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ANOTAÇÃO DEFESA DA CONSTITUIÇÃO PROFESSOR: EDGARD LEITE MI só passa com MS Cronograma das avaliações - P1 – 24/09 e P2 –19 /11(conteúdo cumulativo) TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 1. Conceito de constituição: é aquilo que constitui a República Federativa do Brasil. Nos trás a organização do Estado e a norma suprema do País. Na república federativa somos livres pra fazermos tudo que quisermos? Sim, o rei (o legislativo) tem poder pra tudo, mas o povo depende dos seus representantes para manifestarem sua vontade. Não havendo lei sobre o assunto somos livres, havendo lei temos que seguir o que ela autoriza ou determina. O Estado só pode fazer o que a lei determinar ou autorizar que ele faça. Saindo do conceito jurídico que temos a constituição é o Estado, aquilo que constitui a República. 2. Hierarquia da constituição: Um princípio importante é o da supremacia da constituição, pois nenhuma lei pode violar a constituição e de ela violar deverá ser declarada inconstitucional. Presunção relativa de constitucionalidade é outro princípio para entendermos a matéria desse semestre, o controle preventivo de constitucionalidade serve para que normas não entrem de forma inconstitucional. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: Art. 37 trás os princípios da administração pública.

Anotação Defesa Da Constituição

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Antações sobre direito constitucional

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Page 1: Anotação Defesa Da Constituição

ANOTAÇÃO DEFESA DA CONSTITUIÇÃOPROFESSOR: EDGARD LEITE

MI só passa com MSCronograma das avaliações - P1 – 24/09 e P2 –19 /11(conteúdo cumulativo)

TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

1. Conceito de constituição: é aquilo que constitui a República Federativa do Brasil. Nos trás a organização do Estado e a norma suprema do País.

Na república federativa somos livres pra fazermos tudo que quisermos? Sim, o rei (o legislativo) tem poder pra tudo, mas o povo depende dos seus representantes para manifestarem sua vontade. Não havendo lei sobre o assunto somos livres, havendo lei temos que seguir o que ela autoriza ou determina. O Estado só pode fazer o que a lei determinar ou autorizar que ele faça.

Saindo do conceito jurídico que temos a constituição é o Estado, aquilo que constitui a República.

2. Hierarquia da constituição:Um princípio importante é o da supremacia da constituição, pois

nenhuma lei pode violar a constituição e de ela violar deverá ser declarada inconstitucional.

Presunção relativa de constitucionalidade é outro princípio para entendermos a matéria desse semestre, o controle preventivo de constitucionalidade serve para que normas não entrem de forma inconstitucional.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

Art. 37 trás os princípios da administração pública.Legalidade no art. 37 significa que o Estado só pode fazer o que a lei

determina que ele faça, enquanto em uma monarquia o poder estava com o rei, aqui o poder estar com o povo, apesar de não saberem o poder que possuem.

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

Federação: art. 18, os entes da federação não se subordinam um em face dos outras, há um respeito de todos que é o que determina a constituição. Quem possui a soberania é a República Federativa do Brasil.

Quem materializa a soberania é a União, porem ela não detém a soberania.

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Qual a diferença da autonomia e da soberania? Soberania é igual para todos os Estados, e visualizo a soberania do Brasil pela constituição.

3. Constituição material: a constituição material é momento em que você esta pensando a constituição ela não esta positivada.

4. Constituição formal: a constituição formal e quando ela já escrita e positivada.

5. Norma materialmente constitucional: também são formalmente formais, mas nem toda norma formal vai ser materialmente constitucional.

6. Norma formalmente constitucional7. Poder constituinte8. Dimensão/Geração dos direitos9. Normas constitucionais10.Regras/Princípios11.Eficácia e aplicabilidade12.Normas constitucionais13.Direitos fundamentais14.Organização do Estado15.Organização dos Poderes16.Ações constitucionais17.Defesa do Estado e das Instituições democráticas

Poder Constituinte:

Tipos: Originário:

o Histórico – a primeira manifestação do poder constituinte- CF 1824o Revolucionário- substituição da constituição anterior/ todas as

próximas constituições depois da primeira- CF 1988

Derivado:o Reformador:

de reforma (Art. 60) de revisão (Art. 3º, ADCT)- é o único caso em que a sessão é

unicameral (deputados aprovam mudança na CF em uma única sessão e sem um único voto do senado).

o Decorrente: (Art 25 caput + Art 11, ADCT)

Difuso/mutação constitucional: alterar a interpretação do dispositivo/texto sem alterar o texto escrito. Ex.: constituições sintéticas- a que tem só princípios é fácil de ocorrer mutação constitucional

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-A CF do Brasil é analítica, pois tem regras. Ela é mais difícil de ser mudada pela mutação constitucional. Mas ex.: STF declarou a união estável homoafetivacomo entidade familiar.Ex.: mandado de injunção- Art. 5º, inciso 71, CF- o texto continua o mesmo, mas o STF alterou a interpretação desse dispositivo constitucional.--> não havia obrigatoriedade de o Congresso legislar para regular a Constituição (Corrente não concretista), então alterou-se os membros da casa e assim, alterou-se o entendimento do STF. Passou a vigorar a corrente concretista- o próprio STF passou a declarar o direito que poderia ser exercido e não estava na CF, antes só podendo ser declarado pelo judiciário. Ex.: direito de greve- não tinha lei- assim não poderia fazer greve- mas STF declarou que servidor público pode fazer greve utilizando-se da lei de greve do celetista/particular.

Supranacional- é o poder constituinte que transcende o poder do Estado. CF para blocos de países que transcende o nacional e Const. Global no futuro para todos os países.

Características do poder originário: Limitado juridicamente- para não ter retrocesso judicial. Ex. uma CF

originária que proíba a pena de morte –> naprox. CF não pode ter pena de morte, senão é um retrocesso.

Autônomo- não tem forma preestabelecida. Permanente- pode ocorrer a qualquer momento. Fica latente esperando o

momento de ser exercido. Precisa ser legitimado pelo povo. Ex.- se houver golpe militar e o povo

aceitar (como não fazer nada; se esconder em casa)- houve poder constituinte originário. Mas, se o povo não aceitar não é poder constituinte originário e, o ordenamento anterior que prevalece (na CF do Brasil inciso CLIV- é crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático)

Características do Poder derivado: Limitado juridicamente pela CF É limitado pela Constituição Poder derivado decorrente- Estado federados, DF(doutrina

determinou) o possui.

Poder Reformador:

Processo legislativo de emenda à CF:Art. 60:

= Promulgação/publicação

IniciativaProjeto de Lei

Casa 1 Casa 2

Arquivo

Page 4: Anotação Defesa Da Constituição

Processo de Lei complementar:

Sanção: Prom/Publ --Presidente da República: ou Veto

Conclusão dos esquemas:Princípio da supremacia da CF- é mais difícil mudar a CF, pois necessita votos para ser mudada a CF. Lei complementar é mais fácil de ser feita e, assim, a fazem, mas se a lei for contrário à CF a lei tem que ser declarada inconstitucional.

Poder Reformador de revisão:

É o único caso emque a sessão é unicameral (deputados aprovam mudança na CF em uma única sessão e sem um único voto do senado).

Teorias do Poder Constituinte:Nação=sentimento histórico, linguístico e político que une as pessoas.Ciganos= sem território mas há nação

Limites do Poder Constituinte derivado de reformador de reforma: Art. 60: Formal (procedimento): Art. 60, caput, inciso I, II e III, §2º, §3º e §5º Circunstancial (circunstancia): §1º Material (conteúdo): cláusulas pétreas=§4º

*Não existe limite temporal na reforma da CF, apenas na revisão da CF.

Projeto de emenda a constituição: art. 60Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados (171) ou do Senado Federal (27);II - do Presidente da República;III - de mais da metade das Assembléias Legislativas (incluindo a CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL) das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Maioria Relativa de 100Primeira exigência: presença de 51, dos presentes é necessário a maioria dos votos validos.Abstenções: o individuo está presente só que não vota. Então se eu tenho presente 51 de 100 e tenho 11 abstenções, tenho 40 votos validos, e dos votos validos é necessário a maioria para a aprovação, ou seja, 21 votos. Não se fala que é a metade mais um, e sim é sempre o numero maior e inteiro após que for dividido por dois.

OBS. É mais fácil uma aprovação por maioria relativa!!Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

Casa iniciadora

Casa revisora

IniciativaProjeto de Lei

Arquivo

Page 5: Anotação Defesa Da Constituição

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.§ 2º A proposta (de emenda constitucional) será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º A emenda à Constituição será promulgada (promulgar é dar a todos o conhecimento da lei, que atualmente ocorre juntamente com a publicação, mas não se confundem) pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (NÃO É PELA MESA DO CONGRESSO), com o respectivo número de ordem. Uma vez aprovada em ambas às casas, quem pública são as próprias casas (as mesas do congresso). As mesas do senado e da câmara promulgam (AS DUAS).

Mesas do LEGISLATIVO FEDERAL – CAI NA PROVAMESA DA CÂMARA DOS

DEPUTADOSMESA DO CONGRESSO

NACIONALMESA DO SENADO

FEDERALPRESIDENTE CD PRESIDENTE SF PRESIDENTE SF

1º VICE-PRESIDENTE CD 1º VICE-PRESIDENTE CD 1º VICE-PRESIDENTE SF2º VICE-PRESIDENTE CD 2º VICE-PRESIDENTE SF 2º VICE-PRESIDENTE SF

1º SECRETÁRIO CD 1º SECRETÁRIO CD 1º SECRETÁRIO SF2º SECRETÁRIO CD 2º SECRETÁRIO SF 2º SECRETÁRIO SF3º SECRETÁRIO CD 3º SECRETÁRIO CD 3º SECRETÁRIO SF4º SECRETÁRIO CD 4º SECRETÁRIO SF 4º SECRETÁRIO SF

1º SUPLENTE CD 1º SUPLENTE CD 1º SUPLENTE SF2º SUPLENTE CD 2º SUPLENTE SF 2º SUPLENTE SF3º SUPLENTE CD 3º SUPLENTE CD 3º SUPLENTE SF4º SUPLENTE CD 4º SUPLENTE SF 4º SUPLENTE SF

ART. 57 - 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: (Clausulas pétreas/ LIMITES MATERIAS)I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico;III - a separação dos Poderes;

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IV - os direitos e garantias individuais.

(ADCT) Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (REPÚBLICA ou MONARQUIA CONSTITUCIONAL) e o SISTEMA DE GOVERNO (PARLAMENTARISMO ou presidencialismo) que devem vigorar no País. (Vide emenda Constitucional nº 2, de 1992)

TÍTULO IIDos Direitos e Garantias Fundamentais

TÍTULO VIII – DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

CAPÍTULO VII - Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso

Art. 5º Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAISCAPÍTULO III - DA NACIONALIDADECAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOSCAPÍTULO V -DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Questão exemplo - ( F ) NÃO será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir os direitos e garantias fundamentais. (questão texto da constituição).Questão exemplo - ( F ) NÃO será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma republicana de governo.

PROJETO DE EMENDA CONSTITUCIONAL

PROJETO DE LEI ORDINÁRIA OU LEI COMPLEMENTAR

(Art. 60) § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Observar: se aparece proposta de emenda aplica-se o art. 60, e se aparecer projeto de lei aplica-se o art. 67.

PERGUNTAS:1. SEGUNDO ABADE JOSEPH EMMANUEL SIEYÉS, quem é o titular do

poder constituinte? NAÇÃO2. QUEM É O TITULAR DO PODER CONSTITUINTE? POVO3. Se estivermos diante de uma constituição outorgada quem é o titular do

poder constituinte? O POVO 4. Quais as características do poder constituinte originário? INICIAL,

INCONDICIONADO, AUTÔNOMO, SOBERADO, ILIMITADO, (JURIDICAMENTE), PERMANENTE E LEGITIMADO.

5. Quais são as características do poder constituinte derivado? SECUNDÁRIO, CONDICIONADO, LIMITADO JURIDICAMENTE.

6. Segundo a doutrina uníssona (unânime) o poder constituinte derivado é realmente um poder constituinte? NÃO, ANDRE RAMOS TAVARES

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entende que o poder constituinte originário não é um poder constituinte, para ele é uma competência constitucional.

7. Quais são os tipos de limites do poder derivado de reforma? Limite formal, material e circunstancial. Não temos limites temporais.

8. Há limite temporal para o exercício do poder constituinte do poder constituinte derivado de forma? NÃO. a partir do momento em que a CF de 88 foi promulgada, já era possível o exercício do poder constituinte derivado de reforma.

9. Quais são os tipos de limites de poder constituinte derivado de revisão? Temporal, material, forma e circunstancial.

Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.

10.Quem possui poder constituinte derivado decorrente? É o poder constituinte que serve para criar as constituições dos estados membros. Encontramos no art. 25.

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por LEI ORGÂNICA, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS reservadas aos ESTADOS e MUNICÍPIOS.

Art. 29. O Município reger-se-á por LEI ORGÂNICA, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

(ADCT) Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.

Observações:1. Os Estados Federados possuem Poder Constituinte Derivado Decorrente.2. Os Municípios não possuem Poder Constituinte Derivado Decorrente.3. O Distrito Federal, atualmente vem sendo reconhecido pela Doutrina como titular do Poder Constituinte Derivado Decorrente.11.Há limite temporal para alteração da constituição? Não, somente para a

revisão da constituição.

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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

12.Alguma constituição do Brasil estabelecia limite temporal? A 1º constituição do Brasil de 1824 (IMPÉRIO)

13.Qual foi a primeira constituição da república brasileira? A constituição de 1981 (REPÚBLICA)

(ART. 1º) Parágrafo único. Todo o poder emana do povo (forma de governo = República), que o exerce por meio de representantes eleitos (Regime de governo = democracia indireta) ou diretamente (Regime de governo = democracia direta = INSTRUMENTOS DA DEMOCRACIA DIRETA: (Art. 14 = Plebliscito, Referendo, Iniciativa Popular de Lei Ordinária e de Lei Complementar nos termos do caput do art. 61), nos termos desta Constituição.

Projeto de lei complementar: art. 61, 63 – 67+69Projeto de lei ordinária: art. 61, 63 – 67+47

NORMAS CONSTITUCIONAISDentro da constituição temos a diferença de regras e princípios. A nossa

constituição é analítica, porque ela não é baseada apenas em princípios. A constituição dos EUA é sintética, por ser mais baseada em princípios.

Se eu tenho princípios eles podem ser alterados ao longo do tempo em sua interpretação? SIM, diferente das regras. As regras nos trazem uma obrigação, uma proibição ou ate mesmo permissão (aplicam-se os três para o Estado, mas para o povo não se aplica a permissão, pois já temos). Os princípios podem determinar a criação, a interpretação e a aplicação (especialmente das regras), ou seja, os princípios são multifuncionais, e as regras são unifuncionais.

Art. 1º, III, o que venha ser o principio da dignidade humana? Não dá pra falar ao certo, porque depende de um lapso temporal, agora quando é violada a dignidade da pessoa humana temos uma percepção clara.

O que é subsunção? É a aplicação do fato praticado na norma, e ai se tem a sanção. Há subsunção nas regras, mas não existe nos princípios, uma vez que eles devem ser interpretados.

Art. 3º, I para aplicar em normas aparentes constitucionais. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

Há conflito entre o art. 77 “caput” e seu §3º? Há conflito, qual prevalece? Caput, porque a norma mais nova revoga a norma mais antiga.Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de

(art. 77)§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois

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outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. (1988)

Atualmente tudo é principio, isso é um problema, mas Robert volta e fala que as regras também devem ser respeitadas.

REGRAS PRINCÍPIOS

Plurifuncionais Criação Interpretação Aplicação

São Unifuncionais Obrigação Proibição Autorização: se eu tenho previamente uma

proibição e ela é autorizada, tenho uma autorização. O administrador público sempre precisará de autorização, mais delas encontramos na CF.

A obrigação e a proibição determinam uma obrigação para o detentor do poder (art. 5º, II), e todas elas determinam uma obrigação para o administrador público (art. 37, caput).Todas elas pautadas no principio da legalidade

Possuem um valor superior, são axiológicos. Admitem subsunção Principio da supremacia da constituição Principio da máxima efetividade da

constituição Principio da unidade da constituição

OBS. Não há norma constitucional, inconstitucional, criado pelo poder constituinte originário.OBS. Não há conflito real de normas constitucionais, sendo o conflito sempre aparente solucionado pela aplicação do art. 2º da lei de introdução do direito brasileiro ou pela ponderação de valores.

NORMAS CONSTITUCIONAIS

Page 10: Anotação Defesa Da Constituição

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DIRETOS DIRETAMENTE DA CONSTITUIÇÃO, O DIREITO JÁ PODE SER EXERCIDO, SEM A NECESSIDADE DE ATUAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL POR MEIO DE LEI.

INDIRETOS HÁ A NECESSIDADE DE ATUAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MEIO DE LEI, PARA QUE O DIREITO CONSTANTE DA CONSTITUIÇÃO SEJA EXERCIDO. (NORMA INFRACONSTITUCIONAL É INDISPENSÁVEL)

IMEDIATOS NO MOMENTO EM QUE A CONSTITUIÇÃO FOI PROMULGADA (PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO), OU NO MOMENTO EM QUE AS NORMAS FORAM INSERIDAS NA CONSTITUIÇÃO, OS DIREITOS JÁ PODERIAM SER EXERCIDOS, SEM A NECESSIDADE DE ATUAÇÃO FUTURA DO CONGRESSO NACIONAL POR MEIO DE LEI.

MEDIATOS EXIGE-SE A ATUAÇÃO FUTURA DO CONGRESSO NACIONAL, POR MEIO DE LEI, PARA QUE O DIREITO POSSA SER EXERCIDO. NO MOMENTO EM QUE A CONSTITUIÇÃO FOI CRIADA OU EMENDADA, O DIREITO EXISTE MAS NÃO PODE SER EXERCIDO POR EXIGIR REGULAMENTAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.

(Art. 5º) III - NINGUÉM SERÁ SUBMETIDO A TORTURA NEM A TRATAMENTO DESUMANO OU DEGRADANTE;

EFEITOS NEGATIVOS EFEITOS POSITIVOSDIRETOS e IMEDIATOS DIRETOS e IMEDIATOS

- Se antes de 1970 autorizasse a tortura no Brasil, essa lei seria compatível ou incompatível com a CF/88? Se incompatível, qual seria o tipo de incompatibilidade? Resposta: Seria incompatível materialmente com a Constituição de 1988.OBS. Retirada do ordenamento. Os efeitos das normas constitucionais são relacionados às normas infraconstitucionais que pode ser antes ou após a promulgação da constituição.O inciso III do art. 5º produz efeitos diretos e imediatos? SIM, Qualquer norma anterior dela que autorizar a tortura é inconstitucional.

- Se referida lei é materialmente incompatível com a CF/88, ela será:

(_) Constitucional(_) Inconstitucional(_) Recepcionada(X) Não recepcionada

- Qual o direito declarado no inciso III do art. 5º? Resposta: O direito de ninguém sofrer tortura nem tratamento desumano ou degradante.- Esse direito pode ser exercido de forma direta e imediata ou há a necessidade de regulamentação infraconstitucional por meio de lei? Resposta: A regulamentação é prescindível (dispensável), podendo diretamente da Constituição e imediatamente quando ela foi promulgada, o direito ser exercido.- O direito de não sofrer tortura nem tratamento desumano ou degradante pode ser restringido por lei? Resposta: Não. Referido direito é considerado integral, não restringível, pois basta em si.

(Art. 5º) XXXII - O ESTADO PROMOVERÁ, NA FORMA DA LEI, A DEFESA DO CONSUMIDOR;

EFEITOS NEGATIVOS (-) EFEITOS POSITIVOS (+)DIRETOS e IMEDIATOS INDIRETOS e MEDIATOS

- Se em 1980 fosse criada uma lei que proibisse a defesa do consumidor no Brasil,

- Qual o direito declarado no inciso XXXII do art. 5º? Resposta: O DIREITO DO

Page 11: Anotação Defesa Da Constituição

essa lei seria compatível ou incompatível com a CF/88? Se incompatível, qual seria o tipo de incompatibilidade? Resposta: Seria incompatível materialmente com a Constituição de 1988.

- Se referida lei é materialmente incompatível com a CF/88, ela será:

(_) Constitucional(_) Inconstitucional(_) Recepcionada(X) Não recepcionada

CONSUMIDOR.- Esse direito pode ser exercido de forma direta e imediata ou há a necessidade de regulamentação infraconstitucional por meio de lei? Resposta: A regulamentação é IMprescindível (INdispensável), NÃO podendo diretamente da Constituição e imediatamente quando ela foi promulgada, o direito DO CONSUMIDOR ser exercido.

(Art. 5º) XIII – É LIVRE O EXERCÍCIO DE QUALQUER TRABALHO, OFÍCIO OU PROFISSÃO, ATENDIDAS AS QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS QUE A LEI ESTABELECER;

EFEITOS NEGATIVOS EFEITOS POSITIVOSDIRETOS e IMEDIATOS DIRETOS e IMEDIATOS

- Se em 1985uma lei proibisse o exercício da advocacia no Brasil, essa lei seria compatível ou incompatível com a CF/88? Se incompatível, qual seria o tipo de incompatibilidade? Resposta: Seria incompatível materialmente com a Constituição de 1988.

- Se referida lei é materialmente incompatível com a CF/88, ela será:

(_) Constitucional(_) Inconstitucional(_) Recepcionada(X) Não recepcionada

- Qual o direito declarado no inciso XIII do art. 5º? Resposta: A LIBERDADE DE EXERCÍCIO DE QUALQUER TRABALHO, OFÍCIO OU PROFISSÃO.- Esse direito pode ser exercido de forma direta e imediata ou há a necessidade de regulamentação infraconstitucional por meio de lei? Resposta: A regulamentação é prescindível (dispensável), podendo diretamente da Constituição e imediatamente quando ela foi promulgada, o direito ser exercido.- O direito de LIBERDADE DE EXERCÍCIO DE QUALQUER TRABALHO, OFÍCIO OU PROFISSÃO pode ser restringido por lei?

Resposta: SIM. Referido direito é considerado NÃO integral, restringível, pois NÃO basta em si.

EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

RUI BARBOSA (ANALISANDO A CONSTITUIÇÃO DE 1891)AUTOEXECUTÁVEIS NÃO AUTOEXECUTÁVEIS

- Basta o que consta no dispositivo constitucional para que o direito possa ser exercido.- A norma basta em si.- aplicabilidade positiva, direta e imediataEficácia plena e contida

- Não basta o que consta no dispositivo constitucional para que o direito possa ser exercido, havendo a necessidade de regulamentação infraconstitucional, por meio de lei para que o direito possa ser exercido.- O direito existe na constituição, mas não pode ser exercido enquanto não regulamentado.- aplicabilidade positiva, indireta e mediata

Page 12: Anotação Defesa Da Constituição

- eficácia limitada

JOSÉ AFONSO DA SILVAEFICÁCIA APLICABILIDADE

PLENA DIRETA(+) (-)

IMEDIATA(+) (-)

- INTEGRAL- NÃO RESTRINGÍVEL- BASTA EM SI

CONTIDA DIRETA(+) (-)

IMEDIATA(+) (-)

- NÃO INTEGRAL- RESTRINGÍVEL- NÃO BASTA EM SI

LIMITADA INDIRETA(+)

MEDIATA(+)

CARÁTER REDUZIDO

DIRETA(-)

IMEDIATA(-)

APLICABILIDADE (+)- Possibilidade de produzir efeitos concretos.

APLICABILIDADE (-)- Retirada do ordenamento de norma contrária ao direito existente no dispositivo constitucional.- Proibição de criação de norma que contrarie o direito existente no dispositivo constitucional.

QUESTÕES DIFERENTES NOMESMO SENTIDOHÁ NA CONSTITUIÇÃO NORMA DESPROVIDA DE EFICÁCIA DIRETA E IMEDIATA?HÁ NA CONSTITUIÇÃO NORMA DESPROVIDA DE EFICÁCIA?HÁ NA CONSTITUIÇÃO NORMA QUE NÃO PRODUZ EFEITOS?RESPOSTA: NÃO. NÃO EXISTE NORMA CONSTITUCIONAL DESPROVIDA DE EFICÁCIA, ELAS POSSUEM NO MÍNIMO EFICÁCIA NEGATIVA.

HÁ NA CONSTITUIÇÃO NORMA DESPROVIDA DE EFICÁCIA DIRETA E IMEDIATA POSITIVA?RESPOSTA: SIM, AS NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA NÃO POSSUEM EFICÁCIA DIRETA E IMEDIATA POSITIVA, HAVENDO A NECESSIDADE DE ATUAÇÃO FUTURA (MEDIATA) POR INTERMÉDIO DO CONGRESSO NACIONAL (INDIRETA) PARA QUE O DIREITO NELA EXISTENTE POSSA SER CONCRETIZADO POSITIVAMENTE.

AS NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA DEPENDEM DE LEI PARA PRODUZIR EFEITOS? As normas de eficácia limitada produzem efeitos diretos e imediatos negativos. Tem um caráter reduzido de eficácia limitada? Resposta: Produção de forma direta e imediata dos seus efeitos negativos.- OBSERVAÇÃO: SUBENTENDE-SE QUE OS EFEITOS SÃO OS POSITIVOS.

(Art. 37) VII - o direito de (Art. 5º) IV - é livre a XV - é livre a locomoção

Page 13: Anotação Defesa Da Constituição

greve (SERVIDOR PÚBLICO) será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

LIMITADA PLENA CONTIDA

UADI LAMEGO BULLUS- As normas do ato das disposições constitucionais transitórias são normas AUTOEXTINGUÍVEIS.

EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS – José Afonso da Silva

1. PLENA: pode admite regulamentação desde que não restrinja o seu conteúdo, mas tanto a contida como a plena, não precisam de regulamentação.

2. CONTIDA: Admite que o regulamento restrinja o seu conteúdo, mas não precisa de regulamentação.

3. LIMITADA: exige regulamentação, sem regulamentação o direito não pode ser exercido.3.1. LIMITADA DE PRINCÍPIO PROGRAMÁTICO/ NORMA

PROGRAMÁTICA: programas a serem implementados pelo ornamento, é preciso de uma atuação continua do estado indireta, uma lei não basta. EX: desigualdades sociais. É necessário políticas públicas, leis, logo é uma norma programática.Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Direito que a união tem de delegar aos estados, e não do estado receber porque se não ele teria como cobrar. NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA de principio institutivo permissivo. Se o estado não quiser delegar ele não é obrigado, e os estados não podem exigir.- BUSCAM DIRECIONAR A ATUAÇÃO DO ESTADO- UMA ÚNICA LEI NÃO É SUFICIENTE PARA ATINGER O SEU OBJETIVO, HÁ A NECESSIDADE DE VÁRIAS LEIS E POLÍTICAS PÚBLICA (ATUAÇÃO CONJUNTA E CONTÍNUA DO ESTADO).

3.2. LIMITADA DE PRINCÍPIO INSTITUTIVO/ORGANIZATIVO: organização da estrutura do estado, por uma única lei pode ser concretizada, não significando que ela apenas será suficiente. Ex: direito do consumidor. É uma ordem imperativa, o “estado criará”. Será institutiva permissiva nos caso “os estados poderão” - BUSCAM A ESTRUTURAÇÃO DO ESTADO

Page 14: Anotação Defesa Da Constituição

- POR MEIO DE UMA LEI É POSSÍVEL CUMPRIR O SEU OBJETIVO- Para resolver a omissão, pode-se utilizar dois instrumento.3.2.1. LIMITADA DE PRINCÍPIO INSTITUTIVO / ORGANIZATIVO IMPERATIVA: Se uma norma de eficácia limitada de principio institutivo IMPERATIVA não for regulamentada pelos congressos nacional, estaremos diante de uma violação da constituição por omissão.3.2.2 LIMITADA DE PRINCÍPIO INSTITUTIVO / ORGANIZATIVO PERMISSIVA.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.UMA ÚNICA LEI CONSEGUE ASSEGURAR PARA TODOS EDUCAÇÃO? Não basta ter uma lei, a família que deve incentivar, mas pra isso a família deve ter sido educada, a família só sabe cobrar, mas não sabe direcionar a criança por que ele não teve, e daí que surge o problema social, por isso é necessário as políticas públicas.Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade (princípio), o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.Em regra as políticas públicas são do poder executivo, mas o poder legislativo pode obrigar a ter políticas publicas? Nesse caso sim, com uma ação civil pública. Porque a norma do art. 227 tem eficácia limitada.

Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; EXEMPLO DE NORMA DE EFICACIA PLENA, não pode ser restringida.

(Art. 37) VII - o direito de greve (SERVIDOR PÚBLICO) será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

(Art. 7º) IV – salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

LIMITADA LIMITADA LIMITADA LIMITADAPRINCÍPIO PRINCÍPIO PRINCÍPIO PROGRAMÁTICO PRINCÍPIO

Page 15: Anotação Defesa Da Constituição

INSTITUTIVO PROGRAMÁTICO PROGRAMÁTICO

(Art. 37) VII - o direito de greve (SERVIDOR PÚBLICO) SERÁ exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.

(Art. 25) § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

LIMITADA LIMITADA LIMITADAPRINCÍPIO

INSTITUTIVOPRINCÍPIO INSTITUTIVO /

ORGANIZATIVOPRINCÍPIO

INSTITUTIVO / ORGANIZATIVO

IMPERATIVA PERMISSIVA PERMISSIVA

Aplicabilidade positiva e negativa – DIFERENÇA: a eficácia negativa seria a retirada/impedimento de normas infraconstitucionais contrarias a constituição. Todo dispositivo constitucional produz efeitos (negativos ou positivos), nada mais é que a exigência da proteção do principio da supremacia da CF.

Se a norma é pré-constitucional tem que ser materialmente compatível com a nova CF, se ela não for materialmente compatível temos a aplicação dos efeitos negativos, quem decide se é compatível ou não é o supremo. Ou norma pós-constitucional

Dispositivos constitucionais possuem esse tipo de efeitos:Efeitos negativos são sempre diretos Efeitos positivos podem ser diretos e

restringíveis, direito e não restringível e indiretos. Diretamente da CF é possível a concretização do direito, não sendo necessário regulamentação daquele direito. Podem alguns serem restringindos por lei, mas para que essa lei possa restringir é necessário que o dispositivos altorize.

Efeitos negativos são sempre imediatos

Efeitos positivos podem ser imediatos e restringível, imediatos e não restringíveis e mediatos

EXPLIQUE O CARATER REDUZIDO DA NORMA DE EFICACIA LIMITADAResposta: o caráter reduzido da norma de eficácia limitada estabelece que ela possui efeitos diretos e imediatos, ambos negativos.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADEDIFUSO =

Direitos sociais são clausulas pétreas?

Page 16: Anotação Defesa Da Constituição

Exercícios1. F, não tem hierarquia.2. F, a norma de eficácia contida não depende de edição de normas

infraconstitucionais, e o direito da educação é uma norma de eficácia limitada de principio programático.

3. V4. F, é por lei federal, o problema é discricionariedade e todos os

ofícios ou profissões, temos algumas profissões que não podem exercer qualquer tipo de regulamentação por serem artísticas (musico, etc), o supremo não deixa por causar censura, são restringidas apenas as profissões que podem causar prejuízo (medico, advogado, etc). Nem todos os ofícios podem ser regulamentados por ele, apenas o que causam risco para a sociedade.

5. F, produz efeitos efeito negativos, quando entra em vigor. No momento que entra em vigor é aplicabilidade imediata.

6. V, só tenho direito subjetivo nas normas de caráter imperativo. O destinatário principal é o legislador, mas ele não é o único.

7. V, se eu verifico que eu preciso de lei a norma é limitada.8. F, não é programática, não é nem limitada, é norma de eficácia

contida.9. V10.F, para uma norma ser recepcionada ela tem que ser compatível e

que ela seja materialmente compatível com a atual constituição. Nasceu uma lei que é incompatível com a lei interior deve ser declarada inconstitucional, em face da constituição em que ela foi criada. Uma lei nasce constitucional ou inconstitucional, ela não se torna constitucional.

11.F, esse limitação é circunstancial e não temporal.12.F, se é promulgada é por uma assembléia constituinte.13.V14.F, §2 e 3º do art. 5º15.V16.V17.F18.V19.F, elas são auto-executáveis, apesar de poderem sofrer limitações.20. V. PLANOS é programática.21.F, Prevalece o sigilo de tudo (regra), mas o das comunicações

telefônicas pode ser violado, mas para isso é necessário lei, é norma de eficácia limitada, porque sem lei eu não consigo restringir.

TEORIA CONSTITUCIONALClassificações quanto ao conteúdo, à forma, ao modo de elaboração, à origem, à estabilidade e à extensão.

Page 17: Anotação Defesa Da Constituição

Quanto à sua origem Outorgada: São as constituições impostas, por quem detém o poder

político, de maneira unilateral, pelo agente revolucionário (grupo, ou governante), que não recebeu do povo a legitimidade para em nome dele atuar. Ex: 1º CF, 1824

Promulgada: democrática, votada ou popular, é aquela constituição fruto do trabalho de uma Assembléia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, para, em nome dele, atuar, nascendo, portanto, da deliberação da representação legítima popular. Ex: 1988

Cesaristas: não é outorgada e nem promulgada, tenta-se dar um ar de constituição democrática para constituição imposta. Não é propriamente outorgada, mas tampouco é democrática, ainda que criada com participação popular. A participação popular não é democrática, pois visa apenas ratificar a vontade do detentor do poder.

Pactuada: tenho mais de um poder no comando. Dois poderes se integram para constituir um estado. Tais constituições pactuadas foram bastante difundidas no seio da monarquia estamental da Idade Média, quando o poder estatal aparecia cindido entre o monarca e as ordens privilegiadas. Constituição pactuada é aquela que exprime um compromisso instável de duas forças políticas rivais: a realeza absoluta debilitada, de uma parte, e a nobreza e a burguesia de outra.

- Distinção entre constituição e “carta”: poucos doutrinadores diferenciam. Carta faz referência à constituição outorgada, já o termo constituição significa que é uma constituição promulgada. Não é uma diferença que prevalece, mas existe. . Constituição é o nomen juris que se dá à Lei Fundamental promulgada, democrática ou popular, que teve a sua origem em uma Assembléia Nacional Constituinte. Carta é o nome reservado para aquela Constituição outorgada, imposta de maneira unilateral pelo agente revolucionário mediante ato arbitrário e ilegítimo.

Quanto à forma Escritas (instrumental): Constituição formada por um conjunto de

regras sistematizadas e organizadas em um único documento, estabelecendo as normas fundamentais de um Estado.

Costumeiras (consuetudinárias): não traz as regras em um único texto solene e codificado. Textos esparsos, reconhecidos pela sociedade como fundamentais, e baseia-se nos usos, costumes, jurisprudência, convenções.

Quanto à extensão Sintéticas (concisas, breves, sumárias, sucintas): seriam aquelas

enxutas, veiculadoras apenas dos princípios fundamentais e estruturais do Estado.

Analíticas (amplas, extensas, largas, prolixas): abordam todos os assuntos que os representantes do povo entenderem fundamentais.

Qual a razão da existência e constituições analíticas? A história a cultura de um povo. Tenta dar uma segurança jurídica por causa da sua historia. Não

Page 18: Anotação Defesa Da Constituição

podemos falar se a analítica ou a sintética é melhor, pois depende da historia do país. Uma CF sintética não funcionaria para o Brasil.- A preocupação de dotar certos institutos de proteção eficaz;- O sentimento de que a rigidez constitucional é anteparo ao exercício discricionário da autoridade;- O anseio de conferir estabilidade ao direito legislado sobre determinadas matérias;- A conveniência de atribuir ao Estado, através do mais alto instrumento jurídico que é a Constituição, os encargos indispensáveis à manutenção da paz social.

Quanto ao conteúdo Material: normas fundamentais e estruturais do Estado, a organização

de seus órgãos, os direitos e garantias fundamentais. Formal: o simples fato de estar na constituição já lhe da hierarquia.

Constituição que elege como critério: o processo de sua formação, e não o conteúdo de suas normas. Qualquer regra nela contida terá o caráter de constitucional.

Quanto ao modo de elaboração Dogmáticas: foi elaborada nos dogmas da constituição anterior. Sempre

escritas, consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais do Estado;

Históricas: não é criada por rompimento, ela vai tendo uma evolução ao longo da história, ela é otimizada ao longo do tempo. Constituem-se através de um lento e contínuo processo de formação, ao longo do tempo, reunindo a história e as tradições de um povo. Ex: a Inglaterra não tem uma constituição formal escrita, mas tem documentos que foram escritos na sua história.

Quanto à alterabilidade (mutabilidade, estabilidade e consistência) Rígidas: Exigem, para a sua alteração um processo legislativo: +

ÁRDUO, + SOLENE, + DIFICULTOSO..do que o processo de alteração das normas não constitucionais. ex: CF do Brasil 1988

Flexíveis: a lei devolve o dispositivo que esta na CF porque tem a mesma hierarquia. Não possui um processo legislativo de alteração mais dificultoso do que o processo legislativo de alteração das normas infraconstitucionais.

Semi-rígidas e semi-flexivéis: parte dela é rígida e parte dela esta na mesma hierarquia da lei. Ex: CF Brasil 1824 (art. 178). É tanto RÍGIDA como FLEXÍVEL.

Art. 178 da Constituição Imperial de 1824“É só Constitucional o que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos Políticos, e individuais dos Cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode ser alterado, sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias”.

Imutáveis: não admite qualquer tipo de alteração, inalteráveis.

Outros Critérios

Page 19: Anotação Defesa Da Constituição

Constituição GARANTIA: visa a garantir a liberdade, limitando o poder; Constituição BALANÇO: refletiria um degrau de evolução socialista; Constituição DIRIGENTE: é a que traz um projeto de Estado.

Constituição que possui normas programáticas.

A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 Quanto à origem: outorgada, promulgada, cesarista ou pactuada; Quanto à forma: escrita-instrumental ou costumeira-consuetudinária-

não escrita; Quanto à extensão: sintética-concisa-breve-sumária ou analítica-ampla-

extensa-larga-prolixa; Quanto ao conteúdo: formal / material / misto. Até 2004 era formal, ai

depois com a emenda constitucional de 45, passamos a ter no Brasil o modelo §3 art. 5º.

Quanto ao modo de elaboração: dogmático-sistemática ou histórica;

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

SENTIDOS DE CONSTITUIÇÃO

- FERDINAND LASSALE: Traz o conceito de CONSTITUIÇÃO SOCIOLÓGICA, Lassale diz que você pode ter a constituição real que é aquela que esta de acordo com os fatores reais do poder, se o que está na CF não esta de acordo com os fatores reais de poder é uma mera folha de papel (poder político, militar, cultural, econômico são exemplos de fatores reais de poder).

SUMULA VINCULANTE 7 - A norma do § 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional nº 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei complementar. Não é uma norma limitada, só que o STF falou que era porque contrariava o poder econômico que é um fator real.

- CARL SCHMITT: traz o conceito de CONSTITUIÇÃO POLITICA, Schmitt pega uma dos fatores reais do poder que é o poder político, ele diz que se a CF contraria o poder político, outra CF passa a existir, para que aquele que está no poder e a CF escrita estejam em igualdade. Vemos nas constituições passadas.

- HANS KELSEN: traz o conceito de CONSTITUIÇÃO LÓGICO-JURÍDICO / JURÍDICO-POSITIVO, Kelsen diz que a CF escrita deve ser obedecida, independente de quem estar no poder, nada de dar valores ao poder político ou fatores reais. Para ele quando se cria uma constituição ela é idealizada, e quando se materializa, ela passa a ser positiva.

PREÂMBULO DA CONSTITUIÇÃO 1988

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o

Page 20: Anotação Defesa Da Constituição

exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

- Não é norma constitucional e nem de reprodução obrigatória, tudo que está nele está na constituição, então no máximo é uma norma de interpretação.

TÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISTÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

ART. 1º - A RFB compreende a união INDISSOLÚVEL dos ESTADOS, MUNICÍPIOS e do DISTRITO FEDERAL.

Fundamentos da RFB = Art. 1ºPrincípio da separação dos poderes = Art. 2ºObjetivos da RFB = Art. 3ºPrincípios da RFB nas relações internacionais = Incisos do art. 4ºObjetivo da RFB nas relações internacionais = Parágrafo único do art. 4º

Não tem subdivisão em capítulos, mas podemos dividir ele em partes: (no quadro a seguir)

FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

OBJETIVOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

- AQUILO QUE O BRASIL É!!! - AQUILO QUE O BRASIL PRETENDE SE TORNAR!!!

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como FUNDAMENTOS:I - a SOBERANIA;II - a CIDADANIA;III - a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA;IV - os VALORES SOCIAIS DO TRABALHO e da LIVRE INICIATIVA;V - o PLURALISMO POLÍTICO.Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.O art. 1º trata dos fundamentos da república federativa (fundamentos é aquilo que o Brasil é, e nos pautamos sobre a soberania).

Art. 3º Constituem OBJETIVOS fundamentais da República Federativa do Brasil:I - CONSTRUIR UMA SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA;II - GARANTIR O DESENVOLVIMENTO NACIONAL;III - ERRADICAR A POBREZA E A MARGINALIZAÇÃO E REDUZIR AS DESIGUALDADES SOCIAIS E REGIONAIS;IV - PROMOVER O BEM DE TODOS, SEM PRECONCEITOS DE ORIGEM, RAÇA, SEXO, COR, IDADE E QUAISQUER OUTRAS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO.

PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERESArt. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (São funções do poder do povo,

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independentes e harmônicas entre si, a função legislativa, a função executiva e a função jurisdicional)

PRINCÍPIOS DA RFB NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

OBJETIVO DA RFB NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:I - independência nacional;II - prevalência dos direitos humanos;III - autodeterminação dos povos;IV - não-intervenção;V - igualdade entre os Estados;VI - defesa da paz;VII - solução pacífica dos conflitos;VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;X - concessão de ASILO POLÍTICO.

(Art. 4º) Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Questão objetiva: mistura fundamentos com objetivos para confundir, precisamos diferenciar os dois.Questão 1 (F) são fundamentos da república, a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana e o desenvolvimento nacional. O desenvolvimento nacional é objetivo.Questão 2 (F) são objetivos da república, a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana e o desenvolvimento nacional. Apenas o desenvolvimento nacional é um objetivo, o restante são fundamentos.Questão 3 (F) são direitos fundamentais, soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana e o desenvolvimento nacional. Não são direitos fundamentais nem deles.Questão 4 (V) são princípios fundamentais, a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana e o desenvolvimento nacional. O titulo I fala que eles são princípios fundamentais.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.Questão 5 (F) São poderes, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

- Faltou a expressão “DA UNIÃO”, a união e os estados possuem os três, mas os municípios não possuem os três, se não coloca que é da união como no texto da lei, abrange todos os entes.UNIÃO = LEGISLATIVO / EXECUTIVO / JUCIÁRIOESTADOS = LEGISLATIVO / EXECUTIVO / JUCIÁRIOMUNICÍPIOS = LEGISLATIVO / EXECUTIVO / JUCIÁRIO

Questão 6 (V) São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

TÍTULO IIIDa Organização do Estado (FEDERADO)

Page 22: Anotação Defesa Da Constituição

- FEDERAÇÃO – UNIÃO DE ENTES AUTÔNOMOS- ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA- REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS- ENTES DA FEDERAÇÃO (UNIÃO / ESTADOS / DF / MUNICÍPIOS)= SÃO AUTÔNOMOS- AUTONOMIA (LIBERDADE / INDEPENDÊNCIA) = TRIPLICE CAPACIDADE

CAPÍTULO IDA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

A união os estados os municípios e o DF são entes autônomos segundo o art. 18. Autonomia é diferente de soberania, autonomia é a interdependência de liberdade interna com limites impostos APENAS pela constituição, autonomia é a tríplice capacidade. Capacidade de:

AUTO ORGANIZAÇÃO DE AUTO GOVERNO AUTO LEGISLAÇÃO/ADMCriação de sua lei maiorOs estados possuem sua constituição, o DF possui sua lei orgânica, os municípios possuem sua lei orgânica.

Eleições (escolhas) de:União – presidente da república e do congresso nacionalEstados – governador e assembléia legislativaDF – governador e câmara legislativaMunicípios – prefeito municipal e câmara municipal- Elegem os representantes do legislativo sem a atuação dos outros entes.

Criação de suas leis próprias e própria políticas públicas.

Nenhum ente possui soberania. Soberania é um poder do estado que não admite poder acima do seu, no máximo poder equivalente, A república federativa é soberana. Na CF que encontrados a nossa soberania, pois a CF são as escolhas feitas para aplicar a soberania, porem sua aplicação é feita pela união. É uma independência internacional.

Federação é a união de estados autônomos, e confederação é a união de estados soberanos. A união é indissolúvel não pode haver separação, já na confederação pode haver.

Brasil era uma colônia de Portugal, em 7 de setembro de 1822 aconteceu a independência, e passamos a ter um estados soberano unitário (não há divisão política interna) com a constituição do império de 1824. Constituição da1ª republica do Brasil e da 1ª federação em 1891.

Temos uma federação formada pelo movimento centrifugo, de dentro para fora, federação por segregação.

Nos estados unidos os estados eram países, então tinham seu ordenamento próprio, sendo assim quando abrem mão da soberania para passar a soberania pra o bloco, então quando veio a formação da federação cada estado que já tinha suas leis penais e continuaram com suas legislações, tendo maior autonomia.

Já no Brasil o Estado com era unitário, acabou que a união tem mais soberania que os estados e não possuem legislação penal própria. O que a CF

Page 23: Anotação Defesa Da Constituição

determinou como competência para a união e para os municípios sobraram para os estados.

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.§ 1º Brasília é a Capital Federal.§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Direito de secessão é o direito de um estado (bloco) se separar. Perda da personalidade jurídica

Fusão: Cisão:

Há a manutenção da personalidade jurídica Desmembramento anexação: Parte de um estado A se separa

e se anexa a B, B fica maior, mas A continua existindo. Desmembramento formação: parte do estado F se separa para

criar um novo estado (H), mas o estado F continua existindo.Procedimento para que acontece a fusão, cisão ou desmembramento:

Plebiscito pode ser desfavorável, se for desfavorável (FIM), se for favorável o próximo passo é ir pra casa uniciadora, onde vai ter a oitiva das assembléias legislativas, que vão da um parecer favorável ou desfavorável (mas não tem muita importância). O QUE IMPORTA É O PLEBISCITO, tem que passar por ele.

Quem pode entrar com projeto de lei

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Lei complementar federal, regulamentando o procedimento do projeto de lei. Apresentação do projeto de lei estadual, faz-se o estudo de viabilidade e consulta-se a população (plebiscito), depois discussão na assembléia legislativa e por fim sanção do governador.

Uma emenda tornou constitucional o que não era constitucional. Alguns doutrinadores dizem que não é constitucional porque uma emenda não pode tornar constitucional uma lei que violou a constituição. Hoje em dia não se pode fazer isso mais, mas os que já foram criados foram convalidados.

Art. 1º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 96:"Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de

Page 24: Anotação Defesa Da Constituição

dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação."Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

A capital do Brasil é um ente autônomo da federação? NÃO. Brasília é uma região administrativa.(V) O DF, chamado de Brasília, é a capital é um ente autônomo da federação.Soberania ≠ AutonomiaAutonomia, tríplice capacidade: auto organização, auto governo e auto administração. A auto administração se materializa por meio da repartição de competências constitucionais.

Competências da União – arts. 21, 22, 23 e 24Competências dos Estados – arts. 23, 24 e 25Competências dos municípios – arts. 23, 29 e 30O DF possui as competências dos Estados e municípios.

- Temos 2 tipos de competências: Legislativas/ formais: se dá por meio de lei. Administrativas/ materiais: pode depender do legislativo, se dá por

meio do poder executivo, mas também pode se da por meio de lei. Art. 21, I (competência administrativa da união, manter relação com os estados estrangeiros é competência da união (a união são as três função do poder: legislativo/executivo/judiciário) que se materializa pelo presidente da república ou congresso nacional, por exemplo).

União pode ser: legislativa (câmara ou senado), executiva (presidente da república) ou judiciária ( STF e TS). Os estados podem ser: legislativa (AL), executiva (Governador) ou judiciária (TJ).Municípios podem ser: legislativa (câmara municipal) ou executiva (prefeito municipal).O DF pode ser: legislativa (CLDF), executiva (Governador) ou judiciária (TJ).

Procurar relação do artigo 21 com o art. 84 ou 49 ou 48. O artigo 21 é material então é competência administrativa, essa

competência material administrativa é chamada de competência exclusiva da união, esse termo é dado pela DOUTRINA, o raciocínio do doutrinador no passado foi “competência exclusiva = competência não delegável e competência privativa = delegável” é exclusivo porque o próprio art. 21 em nenhum momento autoriza a delegação. O art. 22 é uma competência delegável (passa a capacidade de legislar ou administrar), não por conta da palavra privativa, e sim porque em seu parágrafo único autoriza a delegação.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Não podemos nos prender as palavras exclusivas e privativas, pois no dicionário são sinônimos. Pois no art. 51 ao lermos a palavra privativa vamos pensar que é delegável, mas esse artigo não é delegável, da mesma forma o art. 52, essas competências são só deles.

Page 25: Anotação Defesa Da Constituição

Art. 61 §1º, é de iniciativa privativa do presidente da república, não existe nenhum dispositivo que autoriza, portanto também é indelegável.

Se eu tenho uma competência da união que é administrativa, quem tem a atribuição? O executivo, primeiro passa por ele e depois pelo legislativo, EM REGRA, pois a provocação é do executivo.

RELAÇÃO ENTRE OS ARTIGOS 21, 84, 49 e 48UNIÃO =

LEGISLATIVO / EXECUTIVO / JUDICIÁRIO

EXECUTIVO DA UNIÃO

LEGISLATIVO DA UNIÃO

ART. 21. COMPETE À UNIÃO: (EXCLUSIVA)

Art. 84. Compete privativamente ao PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Art. 49. É da COMPETÊNCIA EXCLUSIVA do CONGRESSO NACIONAL:

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

MATERIAL / ADMINISTRATIVA

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

II - declarar a guerra e celebrar a paz;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente,

II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei

Page 26: Anotação Defesa Da Constituição

a mobilização nacional;

complementar;

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

X - decretar e executar a intervenção federal;

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

XVII - conceder anistia; VIII - concessão de anistia;

ESPÉCIES NORMATIVAS FORMAIS

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:EXIGE SANÇÃO / VETO DO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

ADMITE INICIATIVA POPULAR

I EMENDAS À CONSTITUIÇÃO; NÃO NÃOII LEIS COMPLEMENTARES; SIM SIMIII LEIS ORDINÁRIAS; SIM SIMIV LEIS DELEGADAS; NÃO NÃOV MEDIDAS PROVISÓRIAS; NÃO NÃOVI DECRETOS LEGISLATIVOS; NÃO NÃOVII RESOLUÇÕES. NÃO NÃO

Precisamos dessa tabela para entender o artigo 48, pois o que está nesse artigo só pode ser regulado por lei ordinária ou lei complementar.

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

GRAÇA, INDULTO e ANISTIAPERDÃO ATRIBUIÇÃO

ANISTIA DO CRIME COLETIVO DE OFÍCIOCONGRESSO

NACIONAL

GRAÇA PENA INDIVIDUAL SOLICITADAPRESIDENTE DA

REPÚBLICA

INDULTO PENA COLETIVO DE OFÍCIOPRESIDENTE DA

REPÚBLICA

Anistia é o perdão do crime, somente o congresso pode fazer cm que aquela conduta deixe de ser criminosa. O perdão da pena pode ser a graça ou indulto. O preso passar um período com a família, não é indulto e sim uma

Page 27: Anotação Defesa Da Constituição

autorização, pois se ele voltar a ser preso não houve perdão. A mídia traz indulto e autorização como sinônimos.

Anistia é de oficio, mas na pratica pode ocorrer de outras formas também.

REPARTIÇÃO DE COMEPTÊNCIAS CONSTITUCIONAISEXCLUSIVA

(doutrina)PRIVATIVA COMUM

CONCORRENTE / SUPLEMENTAR

ART. 21. Compete à União:

Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTEà União legislar sobre:

Art. 23. É competência COMUMda União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e

ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre:

MATERIAL / ADMINISTRATIVA

FORMAL / LEGISLATIVA

MATERIAL / ADMINISTRATIVA

INTERESSE GERAL / NACIONAL

INTERESSE GERAL / NACIONAL

INTERESSE DIFUSO (DE TODOS OS ENTES

DA FEDERAÇÃO)I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;II - declarar a guerra e celebrar a paz;

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;II - desapropriação;

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;II - orçamento;

Art. 24. Dentro dele temos dois tipos de competência:Competência Concorrente: art. 24 (-§2), Competência Suplementar: art. 24 §2º e art.

30, I e IIA união vai criar as normas gerais sobre as

matérias do artigo 24. E os estados criam as normas especificas (o Brasil que é um país tem o tamanho de um continente, então cada estado tem suas peculiaridades) os estados poderão apenas complementar a norma geral que é suplementar aquilo que já existe.

Se a união for omissa (o congresso não legislou) os estados podem legislar de forma livre, mas com abrangência geral, mas de forma especifica.

Se no futuro a união cumprir sua obrigação e legislar a norma geral, a lei estadual naquilo

Já existe a norma geral da união, e os Estados só poderão suplementar.

Se já existia a norma geral da união e dos estados os municípios podem suplementar a legislação federal e estadual no que couber.

Page 28: Anotação Defesa Da Constituição

que entrar em conflito com a lei da união, a estadual ficará suspensa.

Municípios não possuem competência concorrente, o fato de ele possuir competência tributária não quer dizer que ele possui competência concorrente.

Art. 21 XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; A defensoria pública do DF era mantida pela união, agora é mantida pelo DF. XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;

Art. 22 XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; Aqui não precisa de delegação, já é permitido pela própria CF, o restante dos incisos precisão e delegação.

Capítulo IIIDOS ESTADOS FEDERADOS

Esse parágrafo §2 traz o fundamento para que na constituição dos estados houvesse a medida provisória, e se a constituição do estado a quiser pode autorizar ao governador a editar medida provisória, nos limites do art. 62. E a doutrina entende que aos municípios caberia o mesmo.

Lembrando: Município é um ente autônomo da federação. Pode acontecer de vários municípios crescerem e não saber em qual região estamos, foi o que aconteceu em são Paulo. §3º Os Estados poderão, MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR (ESTADUAL e não federal, atualmente não há mais essa necessidade, antes da CF de 88 era mediante lei federal), instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Criar regiões metropolitanas, aglomerados urbanos e micro regiões.

A diferença entre elas é que uma região metropolitana é uma cidade grande que é o pólo central que vai ter cidades menores ao redor delas, normalmente essa região fica perto da capital.

Aglomerados urbanos é um conjunto de varias cidades que tem características parecidas e nenhuma predomina mais que a outra.

Já as micros regiões são regiões dentro do estado divididas mais por características físicas do que as características econômicas como as regiões metropolitanas e aglomerados urbanos.

Page 29: Anotação Defesa Da Constituição

Art. 30. Compete aos Municípios:I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; município é maior que cidade, é a parte autônoma e a cidade é a parte urbana.V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; (plano diretor - § 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.)IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

CAPÍTULO VDO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar

INTERVENÇÃO FEDERALTemos a relação do art. 34 com o art. 36, para entender temos que ler o

36 e ligar com 34 para entender a intervenção federal.Na CF temos regras, que não podem ser violadas por lei, salvo com

autorização, em quais casos? Norma de eficácia contida. A própria CF pode trazer uma exceção aquela regra.

A regra de autonomia, por exemplo, é a liberdade, exceção a essa autonomia seria a intervenção. Temos a intervenção federal (art. 34 [hipóteses] e 36 [procedimentos]) e estadual (art. 35 [hipóteses] e 36 [procedimentos])

Page 30: Anotação Defesa Da Constituição

INTERVENÇÃO É A VIOLAÇÃO DA REGRA DA AUTONOMIA, em regra, união não viola estado, e o estado não viola município, mas poderá ter a violação mediante a intervenção.Intervenção Federal = União viola a autonomia dos Estados/DF

A intervenção é um instrumento necessário e indispensável para a manutenção da federação, não obstante ela viola a autonomia dos entes, mas é necessária. Ela surge com a federação, no estado unitário não existia intervenção, pois todos os estados estavam no mesmo ente.

REGRA: AUTONOMIA DOS ENTES DA FEDERAÇÃOEXCEÇÃO: VIOLAÇÃO, SEMPRE TEMPORÁRIA, DA REGRA DA AUTONOMIA DA INTERVENÇÃO

REGRA: A UNIÃO NÃO PODERÁ INTERVIR NOS ESTADOS, SALVO QUANDO AUTORIZADO PELA CONSTITUIÇÃO NAS HIPÓTESES DO ART. 34, DEVENDO OBSERVAR OS PROCEDIMENTOS DO ART. 36REGRA: OS ESTADOS NÃO PODERÃO INTERVIR NOS MUNICÍPIOS, SALVO QUANDO AUTORIZADO PELA CONSTITUIÇÃO NAS HIPÓTESES DO ART. 35, DEVENDO OBSERVAR OS PROCEDIEMNTOS DO ART. 36.- A UNIÃO NÃO PODE, EM NENHUMA HIPÓTESE, VIOLAR A AUTONOMIA DOS MUNICÍPIOS DOS ESTADOS FEDERADOS.- A UNIÃO PODERÁ VIOLAR A AUTONOMIA DOS MUNICÍPIOS DOS TERRITÓRIOS, CASO EXISTENTES, NAS HIPÓTESES DO ART. 35 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.- A INTERVENÇÃO É UM INSTITUTO INDISPENSÁVEL PARA A MANUTENÇÃO DA PRÓPRIA FEDERAÇÃO.

1º CONVOCAÇÃO DOS CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL.

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;(Art. 91) § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;

OBSERVAÇÃO: A OITIVA DOS CONSELHOS É OBRIGATÓRIA, SEGUIR A OPINIÃO DOS CONSELHOS NÃO É OBRIGATÓRIA.

2º DECRETAR E EXECUTAR A INTERVENÇÃO FEDERALArt. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:X - decretar e executar a intervenção federal;

3º REGRA: CONTROLE POLÍTICO FEITO PELO CONGRESSO NACIONAL (EXCEÇÃO: § 3º DO ART. 36)

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

POSSIBILIDADESMANUTENÇÃO DA

INTERVENÇÃOSUSPENSÃO DA INTERVENÇÃO

Page 31: Anotação Defesa Da Constituição

DECISÃO PELA SUSPENSÃO DA INTERVENÇÃO:- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESTÁ OBRIGADO A SUSPENDER A INTERVENÇÃO FEDERAL, SOB PENA DE INCONSTITUCIONALIDADE.POSSIBILIDADES

MANUTENÇÃO DA INTERVENÇÃO

SUSPENSÃO DA INTERVENÇÃO

- SE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DESCUMPRE A DECISÃO DO CONGRESSO NACIONAL PELA SUSPENSÃO DA INTERVENÇÃO, INCORRERÁ NA VIOLAÇÃO DO II DO ART. 85 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, OCORRENDO CRIME DE RESPONSABILIDADE.

A INTERVENÇÃO – resumo!- INTRUMENTO INDISPENSÁVEL PARA A MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO.AUTONOMIA = REGRA (EM REGRA, OS ENTES SÃO AUTÔNOMOS, UM NÃO PODENDO INTERVIR NOS DEMAIS)INTERVENÇÃO= EXCEÇÃOA REGRA DA AUTONOMIA PARA A MANUTENÇÃO DA PRÓPRIA FEDERAÇÃO.

TIPOS DE INTERVENÇÃO: FEDERAL e ESTADUAL- Federal = Da União nos Estados Federados e no Distrito Federal- Estadual = Dos Estados em seus próprios municípiosObservação 1: A UNIÃO não pode, em nenhuma hipótese, intervir nos municípios dos Estados.Observação 2: Se for criado um Território, os Municípios do Território poderão sofrer intervenção da União, nos casos autorizados pela Constituição.

TIPOS DE INTERVENÇÃO:1. INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA: - O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PODERÁ, NAS HIPÓTESES DOS INCISOS I, II, III e V, DECRETAR E EXECUTAR A INTERVENÇÃO FEDERAL.

HIPÓTESES PROCEDIMENTOSArt. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:I - manter a integridade nacional;II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:a) suspender o pagamento da DÍVIDA FUNDADA por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; Intervir o estado para que seja feito o pagamentob) deixar de entregar aos Municípios receitas

(Art. 36) § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado (CONTROLE POLÍTICO),, no prazo de 24 horas. Interventor não é obrigatório, só se for necessário, não sendo necessário não temos a nomeação de interventor.§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as

Page 32: Anotação Defesa Da Constituição

tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;

autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

E SE O CONGRESSO NACIONAL NÃO APROVAR, O QUE O PRESIDENTE DA REPUBLICA DEVERÁ FAZER?

RESPOSTA: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DEVERÁ CESSAR A INTERVENÇÃO

E SE O CONGRESSO DETERMINAR A SUSPENSÃO DA INTERVENÇÃO E O PRESIDENTE DA REPÚBLICA RESOLVER MANTER A INTERVENÇÃO?

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

CONSEQUÊNCIAS:- I do art. 51- I e parágrafo único do art. 52

Art. 51. Compete privativamente à CÂMARA DOS DEPUTADOS:I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;Art. 52. Compete privativamente ao SENADO FEDERAL:I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

2. INTERVENÇÃO PROVOCADA2.0 POR SOLICITAÇÃO= LEGISLATIVO / EXECUTIVO – COAGIDOS / IMPEDIDOS

INTERVENÇÃO PROVOCADA POR SOLICITAÇÃOHIPÓTESES PROCEDIMENTO

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes (LEGISLATIVO, EXECUTIVO e JUDICIÁRIO) nas unidades da Federação;

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:I - no caso do art. 34, IV, de SOLICITAÇÃO do PODER LEGISLATIVO ou do PODER EXECUTIVO coacto ou impedido, ou de REQUISIÇÃO do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, se a coação for exercida contra o PODER JUDICIÁRIO;§ 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e

Page 33: Anotação Defesa Da Constituição

que, SE COUBER, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado (CONTROLE POLÍTICO), no prazo de 24 horas.§ 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.§ 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

2.1POR REQUISIÇÃO (1) JUDICIÁRIO– COAGIDO / IMPEDIDOHIPÓTESES PROCEDIMENTOS

(Art. 34) IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de REQUISIÇÃO do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;--- X --- X ---§§ 1º, 2º e 4º

2.2 POR REQUISIÇÃO = EXECUÇÃO DE ORDEM OU DECISÃO JUDICIAL (STF / STJ / TSE)

HIPÓTESES PROCEDIMENTOS(Art. 34) VI - prover a execução de lei federal,ORDEM OU DECISÃO JUDICIAL;

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de REQUISIÇÃO do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; --- X --- X ---§§ 1º, 2º, 3º e 4º§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, DISPENSADA A APRECIAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.

2.2 ADI INTERVENTIVAHIPÓTESES PROCEDIMENTOS

(Art. 34)VI - prover a execução de lei federal, ordem

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:

Page 34: Anotação Defesa Da Constituição

ou decisão judicial;RINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS)- Violação dos princípios constitucionais sensíveis: quando temos a violação dos direitos SENSIVÉIS do inciso VII, estaremos diante de uma ADIN.VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: (SENSÍVEIS)a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;b) direitos da pessoa humana;c) autonomia municipal; Estar impedindo que ele cumpra sua obrigaçãod) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. Viola o principio da publicidade.e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.--- X --- X ---§§ 1º, 2º, 3º e 4º§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.

- Hipóteses: Execução de lei federal (1ª parte do VI do art. 34) junto com o III do art. 36 [alguns chamam de ação de execução de lei]: na hipótese de que o estado não está sendo cumprida uma lei federal podemos ter uma ação executiva ou ação de execução de lei. Se o STF julgar procedente vai determinar que o presidente da república suspenda a atuação do executivo para que a lei seja cumprida naquela entidade. O que diferencia das outras intervenções é que essa tem um procedimento próprio.

ADI Provimento é que seja julgada procedente a demanda, quem tem pode propor uma ADI interventiva? STF

OBSERVAÇÃO:(Art. 60) § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

OBS. Temos que observar outros artigos de intervenção, quem decreta e executa intervenção federal é o presidente da república, art. 84, X. temos ainda art. 91, §1º, II, art. 60 §1º, art. 85, II e VII, art. 49, I, art. 51, I, §2º, II e §único, art. 57, §6º, I.

UNIÃOCONSELHOS DA

REPÚBLICA / DE DEFESA NACIONAL

EXECUTIVO LEGISLATIVO

Art. 21. COMPETE À UNIÃO:

Art. 90. Compete ao Conselho da República

Art. 84. Compete privativamente ao

Art. 49. É da competência

Page 35: Anotação Defesa Da Constituição

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a INTERVENÇÃO FEDERAL;

pronunciar-se sobre:I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da INTERVENÇÃO FEDERAL;

Presidente da República:X - DECRETAR e EXECUTAR a INTERVENÇÃO FEDERAL;

exclusiva do Congresso Nacional:IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

QUEM DECRETA E EXECUTA A INTERVENÇÃO FEDERAL?Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:X - decretar e executar a intervenção federal;

HÁ ALGUM PRESSUPOSTO PARA QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DECRETE E EXECUTE A INTERVENÇÃO FEDERAL?

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;

OS PARECERES DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL SÃO VINCULANTES?

NÃO, É APENAS OPINATIVO.SE O PARECER DOS CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL NÃO VINCULAM, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PODE DEIXAR DE OUVI-LOS?

NÃO, POIS A INTERVENÇÃO SERIA INCONSTITUCIONAL.

DE QUEM É A COMPETÊNCIA PARA INTERVIR NOS ESTADOS?Resposta:

Art. 21. Compete à União:V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

Page 36: Anotação Defesa Da Constituição

QUAL DAS FUNÇÕES DO PODER POSSUI A ATRIBUIÇÃO DE DECRETAR E EXECUTAR A INTERVENÇÃO FEDERAL?Resposta:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:X - decretar e executar a intervenção federal;

HÁ ALGUMA EXIGÊNCIA PRÉVIA PARA QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA POSSA DECRETAR E EXECUTAR A INTERVENÇÃO FEDERAL?Resposta: SIM, OUVIR OS CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL.

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;(Art. 91) § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;

OS PARECERES / AS OPINIÕES DOS CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL SÃO VINCULANTES?Resposta: Não, servem apenas para direcionar o Presidente da República a decidir. Mesmo sendo contrários os pareceres, o Presidente pode, a seu arbítrio, decretar e executar a intervenção federal.QUAL SERÁ A CONSEQUÊNCIA DE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DECRETAR E EXECUTAR A INTERVENÇÃO FEDERAL SEM OUVIR OS CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL?Resposta: A INTERVENÇÃO DEVERÁ SER DECLARADA INCONSTITUCIONAL.HÁ CONTROLE POSTERIOR SOBRE A DECRETAÇÃO DE INTERVENÇÃO FEDERAL?Resposta: Sim, é o chamado CONTROLE POLÍTICO.

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADOAUTONOMIA = LIBERDADE / INDEPENDÊNCI INTERNA DOS ENTES

AUTONOMIA DOS ENTES DA FEDERAÇÃOTRÍPLICE CAPACIDADE

AUTO-ORGANIZAÇÃO AUTOGOVERNOAUTO LEGISLAÇÃO / AUTO

ADMINISTRAÇÃO- CRIAÇÃO DA SUA PRÓPRIA LEI MAIOR- CONSTITUIÇÃO- LEI ORGÂNICA

- ELEIÇÃO EXECUTIVO- ELEIÇÃO LEGISLATIVO

- CRIAÇÃO DE LEIS PRÓPRIAS- CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PRÓPRIAS

REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS

- MATERIAIS / ADMINISTRATIVAS- FORMAIS / LEGISLATIVAS

AUTOGOVERNO- ELEIÇÃO EXECUTIVO

Page 37: Anotação Defesa Da Constituição

- ELEIÇÃO LEGISLATIVO

UNIÃOPRESIDENTE DA REPÚBLICACONGRESSO NACIONAL – CÂMARA DOS DEPUTADOS / SENADO FEDERAL

ESTADOSGOVERNADORASSEMBLEIA LEGISLATIVA – DEPUTADOS ESTADUAIS

DFGOVERNADORCÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

MUNICÍPIOSPREFEITOCÂMARA MUNICIPAL

UNIÃO

EXECUTIVO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

LEGISLATIVOCONGRESSO NACIONAL – CÂMARA DOS DEPUTADOS / SENADO FEDERAL

JUDICIÁRIO STF e TRIBUNAIS SUPERIORES

LEGALIDADEPARA O TITULAR DO PODER (POVO) PARA O ADMINISTRADOR PÚBLICO

(Art. 5º) II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Art. 37. A administração públicadireta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de LEGALIDADE, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

- LIBERDADE TOTAL, SALVO REGRAS ESTABELECIDAS PELA LEI, QUE PODEM ESTABELECER OBRIGAÇÕES / PROIBIÇÕES.

- LEGALIDADE = SÓ PODE FAZER O QUE A LEI DETERMINA OU AUTORIZA

Art. 59. O PROCESSO LEGISLATIVO compreende a elaboração de:

EXIGE SANÇÃO / VETO DO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

ADMITE INICIATIVA POPULAR

I EMENDAS À

CONSTITUIÇÃOArt. 60

NÃO NÃO

II LEIS

COMPLEMENTARES;Art. 61, 63-67 + 69

SIM SIM

III LEIS ORDINÁRIAS; Art. 61, 63-67 + 47 SIM SIMIV LEIS DELEGADAS; Art. 68 NÃO NÃO

V MEDIDAS

PROVISÓRIAS;Art. 62

NÃO NÃO

VI DECRETOS

LEGISLATIVOS;Art. 49

NÃO NÃO

VII RESOLUÇÕES.Arts. 51, 52 e § 2º do

68NÃO NÃO

Page 38: Anotação Defesa Da Constituição

Leitura do art. 48: Observamos que o conteúdo elencado nos artigos 49, 51 e 52 não são materializados por LEI ORDINÁRIA nem por LEI COMPLEMENTAR porque não admitem sanção do Presidente da República;

Não podem ser materializados por EMENDA CONSTITUCIONAL, pois EMENDA CONSTITUCIONAL objetiva a alteração da CONSTITUIÇÃO, o que não é o caso;

Não podem ser materializados por LEI DELEGADA, pois LEI DELEGADA materializa matéria que pode ser legislada por LEI ORDINÁRIA, logo, as matérias exigem sanção do Presidente da República, o que não é exigido dos artigos 49, 51 e 52.

Não podem ser materializados por MEDIDA PROVISÓRIA, pois MEDIDA PROVISÓRIA materializa matéria que pode ser legislada por LEI ORDINÁRIA, logo, as matérias exigem sanção do Presidente da República, o que não é exigido dos artigos 49, 51 e 52.

DECRETO LEGISLATIVO- MATÉRIA DE COMPETÊNCIA DO CONGRESSO NACIONAL- MATÉRIA EXTERNA CORPORIS (EM REGRA)

RESOLUÇÃO- MATÉRIA DE COMPETÊNCIA DAS CASAS DO CONGRESSO NACIONAL- MATÉRIA INTERNA CORPORIS (EM REGRA)- EXCEÇÃO: § 2º DO ART. 68 (MATERIALIZADA PELO CONGRESSO NACIONAL, NA DELEGAÇÃO PARA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA)

REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS- Artigos: 21 (84, 49, 48), 22, 23, 24, 25, 30

UNIÃO

Nomenclatura: EXCLUSIVA

Tipo: ADMINISTRATIVA /

MATERIAL

EXECUTIVO

LEGISLATIVO

DECRETO LEGISLATIVOLEI COMPLEMENTAR /

LEI ORDINÁRIA

Art. 21. Compete à UNIÃO:

Art. 84. Compete PRIVATIVAMENTEao PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Art. 49. É da competência exclusiva do CONGRESSO NACIONAL:

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da

Page 39: Anotação Defesa Da Constituição

União, especialmente sobre:

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;VIII - CELEBRAR TRATADOS, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

II - declarar a guerra e celebrar a paz;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;

II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;

XVII - conceder anistia;

VIII - concessão de anistia;

OBSERVAÇÃO:PERDÃO QUEM PODE CONCEDER?

ANISTIA - CRIME - COLETIVO - CONGRESSO NACIONALGRAÇA - PENA - INDIVIDUAL - EXECUTIVO

INDULTO - PENA - COLETIVO - EXECUTIVO

TIPOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃOMATERIAL /

ADMINISTRATIVAFORMAL /

LEGISLATIVAMATERIAL /

ADMINISTRATIVAFORMAL / LEGISLATIVA

EXCLUSIVA(doutrinária)

PRIVATIVA COMUMCONCORRENTE (§§ 1º, 3º e 4º) /

SUPLEMENTAR (§ 2º do 24 e II do art. 30)

NÃO DELEGÁVEL

DELEGÁVELNÃO

DELEGÁVELNÃO DELEGÁVEL

INTERESSE: NACIONAL /

GERAL

INTERESSE: NACIONAL /

GERAL

INTERESSE: DIFUSO

INTERESSE: GERAL = UNIÃO /INTERESSE REGIONAL =

ESTADOS /INTERESSE LOCAL =

MUNICÍPIOS

Page 40: Anotação Defesa Da Constituição

Art. 21. Compete à UNIÃO:

Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à Uniãolegislar sobre:

Art. 23. É competência COMUM da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal LEGISLARCONCORRENTEMENTE sobre:

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência SUPLEMENTAR dos Estados.§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Município possui competência concorrente? NÃO. A COMPETÊNCIA CONCORRENTE NÃO ABRANGE OS MUNICÍPIOS.

O que é competência concorrente? a competência concorrente estabelece que as matérias elencadas nos incisos do art. 24 devem ser legisladas pela união e pelos estados. a união somente pode criar regra gerais sobre as matérias e os estados normas especiais / regionais sobre as mesmas matérias. o foco da competência concorrente é que se a união for omissa, ou seja, se

Page 41: Anotação Defesa Da Constituição

aunião não criar as normas gerais, os estados ficam livres para legislar de forma plena, sendo que se posteriormente a união cumprir sua obrigação constitucional e criar a norma geral sobre assunto previamente legislado pelo estado de forma plena, naquilo que a norma da união entrar em conflito com a norma anterior do estado, a norma do estado deverá ser suspensa.

COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR- (§ 2º do art. 24) EXISTINDO NORMA GERAL CRIADA PELA UNIÃO, OS ESTADOS FEDERADOS E O DF NA SUA COMPETÊNCIA ESTADUAL (§ 1º DO ART. 32), PODERÁ APENAS COMPLEMENTAR / SUPLEMENTAR SEGUNDO AS SUAS PECULIARIDADES REGIONAIS.- (II do art. 30) EXISTINDO NORMA GERAL CRIADA PELA UNIÃO E NORMA ESPECIAL CRIADA PELO ESTADO, OS MUNICÍPIOS PODERÃO COMPLEMENTAR / SUPLEMENTAR SEGUNDO AS SUAS PECULIARIDADES LOCAIS.

PELO AMOR DE DEUS, BUDA, ALÁ, LEIAM OS ARTIGOS ABAIXO:ARTIGOS: 21, 22, 23, 24, 25, 29 (caput) e30SÚPLICA: LER ART. 34 e 36 = Intervenção Federal

ROTEIRO PARA A PROVA

1. TEORIA DA CONSTITUIÇÃO1.1 CONCEITO1.1.1 Normas formalmente constitucionais

1.1.1.1 Normas materialmente constitucionais1.1.1.2 Normas (apenas) formalmente constitucionais

1.1.2 Normas (apenas) materialmente constitucionais- T.I.D.H aprovados por 3/5 em 2 turnos de votação (§ 3º do art. 5º)- Bloco de Constitucionalidade

FORMA REPÚBLICAREGIME GOVERNO DEMOCRÁTICOSISTEMA PRESIDENCIALISTA

FORMA ESTADO FEDERATIVO

1.1.3 GERAÇÕES / DIMENSÕES DOS DIREITOS1.1.3.1 DIREITOS DE 1ª GERAÇÃO / DIMENSÃO1.1.3.2 DIREITOS DE 2ª GERAÇÃO / DIMENSÃO1.1.3.3 DIREITOS DE 3ª GERAÇÃO / DIMENSÃO

1.2 PODER CONSTITUINTE1.2.1 ORIGINÁRIO

- Histórico- Revolucionário- Características do Poder Constituinte Originário- Titulariedade do Poder Constituinte Originário

Page 42: Anotação Defesa Da Constituição

-- POVO-- NAÇÃO (Sieyès)

1.2.2 DERIVADO- DE REFORMA (Art. 60 (CF))---- SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA (ART. 57)---- SESSÃO LEGISLATIVA BICAMERAL, UNICAMERAL e

CONJUNTA---- MAIORIA QUALIFICADA e MAIORIA SIMPLES (RELATIVA)- DE REVISÃO (Art. 3º do ADCT)- DECORRENTE (Art. 25 (CF) + 11 (ADCT))- Características do Poder Constituinte Derivado- Limites do Poder Constituinte Derivado de Reforma e de

Revisão-- Reforma (formais, circunstanciais e materiais)-- Revisão (formais, circunstanciais, materiais e temporal)

1.3 NORMAS CONSTITUCIONAIS- NORMAS = REGRAS e PRINCÍPIOS- CONFLITO (APARENTE) DE NORMAS CONSTITUCIONAIS- RECEPÇÃO- NÃO RECEPÇÃO- REVOGAÇÃO- INCONSTITUCIONALIDADE- DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO

1.4 EFICÁCIA E APLICABILIDADE NORMAS CONSTITUCIONAIS1.4.1 RUI BARBOSA

1.4.1.1 Normas auto executáveis e1.4.1.2 Normas não auto executáveis (Constituição de

1891)1.4.2 JOSÉ AFONSO DA SILVA

1.4.2.1 Norma de eficácia PLENA1.4.2.2 Norma de eficácia CONTIDA1.4.2.3 Norma de eficácia LIMITADA1.4.2.3.1 DE PRINCÍPIO PROGRAMÁTICO1.4.2.3.2 DE PRINCÍPIO INSTITUTIVO / ORGANIZATIVO1.4.2.3.2.1 PERMISSIVA1.4.2.3.2.2 IMPERATIVA

UTILIZANDO AS LIÇÕES DE JOSÉ AFONSO DA SILVA COM RELAÇÃO A EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS, QUAL(IS) DELAS ADMITEM CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO?RESPOSTA: NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA DE PRINCÍPIO INSTITUTIVO IMPERATIVA

1.5 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES1.6 SENTIDOS DE CONSTITUIÇÃO

- FERDINAND LASSALE (SOCIOLÓGICA)- CARL SCHMITT (POLÍTICA)- HANS KELSEN (LÓGICO-JURÍDICO e JURÍDICO POSITIVO)

2. CONSTITUIÇÃO POSITIVADA2.1 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

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2.1.1 FEDERAÇÃO (FORMA DE ESTADO) (FORMAÇÃO DA FEDERAÇÃO NO BRASIL e nos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA DO NORTE)2.1.2 AUTONOMIA (TRIPLICE CAPACIDADE)2.1.3 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS- UNIÃO / ESTADOS / DF / MUNICÍPIOS- EXECUTIVO / LEGISLATIVO- ESPÉCIES NORMATIVAS FORMAIS (LC / LO / LD / MP / DL / R = Art. 59)- FORMAÇÃO DAS MESAS CD / SF / CN2.1.4 INTERVENÇÃO (FEDERAL)2.1.4.1 ESPONTÂNEA2.1.4.2 PROVOCADA2.1.4.1.1 POR SOLICITAÇÃO2.1.4.1.2 POR REQUISIÇÃO (STF)2.1.4.1.3 POR REQUISIÇÃO (STF / STJ / TSE)2.1.4.1.4 ADI INTERVENTIVA

2.2 PODER LEGISLATIVO e PROCESSO LEGISLATIVO2.2.1 Art. 44 – 582.2.2 Art. 59 ao 69