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ANO 4 Nº40 1997 R$ 5,00 A ÚNICA REVISTA DE MACINTOSH DO BRASIL ISSN 1414-4395

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ANO4 Nº40 1997 R$ 5,00

A ÚNICA REVISTA DE MACINTOSH DO BRASIL

ISSN

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Dúvida Cruel!Estou para comprar um PowerMac 8600/200,mas vi a propaganda do Mach 5. Será que vale apena esperar por esses supercomputadores?

Eduardo Vanuzzi [email protected]

Sei. Aí, quando chegarem os Mach 5, você nãovai comprar porque o chip Arthur vai estarsaindo, e quando chegar o Arthur você vai espe-rar o G5, e por aí adiante. Conheço essa histó-ria. Compre seu Mac agora, ganhe dinheiro comele e, quando chegar a hora, troque por outro.

Estão me enganando?Estou no Japão e há pouco mais de 2 mesescomprei um micro Performa 5260 de 100 MHz.Mas eu estou achando ele estranho (apesar denão saber muito de micros); o antigo sistemadele era em japonês, então eu mudei para inglêsna versão 7.6.Quando uso o Apple System Profiler, ele diz oseguinte: “Processor 68LC040 at 33 MHz”. Sóque a caixa e o manual dizem que o processadoré PowerPC 603e RISC de 100 MHz. O que estáno computador não está errado??Levei-o de volta na loja onde comprei, mas, porser leigo no assunto, acho que eles estão meenganando, porque disseram que está certo!!

[email protected]

Pode ser que seja apenas um bug do sistema.Para tirar isso a limpo existem duas maneiras:1-Tentar rodar qualquer programa que vocêtenha certeza que só rode em Power Mac. Se oMac der uma placa de erro, é porque trocaramsua placa-mãe.2-Baixar da Internet o programa TechTool, quedá uma radiografia completa do seu hardware.

AutoCAD no Mac?Tenho uma cópia do AutoCAD12 pra Mac quenão consigo abrir no meu 7600 132/32. Apareceuma mensagem dizendo o seguinte:“AutoCAD requires at least a 68881 FPU”O que é esse FPU? Não roda nos PowerPCs?Como faço pra rodar esse AutoCAD no meuMac? Existe um adaptador de FPUs que faça essemaldito e horrível, mas necessário, AutoCADrodar no meu PPC?

Carlos de La Corte [email protected]

Isso é um bug de emulação, pois o AutoCADnão é nativo para PowerPC. Basta instalar umsoftware comercial, chamado PowerFPU http://www.jna.com/pfpu.html, que custa US$ 20,para resolver esse problema.

Macs e JazzSou arquiteto e tenho quatro Macs no escritórioe um em casa; sou um macmaníaco mesmo...Nas horas vagas toco saxofone, e gostaria detirar alguns “solos” de CDs, por isso quero saberqual o software mais indicado, que diminua avelocidade de reprodução (com a consequentebaixa de uma oitava), e que facilite a edição(impressão) de partituras musicais.

Ivan CunhaVinhedo-SP

Um software só pra tudo isso é difícil. Você vaiprecisar de pelo menos dois: um de edição deáudio e um de notação. Para digitalizar emodificar faixas de CDs um dos mais usados éo SoundEdit da Macromedia (Masterdix: 011-816.6355). Para notação existem vários, comoo Finale e o Overture. Você pode encontrar soft-wares musicais na Quanta (019-242.4644) ouna Novamente (031-225.7800).

Que upgrade é esse?Sou um macmaníaco e tenho um Performa 630.Sabendo que a placa-mãe de um Performa 6230de 120 MHz serve em minha máquina, fui pes-quisar para ver se poderia fazer um upgrade.Fiquei surpreso ao telefonar para a Apple Brasil,que afirmou que as autorizadas não podem ven-der a placa-mãe para usuários, por motivo degarantia. Eu sei que essa é uma máquina quenos Estados Unidos já está ultrapassada, e se aencontrasse custaria menos que US$ 300.Liguei para a Serv Comp e lá o preço da placa-mãe seria de R$ 1.300. Estou chocado, com essevalor posso comprar um Performa 6360 novo!Essa política da Apple de não autorizar upgradeem máquinas que saíram de linha está correto,mas pode-se comprar uma placa-mãe para PCem qualquer loja da Santa Efigênia, por umpreço mais acessível do que o da Apple.Se continuar desse jeito estou pensando seria-mente em adquirir um PC, por ter mais softwa-res compatíveis e por seus equipamentos seremmais fáceis de encontrar.

Antonio Augusto Gomes da LuzSão Paulo-SP

Dica de Mario AV, homem-banda multiplata-forma: não compre um PC, monte o seu.

Editando WebEstou precisando comprar um editor de homepages e estou na dúvida de qual comprar: AdobeSiteMill, Adobe PageMill, Claris Home Page.Gostaria de uma orientação a respeito. Qual é omelhor? Quais recursos cada um deles possui,além dos básicos? Estes editores agregam recur-

As Cartas Não Mentem

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Get InfoEditor: Heinar Maracy

Editores de Arte: Tony de Marco & Mario AV

Conselho Editorial: Caio Barra Costa, CarlosFreitas, Carlos Muti Randolph, Jean Boëchat,Luciano Ramalho, Marco Fadiga, Marcos Smirkoff,Oswaldo Bueno, Ricardo Tannus, Valter Harasaki

Gerência de Produção: Egly Dejulio

Gerência Comercial: Francisco A. ZitoFone/fax (011) 253-0665 287-8078 284-6597

Gerência de Assinaturas: Rodrigo MedeirosFone/fax (011) 253-0665 287-8078 284-6597

Gerência Administrativa: Clécia de Paula

Fotógrafos: Andréx, Hans Georg, João Quaresma,Ricardo Teles, Vladimir Fernandes

Capa: Mario AVMão, Photoshop e FreeHand

Redação: Cristiane Mendonça

Revisora: Danae Stephan

Colaboradores: Alexandre Moraes, CarlosEduardo Witte, Carlos Ximenes, Christian W.Althausen, David Drew Zingg, DouglasFernandes, José Colagrossi, Luciano Ramos, LuizCarlos de Jesus, Luiz Colombo, Luiz Fernando Dias,Néria Dejulio, Rainer Brockerhoff, RicardoCavallini, Ricardo Serpa, Silvia Richner

Fotolitos: Paper Express

Impressão: Takano

Distribuição exclusiva para o Brasil:Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 577 – CEP 20560-000Rio de Janeiro – RJ – Fone: (021) 575-7766

Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

Find...MACMANIA é uma publicação mensal daEditora Bookmakers Ltda.Rua Chuí, 21 – ParaísoCEP 04104-050 – São Paulo/SP

Para colaborar com a MACMANIA, basta escreverpara esse endereço ou acessar os BBSs Rio-Virtual(021) 235-2906 ou SuperBBS (011) 3061-5588.

Deixe suas cartas, sugestões, dicas, dúvidas e reclama-ções na pasta da MACMANIA nesses BBSs, ou mandee-mail para:

[email protected]@[email protected]

A MACMANIA surfa na Internet pela U-Net(0800-146070).MACMANIA na Web: http://www.macmania.com.br

Perdido no mundo Mac? FAXMANIA é a resposta!Ligue para (011) 816-0448 e disque os códigos:

50521 para Assinaturas50522 para BBS50523 para Livros sobre Mac50524 para Lista de revendas Apple50525 para Cursos de Mac

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sos de construção de GIF’s animados, Javaapplets, etc.?

Maro Roger [email protected]

O PageMill e o HomePage são bem pareci-dos, vai do gosto de cada um decidir qual omelhor. Meu conselho é que você faça odownload de demos dos dois nos sites daAdobe e da Claris e decida qual você gostamais. O SiteMill engloba o PageMill e trazalgumas ferramentas de administração desites, boas para quem gerencia sites muitograndes. Outro programa recomendável é oBBEdit, editor de HTML em modo texto.Todos os programas visuais dão problemasquando você começa a querer fazer páginasmais complicadas, e para resolvê-los vocêprecisa editar o HTML em texto. Para isso, oBBEdit é o melhor.Nenhum destes programas ajuda a fazer Javaapplets. Para GIF existem sharewares muitobons; ferramentas Java WYSIWYG ainda sãoincipientes. Aconselho a dar uma olhada naMACMANIA 33, onde damos uma lista dessessoftwares.

Manda bronca!O motivo dessa carta é para que tomemconhecimento da minha indignação com osprodutos da Apple, mais especificamente umPowerPC 7600/132.Comprei esta máquina em março, pensandoem entrar no “Mundo Maravilhoso do Mac”,mas de repente caí no inferno da Apple!Desde então, me desloquei três vezes paraPorto Alegre, onde fica a autorizada mais pró-xima: Soma Informática (da qual não tenhodo que reclamar, o pessoal oferece um ótimoatendimento e um bom serviço, apesar dodescaso da Apple com seus usuários).

São 350 quilômetros para ir e o mesmo paravoltar. Os motivos das viagens foram: duasvezes para trocar a placa-mãe, que veio comdefeito, e a outra para trocar o monitor 1705,que estragou!Depois de tudo isso, estou começando a pen-sar em trocar de plataforma, embora goste dosistema operacional (que já está desgastado,para não dizer ultrapassado).Em vez da Apple afirmar que o Macintosh émelhor do que o PC e outras baboseiras, quetrate de colocar um produto de melhor quali-dade no mercado, e o que é mais importante,com preços acessíveis.Quem pagará o meu prejuízo com o compu-tador parado, sem poder usá-lo? Quem paga-rá o meu deslocamento e os telefonemas gas-tos tentando resolver o problema? Quem?Se a Apple quiser se firmar neste mercadodominado por PCs, terá que mudar radical-mente sua maneira de tratar os usuários eoferecer serviços melhores.Tratem bem de seus usuários e desçam dessepedestal, ou irão desaparecer do mundo dainformática (pelo menos no Brasil). Vocêsnão podem continuar com essas indecisões!

Cezar A. P. SilvaTubarão-SC

Bronca na Apple Brasil nunca é demais. É ofamoso Jus Esperneandi de que tanto falamos advogados. Mas não tenha esperanças deque a Acer ou a Compaq tratem melhor seusclientes do que a Apple.

CompatibilidadeTenho uma grande dúvida e espero que pos-sam saná-la. Estou pensando em comprar otal PC Compatibility Card, já que o Virtual PCe o SoftWindows não serão capazes de rodaro AutoCAD com a velocidade que eu desejo

Almanaquedo Mac

Alguém já tinha vistoum Mac com discode 5,25”?Eu tinha ouvidohistórias de que,antes de decidirpelo 3.5”, chegarama fazer alguns.

Ricardo BanffySão Paulo - SP

ÍndiceCartas 4

Tid Bits 8Rhapsody 16

Workshop ClarisWorks 26Simpatips 28

@Mac 32Bê-A-Bá do Mac 34

Test Drive Modems 36Duke Nukem 3D 40

Strata Studio Pro 2.1 42Carnaval Virtual 46

Ombudsmac 50

5

O nome da empresa que cedeu o PinnacleApex 4.6 Gb, cujo teste foi publicado naúltima edição, é Optikal Memory e nãoPro Mídia. Seu telefone é (011) 255-2616.

Errata

Não garantimos a veracidade da imagem...

(velocidade de um PC normal). Caso eu com-pre o PC Compatibility Card, como ele fun-ciona? Ele normalmente usa a RAM de meusistema? E o HD? Os programas que eu instalar nativos pra PCvão dividir meu HD com os programas jáinstalados de Mac na minha máquina? Podedar algum pau? Meu 7600/132 com os futuros 96 de RAM ésuficiente pra rodar o AutoCAD no pau? EsseCompatibility Card pode ser “upgradeado”?Quanto ele custa lá fora?

Carlos Carlos/spo_ [email protected]

Muitas perguntas. O melhor mesmo é vocêdar uma olhada na MACMANIA 29, “O PC daApple”, que traz todas essas respostas emuito mais. O esquema de funcionamentoda placa é semelhante ao SoftWindows, uti-lizando uma pasta no seu HD como umdisco virtual de PC. Quanto à memória, elaé colocada na própria placa, separada damemória do Mac. Não há possibilidade deupgrade, por isso é bom comprar a placamais atual possível.

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Uma crença comum no mercado é que aApple perdeu uma janela de oportunidadepara licenciar o sistema operacional do Mac

para fabricantes de clones no período entre1988-1992. Se a Apple tivesse feito isso, hoje oMac poderia estar rivalizando com o Windowscomo padrão mundial para computadores pes-soais. Nunca saberemos. Infelizmente, a per-cepção de que a Apple perdeu essa imensaoportunidade vem assombrando a empresadesde então, acabando por levá-la a tomar deci-sões erradas que geraram a atual política declones. Hoje estamos espantando esse fantasmae avançando para inventar nosso futuro”.Com essas palavras, Steve Jobs, recém-empos-sado CEO (Chief Executive Officer) interino daempresa, explicou a seus funcionários porquea Apple decidiu comprar as operações ligadasao mercado Mac da Power Computing, pagan-do por isso US$ 100 milhões.A compra da Power no início de setembro foi oato final de uma novela que já durava mais desete meses, com a Apple de um lado e os fabri-cantes de clones do outro, brigando sobre ofuturo do licenciamento do Mac OS.A decisão final da Apple foi de não concedernovas licenças que permitissem rodar o MacOS em máquinas CHRP (Common HardwareReference Platform), arquitetura desenvolvidapela Motorola.Segundo Jobs, o principal motivo para a deci-

são foi a necessidade da Apple retornar à lucra-tividade. “A taxa de licenciamento que a Applerecebe dos licenciados não cobre as despesasde desenvolvimento e marketing do Mac OS.Isso significa que a Apple está dando um subsí-dio de centenas de dólares para cada cópialicenciada do Mac OS”, disse ele.A reação dos usuários e da mídia não poderiater sido pior. Explodiram na Internet cartasabertas e manifestos contra o fim dos clones.Acostumados aos bons preços e maior agilida-de dos fabricantes de clones, ninguém gostouda idéia de ver o mercado Mac novamentedominado por uma única empresa.A Power Computing deverá continuar venden-do clones sob sua marca até o final do ano. Aempresa já anunciou que começará em breve afabricar servidores e laptops baseados emchips da Intel.

UMAX RESISTEOs clones de Mac, entretanto, não acabaram. AUmax, que fabrica clones de Mac, com preçoinferior a US$ 1.000 vendidos no mercado asiá-tico, já licenciou o Mac OS 8. Talvez seja aregra que confirma a exceção, porque tanto aMotorola quanto a IBM já abandonaram sualinha de clones. A verdade é que a Umax é umdos poucos fabricantes de clones que não com-pete diretamente com a Apple.A Power Computing tinha abocanhado em seus

Tid Bits

dois anos de funcionamento quase 20% do mer-cado Mac, com um banco de 200 mil clientes,vendendo diretamente ao consumidor e nãoatravés de distribuidores e revendas, como faza Apple. Competindo com a Apple tanto nomercado doméstico quanto no profissional, aPower já estava avançando em nichos tradicio-nais da Apple, como o mercado educacional.A situação do CHRP, no entanto, é incerta. AMotorola desenvolveu o CHRP como uma pla-taforma PowerPC aberta que usava componen-tes comuns da indústria de PC (portanto,copiável por qualquer fabricante de computa-dores). Esse seria o segundo estágio da políticade clonagem da Apple. Só que agora a Apple serecusa a licenciar o Mac OS para o CHRP, ape-sar de não ter parado seu desenvolvimento.Resta saber quais serão os próximos passos daApple. Um deles já foi dado: a divisão Newtonnão será mais uma empresa independente, vol-tando ao seio da mãe Apple. A empresa deverálançar uma versão do eMate, que teve grandesucesso no mercado educacional americano,para uso geral. Jobs pediu três meses paraanunciar uma nova linha de produtos que vaiser decisiva para a ampliação do mercado Mac.Os palpites vão de servidores NT com ferra-mentas tiradas do Rhapsody a Network Compu-ters baseados no eMate. O prazo pedido coinci-de com a Macworld Expo - São Francisco dejaneiro, que deverá trazer grandes novidades.

O fim dos clones?Apple tenta reinventar seu modelo de negócios

Macmania no ZazA

home page da MACMANIA mudou de casa.Agora, ao digitar http://www.macmania.com.br,você irá parar no ZAZ, o serviço de informações

e entretenimento online da Nutec e da RBS.Uma das novidades do site é a implementação dofórum da MACMANIA. Nele você poderá discutir ostemas da revista e as grandes questões que movi-mentam o mercado Macintosh.Além disso, a partir de agora, os sharewares comen-tados pela revista estarão disponíveis para downloadno site, diretamente ou através de links para suaspáginas. O site da MACMANIA traz a versão integralde matérias selecionadas da revista, além de matériasespeciais que poderão ser lidas apenas pela Internet.

O fórum da MACMANIA no ZAZ é o palco onde macmaníacos e pecezistas se enfrentam

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Tid Bits

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Corel cria seu Java Corel, uma das empresas pioneiras naadoção da linguagem Java, desistiu deportar seu Corel Office para a linguagemJava. A Corel afirma que irá desenvolver asua própria tecnologia que permitirárodar programas de qualquer espécie desistema operacional a partir de um servi-dor. O motivo é que a empresa quer evi-tar ter que reescrever todos os seus pro-gramas no código nativo de Java.A nova tecnologia, chamada de Remagen,vai permitir rodar programas atuais da Co-rel WordPerfect e o MS Office 97 em umservidor e distribuí-los para clientes Java dequalquer plataforma (PCs com Windows,Unix, NCs ou Macs). A Corel pretende lan-çar também um novo pacote de progra-mas, com o codinome Alta, ainda em 98.Corel: http://www.corel.com

DVD no Mac O DVD deve chegar ao Macintosh antesdo que muita gente pensa. A E4 já lançouo CoolDVD, um kit de US$ 499 para Macsque permite suporte total ao DigitalVideo Disc.A companhia começará a vender o produ-to a partir de setembro.O Kit CoolDVD inclui uma placa PCI paradecodificar vídeo MPEG e MPEG-2, supor-tando multicanais de áudio e legendas.Uma placa extra traz uma série de conec-tores para equipamentos, como câmerascom entradas S-Video, vídeo composto eáudio digital.O CoolDVD vai incluir um programa parapermitir a navegação entre títulos e esco-lha de funções como canais de lingua-gem, legendas e ângulos de visão.E4: http://www.elecede.com

Gif Art animadaDos criadores do Web Explosion 20.000 eArt Explosion 40.000/125.000 surge umanova biblioteca de gráficos para animarpáginas da Web chamada AnimationExplosion. A nova coleção inclui 5 milanimações de domínio público e 250Shockwaves com som e interatividade. Osarquivos GIF e Shockwave contêm anima-ções para todo tipo de uso, como botões,bullets, banners, e desenhos. O CD traztambém kits temáticos de botões e ban-ners para sites pré-fabricados.Todas as imagens de Animation Explosionusam compressão máxima para facilitar odownload. O Animation Explosion estásendo vendido nos EUA por US$ 49,95. Novadev: http://www.novadevcorp.com

Surfando e saltitando na WebO

s browsers da Internet são programas incrí-veis”, diz Gilbert Borman, presidente da NetJumper Inc. “O problema é que eles têm

ferramentas de navegação limitadas. Conse-quentemente, os surfistas perdem muito maistempo do que devem para ir ao próximo link”.O NetJumper foi criado para reduzir esseproblema pegando todos os links em umapágina e criando uma lista deles. A idéia écriar uma visualização não linear dos sites aserem visitados. O programa tem algumas funções principais:SlideShow: permite navegar “sem as mãos”

“pela Internet. Os sites selecionados vão passan-do automaticamente. Quando você vê algumque gosta, é só parar e descer.ListBuilder: cria, divide e edita listas de sites.Add URL: clique nesse botão para adicionaruma URL a uma lista do NetJumper LinkGrabber: captura todos os links de umapágina e a coloca na lista do NetJumper.Você pode armazenar links de qualquer página,incluindo resultados de ferramentas de busca.A versão beta do programa já está disponível ecusta US$ 19,95.Net Jumper: http://www.netjumper.com

MacMAME (Multiple Arcade MachineEmulator) é um emulador que coloca emseu Mac todos os games clássicos de flipe-

rama da década de 70. Defender, Zaxxon,Donkey Kong e mais de 200 games estão dispo-níveis para download no site de seu criadorBradman, Brad Oliver, e devem fazer a cabeçade trintões e quarentões que torraram moedi-nhas durante sua infância nas saudosas casasde “Diversões Eletrônicas”. A versão 0.28 do

MacMAME deve ser a última a suportar Maccom chip 68k. Quem quiser conhecer um pou-co mais do maravilhoso mundo da emulaçãopode ainda visitar o site www.emulation.net,que possui programas capazes de emular maisde quarenta plataformas em seu Mac, do AppleII ao SuperNintendo.Bradman’s Emulation Stop:http://www.primenet.com/~bradman/mame/

macmame.html

Ainda tem dúvidas de que a emulação é o futuro da computação? Dê uma olhada nisso!

Diversões eletrônicas

OBBEdit, programa de edição de texto eHTML da Bare Bones Software está chegan-do a sua versão 4.5. Entre as novidades tra-

zidas pela nova versão estão o suporte aosmenus contextuais do Mac OS 8, suportemelhorado à linguagem de programação Perl 5e um novo editor de tabelas.O novo Table Builder permite gerar rapida-mente tabelas de HTML em um ambiente gráfi-co, facilitando a criação de tabelas dentro de

Nova versão do BBEdittabelas, com opções para controlar o tamanho,unir, selecionar e colorir células.Além do Table Builder, a principal mudança noBBEdit é a melhoria de suas ferramentas deHTML. É possível automatizar rotinas de atuali-zação de sites utilizando linguagens comoFrontier e AppleScript.O preço sugerido do BBEdit 4.5 nos EstadosUnidos é de US$ 119,00.Bare Bones: http://www.barebones.com

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Você sempre quis co-nhecer uma civiliza-ção que há quase

três mil anos funcionavanuma misteriosa harmo-nia e saber como foramcontruídas as pirâmidese os templos maias? Então o CD-ROMExplorando a Civilização Maia é ideal para osarqueólogos macmaníacos. Tudo o que vocêqueria saber sobre o povo milenar que cons-truiu templos e pirâmides pela América desapa-recendo sem deixar vestígios.O Índice das Cidades é uma lista em ordemalfabética dos 37 sítios arqueológicos, dividido

Finalmente alguém percebeu o óbvio. Queum undo só não faz verão. Flashback, onovo programa da Aladdin, dá a qualquer

programa a possibilidade de ter 99 undos, oque virtualmente torna seu Macintosh aprova de erros.O Flashback permite que os usuários tenhamfácil acesso a 99 versões prévias de qualquerdocumento salvo. Essa nova forma de backuppode ser aplicada em qualquer tipo de arqui-vo. Ele rastreia as mudanças feitas em umdocumento cada vez que ele é salvo.As mudanças são mantidas no Flashback emuma lista com a hora em que o arquivo foisalvo. A qualquer momento você pode abrir oprograma e clicar em uma versão anterior, eresgatar seu documento na forma em que eleestava. Para economizar espaço em disco, oFlashback guarda em seu banco de dados ape-nas as mudanças entre uma versão e outra.Segundo a Aladdin, essas mudanças represen-tam de 2 a 5% do tamanho original do arqui-vo. O usuário é quem decide quantas versõeso programa deve guardar de um determinadodocumento e quando deve jogá-las fora.O Flashback deve custar US$ 99,95 nos EUA.Aladdin: http://www.aladdinsys.com

Tid Bits

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Erre sem medo

Servidor pessoal melhoradoProgramas da Open Door facilitam intranet no Mac

qualquer pessoa com um Macintosh e ummodem coloque sua página na Web.O Personal Web Sharing é um programa que a

Apple comprou de uma empresa chamadaOpen Door, que está lançando produtospara melhorar a utilização do servidor pes-soal de Web do Mac OS 8.O Personal LogDoor da Open Door suple-menta o PWS da Apple fornecendo emtempo real, estatísticas detalhadas do aces-so à sua página pessoal e acusando erros.Outro programa, o Web Sharing ChooserExtension, permite ver um servidor PSW poruma rede AppleTalk, eliminando a necessida-de dos usuários de descobrir, lembrar eguardar o número IP de um servidor.O AFP Engage! da Open Door, é outro pro-

duto que permite utilizar o comando “Connectto...” do Mac OS 8 com endereços do AppleFiling Protocol (AFP), permitindo o acesso amáquinas na rede.A Claris vai ditribuir versões demo dos progra-mas da OpenDoor para compradores registra-dos do Mac OS 8.

Open Door Networks:http://www.opendoor.comSaiba tudo o que acontece no seu servidor

Encontre sua intranet na rede

em três grupos: México, Guatemala, Honduras& Belize. Através de fotos históricas e desenhosoriginais, você pode descobrir como foram asprimeiras explorações e ver os objetos encon-trados durante as escavações.Explorando a Civilização Maia custa R$ 65 epode ser adquirido através do Studio Interativopelo telefone: (011) 5505-1833.

Um belo lugar para passar as férias ou sacrificar umas virgens

Explorando a civilização maia

Uma das novidades do Mac OS 8 é a inclusãodo painel de controle Personal WebSharing que permite (teoricamente) que

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BrightChick é o nome do primeiro bicho virtualcompatível com Macintosh, como o nome suge-re, o bicho é uma galinha, no mesmo estilo “pás-

saro do espaço” do Tamagochi original.O inventor do bicho é Patrick Moor, um garotosuiço de 16 anos que é programador de sharewarede Mac. O bichinho é bem bacana, e até mais fácilde cuidar do que os convencionais de chaverinho.Ele possui um gráfico em barras que mostra quais osníveis de comida, doença e felicidade doBrightChick. Uma função autofeeder alimenta auto-maticamente o bicho.Ele bebe água, come uma bacia de milho e pão etem um jogo de dados meio capenga. O BrightChick está disponível na Internet e a taxado registro do shareware é US$ 10.BrightChick: http://www.geocities.com/

SiliconValley/Way/1542.

Tid Bits

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O bicho pia para chamar a atenção

Bicho virtual dentro do Mac

Mais um emulador de PCA

Insignia não ficou parada e já lançou umprograma para combater o avanço doVirtual PC, da Connectix. Chamado sugesti-

vamente de RealPC, ele é dirigido para aquelesque querem rodar games de PC no Mac.O RealPC promete suporte a MMX e DirectX euma velocidade de Pentium 50 MHz em umPowerMac com chip 604e de 100MHz.Custando US$ 79, o RealPC terá como público-alvo usuários domésticos interessados em jogargames de PC no Mac, contando com suportepara joysticks de Mac.

Segundo a Insignia, o RealPC será mais rápidoem FPU (floating-point unit) e desempenho devídeo do que a versão mais recente doSoftWindows. Ele terá suporte ao padrão Video7 Super VGA e gráficos VESA e inclui total com-patibilidade com SoundBlaster e SoundBlaster16 para DOS.O novo emulador da Insignia vem apenas como DOS 6.22 instalado. Fica a cargo do usuárioacrescentar o Windows 3.x ou Windows 95.Insignia Solutions Inc.:http://www.insignia.com

AAdobe System incluiu dois plug-ins gratui-tos para o programa de efeitos de vídeoAfter Effects: um que anima texto em path

(caminho) e outro que exporta filmes em for-mato GIF89. A demonstração dos plug-ins foirealizada no Siggraph 97 em Los Angeles e naMacworld Expo em Boston. Os plug-ins estarãodisponíveis para usuários registrados do AfterEffects no site da companhia no início desetembro. O registro pode ser feito online.O plug-in Path Text Effect permitirá ao usuá-rio criar e editar efeitos em textos animados.Hoje é preciso importar cada figura comouma camada diferente e animá-la separada-mente. O plug-in permite que as palavras

sejam manipuladas em uma única camada.Os usuários podem criar um percurso para otexto animado seguir e mudar os caminhos.Há ajustes dignos de programas de editora-ção, como kerning (espaços entre as letras) eentrelinhamento. O Path Text Effect permitetambém aplicar o efeito motion blur em cama-das de texto.O plug-in Animated GIF permite que os usuá-rios exportem GIFs animados do After Effectspara uso na Web. Os usuários podem escolherentre diversas paletes (Mac, Windows ou Cus-tom) e opções de transparências. Ambos serãodisponíveis para Mac e Windows.Adobe System: http://www.adobe.com

Adobe distribui plug-Ins

Speed Doubler 8Quem pensou que as novas capacidadesdo Finder do Mac OS 8 para fazer múlti-plas cópias tornaria inútil o Speed Dou-bler se enganou. A Connectix já anunciouo novo Speed Doubler 8.Além de suas funções originais (emulaçãomais rápida de código 68k, melhor acessoa disco e cópia acelerada de arquivos), oSpeed Doubler 8 traz novidades comocópias pré-programadas, sincronização depastas e atalhos de teclado.Com isso, o novo programa da Connec-tix torna-se uma verdadeira ferramentade becape. Os atalhos de teclado tam-bém prentendem substituir uma série deprograminhas que hoje permitem vocênavegar entre programas (Program Swit-cher), entrarem textos recorrentes (Ty-peIt4Me) e abrir documentos apertandocomandos de tecla. O Speed Doubler 8deverá ser lançado ainda em setembro,custando US$ 55.Connectix: http://www.connectix.com

WebSTAR 3.0 vem aíAté o final do ano, a StarNine Techno-logies deve lançar uma nova versão deseu servidor Web. O WebSTAR 3.0 teránovas características, incluindo a integra-ção de ferramentas de busca, coisa que sóera possível para servidores Mac atravésde uma miríade de programas extras eplug-ins. O novo lançamento também irátrazer um servidor FTP integrado, o quesignifica que os webmasters não precisa-rão mais depender de outro programapara transferência de arquivos.O novo WebStar será compatível com atecnologia WebObjects comprada daNeXT pela Apple. O beta do adaptadorde WebObjects para o WebStar já estádisponível no site da StarNine.StarNine: http://www.starnine.com

Novo lançadorTilery é o novo nome do freeware Appli-con, da Semicolon Software. O Appliconcolocava um quadradinho em sua telapara cada programa aberto; clicandonesse quadrado você trazia os programaspara frente. O Tilery acrescenta funçõesbásicas de Drag & Drop e a possibilidadede abrir programas documentos, pastas,painéis de controle e muito mais. A ver-são 3.2b4 é compatível com o Mac OS 8e permite criar quadrados para discosem rede. Semicolon Software:http://www.semicolon.com

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O futuro é

Conheça o sistemaque pode salvar a Apple

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No Rhapsody, o que o usuário vê é uma coleção deprogramas rodando sobre um núcleo transparen-te. Para acrescentar funções à máquina, bastarodar mais programas. A complexidade do siste-ma é controlada pelo usuário.

O universo do Mac OS é centralizado em um in-trincado sistema cercado de um aglomerado con-fuso de extensões, muitas delas irrelevantes parao usuário. Grande parte da interação ocorre como sistema, não com os aplicativos.

Rhapsody. Um nome de grande significado para acomunidade Macintosh desde que foi revelado nocomeço deste ano. Mas o que significa realmente?Segundo o dicionário:

Dentro das metáforas musicais que a Apple vemusando para seus sistemas operacionais, pode-mos esperar que a intenção tenha sido a denúmero quatro. Sem dúvida há pessoas mais incli-nadas a dizer 2 ou 3, como acontece com qual-quer idéia nova e revolucionária. Vamos tentarexplicar o que será o projeto Rhapsody, segundoas informações publicadas pela Apple.Na verdade, Rhapsody – o nome final ainda não foidefinido – será muito mais do que um sucessor doMac OS. Também não terá nada a ver com aforma com que o Windows 95 sucedeu ao Win-dows 3.1. Só para variar, a Apple resolveu fazeralgo totalmente diferente. Um sistema operacionalque também é um ambiente de desenvolvimentode software, que pode rodar em vários tipos dehardware e que, na verdade, são dois sistemasdiferentes. Segundo eles, isso é o futuro. Dias antes da primeira versão beta do Rhapsodyser entregue aos desenvolvedores de software deMac, a MACMANIA resolveu mostrar a seus leito-res como deverá ser o novo sistema, tomandocomo base informações da própria Apple e de fon-tes ligadas à empresa. As imagens mostradas aquinão são telas tiradas de uma máquina rodandoRhapsody, mas mostram como deverá ser suainterface quando ele for lançado no início de 1998.

1) Porção de um poema épico adaptado para recitação.2) Uma miscelânea desordenada ou desconexa.3) Um discurso efusivo, extravagante ou até incoerente.4) Uma composição instrumental livremente improvisada.

por RAINER BROCKERHOFF*

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Por que Rhapsody?A alternativa Rhapsody surgiu no final do ano passado, quando GilAmelio decidiu comprar a NeXT, de Steve Jobs, e utilizar seu sistemaoperacional, o OpenStep, como futuro sistema dos Macs.Amelio chegou à conclusão de que a equipe técnica da Apple seria inca-paz de terminar o Copland, o novo sistema operacional que vinha desen-volvendo há quase cinco anos, em tempo hábil para reverter o atraso doMac OS em relação à concorrência.O OpenStep oferecia todos os pré-requisitos de um sistema operacionalmoderno, como multitarefa preemptiva, memória protegida e outraspalavras de ordem que para o usuário final se traduzem como: menospau e mais rapidez.Além disso, o OpenStep trazia duas características decisivas: fácil portabi-lidade (poucos meses após a compra a Apple já estava demonstrando suaversão para PowerPC) e um sistema modular, que permitia rodar o MacOS como se fosse um programa de OpenStep, resultando em compatibi-lidade quase total com antigos programas de Mac.E assim nasceu o Rhapsody, um sistema que unia o código do OpenStep(a tal API ou Interface de Programação) com tecnologias da Apple comoQuickTime, QuickDraw 3D, ColorSync etc. De quebra, a linguagem Javaintegrada e a possibilidade de rodar programas feitos para o Mac OS emvelocidade igual ou maior que a atual.Quando você estiver lendo esta revista, a primeira versão para desenvolve-dores do Rhapsody já deverá estar sendo utilizada por programadores. Adata para lançamento da primeira versão do sistema, voltada para usuárioshigh end, é janeiro de 98. A versão final está prevista para meados de 98.O Rhapsody só vai rodar em Power Macs PCI, de preferência com veloci-dade acima de 120MHz e mínimo de 24Mb de RAM. Usuários escaldadospela transição dos Macs 68k para PowerPC podem ficar sossegados.Programas feitos para Rhapsody vão poder rodar em Macs com o MacOS, ou seja, o upgrade não será obrigatório.

Aparentemente, a transição do Mac OS para o Rhapsody deverá ser umadas mais tranqüilas já vistas na indústria de informática, graças ao enge-nhoso sistema de camadas de compatibilidade que permitirá que usuáriosde Mac OS, Windows 95 e Windows NT migrem para o Rhapsody quandoacharem que ele representa alguma vantagem em relação ao seu sistema.Quanto ao Mac OS, a perspectiva é que ele continue na ativa durantemuito tempo. O sucesso de vendas do Mac OS 8 estimulou a Apple acontinuar investindo e agregando novas funções a seu velho sistema.De início, a divisão entre usuários de Mac OS e Rhapsody deverá ter umarelação parecida com a que ocorre no mercado PC entre usuários deWindows 95 e NT. Aqueles que usam o Mac para joguinhos, Internet,textos e planilhas deverão continuar usando o Mac OS. Usuários profis-sionais que precisam retirar cada gota de produtividade de suas máqui-nas deverão ser os primeiros a passar para a banda do Rhapsody.

Sistema em camadasPara você ver como daqui pra frente tudo vai ser diferente, o Rhapsodyvai rodar em duas (talvez mais) plataformas de hardware: PowerPC eIntel Pentium. Isso será possível graças à sua arquitetura em camadas,que faz com que grande parte do sistema não precise saber em que hard-ware está rodando para executar suas funções.Em cima do hardware, o Rhapsody rodará um microkernel, no caso oMach 3, desenvolvido pela Carnegie-Mellon University. Para quem nãoconhece o conceito, microkernel é simplesmente um conjunto de rotinasbásicas que controlam a CPU (uma ou várias delas), tempo de processa-mento, memória e outras necessidades básicas entre tarefas que precisamser realizadas no computador.A utilização do microkernel Mach 3 vai permitir que o Rhapsody expandaos horizontes de multiprocessamento do Mac. Enquanto hoje o Mac OSconsegue trabalhar com máquinas com dois ou quatro processadores, oRhapsody permitirá trabalhar com até vinte chips rodando em paralelo.

O visual elegante do OpenStep (antigo NextStep) resiste inalteradohá dez anos e ainda pode ser chamado de estado-da-arte. Mas nãovai ser usado no Rhapsody, pois é muito diferente do Mac e foi pla-nejado para monitores grandes. Algumas características, porém,devem ser herdadas pelo Rhapsody, incluindo a opção de íconesgrandes. Os scroll bars deverão ter uma opção com os botões desetas juntos num canto e barras com o tamanho proporcional aoconteúdo da janela. Outros elementos visuais sofisticados doOpenStep não sobreviverão, como os menus flutuantes verticais, odock com os programas mais usados ou o botão com o X quebradoindicando que o documento ainda não foi salvo.

O Rhapsody é visualmente um irmão gêmeo do Mac OS 8. Chama aatenção o fato dos volumes (discos e servidores de rede) e o lixoficarem dentro de uma área lateral que lembra vagamente o dockde aplicativos do OpenStep. Além disso, a barra de menu passa amostrar o nome do programa que está rodando. O fundo da tela,chamado de Backdrop, poderá ser uma imagem parada, como éhoje no Desktop Pictures do Mac OS 8, ou uma tela dinâmica – porexemplo, o PointCast – mudando constantemente. Os nomes daspastas e arquivos podem ter até 255 caracteres (graças ao novosistema de arquivo HFS+) e são automaticamente acomodados emvárias linhas embaixo dos ícones.

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Com base no Mach 3, o Rhapsody será um sistema multitarefa, preempti-vo, com memória virtual protegida. Em torno do microkernel atuarão ou-tras rotinas básicas como drivers de dispositivos e sistemas de arquivos.Sim, sistemas, porque o Rhapsody poderá utilizar simultaneamente dis-cos formatados para qualquer plataforma.

Caixas sobre caixasEm cima do microkernel e dos recursos básicos de sistema haverá umacamada de abstração conceitual, para que os programadores não preci-sem saber em que hardware seu programa será executado. Para quemnão gosta de conceitos abstratos, a Apple explica essa camada como umasérie de “caixas”.A primeira e mais importante caixa é a “Yellow Box”, a Caixa Amarela.Esta caixa é a API (Interface de Programação de Aplicativo) padrão paraos desenvolvedores escreverem softwares nativos para Rhapsody. Mas,conforme veremos adiante, ela não se restringe apenas ao Rhapsody,

podendo servir para escrever programas para o Mac OS e Windows.A segunda caixa é o Java. Uma “máquina virtual” permitirá executar apli-cativos em Java de modo transparente. Isso quer dizer que basta dar doiscliques em um programa escrito em Java para rodá-lo como se fosse umprograma de Mac.Todos os recursos da Caixa Amarela também serão acessíveis via Java.O que significa que muitos buracos hoje existentes na linguagem criadapela Sun (como a falta de rotinas de impressão) poderão ser contorna-dos com chamadas às APIs do Rhapsody. Ou seja, um programa escritoem Java pode usar as ferramentas de impressão do Rhapsody.A terceira caixa, só disponível na plataforma PowerPC, é a Caixa Azul.Essa caixa roda o Mac OS 8 tradicional e assim permite ao usuário rodarsoftwares originalmente programados para esse sistema. Note que issoinclui o emulador 68K tradicional; provavelmente, muitos softwaresescritos para os primeiros Macs continuarão funcionando sem proble-mas, incluindo as tecnologias específicas do Mac OS como OpenDoc,

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Se a máquina estiver em rede multiusuário, você preenche umacaixa de login ao ligá-la, e o sistema carrega com todas as suaspreferências pessoais e itens com acesso restrito ou bloqueadopara outros usuários, incluindo programas, pastas e documentos.Enfim, é possível acessar o seu Desktop pessoal a partir de qual-quer máquina na rede local ou até mesmo pela Internet.

Uma nova opção de visualização no Finder será o correspondentedo “browser” de arquivos do OpenStep. É uma janela dividida emlistas que mostram a hierarquia das pastas, acrescida de um dockestilo Launcher para os ícones dos itens mais usados. Para quemquiser experimentar já, existe um shareware para Mac, o Greg’sBrowser, que oferece uma interface semelhante.

Para confundir umpouco as coisas, deverá haver a opção deinicializar o seu com-putador diretamenteno Mac OS ou peloRhapsody.

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O menu de programas mostracada janela de cada progra-

ma que está rodando, permitindo pular direto de uma janela paraqualquer outra. O Mac OS (Caixa Azul) e os seus aplicativos sãovistos como um único programa separado. O Task Monitor podeforçar o Quit em qualquer programa – função importante, porqueos programas não travam o sistema quando dão pau.

OpenTransport, QuickDraw GX etc. Segundo a Apple, rodar os progra-mas de Mac atuais na Caixa Azul terá até vantagens em relação a seudesempenho no Mac OS atual. Acontece que a Caixa Azul vai utilizaralgumas funções de sistema da Caixa Amarela, como o gerenciamento dememória virtual, o que vai dar maior estabilidade e rapidez aos progra-mas da Caixa Azul. Além disso, um programa rodando na Caixa Azuljamais travará a máquina inteira. O máximo que você precisará fazer emcaso de bomba é dar um Quit no Mac OS e abri-lo de novo, em umtempo bem menor que um Restart.Há boatos de outras caixas de diversas cores: vermelha, preta etc. Essascaixas permitiriam rodar aplicativos Mac OS na plataforma Pentium, ouaplicativos Windows na plataforma PowerPC, por exemplo. Na verdade, aorganização em camadas facilita muito esse tipo de coisa. Não há nadaconfirmado, mas o mais provável é que a Apple deixe que empresas comtradição em emuladores, como a Insignia e a Connectix, façam progra-mas que permitam esse tipo de conversão.

O menu da maçã ganha um comando “Personalizar” para facili-tar o seu ajuste. Em vez de Control Panels há pequenos programasde “ajustes” ou “preferências”. Deverá haver uma distinção entreas preferências da máquina (hardware) e as preferências do soft-ware. Os programas que substituirão os Control Panels reúnemajustes que hoje estão espalhados pelo Mac OS, e apresentam omesmo funcionamento em qualquer hardware.

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Leia isto se forum programadorPara seduzir os programadores a adotar a “Yellow Box”, há váriosoutros incentivos:•Linguagens de programação: a MetroWerks está lançandocompiladores C e C++ para Rhapsody, além da biblioteca de com-patibilidade Latitude. Esses compiladores também suportam o dia-leto Objective C, usado para quem já programa aplicativos para oOpenStep da NeXT.•Unicode: este padrão internacional permite o suporte de pratica-mente todos os alfabetos e línguas no tratamento de texto.•Internet: o suporte embutido aos principais protocolos daInternet vai facilitar muito a vida dos programadores que desejamembutir o acesso à Internet nos seus aplicativos, e reduzirá muitoo tamanho de browsers e aplicativos e-mail, entre outros.•Bancos de dados e servidores: tecnologias de programaçãoorientadas por objeto adquiridas da NeXT, como o WebObjects,permitirão a fácil construção de servidores e bancos de dadosespecíficos.•Multimídia: o QuickTime Media Layer estará completamenteimplementado no Rhapsody.•Recursos gráficos: ainda não foi plenamente definido, mas onovo sistema suportará, ao que parece, tanto o Display PostScriptquanto uma camada de compatibilidade com o QuickDraw GX. •Componentes e computação distribuída: suportará diversosmodelos de integração de componentes e de distribuição de obje-tos e recursos computacionais em rede.

Mac Look & FeelEm cima dessas caixas todas há uma camada final de interface de usuá-rio. Por enquanto, a Apple se refere a essa camada como “Advanced MacLook & Feel”, isto é, o jeitão do Macintosh, com algumas melhorias. Sãopadrões de comportamento, especialmente visuais, comuns a qualquersoftware que rode em Rhapsody: a cara de janelas, menus, ícones etc. O visual inicial não será radicalmente divergente do Mac OS 8, mas váriasfunções serão mais embasadas no sistema OpenStep. A idéia é fazer doRhapsody um sistema mais simples que o Mac OS, por ser mais facilmen-te modificável. Funções adicionais serão acrescentadas por meio de apli-cativos ou objetos leves, e não por meio de extensões instaladas emlocais privilegiados do sistema. Com isso, a Apple espera conseguir umsistema que possa ser facilmente personalizado pelo usuário, mas semcomprometer sua estabilidade.Um conceito interessante é o de “Workspace” ou “Desktop Virtual”. Sevocê estiver em uma rede local, ou várias pessoas utilizarem sua máqui-na, você terá que se identificar quando começar a trabalhar, com umnome e uma senha. Isso feito, você terá disponíveis seu próprio desktop,suas opções personalizadas, acesso a arquivos particulares, mesmo senão estiver na “sua” máquina pessoal!Quanto à Caixa Azul, que roda aplicativos Mac OS 8, ela funcionará simi-larmente ao SoftWindows ou VirtualPC: uma janela conterá uma cópiado Mac OS 8 funcionando normalmente, com seu Finder e menus, euma pasta de arquivos será compartilhada entre o Finder Azul e o Amare-lo. Com um comando de tecla será possível fazer a janela da Caixa Azultomar a tela toda, o que dará maior compatibilidade e desempenho aosprogramas rodando nela. Não haverá possibilidade de Drag & Drop entreas Caixas Azul e Amarela, mas você vai poder dar Copy & Paste entre elas.

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Na situação atual do Mac OS, cada programa tem seu próprio jeitode lidar com fontes, impressoras e outros recursos gerais comparti-lhados pelo sistema e pelos programas.No Rhapsody, cada função é administrada por um único programi-nha especializado que pode ser convocado por qualquer aplicati-vo. Não por acaso, as caixas de seleção de fontes propostas sãoderivadas do OpenStep.No setor de fontes e impressão há outro aperfeiçoamento herdadodo OpenStep. O QuickDraw (a porção do Mac OS que desenha atela) é substituído no Rhapsody pelo Display PostScript, da Adobe.Isso garante consistência entre o que se vê no monitor e o que éimpresso — de fato, ainda maior que a atual.Como contribuição vinda do Mac há o ColorSync e o QuickTimeMedia Layer, os quais estão sendo trazidos para o Rhapsody.

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A Caixa Azul (o Mac OS com todos os seus programas) poderá rodar numajanela dentro do Rhapsody ou em tela cheia, com um comando de teclapara mudar entre os dois. Parte dos arquivos, o Clipboard e algumas pre-ferências gerais (data e hora, fontes, teclado etc.) serão compartilhadosentre os dois sistemas. Alguma confusão por parte do usuário é inevitável,pois embora a interface seja essencialmente a mesma, muitos comandossão diferentes. Pode-se esperar uma sensação parecida com a de rodar oSoftWindows no Mac. Algumas das idéias da Apple para diminuir a con-fusão são desabilitar o Drag & Drop entre os dois ambientes e criar umamoldura diferente para a janela do Mac OS.

As últimas doRhapsody• A primeira versão alfa do Rhapsody, conhecida como DR 1(Developers Release 1,que no fechamento desta edição estavaprevista para ser lançada até o final de setembro) ficou melhorque a encomenda, surpreendendo os desenvolvedores.• Como o Mac OS é considerado apenas mais um programa noRhapsody, ele vai poder rodar várias cópias do Mac OS (ouCaixa Azul) ao mesmo tempo, cada uma com seus próprios pro-gramas (desde que tenha memória para isso). Cada Mac OSdeve exigir cerca de 10Mb de RAM. Se uma Caixa Azul der pau,a outra deverá continuar rodando.• Acredite se quiser: a Caixa Azul roda na mesma velocidadeque o Mac OS atual e fica mais rápida quando usa a memóriavirtual (graças ao compartilhamento da Memória Virtual superveloz da Caixa Amarela).• O Rhapsody deverá ser vendido pronto para funcionar comoservidor, com FTP, HTTP e email embutidos, além de vir com oWebObjects e ferramentas de desenvolvimento. A estratégia daApple para abocanhar o mercado WindowsNT aliás, é justamen-te essa, vender o Rhapsody como um “ambiente de desenvolvi-mento”, onde você pode criar programas com ferramentasmodernas e depois portá-los para diversas plataformas.• Numa sessão de demonstração de Rhapsody, John Landwehr,da Apple, fez um software simples que exibia filmes, com botõesde Open, Start e Stop para arquivos QuickTime. Levou cerca de10 segundos.

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Multiplataforma... afinalMas o lance genial da Apple é sem dúvida a CaixaAmarela. Por quê? Muito simples: a unificação da APIpermite ao desenvolvedor de software escrever umprograma único que rode seja na plataforma PowerPC,seja na plataforma Pentium. Basta recompilá-lo paragerar o código objeto apropriado. Mas, dirá você, issorestringe o software a rodar sob o Rhapsody, que teráuma parcela inicial de mercado muito reduzida.Nada disso! A Apple está preparando versões da CaixaAmarela que rodarão sob Windows 95 ou NT (naforma de DLLs) ou sob o MacOS 8 (na forma deLibraries). Esses componentes estarão disponíveis gratuitamente e comeles o mesmo software que roda nativo sob o Rhapsody rodará sob ossistemas atuais, usando neste caso o visual padrão de cada um.Com essa idéia, a Apple permitirá que as empresas de software atinjamde imediato 100% do mercado. Por exemplo, a Adobe programará oPageMaker para Rhapsody uma única vez, publicando um CD universal.O software de instalação determina qual plataforma e sistema operacio-nal o usuário está rodando e instala a versão apropriada.Para o usuário, a funcionalidade do PageMaker será idêntica, indepen-dentemente de máquina ou sistema operacional, e ao mesmo tempo cor-responderá ao padrão ao qual ele está acostumado, se ele continuarusando seu sistema antigo. Se ele resolver migrar para um sistema maismoderno (como o Rhapsody, por exemplo) e/ou uma arquitetura dehardware mais avançada (como o PowerPC, por exemplo), ele terá umaumento de desempenho sem ter que reaprender a usar o PageMaker,nem ter que comprar uma nova versão do programa.

Ao mesmo tempo, a Adobe terá reduçãode custos, uma vez que não terá queduplicar sua estrutura de programado-res e de pessoal de suporte para aten-der a várias plataformas e ambientes.Essa política pretende contornar ovelho problema do ovo e da galinhaque sempre complicou a adoção denovos sistemas operacionais. Com aadesão prometida pelos fabricantes desoftware, creio que será bem sucedida.Um dos grandes charmes do OpenStep

sempre foram suas ferramentas de programação (compostas pelo ProjectBuilder e pelo Interface Builder), que permitem construir uma interfacefuncional arrastando botões e menus para uma palete. Muitos programasde PC (como o game Quake) foram desenvolvidos no sistema da NeXT. Atendência é que o Rhapsody leve ainda mais adiante essa vantagem.Bom, tudo indica que o sistema está dentro do cronograma. Resta-noscruzar os dedos para que tudo funcione conforme planejado. É um siste-ma muito complexo, mas a Apple é talvez a única empresa que tem pes-soal capaz de realizar esse tipo de coisa. µ

RAINER BROCKERHOFFÉ desenvolvedor Apple e consultor Inter/Intranet, além de centenas deoutras coisas que não couberam aqui, mas estão em :http://www.ez-bh.com.br/~rainer

email: [email protected]

*Colaborou Mario AV

No Rhapsody, a Caixa Azul (Mac OS) étratada como um aplicativo. Ao dar o coman-

do Shutdown na Caixa Azul, o computadorpergunta se você quer dar Quit no Mac OS.

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Multiple) do menu Layout deveficar desligada (isto é, sem a marca“√” na frente). Para visualizar oarquivo em forma de lista, escolhao comando Listar (List) do menuLayout. Para voltar, escolha ocomando Percorrer (Browse).3 Vamos agora criar um layoutpara imprimir etiquetas. Siga ospassos:• Mude para o modo Percorrer(Browse).• Clique no ícone de layout (pran-chetinha e régua T) que está nabarra de navegação (aquela dolado esquerdo) e escolha NovoLayout (New Layout...).• Escolha o tipo de layout Eti-queta (Labels) e mude o nome dolayout para Etiqueta.• A próxima tela é usada para defi-nir o tamanho e o número de colu-nas da sua etiqueta. Olhe a caixadas etiquetas que você vai usarpara imprimir e copie os valores.

• Depois de clicar “OK”, o ClarisWorks pergun-tará quais campos serão usados na Etiqueta. Nonosso exemplo eles são: Nome, Empresa e En-dereço (nessa ordem).

Omódulo de banco de dados do Claris-Works é uma versão reduzida do File-Maker Pro (também da Claris), por issoele incorpora muito da funcionalidade efacilidade do seu irmão mais velho. Já o

poder do banco de dadosdo ClarisWorks fica umpouco aquém do FileMaker.Não espere fazer um progra-ma completo de gerência desua empresa nele. Mas seesse não é o seu problema, então uma ferra-menta simples é a melhor solução.Vamos começar fazendo uma agenda telefônica.1 Abra o ClarisWorks e crie um novo documen-to escolhendo a opção Banco de Dados(Database). Assim que você fizer isso, apareceráuma tela onde você vai descrever os tipos deinformações que serão armazenados. Essestipos de informações são chamados de campos.No nosso caso, criamos campos para Nome,Empresa, dois tipos de telefone e Endereço.Todos os campos serão tipo Texto, menos ositens Tipo 1 e 2. Nestes, escolha o tipo MenuPop-up (aqueles que fazem aparecer um menucom várias opções quando você clica). Ao criaro campo, você vai cair em uma tela de opções.As opções dos campos Tipo 1 e 2 são as mes-

mas, mas no segundo eu mudei a opção Esco-lha Automática (Default Item) para Serviço, nolugar de Casa.2 Agora vamos navegar e incluir informaçõesno banco de dados. Assim que você define oscampos, o ClarisWorks cria automaticamenteum layout, isto é, um formulário onde você

pode incluir, consultar e apagar os registros. Umconceito importante do Claris é esse de layout(formulário). Um mesmo arquivo pode ter diver-

sos layouts, ou seja, nós podemoster um layout para entrada dedados, outro para impressão,outro para etiquetas, buscas etc.Cada layout é uma maneira dife-rente de mostrar as informaçõesdo banco de dados, e nem to-dos os campos precisam fazerparte do layout. Por exemplo,um layout para a impressão deetiquetas não precisa mostrar ocampo de telefone.Os registros podem ser mostra-dos em forma de lista (um abai-

xo do outro) ou na forma de fichas (um porpágina, como se fosse um daqueles arquivosde fichas tipo Rolodex, onde você vai fo-lheando ficha por ficha até encontrar a queprocura). Esta última forma é melhor para aentrada de dados, então vamos mudar osajustes. A opção Mostrar Diversos (Show

WorkshopCHRISTIAN W. ALTHAUSEN

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Crie quantos campos quiser

Faça sua própria agendaAprenda a usar o banco de dados do ClarisWorks

O menu Personalizar já traz alguns formatos

Defina os campos que serão impressos

O Default mostra o que vai aparecer no formulário

Comece criando um novo documento

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• Agora falta dar uma ajeitadano tamanho dos campos. Mu-de então para o modo Layout(Ω-Shift-L) e dê uma esticadi-nha no tamanho do campo deendereço para ele mostrarmais de uma linha. Ah, porfalar nisso, faça a mesma coisano layout de entrada de dados(Layout 1).Com as ferramentas do ladoesquerdo da tela, você podecriar um design maneiro paraseu banco de dados. Com oretângulo, você pode criar umfundo colorido; com a ferramenta detexto, bolar um título para seu bancode dados. Você também pode mudar acor, o tamanho e o estilo das fontesutilizadas. Dá até para copiar umlogotipo feito no módulo de desenho(ou no de pintura) do ClarisWorks ecolar no seu banco de dados.Bem, com isso você já pode se virar,mas lembre-se: se você quer voar mais

alto em termos de banco de dados, entãocomece a pensar no File Maker Pro. Já sevocê precisa apenas imprimir umas etiquetasde vez em quando, o ClarisWorks deve satis-fazê-lo por boa parte da sua existência mortal(talvez por toda ela). µ

CHRISTIAN W. ALTHAUSENÉ programador, aspirante a designer e trabalha na Esferas Software.

Não sabe o tamanho? Pergunte pra PimacoVocê faz maravilhas com Leite Moça e ClarisWorks

Estique os campos para fazer caber os dados

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Simpatips

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Hard Tips

Extraindo sons de programasAtenção: O ResEdit é um programa freeware quepermite alterar recursos do sistema, como fontes, ícones equadros de alerta. Ele pode causar danos aos dados que vocêmantém em seu computador. Use-o com muito cuidado.Para retirar sons e músicas de jogos e aplicativos, você precisaapenas ter um pouco de vontade e o ResEdit, freeware daApple. Faça o seguinte:Com o ResEdit, abra o programa ou jogo que deseja tirar osom e, se tiver, abra o recurso (resource) “snd” e escolha osom que deseja. Selecione e copie-o (Ω-C). Depois disso, váaté o Menu File e escolha o New. Salve o arquivo com o nomeque quiser. Neste arquivo, cole (Ω-V) o resource. Em seguida,dê um Get Info for (nome do arquivo) no menu File, mude oType para “sfil” e o Creator para “ dmov” (tudo com letrasminúsculas).Salve o arquivo novamente e pronto! O novo arquivo se trans-formará em um arquivo de som.Clique duas vezes para ouvi-lo e arraste-o para o System Folder,para poder usá-lo como som de alerta.

Rodrigo CastroNova Hamburgo/RS

Caçando BookmarksPerdeu um bookmark do Netscape ou esqueceu demarcar uma página interessante?Você pode ver a informação de todo o cache ou ahistória global do Netscape na janela do browser,digitando na linha de endereços o seguinte:about:cache ou about:global. É super fácil!

Sergio Barrozo Netto

Ligando o Performa por trásA MACMANIA já disse que, em caso de crasheamento grave (quandonem o Control-Ω-botão de força funciona), você deve apertar umbotãozinho na parte de trás do Mac, que fica à esquerdada entrada do monitor, para poder restartar forçadamen-te. Já que tenho que ligar meu monitor por trás, e o tecla-do e o mouse ficam num tampo retrátil, achei mais fácilligar o Mac apertando só esse botãozinho. E não é quefunciona!

[email protected]

Mais dicas de Mac OS 8Mac do Amanhã - No Mac OS 8, os arquivos e pas-tas na janela com visão por lista (View As List) po-dem ter datas relativas. No Date Modified você podever se um arquivo foi modificado ontem ou hoje.Na MACMANIA 38 nós brincamos que “amanhã” sóno Mac OS 9. E não é que estávamos errados! Para

ter seus documentos criados no “futuro”, avance um dia no painelde controle Date & Time, crie um documento (ou pasta) e volte adata para o dia de hoje.

Fast Copy - O Finder copia mais rápido se você não abrir a janelade Copy para mostrar os detalhes.

Alias no Tab - Crie uma pasta no seu disco e coloque todas aque-las réplicas (aliases) que você tem no desktop. Depois arraste ajanela para a parte de baixo da tela até transformá-la em um Tab.Assim, toda vez que você precisar arrastar algo para cima dessesaliases, não precisará mais fechar as janelas que estavam sobre eles,o que é comum com aliases colocados no Desktop. É só arrastar oarquivo para o Tab, que ele mostrará todos os seus aliases.

O Macintosh do amanhã, hoje

Mande sua dica para a seção SIMPATIPS. Se ela for aprovada epublicada, você receberá uma exclusiva camiseta da MACMANIA.

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IP? Que diabos é isso? Já não bastam SMTP,POP3, HTTP, URL e ISDN??? Calma, gente!Toda vez que você se conecta na rede peloseu provedor preferido, seu Mac vira umponto na Internet, ganhando um número

como 200.246.34.34, ou algo assim. Esse é onúmero IP da sua conexão, ou seja, seu ende-reço na Internet.O problema é que, diferente do que ocorre emoutros países, um número IP no Brasil para ousuário caseiro nunca é fixo. Cada vez quevocê se conecta, recebe um número diferente.Aí fica um pouco difícil para você distribuir seuendereço para receber visitas pela rede.Difícil, mas não impossível. Alguns programi-nhas conseguem rastrear a rede e conectar pes-soas para bate-papos, trocas de programas eaté videoconferências sem que seja preciso seconectar a um servidor de chat ou Web. O maisbadalado deles é um programa chamado ICQ (ISeek You), que já tem mais de 1,5 milhão deusuários no mundo, mas que ainda não possuiversão para Mac. Mesmo assim, existem algu-mas boas opções para os macmaníacos.Antes de falarmos delas, uma dica. Existe umprograminha shareware chamado My IP Address(disponível no meu site) que, quando aberto,automaticamente coloca no seu clipboard o IPque você conectou naquele momento. Aí tudoo que você tem que fazer é dar um paste paramandá-lo para um amigo por email para que eleo ache, se for preciso.Bom, vamos falar dos softwares IP.

ATCHATO primeiro programa testa-do por nós e o que mostroumais vantagens foi oAtChat, da Abbott Systems,que também tem uma versão para Windows 95.Ao abri-lo pela primeira vez, o macmaníaco iráficar meio decepcionado com sua interfacepobre de inspiração e pecezista, mas logo iráperceber alguns “features” interessantes, comoa possibilidade de mandar alguns sons de aler-ta bacaninhas e até transferir arquivos de umpara o outro.O AtChat possui uma janela principal com umpainel de controles, uma janela para o chat e

Testamos o AtChat com um grupo de seis pes-soas em um mesmo chat e podemos garantirque o programa é diversão garantida. A demodisponível no site da Abbott permite 50 horasde uso antes do registro.

EXCITE PALBom, o software do grupoExcite tem a interface muitomais caprichada, mas nãopermite chat grupal, nemmandar arquivos e sons.Além disso, você é colocado em um mecanismode busca controlado por um servidor. Como?Tem alguém lá fora que sabe quando e o queeu estou fazendo na Internet? Isso pode ser osuficiente para que os mais paranóicos fujamdo programa do Excite.Quais as vantagens, então? Rapidez e menos

@MacALEXANDRE MORAES

O Excite é configurado pela Web

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Procure seus amigos no Excite pelo email

Se ligue no IP!Programas ligam você a seus amigos pela Internet

O AtChat tem essa cara pecezista

complicação para aqueles que querem um chatparticular. Para isso o Excite PAL é o ideal, porsua simplicidade e praticidade.Para poder usar, basta ir até o site da empresa,baixar o software e, ao abri-lo, clicar em Regis-ter. Aí o Netscape é aberto na página de registropara você preencher na hora um cadastro esco-lhendo um login e senha, e esperar na seqüên-cia a confirmaçãopor email. Com oemail confirmado,clica-se em Sign Ine pronto! Você jáestá na lista do ser-vidor para serencontrado. Nocanto esquerdoinferior da tela delista aparece umaluzinha verde, sevocê está conecta-do, ou vermelha,se não está.

Ponha aqui a lista deseus amigos

uma agenda de endereços, onde você podeacrescentar uma lista de usuários.Essa lista pode ser salva e você pode organizargrupos diferentes em cada uma delas.Essa agenda tem um botãozinho que quandoestá ativo indica se algum dos seus amigos estáonline. Aí é só virar um host (anfitrião) paraconvidar os amigos cadastrados para um chat.Ao fazer um chat com alguém, você deve man-dar um request (convite) e, se a pessoa estiveronline, poderá optar por fazer um chat emgrupo (se estiver com mais pessoas) ou privado(acrescentando mais uma janela além da exis-tente). Se o seu amigo não estiver com o pro-grama aberto, ele receberá o convite por email.

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Você pode dividir seus amigos porgrupos como trabalho, casa ouescola. Quando algum deles seconecta ao Excite, seu nome nalista muda de cor.Toda vez que você recebe umamensagem, o programa faz Ping!,o que é muito útil se você estácom outro programa (um browser,por exemplo) aberto. É possívelconversar com várias pessoas aomesmo tempo, utilizando múlti-plas janelas de chat, mas isso émeio confuso.

NETSCRAWLOba! Chegou a hora do maisdivertido! Já imaginou conectar-secom seu amigo para desenharcom ele em uma telinha a la MacPaint? Issoagora é possível graças ao NetScrawl, progra-ma criado pelos canadenses que desenvolve-ram o Hotline.O NetScrawl é totalmente intuitivo e muitolegal. Só tem uma coisa... você vai ter que

saber o IP do seu colega ou vice-versa (tudobem, lembre-se da dica do My IP Address).Quando você abre este divertido software, sedepara com uma palete bem simples e ordiná-ria e uma telinha para brincar de pintar; aí apa-rece uma janelinha menor onde você conecta

com o seu amigo clicando no botãodo globinho. Digite o número doIP do seu amigo e aguarde o somagradável avisando que os doisestão prontos pra pintar o sete.O único senão é o jeito que o pes-soal da Hotline arranjou paradesabilitar a demo do programa.Ela funciona somente por cincominutos, depois dos quais vocêprecisa quitar o programa (per-dendo tudo o que fez) e abri-lo denovo. Quando o desenho começaa ficar legal, vem a fatídica mensa-gem de Quit. Deprê. µ

ALEXANDRE MORAESFaz web pages para empresas etem a Alemoraes home page.

http://www.alemoraes.com.br

ONDE ENCONTRARExcite PAL: http://www.excite.com

NetScrawl: http://www.HotlineSW.com

AtChat: http://www.abbottsys.com

Desenhe no NetScrawl enquanto conversa com os amigos no Chat

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Por uma infelicidade do destino, o Macperdeu a guerra com o PC em númerode computadores vendidos. E, comosempre acontece nas guerras, o vence-dor dita as regras no mercado. Feliz-

mente, hoje em dia é muito mais fácil trabalharcom o Mac em um mundo dominado por PCs,graças aos desenvolvedores de softwares (que,em se tratando de programas populares, são osmesmos em ambas as plataformas) e pela pró-pria Apple, que entendeu que, para conseguirvender mais, não poderia criar problemas decompatibilidade para seus usuários.Em alguns casos, a troca de arquivos é muitotranqüila, como com arquivos do Office daMicrosoft (Word, PowerPoint e Excel) ou comalguns tipos de imagens (TIFF, EPS, BMP, PCX,GIF, JPEG), porque quando você copia o arqui-vo para um disquete formatado para PC o Macjá faz a tradução para que ele possa ser lidosem problemas. É o mesmo quando o caminhoé o inverso: o arquivo de PC vem em um dis-quete e é aberto numa boa em seu programaequivalente no Mac. Mas isso só quando vocêestá usando o mesmo programa nas duas má-quinas, ou pelo menos programas compatíveis.Aliás, a regra básica é esta: faça a conversão dearquivos no Mac. Se você quer passar um arqui-vo do Mac para o PC, salve-o em formato PC. Seé um texto do ClarisWorks, salve em algum for-mato pecezista, como Word for Windows, por

exemplo. Se for uma imagem no Photoshop,salve em formato compatível com IBM PC. Para auxiliar a conversão de arquivos de PCpara Mac, você vai precisar de alguns programi-nhas. Vamos a eles.

DEBABELIZERO DeBabelizer, da Equilibrium,é um programa que pode abrire salvar imagens em uma quantidade incrívelde formatos, incluindo formatos para máqui-nas Apple II, Unix, Windows e Sun e sistemasde vídeo profissionais.

O DeBab é também o programa ideal paraquem quer gerar GIFs para Web sites. Servetambém para fazer uma série de operaçõescom imagens, como redução e remapeamento

de cores, controle decanais e conversão parapreto e branco oucinza, além das opera-ções comuns (rotação,flip e coisas do tipo). Sevocê pretende trabalharcom Web design, é alta-mente recomendávelutilizar o DeBab.Alguns servidores deWeb simplesmente serecusam a reconhecerimagens em GIF produ-zidas no Photoshop noMacintosh, mesmoquando você as salvaem formato GIF para

Bê-a-bá do MacDOUGLAS FERNANDES

Trocando arquivos com PCConheça os programas que ajudam no troca-troca multiplataforma

O DeBabelizer transforma tudo em qualquer coisa

A lista de formatos é interminável

IBM PC. Já GIFs salvos no DeBab não apresen-tam problemas.

PC EXCHANGEEste painel de controle, que vemjunto com o Mac desde o System7.5, permite que você diga que tipo de arqui-vo vai abrir em que programa do seu Mac. Oprincípio do PC Exchange é o de que todosos arquivos de PC possuem um nome de atésete caracteres seguido por um ponto e maistrês caracteres. Estes últimos três caracteressão a extensão do arquivo, que diz qual é oseu formato, podendo ser alguma coisa comofoto.tif (imagem no formato TIFF), lov-fern.doc (texto), apres.ppt (apresentação noformato PowerPoint), desenh.cdr (desenhono formato CorelDraw), e por aí vai. Osarquivos de Mac também têm um tipo deextensão para definir qual o seu formato eoutra para o tipo de programa em que foramgerados, mas elas ficam fora do alcance dosolhos do usuário que não quer se preocuparcom esse tipo de coisa. Se você quiser veressas extensões, é só abrir qualquer arquivousando um programa como o ResEdit paraencontrar algo como ttxt, xpr3, xcel ou 8bin.Com o PC Exchange é possível relacionar umtipo de extensão do PC com o programa quevocê tem no seu Mac para que o arquivo de PCpossa abrir diretamente quando você dá umduplo clique nele.

Escolha que programa vai abriraquele arquivo de PC

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MACLINK PLUSUma empresa chamada DataVizfez um programa para ajudarquem trabalha com Macs e PCs.O MacLink Plus foi incorporado ao Mac OS apartir da versão 7.6 do sistema. Ele é formadopelo File Recognizer, que identifica o programa

mente integrado ao sistema. O Document Converter tem um esquemanão muito ortodoxo, mas também é baba deusar. Você abre o programa e escolhe paraque formato quer converter seus documen-tos (por exemplo: uma planilha deWordPerfect for Windows). O DocumentConverter se transforma em um conversorpara aquele formato. Aí é só jogar o docu-mento a ser traduzido em cima do ícone doConverter para convertê-lo imediatamente.Nossos testes com o MacLink Plus mostraramque suas conversões são bastante confiáveis. Oúnico problema foi com o Word 7 de PC, queperdeu alguns acentos, mas nada que algunscomandos de busca e troca não resolvessem.Em todo caso, se você for receber arquivos deWord 7, pegue no site da Microsoft o filtro con-versor para Word de Macintosh.

STUFFITSe você tem acesso à Internet enão possui o StuffIt, da Alladin,está marcando. Este programa,que possui duas versões, umafreeware e uma comercial, é capaz de descom-pactar arquivos .hqx e .bin, os dois formatos decompactação mais utilizados para troca dearquivos de Mac pela Internet. Instalando oDropStuff, outro freeware da Alladin, você tam-bém poderá comprimir arquivos por Drag &Drop e expandir arquivos comprimidos em for-matos populares nos mundos PC e Unix, como.zip, .arj, .uu e .tar.

FORMATOS INTRADUZÍVEISCom os programas descritos acima você conse-gue eliminar 90% dos problemas de conversãoentre plataformas. Os outros 10% ficam porconta de programas com formatos proprietá-rios que você não possui instalados no seuMac. Por exemplo: se alguém lhe manda um ar-quivo de CorelDraw e você não tem o progra-ma, não vai haver cristo que abra o tal mapa-mund.cdr. O jeito é pedir com delicadeza queo remetente lhe envie o arquivo convertidopara um formato comum, como EPS ou TIFF.Outro caso são os arquivos .exe, que na verda-de são programas de Windows. A única manei-ra de abrir um arquivo desses no Mac é insta-lando um emulador de PC, como o VirtualPCou o SoftWindows. µ

ONDE ENCONTRARDeBabelizer:http://www.equil.com/ToolBox.html

StuffIt: http://www.aladdinsys.com

Depois é só jogar os documentos a seremconvertidos sobre o programa.

Faça uma cópia do Document Converterpara cada formato que quiser.

Clique no Document Converter paraabrir o setup

O MacLink Plus dá dicas de conversão

que gerou o documento, e pelo DocumentConverter, que faz exatamente isso: convertedocumentos. Ele funciona em conjunto com oMac OS Easy Open, dando mais opções de tra-dução quando você dá um duplo-clique em umarquivo de PC. O MacLink também traduzarquivos entre programas do Macintosh, e temvárias opções de tradução de programas tantode PC como de Mac.A vantagem do MacLink Plus é exatamenteessa: ele funciona de modo transparente, total-

Escolha o tipo de documento que o DC vai criar

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Modems de 33.6 ajudam você a navegar mais rápido na Internet?Bom, isso depende de uma reação em cadeia. Depende se sualinha é pulse (barulhinho de discar) ou CPA-tone (digital, quedisca fazendo pi, pó, pi, pó, pi, pi). Depende também do rotea-dor mais próximo de você, das linhas da companhia telefônica

(a maioria é analógica), dos equipamentos do seu provedor, do link doseu provedor com a Embratel ou com o exterior. Também depende donúmero de pessoas que estão acessando o seu provedor naquele instante(o sinal dele é dividido para todos). E, por fim, também depende donúmero de pessoas que está baixando o arquivo ou a página que vocêestá acessando.Nesta briga, a velocidade do seu modem é importante. Mas se o seu pro-vedor é fraquinho, não adianta nada ter um modem de 33,6 kbps. Aliás,é sempre bom lembrar o que signfica essa sigla. Kbps quer dizer mil bitspor segundo e é a taxa máxima de transferência entre seu modem e omodem que está do outro lado da linha telefônica. É comum chamaresses modems de 33.600, ou simplesmente 33k.Portanto, a primeira coisa a fazer é tentar descobrir o máximo de infor-mações sobre sua conexão. Se você não está conseguindo tirar o máximonem de seu modem de 28,8, muito provavelmente o upgrade para 33,6não vai refrescar muita coisa.

Um fator importante para o bom funcionamento do modem é o softwarede comunicação (no caso de quem acessa a Internet, o PPP) estar confi-gurado com a Init String adequada (geralmente uma série de números eletras começando com AT&F1). No manual do modem você vai encon-trar a Init String que ordena o modem com certos comandos, de acordocom a sua velocidade base (neste caso, 33.600). Em uma próxima ediçãofalaremos mais sobre isso (se você estiver curioso, pode dar uma olhadaem http://www.alemoraes.com.br para saber mais a respeito).Em condições ideais, um modem de 33,6 representa em média uma velo-cidade 20% maior que um de 28,8. Para quem tem um uso intensivo daInternet, essa diferença pode representar um rápido retorno do investi-mento em um novo modem.

O FUTUROA Web, todo mundo sabe, é uma lesma. No entanto, várias tecnologiasestão sendo sugeridas para resolver esse problema. “Cable modems”(modems ligados à rede de TV a cabo), ISDN (um protocolo de modemspara linhas telefônicas digitais) e os chamados modems de 56k são tec-nologias ainda incipientes no Brasil. Cada uma tem seus prós e contras eninguém sabe ainda qual vai virar padrão.X2 e k56 são os novos padrões de compressão que os modems de 56k

Test DriveALEXANDRE MORAES

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Modems 33,6 kbps: qual o melhor? Veja se está na hora de trocar a sua prancha de surf

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design em relação aos modelos Sportster anteriores. O controle de volu-me, entretanto, é um retrocesso, funcionando muito mal.O software de fax é o MacComCenter, que detém uma verdadeira centralde fax e um programa de terminal com uma interface legalzinha. Estesoftware é bem mais completo do que o Faxcilitate, além de ter umainterface melhorada.Conectou rapidamente a 33.600, baixando nosso arquivo teste em 1:45minutos. O USR foi o modem mais rápido para fazer o protocolo PPP naconexão e o mais rápido ao se desconectar da Internet.Navegou por páginas de texto de maneira um pouco lamentável deixan-do a desejar em relação ao que eu ouvia de colegas ao seu respeito.O fabricante promete um upgrade deste modem para 56k, mas ele aindanão se encontra disponível para download.

GLOBAL VILLAGE SPEAKERPHONEUm modem com um design arrojado, parecendo uma torradeira. Ele tementrada e saída de som no próprio modem (entrada de microfone e saídapara fones), além de um controlezinho de volume, muito bem posicionado. Possui o software mais completo de todos os modems testados, com ummonte de funções como secretária eletrônica, central de fax e até emailincorporado, além de ter uma interface interessante. Entretanto, o fabri-cante não manda, como é de praxe, um string de modem específico parasoftwares como o FirstClass, o próprio OT/PPP e o ARA. Para fazê-lo fun-cionar corretamente com esses programas, você vai precisar do CD doMac OS 8 para instalar os scripts que estão na pasta CD Extras, incluindoum script otimizado para modems de 33,6 da Global Village.

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usam, prometendo velocidade bem superior à dos modems de 33,6 (osmodems US Robotics e Global Village testados nesta edição afirmam sercompatíveis com as novas tecnologias de 56k). O X2 é um padrão pro-prietário da US Robotics, enquanto o k56 foi desenvolvido pela Rockwelle é utilizado em várias marcas de modems (como o Global Village).Esses padrões aceleram os pacotes de recepção de dados e fazem umaboa compressão de download, porém a velocidade de upload ainda ficanos 33,6. Ou seja, você terá uma velocidade maior quando acessar umapágina, mas quando quiser mandar um arquivo pela Internet vai esbarrarno limite dos 33,6.Modems de 56k exigem mais da infra-estrutura de telecomunicações queos de 33,6. Para começar, o caminho entre seu modem e o provedor pre-cisa ser totalmente digital. Além disso, seu provedor precisa estar equipa-do para suportar a tecnologia de 56k compatível com o seu modem (sim,porque o X2 e o k56 são incompatíveis).Em geral, a maioria das linhas telefônicas do Brasil consegue trabalharcom a velocidade máxima de 38 kbps, devido à qualidade de cabos,roteadores análogos e instalações telefônicas. Portanto, mesmo quedaqui a três meses você ouça falar de modems de 115k, saiba que aindafalta infra para eles funcionarem direito por aqui.

E VAMOS AO TESTE!Testamos todos os modems para Mac disponíveis no mercado em relaçãoao seu desempenho no download de um arquivo e à estabilidade navelocidade de conexão. Testamos também os programas que os acompa-nham e demos nossa opinião sobre o design e o Look & Feel de cadaum. Veja a seguir:

SUPRAEXPRESSCom o seu visual negro, mas do mesmo formato quadradão dos modelosanteriores, o modem da Supra não necessita de fonte de alimentação,usando a energia do seu Mac para funcionar. Ele vem com o costumeiroe simples software Faxcilitate, que não parece ter evoluído muito em suainterface, porém tem todas as funções necessárias para um bom progra-ma de fax modem: possui uma janelinha de send/ receive manual, nocaso de alguém pedir o sinal de fax, não tem OCR incorporado, vem comeditor de cover pages e uma agenda onde você pode acrescentar faxesindividuais ou colocar um grupo de faxes de uma só vez.Na Internet, o Supra parece se portar mais estável do que os outros,mantendo um padrão de velocidade contínua, o que é muito importantenesses casos; nada pior do que aquelas paradinhas de trasmissão(“stalled…”) daquele arquivo que você está precisando urgente.Usando os scripts originais do OT PPP, o Supra conectou a 28.800 e bai-xou o nosso arquivo teste no tempo recorde de 1:30 minutos, mostran-do-se mais veloz ainda navegando em páginas com conteúdo de texto.O Supra é o mais compacto de todos, cabendo em qualquer lugar. Elenem precisa de fonte, pois tira sua força da porta ADB (onde é ligado oteclado) do Mac. O único senão é que ele é bem barulhento e não temcontrole de volume, fazendo com que o usuário tenha que recorrer acomandos de String para reduzir o som.

US ROBOTICS SPORTSTER VOICEEste é o modem que tem “voice” no nome mas ninguém entende ouconsegue usar sua interface para voz. Ele tem uma entrada para a tal dainterface, mas não se sabe onde encontrá-la e nem como usar, pois omodem não vem com a tal peça. Com seu desenho abaulado, o Sportster 33,6 é um avanço em termos de

GeoPort, o meio modemUm dos mitos que existem em relação ao Mac é de que ele é maislento para acessar a Internet. Realmente, para quem nuncamexeu num Mac e senta em frente a um Performa com modeminterno percebe que a máquina fica mais lenta quando o modemestá ligado. O motivo para isso? O famoso GeoPort.O GeoPort é um modem bem mais barato que os outros porquenao é exatamente um modem... é meio modem.Ele só contém a parte de interface física com a linha telefônica econversores analógicos/digitais. As outras coisas que normalmen-te ficam no modem (uma CPU de 8 ou 16 bits para controle, umDSP para modulação/demodulação, filtros digitais etc.) não exis-tem. O PowerPC do Mac é que faz tudo isso, através de emulação.Em contrapartida, a atualização de velocidade de modem é feitasomente por software, ou seja, os antigos GeoPort de 14,4 kbpshoje podem rodar a 28,8 bastando para isso, instalar novasextensões. Por outro lado, a emulação de um modem de 28,8 é uma coisamuito complexa, chegando a consumir de 30 a 70% do tempo daCPU do Mac, conforme o caso. Para piorar, temos os browsers-elefantes típicos de hoje em dia, que também gostam de pegar aCPU toda pra eles, o que faz seu Performinha virar uma lesma. OGeoPort só começa a funcionar bem em máquinas 603e a partirde 180MHz.Curiosamente, há tempos as revistas de informática vem dizendoque a grande onda do futuro para os PCs são modems deste tipo.Pode ser que lá a coisa funcione…Rainer Brockerhoff

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O GV conectou em unknown rate com osstrings padrões do OT/PPP da Apple, sendonecessária uma instalação extra do CD originaldo MacOS 8 (Folder CD Extras/OT PPP Addi-tional Scripts) para funcionar com mais eficáciae, aí sim, conseguindo baixar nosso arquivo em1:30 minutos. Foi o mais rápido de todos aonavegar por textos, mostrando a velocidade de33.600. O fabricante também promete upgradepara 56k por software deste modem, mas aindanão se encontra disponível.O Global Village é, com certeza, o mais bemacabado dos modems testados, além de termais funções. Como não poderia deixar de ser,é também o mais caro.

HAYES ACCURA 33.6A Hayes foi a empresa que inventou o modemcomo o conhecemos. Nada mais natural queseu modem fosse um dos mais compatíveis domercado. É praticamente impossível encontrarum programa de comunicação que não tenhaum setting para modems Hayes.Se você está atrás de um modem que dê poucador de cabeça na hora da instalação e configu-ração, este é o seu modelo.

Modem 56k dicas de comprasAinda é cedo para investir num modem de 56k. Mas se você tem alma de pioneiro edinheiro sobrando, leve em conta esses pontos antes de investir num modem de 56K:1-Fale com seu provedor de acesso e cheque se ele oferece conexão a 56k. No Brasil, gran-des provedores como Nutec e UOL ainda estão testando as tecnologias ou oferecendo o ser-viço apenas a clientes VIP. Quem já testou diz que o aumento de velocidade é grande, che-gando a downloads de 8k/sec.2-Cheque que tipo de tecnologia é oferecida. As tecnologias x2 (US Robotics) e K56Flex(Rockwell/Lucent) são incompatíveis, embora tenham desempenhos semelhantes.3-Dificilmente se chegará a um formato padrão antes do final do ano. Talvez ele não sejanenhum desses que estão aí hoje.4-Tente obter informações sobre sua linha. Ligue para seu provedor e para a companhiatelefônica e cheque se sua linha é realmente CPA-Digital.5-Cheque a política de upgrade do seu modem. Veja na home page do fabricante como elepretende conduzir os futuros upgrades de seus equipamentos.US Robotics: http://www.usr.com Hayes: http://www.hayes.com

Supra: http://www.diamondmm.com Global Village: http://www.globalvillage.com

Agradecemos à revenda Apple MacWorld pelo empréstimodos modems para testes.

Modelo Tempo do teste Software de fax Telefonia PreçoSupra 1:30 Faxcilitate Não R$ 199Us Robotics Sportster Voice 1:45 MacComCenter Sim R$ 285Global Village Speakerphone 1:30 GlobalFax Sim R$ 329Hayes Accura 1:36 MacComCenter Não R$ 247

Como eles se comparam

Com um design tradicional, o Hayes mostrouter grande estabilidade de conexão a 33.600.Assim como o US Robotics, ele usa um softwa-re de outra empresa para receber e mandarfax (MacComCenter). Seu padrão de compres-são é V.34, ao invés da 42bis usada pelosoutros modems. O Accura conectou a 38.400 e iniciou o down-load muito rápido. Se sua velocidade fossemantida, iria superar os outros na tabela.Infelizmente, ele se cansou e no final acaboudiminuindo o rate, baixando o arquivo em 1:36minutos. Mostrou muita velocidade navegandopor páginas de texto. µ

ALEXANDRE MORAESFaz Web Pages e sonha com o dia em que omundo terá Macs como padrão internacional.

ONDE ENCONTRAR:MacWorld: (011) 531-9644Caps: (011) 5505-1699Rede: (011) 3068-0399

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Se você odeia aqueles jogos em que aúnica coisa que você vê é a sua mãosegurando uma arma e vários inimigosque você deve matar pra conseguirchegar ao seu objetivo, pode parar de

ler esta resenha.O Duke é um desses jogos, mas com uma boadose de humor negro e muita violência, daque-las que se a sua mãe visse ficaria chocada.Não basta apenas matar os alienígenas com asua arma e esperar que eles tenham uma mortetranqüila e que se tornem apenas meros cadá-veres espalhados pelo chão: no Duke você

mata e vê o sangue espirrarpara a parede mais próxima,onde ficará escorrendo. Issoquando não junta uma poçade sangue no chão que suja

a sua bota e faz com que vocêdeixe pegadas de sangue por onde passa. Ouquando o alienígena, antes de morrer, fica ago-nizando. Por essas e por outras dá pra ver oquanto o jogo tem de violência desnecessária.Tudo isso, é claro, regado com uma trilhasonora com o mais pesado rock.O que diferencia o Duke Nukem dos outrosjogos é a interação com o ambiente. Por exem-plo, se você atirar na parede, aparecerão algunsfurinhos de bala nela; se você se olhar no espe-lho, ouvirá algum comentário inútil do seu per-sonagem, ou, se oferecer dinheiro para umadançarina, ela lhe agradecerá abrindo a blusa.Seu herói também tem necessidades normais, ede vez em quando precisa ir ao banheiro (oque o ajuda a recuperar energia).A história do jogo é bem simples: alienígenas

invadiram a Terra evocê é chamadopara exterminá-los,começando pelaCalçada da Fama emLos Angeles e pas-sando por mais trêsoutras fases comcenários diferentes.Cada fase é bemlonga, com váriastelas forradas de ini-migos e passagenssecretas, terminandoquando você conse-gue destruir o chefedos alienígenas.O Duke segue omecanismo básicodos jogos de matança: pegar armas cada vezmais potentes para inimigos cada vez mais for-tes. A munição fica espalhada pelo chão e ocaminho para o final é (quase) sempre o maisóbvio. A melhor função implementada é o ma-pa, que aparece por cima da tela sem prejudicara visão, facilitando sua localização. Há tambéma opção de ver o Duke por uma câmera virtualque o segue, muito bonita mas pouco prática.Além das armas tradicionais – como a pistola,o rifle calibre 12 e o lançador de mísseis –você conta com armas esquisitas como o“Shrinker”, que encolhe o inimigo por temposuficiente para que você possa esmagá-lo comsua bota, ou o “Microwave Expander”, queincha o inimigo até explodir, ou também o“Freezer”, que congela o alienígena para você

espatifá-lo com um chute. Tem também umasgranadas de mão que são acionadas à distân-cia e dispositivos que emitem um raio laserpara acabar com tropas inteiras.Alguns bônus interessantes podem facilitar asua vida: um jetpack (jato que fica nas costaspara poder voar), esteróides (aumentam a forçae a velocidade), scuba gear (para mergulhos) eo holoduke (cria uma holografia do Duke emqualquer lugar para enganar os aliens).Você pode jogar em rede com Macs e PCs, oujogar sozinho com inimigos controlados pelocomputador, como se estivesse jogando emrede. O ponto fraco é que não existem cená-rios diferentes para o jogo em rede: você deveusar o cenário do próprio jogo.Ao todo, o Duke Nukem é diversão garantidapara os que gostam de muita violência, sexo erock’n roll. µ

DOUGLAS FERNANDESÉ consultor de técnicas de sobrevivência emjogos de açã[email protected]

DUKE NUKEM 3DMacSoft: www.wizworks.com

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ResenhaDOUGLAS FERNANDES

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Duke Nukem 3D Atomic EditionChega ao Mac um dos jogos prediletos entre os pecezistas

Na rede é assim: Eu te vejo e você me vê! Pena que não dá pra acertar a Chalenger

Não dê folga. Corra, atire, pule, abra portas... Ops, tem gente

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Alguns meses após o lançamento da ver-são 2.0 do Strata Studio Pro, parece quea Strata resolveu finalmente cumprirsuas promessas. Tudo que havia sidoprometido para a revolucionária versão

2.0 nunca havia saído do papel, até agora...Bones, Inverse Kinematics,Hair, Deformação, Gera-dores de Partículas e muitasoutras funções agorapodem ser utilizadas pelosilustradores 3D no Mac.

TUDO MUDOUAntes de falarmos de todas as funções novas quefazem parte desta versão, vamos dar uma recapi-tulada na versão 2.0, que, mesmo não sendomuito estável, foi a versão que trouxe todas asgrandes novidades do Strata, nova interface,novas formas de trabalhar e novas funções.Logo ao abrir o programa, dá pra notar que elesofreu uma modificação muito grande em suainterface. Agora todas as paletes usam o siste-ma tear-off, ou seja, têm abinhas mostrandosub-paletes que podem ser arrancadas. As pale-tes agora estão divididas em: (figura1)•Environment (Ambiente): Para ajuste dascondições da luz ambiente, aplicação de gels eefeitos a estas condições; caracterização do ar,se vai haver fog ou não; textura do chão; defi-

nição do background, que pode ser cúbico(aplicando uma condição para cada lado), hori-zonte, monocromático ou esférico (com umaimagem ou animação aplicada).•Object Properties (Propriedades de Objeto):Qualquer objeto selecionado tem suas proprie-dades visualizadas e editadas nesta palete. Seunome, complexidade, posição no eixo xyz,quanto está rotacionado, texturas que estão apli-cadas a ele, inclusive os efeitos, aparecem nela.Algumas funções inseridas nesta palete são bas-tante úteis, como a possibilidade de mudarcom precisão a posição do objeto alterando osnúmeros da palete. Ficou mais fácil tambémeditar o bevel através de curva Bezier e mudar oposicionamento e escalonamento de uma textu-ra (figura 4).•Resource(Recurso):Onde seencontram ascaracterísticasque podem seraplicadas emseu projeto:texturas, “sha-pes”, efeitos,gels (efeitos aplicados a uma fonte de luz) efundos. Nesta palete, temos o conceito de sub-paletes levado ao extremo, com subpaletes

dentro de subpaletes.Parece complicado, masnão é. Na verdade, é umjeito muito prático devisualizar todas as pastas

que se encon-tram dentro dapasta Libraries(figura 2).Agora é possí-vel trabalharcom três pa-drões de textu-ra. O primeiroé a textura desuperfície,como uma corsimples, oumesmo umatextura com-plexa combump map,glow, reflexãoetc. O segundo tipo são as texturas sólidas(para quando você faz um corte em um objetoe vê a textura em seu interior). Os padrões sãomármore, madeira e pedra. O terceiro tipo detextura são as volumétricas, que podem serconsideradas como efeitos, com padrões comofog, haze e mist (fumacinhas variadas). Existeainda um quarto recurso, que até pode serconsiderado uma textura. São os efeitos que sópodem ser vistos no modo Render. Como astexturas, eles também são aplicados a um obje-to, compreendendo os padrões aura, lens flare,gerador de partículas (fonte) e todos os efeitosdisponíveis através do PowerModule 1, a seremvistos mais adiante (figura 3).•Extension Tool: Esta palete é uma forma maisrápida de acionar alguns comandos disponíveis

ResenhaLUIZ FERNANDO DIAS

Figura 1 Figura 3

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Strata Studio Pro 2.1Nova versão de programa 3D faz valer o upgrade

Figura 4

Figura 2

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em outras áreas do Strata (figura 5). Usuáriosantigos verão que a única novidade em relaçãoà versão 1.75 é o Bones (ossos), função trazidapelo PowerModule 1. Com essa função você tema possibilidade de criar o esqueleto de um obje-

to para, mais tarde,quando aplicar oinverse kinematics,o Strata saber ondeestão as junções.•Statistics:Mostra todos osdados do projeto,como quantidadede objetos, fontesde luz, polígonos,superfícies. Tantopara o projetocomo um todocomo para a vistaem que você estáno momento.•Tool: A barra deferramenta lateral(figura 6). Todasas primitivas se

encontram aqui, tanto em 3D como em 2D,além das ferramentas de movimentar, rotacio-nar, luz, extrude, lathe etc.Uma novidade na versão 2.1 sãoos dois últimos botões destabarra, que permitem dar umattach de um objeto a um bone.Quer dizer, uma vez que vocêcriou as juntas do objeto, vocêirá criar a “carne” e utilizar estaferramenta para separar os dois.Por fim, a última palete quesofreu alteração é a Project Win-dow. É nesta janela que vocêcontrola toda a animação de umobjeto, o frame em que você seencontra, quantos existem etc.Ela sofreu alterações consisten-tes, conforme podemos ver pelafigura 7. Agora temos uma visua-lização mais completa de todasas condições de um objeto, qualo tipo de textura que está sendoaplicado, efeito, posição, rota-ção, escala, ambiente etc. Tudoisso em uma escala de tempo:quando começa e quando termina a animação,se aparece na modelagem e/ou renderização, abarra de eventos, se está escondido ou não.Quer dizer, podemos ter uma idéia geral detodos os objetos que estão no projeto. A anima-

ção de um objeto agora também é mostrada naprópria janela de modelagem, sendo que todosos pontos da barra de eventos são marcados epodem ser editados através de curvas Bezier.Além de todas as modificaçõesque foram citadas nas janelas,a mais impressionante é avisualização em tempo real detudo que está sendo feito, naprópria janela de modelagem.Se você quiser dar um extrudeem uma circunferência, bastaclicar na figura com a ferra-menta de extrusão, escolher aaltura e pronto. Para fazer umlathe, é só rotacionar (figura 8)o objeto até o ponto desejado,vendo em tempo real o queestá acontecendo. Uma lâmpa-da tem seu campo de atuaçãomostrado por uma circunferên-cia, permitindo ver até onde aquele ponto deluz está atuando.A câmera também sofreu algumas alteraçõesmuito úteis. A janela do ponto de vista da

câmera agora possui controles parapoder se movimentar nos 3 eixos,rotacionar, achatar a câmera em umdos eixos, mudar o método devisualização e o tipo de lente. Najanela de modelagem, agora apare-ce um cone em frente à câmera,representando seu campo de visua-lização. Esse cone pode ser aponta-do para um objeto para “grudar” acâmera nele (figura 9).

VERSÃO FINALJá na versão 2.1, além do Power-Module, citado mais adiante, algu-

mas características ou funções foram acrescen-tadas ao software. Os eixos de coordenadasforam colocados no canto da janela de modela-gem para facilitar a visualização dos planos; a

função de anti-alias no render foi otimizada,chamando-se agora oversampling; a intensida-de de luz agora pode ter valores negativos, per-mitindo diminuir a iluminação em algumas

áreas. Surgiram também novos for-matos de render, como o Scanline(mais rápido e com uma qualidadepouco inferior ao Radiosity) e oWireframe Outline. A opção “obs-cure” do lens flare permite efeitosde luz como se estivesse atrás deum objeto e os pontos de vista po-dem ser alterados pelo teclado.Além disso, o Strata 2.1 traz supor-te a multiprocessamento; condi-ções como gravidade e ventoforam acrescentadas na janela deAir, na palete Envinroment; con-trole da largura do bevel na extru-são; melhorias na parte de anima-ção; e muitas outras.

Figura 6

Figura 5

Figura 8

Figura 9

Figura 7

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AÍ VÊM OS PLUG-INSPowerModule 1 é um pacotede plug-ins que acompanha oStrata 2.1. É provável que embreve apareçam pacotes deoutras empresas, ou mesmoda própria Strata. O Power-Module traz muitas funçõesúteis para modelagem e ren-derização:•Deformation Lattice: per-mite deformar um objeto 3Datravés da deformação de

polígonos. Por exemplo, sevocê acionar este comandoem uma esfera (figura tradi-cional), ele se transformaráem oito cubos, que poderãosofrer alterações em cada umde seus vértices (figura 10).•Hair: efeito que aplica umatextura em seu objeto, osquais, através da modificaçãoem alguns parâmetros,podem ficar parecendodesde um porco-espinho atécabelo real. Você pode até

fazer o cabelo crescer com o passar do tempo.Como é um tipo de textura, ele só aparece nomodo renderizado (figura 11).

Figura 13

Figura 10

Figura 11

Figura 12

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•Mirror: basicamente um efeitode flip, tanto na vertical como nahorizontal, só que em objetos em3D (figura 12).•Smooth: acrescenta uma maiorquantidade de polígonos ao seuobjeto, permitindo criar um objetocom maior suavidade em suas cur-vas, ou até mesmo um novo obje-to. Aplicando um efeito em umcubo, é possível transformá-lo emuma esfera (figura 13).•Pixie Dust: através deste coman-do, podemos gerar partículas quepodem sofrer alterações pela gravi-dade, como flutuar, cair mais rapi-damente ou serem sopradas pelovento. Aparece somente em modorender (figura 14).•HotSpot: cria esferas de luz quepodem variar com o tempo, comvários tipos de características dife-rentes, como plasma, blend etc(figura 15).•Fire & Smoke: como o próprionome diz, permite aplicar fogo oufumaça a um objeto. Uma varieda-de de “presets” já vêm estabelecidas, mas vocêpode criar seus próprios sets. Aparece somenteem render (figura 16).

•Inverse Kinematics: permite criar estrutu-ras com movimento realístico. Muito útil, emmovimentos humanos. Por exemplo, quando

movemos o pé, este gera uma sequên-cia de movimentos sobre todos osmembros superiores. Este efeito servepara calcular automaticamente aseqüência. Que avanço!

VALE A PENA?O Studio Pro sofreu muitas alteraçõesdesde a versão 1.75, mas estava muitoinstável e lento. A versão 2.0 trouxesomente uma cara nova e funções paratrabalhar em tempo real. Com a versão2.1, ele recebeu o acabamento final,com funções novas, fazendo jus aoupgrade. µ

LUIZ FERNANDO DIASTrabalha na Ciclo Graphics. Além deestar trabalhando muito com imagesetter, agora está ajudando no [email protected]

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Figura 14

Figura 15

Figura 16

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Éimpossível falar de Carnaval sem lembrarJoãosinho Trinta. Essa é a idéia por trásde Carnaval Virtual, CD-ROM lançado pelaAllure Multimedia em parceria com aescola de samba Unidos do

Viradouro (campeã do carna-val carioca de 1997) e seuilustre carnavalesco. Neste CD-ROM, os apaixona-dos pelo Carnaval carioca pode-rão percorrer os bastidores, acompanhar osensaios da escola de samba, participar de umdesfile interativo no Sambódromo e tocar osinstrumentos da bateria nota dez da Viradouro.

Ao iniciar o programa, o clima é de uma viagemao país do Carnaval, com direito a aeroporto etudo; daí é só escolher o ícone desejado e cairna folia. O futebol, que também é paixão nacio-nal, é lembrado, mas o destaque fica mesmopara o samba, na avenida ou no barracão. O Carnaval Virtual traz uma entrevista exclusivacom Joãosinho Trinta e os desenhos de cadauma das fantasias que ele criou. A parte deentretenimento fica por conta dos joguinhosde memória e quebra-cabeças com as típicaspaisagens do Rio. O que é mais bacana nesseCD é o “tour” pela cidade através de um guiamultimídia, com o Pão de Açúcar, HortoFlorestal, Cristo Redentor, praias e outros pon-tos turíticos que valem a pena saber mais desuas histórias e conhecer pessoalmente.Sacoleje em sua cadeira e deixe a alegria doCarnaval Virtual levar você nessa viagem. µ

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ResenhaCRISTIANE MENDONÇA

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O colorido do samba explode no monitor

Minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro...

Carnaval VirtualJoãosinho Trinta agora é multimídia

A mulata virtual tenta, mas não consegue ensinar a sambar de uma hora para outra

Carnaval Virtual mostra o calendário carnava-lesco, com os principais preparativos nosmeses que antecedem o Carnaval e tem umtour multimídia pela Cidade Maravilhosa. Háaté uma tentativa de ensinar o usuário a sam-bar com uma mulata interativa. Mas a coisa nãodá muito certo. Apesar dos esforços para fazerum ensaio passo-a-passo, com teclas slow eclose-up para captar melhor as imagens, é pra-ticamente impossível pegar o jeito e molejo dosamba pela tela do computador, mas fica valen-do a intenção.

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Nós, macmaníacos, somos acostumados aemoções fortes. Afinal, como sobreviverao verdadeiro pesadelo que se repeteao final de cada trimestre, quando aApple anuncia mais um de seus (já tra-

dicionais) megaprejuízos?Porém, a notícia de que a Microsoft iria investirna Apple para garantir a sobrevivência da“maçã” como empresa independente conse-guiu abalar nossas estruturas emocionais. VerBill Gates posar como salvador da pátria foi, nomínimo, surpreendente.Muito já foi dito e escrito sobre as razões quelevaram o “camarada” Bill Gates a tal gesto.Não é minha intenção divagar sobre esse tema,prefiro analisar os motivos que levaram a Applea aceitar essa ajuda tão polêmica. As versõesapresentadas foram as seguintes:Versão 1- Falta de Opção: alguns analistasacreditam que a Apple aceitou o dinheiro deBill Gates simplesmente porque as outrasalternativas seriam fechar as portas ou ser ven-dida. Segundo os mesmos, a falta de liquidezda Apple já teria atingido sua capacidade deproduzir novas “killer applications”, sem asquais não sobreviveria. Sem inovação nãoexiste Apple.Versão 2- Jobs Strikes Again: outros afirmamque a solução adotada é fruto da personalidadede seu mentor, Steve Jobs. Polêmico, provoca-dor, genial, visionário e contraditório são ape-nas alguns dos muitos adjetivos utilizados paraanalisar a personalidade de Mr. Jobs. E todosretratam com perfeição o perfil dessa aliança,ou seja, mais um ato magnânimo de alguémacostumado a atitudes extremadas.Versão 3- Oficial: em sua versão oficial, aApple afirma que a aliança reflete a nova orien-tação macro da empresa, de estabelecer alian-ças estratégicas com outras empresas do setor.Ou seja, essa aliança aconteceu por opção pró-pria, e não por falta de opção.Qual das três análises é a verdadeira?Para mim, todas, já que abordam o problema apartir de pontos de vista diferentes.Infelizmente, por muitos anos a Apple acredi-tou que a “enorme” base instalada Macintosh,assim como a “evangelização” de seus usuários,garantiriam a sobrevivência de seu modelofechado e individualista.Pura tolice, como se viu. Numa indústria que

Precisa ensinar que o segredo do sucesso daplataforma Wintel é sua política de “profit sha-ring”, ou seja, a divisão entre fabricantes (me-lhores margens), distribuidores (maiores volu-mes) e usuários (menores preços) são os bene-fícios causados pelos constantes avanços tecno-lógicos. E que sozinha, sem recursos e sem par-ceiros, a Apple jamais conseguiria oferecer

benefícios semelhantes.Deve mostrar aos exe-cutivos da Apple que opós-venda é mais im-portante do que a pró-pria venda. Por isso, éfundamental tratar bemos usuários e distribui-dores todo o tempo!E, finalmente, precisaensinar que é impossí-vel ser bom em tudo.Por isso, cabe à Apple seconcentrar no que fazde melhor e deixar paraseus parceiros o resto.Ah! algumas aulas demarketing também nãocairiam mal...Quanto a nós, usuáriosde Macintosh, devemosmanter a chama acesa ea briga ativa. Devemoslutar para que maisMacs sejam instaladosem nossos escritórios eapresentar os muitosbenefícios do sistema

Mac para os usuários de Windows.Acima de tudo, devemos enxergar Mr. Gatescomo um aliado de ocasião, e não como um vio-lador da honra e da dignidade macintoshiana.Enfim, lamentar o fato de que a Apple tenhaque dormir com o inimigo para acordar destalonga egotrip. µ

JOSÉ COLAGROSSI É diretor da Hayes para a América Latina eusuário de Macintosh desde 1987.

Opiniões emitidas nesta coluna não refletem a opinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

OmbudsmacJOSÉ COLAGROSSI

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Dormindo com o inimigose renova totalmente em termos de tecnologiaa cada dois anos, base instalada não garante asobrevivência de ninguém.O sucesso é conseqüência de tecnologia de pon-ta, preços competitivos e bom marketing. Aomesmo tempo, lealdade a uma marca específicaé tão grande quanto a conta-corrente do freguês.Principalmente se as diferenças entre as plata-

formas Macintosh e Windows estão diminuindomais rápido que o market share da Apple.O mais importante é o reconhecimento de quea parceria Apple/Microsoft promove uma verda-deira revolução filosófica na empresa. Aindaque tardiamente, a Apple aceitou o fato de quenão poderia vencer sozinha, por melhores quefossem seus produtos.Seja por opção ou por falta dela, o dinheiro daMicrosoft garante a sobrevivência da Apple, pe-lo menos a curto prazo. Mas e aí? Como garan-tir a sobrevivência definitiva? Como retornar àlucratividade?Felizmente, Bill Gates tem muito mais a dar àApple do que seus (muitos) dólares.

Tom

B.