16
EDITORIAL Vivemos o Ano Santo da Misericórdia. Começou, no dia 8 de Dezembro, com a abertura da Porta Santa da Ba- sílica de S. Pedro, em Roma, na nossa Diocese do Porto (e em todas as Dioceses do Mundo) no dia 13 de Dezembro e nos Santuários Jubilares, dia 20 de Dezembro. No Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho, porque Jubilar para o Ano Santo, a Porta Santa foi aber- ta, dia 20 de Dezembro. Oresidiu à Celebração Sua Ex.cia Rev.ma, o Senhor D. Manuel Martins, Bispo emérito de Se- túbal e agora residente na nossa Paróquia. Temos procurado manter a Porta aberta em todos os dias: da parte da manhã das 9h30-12h00 e, de tarde, das 14h30 às 18h00. A todos convido, caso lhes seja possível, oferecer este serviço aos cristãos que querem visitar o Santuário, pois sabem que poderão receber a as graças das indulgências, rezando e refletindo sobre a misericórdia. "A misericórdia está na base do ser cristão... Poderão existir cristãos quer não sejam misericordiosos?Não! é o fulcral do Evangelho... é uma aprendizagem fundamental que recebemos da Igreja" no cumprimento do recebido de Jesus: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso». Para o Papa "a Igreja ensina-nos que não basta amar a quem nos ama ou nos faz o bem; é preciso dar de comer e beber a quem tem fome e sede; devemos visitar e cuidar daqueles que estão doentes, presos, abandonados, daque- les que estão próximos da morte. E como nos ensina? Não com lições teóricas, mas com o exemplo de tantos santos e santas que serviram Jesus através do amor ao próximo; e nos ensina também com o exemplo de tantos pais e mães que educam seus filhos a compartilhar o que têm. Nas famílias cristãs, a hospitalidade é sagrada", recor- dou o Papa, citando a lembrança de uma paroquiana ar- gentina, que queria ensinar os seus três filhos a partilhar. "E um dia, no almoço, um senhor bateu à porta pedindo comida. A mãe então pediu que as crianças dessem, cada uma, metade da carne e das batatas que comiam. Os filhos deram resposta positiva à interpelação da mãe e deram «o que temos, não o que nos sobra». Na ocasião o Papa lembrou que a misericórdia "é uma aprendizagem fundamental que recebemos da Igreja" no cumprimento do recebido de Jesus: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso". (Papa Francisco,2/3) Somos privilegiados, como paróquia e como crentes, pois temos bem perto de nós o Santuário Mariano de Nossa Senhora do Bom Despacho que é Jubilar durante todo o Ano Santo da Misericórdia. Peregrinemos em família, em grupos, individualmente para o Santuário, entrando pela Porta Santa. S. MIGUEL DA MAIA 1 ANO XXVII Nº 290 MARÇO 2016 PREÇO AVULSO 0,50€ PDJ A concretização dum sonho Dia 7 de Março abriu o Lar dde Nazaré com a Valência de Centro de Dia. Agora tem a Paróquia um belo espaço como Centro de Convívio e Centro de Dia. Em breve, será o SAD (Centro de Apoio Domiciliário). Ainda tem, nesta altura, possibilidades de inscrições. Todos os dias está a ser procurado. É uma Obra para Bem-fazer e fazer bem a todos quantos forem seus utentes.Surgiu tendo a família como preocupação. Se alguém tem dificuldades em acompanhar uma pessoa de idade, a Paróquia pode fazer esse bem a m uitas. À Sagrada Família pedimos a sua bênção para todos quantos frequentarem o Lar de Nazaré que pelo nome a evoca e dá graças.

ANO XXVII Nº 290 MARÇO 2016 PREÇO AVULSO 0,50€ acólito assenta em prestar serviço, sem servilismo, ao Ministro da Santa Eucaristia, garantindo que a harmonia do rito solidifique

Embed Size (px)

Citation preview

EDITORIAL Vivemos o Ano Santo da Misericórdia. Começou, no

dia 8 de Dezembro, com a abertura da Porta Santa da Ba-sílica de S. Pedro, em Roma, na nossa Diocese do Porto (e em todas as Dioceses do Mundo) no dia 13 de Dezembro e nos Santuários Jubilares, dia 20 de Dezembro.

No Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho, porque Jubilar para o Ano Santo, a Porta Santa foi aber-ta, dia 20 de Dezembro. Oresidiu à Celebração Sua Ex.cia Rev.ma, o Senhor D. Manuel Martins, Bispo emérito de Se-túbal e agora residente na nossa Paróquia.

Temos procurado manter a Porta aberta em todos os dias: da parte da manhã das 9h30-12h00 e, de tarde, das 14h30 às 18h00. A todos convido, caso lhes seja possível, oferecer este serviço aos cristãos que querem visitar o Santuário, pois sabem que poderão receber a as graças das indulgências, rezando e refletindo sobre a misericórdia.

"A misericórdia está na base do ser cristão... Poderão existir cristãos quer não sejam misericordiosos?Não! é o fulcral do Evangelho... é uma aprendizagem fundamental que recebemos da Igreja" no cumprimento do recebido de Jesus: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso».

Para o Papa "a Igreja ensina-nos que não basta amar a quem nos ama ou nos faz o bem; é preciso dar de comer e beber a quem tem fome e sede; devemos visitar e cuidar daqueles que estão doentes, presos, abandonados, daque-les que estão próximos da morte. E como nos ensina? Não com lições teóricas, mas com o exemplo de tantos santos e santas que serviram Jesus através do amor ao próximo; e nos ensina também com o exemplo de tantos pais e mães que educam seus filhos a compartilhar o que têm.

Nas famílias cristãs, a hospitalidade é sagrada", recor-dou o Papa, citando a lembrança de uma paroquiana ar-gentina, que queria ensinar os seus três filhos a partilhar. "E um dia, no almoço, um senhor bateu à porta pedindo comida. A mãe então pediu que as crianças dessem, cada uma, metade da carne e das batatas que comiam. Os filhos deram resposta positiva à interpelação da mãe e deram «o que temos, não o que nos sobra».

Na ocasião o Papa lembrou que a misericórdia "é uma aprendizagem fundamental que recebemos da Igreja" no cumprimento do recebido de Jesus: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso". (Papa Francisco,2/3)

Somos privilegiados, como paróquia e como crentes, pois temos bem perto de nós o Santuário Mariano de Nossa Senhora do Bom Despacho que é Jubilar durante todo o Ano Santo da Misericórdia.

Peregrinemos em família, em grupos, individualmente para o Santuário, entrando pela Porta Santa.

s. miguel da maia ▪ 1

ANO XXVII ▪ Nº 290 ▪ MARÇO 2016 ▪ PREÇO AVULSO 0,50€

PDJ

A concretização dum sonho

Dia 7 de Março abriu o Lar dde Nazaré com a Valência de Centro de Dia. Agora tem a Paróquia um belo espaço como Centro de Convívio e Centro de Dia. Em breve, será o SAD (Centro de Apoio Domiciliário).

Ainda tem, nesta altura, possibilidades de inscrições. Todos os dias está a ser procurado.

É uma Obra para Bem-fazer e fazer bem a todos quantos forem seus utentes. Surgiu tendo a família como preocupação. Se alguém tem dificuldades em acompanhar uma pessoa de idade, a Paróquia pode fazer esse bem a m uitas.

À Sagrada Família pedimos a sua bênção para todos quantos frequentarem o Lar de Nazaré que pelo nome a evoca e dá graças.

2 ▪ s. miguel da maia

CONSULTANDO A HISTÓRIAContinuamos a leitura da ata da visitação de 21 de outubro de 1746 à

paróquia de S. Miguel de Barreiros, feita por António de Sousa Pereira, em representação do Balio de Leça: ”Porquanto na vizita geral se capitularão [capitularam] todos os paramentos e obras necessárias nesta Igreja tanto pelo que respeita a Baliagem como aos fregueses não temos por hora que capitular de novo porque na dita vizita se capitularão alenternas, caldeira de agoa benta, e o mais que se requereo nesta, e assim só recomendamos se cumpra o capitulado, e que o R.do Parocho publique estes, e os da vizita passada a que se referem a seus freguezes e passe certidão na forma do estilo. Dados em Barreiros aos 21 de 8bro [outubro] de 1746 e eu Ignacio da Sylva escrivão do Juizo eclesiastico da Baliagem de Leça o escrevy.

Maria Artur

VISITA PASCAL - PARÓQUIA DA MAIA - 27 DE MARÇO DE 2016

Ser acólito assenta em prestar serviço, sem servilismo, ao Ministro da Santa Eucaristia, garantindo que a harmonia do rito solidifique o caminho comum, espiritual e de fé, que congrega os cristãos no seu momento maior de encontro e comunhão.

Associada à celebração da Eucaristia, ao longo de todo o percurso da história cristã, as vestes litúrgicas são um ponto caracterizador de tanto celebrantes como diáconos, acólitos e, ainda que raras vezes, elementos do coro. No entanto, neste artigo, pretendo focar a indumentária de um acólito: uma túnica branca, cuja cor aponta para a pureza de coração e, desse modo, sugere que o serviço ao Senhor seja realizado com alegria, dignidade e

generosidade. Este paramento era já utilizado na Igreja Católica Romana, quase há dois mil anos, porém sendo feito de linho. A história conta--nos que, igualmente, a túnica era concebida pela mãe do acólito que possuía a função de o auxiliar no momento em que a vestia.

Este longo manto branco é cingido à cintura por um cíngulo ou corda. Desde a Antiguidade até à Idade Média era utilizada uma fai-xa, todavia é hoje dominante o formato de cordão. Este elemento do vestuário de um acólito relaciona-se com uma pureza de espírito e é proveniente de uma escritura do Antigo Testamento, mais propriamente da Carta aos Hebreus. Por fim, devo mencionar o uso, por parte dos acólitos que se submeteram a um compromisso específico, da cruz de madeira ao pescoço, símbolo do sacrifício de Cristo pela Humanidade e da Sua Ressurreição.

É certo que a veste branca, acompanhado do cíngulo e da cruz, não caracteriza o acólito, o qual deve possuir um autêntico espírito de serviço e que se satisfaz com as suas ações quando presta uma ajuda eficaz à sua Paróquia e aos seus Irmãos Cristãos. Por outro lado, o vestuário é um dos elementos caracterizadores deste Ministros aquando da Celebração Eucarística semanal.

O qUE VESTE "AqUELE qUE CAMINHA

Ana Maria Amorim

1ª ZONA: Juiz da Cruz: Joaquím Alberto MarquesR. do Chantre (início na Casa Felisberto!); Rua e Trav, Manuel Felisberto M.Oliveira Júnior, Trav.Chantre; R Joaquim Ferreira da Costa; REng.Luís Eduardo Costa Almeida; Rua Álvaro Aurélio Céu Oliveira; Rua Cruzes do Monte; Rua Nazoni, Vila Verde; Rua Samuel Grama-xo; Praceta Eng. José Adriano M.Santos.2ª ZONA: Juiz da Cruz: Joaquim PenaR Augusto Simões (a partir dos Combonianos); Urb. Coopermaia; R. 5 de Outubro; Trav. de Carassoí, R. de S.Romão.R Cons.Campos Hennques; RJoaquim Alberto Gomes da Costa. .3ª ZONA: Juiz da Cruz: José TorresR Augusto Simões (In, Casa Vícente); Urbanização da Coopermaia, 4ª ZONA: Juiz da Cruz: Joaquim OliveiraPraça; R. Augusto Simões; Trav. dos Correios; Av.Vasco da Gama; R. de S.Miguel; R.da Lage ; R. D.João IV; Av. D.Manuel II; Plazza ..5ª Z0NA: .Juiz da Cruz : Carlos CastroRuaAugusto Simões (a partir do Dias Farinha)- Trav. Augusto Simões; PracetaDomingos Nogueira da Costa; Rua Joaquim Ferreira da Costa, Rua e Trav. das Caleiras, até à entrada da Rua Samuel Gramaxo.6ªZONA: Juiz da Cruz: Jorge CastroAv.Antônio Santos Leite; R.A.Avelino Santos Leite; R. Francisco Silva; R.António Oliveira Braga; R. Augusto Martins.R. Argentat;.Rua Adélía Carvalho7ª ZONA : Juiz da Cruz. Jorge LopesRua Dr..Carlos Felgueiras (a partir do cruzamento das antigas Escolas); Rua.,Augusto Martins; Rua Adélia Carvalho, Rua Manuel Faro Sarmento; Vereda Abílio Carvalho, Rua Avelino Santos Leite.8ª ZONA:Juiz da Cruz: Carlos CostaPraça Almada Negreiros; Av.Novo Rumo; R. António Sérgio; R. António Nobre; Rua Rochdal; R Vitorino Nemésio, Rua Viana da Mota.9ª ZONA: Juiz da Cruz : Altino Coelho(A partir da Capela dos Passos) Av. Visconde de Barreiros ; Rua da Santa Casa da Misericórdia; Rua de Nossa Senhora da Maia, Praça Dr.. José Vieira de Carvalho; Tv, Dr.Carlos Felgueíras; R. do Viso.10ª ZONA: Juiz da Cruz: Francisco CoelhoRua de Recamunde;Rua P. José Pinheiro Duarte, Av. da Igreja;;R. da Estação; R. do Souto; R. António Ferreira Costa Mala, R. Nova do Souto; Av.Visconde .de Barreiros; Urb. das Pirâmides.11ª ZONA:Juiz da Cruz: Eliano BarbosaQuinta Santa Catarína, Rua do Outeiro, Rua de Recamunde; R. do Godim, Via Adelino Amaro da Costa, Rua António Rebelo Monteiro; Travessa do Godim, R. Ernesto Santos Ribeiro.12ª ZONA: Juiz da Cruz: José Maria Dias CostaR. do Marco; R da Pinta; Lar da Misericórdia; Brandinhais e Condomínio; Quinta da Boa-Vista; ; Rua Joaquim José S. Maia, Conselheiro Costa Aroso; Varandas do Outeiro; R P. José Pinheiro Duarte.13ª ZONA: Juiz da Cruz. João TeixeiraRua Deolinda Duarte dos Santos; Trave Rua Deolinda Duarte dos Santos; R Padre António; R. Simão Bolívar (Venepor); e Ruas Adjacentes.14ª ZONA: Juiz da Cruz: Quintino OliveiraR. Eng. Duarte Pacheco; R. Clotilde Ferreira da Cruz; R. da Cavada; Rua Domingos Luis Barreiros Tomé.

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

BOM DIA!

s. miguel da maia ▪ 3

BOM DIA!

Movimento Demográfico Mês de Fevereiro

BAPTIZADOS07 - Enzo Barrios Alves - Renato Oliveira Vasconcelos21 - Rafael Costa Magalhães

MATRIMÓNIOS28 - José Miguel da Silva Neves Feiteira e Ana Sofia Braga de Sousa

ÓBITOS03 - Fernanda Fernandes Marques (79 anos)04 - Mª Amélia Cunha Freitas Sousa (87 anos)05 - Rosa Mª Azevedo Soares Araújo (76 anos)10 - Emília Ferreira Barbosa (88 anos)17 - Arnaldino Moreira da Silva (85 anos)19 - Augusto da Silva (89 anos)20 - Alberto RamalhoVinhas (92 anos)29 - António Joaquim Alves da Hora (61 anos)

Equipa Paroquial Vocacional

O dia bom é aquele em que conseguimos conformar os nossos pensamentos com a vontade de Deus, se quisermos com os apelos que nos surgem da Misericórdia de Deus. Vou sublinhar alguns dos pontos fortes da bula «O Rosto da Misericórdia» com que o Papa Francisco proclamou o Ano Santo da Misericórdia de Deus: Silêncio: Vivemos num mundo cheio de barulhos que não nos deixam ouvir a Deus, ouvir o outro, ouvir-nos a nós próprios. “Mesmo que vás com pressa, ó tu que passas, para um pouco” – convite belo e oportuno do frontispício da igreja românica de Cedofeita.

Obras de Misericórdia: compendiam os alertas do Grande Mandamento: “amai-vos como Eu vos amei”. Reparemos, por favor, em tanta situação de miséria material e espiritual a pedir a nossa fraterna atenção.

Sacramento do Perdão: sem perdão, não há misericórdia, não há amor. Não te digas cristão, se não és capaz de perdoar. Não rezes o Pai Nosso, se não és capaz de perdoar. O perdão abre portas à festa – o sacramento da festa.

Maria: Ela nos forneceu a Porta da Misericórdia, que é Jesus. Ela é a ponte que nos liga a Jesus. Ela é o sinaleiro que nos aponta os bons caminhos. A Procissão dos Passos que vamos ter na Maia, que não seja um espetáculo, mesmo que bonito. Seja antes ocasião privilegiada para mergulharmos com a fé do coração nesta e tantas outras maravilhas que o Senhor quer que apreciemos. Se assim for, teremos sempre garantia de um

Ano da Misericórdia: Dinâmica Diocesana Quaresma-Páscoa

Já todos ouvimos dizer que o Papa proclamou este ano litúrgico como Ano da Misericórdia.

Como referia recentemente D.António Couto, bispo de Lamego, na Jornada Diocesana de Pastoral Familiar, a misericórdia é algo de espontâ-neo, de não refletido, é atuar de imediato face a algo que nos “revolve as entranhas”, é responder às situações que, como agora se diz, nos fazem “tripar”. A misericórdia não precisa de projetos nem de planos, faz-se, de pessoa para pessoa, de irmão para irmão.

A nossa diocese faz eco desta atitude cristã no lema do ano “Felizes os misericordiosos” e na proposta de vivência que apresenta para cada cristão e cada comunidade ao longo deste tempo pascal, que vai das Cinzas ao Pen-tecostes: “Pratica a Misericórdia, com alegria!”. A intenção do nosso Bispo é “valorizar a formação sobre as obras de misericórdia, traduzidas e concre-tizadas, para hoje, em resposta às exigências do nosso tempo e aos desafios das novas formas de pobreza”. Por isso, famintos, desempregados, refugiados, sem abrigo, doentes no corpo ou na alma, são o nosso campo de atuação!

A dinâmica (disponível no site da diocese) que é proposta para cada semana é muito simples: uma passagem motiva-dora da Escritura, a atenção especial a uma das 14 obras de misericórdia e uma oração. Toda a dinâmica se apoia num sinal visível em que certamente já reparámos à entrada da nossa igreja: uma cruz onde, semanalmente, vão aparecendo imagens evocativas de cada obra de misericórdia. É uma proposta para ser vivida individualmente mas também na comunidade e que interpela toda a paróquia; não é só para a catequese!

Para além de “Misericórdia”, aparecem duas palavras-chave: “pratica” e “alegria”. Significam que a Misericórdia se faz, é ação, é resposta, e tem de ser ocasião de alegria para quem a pratica e para quem a recebe – um porque se sabe instru-mento da Misericórdia de Deus e o outro porque vê acontecer nele essa mesma Misericórdia.

Cadeia de Oração “Rogai”A oração pelas vocações, e em especial pelas vocações sacerdotais, continua a ser muito

querida ao nosso Bispo e por ele insistentemente pedida. Nem devia ser preciso, porque todos os cristãos devem ter bem presente a necessidade de pedir ao Senhor que dê à sua Igreja sacerdotes santos que, como diz o Papa, umas vezes vão à frente, conduzindo-nos, outras vezes no meio, congregando-nos, e outras ainda atrás, animando os mais fracos.

Rezar pelas vocações sacerdotais é pedir corações que se disponham a escutar o chama-mento de Deus ao sacerdócio e a responder-lhe com generosidade, mas é também rezar pela dedicação ao ministério dos nossos padres, dos mais jovens aos mais idosos, e pela perseverança dos seminaristas.

Na nossa diocese e neste ano pastoral, a “Rogai” concretiza-se fazendo cada vigararia um dia de adoração ao SSmo. Sacramento, sempre em sequência rotativa. O nosso calendário é o que a seguir se publica, realizando-se a adoração sempre das 18 às 19h. Para além disso, na primeira 5ª feira de cada mês, a adoração das 12h30 às 13h30 terá carácter vocacional.

abr mai jun jul ago set out 13 16 17 20 23 23 26santuário santuário igreja santuário Igreja Igreja Santuário

A 16 de abril decorre o 53º dia mundial de Oração pelas Vocações, com o tema “A Igreja, mãe de vocações”, oração que entre nós é alargada a toda a semana desde o dia 9.

Primavera

Maria Fernanda e Maria Teresa

Numa linguagem clara, entendível e concreta somos agradavelmente mergulhados no Espírito da Quaresma e da Páscoa pela pessoa do Papa Francisco. São homílias, audiências, meditações, … da sua autoria, que aqui encontramos e, assim base para reflexão apropriada neste tempo de salvação.

A QUARESMA DESPERTA-NOS! – é um dos títulos que dá corpo ao registo da homilia proferida na Quarta feira de cinzas de 2014, onde o Papa Francisco nos ajuda a recordar que não somos Deus e que o Evangelho deste dia nos aponta para o início dum caminho de conversão até à Páscoa, com base na Oração, Jejum e Esmola. A Quaresma é tempo de uma Oração mais intensa, mais prolongada, mais assídua e mais capaz de nos tornar responsáveis pelas necessidades dos irmãos.

Jejuar implica a escolha de uma vida sóbria, ajudando-nos a treinar o coração para a essencialidade e a par-tilha, diz-nos o Santo Padre. E continuamos a citá-lo: a Esmola indica a gratuitidade, porque na esmola damos a alguém de quem nada esperamos receber em troca. Tal como de Deus tudo recebemos, aprendamos também a doar aos outros, de modo gratuito.

Um conjunto de dez textos fazem parte do capítulo SEMANA SANTA, cujo conteúdo abre portas para a vivência da Páscoa de Jesus Cristo. A última parte do livro aborda reflexões sobre a PÁSCOA. Que significa a Ressurreição para a nossa vida? Temos medo da alegria de sermos cristãos, da alegria de seguir Jesus? O que nos oferece o Senhor se permanecermos n’Ele? Quem é o Espírito Santo? Que passos estamos a dar a fim de que a fé oriente a nossa vida? …

E o Santo Padre deixa-nos esta proposta: invoquemos o Espírito Santo todos os dias, e assim o Espírito Santo aproximar-nos-á de Jesus Cristo!

4 ▪ s. miguel da maia

Sê benvinda, ó Primavera! Após tantos meses de chuva,Fazes bailar o sol!Simples flores silvestresAlegram os prados sem cor.O melro e o rouxinol Brindam-nos com seu cantar…Vistosas borboletas,Num constante esvoaçar,Dão vida à naturezaRenovando o perfumeDas florzinhas do campoQue acabaram de chegar…

Raminhos dessas flores:Palmitos, boninas, papoilas,São oferecidos, com amor, Em honra do Dia SantoDa ressurreição do Senhor.

Minha alegre Primavera!Seu lírio roxo florido,Seu rosmaninho perfumado Vêm alegremente anunciar:A Páscoa chegou! Jesus ressuscitou! Aleluia! Aleluia!

HOMENAGEM AOS COLABORADORES DO BIP

LIVRO A LIVRO O espírito da QUARESMA e da PÁSCOA

Ao Padre Domingos Jorge, Caro amigo Higino Costa Doutora Teresa Almeida Esta ideia pessoal: Qualquer coisa nos consola, Assim muito “pianinha” Não fosse ele não havia Vai falhando algumas vezes Daquilo que vai ‘screvendo Este certinho jornal. Mas conheço-o na viola. Toda a gente se acarinha. «» «» «» Ao Senhor José Tomé Dona Idalina Meireles Ao Doutor Mário Oliveira Toda a minha cortesia, Virada pró social, Homem de acção muito lúdica, Tanto dá na informática Ao entrar na Conferência Não nos vê, passa por nós, Como na fotografia. Ficou mais profissional. Sempre a trautear a música. «» «» «» Mas a Doutora Ana Ramos, Ao meu caro João Bessa, Vicentino, Mário Pires, Assim como quem não qu´ria, Jovem de boas maneiras, Defensor de causas nobres, Apertou no meu cantinho Quem diria que um acólito Assim chegamos ao Céu, Para a sua poesia. Também dava p´rás janeiras. A ajudar os nossos pobres.

«» «» «» Nisto o Engenheiro Ângelo Meu caro Carlos Novais Padre Francisco Machado ´screve e diz…quase convence, Homem dos sete instrumentos, Ilustre comboniano, Se não temos sacerdotes Canta, escreve, toca o bombo Nem no Ghana nos deixou A culpa não lhe pertence. E muitos cometimentos. Vai ‘screvendo todo o ano. «» «» «» Caro amigo António Matos Ao José Carlos Teixeira Amiga Palmira Santos O jornal é um primor, Nosso ilustre tesoureiro, Alerta!... Que és escuteira, Olho para o logótipo Se o Governo o apanhasse Eis-te aqui no teu melhor, Bendigo o desenhador. Cessava o caos financeiro. A escrever és pioneira. «» «» «» Ao Doutor Arlindo Cunha Doutor Luís Sá Fardilha Doutora Paula Isabel Como pôr num santo velas, A melhor educação, Desejou-nos ANO BOM, Engrandece o nosso BIP Era se o Governo lesse Retribuo com desejos Com notícias de Bruxelas. Cada sua redacção. Saídos do coração. «» «» «» Engenheiro Carlos Costa Doutora Maria Artur Cara Sofia Farinha Presto a minha continência, Por Jesus louvada seja, Tens a honra e tens a Glória, Partiu, mas deixou em grande Por tanto que descobriu De servir a Deus com fé Um boa Conferência. Na história da nossa Igreja. Na tua função de acólita. «» «» «» A Dona Conceição Dores Maria Fernanda Ramos O maestro Victor Dias ´screve do seu doce lar, Pelo que o jornal aponta, Abençoado do Céu, Tem marido, mãe e filha Quem ‘screve pró nosso BIP Tem muitas graças a dar E um pai para consolar. Tem uma vida mais longa. P’las filhas que Deus lhe deu. «» «» «» Caro Don Manuel Martins, Para ti menina Lúcia Padre Dário sê bem-vindo, O mais alto na hierarquia, Na alegria de teus pais, Com honras de cortesia, Chama-nos com muito jeito Tens jeito para escritora Não podemos dispensá-lo Para o seu tema BOM DIA! ‘screve muito, muito mais. De ouvir a sua homilia. «» «» «» Senhor Henrique Carvalho Cara Doutora Luísa E se de algum me esqueci Isto não é concorrência, Eis uma polivalente, Por vós seja perdoado, Quem sou eu pró igualar Faz de tudo na paróquia Aqui ‘stá p´ra vos servir Com tamanha competência. Demasiado exigente. O vosso amigo Machado.

Ana Maria Ramos

Manuel Machado

Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 965450809 962384918 - 938086881 229482390 - 914621341 - 914874641 - 229411492 - 910839619

www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue

Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes; Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa; José Sousa; P. Domingos Jorge

E.P.P.F

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA. A Equipa Paroquial da Pastoral Familiar começou já a preparar a celebração Diocesana dos Casais

Jubilados em 2016 : 10 anos, 25 anos, 50 anos e 60 anos. Será, no dia 24 de Abril, no Palácio de Cristal. Que todos os jubilados queiram e tenha a possibilidade de ir celebar a sua vocação e missão a dois.

Nesta pághina do Jornal vai uma ficha para que todos fotocopiem, preencham e enviem à Equipa.Contámos com todos e todos serão convidados para a preparação desse belo dia.

s. miguel da maia ▪ 5

EqUIPA PAROqUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

15º DIA DIOCESANO DA FAMíLIA - 24/04/2016A Equipa Paroquial da Pastoral Familiar vem convidar os casais que ,

ao longo deste ano, perfazem 10, 25, 50 e 60 anos de vida matrimonial,a participar no dia Diocesano da Família que terá lugar no Palácio de Cristal no Porto.

O acolhimento será das 14h00 às15h30.Concelebração da Eucaristia, presidida por D. Anónio Francisco dos

Santos e entrega de bençãos matrimoniais aos casais jubilados, às 16h00.Nesta mesma página vai a ficha de inscrição que todos os jubilados

deverão preencher (fotocopiem, preencham, enviem ou entreguem na Paróquia ou a qualquer dos casais da equipa (contactos a cima).

A seu tempo, os casais inscritos serão contactados para encontro de preparação.

Neste dia Diocesano da Família teremos a alegria de ter na Celebração a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

Maria Luisa C. M. Teixeira

SE SOUBÉSSEMOS COMPREENDER NÃO SERIA PRECISO PERDOARGraças a Deus estão a decorrer muitas Oficinas

de Oração e Vida na Diocese do Porto aplicadas pe-los guias, cujo numero também tem vindo a crescer nesta coordenação local. As Oficinas de Oração e Vida são uma forma de Evangelização que corresponde ao pedido insistente do Papa Francisco corroborado pelo nosso Bispo D. António: sair para as periferias numa atitude de Nova Evangelização. Por vezes são de grande distância as paróquias aonde os guias vão dar as sessões. Como testemunho e exemplo admirável, atualmente duas guias, uma delas já com 84 anos, saem às 6 horas de manhã de suas casas e regressam às 8 da noite, deslocando-se em autocarro até Castelo de Paiva, bem distante de onde vivem, Marco de Cana-veses, para dar uma Oficina… Há uma Força interior muito forte que vem de Deus que motiva, entusiasma e conduz os guias. No concelho da Maia, em freguesias diferentes, Folgosa, Nogueira e Maia, também estão a ser realizadas três Oficinas de Oração e Vida.

Neste tempo litúrgico tão importante no percurso da vida de fé dos cristãos, a Quaresma, e neste ano, em que de modo especial fomos incentivados pelo papa Francisco a sentir a Misericórdia de Deus e a praticar as obras de Misericórdia para com os outros, tem-me acontecido ter mais presente no meu modo de agir, uma pequena, mas muito importante, parte da men-sagem de uma das sessões das Oficinas, pois é uma ajuda preciosa para a concretização das obras de Mise-ricórdia em especial, na de perdoar as injurias e, na de sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.

O título que coloquei nesta minha escrita, já nos indica qual a atitude a ter, mas como o conseguir?

Tragam á vossa memória alguma pessoa com quem mantêm sérios conflitos e apliquem-lhe as se-guintes reflexões:

Excepto em casos excepcionais, ninguém age com má intenção…

Não estará você a atribuir-lhe intenções perversas que ela nunca as teve? Afinal de contas, quem é o injus-to, ela ou você? Quem está errado?

Se uma pessoa o faz sofrer, já pensou como você a fará sofrer a ela?

Quem sabe se uma tal pessoa não disse o que lhe disseram que ela havia dito! Ou o disse em outro con-texto ou num momento de ofuscação. Num momento de nervosismo, qualquer um de nós é capaz de dizer coisas das quais nos arrependemos em poucos minutos.

Alguém parece orgulhoso; não é orgulhoso, é tí-mido. A timidez e o orgulho, embora tão diferentes, têm a mesma face. A atitude para comigo, de alguém, parece obstinação, não é obstinação, mas necessidade de auto-afirmação. Parece-me agressividade de alguém contra mim, porém na realidade é uma maneira de dar

segurança a si mesmo; o problema é consigo mesmo, não comigo… Se uma pessoa é difícil para mim, mais difícil é para ela mesma. Se eu sofro com esse modo de ser, muito mais sofre ele mesmo. Se há alguém in-teressado em não ser assim, fazendo todo o possível para mudar e não consegue mudar, terá tanta culpa como você lhe atribui?

Ele gostaria de agradar e não consegue agradar a ninguém por esse seu modo de ser que não es-colheu. Ele gostaria de viver em paz com todos e sempre está em conflito com todos. Gostaria de ser encantador e é rude.

Acaso escolheu ele esse seu modo de ser? Que sentido tem irritar-se contra um modo de ser que ele não escolheu? Será que merece compreensão ou mi-sericórdia? Afinal, em minha relação com ele quem é o injusto, ele ou eu? Não serei eu a equivocada em man-ter essa hostilidade e rejeição a respeito dessa pessoa? Se soubéssemos compreender cada pessoa, não seria preciso perdoar.

Aplicando estas reflexões a alguém por quem se sente algum incómodo, elas ajudar-nos-ão na conver-são de coração e levando-nos a viver e a praticar com alegria e felicidade as obras de misericórdia.

Pela estrada em que caminhamos em direção a Deus deparamos com obstáculos terríveis: rebeldias, inimizades, antipatias, ressentimentos, agressividades de todo o género. È preciso eliminar estes obstáculos por meio de uma completa reconciliação transforman-do o coração numa morada de Paz.

6 ▪ s. miguel da maia

Um conselho do Papa Francisco.

"O que fazer, quando se enfrenta uma dificuldade?Primeiro, não desesperar nunca. Ficar transquilo.Depois, buscar a maneira de superá-la, até que surja a possibilidade de suoperá-la.Nunca s deixe assustar pelas dificuldades.Nunca se deve entrar em pânico. Nós somos capazes de superá-las todas. Precisamos apenas de

tempo para compreender, inteligência para buscar, caminho e coragem para seguir em frente, mas nunca entrar em pânico."

COMPROMETIDOS

s. miguel da maia ▪ 7

Hoje gostaria de refletir brevemente convosco sobre o tema do compromisso. O que é um compromisso? E que significa comprometer-se? Quando me comprometo, significa que assumo uma responsabilidade, uma tarefa em relação a alguém; e significa também o estilo, a ati-tude de fidelidade e dedicação, de atenção especial com a qual levo por diante esta tarefa. Todos os dias nos é pedido para dedicar atenção ao que faze-mos: na oração, no trabalho, no estudo, mas também no desporto, nas atividades livres... Em síntese, comprometer-se significa dedicar a nos-sa boa vontade e as nossas forças para melhorar a vida.

E também Deus se comprometeu connosco. O seu primeiro compromisso foi o de criar o mundo, e não obstante os nossos atentados para o destruir – e são tantos – Ele dedica-se a mantê-lo vivo. Mas o seu maior compromisso foi o de nos dar Jesus. Este é um grande compromisso de Deus! Sim, Jesus é precisamente o compromisso extremo que Deus as-sumiu em relação a nós. Recorda isto também são Paulo quando escreve que Deus «não poupou o próprio Filho, mas o entregou por todos nós» (Rm 8, 32). E, em virtude disto, juntamente com Jesus, o Pai nos proporcionará todas as coisas de que necessitamos.

E como se manifestou este compromisso de Deus por nós? É muito simples verificá-lo no Evangelho. Em Jesus, Deus comprometeu-se de maneira total para restituir esperança aos pobres, a quantos estavam privados de dignidade, aos estrangeiros, aos doentes, aos presos e aos pecadores que acolhia com bondade. Em tudo isto, Jesus era expressão viva da misericórdia do Pai. E gostaria de mencionar um aspeto: Jesus acolhia com bondade os pecadores. Se pensássemos de modo humano, o pecador seria um inimigo de Jesus, um inimigo de Deus, mas Ele aproximava-se deles com bondade, amava-os e mudava o seu coração. Todos nós somos pecadores: todos! Diante de Deus todos temos alguma culpa. Mas não devemos desanimar: Ele aproxima-se precisamente para nos dar o conforto, a misericórdia, o perdão. É este o compromisso de Deus e por isso enviou Jesus: para se aproximar de nós, de todos nós e abrir a porta do seu amor, do seu coração, da sua mise-ricórdia. E isto é muito bom. Muito bom!

A partir do amor misericordioso com o qual Jesus exprimiu o compromisso de Deus, também nós pode-mos e devemos corresponder ao seu amor com o nosso compromisso. E isto sobretudo nas situações de maior necessidade, onde há mais sede de esperança. Penso, por exemplo, no nosso compromisso para com as pessoas abandonadas, os que são portadores de deficiência muito graves, os doentes nas piores condições, os moribundos, com quantos não são capazes de exprimir reconhecimen-to... A todas estas realidades nós levamos a misericórdia de Deus através de um compromisso de vida, que é tes-temunho da nossa fé em Cristo. Devemos levar sempre aquela carícia de Deus – porque Deus nos aca-riciou com a sua misericórdia – levá-la aos demais, aos que têm necessidade, a quantos têm um sofrimento no coração e estão tristes: aproximar-se com aquela carícia de Deus, a mesma que Ele nos deu a nós.

[FRANCISCO, Audiência Jubilar, 20/2/16]

«REMÉDIO ESPIRITUAL» PARA A QUARESMA !

– O Papa surpreendeu hoje os pe-regrinos reunidos na Praça de São Pedro com a oferta de um remédio espiritu--al, a misericordina‘, distribuindo simbolicamente pequenas embalagens, como as dos medicamentos.

Já o fizemos uma vez, mas esta é de melhor qualidade, é a Misericordina Plus, gracejou Francisco, evocando o gesto similar que tinha sido efetuado no mesmo local, em Novembro de 2013.

A caixa foi distribuída por pobres, refugiados e sem--abrigo, contendo um terço e uma imagem de Jesus Mise-ricordioso.

O objectivo é propor aos fiéis católicos a recitação do chamado terço da Divina Misericórdia‘, uma devoção católica baseada nas visões de Santa Faustina Kowalska (1905-1938), canonizada por João Paulo II em 2000.

Francisco explicou que a Quaresma, período de prepa-ração para a Páscoa, é um tempo propício para cumprir um caminho de conversão, que tem como centro a misericórdia.

Recebam este presente como uma ajuda espiritual para difundir, especialmente neste Ano da Misericórdia, o amor, o perdão e a fraternidade, acrescentou.

PAPA CRITICA RELIGIÃO DE «APARÊNCIA» E «OCASIÃO DE PRESTÍGIO» !

O Papa criticou hoje quem faz do cristianismo uma religião de aparência e da ligação à Igre-ja Católica uma ocasião de prestígio, em vez de uma experiência con-creta de fé em Deus e de empenho pelos outros.

Deus é concreto mas muitas vezes a fé cristã fica con-finada a uma religião do dizer em vez do fazer, apontou Francisco, durante a missa desta manhã na Casa de Santa Marta, no Vaticano.

Lembrando a hipocrisia dos escribas e fariseus que convidavam os dis-cípulos de Jesus e a multidão a obser-varem o que ensinavam; e a vaidade dos doutores da lei e dos clérigos que gostavam de se vestir como reis, o Papa argentino desafiou as comunidades cristãs a primarem pela autenticidade de vida, segundo a verdade do Evangelho.

Ser cristão significa fazer: fazer a vontade de Deus. No último dia – porque todos teremos um – o que é que o Senhor nos vai pedir? Acham que ele dirá: O que disseram de mim?'. Não! Ele vai-nos perguntar sobre as coisas que fizemos, referiu. Cidade do Vaticano, 21 Fev. 2016 (Ecclesia)

8 ▪ s. miguel da maia

Mesmo com as variações a assistimos todos os anos relativamente à data em que celebramos a Páscoa, a grande Celebração da Igreja Católica, esta é uma época que nos deve marcar sobremaneira. Historica-mente, a razão de esta Festa ser (tão) móvel, data já dos séculos III e IV, nomeadamente do Primeiro Con-cílio de Niceia, no Verão de 325, em que Constantino I, à data o Imperador do Império Romano, tomou a iniciativa de reunir centenas de bispos de várias regiões cristãs do Mundo. Este Concílio tinha como princi-pal objetivo discutir algumas questões não muito bem definidas no que diz respeito aos princípios cristãos adotadas até então. Assim, entre outras coisas, ficou resolvida a forma como se definiria a data da Páscoa daí em diante. Os hebreus, que viriam a dar origem ao judaísmo

(religião a que Jesus pertencia), acreditavam que os israelitas judeus tinham chegado ao deser-to do Sinai, após a libertação da escravidão no Antigo Egito, de acordo com o livro do Êxodo, numa noite de Lua Cheia. Assim, por isso, os bispos reunidos nesse Concílio decidiram então que a Páscoa seria celebrada no primeiro domingo depois da primeira Lua Cheia da Primavera.

Ainda que esta não seja talvez uma data tão congregadora de pessoas com crenças di-ferenciadas, como tipicamente verificamos no Natal, existem sempre pequenos sinais que nos indicam e apontam para a vivência deste Tempo Litúrgico. Sobretudo nas comunidades paroquiais. Assim, a nossa Catequese também não deixou de o fazer com a Celebração de duas Vias Sacras, no passado dia 27/Fevereiro: às 11:00 para a Catequese da Infância e às 16:00 para a Catequese da Adolescência. Com base numa estrutura comum para ambos os

Encontros, mas dinâmicas muito distintas, devidamente adaptadas para as diferentes faixas etárias em questão, assim se procurou recordar e melhor fazer compreender aos nossos catequizandos alguns dos vários marcos do caminho sagrado que Jesus percorreu até ser crucificado. Da parte da manhã, para os mais novos, uma pequena dramatização dessas estações permitiram envolver e cativar a sua atenção. Para os mais graúdos (pelo menos em tamanho), um clima de meditação e oração foi a opção escolhida.

Ainda neste dia, e no intervalo entre os referidos Encontros, também o Grupo de Catequistas se reuniu para um Almoço. Um Almoço que tinha como objetivo proporcionar mais uma oportunidade de criar e fortalecer laços entre o Grupo de Catequistas. Pois não podermos falar de Comunidade e Comunhão aos nossos catequizandos, se esse exemplo não partir, em primeira instância, da nossa parte. Quanto mais não seja, por uma questão de coerência. Por isso, apesar dos ausentes que não puderam por algum motivo marcar presença, creio que foi igualmente positivo este Encontro. Até porque, pela Dinâmica que a determinada altura foi proposta, pretendia--se tocar e “chegar” a todos os Catequistas, presentes e ausentes, com a entrega de um pequeno recuerdo deste Encontro. Que estas pequenas sementes que procuramos ir

semeando no Caminho se possam, paulatinamente, refletir no nosso testemunho, e desta forma aumentar os laços que nos unem na concretização desta Missão de dar a conhecer Jesus aos nossos Catequizandos. Para que eles possam ser também Cristãos coerentes com o Mandamento Novo. Pois eles “podem não ouvir todas as tuas palavras, mas bebem o teu exemplo e a verdade da tua fé ou a falta dela. Por isso, sempre, o mais importante de uma boa catequese é o catequista.” (D. Pio Alves).

CAMINHO SAGRADO

João Bessa

RÚBRICA “OBJETOS LITÚRGICOS”: CRUZNa Eucaristia, são usados, essencialmente, dois tipos de Cruzes: o Crucifixo e a Cruz Processional.

Escusado será dizer que ambas representam Jesus Cristo crucificado…O Crucifixo, por norma, é mantido junto do altar. O Papa Bento XVI recolocou o Crucifixo no

centro do Altar nas Eucaristias que celebrava e nos altares das Basílicas Papais.Já a Cruz Processional, como o próprio nome indica, é utilizada nas procissões de entrada e de

saída na Eucaristia, possuindo uma haste para facilitar o seu manuseamento, e igualmente contribuir para uma maior visibilidade.

Caso não exista outra Cruz com a imagem do crucificado no Presbitério, a Cruz Processional é colocada junto do Altar. Caso já exista, a Cruz Processional é guardada num lugar digno na sacristia.

GAM – Grupo de Acólitos da Maia

AGRADECIMENTOAs Missionárias do Santíssimo Sacramento e Maria Imaculada vêm por este meio agradecer ao Sr.

P. Domingos e a toda a Paróquia da Maia o bom acolhimento para a presença nas Eucaristias dos dias 23 e 24 de janeiro.

Agradecem a contribuição de 670,69 euros a favor das Missões da Congregação em lugares mais desfavorecidos.

E, de modo especial agradecem e continuam a pedir orações pela intercessão da venerável Maria Emilia Riquelme Y Zayas. Qualquer graça podem comunica-la junto das Irmãs da comunidade presentes na Rua do Calvário, 307, onde têm o Colégio Externato da Imaculada Conceição, o qual vive de portas abertas para continuar a Evangelizar através da Eucaristia e para ser a “Outra família dos seus filhos”, de tantos pais Maiatos e de outros lugares. Ficamos à vossa espera!

E, já agora não se esqueçam que Deus continua a chamar pelo nome cada pessoa para uma vocação concreta, porque ama cada pessoa com amor original, único e irrepetível.

E, tu jovem (ou menos jovem) já pensaste que Deus te pode chamar a entregares a tua vida à Causa do Evangelho?! Maria Emilia um dia também disse “Sim” e entrou no sonho de Deus! E, tu queres fazer parte deste sonho?!

Irmã Isabel

s. miguel da maia ▪ 9

LEIGAS MISSIONÁRIAS DE PARTIDA PARA MOÇAMBIqUEA Bárbara é italiana e tem 37

anos, a Catarina é polaca e tem 25 anos. Elas pertencem ao grupo dos Leigos Missionários Combonianos (LMC) e chegaram a Portugal no dia 7 de janeiro para aprenderem a lín-gua portuguesa em preparação para o trabalho missionário que irão de-senvolver em Moçambique

Chegaram cheias de entusiasmo e alegria, dispostas a superar todos os obstáculos que encontrarem pela frente para poderem atingir o seu objectivo de partir para a Missão.

A Bárbara começou a interessar--se pela vida missionária quando, há cerca de dez anos atrás, fez uma via-gem de turismo ao Quénia na África com um grupo de jovens italianos. Em Nairobi, capital do Quénia, vi-sitou um projecto no bairro pobre de Korokocho e ficou impressiona-da com a situação em que viviviam milhares de pessoas nesse bairro e com o trabalho missionário que um irmão comboniano desenvolvia no meio daquela gente. Tendo voltado à Itália começou a frequentar os en-contros que os missionários combo-nianos faziam com os jovens no nor-te da Itália. Participou também em várias iniciativas organizadas a ni-vel nacional pelos missionários, tais como, “A Caravana da Paz” e outras.

P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

A sua participação durante três anos no programa dos jovens deu-lhe a possibilidade de conhecer melhor o carisma comboniano, de fazer um discernimento pessoal sobre o ca-minho a seguir e de tomar uma deci-são sobre a sua vocação. Tendo des-coberto que Deus a chamava para ser Leiga Missionária Comboniana, começou a frequentar o programa de preparação dos leigos para partir para a Missão. E finalmente chegou a hora de deixar a sua terra. Está em Portugal para aprender a língua portuguesa para depois partir para Moçambique. Não foi fácil deixar a sua fámilia e amigos, mas anima-a a vontade de ajudar os mais pobres, seguindo o carisma de São Daniel Comboni.

A Catarina teve o primeiro con-tacto com os missionários em 2010 quando um missionário combonia-no veio à sua paróquia na Polónia a fazer atividades e encontros de animação missionário. A partir daí, começou a participar em retiros e encontros para jovens, organizados pelos combonianos. Em 2013 parti-cipou numa experiência missionária de um mês no Quénia, juntamente com outros cinco jovens polacos. Em 2014 foi admitida oficialmente como membro dos Leigos Missio-

nários Combonianos. Em Janeiro de 2016 chegou a Portugal para apren-der o português a fim de partir para as missões em Moçambique. A Ca-tarina tem uma licenciatura ligada à informática no campo da medi-cina. Tem um irmão sacerdote que atualmente exerce o seu ministério sacerdotal na Suiça. Os seus pais apoiam a sua partida para as mis-sões, embora seja sempre dificil ver a filha partir para longe.

Nós acompanhamos estas duas jovens com as nossas orações e a nossa amizade e desejamos-lhes as maiores felicidades e muitas bên-çãos de Deus. Ficamos-lhes agra-decidos pelo exemplo que elas nos dão de generosidade e de espírito missionário.

PARÓqUIAS COM DINAMISMO MISSIONÁRIOAo ler a mensagem do Papa Fran-

cisco para o dia Mundial das Vocações, que este ano se realiza, no dia 17 de abril, domingo do Bom Pastor, eu re-cordei-me da minha experiência nas missões.

Durante os anos que passei na África trabalhei onze anos na paróquia de Lilan-da, um enorme bairro pobre na periferia da grande cidade de Lusaca, capital da Zâmbia. Entre tantas outras coisas, uma das experiências que mais ficou grava-da no meu coração foi a celebração do batismo dos adultos. Todos os anos na noite de Sábado Santo da Páscoa da Res-surreição mais de cem adultos, alguns já velhinhos, recebiam o batismo depois de muitos anos de catequese.

A igreja, onde cabiam mais de mil pessoas, estava sempre apinhada de gente. A celebração era bem preparada

P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

e toda a gente participava com muita alegria e dignidade ao ritmo de cân-ticos lindíssimos. Era uma autêntica explosão de alegria; uma alegria genui-na que brotava do fundo do coração: a alegria de nos sentirmos filhos de Deus, amigos de Jesus e membros da Igreja.

Hoje fala-se muito na crise de vo-cações e perguntamo-nos porquê. Ha-verá crise de vocações porque, entre outras razões, também há crise de fé. Sabemos bem que as vocações não caem das nuvens e que a vida cristã não pode ser vista só como uma mera tradição que nos habituámos a seguir ou como uma doutrina que aprende-mos de cor e continuamos a repetir. Hoje mais do que nunca há uma gran-de necessidade de viver e celebrar a fé cristã de uma maneira nova, que toque profundamente o coração das pessoas, e que seja testemunho da alegria do evangelho. Nesse sentido, o Papa con-vida todo o cristão a renovar o seu encontro pessoal com Jesus Cristo e a tomar a decisão de se deixar encon-trar por Ele.

Na Mensagem para o dia mundial das vocações o Papa Francisco acen-tua a importância que as paróquias e as comunidades cristãs têm no cresci-

mento das vocações. O Papa exprime o desejo de que todos os cristãos, ao longo do Ano Santo da Misericórdia, possam descobrir a vida cristã como um chamamento de Deus e um dom da misericórdia divina, e possam expe-rimentar a alegria de pertencer à Igreja como a casa da misericórdia e o ter-reno onde a vocação germina, cresce e dá fruto. Ao participar na vida e nas atividades das paróquias, o cristão vê alargar-se o próprio horizonte eclesial, entra em contacto com os vários mi-nistérios e carismas da comunidade e, no serviço que desenvolve no seio da comunidade, descobre a sua vocação específica. Deste modo, a comunidade cristã torna-se a casa e a família onde nasce a vocação cristã.

Para isso, é preciso que as paró-quias sejam comunidades atrativas e dinâmicas onde se respira e se expe-rimenta a alegria do evangelho. Vamos todos trabalhar para que as nossas pa-róquias sejam comunidades cheias de dinamismo missionário. Neste tempo de Páscoa, gritemos bem alto que Je-sus Cristo está vivo no meio de nós e enche os nossos corações de alegria. Somos o povo da Ressurreição. Alegria é a nossa canção!

Neste mês de março, como em todos os marços, re-lembramos o pai. De uma maneira ou de outra, quase to-dos tentam homenagear o seu pai. Os pequeninos com um presente feito na escola, chegam entusiasmadíssimos com o presente na mão, prontos para o entregar de imediato. Os maiores com um pouco de imaginação “inventam” um presente, um cartão, uma carta, algo retirado da internet. Os mais velhos com um presente comprado ou um simples abraço e uma flor, por falta de tempo ou por falta de ima-ginação ou porque acham que é suficiente. Alguns acham mesmo que não o devem fazer por achar que é um dia comercial e que o dia do pai devia ser todos os dias. O certo é que é sempre bom comemorar algo que nos encha o coração e nos possa fazer felizes e fazer os outros felizes.

Eu, neste mês de março, como em todos os marços, como em todos os meses do ano, homenageio um pai. Um pai presente, sempre presente. Mesmo quando está fisica-mente ausente está sempre aí. Um pai que, “antes de o ser já o era”. “Já o era” pelo modo como lidava com a futura mamã. Mimos para a mamã, compras para o bebé ainda não nascido, as preocupações das consultas pré-natais e os exa-mes sempre em dia e a horas. “Já o era” pelos sonhos so-nhados com a sua companheira de sempre. Sonhando com os olhos abertos e cumplicidade. “Já o era” pelos projetos

Começo por pedir desculpas, pois no mês fevereiro fa-lhei com o jornal da paróquia, sendo assim venho contar-vos o que de mais íntimo se passou no meu coração nos três dias que estive na casa de São Paulo em Cortegaça (de 27 de janeiro a 30 de janeiro). Chegado a Cortegaça e feitas as apresentações, serenamente, deixei a mente divagar, no meu interior começou a brotar uma alegria profunda, pouco a pouco, a minha mente começou a concentrar-se em Deus. No mais intimo de mim sentia uma paz profunda. Dentro de mim saboreava a vida, a bondade, a alegria, a paz, o diálogo e o amor. Senti que Deus estava ali comigo num diálogo cons-tante e sereno, posso dizer numa profunda oração. Sentia--me em harmonia comigo e com os outros, numa verdadei-ra comunhão e felicidade, perceber que sou família de Deus. Ali, naquela casa saboreei a bondade do coração humano, percebi o drama dos mal-amados, senti o desejo que todos fossem felizes, que perder-me é não encontrar-me com os outros. Vi a inutilidade dos que gastam a vida à procura do poder e prestigio. Eu sei que saborearei eternamente a vida, a comunhão e a reciprocidade amorosa na medida que me

Conceição Dores de Castro

José Carlos Niovais

rabiscados com a esperança de os poder realizar, dar um futuro risonho ao seu rebento. “Já o era” pela ansiedade do dia do nascimento do seu bebé. Consciente da sua condi-ção humana fraca e débil assumiu ser pai com todas as suas forças e com o coração.

Este pai que sentiu a fragilidade de ser pai ao acolher nos seus braços o seu bebé acabado de nascer. Este pai que assumiu a sua condição de pai para toda vida. Este pai que assumiu o desafio de educar um ser frágil e indefeso. Este pai que não precisa de manuais para o ser… Este pai é pai a tempo inteiro e por inteiro. Nas alegrias e conquistas, nas fragilidades e receios do seu rebento está presente e apoia--o incondicionalmente, contudo, deixando transparecer a sua posição e opinião. É terno, é meigo, é sereno, é firme, é justo. Sabe ouvir, dizer “não”, ceder, conquistar.

Como as palavras já me faltam aproveito as do Professor Abel Dias - o seu próprio testemunho “A alegria de tornar--se pai”, Audácia, março/2016 - para “reforçar” este texto--homenagem: “Ser pai é gerar, é suprir, é proteger, é amar, é promover, ser pai é possibilitar segurança e estabilidade.”

Este pai, que “antes de o ser já o era”, é pai, mais ou menos, há vinte anos… Este pai é o pai da Lúcia!

Obrigada Jorge por seres o pai da minha filha…

realizar na história, realizar-me como homem, compreen-der que tenho de me encontrar para dar sentido à vida. Ter momentos de encontro com Deus no Espirito Santo, estes momentos só serão autênticos na medida em que não me afastem da tarefa dos compromissos com os outros. Eu não me posso realizar sozinho, preciso dos outros, do mesmo modo, os outros precisam de mim. Não me apetecia deixar aquela casa, pois aqueles momentos foram fortes e inten-sos. Mas tinha que vir, o mundo cá fora esperava por mim. Feliz, voltei para casa com um plano na cabeça: Quero que a minha vida seja mediação de fraternidade, concórdia, paz e diálogo com todos, quero ser agente de entendimento e reconciliação, quero ser medianeiro de alegria no meio dos meus companheiros, quero despertar a bondade que existe no coração de cada um, vou evitar que alguém, por minha causa, fique mais pobre, mais infeliz, mais triste, ou em maior solidão. Com esta aventura fiquei muito mais rico, compreender e responder ao chamamento de Deus. Entrar na vida e na aventura de Deus.

DIA DO PAI

O MEU ENCONTRO COM DEUS

PREPARAR A PÁSCOA

10 ▪ s. miguel da maia

Recomeçamos, na Quaresma, os quarenta dias de prepa-ração interior para viver bem a Páscoa. Preparar o coração para o que aí vem é uma atitude muito sábia. Um coração que espera e se prepara é um coração que anseia, que cuida e ama aquilo que vai acontecer. Preparar o coração não é estar fechado ao inesperado e diferente, mas estar mais aberto e disponível para essa mesma realidade e para a sua surpresa. Ao preparar o meu coração, faço dele um terreno mais fértil, porque mais disponível para viver esta vida que é minha.

Tenho que mobilizar tudo o que sou e quero ser nesta preparação, sem com isso deixar de viver o presente e o que este nos traz.

Preparar o coração não é esquecer o que sou agora e desejar apenas o que aí vem. Preparar o coração é viver

o que sou hoje, esperando e sonhando com o que vive-rei amanhã. Porque a verdade é que somos sempre uma mistura do que já vivemos , do que estamos a viver e do que havemos de viver.

A Quaresma é um tempo de alegria. É um caminho para a ressurreição. A nossa vida é um deserto. Trazemos connosco uma sede, um desejo de viver a alegria da mi-sericórdia e da ressurreição. Na quaresma preparamo--nos para acolher Cristo ressuscitado. Há que aproveitar a Quaresma para combater a nossa natureza orgulhosa, pois não há conversão sem humildade. Somos pessoas em movimento constante ao encontro do Senhor que nos espera na sua ressurreição.

Mário Oliveira

O TRAJECTO DO IRÃO Arlindo Cunha

s. miguel da maia ▪ 11

Remonta a tempos muito antigos a história do Irão, atravessada, como a de muitos outros países e impé-rios, por períodos de guerra, de paz, de vitórias e de derrotas. Desde o século VII que o país, então designa-do de Pérsia, adoptou o islamismo, sendo o ramo xiita deste, profes-sada actualmente por mais de 90% da população, considerada a religião oficial do Estado.

O Irão que hoje conhecemos resulta da chamada revolução de 1979, que depôs o Xá Reza Pahla-vi, o segundo e último líder do regi-me monárquico autocrático iniciada em 1925 e que mudou a designação oficial do país de Pérsia para Irão. Como sucede tantas vezes na histó-ria, o reinado dos Pahlavi estava mi-nado pelo divisionismo e corrupção, tendo caído de podre. Apesar de ter modernizado o país, a sua oposição simultaneamente às forças demo-cráticas e ao poder do clero (xiita), em simultâneo com um cariz pro-gressivamente ditatorial, acabaram por cavar a sua sepultura, não obs-tante o apoio dos Estados Unidos e das forças ocidentais, que detinham grandes interesses económicos no país, designadamente no sector do petróleo e do gás natural.

Na sequência de tumultos que se tornaram incontroláveis, sob a lide-rança do líder religioso supremo, o aytola Ruholla Khomeini, exilado em França durante 14 anos, o xá Reza Pahalavi foi obrigado a resignar ao poder e a fugir do país. Após o re-gresso de Khomeini em1979, a revo-lução atinge o seu auge, com a abo-lição da monarquia e a aprovação de uma nova constituição nesse mesmo ano, que cria oficialmente a Repúbli-ca Islâmica do Islão.

Vêm estas notas de carácter his-tórico a propósito das últimas elei-ções para o Parlamento iraniano, onde as forças moderadas tiveram uma estrondosa vitória sobre as conservadoras e do entusiasmo que

isso gerou no Ocidente. Este movi-mento reformista tem a sua âncora recente na eleição em 2013 do ac-tual Presidente da República Has-san Rohani e foi consideravelmente impulsionado pelo acordo sobre o controle da energia e equipamento nuclear celebrado com a comuni-dade internacional sob supervisão das Nações Unidas (ONU). Neste contexto, a imprensa noticiou uma aceleração do processo de abertu-ra do país ao exterior, falando-se da intenção do actual governo em pri-vatizar partes consideráveis da sua economia.

Não obstante o isolacionismo em que tem vivido desde 1979, o Irão é uma das maiores potências na região, com um território de 1,6 milhões de Km2, 83 milhões de habitantes, fortíssimas reser-vas de petróleo e com as maiores reservas mundiais de gás natural. Isso explica o entusiasmo do oci-dente, designadamente das grandes potências económicas, incluindo a vizinha Rússia e a quase vizinha Itália, visitada há cerca de um mês pelo presidente Rohani. Refira-se, a este propósito, que toda a impren-sa esteve focada na divulgação da caricata situação de as autoridades italianas terem sido, por imposição do protocolo de estado iraniano, obrigadas a tapar as estátuas dos jardins do Museu Capitoline, para que a imaculada vista de sua exce-lência não fosse conspurcada pela a infiel visão naturalista das estátuas renascentistas que desde há séculos embelezam o jardim daquele belo palácio romano….Por isso, como de costume nestas situações, se dis-traiu do essencial: a celebração de cerca de 60.000 milhões de euros de contractos com empresas italia-nas para investimento no país.

Sem por em causa esta abertura, convém não incorrer num excesso de entusiasmo, se tivermos em con-ta a arquitectura do regime político emanado da Constituição de 1979. Quem manda realmente no país, não é o reformista Rohani, Pre-sidente da República, mas o Líder Supremo, o Ayatola Ali Khamenei, sucessor do carismático líder da re-volução islâmica, Ruholla Khomeini e designado a título vitalício pela Assembleia de Peritos – eleita por sufrágio universal…mas constituída exclusivamente por clérigos xiitas!.

É que cabem ao líder supremo “apenas” os seguintes poderes: che-fia das forças armadas e nomeação dos respectivos comandos, nomea-ção dos chefes da segurança interna, nomeação dos juízes e demais titula-res de cargos judiciários, nomeação dos directores de jornais, rádio e te-levisão, etc. E, já agora, mais um: o de demitir o presidente da república, se entender que este não está a gover-nar o país em conformidade com a constituição…

Ou seja, estamos num país em que o Chefe de Estado não é, como nas repúblicas laicas e nos Estados de Direito, o Presidente da Repúbli-ca, mas o líder religioso. O presiden-te, apesar de ser o único órgão de soberania, além do Parlamento, elei-to por sufrágio universal para man-datos de quatro anos, desempenha funções essencialmente executivas, através do governo que ele próprio nomeia e coordena. Todo o sistema assenta, assim, num conceito teo-crático do poder e da sua aplicação prática, através do modelo constitu-cional.

Basta esta breve incursão pelo imbricado sistema político-religioso do Irão para refrearmos entusias-mos de leitura fácil sobre as con-sequências profundas na sociedade iraniana desta vitória dos modera-dos nas eleições para o Parlamento.

Existe, de facto, uma certa evo-lução no sentido de abertura da economia iraniana aos investidores externos. Resta saber se essa ten-dência se vai alargar aos domínios essenciais da tolerância religiosa, do respeito pelos direitos humanos e a algo mais substancial de democrati-cidade. É que, a avaliar pelo que ve-mos na Arábia Saudita e em alguns emiratos do Golfo Pérsico, o capi-talismo “dorme bem” com tais regi-mes!

12 ▪ s. miguel da maia

NOTICIAS DOS ESCUTEIROS - VIGILIA E PROMESSAS

Por uma Juventude Melho - Joaquim dos Santos Pena

CONVERSÃO PASTORAL DA IGREJA

Criou surpresa a "saída"do Papa Francisco,que foi visitar,em Roma,uma casa de acolhimento de pessoas inválidas e idosas.

Surpresa,quer para os próprios internados quer para o pessoal de apoio: nunca teriam imaginado que o Papa com os seus muitos afazeres,tivesse tempo para eles! E tudo de uma forma absolutamente normal e simples, conforme as obras de misericórdia.

De igual modo, a visita do Papa Francisco à sinagoga de Roma foi um acontecimento singelo: um encontro entre " hebreus e cristãos, irmãos e irmãs da única família de Deus, que os protege como

seu povo". Desta vez,porém, os holofotes dos meios de comunicação estavam apontados sobre este momento, considerado

"histórico " pelos protagonistas. Um momento que terminou com uma comovente afirmação:Nem a violência nem a morte terão a última palavra diante de Deus, que é o Deus do amor e da vida.Nós devemos rezar com insistência, para que nos ajude a pôr em prática na Europa, na Terra Santa, no Médio Oriente,

na Africa e em todos os cantos do mundo, a lógica da paz, da reconciliação e da vida.Estas " saídas " do Papa Francisco estão na linha daquela "Igreja em saída " que constitui o novo paradigma da pastoral

que ele quer implementar.A Igreja não é um museu,é o povo de Deus em peregrinação, a caminho pelas estradas da história.O " sonho " do Papa Francisco é uma igreja que abrace a terra sem possuí-la e uma fé autêntica que inclua o profundo

desejo de mudar o mundo.E só a misericórdia pode salvar o mundo.

Os passados dias 29 e 30 de Janeiro, foram dias grandes para os Escuteiros do nosso Agrupamento pois houve um momento inolvidável para cada um dos que fizeram a sua Promessa pela primeira vez e para os que renovaram a mesmo por terem, por força da idade mudado de Secção.

Sexta feira pelas 21.30h, e sob a presidência do nosso Assistente Revº Padre Domingos Jorge, os Lobitos, os Escuteiros, os Dirigentes e os Pais, reuniram emVigilia de Oração, qual cavaleiros medievais à volta de uma fogueira no adro da Igreja para iniciarem um momento de reflexão e oração, para que lhes fosse concedida a força

para serem fieis ao compromisso da promessa que fariam no dia seguinte.Seguimos para o interior da Igreja de Nª Sª da Maia que rapidamente

se encheu com todos quantos quiseram participar neste gesto humilde de pôr nas mãos do Divino Chefe as nossas fraquezas e os propósitos de querer ser melhor hoje do que ontem e amanhã melhor que hoje.

Como anunciou o nosso Papa Francisco, este é o Ano do Jubileu da Misericórdia. Quisemo-nos associar ao convite feito pelo mesmo para que os jovens de todo o mundo “redescobrissem as obras de misericórdia” corporais e espirituais na missão de abraçar um mundo mais Misericordioso para com todos os nossos Irmãos e isso foi reflectido numa Oração que fizemos. Os comentários que dão enfase a cada artigo da nossa Lei, foram adaptados e reflectidos com base nas Obras de Misericórdia.

Nestas perto de duas horas questionamo-nos sobre o que é a Vigília que é associada a oração, reflexão, preparação para algo de importante que iremos viver.

Todos sabíamos que no dia seguinte íamos fazer a nossa PROMESSA, acto simples mas tão cheio de significado tendo em conta que só se compromete quem promete e que quem promete cumpre, pois caso contrário, não se compromete. Podemos afirmar que a promessa é um ponto de partida , não uma meta, é um acto pessoal, um acto comunitário e é um acto externo. A Promessa vive-se no cumprimento da Lei. A Promessa é compromisso com a Felicidade. A Lei é o caminho para a Felicidade.

Para nós que somos Cristãos tudo isto adquire um horizonte novo na Pessoa de Jesus Cristo. Por Ele, com Ele e n’Ele , tanto o compromisso como a pista são assumidos na Comunidade Católica, já que somos Escutismo Católico. A Promessa surge como o compromisso com Ele e a Lei como pista para Ele e foi acreditando nisso que fizeram a sua Promessa 15 Lobitos, 21 Exploradores , 7 Pioneiros e 3 Caminheiros.

Também aproveitamos a ocasião para agraciar a Pioneira, Mariana Rafaela Rodrigues Cardoso com a distinção Nó de Mérito , pelo exemplo que tem sido e esperamos continue a ser na sua Secção, no Agrupamento e no Movimento, ao longo do seu percurso escutista. Que o seu exemplo frutifique.

Todos, e foram muitos, que encheram por completo a Igreja , saíram mais conscientes que o Movimento Escutista quando bem vivido é um bom complemento para a formação dos seus filhos, como Homens e como Cristãos.

Dar-vos-emos notícias no próximo número da grande aventura vivida pelos Pioneiros na travessia da Serra do Marão e na Campanha de recolha de dádivas de sangue organizada pelos Caminheiros deste nosso e vosso Agrupamento de Escuteiros.

(Frei Severino, in Mensageiro de Stª António)Mário Pires

s. miguel da maia ▪ 13

Fé E LIBERDADEO mediatismo a que estamos hoje sujeitos facilita

certas confusões que em todo o caso, não só não fazem sentido, como revelam tentativas de manipulação que devemos afastar.

Quando por vezes me tentam condicionar, procu-rando arrastar a minha Fé para o território do racio-nalismo relativista em que a Liberdade é reduzida a um conceito ideológico do Direito, lá tenho que explicar serenamente que a Fé que professo é para mim, em sen-tido muito lato, expressão da mais profunda Liberdade que o Criador concedeu à Humanidade.

Tanto assim é, que me é dado fazer as escolhas es-senciais da minha vida. Posso escolher entre o bem e o mal, posso escolher entre querer saber que caminhos existem, e decidir livremente os que quero trilhar, dei-xando-me conduzir pela Fé que o Criador infunde no meu coração. E isto não advém de nenhuma verdade científica, porque não é território da Ciência. É do do-mínio da transcendência.

Confrontamo-nos cada vez mais, com as contradi-ções de um Estado que na sua ânsia de levar a sua laici-dade ao extremo, parece não enxergar que ao afrontar a família e os seus valores estruturantes, destrói o hu-manismo e acaba por pôr em risco as bases do próprio Estado.

Enquanto Católico e homem livre, aceito que o Es-tado seja laico, deixando à expressão da Liberdade de cada um, o acolhimento das crenças e práticas religiosas que professa. Mas já não compreendo porque razão não adota precisamente os mesmos princípios face às ideo-logias políticas, sociais e económicas.

Não deixa de ser curioso, que os mesmos paladinos da Liberdade ideológica relativista que antes apelida-vam a família de “resposta” socialmente conservadora e a elegiam como um conceito a liquidar, querem agora apropriar-se precisamente desse mesmo conceito, para legitimar as uniões entre pessoas do mesmo sexo e daí convocar a compreensão geral da sociedade, para a ado-ção.

Agora o casamento e a família já interessam como instituições. Quem ao longo de séculos as conservou, parece até merecer a condescendência de extremidades que se querem deslocar para o seio da sociedade. Ex-tremidades que noutros tempos se apresentavam como contracultura. Contracultura que hoje quer importar para o léxico da linguagem social, novos significados para palavras cujo sentido advém da própria Natureza. Ou será possível dizer que dois galos ou duas gatas, são um casal?

É preciso dar atenção às questões da linguagem. Sim, porque a linguagem não é inócua, e a forma pode es-conder muito conteúdo que não é compaginável com a essência da Fé Católica.

Devemos receber toda a pessoa humana sem olhar a género, orientações de vida ou escolhas pessoais que decorrem da sua própria consciência. Mas será que de-vemos aceitar como norma, aquilo que nem sequer é natural? Só porque há uma pressão mediática que pela via da anarquização dos valores, tudo quer confundir, fazendo parecer que a ética e a moral são preconceitos culturais que carecem de ser relativizados.

Essa mesma cultura do relativismo vem agora invo-car a Liberdade de escolha, em defesa da morte e da nova cultura do descarte.

A questão de fundo, é que volta à colação a possi-bilidade de legalizar a morte assistida. Assistida precisa-mente pelos mesmos a quem está confiada a missão de cuidar da saúde e lutar pela vida.

Viver com dignidade até ao fim é o que todo o ser

humano tem direito. E isso será o mesmo que reclamar o direito a morrer com dignidade?

Estamos diante uma questão tão fundamental que nenhum Católico pode deixar de meditar sobre ela, tan-tas e tamanhas são as interpelações que o problema nos coloca.

Mas antes de avançar nessa meditação essencial, há perguntas que não podemos deixar de fazer.

Morrer com dignidade não é afinal a nossa herança secular, com fundas raízes éticas, morais e civilizacionais?

Não vai há muitos anos, que as pessoas morriam em casa, ou mesmo que estivessem hospitalizadas, vinham para morrer em casa, rodeadas do aconchego afetuoso dos seus entes mais queridos.

Uma cultura que o Estado foi liquidando aos pou-cos, para trocar o fim de vida assistido pelo carinho da família, por uma morte assistida por técnicos de saúde, que nessa hora já não o serão. Serão porventura outra coisa… Serão talvez juízes que irão decidir se o sofri-mento alheio é útil à luz do relativismo, cada vez mais económico, e menos social ou ideológico.

E este é, lá bem no fundo, o maior dilema, ao qual escapa a compreensão de muitos ateus e agnósticos. Não têm Fé, e em consequência disso, não conseguem encarar o sofrimento humano, a não ser numa lógica uti-litarista. E não adiantará que muitos Cristãos lhes teste-munhem as suas experiências espirituais de sofrimento, que de um ou de outro modo, os transformou profun-damente, porque souberam dar-lhe um sentido de vida. Não é lógico, não é racional, não é humano, e eu digo que até têm razão, porque não é nada disso. Transcende tudo isso…

É este Estado laico que desdenha da Caridade, que nos propõe aniquilar os mais sagrados valores da dig-nidade humana, muito embora invoque por vezes uma coisa, e pratique depois outra completamente oposta.

Um Estado que nas últimas décadas tudo fez para acantonar em redutos institucionais, as crianças, os jo-vens e os velhos, procurando esvaziar a missão da família

O objetivo bem o sabemos, era fornecer mão-de--obra mais disponível e menos comprometida com as suas obrigações familiares e sociais, em razão da desre-gulação do trabalho.

Mulheres, mães e esposas, homens, pais e maridos, passaram a trabalhar por turnos, a viver mais no desen-contro do que na partilha do tempo e do afeto, e claro, a família inevitavelmente haveria de se ressentir.

Hoje, as famílias têm de arrostar com impostos que castigam as suas opções de natalidade mais ousada, en-quanto os governantes se dizem preocupados com o problema. Será que estão mesmo?

O Estado somos todos nós. E eu, assumindo a minha quota-parte de responsabilidade, expresso a minha von-tade de ter um Estado que defenda a dignidade da vida. Da vida até ao fim, com assistência médica de qualidade, que em vez de querer legalizar a eutanásia, se preocupe em assegurar respostas de retaguarda, com cuidados in-termédios e continuados que proporcionem a dignidade que tanto invoca.

Gostava que as leis protegessem mais a família, e permitissem o encontro e a partilha da vida dos casais, em vez de os desencontrar e afastar, criando condições para que a natalidade caia para níveis alarmantes, os di-vórcios para números recorde e os casamentos tendam para se tornar acontecimentos invulgares.

Espero que o Estado, quer dizer quem o Governa, não se lembre um dia destes, de legislar sobre a felicida-de. Se isso acontecesse, felizes dos que têm Fé…

Victor Dias

No passado dia 27 de fevereiro, as crianças dos grupos da infância e os seus pais recordaram, em atividade conjunta da catequese, a Via Sacra.

De forma simples e recorrendo à representação das Es-tações seleccionadas, procurou-se dar a conhecer o caminho percorrido por Jesus, desde o momento em que foi traído, por um dos seus, até ao momento em que foi crucificado e morto.

De igual forma, procurou-se trazer para as suas vidas, através de pequenas orações, o contexto necessário para perceberem que recordar o caminho sagrado feito por Jesus é também olhar para as suas atitudes e acções para com a família e outros adultos, para com os seus colegas de escola, da catequese e outros com quem convivem. Neste ponto, a Via Sacra, especialmente preparada para os mais novos, não deixa de poder tocar os adultos e motivar à interioridade e reflexão.

Quantas vezes somos como Judas e traímos o amor de Deus, o amor dos que nos estão mais próximos e o respeito que devemos a todos? Quantas vezes, como Judas, traímos os nossos valores, deixando que a ambição desmedida atro-pele aqueles que se cruzam no nosso caminho e o nosso querer leve a melhor?

Quantas vezes somos como Pedro e negamos Jesus? Mes-mo que cumpramos os preceitos e os rituais não serão poucas as vezes em que as nossas palavras e ações entram em conflito.

E porque Jesus não permaneceu na Cruz mas, vive, quantas vezes somos como Tomé e vivemos com dificuldade em acreditar?

Mas, se somos, tantas vezes, como Judas, Pedro e Tomé, somos igualmente e inúmeras vezes, como Simão de Cirene e não nos negamos a ajudar os outros.

E somos como Verónica que corremos para aliviar o so-frimento do próximo.

E como Maria, que não abandona, permanece junto, es-pera e acredita.

O caminho pode ser sempre vivido de forma diferente. A diferença reside nos papeis que assumo e na forma como os assumo.

Páscoa Feliz!

SEGUIR JESUS

14 ▪ s. miguel da maia

AJM-PERDOAR AS INJúRIASPerdoar sempre. Mas é pelo tempo quaresmal que mais

somos solicitados a faze-lo. Escolhi este tempo de reconci-liação para abordar este profundo Ato de Misericórdia. Diz o provérbio que as “desculpas não se pedem, evitam-se…” Pois, mas quem dos mortais está isento de pequenos ges-tos ou palavras que possam melindrar os outros, mesmo sem intenção! A humildade é a grandeza do ser humano.

-E se alguém não disser coisas verdadeirasQue tenham a ver com as tuas maneiras?-Quem fala dos outros sem saber o que dizMais cedo ou mais tarde sentir-se-á infeliz.-Quem inventa histórias sem fundamentoPoderá contradizer-se ao longo do tempo.-“Nunca digas mal do teu vizinhoPorque o teu mal já virá a caminho.”-Diz-se das sementes de más qualidades…“…Quem semeia ventos, colhe tempestades”-Não injuriar, mesmo que seja injuriadoÉ como perdoar, para ser perdoado.-Se perdoar tem laivos de honra e glóriaValeu o teu gesto de Misericórdia!Março de 2015/01/04

Aos Pais

Pai e MãeEscrevem-se com três letras Um til e um ponto.São Pai e MãePorque em algures tiveram encontro.

Pai e MãeSão estacas e marcos. Luz a seguirPor serem Pai e MãeDevem ser guias e mestres no sorrir.

Estacas direitasDemonstrando verticalidadeMarcos.Para serem ponto de encontroLuz.Para iluminarem os filhos.

As palavras. Pai e MãeSão tão pequenas E tão significantesPara tantos poemas!

Se Pai e MãeDistorcem os procedimentosE são para os filhos, lamentosMelhor fora não os terem gerado…

Ser pais. Ou ter paisÉ uma grande graça.Que arrasta no tempoUm agradecimentoPela saudade que grassa.

Aos pais que partiramVotos de paz.Aos filhos que os perderamFé e coragemNeste mês dos Pais.Ou?! Da miragem…

…Estou muito grato a DeusPor ainda poder beijar os meus!

Paula Isabel

Henrique António Carvalho

PAPA FRANCISCO PEDE AOS MéDICOS MAIS HUMANIDADE

O Papa Francisco durante o seu discurso na XXII As-sembleia Plenária da Pontifícia Academia para a Vida afirmou que “Não bastam a ciência e a técnica: para cumprir o bem é necessária a sabedoria do coração”. Declarou que as ins-tituições responsáveis pelo serviço à vida não promovem apenas ações boas, por vezes colocam em primeiro lugar os aspetos económicos. Hoje em dia, os conhecimentos científicos e instrumentos utilizados nestes meios são mui-to desenvolvidos, contudo “às vezes falta a humanidade”.

Segundo o Papa, a Escritura ensina-nos que o coração não é só dos afetos mas também da espiritualidade. Ajuda--nos nas decisões, influencia o nosso pensamento, o nosso modo de ser. “Quando o coração se distancia do bem e da verdade contida na Palavra de Deus, corre tantos perigos, permanece privado de orientação e corre o risco de cha-mar o bem de mal e o mal de bem; as virtudes perdem-se, entra mais facilmente o pecado, e depois o vício”.

Deste modo, o Papa Francisco pede aos médicos que conjuguem a ciência e a humanidade, sendo que esta atividade se inicia nas faculdades, onde se deve instituir estas duas partes nos seus programas de formação. O Papa exorta os responsáveis pela defesa e promoção da vida.

Finalmente, o Santo Padre afirmou que os atos do mal estão camuflados de virtudes. Para que tal não aconteça as nossas ações devem ser geradas “através de um contí-nuo discernimento e se enraízem em Deus, fonte de toda virtude”. Maria Lúcia

Côngrua ParoquialUma palavra de gratidão a todos os que já cumpriram este seu dever. Se ainda não o fez pode dirigir-se aos Cartórios Paroquiais e lá entregar a sua OFERTA (Côngrua). Tempos atrás, ia-se pelas portas, para já ninguém vai, pois a responsabilidade é de cada um.Um dever cumpre-se .

s. miguel da maia ▪ 15

Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia), NIB 0045 1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .

Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS.

IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISEm Fevereiro recebeu-se

2º Domingo- 432,60; Quarta-feira de Cinzas 153,953º Domingo 495,49;4º Domingo 432,01;1º Domingo de Março 565,78; Várias 474,34 Sagrada Família (Cartório) 21,42, Cofre da Igreja NªSª da Maia (Janeiro/Fevereito): Santíssimo 30,84; NªSª da Maia, 29,90. S. Miguel 10,35; Obras 6,58

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL da MAIA - LAR DE NAZARÉ OFERTAS - Fevereiro

Transporte......................................................................424.272,463547 - Por Maria Joaquina Barros ..................................................15,00 A Transportar ........................................................15.00

O LAR DE NAZARé

Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:

PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces)TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃBÍBLIA SAGRADAMedalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D. Armindo e pela Igreja.

ESTES ARTIGOS RELIGIOSOS ESTÃO á VENDA NOS CARTÓRIOS DAS NOSSAS IGREJAS.

ARTIGOS RELIGIOSOS DAS NOSSAS IGREJAS

OFERTAS - ESTáTUA DE SÃO JOÃO PAULO IIAntónio Pinto......... ....................................................................... 10,00 A Transportar ...............................................................20.395,00

O dia 7 de Março foi um dia extraordinário para o Lar de Na-zaré. Foram abertas as portas para a valência de CENTRO DE DIA,

Na simplicidade, mas com gran-de alegria, esse dia foi celebrado

com um almoço simples mas familiar., confecionado pela equipa dop sr. Adão - Rumo ao Mérito. Estiveram presentes: O sr. Pre-sident da Câmara, Eng. Bragança Fernandes, o sr. Vice-Prsidente Eng. António D. Tiago; a Sra Dra Emília Santos (Deputada na Assembleia da República; O sr. Eng. Ângelo Oliveira, Diretor Adjunto do Instituto da Segurança Social- Centro Distrital do Porto,; Dra Ana Miguel Vieira de Carvalho, Vereadiora da Câmara Municipal (Ação Social) e o Sr. Dr. Nuno Ferreira da Silva e os membros dos Órgãos do Centro Social e Sra Dra Sandra Isabel Almeida, Diretora do Lar, funcionários e alguns Clientes, pois foi uma inauguração combinada no dia anterior.

Aceitem o meu muito obrigado.

Agradecemos à nossa Câmara Municipal na pessoa do seu Vice-Presidesnte, Sr. Eng. António Domindgos Tiago os dois Outdoors que estão nos adros das nossa Igrejas.

Luís Fardilha

Pela Cidade...Vivemos tempos de “crise”. A

palavra é constantemente declinada sob várias formas, desde a “crise económica” à “crise social”, passando pela “crise dos refugiados”, a “crise de autoridade”, a “crise financeira”, a “crise das dívidas soberanas” ou várias outras “crises”. Por entre a cacofonia “crítica”, ouve-se, por vezes, uma ou outra voz que tenta lembrar a evidência: na base da situação que vivemos hoje encontra-se uma “crise

de valores”. Perderam-se as referências antigas sem que en-tretanto se tenham afirmado novos paradigmas éticos. Seja nas famílias, seja nas escolas, seja na sociedade em geral, o espaço foi sendo progressivamente ocupado por um relati-vismo moral que mina, silenciosa mas eficazmente, as bases em que assenta a civilização ocidental. As fronteiras entre o bem e o mal, entre o que é correcto e o que é incorrecto, entre o que deve e o que não deve ser feito, esbateram-se de tal modo que a sua flexibilidade permite hoje justificar o injustificável e aceitar o inaceitável. Acabámos a confundir a legalidade com a ética e o direito com a justiça!

Vivendo nesta sociedade moralmente invertebrada, não é difícil encontrarmos pais que claudicam na sua responsabi-lidade educativa, porque são incapazes de afirmarem os seus valores e convicções (quando os têm) perante os filhos. A sua própria formação ética não é suficientemente sólida, de modo a permitir-lhes apresentarem-se como a referência de que os mais novos precisam. Na sua insegurança, sentem-se ultrapassados e postos em causa por uma sociedade que desvaloriza o essencial para impor o culto do efémero e do superficial. Uma sociedade em que o “parecer” roubou o lugar ao “ser” e este perdeu valor para o “ter”. Mas o mais trágico é que a insegurança e volatilidade dos educadores têm cada vez mais consequências desastrosas nos educandos, que não encontram nos adultos ou nas instituições sociais referências morais que lhes sirvam de guias e, desorientados, acabam perdidos e sem rumo.

O espaço privilegiado para uma educação com valores e para os valores é a família. Só depois, como fraco substi-tuto, virá a escola. Há uma responsabilidade inalienável da rede familiar no culto e transmissão de valores éticos. Pela palavra e pelo exemplo, cabe-lhe fazer ver às crianças e jo-vens que dela dependem o que podem e não podem fazer, como devem ou não devem comportar-se com os outros e perante os outros. A lealdade, a honra, a honestidade, a verdade, a compaixão, o respeito pela liberdade do outro… se as crianças e jovens não reconhecem nem vêem cultiva-dos valores fundamentais como estes e outros da mesma natureza entre aqueles com quem convivem mais de perto,

como poderão praticá-los no futuro?Todos sabemos que muitas famílias não estão em

condições de desempenharem eficazmente o seu papel educativo. Desestruturadas, levadas na voragem das infin-dáveis urgências laborais ou caídas no poço sem fundo do desemprego, perdidas na irresponsabilidade parental e no egoísmo narcísico a que convida a espuma dos dias de hoje, demasiadas famílias estão hoje inibidas na sua inalienável missão educadora. Poderá a escola colmatar as suas falhas? Não estaremos a descarregar sobre a escola tarefas dema-siado onerosas e exigentes, que ela não tem os meios nem as condições de realizar adequadamente?

Talvez porque se tornou demasiado evidente a necessi-dade de dar resposta a este profundo problema social, tem sido referida ultimamente a intenção de reforçar o lugar da área de educação para a cidadania no currículo escolar. De acordo com a informação oficial disponível, «a educação para a cidadania visa contribuir para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exer-cem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo, tendo como referência os valores dos direitos humanos.» Apesar de reconhecer a sua relevância no quadro da missão educativa que a sociedade confia às instituições de ensino, o ministério que superintende esta área esclarece que a educação para a cidadania não é «imposta como uma disciplina obrigatória», sendo dada às escolas «a possibilidade de decidir da sua oferta como disciplina autónoma, nos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico». Esta era, pelo menos, a orientação dada pelo governo anterior e que não foi ainda revogada.

Tendo sido já tornada pública a intenção de investir no reforço desta área no interior do currículo, não são no entanto conhecidas as condições e os meios suplementares que serão disponibilizados para a pôr efectivamente em prática. Ainda assim, este parece ser um sinal positivo. En-tretanto, as aulas de Educação Moral e Religiosa Católicas constituem uma oportunidade a não perder neste domínio. Sem proselitismos descabidos, mas afirmando sem hesita-ções timoratas os valores morais e os princípios éticos que partilhamos, este poderá ser um espaço privilegiado para formar as nossas crianças e os nossos jovens nos valores fundamentais que os nortearão durante a vida e farão deles o fermento da indispensável renovação social. Para a nossa sociedade ocidental, que parece envergonhar-se da sua he-rança histórica e cultural cristã, que se mostra vulnerável e titubeante perante as agressões de que é vítima, garantir uma sólida formação moral e ética aos futuros cidadãos será a melhor e mais eficaz forma de assegurar a sobrevivência do seu modo de vida próprio.

EDUCAR PARA A CIDADANIA: COMO E QUANDO?

16 ▪ s. miguel da maia

director e chefe de redacção

P. Domingos Jorge

colaboradores

Ana Maria RamosÂngelo Soares

António MatosArlindo CunhaCarlos CostaConceição Dores de CastroD. Manuel da Silva MartinsHenrique Carvalho

Higino CostaIdalina MeirelesJoão AidoJoão BessaJosé Carlos NovaisJosé Carlos Teixeira

José Manuel Dias CardosoLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C. Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores de Castro

Mª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraP. Francisco José MachadoPalmira SantosPaula Isabel Garcia Santos

tiragem: 1.500 exemplares Impresso na Tipografia Lessa ▪ Largo Mogos, 157 - 4470 MAIA ▪ t: 229441603

t: 229448287/229414272 /229418052 ▪ fax: 229442383 ▪ e-mail: [email protected]: Padre Domingos Jorge ▪ Registo na D.G.C.S. nº 116260 ▪ Empr. Jorn./Editorial nº 216259

s. miguel da maia ▪ boletim de informação paroquial publicação mensal ▪ propriedade da fábrica da igreja paroquial da maia

www.paroquiadamaia.net

março 2016

ano xxviinº 290

correspondentes

Vários (eventuais)

composição

José Tomé