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AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL ANO XIV Nº 162 OUTUBRO 2016 O desafio de quem comunica” PÁGINA 2 O mistério da Igreja PÁGINA 2 TA NA REDE: Educação precária PÁGINA 3 EDITORIAL FLORES, IDADE, LIBERDADE E MÚSICA Página 12 Cristãos e não cristãos em oração pela paz Em setembro, realizou-se em Trindade, o IV Congresso Re- dentorista de Prevenção às Drogas, de âmbito nacional, com palestras e mesas-re- dondas sobre a problemática, com apresentações culturais e até jantar com comida típi- ca de Goiás. Na foto Banda Inclusiva Luar da Vila São Cottolengo. PÁGINA 11 Importância da Reinserção Social A cidade italiana de Assis sediou mais uma vez o Encontro Inter-religioso pela Paz entre os Povos, promovido pela Diocese de Assis, Famílias Franciscanas e Comunidade de Santo Egídio. O even- to reuniu mais de 450 líderes do mun- do. Iniciado no dia 18 de setembro, ter- minou no dia 20 com a presença do Papa Francisco. Ao chegar, o papa abraçou os representantes das Igrejas e das religiões mundiais que, neste ano, estão unidos Divulgação sob o tema “Sede de Paz. Religiões e Cul- turas em Diálogo”. Bartolomeu I, Patriar- ca Ecumênico de Constantinopla, deixou a mensagem da Igreja Ortodoxa: “Não ter medo do diálogo”. E também indi- cou os cinco caminhos para preservar a paz: “o amor, a justiça, o perdão, o res- peito e o discernimento sobre a verdade”. Hebreus e muçulmanos condenaram o terrorismo e falaram de pluralismo, di- versidade e respeito. Todos confirmaram que a violência não tem nada a ver com a religião. E o Papa Francisco, em seu dis- curso, afirmou: “Não temos armas; mas acreditamos na força mansa e humilde da oração. Procuremos em Deus, fonte da comunhão, a água cristalina da paz, de que está sedenta a humanidade: essa água não pode brotar dos desertos do or- gulho e dos interesses parciais, nem das terras áridas do lucro a todo o custo e do comércio das armas”. PÁGINA 9 Entre os líderes cristãos e não cristãos, o discurso do Papa na Basílica de São Francisco, em Assis, na Itália L’Osservatore Romano 15 anos do COMPROMISSO No dia 07 de setembro de 2016 foi celebrada a fes- ta dos 15 anos do Projeto COMPROMISSO, que reu- niu mais de 400 pessoas, entre jovens e adultos, no Santuário Matriz de Trin- dade. O Projeto tem como orientador o Pe. Fábio Pas- coal (foto). PÁGINA 4 Carros de boi PÁGINA 5 A Tradição de Trindade é reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro. Arquivo

ANO XIV Nº 162 OUTUBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · A missão da Igreja em ser si-nal do Reino só será consuma-da na glória celeste. Trata-se da dimensão escatológica da

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AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERALANO XIV Nº 162OUTUBRO 2016

O desafi o de quem comunica”

PÁGINA 2

O mistério da Igreja

PÁGINA 2

TA NA REDE:Educaçãoprecária

PÁGINA 3

EDITORIAL

FLORES, IDADE, LIBERDADE E MÚSICA Página 12

Cristãos e não cristãos em oração pela paz

Em setembro, realizou-se em Trindade, o IV Congresso Re-dentorista de Prevenção às Drogas, de âmbito nacional, com palestras e mesas-re-dondas sobre a problemática, com apresentações culturais e até jantar com comida típi-ca de Goiás. Na foto Banda Inclusiva Luar da Vila São Cottolengo. PÁGINA 11

Importância da Reinserção Social

A cidade italiana de Assis sediou mais uma vez o Encontro Inter-religioso

pela Paz entre os Povos, promovido pela Diocese de Assis, Famílias Franciscanas e Comunidade de Santo Egídio. O even-to reuniu mais de 450 líderes do mun-do. Iniciado no dia 18 de setembro, ter-minou no dia 20 com a presença do Papa Francisco. Ao chegar, o papa abraçou os representantes das Igrejas e das religiões mundiais que, neste ano, estão unidos

Div

ulga

ção

sob o tema “Sede de Paz. Religiões e Cul-turas em Diálogo”. Bartolomeu I, Patriar-ca Ecumênico de Constantinopla, deixou a mensagem da Igreja Ortodoxa: “Não ter medo do diálogo”. E também indi-cou os cinco caminhos para preservar a paz: “o amor, a justiça, o perdão, o res-peito e o discernimento sobre a verdade”. Hebreus e muçulmanos condenaram o terrorismo e falaram de pluralismo, di-versidade e respeito. Todos confi rmaram

que a violência não tem nada a ver com a religião. E o Papa Francisco, em seu dis-curso, afi rmou: “Não temos armas; mas acreditamos na força mansa e humilde da oração. Procuremos em Deus, fonte da comunhão, a água cristalina da paz, de que está sedenta a humanidade: essa água não pode brotar dos desertos do or-gulho e dos interesses parciais, nem das terras áridas do lucro a todo o custo e do comércio das armas”. PÁGINA 9

Entre os líderes cristãos e não cristãos, o discurso do Papa na Basílica de São Francisco, em Assis, na Itália

L’Osservatore R

omano

15 anos do COMPROMISSONo dia 07 de setembro de 2016 foi celebrada a fes-ta dos 15 anos do Projeto COMPROMISSO, que reu-niu mais de 400 pessoas, entre jovens e adultos, no Santuário Matriz de Trin-dade. O Projeto tem como orientador o Pe. Fábio Pas-coal (foto). PÁGINA 4

Carros de boi

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A Tradição de Trindade é reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro.

Arquivo

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FR. THIAGO AZEVEDO

Juniorista Redentorista

2 Goiâniaoutubro 2016

O desafi o de quem comunica

EDITORIAL

Pe. Maurício Brandolize, C.Ss.R.

Dias atrás, o Papa Francisco se encontrou no Vaticano com jornalistas italianos e

refl etiu com eles sobre a fi gura do jornalista, do comunicador, daquele que tem responsa-bilidade na formação da opinião pública em um mundo cada vez mais tecnológico. Vive-mos num mundo que se torna cada vez me-nor através dos meios de comunicação, dos progressos tecnológicos, interligando-nos sempre mais. Todavia, lembrou o papa, per-manecem divisões, e às vezes muito acen-tuadas. O mundo continua a sofrer múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobre-za. E neste mundo, os meios de comunicação e seus operadores podem ajudar a fazer com que uns se sintam mais próximos dos outros. O jornalismo deve contribuir a fazer crescer a dimensão social das pessoas, respeitando a sua dignidade e amando a verdade dos fatos.

Sobre as palavras do Papa, o jornalista da Rádio Vaticano, Silvoney José, afi rmou: “Po-demos dizer que o Papa evidenciou que o branco e o preto, que são nitidamente subdi-vididos, são cores quase nunca identifi cáveis nos textos dos jornalistas de hoje. Isso signi-fi ca, em outras palavras, que frequentemente, principalmente em debates políticos, não se consegue distinguir claramente quem errou e quem tem razão. Em síntese, o que é certo e o que é errado, o que é verdadeiro e o que não é verdadeiro”.

E continua Silvoney José: “Consciente do corre-corre que essa atividade comporta, sempre atrelada ao ‘horário de fechamento’, o Papa recordou, todavia, que o jornalista tem grande responsabilidade, pois de certa ma-neira escreve ‘o primeiro esboço da História’ e determina a discussão e a interpretação dos eventos. Por isso, é importante ‘parar e refl e-tir’. E o Pontífi ce ofereceu três elementos de refl exão: amar a verdade, viver com profi ssio-nalismo e respeitar a dignidade humana”.

A refl exão do Papa foi um verdadeiro ma-nual de ética para os jornalistas que atuam ou atuarão nesta profi ssão de contar a his-tória que acontece no tempo. Não devemos comunicar nós mesmos, mas sim a verdade. Esse é o grande desafi o da pessoa que traba-lha na comunicação.

O mistério da Igreja

Entre os documentos do Con-cílio Vaticano II sobressai

a Constituição Dogmática Lumen Gentium (Luz dos povos), afi r-mando que Cristo é a luz dos povos e o mistério do Pai. Ele veio ao mundo anunciar a vinda do Reino de Deus. Sendo a Igreja parte desse mistério, cabe a ela a missão de manifestar Cristo aos povos, a fi m de que todos encon-trem nele a unidade. Em outras palavras, a Igreja é sinal do Reino que já se faz presente em misté-rio. Tudo isso se realiza pela ação do Espírito Santo, o que garante a comunhão da Igreja com o misté-rio trinitário.

Essa mesma Igreja é com-preendida como povo de Deus. Da mesma forma que Deus es-colheu o povo de Israel para com ele estabelecer uma aliança, em Cristo a Igreja torna-se sinal da nova e eterna aliança, abraçan-do todas as pessoas, sejam elas cristãs ou não-cristãs. Sustenta-da pela graça de Deus, a Igreja

caminha nas estradas do mundo como povo sacerdotal. A partir do sacerdócio único de Cristo, os batizados são revestidos do sa-cerdócio comum e do sacerdócio ministerial que, unidos entre si, ordenam-se um para o outro.

Deste modo é possível perceber que a Igreja é dotada de inúmeros ministérios, cada qual com uma função específi ca, mas convergin-do todos para o bem comum dos fi éis e a salvação do povo de Deus. O próprio Cristo convidou doze apóstolos para colaborar com sua missão, sob a forma de colégio. Seguindo esse exemplo, a Igreja constitui-se como uma socieda-de hierarquicamente organizada. A começar pelos bispos, que têm a função de ensinar, santifi car e governar a Igreja, seguidos pelos presbíteros, colaboradores dos bispos, e diáconos, dedicados às tarefas de caridade, a hierarquia se forma como um grande corpo a serviço da própria Igreja.

Da mesma forma, os fi éis chamados leigos também con-tribuem signifi cativamente para o bem da Igreja. Trata-se de ho-mens e mulheres que, inseridos no mundo, buscam a vivência do Reino nas diversas circunstân-cias da vida cotidiana, lançando assim as sementes da santifi ca-ção no mundo. A atuação dos

leigos no seio da Igreja levou-a à compreensão de que a vocação à santidade é universal, uma vez que todos são fi lhos de Deus. Também os religiosos colaboram com a missão salvífi ca da Igre-ja. Pela profi ssão dos conselhos evangélicos de castidade, po-breza e obediência, os religiosos encontram uma ajuda para estar mais unidos a Cristo pela oração, pela caridade e pelo serviço.

A missão da Igreja em ser si-nal do Reino só será consuma-da na glória celeste. Trata-se da dimensão escatológica da Igreja que, peregrinando neste mundo, está unida à Igreja celeste como prefi guração da comunhão plena de toda a humanidade em Cris-to. Por esse motivo a Igreja vene-ra e contempla a vida dos santos que deram testemunho de fé e de amor ao Cristo. Por meio des-sa prática toda a Igreja é congre-gada pelo Espírito e pelo vínculo da caridade fraterna. Destaca-se uma veneração especial à Vir-gem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, pelo seu papel desempe-nhado na economia da salvação. Em Maria, a Igreja encontra o exemplo de virgem e de mãe, o que a faz lembrar de sua íntima relação com seu Esposo, o Cristo, e de sua missão de gerar fi lhos e fi lhas para Deus.

[email protected]

VATICANO n BRASIL

Papa reza pelo BrasilO Papa Francisco abençoou

na manhã do sábado, 03 de setembro, nos Jardins Vaticanos, um monumento em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, Pa-droeira do Brasil. Papa Francisco rezou pelo Brasil e pediu justiça para os pobres. Em suas breves palavras espontâneas, ele disse:

“Estou contente de que a ima-gem de Nossa Senhora Apare-cida esteja aqui nos Jardins. Em 2013, havia prometido retornar, no próximo ano, a Aparecida. Não sei se será possível. Mas, pelo menos, estou mais próximo dela aqui. Convido-os a rezar para que ela continue protegen-do todo o Brasil, todo o povo bra-sileiro, neste momento triste.

Que ela proteja os pobres, os descartados, os idosos abando-

nados, os meninos de rua. Que proteja os descartados que se en-contram nas mãos dos explora-dores de todo tipo. Que ela salve o seu povo, com a justiça social e o amor de seu Filho, Jesus Cris-to”.

Francisco concluiu exortando a pedir a ela, com amor, por todo o povo brasileiro. Ela, recordou o Papa, foi encontrada por po-

bres trabalhadores; que hoje ela seja encontrada, de modo espe-cial, por todos aqueles que pre-cisam de trabalho, de educação e por aqueles que estão privados da dignidade.

Por fi m, o Santo Padre con-vidou os presentes a rezar a Ave-Maria. Depois, pediu que cantassem um hino dedicado a Nossa Senhora Aparecida.

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ulga

ção

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CNBB contra o aborto8 de outubro é o dia do nascituro. E no dia 21 de setembro passado, a CNBB emitiu nota com a posição do episcopado sobre ação que tramita no Supremo Tribunal Federal e que questiona a lei 13.301/2016 que trata da adoção de medidas de vigilância em saúde, relativas ao vírus da dengue, chikungunya e zika. Os bispos concordam com a urgência da questão, mas consideram es-tranho e indigno que se introduza nesse contexto a questão do aborto: “É uma incoerência que ela defenda os direitos da criança afetada pela síndrome congênita e, ao mesmo tempo, elimine seu direito de nascer”. A CNBB destaca a posição tradicional da Igreja sobre o aborto, e recorda a lição das Paralimpíadas. “O sentimento humano que brota da realidade dos atletas paralímpicos, particularmente das crianças que participaram das cerimônias festivas, nasce da certeza de que a humanidade se revela ainda mais na fragilidade”. E os bispos concluem com um pedido para as comunidades cristãs: “Solidarizamo-nos com as famílias que convivem com a realidade da microcefalia e pedimos às nossas comunidades que lhes ofereçam acolhida e apoio”.

Educação precária

3Goiâniaoutubro 2016

O desempenho de estu-dantes do Ensino Médio

nas disciplinas de português e matemática em 2015 foi o pior dos últimos 20 anos, se-gundo dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica do Ministério da Educação. O

Ir. Diego Joaquim, C.Ss.R. [email protected]

REDENTORISTAS

PELA VIDA

A qualidade e a par-ticipação no IV Con-gresso Redentorista de Prevenção às Dro-gas, realizado em Trindade. Iniciativas assim promovem o debate e o engaja-mento em prol do avanço de políticas públicas.

eu curti

não curtiA propaganda en-ganosa em torno da questão da segurança pública. Não temos policiamento para repressão, e com o crescente desemprego as coisas só tendem a piorar. Resumindo: a coisa tá feia!

GOVERNO QUER APRESSAR UMA REFORMA NO ENSINO MÉDIO EM TODO PAÍS, MAS QUESTIONA-SE SOBRE OS DESEJOS DO MAIOR INTERESSADO NA QUESTÃO: O ALUNO

resultado prova a falência do sistema, e provocou o governo federal a tentar uma resposta rápida, com a edição de uma medida provisória que flexi-biliza o currículo e incentiva a implantação do ensino em tempo integral.

A ideia não surgiu da noite para o dia. Há vários anos os resultados das avaliações des-ta etapa estão bem abaixo das já reduzidas metas. No início deste ano, os secretários esta-duais pediram ao Conselho Nacional de Educação uma

Reprodução WEB

reforma curricular como solu-ção para a crise.

Quem conhece a realidade do Ensino Médio entende a gravidade da situação: os jo-vens ingressam para estudar treze disciplinas em apenas quatro horas de aula por dia, em 200 dias letivos. E sabemos que, em boa parte das vezes, nem são quatro horas para valer, nem os 200 dias letivos são cumpridos. Acrescenta--se a esta realidade a falta de material didático, de estrutu-ra física nas escolas, e espe-cialmente: a mentalidade que acompanha esta fase da edu-cação básica.

Na escola pública, o aluno chega ao Ensino Médio com a pressão de ter que trabalhar para ajudar o sustento da casa, ou para tentar viabilizar o so-nho de cursar uma faculdade. Já o aluno da escola particular tem a pressão de obter sucesso nos exames para ingressar nas universidades públicas. E não aparece, até agora, nada que

altere essa mentalidade que pressiona os estudantes.

A reforma do currículo é necessária, e a possibilidade de ensino profissionalizante e de tempo integral também é boa. Mas é preciso também ofere-cer condições melhores para o processo educacional nesta fase. E isso não se pode fazer, por exemplo, com as aulas do ensino técnico e profissional sendo ministradas por profis-sionais com notório saber - ou seja, sem formação acadêmica específica na área que leciona: a medida provisória do gover-no abre este precedente, inter-pretado por educadores como precarização. Quais serão os critérios para que alguém se apresente como professor em um curso profissionalizante?

Isso, ainda não está claro. Mas fica evidente que é um assunto sério e que deveria ser discutido por quem entende de forma mais calma e cida-dã. Não de forma apressada, como parece ser agora.

Agência Brasil / W

alter Cam

panato

Celebrando Santo AfonsoO dia 15 de setembro de 2016 marcou os 200 anos da beatificação de Santo Afonso Maria de Li-gório, fundador dos Missionários Redentoristas. Para marcar a comemoração, foi definida uma programação ao longo do período de um Ano Jubilar, de 1º de agosto de 2016 a 1º de agosto de 2017. Na Itália, a programação deseja mostrar o testemunho do fundador que continua a ser uma referência importante para o povo de Deus e para as gerações de religiosos em todo o mundo. Neste mês de outubro se recorda a visita do Beato Papa Pio IX ao túmulo de Santo Afonso em Pagani, em 8 de outubro de 1849. Foi este Papa que concedeu a Afonso o título de Doutor da Igre-ja. Ao longo do ano, várias atividades serão realizadas em outras cidades italianas onde Afonso viveu e exerceu a sua missão.

Presidente Michel Temer assinou medida provisória sobre reforma do Ensino Médio em 22 de setembro

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4 Goiâniaoutubro 2016

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Juventude festeja 15 anos do COMPROMISSO

Com a participação de 55 jovens realizou-se nos dias 10 e 11 de setembro a edição do retiro LÁZARO 2016. Trata-se de um retiro anual para os jovens do CENÁCULO, organismo de estudo e experiências com os jovens que caminharam mais de 3 anos no Projeto COMPROMISSO. Os jovens eram provenientes de Vila Rica/MT (1), Nova Xavantina/MT (2), Trindade II (3), Abadia de Goiás (4), Goiânia (12) e Trindade (33). O retiro foi assessorado pelo missionário redentorista Pe. João Paulo.

Arquivo

EncontrosAinda em setembro aconteceram outros encontros para os jovens do Projeto COMPROMISSO: Rio Verde/GO, com (02, 03 e 04), Trindade, 97 jovens (03 e 04), Nova Xavantina/MT, 81 jovens, Trindade II, 38 jovens (03 e 04 cfr. pg. 7) e Vila Rica/MT, 59 jovens, (16, 17 e 18).

No dia 07 de setembro de 2016 acon-teceu a festa dos 15 anos do Projeto COMPROMISSO, que reuniu umas 400 pessoas, entre jovens e adultos, no Santuário Matriz de Trindade. A comemoração foi aberta com a Santa Missa e depois seguiu-se um dia de

lazer e de convivência e encerrou-se com uma noite dançante. Diante da necessidade de arrebanhar e oferecer formação cristã de qualidade para a juventude, o Projeto COMPROMIS-SO, foi fundado em 2001, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Nova

Vila em Goiânia, com o Missionário Redentorista, ainda em formação, Pa-dre Fábio Mendonça Pascoal, C.Ss.R. Atualmente o Projeto está implanta-do em 13 paróquias e em 5 estados, com previsão de mais 2 implantações em 2017, em outros 2 estados do país.

Líderes jovens em retiro espiritual

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A Romaria de Carros de Boi da Festa do Divino

Pai Eterno de Trindade, em Goiás, foi reconhecida como o mais novo Patrimônio Cultu-ral Brasileiro. Por sua relevân-cia como referência cultural e representatividade da vida rural, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural apro-vou, por unanimidade, no dia 15 de setembro de 2016, o Re-gistro da celebração religiosa como patrimônio imaterial. O pároco de Trindade, Pe. José Bento, esteve presente em Bra-sília na solenidade da aprova-ção do pedido de Registro.

Este pedido, para se tor-nar patrimônio cultural, foi feito há 7 anos pelo então pároco Pe. Marco Aurélio. Desde então, pesquisadores analisaram tudo que envolve a romaria centenária. “Goiás traz essa porção desta iden-tidade do homem do campo, do trabalho rural e da fé cris-tã aliados a toda essa tradi-ção”, destacou a presidente do IPHAN, Katia Bogéa. Pre-sente na reunião, o Ministro da Cultura, Marcelo Calero, destacou a importância de preservar a história e a tra-dição, ao mesmo tempo sa-ber renovar-se. Segundo o Ministro, o reconhecimento também traz às autoridades públicas uma obrigação de preservação. “Nós precisa-

5Goiâniaoutubro 2016

Romaria de Carros de boi é patrimônio cultural do Brasil

Desfile de carros de boi na Romaria de Trindade

A TRADIÇÃO ACONTECE HÁ 176 ANOS DURANTE A FESTA DO PAI ETERNO, QUANDO AS FAMÍLIAS DEIXAM FAZENDAS E SEGUEM DE CARROS DE BOI ATÉ TRINDADE

Divulgação

mos atuar e fomentar uma série de recomendações que foram feitas para que esta festa se perpetue como ela é”, disse.

Já o presidente da Fede-ração dos Carreiros, J. Car-reiro, que participa da festa desde pequeno, falou sobre a gratificação de ter a celebra-ção reconhecida, ressaltando que o Registro também valo-riza o trabalho do homem do campo, da roça.

A tradição de carros de boi é muito forte na região central de Goiás, principalmente em Damolândia. Os romeiros do município se sentiram orgu-lhosos com o reconhecimento nacional. “Carro de boi é o início de tudo no Brasil e hoje, reconhecido nacionalmente, é um orgulho para os goianos e para os brasileiros”, disse a romeira Iraci Vieira de Oli-veira. (fonte: site Pai Eterno e jornal

O Popular)Ministro Marcelo, Pe. José Bento e a Presidente do IPHAN, Kátia

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Vila ganha Lavanderia e Unidade de InternaçãoHá mais de 65 anos, a Vila

São José Bento Cottolengo, em Trindade/GO, realiza um trabalho filantrópico que au-xilia no desenvolvimento e no tratamento de 350 pessoas com deficiências física e mental. Re-centemente, a instituição inau-gurou mais dois novos espaços para melhorar ainda mais o tra-tamento dos internos: Lavande-

ria Irmã Marilsa e a Unidade de Internação Padre Pelágio.

A lavanderia foi toda estru-turada com máquinas e infraes-trutura, de modo que, por dia, poderão ser lavados mais de 2 mil quilos de roupas. A Lavan-deria conta ainda com depar-tamento de costura, armazena-mento e produção. Em média, são quatro jogos de lençóis por

paciente, dois babadores e qua-tro trocas de roupas por dia, tendo em vista que eles fazem seis refeições diárias.

A Unidade de Internação Padre Pelágio foi preparada para acolher 35 pacientes do sexo masculino portadores de deficiências mental, com idade entre 20 e 70 anos. A infraestru-tura do prédio atende todos os

requisitos da Vigilância Sani-tária, e uma equipe multipro-fissional está capacitada para atender, 24 horas por dia, os pa-cientes que irão residir no local.

“Uma pessoa com deficiên-cia tem que ser respeitada na sua dignidade de cidadão. E essas inaugurações vão auxiliar no aumento da qualidade de vida de quem vier morar aqui”,

disse o diretor administrativo da Vila, Pe. Éverson.

“Nossos internos esperam de nós atitudes de caridade e não devemos medir esforços para dar condições para que possam se sentir bem aqui nes-ta instituição intitulada o ‘San-tuário do Irmão’”, disse o Mis-sionário Redentorista Pe. José Bento, que é presidente da Vila.

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6 Goiâniaoutubro 2016

EIDE MARIAJARDIM PLANALTO – GOIÂNIAQual a origem do catecismo da Igre-ja Católica?O primeiro catecismo, ou melhor, manual de catequese da Igreja foi o Evangelho de São Marcos, que nos ensina a responder a pergunta: Quem é Jesus? Ou seja, nos mostra a pessoa de Jesus e seus ensina-mentos para podermos segui-lo. Depois a Igreja sentiu a necessidade de produzir outros manuais que pudessem orientar as pessoas nos caminhos do Senhor, daí surgiram os catecismos. A Igreja já teve vários catecismos, o último foi apresenta-do a nós pelo Papa João Paulo II.

IVANIR GOMESCIDADE SATÉLITE SÃO LUIZ – AP. DE GOIÂNIAAssisti uma reportagem sobre o car-naval 2017 onde uma escola de samba do Rio de Janeiro vai homenagear a padroeira do Brasil, N. Sra. Aparecida. No evento da escolha do samba enredo estava presente um dos coordenadores do Santuário Aparecida, apoiando a iniciativa. Gostaria de saber sua opinião a respeito deste assunto, uma vez que o carnaval é considerado pela Igreja uma festa pagã.Não vejo problema nisso, pode-se perfei-tamente ter uma homenagem sacra em uma festa considerada pagã, desde que não haja abuso e nem uso incorreto de imagem sacra. Não vejo nenhum problema.

GISAMAR LIMAJD. BALNEÁRIO MEIA PONTE – GOIÂNIAO Rito da Exposição do Santíssimo Sacramento pode ser em qualquer celebração ou tem que ser uma em especial?Não, a exposição e adoração ao Santíssi-mo deve ser feita em momentos especiais, como uma novena, ou um momento de oração em um grupo. Depois da missa só no dia de Corpus Christi, ou se tiver um

PE. WALMIR GARCIAParóquia N. Sra. da Guia, Trindade II

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tempo de mais ou menos uma hora após a celebração, pois não tem sentido fazer adoração ao Santíssimo após recebê-lo em comunhão.

NÃO QUIS SE IDENTIFICARAlgumas pessoas da maçonaria par-ticipam das missas dominicais e mui-tas são ativas nas paróquias. O padre sabendo disso pode falar com elas para se “decidirem” se participam da Igreja Católica ou da maçonaria?A maçonaria não é uma religião, e sim uma Associação de homens com fi ns não religiosos, portanto o maçom pode partici-par de uma religião, se assim ele o quiser e acreditar. Não é excluído da Igreja por ser maçom, como antigamente era.

ANA PEREIRACONJUNTO VERA CRUZ – GOIÂNIAPor que usamos a expressão: “São Pedro tem as chaves do céu?”Em Mateus 16,19 vemos a expressão de Jesus a Pedro: “Eu te darei as chaves do

Reino dos céus...”, as chaves nesse caso têm o sentido de ligar ou desligar, de per-doar ou condenar; de garantir a salvação ou a condenação ao inferno, que a Igreja tem, em nome de Deus. A Igreja é a con-tinuidade da missão de Jesus.

LILIAN EVANGELISTAST. PEDRO LUDOVICO – GOIÂNIAQual a diferença entre pároco e vigário? O pároco é o representante primeiro do bispo em uma paróquia, exercendo a fun-ção de governar, de administrar aquela região denominada paróquia, que é uma parte da diocese. O vigário é aquele que colabora com a missão do pároco, ou seja, são os colaboradores paroquiais.

ROSARIA FERRAZCENTRO – ITABERAÍA Unção dos Enfermos perdoa os pecados?Sim, por isso esse sacramento tem a fun-ção de perdoar pecados também, além de ser um bálsamo para o enfermo, ou seja, um alívio para o seu sofrimento corporal e espiritual. O principal fundamento bíblico desse sacramento está na Carta de São Tiago (5,13-15).

MARTA GONÇALVESFAZENDA BOA NOVA – CATURAÍO que signifi ca ser Irmão Missioná-rio Redentorista? A Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas) possui padres e irmãos em sua composição. Ambos, padres e irmãos, são membros efetivos, que pos-suem os mesmos votos religiosos, com a diferença que os padres recebem o sacramento da Ordem, e os irmãos não, estes permanecem só religiosos, não são padres. DELNICE AMARALSETOR UNIÃO –GOIÂNIAQual a diferença entre Padres Dio-cesanos e Redentoristas? Eles obe-decem ao mesmo Bispo?A diferença entre padres diocesanos e re-ligiosos é a seguinte: os padres diocesanos não pertencem a nenhum grupo religioso, ou seja, a nenhuma Ordem ou Congre-gação religiosa, eles não fazem votos religiosos, tendo somente o compromisso do Celibato e estão submissos somente ao Bispo Diocesano de sua Diocese. Já os padres religiosos (também os reden-toristas e tantos outros) são membros de uma Congregação e nela emitem seus votos religiosos de Pobreza, Obediência e Castidade e estão submissos ao Superior da Congregação, além de estarem também submissos ao Bispo, quando trabalham em uma Paróquia.

GratidãoA Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece mensal-mente o Nosso Guia relatando a Ação Pastoral dos Redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos os colaboradores, abaixo relacionados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno,Dr. Salomão e Mª Augusta Calado - Setor Sul, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Eurípedes e Desnaides - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP, Darcy G. Paschoal - Tietê-SP, Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Cantinho MirimCarlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de Castro Nunes - St. Campinas

DepósitosBanco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X / Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)02/08 – Transf. Online .................... R$ 140,0002/08 – Crédito em conta ............... R$ 40,0008/08 – Transf. Periódica ............... R$ 10,0015/08 – Depósito online ................. R$ 30,0015/08 – Depósito online ................. R$ 200,0029/08 – Crédito em conta ............... R$ 300,0031/09 – Crédito em conta ............... R$ 100,0001/09 – Crédito em conta ............... R$ 40,0001/09 – Transf. agendada ............... R$ 140,0006/09 – Transf. periódica ............... R$ 10,0016/09 – Depósito online ................. R$ 500,00

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7Goiâniaoutubro 2016

Nossa Senhora da Guia, Trindade II

Nos dias 03 e 04 de setem-bro, aconteceu na Paróquia Nossa Senhora da Guia, que reúne Comunidades das pe-riferias de Goiânia e Trinda-de, um retiro especial para os jovens que estão perseveran-do no Projeto COMPROMIS-SO. Tal encontro tem o nome de “Ainda Existe uma Cruz” (AEUC) e é um retiro de si-lêncio, reflexão e formação. Participaram dele 38 jovens, 2 adultos, 1 seminarista e 2 jo-

JOVENS SE PREPARARAM PARA SERVIR NO II COMPROMISSO GUIA, DATADO PARA OS DIAS 14, 15 E 16 DE OUTUBRO NA PARÓQUIA

vens do Cenáculo. Eles serão agora a “equipe in loco” para servir no II COMPROMISSO GUIA, da Paróquia Nossa Se-nhora da Guia, datado para 14 , 15 e 16 de outubro. O Pro-jeto tem como objetivo agora que esses jovens e suas fa-mílias, motivados pela expe-riência com o Redentor, pos-sam continuar anunciando a Copiosa Redenção a seus amigos e outros tantos jovens desta região.

A Paróquia Nossa Senhora da Guia, atualmente reunindo mais de 20 Comunidades, tem sua sede no Parque Buriti. Festeja sua Padroeira há mais de 50 anos. Nesta foto, vemos um dia da Novena da Festa de 2009, com presença do Pe. Bariani, Pe. André Ricardo e o pároco Pe. Paim.

Um dia da Novena da Festa de 2016, com o pároco Pe. Walmir e o presidente da celebração Pe. Frederico Hozanan. O tema da Novena e Festa deste ano foi ins-pirado no lema da Missão Popular pregada no mês de agosto: Unidos em Cristo, com Maria, para viver e crescer em Comunidade.

Arquivo

PONTAKAYANA: A Comunidade Santo Afonso se recorda com alegria dos dias das San-tas Missões Populares pregadas, em agosto, pelos redentoristas Pe. Márcio (Amazo-nas), e Pe. Henrique (Maranhão), que aparecem na foto. E a festa do Padroeiro Santo Afonso, por causa das Missões em agosto, foi celebrada entre os dias 15 a 18 de se-tembro.

ANIVERSÁRIO: Dona Eva Fernandes e o senhor Sebastião (Rosquinha) completaram 47 anos de casamento no dia 15 de setembro. Moradores do Jardim Marista, os dois são assíduos nas celebrações, seja na Comu-nidade Nossa Senhora Aparecida, seja na Comunidade Santa Edvirge no Setor Barcelos. No dia foi rezado um terço em sua residência.

Velhos tempos... belos dias!

Cidinha Silveira

Arquivo

Brandolize

Brandolize

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8 Goiâniaoutubro 2016

PE. LUIZ CARLOSMissionário Redentorista, SP

Dieta garantida 27º Domingo Comum (02.10.16)Lucas 17,5-10

Quer vender um produto? Diga que é bom para emagrecer. Mas

há produtos que não só nos equili-bram como nos dão mais condições de vida. Também o espiritual tem que ser cuidado. Senão se corre o risco de viver pela metade. Para isso temos a receita de hoje, a fé: “O justo viverá por sua fé” (Hab 2,4). A fé sus-tenta nas maiores difi culdades.

Para receber esse dom da fé é preciso ter o coração aberto, como rezamos no responsório do Salmo 94: “Não fecheis o coração, mas ouvi a voz do Senhor”. Recebe a fé aquele que abre o coração e não se fecha por cabeçudice, como fez o povo no deserto.

A fé é como uma sementinha muito miúda que tem uma força muito grande. Jesus diz que sua força pode remover uma montanha. Pode modifi car também nosso coração para que se entregue para Deus.

A seguir, no texto do Evange-lho desse domingo, temos uma si-tuação difícil. A fé que nos sustenta nos põe a serviço do Reino na total gratuidade, não por recompensas. Depois de trabalhar pelo Reino, servindo ao Senhor, não estaremos fazendo favor a Deus. E temos que dizer que recebemos o direito de trabalhar pelo Reino. O que fi ze-mos foi um dom da fé.

Por isso Paulo convida a “so-prar as brasas do dom de Deus que recebemos”. Antigamente o fogo era conservado nas brasas sob as cinzas. Depois bastava afastar a cinzas e soprar as brasas. Temos tantos dons de Deus. É preciso sem-pre reavivá-los pela fé.

Nossa dieta espiritual é viver a fé.

Que delícia de banho!28º Domingo Comum (09.10.16)Lucas 17,11-19

Em seu caminho Jesus ensina e faz milagres que explicitam seu

ensinamento. Podemos entender no evangelho da cura dos dez leprosos que o agradecimento faz parte da fé no Deus generoso que cura sempre. Mas cobra nosso reconhecimento. A fé tem sua dimensão humana e o humano tem uma dimensão de fé. Jesus não se queixava das perse-guições, das adversidades, mas se queixou da falta de educação, tam-bém espiritual, dos leprosos que não voltaram para agradecer.

Jesus se queixa porque o mila-gre fi cou incompleto: faltou acolher

o dom com a alegria da ação de gra-ças reconhecendo Deus como autor de todo bem. Jesus diz ao samarita-no que era um estrangeiro e inde-sejado: “Não foram dez os curados? Os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar gló-ria a Deus, a não ser este estrangei-ro?” E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17,17-19). O mi-lagre não é tanto a cura física, mas a cura espiritual que é colocar a pes-soa em atitude de agradecimento a Deus que é o autor da renovação do homem. Os outros fi caram curados, mas não mudaram o coração.

Vemos que as pessoas pedem graças e milagres, mas estes não as levam a um relacionamento diferen-te com Deus. Acham que “pagando a promessa” já pagaram o milagre. Foi o que fi zeram os outros nove. Fo-ram a Jerusalém para cumprir a lei e receber o documento de purifi cado.

Naaman é purifi cado obede-cendo (depois de relutar) a ordem do profeta Eliseu: “Vai e lava-te sete vezes no rio Jordão”. O banho lhe trouxe a cura. Águas deliciosas. Mais que um banho, foi uma con-versão a Deus: “Agora estou con-vencido que não há outro Deus... senão o que há em Israel (2Rs 5,15).

O fato de ser um samaritano, um herege, e os outros nove, ju-deus, mostra que a verdadeira re-ligião está no coração agradecido a Deus por seus imensos dons. Essa água nos deliciará.

Correndo das velhas29º Domingo Comum (16.10.16)Lucas 18,1-8

Há um mau costume de achar que as pessoas idosas, que

chamamos de “velhas”, são inú-teis. Alguns chegam a dizer que na Igreja só há velhas. Ser velho é um grande privilégio, pois muitos não chegaram a essa idade. Então há nelas um vigor maior de vida, também de vida espiritual. Muitas são benzedeiras, isto é, são capazes de orar para o bem dos outros com grandes resultados. Deus as ouve, pois se conhecem há tempo.

Jesus, no Evangelho desse do-mingo, ensina seus discípulos a reza-rem com insistência. Se até os maus, como no caso do juiz injusto, cedem diante da insistência e fazem justiça, “será que Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gri-tam por Ele? Será que vai fazer espe-rar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa” (Lc 18,6-8).

Uma das noções de oração nos é dada pelo próprio Jesus que in-

siste que não usemos um palavrea-do excessivo (Mt 6,7). Um santo dos tempos modernos, Charles de Foucauld, diz: “Rezar não é dizer muitas coisas, mas a mesma coisa muitas vezes”. Rezar não é conven-cer Deus a respeito de nossas coi-sas, mas convencer-nos sobre Deus. Parece que Deus demora a atender a gente. É que Ele quer fi car conos-co mais tempo. Parece que gosta de nós. Por isso temos o exemplo de Moisés que durante a batalha dos israelitas fi cou o tempo todo de braços abertos em oração para que vencessem. É o que dizemos: o homem mais alto é aquele que está de joelhos. Quando minha avó Rita estava já no fi m eu lhe mostrei um tercinho de anel e ela me disse: “As rezas nunca chegam”, quer dizer: nunca chegam a ser sufi cientes.

A oração deve ser baseada na Sagrada Escritura. Paulo diz a Ti-móteo: “Toda a Escritura é inspira-da e útil para ensinar e para argu-mentar, para corrigir e para educar na justiça, a fi m de que o homem de Deus seja perfeito e qualifi cado para toda boa obra” (2Tm 3,16-17).

Aprendamos com nossas velhi-nhas a conversar com Deus.

Conversa mole não convence 30º Domingo Comum (23.10.16)Lucas 18,9-14

A Palavra de Deus nesse trigési-mo domingo nos apresenta a

parábola do fariseu e do cobrador de impostos. O fariseu não era mau por ser fariseu, pois era um modo de viver a fé. Paulo era fariseu antes de sua conversão. O que Jesus não en-golia era a religião de fachada. Eles se apresentavam como santos, mas na verdade havia falsidade. O pu-blicano era uma classe de gente que era reconhecida como pecadora pe-los abusos que fazia na cobrança dos impostos, que era sua profi ssão.

O fariseu fazia tudo direitinho na religião, mas faltava o coração. Tinha orgulho pelo que era e con-denava os outros. O pecador publi-cano tem a humildade de reconhe-cer seu pecado e pedir perdão.

Temos aí um caminho de vida cristã: nada do orgulho de pensar que é melhor que os outros e não saber ver os próprios pecados.

O livro do Eclesiástico, para su-perar essas situações, coloca Deus como modelo. Age sempre com jus-tiça e escuta as súplicas dos oprimi-dos. Ensina que “quem serve a Deus como Ele o quer, será bem acolhido e suas súplicas subirão até às nu-

vens” (Eclo 35,20). Confi rma: “A pre-ce do humilde atravessa as nuvens” (Id. 21). Essa oração é insistente: não descansa até que Deus atenda.

O Salmo é muito claro e confi r-ma as palavras de Jesus sobre a ora-ção do humilde pecador: “O pobre clama a Deus e ele escuta; O Senhor liberta a vida de seus servos” (Sl 33).

A humildade é o sinal mais cla-ro que estamos em Deus.

Baixinho que ficou grande 31º Domingo Comum (30.10.16)Lucas 19,1-10

Era de pequena estatura e fi cou grande.Lemos no livro da Sabedoria que

diante de Deus tudo é muito peque-no. O universo é um grão de areia na balança. Não muda o peso. É uma gota de orvalho. Esse Deus tão imen-so tem compaixão porque tudo pode. Deus ama tudo e todos, pois foi ele mesmo que nos fez assim.

Em seu tratamento conosco Ele é misericórdia e piedade, é amor e paciência. É compaixão. O Senhor é muito bom para com todos. Sua ternura abraça toda criatura. Assim reza o Salmo 144.

O Evangelho desse domingo nos traz um fato muito conhecido e mar-cante: a conversão de Zaqueu, o ho-mem pequeno que subiu numa árvo-re para ver Jesus. Era muito rico. Mas sendo baixinho, o povo o impedia de ver Jesus. Era algo natural, mas refl e-te o quanto podemos impedir que as pessoas vejam Jesus. Ele baixo, se hu-milhou e subiu a uma árvore.

Jesus o viu. Mandou descer e lhe disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo fi car na tua casa. Ele desceu depressa e O recebeu com alegria” (Lc 19,5-6). Jesus se abaixa e vai à casa de um pecador. Aí começa o diz que diz: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador” (Id. 7). A atitude de Je-sus é contrária ao pensamento puro dos fariseus. Jesus, hospedando-se em casa de um homem pecador, se faz igual. Deus se abaixou justamen-te para buscar o que estava perdido.

Zaqueu se põe em atitude de conversão, não só espiritual, mas a verdadeira conversão que reestrutu-ra a vida: “Dou a metade de meus bens aos pobres”. Jesus quando nos visita quer uma mudança total.

Nas últimas palavras do texto Jesus afi rma que todos são fi lhos de Deus: “Também este homem é fi lho de Abraão”. E confi rma sua missão como redentor: “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Id. 9-10).

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L’ Osservatore Rom

ano)

Papa fala aos líderes religiosos unidos pela paz em Assis

9Goiâniaoutubro 2016

Cristãos e não cristãos em oração pela paz

IGREJA n VIM PARA SERVIR

de doença do nosso tempo: a indiferença: “Não pode-mos ficar indiferentes. Hoje o mundo tem uma sede ar-dente de paz. Em muitos países, sofre-se por guerras, sempre causando tragédias, angústias e pobreza”. “Pen-so em famílias, cuja vida foi transtornada e até destruída; nas crianças, que na vida só conheceram violência; nos idosos, forçados a deixar as

Um encontro histórico em nome da paz reuniu 450

líderes religiosos, cristãos e não cristãos, do mundo intei-ro, em Assis, na Itália, de 18 a 20 de setembro. O evento des-te ano teve como tema “Sede de Paz. Religiões e Culturas em Diálogo” e foi promovido pela Diocese de Assis, Famí-lias Franciscanas e a Comuni-dade romana de Santo Egídio. Em Assis, reuniram-se mais uma vez, líderes cristãos e não cristãos de todo mundo.

Procurando pazEm seu discurso o Papa

Francisco lembrou que “to-dos se encontravam reunidos em Assis como peregrinos à procura da paz, movidos pelo desejo de testemunhar a paz, e sobretudo pela necessidade de rezar pela paz”. E acres-centou: “Não nos cansamos de repetir que o nome de Deus nunca pode justificar a violência. Só a paz é san-ta, não a guerra. Não temos armas. Mas acreditamos na força mansa e humilde da oração”. E fez um convite:

“PROCUREMOS EM DEUS A ÁGUA CRISTALINA DA PAZ: ESSA ÁGUA NÃO BROTA DAS TERRAS ÁRIDAS DO LUCRO A TODO O CUSTO E DO COMÉRCIO DAS ARMAS”, DISSE O PAPA

suas terras: todos eles têm uma grande sede de paz. Não queremos que estas tragédias caiam no esquecimento... A violência das armas destrói a alegria da vida.”

Promover a pazO Papa concluiu sua fala

fazendo um apelo: “Nós, como chefes religiosos, temos a obrigação de ser pontes só-lidas de diálogo, mediadores criativos de paz. Dirigimo--nos também àqueles que detêm a responsabilidade mais alta no serviço dos po-vos, aos líderes das nações, pedindo-lhes que não se can-sem de procurar e promover caminhos de paz, olhando para além dos interesses pes-soais... Assumamos esta res-ponsabilidade, reafirmemos hoje o nosso sim a ser, juntos, construtores da paz que Deus quer e de que a humanidade está sedenta.”

Ao final do encontro uma vela foi acesa para cada um dos países em guerra ou em conflito. Uma luz de esperan-ça para o futuro.

Papa visita pacientes nos hospitais

Francisco respeita as normas higiênicas no encontro com as crianças

Em setembro o Papa Fran-cisco fez novas visitas-sur-

presa no âmbito das ‘sextas--feiras da misericórdia’ deste Ano Jubilar ao ir ao encontro das ‘periferias existenciais’. De fato, pelo menos uma vez por mês, neste Ano da Misericór-dia, Francisco tem realizado algo extraordinário. Assim, na tarde de dezesseis de setembro, ele esteve em duas instituições importantes de saúde da capi-tal italiana. Fez uma visita aos pequenos pacientes na Unida-de Neonatal do Hospital San Giovanni de Roma, onde estão internadas 12 crianças recém--nascidas com vários tipos de

doenças. O Santo Padre foi re-cebido com surpresa por toda a equipe de médicos e enfermei-ros, pais e pequenos pacientes. Como de regra nos hospitais, Francisco precisou usar más-cara de proteção, além de se submeter a todas as precauções higiênicas para respeitar o am-biente.

No mesmo dia, o Papa foi até o Policlínico Universitário Gemelli de Roma, onde visi-tou uma unidade dedicada aos doentes com câncer e que aten-de 30 pacientes em fase termi-nal. Ali saudou a cada doente, um por um, no seu quarto.

Com mais essa obra simbó-

lica no Ano da Misericórdia, Papa Francisco quis dar um sinal significativo sobre a im-portância da vida desde o seu primeiro instante até o seu fi-nal natural. Acolher a vida e garantir a sua dignidade em cada momento do seu desen-volvimento é um ensinamento sempre enfatizado pelo Santo Padre.

Com essa dupla visita, Fran-cisco imprimiu mais uma vez a sua marca concreta e tangí-vel de quanto é fundamental – para viver a misericórdia – a atenção às situações mais frá-geis e precárias. (fonte: site da Rádio Vaticano)

L’Osservatore Rom

ano

“Procuremos em Deus, fonte da comunhão, a água cristali-na da paz, de que está seden-ta a humanidade: essa água não pode brotar dos desertos do orgulho e dos interesses parciais, nem das terras ári-das do lucro a todo o custo e do comércio das armas.”

Dirigindo-se aos líderes re-ligiosos, o Papa lembrou que nossas tradições religiosas são diversas. “Mas para nós, a dife-

rença não é motivo de conflito, de polêmica ou de frio distan-ciamento”, observou. “Hoje não rezamos uns contra os outros, como às vezes infelizmente se deu na História. Ao contrário, sem sincretismos nem relativis-mos, rezamos uns ao lado dos outros, uns pelos outros.”

A indiferençaEm seguida exortou a

todos a enfrentar a gran-

L’Osservatore Rom

ano

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SOLANGE MARIA DO CARMO é leiga, formada em fi losofi a e teologia. É também mestre em Teologia Bíblica e doutora em Teologia Catequética pela Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte (Faje). Atua como professora na área de catequese e Bíblia na PUC-Minas e no Instituto Santo Tomás de Aquino, em Belo Horizonte (MG). É coautora da Coleção Catequese Permanente, pela Editora Paulus. Na Scala Editora, é autora do livro “Jesus: Boa-nova universal de Deus”, em dois volumes. “O gosto pela literatura foi despertado em mim muito cedo. Desde criança, o mundo dos livros fora uma paixão, mas nunca sonhei em ser escritora. A escrita surgiu, primeiro, por necessidade, quando – por amor ao Evangelho – comecei a escrever temas teológicos, especialmente no campo catequético”, explica Solange. Este mês, ela lança seus primeiros trabalhos na literatura infantil, também pela Scala Editora.

MÍDIA REDENTORA10 Goiâniaoutubro 2016

scalaeditora.com.brscala.editoraScalaEditora

CONHECENDONOSSOS ESCRITORES

Pensado com carinho para crianças e adolescentes, esta coletânea traz orações, cânticos e também informações para que, desde cedo, nossas crianças aprendam com Jesus a fazer a experiência do amor de Deus – o Divino Pai Eterno.Formato: 8,5 x 12,5 cmPáginas: 66

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Devocionário do Romeirinho do Divino Pai Eterno

A partilha de valores importantes para a educação de nossas crianças é o tema destes novos trabalhos da autora Solange Maria do Carmo, teóloga-leiga de Belo Horizonte. Poemas que surgiram com o ideal de partilhar sonhos e projetos de fraternidade e fé. A magia das palavras, Tesouros do Coração e Pessoas são diferentes são parte de um sonho: “Mergulhar as crianças na literatura e, mais ainda, fazê-las experimentar a vida nova que brota no coração de quem crê”, explica Solange. Os livros têm ilustrações belíssimas de Larissa Lima. Vale a pena conhecer e partilhar com os pequeninos!

Pessoas são diferentes

Uma catequese sobre o respeito às diferenças que existem entre as pessoas. A refl exão que ajuda as crianças a entenderem o projeto de vida fraterna do Reino de Deus. Formato: 20 x 21 cmPáginas: 36

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As palavras são mágicas, e devem ser escolhidas com carinho. Este livro ajuda as crianças a compreenderem a importância das palavras. Formato: 20 x 21 cmPáginas: 28

Tesouros do coração

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REZANDO COM AS CRIANÇASEm Trindade, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento e a Mônica vão conhecer o Santuário-Basílica do Divino Pai Eterno. Nesta linda viagem, as crianças aprenderão muito sobre a história desta devoção que atrai milhões de fi éis de todo Brasil, e do medalhão de barro cozido encontrado em 1840, que deu origem ao Santuário e à festa do Divino Pai Eterno.Formato: 20 x 20 cmPáginas: 48

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Turma da Mônica Visita Trindade

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e do Policial Civil Especialista em Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Aurélio Rodrigues, além de autoridades convida-das.

Madre Silvanete, em sua pa-lestra, deixou uma forte espe-rança para tantas famílias que sofrem com o desafio das dro-gas e pediu que nunca desistam: “Há pessoas que só chegam à recuperação após a quinta ou sexta internação!”.

Juntos, todos esses profissio-nais expuseram aos congressis-tas um balanço da realidade do mundo das drogas nos dias de hoje e apresentaram soluções práticas, em discussões entre to-dos os presentes, para o resgate e reinserção social dos inúme-ros jovens perdidos para o vício todos os dias.

Entre as ações programadas ao longo do ano, este Congres-so Redentorista de Prevenção às Drogas destacou-se, não apenas por ser um evento em âmbito nacional, mas por se caracterizar como a oportunidade de discus-são sobre o que pode ser melho-rado para que, juntos, possamos vencer o vício das drogas.

Goiâniaoutubro 2016

O IV Congresso Redentoris-ta de Prevenção às Drogas,

de âmbito nacional, ocorreu entre os dias 22 e 24 de setem-bro, no Auditório Dom José Ro-drigues, em Trindade. O tema desta edição foi “A importância da Reinserção Social” e o lema “Já não mereço ser chamado teu filho”, numa referência à pas-sagem do filho pródigo (cf. Lc 15,19), que, apesar de todos os erros, se arrepende e é acolhido de volta no seio da família.

Este evento, de extrema im-portância para a sociedade, foi realizado com o intuito de cons-cientizar profissionais e familia-res de pessoas em situação de drogadição (toxicodependên-cia) e, assim, formar uma nova consciência, em que o acolhi-mento e o apoio à recuperação integral prevaleçam, aliados às políticas de prevenção ao ví-

cio desde as primeiras fases da vida.

Todos os dias foram marca-dos com apresentações cultu-rais, jantar com comida típica de Goiás e palestras e mesas--redondas que abordam a pro-blemática das drogas, todas conduzidas por profissionais gabaritados, como o Secretário Executivo de Políticas e Preven-ção à Violência do Estado de Alagoas e Presidente do Fórum Brasileiro de Gestores de Políti-cas sobre Drogas, Cloves Bene-vides; da Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial de Crianças e Adolescentes, Ir. Silvanete Soares; de Marcos Tulio Klein Balena, represen-tante do Centro de Referência e Excelência em Dependência Química de Goiás; da Dra. Jo-seane Souza, pós-doutoranda em Síndrome Fetal Alcoólica

CSSR n GENTE QUERIDA

Ir. Silvanete, Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial de Crianças e Adolescentes

OBRAS REDENTORISTAS PROMOVERAM COM ÊXITO MAIS UM CONGRESSO DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS

OBRAS SOCIAIS n EVANGELIZAÇÃO

Importância da Reinserção Social no combate às drogas

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Arquivo

Reprodução

São Geraldo Majella

Materdomini, um lindo lugarejo, distrito de Ca-poseli, no sul da Itália. Ali se encontra o San-

tuário Basílica de São Geraldo Majella (foto), mis-sionário redentorista que viveu no tempo de Santo Afonso de Ligório, fundador da Congregação.

São Geraldo é invocado como padroeiro das mães e das crianças. No Brasil temos também um Santuário de São Geraldo, em Curvelo/MG. Im-portante lembrar que Geraldo não foi sacerdote, mas um Irmão Redentorista. Irmão, segundo o Ir. Marcos Vinícius, “é aquele a quem podemos recor-rer quando precisamos de ajuda”. Em Materdomi-ni viveu Geraldo, aquele que desejou e se tornou um irmão de todos, especialmente dos pobres. Sua festa é no dia 16 de outubro.

S. Geraldo nasceu em 1726, em Muro-Lucano, pequena cidade do sul da Itália. Sua mãe, Bene-detta, foi uma bênção para ele, pois ensinou-lhe o imenso amor de Deus que não conhece limites. Seu pai faleceu quando ele tinha 14 anos. Tornou--se aprendiz de alfaiate. Aos 19 anos montou sua própria alfaiataria. Seu negócio prosperou, mas ele não ganhou muito dinheiro, pois dava tudo para os outros. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres.

Em 1749, quinze missionários Redentoristas es-tiveram em sua cidade. Geraldo seguiu cada detalhe da missão e decidiu que aquela devia ser a sua vida. Pediu para ingressar no grupo missionário, mas Pe. Cáfaro, o Superior, recusou-o por motivo de saúde. Tanto importunou os padres que, ao deixarem a ci-dade, Pe. Cáfaro sugeriu à sua família que o tran-casse no seu quarto. Geraldo amarrou os lençóis da cama e, descendo pela janela, seguiu o grupo dos missionários. Fez uma dura caminhada de dezeno-ve quilômetros para chegar até eles: “Aceitem-me, me deem uma chance, depois me mandem embora se eu não for bom”, dizia. Diante da persistência, Pe. Cáfaro consentiu e mandou Geraldo para a comuni-dade redentorista da cidade de Deliceto, com uma carta em que dizia: “Estou mandando um outro ir-mão, que será inútil quanto ao trabalho!”

Aconteceu o contrário. Geraldo mostrou-se um excelente trabalhador: Foi jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro. Mais: ir-mão de todos e até conselheiro espiritual para o povo e para religiosos.

Escreveu na porta do seu quarto: “Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e por quanto tempo ele quiser.” Faleceu com 29 anos e se tornou o santo redentorista mais conhecido no mundo, mais do que o próprio fundador, Santo Afonso.

Banda Inclusiva Luar da Vila São Cottolengo

Neide O

liveira Leite

Page 12: ANO XIV Nº 162 OUTUBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · A missão da Igreja em ser si-nal do Reino só será consuma-da na glória celeste. Trata-se da dimensão escatológica da

12 Goiâniaoutubro 2016

PE. RAFAELVIEIRA, C.SS.R.

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PS1. Um livro que merece ganhar algumas horas da sua vida e que trata da primavera com um sentido: “Primavera silenciosa” de Rachel Carson. O livro, publicado em 1962, levou à proibição de venenos na agricultura dos EUA.

*******PS2. Sua pesquisa: no tocante à astronomia, a primavera ocorre no equinócio de setembro (momento do ano em que o dia e a noite possuem a mesma duração, 12 horas cada).

*******PS3. Curiosidade: – Existe um time de futebol na cidade de Indaiatuba (interior de SP), cujo nome é uma homenagem a esta estação do ano. É o Esporte Clube Primavera.

Outubro· 2016 ·

Estimado (a) leitor (a)

No fi nalzinho do mês passado, me veio uma ideia para compar-tilhar na carta de outubro com você: a primavera. Eu sei que o início dela já se foi, mas a estação permanece até 22 de dezembro. Eu fi quei pensando no signifi cado que fomos dando, com o passar do tempo, a esta palavra que sugere tanta coisa bonita. Vou esco-lher quatro aspectos mais comuns: as fl ores, a idade, a liberdade e a música. Nem todas as regiões do Brasil celebram a chegada da primavera com uma explosão de fl ores. Eu moro numa cidade particular, planejada, sitiada pelo Cerrado. Brasília dá um espetá-culo à parte com árvores e arbustos coloridos. Desde agosto, com a fl oração dos ipês, a cidade já respira um ar primaveril. No topo da minha carta divido com vocês algumas belas fl ores apreciadas por quem anda de carro em Brasília. Eu sinto que as árvores, na verdade, são como as mulheres: umas elegantes, refi nadas; outras mais rebeldes e dadas à moda; algumas são doces e delicadas, outras mais ousadas e exuberantes. Tenho olhado as árvores como olho para as mulheres que conheço. Contemplo a beleza e agradeço a Deus pela riqueza humana que cada uma delas representa. E as árvores de Brasília representam uma diversidade impressionante do mundo feminino. Um outro dia, quero escrever sobre isso. Se você quiser, claro. Se puder, me envie um e-mail e me diga se devo fazer isso, por favor.

A primavera é facilmente mencionada quando se fala da idade. Muito comum encontrar alguém que prefere dizer, ao invés dos anos que já não tem, das primaveras vividas. Eu já tenho 53 primaveras. Não me lembro de todas, aliás, me lembro de pou-quíssimas. Talvez, pelo nosso ciclo de clima, não tenhamos nos educado para prestar atenção nas estações também porque elas não são bem defi nidas. A gente entra no inverno com calor e sai do verão com frio. Árvores fi cam nuas na primavera e no outono têm muitas fl ores. Embaralham-se os sinais e a gente cresce sem saber bem em qual estação nos encontramos. No tempo que vivi na Europa, me impressionava a força da expressão de cada uma delas, especialmente na região em que eu morava: bem urbana, a região da chamada parte Imperial, no centro histórico de Roma, na Itália. Inverno e verão se vive e se morre naquele lugar. Frio e calor com todo o direito que se pode imaginar. No outono, as árvores da nossa rua, a Via Merulana, fi cam completamente peladas e, na primavera, acaba faltando lugar para colocar tantas fl ores. Na Villa

dos Redentoristas, então, nem se fala. Em todos cantos se encon-tram fl ores. Elas parecem nascer em qualquer lugar, até no asfalto. Isso sem falar do cuidado que a prefeitura da cidade tem com os jardins e praças que se tornam mares de fl ores de todas as cores.

Um sentido político dado à palavra primavera me agrada muito. Confesso que a primeira vez que ouvi essa associação foi nas aulas de história sobre um evento emocionante, nos tempos do comunismo, ocorrido em Praga, na então Tchecoslováquia. Se-gundo a Enciclopédia, esse período começou em 5 de janeiro de 1968, quando o reformista eslovaco Alexander Dubček chegou ao poder, e durou até o dia 21 de agosto quando a União Soviética e os membros do Pacto de Varsóvia invadiram o país para inter-romper as reformas. Aquela “primavera” signifi cava uma sorte de questionamentos sobre uma ideologia fechada e que insistia em permanecer imune aos regimes do Ocidente. Mais recentemente, aprendemos também a chamar o movimento popular que começou a questionar os regimes fechados do norte da África e do Oriente Médio de “primavera árabe”. Esse foi também um movimento li-bertário. Quem se dedicou a defi nir o fenômeno dessa “primavera” o caracteriza como uma onda revolucionária de manifestações e protestos ocorridos a partir de 18 de dezembro de 2010. Houve revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia e na Síria; também ocorreram grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Omã e Iémen. Além disso, também fo-ram realizados protestos menores no Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental.

Na música, a primavera faz festa. Sempre mencionada para tra-tar de tempos em que o amor é vivido em profundidade. Eu me lembro de uma canção que talvez você também a tenha no ouvido quando se trata de invocar a primavera. Ouço o grande Tim Maia meio que gritando: “É primavera! Te amo!”. Outra que só os mais antigos podem recordar com mais facilidade é uma música do Beto Guedes, “Sol de primavera”. A letra é um poema à vida e ao amor: “Já sonhamos juntos. Semeando as canções no vento. Quero ver crescer nossa voz. No que falta sonhar. Já choramos muito, muitos se perderam no caminho. Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer sol de primavera. Abre as janelas do meu peito. A lição sabemos de cor. Só nos resta aprender”. A primavera está aí, de novo! É bom cantar, é bom viver, é bom amar!