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02 JUNHO 2011 Edição n.º 95 - Ano I QUINTA-FEIRA Diário Electrónico de Informação Geral Horizonte Ano dedicado a Samora Machel país 3 4 economia Internacional ESTRADAS Obras de reabilitação iniciam na Zambézia 5 6 especial PÚBLICOS/ PRIVADAS Brasil vai contribuir para projectos de parcerias LOBBY NAS CANDIDATURAS Patrocinadores preocupados com escândalos na Fifa Director Editorial: Paulo Deves GERAL: Cel: 827256216 / 823055535 - PUBLICIDADE: 840135802 - Email: [email protected] - Av. Eduardo Mondlane, n.º 1928 - 3.º - MAPUTO N.º Registo: 08/GABINFO - dec/2010 PARA 2012 Parceiros garantem financiamento ao Orçamento APOIO MACRO-ECONÓMICO KFW FIN KFW FIN KFW FIN KFW FIN KFW FINANCIA O P ANCIA O P ANCIA O P ANCIA O P ANCIA O PAÍS COM MAIS AÍS COM MAIS AÍS COM MAIS AÍS COM MAIS AÍS COM MAIS DE 15 MILHÕES DE EUR DE 15 MILHÕES DE EUR DE 15 MILHÕES DE EUR DE 15 MILHÕES DE EUR DE 15 MILHÕES DE EUROS OS OS OS OS

Ano JUNHO Horizonte 02 - macua.blogs.com · Trata-se do 5º financiamento concedido pelo Governo alemão ... quinas envolvidas nos trabalhos o que prenuncia a aposta do ... Junho

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02J U N H O

2011Edição n.º 95 - Ano I

Q U I N T A - F E I R A Diário Electrónicode Informação Geral

HorizonteAno

dedicadoa Samora

Machel

país3 4economia InternacionalESTRADAS

Obras dereabilitação iniciam

na Zambézia

5 6especialPÚBLICOS/PRIVADAS

Brasil vai contribuirpara projectos

de parcerias

LOBBY NASCANDIDATURAS

Patrocinadorespreocupados

com escândalosna Fifa

Director Editorial: Paulo DevesGERAL: Cel: 827256216 / 823055535 - PUBLICIDADE: 840135802 - Email: [email protected] - Av. Eduardo Mondlane, n.º 1928 - 3.º - MAPUTO

N.º Registo: 08/GABINFO - dec/2010

PARA 2012

Parceiros garantemfinanciamento

ao Orçamento

APOIO MACRO-ECONÓMICO

KFW FINKFW FINKFW FINKFW FINKFW FINANCIA O PANCIA O PANCIA O PANCIA O PANCIA O PAÍS COM MAISAÍS COM MAISAÍS COM MAISAÍS COM MAISAÍS COM MAIS DE 15 MILHÕES DE EUR DE 15 MILHÕES DE EUR DE 15 MILHÕES DE EUR DE 15 MILHÕES DE EUR DE 15 MILHÕES DE EUROSOSOSOSOS

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destaque

25Horizonte

FICHATÉCNICA

Propriedade e Direcção: Paulo DevesChefe de Redacção: Paulo Pires TeixeiraColaboradores: Américo Tavares, António Mavila,António do Rosário (Nampula), Celestino Mabote,David Muthembu, Euclides Mahumane, FranciscoTimbane e Teodoro Balate.Grafismo e Paginação: Edições Fórum MacuaMarketing e Publicidade: Susana DiasContactos: Cel: 827256216 / 823055535

APOIO MACRO-ECONÓMICO

KFW financia o país com maisde 15 milhões de euros

Paulo Deves

MAPUTO – Quinze milhões e quinhentos mil euros é omontante que o Governo alemão vai disponibilizar,através do Banco de Desenvolvimento (KFW),instituição financeira pertencente ao Executivogermânico. Este valor é referente à participação daRepública Federal da Alemanha no Programa Conjuntode Apoio Macro-económico.

Para o efeito, o Banco de Moçambique, representado pelogovernador, Ernesto Gouveia Gove e o director do KFW emMoçambique, Ralf Orlik, em representação do Governo alemão,rubricaram ontem na capital do país o respectivo contrato definanciamento.

Do valor anunciado, cerca de treze milhões de euros destinam-se à contribuição directa ao Orçamento do Estado e dois milhõese quinhentos mil euros a outras áreas prioritárias de cooperação,designadamente o Tribunal Administrativo em oitocentos mil eurose o remanescente um milhão e setecentos mil euros para aAutoridade Tributária.

O financiamento alemão enquadra-se no âmbito das reco-mendações e compromissos assumidos entre o Governomoçambicano e os 19 parceiros de cooperação (G-19), cujo omemorando foi assinado em Setembro de 2009.

Trata-se do 5º financiamento concedido pelo Governo alemãono âmbito do Programa Conjunto de Apoio Macro-económico, eenquadra-se na estratégia da cooperação Moçambique-Alemaha,definida entre os governos dos dois países, que estabeleceprioridades a Educação, a Descentralização para o Desen-volvimento Rural e o Desenvolvimento Económico Sustentável.

Referindo-se à assinatura do contrato, o governador do Bancode Moçambique, Ernesto Gove, disse que o acto acontece umdia depois de o Governo e os parceiros de cooperação financeirainternacional integrantes do G-19 terem publicamente anunciadoo envelope financeiro preliminar de apoio ao Orçamento do estadoe a sectores específicos.

De acordo com Gove, os resultados positivos que o Governotem alcançado na gestão macro-económica, incluindo corajosasreformas sectoriais visando melhorar o ambiente de negóciosnum contexto de imensas adversidades decorrentes das crisesfinanceira e económica mundiais, têm granjeado simpatia ereconhecimento internacional, daí o contínuo apoio dos parceirosque não têm assumido apenas a forma financeira, como tambéma capacitação institucional, através de programas de assistênciatécnica e outras formas de transferência de conhecimentos.

Moçambique espera obter ajuda financeira dos países queintegram o G-19 que ultrapasse, em 2012, os montantes previstospara o corrente ano.

Esta tendência reveladora de confiança segundo o governadordo Banco Central, constitui importante sinalizador para o inves-tidor privado que tem tomado Moçambique como destinoprivilegiado para a realização de investimentos de médio e longo

prazo, dada a estabilidade política e macro-económica quecaracteriza, bem assim o seu potencial económico justificadopela excelente localização geográfica, existência de abundantesrecursos naturais e uma população jovem capaz e susceptívelde oferecer uma mão-de-obra de qualidade e a custo baixo.

A cooperação alemã em Moçambique, para além do apoio aoOrçamento do Estado, desenrola-se em outras áreas, nomea-damente o sector financeiro e a assistência técnica. No sistemafinanceiro, merece realce o apoio na criação e funcionamento doGAPI, da Socremo e do Banco Terra, instituições viradas apequenas e médias empresas.

O Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gouveia Gove e o directordo KFW em Moçambique, Ralf Orlik, em representação do Governo alemão,rubricaram ontem na capital do país um contrato de financiamento

325Horizonte02.JUNHO.2011

economiaPARA 2012

Parceiros garantemfinanciamentoao OrçamentoMAPUTO – O Governo moçambicano recebeu estasemana garantias dos parceiros de cooperação depoderem financiar em 688,6 milhões de dólares norte-americanos o Orçamento de Estado para o próximo anopara a execução das actividades económicas e sociaisdo país.

O compromisso dos Parceiros do Apoio Programático (PAPs)para o apoio geral ao Orçamento de 2012 é de 379 milhões dedólares, enquanto que para o Apoio Programático Sectorial ocompromisso de desembolso é de 309.5 milhões de dólares,totalizando 688,6 milhões em apoio programático, valor quepoderá fixar-se em 769 milhões de dólares, uma vez que algunspaíses do grupo de parceiros aguardam decisão dos seusgovernos.

A maioria dos membros do G19, mantém os seus compro-missos de apoio no mesmo nível que em 2011. Contudo, con-forme disse o ministro das Finanças, Manuel Chang, na con-ferência de Imprensa convocada a-propósito, o Apoio Progra-mático Sectorial teve um aumento no valor acima de 45 milhõesde dólares, ou seja, um crescimento em cerca de 17 por cento.

Estes fundos segundo o ministro, visam apoiar o desenvol-vimento do país através da implementação do plano do Governopara a redução da pobreza, com maior enfoque para a agricultura,criação de emprego, desenvolvimento humano e social, melhoriado ambiente de negócios e boa governação económica e política.

No que se refere às cartas de compromisso esta semanaentregues ao Executivo, Chang disse já ser possível iniciar aprogramação orçamental de 2012 dentro da normalidade e datranquilidade que tem que ser adicionada aos valores anunciados,através da arrecadação de receita interna, para que sejamcobertas as principais despesas do Estado, na linha da indicaçãodo Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP).

Por seu turno, o Alto-Comissário do Reino Unido, Shaun Cleary,em representação do G19, disse que o interesse da parceriacom o Governo moçambicano é de atingir resultados tangíveis,os quais devem traduzir-se no desenvolvimento do país.

Afirmou que já foram registados avanços, mas o Governoprecisa de trazer mais resultados de forma rápida. “É para issoque tem o nosso apoio”, disse a finalizar.

FALTA DE MERCADO PARA JATROPHA

Produtores lamentaminvestimento realizado

NAMPULA - A população da localidade de Riane, no distrito deRibáuè, em Nampula, confronta-se com a falta de mercado paraa colocação da cultura da jatropha, preocupação colocada aoPresidente da República, Armando Guebuza, de vista de trabalhoàquele ponto do país.

Trata-se de quantidades industriais daquela cultura, queactualmente se encontram em armazéns familiares. Comoconsequência disso está o problema da recuperação do dinheirogasto com uma produção que hoje não sabem a quem vendê-la.

“É muita jatropha Senhor Presidente. Devido à falta de mercadoos nossos filhos de vez em quando retiram a semente para usá-la como tiros para as suas fisgas, daí que solicitamos a suaintervenção para a solução do problema” - suplicaram oscamponeses de Riane.

Ainda naquela localidade, os camponeses envolvidos naprodução de tabaco denunciaram ao Chefe do Estado aquilo aque chamaram de falta de honestidade da empresa Sonil,envolvida no fomento do produto. Acusaram aquela empresa defalsificar a qualidade de tabaco em épocas de comercialização,o mesmo acontecendo com relação às quantidades.

Tal situação, segundo disse o camponês Celestino Pascoalno decurso do comício popular em Riane, a Sonil está a perpetuaros níveis de pobreza no seio dos produtores daquela cultura.“Pedimos para que o Governo retire esta empresaimediatamente”, exigiram. Respondendo às inquietações dosprodutores, começando pela questão relativa à falta de mercadopara a jatropha, o Presidente pediu a paciência dos produtores,assegurado ao mesmo tempo que aquela cultura terá colocação.Redacção

NA BÉLGICA

Grupo ACP e UEdebatem parceria

O Secretário de Estado das Relações Exteriores, ManuelAugusto, participou, esta semana, em Bruxelas (Bélgica), na trocade pontos de vista sobre o estado das negociações sobre osAcordos de Parceria Económica entre os Estados do Grupo dosPaíses da África, Caraíbas e Pacifico (ACP) e União Europeia(UE).

Os lideres dos Estados ACP e UE discutiram questõesrelacionadas com a migração e o progresso no diálogo sobremigração ACP-UE, tendo acordado alcançarem resultadosconcretos para reforçar a cooperação nas áreas dos vistos etransferências de fundos dos emigrantes.

O Concelho de Ministros dos países ACP-UE, decidiuigualmente usar um procedimento mais flexível afim de adoptara decisão sobre o possível pedido do Sudão do Sul em acederao acordo de parceria, logo que se tornar um Estado indepen-dente.

O Concelho de Ministros ACP-UE é o principal órgão de decisãodo Acordo de Parceria ACP – UE, assinado em 2000 em Cotonoue revisto em 2010 pela segunda vez. Redacção

Layout’s epaginação de

jornais e revistas

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4 25Horizonte02.JUNHO.2011

país

QUELIMANE - A reabilitação do troço da EstradaNacional Número Um (EN1), ligando os postosadministrativos de Mugeba, em Mocuba e Nampevo, noIle, província central da Zambézia, deverá estarconcluída até Maio de 2012.

A reabilitação da ligação Mugeba-Nampevo decorre emsimultâneo com a da EN 11/321, que numa extensão de 192quilómetros liga a vila de Mocuba a de Milange. Contrariamente aprimeira estrada de acordo com o comunicado de imprensa daAdministração Nacional de Estradas (ANE), o prazo da execuçãodos trabalhos da segunda estrada, que iniciaram igualmente emNovembro, é de 30 meses, pelo que se vão estender até finaisde Abril de 2013.

Construção de desviosAs duas obras segundo a fonte foram adjudicadas à Mota-Engil,

uma empresa portuguesa, no valor de cerca de 74 milhões equatrocentos mil euros, financiados pela União Europeia.

O documento refere que já há um intenso movimento de má-quinas envolvidas nos trabalhos o que prenuncia a aposta doempreiteiro em entregar as duas obras dentro dos prazos .

Os trabalhos estão ainda concentrados na desmatação,

abertura dos desvios, verificação das saibreiras existentes nasimediações das duas estradas no sentido de se apurar até queponto possuem solos qualificados para a obra e levantamento epagamento das compensações à população com infra-estruturasna área abrangida pela obra.

Na ligação Mocuba-Nampevo, os preparativos da asfaltagemda estrada incluíram também a desminagem das zonas para asquais o tráfego de viaturas, que passam por aquele troço da N1,terá que ser orientado durante a reabilitação.

Ainda na Zambézia, arrancaram os trabalhos de asfaltagemdos 35 quilómetros na N103 que ligam Gurué e Magige, orçadosem 354 milhões de meticais. A obra deverá ser concluída atéJunho do próximo ano.

Tanto uma, como as outras duas estradas são apontadas comoimportantes para o desenvolvimento da província da Zambézia,na medida em que a N 11/321 e a N103 facilitarão o escoamentoda produção agrícola, enquanto que Mocuba-Nampevo acabarácom o martírio no trânsito pela província aos que circulam pelaN1. Redacção

ESTRADAS

Obras de reabilitação iniciam na Zambézia

5255Horizonte02.JUNHO.2011

especialLOBBY NAS CANDIDATURAS

Patrocinadores preocupadoscom escândalos na FifaEmpresas patrocinadoras dos eventos da Fifaexpressaram nesta semana preocupação com os danosde imagem provocados pelas acusações de corrupçãona organização que controla o futebol mundial.

A Coca-Cola e a Adidas, dois dos principais patrocinadores daFifa, manifestaram publicamente o descontentamento com oescândalo em curso na entidade. Outros patrocinadores, comoVisa e Emirates, têm procurado se manter à distância dapolémica.

O presidente da Fifa, Josseph Blatter, negou nesta segunda-feira que a Fifa esteja em crise e disse que o desporto é queatravessa apenas “certas dificuldades”.

“A Adidas será um patrocinador da Copa do Mundo de 2014no Brasil. Dito isso, a tendência negativa do debate público sobrea Fifa neste momento não é boa nem para o futebol nem para aFifa e seus parceiros”, afirmou a empresa num comunicado.

A Coca-Cola, por sua vez, afirmou por meio do seu porta-vozque “as acusações sendo levantadas actualmente sãopreocupantes e ruins para o desporto”.

“Esperamos que a Fifa resolva essa situação de uma maneirarápida e completa”, afirmou o porta-voz.

Irregularidades nas eleiçõesO presidente da FIFA, Josseph Blatter negou que as can-

didaturas para acolher as Copas de 2022 ou 2018 tenham sidoirregulares o que não poderia concorrer para o adiamento daseleições para a Presidência da Fifa, por causa das alegações.

A conferência de imprensa ocorreu poucas horas depois deJack Warner, vice-presidente da Fifa, suspenso no últimodomingo, ter divulgado um e-mail que supostamente sugeririaque o Catar teria “comprado” o direito de acolher a Copa de 2022.

As acusações foram negadas tanto pelos responsáveis pelacandidatura do Catar, como pelo presidente da ConfederaçãoAsiática, Mohamed Bin Hammam, também suspenso nodomingo, e pelo secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, que teriaenviado o e-mail.

ELEIÇÃOBlatter reeleito entre protestos

O suíço Josseph Blatter, candidato único à presidência da FIFA,foi ontem reeleito presidente do organismo que rege o futebolmundial, num ambiente crescente de contestação entre váriasfederações internacionais.

Com Mohammed Bin Ham-mam fora da corrida – o presi-dente da confederação asiá-tica retirou-se após ter sidosuspenso pela FIFA na se-quência de um inquérito porsuspeita de fraude no pro-cesso eleitoral – Blatter tinhacontinuidade assegurada napresidência da FIFA.

Além da contestação daconfederação asiática, Blatterestá ainda a ser contestadopelas federações de Austrália,Inglaterra e Escócia, que per-deram as organizações dosMundiais de 2018, para aRússia, e 2022, para o Catar.

O organismo inglês chegoumesmo a pedir o adiamentodas eleições de modo a quese encontrasse um candidatomais consensual, propostarecusada através de votação.

Entretanto, a federação ale-mã também sugeriu que sefizesse uma revisão do pro-cesso de atribuição do Mundialde 2022 ao Catar, devido àssuspeitas de corrupção.

Última página 25HorizonteINTERNACIONAL

02/06/2011

25HorizonteTABELA DE SUBSCRIÇÃO

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PÚBLICOS/PRIVADAS

Brasil vai contribuirpara projectosde parcerias

O presidente da Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (Aebran), Alberto Esper, garantiu, nestasemana em Luanda, o empenho do seu país para a viabilidadede projectos de Parcerias Públicos Privadas (PPP) em Angola.

Segundo Alberto Ester, a classe empresarial brasileira trazalguma experiência neste modelo de PPP e de cada sectorespecífico que no Brasil está um pouco mais adiante e é umaprática há mais tempo.

“O modelo da parceria que pretendemos com Angola é deviabilizar a execução dos serviços” afirmou , acrescentando queos empresários brasileiros vão contribuir com a sua experiênciae modelo de PPP, aliada à capacidade técnica de gestão dosprojectos específicos.

Sublinhou que uma das características mais relevantes naparceria com Angola é que o Brasil é um dos países que vemalcançando melhores níveis de desenvolvimento social,económico e de qualificações técnicas, mas é um país que vemde dificuldades muitas vezes semelhantes às de Angola.

O presidente da Aebran disse que a classe empresarial doseu país tem conhecimentos de algumas soluções para amelhoria dos serviços prestados à população, porque ainda háno Brasil algumas regiões com dificuldades idênticas ou pioresàs de Angola, por isto, podem de facto contribuir e colocar-se àdisposição de parceiros angolanos.

Questionado sobre os sectores em que pretendem investir,Alberto Ester que falava no Fórum sobre PPP, no qual partici-param empresários brasileiros e angolanos, afirmou que as áreasprioritárias para o governo, com construção de infra-estruturas,energia, água, saúde e saneamentos básico, são também paraos investidores brasileiros.

O fórum foi organizado pela Erbran com o objectivo de escla-recer, discutir e dar a conhecer aos participantes os mecanismodas PPP em Angola.

O evento teve com palestrantes o director do Gabinete Técnicode Apoio às PPP do Ministério da Economia, a embaixadora doBrasil em Angola, Ana Cabral Petersen e o representante doBanco do Brasil, Orlando Pereira. Angolapress

DO BPN EM PORTUGAL

Privatizaçãointeressa anove bancos

Diversos empresários do ramo financeiro, nomeadamente osespanhóis do BBVA, os ingleses do Barclays, o BIC Angola, oBanco do Brasil, o Montepio e o fundo Permira, são alguns dospotenciais compradores que mostraram o interesse em ver oBPN privatizado.

Já há nove instituições financeiras interessadas em negociara compra do BPN, nas novas condições definidas pelomemorando da ‘troika’. Isto é, sem preço mínimo e limpo deimparidades. São eles o espanhol BBVA, o BIC Angola, o britânicoBarclays Bank, o Montepio Geral, o Banco do Brasil e ainda fundosde investimento estrangeiros com robustez financeira. Entre asinstituições candidatas à futura aquisição do BPN, está o Fundode Private Equity Permira. Trata-se de um fundo europeu criadoa partir de fundos de pensões e de outras instituições que fazeminvestimentos de médio/longo prazo.

Os ‘advisers’ financeiros da operação, do lado dos vendedores(Estado) são, tal como já noticiado, o Deutsche Bank e a CaixaBI, sendo portanto estes bancos que estão a recolher asmanifestações de interesse no BPN.

Caixa Geral de Depósitos lideraprocesso de venda do BPN

A caixa Geral de Depósitos (CGD) é quem está a liderar oprocesso de venda do BPN e irá depois, assim que os trâmiteslegais estiverem aprovados pelo Governo português, dar inícioàs negociações particulares com estes interessados. Aadministração da Caixa Geral de Depósitos está neste momentomesmo empenhada em vender o BPN até ao final de Julho, deforma a cumprir o acordo assinado entre o Estado e a ‘troika’.

O BPN terá de ser vendido num calendário acelerado e semum preço mínimo. Para este fim, está a ser submetido um novoplano à CE para aprovação ao abrigo das regras de concorrência.O objectivo é encontrar um comprador, o mais tardar, até final deJulho.

DiárioEconómico.PT