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Publicaªo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Ano III Nœmero 9 dezembro/2006 Inovação em processo de seleção Diversidade marcou 14 o Siicusp 3 4 ESALQ é tombada pelo Condephaat 7 Pleito define novo diretor O novo diretor da ESALQ, para os prximos quatro anos, Ø Antonio Roque Dechen, professor do depar- tamento de CiŒncia do Solo. JosØ Roberto Postali Parra, do departa- mento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrcola, dirigiu a instituiªo no perodo de 17 de janeiro de 2003 a 16 de janeiro de 2007. Pag. 5

Ano III Ł Nœmero 9 Ł dezembro/2006 Pleito define novo diretor · Felicidades Prof. Roque e um feliz 2007 a todos os membros da comunidade esalqueana. C JosØ Roberto Post ali Parra

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Page 1: Ano III Ł Nœmero 9 Ł dezembro/2006 Pleito define novo diretor · Felicidades Prof. Roque e um feliz 2007 a todos os membros da comunidade esalqueana. C JosØ Roberto Post ali Parra

Publicação da Escola Superior de Agricultura �Luiz de Queiroz�

Ano III � Número 9 � dezembro/2006

Inovação em processo de seleção

Diversidade marcou 14o Siicusp

34

ESALQ é tombada pelo Condephaat7

Pleito define novo diretor

O novo diretor daESALQ, para os

próximos quatroanos, é AntonioRoque Dechen,

professor do depar-tamento de Ciência

do Solo. JoséRoberto Postali

Parra, do departa-mento de

Entomologia,Fitopatologia e

Zoologia Agrícola,dirigiu a instituição

no período de 17 dejaneiro de 2003 a 16

de janeiro de 2007.

Pag. 5

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“Seja atuante: reduza obstáculos, reutilize atitudes e recicle idéias”.

Publicação quadrimestral daEscola Superior de Agricultura

“Luiz de Queiroz”

Universidade de São PauloSuely Vilela

Reitora

Franco Maria LajoloVice-Reitor

Escola Superior de Agricultura�Luiz de Queiroz�

José Roberto Postali ParraDiretor

Raul Machado NetoVice-Diretor

Campus �Luiz de Queiroz�

José Otávio BritoPrefeito

Jornalista responsávelMarcelo Basso (MTb 26.977)

Redação e reportagemAlicia Nascimento Aguiar

Pauta e RevisãoCarmen M. S. F. Pilotto

Luciana Joia de LimaRoberto Antonio Zucchi

Projeto gráficoJosé Adilson Milanêz

FotografiaPaulo Airton Soares da Silva

ColaboraçãoAlessandra Lopes de Carvalho

Talles Matheus de Barros

Produção gráficaServiço de Produções Gráficas

Tiragem 2.500 exemplares

Assessoria de ComunicaçãoAv. Pádua Dias, 11 � Caixa Postal

913418-900 � Piracicaba, SP

[email protected]: (19) 3429.4485www.esalq.usp.br/acom

2 ESALQ notíciasNº.9

dezembro2006

Editorial

www.cecae.usp.br/recicla

hegamos ao final de 2006, coincidente com o término da gestão daatual diretoria da ESALQ. Escrevemos este Editorial com alegria, coma sensação do dever cumprido. Foram 4 anos de muito trabalho e dedi-cação às causas da ESALQ, hoje muito mais complexa e difícil de seradministrada em relação a alguns anos atrás. Mais complexa, não sópelo aumento de alunos, que atualmente chegam a 1.830 na graduaçãoe 1.100 na pós-gradua-ção, mas sobretudo pelas características domundo dinâmico em que vivemos, em que as cobranças são muito mai-ores e as mudanças, exigidas por todos, têm que ser muito mais rápi-das. Estas exigências atuais, dentro de uma Universidade tradicional,levam a conflitos inevitáveis. A ESALQ deixa de ser a bucólica EscolaAgrícola e se torna quase uma Universidade.

Os desafios foram muitos, talvez agravados, no período, pela pró-pria situação política do País e pela conjuntura mundial nos dois últi-mos anos, que levaram o Agronegócio, uma das molas propulsorasda nossa Escola, a uma situação bastante difícil.

Entretanto, a perfeita sintonia do diretor e do vice-diretor e a ajudado corpo docente, funcionários e discentes, permitiram que se atin-gissem muitos dos objetivos propostos no início da gestão.

Os problemas extra-acadêmicos (capivaras, carrapatos, greves, su-posta invasão do PCC, ciclone, etc.) foram, um a um, sendo enfrenta-dos e vencidos. E os acadêmicos (desde a manutenção de qualidadedos cursos mais antigos, até a consolidação dos novos cursos, com acriação de Coordenação por curso e discussões sobre reformascurriculares) foram exaustivamente abordados e, quando possível,equacionados.

Não poderia deixar de ser mencionada a grande visibilidade da ESALQno período, nacional e internacionalmente, especialmente com a cria-ção do Pólo Nacional de Biocombustíveis, que contribuiu também paratal internacionalização, com um grande número de Convênios assina-dos com universidades de todo o mundo. Foi um período em que pro-fessores da ESALQ ocuparam posições de destaque na USP e no país,contribuindo para tal visibilidade. O plano de Adequação Ambiental foium grande avanço da "Luiz de Queiroz" para atender às necessidadesdo mundo moderno.

As publicações, no período, como o ESALQ notícias, foram impor-tantes nesta divulgação. Ele chega ao seu 9º número, já com "cara"de informativo adulto. Mostra, como nos números anteriores, a pu-jança da nossa Escola, com premiações, novas construções e res-taurações, avanços tecnológicos, resgate de informações por pesso-as que foram importantes para a vida esalqueana e homenagens aprofessores já falecidos. O tombamento pelo Condephaat foi o ápicedo reconhecimento público da ESALQ como patrimônio histórico.

Em novembro, ocorreu a eleição da diretoria para o período 2007-2010. Foi uma eleição tranqüila, pautada pela troca de idéias, combase em discussões acadêmicas e que levaram à indicação do Prof.Antonio Roque Dechen pela Magnífica Reitora da Universidade deSão Paulo.

Chegamos ao final de mandato, sem termos feito tudo o que querí-amos, mas, com a certeza de termos feito tudo o que pudemos, sem-pre com muito trabalho, seriedade, honestidade e muita ética, ao ladode uma constante interação com a sociedade como um todo.

Felicidades Prof. Roque e um feliz 2007 a todos os membros dacomunidade esalqueana.

C

José Roberto Postali ParraDiretor

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ESALQ inova com processo deseleção à distância

Inovação Tecnológica

Apesar da característ icatradicio-nalista da ESALQ, o Pro-grama de Pós-Graduação (PPG)em Ento-mologia, um dos maisantigos da instituição, com maisde 38 anos de atuação, inovoucom um novo sistema de seleçãoà distância on-line, que proporcio-na aos candidatos a facilidade derealizar o exame para os cursos demestrado e doutorado nos locaisonde residem.

A primeira experiência de sele-ção à distância dos candidatos naEscola foi realizada no início desteano, no PPG em Solos e Nutriçãode Plantas, hoje aprimorada peloPPG em Entomologia no processode ingressos para 2007. Os exa-mes foram realizados em outubroe compostos por três partes (pro-va escrita, entrevista e análisecurricular).

A inovação aconteceu, principal-mente, na prova escrita que foi apli-cada via Internet, por meio de for-mulário eletrônico hospedado nosite da instituição. Foram avaliadoso conhecimento e a capacidadeanalítica dos concorrentes na áreade concentração em EntomologiaAgrícola.

No dia anterior à avaliação, oscandidatos receberam uma senhaindividual para acessar a página doformulário em horário determinadopara todos. A prova trazia instru-ções gerais seguidas das pergun-tas, que eram respondidas on-line,e as respostas ficavam armazena-das no servidor, sem possibilidadede acesso ou alteração posterior.

Outro facilitador aplicado no pro-cesso de seleção foi a entrevistarea-lizada, simultaneamente, comtrês professores pelo sistema deviva-voz. O terceiro critério de ava-liação foi o currículo do candidatoque tinha de estar cadastrado naplataforma Lattes do CNPq.

“Aqui na ESALQ, pensamosnum sistema para diminuir a difi-culdade encontrada por estudantesde outras regiões do País parav i rem pres ta r a p rova em

Candidatos prestaram exame em locais variados

“Novo sistema de seleção on-line proporcionafacilidade na realização de exames”

3ESALQ notíciasNº.9dezem-bro2006

Pi rac icaba” , i n fo rmou JoãoRoberto Spotti Lopes, professordo departamento de Entomologia,Fitopatologia e Zoologia Agrícola(LEF).

Esse novo sistema de seleçãode candidatos vem ao encontroda proposta da Capes (Coorde-nação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior) deavaliar os programas de pós-gra-duação também pelo quesito de“Inserção Social”, a qual inclui acolaboração e o intercâmbio cominstituições que ainda não apre-sentam programas consolidadosna área.

“Facilitando o acesso de inte-ressados de outras regiões doPaís ao exame de seleção esta-remos auxiliando nesse proces-so de integração, democratizan-do o conhecimento e aumentan-do a inserção do programa emnível nacional”, explica.

O exame à distância acusouuma abstenção menor do que aregistrada quando o candidatotinha de comparecer à Escolapara prestar a prova. “Com essainiciativa, atraímos estudantesde outras instituições, que tra-zem problemas característicos

de suas regiões de origem, fatosalutar para o desenvolvimentode novos estudos” , in formouLopes. A afirmativa foi ratificadapelo professor Álvaro Pires daSilva, presidente da Comissão dePós-Graduação da ESALQ e co-ordenador do PPG em Solos eNutrição de Plantas, que utilizouo sistema de seleção à distânciapela segunda vez este ano.

O programa, desenvolvido es-pecialmente para esse processoe criado pela analista de siste-mas Regina Célia B. de Moraes,funcio-nária do LEF, e pelo pro-gramador Fernando Vanderlei deAndrade, também permi t iu omonitoramento de cada um dosconcorrentes, registrando a horade início e término da prova,além do tempo gasto em cadaquestão.

“O candidato pode até fazeruma busca na Internet para ob-tenção de informações, enquan-to responde a prova on-line, masa capacidade de síntese e desen-voltura analítica nas respostas éo fator principal para a avalia-ção”, completa Lopes.

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Ensino

4 ESALQ notíciasNº.9

dezem-bro

2006

Diversidade de temas marcou14o Siicusp - Agropecuária

Além de alunos da ESALQ,o 14º Simpósio Internacionalde Iniciação Científica da Uni-versidade de São Paulo(Siicusp), que aconteceu nosdias 16 e 17 de novembro, naárea de Agropecuária, contoucom a participação de estu-dantes de outras unidades daUSP e de diversas institui-ções, inclusive do exterior. Apresença internacional ficoupor conta de uma comitivados EUA, representada pelacoordenadora do programade Iniciação Científica da Uni-versidade de Ohio, LindaHarlow, e mais cinco alunos.

O Siicusp divulga as atividades depesquisa realizadas por alunos envol-vidos com a iniciação científica, está-gios e programas especiais de treina-mento, bem como promove aintegração científica e cultural entrealunos e professores de diferentes ins-tituições. Nesta edição, o evento queenvolve quatro grandes áreas (Huma-nas e Humanidades, Engenharias eExatas, Biológicas e Agropecuária),apresentou mais de 4.500 trabalhos.

A abertura do Simpósio na ESALQ,que teve 735 trabalhos inscritos, con-tou com a presença das professorasMayana Zatz, pró-reitora de Pesquisada USP, e Maria Angélica Miglino, pre-sidente do Programa de IniciaçãoCien-tífica da USP, além de JoãoSteiner, diretor do Instituto de EstudosAvançados (IEA) da USP. “O Siicuspé o evento institucional mais importan-te da universidade”, disse Maria An-

O doutorando do programa depós-graduação em EconomiaAplicada, Vitor Augusto Ozaki, re-cebeu “Menção Honrosa” no Prê-mio Capes de Tese, na área deEconomia.

A tese “Métodos atuariaisaplicados à determinação dataxa de prêmio de contratos deseguro agrícola: um estudo decaso” teve como orientador oprofessor Ricardo Shirota, dodepartamento de Economia,Administ ração e Socio logia(LES).

Prêmio Capes

gélica. “A iniciação científica é o pri-meiro passo para que o aluno de gra-duação entre no mundo da pesquisa.Por meio do programa, o estudantepassa a ter contato com o universo dapesquisa”, completou Mayana.

“A Universidade de São Paulo ce-lebra o sucesso de seu Simpósio deIniciação Científica, como a maior mo-vimentação acadêmica da USP”, afir-mou Raul Machado Neto, presidenteda Comissão de Pesquisa da ESALQe membro da Comissão Organizadorado 14º Siicusp.

Os trabalhos de Agropecuária foramdivididos em nove subáreas: Econo-mia e Sociologia Rural, Produção Ve-getal, Ciências Florestais, Ciência eTecnologia Agroindustrial, Solos,Fitossanidade, Engenharia Rural, Ve-

Autoridadespresentes naabertura doevento

suco de laranja. Comparouo valor da caixa na Bolsa deNova Iorque, que é o maiordos últimos 16 anos, com opreço pago ao produtor. “In-felizmente, minha pesquisaaponta que o ganho do pro-dutor brasileiro ficou estag-nado, com os valores de doisanos atrás”, pondera.

Já Gabriel Moura Mas-carin, estudante do últimoano de Engenharia Agronô-mica da ESALQ, pesquisouo desenvolvimento de umproduto natural para o con-trole microbiano de insetos,por meio da produção de um

fungo patogênico.“Minha experiência visa selecionar

um produto natural e alternativo. Aoinvés de aplicar um defensivo quími-co, utilizamos o fungo para combatera praga”, explica.

Outro exemplo foi o trabalho de Má-rio Masaru Sakaguti, aluno de Ges-tão Ambiental da ESALQ, que inves-tigou o espaço que as revistas Veja,Isto é, Época, Caros Amigos e CartaCapital oferecem aos seus leitoressobre os temas ambientais. “Adoteia meto-dologia de análise do dis-curso para avaliar a quantidade equal idade dessas informações,nas quais identificamos pouco es-paço destinado aos temas e umdiscurso anti-ambientalista”, afir-ma.

ESALQ recebeu 735 traba-

Trabalhos de Iniciação Científica

terinária e Zoo-tecnia. O desta-que foi a diversi-dade de temas epesquisas.

A aluna de Jor-nalismo da Uni-mep e estagiáriado Cepea,Daiana Braga,estudou o merca-do mundial de

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Em Destaque

Processo eleitoral define novo diretorA eleição para a composição

da lista tríplice de nomes quepermite a escolha do novo diretorda ESALQ, aconteceu em 29 denovembro de 2006. José RobertoPostali Parra, permanece no car-go até 16 de janeiro de 2007.

Membros da Congregação edos Conselhos de Departamen-tos, totalizando 167 eleitores, si-nalizaram os nomes dos professo-res Antonio Roque Dechen,Ricardo Victória Filho e FábioPoggiani para a lista tríplice. Odocumento fo i submet ido àreitora da USP, professora SuelyVilela, para escolha do novo di-retor.

Antonio Roque Dechen rece-beu a confirmação de seu nomepela reitora e assumirá a direto-ria no início de 2007.

Engenheiro Agrônomo do Ano2006, pela Associação dos En-genheiros Agrônomos do Estadode São Paulo (AEASP), Dechenformou-se pela ESALQ em 1973.De 1975 a 1981, foi pesquisadorcientífico do Instituto Agronômi-co de Campinas (IAC). É profes-sor do departamento de Ciênciado Solo (LSO) desde 1981.

Na Escola ocupou posições dedestaque como a de vice-diretor dainstituição, presidente da Comis-são de Cultura e Extensão Univer-

5ESALQ notíciasNº.9dezem-bro2006

sitária, vice-presidente da Comis-são de Pós-Graduação, presiden-te da Comissão de Convênios,coordenador do programa dePós-Graduação em Fisiologia eBioquímica de Plantas e diretorda Es tação Exper imenta lAgrozootécnica Hilgard GeorginaVon Pritzelwitz. Foi também pre-sidente da Associação dos Ex-alunos da ESALQ (Adealq) nosperíodos de 1984/85, 1987/88 e1990/91.

Ao f ina l da ges tão , JoséRoberto Postali Parra comentou,com segurança, que os ganhos du-rante sua administração foram mai-ores do que osproblemas en-frentados. Eleatribui tudo issoà sin-tonia quehouve entre odiretor, o vice ea equipe de tra-balho.

Alguns des-taques dessepe-ríodo forama consolidaçãodos novos cur-sos de gradua-ção (Ciênciasdos Alimentos,

Em 22 de novembro de 2006, foi cele-brada a entronização do quadro do profes-sor Adolpho José Melfi na galeria de Reito-res da USP. Uma comitiva de professoresda ESALQ e do CENA prestigiou a home-nagem.

Na foto, da esquerda para a direita: JoséJairo de Sáles (prefeito do Campus da USPde São Carlos), Glaucius Oliva (diretor doInstituto de Física de São Carlos), JoséRoberto Postali Parra (diretor da ESALQ),Adolpho J. Melfi (agora também integranteda Galeria de Reitores), Suely Vilela (reitorada USP), José Otávio Brito (prefeito docampus “Luiz de Queiroz”), e os professo-res do CENA, Carlos Cerri, Reynaldo LuizVictória e Virgílio Franco do NascimentoFilho (diretor).

Ex-reitor é homenageado pela USPPleito foi marcado pela

tranquilidade

Gestão Parra 2003/2006

Prof. Melfi passa a integrar a Galeria de Reitores

Ciências Biológicas e Gestão Am-biental); a representatividade quea ESALQ conseguiu junto à Univer-sidade de São Paulo; a grande vi-sibilidade, nacional e internacional;a criação de veículos como VisãoAgrícola, ESALQ notícias e o pres-tígio da Scientia Agricola foram im-portantes nesse processo; ainternacio-nalização da instituiçãopor meio de convênios e participa-ções em congressos internacio-nais; a criação e o reconhecimen-to do Pó lo Nac io -na l deBiocombustíveis, colocando emevidência a energia limpa; e aESALQTec, que colocou a Escolalado a lado do setor produtivo.

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Painel

6 ESALQ notíciasNº.9

dezembro2006

O Programa de EducaçãoTutorial (PET) em BiotecnologiaAgrícola foi agraciado com o prêmiode melhor Projeto de Extensãodurante o 4º Encontro dos GruposPET da USP (Epetusp), realizadoem setembro de 2006, em RibeirãoPreto.

Grupo PET é premiado no EpetuspCom o tema “O compromisso

político e social do uspiano”, a quartaedição do Epetusp recebeu 19inscrições e o projeto vencedor,denominado “Biotecnologia naEscola”, foi aplicado na rede públicade ensino de Piracicaba.

Para celebrar a memória de duasgrandes personalidades de suahistória, a ESALQ promoveu home-nagens póstumas a doisexpressivos docentes quecontribuíram para oengrandecimento da Escola.

A Clínica Fitopatológica, dodepartamento de Entomologia,Fitopatologia e Zoologia Agrícola(LEF), recebeu o nome do professorHiroshi Kimati. Por iniciativa dodepartamento de Produção Vegetal(LPV), o Anfiteatro do Pavilhão deHorticultura passa a ser denominadoProfessor Salim Simão.

Homenagenspóstumas

O livro ‘Dinâmica da Água noSolo’, de Paulo Leonel Libardi,docente do departamento deCiências Exatas (LCE), recebeu osegundo lugar no 48º Prêmio Jabuti2006, na categoria Ciências Exatas,Tecnologia e Infor-mática. Oprofessor atua na área de Física eMeteorologia. O Jabuti é o maistradicional e importante prêmioconcedido pelo mercado editorial doBrasil.

Professorganha Jabuti

Durante o XXI CongressoBrasi leiro de Entomologia,real izado em Recife/PE, pelaSociedade Entomológica do Brasil(SEB), aconteceu a entrega doprêmio “Edi lson Bassol i deOliveira”, a mais renomadahomenagem dessa área científicano País.

O prêmio foi atribuído ao pro-fessor Sinval Silveira Neto, docenteaposentado do departamento deEntomologia, Fitopatologia e Zoolo-gia Agrícola (LEF). Outros trêsesal-queanos já foramcongratulados com esse prêmio,Francisco de Assis MenezesMariconi (1988), José Roberto

Docente éhomenageado

Professores Parra e Tavares com o Grupo PET BiotecnologiaAgrícola

O espetáculo teatral “OPescador de Lembranças”,montagem do Grupo de TeatroHádeuses, da ESALQ, ganhou oDestaque Especial por suaapresentação durante o I Festival deTeatro de Piracicaba(Pirateatrando), em 3 de novembrode 2006.

Hádeuses recebe prêmioO prêmio contemplou as carac-

terísticas e trabalho de extensãocultural realizado com a comunidadeinterna e externa. Por mérito, ogrupo foi convidado para abrir oFestival Nacional de Teatro dePiracicaba (Fentepira).

Cena da peça �O Pescador de Lembranças�

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ESALQ Hoje

7ESALQ notíciasNº.9dezem-bro2006

ESALQ é tombada pelo CondephaatA cerimônia que oficializou o tom-

bamento de parte do Campus “Luizde Queiroz”, onde fica a ESALQ, nodia 12 de dezembro de 2006, con-tou com a presença do governadordo Estado, Cláudio Lembo, do se-cretário estadual da Cultura, JoãoBatista de Andrade, e da reitora daUSP, Suely Vilela.

O Prédio Central e algumas edifi-cações do Campus foram enquadra-dos na categoria de bem cultural,histórico, arquitetônico e ambiental,pelo Conselho de Defesa doPatrimônio Histórico, Arqueológico,Artístico e Turístico do Estado deSão Paulo (Condephaat). “Tombarum bem como a ESALQ engrande-ce o rol dos bens protegidos peloCondephaat”, afirmou seu presiden-te, Carlos Alberto Dêgelo.

O pedido de tombamento foi feitoem 1983, pela ex-aluna da Escola,Argenide Ghini. “Após uma espera de23 anos, finalmente, consideramos aEscola patrimônio protegido pelo Es-tado”, afirmou o governador CláudioLembo. Já para João Batista deAndrade, Secretário Estadual daCultura “são obras imponentes, comoessa, que dão significado ao traba-

lho do Condephaat”.Apesar de possuir uma área de

3.825 hectares, apenas 771.723,60m2 do Campus foram tombados. Fo-ram incorporados ao processo oParque e parte da área edificada,como os pavilhões de Engenharia,de Química e de Horticultura, ebens agregados, como telas, retra-tos e bustos. “Com o tombamen-to, nossa responsabi l idade au-menta em relação à conservação”,

vinculado aos campos de café.“Com a nova condição adquirida, a

ESALQ terá mais facilidade em obterrecursos externos para projetos deconservação”, frisou a reitora da USP,Suely Vilela.

A partir de agora, não serão maispermitidas construções em determina-dos pontos do Parque. O processo de-finiu as áreas de expansão, onde pode-rão ser realizadas novas construções.

afirmou o diretor,José RobertoPostali Parra.

Também estãoprotegidos a anti-ga Usina Elétrica,o almoxarifado ea oficina, a antigacolônia (atual lan-chonete), as resi-dências próximasà alameda princi-pal, a ex-residên-cia dos diretores(atual Museu), osestábulos com asinstalações próxi-mas e o conjunto

Descerramento da placa de tombamento

Comportamentode Insetos

O departamento deEntomologia, Fitopatologia e Zoo-logia Agrícola (LEF) inaugurou, em9 de novembro de 2006, o Labo-ratório de Comportamento de In-setos. Orçado em R$ 250 mil, oprédio tem 180 m2 de construçãoe abriga salas de aula e laborató-rios com equipamentos de últimageração.

O estudo dos feromônios e dealeloquímicos será a base das aná-lises realizadas no local. “É impor-tante contar com esse laboratório,pois essa linha de pesquisa temcrescido no mundo todo e o Brasilé carente nesse setor”, comentaJosé Maurício Simões Bento, do-cente responsável pelo laboratório.Os recursos foram oferecidos pelaFuji Flavor Co. (Japão),Coopercitrus, Fundecitus, Fapesp epelo próprio departamento.

No segundo semestre de 2006,a Escola ganhou novos prédios erecuperou um de seus mais anti-gos patrimônios. Foi inaugurado,ainda, um laboratório de pesquisade Comportamento de Insetos(destaque ao lado) e um outro la-boratório com entreposto de resí-duos, para o Programa de Ge-renciamento de Resíduos Quími-cos.

Além disso, o Pavilhão NicolauAthanassof (1918), do departamen-to de Zootecnia (LZT), sofreu am-pla restauração, porém suas carac-terísticas foram mantidas. Com areforma, o prédio ganhou novo an-fiteatro, e agora conta com duassalas de aulas, uma de 120 e outrade 90 lugares.

O edifício que já abrigou a Bibli-oteca Central e os serviços de Gra-duação e de Pós-graduação tam-bém foi reformado. O local passa aser ocupado pelo serviço de Cultu-ra e Extensão Universitária, as se-ções de Atividades Culturais e de

Apoio à Pesquisa/Bolsas e Estági-os, a Agência USP de Inovação, aCasa do Produtor Rural, o PóloNacional de Biocombustíveis e arevista Scientia Agricola. No piso in-ferior fica o almoxarifado da Esco-la.

As duas salas situadas atrás doSalão Nobre, no Edifício Central,também foram reformadas: a doConselho Técnico Administrativo(CTA) teve o carpete trocado e foipintada e, a sala ao lado do CTAabriga um auditório de vídeo-con-ferência modulado oferecendo oitodisposições diferentes, conforme onúmero de pessoas presentes emcada evento.

Numa iniciativa da Pró-Reitoriade Graduação da USP, as duassalas pró-aluno, do Centro deInformática do Campus (Ciagri),foram modernizadas e cadauma delas ganhou 15 novoscomputadores com monitoresLCD.

ESALQ ganha novos prédios

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Quadro da Diretoria

Projeto Memória

8 ESALQ notíciasNº.9

dezem-bro

2006

Pintado em 1916, por Oscar Pe-reira da Silva (1865-1939), o quadro“A colheita e o beneficiamento de al-godão” encontra-se na diretoria daESALQ. Feita em óleo sobre tela(217x290 cm), apresenta a cadeia doprocesso produtivo.

A obra retrata a deusa Ceres comuma estola, segurando um ramo dealgodão, diante da máquina de fiar,transferindo os fios para os carretéis.Ao fundo, à direita, encontra-se a fá-brica, e à esquerda os campos de al-godão. Em primeiro plano, estão osfardos sendo encaminhados ao por-to.

Representante da escola de pin-tura acadêmica realista, o artista re-tratou a deusa com seis dedos no pédireito, para diferenciá-la dos mortaise identificar sua divindade.

porque é uma profissão dura, masela reserva oportunidades que eunão vejo em outras áreas profissio-nais”. Dessa forma é que o catedrá-tico da ESALQ, Guido Ranzani, fazum balanço de seus muitos anos detrabalho. Ele acredita que todos osprofissionais devem, pelo menosuma vez, visitar um outro país parater um termo de comparação. “Eufiz isso na minha vida e os meus co-legas costumam dizer que eu co-nheço o Brasil andando”.

Nascido em 1915, Ranzani é na-tural de Serra Azul (SP), mas foi cri-ado em Santa Rosa do Viterbo (SP),de onde saiu para tentar uma vagana Politécnica (USP). Não conse-guindo, voltou à sua terra, trabalhouna serraria do pai até que um pa-rente sugerisse que ele viesse fa-zer o curso de Engenharia Agronô-mica em Piracicaba. “Eu vim e quemme recebeu foi o professor José deMello Moraes, diretor da instituiçãona época. Fiz o coleginho em doisanos e entrei na Agronomia, em1938”.

Formado em 1941, recorda-secom entusiasmo da época de facul-dade. “Minha turma tinha verdadei-ra adoração pela Escola. Havia re-almente motivo para ter muito orgu-lho, não apenas pela qualidade deprofessores que nós tínhamos, masporque possuíamos os melhoresatletas disputando campeonatos devôlei, futebol, remo e outros. Ganha-mos uma partida de futebol do XVde Novembro de Piracicaba e fomoscarregados até a Praça JoséBonifácio”.

Walter Radamés Accorsi, NicolauAthanassof, Salvador de ToledoPiza Junior, Fr iedr ich GustavBrieger, José de Mello Moraes fo-ram alguns dos professores de suaturma. Foi a época em que se inici-

"O agrônomo empobrece sorrindo...

Prof. Guido Ranzani

aram os estudos sobre Genética. “Oprofessor Toledo Piza dava a enten-der que o gene não existia, ao pas-so que Brieger confirmava sua exis-tência e nós, estudantes, colocáva-mos um contra o outro, mas eles nun-ca entraram na briga”, relembra o pro-fessor.

Santa Rosa, como era seu apeli-do, iniciou suas atividades profissio-nais na ESALQ como segundo as-sistente da Cadeira de Química Agrí-cola, em 1944. Dois meses depoisjá era o primeiro assistente da mes-ma cadeira. Foi substituto do profes-sor Tufi Coury, como assistente deQuímica Agrícola, em 1956 e, nomesmo ano obteve o título de livredocência em Agricultura Geral. Noano seguinte, tornou-se professorcatedrático da 13ª Cadeira de Agri-cultura Geral.

Ainda na Escola foi responsável

pela criação e direção do Centro deEstudos de Solos da ESALQ (1965a 1973). Os modelos para análisedos solos foram trazidos por ele, dosEUA. Esse Centro tornou-se, então,sede do projeto para caracterizaçãodos solos dos países sul-america-nos. Colômbia, Equador, Peru, Chi-le, Bolívia e Paraguai foram percor-ridos por uma equipe de pesquisa-dores para que os estudos pudes-sem ser desenvolvidos.

Aposentou-se em 1977, mas nãoparou por aí. No período de 1981 a2002, foi chefe do departamento deCiências Agronômicas do InstitutoNacional de Pesquisa da Amazônia(INPA). Foi assessor do InstitutoInteramericano de Ciências Agrári-as (IICA). Na Embrapa foi consul-tor, além de chefe do Centro de Pes-quisa Agropecuária dos Cerrados.Na Universidade do Tocantins foiprofessor visitante e consultor daFundação daquela universidade.

Aos 91 anos, o professor que jáviajou por este mundão afora parti-cipando de congressos, seminários,cursos e realizando pesquisas, con-tinua sorrindo com a profissão. Eleestá elaborando um projeto, junta-mente com outros três profissionais,para acabar com a devastação daFloresta Amazônica. O projeto giraem torno da criação de núcleos pro-dutivos, os quais extrairão de terrasférteis mudas destinadas a cosmé-t icos ou fármacos para seremreplan-tadas em áreas devastadas.

O incansável Guido nos deixa umalição: quem souber classificar umsolo, saberá conservá-lo. É precisoconhecer a história, saber qual a ro-cha que deu origem a este solo e quetipos de transformações foram obser-vadas nessa paisagem. “Quando ini-ciei minha carreira, a análise era fei-ta ‘de ouvido’ “, finaliza risonho...

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