Anotações de Renata Dinardi Rezende Andrade - DISCUSSÃO X CONSTRUÇÃO DO CASO CLÍNICO

Embed Size (px)

Citation preview

  • 5/27/2018 Anota es de Renata Dinardi Rezende Andrade - DISCUSSO X CONSTRU O DO CASO CL N...

    http:///reader/full/anotacoes-de-renata-dinardi-rezende-andrade-discussao-x-co

    Anotaes de Renata Dinardi Rezende Andrade - DISCUSSO X CONSTRUO DO CASO CLNICO

    Discurso mdico: instituio psiquitrica se coloca em um lugar de saber sobre os seacientes.Objetalizao dos pacientes

    VIGAN, Carlo. A Construo do caso clnico em Sade Mental. Curinga Psicanlise e,.n.13, set. Belo Horizonte: EBP MG

    Discusso clnica x caso social

    Caso social: construo baseada num saber outro que no o do paciente, aponta para oanejo institucional.Caso clnico: resultante da construo do prprio sujeito, de seu trabalho subjetivo

    /*perspectiva da pesquisa p/ construo do caso clnico: evitar a objetalizao pela lidade - diversos agentes, experincia intersubjetiva, trabalho intersubjetivo, clnica institucional, abranger e incluir as diversas incidncias sociais, culturais einstitucionais nos participantes da pesquisa. Foco: Experincia individual x experincia compartilhada

    "seminrio terico ocorrido na Sesso Clnica do IRS em junho de 2002. Neste seminrlerson Alkmim prope trs pontos para pensarmos a diferena da Discusso do Caso Cl

    ara a Construo do Caso clnico: o lugar do profissional na equipe; a posio invesva e o ato clnico" (ALKMIM, 2002)

    "J a construo do caso clnico implica em compor a histria do sujeito, partindo dcpio que a equipe que o acompanha no sabe nada a seu respeito. O lugar que cada tico ocupa na relao com o paciente interrogado pela prpria equipe. A deciso de nduo no tomada pela maioria, no se trata de uma deciso democrtica, a autoridpassa a ser o saber do paciente, este o saber focalizado na construo do caso cl.Antnio Di Ciaccia nos lembra que o paciente o verdadeiro mestre de ensinamentos sobre o saber e sobre a estrutura do inconsciente. (CIACCIA, 1999) Trata-se de umtrabalho de recolhimento das passagens subjetivas que possam apontar a relao do sujeito com o Outro, assim como pontos de desestabilizao, desencadeamento, repeti

    ermitindo a equipe que o acompanha operar em uma lgica de trabalho na qual o prprio paciente nos dir qual a direo de sua cura. Neste sentido todos os tcnicos paoperar de forma integrada" (p. 4)

    "A discusso do caso clnico prope a investigar as causas, formas de apresentao esidade dos sintomas, enfocando novamente o comportamento. O objetivo eliminar asintomatologia da doena buscando aproximar o sujeito da normalidade.Na construo do caso clnico as causas, formas de apresentao e intensidade dos sitambm so importantes, mas no nos atemos somente a estes pontos. Segundo Carlo Vin, construir o caso clnico colocar o paciente em trabalho, registrar os seus moventos, recolher as passagens subjetivas que contam, para que a equipe esteja pronta para escutar a sua palavra, quando essa vier. compor a histria do sujeito, desua doena delimitando assim os fatores que favoream o incio da doena, buscando

    nhecer os pontos mortferos, os pontos de repetio, assim como os tratamentos realidos, e ainda as sadas que o prprio sujeito tem desenvolvido para lidar com seu sofrimento. A construo serve para operar o deslocamento do sujeito dentro do discurso. necessrio reativar a relao do sujeito com o Outro, de tal forma que essa relaa se sustentar na realidade.A partir da histria do sujeito, apreendemos a sua relao com o Outro, como ele intpreta o mundo. O objetivo intervir na relao do sujeito com o Outro, intervindo nseu modo de gozo, possibilitando assim, alguma mudana subjetiva" (p. 4)

    "O que se tenta, com esse procedimento, introduzir a dimenso do trabalho feito po

  • 5/27/2018 Anota es de Renata Dinardi Rezende Andrade - DISCUSSO X CONSTRU O DO CASO CL N...

    http:///reader/full/anotacoes-de-renata-dinardi-rezende-andrade-discussao-x-co

    r muitos 4 , proposta pouco sustentada nas instituies, em funo da dificuldade deoperar com sua lgica. A tendncia institucional responder com um saber pronto, umsaber sobre o paciente, bastando enquadrar aquele caso em um dos diagnsticos j conhecidos, com a proposta teraputica decidida a priori. H um privilgio dos discursoem que a subjetividade se encontra excluda.

    DI CIACCIA, Antnio. (1999) Da funo do Um prtica feita por muitos. Curinga - Pse e Sade Mental, no.13, Set. Belo Horizonte: EBP-MG

  • 5/27/2018 Anota es de Renata Dinardi Rezende Andrade - DISCUSSO X CONSTRU O DO CASO CL N...

    http:///reader/full/anotacoes-de-renata-dinardi-rezende-andrade-discussao-x-co