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ANO XXIX - 2018 - 4ª SEMANA DE JANEIRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 04/2018 ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA E DEMAIS BENEFÍCIOS PAGOS PELO INSS - PORTARIA MF Nº 15, DE 16.01.2018 A PARTIR DE JANEIRO DE 2018 .......................................................................................................................Pág. 82 SALÁRIO FAMÍLIA VALORES A PARTIR DE JANEIRO DE 2018 E CONSIDERAÇÕES GERAIS PORTARIA MF Nº 15/2018 .......................................................................................................................................................................Pág. 87 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) - CONSIDERAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - ATUALIZAÇÕES – 2018 ........................Pág. 97 ASSUNTOS TRABALHISTAS CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL JANEIRO/2018 – OPCIONAL - CONSIDERAÇÕES GERAIS ..............................................Pág. 106 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) QUE CONTRATA EMPREGADO - CONSIDERAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS - ATUALIZAÇÕES – 2018 ........................................................................................................................................Pág. 114

ANO XXIX - 2018 - 4ª SEMANA DE JANEIRO DE 2018 BOLETIM ... · dezembro de 1940, é de R$ 4.984,35 (quatro mil novecentos e oitenta e quatro reais e trinta e cinco centavos). VIII

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ANO XXIX - 2018 - 4ª SEMANA DE JANEIRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 04/2018

ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA E DEMAIS BENEFÍCIOS PAGOS PELO INSS - PORTARIA MF

Nº 15, DE 16.01.2018 A PARTIR DE JANEIRO DE 2018 ....................................................................................................................... Pág. 82

SALÁRIO FAMÍLIA VALORES A PARTIR DE JANEIRO DE 2018 E CONSIDERAÇÕES GERAIS

PORTARIA MF Nº 15/2018 ....................................................................................................................................................................... Pág. 87

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) - CONSIDERAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - ATUALIZAÇÕES – 2018 ........................ Pág. 97

ASSUNTOS TRABALHISTAS

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL JANEIRO/2018 – OPCIONAL - CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................. Pág. 106

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) QUE CONTRATA EMPREGADO - CONSIDERAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

E TRABALHISTAS - ATUALIZAÇÕES – 2018 ........................................................................................................................................ Pág. 114

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ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA E DEMAIS BENEFÍCIOS PAGOS PELO INSS

PORTARIA MF Nº 15, De 16.01.2018 A Partir De Janeiro De 2018

Sumário 1. Introdução; 2. Valor Do Benefício; 2.1 - Reajuste (Percentual); 2.2 - Valor Mínimo; 2.3 - Valor Máximo; 2.3.1 - Exceção - Salário-Maternidade; 3. Benefícios; 3.1 – Outros Benefícios; 3.2 – Aplicações De Valores; 4. Salário-De-Contribuição; 4.1 - Segurados Empregados, Inclusive Domésticos E Trabalhadores Avulsos; 4.2 - Segurados Contribuinte Individual E Facultativo; 4.2.1 - Plano Simplificado De Previdência Social (PSPS); 4.2.2 - Donas De Casa (Família De Baixa Renda) E Microempreendedor; 4.2.2.1 - Baixa Renda; 4.3 – Tabela De Contribuição Para Segurados Contribuinte Individual E Facultativo; 5. Tabela De Reajuste - Início Do Benefício – Janeiro/2017 A Dezembro/2017.

1. INTRODUÇÃO A Portaria MF Nº 15, de 16 de janeiro de 2018 (DOU de 17.01.2018) estabelece sobre o reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e dos demais valores constantes do Regulamento da Previdência Social – RPS. Como também os valores da tabela do Salário-de-contribuição a partir de janeiro de 2018. 2. VALOR DO BENEFÍCIO A partir de 1º de janeiro de 2018, a Portaria MF Nº 15, de 16 de janeiro de 2018 (DOU de 17.01.2018), também estabelece o valor mínimo e máximo dos benefícios pagos pelo INSS. 2.1 - Reajuste (Percentual) Conforme o artigo 1º da Portaria MF Nº 15, de 16 de janeiro de 2018 os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS serão reajustados, a partir de 1º de janeiro de 2018, em 2,07% (dois inteiros e sete décimos por cento). E de acordo o § 1º, do artigo 1º da mesma Portaria, os benefícios a que se refere acima, com data de início a partir de 1º de janeiro de 2018, serão reajustados de acordo com os percentuais indicados no Anexo I desta Portaria. 2.2 - Valor Mínimo A partir de 1º de janeiro de 2018, o salário-de-benefício e o salário-de-contribuição não terão valores inferiores R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), conforme dispõe o artigo 2º da Portaria MF nº 15/2018. “§ 2º Para os benefícios majorados por força da elevação do salário mínimo para R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), o referido aumento deverá ser descontado quando da aplicação do reajuste de que tratam o caput e o § 1º”. 2.3 - Valor Máximo A partir de 1º de janeiro de 2018, o salário de benefício e o salário de contribuição não poderão ser superiores a R$ 5.645,80 (cinco mil seiscentos e quarenta e cinco reais e oitenta centavos), conforme o artigo 2º da Portaria MF nº 15/2018. 2.3.1 - Exceção - Salário-Maternidade

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A exceção é o salário-maternidade, que não está sujeito a este teto e sim ao teto constitucional, que é igual ao salário de um Ministro do Supremo. “Decreto n° 3.048/1999, Art. 94. O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral e será pago pela empresa, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no art. 198.” “Art. 248 da Constituição Federal. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime geral de previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite máximo de valor fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os limites fixados no art. 37, XI”. 3. BENEFÍCIOS A partir de 1º de janeiro de 2018, não terão valores inferiores a R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), os benefícios: (Artigos 1º e 3º, da Portaria MF nº 15/2018) a) de prestação continuada pagos pelo INSS correspondentes a aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-reclusão (valor global) e pensão por morte (valor global); b) de aposentadorias dos aeronautas, concedidas com base na Lei nº 3.501, de 21 de dezembro de 1958; e c) de pensão especial paga às vítimas da síndrome da talidomida; (§3º, do artigo 1º, da Portaria citada, verificar abaixo) d) pensão especial paga aos dependentes das vítimas de hemodiálise da cidade de Caruaru/PE; e) amparo social ao idoso e à pessoa portadora de deficiência; e f) renda mensal vitalícia. Observação: Renda Mensal Vitalícia é uma prestação eminentemente assistencial de caráter pessoal e intransferível. “§ 3º. Art.1º, da Portaria MF nº 15/2018. Aplica-se o disposto neste artigo às pensões especiais pagas às vítimas da síndrome da talidomida, às pessoas atingidas pela hanseníase de que trata a Lei nº 11.520, de 18 de setembro de 2007, e ao auxílio especial mensal de que trata o inciso II do art. 37 da Lei nº 12.663, de 5 de junho de 2012”. “Art. 6º, da Portaria MF nº 15/2018. A partir de 1º de janeiro de 2018, será incorporada à renda mensal dos benefícios de prestação continuada pagos pelo INSS, com data de início no período de 1º janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017, a diferença percentual entre a média dos salários de contribuição considerados no cálculo do salário de benefício e o limite máximo em vigor no período, exclusivamente nos casos em que a referida diferença resultar positiva, observado o disposto no § 1º do art. 1º e o limite de R$ 5.645,80 (cinco mil seiscentos e quarenta e cinco reais e oitenta centavos)”. 3.1 – Outros Benefícios Conforme os artigos 3º e 5º, da Portaria MF nº 15/2018, segue abaixo outros tipos de benefícios previdenciários: a) os valores dos benefícios concedidos ao pescador, ao mestre de rede e ao patrão de pesca com as vantagens da Lei nº 1.756, de 5 de dezembro de 1952, deverão corresponder, respectivamente, a 1 (uma), 2 (duas) e 3 (três) vezes o valor de R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), acrescidos de 20% (vinte por cento); b) - o benefício devido aos seringueiros e seus dependentes, concedido com base na Lei nº 7.986, de 28 de dezembro de 1989, terá valor igual a R$ 1.908,00 (um mil, novecentos e oito reais); c) auxílio-reclusão: “Art. 5º O auxílio-reclusão, a partir de 1º de janeiro de 2018, será devido aos dependentes do segurado cujo salário de contribuição seja igual ou inferior a R$ 1.319,18 (um mil trezentos e dezenove reais e dezoito centavos), independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas.

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§ 1º Se o segurado, embora mantendo essa qualidade, não estiver em atividade no mês da reclusão, ou nos meses anteriores, será considerado como remuneração o seu último salário de contribuição. § 2º Para fins do disposto no § 1º, o limite máximo do valor da remuneração para verificação do direito ao benefício será o vigente no mês a que corresponder o salário de contribuição considerado”. 3.2 – Aplicações De Valores Conforme a Portaria MF nº 15/2018 artigo 8° e artigo 9°, a partir de 1º de janeiro de 2018, conforme se segue abaixo, na íntegra: “Art. 8º A partir de 1º de janeiro de 2018: I - o valor a ser multiplicado pelo número total de pontos indicadores da natureza do grau de dependência resultante da deformidade física, para fins de definição da renda mensal inicial da pensão especial devida às vítimas da síndrome da talidomida, é de R$ 435,35 (quatrocentos e trinta e cinco reais e trinta e cinco centavos); II - o valor da diária paga ao segurado ou dependente pelo deslocamento, por determinação do INSS, para submeter-se a exame médico-pericial ou processo de reabilitação profissional, em localidade diversa da de sua residência, é de R$ 94,34 (noventa e quatro reais e trinta e quatro centavos); III - o valor da multa pelo descumprimento das obrigações, indicadas no: a) caput do art. 287 do Regulamento da Previdência Social (RPS), varia de R$ 306,71 (trezentos e seis reais e setenta e um centavos) a R$ 30.672,81 (trinta mil seiscentos e setenta e dois reais e oitenta e um centavos); b) inciso I do parágrafo único do art. 287 do RPS, é de R$ 68.161,77 (sessenta e oito mil cento e sessenta e um reais e setenta e sete centavos); e c) inciso II do parágrafo único do art. 287 do RPS, é de R$ 340.808,90 (trezentos e quarenta mil oitocentos e oito reais e noventa centavos); IV - o valor da multa pela infração a qualquer dispositivo do RPS, para a qual não haja penalidade expressamente cominada no art. 283 do RPS, varia, conforme a gravidade da infração, de R$ 2.331,32 (dois mil trezentos e trinta e um reais e trinta e dois centavos) a R$ 233.130,50 (duzentos e trinta e três mil cento e trinta reais e cinquenta centavos); V - o valor da multa indicada no inciso II do art. 283 do RPS é de R$ 23.313,00 (vinte e três mil trezentos e treze reais); VI - é exigida Certidão Negativa de Débito (CND) da empresa na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao seu ativo permanente de valor superior a R$ 58.282,04 (cinquenta e oito mil duzentos e oitenta e dois reais e quatro centavos); e VII - o valor de que trata o § 3º do art. 337-A do Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, é de R$ 4.984,35 (quatro mil novecentos e oitenta e quatro reais e trinta e cinco centavos). VIII - o valor da pensão especial concedida às pessoas atingidas pela hanseníase e que foram submetidas a isolamento e internação compulsórios em hospitais-colônia, assegurada pela Lei nº 11.520, de 18 de setembro de 2007, é de R$ 1.459,17 (um mil quatrocentos e cinquenta e nove reais e dezessete centavos). Parágrafo único. O valor das demandas judiciais de que trata o art. 128 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, é limitado em R$ 57.240,00 (cinquenta e sete mil e duzentos e quarenta reais), a partir de 1º de janeiro de 2018. Art. 9º A partir de 1º de janeiro de 2018, o pagamento mensal de benefícios de valor superior a R$ 112.916,16 (cento e doze mil novecentos e dezesseis reais e dezesseis centavos) deverá ser autorizado expressamente pelo Gerente-Executivo do INSS, observada a análise da Divisão ou Serviço de Benefícios. Parágrafo único. Os benefícios de valor inferior ao limite estipulado no caput, quando do reconhecimento do direito da concessão, revisão e manutenção de benefícios serão supervisionados pelas Agências da Previdência Social e Divisões ou Serviços de Benefícios, sob critérios aleatórios pré-estabelecidos pela Presidência do INSS”. 4. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

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Conforme o artigo 1º da Portaria MF Nº 15, de 16 de janeiro de 2018 os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS serão reajustados, a partir de 1º de janeiro de 2018, em 2,07% (dois inteiros e sete décimos por cento). E de acordo o § 1º, do artigo 1º da mesma Portaria, os benefícios a que se refere acima, com data de início a partir de 1º de janeiro de 2018, serão reajustados de acordo com os percentuais indicados no Anexo I desta Portaria. “§ 2º Para os benefícios majorados por força da elevação do salário mínimo para R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), o referido aumento deverá ser descontado quando da aplicação do reajuste de que tratam o caput e o § 1º. A contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico e do trabalhador avulso, relativamente aos fatos geradores que ocorrerem a partir da competência janeiro de 2018, será calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota, de forma não cumulativa, sobre o salário de contribuição mensal, de acordo com a tabela constante do Anexo II desta Portaria (Artigo 7º da Portaria citada)”. 4.1 - Segurados Empregados, Inclusive Domésticos E Trabalhadores Avulsos TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO, PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2018, conforme o Anexo II abaixo:

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$)

ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS

até 1.693,72 8%

de 1.693,73 até 2.822,90 9%

de 2.822,91 até 5.645,80 11%

4.2 - Segurados Contribuinte Individual E Facultativo A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de 20% (vinte por cento) sobre o salário-de-contribuição, respeitados os limites mínimo e máximo. Para os optantes pelo Plano Simplificado de Previdência Social, a alíquota é de 11% (onze por cento). E para as donas de casa com baixa renda e o microempreendedor, a alíquota é de 5% (cinco por cento), observados os critérios a seguir. 4.2.1 - Plano Simplificado De Previdência Social (PSPS) Desde a competência abril/2007, podem contribuir com 11% (onze por cento) sobre o valor do salário-mínimo os seguintes segurados: a) O contribuinte individual que trabalha por conta própria (antigo autônomo), sem relação de trabalho com empresa ou equiparada; b) O segurado facultativo. Observações importantes: a) Tal opção implica exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, conforme a Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006, artigo 80. b) A opção para contribuir com 11% (onze por cento) decorre automaticamente do recolhimento da contribuição em código de pagamento específico a ser informado na Guia da Previdência Social. c) Aqueles que optarem pelo plano simplificado pode, a qualquer momento, voltar a contribuir com 20% (vinte por cento), bastando apenas alterar o código de pagamento na GPS. 4.2.2 - Donas De Casa (Família De Baixa Renda) E Microempreendedor

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Conforme a Lei n° 12.470, de 31 de agosto de 2011, dispõe sobre o Plano de Custeio da Previdência Social, para estabelecer alíquota diferenciada de contribuição para o microempreendedor individual e do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, porém deverá pertencer a família de baixa renda. “Art. 21 - A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição: § 2°. No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de: ... II - 5% (cinco por cento): a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006; e b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda. § 3o O segurado que tenha contribuído na forma do § 2o deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996". 4.2.2.1 - Baixa Renda De acordo com a Lei n° 12.470, de 31 de agosto de 2011, artigo 21, § 4°, considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos. 4.3 – Tabela De Contribuição Para Segurados Contribuinte Individual E Facultativo Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2018:

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$)

ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS (%)

R$ 954,00 (valor mínimo) 5%***

R$ 954,00 (valor mínimo) 11%**

De R$ 954,00 (valor mínimo) até R$ 5.645,80 (valor máximo)

20%

*** Alíquota exclusiva do microempreendedor individual e do segurada (o) facultativo que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência. ** Desde a competência abril/2007, podem contribuir com 11% (onze por cento) sobre o valor do salário-mínimo os seguintes segurados, conforme o subitem “4.2.1” desta matéria – Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS). Observação: Informações obtidas no site do Ministério da Previdência Social. 5. TABELA DE REAJUSTE - INÍCIO DO BENEFÍCIO – JANEIRO/2017 A DEZEMBRO/2017 Segue abaixo a tabela (Anexo I) com o reajuste dos benefícios concedidos de acordo com as respectivas datas de início, sendo fator de reajuste, aplicável a partir de janeiro de 2018:

ANEXO I - FATOR DE REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS DE ACORDO COM AS RESPECTIVAS

DATAS DE INÍCIO, APLICÁVEL A PARTIR DE JANEIRO DE 2018

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DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO REAJUSTE (%)

Até janeiro de 2017 2,07

em fevereiro de 2017 1,64

em março de 2017 1,40

em abril de 2017 1,07

em maio de 2017 0,99

em junho de 2017 0,63

em julho de 2017 0,93

em agosto de 2017 0,76

em setembro de 2017 0,79

em outubro de 2017 0,81

em novembro de 2017 0,44

em dezembro de 2017 0,26

Fundamentos Legais: Os citados no texto.

SALÁRIO FAMÍLIA VALORES A PARTIR DE JANEIRO DE 2018

E CONSIDERAÇÕES GERAIS Portaria MF Nº 15/2018

Sumário 1. Introdução; 2. Definição; 3. Não Tem Carência; 4. Quem Tem Direito; 4.1 – Empregado Doméstico; 4.2 - Pais Trabalhando Na Mesma Empresa Ou Empresas Diferentes; 4.3 - Pais Separados Judicialmente; 4.4 – Referente Ao Menor Sob Guarda; 5. Não Tem Direito; 6. Concessão Do Salário-Família; 6.1 - Idade Limite Do Filho Ou Equiparado (14 Anos); 6.2 - Comprovação Da Invalidez Do Dependente; 7. Documentos Necessários Para A Concessão; 7.1 – Certidão De Nascimento E Caderneta De Vacinação Ou Equivalente; 7.2 – Frequência Escolar; 7.3 – Termo De Responsabilidade; 7.4 - Guarda De Documentos; 7.5 – Não Precisa Apresentação De Documentos (Afastamento); 8. Pagamento Do Benefício; 8.1 - Responsabilidade Do Empregador; 8.1.1 – Quitação Do Pagamento; 8.2 – Responsabilidade Da Previdência Social; 9. Pagamento Mensal; 9.1 – Pagamento Integral; 9.1.1 - Afastamento Por Benefício De Incapacidade; 9.2 - Pagamento Proporcional - Nos Meses De Admissão E Demissão Do Empregado; 9.2.1 - Faltas Ao Trabalho; 9.3 - Afastamento Por Auxílio-Maternidade; 9.4 - Pagamento Indevido; 10. Cota/Valor Do Salário-Família Não Serão Incorporadas A Remuneração Ou Ao Benefício; 11. Valor Do Salário-Família A Partir De 1º De Janeiro De 2018; 12. Remuneração Mensal Para Definição Da Cota; 12.1 - Empregos Simultâneos Ou Concomitantes; 12.2 - Pagamento Proporcional; 12.3 - Exceção Da Remuneração Para Pagamento Do Salário-Família; 13. Manutenção Do Benefício E Apresentação Dos Documentos (Meses De Maio E Novembro); 13.1 – Maio; 13.2 – Novembro; 13.3 - Suspensão Do Benefício Na Falta Da Documentação; 13.4 - Constatada Fraude; 14. Cessação Do Benefício; 15. GPS (GFIP/SEFIP); 15.1 – Reembolso; 15.1.1 – Vedado; 15.2 - Não Têm Limite De 30% (Trinta Por Cento); 15.3 – Informações No SEFIP/GFIP.

1. INTRODUÇÃO

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O Regime Geral de Previdência Social compreende as prestações expressas em benefícios e serviços, sendo uma delas o salário-família (Decreto nº 3.048/1999, artigo 25). O fundamento do salário-família é de natureza social e econômica. O Decreto nº 3.048/1999, artigos 81 aos 92, a IN INSS/PRES nº 77, de 21.01.2015, artigos 359 a 363, a Lei nº 8.213/1991, artigos 65 aos 70, como também a IN RFB n° 971/2009, artigo 84 tratam sobre o benefício do salário-família. A Portaria MF n° 15, de 16.01.2018, publicada no DOU de 17.01.2018, definiu os valores das cotas do salário-família, a partir da competência de janeiro/2018. Nesta matéria trataremos sobre o direito e os procedimentos para o recebimento do benefício do salário-família, como também os novos valores das cotas a partir de janeiro de 2018. 2. DEFINIÇÃO O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos do § 2o do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66. (Artigo 65 da Lei nº 8.213/1991 (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015). O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria (Parágrafo único do artigo 65 da Lei nº 8.213/1991). As informações abaixo foram obtidas no site do Ministério da Previdência Social (http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/salario-familia/): “O salário-família é um valor pago ao empregado (inclusive o doméstico) e ao trabalhador avulso, de acordo com o número de filhos ou equiparados que possua. Filhos maiores de quatorze anos não têm direito, exceto no caso dos inválidos (para quem não há limite de idade). Para ter direito, o cidadão precisa enquadrar-se no limite máximo de renda estipulado pelo governo federal. O empregado (inclusive o doméstico) deve requerer o salário-família diretamente ao empregador. Já o trabalhador avulso deve requerer o benefício ao sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra ao qual está vinculado. Casos estes trabalhadores estejam recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e aposentadoria por idade rural, devem realizar o seu requerimento no INSS. O mesmo vale para os demais aposentados, que também têm direito ao salário-família caso tenham mais de 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher, e possuam filhos que se enquadrem nos critérios para a concessão.” 3. NÃO TEM CARÊNCIA Independe de carência, a concessão para o recebimento do salário-família, conforme artigo 152, da IN INSS/PRES nº 77/2015 e artigo 30 do Decreto nº 3.048/1999. 4. QUEM TEM DIREITO Conforme o artigo 25 do Decreto n° 3.048/1999 estabelece, que o Regime Geral de Previdência Social compreende as prestações expressas em benefícios e serviços, sendo uma delas o salário-família. “CF/88. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: .... XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei”. “Lei n° 8.213/1991. Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

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§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)”. “Lei n° 8.213/1991. Art. 66. O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade ou inválido de qualquer idade”. O salário-família devido ao trabalhador avulso poderá ser recebido pelo sindicato de classe respectivo, que se encarregará de preparar as folhas correspondentes e de distribuí-lo (Artigo 69 da Lei nº 8.213/1991). Observação: Verificar também o item “2. DEFINIÇÃO”, desta matéria. 4.1 – Empregado Doméstico Segue abaixo alterações da Lei nº 8.213/1991 dada pela LC nº 150/2015: O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos do § 2º do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66 (Artigo 65 da Lei nº 8.213/1991). O empregado (inclusive o doméstico) deve requerer o salário-família diretamente ao empregador. (Informações extraídas do site da Previdência Social - http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/salario-familia/). 4.2 - Pais Trabalhando Na Mesma Empresa Ou Empresas Diferentes Conforme o Decreto nº 3.048/1999, artigo 82, § 3º, o salário-família será pago mensalmente, quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ou seja, ambos têm direito ao benefício. Quando o pai e a mãe forem segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos terão direito ao salário-família (§ 4º, do artigo 359, da IN INSS/PRES nº 77/2015). Também conforme o Decreto nº 3.048/1999, artigo 82, § 3º, o salário-família será pago mensalmente, quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ou seja, ambos têm direito ao benefício. 4.3 - Pais Separados Judicialmente Tendo havido divórcio ou separação judicial de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do poder familiar, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido (Artigo 87 do Decreto nº 3.048/1999 e inciso I, do artigo 362, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 4.4 – Referente Ao Menor Sob Guarda Só caberá o pagamento da cota de salário-família, referente ao menor sob guarda, ao segurado empregado ou trabalhador avulso detentor da guarda, exclusivamente para os termos de guarda e contratos de trabalho em vigor em 13 de outubro de 1996, data da vigência da MP nº 1.523, de 11 de outubro de 1996, convertida na Lei nº 9.528, de 1997 (§ 6º, do artigo 359, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 5. NÃO TEM DIREITO Com base no item “4” e seus subitens (desta matéria) e as legislações citadas não tem direito ao benefício do salário-família: a) os desempregados; (Artigo, 88 inciso IV, do Decreto nº 3.048/1999) b) os contribuintes individuais; c) os facultativos; e d) segurados especiais. 6. CONCESSÃO DO SALÁRIO-FAMÍLIA

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O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até 6 (seis) anos de idade, e de comprovação semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir dos 7 (sete) anos de idade (Artigo 84 do Decreto nº 3.048/1999). Para o segurado ter direito ao recebimento do benefício do salário-família, também deverá verificar algumas situações, conforme o sub-itens “6.1” a “6.2” e o item “7” e seus subitens. 6.1 - Idade Limite Do Filho Ou Equiparado (14 Anos) A idade limite para o direito ao recebimento do salário-família é de 14 (quatorze) anos, salvo quando comprovada a invalidez do filho, quando não é verificada idade máxima (Decreto nº 3.048/1999, artigo 88, inciso II). “Art. 359. IN INSS/PRES Nº 77/2015. Salário-família é o benefício pago na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer condição até a idade de quatorze anos ou inválido de qualquer idade, independente de carência e desde que o salário de contribuição seja inferior ou igual ao limite máximo permitido nos termos do § 2º deste artigo, ao segurado empregado, exceto ao empregado doméstico, e ao trabalhador avulso. § 5º Quando o pagamento do salário-família for efetuado em benefício pago pelo INSS, a invalidez do filho maior de quatorze anos deverá ser comprovada exclusivamente através da perícia médica do INSS”. “Lei n° 8.213/1991. Art. 66. O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade ou inválido de qualquer idade”. 6.2 - Comprovação Da Invalidez Do Dependente A invalidez do filho ou equiparado maior de 14 (quatorze) anos de idade deve ser verificada em exame médico-pericial a cargo da previdência social (Artigo 85 do Decreto nº 3.048/1999). 7. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A CONCESSÃO O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até 6 (seis) anos de idade, e de comprovação semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir dos 7 (sete) anos de idade (Decreto nº 3.048/1999, artigo 84). A comprovação de freqüência escolar será feita mediante apresentação de documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, onde consta o registro de freqüência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e freqüência escolar do aluno (§ 4° do artigo 84 do Decreto n° 3.048/1999). O salário-família será devido a partir do mês em que for apresentada à empresa, ao órgão gestor de mão de obra, sindicato dos trabalhadores avulsos ou ao INSS, a documentação abaixo: (Artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) CP ou CTPS; b) certidão de nascimento do filho; c) caderneta de vacinação ou equivalente, quando o dependente conte com até seis anos de idade; d) comprovação de invalidez, a cargo perícia Médica do INSS, quando dependente maior de quatorze anos; e e) comprovante de frequência à escola, quando dependente a partir de sete anos. Segue abaixo, as informações extraídas do site da Previdência Social (http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/salario-familia/); “Para requerer o salário-família, o cidadão deve apresentar os seguintes documentos: a) Documento de identificação com foto e o número do CPF; b) termo de responsabilidade; c) certidão de nascimento de cada dependente;

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d) caderneta de vacinação ou equivalente, dos dependentes de até 6 anos de idade; e) comprovação de frequência escolar dos dependentes de 7 a 14 anos de idade; f) requerimento de salário-família (apenas para processos de aposentadoria ou quando não solicitado no requerimento de benefício por incapacidade) Para renovar o direito ao benefício é necessário apresentar anualmente a carteira de vacinação dos dependentes de até 6 anos de idade, sempre no mês de novembro. Já a frequência escolar deve ser comprovada a cada seis meses, em maio e novembro”. 7.1 – Certidão De Nascimento E Caderneta De Vacinação Ou Equivalente O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e de comprovação semestral de freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete anos de idade (Artigo 84, do Decreto nº 3.048/1999). 7.2 – Frequência Escolar A comprovação de frequência escolar será feita mediante apresentação de documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, onde conste o registro de frequência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e frequência escolar do aluno (§ 4º, do artigo 84, do Decreto nº 3.048/1999 e o § 1º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015). No caso do menor inválido que não frequenta a escola por motivo de invalidez, deve ser apresentado atestado médico que informe esse fato. 7.3 – Termo De Responsabilidade Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional do Seguro Social qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas (Artigo 89, do Decreto nº 3.048/1999). Se após a suspensão do pagamento do salário-família, o segurado comprovar a vacinação do filho, ainda que fora de prazo, caberá o pagamento das cotas relativas ao período suspenso (Inciso II, do artigo 362, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 7.4 - Guarda De Documentos A empresa deverá guardar todos os documentos referentes a concessão, manutenção e pagamento das cotas do salário família pelo período de 10 (dez) anos, para fins de fiscalização (Inciso § 1º, do artigo 84, do Decreto nº 3.048/1999; inciso V, do artigo 362, da IN INSS/PRES nº 77/2015 e § 1º, artigo 68, da Lei nº 8.213/1991). 7.5 – Não Precisa Apresentação De Documentos (Afastamento) Quando o salário-família for pago pela Previdência Social, no caso de empregado, não é obrigatória a apresentação da certidão de nascimento do filho ou documentação relativa ao equiparado, no ato do requerimento do benefício, uma vez que esta informação é de responsabilidade da empresa, órgão gestor de mão de obra ou sindicato de trabalhadores avulsos, no atestado de afastamento (§ 5º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015). Caso a informação citada no parágrafo anterior não conste no atestado de afastamento, caberá à Unidade de Atendimento, no ato da habilitação, incluir as cotas de salário-família sempre que o segurado apresentar os documentos necessários (§ 6º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 8. PAGAMENTO DO BENEFÍCIO 8.1 - Responsabilidade Do Empregador O pagamento do salário-família é feito mensalmente por intermédio do empregador, respeitando as respectivas cotas a que o empregado tem direito e será feito juntamente com o pagamento dos salários e deduzindo-se,

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mediante compensação do total das contribuições previdenciárias, mensalmente, devidas à Previdência Social na guia da GPS (Instrução Normativa nº 971, de novembro de 2009, artigo 84). Conforme o Decreto nº 3.048/1999, artigo 86, o salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social. O ressarcimento do valor pago a título de salário-família se dará por meio de reembolso (§ 1º, do artigo 84 da IN RFB nº 971/2009). Observação: Verificar também o item “9” desta matéria e seus subitens. 8.1.1 – Quitação Do Pagamento O empregado deve dar quitação à empresa, sindicato ou órgão gestor de mão de obra de cada recebimento mensal do salário família, na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada (Artigo 91 do Decreto nº 3.048/1999 e inciso VI, do artigo 362, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 8.2 – Responsabilidade Da Previdência Social “IN RFB n° 971/2009, Art. 84. As cotas do salário-família, de que tratam os arts. 65 e 66 da Lei nº 8.213, de 1991, serão pagas ao(à) segurado(a) junto com o salário mensal ou com o último pagamento relativo ao mês, quando esse não for mensal: ... IV - pelo INSS, ao segurado empregado e trabalhador avulso em gozo de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, inclusive no mês da cessação do benefício”. Observação: Verificar também o item “9” desta matéria e seus subitens. 9. PAGAMENTO MENSAL O salário-família será pago mensalmente: (Artigo 360, da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, mediante convênio; b) aos segurados em gozo de benefícios, de acordo com § 1º do art. 359, juntamente com o benefício; e c) às empregadas e trabalhadoras avulsas em gozo de salário-maternidade, pela empresa, condicionado à apresentação pela segurada da documentação relacionada no art. 361. E conforme o artigo 82 do Decerto nº 3.048/1999, o salário-família será pago mensalmente, aos beneficiários. 9.1 – Pagamento Integral A cota de salário-família será paga integralmente (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, nº 84, § 5º): a) no mês do nascimento, da adoção ou da designação de tutela, se apresentada a documentação necessária para o seu recebimento no decurso do mês; b) no mês em que o segurado apresentar a documentação necessária, quando extemporânea; c) no mês em que o filho ou o equiparado completar 14 (quatorze) anos; d) no mês em que ocorrer o óbito do filho ou do equiparado; e) no mês em que ocorrer a cessação da invalidez do filho ou do equiparado; f) no mês de afastamento do segurado, para fins de gozo do benefício por incapacidade; g) no mês de cessação do benefício por incapacidade, caso em que a cota de salário-família será paga pelo INSS; e

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h) ao trabalhador avulso, independente do número de dias trabalhados no mês. O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (§ 1º, do artigo 360, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 9.1.1 - Afastamento Por Benefício De Incapacidade O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de beneficio pelo INSS, independentemente do número de dias trabalhados ou em benefício (Artigo 86, do Decreto nº 3.048/1999 e § 2º, do artigo 360, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 9.2 - Pagamento Proporcional - Nos Meses De Admissão E Demissão Do Empregado A cota de salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados quando da admissão e da demissão do segurado empregado no decurso do mês (§ 4º, do artigo 84 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 84). Conforme também o artigo 4°, § 4º da Portaria MF n° 15, de 13.01.2018 (DOU de 16.01.2018), a cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão do empregado. Para calcular o pagamento proporcional, divide-se a cota por 31, 30, 29 ou 28 dias, conforme o mês, e multiplica-se pelos números de dias trabalhados. Observação: O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados. 9.2.1 - Faltas Ao Trabalho Como foi citado no subitem anterior, a proporcionalidade da salário-familia será somente no caso de admissão e demissão do empregado, então as faltas do empregado ao trabalho não interferem no valor da cota do salário-família, uma vez que ela é definida em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados. 9.3 - Afastamento Por Auxílio-Maternidade Para o pagamento do salário-família, ainda que a empregada esteja em gozo de salário-maternidade (pago pela empresa), é de responsabilidade do empregador, e está condicionado à apresentação pela segurada empregada da documentação mencionada anteriormente, procedendo à solicitação do reembolso na guia da Previdência (GPS). Observação: Segue os mesmos procedimentos mencionados nesta matéria. 9.4 - Pagamento Indevido Ocorrendo pagamento indevido de salário-família, ou seja, em desacordo com a Legislação, e deduzido em GPS, o valor será glosado, ou seja, explicado, e deverá ser recolhido ao INSS com os acréscimos legais, sendo este caracterizado como salário-de-contribuição. Observação: Verificar também o subitem “13.4” desta matéria. 10. COTA/VALOR DO SALÁRIO-FAMÍLIA NÃO SERÃO INCORPORADAS A REMUNERAÇÃO OU AO BENEFÍCIO As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, à remuneração ou ao benefício (Artigo 92 do Decreto nº 3.048/1999 e § 4º, do artigo 360, da IN INSS/PRES nº 77/2015). “Art. 92. Decreto nº 3.048/1999. As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício”. 11. VALOR DO SALÁRIO-FAMÍLIA A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2018 O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2018, é de (artigo 4°, incisos I e II da Portaria MF n° 8/2017):

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REMUNERAÇÃO MENSAL (R$) COTA DO SALÁRIO-FAMÍLIA (R$)

Até R$ 877,67 R$ 45,00

De R$ 877,68 a R$ 1.319,18 R$ 31,71

12. REMUNERAÇÃO MENSAL PARA DEFINIÇÃO DA COTA A remuneração que define a cota do salário-família são todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição previdenciária e que são consideradas como parte integrante da remuneração do mês. Conforme determina a Portaria MF n° 15/2018, artigo 4º, §§ 1º a 4°, para definição da quota do salário-família: “§ 1º Para fins do disposto neste artigo, considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário de contribuição, ainda que resultante da soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas. § 2º O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados. § 3º Todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o décimo terceiro salário e o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição, para efeito de definição do direito à cota do salário-família. § 4º A cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão do empregado”. Quando do reconhecimento do direito ao salário-família, tomar-se-á como parâmetro o salário de contribuição da competência em que o benefício será pago (§ 3º, do artigo 359, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 12.1 - Empregos Simultâneos Ou Concomitantes Conforme a Portaria MF n° 15/2018, artigo 4°, § 1º considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante da soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas. Então, se o empregado possui 2 (dois) ou mais empregos, ou seja, possui atividades concomitantes, será considerada o total das remunerações dos vínculos para o recebimento do salário-família, e desde que não ultrapasse o limite definido pela Previdência Social, conforme o parágrafo acima. Ressalta-se, então que, o empregado fará jus às cotas do salário-família, levando em consideração a remuneração mensal do segurado. “Decreto n° 3.048/1999, Art. 214 - Entende-se por salário-de-contribuição, inciso I - para o empregado e o trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa”. 12.2 - Pagamento Proporcional De acordo com a Portaria MF n° 15/2018, artigo 4º, §§ 1º e 2°, para definição da quota do salário-família: “§ 1º Para fins do disposto neste artigo, considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante da soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas. § 2º O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados”. Também de acordo com a Instrução Normativa RFB n° 971/2009, artigo 84, § 4º, a cota de salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados quando da admissão e da demissão do segurado empregado no decurso do mês.

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12.3 - Exceção Da Remuneração Para Pagamento Do Salário-Família Conforme a Portaria MF n° 15/2018, artigo 4°, § 3°, todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, para efeito de definição do direito à cota do salário-família, exceto: a) o décimo terceiro salário; e b) o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição. “Art. 84. § 3º da IN RFB nº 971/2009. Não integram a remuneração, para fins de percepção de salário-família: I - o décimo terceiro salário; II - o adicional de 1/3 (um terço) de férias, previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal”. 13. MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO E APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS (MESES DE MAIO E NOVEMBRO) A manutenção do salário-família está condicionada à apresentação: (§ 2º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) anual, no mês de novembro, de caderneta de vacinação dos filhos e equiparados até os seis anos de idade; e b) semestral, nos meses de maio e novembro, de frequência escolar para os filhos e equiparados a partir dos sete anos completos. A partir de 30 de novembro de 1999, data da publicação do Decreto nº 3.265, os meses de exigibilidade dos documentos são definidos pelo INSS, através das Instruções Normativas que estabelecem os critérios a serem adotados pela área de benefícios (§ 3º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 13.1 – Maio A manutenção do salário-família está condicionada à apresentação: (§ 2º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) semestral, nos meses de maio e novembro, de frequência escolar para os filhos e equiparados a partir dos sete anos completos. Ressalta-se, que no caso de menor inválido que não frequenta a escola por motivo de sua condição, deve ser apresentado atestado médico que confirme este fato. 13.2 – Novembro A manutenção do salário-família está condicionada à apresentação: (§ 2º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) anual, no mês de novembro, de caderneta de vacinação dos filhos e equiparados até os seis anos de idade; e b) semestral, nos meses de maio e novembro, de frequência escolar para os filhos e equiparados a partir dos sete anos completos. 13.3 - Suspensão Do Benefício Na Falta Da Documentação A empresa, o órgão gestor de mão de obra ou o sindicato de trabalhadores avulsos ou o INSS suspenderá o pagamento do salário-família se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a comprovação de frequência escolar do filho ou equiparado, nas datas definidas até que a documentação seja apresentada, observando que: (§ 4º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015 e §§ 2º e 3º do artigo 84 do Decreto nº 3.048/1999) a) não é devido o salário-família no período entre a suspensão da cota motivada pela falta de comprovação da frequência escolar e sua reativação, salvo se provada a frequência escolar no período; e b) se após a suspensão do pagamento do salário-família, o segurado comprovar a vacinação do filho, ainda que fora de prazo, caberá o pagamento das cotas relativas ao período suspenso. “Decreto nº 3.048/1999, artigos 8, §§ 3° e 4º e também artigo 85:

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§ 3º - não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta de comprovação da freqüência escolar e o seu reativamento, salvo se provada a freqüência escolar regular no período. § 4º - a comprovação de freqüência escolar será feita mediante apresentação de documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, onde consta o registro de freqüência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e freqüência escolar do aluno. Art. 85 - A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser verificada em exame médico-pericial a cargo da previdência social”. 13.4 - Constatada Fraude O empregado que deixa de comunicar ou comprovar à empresa sobre os seus dependentes, conforme dispõe a Legislação, provoca a suspensão do salário-família, como também a prática de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento. Essas situações autorizam a empresa, o Instituto Nacional do Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na falta delas, do próprio salário do empregado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis (Inciso III, artigo 362, da IN INSS/PRES nº 77/2015; Decreto nº 3.048/1999, artigo 90, e a Lei nº 8.213/1991, artigos 65 aos 70). “Decreto n° 3.048/1999. Art. 154. O Instituto Nacional do Seguro Social pode descontar da renda mensal do benefício: ... § 2º A restituição de importância recebida indevidamente por beneficiário da previdência social, nos casos comprovados de dolo, fraude ou má-fé, deverá ser atualizada nos moldes do art. 175, e feita de uma só vez ou mediante acordo de parcelamento na forma do art. 244, independentemente de outras penalidades legais”. 14. CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO O direito ao salário-família cessa automaticamente: (Artigo 363 da IN INSS/PRES nº 77/2015 e artigo 88 do Decreto nº 3.048/1999) a) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; b) quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; c) pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou d) pelo desemprego do segurado. Observação: A invalidez do filho ou equiparado maior de 14 (quatorze) anos de idade deve ser verificada em exame médico-pericial a cargo da Previdência Social. 15. GPS (GFIP/SEFIP) As cotas do salário-família pagas pela empresa deverão ser deduzidas quando do recolhimento das contribuições sobre a folha de salário (§ 3º, do artigo 360, da IN INSS/PRES nº 77/2015, § 4° do artigo 82, do Decreto n° 3.048/1999). 15.1 – Reembolso O reembolso do salário-família é a dedução que a empresa faz ao pagamento das cotas mensalmente aos seus empregados e deverá compensar na guia de GPS no campo 06, o valor correspondente. O campo 6 (seis) corresponde ao valor do INSS devido à Previdência Social pelo contribuinte, porém, deverá ser observado que no valor deste campo já estão considerados ou deduzidos os valores das eventuais compensações e deduções, tais como o salário-família e salário-maternidade. Observações: Toda informação sobre reembolso verificar no Manual SEFIP 8.4, item 2.9 (Movimento de Empresa).

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Verificar também sobre reembolso, o Boletim INFORMARE nº 31/2017, em assuntos previdenciários. 15.1.1 – Vedado É vedada a dedução ou compensação do valor das quotas de salário-família ou de salário-maternidade das contribuições arrecadadas pela RFB para outras entidades ou fundos. Observação: Verificar também sobre reembolso, o Boletim INFORMARE nº 31/2017, em assuntos previdenciários. 15.2 - Não Têm Limite De 30% (Trinta Por Cento) O limite de 30% (trinta por cento) para compensação foi extinto pela Medida Provisória nº 449/2008 (DOU de 04.12.2008), artigo 65, inciso I, que revogou o § 3º do artigo 89 da Lei nº 8.212/1991, como também estabelece a Lei nº 11.941/2009, ou seja, fica dispensado o limite, a partir de 04.12.2008, conforme abaixo: a) há limite de 30% (trinta por cento), até 03.12.2008, conforme a Lei nº 8.212/1991, artigo 89, § 3º; b) não há limite de 30% (trinta por cento), a partir de 04.12.2008, conforme a Medida Provisória nº 449/2008, artigo 65. Conforme o Manual GFIP/SEFIP, versão 8.4, na página 68, não se aplica o limite de 30% (trinta por cento), de acordo com as situações a seguir: a) salário-família ou salário-maternidade não deduzidos em época própria; b) saldo de retenção sobre Nota Fiscal/fatura de competências anteriores; c) saldo de retenção sobre Nota Fiscal/fatura, referente a obra de construção civil executada por empreitada total, com as contribuições do estabelecimento responsável pelo faturamento da obra; d) situações amparadas por liminar ou decisão judicial favorável à compensação acima do limite. 15.3 – Informações No SEFIP/GFIP Informar o valor total do salário-família pago aos segurados empregados (Categorias 01, 04, 07, 12, 19, 20, 21 e 26), no mês de competência. Não informar este campo quando se referir a trabalhadores avulsos (Categoria 02). Caso não tenha sido efetuada a dedução em documento de arrecadação da Previdência - GPS na respectiva competência, o valor do salário-família pode ser compensado nas competências seguintes, conforme orientações do subitem 2.16 do Capítulo II, sendo facultado o pedido de restituição. Observação: Manual SEFIP 8.4, item 2.9 (Movimento de Empresa). Fundamentos Legais: Os citados no texto e site do Ministério da Previdência Social.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Considerações Previdenciárias

Atualizações – 2018

Sumário 1. Introdução; 2. Microempreendedor Individual – MEI; 3. Documento De Arrecadação – Das; 4. Contribuição E Benefícios Previdenciários Do MEI; 4.1 – Das - Relativa À Pessoa Do Empresário Na Qualidade De Contribuinte Individual; 4.1.1 – Recolhimento Somente Pelo Das; 4.2 – GPS – Recolhimento Complementar Sobre O Salário Mínimo; 4.3 - Inadimplência Do Recolhimento Previdenciário; 4.4 - MEI Que Trabalhe Também Como Autônomo – Comprovação; 4.5 - MEI Que Trabalhe Também Para Empresa, Como Empregado Ou Contribuinte Individual – Comprovação; 4.6 - Benefícios Previdenciários; 4.6.1 - Para O MEI; 4.6.1.1 - Aposentadoria Por Tempo De Contribuição – Condição;

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4.6.1.2 – MEI Recebendo Auxílio-Doença Ou Salário Maternidade; 4.6.1.3 – Salário-Maternidade Para O Contribuinte MEI; 4.6.1.4 – Aposentado Por Invalidez; 4.6.2 – Para Os Dependentes; 5. Contratação Do MEI Por Pessoa Jurídica; 5.1 – Proibido - Cessão Ou Locação De Mão-De-Obra; 5.2 – Permitido - Prestação De Serviços Hidráulica, Eletricidade, Pintura, Alvenaria, Carpintaria E De Manutenção Ou Reparo De Veículos; 5.2.1 – Empresa Contratante Tem A Contribuição De 20%; 5.2.1.1 – Informações No SEFIP/GFIP; 5.3 – Contribuição Previdenciária De 11% Não Tem; 5.4 - Relação De Emprego Ou De Emprego Doméstico; 6. Atividades Que Podem Ser Exercidas Pelo MEI. 1. INTRODUÇÃO A Lei Complementar nº 123/2006, artigos 18-A, 18-B e 18-C, atualizada pela Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016, trata sobre os Microempreendedores Individuais (MEI). E também a Resolução do Comitê Gestor do SIMPLES NACIONAL (CGSN) nº 94, de 29 de novembro de 2011, atualizada, dispõe sobre o MEI - Microempreendedor Individual, os artigos 91 a 105. As Legislações citadas acima apresentam condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um Empreendedor Individual legalizado. Nesta matéria será trata sobre o MEI - Microempreendedor Individual, com suas considerações previdenciárias, conforme prevê as legislações citadas acima. 2. MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL – MEI Conforme artigo 91 da Resolução CGSN nº 94/2011, considera-se Microempreendedor Individual (MEI) o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido receita bruta acumulada nos anos-calendário anterior e em curso de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) e que: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 1º e § 7º, inciso III, Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) (Vide Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) “Art. 91, § 5º, Resolução CGSN nº 94/2011. O MEI é modalidade de microempresa (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, inciso I; art. 18-E, § 3º) (Incluído pela Resolução CGSN/SE nº 115, de 4 de setembro de 2014)”. O Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Nessa condição, ele poderá pagar o INSS com base em uma alíquota reduzida a 5%. Essa possibilidade foi implementada a partir da publicação da Lei 12.470/2011. (Informações extraídas do site da Previdência Social -http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/microempreendedor-individual/). Observação: Matéria completa sobre o Microempreendedor, verificar o Boletim INFORMARE nº 1/2018, “SISTEMA DE RECOLHIMENTO EM VALORES FIXOS MENSAIS DOS TRIBUTOS ABRANGIDOS PELO SIMPLES NACIONAL – SIMEI Normas Gerais Para o Ano-Calendário de 2018”, em assuntos simples nacional. 3. DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO – DAS Conforme a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 95, para o contribuinte optante pelo SIMEI, o Programa Gerador do DAS para o MEI - PGMEI possibilitará a emissão simultânea dos DAS, para todos os meses do ano-calendário (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 21, inciso I). Para o contribuinte optante pelo SIMEI, o Programa Gerador do DAS para o MEI - PGMEI possibilitará a emissão simultânea dos DAS, para todos os meses do ano-calendário. “O MEI pertence à categoria de Contribuinte Individual do INSS, porém a forma de pagamento será através de guia DAS-MEI gerada no próprio Portal do Empreendedor. E na guia gerada, o valor total a ser pago já incluirá a alíquota de 5% sobre o salário mínimo vigente que será destinado para o INSS e os demais valores que serão destinados ao Estado e ao município. (Informações extraídas do site da Previdência Social - http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/microempreendedor-individual/)”.

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Observação: Matéria completa sobre o Microempreendedor, verificar o Boletim INFORMARE nº 1/2018, “SISTEMA DE RECOLHIMENTO EM VALORES FIXOS MENSAIS DOS TRIBUTOS ABRANGIDOS PELO SIMPLES NACIONAL – SIMEI Normas Gerais Para o Ano-Calendário de 2018”, em assuntos simples nacional. 4. CONTRIBUIÇÃO E BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS DO MEI 4.1 – DAS - Relativa À Pessoa Do Empresário Na Qualidade De Contribuinte Individual Conforme o artigo 92, inciso I, da Resolução CGSN nº 94/2011, a contribuição para a Seguridade Social relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, conforme abaixo: A contribuição para a Seguridade Social relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, na forma prevista no § 2° do art. 21 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, correspondente a: a) até a competência abril de 2011: 11% (onze por cento) do limite mínimo mensal do salário de contribuição; (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 18-A, § 3 º, inciso V, alínea "a" e § 11) b) a partir da competência maio de 2011: 5% (cinco por cento) do limite mínimo mensal do salário de contribuição; (Lei n º 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 21, § 2 º, inciso II, alínea "a"; Lei n º 12.470, de 31 de agosto de 2011, arts. 1º e 5º). Exemplo: Segue abaixo o exemplo de recolhimento Previdenciário, a título de contribuição previdenciária, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual. O valor pago é sobre o salário mínimo: R$ 954,00 x 5% = R$ 47,70 (quarenta e sete reais, setenta centavos). 4.1.1 – Recolhimento Somente Pelo DAS Informações abaixo foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes): “5.4 O MEI pode contribuir de forma adicional para receber benefício superior a um salário mínimo? Não, pois conforme o art.21, § 2º, da Lei nº 8.212, de 1991, a alíquota de contribuição do MEI incide sobre o valor do salário mínimo”. 4.2 – GPS – Recolhimento Complementar Sobre o Salário Mínimo O MEI que recolhe o DAS, e desejar que esse recolhimento passe a contar para a média no cálculo de todos os benefícios, deverá recolher a GPS (Guia da Previdência Social) com código de pagamento 1910, até o dia 15 (quinze) de cada mês, com valor correspondente a 15% (quinze por cento) do salário-mínimo, para poder também se aposentar por tempo de contribuição. “Art. 200. Parágrafo único. IN RFB nº 971/2009. O MEI poderá efetuar complementação do recolhimento previsto no § 3º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 1991, diretamente em Guia da Previdência Social (GPS)”. “Se após o recolhimento como MEI, houver interesse de contar esse tempo de contribuição para um dos casos acima, deverá ser feita a complementação da contribuição mensal, mediante o recolhimento de mais 15% sobre o valor do salário mínimo que serviu de base para o recolhimento, acrescido de juros moratórios. E o cálculo dessa diferença e a geração da guia para pagamento somente será possível em uma das Agências da Previdência Social. (Informações extraídas do site da Previdência Social - http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/microempreendedor-individual/)”. 4.3 - Inadimplência Do Recolhimento Previdenciário De acordo com a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 94, § 5º, a inadimplência do recolhimento da contribuição para a Seguridade Social relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, tem como consequência a não contagem da competência em atraso para fins de carência para obtenção dos benefícios previdenciários respectivos (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 15). Informações abaixo foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes):

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“5.6 No caso do MEI estar inadimplente com os pagamentos (DAS), qual é o prejuízo ou penalidade que o MEI terá junto ao INSS/Previdência Social? São dois grandes prejuízos para o trabalhador: Primeiro, não terá esse tempo inadimplente contado para nenhum benefício da previdência social. Segundo, caso necessite de algum benefício não programado, como auxílio doença, pensão por morte ou salário maternidade, por exemplo, poderá não ter direito a esses. Além disso, quando for recolher as contribuições atrasadas, terá que calcular os valores acrescidos de multa e juros”. 4.4 - MEI Que Trabalhe Também Como Autônomo - Comprovação Caso o MEI como pessoa física que recolha contribuição previdenciária mensal pelo exercício de outra atividade, como contribuinte individual (Autônomo), ou seja, responsável pelo seu próprio recolhimento previdenciário, poderá continuar a fazê-lo, sob os códigos normais. Exemplo: Recolhe mensalmente sobre o valor de R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 x 20% = R$ 300,00 Recolhimento em GSP: valor R$ 300,00 (trezentos) e com o código 1007. 4.5 - MEI Que Trabalhe Também Para Empresa, Como Empregado Ou Contribuinte Individual - Comprovação O MEI também pode ter vínculo de trabalho com outra empresa, como empregado ou mesmo autônomo. Nesse caso, a remuneração que receber da empresa contará para todos os efeitos para os benefícios previdenciários e essas informações provêm da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de informações à Previdência Social), preenchida pela empresa contratante. No caso de contribuinte individual desde 01.04.2003, a empresa está obrigada a arrecadar a contribuição desse segurado que presta serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia (Lei nº 10.666, de 08.05.2003, artigo 4°, com nova redação dada pela Lei nº 11.933, de 28.04.2009). Importante: A respeito dessas contribuições do MEI como contribuinte individual, verificar os impedimentos que trata o item “5” e seus subitens, nesta matéria. Observação: Sobre retenção previdência do contribuinte individual que trabalha para empresa, vide Boletim INFORMARE n° 21/2017 – “CONTRIBUINTE INDIVIDUAL” – em assuntos previdenciários. E da contribuição previdenciária de empregados, vide Boletim INFORMARE n° 48/2015 – “EMPREGOS MÚLTIPLOS OU SIMULTÂNEOS Aspectos Previdenciários”, em assuntos previdenciários. 4.6 - Benefícios Previdenciários 4.6.1 - Para O MEI O MEI terá direito aos benefícios previdenciários: a) aposentadoria por idade; b) aposentadoria por invalidez; c) aposentadoria por tempo de contribuição, mas o empreendedor deverá complementar sua contribuição previdenciária; d) auxílio-doença;

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e) salário-maternidade. “Quais os benefícios? As contribuições como MEI, são válidas para todos os benefícios previdenciários, exceto: - Aposentadoria por Tempo de Contribuição - Certidão de Tempo de Contribuição – CTC (expedida somente para servidores públicos concursados, efetivos, que estejam vinculados a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios). Se após o recolhimento como MEI, houver interesse de contar esse tempo de contribuição para um dos casos acima, deverá ser feita a complementação da contribuição mensal, mediante o recolhimento de mais 15% sobre o valor do salário mínimo que serviu de base para o recolhimento, acrescido de juros moratórios. O cálculo dessa diferença e a geração da guia para pagamento somente será possível em uma das Agências da Previdência Social”. Observação: As informações acima foram extraídas do site da Previdência Social (http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/microempreendedor-individual/). Informações abaixo foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes): “5.1 - Quais os benefícios previdenciários do MEI? Ao se formalizar, o MEI passa a ter cobertura previdenciária para si e seus dependentes, com os seguintes benefícios. PARA O EMPREENDEDOR: a) Aposentadoria por idade: mulher aos 60 anos e homem aos 65, observado a carência, que é tempo mínimo de contribuição de 180 meses, a contar do primeiro pagamento em dia; especificamente para esse benefício, mesmo que o segurado pare de contribuir por bastante tempo, as contribuições para aposentadoria nunca se perdem, sempre serão consideradas para a aposentadoria; b) Auxílio doença e Aposentadoria por invalidez: são necessários 12 meses de contribuição, a contar do primeiro pagamento em dia. É importante saber que, em relação ao benefício auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, nos casos de acidente de qualquer natureza ou se houver acometimento de alguma das doenças especificadas em lei, independe de carência a concessão desses dois benefícios; c) Salário-maternidade: são necessários 10 meses de contribuição, a contar do primeiro pagamento em dia”. 4.6.1.1 - Aposentadoria Por Tempo De Contribuição – Condição O MEI não tem direito ao benefício aposentadoria por tempo de contribuição, a não ser que complemente a contribuição mensal, ou seja, o recolhimento referente ao MEI, através do DAS, assegura ao contribuinte individual somente a aposentadoria por idade, mas se optar por complementar a sua contribuição previdenciária, fará jus à aposentadoria por tempo de contribuição (§ 3º do artigo 21 da Lei nº 8.212/1991) e deverá usar o código de recolhimento na GPS 1910, no dia 15 (quinze) de cada mês, com valor correspondente a 15% (quinze por cento) do salário-mínimo. E todo o período de sua contribuição previdenciária será computado para os cálculos de sua aposentadoria, mas não para a contagem de tempo de serviço. O segurado que tenha contribuído com a alíquota de 5% (por cento) e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3º do art. 5º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

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“Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 200 - O Microempreendedor Individual (MEI) de que trata o § 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 2006, contribuirá para a Previdência Social na forma do inciso IV e da alínea “a” do inciso V do § 3º do referido art. 18-A, observando-se a regulamentação do CGSN. Parágrafo único - O MEI poderá efetuar complementação do recolhimento previsto no § 3º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 1991, diretamente em Guia da Previdência Social (GPS)”. Observação: A contribuição complementar será exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício (Incluída pela Lei Complementar nº 128/2008). Exemplos: A partir da competência maio de 2011: a) Alíquota de 5% (cinco por cento) do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição: R$ 954,00 x 5% = R$ 47,70 b) alíquota complementar será de 15% (quinze por cento) e deverá ser recolhida em GPS, conforme a Tabela de Código de GPS (1910): R$ 954,00 x 15% = R$ 143,10 4.6.1.2 – MEI Recebendo Auxílio-Doença Ou Salário Maternidade As informações abaixo foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes): “5.7 O MEI que estiver recebendo auxílio-doença ou salário maternidade deve pagar o DAS? Sim, quando o ICMS ou ISS acumularem R$ 10,00. Isto porque, em caso de gozo de benefício de auxílio-doença ou de salário-maternidade, não é devido o recolhimento da contribuição do MEI relativamente à Previdência Social, desde que o período do benefício englobe o mês inteiro, mas permanecem devidos os tributos ICMS e ISS. Caso o início do gozo do auxílio-doença e do salário-maternidade transcorra dentro do mês, será devido o recolhimento da contribuição do MEI relativo àquele mês. Exemplo: Se o benefício vai do dia primeiro ao último dia do mês (1º a 31), a parcela do INSS não é devida. Mas se o benefício tem início ou fim previsto dentro do mês, o DAS deve ser pago relativo a esse mês”. “5.15 Qual o prazo para o MEI solicitar o auxílio doença? O auxilio doença (para o próprio MEI) poderá ser solicitado a partir do primeiro dia em que o MEI ficar incapacitado de exercer suas atividades. O pagamento será devido a contar da data do início incapacidade, quando requerido em até 30 dias do afastamento. Para requerer qualquer benefício perante o INSS/previdência, o segurado deve ligar para Central telefônica 135 para agendar seu atendimento, eletronicamente através da página da Previdência Social na Internet, ou em qualquer agência do INSS/Previdência Social”. “5.16 Para o MEI que também trabalha como empregado, qual o prazo para solicitar o auxilio doença? O auxílio-doença para o próprio MEI poderá ser solicitado a partir do primeiro dia em que o MEI ficar incapacitado de exercer suas atividades. Como empregado de uma empresa privada, o auxílio-doença é devido ao trabalhador que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Se o trabalhador tiver dois vínculos com a previdência social (como MEI e empregado de empresa privada) poderá, se ficar incapacitado para as duas atividades, requerer o auxílio-doença para ambas as atividades”. 4.6.1.3 – Salário-Maternidade Para O Contribuinte MEI

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“5.8 Como MEI, se eu engravidar, como farei para dar entrada no salário-maternidade? A segurada poderá agendar o requerimento de salário-maternidade pela Central de Atendimento 135 ou através da página da Previdência Social na Internet, selecionando a opção "Requerimento de Salário Maternidade". O salário-maternidade da Microempreendedora Individual será pago diretamente pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e a contribuição previdenciária devida pela MEI durante o recebimento do salário maternidade será descontada automaticamente do valor deste beneficio, referente ao mês inteiro em que ficar em benefício. Também podem ter direito ao salário-maternidade o MEI do sexo masculino, nos casos de falecimento da mãe (gestante), adoção ou guarda judicial para fins de adoção ocorrida a partir de 25/10/2013 (data da publicação da Lei nº 12.873/2013), e a segurada, nas hipóteses de parto natimorto, adoção e aborto não criminoso”. “5.9 Como será pago o Salário - Maternidade à empregada do MEI? O INSS pagará diretamente o salário-maternidade à empregada do MEI”. Observação: As informações acima foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes). 4.6.1.4 – Aposentado Por Invalidez “5.11 Sou aposentado por invalidez, se eu me formalizar como Microempreendedor Individual - MEI perderei a aposentadoria? Sim. O aposentado por invalidez que retorna ao trabalho como MEI ou realizando qualquer outra atividade é considerado recuperado e apto ao trabalho, portanto, deixará de receber o benefício por invalidez”. “5.12 O MEI que se aposenta por invalidez deve dar baixa em sua inscrição como MEI? A concessão da aposentadoria por invalidez está condicionada ao afastamento da atividade como MEI, dessa forma o MEI deverá realizar a baixa de sua inscrição, uma vez que a inscrição ativa indica a continuidade da atividade remunerada”. Observação: As informações acima foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes). 4.6.2 – Para Os Dependentes Os seus dependentes também terão direito a: a) auxílio-reclusão; b) pensão por morte. Informações abaixo foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes): “5.1 - Quais os benefícios previdenciários do MEI? Ao se formalizar, o MEI passa a ter cobertura previdenciária para si e seus dependentes, com os seguintes benefícios. PARA OS DEPENDENTES: Pensão por morte e auxílio reclusão: esses dois benefícios têm duração variável, conforme a idade e o tipo do beneficiário”. 5. CONTRATAÇÃO DO MEI POR PESSOA JURÍDICA 5.1 – Proibido - Cessão Ou Locação De Mão-De-Obra De acordo a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 104-B e §§ 1° ao 4°, o MEI não poderá realizar cessão ou locação de mão de obra, sob pena de exclusão do Simples Nacional, conforme segue abaixo: “Art. 104-B. O MEI não poderá realizar cessão ou locação de mão de obra, sob pena de exclusão do Simples Nacional. (Lei Complementar nº123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 17, XII; art. 18-B) (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014)

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§ 1º Cessão ou locação de mão de obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores, inclusive o MEI, que realizem serviços contínuos relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 31, § 3º) (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014) § 2º Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º) (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014) § 3º Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores. (Lei Complementar nº123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º) (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014) § 4º Entende-se por colocação à disposição da empresa contratante a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º) (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014)”. Importante: O MEI poderá realizar a cessão ou locação de mão de obra, somente para as atividades de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e manutenção ou reparo de veículos. Nesse caso, a empresa contratante deverá considerá-lo como autônomo - contribuinte individual, devendo recolher a cota patronal previdenciária de 20% juntamente com a cota previdenciária do segurado, além elaborar a folha de pagamento e de inserir as informações na GFIP. Essas obrigações subsistem mesmo que a contratação ocorra por empreitada (verificar o subitem “5.2” abaixo, nesta matéria). 5.2 – Permitido - Prestação De Serviços Hidráulica, Eletricidade, Pintura, Alvenaria, Carpintaria E De Manutenção Ou Reparo De Veículos 5.2.1 – Empresa Contratante Tem A Contribuição De 20% A empresa contratante de serviços executados por intermédio do MEI, mantém em relação a essa contratação, a obrigatoriedade de fazer o recolhimento da contribuição previdenciária de 20% ou 22,5% (em se tratando de bancos e outras instituições financeiras) exclusivamente em relação aos serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, e não se aplica essa regra aos demais serviços prestados pelo MEI (Inciso III e o 5º da IN RFB nº 971/2009). “Instrução Normativa RFB n° 971/2009, artigo 201, §§ 1º a 3º: Art. 201. A empresa contratante de serviços executados por intermédio do MEI mantém, em relação a esta contratação, a obrigatoriedade de recolhimento da contribuição a que se referem o inciso III e o § 5º do art. 72, bem como o cumprimento das obrigações acessórias relativas à contratação de contribuinte individual. § 1º Nos termos do § 1º do art. 18-B da Lei Complementar nº 123, de 2006, aplica-se o disposto neste artigo exclusivamente em relação ao MEI que for contratado para prestar serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1589, de 05 de novembro de 2015) § 2º A obrigação da empresa de reter a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher na forma do art. 4º da Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, não se aplica a este artigo. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1027, de 22 de abril de 2010) § 3º O disposto neste artigo não se aplica em relação aos demais serviços prestados por intermédio do MEI. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1589, de 05 de novembro de 2015)”. Conforme o artigo 18-B da LC nº 123/2006, a empresa contratante de serviços executados por intermédio do MEI mantém, em relação a esta contratação, a obrigatoriedade de recolhimento da contribuição a que se refere o inciso III do caput e o § 1o do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e o cumprimento das obrigações acessórias relativas à contratação de contribuinte individual. (Vide Lei Complementar nº 147, de 2014) E também conforme o § 1º do artigo 18-B da LC nº 123/2006, aplica-se o disposto neste artigo exclusivamente em relação ao MEI que for contratado para prestar serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014).

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Então, ressalta-se que o MEI poderá realizar a cessão ou locação de mão de obra, somente para as atividades de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e manutenção ou reparo de veículos. Nesse caso, a empresa contratante deverá considerá-lo como autônomo - contribuinte individual, devendo recolher a cota patronal previdenciária de 20% juntamente com a cota previdenciária do segurado, além elaborar a folha de pagamento e de inserir as informações na GFIP. Essas obrigações subsistem mesmo que a contratação ocorra por empreitada. 5.2.1.1 – Informações No SEFIP/GFIP Devido a esta obrigação da contratante, ela deverá informar o MEI na GFIP como contribuinte individual e pagar os 20% (vinte por cento) como a parte patronal. E não tem o desconto de 11% (onze por cento). Verificar o subitem “5.3 – Contribuição Previdenciária De 11% Não Tem”, conforme abaixo. Ato Declaratório Executivo CODAC nº 82, de 1º.10.2009, artigo 3º, conforme abaixo: Observado o disposto no § 6º do art. 6º da Resolução CGSN nº 58, de 27 de abril de 2009, a empresa contratante dos serviços previstos no § 5º do mesmo artigo, executados por intermédio do MEI, deverá observar, quando da prestação de informações no SEFIP, o disposto neste artigo. - O campo "OCORRÊNCIA" deverá ser preenchido com "05". - O campo "VALOR DESCONTADO DO SEGURADO" deverá ser preenchido com "0,0"." Ressalta-se então que as informação no SEFIP/GFIP: a) Categoria 13; b) O campo “ocorrência” preencher com “05”; c) O campo “valor descontado do segurado” preencher com “0,0”. 5.3 – Contribuição Previdenciária De 11% Não Tem Quando houver contratação de serviços executados por intermédio do Microempreendedor Individual (MEI) que for contratado na forma do art. 18-B da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (ver abaixo), a empresa contratante não deverá descontar a contribuição previdenciária de 11% (onze por cento) do contribuinte individual (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 78, § 1°, inciso II, incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.027/2010). A empresa contratante irá recolher a parte patronal de 20% (vinte por cento), porém referente a retenção dos 11% (onze por cento) não será devida, pois essa retenção não se aplica ao MEI, conforme o artigo 201 da IN RFB n° 971/2009 (ver os subitens “5.2.1 – Empresa Contratante Tem A Contribuição De 20% e 5.2.1.1 – Informações No SEFIP/GFIP)”. Vale ressaltar que não há o desconto ou retenção de 11% (onze por cento) sobre o serviço prestado pelo MEI, pois ele já faz o recolhimento no DAS (ver o subitem “4.1 – DAS - Relativa À Pessoa Do Empresário Na Qualidade De Contribuinte Individual”, desta matéria) e tem ele não pode fazer serviço de cessão de mão de obra, como já foi visto. 5.4 - Relação De Emprego Ou De Emprego Doméstico A Resolução CGSN nº 94/2011, Art. 104-D, incisos I e II (Incluído pela Resolução CGSN/SE nº 115, de 4 de setembro de 2014, determina, ver abaixo: “Art. 104-D. Na hipótese de prestar serviços e forem identificados os elementos da relação de emprego ou de emprego doméstico, o MEI: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 4º, XI; art. 18-A, § 24, art. 18-B, § 2º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 24, parágrafo único) (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014) I - será considerado empregado ou empregado doméstico, ficando a contratante sujeita a todas as obrigações dessa relação, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias; e (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014) II - ficará sujeito à exclusão do Simples Nacional. (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014)”.

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6. ATIVIDADES QUE PODEM SER EXERCIDAS PELO MEI As atividades permitidas e não permitidas ao MEI poderá verificar na matéria completa sobre o Microempreendedor, verificar o Boletim INFORMARE nº 1/2018, “SISTEMA DE RECOLHIMENTO EM VALORES FIXOS MENSAIS DOS TRIBUTOS ABRANGIDOS PELO SIMPLES NACIONAL – SIMEI Normas Gerais Para o Ano-Calendário de 2018”, em assuntos simples nacional. Fundamentos Legais: Os citados no texto.

ASSUNTOS TRABALHISTAS

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL JANEIRO/2018 - OPCIONAL

Considerações Gerais

Sumário 1. Introdução; 2. Conceitos; 2.1 – Empregador; 2.2 – Sindicato; 2.3 - Contribuição Sindical; 3. Contribuição Sindical – Não Obrigatoriedade/Opcional – Com A Reforma Trabalhista, A Partir De 11.11.2017; 3.1 – Pagamento Da Contribuição Sindical - Condicionado À Autorização Prévia E Expressa ; 3.1.1 - Empregadores Urbanos E Rurais; 3.1.1.1 - Empresas Optantes Do Simples Nacional; 4. Editais - Publicação Pela Entidade Sindical; 5. Distribuição Das Contribuições Arrecadadas; 6. Prazo Para O Recolhimento Até O Dia 31 De Janeiro De 2018; 6.1 - Local Do Recolhimento; 7. Valor Da Contribuição Sindical; 7.1 - Contribuição Mínima E Máxima; 7.1.1 - Tabela Para Cálculo Da Contribuição Sindical Patronal – Indústria; 7.1.2 - Tabela Para Cálculo Da Contribuição Sindical Patronal – Comércio; 7.2 - Cálculo Da Contribuição Sindical; 7.3 - Extinção Do Valor De Referência; 8. Guia Da Contribuição Sindical; 9. Empresas Constituídas Após O Mês De Janeiro; 10. Elevação Do Capital Após Janeiro; 11. Base Territorial Idêntica; 11.1 - Sucursais, Filiais Ou Agências; 11.2 - Filiais Paralisadas; 12. Empresas Com Várias Atividades Econômicas; 12.1 - Atividade Preponderante; 13. Empresas Não Obrigadas A Registrar O Capital Social; 14. Empresas Sem Sindicato; 15. Recolhimento Em Atraso; 16. Prova De Quitação E Concorrência Pública – Antes De 11.11.2017; 17. Multa E Penalidades; 17.1 – Penalidades – Antes De 11.11.2017; 18. Prescrição Da Ação De Cobrança – Antes De 11.11.2017.

1. INTRODUÇÃO A CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, em seus artigos 578 a 610, dispõe sobre a Contribuição Sindical de um modo geral, ou seja, para todos os empregadores, empregados, trabalhadores autônomos e empresários ao pagamento da contribuição sindical uma vez ao ano. Conforme o com o artigo 149 da Constituição Federal de 1988, a Contribuição Sindical Patronal foi instituída pela União, ou seja, pelo Governo Federal do Brasil. E conforme a reforma trabalhista, através da Lei nº 13.467/2017, desde o dia 11.11.2017, a contribuição sindical passou a ser opcional. A contribuição deverá ser recolhida em favor do sindicato que representa a atividade da empresa, aplicando-se um percentual sobre o valor do capital social, conforme será visto no decorrer desta matéria. 2. CONCEITOS

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Seguem abaixo alguns conceitos que irão facilitar o entendimento do assunto em questão. 2.1 – Empregador Conforme a CLT, em seu artigo 2º, considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. E equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 2.2 – Sindicato Os sindicatos constituir-se-ão, normalmente, por categorias econômicas ou profissionais, específicas, na conformidade da discriminação do quadro das atividades e profissões a que se refere o artigo 577 ou segundo as subdivisões que, sob proposta da Comissão do Enquadramento Sindical, de que trata o artigo 576, forem criadas pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio (Artigo 570 da CLT). “Sindicato é a associação de membros de uma profissão, ou de empregadores, destinados a defender seus interesses econômicos e laborais comuns, e assegurar a representação e a defesa dos associados em juízo; sua característica principal é ser uma organização de um grupo existente na sociedade; são considerados pessoas jurídicas de direito privado”. 2.3 - Contribuição Sindical A Contribuição Sindical é prevista constitucionalmente no art. 149 da Constituição Federal/1988: “Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social”. 3. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL – NÃO OBRIGATORIEDADE/OPCIONAL – COM A REFORMA TRABALHISTA, A PARTIR DE 11.11.2017 3.1 – Pagamento Da Contribuição Sindical - Condicionado À Autorização Prévia E Expressa A Contribuição Sindical Patronal está prevista no artigo 579 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). “Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. “Art. 591 - Inexistindo sindicato, os percentuais previstos na alínea c do inciso I e na alínea do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação serão creditados à federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional”. Poderão optar pelo pagamento da Contribuição Sindical as categorias econômicas: a) as empresas em geral, que integrarem uma determinada categoria econômica; b) os empregadores do setor rural, quando organizados em firma ou empresa; c) os agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais. Conforme o artigo 8º da Constituição Federal, ninguém está obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato. 3.1.1 - Empregadores Urbanos E Rurais

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Os empregadores que optarem pelo recolhimento da contribuição sindical deverão fazê-lo no mês de janeiro de cada ano, ou, para os que venham a se estabelecer após o referido mês, na ocasião em que requererem às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade (Artigo 587 da CLT). Importante: Com base no artigo acima também as empresas enquadradas no SIMPLES NACIONAL poderão optar ou não pela contribuição sindical patronal. 3.1.1.1 - Empresas Optantes Do Simples Nacional Conforme a reforma trabalhista através da Lei n 13.467/2017 (verificar abaixo), as empresas estão desobrigadas ao pagamento da contribuição sindical patronal, ou seja, desde o dia 11.11.2017 passou a ser opcional. “Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. Observação: No caso da contribuição sindical patronal do Microempreendedor serão aplicadas a mesmas normas das empresas no SIMPLES NACIONAL, ou seja, não estão obrigadas ao recolhimento dessa contribuição. 4. EDITAIS - PUBLICAÇÃO PELA ENTIDADE SINDICAL O artigo 605 da CLT dispõe que as entidades sindicais são obrigadas a promover a publicação de editais concernentes ao recolhimento da Contribuição Sindical, durante 3 (três) dias, nos jornais de maior circulação local e até 10 (dez) dias da data fixada para depósito bancário. 5. DISTRIBUIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES ARRECADADAS Cabe à Caixa Econômica Federal manter uma conta especial em nome de cada uma das entidades beneficiadas, conforme trata o artigo 588 da CLT, e promover a distribuição das contribuições arrecadadas na proporção indicada pelo artigo 589 da CLT, a saber: “Art. 589 – CLT - Da importância da arrecadação da contribuição sindical serão feitos os seguintes créditos pela Caixa Econômica Federal, na forma das instruções que forem expedidas pelo Ministério do Trabalho. I - para os empregadores: a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; b) 15% (quinze por cento) para a federação; c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e d) 20% (vinte por cento) para a 'Conta Especial Emprego e Salário'; II - para os trabalhadores: a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; b) 10% (dez por cento) para a central sindical; c) 15% (quinze por cento) para a federação; d) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e e) 10% (dez por cento) para a 'Conta Especial Emprego e Salário'; III - (revogado); IV - (revogado). § 1º - O sindicato de trabalhadores indicará ao Ministério do Trabalho e Emprego a central sindical a que estiver filiado como beneficiária da respectiva contribuição sindical, para fins de destinação dos créditos previstos neste artigo.

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§ 2º - A central sindical a que se refere a alínea b do inciso II do caput deste artigo deverá atender aos requisitos de representatividade previstos na legislação específica sobre a matéria”. 6. PRAZO PARA O RECOLHIMENTO ATÉ O DIA 31 DE JANEIRO DE 2018 Os empregadores que optarem pelo recolhimento da contribuição sindical deverão fazê-lo no mês de janeiro de cada ano, ou, para os que venham a se estabelecer após o referido mês, na ocasião em que requererem às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade (Artigo 587 da CLT, com Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). Observação: “Para os que venham a estabelecer-se após o mês acima, a Contribuição Sindical será recolhida na ocasião em requeiram às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade”. 6.1 - Local Do Recolhimento A Contribuição Sindical será recolhida por meio de guia fornecida pelas entidades sindicais da classe nas agências da Caixa Econômica Federal, nas Casas Lotéricas ou do Banco do Brasil S/A ou nos estabelecimentos bancários nacionais integrantes do sistema de arrecadação dos tributos federais. Nas localidades onde não existem tais estabelecimentos, a arrecadação poderá ser efetuada pelas Caixas Econômicas Estaduais. Observação: Nos demais bancos, é aconselhável consultar antes sobre a aceitação deste tributo. 7. VALOR DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Conforme o artigo 580 da CLT, inciso III, a contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá para os empregadores, numa importância proporcional ao capital social da firma ou empresa, registrado nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes, mediante a aplicação de alíquotas, conforme a seguinte tabela progressiva:

CLASSES DE CAPITAL ALÍQUOTA

até 150 vezes o maior valor de referência (MVR) 0,8%

acima de 150 até 1500 vezes o MVR 0,2%

acima de 150.000 o MVR 0,1%

acima de 150.000 até 800.000 vezes o MVR 0,02%

A Contribuição Sindical prevista na tabela corresponderá à soma da aplicação das alíquotas sobre a porção do capital distribuído em cada classe, observados os respectivos limites. Observação Importante: As empresas deverão entrar em contato com respectiva entidade sindical, para consultar o cálculo do valor da contribuição e também sobre o recolhimento. 7.1 - Contribuição Mínima E Máxima 7.1.1 - Tabela Para Cálculo Da Contribuição Sindical Patronal – Indústria Segue abaixo a tabela progressiva para cálculo da Contribuição Sindical, vigente a partir de 1º de janeiro de 2018, aplicável aos empregadores industriais (inclusive do setor rural) e agentes ou profissionais autônomos organizados em firma ou empresa de atividade industrial. Valor Base: R$ 209,21 (duzentos e nove reais, vinte e um centavos). A tabela abaixo da Contribuição Sindical Patronal de 2017 e as informações pertinentes foram extraídas do site: http://www.portaldaindustria.com.br/cni/institucional/contribuicao-sindical/. Tabela progressiva para cálculo da Contribuição Sindical, vigente a partir de 1º de janeiro de 2018, aplicável aos empregadores industriais.

Linha Classe de Capital Social (R$) Alíquota (%) Valor a Adicionar (R$)

1 De 0,01 a 15.690,82 Contrib. Mínima 125,53

2 De 15.690,83 a 31.381,64 0,80 0,00

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3 De 31.381,65 a 313.816,45 0,20 188,29

4 De 313.816,46 a 31.381.644,79 0,10 502,11

5 De 31.381.644,80 a 167.368.772,19 0,02 25.607,42

6 De 167.368.772,20 Em diante Contrib. Máxima 59.081,18

Notas: a) Para as empresas ou entidades cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 15.690,82 o valor para recolhimento da Contribuição Sindical mínima é de R$ 125,53, de acordo com o disposto no § 3º art. 580 da CLT; b) As empresas ou entidades com capital social igual ou superior a R$ 167.368.772,19 recolherão a Contribuição máxima de R$ 59.081,18 de acordo com o disposto no § 3º do art. 580 da CLT; c) A tabela Sindical 2018 foi reajustada de acordo com a variação acumulada do índice INPC (1,73%) no período de set/2016 a ago/2017. Fonte: DSC – SFIN – GEAF. Importante: Ressalta-se, que a respectiva entidade sindical deverá ser consultada para o cálculo do valor da contribuição e o recolhimento. 7.1.2 - Tabela Para Cálculo Da Contribuição Sindical Patronal – Comércio Tabelas para cálculo da contribuição sindical vigentes a partir de 1º de janeiro de 2018: (http://cnc.org.br/cnc/tabela-de-calculo-de-contribuicao). Tabela I: Para os agentes do comércio ou trabalhadores autônomos, não organizados em empresa (item II do art. 580 da CLT, alterado pela Lei 7.047 de 01 de dezembro de 1982), considerando os centavos, na forma do Decreto-lei nº 2.284/86. - 30% de R$ 358,39; - Contribuição devida = R$ 107,52; Tabela II: Para os empregadores e agentes do comércio organizados em firmas ou empresas e para as entidades ou instituições com capital arbitrado (item III alterado pela Lei nº 7.047 de 01 de dezembro de 1982 e §§ 3º, 4º e 5º do art. 580 da CLT). - Valor Base: R$ 358,39.

Vigência a partir de 1º de janeiro de 2018:

LINHA

CLASSE DE CAPITAL SOCIAL (em

R$)

ALÍQUOTA % PARCELA A

ADICIONAR (R$)

01 de 0,01 a 26.879,25 Contr. Mínima 215,03

02 de 26.879,26 a 53.758,50 0,8% -

03 de 53.758,51 a 537.585,00 0,2% 322,25

04 de 537.585,01 a 53.758.500,00 0,1% 860,14

05 de 53.758.500,01 a 286.712.000,00 0,02% 43.866,94

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06 de 286.712.000,01 em diante Contr. Máxima 101.209,34

Notas: a) As firmas ou empresas e as entidades ou instituições cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 26.879,25, estão obrigadas ao recolhimento da Contribuição Sindical mínima de R$ 215,03, de acordo com o disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pela Lei nº 7.047 de 01 de dezembro de 1982); b) As firmas ou empresas com capital social superior a R$ 286.712.000,00, recolherão a Contribuição Sindical máxima de R$ 101.209,34, na forma do disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pela Lei nº 7.047 de 01 de dezembro de 1982); c) Base de cálculo conforme art. 21 da Lei nº 8.178, de 01 de março de 1991 e atualizada de acordo com o art. 2º da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, observada a Resolução CNC/SICOMÉRCIO Nº 032/2017; Observação Importante: A respectiva entidade sindical deverá ser consultada para o cálculo do valor da contribuição e o recolhimento. 7.2 - Cálculo Da Contribuição Sindical Segue abaixo como calcular a Contribuição Sindical Patronal: a) enquadre o capital social na “classe de capital” correspondente; b) multiplique o capital social pela alíquota correspondente à linha onde for enquadrado o capital; c) some o resultado encontrado com o valor da coluna “valor a adicionar”, relativo à linha da classe de capital. 7.3 - Extinção Do Valor De Referência A Lei nº 8.177/1991, art. 3º, inciso III, extinguiu, dentre outros, desde 01.02.1991, o Maior Valor de Referência (MVR) e demais unidades de conta assemelhada que são atualizadas por índice de preços. O Ministério do Trabalho, através da Nota Técnica/CGRT/SRT nº 05/2004, fixou o valor do MVR em real para atualização dos valores expressos na CLT em R$ 19,0083. 8. GUIA DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL O recolhimento da Contribuição Sindical deve ser feito através da guia (GRCS) fornecida pelas entidades sindicais da classe. 9. EMPRESAS CONSTITUÍDAS APÓS O MÊS DE JANEIRO As empresas constituídas após o mês de janeiro, o recolhimento da Contribuição Sindical deverá ser efetuado por ocasião do requerimento, junto às repartições competentes, do registro ou da licença para o exercício da respectiva atividade (Artigos 587 da CLT). Os empregadores que optarem pelo recolhimento da contribuição sindical deverão fazê-lo no mês de janeiro de cada ano, ou, para os que venham a se estabelecer após o referido mês, na ocasião em que requererem às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade (Artigo 587 da CLT, com Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). 10. ELEVAÇÃO DO CAPITAL APÓS JANEIRO No caso de alteração do capital durante o ano, não implicará o pagamento da complementação (diferença da contribuição), pois não existe previsão legal para este procedimento. 11. BASE TERRITORIAL IDÊNTICA De acordo com o artigo 581 da CLT, as empresas atribuirão parte do respectivo capital às suas sucursais, filiais ou agências, desde que localizadas fora da base territorial da entidade sindical representativa da atividade econômica do estabelecimento principal, na proporção das correspondentes operações econômicas, fazendo a devida

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comunicação às Delegacias Regionais do Trabalho, conforme a localidade da sede da empresa, sucursais, filiais ou agências. 11.1 - Sucursais, Filiais Ou Agências No caso de filiais, sucursais ou agências que pertencem ao mesmo sindicato e estão localizadas na mesma base territorial da matriz, não será aplicado o princípio da atribuição de capital. 11.2 - Filiais Paralisadas Na hipótese de não ter sido feito juridicamente encerramento das atividades da filial situada em outra base territorial, mas somente a paralisação das operações econômicas, é recomendável que se recolha a Contribuição Sindical mínima. 12. EMPRESAS COM VÁRIAS ATIVIDADES ECONÔMICAS Quando a empresa realizar diversas atividades econômicas, sem que nenhuma delas seja preponderante, cada uma dessas atividades será incorporada à respectiva categoria econômica, sendo a Contribuição Sindical devida à entidade sindical representativa da mesma categoria, procedendo-se, em relação às correspondentes sucursais, agências ou filiais (Artigo 581, § 1º, da CLT). Observação: Sem atividade preponderante, a contribuição é destinada aos sindicatos correspondentes a cada atividade. 12.1 - Atividade Preponderante Conforme o artigo 581, § 2° da CLT entende-se por atividade preponderante a que caracterizar a unidade de produto, operação ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam, exclusivamente, em regime de conexão funcional. 13. EMPRESAS NÃO OBRIGADAS A REGISTRAR O CAPITAL SOCIAL As entidades ou instituições que não estejam obrigadas ao registro de capital social considerarão como capital, para efeito de cálculo da Contribuição Sindical Patronal, o valor mínimo da tabela para o seu recolhimento, conforme o artigo 580, § 5º e 6° da CLT. “§ 5º - As entidades ou instituições que não estejam obrigadas ao registro de capital social, considerarão como capital, para efeito do cálculo de que trata a Tabela progressiva constante do item III deste artigo, o valor resultante da aplicação do percentual de 40% (quarenta por cento) sobre o movimento econômico registrado no exercício imediatamente anterior, do que darão conhecimento à respectiva entidade sindical ou à Delegacia Regional do Trabalho, observados os limites estabelecidos no § 3º deste artigo. § 6º - Excluem-se da regra do § 5º as entidades ou instituições que comprovarem, através de requerimento dirigido ao Ministério do Trabalho, que não exercem atividades econômicas com fins lucrativos”. 14. EMPRESAS SEM SINDICATO As atividades de empresas que não tenha representação Sindical, Federação ou Confederação, a Contribuição Sindical deverá ser recolhida, em guia própria em conta em nome Especial de Emprego e Salário, nas agências da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil ou mesmo em estabelecimento bancário autorizado a rede arrecadadora de tributos federais (Artigo 590 da CLT). “Artigo 590, § 3º da CLT - Não havendo sindicato, nem entidade sindical de grau superior ou central sindical, a contribuição sindical será creditada, integralmente, à Conta Especial Emprego e Salário”. (Redação dada pela Lei nº 11.648, de 2008). “Art. 591, da CLT - Inexistindo sindicato, os percentuais previstos na alínea c do inciso I e na alínea d do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação serão creditados à federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional. Parágrafo único - Na hipótese do caput deste artigo, os percentuais previstos nas alíneas a e b do inciso I e nas alíneas a e c do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação caberão à confederação”. 15. RECOLHIMENTO EM ATRASO

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O recolhimento da Contribuição Sindical efetuado fora do prazo, quando espontâneo, será acrescido da multa de 10% (dez por cento), nos 30 (trinta) primeiros dias, com o adicional de 2% (dois por cento) por mês subsequente de atraso, além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária, ficando, nesse caso, o infrator, isento de outra penalidade (Artigo 600 da CLT). O montante das cominações previstas reverterá sucessivamente: a) ao sindicato respectivo; b) à Federação respectiva, na ausência de sindicato; c) à Confederação respectiva, inexistindo Federação. Na falta de sindicato ou entidade de grau superior, o montante a que alude o parágrafo precedente reverterá à conta “Emprego e Salário”. “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as ações de cobrança de contribuições sindicais” (Súmula nº 87 do TRF – Tribunal Regional Federal). 16. PROVA DE QUITAÇÃO E CONCORRÊNCIA PÚBLICA – ANTES DE 11.11.2017 A prova de quitação da Contribuição Sindical dos empregadores, assim como dos empregados, é essencial para a participação em concorrências públicas ou administrativas e para o fornecimento às repartições paraestatais ou autárquicas (Art. 607 da CLT). Importante: Verificar o subitem “3.1 – Pagamento Da Contribuição Sindical - Condicionado À Autorização Prévia E Expressa”, desta matéria. Pois o empregador deverá se manifestar por escrito, ou seja, está condicionado à autorização prévia e expressa, conforme trata o artigo 579 da CLT. 17. MULTA E PENALIDADES Conforme o artigo 598 da CLT, às empresas que não efetuarem o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal no prazo, será cobrada multa que varia de 378,20 a 3.782 UFIR . Observações: Atualmente, utiliza-se da Unidade Fiscal de Referência UFIR como medida de valor e atualização de multas e penalidades de qualquer natureza (Lei nº 8.383/1991). *Valor da UFIR = 1,0641. 17.1 – Penalidades – Antes De 11.11.2017 De acordo com o artigo 606 da CLT, Ação Judicial perante a Justiça do Trabalho. “Art. 606 - Às entidades sindicais cabe, em caso de falta de pagamento da contribuição sindical, promover a respectiva cobrança judicial, mediante ação executiva, valendo como título de dívida a certidão expedida pelas autoridades regionais do Ministério do Trabalho e Previdência Social. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 925, de 10.10.1969) (Vide Lei nº 11.648, de 2008) § 1º O Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio baixará as instruções regulando a expedição das certidões a que se refere o presente artigo das quais deverá constar a individualização de contribuinte, a indicação do débito e a designação da entidade a favor da qual será recolhida a importância de imposto, de acordo com o respectivo enquadramento sindical. § 2º - Para os fins da cobrança judicial do imposto sindical, são extensivos às entidades sindicais, com exceção do foro especial, os privilégios da Fazenda Pública, para cobrança da dívida ativa”. Importante: Verificar o subitem “3.1 – Pagamento Da Contribuição Sindical - Condicionado À Autorização Prévia E Expressa”, desta matéria. Pois o empregador deverá se manifestar por escrito, ou seja, está condicionado à autorização prévia e expressa, conforme trata o artigo 579 da CLT. 18. PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DE COBRANÇA – ANTES DE 11.11.2017

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Como a Contribuição Sindical se encontra vinculada às normas tributárias, o direito à ação para sua cobrança prescreve em 5 (cinco) anos (Artigo 173 do Código Tributário Nacional, Lei nº 5.172, de 25.10.1966). Importante: Verificar o subitem “3.1 – Pagamento Da Contribuição Sindical - Condicionado À Autorização Prévia E Expressa”, desta matéria. Pois o empregador deverá se manifestar por escrito, ou seja, está condicionado à autorização prévia e expressa, conforme trata o artigo 579 da CLT. Fundamentos Legais: Os citados no texto.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) QUE CONTRATA EMPREGADO Considerações Previdenciárias E Trabalhistas

Atualizações – 2018

Sumário 1. Introdução; 2. Conceito De Microempreendedor Individual – MEI; 3. Documento De Arrecadação – DAS; 4. MEI Que Contrata Empregado - Obrigações Trabalhistas E Previdenciárias; 4.1 – Um Único Empregado; 4.2 – Salário/Remuneração; 4.3 - RAIS / CAGED / Contribuição Sindical / FGTS / 13º Salário / Férias / Aviso Prévio / DSR/ Entre Outras; 4.3.1 – FGTS; 4.4 – Contratar Cônjuge Ou O Companheiro – Proibido; 4.5 - Afastamento Legal De Empregado Do MEI - Permite A Contratação De Outro Empregado; 4.6 - Licença-Maternidade Da Empregada Do MEI - Pago Diretamente Pela Previdência Social; 4.6.1 – Recolhimentos Do CPP (3%) E Do FGTS Pelo MEI; 4.6.2 - Preenchimento Da SEFIP/GFIP - Empregada Do MEI Afastada Por Licença-Maternidade.; 4.7 – Contribuições Previdenciárias – Mensal; 4.7.1 - Recolhimentos Do CPP (3%) – Empregador; 4.7.2 – Recolhimento Do Empregado; 5. Preenchimento Da SEFIP/GFIP; 5.1 – CPP De 3% (Três Por Cento); 5.1.1 – Diferença De CPP – Compensação; 5.1.2 - Prazo Para Pagamento; 5.2 – Inexistência De Recolhimento Ao FGTS E De Informações À Previdência Social; 6. Certificação Digital Para A ME E EPP - Conectividade Social ICP; 7. Informações No Esocial; 7. 1 - Obrigatoriedade, Prazo E Cronograma Para Utilização Do Esocial; 8. MEI Que Não Contratar Empregado Fica Dispensado De Obrigações Acessórias. 1. INTRODUÇÃO A Lei Complementar nº 123/2006, artigos 18-A, 18-B e 18-C, atualizada pela Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016, trata sobre os Microempreendedores Individuais (MEI). E também a Resolução do Comitê Gestor do SIMPLES NACIONAL (CGSN) nº 94, de 29 de novembro de 2011, atualizada, dispõe sobre o MEI - Microempreendedor Individual, os artigos 91 a 105. Nesta matéria será trata sobre o MEI - Microempreendedor Individual que contrata empregado, com suas considerações previdenciárias e trabalhistas, conforme prevê as legislações vigentes. 2. CONCEITO DE MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL – MEI O Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Nessa condição, ele poderá pagar o INSS com base em uma alíquota reduzida a 5%. Essa possibilidade foi implementada a partir da publicação da Lei 12.470/2011. (Informações extraídas do site da Previdência Social -http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/microempreendedor-individual/). Observações: - Matéria completa sobre o Microempreendedor, verificar o Boletim INFORMARE nº 1/2018, “SISTEMA DE RECOLHIMENTO EM VALORES FIXOS MENSAIS DOS TRIBUTOS ABRANGIDOS PELO SIMPLES NACIONAL – SIMEI Normas Gerais Para o Ano-Calendário de 2018”, em assuntos simples nacional.

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – JANEIRO – 04/2018 115

- Matéria completa sobre considerações previdenciárias do Microempreendedor, verificar o Boletim INFORMARE nº 4/2018, “MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Considerações Previdenciárias Atualizações – 2018”, em assuntos previdenciários. 3. DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO – DAS Conforme a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 95, para o contribuinte optante pelo SIMEI, o Programa Gerador do DAS para o MEI - PGMEI possibilitará a emissão simultânea dos DAS, para todos os meses do ano-calendário (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 21, inciso I). Para o contribuinte optante pelo SIMEI, o Programa Gerador do DAS para o MEI - PGMEI possibilitará a emissão simultânea dos DAS, para todos os meses do ano-calendário. “O MEI pertence à categoria de Contribuinte Individual do INSS, porém a forma de pagamento será através de guia DAS-MEI gerada no próprio Portal do Empreendedor. E na guia gerada, o valor total a ser pago já incluirá a alíquota de 5% sobre o salário mínimo vigente que será destinado para o INSS e os demais valores que serão destinados ao Estado e ao município. (Informações extraídas do site da Previdência Social - http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/microempreendedor-individual/)”. Observações: - Matéria completa sobre o Microempreendedor, verificar o Boletim INFORMARE nº 1/2018, “SISTEMA DE RECOLHIMENTO EM VALORES FIXOS MENSAIS DOS TRIBUTOS ABRANGIDOS PELO SIMPLES NACIONAL – SIMEI Normas Gerais Para o Ano-Calendário de 2018”, em assuntos simples nacional. - Matéria completa sobre considerações previdenciárias do Microempreendedor, verificar o Boletim INFORMARE nº 4/2018, “MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Considerações Previdenciárias Atualizações – 2018”, em assuntos previdenciários. 4. MEI QUE CONTRATA EMPREGADO - OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS “O Microempreendedor Individual (MEI), ao contratar um empregado, terá as mesmas obrigações e responsabilidades como em qualquer empresa, previstos na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, como também todos os encargos trabalhistas”. 4.1 – Um Único Empregado O MEI poderá contratar um único empregado, conforme determina o artigo 96 da Resolução CGSN nº 94/2011. 4.2 – Salário/Remuneração O empregado deverá receber exclusivamente 1 (um) salário-mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial da categoria profissional, definido em lei federal ou por convenção coletiva da categoria (Artigo 96 da Resolução CGSN nº 94/2011). a) Permiti o pagamento das verbas: Não se inclui no limite do salário os valores recebidos a título de horas extras e adicionais de insalubridade, periculosidade e por trabalho noturno, bem como os relacionados aos demais direitos constitucionais do trabalhador decorrentes da atividade laboral, inerentes à jornada ou condições do trabalho, e que incidem sobre o salário (§ 3º, do artigo 96 da Resolução CGSN nº 94/2011). b) Não permiti o pagamento das verbas: A percepção de valores a título de gratificações, gorjetas, percentagens, abonos e demais remunerações de caráter variável implica o descumprimento do limite de que trata a legislação (§ 4º, do artigo 96 da Resolução CGSN nº 94/2011). 4.3 - RAIS / CAGED / Contribuição Sindical / FGTS / 13º Salário / Férias / Aviso Prévio / DSR/ Entre Outras O empregador MEI ao contratar o empregado tem todas as obrigações trabalhistas, tais como: ** a) RAIS - Relação Anual de Informações Sociais;

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b) CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados; c) Contribuição Sindical (Patronal ou dos Empregados passou a ser opcional, conforme reforma trabalhista artigo 579 e 587 da CLT); Importante: Com base no artigo acima também as empresas enquadradas no SIMPLES NACIONAL poderão optar ou não pela contribuição sindical patronal. d) 13º Salário/Férias/Aviso Prévio/DSR/FGTS, entre outros; e) Demais Direitos Trabalhistas e Obrigações: Além das obrigações já citadas, o MEI que contratar empregado deverá cumprir com as determinações trabalhistas, como: registrar a CTPS, o livro ou ficha de registro de empregado, entre outras obrigações. ** “8.6 - O MEI que não contratou funcionário durante o ano, está obrigado a elaboração e entrega da RAIS? Não. O MEI que não contratou funcionário durante o ano não é obrigado a apresentar a RAIS - Relação Anual de Informações Sociais, conforme previsto no inciso II do Artigo 99, da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de nº 94/2011”. Observação: Informações acima também foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes). 4.3.1 – FGTS A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º, inciso III, trouxe a obrigatoriedade do direito ao FGTS para os trabalhadores urbanos e rurais. O prazo para o FGTS é até o dia 7 (sete) do mês subsequente à folha de pagamento e se não for dia útil o recolhimento deverá ser antecipado para o 1º dia útil anterior. 4.4 – Contratar Cônjuge Ou O Companheiro – Proibido “5.3 O MEI pode contratar como empregado o cônjuge ou o companheiro? Não, o MEI não pode contratar o próprio cônjuge como empregado. Somente será admitida a filiação do cônjuge ou companheiro como empregado quando contratado por sociedade em nome coletivo em que participe o outro cônjuge ou companheiro como sócio, desde que comprovado o efetivo exercício de atividade remunerada, nos termos do § 2º do art. 8º da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/2015 INSS”. Observação: Informações acima foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes). 4.5 - Afastamento Legal De Empregado Do MEI - Permite A Contratação De Outro Empregado A Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 96, § 2°, para os casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será permitida a contratação de outro empregado, inclusive por prazo determinado, até que cessem as condições do afastamento, na forma estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 18-C, § 2 º). “8.2 - Quais os procedimentos que o MEI deve tomar para caracterizar o afastamento do único empregado? A partir do atendimento da condição legal do afastamento, o empregador Microempreendedor Individual (MEI) pode contratar outro empregado, e o contrato desse novo empregado perdurará durante o tempo em que o contrato do outro empregado estiver interrompido ou suspenso. Exemplo: a licença maternidade é caracterizada a partir do momento em que o empregador é notificado pela empregada mediante a entrega do atestadomédico ou da certidão de nascimento do filho”. Observação: Informações acima foram extraídas do site do Portal do Empreendedor – Perguntas Frequentes (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes). 4.6 - Licença-Maternidade Da Empregada Do MEI - Pago Diretamente Pela Previdência Social

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A Lei nº 12.470, de 31.08.2011, artigo 2º, alterou o artigo 72, § 3º, da Lei nº 8.213/1991 (ver abaixo), passando a vigorar que o salário-maternidade da empregada do Microempreendedor Individual será pago diretamente pela Previdência Social. “§ 3o do art.72. O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)”. 4.6.1 – Recolhimentos Do CPP (3%) E Do FGTS Pelo MEI O salário-maternidade devido à empregada do microempreendedor individual (MEI), pago diretamente pela Previdência Social, constitui base de cálculo da contribuição patronal prevista no § 3º do art. 18-C, da LC nº 123/2006, e alterações posteriores, conforme estabelece o artigo 86-A, da IN RFB n° 971/2009 (ver abaixo): “Art. 86-A. O salário-maternidade devido à empregada do microempreendedor individual (MEI), pago diretamente pela Previdência Social, na forma do § 3º do art. 72 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com redação dada pela Lei nº 12.470, de 31 de agosto de 2011, constitui base de cálculo da contribuição patronal prevista no § 3º do art. 18-C, da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e alterações posteriores. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014)”. 4.6.2 - Preenchimento Da SEFIP/GFIP - Empregada Do MEI Afastada Por Licença-Maternidade. Conforme o Ato Declaratório Executivo Codac nº 21, de 30 de março de 2012, em seus artigos 1º e 2º, segue abaixo os procedimentos para preenchimento da SEFIP, quando a empregada do MEI estiver afastada por licença-maternidade. Para fins de preenchimento de informações em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), e tendo em vista o disposto no § 3º do art. 72 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, o Microempreendedor Individual (MEI) de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que contrate empregada, quando do afastamento desta por motivo de licença-maternidade, deverá observar o disposto neste artigo. Durante o período de gozo de licença-maternidade pela empregada, nos termos do disposto nos arts. 71 e 71-A da Lei nº 8.213, de 1991e art. 93 do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, de no máximo 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis por mais 15 (quinze) dias mediante atestado médico específico, e cujo pagamento é feito diretamente, pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), deve ser informado: a) código de ocorrência “05” na tela de cadastro da empregada gestante; b) campo “Contribuição Descontada do Segurado”, nos meses de afastamento e retorno da beneficiária do salário-maternidade, com o valor descontado pelo empregador/contribuinte, relativamente aos dias trabalhados, e “zeros” nos meses em que o pagamento for integralmente efetuado pelo INSS; c) nos demais campos observar as orientações do Manual GFIP/SEFIP, aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 880, de 16 de outubro de 2008, e atos específicos relativos à GFIP do MEI com empregado. Os campos “Deduções - Salário-Maternidade e 13º Salário-Maternidade” não devem conter informação quando o benefício é pago diretamente pela Previdência Social, uma vez que, nesta hipótese, não existe valor a ser reembolsado ao empregador/contribuinte. As GFIP declaradas em desacordo com os procedimentos aqui especificados, deverão ser retificadas. 4.7 – Contribuições Previdenciárias - Mensal 4.7.1 - Recolhimentos Do CPP (3%) - Empregador O MEI que não tem empregado irá fazer somente o recolhimento através da guia do DAS, de 5% (cinco por cento) sobre o salário-mínimo. O MEI que tem empregado além do recolhimento no DAS, também fará através da GFIP, o recolhimento sobre a remuneração do seu empregado, conforme nos subitens a seguir.

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O MEI está sujeito ao recolhimento da CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição previsto no caput (conforme abaixo). “Art. 96 da Resolução CGSN nº 94/2011. O MEI poderá contratar um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C) § 1º Na hipótese referida no caput, o MEI: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C, § 1º) I - deverá reter e recolher a contribuição previdenciária relativa ao segurado a seu serviço na forma da lei, observados prazo e condições estabelecidos pela RFB; II - fica obrigado a prestar informações relativas ao segurado a seu serviço, devendo cumprir o disposto no inciso IV do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991; III - está sujeito ao recolhimento da CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição previsto no caput”. Na geração do arquivo a ser utilizado para importação da folha de pagamento deverá ser informado o código "2100" no campo "Cód. Pagamento GPS" (Artigo 1º, § 1º, do Ato Declaratório Executivo Codac nº 49, de 8 de julho de 2009). 4.7.2 – Recolhimento Do Empregado A contribuição previdenciária dos trabalhadores (pessoa física) corresponde aos valores dos salários-de-contribuição, observando o limite mínimo e o máximo, de acordo com a Tabela para Pagamento de Remuneração, publicada periodicamente pelo MPS e pelo MF. O artigo 63 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, estabelece que a contribuição social previdenciária dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação das três alíquotas de 8% (oito por cento), 9% (nove por cento) ou 11% (onze por cento) sobre o seu salário-de-contribuição, de acordo com a faixa salarial constante da tabela publicada periodicamente pelo MPS e pelo MF. 5. PREENCHIMENTO DA SEFIP/GFIP O empregador (MEI) deverá enviar a SEFIP/GFIP referente à remuneração do segurado a seu serviço, conforme trata a Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 96. O MEI deverá declarar no Sistema de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (SEFIP) as informações relativas ao empregado, devendo preencher os campos abaixo relacionados, conforme o artigo 1º, do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49, de 08 de julho de 2009: a) no campo “SIMPLES”, colocar “não optante”; b) no campo “Outras Entidades”, “0000”; c) no campo “Alíquota RAT”, “0,0”; d) nos campos “Período Início” e “Período Fim” - informar a mesma competência da GFIP/SEFIP; e) código no campo “Cód. Pagamento GPS”, informar o “código 2100”; (§ 1º Na geração do arquivo a ser utilizado para importação da folha de pagamento deverá ser informado o código "2100" no campo "Cód. Pagamento GPS) f) no campo “FAP” deverá ser preenchido com “1,00”; g) campo de “Compensação” (vide o subitem “5.2.1”, desta matéria); Importante: Conforme o § 5º do artigo 1º do Ato Executivo citado acima, as contribuições deverão ser recolhidas em GPS com os códigos de pagamento e valores apurados pelo SEFIP. 5.1 – CPP De 3% (Três Por Cento)

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O empregador irá pagar sobre a folha de pagamento do seu empregado 3% (três por cento), ou seja, o CPP do empregador – MEI, e descontar do empregado 8% (oito por cento) do seu salário, na guia da GPS, através do SEFIP (Inciso III, § 1º, do artigo 18-C, da LC 123/2006): Exemplo: R$ 954,00 x 3% = R$ 28,62; (parte do empregador) R$ 954,00 x 8% = R$ 76,32 (desconto do segurado empregado); Total da GPS: R$ 104,94 (cento e quatro reais e noventa e quatro centavos). “Art. 18-C, § 1º, III. LC nº 123/2006 - está sujeito ao recolhimento da contribuição de que trata o inciso VI do caput do art. 13, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição previsto no caput, na forma e prazos estabelecidos pelo CGSN”. “§ 2º. Art. 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49/2009. A diferença de 20% (vinte por cento) para 3% (três por cento) relativa à Contribuição Patronal Previdenciária calculada sobre o salário de contribuição previsto no caput do art 18-C da Lei Complementar nº 123, de 2006, deverá ser informada no campo "Compensação" para efeitos da geração correta de valores devidos em Guia da Previdência Social (GPS)”. (Verificar no subitem “5.1.1”, abaixo, nesta matéria). 5.1.1 – Diferença De CPP – Compensação O sistema SEFIP não está adequado a contribuição patronal do MEI, ou seja, é feito o cálculo automaticamente de 20% (vinte por cento) sobre a folha de pagamento do empregado, com isso, então, deverá calcular a diferença de CPP (17%, dezessete por cento) e informar no campo de “Compensação”, a diferença de 20% (vinte por cento) para 3% (três por cento) relativa à Contribuição Patronal Previdenciária calculada sobre o salário de contribuição previsto no caput do art. 18-C da Lei Complementar nº 123, de 2006, deverá ser informada no campo "Compensação" para efeitos da geração correta de valores devidos em Guia da Previdência Social (GPS) (§ 2º, do artigo 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49/2009). Segue abaixo as informações conforme os §§ 2º a 4º, do artigo 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49/2009: “§ 2º A diferença de 20% (vinte por cento) para 3% (três por cento) relativa à Contribuição Patronal Previdenciária calculada sobre o salário de contribuição previsto no caput do art 18-C da Lei Complementar nº 123, de 2006, deverá ser informada no campo "Compensação" para efeitos da geração correta de valores devidos em Guia da Previdência Social (GPS). § 3º Os campos "Período Início" e "Período Fim" deverão ser preenchidos com a mesma competência da GFIP/SEFIP. §4º Caso o valor de compensação exceda o limite de 30% (trinta por cento) demonstrado pelo SEFIP, esse valor deverá ser confirmado utilizando-se a opção "SIM"”. Exemplo para preencher o campo de compensação: Um trabalhador contratado pelo MEI com salário-mínimo (R$ 954,00), o SEFIP calculará a CPP em 20% (vinte por cento). Apuração da diferença de CPP (Contribuição Patronal Previdenciária): - Base salário-de-contribuição: R$ 954,00 - CPP calculada pelo SEFIP/GFIP: R$ 190,80 (20%) - CPP devida pelo MEI: R$ 28,62 (3%) - Diferença de CPP: R$ 162,18 (17%) (R$ 190,80 – R$ 28,62 = R$ - Então, o valor da compensação será de R$ 162,18.

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Observação: O preenchimento dos demais campos deverá observar o Manual da GFIP 8.4 (Instrução Normativa RFB nº 880/2008). 5.1.2 - Prazo Para Pagamento A empresa está obrigada à arrecadação e ao recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração e, quando contrata contribuintes individuais, também deverá recolher o valor deles retido juntamente com as contribuições a seu cargo, ou seja, através do SEFIP, mensalmente (Lei nº 8.213/1991, artigo 30; Instrução Normativa nº 971/2009, artigo 80, com alterações da Instrução Normativa RFB nº 1.027/2010), conforme abaixo: a) a partir da competência novembro de 2008, até o momento, as contribuições a cargo da empresa/empregador deverão ser recolhidas até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, e quando não houver expediente bancário neste dia, a data do pagamento é antecipada quando o dia 20 (vinte) cair em dia que não houver expediente bancário. 5.2 – Inexistência De Recolhimento Ao FGTS E De Informações À Previdência Social O MEI a que se refere o art. 1º, quando da inexistência de recolhimento ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de informações à Previdência Social, somente deverá entregar a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) com indicativo de ausência de fato gerador (sem movimento) para a competência subsequente àquela para a qual entregou GFIP com fatos geradores (Artigo 2º, do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49/2009). E o parágrafo único, do mesmo artigo acima, estabelece que a apresentação de GFIP com indicativo de ausência de fato gerador deverá observar as orientações contidas no manual da GFIP/SEFIP. 6. CERTIFICAÇÃO DIGITAL PARA A ME E EPP - CONECTIVIDADE SOCIAL ICP “O Conectividade Social é um canal eletrônico de relacionamento, que permite a transmissão do arquivo do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP), dentre outros benefícios”. O Conectividade Social ICP, ou seja, o novo canal substitui o antigo Conectividade Social, que era instalado no computador para envio de arquivos e recebimento de relatórios, como também o aplicativo web “Conexão Segura”, utilizado para fazer a comunicação de afastamento do empregado, entre outras tarefas. Com a nova versão o aplicativo é totalmente WEB, tendo como necessidade um navegador de Internet, sendo o seu acesso somente através de autenticação mediante uso de certificação digital padrão ICP-BRASIL. Conforme a Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 29 de novembro de 2011, artigo 72, alterada pela Resolução CGSN nº 122, de 27 de agosto de 2015, segue abaixo: “Art. 72. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional poderá ser obrigada ao uso de certificação digital para cumprimento das seguintes obrigações: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 7º) I - entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, bem como o recolhimento do FGTS, ou de declarações relativas ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial): (Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 122, de 27 de agosto de 2015) a) até 31 de dezembro de 2015, para empresas com mais de 10 (dez) empregados; (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 122, de 27 de agosto de 2015) b) a partir de 1º de janeiro de 2016, para empresas com mais de 8 (oito) empregados; (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 122, de 27 de agosto de 2015) c) a partir de 1º de julho de 2016, para empresas com mais de 5 (cinco) empregados; (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 122, de 27 de agosto de 2015) d) a partir de 1º de janeiro de 2017, para empresas com mais de 3 (três) empregados; (Incluído(a) pelo(a) Resolução CGSN nº 125, de 08 de dezembro de 2015)”

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Poderá ser exigida a utilização de códigos de acesso para cumprimento das obrigações não previstas neste subitem. A partir de 1º de julho de 2018 a empresa poderá cumprir com as obrigações relativas ao eSocial com utilização de código de acesso apenas na modalidade online e desde que tenha até 1 (um) empregado. 7. INFORMAÇÕES NO ESOCIAL O eSocial é um projeto conjunto do governo federal que integra Ministério do Trabalho, Caixa Econômica, Secretaria de Previdência, INSS e Receita Federal. (Informações extraídas do site do esocial - https://portal.esocial.gov.br/noticias/esocial-sera-implantado-em-cinco-fases-a-partir-de-janeiro-de-2018). Conforme o artigo 2º, do Decreto nº 8.373/2014, o eSocial é o instrumento de unificação da prestação das informações referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas e tem por finalidade padronizar sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição, constituindo ambiente nacional composto por: a) escrituração digital, contendo informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas; b) aplicação para preenchimento, geração, transmissão, recepção, validação e distribuição da escrituração; e c) repositório nacional, contendo o armazenamento da escrituração. “4. Quais são os sistemas de informação do Governo Federal que serão substituídos pelo eSocial Empresas? Por meio desse canal, os empregadores passarão a comunicar ao Governo, de forma unificada, 15 obrigações: GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para controlar as admissões e demissões de empregados sob o regime da CLT RAIS - Relação Anual de Informações Sociais. LRE - Livro de Registro de Empregados CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho CD - Comunicação de Dispensa CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais QHT – Quadro de Horário de Trabalho MANAD – Manual Normativo de Arquivos Digitais Folha de pagamento GRF – Guia de Recolhimento do FGTS GPS – Guia da Previdência Social“. 7. 1 - Obrigatoriedade, Prazo E Cronograma Para Utilização Do Esocial conforme disposto no Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, a implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) se dará de acordo com o cronograma definido nesta Resolução (Artigo 1º da Resolução nº 2, de 30 de agosto de 2016).

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A Resolução Comitê Diretivo do Esocial nº 2, de 30 de agosto de 2016 dispõe sobre o cronograma do esocial, Observação: Todas as informações referente ao início, obrigatoriedade, prazo e cronograma para utilização do eSocial, encontra-se no Boletim INFORMARE nº 50/2017, “ESOCIAL - ATUALIZAÇÃO DO CRONOGRAMA A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2018 Resolução CDES Nº 1/2017”, em assuntos trabalhistas. 8. MEI QUE NÃO CONTRATAR EMPREGADO FICA DISPENSADO DE OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS O artigo 99 da Resolução CGSN nº 94/2011, estabelece que o MEI que não contratar empregado na forma do art. 96 fica dispensado de: a) prestar a informação prevista no inciso IV do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, no que se refere à remuneração paga ou creditada decorrente do seu trabalho, salvo se presentes outras hipóteses de obrigatoriedade de prestação de informações, na forma estabelecida pela RFB; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 13, inciso I) b) apresentar a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 13, inciso II) c) declarar ausência de fato gerador para a Caixa Econômica Federal para emissão da Certidão de Regularidade Fiscal junto ao FGTS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 13, inciso III) Fundamentos Legais: Os Citados no texto.