2011.

Com esse pouco tempo de Agro100 Ricardo já se destaca por “vestir a camisa”. “Trabalhando com compromisso, seriedade e dedicação você consegue mostrar aos outros que tem respeito ao que faz e também para com a empresa e nossos clientes”, diz.

Ricardo explica que se surpreende de forma positiva com a Agro100 desde que entrou. “Quando vim trabalhar, não sabia da

Foi esse o caminho percorrido por Wagner de Lara Rego, da ilial de Maringá. Com 11 anos de casa, o atual ge-rente administrativo começou a trabalhar em maio de

2001 no controle do estoque da empresa, passando pelo fatu-ramento e atendimento ao balcão. Seu crescimento dentro da empresa é visível. E tudo isso se deve ao comprometimento, responsabilidade e amor que Wagner tem com a Agro100.

Casado desde o final do ano passado, além de curtir a vida de recém-casado, tem outros motivos para comemo-rar, acabou de terminar sua segunda faculdade. Já formado

em Processos Gerenciais, com o apoio da Agro100, acaba de concluir mais um curso de nível superior, o de Adminis-tração. “Tenho muito carinho e apreço pela Agro100, tudo que sou profissionalmente hoje devo a ela”, diz Wagner.

Ele conta que quando entrou na Agro100 sabia do po-tencial da empresa e de como todos que trabalhavam ali eram unidos. “Pensei comigo: quero fazer parte dessa equi-pe. A partir daí o processo foi gradativo. Aos poucos fui tendo maiores responsabilidades, interagindo com a equi-pe, praticando a empatia e tentando do melhor modo en-tregar bons resultados para a empresa.”

O gerente explica que se sente parte da empresa e se diz orgulhoso ao ver como ela cresceu. Quando entrou, a Agro100 era pequena e, hoje, é destaque na área em que atua. Ele destaca que é emocionante saber que fez par-te dessa história de realizações e crescimento. “Trabalhar aqui é extremamente gratificante, a empresa é como se fos-se uma grande família para mim, me sinto em casa aqui dentro”, enfatiza.

Wagner lembra que no início os processos não eram in-formatizados, era tudo feito à mão. Já, hoje, tudo é pelo computador, o que colabora com a agilidade e rapidez dos processos. O gerente finaliza com um agradecimento à Agro100. “Agradeço à Agro100 por ter me dado essa opor-tunidade de trabalho e de poder fazer parte dessa equipe.”

dimensão em que o grupo atuava no agronegócio, e tenho mui-to orgulho de dizer que faço parte desse time vencedor”, inaliza.

Natural de Guaíra (PR) e casado há 16 anos e com uma ilha de 13, Ricardo se formou em Agronomia pela Faculdade de Pa-raguaçu Paulista em 1993, e é pós-graduado em Gestão de Agro-negócio pela Fundação Getúlio Vargas.

Seu primeiro trabalho foi numa empresa que atua na região de Guaíra, na qual passou 12 anos. Entrou como vendedor e foi promovido a gerente de ilial, sendo responsável por unidades de vendas e recebimento de grãos no Paraná e Mato Grosso do Sul.

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A Anpara (Associação Norte Paranaense de Revendedores Agroquímicos) fechou 2012 com

mais de 10 milhões de embalagens de agroquímicos recolhidas e destinadas à reciclagem.

Meio ambiente

Anpara comemora 10 milhões

de embalagens recolhidas e recicladas

Para comemorar esta marca histórica, a associação reuniu diretores e técnicos das empresas associadas, autoridades e produtores rurais da região numa festa no Empório Gui-

marães, em Londrina. O presidente da Anpara e um dos sócios proprietários do

Grupo Agro100, Walter Bussadori Junior, disse, durante as co-memorações, que esta marca de 10 milhões de embalagens reco-lhidas em 10 anos de atuação da entidade só foi possível porque os técnicos e, principalmente, os produtores rurais cumpriram a legislação governamental e entenderam a importância de se pre-servar o meio ambiente.

Fundada em 1999, a associação iniciou os trabalhos de recebi-mento, separação e destinação das embalagens na sua Central de Embalagens, instalada no Aterro Sanitário de Cambé em 2002. Desde então recebe cerca de 90 mil embalagens por mês, ou seja, mais de um milhão de materiais descartáveis por ano.

Segundo Irineu Zambaldi, diretor técnico da Anpara, a asso-ciação conta com a conscientização e responsabilidade dos mais de 500 técnicos e funcionários das mais de 50 empresas associa-das e mantenedoras da organização, orientando os produtores a lavarem e devolverem as embalagens.

Cerca de 93% das embalagens recolhidas são lavadas e enca-minhadas para a reciclagem e 7% são incineradas. Com a recicla-gem o material é transformado em novas embalagens, conduítes, tubos para redes de esgoto, caixas para acumuladores de energia (baterias) e outros produtos.

Walter Bussadori explica que os fabricantes de itossanitários ajudam nos custos de processamento e transporte, além de en-

caminhar para a reciclagem as embalagens lavadas e para a inci-neração as que não podem ser reaproveitadas. E o poder público licencia e iscaliza o sistema.

“Preservar o meio ambiente é uma responsabilidade de to-das as pessoas e principalmente dos envolvidos na cadeia pro-dutiva de alimentos. O setor agrícola luta a cada dia em busca da autossustentação. A Anpara trabalha junto aos comercian-tes de agroquímicos, orientando seus proprietários, técnicos e funcionários desde as normas para transporte e armazenamen-to dos agroquímicos até o recolhimento das embalagens junto aos produtores rurais. Com equipes itinerantes a Anpara reco-lhe as embalagens em pontos próximos aos produtores, e com funcionários treinados separa, armazena e dá destino às emba-lagens, formando uma rede com a participação e empenho de todos nós”, disse Bussadori.

Walter Bussadori, presidente da Anpara

Antônio Percinoto, Eloy Spagnolo, Walter Bussadori e Moacir Sgarioni

A promotora de defesa do meio ambiente, Solange Vicentin, com Sueli K. M. Pereira

Luiz Lucchesi, Irineu Zambaldi e Carlos Garcia

Diretores da Anpara comemorando os 10 milhões

de embalagens recolhidas

Antônio Luiz Giuliangeli e Eloy Spagnolo

O deputado Luiz E Cheida, Dionísio Grazziero e Henrique Masotini

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