3

Click here to load reader

ANTROPOLOGIA DO AMBIENTE · PDF fileA análise da cultura letrada ... “Natureza/Cultura” in R. Romano (dir.) Enciclopédia ... LÉVI-STRAUSS, Claude, 1983 [1962], La Pensée

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ANTROPOLOGIA DO AMBIENTE · PDF fileA análise da cultura letrada ... “Natureza/Cultura” in R. Romano (dir.) Enciclopédia ... LÉVI-STRAUSS, Claude, 1983 [1962], La Pensée

UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS MESTRADO EM ANTROPOLOGIA – NATUREZA E CONSERVAÇÃO

ANTROPOLOGIA DO AMBIENTE 2008-2009

DOCENTE: Amélia Frazão Moreira (gabinete 402) [email protected] HORÁRIO ATENDIMENTO: 3ª feira – 17h-18h

OBJECTIVOS Esta disciplina, recorrendo a diferentes abordagens teóricas e metodológicas, nomeadamente de áreas como a Antropologia do Ambiente, a Etnobiologia e a Antropologia Cognitiva, procura fomentar a perspectiva do ambiente enquanto construção social e cultural. Pretende-se, assim, aprofundar o entendimento das concepções e relações com a natureza, de cariz simultaneamente pragmático, simbólico e cosmológico, presentes nos diferentes contextos culturais. Será ainda objectivo da disciplina promover a reflexão sobre questões actuais inerentes à preservação dos recursos naturais, numa perspectiva antropológica e sobre o papel dos profissionais da Antropologia no desenrolar de projectos de conservação da natureza.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Na disciplina são abordados conteúdos teóricos e estudos de caso, referentes aos seguintes temas:

1. Antropologia e ambiente. Conceitos base e precursores. 2. Saberes ecológicos, cosmologias e representações sociais do ambiente. 3. Etnoecologia. Sistemas económicos, diferenciação social e gestão local dos recursos

biológicos. 4. Os estudos e os instrumentos metodológicos das Etnobiologias aplicados à conservação da

natureza. “A geometria cognitiva da natureza”. 5. A questão dos conhecimentos associados aos recursos genéticos. Bioprospecção,

biopirataria e direitos de propriedade intelectual. 6. A análise da cultura letrada ambientalista. Os discursos e as práticas ambientalistas como

objecto da Antropologia. 7. Programas de preservação da natureza – racionalidades em confronto. 8. Planeamento, execução e avaliação de programas de preservação e conservação do

ambiente, numa perspectiva antropológica.

1

Page 2: ANTROPOLOGIA DO AMBIENTE · PDF fileA análise da cultura letrada ... “Natureza/Cultura” in R. Romano (dir.) Enciclopédia ... LÉVI-STRAUSS, Claude, 1983 [1962], La Pensée

BIBLIOGRAFIA*

ARGYROUS, Vassos, 2005, The Logic of Environmentalism. Anthropology, Ecology and Postcoloniality, Nova Iorque, Berghahn Books.

BARRAU, Jacques, 1985, “A propos du concept d’ethnoscience”, Les savoirs naturalistes populaires, Actes du séminaire de Sommières, Paris: Editions de la Maison des sciences de l’homme, 5-12.

BERLIN, Brent, 1992, Ethnobiological Classification Principles of Categorization of Plants and Animals in Traditional Societies, Princeton, Princeton University Press.

CROLL e PARKIN, D. (eds.), 1997, Bush Base: Forest Farm. Culture, Environment and Development, Londres, Routledge.

CRUMLEY, Carole L. (ed.), 2001, New Directions in Anthropology and Environment: Intersections, Rowman & Littlefield.

DESCOLA, Philippe e PÁLSSON, G. (eds.), 1996, Nature and Society. Anthropological Perspectives, Londres, Routledge.

DOUGLAS, L., e S. ATRAN (eds.), 1999, Folkbiology, Cambridge, MIT Press.

ELLEN, Roy, 2006, Ethnobiology and the Science of Humankind, Malden, Blackwell Publishing.

ELLEN, Roy, PARKES, Peter e BICKER, Alan (eds.), 2000, Indigenous Environmental Knowledge and its Transformations: Critical Anthropological Perspectives (Studies in Environmental Anthropology), Londres, Routledge.

ELLEN, Roy e FUKUI, K. (eds.), 1996, Redefining Nature. Ecology, Culture and Domestication, Oxford, BERG.

EZAGUIRRE, Pablo e LINARES, Olga (eds.), 2004, Homegardens and Agrobiodiversity, Washington, Smithsonian Books.

HOWARD, Patricia (ed.), 2003, Women & Plants. Gender relations in biodiversity management and Conservation, Londres, Zed Books.

IGOE, Jim, 2004, Conservation and globalization: a study of national parks and indigenous communities from East Africa to South Dakota, Belmont, Wadsworth.

INGOLD, Tim, 2000, Perception of the Environment : Essays in Livelihood, Dwelling and Skill, Londres, Routledge.

LAIRD, Sarah A., 2002, Biodiversity and Traditional Knowledge, Earthscan Publications.

LEACH, Edmund, 1985, “Natureza/Cultura” in R. Romano (dir.) Enciclopédia Einaudi, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, pp. 11-101.

LÉVI-STRAUSS, Claude, 1983 [1962], La Pensée Sauvage, Paris, Plon.

MACCORMACK, C. e STRATHERN, M. (eds.), 1980, Nature, Culture and Gender, Cambridge: Cambridge University Press.

MAFFI, Luisa (ed.), 2001, On Biocultural Diversity: Linking Language, Knowledge, and the Environment, Smithonian Institution Press.

MILTON, Kay (ed.), 1993, Environmentalism, Londres, ASA Monographs.

NAZAREA, Virgnia (ed.), 1999, Ethnoecology, Tucson, University of Arizona Press.

ORLOVE, B. e Brush, S., 1996, Anthropology and the Conservation of Biodiversity, Annual Review of Anthropology, 25, 329-352.

2

Page 3: ANTROPOLOGIA DO AMBIENTE · PDF fileA análise da cultura letrada ... “Natureza/Cultura” in R. Romano (dir.) Enciclopédia ... LÉVI-STRAUSS, Claude, 1983 [1962], La Pensée

PIERONI, Andrea e VANDEBROEK, Ina (eds.), 2007, Traveling Cultures and Plant., The Ethnobiology and Ethnopharmacy of Human Migrations, Nova Iorque, Berghahn Book.

SAGA, Glauco e ORTALLI, Gherardo (eds.), 2004, Nature Knowledge. Ethnoscience, Cognition, and Utility, Nova Iorque, Berghahn Books.

STURTEVANT, William, 1964, “Studies in ethnoscience”, American Anthropologist, vol. 66, 3, 99-131.

TOLEDO, Vitor, 1992, “What is Ethnoecology? Origins, scope, and implications of a rising discipline”, Etnoecológica, 1, 5-21.

TOWNSEND, Patricia K., 2000, Environmental Anthropology: From Pigs to Policies, Waveland Press.

WALLEY, Christine J., 2004, Rough Waters. Nature and development ins an East African Marine Park, Princeton, Princeton University Press.

∗ A apresentação de uma lista bibliográfica não obsta a que ao longo das aulas seja indicada bibliografia complementar respeitante a temáticas específicas

MÉTODO DE ENSINO E SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Os seminários centram-se nos textos sugeridos para cada um dos temas propostos. Os textos são apresentados e discutidos, sendo assim introduzidos os conceitos teóricos e analisados os estudos de caso. Todos os estudantes deverão ler os textos de referência indicados para cada sessão. Ao longo do semestre cada aluno deverá apresentar um estudo de caso. A apresentação de cada texto não deverá exceder 15 minutos e deverá estruturar-se de acordo com o modelo indicado em baixo. Poderá ainda ser solicitada a realização de breves exercícios escritos individuais ou em grupo, com eventual discussão em aula. Serão elementos de avaliação: 1. Análise e apresentação oral de textos, realização de exercícios e participação nas aulas

(40%). 2. Elaboração de um pequeno ensaio individual com o limite máximo de 10 páginas de

acordo com um dos seguintes modelos (60%): a) Cruzamento das temáticas abordadas na cadeira com o possível tema de tese ou trabalho

de projecto ou estágio; b) Ensaio com utilização de pelo menos cinco referências bibliográficas constantes da

bibliografia.

MODELO DA APRESENTAÇÃO ORAL

1. Introdução: tema principal do estudo de caso; principal tese ou teses defendidas pelo/os autor/es; três palavras-chave. 2. Apresentação mais desenvolvida do texto: estrutura interna; metodologias utilizadas no estudo; resultados alcançados; articulação entre os dados empíricos e a teoria apresentada pelo/os autor/es e enquadramento em debates teóricos gerais. 3. Conclusão: avaliação global; méritos do texto; eventuais questões em aberto 4. Duas questões para debate em aula (âmbito teórico ou metodológico).

CALENDÁRIO

Apresentação do tema e tópicos a focar no ensaio final (entre 1 a 2 páginas A4) – 16 de Junho Entrega do ensaio final – 15 de Julho

3