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PDJ EDITORIAL O Mês de Maio foi ocasião para toda a comunidade se encontrar, no final do dia, para a Oração do Terço, no Santuário e na Igreja de Nossa Senhora da Maia. E também, na parte final, começaram algumas celebrações da Catequese, o que envolve a todos : crianças, adolescentes e jovens, pais, catequistas e toda a comunidade que participa nas celebrações. A alegria que vem da fé é bem visível em tudo. Há que continuar a dar frutos e a pedir ao Senhor para que a Sua Presença seja sentida e também, pelos que vivem à margem, procurada. O mês de Junho começou a ser marcado pela Festa da 1ª Comunhão - Festa da Eucaristia . Foram 92 meninos e meninas que, pela primeira vez, comungaram o Corpo de Jesus. A Igreja de Nossa Senhora da Maia, nesta celebração, estava repleta. Que bela e santa celebração. No final, foi lida a Mensagem do Papa Francisco que entusiasmou a todos . "Sua Santidade o Papa Francisco saúda afectuosamente os Meninos e Meninas que neste dia, apoiados pelo carinho e fé de toda a comidade paroquial de São Miguel da Maia por fazerem a sua Primeira Comunhão...Vaticano 7 de Junho de 2015). É um sinal da Igreja. Neste mesmo dia, celebrou a paróquia a Festa do Corpo de Deus com Procissão do Santíssimo Sacramento. Nesta nossa Paróquia, a Procissão vem sendo feita desde há 16 anos (3 de Junho de 1999). É ocasião única para louvarmos o Santíssimo Sacramento na nossa Cidade e Paróquia da Maia. Haverá ainda, neste mês a Festa da Profissão de Fé. É ocasião para todos se deixarem renovar por Jesus, para serem e continuarem a ser, cristãos-crentes comprometidos. Jesus nunca se repete, traz sempre novidade. Em Julho será a Celebração do Sacramento do Crisma, a Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho. Assim termina o ano pastoral. O Senhor Bispo já lançou a reflxão para o Novo Ano Pastoral de 2015/2016. Há que reflectir sobre o texto e suas linhas de acção. Teremos que viver entusiasmados nesta Igreja de que fazemos parte, pois só assim "A Alegria do Evangelho será a nossa missão". Isto não significa trabalho a dobrar, mas viver com pleno sentido cristão o que se faz, indo ao encontro dos que vivem à margem, como diz o Papa Francisco e o nosso Bispo. S. MIGUEL DA MAIA 1 ANO XXVI Nº 282 JUNHO 2015 PREÇO AVULSO 0,50€ FESTA DE NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO O grande Dia - 12 de Julho. 10h30 - Celebração da Eucaristia Local: Praça do Santuário.(Frente ao Santuário) Preside Sua Ex.cia Rev.ma D. Manuel Linda. Participam os quatro grupos Corais. 17h00 - Procissão. Nossa Senhora do Bom Despacho é Padroeira do Con- celho da Maia. Todas as Paróquias, como tem acontecido, serão convidadas a estarem presentes com um andor de Nossa Senhora e Cruz Paroquial. LOUVEMOS A NOSSA PADROEIRA.

ANO XXVI Nº 282 JUNHO 2015 PREÇO AVULSO 0,50€ · Nunca nos esqueçamos disto, nos nossos Matrimónios, porque a vocação matrimonial é chamamento a testemunhar o amor fiel,

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PDJ

EDITORIAL O Mês de Maio foi ocasião para toda a comunidade

se encontrar, no final do dia, para a Oração do Terço, no Santuário e na Igreja de Nossa Senhora da Maia.

E também, na parte final, começaram algumas celebrações da Catequese, o que envolve a todos : crianças, adolescentes e jovens, pais, catequistas e toda a comunidade que participa nas celebrações. A alegria que vem da fé é bem visível em tudo. Há que continuar a dar frutos e a pedir ao Senhor para que a Sua Presença seja sentida e também, pelos que vivem à margem, procurada.

O mês de Junho começou a ser marcado pela Festa da 1ª Comunhão - Festa da Eucaristia . Foram 92 meninos e meninas que, pela primeira vez, comungaram o Corpo de Jesus. A Igreja de Nossa Senhora da Maia, nesta celebração, estava repleta. Que bela e santa celebração. No final, foi lida a Mensagem do Papa Francisco que entusiasmou a todos . "Sua Santidade o Papa Francisco saúda afectuosamente os Meninos e Meninas que neste dia, apoiados pelo carinho e fé de toda a comidade paroquial de São Miguel da Maia por fazerem a sua Primeira Comunhão...Vaticano 7 de Junho de 2015). É um sinal da Igreja.

Neste mesmo dia, celebrou a paróquia a Festa do Corpo de Deus com Procissão do Santíssimo Sacramento. Nesta nossa Paróquia, a Procissão vem sendo feita desde há 16 anos (3 de Junho de 1999). É ocasião única para louvarmos o Santíssimo Sacramento na nossa Cidade e Paróquia da Maia.

Haverá ainda, neste mês a Festa da Profissão de Fé. É ocasião para todos se deixarem renovar por Jesus, para serem e continuarem a ser, cristãos-crentes comprometidos. Jesus nunca se repete, traz sempre novidade.

Em Julho será a Celebração do Sacramento do Crisma, a Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho. Assim termina o ano pastoral.

O Senhor Bispo já lançou a reflxão para o Novo Ano Pastoral de 2015/2016. Há que reflectir sobre o texto e suas linhas de acção. Teremos que viver entusiasmados nesta Igreja de que fazemos parte, pois só assim "A Alegria do Evangelho será a nossa missão". Isto não significa trabalho a dobrar, mas viver com pleno sentido cristão o que se faz, indo ao encontro dos que vivem à margem, como diz o Papa Francisco e o nosso Bispo.

s. miguel da maia ▪ 1

ANO XXVI ▪ Nº 282 ▪ JUNHO 2015 ▪ PREÇO AVULSO 0,50€

FESTA DE NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHOO grande Dia - 12 de Julho.10h30 - Celebração da Eucaristia Local: Praça do Santuário.(Frente ao Santuário) Preside Sua Ex.cia Rev.ma D. Manuel Linda. Participam os quatro grupos Corais.17h00 - Procissão. Nossa Senhora do Bom Despacho é Padroeira do Con-celho da Maia. Todas as Paróquias, como tem acontecido, serão convidadas a estarem presentes com um andor de Nossa Senhora e Cruz Paroquial.

LOUVEMOS A NOSSA PADROEIRA.

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CONSULTANDO A HISTÓRIA

Retomamos a leitura das recomendações emitidas em agosto de 1744 pelos representantes do Balio de Leça, em visitação a esta freguesia do couto de Leça: “ Como esta freguezia se obrigou a toda a despeza da administração do Santíssimo Sacramento na escriptura que fes para a colocação delle nesta Igreja mandamos se fassão a custa da mesma freguesia os paramentos seguintes, primeiramente mandamos se fassa hum palio de damasco branco com assebastos vermelhos ou de outra seda melhor com suas varas pintadas ou douradas (…)”

FESTA DA PRIMEIRA COMUNHÃO

Maria Artur

Foi no dia 7 de Junho, na Igreja de Nossa Senhora da Maia que 92 meninos e meninas da nossa Paróquia celebraram a Festa da Primeira Comunhão. Crianças, Pais, Padrinhos, Catequistas e demais cristãos encheram completamente a nossa ampla Igreja.

Criou-se um bom ambiente celebrativo. Notava-se nos olhos das crianças a alegria que foram criando, com a ajuda dos catequistas, para essa sua festa.

A notícia chegou a Roma, ao Papa Francisco, que se tornou presente pela Bula que enviou.O Sr. Padre Domingos, após o momento de acção de graças leu-a. As palmas ecoaram por toda a Igreja em

atitude de gratidão para com o Papa que sabemos que nos ama a todos. Vamos agradecer-lhe enviando a foto-grafia do grupo.

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Pró - VOCAÇÃO, por vocação

BOM DIA!O tempo pascal terminou com um grande desafio: “abri as portas a Cristo. Deixai

que Ele entre em vós e vos encoraje a dar testemunho d’Ele em toda a parte pela palavra e pelo testemunho”.

Nós não o confessamos. Mas, se calhar, o que é pior, habitualmente andamos com as nossas portas fechadas ao Deus que nos procura e quer estar connosco: “eis que estou à porta e bato. Se ma abrires, entro e cearei contigo”.

O Papa Francisco já chorou as portas fechadas das nossas igrejas. Não é verdade que está lá sempre Alguém à nossa espera? E chora também as portas do nosso coração fechadas.

O problema em tudo isto é de fé: acreditamos ou não que o Espírito nos persegue e nos quer abrir caminho? Acreditamos ou não que Jesus está vivo na Eucaristia à espera de companhia?

Estas solenidades que a Liturgia vem celebrando são para mim. São para todos. Vamos aproveitar as suas ricas mensagens? – Tal aproveitamento, com toda a certeza, que nos irá garantindo um belo e proveitoso

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A EDUCAÇÃO PARA A VOCAÇÃOCom a devida vénia, transcrevemos alguns excertos dum artigo que o

Pe. Tolentino Mendonça publicou no “Expresso” de 16/5, cuja leitura integral recomendamos.

Partindo dum texto de NataliaGinzburg, refere que “há um equívoco trágico: pensarmos dever ensinar aos nossos filhos as pequenas virtudes, em vez de transmitir-lhes o amor pelas grandes. Ensinamos-lhes, por exemplo, mais facilmente a prudência do que a coragem e o risco, ou insistimos em que sejam poupados em vez de generosos e livres face ao dinheiro. Vigiamos para que sejam espertos e se safem, usem diplomacia e negoceiem. Isto mais do que cultivar neles o apego à verdade ou o amor abnegado aos outros. Projetamos mais as expectativas de sucesso do que o desejo puro de que eles simplesmente sejam, conheçam ou sirvam.”

Depois de explicitar melhor esta ideia, recomenda: “O que devemos vigiar obstinadamente na educação dos filhos é que, em momento algum, diminua ou vacile o amor que eles são chamados a dedicar à vida. Esse amor pode tomar diversas formas, e há que acompanhá-las com igual diligência e esperança. (…) Infinitas são as possibilidades do espírito, devemos saber, e não raro, de uma maneira a nós desconhecida, ele encontra a estação do seu frutificar.”

E conclui: “Que possibilidades têm os pais de estimular nos filhos o nascimento e o desenvolvimento de uma vocação? Para dizer com franqueza, não têm muitas. E, também por isso, as poucas que possuem são tão importantes. O nascimento e a maturação de uma vocação requerem espaço e silêncio. Devemos aprender a calar, a não pretender coisa alguma. Temos apenas de estar dispostos a tudo, sabendo que nesta atitude paciente cabe a possibilidade do mais modesto ou do mais alto destino. Por outro lado, se vivemos nós próprios a nossa vocação, se não a renegamos para longe ou se por medo e cinismo, não a traímos, então podemos mais facilmente ajudá-los a encontrar a sua. Nem que seja por isto: o amor pela vida gera amor pela vida.”

BOM DIA!

Movimento Demográfico Mês de MAIO

BAPTIZADOS03 - Rita de Azevedo Machado - Sofia Margarida Ribeiro Alves 10 - Dinis Barbosa Parodi24 - Maria Leonor Azevedo Lima - Francisco Neves de Almeida

MATRIMÓNIOS1 - Nelson José Pinto Nogueira e Carina Sofia Barbosa Teixeira30- Tiago Luís de Sousa Viegas e Suzana Esteves Alves do Forno

ÓBITOS11 - Manuel Fernando Silva Lessa(71anos)15 - Sara Monteiro Ribeiro (88 anos)29 - Albertina da Silva Oliveira (83 anos)

O MATRIMÓNIO TEM O SELO DE DEUSNuma recente celebração do Matrimónio, o sacerdote retomou um rito antigo, ainda usado noutros

países, que originou a conhecida expressão “dar o nó”: amarrou com a estola (sinal da missão de ministro de Deus) as mãos dos noivos. Assim explicitou o significado das palavras que fazem parte do rito do Matrimónio: "Esta união é sagrada porque tem o selo de Deus. Não separe o homem o que Deus uniu."

Nunca nos esqueçamos disto, nos nossos Matrimónios, porque a vocação matrimonial é chamamento a testemunhar o amor fiel, eterno e indissolúvel de Deus!

DIA DIOCESANA DA FAMÍLIA

Foram 1260 casais – a celebrar 10, 25, 50 ou 60 anos de Matrimónio – que se reuniram em Santo Tirso respondendo ao convite “Abri a vossa Família à Alegria do Evangelho”.

Na sua homilia (que pode ser lida na íntegra em www.diocese-porto.pt), o nosso Bispo explicou:“Abrir a família à alegria do evangelho significa voltar o olhar das famílias para Deus, como sempre fazem os filhos

quando se voltam na direção da sua casa e dizem sem medo da distância, confiantes na bondade do pai e na ternura da mãe: “ Levantar-me-ei e irei para meu pai” (Luc 15, 18).

Abrir a família à alegria do evangelho implica aprender a olhar a família com o olhar de Deus. O olhar de Deus amplia o horizonte do nosso olhar e permite ver mais longe, ajuda a ver melhor e faz ver mais claro.

Abrir a família à alegria do evangelho consiste em descobrir o melhor de cada membro, encontrar a dignidade intacta de cada um, reavivar a chama da esperança que habita os nossos lares e reacender, a partir da família, a luz de novos dias para a Humanidade.” Equipa Paroquial Vocacional

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Manuel Machado

Maria Fernanda e Maria Teresa

O presente livro é-nos proposto para meditação, oração e testemunho. Não tem a pretensão de fazer a teologia do culto ao Coração de Jesus nem de apresentar uma reflexão completa sobre esta temática. Na sua simples profundidade, envolve todo o nosso ser no dinamismo do Amor do Coração de Deus – lemos já no seu Prefácio. E duas partes fundamentais encontramos na estrutura do livro. A primeira aborda reflexões sobre a devoção ao Coração de Jesus a partir de uma perspetiva bíblica e do contributo dos papas para o desenvolvimento da mesma. É referenciada esta devoção ao longo dos séculos sem esquecer as grandes aparições do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque. A se-gunda parte do livro apresenta orações, celebrações e cânticos dedicados ao Sagrado Coração de Jesus.

Um livro apropriado para este mês de Junho, tempo particularmente dedicado ao Coração de Jesus que por toda a parte devia ser amado.

- Coração de Jesus que tanto nos amais.- Fazei que vos ame cada vez mais.

O nosso Centro Social, embora a funcionar nas novas instalações - Lar de Nazaré - ainda faz tudo nos moldes antigos que já duram há 24 anos, mantendo, com o mesmo entusiasmo de sempre, o seu passeio anual que envolve, também, alguns familiares dos seus utentes.

Desta vez, devido a algumas contrariedades de última hora que não estavam de todo previstas, em alternativa a Sanábria fomos desviados para o Santuário de São Caetano, num cenário paradisíaco muito próximo da fronteira de Verim, onde decorreu uma festa muito animada com os mesmos condimentos do costume: um delicioso almoço que da Maia nos acompanhou em tachos super- agasalhados confeccionado, mais uma vez, pelo casal Dona Arminda e Sr. Mário, que o fazem com esmerado amor e carinho, surpreendendo-nos sempre com alguns miminhos especiais. Que Deus vos abençoe e vos dê mais saúde, para que o vosso sacrificio não seja tanto. Daqui a minha cantiga:

Sr. Mário, Dona Arminda Sois um modelo de vida, Mesmo sem poder andar Vós ganhastes a corrida.

O pós almoço foi quase em delírio com a inspiração de Dona Antília (98 anos!) a cantar o "americano", e a Dona Antonieta (89 anos) com um sem fim de cantarolas do tempo da sua longínqua juventude que, afinal, teima em continuar com ela.

Sempre continuando a festa, cerca das quinze horas despedimo-nos de São Caetano, das caixas do peto e dos galinheiros das ofertas ao santo, e fomos por Montalegre, via barragens de Pisões, Venda Nova, Salamonde e Caniçada, a cami-nho do nosso Centro Social para concluirmos a festa sempre entusiasmante da celebração dos aniversários natalícios daqueles e daquelas que nasceram há mais ou menos anos no mês de Maio, nomeadamente o Sr. Alexandre (96 anos ), a Dona Antonieta (89) e a Dona Liliana (61), com os cânticos de parabéns a você, o apagar das velas, a entrega das prendas, o discurso da praxe, o corte e distribuição do bolo e, depois, as quadras personalizadas para todos, com destaque sobre a ternura do quadro humano mais maravilhoso da festa, protagonizado por Dona Deolinda amputada de um membro inferior, e de seu filho que a carregou ao colo de e para o interior do autocarro. Eis a quadra que os premiou:

Dona Deolinda e filho Assim mesmo é que 'stá bem, A mãe foi berço do filho O filho é perna da mãe.

Neste momento veio-me à lembrança a Dona Fernanda "Quintino" que tantos anos serviu este Centro Social e também neste mês e nestes passeios tinha a sua festa de aniversário.

Desta vez também tiveram lugar no nosso passeio alguns elementos da Direcção do Lar de Nazaré recentemente empossados. Para eles também uma leve "picadela":

Boas vindas Dona Olga Cá de modo especial, Que se cuide a Direcção Neste Conselho Fiscal.

Porque estávamos em pleno Mês de Maria, visivelmente bafejado pelo tom matizado de flores em todo o nosso percurso paisagístico, no regresso celebramos Nossa Senhora com a recitação do Terço do Rosário presidido pelo nosso Pároco que nos comprometeu a continuá-lo em casa.

Porque ao longo de todo o ano de nada mais falam os nossos idosos com tanto entusiasmo como dos passeios, este evento foi, de facto, o Centro Social no seu melhor.

4 ▪ s. miguel da maia

Santo António, São JoãoE São Pedro também,Os três Santos da alegria…Divertir faz muito bem.

Todo o povo se diverte,O tempo está bom para a festa…Só daqui a um ano teremosUma festa como esta.

Na noite de Santo AntónioFomos a sede matar.Desde essa noite ficamosPresos no mesmo olhar.

Há mais de cinquenta anosQue nosso olhar se prendeu.Obrigada Santo António!O milagre aconteceu!

O milagre de uma vida Presa no mesmo amor.Foi uma prenda divinaEntregue numa flor.

Na noite de São JoãoVamos saltar a fogueira.Será que o vamos fazerToda a nossa vida inteira?

De dedos entrelaçadosLá vamos nós caminhando…Dia a dia, lado a lado,A vida vamos amando.

A caminhada continuaSem deixarmos de sorrirAté que São Pedro se lembreDe as portas do Céu abrir.

SANTOS DE JUNHOO CENTRO SOCIAL NO SEU MELHOR

LIVRO A LIVRO

Ana Maria Ramos

… com o Coração de Deus

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Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 965450809 962384918 - 938086881 229482390 - 914621341 - 914874641 - 229411492 - 910839619

www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue

Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes; Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa; José Sousa; P. Domingos Jorge

E.P.P.F

A Equipa Paroquial reuniu com os Casais jubilados quie acederam ao convite para o Dia Diocesano da Família que teve lugar, no dia 31 de Maio, em Santo Tirso. Apareceram os que aparecerame com esses a Equipa trabalhou preparando a Jornada Diocesana.

Sente a Equipa que os Casais que tomaram parte vieram muito contentes. Parabéns.

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EqUIPA PAROqUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

“Abri a vossa Família à Alegria do Evangelho”

Com este lema, celebrou-se no dia 31 de Maio em Santo Tirso o Dia Dio-cesano da Família, iniciativa do Secre-tariado Diocesano da Pastoral Familiar que vai já na 14ª edição. Fruto do mui-to trabalho desenvolvido localmente pelas equipas vicariais e paroquiais, em sintonia com os párocos, foi possível congregar o número recorde de 1260 casais jubilados, a festejar 60, 50, 25 ou 10 anos do seu Matrimónio.

O lema proposto está em sintonia com o lema do nosso Bispo para a vida da diocese neste ano e nos próximos: “A Alegria do Evangelho é a nossa mis-são”. Os casais jubilados quiseram ce-lebrar esta realidade presente no seu Matrimónio, que só faz sentido vivido na alegria que é o próprio Jesus, boa

notícia (= Evangelho) para todos os homens, e no testemunho do amor de Deus expresso no amor dos esposos. Cada casal recebu um diploma perso-nalizado que, mais do que servir de lembrança deste dia, pretende recor-dar esta missão que é própria do casal cristão. Ângelo Soares

16-05-2015 - Data a não esquecer.Foram muitas as graças recebidas

e uma foi ver a nossa família reunida.Que festa tão bonita, na Igreja

onde recebi o batismo, onde fui cate-quizada, onde casámos e agora as nos-sas bodas de ouro lá foram celebradas.

E para completar isto tudo, fomos convidados para a Festa Diocesana da Família, no dia 31 de Maio. Nesta festa recebemos um diploma da mão do senhor Bispo do Porto, D. António Francisco.

Achamos que temos muita razão para dizer:

"Senhor, sem ti não somos nada. Por tudo o que nos dais , muito obri-gado.

Abílio Ribeiro Mª da Conceição Garcia Fernandes

Memória do dia 31 de Maio. Festa Diocesana da Família

Foi um óptimo dia. Eu e a Tere-

sa, minha esposa, depois da Eucaristia das 9h, no Santuário, almoçámos e às 14h00 partimos para Santo Tirso, Pavi-lhão Municipal, onde iríamos participar no Dia Diocesano da Família como Ca-sal Jubilado, juntamente com muitas e muitas centenas de Casais que este ano celebram 10, 25,50 , 60 e 75 anos de vida Matrimonial.

Às 16h00 começou a Celebração da Santa Missa, presidida pelo Senhor Bispo, D. António Francisco, concele-brada por mais dois Bispos Auxiliares e vários sacerdotes. Esta Eucaristia fi-cou na nossa memória. Após a Eucaris-tia, recebemos um Diploma do nosso Jubileu com um cumprimento do Se-nhor Bispo.

Regressámos à Maia. Às 21h30,aparecemos na Igreja de Nossa Senhora da Maia, para a Celebração do Terço, último dia do mês, agradecen-do e pedindo a Nossa Senhora a sua bênção. Fui ter com o Senhor Padre Domingos e pedi que ele também assi-nasse o Diploma. Deu-nos os Parabéns.

Foi bom. Muito belo e santo este dia. Agradecemos também à Equipa Pa-roquial da Pastoral Familiar o convite e a preparação que nos deu.

Teresa e Alexandrino

PROCISSÃO DAS VELAS - E ENCERRAMENTO DO MêS DE MAIO NA IG. N.ª S-ª DA MAIA

A Procissão de Ve-las, no dia 12, foi jorna-da de luz e de amor a Nossa Senhora traduzi-da em todo o percurso, com a Oração do Rosá-rio, Cânticos e luz . Na Praça do Santuário uma multidão se aglomerou.

O final, com a ida de cada um junto do an-dor, torna-se emotivo.No dia 31, houve a Ora-ção do Terço sublinahda com um pedido, uma flor e um gesto de gene-rosidade.

As meditações do terço foram escritas por quem quis escrever, todos foram convidados. No final aos colaboradores foi oferecida um brochura com todas as meditações.

Parabéns.

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Maria Luisa C. M. Teixeira

O CÉU qUE DESCE Á TERRA

Hoje em dia, faz parte do cotidiano de muita gen-te o uso do computador ou de outros equipamentos que desempenham iguais funções, como telemóveis, ipads, etc., que facilitam a comunicação escrita entre as pessoas através dos e-mails. E não raro é o dia, que dos muitos e-mails recebidos para além dos de trabalho, há algum que prende a atenção de um modo especial pela importância da mensagem, be-leza de imagens, ou mesmo, pela piada que dá um alegre momento de boa disposição.

Já há uns anos atrás, aderi a um serviço da net: evangeli.net: Meditando o Evangelho de hoje (Evan-gelho + meditação) e Master•evangeli.net (Evange-lho + comentário teológico) que me permite ler o Evangelho diário e respetiva meditação. É, para mim, um meio muito rico de, com muita comodidade, ler a Palavra de Deus e ter uma extraordinária ajuda na sua meditação através dos admiráveis comentários escritos pelos diversos eclesiásticos que colaboram nessa missão a nível mundial.

Em vésperas da Celebração do Corpo de Deus foi-me enviado o extraordinário comentário, que re-solvi partilhar, no espaço do Jornal da Paróquia, á semelhança do que habitualmente faço para com os meus amigos, sempre que lhes reencaminho do meu computador, algum e-mail que me fez bem receber, que enriqueceu os meus conhecimentos, ou me tor-nou mais feliz. Neste caso fez-me crescer na Fé, tão inspirada meditação:

Eucaristia e Pentecostes são os dois aconteci-mentos únicos com que Deus selou a Nova Aliança: Deus oferece-se como Pai; o homem compromete--se a participar da sua Vida. Este “subir” do homem para Deus até à união com Ele é a mais antiga, ousa-da e desejada aspiração da humanidade.

Como se tornou possível semelhante “loucura”? Deus tomou a iniciativa e por amor ao homem Ele fez-se “tocável”. Realizou-o gradualmente. De que modo? Primeiro, Deus aceitou dar-se um Nome, e revela-no-lo para que saibamos que Ele é Alguém - não é algo - com Quem podemos falar confiadamen-te. Assim, no deserto Deus apresentou-se a Moisés como o “Eu Sou”. Um nome um pouco estranho para nós! Mas o certo é que este é o seu nome pró-prio: “Deus É” (“é SEMPRE” e “é TUDO”, plenitude de ser).

Em segundo lugar, Deus fez-se homem: o Pai en-via o Filho, assumindo a nossa natureza humana. Esta é a grande dádiva à humanidade: Cristo! Neste ges-to Deus faz-se tão “tocável” que podemos conviver com Ele… Inclusivamente recusá-Lo, persegui-Lo e crucificá-Lo! O homem julga Deus! Até ao ponto de Deus dar a sua vida por nós, pagar pelas nossas re-beldias, abalar-nos com o seu exemplo e elevar-nos com a sua misericórdia.

Finalmente, esta “louca” história de Amor com-pleta-se, por um lado, com o envio do Espírito Santo às nossas almas. E, por outro, com a grande dádiva: a Eucaristia. «Eu estarei convosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20). Jesus permanece em nós

com o seu Espírito, mas também o faz fisicamente com o seu Corpo e com o seu Sangue, escondidos sob as “aparências” eucarísticas do pão e do vinho.

Não é algo improvisado! Vem de longe: a entrega de Deus na Eucaristia já estava anunciada e prefi-gurada no Antigo Testamento. Aquele “maná”, aquele pão que miraculosamente descia do céu cada ma-drugada para alimentar os judeus na travessia do deserto era uma antecipação da Eucaristia. Como também o foram as multiplicações dos pães e dos peixes que Jesus Cristo realizou para saciar a fome da gente que O escutava.

Com razão Jesus se apresentou dizendo que «Eu sou o pão vivo descido do céu» (Jo 6,51). Realmente desceu do céu, está vivo e - o mais incrível - “faz-se” Pão para nos alimentar da sua vida, uma vida que foi “sacrificada” durante a Paixão. «Tomai e comei todos, porque isto é o meu Corpo que é dado por vós» (cf. Mt 26,26; Lc 22,19). Jesus-Eucaristia faz-se presente cada vez que o sacerdote pronuncia essas “palavras de dor”: Corpo “dado”; Sangue “derrama-do”. Da Paixão de Jesus chegam-nos a companhia do Espírito Santo e o alimento/companhia do Corpo de Cristo.

No dom da Eucaristia esconde-se a vida de Deus e oferece-se a nossa salvação. Aí Deus entrega-se--nos com a máxima discrição e, ao mesmo tempo, com a máxima disponibilidade. Assim é o Amor: dis-creto e solícito. Parece que não está, mas está mes-mo. Com este “método”, cumpria-se em Jesus Cristo o anúncio de que um descendente de David - como novo Rei - iria consolidar para sempre e em todo o lugar o Reino de Deus. Não faz barulho, mas é eficaz! Nas procissões do Corpo de Deus o nosso Rei caminha por inúmeras ruas do nosso mundo. É o Céu que desceu à terra! «Que mais podia Deus fazer por nós?», perguntava-se S. João Paulo II (De P. Antoni Carol i Hostench Coordenador geral de evangeli.net )

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HOMILIA NO DIA DIOCESANO DA FAMÍLIA

s. miguel da maia ▪ 7

1.Reúne-nos neste domingo da San-tíssima Trindade o desejo de celebrar a Eucaristia, com o olhar da fé voltado para Deus e com o olhar do coração voltado para as famílias. Viemos de todas as 22 vi-gararias da nossa Diocese para responder ao convite: “Abri a vossa Família à Alegria do Evangelho”.

Saúdo com alegria as famílias que, neste 14.º Dia Diocesano da Família, aqui acorreram e agora renovam, diante de Deus e em Igreja, o seu projeto de vida, o seu compromisso de amor, o seu tes-temunho de fidelidade e o seu caminho de felicidade, ao celebrar 10, 25, 50 ou 60 anos de matrimónio.

Esta festa não é apenas uma festa de 1.300 casais, que hoje aqui se reúnem em jubileu. Esta, é a festa de todos os mem-bros da família de cada um destes casais. Esta, é a festa de todas as famílias da nossa Diocese que, ao recordarem o seu ma-trimónio querem dar graças a Deus pelo amor, pela fidelidade, pela alegria e pela fecundidade do sacramento recebido.

Cada sacramento celebrado e aben-çoado “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” afirma “a nossa fé na ver-dadeira divindade, ao mesmo tempo que adoramos as três pessoas distintas, a sua essência única e a sua igual majestade” (do Prefácio da Eucaristia).

O texto da primeira leitura, do Livro do Deuteronómio, recolhe e recorda a experiência do povo bíblico que sentiu a presença do Senhor no seu meio e no desenrolar da sua história. Esta presença de Deus revelou ao povo de Israel a Sua «mão forte» e o Seu «braço poderoso», em ordem ao bem de cada um.

A palavra de Deus é, em cada uma das vossas casas, queridas famílias, palavra aco-lhida, contemplada, rezada, vivida e teste-munhada. Deus realiza diariamente, diante dos vossos olhos, prodígios e maravilhas no meio de provas, de dores e de cansei-ras. São para todos nós, mas concretamen-te para vós, queridas famílias, estas palavras da primeira leitura: “considera hoje e me-dita em teu coração que o Senhor é o úni-co Deus, no alto dos céus e cá em baixo na terra. Cumprirás as suas leis e os seus mandamentos para seres feliz, tu e os teus filhos, depois de ti, e terás longa vida na ter-ra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre.” ( Dt 4, 32-40).

2. Abri o vosso coração, o coração das vossas famílias e tocai de perto a alegria desta presença do Deus único, uno e tri-no, na vossa vida de família. O coração da família tem tantas portas a abrir, para que aí se sinta o pulsar do coração de Deus na vida dos esposos, dos pais, dos filhos, dos irmãos, dos avós e dos netos.

O testemunho das famílias cristãs é uma das melhores e maiores portas para abrir o coração da Igreja do Porto, con-vocada para anunciar a doce e reconfor-tante alegria de evangelizar e para fazer

hoje e sempre “da alegria do Evangelho a nossa missão”.

Procurai com o vosso testemunho de vida e com a vossa disponibilidade para a missão, abrir o coração da socieda-de, para que se respeite sempre na nossa terra o valor sagrado da família e o dom inviolável da vida, desde a conceção até à morte.

3. Abrir a família à alegria do evan-gelho significa voltar o olhar das famílias para Deus, como sempre fazem os filhos quando se voltam na direção da sua casa e dizem sem medo da distância, confian-tes na bondade do pai e na ternura da mãe: “ Levantar-me-ei e irei para meu pai” (Luc 15, 18 ).

Abrir a família à alegria do evangelho implica aprender a olhar a família com o olhar de Deus. O olhar de Deus amplia o horizonte do nosso olhar e permite ver mais longe, ajuda a ver melhor e faz ver mais claro.

Abrir a família à alegria do evangelho consiste em descobrir o melhor de cada membro, encontrar a dignidade intacta de cada um, reavivar a chama da esperança que habita os nossos lares e reacender, a partir da família, a luz de novos dias para a Humanidade.

4. Convido-vos, queridas famílias, ao celebrardes 10, 25, 50 e 60 anos do vosso matrimónio, a regressardes, em pensa-mento e em missão, à vossa casa e, nes-te regresso a casa, sentai-vos à mesa de família, dai graças a Deus, abeirai-vos do berço dos vossos filhos e netos e escutai a voz do tempo que vos diz quanto Deus realizou em vós.

Recordai e refazei serenamente, em diálogo de família, este belo caminho que percorrestes e redescobrireis tantos si-nais da presença de Deus e a força do seu amor que tudo vence e tudo transforma. Encontrareis em vós, através da memó-ria do tempo que passou, essa reserva espiritual que sempre vos habitou, esse suplemento de alma que continuamente vos animou no caminho e essa bênção di-vina que, em permanência, vos fortaleceu nas horas mais difíceis.

Reavivai, também, neste encontro com a família que sois e com a casa que edificais, os valores sagrados da humilde casa de Nazaré, a casa de Maria, de Jesus e de José.

Casa de família, a exemplo da casa de Nazaré, é bálsamo de unção onde se curam tantas feridas, que pela vida os ca-minhos ásperos nos vão fazendo! Casa de família é átrio do Cenáculo, onde Jesus nos serve, no lava-pés, e nos antecipa em pro-messa a certeza das bem-aventuranças!

Casa de família, de portas abertas à alegria do evangelho, é santuário onde se escuta a Palavra de Deus, se reza em comum e se partilha o banquete do pão repartido e da Eucaristia celebrada. Pa-rabéns, queridas famílias! Que Deus vos

prolongue a vida, vos conceda saúde e vos dê a sua bênção!

As famílias precisam de ter no seu seio corações tocados pela ternura de Deus, capazes de gestos de perdão e de-cididos a viver a ousadia da misericórdia para que toda a família se transforme e seja feliz.

As comunidades cristãs necessitam, por sua vez, de famílias decididas a viver e a testemunhar com coragem a beleza do seu amor abençoado e disponíveis para a missão, concretamente, ao serviço da pastoral familiar ou integrados em mo-vimentos de preparação do matrimónio e de acompanhamento, espiritualidade e formação das famílias.

A Igreja, concretamente neste tempo datado da história, convocada pelo Papa Francisco a preparar o Sínodo sobre a Família e os desafios pastorais que daí ad-vêm, deve acolher com ternura aquelas fa-mílias que sofrem momentos de provação, situações de dor, mágoas pelas ruturas e apreensões diante do futuro.

Só assim é possível transformar o co-ração do mundo para que também aí se possa redescobrir o valor único, insubsti-tuível e perene da família, célula essencial da vida e garantia do futuro da sociedade.

5.Este Dia Diocesano da Família quer fazer brilhar, através da presença e do tes-temunho das famílias da nossa Diocese, a alegria do evangelho no rosto e no cora-ção de todas as famílias para que testemu-nhem ao mundo a alegria de serem famí-lias moldadas segundo o coração de Deus e enraizadas nos valores do evangelho.

Neste mês de maio, mês de Maria, reunidos e congregados sob o olhar terno de Nossa Senhora da Assunção de Monte Córdova, nesta bela colina de Santo Tir-so, confio e consagro as famílias da nossa Diocese a Nossa Senhora.Em Maria, Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe, se es-pelha o rosto de ternura de Deus. Nela e com a sua bênção se fortalecem, se reno-vam e se recriam as famílias cristãs da nos-sa Diocese. Com Ela cantamos diariamen-te em toda a Diocese ao olharmos para as nossas famílias: “A minha alma glorifica o Senhor porque Ele realizou maravilhas a favor do seu povo” (Luc 1, 47-49).

Santo Tirso, 31 de maio de 2015António Francisco, Bispo do Porto

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8 ▪ s. miguel da maia

HOMENAGEM AO CHEFE PENAA 24 de Maio, tivemos a alegria de viver um dia memorável para o Agrupamento 95 – Maia e para o nosso querido

Chefe Pena. O Corpo Nacional de Escutas agraceou o Chefe Pena com a mais alta condecoração, o Colar de Nun’Álvares.O Chefe Pena entrou para os Escuteiros com 14 anos de idade, em 1959 e, desde então, tem tido uma total

entrega ao Agrupamento e aos jovens que aqui cresceram com valores e que se tornaram adultos activos na sociedade, tendo sido Chefe de Agrupamento por mais de 40 anos. Não há palavras que abranjam todas as horas de trabalho feito, todas as energias gastas, de tudo quanto abdicou para que pudesse manter o Agrupamento saudável, vivo e próspero. Esta condecoração não foi uma gratificação, mas sim um reconhecimento mais do que merecido de toda a sua dedicação e empenho na formação de jovens que tanto cooperaram para a

comunidade Maiata e pelo seu contributo na divulgação do Escutismo na sociedade. O seu carisma, o seu exemplo e a seriedade com que viveu e vive o Escutismo torna-o numa referência para o Corpo Na-cional de Escutas e em especial para todos nós que crescemos no Agrupamento. Nos serviços prestados pelo Chefe Pena a nível local, no Núcleo Litoral, na Junta Regional do Porto e ainda como Formador do Corpo Nacional de Escutas, permaneceu sempre a rectidão e o sentido de serviço. A melhor definição para a vida do Chefe Pena é sem dúvida aquela que nos é lembrada na nossa oração do Escuta:

“... dar-me sem medida, combater sem cuidar das feridas, trabalhar sem procurar descanso, gastar-me sem esperar outra recompensa...”

Nesta cerimónia de homenagem, honraram-nos com a sua presença os nossos autarcas, Eng. Bra-gança Fernandes, Sr. Luciano Gomes, Eng. Tiago da Edilidade Maiata e ainda a presença amiga da Dra. Olga Freire, Presidente da Junta Freguesia da Cidade da Maia.

A condecoração foi entregue pelo Chefe Nacional e estiveram ainda presentes o Chefe Regional, o Chefe de Núcleo e muitos outros Dirigentes que quiseram associar-se a esta homenagem justa e merecida.

Subscrevemos ainda as palavras do Padre José Nuno, antigo Assistente Regional do Porto e Capelão no H.S.J, na mensagem enviada neste dia ao Chefe Pena:

“(...) Ainda que aos Escuteiros não se agadeça, deixe que lhe diga, por mim e por todos os que de si receberam o testemunho de um Homem justo e vertical, obrigado Chefe Pena. Que o Senhor o continue a abençoar e a abençoar-nos a nós através de si.(...)”

Quanto a nós, Agrupamento 95 – Maia, o reconhecimento de que somos quem somos , porque há 55 anos atrás, um jovem, com o apoio dos seus Pais e mais tarde da sua esposa e familia, acreditou que podia deixar o mundo um pouco melhor.

A nossa gratidão ao Chefe Pena! Foi assim um dia de aprendizagem, com alegria e otimismo, que nos tor-

nou mais convictos, mais fortes, mais confiantes.

SE ME AMASSEMEnsinaram-me que na

vida tudo tinha regras e que quem as ultrapassas-se era pecador, merecia um devido castigo e, en-tão, fui-me moldando, se-gundo esses ensinamen-tos nesta sociedade do seculo XXI. Pensava que a minha agressividade era mediação da tua justiça.

Enganei-me. Percebo agora que a minha intolerância não era mediação da tua vontade e que os meus juízos acerca dos outros não são mediação da tua verdade. Hoje, compreendo que a bondade que existe no interior do coração humano é o teu amor à humanidade, pois só dele pode brotar a bon-dade, a compreensão e o acolhimento, é nessa interiorida-de que ecoa no coração a voz do Espirito Santo. Deste-me como norma não julgar os outros e de facto não tenho nas mãos as suas histórias, não mandas que seja ingénuo, o mal deve ser denunciado, no entanto não sei se outro é vítima ou culpado do pecado, o Espirito que dialoga comigo no mais íntimo de mim, interpela com vida, chama, mas não me substitui. A decisão cabe-me sempre a mim.

Eu sei, estas comigo, és mesmo o Emanuel. Apesar de estares comigo, não estas no meu lugar, hoje compreendo como me tomas a serio, o Teu Espirito me interpela no mais intimo. Tu és interioridade, nunca vens de fora, És mais íntimo de mim do que eu mesmo. Eu não seria capaz de me huma-nizar sem a intervenção do teu Espirito Santo, não provocas os acontecimentos, mas interpelas, convidas, chamas. Deste modo, tudo o que me acontece pode ser o melhor ou o pior

e isso depende de mim, se te dei ouvidos ou não. Tu interpe-las no sentido de dar o melhor de mim em cada situação. Se nós, humanidade, o amassemos como o senhor nos amou, e pediu que o fizéssemos uns aos outros; se não vejamos: a Terra que o senhor criou dá frutos para todos, criou a Terra e deu-a aos Homens para que partilhassem fraternalmente os seus frutos, mas o Homem criou leis, normas e frontei-ras, por isso, os frutos da Terra não circulam fraternalmente por todos. É por essa razão que há crianças, homens e mu-lheres por esse mundo a morrerem de fome.

O Homem tem distorções incríveis. Em vez de fraterni-dade, gera fratricídio. Em vez de mediação do amor de Deus, é obstáculo do amor. A humanidade tem de compreender que só estando disposto a acolher, compreender, aceitar, não julgar, poderemos chegar ao Teu amor. Em vez de jul-gar, condenar e constantemente moralizar os outros, que só serve para os fazer sentirem-se culpados, aprendamos a acolher, compreender, dar ternura, aceitar, querer sempre o bem para o outro, são atitudes libertadoras, que nos levam para a plenitude do Amor de Deus, e Deus precisa de nós para o Seu projeto de libertação da humanidade, aprenda-mos a amar.

Deixo-vos com uma meditação de S. João Paulo II: “ Se o nosso culto eucarístico for autêntico, fará aumentar em nós a consciência da dignidade do Homem. A cons-ciência desta dignidade converte-se no motivo mais profundo da nossa relação com o próximo. Assim, deve-mos tornar-nos sensíveis a todo o sofrimento e miséria humana, a toda a injustiça e ofensa, buscando o modo de os reparar eficazmente. Porque o sentido do misté-rio eucarístico motiva-nos ao amor do próximo e ao amor de todo o homem”. José Carlos Novais

Por uma Juventude melhor, - Palmira Santos

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UM CORAÇÃO CHEIO DE AMOR

s. miguel da maia ▪ 9

Lembro-me que há muitos anos atrás, quando eu trabalhava como missionário na Zâmbia, um dia, enquanto eu comia a me-renda na varanda da missão, chamei o To-más, um menino de oito anos que brincava à frente da casa com outro rapazito, e dei--lhe uma boa fatia de pão. O Tomás recebeu o pão com muito respeito e foi mostrá-lo ao outro menino. Sem que ninguém lhe dis-sesse nada, partiu o pão ao meio, deu meta-de ao seu amigo, e, olhando um para o ou-tro, puseram-se a comer juntos, em silêncio e com alegria. Este gesto simples mas de grande significado ficou para sempre gra-vado na minha memória. O Tomás fez-me descobrir que dá mais alegria partilhar o pouco que temos do que comer tudo sózi-nhos enquanto os outros passam fome. A verdadeira felicidade não está naquilo que temos mas naquilo que procuramos ser uns para os outros.

Agora que estou em Portugal, dou conta que na Europa estamos a perder esta mentalidade de partilha. Há muito indivi-dualismo e muita ganância na sociedade em que vivemos. Talvez por isso, quando pas-

so pelas pessoas na rua, não vejo muitos sorrisos. Embora já estejamos na prima-vera, anda por aí muita gente com cara de inverno. As pessoas andam bem vestidas por fora, mas com muita tristeza e solidão por dentro. Cada um pensa em si próprio, esquecendo-se facilmente dos problemas dos outros e da pobreza que existe no mundo. Só na África, cerca de 450 milhões de pessoas, metade da população daquele continente, vivem em situação de pobreza extrema, com menos de um euro por dia por cada pessoa. Mas não é só na África que há pobreza. Há pobreza em todos os continentes e as desigualdades entre ri-cos e pobres estão a aumentar cada vez mais. Os bens que a terra produz chegam para todos, mas estão mal distribuidos. A pobreza extrema de tantos milhões de pessoas é um dos maiores escândalos da sociedade moderna. E pior ainda é que já ninguém liga e ficamos indiferentes. O Papa Francisco fala da ‘globalização da in-diferença’, uma espécie de doença que nos impede de sentirmos os problemas dos

outros e de sermos solidários com aqueles que sofrem. Perante tudo isto, que fazer? Certamente não podemos ficar de braços cruzados e indiferentes perante as injusti-ças da sociedade. Jesus continua hoje a ter compaixão das multidões ‘que são como ovelhas sem pastor’. E pede a todos nós ‘para lhes darmos nós mesmos de comer’, partilhando tudo aquilo que temos.

O coração de Jesus, trespassado pela lança, é a expressão mais profunda do amor universal de Deus pela humanidade. S. Daniel Comboni encontrou no coração de Jesus o impulso e a força para dedicar toda a sua vida à evangelização dos povos africanos.

A festa do Coração de Jesus, que este ano se celebra no dia 12 de Junho, tem um significado especial para toda a família com-boniana e para os cristãos em geral. Que a celebração desta festa encha os nossos corações de amor e de fervor missionário e nos torne mais solidários com os pobres e excluidos da sociedade de hoje, seguindo nas pegadas de S. Daniel Comboni.

NOTÍCIASENCONTRO NACIONAL DOS CENÁCULOS

No dia 1 de maio realizou-se na casa dos Missionários Combonianos em Vila Nova de Famalicão o Encontro Nacional dos Cenáculos de Oração missionária. Muitas pessoas, membros dos Cenáculos, vindos de várias dioceses do país, participaram nesse encontro que decurreu num ambiente de grande entusiasmo espiritual e missionário. Os Cenáculos de Oração Missionária são pequenos grupos que se reunem regularmente e que procuram animar missionariamente a comunidade paroquial à qual pertencem.ENCONTRO DOS ANTIGOS ALUNOS COMBONIANOS

O encontro dos antigos alunos dos Missionários Combonianos realizou-se no dia 2 de Maio na casa dos Combonianos na Maia. Foi um dia bonito de confraternização, partilha e oração, passado em conjunto entre pessoas que já não se viam há bastante tempo, mas que continuam a recordar com saudade e alegria os anos que passaram juntos no seminário.FESTA MISSIONÁRIA COMBONIANA

No passado dia 10 de maio, a casa dos Missionários da Maia encheu-se de amigos e colaboradores que vieram das várias paróquias da diocese do Porto para participar nesta festa missionária. A eucaristia foi presidida pelo bispo auxiliar do Porto D. Pio que convidou todos os cristãos a viver em fé em dimensão missionária e ao serviço dos mais pobres e abandonados, seguindo os passos de S. Daniel Comboni e os apelos do papa Francisco. Durante a eucaristia também demos graças a Deus pelos 50 anos de sacerdócio do P.e José de Sousa, missionário comboniano que trabalhou em Moçambique e no Brasil e que agora está na comunidade comboniana da Maia. Da parte de tarde houve um convívio de confraternizaçáo entre todos os participantes e bonitos prémios da tômbola missionária foram entregues aos vencedores. P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

CONGRESSO VICENTINO “ PORTO 2015”A formação contínua, em domínios muito diversificados, torna-se cada vez mais indispensável ao homem, ao longo

da sua vida. A constatação de que não chega “ fazer o melhor que posso,” mas que tenho que “fazer bem” aquilo que me proponho realizar, leva-nos a procurar a capacitação necessária ; também no caso da ação vicentina, quanto mais prepa-rados estivermos, mais fraternalmente apoiaremos o outro, mais próximos estaremos dos “ que tudo perderam ou nada alcançaram” e, não menos importante, mais facilmente nos apoiaremos a nós próprios.

A constatação desta realidade explica a presença dos mais de setecentos vicentinos do distrito do Porto, no Congresso Vicenti-no “ Porto 2015”. Realizado na Casa Diocesana de Vilar, no dia 17 de maio, o congresso foi organizado pelo Conselho Central do Porto da Sociedade de S. Vicente de Paulo. Entre os ilustres palestrantes estiveram também presentes Suas Excelências Reverendíssimas os Senhores Bispos do Porto e Bispo Emérito de Portalegre e Castelo Branco que na abertura dos trabalhos afirmou que “ o congresso é a oportunidade para renovar a fé pela formação espiritual e, a todos os níveis, sentir que a missão/vocação na igreja e no mundo é exigente, mas dará imensa felicidade.”

O lema do congresso “ Comprometidos em missão com a Igreja e com os homens, renovar o ideal e fortalecer a Fé, na Alegria do Evangelho”, foi o cimento que uniu as várias comunicações proferidas ao longo do dia, organizadas à volta de três principais temas/refle-xão: “O compromisso Vicentino”, “ Unir o mundo inteiro numa rede de solidariedade” e “ Deus na minha vida e a minha vida com Deus”.

Os testemunhos de vida e as análise reflexivas de textos importantes do cristianismo fortaleceram o conhecimento que sustenta a pratica vicentina.Como vem sendo habitual, o Papa Francisco foi muitas vezes convocado, tal a importância e o reconhecimento atribuídos à sua sabe-

doria e à sua coerência, assim como o beato Francisco Ozanam e o seu ideal “ unir o mundo inteiro numa rede de caridade”, na certeza de que “o que fizerdes aos outros é a mim que o fazeis”

Foi assim um dia de aprendizagem, com alegria e otimismo, que nos tornou mais convictos, mais fortes, mais confiantes.Maria Alice Rocha

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Lembrei-me, há dias, duma frase, já muito antiga, dos meus tempos de juventude que dizia o seguinte: “A alegria é a coi-sa mais séria deste mundo”. Muitas vezes confundimos alegria com algazarra, brejeirice, risota, com superficialidades, ausência de regras e comportamentos duvidosos ou menos próprios. Podemos classificar a alegria sob dois pontos de vista diferen-tes entre si: o exterior e o interior. Podemos, por acaso, con-fundir um estado de vida com outro totalmente diferente? É claro que a alegria pode ser fruto de uma vivência interior profunda, que nos sossega e acalma, ou então pelo contrário ser o resultado duma jabardice, duma palhaçada, dum libertar, talvez mesmo exagerado, de energias há muito contidas.

A tristeza e a alegria são dois estados de alma totalmente diferentes e até mesmo opostos, mas que fazem parte das nossas vidas, das nossas relações. São antagónicas, é certo, mas temos que viver permanentemente com elas e saber

dosear uma e outra. A alegria pode considerar-se como sen-do o nosso barómetro emocional positivo. Andamos alegres quando a vida nos corre bem. Nem nos apercebemos das dificuldades que a vida nos pode trazer. Mas por vezes até somos apanhados por situações desagradáveis, que não es-perávamos que nos acontecessem. Nessa altura sentimo-nos tristes e de certo modo desconfortáveis: lá se foi a alegria e a minha boa disposição!

O sorriso, a boa disposição, o olhar positivo para a vida, faz-nos bem e cria condições para alcançarmos a tranquili-dade, que é o estado de espírito que nos proporciona um viver calmo e saudável.

Mas viver em alegria não é fácil, porque implica não esque-cer a prática dos nossos deveres e obrigações e cumprir com rigor determinadas regras de vida que nos tranquilizam e, de certo modo, nos defendem de possíveis desvarios e tristezas.

Mário Oliveira

A internet “tem destas coisas” – é uma janela aberta ao mundo. Tudo de bom, de menos bom e de mau é-nos “servido” num vidro de meia dúzia de polegadas. Assim, a todos nós, chega-nos via correio eletrónico – assim me aconselhou o programa do editor de texto a escrever e não “e-mail” - pedidos de ajuda, talentos e mais talentos. Talen-tos de todas as idades e em todas as idades. E, num destes dias, chegou-me aos olhos um vídeo com um excerto des-ses programas televisivos de talentos diversos, já não sei de que país. Aí apresentou-se uma senhora com os oitenta anos quase completos. O júri admirou-se com a apresen-tação arrojada e ficou expectante. A senhora apresentou o seu número – iria dançar com um jovem. E, no meio desta apresentação, toda ela irradiava jovialidade, alegria, frescu-ra e vivacidade como se tivesse um quarto da sua própria idade. Claro que todos gostaram, público, júri e, creio, quem como eu, observava via net. É certo que é digno de nota, é certo que tem o seu valor, é certo que há que valorizar os idosos, pela sua longa vivência e experiência. Gostar deles, Conceição Dores de Castro

acarinha-los, amá-los. Mas…Se nesse mesmo palco, aparecesse outra senhora, com

a mesma idade, agarrada a um andarilho, com uma escoliose acentuadíssima, a memória desgastada, os olhos sem espe-rança, os braços deformados, as pernas fracas, as mãos ex-cessivamente gastas e vergada… Teria a mesma aceitação? Teria os mesmos aplausos esfuziantes? Teria uma ovação de pé? Teria votação via telefone e de valor acrescentado, para passar à próxima fase do concurso? Teria direito a um vídeo a circular na net, pelo mundo fora? É que, toda ela represen-ta uma vida inteira de “trabalhos forçados” – uma educação austera, um casamento falhado, subserviência a tudo e to-dos com humildade, sofreu humilhações, viveu no ostracis-mo. Tudo fez a todos, sem qualquer reconhecimento – pais, primos, avós, irmão, filhos, netos, vizinhos, amigos…

E o que é que a vida lhe deixou? Um pedaço de corpo, velho, cansado e dorido. Um retalho de alma, humilhada, triste e só!

E agora? Quem a aplaude de pé?!?!?

ALEGRIA

A IDADE NÃO CONTA...

10 ▪ s. miguel da maia

NOTÍCIAS DA MISSÃO EM ÁFRICABom dia ou boa tarde, segundo o momento em que rece-

berdes esta minha mensagem. Não sei quando me será pos-sível enviar este correio eletrónico pois neste momento não tenho Internet e a eletricidade é muito pobre…

Muito obrigado pelo nosso Jornal da Paróquia, S. Miguel da Maia…pelas noticias e partilha que mostram bem como a nossa amizade é forte, bela e verdadeira. Muito obrigado.

Eu tenho passado muito bem e Jesus continua a tentar ajudar-me a compreender e acolher os caminhos de fé, de vida e de amor…Para já apenas me mostraram o terreno onde ficarei a tentar ser testemunho do amor e da vida de Deus; neste momento o meu trabalho é de humildade, de paciência e sobretudo de muita confiança em Deus: preparar o terreno onde Jesus deseja que eu trabalhe, que é o das vocações e da formação de novos missionários. Para já, vejo, escuto, sinto e tento compreender este novo mundo.

Sinto-me muito feliz nesta nova realidade de vida que é um grande desfio e, sobretudo, um grande convite a confiar no Senhor Jesus e no Seu plano de amor para a humanidade.

Quando um dia me preparava para rezar o terço – trazia na minha mãe o nosso terço da Maia, que me foi gentilmente oferecido pelo Sr. P. Domingos – um casal, ela Católica e el Protestante me disseram que era muito bonito e mo pediram. Claro que, sem o mínimo de hesitação o entreguei com muita esperança de que fosse m bom sinal da presença da Mãe de Deus no seu lar. Eles ficaram muito contentes e logo o levaram consigo e colocaram na sua sala de jantar. Sim, trouxe vários

terços que me foram oferecidos e outros sinais da nossa fé e já os ofereci todos.

Nunca esque-çamos que nós somos pessoas de fé, de esperan-ça e amor; somos pesqu i s adores dos caminhos de Deus que deseja vir ao nosso encontro para nos libertar, salvar e nos dar a vida. Vida esta que é um convite permanente a sermos “sal da terra e luz do mundo”, isto é fonte de esperança para os nossos irmãos e irmãs.

Sr. P. Domingos para o mês de Julho ou Agosto tenho um testemunho missionário sobre os meus 25 anos de Sacer-dócio, que será no dia 26 de Agosto. Gostaria de partilhá-lo com todos os paroquianos no nosso Jornal Paroquial.

Muito obrigado pela vossa amizade. Renovo os meus sentimentos de profunda gratidão para com tanta estima e carinho.

Saudações a todos por mim.Unidos na amizade e na oração.

Francisco (Missionário Comboniano)

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ELEIÇõES NA TURqUIA: UM VIRAR DE PÁGINA?

s. miguel da maia ▪ 11

Tiveram lugar no passado domin-go as eleições legislativas na Turquia. Pressentindo o desgaste de 12 anos de governação, o Presidente da República RecepErdogan empenhou-se activa-mente na campanha, a ponto de, segun-do credenciados observadores, as ter transformado numa espécie de plebis-cito ao seu regime presidencialista, que queria reforçar com uma alteração da Constituição.

Os resultaram comprovaram as previsões. O Partido AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento) do Presi-dente, apesar de ser o mais votado com 41% dos votos e 258 deputados (são precisos 276 para a maioria absoluta), perdeu a maioria no Parlamento, que tinha ininterruptamente desde 2002, precisando agora de formar uma coliga-ção de governo um dos outros partidos rivais, ou então constituir um governo minoritário. Tarefa que não será cer-tamente fácil, até porque as restantes forças políticas têm posições bastante demarcadas do partido do governo e do presidente, a começar pelo segundo partido mais votado e tradicional par-tido laicista, o Partido Republicano do Povo (CHP), que obteve 25% dos votos e 132 deputados.

Para além da perda da maioria do partido do poder, a outra grande no-vidade foi a eleição do Partido Demo-crático do Povo (HDP), com 13% dos votos e 79 deputados. O que tem de o facto de este ser um partido pró--Curdo, estreitamente associado ao PKK, considerado o seu braço arma-

do, que luta pela independência do Curdistão.

Estão em jogo nestas eleições três questões da maior relevância.

A primeira é, sem dúvida, a ques-tão curda que, desde há muito, é um verdadeiro quebra cabeças dos gover-nos turcos. Depois de fases de alguma violência, com atentados, luta armada e acusações de genocídio ao gover-no turco, parece haver agora alguma acalmia. Esta parece resultar da con-jugação de vários factores, como se-jam a perseguição que os curdos têm sofrido por parte do autoproclamado Estado Islâmico no território Sírioe o reforço da posição curda no interior do Iraque, ajudando o governo legíti-mo deste país a combater os radicais islâmicos em troca de maior auto-nomia para o seu território.. Neste contexto, não é impensável que pos-samos vir a ter no futuro um Estado Curdo, integrando partes destes três países (Turquia, Síria e Iraque) ou, no mínimo e no imediato, um regime es-pecial de autonomia de governo para os curdos da Turquia, à semelhança do que está a acontecer no Iraque.

A segunda questão relevante tem a ver com o sistema político futuro da Turquia. Se continuamos a ter pela frente a islamização do Estado, como vem acontecendo desde que o parti-do de Erdogan ganhou as eleições em 2002, ou se os movimentos laicos, com destaque para o Partido Republicado descendente da tradição secularista de Attaturk, e para o partido-pró-curdo HDP, conseguem equilibrar o jogo de forças. Aparentemente tê-lo-ão conse-guido por agora, a atender aos resulta-dos e a que a campanha do presidente Erdogan tinha como estratégia alterar a Constituição para reforçar os seus poderes e a continuação da islamiza-ção do estado e da sociedade.

Finalmente, existe a questão da

aproximação à União Europeia. Como é sabido, há anos que se iniciaram ofi-cialmente as negociações com vista à adesão da Turquia à U.E. O processo tem, porém, andado a marcar passo, especialmente depois de o partido isla-mista AKP do presidente ter ganho as eleições, com uma marcada falta de en-tusiasmo em ambas as partes. Na Tur-quia, por as forças políticas dominantes não se sentirem identificadas com a tradição europeia de sistemas de go-verno laico e de separação de poderes próprios do estado de direito. Na U.E., pelo receio de estar a trazer para o seu seio uma sociedade em crescendo de islamização, apesar de ser já esmaga-doramentemuçulmana.

A Turquia é um grande país de mais de 60 milhões de habitantes e com um vastíssimo território, que serve de tampão entre a Europa e a Ásia. Aliás, 5% do seu território pertence ao con-tinente europeu e 95% ao asiático. Por isso, tem uma posição estratégica cha-ve no equilíbrio geopolítico. Já a tinha em qualquer circunstância, em resulta-do da sua localização geográfica. Mas tem-no muito mais agora face a uma instabilidade quase estrutural do mé-dio oriente, do avanço do islamismo radical e incontrolado e da sempre presente ambição imperial russa.

Por todas estas razões, é vital para a humanidade que a Turquia evolua no sentido de um sistema político mode-rado, pluralista, com tolerância e liber-dade religiosas e, como reflexo disso, um sistema estável e um país fiável.

Arlindo Cunha

Na homilia da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, o Papa convida a viver na Eucaristia a fraternidade e a caridade. Uma enorme procissão de São João de Latrão até Santa Maria Maggiore

...Nos separamos “quando não somos dóceis à Palavra do Senhor, quando não vivemos a fraternidade entre nós, quan-do competimos para ocupar os primeiros lugares, quando não encontramos a valentia de testemunhar a caridade, quando não somos capazes de oferecer esperança”. E assim, o Pontífice assegurou que a Eucaristia nos permite não separar-nos, “porque é vínculo de comunhão, é realização da Aliança, sinal vivente do amor de Cristo que se humilhou e imolou para que nós permanecêssemos unidos”. Também disse que a participando na Eucaristia e alimentando-se dela, “estamos em um caminho que não admite divisões".

...Na Última Ceia, Jesus dá o seu Corpo e Sangue através do pão e do vinho, para nos deixar o memorial do seu sacri-fício de amor infinito,... com este “estímulo” cheio de graça, os discípulos têm tudo o que precisam para o seu caminho ao longo da história, para estender a todos o reino de Deus. ..

Por fim, o Santo Padre pediu que a procissão "possa expressar o nosso apreço por todo o caminho que Deus nos fez percorrer através do deserto de nossas pobrezas, para fazer-nos sair da condição de escravos, alimentando-nos com o seu amor por meio do Sacramento do seu corpo e do seu Sangue”. Além do mais, exortou aos presentes para sentir-se durante a procissão, em comunhão “com muitos irmãos e irmãs nossas que não têm a liberdade de expressar a sua fé no Senhor Jesus” ...

FESTA DO CORPO DE DEUS HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

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Não tenho quaisquer dúvidas que um dos hábitos que ad-quiri nos meus anos de Catequese, foi o de meditar. Meditar que é, a meu ver, um exercício espiritual de aproximação à es-sência das coisas e de nos recusarmos a ficar pela rama, pelo que é visível no imediato, quer dizer, pela espuma dos dias.

Deitando mão desse meu hábito, dei comigo a reflectir sobre certos programas televisivos, onde sobretudo os jo-vens são aliciados com a possibilidade de encetar uma car-reira artística que lhes pode abrir as portas do estrelato.

Depois de secarem intermináveis horas, em filas de es-pera, são submetidos a uma prova, na qual têm de mostrar os seus talentos e habilidades, além da sua telegenia.

A esmagadora maioria desses jovens, muitos ainda me-nores, são rejeitados, pelo crivo muito apertado, e nem sem-pre justo, de um júri selecionado, ele próprio, segundo crité-rios que ninguém conhece, e tão pouco compreende.

As regras do jogo são aquelas, e quem se submete, livre-mente, à sua ordem, não poderá reclamar…

A essência da coisa O que me choca, é que uma televisão, enquanto pode-

roso meio de comunicação de massas, achincalhe, ridiculari-ze e humilhe, jovens incautos que iludidos pela vã glória da fama, se deixam embrulhar numa máquina de produção de programas de entretenimento, a muito baixo custo.

Sem se darem conta, sem se darem suficientemente conta disso, a imensa maioria daquelas raparigas e rapazes, acabam por ser “matéria-prima” de graça, para alimentar a guerra das audiências, para não dizer que são “carne para canhão”.

E o prato forte das sessões, que nos entram casa dentro, têm sido os momentos em que os pobres jovens são apre-sentados a fazer cenas ridículas. Mas pior do que isso, é a ex-ploração de certos pormenores físicos ou psicológicos, que são “apimentados” com apêndices que exageram na forma e nos conteúdos, para gáudio dos telespectadores.

As televisões que se dão a este papel, que em nada digni-fica a pessoa humana, e que como sabemos já causou sofri-mento a alguns dos jovens que foram sujeitos a tais práticas,

A ESSêNCIA DAS COISAS

são as mesmas que por vezes, rasgam as vestes, insurgindo--se contra o “bouling” na escola e na sociedade.

Para quem educa, fica difícil, muito difícil mesmo, tentar inculcar aos seus filhos ou educandos, valores de respeito pela dignidade do outro, e de respeito pelo seu direito à imagem e ao bom nome, quando diante os olhos dos mais novos, o que se apresenta como certo e divertido, no espa-ço mediático, é o gozo e a diversão, conseguidos à custa do sofrimento de pessoas, que pela sua idade, porventura ainda não tomaram consciência das consequências que a sua ex-posição pública ao ridículo terá na sua vida.

É provável que a maioria de nós, embarque sem meditar, no riso fácil, sem pensar como seria se fosse connosco ou com algum dos nossos filhos.

Creio que o que está aqui em causa, como pano de fundo de uma sociedade que vai perdendo o respeito pela dignidade da pessoa humana é na sua essência, a dificuldade que vamos tendo, cada vez mais, em discernir sobre valores éticos e morais que devem nortear a vida em sociedade. E no fim das contas, vamos perdendo a capacidade de discer-nir sobre a essência das coisas que vemos ou fazemos.

Pergunto se não seria possível realizar programas com os mesmos propósitos daqueles a que aludo, afastando a prática do “bouling” mediático?...

A Caridade Cristã, não nos concede outro entendimen-to e acção, que não seja o respeito pelos sonhos dos mais novos, mas sobretudo pela sua dignidade humana.

A nós, adultos e educadores, compete-nos exigir que haja decência na forma como são expostos estes “pobres” jovens.

Mas é também nossa missão social e cívica, ajudá-los a compreender que o melhor caminho para ser bem sucedi-do numa profissão e numa carreira, é a estudar e trabalhar, trabalhar muito.

Quem lhes disser ou prometer sucesso e caminhos de facilidade, está a enganar os jovens, e não quer o seu bem. Apenas quer aproveitar-se da sua juventude e tirar partido disso, para benefício próprio…

Victor Dias

DIGNO DE NOTA - GAM

Pelo segundo ano, e esperamos que se repita a cada ano que passar, o GAM - Grupo de Acólitos da Maia, dinamizou a recitação do terço, na Igreja de N.ª Sr.ª da Maia. Estes jovens, no dia vinte e nove de maio, rezaram e cantaram para Maria. As meditações de cada mistério doloroso foram também escritas por eles. Meditações simples mas com significado e sentido profundos.

Conceição e Jorge Castro

12 ▪ s. miguel da maia

Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:

PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces)TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃBÍBLIA SAGRADAMedalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D. Armindo e pela Igreja.

ESTES ARTIGOS RELIGIOSOS ESTÃO Á VENDA NOS CARTóRIOS DAS NOSSAS IGREjAS.

ARTIGOS RELIGIOSOS DAS NOSSAS IGREJAS

Foi com alegria, jovialidade e sentido de entrega que os acólitos comungaram da vontade de estar com Maria e com toda a comunidade. Assim, foi com a alma cheia de ternura que todos os presentes regressaram aos seus lares.

Foi bom ver este grupo empenhado no serviço a Jesus, a Sua Mãe e com sentido de partilha com esta comunidade.

Parabéns GAM!

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s. miguel da maia ▪ 13

João Bessa

UM BERÇO ÍMPAR

Cinzento, chuvoso, enfadonho. Assim começou o nosso querido mês de Maio, mês de devoção Mariana. No entanto, como também muitas vezes dizemos, “o importante não é como começa, mas sim como termina”. E à data em que escrevo estas linhas, estamos precisamente a encerrar o mês de Maio, num dia agradável de sol, ainda que com uma brisa ligeiramente fresca. Em todo o caso, o mês de Maio é tipicamente rico em momentos importantes. A acompanhar a oração do Terço diária, vários outros momentos há a destacar, como: as Festas da Família (1º ano de catequese) e da Esperança (5º ano de catequese), a 02/Maio e 23/Maio, respetivamente; a Procissão das Velas, a 12/Maio; ou as

Oração do Terço pelos Grupos da Catequese e Acólitos a 22/Maio e 29/Maio, respetivamente. Atividades estas que exigiram de todos os seus intervenientes e participantes empenho e dedicação, algo de salutar numa fase já relativamente avançada deste Ano letivo e Pastoral, em que a “frescura” já não é a mesma de há alguns meses atrás.

Porém, e neste artigo, gostaria de salientar um outro acontecimento

em particular, e que, por sinal, “abriu” este mês, como que tratando-se de um berço ímpar de um mês intenso. Assim, no passado dia 01/Maio, o Grupo de Acólitos da nossa Paróquia teve a oportunidade de testemunhar um momento marcante e um exemplo digno de ficar retido na memória. Ao contrair o Sacramento do Matrimónio, a Carina transporta para cada um de nós um exemplo de esperança, de dedicação e de perseverança. Um exemplo de esperança, pelo SIM dado ao Jesus nesta escolha realizada. Um exemplo de dedicação e perseverança por se manter sempre fiel na sua Missão Pastoral ativa, enquanto acólita, desde que se iniciou, há largos largos anos. Algo que deve, portanto, ficar na nossa memória, enriquecer o nosso coração e fortalecer as nossas convicções. Pois o dia de amanhã pode ser sempre uma incerteza difícil de prever, mas a certeza de que o Espírito Santo nos ilumina no caminho até Deus, tendo Jesus e Maria como referências, transforma-se para cada um de nós num “porto de abrigo” seguro e encorajador. À Carina e ao Nélson, deixamos os mais sinceros votos de felicidade e de perseverança, desejando que a Família de Nazaré se traduza num espelho neste novo ciclo que iniciam. Sendo que a tua túnica, Carina,te continuará destinada, sempre que assim for necessário e possível. Um grande Obrigado!

Já lá vão alguns anos desde que entrei no Grupo de Acólitos da Maia. Entrei com muito prazer e satisfeita de poder fazer parte de mais um grupo ligado à Igreja, e desta forma ajudar a Igreja com algo que fosse para além de doações monetárias. Ao longo deste tempo amizades se criaram, transformando este gruponuma grande família, onde todos nos procuramos apoiar uns aos outros.

De entre as várias atividades que realizamos como Grupo, rezamos o Terço numa das noites deste mês de Maria, como já o ano passado nos tínhamos reuni-do, à nossa Mãe. É uma iniciativa em que ficamos tocados não só com os mistérios rezados, mas também com os cânticos que os acompanham.

Assim, é com grande satisfação que falo deste Grupo a que pertenço, e das nossas atividades conjuntas, com harmonia e felicidade.

Paulo Monteiro

DINÂMICAS PERMANENTES

JOVENS DA COMUNIDADE DE SANT’EGÍDIO NA MAIA

A Comunidade de Sant’Egídio é um movimento de jovens que nasceu há 47 anos na cidade de Romafruto da vontade e convicção de um grupo de amigos em ajudar os mais pobres, promover a paz e a evangelização cristã. Hoje, a Comunida-de de Sant’Egídio existe em mais de 70 países em vários continentes e inicia agora, com a mesma espiritualidade e os mesmos fundamentos, os primeiros passos na nossa cidade da Maia. Estamos envolvidos num projecto no Lar de Santo António, aos sábados, de 15 em 15 dias,em que criamos laços de amizade e partilha interge-racionais. A igreja da Maia, na pessoa do Sr. Padre Domingos, acolheu-nos e, nesses mesmos dias, juntamo-nos para uma pequena oração.

No passado dia 4 de abril, véspera de Domingo de Páscoa, a Comunidade de Sant’Egídio visitou, mais uma vez, o Lar de Santo António, mas, desta vez, contou coma participação do grupo de empreendedorismo social “Inclusão de Sabores”, que preparou um lanche de doçaria tradicional de Páscoa, incluindo o típico folar, para os idosos. Foram momentos de alegria, esperança e encontro. Ouviram-se histórias, cruzaram-se olhares e partilharam-se sorrisos e emoções. Vale a pena pensarmos naqueles que esperam de nós mais carinho, atenção e amor!

Deixamos um convite aos jovens que queiram juntar-se a este projecto, que se rege pela procura da Paz, pela ajuda aos mais pobres e pela oração.

Contactos: [email protected]@gmail.com

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Paula Isabel

O realizador Manuel de OliveiraReconhecido em todo o mundoCuriosamente, faleceu na mesma dataEm que morreu João Paulo Segundo.Mas a este facto coincidente Acresce um fenómeno místico!?-Foi sepultado em Sexta-Feira SantaTal com o foi; Jesus CristoPerguntaram-lhe se era crenteRespondeu afirmativamenteE interrogou-se de per si:-Porque, acredito que há alguémQue nos comanda do além……Se não! Como chegaríamos aqui?

Medito nestas soberbas palavrasSimples, poderosas e rarasMas de grande sabedoriaAdeus e obrigado, Senhor OliveiraHomem de vida longa e inteira.Exemplo de Humanidade, Modéstia e Alegria.

2015/04/04

O mundo ao qual vamos dando forma, todos os dias, com as nossas ações e com a falta delas, sempre se revelou um espaço de contrastes profundos e violentos. E a propósito do Dia Mundial da Criança, apetece-me dizer…

Inexplicavelmente, o adulto que deveria cuidar, proteger, amar, ajudar a crescer, ensinar, entre muitas outras responsabilidades para com as crianças, perde-se em considerações, projetos, correntes políticas e de outras naturezas, vidas complicadas, abandonando assim, em parte, um dos seus maiores projetos.

Abandonar pode não ser a palavra certa. Contudo, de repente parece-me que é a um certo abandono que muitas das crianças de hoje estão votadas. Abandonos. Será melhor assim dizer. Ficam abandonadas à sua sorte. Negligenciadas e violentadas. Em silêncio e em segredo, acontecem verdadeiras monstruosidades. Espanto, horror, vergonha quando passam deste estado de silêncio para a esfera do público. Retomam ao silêncio, pouco depois e nós, de modo geral, retomamos as nossas vidas, mais abalados e chocados mas, irremediavelmente resignados.

Sem compreender como algumas coisas podem acontecer nos nossos dias, em que outras crianças, igualmente abandonadas à sua sorte, ainda que com exagerada atenção, se tornam verdadeiros tiranos. Abandonados à sua sorte, por estarem rodeados de adultos que, na tentativa de se sentirem bem com as suas consciências, ditam lógicas extraordinárias de permissividade, dando origem a exércitos de pequenos seres cheios de si, com laivos de complexos de superioridade, caprichosos e, tantas vezes, infelizes sem ninguém saber…

E assim, ano após ano, procuramos lembrar, festejar, celebrar o melhor do mundo. E é bom que assim seja.

As crianças merecem crescer em ambientes de respeito, protegidas da violência em todas as suas dimensões, todos os dias. Merecem crescer orientadas pelos princípios da amizade, amor, fraternidade, solidariedade e paz, todos os dias. Merecem que lhes ensinemos o bem. Que lhes mostremos que a vida é um espaço maravilhoso para manifestarmos a nossa criatividade, a nossa beleza, descobrirmos a beleza do mundo, a beleza dos outros e sermos felizes. Espaço para descobrir, aprender e crescer na fé, a qual também nos reveste de humanidade.

Henrique António Carvalho

O SeNhOR CINeMAPERTENCE-NOS DAR CONTRIBUTO SADIO EM TUDO.

14 ▪ s. miguel da maia

No passado dia 23 de maio, na Eucaristia das 19:00, foi o culminar de mais um ano de catequese, para os meninos do 5ºano. Realizaram a sua Festa da Esperança, depois de mais um ano a caminhar para Jesus.

Ao longo deste ano descobriram que Deus está em todos os momentos da História da Humanidade, a acompanhar todos os seus passos, a ajudar os homens e mulheres a caminhar, a dar-lhes vida e a indicar-lhes o caminho para chegar à felicidade. Aprenderam que Deus nos ama, dá-nos vida, cuida de nós e espera-nos de braços abertos. Aprenderam que Deus é o Caminho da Espe-rança para aqueles que têm Fé.

FESTA DA ESPERANÇA

PROCISSÃO DAS VeLAS 2015

Éramos dezenas no Mês de MariaMilhares na Procissão de velasCantando e rezando entusiasmadosEm grupo ou em filas paralelas.

Guiados pelos tapetes de floresE pelas colchas caídas das janelasFocados na imagem da VirgemSempre transportada por elas.

Idosos, adultos e infânciaPercorremos toda a distânciaMeditando e recitando do Rosário

Depois dos últimos cantaresRegressamos aos nossos lares!...…De coração mais solidário?

Paula Costa

PROCISSÃO DO CORPO DE DEUS

No dia 3 de Junho de 1999, realizou--se pela primeira vez a Procissão do Corpo de Deus, nesta nossa Paróquia. Já nesse ano, tomou parte a Paroquia de Gueifães e, de alguns anos para cá a Paróquia de Gemunde, Santa Casa da Misericórdia, Autoridades do Concelho e uma representação dos Bombeiros de Pedrouços.Partimos da Igreja de NªSªda Maia, após a Eucaristia e percorremos o caminho até ao Santuário. Na Praça do Santuário, houve a Bênção do Santíssimo Sacramento. Cristo é a nossa Vida.

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OFERTAS - ESTÁTUA DE SÃO jOÃO PAULO II

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s. miguel da maia ▪ 15

Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NA-ZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia), NIB 0045 1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .

Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS.

IGReJAS De Nª Sª DO BOM DeSPAChO e De Nª Sª DA MAIA

e OBRAS PAROQUIAISEm Maio recebeu-se

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL da MAIA - LAR DE NAZARÉ

OFERTAS - AbrilTransporte.............................................................361.263,77

Abril - 2º Domingo 492,43; 3º Domingo 446,34; 4º Domingo 494,11; 5º Domingo 441,15; 1º Domingo de Junho 861,72;Vários 53,10; Oratóri (Beatriz e Conceição) 50,00; Altar N. S. Fátima (mês de Miao) 27,40; Prf. Dr. Fernando Bento Rodrigues e Mª Cândida (Bosdas de Ouro) 200,00; Ofertório Eucaristia (Ex-Combatentes) 50,00; Cofre Santuário: S. Gonçalo e S. Francisco 5,30; Anjo da Guarda 7,90; S. Miguel e S. João 0,70; SS. Sacra-mento 21,60;Obras 13,90; S.José e Menino Jesus de Praga 2,80; S.Lourenço e S.Sebastião 0,30;S. Roque,16,70; Sagrado Coração de Jesus 26,80;NªSª do Bom Despacho (Sacristia)124,70; Santuário 104,70; Santa Teresinha e Santa Bárbara 4,80; Acção Social-0,30;Santo António 14,30;Almas;17,80;Nossa Senhora de Fátima-39,50; NªSenhora da Assunção 10,30;Capela dos Passos: Senhor dos Passos 29,50; Senhor dos Amarrados 62,50; Nossa Senhora das Dores 52,70; Santa Eufémia e S. Frutuoso11,50; Acção Social 6,30; Obras 2,00; Boda de ouro Emília e Mário 20,00;

3480 - Guido Ferreira da Silva...............................................................10,003481- Alguém.....................................................................................90,003482 - M.T.M.D................................ .................................................60,003483 - Arautos (Victória e Mª José Or 3328)...................................30,003484 - Izolina Rosa Alves...................................................... .. ........ 20,003485 - Alguém.....................................................................................11,003486 -Por Mª Joaquina Barros .................................................... 15,00 A Transportar ...............................................................236,00

Continuam as inscrições para as Valências :Centro de Dia / Apoio DomiciliarPode inscrever-se no Cartório Paroquial.

Tel.: 229 414 272 ; e-mail [email protected]

O LAR DE NAZARÉ

DIA DE RETIRO.No dia 23 de Maio, o Lar de Nazaré abriu as portas

aos catequisandos da Primeira Comunhão e seus cate-quistas. Era um dia especial .

Ainda bem que temos este espaço para todas as actividades da Igreja, formando e informando. Sentiram--se em casa e com alegria visível, pois era novidade para todos.

No Lar, celebraram o Sacramento da Penitência (Confissão) pela primeira vez.

Podemos dizer que houve alegria no Céu.

Amanhã o Parlamento Europeu votará a resolução sobre a estratégia pós-2015 da União Europeia para a igualdade entre homens e mulheres, mais conhecido como "informe Noichl” por causa de sua autora, a social-democrata alemã Maria Noichl.

O texto já foi aprovado pelo Comité de Direitos da Mulher e Igualdade de Género (FEMM) no dia 6 de Maio.

Assina a petição para pedir a eurodeputados que não aprovem o informe:

http://www.citizengo.org/pt-pt/25106-bruxelas-pretende-consagrar-avan%C3%A7o-devastador-ideologia-genero

Mais uma vez, sob o pretexto da "igualdade” entre homens e mulheres, o informe Noichl representa outra tentativa de imposição dos postulados da ideologia de género nos países da União Europeia. A referida ideologia afirma, em resumo, que a sexualidade biológica não corresponde à sexualidade que os indivíduos vivem socialmente. Dito de outra maneira: homens não nascem homens, nem mulheres nascem mulheres. Trata-se de uma ideologia que tem como principal objectivo destruir a família e legitimar qualquer tipo de prática sexual, inclusive o incesto e a pedofilia.

Ademais, se o texto do informe for aprovado, violará o princípio de subsidiariedade. Este princípio, consagrado no artigo 5.2 do Tratado da União Europeia, é uma das bases fundamentais do seu funcionamento. Obriga-se a respeitar as competências dos Estados em matérias como educação e saúde, entre outras.

http://www.citizengo.org/pt-pt/25106-bruxelas-pretende-consagrar-avan%C3%A7o-devastador-ideologia-genero

Quais são os pontos controversos?O parágrafo 67 pede que a Comissão ajude os Estados

membros a criarem cátedras universitárias sobre estudos de género e feminismo. Ademais, recomenda que a Comissão e os Estados promovam o uso da perspectiva de género em todas as áreas e em todas as propostas legislativas em todos os níveis de governo, a fim de garantir os objectivos para a igualdade de género.

O ponto 55 pede que a Comissão e a Organização Mundial da Saúde retirem os transtornos de identidade sexual da lista de transtornos mentais e de comportamento, a fim de que seja feita uma nova classificação não patológica.

O ponto 59 pede que a Comissão estimule os Estados a promoverem o apoio médico à fertilidade, a fim de acabar com a discriminação no acesso ao tratamento de fertilidade e à reprodução assistida.

O ponto 52 pede que a Comissão ajude os Estados membros a garantirem o aborto e anticoncepção segura e legal.

O ponto 68 também menciona o acesso ao aborto "seguro e legal”.

Podemos impedir esse avanço devastador de ideologia de género.

Lembremos que na Suécia uma das consequências da aplicação da ideologia de género nas políticas públicas foi a implementação de casas de banho sem a distinção de masculino e feminino. Em razão disto, o número de violações de mulheres aumentou cerca de 1000% em pouco mais de 10 anos.

http://www.citizengo.org/pt-pt/25106-bruxelas-pretende-consagrar-avan%C3%A7o-devastador-ideologia-genero

IDEOLOGIA DE GÉNERO -

Para onde nos querem empurrar? - Destruição

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Luís Fardilha

Pela Cidade...Acontece muitas vezes, mas não

deixa de surpreender: para conven-cer a opinião pública, justificam-se certas medidas avançando razões cujo objectivo não é outro senão camuflar os autênticos motivos por que são tomadas. Quando se analisam os fundamentos tornados públicos, torna-se muito difícil dis-cordar dessas iniciativas; no entanto, uma vez que tenham sido aplicadas, verifica-se que, afinal, havia outras motivações por trás, que só então

aparecem à luz do dia, enquanto ficam esquecidas aquelas que tinham sido apresentadas, ou claramente diminuídas no seu alcance.

Há já algum tempo que a administração pública central tem vindo a actuar com o objectivo de diminuir o número de funcionários que dela dependem, procurando assim reduzir as suas responsabilidades financeiras e cumprir o desígnio muito publicitado de diminuir a despesa do estado. No domínio do funcionalismo público, é sabido que um dos ministérios que suportam mais encargos salariais é o da educação. Enquadrando pessoal que detém qualificações académicas ao nível da licen-ciatura, os vencimentos, por muito degradados que estejam, pesam bastante no orçamento respectivo. Compreende-se, assim, que haja a tentação de passar as responsabilidades financeiras inerentes para outras entidades, libertando o poder central deste peso.

Ao longo dos últimos anos, já foi passada para as autarquias locais a responsabilidade pelos funcionários não docentes das escolas. Ultimamente, tem-se discutido a aplicação duma medida semelhante ao pessoal docente. A municipalização do recrutamento de docentes tem despertado respostas divididas por parte das câmaras, e tem suscitado desconfianças em sectores importantes dos professores. Por um lado, existe o receio de que o alargamento das competências das autarquias neste domínio não venha acompanhado do correspondente reforço orçamental. Pelo outro lado, equacionam-se cenários de manipulação dos concursos ou recrutamentos discricio-nários de docentes, na base do amiguismo pessoal ou de afinidades partidárias, para não pensarmos em interesses pessoais de quem tenha o poder de decidir as contratações ou a extensão de contratos.

Como é evidente, a fundamentação das propostas e iniciativas governamentais nesta matéria não está centrada nas questões financeiras. Também não se centra o debate nos eventuais perigos de desvios à ética na contratação de pessoal ou na necessidade de garantir a absoluta justiça no que se refere à igualdade de oportunidades no acesso ao trabalho

e a liberdade de ensino nas escolas. O que se tem ouvido tem andado à volta de um tema que é sempre invocado em circunstâncias semelhantes: a autonomia das escolas.

À partida, torna-se difícil não concordar com a ideia de que cada escola – ou, para sermos mais exactos, cada agru-pamento escolar – deve ter autonomia para desenhar o seu Projecto Educativo próprio, adaptando as orientações políticas gerais às condições específicas da comunidade que serve. A possibilidade de construir a sua identidade através duma oferta educativa que responda às necessidades do meio em que se insere, sem com isso ignorar as linhas orientadoras traçadas pelo Ministério da Educação, mas adaptando-as e aplicando-as de acordo com as condições locais e as características da população escolar, parece uma oferta irrecusável.

Claro que se justificaria, neste quadro, que cada agru-pamento de escolas contratasse o seu corpo docente – e também o pessoal não docente – de modo a assegurar o empenhamento na prossecução dos objectivos estabelecidos no Projecto Educativo e o compromisso com a comunidade que serve. A selecção dos docentes a partir de critérios que não esteivessem limitados à nota obtida na licenciatura e/ou na formação profissional, mas que fossem alargados a outros domínios, como a identificação com os objectivos e os valores identitários da comunidade escolar ou a disponibilidade e motivação para o trabalho colectivo e a inclusão em equipas já formadas, por exemplo, seria algo que poderia fazer sentido. A estabilidade do corpo docente seria um dado que teria de ser garantido, o que poderia implicar que um docente sem vinculação definitiva visse protegida a sua colocação numa escola com base na qualidade do seu trabalho e na sua participação empenhada no respectivo projecto, bem como na sintonia com a restante equipa docente. O perigo de se ver ultrapassado por alguém exterior à comunidade escolar, mas que tivesse melhor nota profissional teria de deixar de perseguir em cada novo ano lectivo os docentes, mesmo os “contratados”.

Não me parece difícil ver as virtudes do panorama es-boçado no parágrafo precedente. Existem, contudo, razões para desconfiarmos de que ele serve apenas de cortina para esconder outros fins. É que se torna muito difícil acreditar nesta vontade de conceder autonomia administrativa às escolas, quando o Ministério da Educação se mostra tão centralizador na definição dos conteúdos do ensino, como se verifica, por exemplo, nas Metas Curriculares ou nos novos programas. Se há autonomia que se justifica é, antes de mais, de natureza pedagógica. A administrativa deveria decorrer dela, e não o contrário. Haverá, portanto, razões para que se possa pensar que estamos perante um daqueles gatos escondidos que, no entanto, deixaram o rabo à vista de todos.

MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO: PORqUê? PARA qUê ?

16 ▪ s. miguel da maia

director e chefe de redacção

P. Domingos Jorge

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tiragem: 1.500 exemplares Impresso na Tipografia Lessa ▪ Largo Mogos, 157 - 4470 MAIA ▪ t: 229441603

t: 229448287/229414272 /229418052 ▪ fax: 229442383 ▪ e-mail: [email protected]: Padre Domingos Jorge ▪ Registo na D.G.C.S. nº 116260 ▪ Empr. Jorn./Editorial nº 216259

s. miguel da maia ▪ boletim de informação paroquial publicação mensal ▪ propriedade da fábrica da igreja paroquial da maia

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maio 2015ano xxvinº 282

correspondentes

Vários (eventuais)

composição

José Tomé