123
Escola Superior de Tecnologia de Tomar Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifícios do Campus do IPT Projeto Carla Patrícia de Oliveira Gameiro Mestrado em Reabilitação Urbana - Construção - Tomar/Outubro/2013

ANOMALIAS RESVESTIMENTOS EXTERIORES

Embed Size (px)

DESCRIPTION

anonalias revestimentos exteriores

Citation preview

Escola Superior de Tecnologia de Tomar Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT Projeto Carla Patrcia de Oliveira Gameiro Mestrado em Reabilitao Urbana - Construo - Tomar/Outubro/2013 Escola Superior de Tecnologia de Tomar Carla Patrcia de Oliveira Gameiro Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT Projeto Orientado por: Maria de Lurdes Belgas da Costa, Instituto Politcnico de Tomar Projeto apresentado ao Instituto Politcnico de Tomar para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em Reabilitao Urbana Dedico este trabalho ao meu Marido Avelino e aos meus Filhos Patrcia e Rafael, por toda a ateno, carinho, pacincia nesta etapa importante da minha vida. RESUMO Este trabalho tem como finalidade identificar, caracterizareavaliarasanomaliasexistentes nosrevestimentosexterioresdosdiversosedifciospertencentesaocampusdoInstituto Politcnico de Tomar. Assinalam-se todos os blocos de edifcios que compem o campus do IPT e apresentam-se as fases e evoluo da sua construo.Faz-se o estudo dos diversos tipos de revestimentos exteriores das paredes desses edifcios e identificam-se as principais anomalias existentes, com base na observao visual e no registo fotogrfico.Apresentam-seascausasprovveisdasanomaliasidentificadasnosrevestimentosdos edifcios do IPT, tendo como base a inspeo visual, literatura da especialidade ecasos de obra semelhantes. Palavras-chave:RevestimentosExteriores;CaracterizaoConstrutiva;Edifcios;IPT; Patologias; Diagnstico; Causas ABSTRACT Thisworkaimstoidentify,characterizeandassessanomaliesinexteriorcoatingsof several buildings belonging to the campus of the PolytechnicInstitute of Tomar. Mark up all the building blocks that make up the campus of IPT and present phases and evolution of its construction. It is the study of various types of exterior coverings and walls of such buildings identifies thedefectsexistingmain,basedonvisualobservationandphotographicrecording. PresentstheprobablecausesoftheanomaliesidentifiedinthecoatingsofbuildingsIPT, based on visual inspection, the literature and cases of similar work. Keywords:CoatingsAffairs;Constructivecharacterization;buildings;IPT;Pathology; Diagnosis, Causes AGRADECIMENTOS Gostariadeagradecer:emprimeirolugar,atodaaminhafamliapeloesforoeapoioque me deram no decorrer de toda a minha vida acadmica; aos meus pais pelo apoio e carinho, sminhasirmsquemeajudaramquandoestavamaisembaixo;aomeumaridoAvelino pelo apoio moral e financeiro que foi fundamental em momentos desanimadores de stress e cansao. Agradeo,deformaespecial,minhaorientadoradeProjetoportodaaajudaprestada, nomeadamente os caminhos a serem trilhados, a disponibilidade em corrigir o trabalho, no esclarecimento de dvidas e no apoio cientfico. Damesmaforma,agradeoatodoocorpodocentedoInstitutoPolitcnicodeTomarpela transmisso dos seus conhecimentos. Agradeo ainda a disponibilidade de alguns engenheiros, nomeadamente, o Eng. Rui Belo e o Eng. Orlando Fonseca, por me facultarem informao verbal acerca dos edifcios do IPT, bemcomoadisponibilidadedoIPTedaCmaraMunicipaldeTomar,pelofatodeme daremcondiesnecessrias,queremtermosdeespaofsico,queremtermosde documentao para elaborao deste projeto. ssecretriasebibliotecrias,emespecialD.CremildeCapitolinopeloauxlioprestado quando solicitado.Obrigada a todos! Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XI NDICE CAPTULO I - Introduo ...................................................................................................... 1 1.1.Enquadramento do projeto ...................................................................................... 1 1.2.Objetivos do trabalho .............................................................................................. 1 1.3.Metodologia de trabalho ......................................................................................... 1 1.4.Estrutura do Trabalho .............................................................................................. 2 CAPTULO II - Caraterizao do Parque Edificado do Instituto ....................................... 4 2.1. O IPT ........................................................................................................................... 4 2.2. Identificao e Funcionalidade dos Edifcios do Campus de Tomar .......................... 7 2.2.1.Edifcio A .............................................................................................................. 8 2.2.2.Edifcio B ............................................................................................................... 8 2.2.3. Edifcio C ................................................................................................................... 8 2.2.4. Edifcios D e E ........................................................................................................... 9 2.2.5. Edifcio F ................................................................................................................... 9 2.2.6. Edifcio G .................................................................................................................. 9 2.2.7. Edifcio H ................................................................................................................ 10 2.2.8. Edifcio I .................................................................................................................. 10 2.2.9. Edifcio J .................................................................................................................. 10 2.2.10. Edifcio L ............................................................................................................... 11 2.2.11. Edifcio M .............................................................................................................. 11 2.2.12. Edifcio N .............................................................................................................. 11 2.2.13. Edifcio O .............................................................................................................. 12 2.2.14. Edifcio Q .............................................................................................................. 12 2.3. Fases de Projeto e de Construo dos Edifcios do IPT ............................................ 12 CAPTULO III - Caracterizao Construtiva dos Edifcios de Campus do IPT ............. 15 3.1. Introduo ................................................................................................................. 15 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XII 3.1.1. Edifcio A ................................................................................................................ 15 3.1.2. Edifcio B ................................................................................................................ 18 3.1.3. Edifcio C ................................................................................................................ 19 3.1.4. Edifcios D e E ........................................................................................................ 21 3.1.5. Edifcio F ................................................................................................................. 23 3.1.6. Edifcios G, H, I, J e L ............................................................................................. 24 3.1.7. Edifcio M e N ......................................................................................................... 26 3.1.8. Edifcio O ................................................................................................................ 27 3.1.9. Edifcio Q ................................................................................................................ 28 3.1.10. Edifcio da Cantina ................................................................................................ 29 CAPTULOIVConsideraesGeraissobreosTiposdeRevestimentosExteriores dos Edifcios do IPT ................................................................................................................. 31 4.1. Introduo ................................................................................................................. 31 4.2. Edifcios com paredes exteriores em alvenaria de tijolo face--vista ....................... 31 4.2.1.Aspetosconstrutivosimportantesaatendernaexecuodeparedesdetijolo face--vista ........................................................................................................................ 32 4.2.2. Edifcios do IPT com paredes em Tijolo Face--Vista ........................................... 34 4.3.EdifcioscomParedesExterioresRevestidascomumSistemadeIsolamento Trmico pelo Exterior - ETICS........................................................................................ 35 4.3.1. Componentes de um ETICS .................................................................................... 36 4.3.2. Aplicao do sistema ETICS ................................................................................... 38 4.3.3.EdifciosdoIPTcomParedesExterioresRevestidascomSistemasde Isolamento Trmico pelo Exterior ..................................................................................... 43 4.4. Edifcios com paredes exteriores revestidas com reboco de ligantes hidrulicos .... 43 4.4.1. Aplicao do Reboco Tradicional ........................................................................... 44 4.4.2. Aplicao do Reboco Projetado .............................................................................. 45 4.4.3. Edifcios do IPT com Paredes Exteriores Rebocadas ............................................. 46 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XIII 4.5. Edifcios com Paredes Exteriores Revestidas com Placas de Pedra ......................... 47 4.5.1. Mtodos de fixao de Placas de Pedra ................................................................... 48 4.5.2. Processo de Execuo de Aplicao de Placas de Pedra Colada ............................ 49 4.5.3.EdifciosdoIPTcomParedesExterioresRevestidascomPlacasdePedra Coladas............................................................................................................................. 51 CAPTULOVAnomaliasobservadasnosRevestimentosdasParedesExteriores dos Edifcios do IPT ................................................................................................................ 52 5.1. Anomalias em paredes de tijolo face--vista ............................................................ 52 5.1.1. Fendilhao .............................................................................................................. 52 5.1.2. Esmagamento do revestimento ................................................................................ 52 5.1.3. Destacamento do revestimento ................................................................................ 53 5.1.4. Manchas de humidade ............................................................................................. 53 5.1.5. Desprendimento pontual .......................................................................................... 53 5.1.6. Eflorescncias .......................................................................................................... 54 5.1.7. Intervenes realizadas anteriormente em paramento com tijolo face--vista ........ 54 5.2. Anomalias em edifcios com revestimentos em isolamento trmico pelo exterior ... 61 5.2.1. Fendilhao .............................................................................................................. 61 5.2.2. Crostas Negras ......................................................................................................... 61 5.2.3. Visualizao dos contornos de ligao das placas de isolamento trmico .............. 62 5.3. Anomalias em edifcios com revestimentos em reboco ............................................ 63 5.3.1. Destacamento........................................................................................................... 63 5.3.2. Fissurao ................................................................................................................ 64 5.3.3. Manchas de humidade ............................................................................................. 64 5.3.4. Anomalias das pinturas aplicadas sobre os rebocos ................................................ 65 5.4. Anomalias em edifcios com revestimentos de placas de pedra colada .................... 65 5.4.1. Manchas de humidade ............................................................................................. 65 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XIV 5.4.2. Crostas negras ......................................................................................................... 66 5.4.3. Colonizao biolgica ............................................................................................. 66 5.4.4. Fissuras / Fendas ..................................................................................................... 67 5.4.5. Destacamento do revestimento ................................................................................ 67 CAPTULOVICausasProvveisdasAnomaliasdosRevestimentosdosEdifcios do IPT ....................................................................................................................................... 69 6.1. Fissurao de paredes ............................................................................................... 69 6.2. Manchas de humidade ............................................................................................... 73 6.3. Empolamento ............................................................................................................ 76 6.4. Destacamento / Desprendimento .............................................................................. 77 6.5. Esmagamento do Revestimento ................................................................................ 80 6.6. Eflorescncias ........................................................................................................... 80 6.7. Colonizao Biolgica .............................................................................................. 82 6.8. Crostas Negras .......................................................................................................... 82 CAPTULO VII - Concluses ................................................................................................. 84 FUTUROS DESENVOLVIMENTOS ................................................................................... 86 LISTA DE REFERNCIAS ................................................................................................... 87 ANEXOS................................................................................................................................... 90 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XV NDICE DE FIGURASFigura 1 Localizao do IPT em Tomar ............................................................................. 4 Figura 2 Fotografia area do campus do IPT ...................................................................... 5 Figura 3 Mapa do concelho de Tomar ................................................................................ 6 Figura 4 Constituio e localizao dos edifcios no Campus do IPT ................................ 7 Figura 5 Edifcios do bloco A ............................................................................................. 8 Figura 6 Edifcios do bloco B ............................................................................................. 8 Figura 7 Edifcios do bloco C ............................................................................................. 8 Figura 8 Edifcios dos blocos E e D ................................................................................... 9 Figura 9 Edifcios do bloco F ............................................................................................. 9 Figura 10 Edifcio do bloco G ............................................................................................ 9 Figura 11 Edifcio do bloco H .......................................................................................... 10 Figura 12 Edifcio do bloco I ............................................................................................ 10 Figura 13 Edifcio do bloco J ............................................................................................ 10 Figura 14 Edifcio do bloco L ........................................................................................... 11 Figura 15 Edifcio do bloco M .......................................................................................... 11 Figura 16 Edifcio do bloco N .......................................................................................... 11 Figura 17 Edifcios do bloco O ......................................................................................... 12 Figura 18 Edifcio do bloco Q .......................................................................................... 12 Figura 19 Exemplos de edifcios do Arq. Manuel Tanha ................................................ 13 Figura 20 Exemplos de edifcios do Arq. Bartolomeu Cabral .......................................... 13 Figura 21 Pedra angular do IPT ........................................................................................ 14 Figura 22 Pedra gravada com o nome IPT ....................................................................... 14 Figura 23 Perspetiva do edifcio A ................................................................................... 15 Figura 24 Planta do rs-do-cho do edifcio A ................................................................. 16 Figura 25 Planta do 1 andar do edifcio A ....................................................................... 16 Figura 26 Pormenor das alvenarias ................................................................................... 17 Figura 27 Pormenores construtivos do pano de alvenaria, junto s platibandas .............. 17 Figura 28 Perspetiva do edifcio B ................................................................................... 18 Figura 29 Planta do rs-do-cho do edifcio B ................................................................. 18 Figura 30 Planta do 1 andar do edifcio B ....................................................................... 18 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XVI Figura 31 Perspetiva do edifcio C ................................................................................... 20 Figura 32 Planta do edifcio C .......................................................................................... 20 Figura 33 Corte transversal AA ........................................................................................ 20 Figura 34 Pormenor construtivo de cobertura de cota inferior do edifcio C ................... 21 Figura 35 Pormenor construtivo de cobertura mais elevada do edifcio C ...................... 21 Figura 36 Perspetiva dos edifcios D e E .......................................................................... 22 Figura 37 Planta da cave do edifcio E ............................................................................. 22 Figura 38 Planta do rs-do-cho dos edifcios.................................................................. 22 Figura 39 Planta do 1 andar dos edifcios ....................................................................... 22 Figura 40 Planta do 2 andar dos edifcios ....................................................................... 22 Figura 41 Perspetiva do edifcio F .................................................................................... 23 Figura 42 Planta do rs-do-cho do edifcio F ................................................................. 24 Figura 43 Planta do 1 andar do edifcio F ....................................................................... 24 Figura 44 Perspetiva dos edifcios G, H, I, J e L .............................................................. 24 Figura 45 Planta do rs-do-cho dos edifcios G, H, I, J e L ............................................ 25 Figura 46 Planta do 1 andar dos edifcios G, H, I, J e L ................................................. 25 Figura 47 Perspetiva dos edifcios M e N......................................................................... 26 Figura 48 Planta do rs-do-cho do edifcio M ................................................................ 26 Figura 49 Planta do rs-do-cho do edifcio N ................................................................. 26 Figura 50 Perspetiva do edifcio O ................................................................................... 27 Figura 51 Planta da cave do edifcio O ............................................................................. 27 Figura 52 Planta do rs-do-cho do edifcio O ................................................................. 27 Figura 53 Planta do 1 andar do edifcio O....................................................................... 27 Figura 54 Perspetiva do edifcio Q ................................................................................... 28 Figura 55 Planta da cave do edifcio Q ............................................................................. 28 Figura 56 Planta do rs-do-cho do edifcio Q ................................................................. 28 Figura 57 Planta do 1 andar do edifcio Q....................................................................... 28 Figura 58 Perspetiva do edifcio da Cantina ..................................................................... 29 Figura 59 Planta do rs-do-cho do edifcio da Cantina .................................................. 30 Figura 60 Planta do 1 andar do edifcio da Cantina ........................................................ 30 Figura 61 Localizao de ETICS nas fachadas da Cantina .............................................. 30 Figura 62 Exemplo de um sistema de apoio da alvenaria ................................................ 32 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XVII Figura 63 Assentamento dos tijolos .................................................................................. 33 Figura 64 Dimenso das juntas ......................................................................................... 33 Figura 65 Junta em parede de tijolo face--vista .............................................................. 33 Figura 66 Arqueamento .................................................................................................... 34 Figura 67 Juntas horizontais armadas ............................................................................... 34 Figura 68 Fachadas do bloco A ........................................................................................ 34 Figura 69 Fachadas do bloco B ......................................................................................... 34 Figura 70 Fachadas do bloco F ......................................................................................... 34 Figura 71 Fachadas do bloco G ........................................................................................ 34 Figura 72 Fachada do bloco L .......................................................................................... 35 Figura 73 Fachada do bloco Q .......................................................................................... 35 Figura 74 Esquema da constituio das paredes em tijolo face--vista ............................ 35 Figura 75 Sistema de ETICS ............................................................................................ 38 Figura 76 Perfil de arranque onde apoia a primeira fiada de placas de isolamento.......... 39 Figura 77 Distncia entre parafusos no perfil de arranque ............................................... 39 Figura 78 Exemplo de aplicao das placas de isolamento junto a um vo ..................... 40 Figura 79 Exemplos de colagem das placas de isolamento trmico ................................. 40 Figura 80 Fixao mecnica ............................................................................................. 40 Figura 81 Buchas de fixao ............................................................................................. 40 Figura 82 Exemplo de colocao de uma cantoneira num cunhal .................................... 41 Figura 83 Reforo dos cantos junto aos vos ................................................................... 41 Figura 84 Perfil na zona da padieira ................................................................................. 41 Figura 85 Reforo da armadura no contorno dos vos da fachada ................................... 41 Figura 86 Embebimento da armadura na camada de base ................................................ 42 Figura 87 Sistema ETICS aplicado no bloco O ................................................................ 43 Figura 88 Sistema ETICS aplicado na Cantina ................................................................ 43 Figura 89 Camadas do reboco tradicional ........................................................................ 44 Figura 90 Detalhe da aplicao do salpisco ...................................................................... 45 Figura 91 Detalhe da aplicao do reboco ........................................................................ 45 Figura 92 Fases de aplicao do reboco projetado ........................................................... 46 Figura 93 Reboco tradicional aplicado no edifcio Q ....................................................... 46 Figura 94 Reboco tradicional aplicado nos edifcios D e E .............................................. 47 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XVIII Figura 95 Reboco projetado aplicado em parte do edifcio da cantina ............................ 47 Figura 96 Mtodo do sistema de fixao direto. .............................................................. 48 Figura 97 Mtodo do sistema de fixao indireto ............................................................ 49 Figura 98 Aplicao do cimento cola na parede, com talocha denteada .......................... 50 Figura 99 Colocao do revestimento .............................................................................. 50 Figura 100 Pormenor de constituio de uma parede revestida com placas de pedra colada ................................................................................................................................... 50 Figura 101 Placas de pedra colada aplicadas na biblioteca .............................................. 51 Figura 102 Fendilhao oblqua ou em escada ................................................................. 52 Figura 103 Fendilhao vertical ....................................................................................... 52 Figura 104 Exemplos de esmagamento do tijolo face--vista .......................................... 52 Figura 105 Destacamento do tijolo face--vista em pilares ............................................. 53 Figura 106 Manchas de humidade em tijolo face--vista ................................................. 53 Figura 107 Desprendimento do tijolo face--vista junto a juntas de dilatao ................ 54 Figura 108 Eflorescncias visveis nas fachadas dos edifcios ......................................... 54 Figura 109 Fendilhao vertical nos nembos das janelas ................................................. 55 Figura 110 Fendilhao vertical junto a tubos de queda .................................................. 55 Figura 111 Fendilhao oblqua junto de cunhais ............................................................ 55 Figura 112 Desprendimento do tijolo face--vista em platibandas .................................. 56 Figura 113 Desprendimento do tijolo face--vista em pilares .......................................... 56 Figura 114 Fissura em zona de cunhal ............................................................................. 56 Figura 115 Desmantelamento de troos danificados ........................................................ 58 Figura 116 Cantoneiras galvanizadas ............................................................................... 58 Figura 117 Pormenor da fixao das cantoneiras ............................................................. 59 Figura 118 Aplicao das cantoneiras .............................................................................. 59 Figura 119 Juntas verticais ............................................................................................... 59 Figura 120 Pormenor das juntas a executar ...................................................................... 60 Figura 121 Junta de movimento ....................................................................................... 60 Figura 122 Desmantelamento do pano exterior do Edifcio F......................... 60 Figura 123 Exemplos de fendilhao, nos edifcios da Cantina e O ................................ 61 Figura 124 Manchas negras no edifcio O ........................................................................ 62 Figura 125 Manchas negras no edifcio da Cantina ......................................................... 62 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XIX Figura 126 Visualizao de contorno de ligao das placas de isolamento no edifcio O. ............................................................................................................................................. 62 Figura 127 Destacamento do reboco em zona corrente da alvenaria................................ 63 Figura 128 Destacamento do reboco na zona de platibanda ............................................. 63 Figura 129 Destacamento do revestimento em tetos dos edifcios A, B e O .................... 64 Figura 130 Fissurao generalizada do reboco ................................................................. 64 Figura 131 Manchas de humidade em tetos do edifcio B ................................................ 65 Figura 132 Empolamento na viga do edifcio A ............................................................... 65 Figura 133 Empolamento na viga do edifcio B ............................................................... 65 Figura 134 Manchas de humidade sob peitoril ................................................................. 66 Figura 135 Manchas de humidade junto ao solo .............................................................. 66 Figura 136 Crostas negras no peitoril da janela ................................................................ 66 Figura 137 Crostas negras nas fachadas ........................................................................... 66 Figura 138 Crostas negras nas fachadas do edifcio ......................................................... 66 Figura 139 Crostas negras junto a tubagem ...................................................................... 66 Figura 140 Colonizao biolgica no revestimento ......................................................... 67 Figura 141 Vrios exemplos de fissurao ....................................................................... 67 Figura 142 Exemplos de destacamento do revestimento .................................................. 68 Figura 143 Desprendimento parcial do revestimento ....................................................... 68 Figura 144 Fendilhao em tijolo face--vista ................................................................. 69 Figura 145 Fendilhao em placas de pedra ..................................................................... 69 Figura 146 Fendilhao em isolamento trmico pelo exterior.......................................... 69 Figura 147 Fendilhao em reboco ................................................................................... 69 Figura 148 Assentamento diferencial devido interferncia da construo maior .......... 70 Figura 149 Assentamento diferencial por consolidaes distintas de aterro .................... 70 Figura 150 Assentamento diferencial por heterogeneidade no solo ................................. 70 Figura 151 Assentamento devido contrao do solo devido retirada de gua por vegetao ............................................................................................................................. 70 Figura 152 Fissuras na alvenaria causadas por sobrecarga vertical distribuda................ 70 Figura 153 Fissuras nos cantos dos vos .......................................................................... 71 Figura 154 Fissuras no revestimento em reboco .............................................................. 71 Figura 155 Fissuras nas alvenarias ................................................................................... 72 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT XX Figura 156 Fissuras no revestimento em isolamento trmico pelo exterior ..................... 72 Figura 157 Fissuras no revestimento em placas de pedra colada ..................................... 72 Figura 158 Fissuras no revestimento em tijolo face--vista ............................................. 73 Figura 159 Manchas de humidade no tijolo face--vista .................................................. 73 Figura 160 Manchas de humidade no reboco ................................................................... 73 Figura 161 Manchas de humidade nas placas de pedra .................................................... 73 Figura 162 Falta de impermeabilizao da fundao ....................................................... 74 Figura 163 Falta de manuteno de caleiras e telhado ..................................................... 74 Figura 164 Falta de impermeabilizao da laje ................................................................ 74 Figura 165 Manchas de humidade junto a uma viga ........................................................ 75 Figura 166 Manchas de humidade junto a um ponto de iluminao ................................ 75 Figura 167 Manchas de humidade no revestimento em tijolo face--vista ...................... 75 Figura 168 Manchas de humidade no revestimento em pedra ......................................... 76 Figura 169 Empolamento do revestimento final (pintura) ............................................... 76 Figura 170 Empolamento do revestimento ....................................................................... 77 Figura 171 Empolamento da tinta .................................................................................... 77 Figura 172 Destacamento em tijolo face--vista .............................................................. 78 Figura 173 Destacamento em reboco ............................................................................... 78 Figura 174 Destacamento em placas de pedra .................................................................. 78 Figura 175 Destacamento das placas de pedra ................................................................. 79 Figura 176 Destacamento das forras cermicas ............................................................... 79 Figura 177 Destacamento parcial do reboco .................................................................... 79 Figura 178 Rotura em revestimento cermico situada na fachada oeste do edifcio B .... 80 Figura 179 Eflorescncias em tijolo face--vista ............................................................. 81 Figura 180 Lquenes presentes no revestimento de isolamento trmico pelo exterior ..... 82 Figura 181 Vegetao visvel em revestimento de placas de pedra ................................. 82 Figura 182 Crostas negras em revestimento de isolamento trmico pelo exterior ........... 83 Figura 183 Crostas negras em revestimento de placas de pedra ...................................... 83 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 1 CAPTULO I - Introduo 1.1.Enquadramento do Projeto OcampusdoInstitutoPolitcnicodeTomar-IPTcompostoporedifciosdediferentes tipologias, que foram construdos faseadamente entre 1990 e 2007. Osprojetosdearquiteturadosedifciossodediferentesarquitetos,peloqueasua conceo, funcionalidade e acabamentos so distintos. Osedifcios,emboradeconstruorecente,apresentamalgumasanomalias,nasua envolventeexterior.Essasanomaliasmanifestam-sesobretudonosrevestimentosdas fachadas. IntegradonombitodaUCdeProjeto,doCursodeMestradoemReabilitaoUrbana, pretendeu-se desenvolver um trabalho em que se procedesse caraterizao dos diferentes tipos de revestimentos existentes e se identificassem as principais anomalias. Asanomaliasapresentamtipologiasecaractersticasdiferentesdadoqueexistem revestimentos em tijolo face--vista, em sistemasde isolamento trmico pelo exterior, em pedra colada e em reboco. 1.2.Objetivos do trabalho Com o presente trabalho pretende-se dar cumprimento aos seguintes objetivos: Caracterizar os diversos edifcios que integram o Campus do IPT; Referir a evoluo da construo dos edifcios; Caracterizar e descrever os tipos de revestimentos de fachadas dos edifcios; Identificar e caracterizar as anomalias existentes nos revestimentos das fachadas; Fazer uma avaliao prvia do estado de degradao dos diferentes tipos de revestimento exterior. 1.3.Metodologia de trabalho Paraa concretizao deste trabalho, foirealizada uma pesquisa e anlisedos projetos dos edifcios,amaioriadosquaisseencontravanaCmaraMunicipaldeTomar,demodoa percebercomosoconstitudos,nomeadamenteaformaarquitetnicadosblocos,as dimenses, os materiais e pormenores construtivos adotados. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 2 Foram depois consultados os projetos de arquitetura e das vrias especialidades, existentes em arquivo no IPT, por forma a conseguir obter informao complementar que permitisse elaborar este trabalho. Salienta-seaimportanteinformaoverbalfacultadapeloEngenheiroOrlandoFonseca, responsvelpelamanutenotcnicadosedifcios,epeloEngenheiroRuiBelo,tcnico superior. Posteriormente,foifeitoolevantamentoeoregistofotogrficodetodososedifciosque compem o campus do IPT. Foramidentificadososdiferentestiposderevestimentosdefachadasecombasena observao visual procedeu-se ao levantamento e registo das anomalias existentes em cada um dos tipos de revestimento. 1.4.Estrutura do TrabalhoEstetrabalhoestestruturadoemsetecaptulos.Noprimeirocaptuloelabora-seuma pequena sntese, referindo os objetivos e a metodologia do trabalho. No segundo captulo faz-se um breve resumo dahistria doIPT, nomeadamente agnese dasuacriao,alocalizaogeogrficaeaprincipalmisso.Estecaptuloapresenta, identificaeilustra,todososedifciospertencentesaoCampusdoInstitutoPolitcnicode Tomar. No terceirocaptulo faz-se acaracterizaoconstrutiva dos edifciosem estudo, referindo as suas dimenses, tipos de material empregues e outros aspetos relevantes, fundamentados nas memrias descritivas e justificativas, caderno de encargos, mapa de medies e peas escritas e desenhadas dos vrios projetos de arquitetura e especialidades. No quarto captulo caracteriza-se os vrios tipos de revestimentos exteriores dos edifcios. Descrevem-seosaspetosconstrutivosparticularesdessesrevestimentos,nomeadamentea execuodeparedesdetijoloface--vista,aaplicaodesistemasdeisolamentotrmico pelo exterior, a aplicao de pedra colada e a execuo de reboco. No quinto captulo apresenta-se o levantamento das anomalias existentes nos revestimentos dasparedesexterioresdosedifciosdoIPT,realizadocombasenainspeovisualeno registo fotogrfico. Nosextocaptuloapresenta-seumestudosobreascausasprovveisdasanomalias encontradasnosrevestimentosdasparedesexterioresdosedifcios.Essascausasforam Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 3 estabelecidastendocomobaseainspeovisualrealizada,aanliseeestudodecasosde obra semelhantes e a literatura da especialidade. No stimo captulo apresentam-se as concluses do trabalho realizado. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 4 CAPTULOII-CaraterizaodoParqueEdificadodo Instituto2.1. O IPT O Instituto Politcnico de Tomar - IPT, situa-se na Quinta do Contador - Estrada da Serra, na cidade de Tomar. uma Instituio de Ensino Superior Politcnico que existe h mais de25anossendoconsideradaumareferncianoEnsinoSuperiorPblico.NaFigura1 apresenta-se a localizao do IPT, na cidade de Tomar. Figura 1 Localizao do IPT em Tomar [1] Inicialmente a Escola Superior de Tecnologia deTomar -ESTT foi criada pelo Decreto - Lein.513-T/79,de26deDezembro[2].Oseufuncionamentoiniciou-seem26de Outubrode1982,dataemqueaComissoInstaladorafoiempossada,tendosidomais tarde integrada no Instituto Politcnico de Santarm de acordo com o disposto no Decreto - Lein.46/85,de22deNovembro.Em1994,aESTTdeulugarEscolaSuperiorde TecnologiaeGestodeTomar-ESTGT,criadapeloDecreto-Lei304/94de19de Dezembro.OInstitutoPolitcnicodeTomarfoiposteriormenteconstitudopeloDecreto-Lein. 96/96, de 17 de Julho e sucedeu Escola Superior de Tecnologia e Gesto de Tomar. O Decreto-Lei 96/96, de 17 de Julho separa o Instituto Politcnico de Santarm da ESTGT ecrianoseulugarapartirde1deJaneirode1997oIPT,integrando,duasescolas Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 5 superiores: a Escola Superior de Tecnologia de Tomar e a Escola Superior de Tecnologia e Gesto de Tomar. Os primeiros Estatutos do Instituto Politcnico de Tomar foram publicados pelo Despacho Normativo n. 2/99 de 23 de Janeiro.InicialmenteaEscolaSuperiordeTecnologiadeTomarfuncionavanoedifcion.13da AvenidaCndidoMadureira.Maistarde,em1990comaconstruodosprimeiros edifcios, passou a funcionar na Quinta do Contador - Estrada da Serra. OIPTpossuiumCampusemTomar,queintegraaEscolaSuperiordeTecnologiade TomareEscolaSuperiordeGestodeTomar,(Figura2),eoutraemAbrantes,aEscola Superior de Tecnologia de Abrantes. Figura 2 Fotografia area do campus do IPT [3] OInstitutoPolitcnicodeTomarassumecomomissodifundiroconhecimento,criar, transmitir e disseminar a cultura, a cincia, a tecnologia e as artes. OIPTtemcontribudodeformaativanosparaaformaodeprofissionaiseparao desenvolvimentodaregioemqueseencontrainserido,mastambmparaa implementaodeummodelodeinteraoEnsinoSuperior/Regioassenteno empreendedorismoenatecnologia,contribuindoparaumparadigmainovadorcapazde competir internacionalmente com base em recursos humanos qualificados. OconcelhodeTomar,Figura3,compostopor16freguesias:AlmdaRibeira, Alviobeira,Asseiceira,Beselga,Carregueiros,Casais,Junceira,Madalena,Olalhas, Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores6 Paialvo,Pedreira,S.PedrodeTomar,Sabacheira,SantaMBaptista e Serra. Este,concelho,situadonaregiocentrodoPas,rodovirioseferroviriosquepermitemoacessodeformarpidaeeficazdo Pas. Figura 3 Do vasto e riqussimo patrimniocomo Patrimnio Mundial pela UNESCO em NossaSenhoradaConceioOlival,oConventodeS.Francisco,o Judaico - Sinagoga e o conjunto de edifcios dos antigos Lagares D`el Rey que constituem ofuturoMuseudaLevada.Possui entreosquaisocomplexodeedifciosqueformamoCampusdoInstitutoPolitcnicode Tomar que sero objeto de estudo deste trabalho. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPTPaialvo,Pedreira,S.PedrodeTomar,Sabacheira,SantaMariadosOlivais,SoJoo Este,concelho,situadonaregiocentrodoPas,servidoportransportespblicos rodovirioseferroviriosquepermitemoacessodeformarpidaeeficaz Figura 3 Mapa do concelho de Tomar [4] Do vasto e riqussimo patrimnio de Tomar destaca-se o Convento de Cristocomo Patrimnio Mundial pela UNESCO em 1983, o Aqueduto dos Peges, a Ermida de NossaSenhoradaConceio,aIgrejadeS.JooBaptista,aIgrejade Olival,oConventodeS.Francisco,oedifciodoTurismoMuseuCastilhoe o conjunto de edifcios dos antigos Lagares D`el Rey que constituem .Possuiaindaoutrosedifcioscontemporneosdeinteresse entreosquaisocomplexodeedifciosqueformamoCampusdoInstitutoPolitcnicode Tomar que sero objeto de estudo deste trabalho. dos Edifcios do Campus do IPT ariadosOlivais,SoJoo servidoportransportespblicos rodovirioseferroviriosquepermitemoacessodeformarpidaeeficazaoutraszonas se o Convento de Cristo, classificado o Aqueduto dos Peges, a Ermida de ,aIgrejadeS.JooBaptista,aIgrejadeSantaMariado MuseuCastilho,oTemplo e o conjunto de edifcios dos antigos Lagares D`el Rey que constituem eosdeinteressede entreosquaisocomplexodeedifciosqueformamoCampusdoInstitutoPolitcnicode Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 7 2.2. Identificao e Funcionalidade dos Edifcios do Campus de Tomar AFigura4ilustraaconstituioCampusdeTomardoIPT,comaidentificaoea localizao de todos os seus edifcios. Figura 4 Constituio e localizao dos edifcios no Campus do IPT Legenda: A-Gabinete da presidncia e servios diversos B-Salas de aula, anfiteatros e reprografia C-Biblioteca D-Residncia de estudantes masculina E-Residncia de estudantes feminina F-Centro de Estudos de Arte e Arqueologia G-Departamento de Arte, Conservao e RestauroH-Departamento de Tecnologia e Artes Grficas I-Departamento de Eng. Eltrica e Industrial J-Departamento Eng. Qumica Industrial L-Departamento Eng. da Construo Civil M-Centro de pr-histria N-Edifcio de apoio tcnico O-Salas de aula e anfiteatro Q-Salas de aula e anfiteatro Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 8 2.2.1.Edifcio A No edifcio A est instalada a presidncia do IPT, os servios administrativos e os servios sociais.Esteedifciopossuiumgabinetedeinformtica,umgabinetederelaes internacionais,umgabinetededivulgaoedinamizaocultural,ocentroderecursos audiovisuaiseoauditrioDoutorJosBayoloPachecodeAmorimcomcapacidadepara 368 lugares. Figura 5 Edifcios do bloco A 2.2.2.Edifcio B OedifcioBconstitudoporumareprografia,umgabinetedegestodeprojetos,um gabinete de acesso ao ensino superior (gaes), um gabinete de apoio ao estudante, um centro delnguas,umaloja,umaassociaodeestudantes,umatesouraria,osservios acadmicos,oauditrioB121comcapacidadepara100lugarese17salasdeaula,das quais 12 so anfiteatros. Figura 6 Edifcios do bloco B 2.2.3. Edifcio C O edifcio C a bibliotecageral, contm ainda o arquivo, a sala de informtica, uma sala de estudo/sala de leitura e gabinetes de trabalho. Figura 7 Edifcios do bloco C Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 9 2.2.4. Edifcios D e E NosedifciosDeEfuncionamasresidnciasdeestudantes.OedifcioDaresidncia masculinaeoEaresidnciafeminina.Cadaedifcioconstitudoporvriosquartos, instalaessanitriaseumacozinha,emcomumtmumasaladeinformtica,uma lavandaria e uma sala de convvio. Figura 8 Edifcios dos blocos E e D 2.2.5. Edifcio F OedifcioFintegraoCentrodeEstudosdeArteeArqueologia,dispedeumespao cilndrico central destinado a exposies com jardim anexo, os paraleleppedos laterias so constitudos por vrios gabinetes, salas de aula e um armazm. Figura 9 Edifcios do bloco F 2.2.6. Edifcio G No edifcio G funciona o Departamento de Arte, Arqueologia, Conservao e Restauro da Escola Superior de Tecnologia. Este edifcio integra os gabinetes dos docentes, as salas de aula, o secretariado e os laboratrios de conservao e restauro. Figura 10 Edifcio do bloco G Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 10 2.2.7. Edifcio H No edifcio H existe o Departamento de Tecnologia e Artes Grficas da Escola Superior de Tecnologia. O edifcio H, inclui os gabinetes dos docentes, as salas de aulas, o secretariado e os laboratrios de artes grficas. Figura 11 Edifcio do bloco H 2.2.8. Edifcio I O edifcio I composto pelo Departamento de Engenharia de Eletricidade Industrial e pelo DepartamentodeEngenhariaInformticadaEscolaSuperiordeTecnologia,sendo constitudopelosgabinetesdosdocentes,pelassalasdeaula,pelosecretariado,pelos laboratrios e pelos gabinetes de investigao e desenvolvimento. Figura 12 Edifcio do bloco I 2.2.9. Edifcio J NoedifcioJfuncionaoDepartamentodeEngenhariaQumicaeAmbientedaEscola SuperiordeTecnologia.Esteedifcioconstitudo,fundamentalmente,porsalasde docentes, por salas de aula, pelo secretariado e pelos laboratrios de qumica e ambiente. Figura 13 Edifcio do bloco J Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 11 2.2.10. Edifcio L OedifcioLintegraoDepartamentodeEngenhariadeConstruoCivildaEscola Superior de Tecnologia. O edifcio L contm os gabinetes dos docentes, as salas de aula, os laboratrios de engenharia civil e o secretariado. Figura 14 Edifcio do bloco L 2.2.11. Edifcio M NoedifcioMfuncionaoCentrodePr-histriaconstitudoporumarquivo,um laboratrio, um secretariado e salas de trabalho e de aula. Figura 15 Edifcio do bloco M 2.2.12. Edifcio N O edifcio N constitudo pelos servios de apoio tcnico, garagens e inclui uma unidade de aquecimento central. Figura 16 Edifcio do bloco N Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 12 2.2.13. Edifcio O O edifcio O integra os Departamentos da Escola Superior de Gesto, possuindo 6 salas de aulacomcapacidadesentre60e200lugares,umasalacom16computadoreseum auditrio (O106) com capacidade para 204 lugares. Figura 17 Edifcios do bloco O 2.2.14. Edifcio Q NopisosuperiordoedifcioQ,existemsalasdeaula,umasaladecomputadores,um gabinetedeapoioproteocivileoutrodemanutenoeltrica.Nopisotrreotemum anfiteatrocomcapacidadepara110pessoaseasinstalaessanitrias.Nacaveexisteo arquivo. Figura 18 Edifcio do bloco Q 2.3. Fases de Projeto e de Construo dos Edifcios do IPT Os edifcios que constituem atualmente o campus do IPT, foram construdos faseadamente a partir de 1990. EmJunhode1989davamentrada,naCmaraMunicipaldeTomar,osprojetosde arquiteturaealgunsdosprojetosdeespecialidadesdosdoisprimeirosedifcios:MeN. Estes marcavam o incio da construo do Campus do Instituto Politcnico de Tomar.Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 13 Osprojetosdearquiteturaedeespecialidadesdosvriosedifciosforamelaboradospor diversasempresas,nomeadamente,pelaTeixeiraTrigo,Lda.-EstudoseProjetosde Engenharia e pela Betar - Estudos e Projetos de Estabilidade, Lda. OprojetodoCampusdaautoriaconjuntadoArquitetoManuelMendesTainhaedo ArquitetoBartolomeudaCostaCabral.Sendoosprojetosdearquiteturadediferentes arquitetosrevelamalgumasparticularidades.OsprojetosdaautoriadoArquitetoManuel MendesTanha,A,B,F,MeNpossuemumtraocaracterstico,designadamenteas paredes exteriores em tijolo face--vista, na envolvente total dos edifcios (Figura 19). Figura 19 Exemplos de edifcios do Arq. Manuel Tanha OsedifciosdaautoriadoArquitetoBartolomeudaCostaCabral,G,H,I,J,eL apresentam um trao mais contemporneo, em que a laje ao nvel do teto: do rs-do-cho e andar visvel no permetro do edifcio, sem nenhum tipo de acabamento ou revestimento, conforme se pode ver na Figura 20. Figura 20 Exemplos de edifcios do Arq. Bartolomeu Cabral No dia 13 de Julho de 1989 foi colocada a primeira pedra (ver figura 21) para assinalar o inciodaconstruodoCampusdoInstitutoPolitcnicodeTomar,naqualfoigravadaa seguinte inscrio: Pedra Angular - 13 de Julho de 1989. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 14 EstatualmentelocalizadanaparedeexteriordoedifcioA.Em2001,foicolocadano jardimfronteiroaoedifcioprincipalumaoutrapedraqueidentificaocampusdoIPT (figura 22). Figura 21 Pedra angular do IPTFigura 22 Pedra gravada com o nome IPT Comoanteriormentesereferiu,osvriosedifciosquecompemocampusdoIPTforam construdos em diferentes fases, designadamente as seguintes. OsedifciosMeN,denominadosdegabinetesdeapoiotcnico,foramosprimeirosa seremconstrudosem1990.Atualmenteestesedifciosdestinam-se,respetivamenteao Centro de Pr-histria e ao Gabinete de Manuteno. PosteriormentefoiexecutadaumapartedosblocosGeH,ondeestoinstaladosos laboratrios.Seguiu-seaconstruodoblocoFjuntamentecoma1fasedaBibliotecae parte da livraria, designada por edifcio C. Mais tarde, por volta de 1993 foram integralmente construdos os restantes edifcios I, J e L. Foram tambm concludos os edifcios que j se tinham iniciado anteriormente - G e H. AconstruodosedifciosAeBfoirealizadaemduasfases.Numaprimeirafasefoi apenasexecutadaaestruturadosedifcios.Nasegundafaseprocedeu-seexecuodos acabamentos.Maistardeprocedeu-seexecuoda1fasedosedifciosdestinados Residncia de Estudantes Masculina, juntamente com o bloco O. Em2001foramampliadososblocosG,H,IeJparainstalaodemaissalase laboratrios.Em2003efetuou-seaconstruoda2fasedasResidncias,nestecaso,a Residncia Feminina, e a ampliao da Biblioteca, com a criao da zona de informtica. Openltimoedifcioaserconstrudo,em2005,foiaUnidadeAlimentar-Cantina,local onde so confecionadas e servidas as refeies para os alunos, funcionrios e docentes. O edifcio Q destinado a salas de aula e anfiteatro, foi o ltimo edifcio a ser construdo em 2007.Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 15 CAPTULOIII-CaracterizaoConstrutivadosEdifciosde Campus do IPT 3.1. Introduo Nestecaptulofaz-seacaracterizaoconstrutivadosedifciosquecompemoInstituto Politcnico de Tomar. Paraelaboraodestecaptulofoinecessriorecorreradiversosdocumentos nomeadamente aos projetos de licenciamento apresentados na Cmara Municipal de Tomar eadiversosdocumentosexistentesnosarquivosdoIPT,taiscomomemriasdescritivas, caderno de encargos, mapa de medies e peasescritas e desenhadas dos vrios projetos de arquitetura e especialidades. 3.1.1. Edifcio A O edifcio A de dimenso elevada, desenvolvendo-se em planta retangular. Est dividido em 6 corpos (A1 a A6), separados por juntas de dilatao.Os corpos A1, A2, A3, A4 e A5 possuem grandes reas de implantao: CorpoA1-(45,8mx17,4m);CorpoA2-(52,8mx18,6m);CorpoA3-(24,2mx13,8m); Corpo A4 - (36,2mx10,0m); e Corpo A5 - (33,6m x46,5m). OscorposA1,A2,A4eA5possuemdoispisoselevados,enquantooscorposA3eA6 possuem apenas um piso. Atualmente o edifcio A constitudo apenas pelo corpo A5, os restantes corpos pertencem ao edifcio B. Figura 23 Perspetiva do edifcio A Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 16 OedifcioA5constitudoporumaestruturadebetoarmado,formadaporparedesde beto armado, um conjunto de pilares e lajes fungiformes aligeiradas, vigas de bordadura e escadas macias de beto armado. Figura 24 Planta do rs-do-cho do edifcio AFigura 25 Planta do 1 andar do edifcio A As fundaes so diretas, constitudas por sapatas isoladas ligadas por vigas de fundao e por sapatas contnuas na fundao das paredes de beto. Deacordocomelementosdoprojeto,naexecuodaestruturaforamutilizadosbetoda classe B25 em fundaes e muros de suporte, beto da classe B30 em pilares, vigas elajes.O ao aplicado foi o A400 NR/ER em todos os elementos estruturais. As paredes exteriores so duplas, constitudas por um pano interior em alvenaria de tijolo de barro vermelho furado de diversos formatos (30x20x20, 30x20x15, 30x20x11) cm3, de acordocom o especificado no caderno de encargos e no projeto de arquitetura. Aface do pano interior em contacto com a caixa-de-ar foi revestida com poliuretano projetado, com a Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 17 espessuramdiade3cm.Opanoexterioremalvenariadetijoloface--vista,sendo constitudo por tijolo com formato 22x11x7 cm3 (Figura 26). Figura 26 Pormenor das alvenarias Deummodogeral,osdoispanosdealvenariaencontram-seligadosporvaresdeao zincado6ou8mm,comafastamentossuperioresa1,0mnaverticale2,0mna horizontal. A Figura 27 ilustra alguns pormenores construtivos das paredes das fachadas. Figura 27 Pormenores construtivos do pano de alvenaria, junto s platibandas Acoberturaestencobertapelasplatibandaspeloquenofoipossvelobserv-la.No entantodeacordocomospormenoresconstrutivossabe-sequeumacoberturaplana tradicional,noacessvel,constitudaporumacamadadeforma,isolamentotrmico, betonilha armada com rede fibra de vidro, tela betuminosa e seixos rolados como proteo pesada. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 18 3.1.2. Edifcio B OedifcioBtambmdedimensoelevada,desenvolvendo-seemvriasformas retangulares. Como referido anteriormente, as designaes iniciais de projeto A1, A2, A3, A4 e A6 atualmente so corpos pertencentes ao edifcio B. Figura 28 Perspetiva do edifcio B OblocoBteveduasfasesdistintasdeconstruo,aprimeirafasefoiaexecuoda estrutura do edifcio, a segunda fase incluiu os acabamentos. Nas Figuras 29 e 30 possvel observar, respetivamente, as plantas rs-do-cho e primeiro andar do bloco B. Figura 29 Planta do rs-do-cho do edifcio BFigura 30 Planta do 1 andar do edifcio B Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 19 Relativamenteestrutura,oedifcioconstitudoporumaestruturadebetoarmado, constitudoporprticosorientadosemduasdireesortogonais.Todososelementosde construoforammoldadosemobraporformaaasseguraracontinuidadeestrutural, nomeadamente a continuidade nas ligaes com os pilares, as lajes, as vigas e as sapatas de fundao. Deacordocomamemriadescritivaejustificativadoprojeto,naexecuodaestrutura foramutilizadosbetodaclasseB30emfundaes,pilares,vigasenaslajesmacias, aligeiradasefungiformes,eaoA400NRemtodososelementosestruturais,excetonas lajes aligeiradas em que foi usado o ao A500. A alvenaria exterior composta por uma parede dupla com caixa-de-ar, constituda por um panoexteriordealvenariadetijolocermicodeface--vista22x10,5x7cm3eumpano interior em tijolo furado cermico com 30x20x15 cm3. Relativamente ao isolamento foram coladas placas de aglomerado negro de cortia de 5 cm deespessura,nafaceexteriordaparedeinterior.Asuperfciedoaglomeradonegrofoi depoisprotegidacomduasdemosdeumprodutobetuminoso.Acaixa-de-arapresenta orifciosdeventilaonasuazonainferior,materializadosatravsdejuntasverticaisno argamassadas. Asjuntasdedilataotmalargurade2cmeforampreenchidascomumcordode mstique. AcoberturadoedifcioBsemelhanadacoberturadoedifcioA,estenvoltapor platibandas no tendo sido possvel observ-la. Devido falta de pormenorizao tambm no foi possvel descrever a sua constituio. 3.1.3. Edifcio C O edifcio C desenvolve-se em planta de forma retangular. OedifciopossuiumpequenolagoorientadoaSuleOeste.AEsteexisteumpequeno jardim. Oedifcioapresentanopisoinferioroaquivoeoarmazmenopisosuperiorsitua-sea biblioteca, a sala de estudo e a sala de informtica. AFigura31ilustraoedifcioemperspetivaeaFigura32apresentaaplantadoedifcio mostrando os vrios compartimentos e respetivas funes. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 20 Figura 31 Perspetiva do edifcio C Orevestimentonasfachadasexterioresdoedifciocompostoessencialmenteporplacas de pedra de dimenso 0,60x0,75 m2 aplicadas por colagem. Figura 32 Planta do edifcio C Noquesereferecoberturadesteedifcioasfigurasseguintesilustramumcorte transversalealgunsdospormenoresconstrutivosmaisrelevantesdaconstituioda cobertura do edifcio C. Figura 33 Corte transversal AA Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 21 A cobertura tipo plana, encontrando-se por detrs das platibandas. No esquema, a verde, localiza-se a cobertura de cota mais baixa do edifcio C. A constituio desta cobertura a seguinte:laje,camadadebetocomargilaexpandidade12cmdealtura,betonilhade regularizao, isolamento trmico tipo Roofmate com 4 cm de espessura, e uma camada de godo com 5cm de altura. Figura 34 Pormenor construtivo de cobertura de cota inferior do edifcio C Noesquema,avermelho,localiza-seacoberturamaiselevadadoedifciodabiblioteca. Estacoberturacompostapor:laje,camadadebetocomargilaexpandidade12cmde altura,betonilhaderegularizao,isolamentotrmicotipoRoofmatede4cmde espessura, uma betonilha de proteo e por fim chapa de zinco tipo Rheinzink. Figura 35 Pormenor construtivo de cobertura mais elevada do edifcio C 3.1.4. Edifcios D e E OsedifciosDeEsoidnticos,tendoumdesenvolvimentoarquitetnicoemformade cubo. Tantoaresidnciamasculinacomoafemininaconstituemumblocoestruturalcomtrs pisoselevados,afemininatemumacave.Estesdoisblocossoligadosporumoutrode um s piso, que corresponde ao trio de entrada. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 22 A Figura 36 ilustra as residncias, as restantes figuras mostram as plantas dos edifcios. Figura 36 Perspetiva dos edifcios D e E Figura 37 Planta da cave do edifcio EFigura 38 Planta do rs-do-cho dos edifcios Figura 39 Planta do 1 andar dos edifciosFigura 40 Planta do 2 andar dos edifcios Aestruturadestesblocosembetoarmado,B30eoaoA400,constituindoprticos orientados em direes ortogonais. Osedifciosassentamemfundaesdiretasconstitudasporsapatasisoladasevigasde fundao.Aslajessomaciasporquecontribuemparaummelhorcontraventamentodetodaa construoparaasaeshorizontais,comotambmtmummelhorcomportamentoem Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 23 relaosdeformaes,reduzindoassimosriscosdefissuraodasalvenariasquenelas apoiam. Acoberturaemplacasdefibrocimentocomaplicaodetelhaformandocaixa-de-ar sobrealajedeesteiradoltimopisoeondesealojamastubagensecondutasdo aquecimento e ventilao. Exteriormente,asfachadasdosedifciossorevestidasporrebocotradicional,que posteriormentefoipintado.Emredordasfachadastmumsocodepedracalcriada regio. 3.1.5. Edifcio F O edifcio F tem grande desenvolvimento em planta apresentando uma forma volumtrica quearticuladoisparaleleppedosemetadedeumcilindro,conformesepodeverna perspetiva da Figura 41. Figura 41 Perspetiva do edifcio F Este edifcio possui um corpo estrutural nico, sendo formado numa parte em dois pisos e noutra em piso nico com p-direito duplo (sala de exposies). Nas Figuras 42 e 43 observam-se as plantas do edifcio em forma de U, so compostas pelo piso do rs-do-cho e do andar, respetivamente. OedifcioFformadoporumaestruturadebetoarmado,constitudoporprticos orientadosemduasdireesortogonais.OsmateriaisutilizadosforambetotipoB30,o ao A400 e as armaduras em malha eletrosoldada A500. As fundaes so diretas compostas por sapatas e vigas de fundao. Nas zonas de dois pisos a laje fungiforme com espessura de 0,30m, nas zonas de um s piso a laje aligeirada de vigotas de beto pr-esforado e abobadilhas cermicas. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 24 Deacordocommemriadescritivaejustificativadoprojeto,asparedesexterioresso duplassendoqueopanoexterioremtijoloface--vistaeopanointerioremtijolo cermico. Figura 42 Planta do rs-do-cho do edifcio FFigura 43 Planta do 1 andar do edifcio F Devido falta de informao e pormenorizao da cobertura no possvel descrever a sua constituio. 3.1.6. Edifcios G, H, I, J e L OsedifciosG,H,I,JeLsosemelhantesentresi.Todosapresentamplantaretangular com comprimento muito superior largura. Figura 44 Perspetiva dos edifcios G, H, I, J e L Os edifcios laterais G e L diferem um pouco. Os edifcios G e H foram construdos por fases. A primeira fase refere-se de construo doslaboratrios.Maistardeocorreuasegundafasedeampliaoeconcluso.Nesta ltimafaseforamintegralmenteconstrudososedifciosI,JeLmantendoas caractersticasarquitetnicasdosedifciosjconstrudoserespeitandooalinhamentodo bloco G. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 25 Figura 45 Planta do rs-do-cho dos edifcios G, H, I, J e L Figura 46 Planta do 1 andar dos edifcios G, H, I, J e L Estesblocossoconstitudosporumpisotrreo,comdimenses73x19m2,destinadoa laboratriosesalasdeaulaeumpisoelevadoparagabinetesdedocentes,secretariase salas de reunies. Aestruturaembetoarmado,constitudaporprticos.Deacordocommapade quantidadesosmateriaisutilizadosforamobetoC25/30,aoA400NRemalha electrosoldada(A500)emsapatas,vigaselintis,lajesmaciasereforos,platibandase pilares. Asparedesperifricasemcontactodiretocomosoloforamimpermeabilizadascomuma emulso betuminosa do tipo Flintkote. Asparedesexterioressoconstitudasporalvenariadetijolocompanoduplo,sendoo panointerioremtijolofurado30x20x15cm3eopanoexterioremtijoloface--vistade 22x10,5x7cm3,comcaixa-de-arde0.09mondefoicolocadoisolamentotrmico constitudoporplacasdepoliestirenoextrudidocom0,03mdeespessura.Incluitambm Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 26 umacaleiradefundoedrenos.Todasasfachadasexterioresdosedifciossorevestidas com tijolo face--vista. AcoberturafoiexecutadaemchapadezincodotipoPromosol1001TS(com isolamento e chapa dupla) de cor cinza, assente em sarrafes de madeira de pinho, fixados betonilha de proteo(0.05m) do isolamento, constitudo por uma camada de forma em beto de argila expandida, um feltro do tipo Mofibe de 1.8 kg/m2 (barreira anti-vapor) e uma tela de polietileno. 3.1.7. Edifcio M e N Os edifcios M e N so idnticos em termos de caractersticas arquitetnicas. Possuem um nicopisoetmasdimensesde30,5x12,5m2.Foramosprimeirosedifciosaserem construdos. Exteriormente, as fachadas so em tijolo face--vista. Figura 47 Perspetiva dos edifcios M e N AsFiguras48e49ilustram-seasplantaseadisposiodosvrioscompartimentosdos edifcios. Figura 48 Planta do rs-do-cho do edifcio M Figura 49 Planta do rs-do-cho do edifcio N Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 27 Relativamenteaestesedifciostambmescassainformaotcnica,nosendopossvel descreveralgunspormenoresqueseriamimportantes,taiscomoconstituiodasparedes, pavimentos e coberturas. 3.1.8. Edifcio O OedifcioOdesenvolve-seemformadeL.Esteedifcioconstitudoporumapequena cave,umpisoaonveldors-do-choeumpisoelevado.Noseuexteriorexisteum pequeno jardim. Figura 50 Perspetiva do edifcio O Nas figuras seguintes ilustram-se as plantas do edifcio O. Figura 51 Planta da cave do edifcio O Figura 52 Planta do rs-do-cho do edifcio O Figura 53 Planta do 1 andar do edifcio O Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 28 No existe informao tcnica sobre este edifcio. Verifica-se que as paredes exteriores so revestidas com um sistema de isolamento trmico pelo exterior, ETICS. 3.1.9. Edifcio Q O edifcio Q apresenta forma retangular com dimenso em planta de 38,80x12,10 m2. Este edifcio constitudo por uma ampla cave, e dois pisos acima da cota de soleira. Figura 54 Perspetiva do edifcio Q As Figuras 55, 56 e 57 ilustram as plantas dos pisos deste edifcio. Figura 55 Planta da cave do edifcio Q Figura 56 Planta do rs-do-cho do edifcio Q Figura 57 Planta do 1 andar do edifcio Q O edifcio composto por uma estrutura formada por prticos de beto armado, orientados em duas direes ortogonais, formada por um conjunto de pilares, vigas, lajes macias (no tetodacaveers-do-cho),lajesaligeiradasdevigotaspr-esforadaseabobadilhas(no teto do 1 andar) e escadas macias de beto armado. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 29 Perifericamenteassapatasestoligadasporvigasdefundaoquedefinemo embasamento do edifcio tendo sido introduzidas vigas interiores de contraventamento. Deacordocomamemriadescritivaejustificativaecadernodeencargos,osmateriais utilizadosnaestruturadebetoarmado,pilares,vigas,lajesforamobetoB30eoao A400. Nas lajes aligeiradas, utilizou-se malha eletrossoldada A500. As alvenarias exteriores so de dois tipos: dupla com caixa-de-ar, com um pano de parede exteriordealvenariadetijolodefacevistacom22x10,5x7cm3eumpanointeriorde parede em tijolo furado com 30x20x15 cm3, ou dupla em tijolo furado de 30x20x11 cm3 e 30x20x15 cm3, rebocadas pela face exterior. Foramaplicadasplacasdeaglomeradonegrodecortiade5cmdeespessuranaface exteriordopanointerior,depoisdeexecutadoumrebocoderegularizao.Afacedo aglomerado negro foi protegida com duas demos de um produto betuminoso. A caixa-de-arapresentaorifciosdeventilaonazonainferior,materializadosatravsdejuntasno argamassadas dos tijolos face--vista. A estrutura da cobertura do edifcio em beto armado, revestida com tela asfltica sobre a qualassentamplacasdepoliestirenoextrudido.Sobreasplacasfoiexecutadauma betoninhaarmadacomrededefibradevidro.Napartesuperiorexistemsafarrosde madeiraqueservemparaoassentamentodechapasdefibrocimento,queforam impregnadas com asfalto, sobre as quais assentam as telhas cermicas tipo Lusa. 3.1.10. Edifcio da Cantina Oedifciodacantinatemplantaretangularpossuindodimenso25x30m2.Esteedifcio possui dois pisos acima da cota de soleira. Figura 58 Perspetiva do edifcio da Cantina Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 30 Figura 59 Planta do rs-do-cho do edifcio da Cantina Figura 60 Planta do 1 andar do edifcio da Cantina Deacordocomomapadetrabalhosverifica-sequeaestruturadoedifciodebeto armado. Todo o conjunto de elementos estruturais tipo lintis de fundao, sapatas, pilares, vigas, lajes macias e escada interior so de beto da classe C20/25, armado com ao A400 E. Asalvenariasexterioressoduplasconstitudasportijolosfuradosde30x20x11cm3 e 30x20x11cm3, caixa-de-ar preenchida com isolamento trmico de poliestireno extrudido do tipo wallmate, com 0,04m de espessura. Algumasfachadasdoedifcioforamrevestidascomumsistemadeisolamentotrmico pelo exterior, (ETCIS) e noutras foi aplicado um reboco projetado. Figura 61 Localizao de ETICS nas fachadas da Cantina A cobertura plana, sendo constituda por uma camada de forma, emulso betuminosa tipo ImperkoteF,umamembranadebetumepolmeroAPPde3kg/m2,comarmadurade fibra de vidro, uma membrana de betume polmero APP de 4 kg/m2, armada com armadura de polister, isolamento trmico tipo roofmate SL 40mm e um feltro geotxtil. Aplicao do sistema de isolamento trmicopeloexterioremalgumas paredes do Edifcio da Cantina Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 31 CAPTULOIVConsideraesGeraissobreosTiposde Revestimentos Exteriores dos Edifcios do IPT 4.1. Introduo Nopresentecaptulofaz-seaidentificaoeumacaraterizaogeralsobreostiposde revestimentos exteriores dos edifcios que compem o Campus do IPT. Como se referiu os projetos destes edifcios tiveram diferentes autores e os edifcios foram executadosemfasesdistintas.Comoconsequnciaexistemdiferentestiposde revestimentos exteriores. Ostiposderevestimentosexterioresquepredominamso:paredesexterioresemtijolo face--vista, paredes exteriores revestidas com sistema de isolamento trmico pelo exterior (ETICS),paredesexterioresrevestidascomrebocotradicionaleparedesexteriores revestidas com placas de pedra aplicadas por colagem. 4.2. Edifcios com paredes exteriores em alvenaria de tijolo face--vista Autilizaodetijoloface--vistaemPortugalestquasesempreassociadaaconstrues de qualidade superior e considerada uma mais valia em termos de durabilidade e aspeto, quando bem executado. [5] Este tipo de revestimento utilizado de forma diversa e com diferentes nveis de qualidade emedifciosdetodosostipos,desdeosedifciospblicosoudeserviosathabitao coletiva de mais baixo custo. Nestecasointeressareafirmaropapeldotijoloface--vistaemparedesdefachadacom desempenho superior, avaliado segundo as diferentes exigncias funcionais. Para satisfazer estas condies, a execuo destas paredes deve ser realizada por operrios especializados,deacordocomatecnologiamaisadequada,seguindoumprojeto devidamente detalhado. Nestecaso,oprojetoumapeafulcral.Devedeterminaroaspetofinaldaparede definindooseuaparelho,aespessura,oacabamentodasjuntas,adistribuiodacordo tijolo e os remates, entre outros aspetos. Tambm dever descrever as condies de apoio na estrutura, a drenagem da caixa-de-ar, os remates na caixilharia e nas caixas de estore e Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 32 as caractersticas do tijolo a empregar como porexemplo a resistncia ao gelo, baixo teor de sais solveis e reduzida expansividade. [5] 4.2.1.Aspetosconstrutivosimportantesaatendernaexecuodeparedesdetijolo face--vistaAntesdeseiniciaraexecuodeumaparededealvenariaemtijoloface--vista, necessrio realizar diversas verificaes preliminares, nomeadamente: - Verificar aspetos da estrutura como a geometria, o desempeno e os alinhamentos; - Verificar a necessidade de reparao pontual da estrutura e se decorreram pelo menos trs dias aps a eventual reparao; - Verificar a limpeza e nivelamento dos pavimentos; -Verificarseestoimplementadasasmedidasdeseguranacoletivasnecessrias execuo das alvenarias; - Verificar se foram executadas todas as tarefas antecedentes, previstas no plano da obra. Aestastarefaspreliminaressucedeaexecuodaalvenariapropriamentedita,que compreende trs etapas principais: - Marcao e execuo da 1 fiada; - Elevao da parede; - Fecho da parede. Estas tarefas devem ser intercaladas com diversos procedimentos de verificao e controlo.Paraocasodeparamentoscomgrandedesenvolvimento,emcomprimentoe/oualtura, deve-seoptarpelaaplicaodecantoneirasdeapoiometlicas,fixassuperestrutura Figura 62. Figura 62 Exemplo de um sistema de apoio da alvenaria [5] Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 33 Oparamentodetijolonuncadeveficaremcontatocomoterreno,especialmentejuntoa zonas ajardinadas porque os tijolos sendo porosos, absorvem facilmente gua por contacto. Antesdeseremassentes,ostijolos,devemsermolhados,poisseestiveremsecos, absorvempartedaguadaamassaduradaargamassaque,emvezdeadquiriradureza necessria se torna desagregvel. [5] As paredes, sobretudo as exteriores, esto sujeitas a vrias aes, nomeadamente retrao porcuradaargamassa,avariaesprovocadaspelahumidade,adeformaesdevidasa variaotrmicaeaassentamentosdeapoio,quelhesprovocamdeformaoevariaes dimensionais. Assim necessrio prever determinadas juntas que tm diferentes funes: -Juntasderetrao-cortamapenasaparede,tmmenoresafastamentosentresie localizam-secorrentementenasmudanasdeespessura,numou nosdoisladosdeumaaberturaousocoincidentescomas variaesemplantadoedifcio.Asuaespessuranormalmente igual ou superior a 1 cm, podendo ser direita ou dentada. -Juntasdedilatao-sonecessriasparaedifcioscommaiordesenvolvimentoe atravessamtodooedifcio.Podemseraconselhadasquandoh variaesdesecoemplantaouemaltura.Asuaespessura normalmente superior a 1,5 cm. -Juntasdeassentamento-sorealizadasapartirdaargamassadeassentamentodos tijolos.Devemficartotalmentepreenchidascomargamassa duranteaaplicaodasfiadaseserodeixadasfacedotijolo, isto , do paramento. A sua espessura final cerca de 1 cm (figura 64). [6] Figura 63 Assentamento dos tijolos [5] Figura 64 Dimenso das juntas [5] Figura 65 Junta em parede de tijolo face--vista [5] Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 34 Nostijolosface--vista,aregularidadedasjuntasobtm-semedianteaplicaodeum laminadometlico(oudeumsarrafodemadeiraoudeumcordo)desecoigualda junta, que introduzido na junta (ver Figura 65). [6] Por vezes, para evitar arqueamentos devidos expanso trmica ou higromtrica, as juntas horizontaispodemserarmadasemformadetreliaplanaemaramedeaozincadode cinco em cinco fiadas, deste modo evita-se tambm a ocorrncia de fissurao. [7] Figura 66 Arqueamento [6]Figura 67 Juntas horizontais armadas [6] 4.2.2. Edifcios do IPT com paredes em Tijolo Face--Vista Dos edifcios que compem o Campus do IPT, os edifcios dos Blocos A, B, F, G, H, I, J, L, M, N e parte do edifcio Q apresentam as paredes exteriores em alvenaria de tijolo face--vista. As figuras seguintes ilustram esses edifcios. Figura 68 Fachadas do bloco AFigura 69 Fachadas do bloco B Figura 70 Fachadas do bloco FFigura 71 Fachadas do bloco G Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 35 Figura 72 Fachada do bloco LFigura 73 Fachada do bloco Q De um modo geral as paredes que constituem estes edifcios so constitudas por um pano interior de tijolo furado e um pano exterior em tijolo face--vista. A Figura 74 esquematiza a constituio dessas paredes. Figura 74 Esquema da constituio das paredes em tijolo face--vista 4.3.EdifcioscomParedesExterioresRevestidascomumSistemade Isolamento Trmico pelo Exterior - ETICS Osistemadeisolamentotrmicopeloexterior,designadoporETICS(ExternalThermal InsulationCompositeSystem),umsistemacompostoqueseaplicapeloexteriordos edifcios e que cumpre duas funes essenciais:-Proteger o edifcio contra ao dos agentes climticos e atmosfricos,garantindo ainda um agradvel aspeto esttico; - Proporcionar conforto trmico internoao edifcio, eliminando ageneralidade das pontes trmicas. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 36 Estessistemasaplicam-setantoemobranovacomonareabilitaodefachadasde edifciosexistentes,permitindonosmelhoraroseudesempenhotrmico,demodoa cumprirosrequisitosdefinidospeloRCCTE,comotambmarecuperaodascondies estticas.Possibilitaaindaqueostrabalhossedesenrolemtotalmentenoexteriorsem interfernciacomautilizaodosespaosinteriores,permitindoaocupaodosimveis durante as obras. [8] DeentreosvriossistemasETICSexistentes,osistemaisolamentotrmicopeloexterior complacasdepoliestirenoexpandido,revestidocomargamassassintticas,otipode sistema que mais se aplica em Portugal.Estetipoderevestimentodefachadastemvindoaimplantar-seemPortugal,deforma gradual,sobretudonasltimasduasdcadas,eapresentanveisdecrescimento significativos.AaplicaodeumETICSexigeumaabordagemespecficaedetalhada, uma vez que no se trata de um revestimento tradicional. Algumasvantagensdosistemadeisolamentotrmicopeloexteriorso:areduodas pontestrmicas;adiminuiodoriscodecondensaes;aeconomiadeenergiadevido reduodasnecessidadesdeaquecimentoedearrefecimentodoambienteinterior;a diminuiodaespessuradasparedesexteriores,aumentandoareahabitvel;amelhoria daimpermeabilizaodasparedes;apossibilidadedealteraodoaspetodasfachadase colocaoemobrasemperturbarosocupantesdosedifcios,oquetornaestatcnicade isolamentoparticularmenteadequadanareabilitaodefachadasdegradadas;epossui grande variedade de solues de acabamento. [9] 4.3.1. Componentes de um ETICS De um modo geral um sistema de isolamento trmico pelo exterior das fachadas integra os seguintes componentes: Produto de Colagem oprodutoutilizadoparaapreparaodacolaquesedestinaafixar,poraderncia,o isolamentotrmicoaosuporte.Trata-se,geralmente,deumprodutopr-preparadoque podeserfornecido:emp,aoqualseadicionaapenasgua,empparamisturacomum determinado ligante (resina), em pasta (copolmero em disperso), qual se adiciona 30% em peso de cimento Portland. [10] Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 37 Isolamento Trmico OstiposdeisolamentotrmicomaisutilizadossooEPS(poliestirenoexpandido moldado),oXPS(poliestirenoexpandidoextrudido),oICB(placasdeaglomeradode cortia expandida) e a espuma de vidro celular. Nestessistemasoisolamentotrmicoutilizadosobaformadeplacas.Asplacasde isolamento trmico possuem espessura varivel de acordo com a resistncia trmica que se pretende obter. Normalmente a espessura das placas varia entre 40 e 100 mm. Em Portugal as espessuras mais comuns so da ordem de 40 mm a 60 mm. Camada de base Estacamadaexecutadacomumprodutoquesedestinapreparaodaargamassade reboco a aplicar diretamente sobre o isolamento trmico e a armadura. De um modo geral, o produto utilizado idntico ao produto de colagem. [10] Armaduras ParareforodoETICSsoutilizadasarmadurasemtodasassuperfciesarevestir.A armadura utilizada a fibra de vidro em redes tecidas ou termo-coladas, com tratamento de proteo anti-alcalino contra a agressividade dos cimentos. [10] Asredesnuncadevemseraplicadasdiretamentesobreosuporte.Devemseraplicadas entre camadas e totalmente recobertas. Existem dois tipos de armaduras: -asnormaisquetmcomofunomelhorararesistnciamecnicadorebocoe assegurar a sua continuidade; -asreforadasquesoutilizadascomocomplementodasarmadurasnormais,para melhorar a resistncia aos choques do revestimento. [11] Asredesfibradevidronormaistmumaaberturadamalhade5x5mm2,agramagem desta rede de 160 g/m2. As redes reforadas tm abertura da malha igual s normais e a gramagem utilizada de 525 g/m2. [12] Camada de Primrio Afunodestacamadaregularaabsoroemelhoraraadernciadacamadade acabamento. Alguns sistemas no incluem esta camada. Oprimrioconsistenumapinturaopacabasederesinasemsoluoaquosa,que aplicadasobreacamadadebase.necessrioqueoprodutosejacompatvelcoma alcalinidade da camada de base. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 38 Revestimento Final Como revestimento final normalmente utilizado um revestimento plstico espesso (RPE). Noentanto,podemserutilizadosoutrosrevestimentosdesdequeconvenientemente testadoseespecificadosnodocumentodehomologaodosistema.Acamadade acabamento contribui para a proteo do sistema contra os agentes climatricos e assegura o aspeto decorativo. [10] OETICSumsistemanotradicionalpeloqueestsujeitoaprocedimentosde homologaoousETA(EuropeanTechnicalApproval)daEOTA(European Organisation for Technical Approvals). [8] A Figura 75 exemplifica a constituio de um sistema Etics. Figura 75 Sistema de ETICS [12] 4.3.2. Aplicao do sistema ETICS OsistemaETICS,aplicadoemparedesexterioresdeedifciosnovosouexistentes (reabilitao),cujossuportespodemserconstitudosporparedesdealvenaria(pedra, tijolos,blocosdebetodeinertescorrentesoublocosdebetoleve),paredesdepainis pr-fabricados ou paredes de beto moldado in situ de inertes correntes ou leves. ExisteumgrandenmerodeoperaesenvolvidasnaaplicaodosETICSelistas extensascomasequnciacorretadasoperaes,nasrecomendaestcnicasdos fabricanteseembibliografiadaespecialidade,existemofertascomsugestesdedetalhes construtivos de projeto para solucionar de forma coerente e eficaz os pontos singulares da construo. Legenda: 1 Suporte (alvenaria de tijolo furado) 2 Produto de colagem das placas isolantes3 Isolante trmico 4 Camada de base 5 Armadura (rede de fibra de vidro) 6 Camada de base 7 Camada de primrio 8 Revestimento final Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 39 Deumaformamuitogeneralizadaestetipodesistemapodeenglobarumasriede operaes, designadamente: - Montagem dos andaimes e protees individuais; - Remoo de todos os elementos existentes na fachada que tenham de ser substitudos ou cuja posio deva ser alterada (no caso de interveno de reabilitao); - Preparao dos suportes que inclui a limpeza e a regularizao superficial de modo a permitir a fixao mecnica dos perfis de arranque ao suporte e a perfeita colagem do isolamento; - Montagem dos perfis de arranque do sistema no limite inferior da zona a revestir; Osperfisdearranquedevemteraespessuraadaptadasplacasdeisolamentotrmicoa utilizar. Os perfis so colocados horizontalmente no limite inferior da zona a revestir a 15 cm do solo. Figura 76 Perfil de arranque onde apoia a primeira fiada de placas de isolamento [13] [14] Parafixaodosperfisdearranquesoutilizadosparafusosadequadosaosuporte,que devero distar um dos outros menos de 30 cm. Dever existir uma fixao a menos a 5 cm das extremidades. Figura 77 Distncia entre parafusos no perfil de arranque [14] - Preparao do produto de colagem; - Aplicao do cimento cola no isolamento trmico; - Colocao do isolamento trmico; Legenda: 1 Produto de colagem 2 Camada de base3 Revestimento final 4 Fixao mecnica 5 Perfil de arranque 6 Rede fibra de vidro 7- Isolamento trmico 7 Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 40 As placas de isolamento so colocadas topo a topo, em fiadas horizontais a partir da base da parede, sendo o nvel de referncia definido pelo perfil de arranque. So dispostas com juntasdesencontradas,queremzonacorrente,quernoscunhais.Asplacasdevemser colocadas imediatamente aps a aplicao da cola. Figura 78 Exemplo de aplicao das placas de isolamento junto a um vo [14] - Fixao por colagem e/ou mecnica do isolamento trmico; H diferentes processos para a fixao das placas de isolamento trmico: por colagem, por fixao mecnica e por ambos (colagem e fixao mecnica). A Figura 79 exemplifica os modos de aplicao do produto de colagem. Colagem contnuaColagem por pontosColagem por bandas Figura 79 Exemplos de colagem das placas de isolamento trmico [13] A Figura 80 exemplifica o processo de fixao mecnico. Figura 80 Fixao mecnica [13]Figura 81 Buchas de fixao [14] Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 41 Nafixaoporcolagem,apesardaestabilidadedasplacasdeisolamentoestartotalmente asseguradapelacolagem,pode-seutilizarfixaesmecnicascomplementares.As fixaesmecnicasdestinam-se,afixarprovisoriamenteasplacasdeisolamentoat secagem da cola ou, em caso de descolagem do sistema, a evitar a sua queda. [15] - Lixagem de todo o isolamento trmico para regularizao; - Reforo dos pontos singulares com acessrios; OsistemaETICSparaalmdosperfisdearranqueanteriormentereferidoinclui componentes para reforo de pontos singulares, para a ligao com elementos construtivos a fim de assegurar a continuidade do sistema, tais como: Cantoneiras de reforo nas arestas Estascantoneirassocolocadasemtodasasarestasdosistemaparaumamaiorproteo mecnica de pontos singulares. So aplicadas por baixo da armadura e coladas diretamente sobre o isolamento com argamassa idntica da camada de base. Figura 82 Exemplo de colocao de uma cantoneira num cunhal [13] Reforo dos vos Antesdarealizaodobarramento,necessrioreforaroscantosdosvoseazonadas juntasentreperfismetlicos,comfaixasdearmaduradefibradevidrocoladassobreas placas de isolamento. As figuras seguintes ilustram casos de reforo de vos. Figura 83 Reforo dos cantos junto aos vos [13] Figura 84 Perfil na zona da padieira [13] Figura 85 Reforo da armadura no contorno dos vos da fachada [14]Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 42 No Anexo I apresentam-se mais exemplos de pormenorizao construtiva para a conceo e realizao de pontos singulares. - Aplicao da camada de base armada; Sobreoisolamentoaplicadaumacamadadebase,normalmenteconstitudaporuma argamassadecimentomodificadacomresinassintticas,incorporandoarmaduraspara melhoria da resistncia fendilhao e reforo da resistncia aos choques. Aaplicaodaprimeirademodacamadadebasedeveserrealizadacomrecursoauma talocha metlica, recobrindo as cantoneiras de proteo. A camada de base consiste num reboco com alguns milmetros de espessura, realizado em vriaspassagenssobreoisolamento,deformaapermitirocompletorecobrimentoda armadura.Estacamadadeverterboascaractersticasdeadernciaaoisolamentoeasua espessura deve ser a necessria paraembeber totalmente a armadura, quer seja normal ou reforada. - Aplicao de rede de fibra de vidro; Sobre a camada de base ainda fresca, estica-se a rede fibra de vidro e alisa-se a argamassa comumatalochalisa(Figura86),incorporandoaredenasuperfciedamesma.A sobreposio lateral entre tiras de 1 m da rede de fibra de vidro deve ser de pelo menos de 10 cm; [16] Figura 86 Embebimento da armadura na camada de base [13] Apssecagemdaprimeirademodacamadadebaseaplica-seumanovademo, recobrindoporcompletoaarmadura.Eventualmentepode-seaplicarumprimriosobrea camada de base, por forma a melhorar a aderncia da camada de acabamento. - Aplicao da camada de acabamento final do revestimento. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 43 4.3.3.EdifciosdoIPTcomParedesExterioresRevestidascomSistemasde Isolamento Trmico pelo Exterior AsfachadasdoedifcioO(Figura87)ealgumasdasparedesdoedifciodaCantina (Figura 88) tm aplicado um sistema de isolamento trmico pelo exterior. NestesedifciosoETICSfoiaplicadosobreparedesdealvenariaeparedesdebeto armado. Figura 87 Sistema ETICS aplicado no bloco O Figura 88 Sistema ETICS aplicado na Cantina 4.4.Edifcioscomparedesexterioresrevestidascomrebocodeligantes hidrulicos Estetipoderevestimentousualmenteaplicadonoacabamentodasparedesoutetos.O reboco confere a proteo externa s paredes, sejam elas de tijolo cermico ou de blocos de cimento. Orebocotradicionalpreparadonolocaldaobraeaplicadoemvriascamadas. composto por trs camadas: salpisco, camada de base e camada de acabamento. A Figura 89 ilustra a composio deste tipo de revestimento. Levantamento de Anomalias dos Revestimentos Exteriores dos Edifcios do Campus do IPT 44 Figura 89 Camadas do reboco tradicional Orebocopr-doseadoumaargamassaseca,formuladaapartirdeliganteshidrulicos, agregados siliciosos e adjuvantes. Trata-se de uma argamassa de construo industrial em queodoseamentoeamisturadasreferidasmatrias-primassorealizadosdeforma perfeitamente controlada na fbrica. Estaargamassaexpedidaparaaobra,emsacoouagranelparaalimentaodesilo, dependendo do volume do consumo e espao disponvel, pronta a ser misturada com gua. Este tipo de argamassa pode ser aplicado manualmente ou por projeo. Os rebocos s devem ser executados depois da colocao de peitoris e caixa de estores de portas e janelas. Sohabitualmenterealizadoscomargamassasdeliganteshidrulicosquepodemser fabricadascomcimento,calhidrulicaoucalarea,ousimultaneamentecimentoecal (argamassa bastarda). Osrebocosdevemconferir:-proteonosentidodemelhoraraimpermeabilidadeda parede contra a ao de agentes agressivos, evitando a degradao precoce das mesmas; - aumentaradurabilidadedasparedesereduziroscustosdemanutenodosedifcios;- melhorar a resistncia mecnica; - aderir bem ao suporte; - conferir planura superfcie da parede; e - proporcionar suporte para pintura ou revestimentos como azulejos.4.4.1. Aplicao do Reboco Tradicional Aaplicaoderebocosdeve