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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL | JUNHO - 2015 | ANO LXII • N o 06 | NOVO GOVERNO DA ORDEM CAPÍTULO GERAL

ANO LXII - franciscanos.org.br · 1.3 Dimensões teológicas da VC 2. Vida Consagrada Franciscana 2.1 Espiritualidade da VC Franciscana 2.2 A VC de São Francisco de Assis 2.3 A VC

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Província Franciscana da imaculada conceição do Brasil | JUNHO - 2015 | ANO LXII • No 06 |

NOVO GOVERNO DA ORDEMcApítulO GERAl

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Província Franciscana da imaculada conceição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP

www.franciscanos.org.br | [email protected]

Sumário

Mensagem do Ministro Provincial Irmãos e menores nos dias de hoje, e sempre ...................................................................................................295 Formação Permanente “Franciscanos em paróquias e santuários: a força de um carisma”, texto de Frei João Reinert ...................................................................................................................................................296

Formação e Estudos Profissão solene de Frei Rafael T. do Nascimento .............................................................................................300 Frei Sérgio Silas Damasceno será ordenado presbítero: entrevista ....................................................306 Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira será ordenado diácono ...............................................................................308 Postulinter 2015 ..........................................................................................................................................................................310 Religiosos fazem caminhada em Curitiba ..............................................................................................................311 ITF: XVI Caminhada Ecológica Franciscana ............................................................................................................312 Frei Alberto: 80 anos ................................................................................................................................................................313 Conselho do Secretariado para a Formação e os Estudos se reúne em São Paulo ...............314

Fraternidades Gaspar prepara a 165ª festa de São Pedro .............................................................................................................315 Frei Almir Guimarães escreve sobre o Jubileu de Ouro da Porciúncula .........................................316 Peregrinação pelos Lugares Santos ............................................................................................................................319 PVF: “Um dia com Maria e Frei Galvão .......................................................................................................................320 Encontro do Regional do Leste Catarinense .......................................................................................................321 Santo Antônio de Lisboa ou Pádua.............................................................................................................................323 Sorocaba: Jovens da Paróquia Santo Antônio se reúnem no 3º Caná ............................................324 O privilégio de ouvir a Berliner Camerata ...............................................................................................................325 “Romaria das Mães” da Penha ..........................................................................................................................................326

FIMDA Frades estudantes fazem o primeiro retiro do ano .........................................................................................328 Angola em tempos de paz ................................................................................................................................................330 Notícias de Malange ...............................................................................................................................................................331

Evangelização Sefras: Desafios e perspectivas nos 25 anos do ECA .....................................................................................332 Bom Jesus: Projeto social atende jovens de baixa renda ...........................................................................334 Bom Jesus: Simpósio Comunicação e Família ....................................................................................................334 Canarinhos: Coral das Meninas lança primeiro CD .........................................................................................335 Rádios Coroado e Movimento celebram 60 e 25 anos ...............................................................................336 Capítulo Geral Eleito o novo governo da Ordem .................................................................................................................................337 Frei Valmir é eleito Definidor Geral ...............................................................................................................................338 Entrevista: Frei Valmir, de Visitador a Definidor ...................................................................................................340

Notícias e Informações Encontro de Guardiães em Rondinha .......................................................................................................................342

Falecimento Falece o pai de Frei Diego Atalino Melo ..................................................................................................................342 Falece a mãe de Frei Germano Guesser ..................................................................................................................342 Falece Frei Olivo Tondello ....................................................................................................................................................343

Agenda .......................................................................................................................................................................................344

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Mensagem

segue em Assis o nosso Capítulo Geral, que entra em sua reta de chegada. Muita água já passou por debaixo da ponte, entre momen-

tos de oração, reflexões em grupo e em plenário, apresentações de relatórios, eleições, encontros fraternos. Com olhos atentos ao que acontece junto ao berço da Ordem, com frequência transporto-me em pensamento ao Brasil e recordo-me de todos os irmãos de nossa Província que trabalham dia a dia para viverem a fraternidade e a minoridade em cada pedaço de chão onde a Província da Imacula-da se faz presente.

Junto a Frei Walter Carvalho, nosso secretário, aqui de Assis, recomendo-me às orações dos irmãos e também peço generosas preces pelo Governo Ge-ral recém-eleito, em especial por nosso Ministro, Frei Michael Perry, e pelo Definidor Geral para América Latina, Frei Valmir Ramos, designado para ser o nosso visitador.

Viver a fraternidade e a minoridade é um desafio de ontem, de hoje, de amanhã e de sempre. Por este motivo, recordo-me com frequência da graça que viveremos em nosso Capítulo Provincial.

Assumirmos como irmãos menores os desafios e direcionamentos propostos pela Ordem, espero, seja um importante estímulo para seguirmos em nossa tarefa do redimensionamento, buscando com todo empenho avançar na proposta evangelizadora que assumimos em nossas cinco frentes e também na formação.

A solenidade de Corpus Christi, celebrada no iní-cio deste mês, nos recorde a generosidade e a humil-dade de um Deus que se faz pão, partilha e presença. As celebrações de Santo Antônio, que viveremos in-tensamente em muitas casas de nossa Província, seja novamente ocasião de nos aproximarmos do Povo de Deus que, na devoção ao Santo mais popular do Brasil, nos revela o caminho de simplicidade e do serviço a Deus e ao próximo. Nestas resumidas li-nhas, deixo a todos o meu abraço fraterno, dando graças a Deus por sempre guiar nossos passos no se-guimento de Cristo ao modo de Francisco.

Frei Fidêncio VanboemmelMinistro Provincial

Irmãos e menores nos dIas de hoje, e sempre

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1) Possibilidades e desafios de nossa presença em paróquias e santuários

paróquia, uma das institui-ções mais antigas da Igreja, existente desde o século IV,

deixou de ser uma estrutura inques-tionável na ação evangelizadora. Há algum tempo ela vem sendo ques-tionada dentro e fora da Igreja. Seu desgaste estrutural e pastoral torna-se cada vez mais evidente. A quinta Conferência latino-americana, reali-zada em Aparecida, afirma que “a re-

novação das paróquias no início do terceiro milênio exige a reformula-ção de suas estruturas, para que seja uma rede de comunidades e grupos, capazes de se articular conseguindo que seus membros se sintam real-mente discípulos e missionários de Jesus Cristo em comunhão (DAp, 172). Passados alguns anos da rea-lização desta Conferência, o Papa Francisco, por sua vez, constata que “temos de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu suficientemente fruto” (EG 28).

Apesar deste cansaço e crise ins-titucionais, não significa que se esgo-

tou o tempo das paróquias. Ao con-trário, trata-se de uma forma eclesial que tem muito a oferecer à vivência cristã, à medida que entrar na tão ur-gente conversão pastoral. Conserva ela valores fundamentais enquanto instituição eclesial. Ocupa um espaço real e significativo de ações pastorais, por fazer parte da identidade católica cristã, por ser referência para o cris-tão, e por ser a porta de entrada mais imediata para a maioria dos fiéis. O mesmo se pode dizer dos santuários, com sua enorme capacidade de aco-lhida, sendo efetivamente a Igreja para todos, sem exclusivismos.

Posto isto, surge outra questão,

Formação Permanente

FrancIscanos em paróquIas e santuárIos:

a Força de um carIsmaFREI JOÃO REINERT

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Formação Permanente

antiga e sempre atual: são a paróquia e santuários lugares de presença dos frades? Muitas vezes ouvimos dizer que a função paroquial não é o cam-po da vivência do nosso carisma e da ação evangelizadora própria dos Fra-des Menores. No entanto, em 2009, o Secretariado para a Evangelização da Ordem dos Frades Menores pu-blicou o subsídio Enviados a Evan-gelizar em Fraternidade e Minori-dade na Paróquia, como ajuda para realizarmos essa forma particular de evangelização segundo os valores de nosso carisma, sobretudo a minori-dade e fraternidade.

A Província tem dado continui-dade à reflexão no que concerne a esta questão, aliás, não somente no que diz respeito à nossa presença em paróquias e santuários, mas em todas as cinco frentes (re) assumi-das no último Capítulo. A pergunta agora se desloca não se devemos ou

não estar nesses lugares, mas por que e como queremos lá estar? Neste sentido, a última assembleia reali-zada em Rondinha, PR, deu passos enormes rumo a uma maior clareza e consciência, ciente das possibili-dades, desafios e tentações que cada um desses campos de evangelização acarreta.

2) A sadia tensão entre carisma franciscano e nossa presença em paróquias e santuários

O subtítulo quer ser provocativo! Os franciscanos fomos consciente-mente assumindo paróquias e san-tuários ao longo da história, na certe-za de que nelas podemos contribuir com a missão da Igreja, e que lá pode ser lugar da encarnação do carisma franciscano. Contudo, é importante que se perceba a existência de uma positiva tensão (não contradição)

entre carisma franciscano e estrutura paroquial. Por quais razões? Primei-ramente pela própria dinâmica de toda instituição que, por natureza, tende a enquadrar, conservar, rotini-zar, e aí se entende, então, o perigo de cair na manutenção pastoral. Em se tratando da instituição paroquial, a tensão pode ser ainda maior devido à crise e ao desgaste do atual modo paroquial de que falávamos anterior-mente.

Afirmamos ser esta uma feliz e sadia tensão porque é ela que nos possibilita não perder de vista o por-quê e como estarmos nessas reali-dades eclesiais. É essa tensão que permite ficarmos atentos às tentações pastorais que rondam o agente evan-gelizador e que contradizem o espí-rito franciscano, como por exemplo, exercer o ministério ordenado sem a força específica do nosso carisma; evangelizar sem um projeto frater-no; acomodar-nos numa pastoral de manutenção. Importa perceber que estarmos em paróquias e santuários nos coloca diante de duas possibili-dades: rotinizar o carisma, não per-mitindo que o sal salgue mais, ou o contrário: fazer da presença francis-cana instrumento de renovação des-sas realidades eclesiais. Entramos, assim, no terceiro ponto da reflexão.

3) A contribuição do carisma franciscano na revitalização paroquial e santuários

Voltamos, assim, à intuição ini-cial desta reflexão. O carisma inau-gurado por Francisco de Assis, nos ideais de missão a partir da minori-dade e fraternidade, é um potencial à renovação da paróquia e autenticação dos santuários e casas de acolhida. Reside nesta afirmação uma inversão no foco da questão. Nesta perspecti-va, paróquias e santuários deixam de serem vistos consciente ou incons-

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Formação Permanente

cientemente apenas como lugares da vivência do nosso carisma (o que pode esconder nisso uma visão au-torreferencial e de autoconservação), para serem assumidos como lugares nos quais podemos dar valiosa con-tribuição em vista de sua conversão estrutural e pastoral. Uma renovada presença nesses lugares (por que e como) é a maior contribuição que podemos oferecer ao povo de Deus e especificamente ao aggiornamento da estrutura paroquial.

Por que efetivamente o carisma franciscano é potencial para dar impulso renovador à estrutura de paróquias e santuários? Aquilo que é déficit paroquial é o potencial franciscano, a essência e a identi-dade da vida franciscana. Apenas para mencionar alguns exemplos. A paróquia passa por profunda crise comunitária, de relações fraternas (é uma instituição de massa, sobre-tudo nos grandes centros) ao passo que fraternidade, desde a origem, é

a marca maior da vida franciscana, o que significa que frades em paró-quias e santuários têm o compro-misso potencializador de tornar a paróquia uma estrutura menos bu-rocrática e mais fraterna, lugar do convívio, da gratuidade, de relações horizontais e interpessoais. O an-seio de ser a paróquia comunidade de comunidades pode encontrar na fraternidade franciscana fonte de inspiração. Pela força do carisma, os frades, temos condições de fazer da paróquia sempre mais uma grande fraternidade, primando pela cole-gialidade, pela acolhida, pelos laços comunitários, pela valorização do leigo, geralmente refém do clerica-lismo. Ser irmãos entre nós, frades, pressupõe e exige sermos irmãos entre todos.

Outro exemplo vai em direção à missionariedade. Déficit paroquial é a dimensão missionária, uma vez que por natureza ela é estática e centrípeta; tende à manutenção, or-

ganizada ao redor dos sacramentos e do templo, converge para a matriz. Somos uma Ordem missionária e peregrina. A estrutura paroquial, conforme o quadro acima descrito, pode ser transformada pela força do carisma missionário franciscano. Chegar às periferias existenciais e geográficas, aproximar dos pobres e excluídos, promover a cultura da solidariedade se tornam imperati-vos na reestruturação paroquial, e com isso, certamente, temos algo a contribuir.

Poderíamos continuar com os exemplos da potencialidade do ca-risma franciscano como fator de re-novação eclesial. O mais importante é perceber a força de um carisma a serviço do povo e da renovação das estruturas eclesiais nas quais estamos e fomos acolhidos. Não se trata de prepotência eclesial, ilusão de sentir-mo-nos superiores, mas da coragem de oferecer de graça aquilo que de gra-ça recebemos.

Pintura de Benedito Calixto, exposta no Convento e Santuário da Penha

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A VIDA CONSAGRADA DE SÃO FRANCISCO E DE SANTA CLARA DE ASSIS E A VIDA CONSAGRADA NA IGREJA HOJEPor ocasião do “Ano da Vida Consagrada”, proclamado pelo Papa Francisco, a Fraternidade Franciscana São Boaventura oferece um Curso sobre A Vida Consagrada de São Francisco e Santa Clara de Assis e na Igreja hoje.

Os consagrados são chamados a assumir na radicalidade do seu ser, a mesma exigência que é feita a todos os cristãos: “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste” (Mt 5,48).

O Curso destina-se aos frades e irmãs das Ordens e Congrega-ções religiosas franciscanas, aos membros da OFS, e a todos os que querem viver com maior radicalidade o Evangelho de Jesus Cristo.

LOCAL E DATAFraternidade Franciscana São Boaventura - Rondinha – Cam-po Largo – PRDe 26 a 30 de outubro de 2015

COORDENAÇÃOFrei João Mannes e Frei Fábio Cesar Gomes

PROFESSORESFrei Fábio Cesar Gomes. Doutor em Teologia, com espe-cialização em Espiritualidade Franciscana.Frei Fidêncio Vanboemmel. Mestre em Espiritualidade Franciscana.Frei João Mannes. Doutor em Filosofia, com especializa-ção na Filosofia Mística de São Boaventura.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO1. Teologia da Vida Consagrada (VC) em geral 1.1 Núcleo identitário da VC1.2 Bases teológicas da VC1.3 Dimensões teológicas da VC

2. Vida Consagrada Franciscana2.1 Espiritualidade da VC Franciscana2.2 A VC de São Francisco de Assis2.3 A VC de Santa Clara Assis

3. A VC na Igreja e na sociedade hoje3.1 “Carta apostólica do Papa Francisco às pessoas

consagradas”3.2 Cartas do Magistério do Papa: “Alegrai-vos” e

“Perscrutai” 3.3 Desafios e perspectivas da VC hoje

ORGANIZAÇÃO DO CURSO26/10 – Chegada27/10 – 08:45hs - Início do Curso30/10 – 11:00hs – Término do Curso

CUSTOHospedagem, alimentação e Curso = R$ 350,00. Pagamento: durante o curso

INSCRIÇÕES:

Frei João MannesE-mail: [email protected]: (041) 9134-4969Site da Fraternidade São Boaventurawww.franciscanosrondinha.com.br

CURSO DE FRANCISCANISMODe 26 a 30 de Outubro de 2015

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Formação e Estudos

proFIssão soleneFreI raFael t. do nascImento

“Em tuas mãos, Frei Fidêncio Vanboemmel,com firme fé e vontade, faço voto a Deus,Pai santo e todo-poderoso, de viver por todo o tempo de minha vida...”

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Formação e Estudos

ábado, às 17 horas do feriado prolongado de 1º de Maio, na Igreja Nossa Senhora das Gra-

ças de São Gonçalo (RJ), o jovem frade Rafael Teixeira do Nascimento se ajoelhou diante do Ministro Pro-

vincial Frei Fidêncio Vanboemmel e prometeu viver, para sempre, como discípulo de São Francisco, tendo como Regra de Vida o Evangelho de Jesus Cristo. O gesto, simples à primeira vista, como a parábola da Videira e dos ramos no 5º domingo da Páscoa, é um dos momentos mais belos da vida religiosa consagrada.

Esse momento especial na vida de Frei Rafael foi celebrado com alegria pela família, pela comuni-dade de Porto Velho e por um gran-de número de frades da Província durante a celebração eucarística. O rito da profissão solene teve iní-cio depois da Liturgia da Palavra

e foi marcado por três momentos: a chamada do professando, o diá-logo entre o Ministro Provincial e o professando e a consagração de Frei Rafael.

Frei Fidêncio foi o mestre de Frei Rafael quando noviço e, ago-ra, o acolheu na Ordem dos Frades Menores como professo solene. Na-

tural de São Gonçalo, onde nasceu no dia 26 de setembro de 1980, Frei Rafael escolheu como lema para a sua profissão “Esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fl 2,7). Frei Fidêncio elo-giou sua escolha e o chamou de “co-rajoso”: “Você colocou diante de si

uma grande provocação: Observar o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo exatamente tendo pre-sente esse aniquilamento. O Cristo esvaziou-se totalmente de si mes-mo, abandonou, de certa forma, sua própria divindade sem deixar de ser Deus. Esvaziou-se para colo-car no seu imenso e misericordioso

MOACIR BEggO

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Formação e Estudos

coração a humanidade inteira”, dis-se Frei Fidêncio, recordando que o apóstolo Paulo também fez isso no caminho de Damasco e na sua vida. “Creio que Frei Rafael fez algo semelhante ao apóstolo Paulo. Um Rafael cheio de sonhos também fez essa experiência, lentamente, de es-cutar e ver o Senhor”, acrescentou.

“Foi difícil, sim, esvaziar-se a

rindo-se aos cursos de Farmácia Industrial e História, que Frei Ra-fael fez antes de ingressar no Novi-ciado em 2009.

Segundo Frei Fidêncio, mais provocativo ainda é assumir a con-dição de escravo. “O homem ar-rogante não se inclina. O homem humilde se coloca de joelhos. O homem humilde se faz chão, se faz

Senhor Jesus Cristo, mais fidelidade nós teremos na observância do San-to Evangelho”, ensinou.

“Quando nós olhamos para a vi-deira, nós percebemos que os cachos de uva não estão lá na ponta dos ra-mos, mas eles brotam perto do tron-co. O fruto aparece quando o ramo está perto do tronco. Tanto assim que um vinhateiro quando percebe

si mesmo. Foi difícil chegar, nesta tarde, totalmente vazio. Vazio não de coisas, mas vazio de si mesmo. Vazio talvez de tantos sonhos, tan-tos projetos quando cursou as fa-culdades, para hoje, simplesmen-te, como Maria, dizer: ‘Aqui estou, pronto para fazer a tua vontade’”, disse o Ministro Provincial, refe-

terra, para com Cristo poder erguer a humanidade”, disse, ilustrando com o evangelho do dia: “O bom servo, o verdadeiro escravo é aquele que permanece próximo ao Senhor, num serviço permanente. Quando mais junto de Deus, mais vigor o cristão tem. E nós, frades menores, quando mais próximos de Nosso

que um ramo é mais soberbo, vai lá com a tesoura e poda, para que a for-ça permaneça no fruto”, indicou.

“Então, nesta tarde, ao assumir a vida franciscana na condição de servo, como aquele que está próxi-mo do Senhor, você também está próximo das pessoas. E vai estar bem mais próximo ainda dos seus pais e

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Formação e Estudos

dos seus confrades. Nossa família cresceu hoje”, completou, pedindo orações pela perseverança de Frei Rafael.

“Que ele possa, nos pequenos e grandes gestos do dia a dia, sempre de novo, repetir aquilo que São Paulo diz: esvaziou-se a si mesmo assumin-do a condição de escravo. Coragem meu irmão, conte conosco!”.

Depois, Frei Rafael se prostrou ao chão, enquanto a Igreja fez a súpli-ca comunitária invocando todos os santos e santas para que intercedes-sem por Frei Rafael. Esse momento de fé foi seguido pelo ponto central do rito, que é a profissão solene pro-priamente, quando Frei Rafael colo-cou as mãos entre as mãos do Minis-tro Provincial e prometeu viver por

fael fez os seus agradecimentos, es-pecialmente ao pároco Monsenhor José Geraldo da Silva, que acolheu carinhosamente os frades da Pro-víncia da Imaculada durante a se-mana do tríduo preparatório. Ele também agradeceu e solidarizou--se com o animador provincial vo-cacional Frei Diego de Melo pelo falecimento de seu pai. Por sua vez,

Antes do diálogo entre o Ministro Provincial e o professando, os pais Leila Maria e Adir Nascimento (1ª foto acima) acenderam uma vela no Círio Pascal e entregaram ao filho, simbolizando a primeira consagra-ção do batismo e a chama da fé que iluminou e o ilumina nesta caminha-da de vida cristã e franciscana.

toda a sua vida em obediência, sem propriedade e castidade, seguindo os passos de Jesus Cristo, a exemplo de São Francisco de Assis. O rito termi-nou com um abraço fraternal de seus confrades, num gesto de acolhimen-to do neoprofesso pela Fraternidade Provincial.

No final da celebração, Frei Ra-

o pároco disse que era uma bênção ter a profissão solene de Frei Rafa-el em sua Paróquia exatamente no Ano da Vida Consagrada. Como agradecimento, os frades deram de presente uma casula ao pároco. A festa de Frei Rafael terminou com uma confraternização no Salão Pa-roquial.

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Formação e Estudos

Como eu havia dito no final da celebração em que professei solene-mente na Ordem dos Frades Me-nores, repito-o agora: a celebração daquele dia foi o coroamento do trabalho realizado ao longo de dois meses por Frei Diego Atalino, res-

coroamento de uma camInhada

ponsável provincial pelo Serviço de Animação Vocacional (SAV) e de um grupo de paroquianos (amigos) de minha comunidade (Paróquia de Nossa Senhora das Graças), em São Gonçalo (RJ).

Depois dos encaminhamentos iniciais, ainda em março, começa-mos a organizar não só a celebração em si, mas os três dias de missão preparatória. Como aquele povo se empenhou! Não cansei e não canso

de agradecer-lhe por isso – embora, pelo contrário, eles é que insistem em nos agradecer a oportunidade de realizar ali, tanto a missão como a celebração da profissão, no ano dedicado à vida consagrada: a co-meçar pelo pároco, Monsenhor José Geraldo, entusiasmado, do alto de seus 72 anos de idade!

Montada a logística (cafés e al-

moços na Paróquia, distribuição das casas que acolheriam os frades – e compra de provisões –, identificação das casas que receberiam as visitas, providencia das faixas etc), restava esperar pelos dias de missão: 29 e 30 abril e 1º de maio. No dia seguinte, 2 de maio, dia de minha profissão, não haveria qualquer outra atividade, além de organizar os espaços (mo-vimentação da qual fui solenemente excluído!).

Antes de ingressar no Aspiran-tado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, eu trabalhava com o pessoal da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Niterói. Logo, como não poderia deixar de ser, o primeiro dia da missão foi realizado junto aos internos do sistema peni-tenciário em Niterói (três presídios e um hospital psiquiátrico penal).

Muitos se empolgaram com a expe-riência. Mas, o mais importante não é a experiência em si, mas o que ela proporciona: um novo olhar para a pessoa em situação de reclusão. Pre-conceitos desumanos desmoronam ao se perceber que atrás daqueles portões não há senão… gente. Não por acaso, o texto do evangelho pro-clamado na Missa deste primeiro dia do tríduo foi o de Mt 25,31s: “Estive preso e fostes me visitar…”

FREI RAFAEL TEIxEIRA DO NASCIMENTO

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Formação e Estudos

Os dois dias seguintes foram de-dicados a visitas de porta em porta, em diferentes comunidades da Paró-quia. Em cada uma delas, emoções as mais diversas, porque as mais diver-sas (e mesmo adversas) foram as si-tuações que encontramos: uma mãe que teve um filho assassinado pelo tráfico; um casal que estava separado há dois anos e havia voltado há uma semana e que “leu” nossa visita como sinal do Espírito Santo. Também não

foi por acaso o trecho do evangelho proclamado nesses dias: na quinta, Lc 4,16s (“O Espírito do Senhor está sobre mim…”); e na sexta, Mc 10, 35s (“Eu vim para servir”).

E chegou o grande dia! Nessa hora, ansiedade, excitação, alegria, agitação: vira tudo uma coisa só. Se eu dissesse que não aproveitei, que não saboreei cada pedacinho desses dias, estaria mentindo. Foi um dia forte, intenso, todo ele. E deu 17 horas. Não

vou descrever o que foi a celebração. A descrição, muitas vezes, consegue destruir o encantamento das coisas e não quero correr esse risco. Basta dizer que foi intenso e é suficiente reproduzir dois trechos que ainda me estão bem presentes da homi-lia do Frei Fidêncio, nosso Ministro Provincial. O primeiro, comentando diretamente o lema que escolhi para minha profissão (dê uma olhada em Fl 2,7): “Você colocou diante de si

uma grande provocação: observar o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, tendo presente exata-mente esse aniquilamento: o Cristo esvaziou-se totalmente de si mes-mo, abandonou, de certa forma, sua própria divindade sem deixar de ser Deus. Esvaziou-se para colocar no seu imenso e misericordioso coração a humanidade inteira”. O segundo trecho, comentando o evangelho do dia: “Quando nós olhamos para a vi-

deira, percebemos que os cachos de uva não estão lá na ponta dos ramos, mas eles brotam perto do tronco. O fruto aparece quando o ramo está perto do tronco. Tanto assim que um vinhateiro, quando percebe que um ramo é mais soberbo, vai lá com a tesoura e o poda, para que a força permaneça no fruto. Então, nesta tarde, ao assumir a vida franciscana na condição de servo, como aquele que está próximo do Senhor, você

também está próximo das pessoas. E vai estar bem mais próximo ainda de seus pais e de seus confrades. Nossa família cresceu hoje”.

A Paróquia Nossa Senhora das Graças, fundada por frades Capu-chinhos, completa 70 primaveras no ano que vem (2016). E aqui, a feliz coincidência: em 1973 meus pais ali se casaram. Quarenta e dois anos de-pois, aí celebramos minha profissão solene na OFM.

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comunIcações – Fale um pouco de sua história de vida e de sua vocação. Como se deu seu discernimento vo-cacional?

Frei Silas – Eu sou natural de São Bernardo do Campo/SP. Venho de uma família de cinco irmãos. Meu pai faleceu quando eu era muito peque-no. Meus pais eram operários e desde muito cedo aprendi o valor do traba-lho e do estudo. Sempre trabalhei e es-tudei ao mesmo tempo. Não venho de uma família totalmente católica e, até os meus 16 anos, não participava de nenhuma comunidade e nunca havia participado de uma missa. Não tinha conhecimento nenhum sobre a Igreja e nem havia feito a catequese. Eu só era batizado. Na verdade, na compre-ensão da minha família, esse processo catecumenal não era uma obrigação. Eu não era obrigado a nada, nem

Formação e Estudos

“O mundo espera de nós clareza e discernimento”

ordenação presbIteral

MOACIR BEggO

mesmo a estar numa igreja. Eu cresci ouvindo esta frase: “Você decide que religião seguir”. Até hoje é assim em minha família.

comunIcações – Como foi a opção por ser frade menor?

Frei Silas – Eu sempre costumo dizer que Deus se utiliza de situações e pessoas para nos mostrar o nosso caminho. E isso eu pude comprovar na minha própria vida. É justamente aí que entra Deus, pois não conhecia nada, não sabia nada de Igreja, nem o Pai-Nosso eu sabia rezar e, no entan-to, houve um convite. Deus se utilizou de uma pessoa para me convidar a conhecer a Igreja. Isso aconteceu em 1998. Uma senhora, que me conhecia muito bem, convidou-me a participar de um encontro de jovens. Aquele en-contro foi fantástico e transformador.

Saí de lá com muita sede de conhecer mais e mais a Igreja. Entrei para o mo-vimento de Schoenstatt (movimento mariano), e foi nesse movimento que aprendi muita coisa sobre a Igreja. Fiz vários cursos e fui catequista. Até que um dia fui tocado e comecei a fa-zer o discernimento vocacional. Este processo vocacional durou 3 anos, pois nem sempre é fácil tomar uma decisão. Até porque eu trabalhava, estudava e namorava. Mas eu tinha uma certeza: não queria ser dioce-sano. Queria viver em comunidade. Foi aí que conheci os franciscanos. Foi amor à primeira vista, fiquei en-cantado com o modo de viver e de ser de São Francisco. Não conseguia me imaginar não sendo franciscano. No começo muitos me questionavam o porquê de ser franciscano, sendo que eu estava numa paróquia diocesana.

FreI sérgIo sIlas damasceno

s vezes imaginamos que ser ordenado é o fim de uma caminhada. É o estar pron-

to e acabado. Até dizemos: ‘Agora você está pronto’! E por afirmarmos isso, as pessoas acreditam que de-vemos dar respostas para tudo e sanar todas as dificuldades. Aqui gostaria de citar uma frase do Papa Francisco que me chamou muito a atenção. Ele dizia: ‘As pessoas es-peram de mim respostas, mas eu não tenho resposta pra tudo. Deus tem a resposta e Ele é a resposta’.” Com essa clareza e objetividade, Frei Sérgio Silas Damasceno será

ordenado presbítero por Dom Nel-son Westrupp, SCJ, no dia 4 de ju-lho, na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem ( Basílica Menor), na Praça da Matriz, no Centro de São Bernardo do Campo (SP). Frei Sér-gio escolheu como lema para sua ordenação “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos es-colhi” (Jo 15,16).

No dia 5 de julho, às 10 horas, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima (rua Silveira Sampaio, 109 - próxima ao antigo Palestra), no bairro de Ferrazópolis, em São Bernardo do Campo, Frei Silas ce-lebrará a Primeira Missa. Conheça mais este futuro presbítero!

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Formação e Estudos

Mas esta foi a minha escolha e não me arrependo. Sou muito feliz por ser frade menor!

comunIcações - O que é ser um pa-dre hoje?

Frei Silas - Acredito que a pergun-ta deveria ser formulada assim: O que é ser um franciscano ordenado nos dias de hoje? A nossa primeira voca-ção, como frade, é ser irmão. Antes de ser “padre” sou frade (irmão), e isso eu nunca deixarei de ser, mesmo sendo ordenado. Serei um frade presbítero, e quero viver este ministério a partir da opção primeira: o ser frade. Isto já indica um caminho e uma proposta, ou seja, viver o ministério numa con-cepção franciscana. Partindo desta compreensão, ser “padre” é se colocar a serviço do povo, principalmente dos mais necessitados e pobres, se-guindo a Cristo “caminho, verdade e vida”. É ser pastor (ou pai), não como o pastor mercenário do Evangelho, mas como “aquele que dá a vida pelas ovelhas”. Ser “padre”, hoje, exige cons-ciência clara do que somos e do que queremos viver, ainda mais quando a sociedade nos impõe verdades e com-promissos efêmeros e transitórios. Ser “padre” é a indicação de que a vida pode ser vivida, sim, a partir de uma verdade definitiva: Jesus Cristo. Para-fraseando Paulo: para alguns pode ser motivo de loucura, mas para mim é sentido de vida e caminho.

comunIcações - O que podemos es-perar do presbítero Frei Sérgio Silas?

Frei Silas - Eu sempre costumo dizer que toda espera gera uma ex-pectativa, e eu não gosto de gerar ex-pectativa em ninguém. Até porque a expectativa é a visão esperançosa do que o outro pode esperar de mim. Mas respondendo a pergunta. Podem esperar uma vivência autêntica e fiel do meu ministério, o meu compro-metimento com o povo de Deus con-

fiado a mim, o meu comprometimen-to firme com a causa do Evangelho e, claro, tudo isso observando as pro-messas já realizadas e as promessas que farei na ordenação presbiteral. No mais, o dia a dia mostrará.

comunIcações - Ser chamado por Deus para esta missão é assumir todas as dores, dificuldades e alegrias que o ministério traz. Há novos desafios, problemas e tarefas na linha de frente para um padre. Como você se prepa-rou para isso?

Frei Silas - Primeiro: é preciso desmistificar a figura do padre. No senso-comum o padre é visto quase como um ser anormal. Padre é uma pessoa comum e, como qualquer pes-soa, passa por dificuldades, dores e alegrias etc. Os desafios fazem parte do ministério. O importante é saber lidar com os desafios e chegar num equilíbrio. O equilíbrio é o ponto, não os extremos.

Segundo: Vivemos tempos de mu-danças rápidas e quase se torna im-possível acompanhar tudo. Hoje tudo está interligado, e o mundo - não há como fugir disso- está em constantes transformações. São muitas pergun-tas e uma multiplicidade de respostas. Uma variedade de grupos e gêneros, e, ao mesmo tempo, cada grupo ten-tando se autoafirmar. A sociedade se inventa e se reinventa a cada instante, e novos valores são afirmados a todo o momento. A nós, enquanto Igreja, impõe-se o desafio de encontrar uma resposta que atenda aos anseios da humanidade. Hoje se fala muito em crise, e há crise pra tudo. A grande crise hoje não é econômica, familiar, estrutural, mas a crise do humano. O ser humano está em crise. É necessá-rio empenhar-se no diálogo com os diversos grupos da sociedade, bus-cando entender como o Evangelho lança luz sobre as crises e dificulda-des. Porém, o mundo espera de nós

clareza e discernimento sobre aquilo que somos e propomos, para não per-der a identidade cristã. A identidade cristã é fundamental para uma res-posta concreta e satisfatória.

Terceiro: Às vezes imaginamos que ser ordenado é o fim de uma ca-minhada. É o estar pronto e acabado. Até dizemos: “Agora você está pron-to”! E por afirmarmos isso, as pessoas acreditam que devemos dar respostas para tudo e sanar todas as dificulda-des. Aqui gostaria de citar uma frase do Papa Francisco que me chamou muito a atenção. Ele dizia: “As pes-soas esperam de mim respostas, mas eu não tenho resposta pra tudo. Deus tem a resposta e Ele é a resposta”. Creio que é isso, por mais que esteja-mos preparados, nunca teremos toda a resposta. Acredito que a preparação para este ministério e para os desafios atuais vai muito além de um estudo filosófico e teológico. Não há como não estudar e dialogar com outras ci-ências. Se quisermos ter credibilidade é preciso ter embasamento. Não po-demos ficar no “achismo”. Estudo e experiência de Deus são imprescindí-veis e se completam.

comunIcações - Deixe uma mensa-gem para um jovem que quer ser um religioso franciscano

Frei Silas - A vocação não é um chamado acabado, pronto e estático, exige cuidado e atenção, pois é uma semente que precisa ser cultivada a todo instante. Por isso, é necessário estar aberto ao chamado de Deus, ter ouvidos atentos e sensibilidade para perceber a voz d’Aquele que nos cha-ma. “Porque muitos são os chamados, poucos os escolhidos” (Mt 22,14); “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Lc 10,2ss). É preciso não ter medo. Então, você, JOVEM, não tenha medo de se lançar nas mãos de Deus. Seja feliz sendo um franciscano religioso!

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Formação e Estudos

mineiro Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira será ordena-do diácono no dia 6 de junho

pelo Arcebispo Metropolitano de Curitiba, D. José Antônio Peruzzo. A celebração será às 17h15 na Igreja Bom Jesus dos Perdões, em Curitiba.

Frei Jean é natural de São José da Barra, em Minas Gerais, onde nas-ceu no dia 8 de julho de 1979. Fez a profissão temporária no dia 22 de maio de 2010 e a profissão solene no dia 6 de dezembro de 2014.

Frei Jean escolheu como lema “Se alguém me quer servir, siga-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo.” (Jo 12, 26). Atualmente reside na Fraternidade São Boaven-tura, em Rondinha.

Sobre este serviço que vai assu-mir, Frei Jean escreve o seguinte:

“Se alguém me quer servir, siga-me” (Jo 12, 26)

Nestes dias que antecedem a or-denação diaconal, de forma ainda mais intensa tenho refletido sobre o significado deste ministério tão especial entre todos os ministérios instituídos por Cristo na Igreja, des-tinado ao bem de todo seu corpo. A Carta Apostólica de Paulo VI, esta-belecendo normas referentes à or-dem sacra do diaconado, na ocasião da renovação conciliar, tem me aju-dado muito nesta reflexão.

Em poucas páginas, o Papa con-densa de forma ímpar a teologia do diaconado em suas mais profundas raízes bíblicas, patrísticas e pastorais.

Me chamou particularmente a atenção quando, nesta carta, se re-corda as palavras de Santo Inácio de

FreI jean ajlunI olIVeIra será ordenado dIácono

Antioquia: “O ofício de diácono é o próprio ministério de Jesus Cristo”. São Policarpo de Esmirna, por sua vez, enriquece a reflexão quando, como que completando esta sen-tença de Santo Inácio, exorta os di-áconos a serem sóbrios, misericor-diosos, diligentes e a caminharem segundo a verdade do Senhor, que se fez servo de todos” . O Senhor Je-sus é o grande diácono do Pai, e um bom diácono da Igreja será aquele que conseguir conformar-se quanto possível ao Senhor. Ser diácono é

colocar-se de forma ainda mais au-têntica no seguimento e na imitação do Mestre, que se fez servo de todos até dar sua própria vida – o auge de toda diaconia.

No lema que escolhi para ordena-ção, procurei contemplar esta refle-xão ao citar do Evangelho de João o seguinte versículo: “Se alguém quer servir, siga-me; e onde eu estiver, es-tará ali também meu servo”. O diáco-no, antes de tudo, deve se empenhar no seguimento, estar onde o Mestre está, onde estão os seus preferidos,

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aprender do Senhor. Deste modo poderá desempenhar este ministério que é o ministério de Jesus Cristo, o que mais nos identifica com Ele.

Sem dúvida a grandeza do minis-tério e de suas exigências intimida, é uma graça exigente, mas é antes de tudo graça. Com todos os irmãos quero louvar a Deus que me voca-cionou a este ministério, pedindo ao mesmo Deus que continue sempre derramando todas as graças neces-sárias para que eu possa permanecer fiel à este chamado e seguimento de Cristo. Que eu possa, acima de tudo, aprender d’Ele a servir, a “diaconar”. Conto sempre com o apoio de toda fraternidade e peço mais uma vez vossas orações.

Fraternalmente,

Fr. Jean Carlos Ajluni Oliveira. Frei Jean como tradutor do Ministro Geral no Capítulo das Esteiras 2014

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Formação e Estudos

“Se alguém me quer servir, siga-me; e, onde eu estiver,

estará ali também o meu servo.”( Jo 12, 26)

A Província Franciscana da ImaculadaConceição do Brasil

- Ordem dos Frades Menores - e a família de

Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira, OFM

Convidam para a sua ordenação Diaconal que será realizada no dia 06/06/2015 às 17h15,

na Igreja Bom Jesus dos Perdões, Praça Rui Barbosa (centro)

Bispo ordenante: D. José Antônio Peruzzo

Arcebispo Metropolitano de CuritibaArcebispo Metropolitano de Curitiba

Con

vite

conVIte

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Gentile

za d

a E

ditora

Vozes

A Província da Imaculada Conceição do Brasil,a Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem –Basílica Menor, a Paróquia Nossa Senhora

de Fátima, minha Família e eu

Ordenação Presbiteral

4 de julho de 2015 às 16h

Paróquia Nossa Senhora daBoa Viagem – Basílica Menor

Praça da Matriz – CentroSão Bernardo do Campo, SP

Primeira Missa

5 de julho de 2015 às 10h

Paróquia Nossa Senhora do Rosáriode Fátima

Rua Silveira Sampaio, 109 (próxima aoantigo Palestra)

Bairro FerrazópolisSão Bernardo do Campo, SP

Contato: (12) 3862-0024

Frei Sérgio SilasDamasceno, OFM

“Não fostes vós queme escolhestes,

mas fui eu que vos escolhi”.Jo 15,16

convidamos Você e sua Família para a celebraçãoEucarística na qual, pela oração

da Igreja e imposição das mãos deDom Nelson Westrupp, SCJ, serei ordenadopresbítero para o serviço do povo de Deus.

Senhora das Graças e os anfitriões, os postulantes da Província Fran-ciscana da Imaculada Conceição do Brasil.

O encontro foi marcado pela integração, troca de experiências e pela formação, tendo como as-sessora a Irmã Júlia Irios, Terciária Capuchinha, que abordou o tema do autoconhecimento de forma di-nâmica e sucinta, possibilitando a reflexão de cada um a respeito da sua personalidade e da partilha da própria história de vida.

Para todos foram dias de en-riquecimento e amadurecimento vocacional, deixando um gostinho de “quero mais” e uma grande ex-pectativa pelo próximo encontro, que acontecerá neste mês de ju-nho.

postulInter 2015

Postulantado Frei Galvão acolheu, nos dias 14, 15 e 16 de abril, o primeiro encon-

tro Postulinter em 2015. Estiveram

presentes os postulantes da Ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz, da Terceira Ordem Seráfica, das Irmãs Franciscanas de Siessen, das Irmãs Franciscanas da Divina Providência, das Filhas de Nossa

Formação e Estudos

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WILLIAN BERNARDI DE CASTRO

conVIte

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o domingo, dia 17 de maio, aconteceu em Curitiba a Caminhada da Vida Con-

sagrada no Parque Barigui. O Convite foi feito pela Conferência dos Religiosos do Paraná (CRB), núcleo Curitiba e regiões. Ele fez parte das atividades e ações liga-das ao Ano da Vida Consagrada e foi motivado pela Carta aos Con-sagrados ‘Perscrutai’: “Iluminados pelo ícone do êxodo do povo elei-

to, da escravidão do Egito para a Terra Prometida, queremos fazer a experiência de paradas e partidas numa contínua vigilância que res-ponde ao imprevisível movimento de Deus, simbolizado pela nuvem”.

A Missa de abertura aconteceu às 8 horas na Paróquia Santa Luzia, presidida pelo pároco Jair Fernan-des Jacon. Em sua homilia, desta-cou as palavras do Papa Francisco por uma ‘Igreja em saída’ fisica-mente, mas também pelo interior de cada um de nós, lembrando a

alegria que se sente ao estar na pre-sença dos religiosos, portadores de Jesus Cristo.

Após a Missa, no pátio da Igre-ja, os religiosos e as religiosas fi-zeram alongamento e ensaiaram coreografias que foram realizadas durante a caminhada. Em seguida, todos se digiram ao parque Bari-gui. A caminhada transcorreu num clima familiar e muitas pessoas que foram ao Barigui para se exercita-rem ficaram encantadas com a pre-sença dos religiosos.

relIgIosos FaZem camInhada em curItIbaFREI JOSÉ C. ARANHA

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Formação e Estudos

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Formação e Estudos

á é tradição o Instituto Teoló-gico Franciscano, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus,

de Petrópolis, e a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Paty do Alferes, organizarem a Caminhada Ecológica Franciscana, que neste ano chegou à sua XVI edição.

Essa “festa” pela ecologia é reali-zada na Reserva Biológica do Tin-guá, no conjunto da Serra dos Ór-gãos, na divisa entre os municípios de Paty do Alferes e Petrópolis. O percurso total (ida e volta) é de cer-ca de quinze quilômetros. Os parti-cipantes - famílias inteiras, jovens, crianças, adultos, frades e freiras - refletiram sobre a necessidade de todos cuidarem da água, um bem precioso dado por Deus Pai, e de outros temas sobre os recursos da Terra, como: desmatamento, reflo-restamento, manejo,necessidade de se separar o lixo e de reaproveitá-

-lo, economia de energia elétrica, outras fontes de energia.

Durante a caminhada, através de um gesto simbólico, produziu--se um momento muito forte, to-cante: conduzindo uma reflexão sobre o Irmão Solo, Frei Ângelo José Luiz, pároco do Sagrado, mo-tivou os caminhantes a ter contato com o solo: enquanto caminhavam para se encontrar com o grupo vin-do de Paty do Alferes, foram con-

XVI camInhada ecológIca FrancIscana

FREI JULIANO F. FERNANDES

ItF

vidados a apanhar um punhado de terra com folhas e cascas no meio da mata e depositá-lo numa úni-ca sacola. Esta terra seria, depois, juntada num vaso, no qual seriam plantadas flores. O vaso seria, en-tão, levado ao túmulo de Sandra Quadrios Guedes, uma querida liderança da comunidade da Paró-quia do Sagrado e verdadeira alma de nossas Caminhadas Ecológicas Franciscanas, falecida no dia 29 de abril.

Chegando ao local previsto, os dois grupos, de Paty e de Pe-trópolis, se alegraram e, juntos, celebraram o grande encontro. Nesse momento, a comunidade de Paty partilhou com a de Pe-trópolis pães assados ao forno com restos de lenha reciclados.

Ao final, todos retornaram re-novados e alegres, desfrutando um dia saudável, contemplando a bela natureza, cientes da necessidade de ajudar a mãe natureza e moti-vados pelas palavras de nosso pai São Francisco, patrono da ecologia, “Louvado seja meu Senhor pela mãe terra e todas as suas criaturas”, a bendizer o Criador.

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dia 20 de maio, no Instituto Teológico Franciscano, foi marcado pela comemoração

dos 80 anos de vida de Frei Alberto Beckhäuser. Ele celebrou a data em companhia de confrades, amigos e alguns familiares que vieram de Santa Catarina, especialmente para presti-giá-lo. Durante a Missa, uma irmã da Ordem Franciscana Secular (OFS), da fraternidade Nossa Senhora dos An-jos, homenageou-o com a leitura de breves dados biográficos e uma bela mensagem. Na ocasião, alguns confra-des partilharam suas lembranças mais marcantes do convívio com ele em Petrópolis e em outras cidades e res-saltaram sua importância nos âmbitos acadêmico, editorial e litúrgico (como assessor da CNBB), bem como no na formação, no período em que foi For-mador na Ordem dos Frades Menores.

A celebração eucarística foi suce-dida por um jantar especial com car-dápio que lembrava a infância de Frei Alberto, em sua terra natal.

Na ocasião, a Equipe de Comuni-cação do ITF fez a seguinte entrevista:

E.C. – Quantos anos de vida religiosa o sr. tem?

Frei Alberto – Entrei no Semi-nário em janeiro de 1948, portanto, há 67 anos. Fiz o noviciado em 1957, tendo professado no dia 22 de dezem-bro de 1957. São 58 anos como frade franciscano e 53 como padre.

E.C. – Como foi a descoberta de sua vocação franciscana e sacerdotal?

Frei Alberto – Tudo aconteceu

313

Formação e Estudos

FreI alberto:80 anos

NEUCI L. SILVA

em julho de 1947. Houve missões na Comunidade de Santa Teresinha da Sanga do Coqueiro Baixo, Paróquia de Forquilhinha, SC, pregadas por Frei João Bosco Erdrich. No último dia da catequese para adolescentes, ele me convidou para ir com ele para ser missionário franciscano. Dei o meu “sim” e preparei-me para, no ano se-guinte, iniciar os estudos no seminá-rio. Estava com doze anos e oito me-ses. Foi o grande “sim” de minha vida.

E.C. – Sendo professor de Liturgia, certamente houve algo que o encan-tou e fez com que se aprofundasse nessa área. O que foi?

Frei Alberto – Minha especializa-ção em Liturgia não foi escolha pró-pria, mas atendimento a um convite, melhor, a um mandato do governo da Província. Estávamos no início do Concílio Vaticano II. Frei Boaventura Kloppenburg, depois, Dom Boaven-tura, era perito conciliar. Voltando da Primeira Sessão do Concílio, em fins de 1962, trouxe a notícia de que o Concilio, no Documento sobre a Sa-grada Liturgia, iria exigir a formação apurada de professores de Liturgia. Foi quando os superiores me envia-ram para me formar em Sagrada Li-turgia no Pontifício Instituto Litúr-gico de Santo Anselmo, em Roma. Creio que a designação correspondeu bem com certas aspirações e incli-nações do candidato. Ele apreciava o Culto Divino; regia o coral dos frades bem como o Canto Gregoriano dos Canarinhos de Petrópolis; gostava de entoar o canto gregoriano e fazer o

canto solo no mesmo. Posso dizer que o que me encantou na Liturgia foi a música e o canto.

E.C. – Em sua opinião, quais foram os frutos colhidos pela Liturgia, após o Concilio Vaticano II?

Frei Alberto – Os frutos são nu-merosos e saborosos. Uma nova com-preensão da natureza da Liturgia. Sua compreensão teológica e espiritual. Que a Sagrada Liturgia é a fonte pri-meira da espiritualidade cristã. O uso do vernáculo na Liturgia; o canto do povo e sua participação ativa. A cen-tralidade do mistério pascal do culto cristão, a Liturgia. A alegria com que o povo cristão celebra sua fé.

E.C. – Que conselho ou mensagem da-ria para alguém que ingressa na Vida Religiosa ou abraça o sacerdócio hoje?

Frei Alberto – Que vibre com a fé, com Cristo, com a Igreja, com o ministério ordenado em suas dimen-sões profética, sacerdotal e real; vibre com a Ordem ou Congregação a que pertence. Em suma: que seja realmen-te discípulo e missionário do Senhor Jesus.

ItF

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om a presença de dez frades, o Conselho de Formação da Província se reuniu pela pri-

meira vez neste ano, nos dias 5 e 6 de maio, na Fraternidade do Largo São Francisco em São Paulo. Demos as boas-vindas a Frei Alberto Eckel Jú-nior, recentemente transferido para o Seminário São Francisco de Assis de Ituporanga como orientador, que participava do Conselho pela pri-meira vez. Além de uma rica parti-lha sobre a vida nas nossas casas de formação e nos nossos institutos, nos ocupamos sobretudo de alguns as-suntos a serem encaminhados para o nosso próximo Capítulo Provincial, a saber: a aprovação das novas Dire-trizes para a Formação e os Estudos

da Província e dos novos Estatutos do Secretariado, já pensando uma estrutura necessária para a articula-ção dos seus vários serviços.

Também os representantes dos frades estudantes de Filosofia e de Te-ologia, Frei Juliano F. Fernandes e Frei Eduardo A. Schiehl, expuseram os as-suntos propostos por todos eles e nos informaram dos preparativos para a próxima Assembleia dos Frades Estu-dantes, que acontecerá no mês de julho.

Da sua parte, Frei Diego A. de Melo, impossibilitado de participar em virtude do recente falecimento do seu pai, solicitou que o Conse-lho refletisse sobre algumas questões referentes ao Serviço da Animação Vocacional da Província. Quan-to aos assuntos do Secretariado da Evangelização, Frei Antônio Michels

comunicou que cada frente de evan-gelização deverá refletir, em vista do Capítulo, o seu próprio projeto e que, a partir dessa reflexão, serão fei-tos encaminhamentos para a próxi-ma reunião deste Conselho prevista para o mês de setembro. Depois de quase dois dias de intenso trabalho, encerramos nosso encontro agrade-cendo a Deus pela profícua reunião que fizemos e por todo empenho re-alizado por cada um dos formandos e formadores na busca de qualificar sempre mais nossa vocação evangé-lica e nossa missão evangelizadora. Agradecemos também à Fraternida-de São Francisco que generosamente nos acolheu, providenciando tudo de que precisávamos e proporcio-nando-nos momentos de agradável convivência fraterna.

conselho do secretarIado para a Formação e os estudos se reÚne em são paulo

FREI FÁBIO CESAR gOMES

Formação e Estudos

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Fraternidades

ProGramação

21/06 - 19h00 - DOMINGOMissa com festeiros e trabalhadores da festa – Frei Germano Guesser

25/06 – 16h00 - QUINTA-FEIRA Missa para idosos e enfermos – Frei José Bertoldi

25/06 – 19h00 - QUINTA-FEIRA - 1º DIA DO TRÍDUO

Tema: “A opção missionária da Igreja” . Pregador: Frei Evaristo Spengler – Co-munidades: Santo Antonio, Virgem de Nazaré, N.S. Fátima, Santa Paulina, São Cristovão, São João Batista e Pastoral da Sobriedade, Movimento de Cursilhos, Equipe de Nossa Senhora. Animação: Otávia e Bacca

26/06 – 19h00 - SEXTA-FEIRA - 2º DIA DO TRÍDUO

Tema: “ A Igreja em saída “. Pregador: Frei Evaristo. Comunidades: São Brás, N.S. Aparecida, São Judas Tadeu, São Sebas-tião, Novena N.S.Graças, N.S. Desatadora dos Nós, Movimento Lareira, Movimento Irmãos, Grupos de Reflexão. Animação: Luis Otávio.

27/06 – 15h00 - SÁBADOMissa da catequese e procissão – Frei Evaristo – Animação: Adenis e equipe

São Pedro Apóstolo165ª Festa de

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOGASPAR - SC

2015 DE 24 A 28 DE jUNhO

gaspar prepara a 165ª Festa de são pedro27/06 – 19h00 - SÁBADO - 3º DIA DO TRÍDUO

Tema: “Todos somos discípulos missionários” . Pregador: Frei Evaris-to. Comunidades: Jesus Cristo Libertador, Santa Clara, Bom Jesus, Santa Teresinha, Santa Rita. Ani-mação: Valdir e equipe

28/06 – 7h00 - DOMINGO - ENCERRAMENTO

Saída da procissão pelo rio Itajaí (Porto do Des-champs – Poço Grande).

28/06 – 9h00 - DOMINGO Missa Solene em honra do Padroeiro São Pedro - Festeiros, comunida-de - Animação: Coral e Banda

28/06 – 19h00 - DOMINGO Missa do Padroeiro – Frei Carlos Ignacia. Anima-ção: Jovens

29/06 – 19h00 - SEGUNDA--FEIRA

Missa de Ação de Graças etc.), roda dos brinquedos (bonecas, carrinhos, etc), sacola-surpresa, pescaria, Bazar das Bordadeiras...

27/06 - 10:30 – SÁBADOCHURRASCO, pastel, bolo, cuca, sonho, café, batata frita, pinhão, quentão, ca-chorro quente, porquinho-da-Índia, roda dos festeiros (bicicletas, toalhas, etc.), roda dos brinquedos (bonecas, carrinhos, etc), sacola-surpresa, pescaria, Bazar das Bordadeiras.

SHOW PIROTÉCNICO.

28/06 – DOMINGO Durante o dia LEILÃO DO GADO, churras-co, batata frita, pastel, bolo, cuca, sonho, café, pinhão, quentão, cachorro quente, porquinho-da-Índia, roda dos festeiros (bi-cicletas, toalhas, etc.), roda dos brinquedos (bonecas, carrinhos, etc), sacola-surpresa, pescaria, Bazar das Bordadeiras...

pela Festa

FesTeJos PoPulares 24/05 - 18h30 - QUARTA-FEIRAMACARRONADA e Bolo

25/06 - 18h30 – QUINTA-FEIRARODÍZIO DE SOPA, fogueira, quadri-lha, churrasco, batata frita, pastel, bolo, cuca, sonho, pinhão, quentão, cachorro quente, porquinho-da-Índia, roda dos festeiros (bicicletas, toalhas, etc.), roda dos brinquedos (bonecas, carrinhos, etc), sacola-surpresa, pescaria, Bazar das Bordadeiras...

26/06 - 19h30 – SEXTA-FEIRACHURRASCO, pastel, bolo, cuca, sonho, café, batata frita, pinhão, quentão, ca-chorro quente, porquinho-da-Índia, roda dos festeiros (bicicletas, toalhas,

Paróquia de São Pedro Após-tolo, no Vale do Itajaí, faz neste ano a 165ª Festa em ho-

menagem ao seu Padroeiro. É, sem dúvida, uma das mais antigas do Vale do Itajaí e uma das mais tradi-cionais do Estado catarinense.

Ela remonta à primeira comu-nidade de católicos que ergueu em Gaspar, em 1850, a primeira capela para atender aos devotos colonos alemães, especialmente Frederico Guilherme Schramm, que chegou em 1848, e trabalhou muito pela criação da Paróquia, que se deu em 23 de julho de 1861.

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Fraternidades

jubIleu de ouro da paróquIa da

porcIÚncula de santana

nIteróI, rj

gratIdão pelo passado e coragem para abrIr noVos camInhos

Há cinquenta anos, a igreja dos franciscanos, situada em frente ao Campo de São Bento, Icaraí-Santa Rosa, Niterói era elevada à categoria de paróquia.

Com alegria, frades e leigos estão comemorando jubilosamente a faustosa data. Certamente é momento de exprimir ao Senhor gratidão pelo que ele permitiu que

ali se realizasse no passado e, ao mesmo tempo, descobrir caminhos novos.

1 A terra em que foi construído o convento e a igreja da Por-ciúncula é terra santa. Neste Campo de São Bento havia uma pequena capela em honra da Senhora Sant’Ana que pertencia aos beneditinos. Frades franciscanos do Con-vento de Santo Antônio do Largo da Carioca vinham a Niterói e exerciam apostolado na Igreja de São Domin-gos, não longe da Estação das Barcas. Deve-se destacar o nome e a pessoa de Frei Donato Buecker, frade zelosís-simo que amava Niterói e sua gente e começava a lançar as bases da fundação de uma Ordem Terceira nas terras do Arariboia. Os beneditinos ofereceram aos frades e aos irmãos da Ordem Terceira a possibilidade e se instalarem no Campo de São Bento. Frei Donato e os irmãos secu-lares começaram a construção do templo, da casa para os

frades e de um espaço para as reuniões da Ordem Tercei-ra. Nascia, então, essa igreja que faz o orgulho de Niterói e de sua gente. Era uma casa franciscana que não tinha a categoria de paróquia. Frades zelosos e o entusiasmo dos leigos fizeram com que esse espaço se tornasse centro de espiritualidade muito concorrido. As missas passaram a ser muito frequentadas, as famílias queriam que seus filhos ali fizessem a primeira comunhão e havia muitos pedidos de celebração aí do sacramento do matrimônio. Os frades, com efeito, não só administravam sacramentos como formavam leigos exemplares e atuantes na Diocese de Niterói. As autoridades eclesiásticas acharam por bem elevar a igreja à categoria de paróquia. Assim, nosso pri-meiro pensamento é de gratidão pelo passado. Não é pos-sível deixar de dizer que muito e quase tudo se deve à força e a empenho de Frei Donato, sabendo que a construção

FREI ALMIR gUIMARÃES

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Fraternidades

da paróquia de hoje tem o suor e o labor de um batalhão de leigos e de frades.

2 No momento da criação da Paróquia da Porciúncula vivia-se o ar e o clima da renovação com a realização do Concilio do Vaticano II. Já existiam paróquias vi-çosas no entorno: Santuário das Almas, São Judas na praia e a paróquia dos salesianos em Santa Rosa. A Porciúncula iria se inserir nesse movimento de reno-vação da Igreja. Não se pode deixar de mencionar a figura proeminente de Frei Carmelo Surian, frade que amava a espiritualidade franciscana e tinha um tino pastoral marcado pelo profundidade. Mesmo nos exíguos espaços da casa, a Porciúncula começou a ferver: catequese, serviço de atendimento dos ne-cessitados (SOS), assistência pela Pia União de Santo Antônio, encontro de casais, jovens. Nascia, assim, a paróquia sob o signo do novo, o novo de frades que se dedicaram de coração na novidade de cada dia e o novo do Concílio.

3 Não é aqui o espaço e o lugar de fazer toda a história des-se templo, dessa casa e dessa paróquia. Os leigos de mais idade, os frades que por aí passaram guardam lembran-ças muito gratas. A comemoração do jubileu da Paróquia pede que tenhamos a coragem de construir o novo, de abrir caminhos novos. Quantas luzes e quantas sombras no mundo, na Igreja, na vida religiosa consagrada nesses cinquenta anos de vida da Porciúncula. Quantos avanços no mundo: técnicas de comunicação, pessoas com maior senso crítico, cursos de formação cristã, respeito pela dife-rença, criação de espaços comuns de decisão. Mas tam-bém quanto cansaço, quanta rotina, quanta falta de cons-ciência do que significa ser cristão de verdade.

4 E Icaraí-Santa Rosa cresceram... Foram elevados, de modo especial no final do século passado e começo deste, in-contáveis edifícios nas ruas adjacentes ao Campo de São Bento. E esses novos habitantes se associaram aos antigos. Podemos bem imaginar o desafio para os frades e leigos de animarem em profundidade a querida Porciúncula! As missas dominicais estão sempre cheias de tantos e tantos cheios de boa vontade. Muitos e muitos dos novos habitan-tes do pedaço nunca chegam perto do prédio da paróquia. Desafio acabrunhador esse de fazer um trabalho pastoral sólido e conforme o desejo do Bom Pastor. Ficamos todos perplexos diante desse mundo da competição selvagem e imoral, do descartável, do utilitarismo, do provisório, da indiferença, da comunicação digital sem olhos nos olhos, do hedonismo, da religião self-service, da instabilidade das

famílias da solicitação dos sacramentos sem o desejo de conversão, da religião sentimental, da depredação ambien-tal, do consumismo, da superficialidade, da corrupção em todos os cantos. O amanhã da nossa estimadíssima Porci-úncula levará em conta todos esses desafios já fartamente estudados em documentos da Igreja em diferentes níveis. Forçosamente será preciso surgir o novo. Aliás, em todos os cantos e campos da vida da sociedade e da Igreja essa é a palavra que a tudo perpassa: novo, novidade. Não buscar o “novidadoso” que passa, mas essa novidade que é sugestão do Espírito que não se acomoda a caminhos pisados e ve-lhos. Esse o grande desafio da pastoral, da evangelização, da nova evangelização.

5 Quais seriam as linhas de uma pastoral a ser implantada numa paróquia de grande cidade? Qual a mentalidade dos que se sentem enviados pelo Senhor em tais condi-ções? Não temos respostas. Poderemos apenas sugerir e acolher o que a vida parece nos indicar.

• Acolhida - A paróquia será terra de acolhida, de receber as pessoas como elas são, com suas histórias, procurar saber o que querem, o que buscam, o que desejam, de que precisam, acolhimento dos que perderam um filho ou um irmão na guerra do tráfico ou nas noites quentes de overdose; acolhida dos separados que refizeram ou desejam refazer suas vidas numa segunda união; acolhida do diferente na condição so-cial, na cor da pele, na instrução acadêmica, nas opções de ordem afetiva. Não se trata de inventar uma estrutura nova de acolhimento. A dimensão da acolhida atravessará tudo: acolhedora a pessoa que atende na portaria, o ministro extra-ordinário da comunhão eucarística, o tom das palestras em preparação para os sacramentos, a jeito da homilia.

• Formação – Formação nova, cristã, missionária. Não se trata de encher a cabeça de uns e outros com noções intelectuais, mas antes de tudo buscar a formação do homem interior (formação humana, cristã, missioná-ria e em nosso caso uma formação que veicule o jeito franciscano de se viver). As pessoas precisam ser gente, aprender a escutar, a pensar, a escolher, a decidir, a se-rem personalidades e, dentro do jeito de cada um, líde-res. Uma formação que leve as pessoas a saírem da cena e não frequentarem demais as passarelas. Formação que vá além de vagas e piedosas práticas; formação de cate-quistas que não tenham apenas facilidade de conversar sobre as coisas da fé, mas pessoas que exalem fé em seus gestos, posturas bem como em suas palavras. Pessoas que saibam dar a razão de sua fé. Formação de pessoas no campo da oração que não seja um mero repetir de

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Fraternidades

fórmulas, pessoas que não apenas rezem, mas se tenham transformado em oração, como dizem de Francisco de Assis, seus biógrafos. Na linha da formação: não fazer, por exemplo, reuniões com catequistas apenas para sa-ber se as coisas estão funcionando, mas momentos de aprofundamento pessoal, de partilha de vida e de cres-cimento na santidade de vida; formação que se traduza em encontros onde se tocam as questões polêmicas do mundo (vida, ecologia, casamento etc); formação para a missão ( testemunho pessoal, serviço humilde e anúncio explícito).

• Laicato maduro - Estamos em Icaraí-Santa Rosa, espaço onde residem pessoas de boa formação escolar, que ocu-pam cargos importantes na sociedade, que costumam ter poder decisório. A paróquia hoje e amanhã haverá de formar um laicato maduro. Não precisamos tanto de “funcionários” que façam girar a “máquina” burocráti-ca da paróquia, mas funcionários públicos, balconistas, médicos, juristas, comerciantes políticos não tanto pre-sentes nas sacristias, mas agindo no mundo, como fer-mento da massa, luz do mundo e sal da terra. Criar e ali-mentar um laicato maduro que viva sua fé bem mais no meio do mundo no que nos prédios do que no altar e nas salas paroquiais. Esses leigos estão por aí: nessas missas tão cheias, nos grupos de casais, nos candidatos ao casa-mentos, nos devotos de Santo Antônio. Como descobri--los e como formá-los? Em todo o caso, o amanhã da Igreja não passa pela clericalização dos leigos, mas na formação de um seleto e forte laicato.

• Família - O tema é vasto, complexo. A Igreja tem uma concepção elevadíssima da família. Sentimos que será preciso priorizar o trabalho com a família e nas famí-lias: acompanhá-las, preparar os jovens, trabalhar com as famílias certinhas e as menos certinhas. A problemática é tão ampla e profunda que não sabemos por onde come-çar: instabilidade do vínculo, casamentos sem compro-misso religioso ou civil, uniões consensuais, casamentos “empurrados” para frente, sem viço, sem vigor, ausência dos pais na vida dos filhos e vice-versa, impossibilidade de se educar de verdade, instruir sem educar, a problemática dos idosos... Não basta fazer aqui e ali um encontro de casais. A gravidade da questão requer a invenção de uma maneira nova de abordar todas as pastorais a partir da di-mensão familiar. Atenção: nada de ‘familismo’, nada de casais maravilhosos fechados num narcisismo perigoso. Precisamos de uma pastoral familiar que não seja fixista, engessada, mas capaz de anunciar a boa nova no seio de uma densa neblina.

6 Uma paróquia com marcas franciscanas - Esta pa-róquia é animada por uma comunidade de frades menores. Na verdade, no seu conjunto, ela deveria poder refletir, de alguma forma, o jeito franciscano de se viver o seguimento de Jesus. Poder-se-ia cha-mar atenção para muitos aspectos. Limitamo-nos a mencionar uns poucos:

• Uma forte experiência de Deus na oração: cultivo da interioridade, do silêncio, da convivência com os salmos, espelhando-se na vida dos grandes buscado-res de Deus (Francisco, Clara, Boaventura, Antônio de Pádua). Francisco viveu uma salutar tensão entre con-templação e ação. Nada de ativismo desenfreado, nada de contemplação desvinculada da vida. A paróquia franciscana precisa a ajudar seus fiéis a experimentar a proximidade do Altíssimo e Bom Senhor e ao mesmo tempo sentir que o Amor que é Cristo não é amado: êxtase e missão. A paróquia fomentará dias de oração e jornadas de retiro.

• Experiência de fraternidade - Falar em Francisco, franciscanos, é falar em vida fraterna, carinho de ir-mãos para com irmãos. As equipes de pastoral serão antes de tudo equipes de vida e de aprendizado do viver entre irmãos. A existência da Fraternidade Franciscana Secular sólida e aberta, madura e questionadora da re-alidade, pode ser lugar de aprendizado do que é viver em fraternidade.

• Experiência do leproso - Francisco encontrou o seu Se-nhor de modo especial no rosto desfigurado do lepro-so. Depois que conseguiu vencer a repugnância natural diante daquelas carnes fétidas, começou para ele uma vida nova. A paróquia não pode “aburguesar-se” mas es-tar sempre atenta e mergulhada na realidade dos mais abandonados da face de terra. Ou não?

• Preservar o meio ambiente - Não é necessário en-trar em detalhamentos. Sentimos que os francisca-nos, com seu pai Francisco, lutam pela pureza da água e do ar, beleza dos campos, cuidado pelos animais. Não basta apenas uma manifestação ou outra no dia do meio ambiente. A paróquia franciscana cresce na medida em que canta e vive o hino de louvor da cria-ção que saiu dos lábios de Francisco. Os leigos desse pedaço devem poder levar para seu trabalho e suas atividades esses deslumbramento diante do criado e a certeza de somos guardiães da criação que nos é dada agora pelo Criador.

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Fraternidades

udo começou há cerca de dois anos, onde o desejo de um grupo de Ituporanga, SC, era

de fazer uma peregrinação pelos lu-gares Santos. Tal grupo foi motivado pelo Frei João Pereira Lopes, seu pá-roco. O programa foi encaminhado e o grupo, somado a algumas pessoas do resto do Brasil, estava prestes a fazer a viagem dos sonhos em julho de 2014. Porém, devido aos conflitos na Faixa de Gaza, a agência resolveu por bem cancelar a viagem uma se-mana antes, já que os bombardeios estavam chegando perto do aero-porto de Tel Aviv. Contudo, um bom grupo apostou na ideia de outra data. Peregrinos de Fortaleza e do Rio de Janeiro queriam se juntar ao grupo de Ituporanga e, assim, nos dias 20 a 30 deste ano, aconteceu a viagem dos sonhos, com 33 peregrinos, apesar da crescente alta do dólar.

A peregrinação começou pela

Galileia, visitando os santuários de Caná, Nazaré, Monte Tabor, Bem Aventuranças, Cafarnaum, dentre outros. No Monte Tabor, fizemos uma experiência bonita, partilhando os testemunhos de transfigurações em nossas vidas. Depois, passamos pelo Monte Carmelo (Santo Elias e Nossa Senhora do Carmo). Em Jerusalém e entornos, tivemos a ex-periência de rezar no Monte das Oli-veiras (Ascensão, Betânia, Pai Nosso, Getsêmani) e no Monte Sião (Ce-náculo, Dormição de Maria e lugar onde o Galo cantou). Estivemos uma tarde no lugar onde Maria visitou sua prima Isabel e a casa onde nasceu João Batista e não faltou um passeio pelo deserto da Judeia, indo até Jeri-có, com foto de camelo e banho no Mar Morto. Em Belém, visitamos o Campo dos Pastores e a Gruta onde Jesus nasceu, bem como a Gruta do Leite. Na cidade velha de Jerusalém,

celebramos na frente do Santo Sepul-cro, colocamos bilhetinhos no Muro das Lamentações e caminhamos na Explanada do Templo, passando ao lado da Mesquita de Omar. Numa tarde, rezamos a Via Sacra no cami-nho percorrido por Jesus e, à noite, tivemos um jantar típico num res-taurante beduíno de Belém.

A impressão foi muito boa, onde disputamos o espaço com milhares de peregrinos do mundo todo. Por lá, parece mais seguro que no Brasil. Em resumo, foi o melhor presente que o peregrino deu a si mesmo ou à pessoa que muito ama. E no mês de julho vamos de novo. Já comple-tamos o grupo, com 50 pessoas ins-critas. Para 2016, dois pacotes, que acontecerão no mês de maio e no-vembro!

Frei Ivo Müller, Comissário da Terra Santa

peregrInação pelos lugares santos

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Fraternidades

a manhã do domingo, dia 26 de abril, o grupo de romeiros e benfeitores do PVF (Pró-

-Vocações e Missões Franciscanas) se encontrou no Largo São Francisco para participar de mais uma Roma-ria Franciscana, intitulada “Dia com Maria e Frei Galvão”. Assim, com um grupo de 46 pessoas, partimos em di-reção à casa da Mãe Aparecida, com as bênçãos de Frei Alexandre Rohling, que, junto com Lucas Vieira (PVF), acompanhou e conduziu o grupo.

Frei Xandão animou a todos com cantos e seu violão, seguido de momento de oração acompanha-

do pela imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Na Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o grupo visitou a imagem da Mãe Aparecida, a igreja, a Sala dos Milagres e fez seus agrade-cimentos e pedidos a Nossa Senhora.

Em seguida, os romeiros parti-ram para o Seminário Franciscano Frei Galvão, em Guarantinguetá, onde foram acolhidos por Frei Jorge Lázaro, Frei Soneca (Frei Airton) e os postulantes franciscanos. Após o de-licioso almoço no seminário, pude-mos visitar os espaços da bela casa de formação, os jardins, as exposições de presépios e de imagens de São Francisco. A todos, e especialmente

aos que visitavam o Seminário pela primeira vez, neste belíssimo dia de sol, a paisagem certamente encheu os olhos e a acolhida preencheu o coração. Encerramos a visita com a participação na Santa Missa presidi-da por Frei Claudino Dal’Mago.

No finalzinho da tarde, ainda em Guaratinguetá, visitamos a Catedral Santo Antônio, onde Frei Galvão foi batizado e fez sua Primeira Comu-nhão, bem como a casa onde o san-to franciscano, que recebeu do Papa João Paulo II o título de “Homem da Paz e da Caridade”, nasceu e passou a infância. Com um tranquilo retorno a São Paulo, encerramos este aben-çoado dia de romaria.

pVF

‘um dIa com marIa e FreI galVão’CRISTY AZEVEDO

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ealizamos o nosso encontro “Regional” nos dias 4 e 5 de maio. A Fraternidade Fran-

ciscana Nossa Senhora da Concei-ção, de Angelina, acolheu as demais fraternidades na manhã do dia 4 de maio. Frei Nilton Decker, coordena-dor, nos propôs que iniciássemos o encontro na Gruta de Nossa Senho-ra de Lourdes, onde faríamos uma oração mariana.

Renovados pela visita à gruta de Nossa Senhora de Lourdes, demos continuidade ao encontro. Após a leitura e discussão da Ata, fizemos a partilha das fraternidades, compar-tilhando nossa fé, preocupações e êxitos da nossa evangelização, como também nossa convivência fraterna. Demos as boas vindas a Frei Cid Ta-deu Passos, que veio para contribuir com os seus dons e talentos junto à Fraternidade de Angelina. No en-contro do Regional, estavam pre-sentes os aspirantes Bruno Cezário e Carlos Henrique, que fazem a ex-periência da primeira etapa do as-pirantado na Fraternidade de Santo Amaro da Imperatriz. O Definidor Frei Germano Guesser nos incenti-vou para que fizéssemos uma parti-lha sobre o Encontro de Párocos e Guardiães em Rondinha, e falou--nos sobre as notícias do Definitó-rio. Ainda Frei Nilton lembrou-nos da importância do “Projeto fraterno de Vida e Missão”, pois, a evange-lização em fraternidade deve ter pistas de ações concretas que privi-legiem a unidade e a sintonia com a Igreja e a Província. Encerramos o primeiro dia de nosso encontro com um jantar às 19 horas.

No segundo dia do encontro, rezamos o Ofício da manhã, da

regIonal do leste catarInenseFREI MARCOS P. DOS SANTOS

Festa da Imaculada Conceição. Frei Germano Guesser fez-nos a propos-ta de leitura e discussão: Anteproje-to da Província para a presença nas Paróquias e Santuários. Devido à importância deste texto, de expli-citar a nossa presença em meio ao povo santo de Deus, atendendo à nossa vocação de frades menores, a serviço da Igreja e da Província, de-cidimos trabalhá-lo melhor no pró-ximo Encontro do Regional, no dia 14 de setembro, em Santo Amaro da Imperatriz. Ainda, como necessida-de de uma partilha mais frutuosa, decidiu-se que haverá no dia 6 de julho uma reunião da frente das pa-róquias que compõem o nosso Re-gional para partilhas e discussões, realizadas à luz deste mesmo texto. Finalizando o nosso Encontro, fo-ram feitos alguns comunicados:

Festa de Santo Antônio: confir-madas as pregações da Festa de San-to Antônio, em Florianópolis. Cada dia da Trezena de Santo Antônio terá um pregador. Como Regional, nos

alegramos pela Festa de Santo Antô-nio.

Festa do Divino Espírito Santo: também em nosso Regional aconte-cerá a Festa do Divino Espírito San-to, em Santo Amaro da Imperatriz. Será motivo de grande alegria para o nosso Regional. Celebremos com espírito de oração!

No dia 30 de junho, Frei Eliseu Tambosi, na fraternidade de Floria-nópolis, às 10h da manhã, celebrará sessenta anos de sacerdócio. A Fra-ternidade Franciscana de Santo An-tônio, em Florianópolis, convida a todos para está grande festa.

Os aspirantes Bruno Cezário e Carlos Henrique farão uma visita a cada fraternidade que compõe o nosso Regional.

Frei Luís Aliberti nos comuni-cou, com muita alegria, o término das obras de reforma na residência de Angelina. Ficaram muito boas e todos puderam visitá-las.

Às 11h45, Frei Benjamin Ansolin nos deu a bênção final.

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| Comunicações | Junho 2015 |

Fraternidades

• Antônio vive no coração do povo santo; é o santo mais popular, quer no coração do pobre quer no coração do rico!

• Antônio pertence a todos os sé-culos, e é venerado por todas as camadas sociais (pobres e ricos) e costumamos chamá-lo santo do mundo inteiro! Intercessor universal!

Antônio é um santo bem próximo; seus devotos a ele recorrem e sa-bem que vão encontrar um amigo íntimo... Até mesmo, implorando, acontece de alguém brigar com ele, de mentirinha!... Tanto é a in-timidade entre devotos e ele.

Sabe-se que Antônio se apresenta como pessoa simples, sempre bem próximo do dia a dia das pessoas, é alguém, de fato, acessível.

E sabem os devotos que podem contar livremente suas aflições nos ouvidos do santo, mostrar as suas lágrimas, implorar sua ajuda, e fa-zem isso com muita fé perante esse Santo que atende aos devotos em todas as necessidades!...

• Venerado como restituidor das coisas perdidas, como também santo casamenteiro; protetor nas horas difíceis, nos reveses da vida.

Ele se preocupa com estas coisas: Pão na mesa, saúde dos filhos, harmonia nas famílias, e até de ca-samento feliz! São coisas da vida.

• Consta que Santo Antônio, em termos de amor ao próximo, se-guiu o grande Santo Ambrósio,

Antônio, Santo desse mundo inteiro,Em “n” casos graves, Intercessor,O nosso mundo te pede e, ligeiro,Vem socorrer, no mundo tanta dor!

Antônio desse chão. Luso, Brasil,Aqui, história quando Colônia fez,Pelos seus frutos sob o céu de anil;- Vem socorrer o País outra vez!

Antônio, Santo Bem Brasil, de outrora,Santo do fundo - coração do povo,E que ainda hoje vive nosso agora!...

Todo o Brasil o Santo PopularVenera alegre, esse irmão de Francisco,De quem aprendeu a lição de Amar.

Frei Walter Hugo de Almeida

santobrasIl

bem

santo antÔnIo de lIsboa ou pádua

justas; ele denunciou com bravura a injustiça: A prega-ção dele mexia com este tipo de sociedade.

Sua mensagem acordava os que tinham demais a abrirem suas gavetas, móveis, armá-rios, e partilhar deste pão aos irmãos necessitados!...

Poderoso pela palavra: Es-teve ao lado dos pobres, dos fracos; e os defendia; por isso ainda hoje, falamos dele como o santo do pão dos pobres!...

• Por amar seus irmãos, os pobres, Antônio investiu contra os avarentos de sua época; Dizia que o coração deles não estava no peito, mas no cofre de dinheiro!

• Por tudo isso, concluímos que Antônio nos ensina que a partilha é o que nos levará a sermos felizes!... Quem re-parte, reparte a vida, aposta na sobrevivência!... E pode-mos dizer que a crise de fra-ternidade é a raiz de todos os males sociais do nosso tem-po.

• Imploremos ao nosso Santo Intercessor, nosso Querido

Santo Antônio, com estes versos de sua Missa:

Santo Antônio do Pão da pobreza,Santo bom que a ninguém deixa só,Vem gritar: “Falta pão nesta mesa!”Roga a Deus, pelo povo, tem dó!

Frei Walter Hugo de Almeida

quando dizia: - O Supérfluo per-tence ao pobre!

Santo Antônio pregava: - O que não podes levar contigo, não é teu! Leva-va ele esta desafiadora mensagem ao povo que o ouvia!

No seu tempo, havia muitas leis in-

no site www.franciscanos.org.br,confira as programações das trezenas

de santo antônio na província

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os dias 18 e 19 de abril, 118 jovens crismandos da Paró-quia Santo Antônio parti-

ciparam do 3º Caná, no Centro de Pastoral Frei Aquilles Kloekner. O retiro encerrou as atividades reali-zadas em conjunto com a catequese e o grupo de jovens Geração Força Jovem/ Santa Mônica (GFJ), que implantou o processo do Caná na Paróquia em 2013, com o objetivo de manter esses jovens ativos em suas comunidades.

Durante todo o ano, membros do GFJ acompanharam as reuniões de crisma para motivá-los a par-ticipar de um calendário cheio de atividades, que começaram no mês de agosto com um concurso de re-dação; em seguida, no mês de se-tembro, o “Torneio Bíblico”; em fe-vereiro, o “Apaixonados pela Vida”, evento aberto à comunidade e que reuniu mais de 300 jovens, e, por último, o Caná. “Este ano, o Caná superou todas as nossas expectati-vas; trabalhamos com um número de pessoas superior a todos os anos anteriores e conseguimos alcançar o

joVens da paróquIa santo antÔnIo se reÚnem no 3º caná

KARINA ARRUDA

objetivo graças ao amor que nossa Paróquia tem por este retiro, que re-anima em todos nós o sacramento da crisma. A cada jovem transfor-mado, nossa fé também é confirma-da”, acredita Fabrício Amorim, 37 anos, idealizador do GFJ.

No dia 19, os crismandos foram convidados a participar da Missa de pós- encontro na comunidade Santa Mônica, e lotaram a reunião. Todos tiveram a oportunidade de

outra Paróquia. “Cheguei em casa no domingo e encontrei minha mãe na maca sendo levada ao hospital. Participar do Caná me fez enfrentar essa situação de outra forma e me deu forças para entender que Deus está cuidando de nós e unindo nos-sa família nesse momento difícil. Tive a certeza nesses dois dias que Deus cuida de mim e não me deixa nunca”, revelou Giovanna Rodri-gues, 15 anos, crismanda da Paró-quia São Francisco.

Segundo os organizadores do retiro, mais de 1.200 pessoas foram envolvidas direta e indiretamen-te, entre elas: jovens, servos, pais e familiares. “O objetivo é documen-tarmos todo o processo de elabora-ção do Caná, inspirado no modelo de organização do Encontro de ca-sais com Cristo (ECC), e levarmos o retiro para outras paróquias”, es-pera Lucas Paes Estevão, 21 anos, coordenador Geral do 3º Caná.

contar suas ex-periências no Caná e dar seus t e s t e m u n h o s .

Entre os 118 jovens, 14 deles foram convidados especiais da Paró-quia São Francis-co de Assis. Esta foi a primeira vez que o retiro re-cebeu jovens de

sorocaba

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Fraternidades

o dia 3 de maio, domingo, a Igreja do Santuário Divino Espírito Santo de Vila Velha

abriu-se para mais uma apresenta-ção cultural, desta vez a Orquestra de Câmera alemã Berliner Camerata deu início à sua série de quatro con-certos no Espírito Santo, apresentan-do-se primeiramente em Vila Velha, com espetáculo gratuito, aberto a todo o público após a última missa dominical.

Na terça-feira, dia 5 de maio, a Orquestra se apresentou no Theatro Carlos Gomes - apresentação didá-

tica para alunos convidados da rede pública do Estado. No mesmo dia, às 20 horas, realizou o grande concerto de gala para o público em geral no mesmo teatro. O tour do grupo em solo capixaba se encerrou na cidade de Cariacica.

A orquestra, respeitada interna-cionalmente, foi criada pela violinis-ta Olga Pak juntamente com jovens músicos de Berlim na primavera de 2009 e ganhou, em pouco tempo de existência, excelente reputação. Ocu-pa lugar de frente entre as melhores orquestras de câmara da Alemanha.

Tem se apresentado com artistas de renome. A Orquestra organiza o

Festival “Berliner Klassiksommer” além de coordenar a sua própria sé-rie de concertos em Berlim (Philhar-monie e Konzerthaus), em Hambur-go (Laeiszhalle), em Bremen e em Leipzig (Gewandhaus).

A Igreja do Santuário é a prefe-rida dos maestros e músicos nacio-nais e internacionais que se apre-sentam na Grande Vitória, por sua acústica e capacidade de acomo-dação. No dia 23 de maio, quando se comemora o dia do Estado do Espírito Santo, novamente sediar uma apresentação cultural, desta vez da Orquestra Sinfônica do Es-pírito Santo.

o prIVIlégIo de ouVIr a berlIner camerataFREI JAMES F. g. NETO

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Fraternidades

a casa da Mãe de Deus, Nossa Senhora da Penha, o Campi-nho do Convento da Penha

voltou a ficar cheio durante a Celebra-ção Eucarística em ação de graças pelas Mães no sábado, dia 9 de maio. Há um mês, o Campinho lotou durante nove dias em homenagem à Festa da Pa-droeira do Espírito Santo. Desta vez, as mães de Vila Velha subiram o Morro da Penha para celebrar e agradecer a

Deus pelo dom da maternidade. Na verdade, esta celebração tem

muito a ver com a Festa da Penha. É conhecida como a “Romaria das Mães” e já é tradicional, pois desde 1956, como mostra o livro de regis-tros do Convento da Penha, as mu-lheres do interior do Estado que, por não conseguirem participar da Festa da Penha, aproveitavam a vinda à ci-dade no sábado anterior ao Dia das

Mães para subir o santuário, levan-do flores para Nossa Senhora. O dia passou a marcar o encontro de devo-tas de todo o Estado para celebrar a Missa das Mães.

O guardião do Convento da Pe-nha, Frei Valdecir Schwambach, pre-sidiu a Celebração Eucarística, tendo como concelebrante o Pe. Jacó de Cariacica, e disse que Deus não tira-va os olhos de todas as mães. “Deus

“romarIa das mães” da penha

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Fraternidades

não tirava os olhos de Maria e está sempre olhando por vocês”, disse o guardião, frisando que esse olhar de Deus é maternal e amoroso. “Deus olha pra você porque ele ama a cada uma”, acrescentou, lembrando que amar nem sempre é fácil, mas tem suas exigências.

Falando especialmente para as mães da Penha, disse para ficarem tranquilas, porque Deus já as forta-leceu no amor quando assumiram a vocação de ser mãe. “Deus já dotou vocês com essa capacidade. Vocês já

vivem o amor no cotidiano à medida que sabem abdicar das vontades pró-prias. Qual mãe não perdeu tantas noites de sono pra cuidar dos filhos e tantas outras coisas enquanto o filho era pequeno?”, perguntou.

Frei Valdecir lamentou que em muitas famílias, em vez do amor reine a violência contra as mulhe-res, contra as mães. “Deus quer de nós que cuidemos uns dos outros e não nos façamos mal uns aos ou-tros. Amai-vos uns aos outros e não amassai-vos uns aos outros”,

enfatizou o guardião da Penha. Frei Valdecir também pediu para

que o Dia das Mães não seja festeja-do só um dia. “Não teria sentido a gente só lembrar de nossas mães em um dia. De que adianta dar um carro zero se não tiver amor? Com certe-za, para as mães, é melhor a presen-ça amorosa em 365 dias do ano do que um presentão sem amor. Mãe é para todos os dias e merece sempre o nosso carinho e respeito. E o amor de Deus, vocês já o tem, podem ter certeza”, completou.

Fotos: Solange Souza

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FIMDA

Vários são os mo-mentos marcantes que temos viven-ciado nesses últi-mos dias. Gosta-ríamos partilhar um deles. Um fato digno de nota é o primeiro retiro do

ano dos frades em nossa Fundação. O retiro ocorreu entre os dias 8, 9 e 10 do mês de maio. Foi um tempo forte que serviu como oportunidade para nos fortalecermos um pouco mais dentro de nossa busca de se-guimento de Cristo, ao modo de São Francisco.

Em meio à agitação da cidade, da

rotina corrida, dos estudos e traba-lhos deu para “afastar-nos” um pou-co da mesmice. O fato é que saímos, não exatamente para fora da agitação nem da cidade. Apenas saímos, por um momento, das nossas duas fra-ternidades – Viana e Palanca – para nos encontrarmos, como frades es-tudantes, em uma casa de retiro e es-piritualidade das Irmãs Mercedárias para, com Francisco, fazermos um encontro com o Senhor e rezar, pas-so a passo, a oração ‘Altíssimo, Glo-rioso Deus…’

O interessante, já na Missa de abertura presidida pelo Frei Marco Antônio dos Santos e concelebrada pelo nosso formador e presidente da Fundação, Frei José Antônio dos Santos, lembrava-nos Frei Marco,

orientador do retiro, que “temos pouco tempo para parar e apartar--nos da nossa rotina do dia a dia. No entanto, o maior confronto, num re-tiro, é ficar o tempo todo pensando nos compromissos que deixamos de fazer”. Realmente, deixar a rotina do dia a dia, para quê? Ai é que está a questão. De certo modo, há momen-tos em que precisamos rever a nossa vida (Vida Religiosa Consagrada) e refletir sobre “o dom de Deus que vale a pena acolher”. Não se trata de um parar por parar, mas parar para ver se evoluímos como pessoas hu-manas, por conseguinte se somos bons religiosos. Através dos textos e da fala do Frei Marcos, com todo aquele seu jeito de explicar as coisas através de exemplos, de forma sim-

mIssão de angola

Frades estudantes FaZem o prImeIro retIro do ano

FREI CRISóSTOMO PINTO ÑgALA0

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FIMDA

ples e divertida, tivemos a oportuni-dade de perceber “qual é o ideal” do nosso modo de vida e “qual é a situ-ação real.” Como professos temporá-rios – dizia – estamos vivendo uma fase de “consolidar as bases e colo-car a mão na massa”, comprometer--se com o carisma, com a Ordem, com a Província e com a Fundação. Refletimos que, em termos de Vida Religiosa, ainda somos adolescentes, mas é nosso dever ter uma identida-de própria.

Outra coisa que importa ressaltar

é a reflexão que fizemos, no último dia do retiro, em torno das palavras do Papa Francisco no encontro que teve com os formandos, no dia 6 de julho de 2013. Percebemos que atu-almente não é fácil fazer uma opção definitiva porque somos vítimas de uma cultura do provisório. Em con-trapartida, se levarmos uma vida que se fundamenta na alegria do vigor, se procurarmos viver bem a nossa consagração de forma autêntica e transparente, não estaremos longe do Reino de Deus.

Após o momento de partilha re-alçou o pregador que não podemos juntar o bom de uma fraternidade e o de outra para dar o “bem bom”. Para o nosso modo de vida, o ideal é enfrentar os desafios e as coisas na sua realidade e seu contexto. Na nos-sa situação real temos de perceber que só “quem tem dificuldades de amar é que mais tem necessidade de amar”. Como Clara e Maria, a mãe de Jesus, queremos aprender a silenciar e a contemplar e, se possível, guardar tudo em nossos corações.

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FIMDA

2004

novembro• Mês Missionário – Missões em Katepa.

2005

maio• Frei Augusto Koenig – Ministro Provincial

visita as Missões em Angola.

Junho• Encontro com a infância missionária –

Viana.

setembro• Campanha Missionária: aquisição de

bíblias e material escolar.

• Família Franciscana de Luanda festeja Santa Clara.

outubro• Fundação celebra quinze anos da presen-

ça franciscana em Angola.

dezembro• Frei José Urley Lopes Buitrago é o 25º

frade enviado como missionário em Angola.

cronologIa da mIssão em angola (VII)

Angola é um país da África Aus-tral, cuja superfície é de 1.246.700 km². Estima-se que a população seja de 24 milhões de habitantes, com uma expectativa de vida, se-gundo dados oficiais de 2012, de 51,4 anos.

Três pilares sustentam a econo-mia: petróleo, mineração (diaman-tes) e pesca marítima. A maioria dos produtos, especialmente a ali-mentação, é importada; por isto o custo de vida é muito elevado. Os estrangeiros são muitos. Árabes e chineses dominam o mercado, especialmente da construção civil (lojas, prédios, estradas, hidrelétri-cas). Os médicos, em sua maioria, são chineses e cubanos.

Desde o século XV, Angola foi colônia de Portugal. A luta pela in-dependência culminou com uma guerra que durou de 1961 a 11 de novembro de 1975.

Sua proclamação ocorreu, si-multaneamente, em Luanda, pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e, em Huambo, pela União Nacional para a Inde-pendência Total de Angola (UNI-TA) e pela Frente Nacional de Li-bertação de Angola (FNLA).

angola em tempos de paZ

FREI LUIZ IAKOVACZ

A tentativa de unificar o país, sob a bandeira de um só parti-do, ocasionou uma guerra civil que só terminou em 2002, com a morte do líder Jonas Savim-bi (UNITA), ferrenho opositor ao governo de Luanda (MPLA). Essa guerra (1975-2002) foi mui-to sangrenta, deixando cidades e aldeias destruídas e uma precária infraestrutura.

Hoje, 13 anos após o acordo de paz, o país está sendo reconstruído. Há um crescimento econômico, mas as desigualdades sociais são gritantes e, segundo a instituição Transparência Internacional, An-

gola é um dos países “mais cor-ruptos do mundo”. O sistema de governo é presidencialista e José Eduardo dos Santos (MPLA) está no poder desde 1979.

Um pormenor importante: em 1990, houve um cessar fogo e pro-posta de eleições. Após as tratati-vas entre os partidos, estas acon-teceram em 1992. José Eduardo dos Santos (MPLA) venceu, mas a UNITA não aceitou o resultado, dizendo que houve fraudes. Isto motivou o reinício da guerra que se prolongou até 2002, com a mor-te de Jonas Savimbi e o acordo de paz.

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FIMDA

2006

abril• Envio de dois novos missionários para

Angola: Frei Laerte de Farias dos Santos e Frei Aloísio Paulo dos Santos.

Julho• Ordenação Diaconal de Frei Alexandre

Magno Cordeiro da Silva em Angola.

outubro• Campanha Missionária 2006: aquisição

de máquinas para confecção de sacolas plásticas.

2007Janeiro• Ordenação presbiteral de Frei Alexandre

Magno no dia 13 de janeiro em Palhoça/SC.

Junho• Frei Afonso Katchekele Quessongo, pri-

meiro angolano a fazer a Profissão Solene.

• Frei André Gurzynski e Frei Atílio Dalla Costa Battistuz terminam curso no Centro Cultural Missionário em Brasília.

setembro• A Missão de Angola celebra dezessete

anos de lutas

Em todas as eleições, José Eduardo venceu. Como presidente, nomeia os governadores e ministros das 18 Províncias; tem porcentagem financeira nas empresas que se instalam no país, inclusive, a Odebrecht; os mo-vimentos e centrais sindicais estão atrelados ao gover-no. Em 2017, este governo tem tudo para vencer, nova-mente.

A Igreja Católica, durante as duas guerras, se posi-cionou ao lado do povo, denunciando a morte de mui-tos civis e, principalmente, o desrespeito aos direitos humanos. Foi ela que intermediou a proposta das elei-ções (1990) e o pacto da paz (2002). Através da Caritas Internacional, alimentou muitos famintos. Por isso, re-cebeu o Prêmio Sakharov para os Direitos Humanos, concedido pelo Parlamento Europeu.

A Província iniciou sua missão em 1990, no auge da guerra civil, quando para cá vieram os primeiros missionários: Freis José Zanchet, Pedro Caron e Plínio Gande. Em setembro, celebraremos o Jubileu de Prata. Como diz um provérbio popular “uma caminhada de cem passos sempre começa com o primeiro”.

• A Escola Santo Antônio continua com o mesmo número de alunos, 65 seminaristas e 7 externos. O ano escolar é composto de quatro trimes-tres. A cada um deles, segue-se um intervalo de duas semanas sem aula para os alunos, enquanto os professo-res ultimam seus compromissos com a secretaria (provas, nota), fazem o Conselho de Classe e se dedicam ao cultivo pessoal. Os seminaristas po-

dem ir para casa, mas a maioria per-manece no Seminário. Em julho não há férias.

• A Paróquia Santos Mártires de Uganda é composta de 25 comuni-dades, próximas à sede. Já em Can-gandala moram a Irmãs São José, que coordenam uma imensa exten-são de 97 comunidades, algumas bem distantes e onde o único meio de transporte é a moto. De maio a

setembro não chove e é, neste perío-do, que são atendidas. Os frades lhes dão assistência religiosa.

• Em Malange, somos sete frades morando e duas fraternidades sob uma guardiania. Há bom intercâm-bio de entreajuda, tanto nas pas-torais como nas aulas. O convívio fraterno é alimentado com visitas e recreios, e com a Lectio Divina se-manal.

notícIas de malange

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Evangelização

Para celebrar os 15 anos de sua existência, o Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras) promove neste ano, seminários em diversas cidades da região Sudeste do Brasil para tra-tar o tema da defesa dos direitos da infância e da adolescência. O fio con-dutor desses eventos é o debate sobre os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), comemorado também em 2015.

Com estes seminários, o Sefras quer reafirmar o compromisso com a infância e a adolescência, promoven-do debates sobre os desafios e as pers-pectivas do ECA.

Sendo assim, o primeiro seminá-rio será realizado em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo, onde o Sefras desenvolve um serviço de con-vivência e fortalecimento de vínculos para adolescentes e jovens da região da Topolândia. O evento acontecerá no auditório da Faculdade São Sebas-tião (FASS), no dia 9 de junho, às 14h.

De acordo com a supervisora téc-nica do Sefras, a professora doutora em serviço social pela PUC/SP, Ro-sangela Pezoti, o seminário objetiva realizar uma análise dos avanços e os dos desafios do ECA após os 25 anos de promulgação. “Queremos trazê-lo como elemento de análise no mo-mento político que a sociedade brasi-leira vem passando, com um recorte na reflexão sobre a proposta de redu-ção da maioridade penal”, enfatizou.

Para assistente social, estes semi-

nários irão provocar uma reflexão sobre as possibilidades de construção de estratégias que fortaleçam os direi-tos de crianças e adolescentes, prin-cipalmente na atuação do Sefras. Da mesma maneira, ela espera reafirmar “a necessidade de articulações que provoquem o poder público e a so-ciedade a repensarem as práticas com adolescentes em conflito com a lei”.

Desde a sua origem, as crianças e os adolescentes sempre foram direta ou indiretamente ligados à rede de atendimento do Sefras. Atualmente, com o redimensionamento da atu-ação da instituição, este público se tornou entre os prioritários, com a preferência de atuação nas regiões pe-

riféricas. “São públicos prioritários na ação do Sefras, pois, são entendidos como sujeitos de direitos, em desen-volvimento, e que possuem seus direi-tos em constante violação”, ressalta a assistente social.

Hoje, o Sefras conta com quatro serviços na área da infância e ado-lescência, distribuídos em centros de convivência e atividades socioedu-cativas, como no caso da Fundação Casa.

No calendário de comemoração dos 15 anos do Sefras, os próximos se-minários estão previstos acontecer na cidade de São Paulo, no dia 6 de julho (local da definir) e, em Petrópolis, no RJ, no dia 26 de agosto, no ITF.

desaFIos eperspectIVasnos 25 anos do eca

seFras

FABIANO VIANA

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| Comunicações | Junho 2015 |

Evangelização

Com o intuito de refletir temas da atualidade para desenvolver o pensa-mento crítico sobre os acontecimen-tos e a própria vida, o Sefras realiza oficinas socioeducativas no Centro de Detenção Provisória (CDP Fe-minino) de Franco da Rocha e na Fundação Casa, unidades Rio Nilo e Ruth Pistori, em São Paulo.

“Dentre os temas, trabalhamos com as mulheres questões sobre a situação delas na sociedade, bem como as condições de injustiça em vista das desigualdades sociais. Tam-bém promovemos a reflexão sobre o mundo do trabalho e as perspectivas para o retorno à sociedade”, explica a coordenadora do serviço do Sefras nos cárceres, Camila Gibin.

presença solIdárIa nos cárceres Semanalmente, o

Sefras Curitiba realiza rodas de diálogos com as pessoas em situa-ção de rua atendidas no serviço. A ativida-de ocorre de segunda à sexta-feira, antes do “Café da Tarde”, que é oferecido a esta po-pulação do centro da cidade.

A proposta do di-álogo de psicologia,

seFras curItIba

superação”, considera o coordenador do Sefras Curitiba, Flávio Eloy. Esta atividade de diálogo requer mais tem-po para a realização das dinâmicas e das conversas, portanto, ocorre após “café da tarde”. A roda de conversa é conduzida por alunos do curso de psi-cologia do Centro Universitário FAE.

por exemplo, às terças-feiras, é de re-fletir as demandas de rompimento de vínculos familiares, de desânimo, de solidão, de dependência química, de carências, de violência entre outros assuntos.

“Temas que propiciam apoio, mo-tivação, autoestima e esperança para

seFras são sebastIãoEm São Sebastião, no litoral Norte

de São Paulo, a dificuldade dos jovens em assimilar os conteúdos reflexivos e críticos foi superada com o exercí-cio da arte e da pintura em paredes. Esse método se tornou um exemplo educativo e expressivo para despertar nos jovens o potencial criativo e de expressão, além de noções de perten-cimento.

“Pensamos na inserção do uni-verso artístico como forma de ex-pressão, até porque entendemos a arte como uma forma de manifes-tação. Pensando nessa possibilidade de intervenção, utilizamos dentro do próprio espaço do Sefras as paredes e o ambiente comum para que isso pudesse aparecer e sempre ser mani-festado e lembrado dentro das pro-postas que desenvolvemos”, conta o psicólogo e coordenador do projeto José Carlos Junior.

O psicólogo destaca que, para um, bom resultado desse trabalho, o Sefras contou com a participação de dois oficineiros: um de grafite e outro de arte-educação. O grafite está presente por retratar um linguajar urbano e de crítica política, enquanto a arte-edu-cação vem para exprimir sentimentos e ideias, ou seja, o pensamento sobre o que exprime aquela arte exposta por eles mesmos.

“Então, dentro dessa possibilidade de inserção artística e ainda por cima, ajudando dentro do processo assimi-lativo e cognitivo deles, conseguimos ampliar muito o nosso universo para entrar com propostas mais temáticas e reflexivas, onde eles possam trazer diversos conteúdos, não só através dessa representação”, explica José Car-los.

De acordo com o coordenador, diante dessa experiência que quali-ficou o processo sócio-educativo no Sefras, a arte passou a fazer parte do dia a dia dos jovens e da metodologia de trabalho.

“Muda neles a própria identifica-ção com o ambiente. Eles reconhe-cem o lugar e se reconhecem dentro daquele espaço. Então, cria-se uma relação de identidade com o Sefras e de identidade coletiva com o próprio grupo”, conta.

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Evangelização

projeto socIal atende joVens de baIXa rendaassocIação bom jesus

JULIANO ZEMUNER

alto índice de aprovados em processos sele-

tivos e a inclusão dos recém-formados no mercado de trabalho são motivos de come-moração para o Colé-gio Sesc São José. Os seis anos do programa educacional foram cele-brados no mês de maio, quando os executivos do Grupo de Ensino Bom Jesus e do Servi-ço Social do Comércio do Paraná (Sesc-PR) se reuniram com os alu-nos do Ensino Médio, no Salão Nobre da esco-la, em Curitiba (PR).

O projeto social atende mais de 800 es-tudantes ao ano e todos

sImpósIo comunIcação e FamílIaOcorreu no dia 12 de maio, na

FAE Centro Universitário, a aber-tura do Simpósio Comunicação e Família, elaborado a partir do tema do 49.º Dia Mundial das Comunica-ções Sociais, promulgado pelo Papa Francisco: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”.

O evento, realizado pela Co-missão da Família e Vida, Pastoral da Comunicação e da Educação da Arquidiocese de Curitiba em aliança com as Paulinas Brasil e o Grupo Bom Jesus, recebeu o Bispo Referencial da Comunicação da Ar-quidiocese de Curitiba, Dom José Mário Angonese, e o Reitor da FAE, Frei Nelson José Hillesheim, para

proferirem as mensagens de boas--vindas às famílias.

Para o Reitor da FAE, comunicar significa poder dar condições para as pessoas viverem melhor e mais felizes. “Conseguimos transformar nossa realidade e a da nossa família quanto mais participamos de en-contros como esse, quanto mais nos capacitamos e adquirimos conhe-cimento”, declara Frei Nelson, que finaliza: “Queremos pessoas apaixo-nadas pelo evangelho e dispostas a comunicá-lo. Durante o encontro, ocorreu também a palestra “As rela-ções em transformação” com o Pe. Gilberto Bordini e com os membros do Movimento dos Focolares, o ca-sal Mara e Marcelo Avelino.

Da esq. para dir.: Frei Nelson Hillesheim, Darci Piana, Jorge Apóstolos Siarcos, Paulo Roberto Araújo Cruz e Marlene Kochinski.

334

eles são de famílias de baixa ren-da. Os jovens recebem bolsa inte-gral para cursar o Ensino Médio e dispõem do material didático e da equipe docente do Bom Jesus. Eles também são orien-tados por profissionais do Sesc--PR sobre carreira profissional.

Darci Piana, presidente da Federação do Comércio do Pa-raná (Fecomércio-PR), sistema que inclui o Sesc-PR, compar-tilhou com os estudantes um pouco da sua experiência de vida durante o encontro. Com origem humilde no interior do Rio Grande do Sul, o executivo teve uma trajetória de muito es-forço até conquistar o sucesso na capital paranaense.

“Nem sempre conseguimos

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335| Comunicações | Junho 2015 | 335

Evangelização

A música erudita acaba de ganhar um registro histórico do trabalho de um dos corais de meninas mais famo-sos do Brasil: o CD “Memorare”, do Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis. Este é o primeiro CD do coro, que há 25 anos encanta o país.

“Nossa intenção é mostrar para o público a maturidade alcançada pelo Coral das Meninas dos Canari-nhos. Por isso, selecionamos obras de grande porte, tanto da música erudi-ta, como da música clássica. Poucos são os coros infanto-juvenis que se atrevem a lançar um trabalho como este, dada a complexidade das com-posições”, exaltou o maestro do coral, Marcelo Vizani, afirmando que este trabalho é a realização de um sonho. “A obra coroa o grande trabalho rea-lizado pelas meninas ao longo destes 26 anos”, comemorou.

Gravado em 2014, “Memorare” possui 11 faixas. Entre as composi-ções, estão clássicos da música sacra e produções nacionais do gênero, compostas especialmente para o CD, como “Haec Dies II”, de Antonio Gas-tão, “O Sacrum Convivium”, de Mar-co Aurélio Lischt e “Ave Maria”, de Alexandre Schubert.

Segundo o maestro Antonio Gastão, que já compôs outras mú-sicas para o coral das Meninas dos Canarinhos, sua intenção foi com-por uma obra alegre que celebrasse a Páscoa: “Temos a intenção de ele-

var o espírito das pessoas. Para isso, a composição foi baseada em canto gregoriano”, afirmou. “Acompanhei as gravações e fiquei encantado, fi-cou muito melhor do que tínhamos planejado. Estou muito satisfeito com o resultado que vi, e espero que o CD reflita essa satisfação”, afirma.

O maestro Marco Aurélio Lischt, que é também diretor artístico do Ins-tituto dos Meninos Cantores de Pe-trópolis, destacou o caráter religioso de sua obra. “Procurei explorar uma sonoridade de um ambiente religioso que lembra o convívio de Jesus com os apóstolos na última ceia. Uma pi-tada de harmonia francesa do século XX também foi utilizada para dar um toque de leveza e de sobriedade à obra, transportando o ouvinte para um ambiente de paz e tranquilidade”.

No entanto, também há espaço para músicas que chamem à reflexão litúrgica do público, como a releitura de Ave-Maria composta pelo compo-sitor Alexandre Schubert. “Usamos um texto em português, com duas fa-ses e uma roupagem mais moderna. É uma música calma, para que as pes-soas possam meditar. Uma obra que busca combinar a pureza, com o lado angelical do Coral das Meninas dos Canarinhos”, afirmou Schubert, que ressaltou a satisfação em trabalhar com o grupo vocal. “Foi um grande prazer. A gravação ficou muito bacana e o re-pertório é muito bonito”, destacou.

canarInhoscoral das menInas lança prImeIro cd

Dom José Mário Angonese, ao lado do Frei Nelson José Hille-sheim.

fazer o que queremos, principal-mente na vida profissional, mas precisamos estar preparados para aproveitar ao máximo as oportu-nidades que nos são apresentadas. Acredito que cada aluno do Sesc São José tem muito potencial para construir um futuro brilhante e, oportunamente, poderá retribuir esta oportunidade ajudando ou-tras pessoas”, disse.

Estiveram presentes no encon-tro a gestora do Colégio, Marlene Kochinski, o gerente regional e também pró-reitor de Adminis-tração e Planejamento da FAE Centro Universitário, Régis Fer-reira Negrão, o diretor de Rela-ções Corporativas da FAE, Paulo Roberto Araújo Cruz, o reitor da FAE, Frei Nelson José Hillesheim, e o diretor-geral do Grupo Bom Jesus, Jorge Apóstolos Siarcos, que destacou a importância do progra-ma educacional para a sociedade.

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o dia 3 de junho, as Rádios Coroado AM e Movimento FM, que compõem a Fun-

dação Frei Rogério, em Curitiba-nos (SC), celebrarão 60 e 25 anos, respectivamente. Tal evento não só constitui uma data jubilar, mas so-bretudo é um marco para as emis-soras dentro do Projeto Provincial, que elegeu a Comunicação como sendo uma das frentes da Província da Imaculada Conceição.

comunIcação

rádIos coroado e moVImento celebram 60 e 25 anos

valores éticos e morais”, enfatiza.Segundo Frei Neuri, a progra-

mação dessas emissoras atinge quase 1 milhão de pessoas em todo o Planalto Serrano e o Meio-Oeste Catarinense (90 municípios). “São mensagens, orações, celebrações litúrgicas, campanhas sociais que demonstram a força do rádio na evangelização”, observa o frade.

As emissoras têm como slogans “Quem nasce para servir já nasce grande”, da Rádio Coroado, e “De bem com a vida”, da Rádio Movi-mento, e contam com 18 colabo-radores e modernas instalações, situadas no Centro da Cidade de Curitibanos.

“Nessa feliz data, em nome da diretoria atual (Frei Vilmar, Frei Valdemiro e Frei José Lino), que-ro agradecer a todos as diretorias anteriores e também a todos os colaboradores atuais e àqueles que ajudaram a construir a magnífica história de uma das mais conceitu-adas emissoras catarinenses”, fina-lizou Frei Neuri.

Segundo o frade, através das Rádios Coroado AM e Mo-vimento FM busca--se despertar para uma vida mais sau-dável e alegre, res-saltando a impor-tância de viver em harmonia com as pessoas e com o am-biente. “Através de campanhas, promo-vemos a conscienti-zação da população, sempre baseado em

Segundo o diretor Frei Neuri Reinisch, as emissoras têm a voca-ção de servir a comunidade curi-tibanense e região, através de um serviço radiofônico de qualidade. “Nossa missão é estar a serviço da evangelização, informando com credibilidade, promovendo entre-tenimento, enaltecendo a cultura local e regional e prestando servi-ços que elevem o bem-estar social da comunidade”, explica.

Evangelização

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OFM

s 126 frades capitulares reu-nidos em Santa Maria dos Anjos, em Assis, não tive-

ram muitas dúvidas para reeleger Frei Michael Perry e Frei Julio Bu-nader para Ministro Geral e Vigá-rio Geral, respectivamente. Os dois foram eleitos em primeiro escru-tínio, sendo que Frei Michael re-

cebeu 109 votos dos 126 votantes.Os dois, que assumiram um

mandato-tampão em 2013, quando o então Ministro Geral Frei José Ro-dríguez Carballo foi nomeado ar-cebispo pelo Papa Francisco, terão a missão de conduzir, com o Defi-nitório eleito, a Ordem dos Frades Menores nos próximos seis anos.

noVo goVerno na ordemFrei Michael é o 120º represen-

tante de São Francisco de Assis e o terceiro norte-americano a ser Mi-nistro Geral. Antes dele, o primeiro a ser eleito foi Frei Valentine Scha-ff, da Província São João Batista, e o segundo Frei John Vaughn, da Província de Santa Bárbara, para um mandato de 1979-1991.

Nascido em Indianápolis (EUA) no dia 7 de junho de 1954, Frei Michael Perry foi Vigário Geral da Ordem antes de ser eleito Ministro Geral em 2013. Ele foi Ministro Provincial da Província do Sagra-do Coração de Jesus (EUA), onde também foi professor de Teologia e trabalhou na Comissão Interna-cional de JPIC. Durante dez anos, trabalhou como missionário na República Democrática do Congo, a serviço da Conferência dos Bis-pos Católicos dos EUA.

Seu currículo acadêmico in-clui doutorado em Antropologia Teológica, mestrado em Teologia, mestrado em Formação Sacerdotal e Bacharelado em História e Filo-sofia.

Frei Michael ingressou na Or-

Definidores com o Ministro Geral e o Vigário Geral. Na foto, faltam três Definido-res, entre eles Frei Valmir, que viajaria na quinta-feira a Roma.

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dem Franciscana em 25 de junho de 1977 quando fez o noviciado e professou solenemente na Ordem no dia 10 de outubro de 1981.

Os 126 frades capitulares repre-sentaram em Assis 13.632 frades espalhados em 120 países, segundo dados da Cúria Geral de 31 de de-zembro de 2014.

Essa distribuição das Provín-

cias servem como base para a escolha dos Definidores Gerais. Nos 120 países, os frades estão assim distribuídos: África e Mé-dio Oriente: 1.161; América La-tina: 3.334; América setentrional: 1.273; Ásia-Oceania: 1.423; Euro-pa ocidental: 3.999; Europa orien-tal: 2.442.

A Fraternidade universal é

estruturada em 103 Províncias e Custódias Autônomas; 9 Enti-dades dependentes do Ministro geral; 19 Custódias dependen-tes de Províncias; 16 Fundações; 14 Conferências de Ministros provinciais e 3 Uniões de Con-ferências (Ásia/Oceania: FCAO; América Latina: UCLAF; Europa: UFME).

OFM

primeira sessão da manhã do sábado, 23, iniciou-se com oração em memória de

Dom Oscar Romero, beatificado pelo Papa Francisco no mesmo dia. Foi emocionante ouvir a voz mes-ma de Dom Oscar ressoar na sala capitular, em sua última homilia, um dia antes de ser assassinado,

convocando os soldados manda-dos pelos perseguidores do povo de El Salvador a darem atenção à própria consciência e não à lei ou a qualquer tipo de poder ou impo-sição.

Em seguida, procedeu-se à vo-tação para o serviço de Definidor Geral. Pela Europa, foram eleitos: Frei Antonio Scabio, Frei Ló-rant Orosz e Frei Ivan Sesar. Pela

América Latina, foram eleitos: Frei Valmir Ramos, brasileiro, e Frei Ignacio Jiménez Ceja, mexi-cano. Pela Conferência Africana, Frei Nicodème Kibuzehose. Pela Conferência de Língua Inglesa, Frei Kevin Caoimhín Ó Laoide. Pela Conferência do Sul da Ásia e Oceania e pela Conferência do Leste Asiático, Frei Lino Gregorio Redoblado.

FreI ValmIr ramos é eleIto deFInIdor geralFREI WALTER DE CARVALHO JúNIOR

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| Comunicações | Junho 2015 |

OFM

FreI antonIo scabIoProvincia de Santo Antônio de Pádua, Veneto, ItáliaNascimento: 05.04.1965Profissão temporária: 08.09.1993Profissão solene: 21.09.1997Ordenação presbiteral: 19.06.1999Cargo atual: Ministro Provincial (desde 7 de abril de 2010)

FreI IVan sesar Província: Bem-aventurada Virgem Maria Assunta ao Cèu - Bósnia-HerzegovinaNascimento: 07.10.1967Profissão temporária: 15.07.1988Profissão solene: 19.09.1992Ordenação presbiteral: 10.07.1994Cargo atual: Professor de Direito Canônico

FreI lóránt orosZ Provincia: Nossa Senhora dos Húngaros (Budapeste, Hungria)Nascimento: 04.09.1961,Profissão temporária: 04.09.1988Profissão solene: 21.09.1991Ordenação presbiteral: 28.05.2005Cargo atual: Definidor, professor, reitor

FreI ValmIr ramos Custódia: Sagrado Coração de Jesus, BrasilNascimento: 31.05.1965 Profissão temporária: 02.02.1990Profissão Solene: 30.04.1993 Ordenação Presbiteral: 28.01.1994Cargo atual: Pároco, Professor

FreI IgnacIo jIméneZ cejaProvincia: São Francisco e São Tiago (Zapopan) MexicoNascimento: 31.08.1961Profissão temporária: 15.08.1982Profissão solene: 10.04.1988Ordenação presbiteral: 06.07.1991Cargo atual: Ministro Provincial

Fr. KeVIn caoImhín ó laoIde Provincia: IrlandaNascimento: 1961Profissão temporária: 1980Ordenação presbiteral: 1989Cargo atual: Membro do Conselho Permanente da UFME

FreI nIcodème KIbuZehose Provincia: São Francisco de Assis, Nairobi – Kenya (Africa)Nascimento: 09.10.1954Profissão temporária: 07.10.1984Profissão solene: 27.12.1987Ordenação presbiteral: 31.07.1982Cargo atual: Definidor Geral

FreI lIno gregorIo redoblado Provincia de São Pedro (Quezon City), FilipinasNascimento: 25.05.1966Profissão temporária: 31.05.1988Profissão solene: 23.05.1992Ordenação presibetal: 22.10.1994Cargo atual: Ministro Provincial

os deFInIdores eleItos

339

a cobertura completa do

capítulo geralsairá numa edição especial em junho

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nunciado como Visitador Geral durante o Capítulo das Esteiras no ano passado, Frei

Valmir Ramos iniciaria a Visita Ca-nônica na Província da Imaculada neste mês de junho. Mas o Capítulo Geral o escolheu para um desafio ainda maior: Definidor da Ordem dos Frades Menores para a Améri-ca Latina. Nesta entrevista, que sai-ria nas “Comunicações” de junho, tínhamos a intenção de apresentar o início dos trabalhos da Visita Ca-nônica de Frei Valmir. Não deu tem-po! Mas não deixe de ler a entrevista e conhecer um pouco mais sobre o

novo Definidor Geral e sobre o ser-viço de visitador, que ele prestou a diferentes entidades do Brasil.

comunIcações – Frei Valmir, fale um pouco de você, sua vida e sua vo-cação?

Frei Valmir - Sou filho de uma fa-mília de fé. Aprendi as primeiras ora-ções ainda no berço, pois me recordo com gratidão quando meus pais me ajudavam a fazer o sinal da cruz e a rezar antes de dormir. Segurava na gradinha do berço! Cresci no sítio herdado de meu avô materno e es-tudava à noite desde os 13 anos para trabalhar na roça. Quando jovem, trabalhava, jogava bola, namorava

e sempre ia à igreja. Lendo a Bíblia, um texto ficou ressoando em minha mente quando li sobre a vocação de Samuel (1Sm 3). Os franciscanos são fundadores da Paróquia de origem de minha família. Aí fui escolhido e procurei o Frei David Precaro para pedir orientação de como fazer para ser padre. Então, ele encaminhou--me para os encontros vocacionais.

comunIcações – Por que escolheu ser frade menor?

Frei Valmir - Hoje tenho convic-ção de que fui escolhido. De início não conseguia nem prestar atenção ao que me diziam da existência dos padres diocesanos. Com 18 anos, em

OFM

de VIsItador a deFInIdor geralMOACIR BEggO

entreVIsta: FreI ValmIr

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OFM

1984, entrei no Seminário de Voca-ções Adultas (SEVOA), em Guara-tinguetá. Lá fiz os dois anos prepara-tórios para o noviciado. Então, nossa Custódia resolveu que os postulantes iriam para Franca (SP) cursar Filoso-fia. Em nenhum momento tive dúvi-da se o chamado era mesmo para ser franciscano. São Francisco era o mo-delo e pronto.

comunIcações – Esta é sua quinta visita canônica. Quais são as vanta-gens e desvantagens desta experiên-cia prévia para a missão de visitar a Província da Imaculada Conceição?

Frei Valmir - A vantagem é que o visitador já está escaldado! Quan-do pensamos nas experiências edifi-cantes, nas conquistas fraternas, na fidelidade ao Evangelho e tudo mais que dá alegria de pertencer à Ordem sabemos que isto se repete também na Província da Imaculada Concei-ção. Por outro lado, como se diz, os problemas e dificuldades humanas são sempre quase as mesmas, apenas mudam de endereço. A experiência

diz que vou encontrar freis humanos, cada um com sua personalidade, com seu jeito de viver o Evangelho, mas também com suas dificuldades. Não acredito em desvantagens, pois mesmo o que não foi muito bom nas outras visitas ajudou-me a crescer.

comunIcações – Dentre as diver-sas atribuições de um visitador geral, qual você considera a mais difícil?

Frei Valmir - Certamente é a ta-refa de corrigir um irmão que está distante da “medula do Evangelho” e afirma com toda convicção que ele está certo e toda a fraternidade está equivocada. As dificuldades fazem parte da vida, mas quando nós enve-redamos por um caminho que não condiz com o ser do religioso, parece que nós mesmos as criamos. Aí pre-cisamos da ajuda de um irmão que nos corrija. Se aceitamos a correção, crescemos.

comunIcações – Como você vê hoje o Capítulo na vida dos frades e da Fraternidade Provincial?

Frei Valmir - O Capítulo será uma oportunidade especial para avaliar o caminho percorrido e pla-nejar o futuro. São Francisco expe-rimentou o Capítulo como momen-to especial de fraternidade em que o Espírito Santo estava agindo. A alegria de encontrar-se, de juntos se colocarem em oração, de olhar para a vida e descobrir juntos o melhor modo de viver o Evangelho, espe-cialmente diante das interpelações das várias realidades que nos cer-cam, tudo isso deve motivar cada frade a participar ativamente do Ca-pítulo. Vejo o Capítulo como o mo-mento celebrativo da Fraternidade e, para a Província da Imaculada Conceição, será a oportunidade de dar passos importantes diante das novas configurações de pessoal e de estruturas. Também deverá ser um momento especial para olhar a pre-sença missionária em Angola como realidade adulta e resultado da de-dicação de tantos confrades.

Veja a entrevista completa no sitewww.franciscanos.org.br

Frei Valmir Ramos (Pároco)Nascimento: 31/05/1965 – Natural de Franca – SPVesticão: 16/01/1989Primeira Profissão: 02/02/1990Profissão Solene: 30/04/1993Ordenação Diaconal: 11/08/1993Ordenação Presbiteral: 28/01/1994Em 1994: nomeado guardião e vice--mestre do aspirantado em Franca1995-1998: Especialização em Teo-logia Bíblica – Faculdade Pontifícia da Itália Meridional – Nápoles, Itália; For-mador dos frades brasileiros estudan-tes de Teologia em Nápoles.1998-1999: No dia 06 de julho de 1998, retornou da Itália e residiu em Bebedouro até janeiro de 1999.1999 -2000: Olímpia, SP, na função de guardião e formador dos freis estudan-tes de Teologia. Professor de Teologia

Bíblica no curso de Teologia da Diocese de São José do Rio Preto.2001-2010: Custódio da Custódia do Sagrado Coração de Jesus2003-2005: Formador dos frades estu-dantes de Teologia, Marília, SP2011: Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, Bebedouro2014-2015: Professor de Teologia Bíbli-ca da Diocese de São José do Rio Preto2005: Visitador da Fundação Nossa Senhora das Graças - Piauí2009: Visitador da Fundação Nossa Senhora de Fátima – Triângulo Mineiro2011: Visitador da Província de Santo Antônio (NE)2013: Visitador da Província São Fran-cisco de Assis (RS)2006: Participante do Capítulo Geral extraordinário da OFM 2009: Participante do Capítulo Geral

da OFM 2013: Participante do Conselho Plená-rio da Ordem – Varsóvia/Constancin, Polônia Obras Sociais:1999-2015: Supervisor/Diretor Fran-ciscano do Educandário Santo Antônio de Bebedouro, SP2001-2010: Supervisor/Diretor Fran-ciscano do Patronato Juvenil Garcense, Garça, SP2001-2010: Supervisor Franciscano da Casa Maternal São Francisco de Assis, Franca, SP2001-2010: Supervisor Franciscano da Cidade da Imaculada, Olímpia, SP2004-2015: Supervisor/Diretor Francis-cano da Casa de Santa Clara, Bebedou-ro, SP2011-2015: Pároco da Paróquia do Sa-grado Coração de Jesus, Bebedouro, SP

FIcha bIográFIca

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| Comunicações | Junho 2015 |

Comunico o faleci-mento de meu pai, Al-fredo Adenir Correa de Melo, em Lages - SC, no dia 30 de abril, dia do ani-versário de minha mãe, com quem iria completar 33 anos de matrimônio. Embora já estivesse apo-sentado por problemas cardíacos, sua morte tão precoce, com apenas 54 anos, vítima de um infarto fulminante, às vezes ainda é difícil de acreditar.

Assim, em meu nome e de minha família, gos-taria de expressar nossa profunda gratidão a to-dos os confrades, amigos

e amigas que, de alguma forma, se fizeram presen-tes neste momento de luto e de dor. Foram inúmeras as demonstrações de soli-dariedade e de carinho por parte de nossa Província, fazendo-me, mais uma vez, perceber o quanto é vivo o espírito fraterno entre nós.

Que meu pai da terra, que agora goza da compa-nhia do Pai do céu, possa interceder a fim de que te-nhamos força e coragem para continuarmos a nossa caminhada rumo à pátria definitiva.

Frei Diego Atalino de Melo

Comunico o falecimento de minha mãe Verônica Zim-mermann Guesser no dia 27 de maio, à 1h30. Seu corpo foi sepultado na Comunidade Li-nha Triângulo, em Ibicaré (SC).

Minha mãe nasceu em Rio Farias, no município de Antônio Carlos (SC) no dia 16 de dezembro de 1930. Vinte e cinco anos depois se casou com Pedro Gesser, uma união que durou 56 anos e foi interrompida com o fa-lecimento do meu pai em 18 de maio de 2011. Desse ca-samento, nasceram 10 filhos. O último dos filhos, hoje com 45 anos, tem necessidades especiais. É completamente

dependente! Sempre exigiu atenção e cuidados redobra-dos... Minha mãe sempre pe-dia em oração que ela e o pai não fossem antes do Antônio! Mas meu pai partiu há quatro anos e minha mãe teve Al-zheimer.... Como entender os desígnios de Deus?

Poderia falar muito mais de minha mãe... Uma vida so-frida, mas também de supera-ção, de vitória. Se minha mãe chegou onde chegou foi graças ao poder da oração, da fé ina-balável! Penso ser sua maior característica! Apostou tudo em Deus e não largou dele!

Frei Germano Guesser

alFredo adenIr correa de melo VerÔnIca ZImmermann guesser

FalecImentos

Os guardiães, coordenadores e párocos da Província se reuniram, de 28 a 30 de abril, na Fraternidade São Boaventura, em Rondinha.

O encontro iniciou-se com a Ce-lebração Eucarística, presidida pelo Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, concelebrada pelo Vi-gário Provincial Frei Estêvão Otten-breit e pelo Definidor e Guardião da Fraternidade de Rondinha, Frei João Mannes. Em sua homilia, Frei Fidên-cio ressaltou: “Os Apóstolos foram

chamados de cristãos, não porque pertenciam a uma religião, ao Cristia-nismo, mas porque eles pertenciam à pessoa de Jesus Cristo”. E convidou aos confrades para que sejam pessoas espirituais, homens bons, seguidores fiéis de Jesus Cristo assim como o apóstolo Barnabé. E após o fraterno café da manhã, deu-se início às refle-xões e à tarde introduziu-se o tema principal, conduzido pelo secretaria-do de Evangelização.

No segundo dia (29), houve partilhas em grupos e um plená-rio sobre as discussões. Durante o

Notícias e informações

encontro de guardIães em rondInha

FREI AUgUSTO L. gABRIEL

período da tarde, os grupos deram continuidade às reflexões, partilhas e aos estudos.

Já no terceiro dia (30), na Missa de encerramento, Frei João Reinert indicou em sua homilia os principais pontos discutidos nestes dias: o modo como a presença franciscana deve aparecer nas Paróquias, os cuidados com o Povo de Deus que procuram os Frades Menores e a importância de toda fraternidade em participar e as-sumir o projeto de evangelização.

Destacou que a missão pertence a Jesus e que nós, Frades Menores, esta-mos colaborando com ela. Indicou-se também as ideias do Papa Francisco acerca de uma ‘Igreja em saída’, com a proposta de que o pastor vá ao encon-tro de suas ovelhas e as acompanhe neste caminho de missão.

Deste modo, este encontro refle-tiu sobre o desenvolvimento de uma ‘Paróquia em saída’ bem como pro-porcionar aos santuários um lugar de acolhida e de encontro com Jesus Cristo.

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FreI olIVo tondello *10.11.1940 +14.05.2015

mou a neoplasia no fígado. No dia 14 de maio, Frei Olivo veio a fale-cer às 23h30. Seu corpo foi velado no Cemitério do Santíssimo Sacra-mento, em São Paulo, onde foi se-pultado no Jazigo da Província da Imaculada.

o Frade menorFrei Olivo é filho de descen-

dentes italianos naturais de An-tônio Prado (RS), que migraram para Concórdia em 1930. O pai, sr. Domingo, faleceu em 1958 e a mãe, sra. Angelina, em 1978. Ele é o sétimo de 11 filhos do casal e teve apenas duas irmãs. Segundo Frei Olivo, nasceu em uma “família tra-balhadora, unida e principalmente religiosa”.

E foi por causa dessa religiosi-dade – o pai era “puxador de reza” na capela, como dizia – que se deu o seu discernimento vocacional. “O meu irmão mais velho esteve no Seminário de Luzerna e isso

me influenciou. Eu também queria ser como frade que vinha rezar em casa (Frei Jordão B.)”, detalhou na sua ficha autobiográfica.

Frei Olivo ingressou no Seminá-rio de Luzerna em 1952, onde ficou até 1953. Seguiu depois para Rio Negro-PR (1954-1955) e Agudos--SP (1956-63). “Meus anos de se-minário foram longos, ‘rodei’ três vezes. Mas isto não me fez desistir. Em meu coração estava sempre ace-sa aquela chama por Jesus. Ele me deu forças para continuar”, revelou.

Frei Olivo vestiu o hábito fran-ciscano quando ingressou no No-viciado de Rodeio. “Foi o ano da Revolução de 1964 e o último da turma de Frei Hugolino. Iniciamos o noviciado em 18 e todos per-maneceram até o fim”, recordou o frade. Ele cursou Filosofia em Curitiba (1965-66) e Teologia em Petrópolis (1967-70).

Segundo o frade, tinha por na-tureza a introspecção e se definia

como “meditabundo”: “Sou extrovertido em certas oca-siões. Não me preocupo em ocupar este ou aquele cargo, apenas ser gente e francisca-no”.

Durante vinte anos, Frei Olivo trabalhou como mis-sionário na Custódia das Sete Alegrias de Nossa Se-nhora, com sede em Cam-po Grande (MS). Neste ano, em fevereiro, foi transferi-do para o Postulantado de Guaratinguetá, mas não conseguiu exercer este novo serviço. Na sua ficha auto-biográfica deixou a seguinte

nascimento: 10.11.1940 (74 anos de idade), em Concórdia (SC)

admissão ao noviciado: 19.12.1963, em Rodeio, SC Primeira profissão: 20.12.1964, Rodeio (SC) Profissão solene: 03.10.1968 ordenação Presbiteral: 13.12.1969 15.01.1971 Professor do Seminário Menor de Itupo-

ranga (SC) 20.12.1976 Vigário paroquial 05.12.1979 Guardião e pároco de Canoinhas (SC) 18.01.1983 Vigário paroquial em Curitibanos (SC) 21.01.1986 Vigário paroquial de Ituporanga (SC) 21.01.1989 Vigário conventual e paroquial de Balneá-

rio de Camboriú (SC) 10.02.1990 Guardião e pároco em Piraí do Sul (PR) 18.01.1992 Guardião e pároco em Piraí do Sul (PR) 05.12.1995 A serviço da Custódia das Sete Alegrias de

Nossa Senhora do Mato Grosso 26.02.2015 Atendente conventual no Postulantado

de Guaratinguetá (SP)

dados pessoaIs, Formação e atIVIdades

Depois de 20 anos traba-lhando como missionário no Mato Grosso, Frei Olivo Tondello retornou à Provín-cia, transferido para o Postu-lantado de Guaratinguetá em fevereiro deste ano. Mas nem chegou a residir na nova Fra-ternidade. Internado desde o dia 24 de março, no Hospital Bandeirantes, em São Paulo, inicialmente para tratamen-to de uma grave ferida no pé esquerdo e de um quadro de diabetes, seu estado de saúde só se agravou devido a com-plicações no fígado e rins. Uma biópsia depois confir-

frase: “Mais vale sofrer e morrer lu-tando do que nem tentar…”

R.I.P

Falecimento

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AGENDA 2015Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão destacadas

2016janeiro 05 Primeira Profissão dos Noviços (Rodeio)14 a 17 Missões de Férias da Juventude (Chopinzinho)15 Vestição dos Noviços (Rodeio)18 a 26 Capítulo Provincial

Maio16 a 20 Reunião da UCLAF (Cochabamba, Bolívia)

julho JMJ (Itália e Polônia)

junho 01 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Balneário Camboriú)02 Encontro do Regional do Vale do Paraíba

(Guaratinguetá - Fazenda Esperança)12 a 14 Encontro Vocacional (Petrópolis)15 Encontro do Regional de São Paulo (S. Paulo - S.

Francisco)16 a 18 Reunião do Definitório Provincial19 a 21 Encontro Vocacional (Ituporanga)22 Encontro do Regional do Espírito Santo (Colatina)22 Encontro do Regional de Curitiba (Aldeia)22 a 26 Assembleia do SIFEM (Bacabal)22 a 26 Retiro Provincial (Rio de Janeiro)26 a 28 Encontro Vocacional (Guaratinguetá)28 a 02/07 Congresso da Comissão Educativa da CFMB (Curitiba, FAE)29 Encontro do Regional de Agudos (Agudos)29 a 11 2ª etapa do curso de formadores -

SERFE - CFMB (Petrópolis)

julho 04 e 05 Ordenação e 1ª Missa de Frei Sérgio Silas (São Bernardo

do Campo) 09 a 12 Encontro Nacional de Jovens da CFMB (Anápolis –

GO) 13 e 14 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial13 a 17 Retiro Provincial (Rondinha)

agosto 06 a 09 Assembleia Ordinária da FFB (São Paulo)09 a 12 Encontro Nacional de Jovens da CFMB (Anápolis, GO)17 a 21 Retiro e reunião do Definitório Provincial24 a 28 Encontro dos Ecônomos da CFMB, (São Luís, MA)31 Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São

Sebastião)31 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar)31 a 01 Encontro do Regional do Contestado

setembro01 a 04 Assembleia da CFMB (Manaus, AM)04 e 05 Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense

(Petrópolis - São Francisco)04 a 09 Encontro dos Irmãos Leigos OFM, OFMCap e OFMConv

(Agudos)5 a 7 Retiro para lideranças Jovens de SC (Rodeio)07 e 08 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial14 Reunião dos Mestres da Formação14 Encontro do Regional de Pato Branco14 Encontro do Regional Rio-Baixada (São João de Meriti)14 Encontro do Regional de São Paulo (Amparo)14 e 15 Encontro do Regional do Leste Catarinense (S. Amaro

da Imperatriz)15 e 16 Conselho de Formação e Estudos (Petrópolis)19 Profissão Solene (Petrópolis)

21 Encontro do Regional de Curitiba (S. Boaventura)21 Encontro do Regional de Agudos (Sorocaba - S.

Antônio)26 e 27 Ordenação Presbiteral de Frei Douglas Machado (São

José – SC) 27 Celebração dos 25 anos da Missão de Angola28 Encontro do Regional do Espírito Santo (Vila Velha)

outubro20 a 22 Reunião do Definitório Provincial26 a 30 Curso de Franciscanismo (Rondinha)26 a 30 Retiro Provincial (Agudos)30/10 a 2/11 Estágio Vocacional (Guaratinguetá)30/10 a 2/11 Estágio Vocacional (Ituporanga)

novembro09 a 11 Encontro Provincial da Frente de Comunicação da

Evangelização (Rondinha (PR)10 Encontro do Regional do Vale do Paraíba - local a

definir16 Encontro do Regional do Espírito Santo - recreativo -

local a definir18 e 19 Encontro do Regional de Pato Branco (Recreativo)20 Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense20 a 22 Retiro para lideranças Jovens do RJ e ES (Rio de

Janeiro) 23 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança Paulista)23 Encontro do Regional Rio-Baixada - Recreativo - local a

definir23 e 24 Encontro do Regional do Leste Catarinense - Recreativo

(Florianópolis)26 e 27 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial30 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo - 50 anos

de vida religiosa de Dom Caetano (Bauru)30 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau)31 a 01 Encontro do Regional do Contestado

dezembro07 Encontro do Regional de Curitiba - Recreativo (Caiobá)07 a 08 Jubileus;14 a 17 Reunião do Definitório Provincial