12
Ano XXVIII - Nº 126 - mar/abr 2015 A CIDADE DO RIO DE JANEIRO E A GENEALOGIA 1º de março é dia de festa para os cariocas: nesta data faz aniversário o Rio de Janeiro, uma das cidades mais belas do mundo, que por 197 anos foi capital do país [1763 – 1960]. Este ano comemora um aniversário especial... Há 450 anos, o colonizador português Estácio de Sá desembarcava em uma praia entre os morros depois nomeados Cara de Cão e Pão de Açúcar, onde hoje fica o bairro da Urca. O objetivo principal era expulsar franceses que tinham se estabelecido na Baía de Guanabara anos antes, sem autorização da coroa portuguesa. Ali, o Rio de Janeiro foi fundado pela primeira vez, em 1º de março de 1565. Vencida a luta em 1567, dois anos depois da fundação da cidade, o governador-geral Mem de Sá, parente deEstácio, resolveu mudar de lugar a precária vila, passando da Urca para uma colina, que tomou posteriormente o nome de Morro do Castelo, deixando ali apenas um forte e algumas casas. Por motivos estratégicos, o Rio era “fundado” pela segunda vez. Quando da celebração dos quatrocentos anos da cidade, em 1965, o CBG – um “adolescente” de quinze anos de idade, teve o suporte do governo do então Estado da Guanabara, por meio da Superintendência do IV Centenário, para uma tão inusitada quanto grandiosa tarefa: mapear e identificar aqueles que povoaram a Mui Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Como consta da Revista Brasil Genealógico, publicação do Colégio,: consultando os livros de registros paroquiais, os mais antigos datando de 1616, das paróquias da Sé e da Candelária,foi possível fazer um completo levantamento, até 1900. O trabalho realizado por membros do Colégio Brasileiro de Genealogia estabeleceu dezoito famílias como as autênticas primeiras povoadoras do Rio, com descendentes vivendo na cidade.São elas: a Grugel (Gurgel por corruptela); a Azeredo Coutinho; a Aleixo Manoel; a Abreu; a Viegas; a Barcelos Machado; a Muros, origem da Costa Barros; a Freire, origem da Duque Estrada; a Alvarenga; a Botafogo; a Cunha Tenreiro; a Sampaio; a Mariz; a Rangel de Macedo; a Vilalobos; a Fagundes Varela; a Jordão Homem; e a Correia de Sá. Todas elas são referidas nos livros de registro, que contam ainda com mais de cem outras famílias, aqui chegadas posteriormente e que se entrelaçaram pelo matrimônio às anteriores” RBG - Revista Brasil Genealógico, 1965. E houve uma grande festa no Parque do Flamengo no dia 24 de julho daquele ano, com a concentração dos descendentes dos primeiros povoadores, identificados pelo Colégio, assim descrita na primeira página do jornal O Globo: “Ao som do hino Cidade Maravilhosa e de músicas dos velhos tempos, foi feita a chamada dos dezoito povoadores cuja descendência ainda existe em nossos dias. Era o início da solenidade que reuniu no Aterro do Flamengo cerca de 1.500 descendentes dos primeiros povoadores do Rio. À festa compareceram autoridades e discursos foram feitos. Finalmente, uma queima de fogos de artifício assinalou o fim do acontecimento (...)O Rio de Janeiro talvez seja a cidade brasileira de grande porte que mais tem bairros que evocam nomes de famílias ou de pessoas, o que ensejaria que, além de Maravilhosa, fosse também considerada Cidade Genealógica... Ei-los: Anchieta, Barros Filho, Bento Ribeiro, Botafogo, Brás de Pina, Cavalcanti, Coelho Neto, Cordovil, Cosme Velho, Costa Barros, Del Castilho, Deodoro, Engenheiro Leal, Estácio, Honório Gurgel, Leblon, Lins de Vasconcelos, Madureira, Magalhães Bastos, Marechal Hermes, Maria da Graça, Méier, Oswaldo Cruz, Padre Miguel, Parada de Lucas, Quintino Bocaiúva, Ramos, Ricardo de Albuquerque, Rocha, Rocha Miranda, Sampaio, Senador Camará, Senador Vasconcelos, Tomás Coelho, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vidigal, Vila Valqueire. Com júbilo verdadeiro, o Colégio Brasileiro de Genealogia saúda a cidade do Rio de Janeiro nos seus 450 anos! CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015 • 01

Ano XXVIII - Nº 126 - mar/abr 2015 - cbg.org.br · 1600, e a partir dessas informações, traçou a caminhada histórica de vinte gerações daqueles desbravadores até seus atuais

Embed Size (px)

Citation preview

Ano XXVIII - Nº 126 - mar/abr 2015

A CIDADE DO RIO DE JANEIRO E A GENEALOGIA

1º de março é dia de festa para os cariocas: nesta data faz aniversário o Rio de Janeiro, uma das cidades mais belas do mundo, que por 197 anos foi capital do país [1763 – 1960]. Este ano comemora um aniversário especial...Há 450 anos, o colonizador português Estácio de Sá desembarcava em uma praia entre os morros depois nomeados Cara de Cão e Pão de Açúcar, onde hoje fica o bairro da Urca. O objetivo principal era expulsar franceses que tinham se estabelecido na Baía de Guanabara anos antes, sem autorização da coroa portuguesa. Ali, o Rio de Janeiro foi fundado pela primeira vez, em 1º de março de 1565. Vencida a luta em 1567, dois anos depois da fundação da cidade, o governador-geral Mem de Sá, parente deEstácio, resolveu mudar de lugar a precária vila, passando da Urca para uma colina, que tomou posteriormente o nome de Morro do Castelo, deixando ali apenas um forte e algumas casas. Por motivos estratégicos, o Rio era “fundado” pela segunda vez.Quando da celebração dos quatrocentos anos da cidade, em 1965, o CBG – um “adolescente” de quinze anos de idade, teve o suporte do governo do então Estado da Guanabara, por meio da Superintendência do IV Centenário, para uma tão inusitada quanto grandiosa tarefa: mapear e identificar aqueles que povoaram a Mui Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Como consta da Revista Brasil Genealógico, publicação do Colégio,: “consultando os livros de registros paroquiais, os mais antigos datando de 1616, das paróquias da Sé e da Candelária,foi possível fazer um completo levantamento, até 1900. O trabalho realizado por membros do Colégio Brasileiro de Genealogia estabeleceu dezoito famílias como as autênticas primeiras povoadoras do Rio, com descendentes vivendo na cidade.São elas: a Grugel (Gurgel por corruptela); a Azeredo Coutinho; a Aleixo Manoel; a Abreu; a Viegas; a Barcelos Machado; a Muros, origem da Costa Barros; a Freire, origem da Duque Estrada; a Alvarenga; a Botafogo; a Cunha Tenreiro; a Sampaio; a Mariz; a Rangel de Macedo; a Vilalobos; a Fagundes Varela; a Jordão Homem; e a Correia de Sá. Todas elas são referidas nos livros de registro, que contam ainda com mais de cem outras famílias, aqui chegadas posteriormente e que se entrelaçaram pelo matrimônio às anteriores” RBG - Revista Brasil Genealógico, 1965.E houve uma grande festa no Parque do Flamengo no dia 24 de julho daquele ano, com a concentração dos descendentes dos primeiros povoadores, identificados pelo Colégio, assim descrita na primeira página do jornal O Globo: “Ao som do hino Cidade Maravilhosa e de músicas dos velhos tempos, foi feita a chamada dos dezoito povoadores cuja descendência ainda existe em nossos dias. Era o início da solenidade que reuniu no Aterro do Flamengo cerca de 1.500 descendentes dos primeiros povoadores do Rio. À festa compareceram autoridades e discursos foram feitos. Finalmente, uma queima de fogos de artifício assinalou o fim do acontecimento (...)”O Rio de Janeiro talvez seja a cidade brasileira de grande porte que mais tem bairros que evocam nomes de famílias ou de pessoas, o que ensejaria que, além de Maravilhosa, fosse também considerada Cidade Genealógica... Ei-los: Anchieta, Barros Filho, Bento Ribeiro, Botafogo, Brás de Pina, Cavalcanti, Coelho Neto, Cordovil, Cosme Velho, Costa Barros, Del Castilho, Deodoro, Engenheiro Leal, Estácio, Honório Gurgel, Leblon, Lins de Vasconcelos, Madureira, Magalhães Bastos, Marechal Hermes, Maria da Graça, Méier, Oswaldo Cruz, Padre Miguel, Parada de Lucas, Quintino Bocaiúva, Ramos, Ricardo de Albuquerque, Rocha, Rocha Miranda, Sampaio, Senador Camará, Senador Vasconcelos, Tomás Coelho, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vidigal, Vila Valqueire.

Com júbilo verdadeiro, o Colégio Brasileiro de Genealogia saúda acidade do Rio de Janeiro nos seus 450 anos!

CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015 • 01

02 • CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015

SÓCIOS SÃO NOTÍCIA

• Carlos Eduardo Barata, por conta do aniversário da cidade do Rio de Janeiro: - prestou consultoria e atuou como comentarista na coletânea de filmes do Sistema Globo, de título O Rio por Eles. “De 2 a 6 de março, a Globo exibiu, apenas para o Rio de Janeiro, o programa especial O Rio por Eles - O Rio de Janeiro que os Brasileiros Nunca Viram na Tela, em homenagem aos 450 anos da cidade. A série documental é um resgate histórico, sentimental e diferente da cidade do Rio. Nele, o público descobre como documentaristas, repórteres e emissoras de televisão do exterior viram a cidade ao longo do século 20. É um registro do Rio pelos olhos estrangeiros e em diferentes idiomas. Em cores e em preto-e-branco.”Podem ser assistidos em http://www.dailymotion.com/video/x2jis30_o-rio-por-eles-transformacoes-da-paisagem_travel. Inicia com o primeiro episódio e os quatro subsequentes na mesma página, lado direito;

- na revista Veja, edição 04.03 – Especial Rio 450 anos – De Villegagnon a Tom Jobim, de Pedro II a Carmen Miranda, VEJA escolheu 450 cariocas da gema ou de adoção que mudaram a cidade, o Brasil e até o mundo, tem seu nome registrado na consultoria para a matéria principal, páginas de 65 a 97, no fantástico total de 33, sugerindo nomes e imagens. Museólogo, especialista em iconografia e desenvolvimento urbano do Rio, o confrade figura ali entre outros vinte e três notáveis, como por exemplo, Beatriz Kushnir, diretora-geral do Arquivo Geral da Cidade; Isabel Lustosa, historiadora e doutora em ciência política; Manolo Florentino, doutor em história da UFRJ; Mary del Priore, historiadora especialista em Império; e Regina Wanderley, historiadora Coordenadora de Pesquisa do IHGB.A reportagem pode ser lida em http://acervoveja.digitalpages.com.br/home.aspx, escolhendo-se o ano 2015 e a edição de 04.03.2015, nas páginas supracitadas;

- na revista Veja, edição de 25.03.2015, tem matéria sobre seu trabalho com os descendentes dos povoadores da cidade nas páginas 100 e 101: “UMA GRANDE FAMÍLIA - O maior estudo genealógico já feito no Rio de Janeiro traça linhagens familiares desde a fundação da cidade até os dias atuais, revelando parentescos insuspeitados. (...) identificou os nomes e sobrenomes de 200 fundadores do Rio de Janeiro entre 1565 e 1600, e a partir dessas informações, traçou a caminhada histórica de vinte gerações daqueles desbravadores até seus atuais descendentes. O trabalho de Barata consumiu quarenta anos e produziu uma árvore genealógica com 500.000 nomes, a mais completa já feita dos habitantes da cidade.A cidade tem hoje 6,5 milhões de moradores, mas os cariocas cujas raízes puderam ser traçadas até o remoto século XVI formam um grupo relativamente reduzido de pessoas que, apesar das diferenças dos sobrenomes atuais, são parentes, mesmo que nunca tenham sabido desses laços antes.Exemplos:

- de Toussaint Gurgel , francês que, depois de cumprir pena de prisão, ficou morando no Rio, descendem o ex-ministro Pedro Malan, a senadora Marta Suplicy e o banqueiro Roberto Setúbal; - de Aleixo Manuel, político influente e antigo nome da atual rua do Ouvidor, descende o ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia;- de Jordão Homem da Costa, grande senhor de terras, descende a atriz francesa Juliette Binoche;- de Antonio de Mariz, fidalgo português, descendem o escritor Paulo Coelho e a cantora Marisa Monte;- de João Pereira, o Botafogo, que comprou uma faixa de terra na orla e a ela deu nome, descendem o compositor Tom Jobim e a bailarina Ana Botafogo.”

A reportagem pode ser lida em http://acervoveja.digitalpages.com.br/home.aspx, escolhendo-se o ano 2015 e a edição de 25.03.2015, páginas 100 e 101.

• Cinara Jorge proferiu palestra, no dia 8 de abril, para as integrantes do CECM – Curso de Extensão Cultural da Mulher, do Clube Militar, sede social Lagoa, no Rio de Janeiro, sob o tema “A Condessa do Rio Novo e seu misterioso destino”. O curso foi criado em 1975, composto de ciclo de palestras e de visitas cívicas e culturais. A partir de então, vem sendo realizado anualmente e dele já participaram milhares de associadas, com grande sucesso.

• Nireu Cavalcanti foi entrevistado pela Folha de S. Paulo em 01.03 : ”Perdemos o sentido de planejamento”, que pode ser acessada em http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/03/1596288-entrevista-com-historiador-nireu-cavalcanti.shtml

e teve notícia de curiosa descoberta, decorrente de seus trabalhos de pesquisa, publicada na coluna do Ancelmo Gois, edição de 13 de abril do jornal O Globo:

CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015 • 03

NOTÍCIAS DO CBG

• Novos associados – O CBG dá as boas vindas aos novos associados, aprovados pela Diretoria para integrar o Quadro Associativo CBG: Colaboradores – Pedro Caffaro Vicentini, do Rio de Janeiro, RJ e Saulo Henrique de Azevedo Franco, de Juiz de fora, MG.

• Biblioteca - Informamos aos novos associados - e recordamos aos antigos - que o Estatuto CBG traz em seu Art. 12 - item b a obrigação do associado em "doar à biblioteca um exemplar das publicações de sua autoria nas áreas de interesse do Colégio". Em razão do exíguo espaço para guarda, só temos como adicionar a nosso acervo obras eminentemente genealógicas ou que tenham, em seu conteúdo, pelo menos uma boa parte que trate de genealogia, nossa precípua razão de existência.

Registramos nossos agradecimentos aos que enviaram volumes de sua autoria, para ampliar o acervo CBG. São os seguintes os livros registrados no período.- O Arquivo da Cúria Metropolitana de Cuiabá – Edição digital do Acervo Eclesiástico (1756-1956) – organizadores: Elizabeth Madureira Siqueira, Maria Adenir Peraro, Quelce dos Santos Yamashita e Sibele de Moraes. Aquisição.A obra é de 2011, publicada pela Entrelinhas Editora e trata do desdobramento do Projeto Memória da Igreja em Mato Grosso. O Projeto, concluído no ano de 2002, tornou possível o arranjo, catalogação e microfilmagem do acervo da Arquidiocese de Cuiabá, de 1756 a 1956, uma das mais importantes coleções referentes à trajetória da Igreja Católica em Mato Grosso. São cerca de 26 mil documentos e 174 rolos, que hoje se encontram digitalizados e disponibilizados a um público mais ampliado. O período, 1756 a 1956, abarca duzentos anos de vida eclesiástica de Mato Grosso, da Prelazia à Arquidiocese e, especificamente, ao final do arcebispado de D. Francisco de Aquino Corrêa (1922-1956). A segunda fase do projeto, iniciada em 2003 e concluída em 2005, visou a edição digitalizada das fontes microfilmadas, fruto da parceria entre a Arquidiocese de Cuiabá, Superintendência de Arquivo Público de Mato Grosso (APMT), Editora da Universidade Federal de Mato Grosso (EdUFMT) e Entrelinhas Editora, fase em que os 174 rolos de microfilmes foram copiados em 10 DVDs, que compõem a publicação adquirida pelo CBG, e que traz também o CD edição digital do Catálogo de Documentos Históricos da Cúria.

- Custódio Ferreira Leite - Barão de Ayuruoca – pesquisa de Nikson Salem, doação de Roberto Guião de Souza Lima.Primeira publicação do projeto intitulado “Barra Mansa, Coleção Nossa História”, que se propõe, segundo informe da própria obra, a “apresentar temas atualizados e inéditos relacionados à história de Barra Mansa-RJ, por meio de textos pautados em pesquisas e com linguagem de fácil compreensão”.

- Uma família açoriana no Ceará - Genealogia da Família Castro e Silva – de Fernando Borges Moreira Monteiro, doação do autor.José de Castro e Silva (I), nascido em 1709 na Vila de Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, nos Açores, Portugal, vem para o Brasil por volta de 1735/1740, fixando-se no Ceará, no Arraial de São Pedro dos Barcos, antigo nome de Aracati. Ali estabelece-se no comércio, casa-se com a cearense Ana Clara Domingues Fernandes e com ela tem 10 filhos, tornando-se o genearca de um grande grupo familiar que espalhou-se por Cascavel, Aquiraz, Fortaleza, Sobral e, depois, por muitas outras vilas da Província do Ceará.Capitã-mor de Aracati, José de Castro e Silva desfrutava de grande poder econômico e territorial, e,imenso poder político. Teve 10 filhos, 48 netos, 187 bisnetos – enfim, vastíssima descendência, espalhada, hoje, por todo o país.

“O pesquisador Nireu Cavalcanti, especialista na história do Rio, encontrou menção a cantoras de fado na Lapa no fim do século XVIII, em documento de uma família rica. A descoberta chamou atenção porque só há registros de fado em Portugal a partir de metade do século XIX. A história é assim: Pedro Pimenta de Carvalho, filho de um senhor de engenho em Angra dos Reis, tinha ido estudar no seminário da lapa do desterro, mas abandonou tudo e gastava o dinheiro com as 'fadistas da Lapa'”. A nota da coluna informa também que a descoberta de Nireu está na antologia lançada no dia 26 de abril, em livro que reúne textos de Lima Barreto e João do Rio.

OUTRAS NOTÍCIAS

• Notas de falecimentoEm 08 de março, faleceu na Bahia o genealogista João da Costa Pinto Victória. Advogado. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe; Instituto Geográfico e Histórico da Bahia; do Instituto Genealógico da Bahia, fundador da Cadeira nº 18, tendo sido diretor – tesoureiro por duas gestões. Desde 2003 coordenava a implantação do Núcleo de Estudos Genealógicos e Heráldicos da Bahia. Autor de vários livros de temática genealógica.

04 • CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015

- Manoel Valente Barbas -. Nasceu em 15 de abril de 1930 em São Paulo; formou-se engenheiro pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Fez brilhante carreira técnica, aposentando-se no CNEC (Consórcio Nacional de Engenheiros Consultores). Desde antes, nas horas vagas, tinha como hobby a genealogia. Passou a dedicar-se, então, com mais afinco, também a outras atividades, como história, poesia e ao estudo da língua tupi. Publicou livros e artigos esparsos em associações culturais do país. Sócio-fundador da ASBRAP, da qual foi Presidente e idealizador do logotipo. Membro do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Faleceu em 11 de março, na capital paulista, aos 84 anos.

- Heliodora Carneiro de Mendonça / Bárbara Heliodora - Nascida em 29 de agosto de 1923, no Rio de Janeiro, filha mais nova do casal de intelectuais, a poetisa Anna Amélia e o historiador Marcos Carneiro de Mendonça. Ensaísta, tradutora e crítica de teatro brasileira, além de reconhecidamente uma autoridade na obra de William Shakespeare. Professora emérita e titular aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faleceu no dia 10 de abril, no Rio de Janeiro, aos 91 anos. De seus dois casamentos, deixou três filhas – uma delas a associada Priscilla Scott Bueno, a quem o CBG envia sentido abraço.

• Convívio Genealógico em Belo Horizonte Aconteceu no dia 23 de março, o I Convívio Genealógico de Belo Horizonte, no bar Tip Top, bairro de Lourdes, organizado por Stanely Savoretti de Souza e Ruy Furquim Werneck. Com este passo inicial, buscaram os companheiros de jornada genealógica promover o encontro pessoal, criar laços e manter cada vez mais acesa a chama de nossa sedutora busca de história da família. Foi combinado que os encontros passem a ocorrer todas as segundas segundas-feiras do mês, no mesmo local, a partir das 20 horas.A cidade do Rio de Janeiro, há alguns anos, deu a largada, reunindo-se periodicamente no que passou a ser chamado de Terceira Terça, e agora o CBG tem a alegria de ver brotar na capital mineira nova oportunidade de troca de experiências e união em torno de interesse comum com a Segunda Segunda em “beagá”. O Convívio é aberto a todos que desejarem conversar, fazer amizades, partilhar experiências, trocar ideias, e se ver entre seus pares, todos “viciados” em velhos documentos, fotos amareladas, ácaro e madrugadas de busca e pesquisa. A partir das 20h, sempre haverá pelo menos uma pessoa à espera de quem se dispuser a lá estar, confraternizando. Os mineiros não desejam mais ser apenas conhecidos/amigos virtuais e assim convidam os residentes em Belo Horizonte e todo aquele que estiver na cidade nessas datas a comparecer. Cada participante agrega valor a esses Convívios!Hoje em destaque o primeiro encontro realizado, mas informamos também, com alegria, já ter havido o segundo Convívio no dia 13 de abril, com a presença de um visitante de outra cidade, o genealogista Washington Marcondes Ferreira, de Campinas-SP.

Na fotografia, E > D, vemos Vera Maria Tinoco de Paiva (RJ), Elvy Werneck, Sônia Gonçalves Werneck, Stanley Savoretti de Souza, Ruy Pereira Furquim Werneck, Carlos Alberto de Paiva (RJ), Lucas Maciel de Oliveira e Fátima Werneck

CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015 • 05

FAMÍLIA PAUMGARTTEN NO BRASIL

Carlos Alberto de Paiva

PAUMGARTTEN, von - Sobrenome de família, de origem austríaca, estabelecida, no século XIX, no município de Belém, Estado do Pará, para onde imigrou, em 1874, Sigmund Franz Marie Freiherr von Paumgartten, solteiro, 23 anos, natural de Graz-Áustria, filho legítimo de Johann Baptist Freiherr Von Paumgartten, natural de Viena-Áustria, e da Baronesa Amalie von Bonaczy von Bonnazza, natural da Itália. Naturalizou-se como Sigismundo Francisco Maria von Paumgartten em 1877, ano em que nasceu seu primeiro filho.

Na Áustria, ingressou na carreira militar e nela ficou até primeiro tenente quando morreu seu pai, então conselheiro da Corte, e houve a perda total da avultada fortuna de sua família, obrigando-o a abandonar o Exército e a buscar aventuras em novas plagas. Em Belém-PA, estabeleceu-se com armazém de comissões e consignações, 1883, mas foi infeliz nos negócios, para os quais não tinha a menor inclinação. No governo Lauro Sodré, foi chamado para dirigir a colônia de Castanhal, desempenhando esse cargo com energia e sabedoria, o que lhe valeu várias perseguições e a tentativa de morte. Em 4/08/1892, candidatou-se à cadeira de História Universal do Lyceu Paraense com a tese As Religiões em Face da História. Emancipada a Colônia, em 1892, foi nomeado diretor de um Liceu, na

comarca de Bragança, em 1896. Nesse ano, tomou conta do Liceu Vigiense na cidade de Vigia, onde contraiu malária, a fatal moléstia que o prostrou. Com a extinção dos Liceus no interior, no Governo Paes de Carvalho, voltou à capital onde dirigiu o Colégio Moderno até 1902. Foi lente, interino, de geografia e francês, do Ginásio e regia, nos últimos quatro anos de vida, também interinamente, a cadeira de grego do mesmo estabelecimento.

Foi sempre admirador do governador Dr. Augusto Montenegro de quem foi mestre. No livro Políticos do Norte II (Fernandes, Carlos Dias, 1906, p.12-15) consta que “o Barão de Paumgartten era um germanista que trazia na sua índole teutônica a têmpera estética dos intelectuais de raça, sendo um consumado desenhista que transmitiu a Augusto Montenegro, então com doze anos, a arte maravilhosa da representação linear das coisas, que tão poderosamente contribui para a facilidade de compreensão e o que mais é para o auxílio da memória”.

“O Norte”, órgão dos alunos do Ginásio Paes de Carvalho, Belém-PA, homenageou o barão Sigismundo von Paumgartten, logo após sua morte, 1904, como um dos mais ilustres e queridos mestres, que dedicou seu vasto saber, com carinho de pai, ao árduo labor de formar o caráter de crianças e de ilustrar as inteligências dos futuros homens paraenses. A seus discípulos, que o amavam, deixou profundas, sábias e impagáveis lições de saber; à sua família, um nome honrado, puro e imaculado; e ao magistério paraense, gloriosa recordação.

Todos os brasileiros com sobrenome von Paumgartten são parentes, tendo variações no sobrenome, com ou sem "von", com "van", mesmo com as letras M e N trocadas, ou com registro de apenas uma letra T. Contudo, sobrenomes Baumgartten e Paumgarttener brasileiros não são parentes dos Paumgartten brasileiros. Não há registros, entre os brasileiros descendentes de Paumgartten, da troca da letra P pela letra B, ou da inclusão da terminação ER no sobrenome.

O Barão casou, em primeiras núpcias, em 08/10/1876, com a viúva de Adolpho Müller, Lydia José do Ó d'Almeida (nome de casada seria Lydia Amália von Paumgartten ou Lydia d'O de Almeida Paumgartten), com quem teve três filhos paraenses, João Baptista, Augusto e Amália. Lydia faleceu, em 1883, na quarta gestação, ao dar à luz uma criança natimorta. Um ano após Lydia falecer, Sigismundo casou com a preceptora de seus filhos, Eugênia Carolina Neves Vianna (nome de casada: Eugênia Carolina Neves Vianna von Paumgartten), portuguesa, professora, com quem teve oito filhos também paraenses: Seraphina, Segismundo, Carolina, Guilherme, Francisco, Eugênia, Pedro e Luiz. Os descendentes dos dois consórcios espalharam-se pelo Pará, Amazonas, Amapá, Ceará, Sergipe, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Filhos de Sigismundo com Lydia (primeiro matrimônio):

I - João Baptista, casado em Belém-PA, deu origem a um ramo em São Paulo, que se extinguiu na segunda geração;

II - Augusto, com sete filhos, deu origem a um ramo em Laranjal do Jari-AP e a outros ramos no Pará, identi-ficados em Belém, Barcarena, Oeiras do Pará, Almeirim, Santarém, Porto de Moz e Altamira;

III - Amália, casada em Belém-PA, não teve sucessão.

06 • CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015

Filhos de Sigismundo com Eugênia (segundo matrimônio), que tiveram sucessão:

IV - Segismundo, casado em Belém-PA, com ramos no Rio de Janeiro;

V - Pedro, casado em Camocim-CE, com ramos em Fortaleza e ramificação em Brasília-DF, Aracaju-SE e Rio de Janeiro-RJ;

VI - Luis, casado em Belém-PA, com ramo em Belém e ramificação no Rio de Janeiro;

VII - Francisco von Paumgartten, casado, em Belém-PA, com Izaura Augusta de Paiva / Izaura de Paiva von Paumgartten, ambos paraenses; tiveram sete filhos paraenses com ramos no Rio de Janeiro;

VII.1 - Maria de Lourdes de Paiva von Paumgartten / Maria de Lourdes von Paumgartten Polck, casada com o manhuaçuense Alexandrino da Silva Polck, falecidos (sem sucessão);

VII.2 - Eugênia de Paiva von Paungartten / Eugênia von Paumgartten do Rêgo, falecida, casada com o piauiense Marcelino José do Rêgo (sem sucessão);

VII.3 - Alice de Paiva von Paumgartten (morreu solteira, sem sucessão);

VII.4 - Segismundo de Paiva Paungarttem, casado com a carioca Gilda Conceição Soares / Gilda Conceição Soares Paungartten, falecidos, tiveram seis filhos cariocas: Paulo Roberto (morreu solteiro, sem sucessão), Gilberto (com sucessão), Célia Regina (sem sucessão); Carlos Alberto (com sucessão), Lúcia Maria (com sucessão), Francisco Eugênio (com sucessão);

VII.5 - Paulo de Paiva von Paumgartten, casou com a cuiabana Antonieta da Conceição Ferreira Coêlho / Antonieta da Conceição Coêlho Paumgartten, ambos falecidos, tiveram um filho carioca, Paulo Cezar Coelho von Paumgartten (morreu solteiro, sem sucessão);

VII.6 - Sylvio de Paiva von Paumgartten, casado, em primeiras núpcias, com a carioca Maria da Conceição Castro / Maria da Conceição Castro von Paumgartten, divorciados, ela falecida, tiveram três filhos cariocas, Eduardo (sem sucessão); Paulo (com sucessão); Valéria (com sucessão). Casou, em segundas núpcias, com a carioca Cleonice de Oliveira Guerra / Cleonice Guerra von Paumgartten (sem sucessão);

VII.7- Elza Maria de Paiva von Paumgartten / Elza Maria von Paumgartten Tinoco, 1924-2012, auditora fiscal da Receita Federal, casada com o maranhense José Augusto Gomes Tinoco, 1918-s/d, funcionário público, ambos falecidos, tiveram três filhas, cariocas, casadas e com sucessão: Vera Maria, Ana Maria e Maria Alice. Dentre elas, a mais velha,

VII.7.1 - Vera Maria von Paumgartten Tinoco / Vera Maria Tinoco de Paiva, 1948, foi professora de ensino primário do Estado da Guanabara e funcionária do Banco do Brasil, casou com Carlos Alberto de Paiva, 1947, carioca, coronel-aviador da Força Aérea Brasileira, reformado em 2011, associado e ex-diretor tesoureiro do Colégio Brasileiro de Genealogia, formado pela Escola Superior de Guerra em 1994; tiveram dois filhos cariocas:

VII.7.1.1 - Rogério Tinoco de Paiva, 1971, oficial R2 da Aeronáutica, graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), empresário, casou com Flávia Santos da Rocha Callado / Flávia Santos da Rocha Callado de Paiva, 1973, brasiliense, advogada e empresária, teve dois filhos cariocas: Pedro Callado de Paiva, 2005, e João Callado de Paiva, 2009;

VII.7.1.2 - Gustavo Tinoco de Paiva, 1974, bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Veiga de Almeida, com pós-graduação em Análise de Projetos e Gerenciamento de Sistemas pela PUC-RJ, foi gerente de projetos na empresa de satélites Star One e na EMBRATEL, empresário, casou com Erika Alessandra Sampaio dos Santos / Erika Alessandra Sampaio de Paiva, 1972, carioca, advogada e funcionária pública.

1) https://archive.org/stream/politicosdonort00ferngoog#page/n17/mode/1up/search/paumgartten

CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015 • 07

ANTIGOS NOMES DE ALGUMAS FREGUESIAS FLUMINENSES

Contribuição de Plinio Ursulino Marcondes de Carvalho

Objetivando auxiliar pesquisadores, nesta listagem o confrade - emérito conhecedor dessa região - apresenta nomenclatura e localização de antigas freguesias fluminenses, hoje cidades.

• Freguesia do Divino Espírito Santo da Barra do Turvo > Freguesia do Divino Espirito Santo > Freguesia do Espirito SantoAtual – RIALTO - Distrito de Barra Mansa / RJ

• Freguesia de Sto. Antonio do CapivaryAtual – LÍDICE – Distrito de Rio Claro / RJ

• Freguesia de Santo Antonio do Rio Bonito

Atual – CONSERVATÓRIA – Distrito de Valença / RJ

• Freguesia de São Sebastião da Posse > Freguesia de São Sebastião da Barra Mansa > Freguesia de São SebastiãoAtual – BARRA MANSA / RJ

• Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba NovaAtual – RESENDE / RJ

• Freguesia de Nossa Senhora da PiedadeAtual – RIO CLARO / RJ

• Freguesia de Dores do PiraiAtual DORÂNDIA – Distrito de Barra do Pirai / RJ

• Freguesia de Sant'Anna do PirahyAtual – PIRAÍ / RJ

• Freguesia de Nossa Senhora do AmparoAtual – AMPARO – Distrito de Barra Mansa / RJ

• Freguesia de São José do Turvo do PirahyAtual – SÃO JOSÉ DO TURVO – Distrito de Barra do Pirai / RJ

• Freguesia do Patriarcha São Joaquim da Barra Mansa > Freguesia de São Joaquim da Barra MansaAtual – SÃO JOAQUIM – Distrito de Quatis / RJ

• Freguesia de Nossa Senhora do Rosário dos Quatis da Barra Mansa > Freguesia de Nossa Senhora do Rosário dos QuatisAtual – QUATIS / RJ

• Freguesia da DivisaAtual – FLORIANO / RJ – Distrito de Barra Mansa / RJ

O ESCOTEIRO QUE “VIROU” ESTÁDIO

Colaboração de Cinara Jorge

A poucos dias do Natal de 1938, na noite de 19 de dezembro, viajava um trem noturno, vindo de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, para o Rio de Janeiro. Entre as estações de Sítio (Antonio Carlos) e a de João Ayres, um cargueiro, que vinha no sentido contrário, chocou-se frontalmente com o noturno, no qual viajavam escoteiros de Belo Horizonte, que rumavam para São Paulo na primeira classe. No acidente, faleceram instantaneamente o Escoteiro Gerson Issa Satuf e o Lobinho Helio Marcos.

"Mais de quarenta cadaveres foram enterrados em Barbacena, para onde foram transportadas as vitimas da catastrophe, sendo muito maior o numero de feridos”. (O Malho, 29/12/1938 – nota transcrita na grafia original).

Então, os escoteiros construíram macas, acenderam fogueiras para facilitar o trabalho noturno de resgate e mobilizaram-se para prestar atendimento aos feridos, que foram encaminhados à Santa Casa da cidade de Barbacena. Neste acidente, que ocorreu às 2h 05min, o socorro, vindo de Barbacena, conseguiu chegar ao local somente às 7 da manhã. Um dos escoteiros, de 15 anos, sofreu um trauma na região lombar, mas não parou de trabalhar junto aos demais de seu grupo.

08 • CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015

NA DINAMARCA CIENTISTAS CONSEGUEM FAZER DESCOBERTAS IMPORTANTES SOBRE A ORIGEM DOS ESCRAVOS AFRICANOS A PARTIR DO DNA

Colaboração de Jorge Bastos Furman

O GLOBO Ciência e Saúde - 10/03/2015

Técnica permite identificar origem de escravos enviados à América / 12 milhões de africanos vieram escravizados entre 1500 e 1850./ Teste feito com restos mortais mostra procedência de três escravos.

Cientistas recorreram a um novo método para analisar amostras de DNA encontrados nos ossos de três africanos escravizados no século XVII. Os testes permitiram que fossem determinados, pela primeira vez, seus países de origem. Até então, era difícil determinar com precisão a procedência dos 12 milhões de africanos transportados como trabalhadores escravizados até as Américas, entre 1500 e 1850. Havia poucos dados precisos na época e se, por um lado, era possível saber em qual porto essas pessoas tinham sido embarcadas, os países de origem eram um mistério.

Mas, neste caso, o DNA extraído dos esqueletos desses três seres humanos permitiu que fossem determinados como originários de regiões onde hoje ficam Camarões, Gana e Nigéria, conforme estudo publicado nesta segunda-feira (Obs. CBG: 8 de março 2015), na revista da Academia Americana de Ciências, a "PNAS".

Provas étnicas - Segundo a agência France Presse, os ossos de dois homens e uma mulher foram desenterrados em 2010, em uma obra na ilha de San Martín, no Caribe. Graças à nova metodologia, os pesquisadores descobriram que essas pessoas, conhecidas como "os três de Zoutsteeg", vinham de uma região em Camarões onde se falava a língua banto.

"Tais descobertas oferecem as primeiras provas da origem étnica dos africanos explorados durante a escravidão", como indicado no estudo dirigido por Hannes Schroeder, que trabalha no Centro de Geogenética do Museu de História Natural da Universidade de Copenhague. A pesquisa também "demonstra que os elementos do genoma permitem responder a perguntas históricas careciam de provas há muito tempo".

Este método permitirá a realização de sólidos avanços na pesquisa de outros restos arqueológicos encontrados em regiões tropicais, que contêm poucos vestígios de DNA em função do clima quente.

Escravidão no Brasil - Os primeiros escravos africanos chegaram ao Brasil em meados do século 16. Os negros trazidos da África foram destinados a trabalhos como a agromanufatura açucareira no Nordeste e à extração de metais preciosos em Minas Gerais. A libertação total dos escravos só aconteceu em 1888, com a promulgação da Lei Áurea.

Seus companheiros, percebendo que ele não estava bem e vendo que a situação já estava um pouco mais controlada, solicitaram resgate para o jovem amigo, que, vendo os feridos, teria proferido as seguintes palavras: 'Não, não me carreguem na maca, ainda há muitos feridos, um escoteiro caminha com as suas próprias pernas'. O jovem caminhou, mas o esforço lhe foi letal, e com sintomas de forte hemorragia interna, faleceu, assistido pelos pais, no dia seguinte. Foi sepultado no Cemitério do Bonfim, Zona Norte de Belo Horizonte. Seu nome era Caio Vianna Martins e tornou-se um símbolo para os escoteiros brasileiros. Doada pelo Grupos Escoteiro Caiuás, com o apoio do Instituto Granbery, foi erguida uma estátua no Parque Halfeld, o parque central da cidade de Juiz de Fora-MG. “Caio Martins" foi nome dado a vários grupos de escoteiros e várias ruas no país; a uma praça no bairro de Heliópolis, Belford Roxo-RJ.E Também ao estádio de futebol do Conjunto Esportivo Estadual de Niterói, cidade situada na orla da Baía de Guanabara, no Estado do Rio de Janeiro, do qual foi capital até 1975. No ano 2000, foi oficialmente trocado o nome do estádio para Mestre Ziza, em homenagem ao jogador Zizinho, niteroiense. Mas, em que pese o valor desse atleta e a lógica de sua indicaçãopara batizar um local de partidas de futebol, o novo nome não “pegou”: imprensa e povo permanecem referindo-se ao local como Estádio Caio Martins. Desta forma, o jovem e valoroso mineirinho é sempre lembrado. Adaptação de texto publicado em http://www.estacoesferroviarias.com.br/ MG > efcb > João Ayres

CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015 • 09

Filhos de Zulmira e Modesto, que José Mesquita diz que eram 5 e na verdade foram 7:

1. Luis## 1.5.1 Luiz de Barros Perestrello de Carvalhosa, nasc. 24.03.1909 Cuiabá-MT (37), fal. 18.11.1982

Rio de Janeiro-RJ (38)(37) e (38) Apontamentos da família.

2. Paulo## 1.5.2 Paulo de Barros Perestrello de Carvalhosa, cas. com Dayse Maria Lobato da Motta. Com

geração: uma filha.

## 1.5.3 Carmen de Barros Perestrello de Carvalhosa, fal. em Petrópolis-RJ. Solteira, sem geração.

## 1.5.4 Olga de Barros Perestrello de Carvalhosa, fal. solteira. Sem geração.

##1.5.5 Firmo de Barros Perestrello de Carvalhosa, militar, dentista, cas. com Diva Geraldes, c.g..

##1.5.6 Margarida de Barros Perestrello de Carvalhosa, nasc. 21.09.1915, Rio de Janeiro-RJ (39), cas. com João Maia de Mendonça, médico, militar, nasc. 24.04.1905, Alagoas. (40). Com geração.

(39) e (40) Informação do filho Geraldo.

## 1.5.7 Ruth de Barros Perestrello de Carvalhosa, fal. Rio de Janeiro. Solteira, sem geração.

.................................................................................

§ 6º Dr. Euclydes Mattos de Barros

## 1.6 Euclydes Mattos de Barros,advgado, nasc. c.1903 fal.29.07.1955 Rio de Janeiro-RJ (41), sepult. 30.07 Ordem 3ª do Carmo, Caju, Rio.(41) Diário de Notícias – 30.07.1955: convite sepultamento: “falecido ontem...”

.................................................................................

§ 7º Antonietta de Barros Oliveira, casada com o Cap. Dr. Francisco Rodrigues de Oliveira.

## 1.7 Antonieta Mattos de Barros, nasc. 14.06.1894 Rio de Janeiro-RJ (42), fal. antes de 1951 (43); cas. 27.07.1918 Rio de Janeiro-RJ (44) com Francisco Rodrigues de Oliveira, médico do Exército, nasc. 04.10.1886 na Bahia(45), filho de Joaquim Rodrigues de Oliveira Santos e Maria Ramos de Oliveira.(42) Conforme assento de casamento.;(43) Antes do óbito da mãe em 1951;(44) Rio – 7ª Circ., B25, 158 e ss.(45) Conforme assento de casamento;

GENEALOGIA MATOGROSSENSE - BARÃO DE CASALVASCO

Regina Cascão e Guilherme Serra Alves Pereira

Na obra Genealogia Matogrossense, José de Mesquita aborda, no Título Sétimo, o Barão de Casalvasco, Firmo José de Mattos. Aqui na Carta Mensal complementamos os dados apresentados pelo grande genealogista, que, ampliados, serão objeto de futuro trabalho a ser brevemente publicado. Focalizando neste boletim apenas os dados genealógicos, os acréscimos estarão precedidos dos símbolos ##.

(Parte 1: Carta Mensal 125, jan-fev 2015)

Parte 2 de 3

§ 5º Zulmira de Barros Carvalhosa, que desposou o Des. Modesto Perestrello Carvalhosa. Tem. 5 filhos dos quaes apenas sei o nome dos primeiros: Luis e Paulo

## 1.5 Zulmira Mattos de Barros / de Barros Perestrello de Carvalhosa, fal. 30.11.1972 Rio de Janeiro-RJ (34); cas. 04.04.1908 Cuiabá-MR (35) com Modesto Perestrello de Carvalhosa, desembargador, nasc. 1883, fal. 05.03.1958 São Paulo-SP (36), sepult. 16.03.1958 Cem. do Araçá, São Paulo-SP.(34) Jornal do Brasil – 01.12.1972: falecimento e sepultamento mesmo dia;(35) O Autonomista,(Cuiabá-MT) – 04.04.1908: “ ...realiza-se hje...”;(36) Diário de Notícias – 19.03.1958, 4ª-feira: “faleceu sábado último...”.

10 • CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015

CAPÍTULO II

Dr. João de Moraes Mattos, Juiz Federal do Território do Acre, casado com D. Delmira de Moraes e Souza 6 filhos: Francisca § 1º / Pedro § 2º / Firmo § 3º / Noemia § 4º / Antonia § 5º / Alexandre § 6º .

## 2 João de Moraes e Mattos, juiz, nasc. Cuiabá-MT (46), fal. 20.09.1941 Rio de Janeiro-RJ (47), sepult. 21.09 Cem. São João Batista, Botafogo, Rio;

cas 1º - 20.01.1887 na Capela do Ginásio Provincial, Recife-PE (48) com Maria Clementina Belfort, nasc. c.1865 Recife-PE, filha de José Joaquim Tavares Belfort e Albertina de Miranda Sarmento, batiz. na Matriz do Ssmo. Sacramento de Sto. Antônio(49), fal.28.02.1887 Recife-PE (50);

cas. 2º - com Delmira de Moraes e Sousa, nasc. c.1870 Rio de Janeiro-RJ (51), filha de João de Moraes e Sousa e Francelina Leocádia de Almeida Correa, fal. 15.10.1942 Rio de Janeiro-RJ (52).(46) Data estimada cfe. certidão de óbito: “com 21 anos”;(47) Rio – 5ª Circ, C-141, 53v;(48) Recife - Boa Vista 6, 23;(49) Conforme assento de matrimônio;(50) Diário do Maranhão – 15.03.1887.(51) Conforme certidão de óbito;(52) Correio da Manhã – 21.10.1942 – convite missa 22.10.

§ 1º Francisca de Moraes Mattos

## 2.1 Francisca Rosa de Moraes e Mattos, Sinhá, fal. 11.11.1952 (53). Faleceu solteira, sem geração.(53) Dia do falecimento estimado – Correio da Manhã - 15.11.1952: convite missa 17.11

............................................................................

§ 2º Dr. Pedro de Moraes Mattos

## 2.2 Pedro de Moraes Mattos, médico da Marinha, fal. 13.11.1979 (54).(54) Dia do falecimento estimado - Jornal do Brasil - 19.11.1979: convite missa 20.11

............................................................................

§ 3º Firmo de Moraes Mattos

## 2.3 Firmo de Moraes e Mattos, “oficial de Justiça da Polícia Civil”.

............................................................................

Filho não citado por José de Mesquita:

## 2.4 João de Moraes e Mattos Filho, nasc. c.1906 Mato Grosso (55), fal. 28.08.1987 Rio de Janeiro-RJ (56); cas. com Semiramis de Athayde.(55) Jornal do Brasil – 29.08.1987, seção Falecimentos: informa 81 anos, matogrossense.(56) Jornal do Brasil – 29.08.1987, seção Falecimentos.

............................................................................

§ 4º Noemia de Moraes Mattos

## 2.5 Noemia de Moraes Mattos / de Mattos Duarte, nasc. 27.12.1907 Cuiabá, MT (57); cas. 28.12.1935 Rio de Janeiro-RJ (58) com Heitor Campello Duarte, bancário, nasc.10.01.1903 Pelotas-RS, filho de Plotino Amaro Duarte e Maria Austerogina Campello Duarte.(57) Conforme registro de matrimônio;(58) Rio – 8ª Circ., B-85, 136 e ss.

............................................................................

§ 5º Antonia de Moraes Mattos

## 2.6 Antônia de Moraes Mattos, sem mais informações.

............................................................................

§ 6º Alexandre de Moraes Mattos

## 2.7 Alexandre de Moraes Mattos, sem mais informações.

CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015 • 11

CAPÍTULO III

Adelaide Amélia de Mattos Magalhães, casada, em 1884, com Dr. Ascindino Vicente de Magalhães, reformado em Ministro do Sup. T. Militar, natural da Paraíba do Norte, filho de Antonio Vicente de Magalhães e Felicia Perpetua de Magalhães. Com 6 filhos: Antonio § 1º / Guiomar § 2º / Carmen § 3º / Firmo § 4º / Plinio § 5º / Homero § 6º .

## 3.1 Adelaide Amélia de Mattos / Mattos Magalhães, nasc. 29.09.1868 Cuiabá-MT (59), fal. 23.11.1957 Rio de Janeiro-RJ (60) sepult. 24.11 Cem. São Francisco Xavier, Caju, Rio; cas. 1884 com Acyndino Vicente de Magalhães, magistrado, nasc. 20.04.1851 na Paraíba (61), filho de Antonio Vicente de Magalhães e Felícia Perpétua de Magalhães, fal. 30.12.1935 Rio de Janeiro-RJ (62), sepult. Cem. São Francisco Xavier, Caju, Rio.(59) Registro civil de casamento do filho Firmo de Mattos Magalhães traz a data do nascimento; seu próprio óbito, o local.(60) Rio – 5ª Circ., 217, 57;(61) Registro civil de casamento do filho Firmo de Mattos Magalhães;(62) Rio - 7ª Circ. 140, 145.

Filhos de Adelaide e Acyndino:

§ 1º Dr. Antonio de Mattos Magalhães

## 3.1.1 Antônio Mattos de Magalhães, médico clínico, nasc. c.1886 Mato Grosso (63), fal. 10.08.1938 Rio de Janeiro-RJ (64), sepult. 11.08 Cem. São Francisco Xavier, Caju, Rio.(63) Data estimada pelo óbito: “com 52 anos”.(64) Rio – 5ª Circ. jul-dez 1939, 30;

§ 5º Dr. Plínio de Mattos Magalhães, casado com a Doutora Odete H. Magalhães.

## 3.1.2 Plinio Mattos de Magalhães, advogado, delegado, nasc. 24.07.1891 Vassouras-RJ (65); cas. 31.05.1924 Rio de Janeiro-RJ (66) com Odette dos Santos Halfeld, advogada, funcionária do Ministério da Agricultura; desquite amigável em 1929. Geração: uma filha.(65) Vassouras 2, 122;(66) Rio – 4ª Circ. nov1923-jul1924, 160 e ss.

§ 2º Guiomar Magalhães de Almeida, casada com o Dr. Garcia de Almeida Junior.

## 3.1.3 Guiomar Mattos de Magalhães / de Magalhães Garcia, nasc. 03.02.1893 Vassouras-RJ (67); cas. 11.07.1914 Rio de Janeiro-RJ (68) com João Garcia de Almeida Junior, médico, nasc; 11.12.1888 Rio de Janeiro-RJ (69), filho de João Garcia d”Almeida e Clarinda Andrade Garcia d'Almeida. Com geração.(67) Vassouras 3, 153(68) Rio – 5ª Pretoria, hoje 7ª Circ., B-21, 90;(69) Dia e mês em notas sociais nos jornais. Ano calculado pelo registro de matrimônio.

§ 3º Carmen de Mattos Magalhães.

## 3.1.4 Carmen Mattos de Magalhães, sem mais informações.

Fim da parte 2 - 3 – Próxima e última parte: CMensal 127 maio-jun 2015.

Boletim InformativoCOLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA

Av. Augusto Severo, 8 - 12º andar - Glória20021-040 - Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 2221-6000Diretoria: Presidente Regina L. Cascão Viana

Vice-Presidente Carlos Eduardo de Almeida Barata1º Secretária Patrícia de Lima Bocaiúva2º Secretária Eliane Brandão de Carvalho1º Tesoureiro Antonio Cesar Xavier2º Tesoureiro Guilherme Serra Alves Pereira

Dir. Publicações Leila OssolaAuxiliares Cinara Maria Bastos Jorge

Clotilde Santa Cruz TavaresEliana Quintella de LinharesGilson FlaeschenLaura de Saint-Brisson Ferrari

Conselho Fiscal: Attila Augusto Cruz MachadoHugo Forain JuniorVictorino C. Chermont de Miranda

Dias e horários de funcionamento:2ª-feira de 13 às 17 horas / 3ª-feira de 14 às 17 horasPágina: www.cbg.org.brEmail: [email protected]ção: Escale Serviços de InformáticaImpressão: Letras e Versos

EXPEDIENTE

12 • CBG - Carta Mensal 126 - mar/abr 2015

CUIDADOFebre da genealogia

- muito contagiosa para adultos -

• SINTOMAS: necessidade contínua de busca por nomes, datas, lugares e parentes. O paciente adquire uma expressão pálida, e algumas vezes desenvolve surdez para cônjuge e filhos. Ele não se interessa por atividade alguma, exceto procurar febrilmente por registros em cartórios ou bibliotecas. Frequenta lugares estranhos como cemitérios, ruínas ou cidades remotas e isoladas. Faz contatos durante a noite, esconde a conta telefônica do cônjuge e fala sozinho. Desenvolve olhares estranhos e distantes.

• A CURA É DESCONHECIDA

• TRATAMENTO: A medicação é inútil. A doença é fatal, e fica progressivamente pior. O paciente deverá assistir palestras sobre genealogia, comprar livros preferencialmente raros e ter para si um canto silencioso da casa onde poderá ficar em paz.

• OBSERVAÇÕES: A natureza mais incomum da doença é: quanto mais doente o paciente fica, mais ele se diverte!