36
1 Estados de África

Antigos Estados da Africa

Embed Size (px)

DESCRIPTION

o presente trabalho caracteriaza aquilo que foram os antigos Estados de Africa

Citation preview

Estados de frica

.O DESENVOLVIMENTO SOCIAL, POLITICO ECONOMICO E CULTURAL DO EGIPTO

Fontes Para o estudo da Histria do Egipto podemos recorrer s seguintes fontes:Documentos escritos por Herdoto, o pai da Histria que apresenta vrias observaes sobre a histria dos antigos habitantes egpcios e da sua civilizaoOs vrios monumentos histricos que se espalham por todo o Pas com maior destaque para os templos e tmulosOs trabalhos feitos pelo professor francs de nome Champollion, que foi um dos primeiros a decifrarem a antiga escrita hieroglfica do Egipto atravs da pedra roseta.A Pedra de Palermo, Este documento est conservado na cidade de Siclia na Itlia, uma placa de Diorito gravada nas duas faces e tem os nomes de todos os faras que reinaram no Egipto desde a V dinastia por vota de 2450 a.C. A partir da III dinastia este documento arrola no s os nomes dos soberanos na ordem da sua sucesso, mas tambm os principais eventos de cada reinado ano a ano.O papiro de TurimEsta fonte esta na cidade de Turim, consiste apenas na lista dos governantes com seus protocolos completos e o nmero de anos, meses e dias dos seus reinados em ordem cronolgica, fornece ainda a lista completa de todos os faras desde os primeiros tempos at o ano de 1200.Localizao Geogrfica O Egipto situa-se no nordeste da frica do norte, no norte limita-se com o mar Mediterrneo, no sul com o Sudo, a oeste com a Lbia e a leste com o Mar Vermelho e a nordeste com o Israel.Este territrio um grande deserto cortado ao meio pelo rio Nilo, que foi muito importante e razo para o desenvolvimento dessa civilizao, pois, sem ele, esta regio estril e de clima seco no oferecia condies mnimas para a existncia de seres humanos.

Assumindo que a aco do Homem mais importante do que o Dom da natureza, pode-se concluir que o desenvolvimento prodigioso da civilizao egpcia deveu-se essencialmente ao trabalho, organizao, dinamismo e criatividade do povo que habitava aquela regio.Vida SocialNo topo da sociedade egpcia encontrava-se o fara que estava acompanhado por uma imensido de parentes e na base se encontravam os escravos, camponeses, artesos e soldados.A sociedade egpcia estava organizada de maneira muito rija e no havia espao para a mobilidade social, e tinham as seguintes classes sociais: Classe dominante ou exploradora era composta pelo Fara, sacerdotes, nobres e altos funcionrios; Classe dominada ou explorada era composta pelos artesos, camponeses, soldados e escravos.Vida Econmica A principal actividade econmica dos egpcios era a agricultura, que estava muito relacionada com o rio Nilo, sendo que as principais culturas eram, trigo, cevada, frutas, legumes, linho, algodo, para alm da agricultura eram praticadas outras actividades tais como comrcio, artesanato, tecelagem, construo de navios, cermica etc.Na sociedade egpcia, a propriedade da terra pertencia ao fara, ou seja todas as terras pertenciam ao estado e eram controladas pelo Fara.Para alm das actividades supra mencionadas, a cobrana de impostos foi outra importante fonte de receitas e garante de uma certa estabilidade econmica dentro do estado egpcio.

Vida Cultural:A religio:Os egpcios tal como vrios outros povos da antiguidade eram politestas, ou seja adoravam vrias divindades, incluindo certos animais incluindo bois, crocodilo, gato, at o rio Nilo era tambm considerado um Deus por isso era adorado. A religio egpcia tinha entre vrias, as seguintes caractersticas: Zoomrfica que consistia em representar os deuses em forma de animais; Antropomrfica que consistia em representar os deuses em forma humana, e; Antropozoomrfica que consistia em representar os deuses em forma humana e animal simultaneamente.Os principais deuses eram Osiris, Isis e Hrus.Os egpcios acreditavam na vida aps a morte, por isso, eles desenvolveram muito a mumificao que lhes permitia a conservao do corpo aps a morte, sendo a destacar a que os corpos dos cidados mais importantes, eram conservados em grandes Tmulos. Depois da morte, a alma comparecia no tribunal de Osiris, onde era julgada e se as suas culpas fossem grandes, condenava-se ao tormentos eternos e se fosse pura, passava a gozar de felicidade na presena dos deuses.Vida artsticaEles desenvolveram muito a arquitectura, profundamente ligada a religio, que consistiu na construo de templos que serviam como morada dos deuses, e pirmides que serviam de tmulos para os faras.EscritaOs egpcios desenvolveram trs principais tipos de escrita com destaque para a escrita: Hieroglfica que era considerada escrita sagrada gravada em paredes; Hiertica era uma simplificao da escrita hieroglfica e era escrita em papiro, e; Demtica que era para o uso popular para escrita de documentos ou cartas.A cinciaDesenvolveram a matemtica que era muito usada nas obras de construo de canais de irrigao, diques, distribuio de terras, construo de templos e pirmides, na matemtica eles sabiam somar, subtrair e dividir mas no conheciam a multiplicao.Na astronomia eles criaram um calendrio baseado nos movimentos do sol, o seu calendrio tinha 12 meses de 30 dias cada e mais 5 dias para festas e no final faziam 365 dias.Na medicina, destaque vai para as operaes cirrgicas tais como a trepanao, eles curavam tambm doenas de estmago com recurso a ervas e magia.

OS ESTADOS DO SUDO OCIDENTAL (GANA, MALI, SONGHAY)

Fontes: Para o estudo dos estados do Sudo Ocidental temos como principais fontes, as seguintes: Fontes Antigas: so fontes escritas em rabe, e so as mais importantes, pois, elas elucidam perodos muito recuados da histria do Gana, e foram na sua maioria escritas pelos seguintes autores rabes: Ibn Hawkal sec. X, Al Bakri sec. XI, estas fontes so reforadas por informaes fornecidas por Abderrahmane Saadi e Muhamad Kati, no perodo compreendido entre os sculos XVI e XVII. Tradio Oral: este tipo de fontes permitiu reunir importantes elementos que ajudaram a decifrar algumas incertezas descritas nos documentos rabes e relacionados com os vestgios arqueolgicos. Fontes Arqueolgicas Antigas.O Estado do Gana 2.1.1. Origens do GanaO Gana foi fundado pelos soninks ou sarakolles, que eram um subgrupo do povo mandeu (mandingo ou mandenka) que habitavam a regio Sudano SahelinaO Gana o primeiro estado da frica negra conhecido com muita preciso (KI-Zerbo, 1978).Localizao GeogrficaO antigo estado do Gana estava situado ao norte das duas curvas divergentes dos rios Nger e Senegal, e que actualmente este espao fsico ocupado pelos estados do Mali e do Burquina Fasso.Esta regio apresenta um clima hmido e a sua localizao geo-estratgica favoreceu a prtica da agricultura, a criao do gado e o comrcio, e por via disso, este Pais foi durante algum tempo chamado por Pas dos rebanhos ou UAGADU.Principais grupos tnico-populacionaisOs principais grupos populacionais que habitaram o Gana foram os seguintes: Ba fur - composto por outros subgrupos ( bambaram ou mandeus, touculeures, volofos e sereres); Os songhais, e; Os soninkes de onde faziam parte os Sarakolles, diulas e danfings.Organizao PoliticaO antigo estado do Gana tinha uma estrutura politica bastante organizada, o seu fundador foi Kaya Maghan que era cognominado por senhor de ouro em virtude deste territrio possuir numerosos jazigos de ouro. A capital do estado era Kumbi Saley, onde Kumbi significava a cidade santa ou sagrada e Saley presume-se que seja nome do soberano que fundou esta cidade. A cidade de Kumbi Saley era composta por duas zonas distintas: Zona comercial que se encontrava na regio de plancie e habitavam os mercadores rabes e muitos sbios de renome e contava com um total de 12 mesquitas, e; Zona da cidade era a cidade real onde viviam o rei acompanhado pelos outros altos funcionrios da corte. Nesta zona da cidade encontravam-se os bosques sagrados denominados por EL Ghaba que significa floresta, encontravam-se l as serpentes, as sepulturas reais, e uma mesquita para aqueles funcionrios da corte que professavam o Islamismo.As duas partes da cidade estavam ligadas por uma longa avenida ladeada de casas de pedra e madeira e de accias. Quanto a estrutura politica, o Gana era governado por um rei denominado Tunka, que exercia o seu poder apoiado por um conselho do rei de onde faziam parte os altos dignitrios, alguns dos quais eram muulmanos e antigos escravos, os filhos dos reis vencidos que eram guardados na corte como refns eram tambm associados ao governo, esta medida visava favorecer uma governao muito participativa, onde os vencidos tambm se sentissem parte integrante na tomada de decises.O rei acumulava todos os poderes nomeadamente polticos, magico-religiosos, econmicos, administrativos e socio-culturais.No processo de governao para alm das audincias que eram frequentemente organizadas, todas as manhs, o soberano fazia uma ronda de justia, onde saia de cavalo acompanhado de todos os oficiais e dava volta a capital, onde ouvia todas as queixas dos seus sbditos mais humildes e logo mandava fazer a justia e de noite fazia outra ronda que no devia ser interrompida. A sucesso ao trono era por via matrilinear, ou seja o rei era sucedido pelo filho da sua irm, isso para garantir que o sucessor fosse proveniente do mesmo sangue, porque de acordo com Ki Zerbo, h sempre segurana de ser irmo da prpria irm, mas nem sempre se est seguro de ser pai do prprio filho.ReligioEm termos religiosos, tinham no estado do Gana a convivncia entre o islamismo e ao animismo, pois, o soberano e os seus sbditos eram animistas e praticavam o culto do deus serpente designado UAGADU BIDA, que eram antepassado do totem dos Ciss, enquanto isso, os comerciantes rabes professavam o islamismo.Do exposto fcil concluir que no antigo estado do Gana havia tolerncia religiosa, pois, ningum era obrigado a professar a religio do rei. Este aspecto favoreceu bastante a coeso e uma certa estabilidade poltica e cultural, pois entre os animistas e os muulmanos havia uma convivncia pacifica.Economia.Devido a sua posio privilegiada nas margens dos rios Nger e Senegal, aliada as condies fisico-naturais, o Gana conseguiu manter um grande dinamismo econmico assente na produo agrcola e no comrcio.Apesar deste prodigioso desenvolvimento da agricultura que era suficiente para alimentar todos os habitantes do seu territrio, a principal riqueza do estado provinha do comrcio do ouro que era produzido e bastante controlado pelo estado com fortes medidas proteccionistas em que o Tunka ou soberano cobrava um dinar (moeda local) por cada burro que entrava carregado de sal e cobrava dois dinares por cada burro carregado que sasse, esta medida demonstra a inteno que existia por parte dos soberanos do Gana que estavam mais interessados em incrementar as importaes e limitar as exportaes do ouro.O ouro era proveniente das regies situadas ao sul nomeadamente Bur, Galam, Bambuque e era trazido pelos mercadores Wangaras.Por vezes os mercadores do Magrebe procuravam furtar-se dos servios onerosos dos Wangaras e preferiam ir as regies dos jazigos aurferos em busca das melhores vantagens, onde praticavam com os habitantes locais um comrcio ilegal sem palavra, onde alm do ouro conseguiam levar consigo o marfim, goma e escravos. A actividade comercial envolvia outros produtos nomeadamente tecidos de l, algodo, seda, prpura, anis de cobre, prolas e produtos agrcolas como tmaras, e figos em troca de produtos locais e muito valiosos como o marfim, sal alm do prprio ouro que era a principal veniais comercializvel naquele estado.O declnio do GhanaPara a decadncia do estado de Ghana temos a destacar trs principais causas que foramPoliticas:Invaso dos povos almorvidas que eram povos nmadas e pastores que no ano de 1077 conseguiram a ocupar a capital do Ghana a cidade de Kumbi SalehEconmicas:A queda do comercio Transahariano devido as invases dos almorvidas o que viria a dificultar as circulao das caravanas que mudaram de Ghana para Tombuctu.NaturaisDestaque para a seca prolongada que se verificou naquela regio.

O ESTADO DO MALI

Composio tnico Populacional do MaliOs habitantes do Mali eram parte integrante do grupo populacional mandeu, e eram compostos pelos seguintes subgrupos: Os Traors; que viviam na regio de Dakadyala; Os Konats: ocupavam a regio de Tabu; Os Keitas: que viviam na regio dos montes Mandiga. Origem do Estado: provvel que numerosos pequenos grupos mandeus ocupassem a regio do alto Senegal e o alto Nger, nomeadamente os traors, konats, kamaras e keitas, tendo como elementos de unio os seguintes: o nvel de vida, a religio, a organizao social de base e avanaram para uma organizao politica mais complexa.Os mandeus, futuros fundadores do Mali, tiveram que travar com os Sosoe que se tinham instalado nas antigas runas do Gana e liderados por Sumaoro Kante enquanto os mandeus eram liderados por um jovem de nome Sundjata Keita[footnoteRef:2], conseguiram dominar os sosoe em 1235 na batalha de Kirina. [2: Sundjata foi designado por vrios nomes tais como; Maghan Sundjata, que significa rei Sundjata ou Marindjata que significa senhor Diata ou Leo e ainda Simbon Salaba que significa mestre caador.]

A batalha de Kirina para alm de constituir um triunfo militar dos aliados, consolidou a aliana entre os cls, tal como significou o preldio do Islo na regio, pois Sundjata foi um grande protector dos Muulmanos.Organizao PoliticaO Imprio do Mali era constitudo por cerca de 400 cidades e vilas e tinha adoptado um sistema de governo bastante descentralizado e nele havia dois tipos de provncias: Provncias resultantes da aliana com os antigos reinos do Gana: Cujos reis conservavam seus antigos ttulos por exemplo Kumbi Saley no Gana. Provncias conquistadas: estas tinham uma autoridade bicfala, pois ao lado do chefe tradicional, foi colocado um governador ou Farin, que representava o mansa ou imperador.Existia um ncleo central submetido a administrao directa do rei.Uma zona semi-perifrica, e as regies perifricas. Junto ao ncleo central as provncias eram governadas por um dyamini tigui ou farba e encontravam-se divididas em conselhos ou kofos e em, aldeias designadas Dugu, onde a autoridade era bicfala, pois ao lado do chefe militar encontravam o chefe religioso.Nas regies semi-perifericas, o farba do rei servia como um ministro residente e fiscalizava as actividades do chefe local, recolhia tributo pago ao chefe local e podia em caso de guerra requisitar tropas entre as suas gentes. A primeira capital do Mali estava em Dakadyala nas margens do rio Sankarani, territrio Kamara e apresentava as mesmas caractersticas que Kumbi Saley, bastante rica em ouro e com duas regies distintas, nomeadamente:A cidade real onde se localizavam as residncias do soberano e da sua corte, as residncias dos sacerdotes e as florestas sagradas, a outra era a cidade comercial onde residiam os comerciantes vindos do norte e os rabes berberes.Mais tarde a capital do estado passou a ser Niani, a mudana da capital de Dakadyala para a Niani foi justificada pelos seguintes factores: O conquistador, Sundjata no se sentia a vontade no interior do seu cl em Dakadyala; A cidade de Dakadyala estava rodeada de montanhas e era de difcil acesso; Niani possua boas reas naturais ao longo do rio Sankarani que era navegvel ao longo de todo o ano. Niani limitava-se de florestas de onde vinham o ouro, nozes de cola, e azeite de dend e onde os comerciantes maninka iam vender tecidos de algodo e objectos de cobre.Os Sucessores de Sundjata KeitaEntre o sucessores do rei Sundjata Keita destaca-se o seu sobrinho de nome Kanku Mussa, que aps a sua subida passou a ser designado por Mansa Mussa e reinou no perodo compreendido entre (1307- 1332), no ano de 1325, ele fez uma peregrinao a Meca e tornou o Mali muito conhecido no exterior, principalmente no Magrebe, Egipto e Portugal. Ele fez uma viagem ao Egipto onde distribuiu muito ouro tendo originado a queda de preo no mercado mundial. Mansa Mussa consolidou as conquistas do seu tio Sundjata e tornou muito respeitada a autoridade central. Mandou erguer novas construes com a ajuda de um arquitecto egpcio de nome Ishak Al Tuedjin, que construiu grandes mesquitas em Gao e Tombuctu, o palcio real e em Niani mandou construir a mais bela obra arquitectnica em Niani que foi a sala de audincias. Mussa foi tambm um grande mecenas, pois, deve-se a ele a existncia de uma literatura negra em lngua rabe, que evidenciou-se entre os sculos XIV-XVI, nas cidades de DJenn e Tombuctu. Mansa Solimo ele reinou no perodo compreendido entre 1336 -1356, e era irmo de Kanku Mussa, e foi durante o seu reinado que o Mali foi visitado pelo historiador e gegrafo rabe Ibn Batuta, que ficou muito encantando pela administrao do mansa Solimo que era um grande justiceiro. Religio:Tal como no estado do Gana, havia no Mali a prtica de ritos animistas geralmente por indivduos da classe dominante, enquanto que os comerciantes rabes principalmente os sarakols e os dilas professavam o islamismo.Vida Econmica:A principal actividade econmica era o comrcio de ouro, mas paralelamente praticava-se a agricultura e a criao de gado, com destaque para a cultura de arroz, que era cultivado nos vales dos rios Nger e Sankarani, cultivava-se tambm o feijo e muitos legumes.A prosperidade agrcola, permitiu ao Mansa manter um exrcito numeroso e oferecer constantemente banquetes s multides. As premissas das colheitas principalmente o Inhame, eram oferecidas ao mansa e aos seus altos funcionrios.Em relao a pecuria destaca-se a criao de bovinos, ouvinos, caprinos e praticava-se tambm pesca.Quanto ao artesanato, destaca-se o fabrico de armas e a tecelagem.Decadncia do MaliA queda do Mali inicia no sc. XIV com a queda gradual do comrcio que vinha sendo mantido com os rabes e foi substitudo pelos Songhais e tambm devido ao interferncia dos portugueses, que tinham tomado Ceuta em 1415.Outra razo que explica a decadncia do Mali foram os ataques dos tuaregues e dos berberes seguidos das invases de Sunni Ali e suas tropas.Intrigas pela conquista do poder aps a morte do Mansa Solimo.O ESTADO DO SONGHAY Composio tnico - populacional Os principais grupos tnico populacionais que habitaram no antigo estado do songhay foram: Os sorkos (pescadores) Gabibis (camponeses) Tuaregues Peuls Sangaras. O Governo de SonghayEste era constitudo por ministros e conselheiros nomeados que podiam ser demitidos pelo ASKIA e distinguiam-se dois tipos de governo que eram o governo central e o governo das provncias.Governo CentralOs funcionrios do governo central formavam o conselho imperial que era responsvel por debater todos os problemas do imprio.Havia um funcionrio chanceler que era responsvel de redigir todas as actas dos conselhos imperiais, tratava da correspondncia do soberano, e d execuo das leis.Os outros funcionrios de tarefas no muito importantes cuidavam dos departamentos sem uma clara especializao das suas funes.Os principais dirigentes do governo central eram os seguintes: Hi-koy era o senhor das guias e chefe da flotilha, a sua funo era das mais antigas e importantes, ele assumia de um lado o estatuto de ministro do interior e controlava o governo das provncias. Fari mondio/mondzo tinha funes de ministro da agricultura, resolvia os conflitos de terra. Hari farma tinha funo de inspector das guas. Saw farma tinha funes de inspector das florestas Wanney farma era encarregado de zelar pelo controle das propriedades do soberano e desempenhava funes anlogas s do wanney farma Kalissa Farma tinha funes de ministro da finanas, estava ligado tesouraria, cuidava do tesouro imperial e controlava as despesas do soberano. No exerccio das suas funes, ele era coadjuvado pelos seguintes dignitrios: bana farma (encarregado dos salrios) e doy farma que era o chefe das compras. Balama farma tinha funes militares Korei farama, tinha funes de ministro encarregado pelos estrangeiros brancos.Governo ProvincialHavia dois tipos de provncias que eram provncia conquistadas e provncias secundrias.a) Governo nas provncias conquistadasEstas provncias eram governadas por funcionrios nomeados e demitveis a qualquer momento pelo askia, exerciam o poder soberano, excepto a justia que estava confiada aos Cdis.O imprio era dirigido por duas grandes provncias que eram a provncia de Kurmina que se localizava a oeste e a provncia de Dendi que se localizava a sudeste.A funo de governador da provncia de Kurmina tambm designado kurmina fari ou kanfari era exercida fundamentalmente pelos prncipes de sangue, e eles eram nomeados em Gao e subordinados ao Askia.At finais do sc. XVI, o kurmina fari tornou-se o verdadeiro chefe de todas as provncias do oeste, impondo-se pelo seu poderio militar que contava nas suas fileiras com cerca de 4000 homens no exrcito e que podia desafiar o poder de Gao.Quanto a provncia de Dendi, o seu poder era exercido pelo dendi fari que quanto ao estatuto orgnico era a terceira personalidade mais importante do imprio. O seu exrcito era mais modesto que o de kurmina e visava fundamentalmente a defesa das fronteiras meridionais do imprio.b) Governo nas provncias secundrias:Estas eram governadas por funcionrio nomeados pelo askiaEconomiaDevido a sua localizao junto ao sahel sudans, o imprio de Songhay era uma regio muito privilegiada para os intercmbios comerciais trans-saharianos.O rio Nger que o cortava mais ou menos ao meio facilitava as comunicaes, e o seu vale era intensamente cultivado.A economia do imprio de Songhay estava dividida nos seguintes sectores: sector rural ou tradicional e o sector urbano ou comercial.No sector rural, a principal actividade praticada era a agricultura praticada em moldes muito rudimentares sendo que os escravos eram a principal mo de obra e estavam sob o controle dos capatazes(os fanfa), a pesca e a colecta de imposto e era tambm outra fonte de receitasQuanto ao sector comercial ou urbano destaca-se a criao de bovinos, e caprinos que forneciam muita carne e leite as populaes urbanas.As principais cidades comerciais eram: Walata, Gao, Tombuctu e Djenne, que assumiam o estatuto de centros de comrcio trans-sahariano e tinham contacto com os grandes mercados de sahara e com regies mais longnquas.A EVOLUO POLTICA, ECONMICA, SOCIAL E CULTURAL DAS CIVILIZAES DO SUDO: SUDO CENTRAL (ESTADOS HASSA E KANEM-BORNU)

Os estados HaussaSituao geogrfica e evoluo poltica Geograficamente, os estados haussa se situavam na vasta regio entre o Nger e o Tchad. A Leste, o Baixo Nger; a Oeste, o macio de Air; ao Norte, o Benu; ao sul, afluente de Nger.Na perspectiva de Giordani (1997, p.110-111), o termo Haussa no significa uma unidade tnica, mas sim uma unidade lingustica. Por volta do sculo X, quando reinava a Rainha Daurama na Cidade de Daura, a meio caminho entre o Nger e o Tchad, a regio estava ameaada por uma serpente, Sarki. Um caador branco chegado do Norte, Abu Yezid, teria eliminado o monstro e desposado (casado) a rainha. Seus descendentes fundaram os sete reinos Haussa, nomeadamente: Daura, Kano, Gobir, Katsina ou Katsena, Biram, Zegzeg e Rano.Ainda a avaliar pelo mesmo autor (Ibid., p.111) pode-se perceber que do sculo X ao sculo XIII, os haussa permaneceram isolados. No sculo XIII sofreram a influncia dos imigrantes provenientes do Mali que trouxeram consigo o Islamismo. O mais conhecido dos estados haussa o Kano. Esta Cidade estava cercada por uma muralha feita de vigas, de madeira e barro. A crnica de Kano, escrita em rabe em fins do sculo XIX ou baseada em tradies orais, apresenta como primeiro soberano Bagoda, neto de Abu Yezid. Gidjimassu, neto de Bagoda, foi o fundador do Kano, em princpios do sculo XII.No sculo XV o reino de Kano parece ter se tornado, temporariamente, vassalo de Bornu, proporcionando a este escravos capturados nas regies meridionais e em outros estados haussa. Estes escravos eram levados para o mercado Islam. Nos princpios do sculo XVI Kano foi invadido pelo Askia Mohamed, soberano dos Songhais, que ocupou igualmente os reinos de Katsina e de Zegzeg. O reino de Katsina, situado numa ramificao da rota de caravanas que unia Mali ao Egipto, foi fundado tambm por neto de Abu Yezid.A islamizao chegou a Katsina por intermdio dos mandingas no sculo XIV. No sculo XV Katsena devia pagar ao Bornu, tributo anual correspondente a cem escravos. Ki-Zerbo (1999, p.192) refere que Daura era a cidade me. A evoluo poltica haussa trouxe com o tempo a centralizao estatal.Evoluo culturalA penetrao do Islam foi favorecida pela chegada de letrados e artesos mandingas procedentes do vale do Nger. A religio Islmica s foi adoptada por alguns prncipes. A populao permaneceu fiel as suas velhas crenas camponesas e animistas. Os prprios soberanos, embora muulmanos estavam frequentemente obrigados a fazerem-se iniciar nos cultos tradicionais.O Gobir foi um Estado haussa que mais contacto teve com os Tuaregues. Era constitudo por populao que possua tradies muito diferentes das dos outros povos haussa. Assim, por exemplo, enquanto os reis exerciam uma funo poltica, o rei do Gobir era um personagem revestido de poderes mgicos.Evoluo econmicaDe acordo com Sengulane (2007, p. 219), atestando a pujana da sua economia, cedo as cidades-Estado haussa conheceram uma diviso econmica e social do trabalho. Esta fora econmica retratada na lenda popular sobre a origem dos haussa que comenta que Kano e Rano eram os reis do ndigo, o que atesta que a produo estava ligada produo e tinturao de tecidos; Katsina e Daura, os reis do mercado, o que indica que a tradio econmica estava relacionada com a actividade comercial; Zaria (Zegzeg), rei dos escravos, o que d a ideia de que tradicionalmente esteve ligada ao fornecimento de mo-de-obra servil s outras cidades. Gobir, rei da guerra, o que deixa perceber que sempre incumbiu-se de defender as outras cidades para que pudessem realizar as actividades econmicas.Segundo a narrao de Kano, apud Adamu (1988, p.310), os estados haussa assentavam a sua evoluo econmica na explorao de jazidas de ferro, que existiam bem distribudas por todo territrio. A fundio do metal era feita derramando nos fornos grandes quantidades de pedregulhos ferruginosos. Do material derretido fabricavam-se instrumentos agrcolas, facas machados, flechas, lanas e outros materiais.Uma outra actividade praticada e certificada nos documentos de Ibn Battuta e Hassan Ibn Muhammad al Wuzzan (Leo africano), era a agricultura. O exerccio desta actividade foi favorecido por dois factores: a fertilidade dos solos em quase todo o territrio e o elevado nmero da populao que se encontrava distribuda de forma regular. As runas das antigas cidades e vilas, nos vrios Estados, evidenciam bem essa distribuio. A terra pertencia s comunidades aldes, vilas ou cidades. Ela nunca podia ser vendida, salvo em casos autorizados, e o seu usufruto cabia aos que cultivavam. A sua utilizao era supervisionada por um chefe o sarki, que podia admitir a venda de lotes a indivduos estranhos a comunidade. O artesanato Era depois da agricultura, a actividade mais importante para a economia haussa, principalmente a partir do sculo XIV. A produo artesanal era relativamente alta, graas diviso do trabalho e especializao. A indstria txtil de algodo ocupava o primeiro lugar, depois vinha a indstria de couro (sola) e da sapataria que produzia bolsas, calado, selas, almofadas que eram exportados para Tombuctu, Gao e Magrebe. A cermica era outro dos ofcios praticados: fabricava recipientes usados para a conservao de lquidos e de cereais. O artesanato era gerido por corporaes, cujos chefes eram nomeados pelo rei. As corporaes tinham como funes arrecadar as vrias taxas que os artesos deviam ao fisco, e controlar os mtodos de produo, os critrios de trabalho, os preos, bem como a entrada de novos membros na produo. O comrcio Outra actividade praticada nos mercados que tambm funcionavam como pontos de encontros e locais de reunies e de contacto. Cada mercado tinha um chefe designado Sarki kasuwa e virios ajudantes. A funo era manter a ordem, resolver litgios entre comerciantes e clientes, e arrecadar as taxas em gnero ou dinheiro para o rei. O comrcio no s foi realizado internamente, como tambm estendeu-se para alm destes estados. Por exemplo, para Mali, Songhai, frica do Norte e mesmo Europa.Kanem- BornuSituao geogrfica e evoluo polticaA regio em torno do lago Tchad constitua um ponto de encontro entre as importantes rotas de caravanas que se dirigiam a Tripoli e ao litoral do mediterrneo (ao Norte); ao Egipto, no nordeste; ao alto Nilo, no leste; ao Sudo Ocidental, a Oeste. Foi nesta regio que por volta do sculo VIII chegaram nmadas pastores vagabundos, feudais, personagens orgulhosos, comerciantes, guerreiros e saqueadores que introduzem entre as populaes negras preexistentes, com as quais se misturaram, o fenmeno de organizao poltica. Cria-se um estado que no decurso da Histria se chamara Kanem e depois Bornu.Segundo Ki-Zerbo (1999, p.147), um dos primeiros reis conhecidos Dugu Bremi, descendente de um chamado Saif, que se instala a leste do Tchad por volta do ano 800. Este rei teria sido morto pelas populaes mbum do Adamawa, no decorrer de uma audaciosa expedio para o sul, e depois de ter fundado uma cidade yeri Arbasan. A partir do reinado de Hum ou Um (1085-1097) introduzido o Islam no Kanem.Hum assumiu-se um dos destacveis monarcas do Kanem. Ele viria a morrer numa peregrinao a Meca. O mesmo aconteceu a seu filho Dunama I (1097-1150) na terceira peregrinao Cidade de Caaba. Ki-Zerbo (1999, p.197), diferentemente de Giordani em relao morte de Dumana I, esclarece que ele morreu afogado pelos piratas egpcios no Mar Vermelho, ao empreender uma terceira viagem a lugares Santos.Os reis seguintes sero sobretudo conquistadores:Salma (1194-1221) tambm chamado Abd el Djelil foi o primeiro soberano totalmente negro na dinastia.Dibalami, filho de Salma, ficou na histria como um soberano cuja autoridade se estendeu s vrias regies (Fezzan, Uadai, Nger). Dibalami formara um exrcito de cavaleiros que chegou a contar 30.000 membros.O Kanem vai enfrentar a rebelio dos povos at ento sujeitos de facto ou nominalmente: os saos, os primeiros habitantes do pas; os tibues, que ocupavam o Tibesti e os bulalas, localizados s margens do lago Fitri. Quatro soberanos do Kanem tombaram sucessivamente na luta contra os bulalas. A sede do reino foi transferida para Bornu, a Oeste do lago Tchad, no final do sculo XIV. O rei do Kanem passa a chamar-se doravante rei do Bornu. Os combates contra os bulalas continuaram durante um sculo. Idris Katakarmabi, que reinou em princpios do sculo XVI (1504-1526), conseguiu retomar o Kanem sem contudo transferir a sede do reino (Giordani, 1997, 111-112). Evoluo social e cultural Na viso de Ki-Zerbo (1999, p. 201), o Kenem-Bornu foi como o Mali e o Songhai, um dos mais vastos imprios dos grandes sculos africanos. A sua influncia, no seu perodo esplendor estendia-se da Tripolitnia e do Egipto at ao Norte dos Camares actuais e do Nger ao Nilo. A organizao poltica e administrativa so mesmo gnero do Mali e do Songhai. Trata-se de monarquia feudal e descentralizada, tendo no cume o sulto (mai), reverenciado como um Deus, e que no decurso das audincias pblicas est sempre oculto por uma cortina.O Conselho de Estado (notiena) formado de doze prncipes ou emires, com uma competncia territorial ou funcional: assim o yerima e o galadina (provncia); o Futuma (governador da capital), o kaigamma (generalssimo, Ministro da guerra), o mestrema (grande eunuco, chefe do harm), o yiroma (ao servio da rainha, sob controlo do mestrema), a rainha-me (magira) era alvo de honras especiais.Os assuntos correntes eram tratados por um conselho privado. As finanas reais eram alimentadas pelos impostos em espcies, pelos tributos pagos com frequncia em gneros e pelo trfico de escravos.

Segundo Giordani (1997, p. 112), o rei Hum ou Um (1085-1097) converteu-se ao Islam e tomou o ttulo de Sulto. A converso religio de Maom acarretou para os soberanos do kanem uma dupla vantagem:Internamente, facilitava a unidade ideolgica dos seus sbditos;Externamente, constitua um denominador comum que ligava o Kanem ao mundo rabe de cujas actividades comerciais dependia a prosperidade econmica do reino centrada essencialmente no trfico de escravos. importante recordar que os estados sudaneses eram apreciadssimos como servidores domsticos e como eunucos nos bordis do Egipto e da Turquia.

Evoluo econmicaO Kanem foi conhecido, em tempos remotos, por viajantes rabes, tendo passado a desfrutar da fama que outras entidades polticas da poca e da regio. Dois factores contriburam para o crescimento do Kanem: o comrcio transaariano e a expanso e instalao das suas etnias, tomaghra, tura, kay e ngalma dukko, na regio.

O reino de kanem- Bornu praticava a actividade comercial. Controlava as rotas de Kawar e do Air que acesso s trocas com as ricas regies salinas de Bilma e Aghram situadas a sul do territrio. Lange (1988, p.265) afirma que nenhuma outra salina do Sudo Central tinha valor econmico comparvel ao destas regies. Para alm do sal, o Kanem-Bornu fornecia tambm o cobre, o estanho, o bronze e os escravos que eram capturados principalmente nos pases no muulmanos ao sul do Bornu. Os escravos eram comprados pelos rabes berberes a troco de cavalos, que tinham um valor militar e eram revendidos no Magrebe.

O Kanem-Bornu importava tambm roupas, tecidos e armas de ferro. Para alm do comrcio, desenvolveram tambm a agricultura, criao de animais e um artesanato que fornecia produtos como: roupas bordadas, que eram exportados para pases vizinhos.

4. EVOLUO POLTICA, ECONMICA, SOCIAL E CULTURAL DO SUDO ORIENTALNo mbito Poltico, Ki-Zerbo (1999, p.370-371) refere que Baguirmi era um Estado mestio negro-rabe. Foi no sculo XVI que o seu soberano, Dokengu (1522-1536), estabeleceu o reino, cuja estrutura imitada a do Bornu. assim que tambm aqui a rainha-me (magira) desempenha um papel de primeira grandeza. Esta organizao deve-se aco do rei Malo (1548-1568) que repeliu os Bulalas e os Peules. Depois daqueles prncipes que foram quase apagados, Burkomanda I (1635-1665) um conquistador que invade Kanem, depois a luta contra Wadai, entre finais do sculo XVII e princpios do sculo XVIII. O reino levanta-se um pouco sobre Loel (1731-1751) mas sobretudo sob Hadj Mohammed El-Amin (1751-1785), grande general que combate contra os rabes e bulalas, mas tambm traficante dos eunucos (estreis, impotentes), operados grande parte por interveno sua.Burkomanda II (1807-1846) casara com sua prpria filha, continuou as suas campanhas para o sul, contra os Mandaras e Peules. Os seus sucessores declinaram o reino. Abd-El Kader (1846-1858) morto ao tentar opor-se a um profeta rodeado por fanticos (furiosos).Efectivamente, o aniquilamento daquele rei do Baguirmi foi pretexto para Wadai vir saquear e transferir em massa os artfices baguirmianos, assim como os camponeses instalados como servos em terras de colonizao. Este acontecimento dar novo vigor ao comrcio do Wadai com o Nilo.Wadai: pas dos Mobas elevou-se no sculo XVI com a dinastia dos Tondjurs, mestios negro-rabes do Darfur, mas que parecem ter sido animistas, pois no princpio do sculo XVII, Abd El-Karim, um letrado muulmano veio como missionrio e acabou por tomar o poder (1635-1653). Nessa altura Wadai passou a pagar tributo ao Bornu e ao Darfur e a sua capital situada em Uara. Em seguida a luta para se libertar de Darfur e expandir-se cada vez mais.Mohammed Xerife Sal (1843-1858), continuando a luta contra o Bornu, transfere a capital de Uara para Abech. O sculo seguinte foi marcado por uma agitao e oposio, por exemplo, entre Ahmed Gazali e o seu eunuco Sherad ad-Dinn. Politicamente, para alm do rei, existiam: um alto funcionrio encarregue de Inspeco das proteces; o chefe administrativo era o Vizir, sob ordens do rei, considerado Deus. Darfur, Kodorfan e NbiaSuleiman Solon (1596-1637) impe o reino de Darfur expulsando Tunsan, que vai criar no Kodorfan o cl dos Mossabaats. Depois o grande reinado de Ahmed Bokor (1682-1722) que espalha o Islo e garante uma segurana relativa. Tendo Wadai recusado a pagar tributo a Kodorfan ser vtima de ataque com um exrcito enorme mas Wadai sai vitorioso e manteve-se firme.Sengulane (2007, p. 222) explica que no mbito scio-cultural, a Nbia era um dos Estados do Sudo Oriental. Era inicialmente um estado Cristo Copta, mas depois da penetrao rabe tornou-se Islamizado e etnicamente diversificado. A sua situao geogrfica intermdia entre o mundo mediterrnico e tropical faz dela um Estado, cujo desenvolvimento constitua-se na sntese das duas realidades com que estava em contacto.

Economia do Sudo Oriental (Darfur, Uri, Turra, Kodorfan, Wadai, Baguirmi e Nbia) Ainda a avaliar por Sengulane (Ibid., p.223-224) pode-se ler que, a Histria regista para os Estados do Sudo Oriental uma economia sustentada fundamentalmente no comrcio com o Nilo, concretamente para Baguirmi e Wadai, estimulado pela abertura da rota Wara- Benghazi. Paralelamente ao comrcio desenvolveu-se a agricultura e o artesanato.Darfur e Kodorfan possuam terras de grandes confluncias raciais e tnicas, desde a queda da Nbia e a chegada dos rabes, tambm funcionaram como entrepostos comerciais do fluxo das mercadorias provenientes do Kanem e do Bornu. Krpacek apud Sengulane defende que a Arqueologia mostra vestgios de ter-se praticado na Nbia a cermica, o que atesta um desenvolvimento prspero da actividade artesanal. H objectos desta cermica que datam do ano 1000 d.C. Os nbios desenvolveram tambm a metalurgia de ferro.Os Estados do Sudo Oriental desenvolveram tambm o comrcio com o Egipto e com a ndia, atravs do mar Vermelho, sendo os Portos de Aydhab e Sawakin os mais importantes, ambos fundados por mercadores muulmanos. O porto de Aydhab estava especializado no comrcio com o Egipto. Era atravs dele que os peregrinos muulmanos rumavam Meca. O comrcio da Nbia estava inteiramente nas mos dos mercadores rabes. O que favoreceu o desenvolvimento do comrcio entre nbios e muulmanos foi a segurana das rotas, garantidas pelas boas relaes estabelecidas com os bedjas. Os bedjas eram populaes locais, cujo territrio era atravessado pelos mercadores que celebravam tratados ou pagavam aos chefes locais.

5.A EVOLUO POLTICA, ECONMICA, SOCIAL E CULTURAL DAS CIVILIZAES DA FRICA ORIENTAL: CIVILIZAES SWAHILI DA FRICA ORIENTAL.

Evoluo poltica, social e culturalO perodo compreendido entre os sculos XII e XV da era crist particularmente interessante na histria das Ilhas e da costa oriental da frica. Foi a poca em que se formou na regio uma comunidade tnica cuja melhor denominao seria populao swahili. Nesse perodo, o desenvolvimento histrico e cultural da frica oriental no sofreu qualquer influncia externa perturbadora, enquanto o surgimento de conquistadores portugueses no comeo do sculo XVI interrompeu o processo de desenvolvimento, modificando sensivelmente suas condies e caractersticas.

Floresceram Cidades -estados como: kilwa, Zanzibar, Melinde, Pemba, Mombaa, Manda, Mogadscio, Gedi, Marka, Brava, Pate, Lamu, Kaple, Ilha de Mafia, Ilha do Ibo, Ilha de Moambique, Ilha de Angoche, Sofala, entre outras.

O perodo do sculo XII tambm se caracteriza por grande desenvolvimento cultural: a cultura swahil. Os Swahili no constituam uma comunidade idntica no plano tnico ou social. No plano tnico, sobre um fundo formado por uma populao de lngua bantu, acrescentavamse elementos do interior do continente e do exterior, tais como rabes, persas e indianos, provenientes da costa setentrional do mar da Arbia e do oceano ndico. No plano social, havia disparidades, na medida em que existia uma classe dirigente isolada e distinta da massa de homens livres. A estrutura formal da sociedade continuava fundamentada em cls ou grupos tnicos, mas continha elementos de diferenciao por classes.

Ao lado da classe dirigente, encontravamse outros indivduos que eram ricos, mas no tinham acesso ao poder e influncia atribuda pela tradio, pois sua riqueza se originava do comrcio. Gente comum formava a massa da populao swahili. Alm disso, a sociedade swahili, no incio do sculo XII, tambm inclua escravos. Mas seu papel dentro da sociedade no claro. No fim do sculo XV, os escravos parecem ter tido funo econmica, segundo o relato de um annimo portugus que os descreve em actividades agrcolas em Kilwa.

A evoluo poltica e sobretudo social e cultural da Costa oriental de frica permite concluir que um dos aspectos principais da histria desta regio de frica, durante os ltimos dois milnios, no foi um isolamento, porm o intercmbio e a interpenetrao, dinamizada pelo comrcio que derivou no desenvolvimento de uma cultura prpria: a civilizao swahili. Em virtude disto, pode-se atestar que muito mais cedo acosta oriental de frica integrou-se no sistema econmico internacional.

O progresso e difuso do IsloO comeo da expanso do Islo deve, sem dvida, remontar s ltimas dcadas do sculo XII, e seu desenvolvimento ocorreu nos sculos XIV e XV. Assim, em 1331 1332, Ibn Battta descreveu Mogadscio como uma cidade bastante islamizada. Dos habitantes de Kilwa acrescentou ainda que suas maiores qualidades so a f e a justia; seu sulto recompensava os devotos e os nobres. Sabe-se da existncia de mesquitas nesta poca em Mogadsco, Gedi, Kaole, Kilwa, Sanjo Magoma etc.

A converso ao Islo representava, aparentemente, a passagem a uma nova etapa, inevitavelmente a outras formas de conduta e de vida. A manifestao concreta da mudana consistia na aceitao de vestimentas, nomes e ttulos muulmanos. Este ltimo ponto tinha importncia particular na tomada de conscincia dos novos laos sociais, embora tenha sido um processo gradual, que passou por uma fase de coexistncia dos ttulos antigos (africanos) e novos (muulmanos) por exemplo, o de mfalme e sulto , resultando, por fim, no desaparecimento dos primeiros. Tambm possvel supor que, na prtica, as prescries e proibies do Islo no foram adoptadas em sua totalidade, e que os costumes e ritos ligados aos cultos tradicionais perpetuaramse.

Os primeiros a abraar o Islo foram, provavelmente, os ricos comerciantes, seguidos pela antiga nobreza e, finalmente, por certas camadas populares, ou seja, membros da comunidade que ambicionavam chegar ao nvel de seus magnficos correligionrios. Outra consequncia da difuso do Islo, alm do surgimento de mesquitas no territrio swahili, foi o desenvolvimento das construes em pedra.

A economia e os intercmbios comerciais

A civilizao swahili baseava se em trs actividades econmicas principais: a agricultura, a pesca martima e o comrcio.

A agricultura e a pesca

A agricultura - actividade da maior parte do povo ao lado da pesca e da colecta de frutos do mar constituam as fontes essenciais de subsistncia da populao. AlMasd, autor do sculo X, enumera as seguintes culturas no pas: banana, durra (variedade de sorgo), inhame, coco, canadeacar e do tamarindo.

No sculo XV, o autor portugus annimo citado conta que em Kilwa Kisiwani havia coco, laranjas, limes, vrias leguminosas, cebolinha e ervas aromticas, nozes de areca, vrias espcies de ervilhas, milho. Tambm fala da pecuria (gado grande de chifres, ovelhas, cabras) e da cultura do algodo.

A pesca e a colecta de frutos do mar eram to importantes quanto a agricultura; so mencionadas pelos autores rabes, que aludem frequentemente ao consumo de peixes, frutos do mar e moluscos pela populao local. Mas o oceano no fornecia recursos apenas para a alimentao. Fontes rabes informamnos sobre a colecta e a venda de prolas, conchas[footnoteRef:3], carapaas de tartarugas marinhas, mbar. O peixe no s era consumido no local onde era pescado como tambm era vendido, o que leva a supor uma actividade pesqueira em grande escala. [3: Eram utilizadas para a manufactura de pratos, colheres e colares.]

O comrcio e o desenvolvimento da vida urbanaOs Swahili viviam em cabanas de troncos e barro, cobertas de folhas de palmeiras ou gramneas. Essas cabanas se agrupavam em aldeias ou cidades. provvel que as fontes rabes se refiram a esse sector da populao Swahili, quando descrevem a caa ao leopardo ou ao lobo, a explorao de minrio de ferro para a venda, a arte de enfeitiar animais ferozes para tornalos inofensivos (por exemplo, para que no atacassem o homem), os ces ruivos utilizados na caa aos lobos e aos lees e um tambor enorme, semelhante a um barril, ao qual os Swahili devotavam um culto e cujo som era assustador.

Parece que as cidades constituam-se essencialmente de cabanas, mas tambm devia haver construes em pedra, onde moravam os membros ricos e influentes da sociedade swahili. As cidades eram principalmente centros comerciais para onde afluam mercadorias indgenas e onde aportavam navios estrangeiros. Eram tambm centros de propagao do Islo.

O comrcio era extremamente lucrativo: no sendo produzidos na regio, os bens importados eram objectos de luxo, e aos olhos do comprador adquiriam mais valor do que realmente tinham. Por outro lado, a abundncia de produtos preciosos, como o ouro e o marfim, e a certeza de sempre se poder obtelas faziam com que seu valor diminusse. Alm disso, a posio geogrfica vantajosa praticamente todo o litoral da frica oriental faz parte da zona das mones favorecia a navegao no oceano ndico e possibilitava a existncia do comrcio naquela parte do mundo.

O principal centro de comrcio da rea era a cidade de Manda, na ilha de mesmo nome, que floresceu nos sculos IX e X da era crist e continuou activa at o sculo XII ou mesmo XIII. O centro comercial mais importante at sculo XIV era Kilwa, onde o volume de cermica importada tinha aumentado muito.

Os produtos de exportao, como j dissemos, eram sobretudo o marfim e o ouro, alm de escravos (Ibn Battta descreve razias cujo objectivo era capturar escravos), presas de rinocerontes, mbar cinzento, prolas, conchas e, nas regies setentrionais, peles de leopardo. Outra mercadoria importante, que era em parte importada e, em parte, fabricada na regio, eram os tecidos de algodo, que representavam, aparentemente, grande volume na massa de intercmbios.

Decadncia da civilizao swahiliAvaliase serem vrias as circunstncias que contriburam para a decadncia da sociedade swahili. A invaso dos Zimba e, parece, a diminuio das chuvas, com a consequente modificao no regime das guas constituram obstculo ao desenvolvimento das cidades do litoral. Mas a causa principal da decadncia, no nosso entender, foi a destruio do comrcio martimo pelos portugueses. Bem armados, equipados com artilharia e concebidos para a guerra martima, os navios portugueses representavam uma fora invencvel. Sua constante presena na regio sob o comando de Rui Loureno Ravasco, a captura de vinte navios carregados de mercadorias, a destruio de numerosas embarcaes da flotilha de Zanzibar, a pilhagem e destruio de cidades litorneas da frica oriental, principalmente de Kilwa, foram golpes dos quais o comrcio martimo da regio jamais se recuperou e sob os quais tambm pereceu a civilizao swahili.

ConclusoDa evoluo descrita acima pode-se aferir que a civilizao da frica oriental, a civilizao swahili, foi fruto do desenvolvimento comercial. O comrcio, expandindo se, permitiu seu crescimento e progresso; mas foi tambm seu ponto fraco, pois no estava ligado ao desenvolvimento das foras produtivas da regio. Ao se estudar o nvel de ocupao da populao, constata se que a sociedade swahili permaneceu no estgio de desenvolvimento das foras produtivas em que sem dvida se encontrava antes da expanso de suas actividades comerciais, o que se evidencia pela raridade de utenslios de ferro ou outros metais exumados pelas escavaes. Quase todos os bens produzidos ou obtidos pela sociedade swahili tanto os produtos de caa quanto o ouro ou o ferro no se destinavam ao consumo interno, mas exportao. Ora, o comrcio por si s era insuficiente para assegurar a base dessa civilizao e seu desenvolvimento.

A actividade comercial foi favorecida pelas condies naturais da Costa, bem como a relativa calma do oceano Indico. A pesca martima esteve abaixo do comrcio, contudo, ela serviu grandemente para o consumo local bem como para a venda em menor escala. kilwa esteve na supremacia do comrcio no sculo XV, porm, Mombaa no teve maior destaque em igual perodo. As Cidades Estados da Costa serviam tambm de centros Administrativos e capitais de pequenos Estados dirigidos por dinastias muulmanas locais.

6. A ETIPIA

FONTES:Para o estudo da histria a Etipia, necessrio que se consulte a obra de Tadesse Tamrat[footnoteRef:4] [4: Especialista na Histria medieval da Etipia, actualmente docente da universidade de Adis-Abeba]

Grupos populacionais:; Congols-Kordofans Koisan

Localizao Geogrfica Este territrio localiza -se na regio que antigamente era ocupada pelo reino de Axum e apresentava os seguintes limites: norte: Eritreia, sul Qunia este Somlia oeste: Sudo. A Etipia foi o primeiro estado cristo conhecido na Africa. O cristianismo na Etipia data do sculo IV, e este facto de se ter adoptado o cristianismo como religio oficial na Etipia, originou um, clima de tenso com os egpcios e rabes que professavam a religio muulmana. Nestas lutas, os muulmanos apoiavam-se na sua fora econmica e nos fracos laos entre o poder central etope e as provncias.Organizao Politica:O imprio etope era dirigido por um imperador que era o rei dos reis tinha o titulo de Negusa Lagash que administrava o imprio com a ajuda dos membros da corte que geralmente era seus familiares e dos governadores que eram designados por RS.Na evoluo politica da Etipia, destaque vai para a governao dos reis da dinastia salomnica que entraram no poder no sculo XIV, com destaque para Amde Tsion e Zera Yacob.

Amde Tsion (1314-1344)Este prncipe pertencia a dinastia salomnida, e tinha o seu prestgio quebrado pelo facto de ter herdado as antigas mulheres do seu pai e de se casado com suas duas irms.A sua principal obra religiosa consistiu em intensificar a converso de muitos dos seus sbditos ao cristianismo e houve muita perseguio a todos os que no professavam o cristianismo e a destruio de muitas igrejas coptas

Zera Yacob (1444-1468) Este era um homem muito violento, eliminou o paganismo na etipia, tomando as seguintes medidas:Foi no reinado de Zera Yacob que se imps o cristianismo a todos os pagos por meio das seguintes medidas: Obrigao dos cidados trazerem tatuagens com os seguintes dizeres: Eu creio na santssima trindade, em nome de Cristo Deus renuncio a Satans. Morte de todos os escusados de adorar o diabo e a confiscao dos seus bens. Os responsveis pela perseguio aos fiis Guarda de Honra, para no serem corrompidos , deviam abster-se de quaisquer intimidades femininas e recusar o corte do cabelo pelos barbeiros para evitar que fossem usados para fins mgicos. Construo de muitas igrejas para serem frequentadas pelos fiis. Publicao dos livros que tinham a mensagem da f e os usos da Igreja etope. As ordenaes dos sacerdotes eram quotidianas

Yecuno Amlak(1270-1314) os primeiros tempos do reinado desta dinastia foram extremamente difceis devido aos seguintes factores:1. Instaurao de regras coerentes de sucesso ao trono2. Elaborao de uma poltica eficaz para o estabelecimento de relaes amigveis entre os rabes e cristos, tanto no interior como no exterior da Etipia Em relao ao problema de sucesso, este foi logo superado quando todos os descendentes masculinos de Yacuno Amlak ficavam detidos no monte Geshen (monte dos reis) e vigiados por guerreiros incorruptveis, neste isolamento eles estavam privados de qualquer relao social e politica com o exterior e a maior parte deles dedicava-se aos estudos religiosos e quando o rei morria sem descendentes que era escolhido um prncipe no monte dos reis.Quanto ao relacionamento com os rabes, durante os primeiros cinquenta anos de hegemonia salomnida, as relaes entre cristos e muulmanos atingiram um equilbrio durante o reinado de Amde Tsion(1314-1344).Este soberano integrou vastas zonas do reino cristo da Etipia, o que lhe permitiu ter um numerosos exrcito que lhe permitiu se impr ao conjunto de comunidades muulmanas entre o golfo e a o vale de Awash.

ECONOMIAA economia da Etipia era fundamentalmente feudal em que a posse da terra era a principal fortuna e a maior parte das terras pertenciam ao imperador ou rei dos reis sendo que o cultivo da terra a principal actividade econmica, onde eram produzidos o sorgo, trigo, milho mido e cevada, praticava-se tambm o cultivo de culturas comerciais tais como o caf, o acar e uma grande nmero de oleaginosas, simultaneamente eram praticadas a pastorcia com destaque para a criao de gado bovino, ovino e caprino, e a minerao onde eram explorados, a platina, ouro e potssio.

A principal fonte de riqueza era o pagamento de tributos, pois, havia neste estado uma grande taxao de produtos ao entrar ou ao sair do imprio, praticava-se tambm o comrcio a longa distncia.Religio:A religio predominante na Etipia era o cristianismo que foi introduzido por Fumncio no sc.IV. genericamente considera-se que a Etipia possui trs tipos de religio, nomeadamente o cristianismo com destaque para os cristos coptas que constituem a maioria, seguidos pelos rabes e por ltimo os animistas que representam uma minoria

7. O CONGO

Fontes para o estudo do Congo:Fontes portuguesas: escritas por navegadores e missionrios portugueses com destaque para os textos escritos por Pigaffeta e Lopes.Aspectos fsico- geogrficosNorte: Baixo CongoSul: Rio CuanzaLeste: Rio CuangoOeste: Oceano AtlnticoAspectos tnicos:O Congo faz parte da vasta regio da africa Central e equatorial em que os grupos tnicos mais conhecidos so os imbangala, que por sua vez apresentam vrios subgrupos nomeadamente: lunda, luba, ovimbundo sendo que estes ltimos so os provveis fundadores do reino do Congo.

Origem do reino:A dinastia do Congo originria do norte do rio Congo numa regio no muito distante de Loango, supe-se que os reinos tenham nascido antes do sc. XIII a norte do lago Malebo onde se encontrava o antigo reino de TIO.O bero de Congo foi a Oeste dos montes Mandingas , sob o regime de bateke (TIO). A partir de dois centros primordiais em que um dirigiu-se para o KONGO e o outro para BATEKE, e os KONGO espalharam-se para a regio sul do rio. Os TIO vinham da orla das florestas equatoriais e ocuparam os planaltos que encontraram ao sul das florestas do Gabo e das regies das cataratas do rio.O seu fundador foi Nimia Lukeni que esteve em frente de um grupo de conquistadores, que desceram do norte de Mayombe para o baixo Congo e foi conquistar as chefaturas ambundu de Mbaza Congo.Em seguida dividiu o poder onde de um lado colocou os nobres a viver com outros nobres e rodeados de muito luxo e e do outro colocou a gente comum a viver com outra gente comum, com esta medida ele pretendia fortalecer o seu poder.Inicialmente ele fixou a capital do imprio em Mbemba Kassi, seguida instalou-se no monte Mongu wa Kaila, actual Luango em Angola, iniciando uma srie de conquistas nos arredores, alargando a extenso geogrfica do seu poder, mais tarde mandou construir a nova capital no planalto de Mbaza Congo.Aps vrias conquistas o rei tomou o ttulo de Manicongo o equivalente a senhor do Congo.

Em falta a organizao poltica, econmica e social (trabalho independente para os alunos).

Bibliografia

GIORDANI, Mrio C. Histria da frica: Anterior aos Descobrimentos. 3 ed. Petrpolis: Vozes. 1997. 183 p.KI-ZERBO, J. Histria da frica Negra. Vol.I .Lisboa: Europa-Amrica. 1999.KROPCEK, L. A Nbia, do fim do sculo XII at a conquista pelos Funj, no incio do sculo XVI. In NIANE, D, T. (edr). Histria Geral de frica: frica do sculo XII-XVI. Vol.IV. So Paulo: tica. 1988. P.445-475.MATVEIEV, Vctor V. O desenvolvimento da civilizao swahili, in NIANE, D.T. (edr) Histria geral de frica: A frica do sculo XII ao sculo XVI, Vol IV. So Paulo: tica S.A/ UNESCO.1988.p. 467 491.SENGULANE, Hiplito. Das Primeiras Economias ao nascimento da economia-mundo. Maputo: DINAME. 2007. 296 p.

19