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Ansiedade face à situação de avaliação Definição e Estratégias opsizitopsicologiaeducacional.blogs pot.pt O Psizito O Psizito- Psicóloga Educacional Rita Leonardo Feijão

Ansiedade em avaliação

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Ansiedade face à situação de avaliação

Definição e Estratégias

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O que é a ansiedade?

Quem nunca sentiu tais sinais perante situações que

consideramos difíceis de lidar? Estas reacções fazem parte de um

mecanismo de defesa desenvolvido pelo Ser Humano,

denominado por Ansiedade, o qual é um estado de alerta perante

situações de ameaça.

Em termos psicológicos a ansiedade aparece da seguinte forma:

perante uma dada situação (realização de um exame, entrevista

para um emprego), avaliamo-la, comparamo-la com os nossos

recursos, se consideramos que não temos capacidade para

resolver a dita situação, ficamos ansiosos, por várias razões que

têm uma característica em comum, a insegurança relativamente

à situação.O Psizito- Psicóloga Educacional Rita Leonardo Feijão

Palpitações, suores, tremores, dificuldade para falar, mal estar abdominal, falta de ar e vontade de sair do local onde se encontra o quanto antes.

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O que sente um aluno que tem ansiedade face à situação de teste?

A ansiedade em situações de avaliação, conduz a

pensamentos, sentimentos e reacções emocionais

experimentados pelos alunos. Os batimentos cardíacos

acelerados, as dificuldades em adormecer ou acordar durante a

noite, a grande tensão muscular, as mãos suadas, são alguns

dos sinais físicos que traduzem níveis elevados de ansiedade.

Estas reacções são acompanhadas de pensamentos e

sentimentos negativos relativamente a um desempenho nas

provas.

Rita
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Até que ponto a ansiedade constitui um factor negativo?

Existe uma grande tendência em considerar a ansiedade como

algo negativo, quando na realidade é fundamental para

resolvermos as situações, se não vejamos: se vamos fazer um

exame escolar decisivo para o nosso percurso académico, é

natural que fiquemos ansiosos, tal estado significa que

estamos empenhados, sentimos o dever e a responsabilidade

de resolver esta situação. Para que isso ocorra é necessário

estar alerta e só acontece se tivermos um determinado nível

de ansiedade, o qual é variável para cada indivíduo. Pelo

contrário, quando estamos muito relaxados numa situação

desta natureza, das duas uma, ou não estudamos e sabemos

de antemão que vai ser difícil ultrapassar o obstáculo, ou

então sabemos dominar perfeitamente a situação.

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Por conseguinte, a ansiedade até determinado nível (chamado

nível ideal), é facilitador da aprendizagem, por ex., existem

pessoas que necessitam de um nível superior de ansiedade para

conseguirem produzir o seu trabalho de forma eficiente,

enquanto outras com um baixo nível funcionam melhor; isso não

significa que as primeiras apresentem perturbações de

ansiedade, significa apenas que o nível exigido é superior nas

primeiras. Por seu lado, quando os níveis de ansiedade são

elevados para o sujeito, surge a ansiedade patológica, a qual é

perturbadora da aprendizagem. Tais níveis podem ocorrer

quando um estudante tem uma “branca” e não consegue

terminar o exame. Se tal situação ocorrer uma vez por outra não

faz sentido falar em perturbações de ansiedade. Tal pode ocorrer

devido ao cansaço, falta de estudo ou outra situação. Pelo

contrário se a frequência e intensidade dos níveis de ansiedade

afectarem negativamente o seu desempenho, estamos perante

uma situação patológica que não deve ser omitida nem

subestimada, tanto pelo indivíduo como pelos seus familiares

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Como é que os nossos alunos podem combater o fantasma da ansiedade?

• Organizar um plano de estudos com base na data das provas de avaliação do período, Provas Globais ou Exames, tendo em conta as necessidades pessoais de cada aluno;

• Efectuar a revisão das matérias que sairão nas provas. A preparação para as Provas e/ou Exames começou desde o início do ano lectivo; nesta fase, o aluno deverá estudar / rever os seus resumos escritos, resolver fichas e testes antigos; fazer exercícios; responder a perguntas; etc.

• Fazer pausas. Uma vez que não há aulas, os alunos podem estudar muitas horas por dia, mas devem fazer pausas para descansar, privilegiando actividades de que gostam. Nesta fase, as dores de cabeça normalmente são sinais de extremo cansaço, o que exigirá uma pausa maior e nunca o consumo de medicamentos.

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• Manter a prática de desporto ou actividade física, uma vez

que nos ajuda a relaxar. Os psicólogos aconselham a prática do

desporto às pessoas mais nervosas e sujeitas a maior stress, em

particular sugere-se a natação. Recolher informações sobre as

Provas. Nas Provas Globais, os alunos devem analisar bem as

matrizes e dar bastante atenção às informações específicas dadas

pelos professores relativamente às mesmas; nos Exames, é

importante resolver as Provas Modelo e os exames de anos

anteriores com base no mesmo programa. • Conhecer bem os Critérios Gerais de Avaliação. Para além de

ter conhecimento dos critérios de avaliação de cada disciplina,

nesta etapa, é muito importante conhecer bem as normas e regras

gerais de avaliação e saber aplicá-las no seu caso.

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Na véspera das Provas ou Exames:Ter uma boa noite de sono. O aluno que não dormiu o suficiente,

terá dificuldades em raciocinar e memorizar. O cansaço, para

além de afectar o rendimento intelectual, afecta também a

estabilidade psicológica do aluno que não dorme o suficiente,

pois está mais tenso e mais nervoso. • Criar expectativas positivas relativamente ao desempenho

das Provas e/ou Exames. O aluno que tenha pensamentos muito

perturbadores associados às Provas deverá utilizar a técnica de

modificação de pensamentos, no sentido destes serem mais

positivos e mais ajustados. Por exemplo, se penso “Este exame

vai ser tão difícil que não vou conseguir fazer nada!!!” deverei

pensar “Este exame vai ter questões difíceis e outras mais fáceis.

Para me acalmar deverei começar pelas mais fáceis!” Utilizar

técnicas de auto-instrução vai ajudar a manter a calma.

Exemplos do que poderá dizer: “Tenho a certeza de que vou

conseguir, porque estudei para isso. Se me mantiver calmo,

conseguirei raciocinar melhor.”

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• Partilhar com amigos ou familiares os medos e ansiedades

pode ajudar a baixar essa mesma ansiedade. O apoio afectivo

e as palavras de confiança que nos são dirigidas são muito

importantes nestes momentos. • Seleccionar actividades que nos possam relaxar, tais como,

ouvir música, conversar com os amigos, tomar um banho de

imersão, dar um passeio, namorar...

• Realizar alguns exercícios que se apresentam de seguida,

com base nas técnicas de relaxamento:

Exercício 1

Deitado de barriga para cima, com as mãos sobre a caixa

toráxica ou de pé com os pés ligeiramente afastados, inspirar

lentamente pelo nariz contando mentalmente até 10. Suspender a

respiração até se conseguir e, de seguida, expirar pela boca,

muito lentamente numa contagem até 10. Repetir o exercício pelo

menos 3 vezes.

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Exercício 2

Sente-se no sofá ou cadeira confortável, com as costas

direitas e cabeça apoiada, com os olhos cerrados, contraia todo

o corpo o mais que puder e, muito devagar, deixe-se cair para

trás, relaxando todos os músculos. Este exercício terá melhores

resultados se for praticado pelo aluno 2 vezes por dia, durante o

tempo em que andar mais nervoso. Exercício 3

Deite-se na sua cama, de barriga para cima, ou sente-se à

vontade no sofá com a cabeça bem apoiada e as mãos sobre as

pernas. Feche os olhos e imagine uma cena relaxante, pode ser

uma recordação ou acontecimento recente ou algo totalmente

imaginado. Passe pelo menos 10 minutos com essa imagem

positiva na cabeça. Este exercício pode ser conjugado com o

exercício anterior.

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• Chegar um pouco antes da hora marcada;

• Levar para a prova todo o material necessário;

• Ler todo o enunciado da prova antes de começar a

responder;

• Começar a responder pelas questões mais fáceis,

controlando o tempo;

• Fazer um esquema mental antes de começar a responder

ou escrever os tópicos no rascunho. Esta sugestão é mais

importante para perguntas de desenvolvimento.

• Se houver tempo, reler as respostas para corrigir algum

erro.

Imediatamente antes e durante a prova

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• Quanto aos bloqueios, o aluno deve pôr de parte o teste e

pensar noutra coisa. Por vezes, basta mudar de questão para

desbloquear. Se houver necessidade, poderá, durante alguns

minutos, fixar um quadro que exista na sala ou aplicar os

Exercícios 1 ou 3. Quando o aluno voltar a fazer a prova, não

deve retomar de imediato a questão que o fez bloquear. Será

preferível guardá-la para o final.