27
Antropologia Econômica Aula 6– A economia da dádiva Prof.: Rodrigo Cantu

Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

  • Upload
    doxuyen

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Antropologia Econômica

Aula 6– A economia da dádiva

Prof.: Rodrigo Cantu

Page 2: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Papua Nova Guiné

Baía do Milne

Page 3: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

• Pequenas aldeias em ilhas de arquipélagos rodeados de corais

• Matrilinear

• Agricultores, suinocultores, pescadores, coletores

• Base da alimentação: inhame (cará), batata doce, porco, peixe

• Sem escrita

• Lideranças políticas locais

Características dos povos das Ilhas Trobriand

Page 4: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

• Kayasa

• Sagali

• Gimwali

• Vaygu’a

• Kula

Léxico etnográfico das Ilhas Trobriand

Page 5: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX
Page 6: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Potlatch

Page 7: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

• Aldeias de galpões na costa

• Patrilinear

• Pescadores, coletores

• Base da alimentação: peixe, frutos do mar, frutas, raízes

• Sem escrita

• Lideranças políticas locais

Características dos Kwakiutl

Page 8: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Potlatch

• Estudado por Franz Boas no final do século XIX

• Povos do noroeste da América do Norte

• Ocorre ligado a nascimentos, mortes, casamentos e outros grandes eventos, normalmente no inverno

• Ritual festivo com distribuição e destruição de bens

• Aumenta a honra do organizador e anfitrião

• Proibido no Canadá entre 1884 e 1951

Page 9: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

• Sobrinho de Émile Durkheim

• Pai da escola antropológica francesa

• Militante socialista na França da 3ª República

• Obra difusa e não sistemática

• Temas: magia, morfologia social, noção de pessoa, técnicas do corpo, morte, dádiva

Marcel Mauss(1872-1950)

Page 10: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Marcel Mauss(1872-1950)

Émile Durkheim (1858-1917)

Raymond Aron(1905-1983)

Pierre Bourdieu(1930-2002)

Claude Lévi-Strauss(1908-2009)

Philippe Descola(1949-)

Escola da Regulação Economia das

Convenções

Page 11: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Sociologia e Antropologia (1950)

Page 12: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Ensaio sobre a dádiva (1923-24)

• Como funcionam economias sem contratos e sem moedas modernas?

• Evidência comparativa ampla: Melanésia, Polinésia, África e Américas

Page 13: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Ensaio sobre a dádiva (1923-24)

• Dar

• Receber

• Retribuir

Page 14: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Ensaio sobre a dádiva (1923-24)

“A ideia que convém fazer dessas tribos melanésias, ainda mais ricas e

comerciantes que as polinésias, é portanto muito diferente da que

costuma ser feita. Esses povos têm uma economia extra-doméstica e

um sistema de troca muito desenvolvido, com um ritmo

mais intenso e precipitado, talvez, que o que conheciam nossos

camponeses ou as aldeias de pescadores de nossas costas há menos

de cem anos. Têm uma vida econômica extensa que ultrapassa as

fronteiras das ilhas e dos dialetos, e um comércio considerável. Ora,

eles substituem com vigor, através de dádivas feitas e

retribuídas, o sistema de compra e venda”.

Mauss, M. Ensaio sobre a dádiva, p.230-231.

Page 15: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Economia monetária

Economia da dádiva

vs

Page 16: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX
Page 17: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Antropologia da dádiva

Circuito de dádivas e contra-dádivaspromove a recriação permanente do laço social.

Page 18: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Antropologia da dádiva

• Economia (Bruno Théret)

• Política (Pierre Clastres, Marcos Lanna)

• Parentesco (Claude Lévi-Strauss)

• Mitologia e religião (Claude Lévi-Strauss)

Page 19: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Escrita

• Tópico frasal

Los humanos figuran entre los animales más adaptables del mundo. En los Andes de América del Sur, las personas despiertan en villas a más de 4 877 metros sobre el nivel del mar y luego caminan casi 500 metros más arriba para trabajar en las minas de estaño. Las tribus del desierto australiano adoran animales y discuten filosofía. En los trópicos, la gente sobrevive a la malaria. El hombre ha caminado en la Luna. El modelo del LISS Enterprise en el Instituto Smithsoniano, en Washington, simboliza el deseo de "buscar nueva vida y civilizaciones, de ir audazmente a donde nadie ha ido antes". Los deseos de conocer lo desconocido, controlar lo incontrolable y crear orden a partir del caos encuentran expresión en todas las personas. La creatividad, la adaptabilidad y la flexibilidad son atributos humanos básicos, y la diversidad humana es el tema de estudio de la antropología.

Page 20: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Desenvolvimento do parágrafo – pp.231-245

Page 21: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Desenvolvimento do parágrafo

• Exemplificação

• Enumeração ou descrição de detalhes

• Definição

• Confronto

• Analogia e comparação

• Causação e motivação

Page 22: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Enumeração ou descrição de detalhes

Page 23: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Definição

Con frecuencia, los alumnos se sorprenden por la amplitud de la antropologia, que

es el estudio de la especie humana y sus ancestros inmediatos. La antropologia es

una ciência excepcionalmente comparativa y holistica. El holismo se refiere al

estudio de toda la condición humana: su pasado, presente y futuro; la biologia, la

sociedad, el lenguaje y la cultura. La mayoria de las personas piensa que los

antropólogos estudian fósiles y culturas no industriales, no occidentales, y muchos

lo hacen. Pero la antropologia es mucho más que el estudio de las poblaciones no

industriales: es un campo comparativo que examina todas las sociedades, antiguas

y modernas, simples y complejas. Las otras ciências sociales tienden a enfocarse

sobre una sola sociedad, por lo general una nación industrial como Estados Unidos

o Canadá. Sin embargo, la antropologia ofrece una perspectiva transcultural única,

al comparar constantemente las costumbres de una sociedad con las de otras.

Page 24: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Confronto

Page 25: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Analogia e comparação

Vê-se que um fato só pode ser qualificado de patológico em relação a uma

espécie dada. As condições da saúde e da doença não podem ser definidas in

abstracto e de maneira absoluta. A regra não é contestada em biologia; jamais

ocorreu a alguém que o que é normal para um molusco o é também para um

vertebrado. Cada espécie tem sua saúde, porque tem seu tipo médio que lhe é

próprio, e a saúde das espécies mais baixas não é menor que a das mais

elevadas. O mesmo princípio aplica-se à sociologia, embora freqüentemente

ele seja ignorado aí. É preciso renunciar a esse hábito, ainda muito difundido,

de julgar uma instituirão, uma prática, uma máxima moral, como se elas

fossem boas ou más em si mesmas e por si mesmas, para todos os tipos sociais

indistintamente.

Durkheim, E. As regras do método sociológico.

Page 26: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

Causação e motivação

Os empregadores optam racionalmente por recrutar os indivíduos com maior

capacidade produtiva, sobretudo quando em causa está o preenchimento de postos de

trabalho que requerem qualificações elevadas (empregos bem remunerados). A força de

trabalho feminina é, em geral, percepcionada como mais dispendiosa, o que resulta

fundamentalmente dos custos indiretos associados à maternidade. As mulheres

faltam mais do que os homens, por força das obrigações familiares; estão menos

disponíveis para determinados horários; e, frequentemente, interrompem ou abandonam

o percurso laboral. Estabelece-se, desta forma, um ciclo vicioso que reproduz a

divisão sexual: a especialização das mulheres em tarefas domésticas conduz à sua

desvalorização no mercado de trabalho e, consequentemente, ao desencorajamento da

sua participação naquele sector. As decisões daqui consequentes atuam no sentido

de perpetuar o maior investimento dos homens em capital humano e a sua situação mais

privilegiada no mercado de trabalho.

Casaca, S. 2009. Revisitando as teorias sobre a divisão sexual do trabalho.

Page 27: Antropologia Econômica Aula 6–A economia da dádiva Prof ...rodrigocantu.weebly.com/uploads/2/3/0/7/23070264/ae_aula6.pdf · • Estudado por Franz Boas no final do século XIX

• Dividir o texto em 3 partes

• Destacar os tópicos frasais, onde houver

• Identificar as estratégias de desenvolvimento

do parágrafo