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Anuário 2011

br.kindernothilfe.org

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Índice Anuário 2011

Atuando com as crianças por um futuro dignoA Kindernothilfe: identidade, metas, apoio

Nós ouvimos a opinião das crianças Relatório da Diretoria Executiva Agora é oficial: As crianças podem expressar as suas queixas junto à ONUProtocolo Facultativo da Convenção da ONU sobre osDireitos da Criança

Chifre da África Assistência Humanitária ontem e hoje

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Ajuda concreta Os desafios do nosso trabalho em 30 países

O trabalho no exterior Exemplos de projetos em seis países

Relatório financeiro Resultado consolidado da Associação e da Fundação

Ajuda em todo o mundoPaíses, projetos, crianças

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ÍNDICE > ANUÁRIO 2011

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Contas BancáriasEditores: Kindernothilfe e.V.Düsseldorfer Landstraße 18047249 Duisburg, Deutschland

Tel.: 00 49.203.7789-0Fax: 00 49.203.7789-118

Serviço deAtendimento: 00 49.203.7789-111 E-mail: [email protected]

KNH Brasil, Caixa Postal 43393001-970 São Leopoldo - RS

Redação: Gunhild Aiyub, Guido Oßwald (Relatório financeiro)

Design Gráfico: Ralf Krämer

Status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC)

Título de Capa: Jacob StudnarTradução: Márcia Sant’Ana, M.A.Revisão: brasilinguaGráfica: Knipp GmbH

Para facilitar a leitura não foi feita a distinção entre as formas masculinas e femininas dos substantivos nesta publicação. Contudo, subentende-se os dois gêneros.

KD-Bank DuisburgConta: 45 45 40Agência: 350 601 90IBAN: DE92 3506 0190 0000 4545 40BIC: GENODED1DKD

Stadtsparkasse DuisburgConta: 201 004 488 Agência: 350 500 00

Concedido pelaPricewaterhouseCoopersPrêmio Transparência 2010

A Kindernothilfe obteve o primeiro lugar

Impresso

A Kindernothilfe garante a probidade na utilização dos donativos a ela conferidos. Isto é comprovado através do Selo de Donativos, que lhe é concedido anualmente, desde 1992, pelo Instituto Central Alemão para Questões Sociais (DZI), em Berlim. O certificado atesta a utilização das doações em conformidade estatutária e econômica.

Selo de Donativos

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IDENTIDADE E METAS > ANUÁRIO 2011

Atuando com as crianças por um futuro dignoNosso futuro:A Kindernothilfe iniciou o seu trabalho em 1959 com cinco afilhados na Índia. Atualmente, apoiamos 779.540 crianças e adolescentes em 30 países, em quatro continentes. Mais de 90% dos meios com os quais a Associação se mantem são provenientes de quase 100 mil doadores. Na função de entidade cristã de assistência humanitária a crianças, somos membros da Diaconia e definimos o nosso trabalho como parte do trabalho ecumênico internacional de cooperação para o desenvolvimento.

Nossa ajuda:A nossa ajuda inicia e se desenvolve a partir das necessidades básicas: alimentação, assistência médica, integração comunitária e educação no seu sentido amplo. Os proje-tos são planejados a longo prazo e têm como finalidade melhorar a situação de vida de uma comunidade de forma sustentável. Através de programas de apadrinhamento, nós promovemos o bem-estar de muitas crianças. O apadrinhamento possibilita a assistên-cia humanitária a longo prazo e, por este motivo, é uma das formas mais efetivas de apoio. Além do mais, através do apadrinhamento uma criança é fomentada no próprio meio em que vive. Essa modalidade de apoio ainda possibilita a transformação e o desenvolvimento de bairros e vilarejos. A ajuda à autoajuda é uma forma de auxiliar as pessoas a transporem as barreiras da dependência e a fortalecerem o seu senso de autorresponsabilidade.

Nossos parceiros:A Associação não é mantenedora dos projetos no exterior. Em geral, ela trabalha com base em acordos de cooperação entre entidades locais e cristãs. Os 283 parceiros são responsáveis pela gestão do trabalho de projeto. As mantenedoras, munidas de seus projetos, precisam apresentar à Associação um plano orçamentário e de atividades anuais, relatórios anuais, bem como um balanço anual avaliado por um auditor inde-pendente. Além disto, são realizadas visitas aos projetos sob gestão dos parceiros e das mantenedoras, para acompanhar o progresso do trabalho, para avaliar as metas atingidas e, de acordo com a análise contábil, para controlar a aplicação dos recursos financeiros.

Nossas metas:Juntamente com crianças e adolescentes carentes nós nos empenhamos por um futu-ro sem miséria, violência e abuso. As meninas e os meninos que vivem em condições de pobreza extrema necessitam de proteção e apoio. Todavia, não se pode esquecer que esses jovens também têm suas próprias ideias e planos para vencer a pobreza e as desigualdades socias. Desta forma, é muito importante a nossa colaboração nesta empreitada. Nós queremos fortalecer a autoconfiança desses jovens durante a longa caminhada para o alcance de uma vida independente. Nós orientamos o nosso trabalho de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. A nossa atenção está direcionada principalmente a criancas em situação de vulnerabilidade social. Crianças em situação de rua, crianças trabalhadoras, criança-soldados, órfãos da Aids, crianças vítimas de abuso sexual e exploração, bem como crianças portadoras de necessidades especiais que sofrem discriminação e exclusão. Na Alemanha, nós nos engajamos em campanhas e pactos, tanto nacionais como internacionais, para que os direitos da criança sejam implantados mundialmente. O nosso material informativo e escolar tem por objetivo esclarecer e informar a mídia e o público em geral sobre a situação dos jovens nos países em desenvolvimento, capacitando-os a agir em favor da política de desenvolvimento.

Maiores informações sobre o nosso trabalho podem ser encontradas em nosso site:

http://br.kindernothilfe.org/

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Página 04 RELATÓRIO DA DIRETORIA EXECUTIVA > ANUÁRIO 2011

Nós ouvimos a opinião das criançasAs meninas e os meninos têm o direito de serem ouvidos e de se tornarem os personagens principais de suas vidas.

Esta afirmação é parte integrante do preâmbulo do Estatuto da Kindernothilfe desde 2011. Nesse ano, o foco de

trabalho concentrou-se na assistência humanitária no Chifre da África, na proteção de crianças nos trabalhos de

projeto e na implementação ecológica dos direitos da criança.

Preâmbulo do Estatuto: ”A Kindernothilfe inclui e ouve as crianças nos programas e projetos, bem como nos trabalhos das áreas de educação e relações públicas.” Esta é a premissa básica deliberada pela maioria dos associados na assembleia de 14 de maio de 2011. Desde a fundação da associação em janeiro de 1961, a Kindernothilfe trabalha de acordo com um estatuto adaptado às modificações estruturais dos programas e da associação. A premissa principal do Estatuto permaneceu a mesma: despertar o amor ao próximo pela situação de vulnerabilidade social de crianças e jovens. Entre os anos de 2004 e 2005, iniciou-se um trabalho estratégico e conjunto de reestruturação das diversas áreas de atuação da Kindernothilfe. Na fase inicial das atividades, a associação fundamentou a complexidade do trabalho e estabeleceu uma coesão interna de valores como a missão, a visão e as diretrizes de ação. O quadro estratégico reelaborado em 2010 foi aprovado em uma declaração conjunta assinada por todas as organizações da Kindernothilfe – as Associações e Fundações na Alemanha, na Áustria, em Luxemburgo e na Suíça – em 20 de maio de 2011 na conferência anual realizada em Viena. No processo de reelaboração do estatuto, a Kindernothilfe ressaltou principalmente a mensagem do Evangelho como uma forma de

missão e motivação no combate à pobreza, sobretudo a de crianças. Além disto, a implan-tação dos direitos da criança no trabalho realizado no exterior e na Alemanha exerce um papel de grande relevância. Para dar ênfase à mensagem no Estatuto da Kindernothilfe a premissa foi citada no preâmbulo. O posiciona-mento central da criança na Bíblia expresso por Jesus, reflete o espírito dos ideais proclamados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança onde afirma que as meninas e os meninos devem ser participados de tudo que lhes diz respeito.O “ato de ouvir as crianças“ abre o caminho para o diálogo entre as gerações. Os jovens devem ser reconhecidos – desde o início e com seriedade – como detentores de direitos.Através da participação social ativa é possível fortalecer o potencial dos jovens. Com este posicionamento, as crianças não serão mais vistas como vítimas – mesmo em caso de pobreza extrema – e terão mais coragem para serem os personagens principais de suas vidas e da sociedade a qual pertencem.

Proteção à criança: A Kindernothilfe é uma organização que atua ativamente em prol das crianças, pela realização de seus direitos e pela sua proteção. Em 2011, foi formada uma equipe

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de trabalho sob a direção de Jörg Lichtenberg. A mesma equipe foi dividida em quatros grupos de trabalho, composta por profissionais altamente qualificados, e atua na área de proteção da criança e de seus direitos. A Kindernothilfe organizou, em cooperação com a Fundação Karl Kübel, três eventos informativos e medidas voltadas à qualificação profissional de organiza-ções parceiras na Índia e em Malawi. O grupo de trabalho elaborou uma minuta para todos os parceiros da Kindernothilfe referente à proteção da criança nos projetos. Após um acordo realizado na sede da Kindernothilfe, em Duisburg, entre a Diretoria Executiva, um representante dos funcionários e a direção do departamento de recursos humanos, todos os funcionários se compromenteram em apresentar um atestado de antecedentes criminais segundo o §30ª do Código do Registro Central Alemão. O prazo de entrega deste documento - dia 1 de outubro de 2011 – foi cumprido rigorosamente por todos os funcionários.A minuta sobre a proteção da criança será deliberada pela Direitoria Executiva e pelo Conselho Administrativo em 2012. O documento estabelece a área de proteção à criança, tanto em seu conteúdo como em sua estrutura e fundamenta o trabalho da organização. Além, do mais, regulamenta as diretrizes de procedimento

A Kindernothilfe e os parceiros locais deixam as crianças articularem as suas opiniões, como por exemplo, em uma Cúpula do Clima para Crianças.

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em casos de prevenção e de gestão. No decorrer dos anos, a atriz e embaixatriz da Kindernothilfe, Natália Wörner, e o membro do Conselho Administrativo, Kai Rose, informaram-se sobre os casos dramáticos de abuso sexual durante as visitas realizadas ao parceiro Ripples International, no Quênia. A atriz participou da maratona caritativa “Crianças em prol de outras crianças”, organizada pela emissora de televisão alemã RTL. Durante a maratona a atriz angariou fundos para a casa de proteção Rippels, que atende a meninas traumatizadas em consequência de abuso sexual. A doação será utilizada na construção de uma nova casa de proteção para as crianças da instituição.

Petição individual: O direito de petição indi-vidual deliberado pela Assembleia Geral da ONU no dia 19 de dezembro de 2011, representa um grande avanço para fortalecer os direitos da criança. Os Departamentos de Educação e de Relações Públicas da Kindernothilfe, especial-mente, Barbara Dünnweller, especialista em direitos da criança, perseguem esta meta com muita determinação. Alcançar esse resultado foi o objetivo de muitas organizações, mas somente poucas delas foram persistentes e se engajaram para atingir essa meta, como foi o caso da Kindernothilfe. O ano de 2011 foi concluído com uma grande vitória. Agora é necessário aguardar o processo de ratificação iniciado em 2012 com a assinatura do docu-mento por vinte Estados-Membros.

Estratégia por país e programa de trabalho: Os documentos de estratégia elaborados para cada país se orientam de acordo com o programa de trabalho traçado sob critérios bem definidos e consideram preferencialmente projetos com base nos direitos da criança. Os países Malawi, África do Sul, Chile, Guatemala, Indonésia e Filipinas foram escolhidos como países-piloto para introduzir a estratégia e avaliar os seus resultados.A Kindernothilfe apoiou 983 projetos em 30

países no ano de exercício. Em 2010, houve a admissão do Simbabwe em nosso programas e já iniciamos com alguns projetos nesta região, como por exemplo, projetos para crianças vítimas do HIV/Aids, de abuso sexual e de violência. Devido à seca no países pertencentes ao Chifre da África, o Conselho Administrativo aprovou em novembro de 2011 a admissão da Somália nos programas da associação. Em 2009, a Kinder-nothilfe fez um levantamento sobre possíveis projetos de fomento na Somália. Desde 2011, a Kindernothilfe incentiva uma rede de organiza-ções que luta para erradicar a prática da circuncisão feminina. Este tipo de engajamento comprova a participação da associação em projetos de cunho específico na região. Após a participação de Dietmar Roller como conselheiro na área de assistência humanitária no Chifre da África, iniciou-se um trabalho a longo prazo em Mogadishu e no norte do país. O cargo de coordenação de assistência a países atingidos pela seca foi confiado à Wiebke Weinadt, responsável pelas atividades na Somália, no Quênia e na Etiópia.Durante as semanas nas quais a mída noticiou sobre a catástrofe alimentar na região, a Kindernothilfe conseguiu angariar doações no montante de 9,2 milhões de euros e firmar cofinanciamentos. A Kindernothilfe utilizou esses recursos financeiros no atendimento emer-gencial e no fornecimento de água. No dia 31 de dezembro de 2011 já haviam sido gastos 2,8 milhões de euros e o restante já está orçado para dar continuidade ao trabalho na região afetada.

Visitas a projetos: Como já havia sido realizado em anos anteriores, os funcionários das áreas de programas e de projetos visitaram os parceiros locais para verificar o andamento do trabalho, esclarecer dúvidas, discutir sobre os desafios e problemas, bem como para controlar as finanças, estabelecer e avaliar metas e, por fim, para questionar sobre o resultado do projeto. Em 2011 foram realizadas quatro viagens focalizando a constituição e a temática dos projetos:

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Em abril de 2011, um grupo de funcionários da Kindernothilfe da Alemanha e do exterior foram à Etiópia para elaborar meios de comunicação para representar os grupos de autoajuda (GAAs). Devido às informações obtidas pelo grupo, é possível saber com maior clareza sobre a influência exercida pelo GAA na vida das crianças e exemplificá-las com diversas fotos e filmes aos doadores, às madrinhas e aos padrinhos. Para incentivar o princípio do GAA houve um intercâmbio entre representantes de organiza-ções parceiras de Ruanda e do Haiti. Primeiramente funcionários hatianos foram à Ruanda para conhecer o trabalho – de longos anos e bem-sucedido – e verificar a possibilidade de implementá-lo no Haiti. Em seguida, um funcionário especializado de Ruanda foi ao Haiti para implementar o princípio de trabalho do GAA. À convite da organização USAID, os membros do Conselho Administrativo e da Fundação fizeram uma viagem ao Quênia para visitar um projeto cofinanciado na área de HIV/Aids, para estreitar o relacionamento com o cofinanciador USAID e conhecer melhor a estrutura do parceiro no país.

Direitos ecológicos da criança: “Toda a criança tem o direito de crescer em um meio ambiente intacto, de levar uma vida saudável e ter perspectivas de futuro” – a implementação deste direito foi o tema da Kindernothilfe nos anos de 2010 e 2011. Um grupo de trabalho da sede da Kindernothilfe impulsionou este tema através de eventos no programa de trabalho e através de ações internas, como por exemplo, “ir para o trabalho de bicicleta”. O grupo musical Wise Guys, no Dia da Igreja, na cidade de Dresden, na Alemanha, mostrou a um grande público como os direitos ecológicos da crianças podem ser divulgados com clareza e emoção. A ação foi planejada em cooperação com a iniciativa “Plant-for-the-Planet” sob a direção de Felix Finkenbeiner. O estande da Kindernothilfe no pavilhão do Dia da Igreja divulgou o mesmo tema e foi muito visitado.

A embaixatriz da Kindernothilfe, Natália Wörmer, visitou o Centro de proteção Ripples, no Quênia, para a "Maratona de doações" da emissora de televisão alemã RTL.

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Página 06 RELATÓRIO DA DIRETORIA EXECUTIVA > ANUÁRIO 2011

Voluntariado: As atividades voluntárias dos Grupos de Amigos e de Trabalho da Kindernot-hilfe estão presentes em aproximadamente 50 cidades e regiões da Alemanha e são ferramentas de divulgação da imagem e do perfil da organização, pois alcançam um grande número de pessoas. As diversas ações dos grupos são acompanhadas profissionalmente por funcionários da sede. Os encontros locais e regionais de voluntários, como por exemplo, o encontro dos grupos de trabalho em Glücksburg, no norte da Alemanha, nos dias 30 de abril e 1 de maio de 2011, fortalecem o intercâmbio e servem de aperfeiçoamento profissional para ambas as partes.Em 2011, foi possível intensificar o contato com estudantes do ensino básico, médio e estudantes universitários. Justamente com este público-alvo foi viável implementar a missão do estatuto da Kindernothilfe no que diz respeito ao trabalho de cooperação realizado na área de educação. Na área de educação, a campanha juvenil “Act Positive” teve uma grande ressonância graças a sua divulgação durante a turnê do grupo teatral sul-africano “Youth for Christ”. O grupo apresentou o drama teatral “What’s killing us now” quinze vezes, em onze escolas, para um público de 2.946 estudantes. A campanha Action!Kidz 2010 foi concluída de forma bem-sucedida em 2011. O grupo musical Culcha Candela e a embaixatriz Christina Rau estiveram presentes na escola vencedora, na cidade Schiffdorf, próxima a Bremerhaven, no norte da Alemanha. A campanha bateu um record de participantes de 6.200 meninas e meninos no ano de sua realização.

Pessoal: Devido ao grande número de pessoas que se candidatam a uma vaga de trabalho na Kindernothilfe é possível verificar o grau de popularidade e de respeito pela organização. Também é meta estratégica da Kindernothilfe

alcançar um alto grau de satisfação entre os funcionários no local de trabalho e fortalecer o sentimento amigável e familiar dentro da própria Kindernothilfe. Os três aprendizes concluíram com sucesso o curso profissionalizante em 2011 e foram contratados segundo o §14 do Código Alemão de Trabalho de Meio Período e Temporário (TzBfG). Um dos funcionários ficará na organização até encontrar outra proposta de emprego e os outros dois foram contratados regularmente. Além do mais, foram assinados dois contratos com dois estudantes para um curso universitário de acordo com o sistema dual alemão para a área de comunicação informática e um auxiliar de comunicação. Através de um programa de aperfeiçoamento profissional da Kindernothilfe, foram oferecidos trinta e três cursos internos e quarenta e sete externos. Todos tiveram uma ressonância postiva dentro da organização. Os funcionários que frenquentaram o curso sobre comunicação verbal e divulgação de marca elaboraram um manual o qual é utilizado por todos os funcionários da organização. Na Diretoria Executiva também houveram modificações após a saída de Dietmar Roller no dia 31 de maio de 2011. Em 25 de novembro de 2011, o Conselho Administrativo nomeou como membro da Diretoria Executiva Christoph Dehn, especialista reconhecido na área de desenvolvimento econômico e coopera-ção. O senhor Dehn iniciou as suas atividades na Diretoria no dia 1 de fevereiro de 2012. Até então, o trabalho da Diretoria estava sendo executado por Rolf-Robert Heringer e Dr. Jürgen Thiesbonenkamp.

Finanças: A grande prontabilidade de colaboração em prol da assistência humanitária no Chifre da África não prejudicou a assistência contínua e a longo prazo do trabalho iniciado inter-nacionalmente. A receita geral corresponde a 61.563.000,00 euros; 20% acima do planejado

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Desenvolvimento das receitas e despesas

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em 2011 e 19% abaixo da receita alcançada em 2010 – principalmente devido às doações para o Haiti e para o Paquistão. Houve um aumento das receitas no que diz respeito ao espólio e cofinanciamento do Ministério Alemão para Cooperação Econômica e Desenvolvimento, do Ministério das Relações Exteriores e da União Europeia. Os cofinanciamentos aumentaram em 11% em comparação com o ano anterior e perfazem 5,9 da receita geral. As doações representam, como nos anos anteriores, 90% da maior parte das receitas. Isto reflete a grande confiança depositada pelas pessoas no nosso trabalho. A Kindernothilfe agradece a todos e reconhece a sua responsabilidade perante os doadores.E certamentte continuaremos a “ouvir as crianças”. Nós sentimo-nos bem próximos à palavra de Jesus: “Na boca das crianças e dos pequeninos, é a força que opõe aos teus adversários”. Ele tem o Seu ouvido no coração das crianças. Tudo o que elas dizem, articulam com dificuldades, gritam ou se calam em situações desesperadoras, Ele as ouve. Ele abre também os nossos ouvidos, para que possamos escutar o que as crianças têm a nos dizer. Nós participamos da vida delas, estamos presentes quando elas precisam do nosso amparo e as acompanhamos ao mesmo tempo na caminhada para a saída da pobreza e da violência. Esta é a nossa missão na esperança de que o direito à justiça e à paz seja realizado para todas as crianças.

Dr. Jürgen Thiesbonenkamp, Presidente da Diretoria Executiva

Rolf-Robert Heringer, Vice-presidente da Diretoria Executiva

Christoph Dehn, Diretor de Programas e Projetos

[email protected]

Total das despesas

Despesas com fomento de projetos

Despesas referente ao trabalho da sede

Desenvolvimento das Receitas

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Agora é oficial: As crianças podem expressar as suas queixas junto à ONU No dia 28 de fevereiro de 2012, vinte Estados assinaram um documento internacional de muita importância.

Esses países foram os primeiros que aprovaram o novo Protocolo Facultativo da Convenção da ONU sobre os

Direitos da Criança, concedendo às crianças o direito à petição individual. Este foi um marco na caminhada de

12 anos da Kindernothilfe para impor este protocolo de âmbito internacional.

Desde 1999, a Kindernothilfe reivindica que a violação dos direitos da criança possa ser denunciada pelas próprias vítimas, ou seja, as próprias crianças. Para que isto ocorra, é necessário que todos os recursos legais tenham sido esgotados no país no qual a criança tenha sofrido tal ato de violência. No caso de outros protocolos sobre os Direitos Humanos como, por exemplo, a Convenção sobre os Direitos da Mulher, já é permitido há muito tempo o direito de petição individual. Para isto, os Comitês das Nações Unidas são dotados de instrumentos jurídicos vinculativos e os Estados-Membros podem reivindicar a alteração de leis para a proteção dos Direitos Humanos, bem como reivindicar a reparação de direitos violados. “E as crianças também têm o mesmo direito de fazer uso deste mecanismo de queixa”, afirma Barbara Dünnweller, especialista em direitos da criança e força impulsionadora no processo de introdução do direito de reclamação individual para menores.Com o passar dos anos, a Kindernothilfe conseguiu conquistar a adesão à causa de outras organizações não-governamentais. Em março de 2010, foi possível comemorar o êxito da decisão unânime do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e o reconhecimento oficial da importância de um protocolo adicional para a petição individual. Etapas do protocolo:24 de março de 2010: O Conselho sobre os Direitos Humanos da ONU reivindica por unanimidade o direito à petição individual para crianças no sistema das Nações Unidas. “Esta é uma vitória! Com isto, fica confirmado que as crianças também são detentoras de direitos”, afirma com satisfação Barbara Dünnweller. ”Além do mais, os países violadores desses direitos são alvo de pressão da opinião pública.” 5 de agosto de 2010: Os grupos de trabalho da ONU responsáveis pela elaboração de um protocolo adicional apresentam a primeira minuta referente à petição individual. O documento será traduzido até setembro para todas as

línguas oficiais da ONU e encaminhado a todos os Estados-Membros.De 6 à 10 dezembro de 2010: O grupo de trabalho da ONU discute sobre a primeira minuta do texto.De 10 à 16 de fevereiro de 2011: Conclusão polêmica da sessão da ONU para dar continuidade às negociações sobre o direito à petição individual para menores. Muitos dos Estados-Membros procuram elaborar o texto deixando lacunas no sistema. A proposta de permitir que haja documentos adicionais – desenhos elaborados por crianças – para a apresentação de petições individuais não obteve a sua maioria. Ao final das discusões, o texto votado foi resultado de um acordo.17 de junho de 2011: O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprova por unanimidade a minuta do protocolo de petição individual para crianças. 19 de novembro de 2011: A Assembleia Geral da ONU aprova o protocolo. “Uma decisão histórica para as crianças e para os seus direitos", segundo Barbara Dünnweller.28 de fevereiro de 2012: Vinte Estados-Membros assinam o Protocolo referente a Sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra. A cerimônia contou com a presença de Kristina Schröder, Ministra da Família da Alemanha.

Para que o protocolo comece a vigorar, ainda é necessário que dez países o ratifiquem. Vale ressaltar que o trabalho da Kindernothilfe ainda não está concluído. A Kindernothilfe pretende, em cooperação com outras organizações não-governamentais, iniciar outras campanhas para que um número maior de países aceite o protocolo e o divulgue também.

Gunhild Aiyub, redatora

[email protected]

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ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA > ANUÁRIO 2011Página 08

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Assistência humanitária ontem e hoje

Terra seca a perder de vista, milhares de famílias em fuga, corpos esqueléticos e rostos desesperados. Estas são as imagens da seca que recebemos em agosto de 2011 do Chifre de África e que nos deixou estarrecidos. Ao mesmo tempo, estas cenas nos despertou lembranças da seca de 1984 que ocorreu nas mesma região e chocou o mundo inteiro. Especialmente na Etiópia, a colheita se perdeu quase por completo. Naquela época, a Kindernothilfe não exitou e se engajou ativamente fornecendo ajuda humanitária à região. A forma de prestar assistência humanitária mundou muito nos últimos anos. A seca de 1984 foi a primeira atuação da Kindernothilfe na África no que diz respeito a catástrofes: “ Até então, nós havíamos fomentado crianças através de apadrinhamento em países nos quais apoiávamos projetos locais”, explica Ute Luhr, coordenadora do Departamento Leste da África – na época da seca ela era coordenadora de projetos na Etiópia. A dimensão da crise e o pedido de ajuda das duas organizações parceiras etíopes fez com que a Kindernothilfe adentrasse uma área ainda desconhecida: a assistência humanitária.

No início, acompanhava-se o parceiro local até os abrigos emergenciais, havia a disponibilização de um programa de alimentação às crianças, atendimento médico e roupa. “Na verdade isto se assemelha à assistência emergencial, mas antigamente funcionava de uma forma completamente diferente”, relata Luhr. “Os alimentos, por exemplo, tinham que ser transportados por avião fretado que saía da Alemanha. Naquela época a estrutura da Etiópia e a rede de trabalho da Kindernothilfe não permitiam que o trabalho fosse realizado de outra forma.” E isto se refere até ao material de construção. Devido à

assistência prestada ao país durante a seca, a Kindernothilfe apadrinhou 2.200 crianças órfãs. Para abrigá-las eram construídas instalações adequadadas ou ampliadas as já existentes. “O material para construção, como o aço, por exemplo, tinha que ser importado da Índia”, recorda Luhr, que não via a possibilidade de adquirir o material com rapidez na Etiópia.Atualmente a Kindernothilfe dispõe de outros recursos: gêneros alimentícios são fornecidos diretamente à região e transportados por fornecedores locais às áreas afetadas. Desta forma, é possível atender às vítimas com suprimentos de emergência e fortalecer também a economia local. “Graças à nossa rede de parceiros fica mais fácil colocar isto em prática”, afirma Wiebke Weinandt, reponsável atualmente pela coordenação de assistência à seca no Chifre da África. “Além disto, nós construímos há muitos anos centros infantis para atender as crianças em uma situação de catástrofe”, segundo Weinandt “ isto possibilita, como no caso da Somália, prestar assistência a meninas e meninos de forma eficiente”.

A extensão e complexidade da assistência humanitária podem ser observados através das medidas atualmente implementadas pela Kindernothilfe no Chifre da África. “Juntamente com a distribuição de água e alimentos nós construímos, com a ajuda dos moradores, tanques de armazenamento de água nas regiões afetadas, auxiliamos na construção de aquedutos, organizamos oficinas sobre plantio eficiente e armazenamento sustentável de cereais e outras atividades, explica Weinandt, “ fazemos o possível para que a população local possa se preparar melhor para a próxima seca.”

A população do Chifre da África luta constantemente contra as consequências devastadoras da seca e da fome. Os

anos de 1984 e 2011 foram os que mais maltrataram a região. Nesses dois anos, a Kindernothilfe marcou a sua

presença como organização de ajuda humanitária. Do início das nossas atividades até os dias de hoje, a forma de

assistência humanitária passou por fortes mudanças.

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Das 200.000 pessoas beneficiadas pelo trabalho, 130.000 foram crianças (vide o quadro). A ferramenta mais eficiente utilizada pela Kindernothilfe na luta contra a fome foi o trabalho de cooperação e desenvolvimento a longo prazo: “ Em muitas regiões que haviam sido atingidas pela seca, nós incentivamos a formação e atuação de grupos de autoajuda e podemos afirmar que estas pessoas estão melhor preparadas para enfrentar a seca”, relata Weinandt. "É muito gratificante ter desenvolvido e aperfeiçoado durante anos o trabalho de assistência humanitária da Kindernothilfe”, ressalta Rolf-Robert Heringer, vice-presidente da organização e naquela época atuava também na região. “ Mesmo assim, isto não é motivo para não elogiar a atuação dos colegas que ajudaram em 1984 na Etiópia. É importante citar que o trabalho deles foi importantíssimo para a sobrevivência da população, principalmente das ‘crianças esquecidas’ de Makalle.” Em Makalle, próximo à fronteira da Eritreia, foi construído um dos maiores centros de refugiados durante a seca de 1984. No final de 1985, poucas semanas após o seu desativamento, Dieter Kohl, naquela época diretor do Departamento de Relações Públicas da Kindernothilfe, fez uma descoberta assustadora: “Das inúmeras ruelas formadas pelas barracas do acampamento começaram a sair crianças de todos os lados”, relata o diretor estarrecido para a revista da Kindernothilfe: “As crianças caminhavam mudas, não empurravam umas as outras e não sorriam. Os olhares pareciam vazios e os seus rostos tinham uma fisionomia funesta. No total contamos 2.000 crianças órfãs as quais os pais morreram a caminho do ou no centro de refugiados”. Graças a um ação da Kindernothilfe foi possível incluir quase 1.000 crianças em programas de apadrinhamento. As outras 1.000 crianças receberam assistência de uma instituição de coordenação da Etiópia e da Áustria.

Bastian Strauch, redator

[email protected]

Assistência em 1984(e.): As crianças esquecidas de Makalle. A Kin-dernothilfe admitiu no programas de apadrinhamento os órfãos.Assistência em 2011 (r.): As famílias recebem sementes resistentes à seca e participam de oficinas agrícolas para que possam garantir a produção em períodos difíceis.

Foi assim que ajudamos no Chifre da ÁfricaA seca ameaça milhões de pessoas com a fome e a morte no Chifre da África. Das 200.000 pessoas que a Kindernothilfe ajudou em situação de catástrofe, 137.000 foram crianças (dados de 15.2.2012). Na Somália e no Quênia, a Kindernothilfe iniciou com o trabalho de assistência emergencial e posteriormente, colocou em andamento projetos sustentáveis a longo prazo.

Quênia: A Kindernothilfe prestou assistência a refugiados em Wajir e no Distrito de Samburu, região localizada entre as fronteiras do Quênia e da Somália. As vítimas da seca receberam água, feijão, sal, óleo, bem como alimentação adequada para crianças e recursos para filtrar a água. A Kindernothilfe iniciou programas a longo prazo na região central do Quênia, visando garantir a sobrevivência da população. Para prevenir a falta de água nos períodos de seca e aproveitar a água da chuva, foram construídos tanques de armazenamento de água da chuva. Além do mais, foram criadas medidas para elevar a segurança alimentar, como por exemplo: distribuição de sementes para o plantio, fornecimento de ração para gado, reflorestamento de áreas devastadas, oficinas sobre métodos agrícolas e de armazenamento de água alternativos, reativação de fontes de água e extensão do aqueduto em Makueni, responsável, entre outros, pelo fornecimento de água a escolas.

Etiópia: No sudoeste do distrito de Girja e Sawena foram distribuídos alimentos e água à população. Em Dolo Ado, a Kindernothilfe distribuiu kits de alimentação às crianças subnutridas que se encontravam fora dos campos de refugiados. Outra tarefa importante prestar assistência à população local que corria o risco de morrer de fome. A Kindernothilfe planeja trabalhar a longo prazo com os mesmos tipos de projetos implementados no Quênia. As regiões a serem beneficiadas pelos projetos seriam as seguintes: Bench Maji, no sudoeste do país, e Laga Hida na região de Oromia.

Somália: A Kindernothilfe construiu quatro centros infantis em Mogadischu, nos quais as crianças refugiadas receberam proteção e alimentos, bem como participaram de aulas e atividades lúdicas. A construção de mais quatro centros já está em andamento. Além do mais, nas cidades de Garadag e Afgoye houve o fornecimento de tanques de água ou de carros-pipa em escolas, de alimentos, de garrafões de água, de utensílios de cozinha, bem como a distribuição de lonas para a construção de acampamentos de emergência.

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PROJETOS E PROGRAMAS > ANUÁRIO 2011Página 10

Afeganistão O índice de mortalidade infantil e de pessoas portadoras de necessidades especiais é elevado. Atualmente, apoia-

mos dois projetos para crianças portadoras de necessidades especiais nas regiões de Kabul e Jalalabad, bem como projetos para meninas e mulheres e para divulgação da literatura infantil.

África do Sul As metas importantes do nosso trabalho são: a redução da contaminação de jovens pelo vírus HIV, a diminuição da

violência contra meninas e a assistência a crianças em situação de risco (por exemplo, órfãos da Aids, crianças em situação de vulnerabilidade e portado-ras de necessidades especiais).

Bangladesh Bangladesh faz parte dos países mais pobres do mundo. Quase a metade da população vive abaixo dos limites da

pobreza. A Kindernothilfe apoia crianças carentes, a implementação dos di-reitos da criança e o fortalecimento da população civil.

Bolívia O desemprego, a subnutrição, a mortalidade infantil e inú-meras doenças caminham lado a lado do consumo de dro-

gas, da prostituição, da violência e da criminalidade. Através de diversos projetos e programas nós fortalecemos a população infantil indígena, suas famílias e a comunidade na qual vivem. Além disto, nós possibilitamos o acesso à educação profissionalizante e capacitamos a população para a defesa de seus direitos e para a melhoraria da situação de vida.

Brasil A diferença entre as classes sociais brasileiras é alarmante. A sociedade brasileira é caracterizada por uma pequena

classe alta e uma grande maioria da população pertence à classe baixa. O desemprego, a subnutrição,a mortalidade infantil e diversas doenças cami-nham de mãos dadas com o consumo de drogas, com a prostituição, com a violência e com a criminalidade. A Kindernothilfe fortalece as crianças, suas famílias e a comunidade. Além do mais, a Associação dá acesso à educação profissionalizante e capacita a comunidade para que a mesma se engaje em âmbito municipal pela melhoria da situação de vida.

Burundi O Burundi é um dos países mais pobres do mundo. A popu-lação sofre há anos com os efeitos provocados pela longa

guerra civil. Trabalho, alimentação e solo cultivável são bens quase inexis-tentes neste país. Não há trabalho, alimentos e terra fértil para a população. As mulheres e as meninas são as mais desfavorecidas da população burun-diense. Por este motivo, organizamos em cooperação com o nosso parceiro local grupos de autoajuda que apoiam principalmente crianças.

Chile O Chile é considerado atualmente como um país emergen-te. Contudo, cerca de 20% da população chilena vive em

estado de pobreza; o índice entre a população indígena ainda é mais eleva-do. Nós fortalecemos as crianças e os adolescentes, suas famílias e a comu-nidade, capacitamos a população a debater sobre as violações de seus direi-tos e a melhorar a sua situação de vida. Devido ao terremoto ocorrido em 2010, há desemprego, pessoas traumatizadas e falta de moradia. Além do mais, esses problemas não só se agravaram como também aumentaram a longo prazo.

Equador Muitas crianças vivem sob pobreza extrema apesar do de-senvolvimento do país.Os cidadãos africanos e de origem

indígena, inclusive crianças, são discriminados. Através dos nossos projetos

e programas, é possível fortalecer a população infantil indígena, suas famí-lias e a comunidade local. Além do mais, nós promovemos o ensino profis-sionalizante e capacitamos a comunidade para reivindicar pelos pelos seus direitos e pela melhoria da situação de vida.

Etiópia A Etiópia é um dos países mais pobres do mundo. Em 2011, o país foi atingido novamente por uma seca devastadora.

As crianças sofrem devido a defasagem educacional, o trabalho infantil, as condições precárias de alimentação e as práticas culturais prejudiciais. Além disto, as crianças são desnutridas e portadoras de HIV/Aids, exercem traba-lhos exploratórios, não têm acesso à educação e estão expostas a práticas tradicionais nocivas. Os projetos focalizam a proteção e integridade física da criança, bem como outros focos de trabalho como o fortalecimento de famí-lias e comunidades, o fomento do ensino profissionalizante e regular, a pre-venção na área de saúde e alimentação saudável através de agricultura sustentável.

Filipinas Uma em cada duas crianças vivo abaixo dos limites da po-breza. Muitas delas são vítimas de violência doméstica e

de abuso. Aproximadamente 1,5 milhões de crianças vivem em situação de rua. Para essas crianças e para as trabalhadoras, nós oferecemos programas para atender às suas necessidades.Os projetos incentivam as crianças atra-vés do acesso à educação infantil e fundamental.

Guatemala Aproximadamente 74% da população indígena e agricul-tores vivem sob pobreza extrema. Nos fomentamos proje-

tos na área de educação para crianças em situação de vulnerabilidade, bem como trabalhos preventivos e de intervenção para erradicar a violência e o abuso sexual. Além do mais, fortalecemos as crianças e os jovens, principal-mente da população indígena, suas famílias e a comunidade. Nós oferece-mos cursos de capacitação profissional e preparamos os jovens para reivin-dicarem seus direiros e para melhorar a situação de vida.

Haiti Mais de 80% dos haitianos sobrevivem com menos de 1$ dólar por dia. A maioria dos professores não têm uma for-

mação adequada para exercer a profissão. Os pais não conseguem pagar as matrículas escolares. Resultado: mais de 47% dos haitianos são analfabetos. Em nossos projetos as crianças têm acesso à educação e aprendem a conhe-cer os seus direitos. As crianças recebem orientação profissional e aprendem sobre o meio ambiente e métodos alternativos de plantio.

Honduras Aproximadamente 66% da população vive abaixo do limi-te nacional da pobreza. Os maiores problemas da socieda-

de hondurenha são a violência e o alto índide de criminalidade. Os nossos projetos têm por finalidade contribuir para a melhoria das condições de vida de crianças que vivem em situação de risco (crianças portadoras de ne-cessidades especiais, crianças trabalhadoras e crianças vítimas do vírus HIV/Aids) e de famílias que vivem no nordeste do país.

Índia As diferenças entre pobres e ricos aumentam cada vez mais. Pelo menos um terço da população vive abaixo dos

limites da pobreza. Principalmente os adivasi (os primeiros descendentes dos habitantes da Índia) e os dalits (grupos de pessoas consideradas “ into-cáveis”) vivem às margens da sociedade. A Kindernothilfe focaliza o seu trabalho nas regiões rurais e nos bairros pobres das grandes cidades para que as crianças de famílias desfavorecidas tenham o direito de gozar de um futuro digno.

Ajuda concretaOs desafios do nosso trabalho em 30 países na África, Ásia, América Latina e no Leste Europeu:

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Indonésia Com 76 milhões de crianças, a Indonésia é o quarto país com a maior população infantil do mundo. Mesmo assim,

os direitos das crianças não são aplicados devidamente. Por isso, nós apoia-mos os projetos que fortalecem os direitos da criança: aconselhamento de meninas e meninos com conflitos legais, assistência/reintegração de crian-ças em situação de rua e portadoras de necessidades especiais, combate ao comércio infantil e à exploração sexual de pessoas jovens.

Kosovo Mesmo após 11 anos do fim da guerra no Kosovo, não há vagas de trabalho suficientes em Mitrovica para os adoles-

centes que concluem cursos profissionalizantes. O centro de formação pro-fissionalizante da Kindernothilfe oferece diversas possibilidades para cubrir essa demanda.

Malawi Malawi faz parte dos países mais pobres do mundo. O foco do nosso trabalho é a implementação dos direitos da

criança, programas de incentivo a órfãos (da Aids), programas de esclareci-mento sobre o HIV/Aids, asseguramento da alimentação, grupos de autoa-juda, projetos para crianças em situação de rua e ensino básico.

Namíbia O apoio oferecido à república de estudantes da organiza-ção ELCRN foi concluído em 31 de dezembro de 2011.

Paquistão Apenas 56% das crianças frequentam o ensino básico e menos da metade conseguiu concluir os estudos. O nosso

trabalho focaliza a educação de crianças carentes. Além do mais, nós apoia-mos repúblicas de estudantes em cidades e regiões rurais, bem como proje-tos com finalidades educacionais e comunitárias. Nós apoiamos nas cida-des projetos que prestam assistência a crianças em situação de rua, repúblicas para meninas e meninos. Nas região rural, nós incentivamos projetos regionais na área de educação e de assistência à comunidade.

Peru Quarenta por cento da metade da população vive abaixo dos limites da pobreza; nas regiões rurais este índice é de

83%. Nós nos engajamos para que a melhoria da situação de crianças traba-lhadoras, crianças portadoras de necessidades especiais, bem como de me-ninas e meninos que estejam expostos a qualquer tipo de poluição prejudi-cial à saúde. O nosso objetivo é fortalecer as crianças, as suas famílias e a comunidade, disponibilizar o acesso à educação profissionalizante e capaci-tá-las para a defesa de seus interesses.

Quênia Mais da metade da população vive abaixo dos índices míni-mos de sobrevivência, a população rural mal consegue so-

breviver devido às mudanças climáticas. O nosso trabalho focaliza o combate à pobreza, a equidade de gênero, a participação de crianças, o apoio de órfãos (da Aids), a proteção a crianças em situação de rua de qualquer tipo de explo-ração, projetos de formação escolar básica e profissional e projetos comunitá-rios visando a reabilitação de crianças portadoras de necessidades especiais.

Ruanda Durante o genocídio ocorrido em 1994 , mais de um milhão de pessoas foram assassinadas. Muitas pessoas até hoje

sofrem com o trauma nacional provocado por esse massacre. As viúvas e os órfãos vivem frequentemente em situação de pobreza. Principalmente com estes grupos-alvos, o enfoque dos grupos de autoajuda, a formação profis-sionalizante no setor agrário e o apoio aos órfãos estão dando bons resulta-dos. Além do mais, são instrumentos sustentáveis de combate à pobreza.

Rússia A pobreza ainda continua presente neste país; as pessoas portadoras de necessidades especiais e contaminadas

pelo vírus HIV/Aids são as mais desfavorecidas. Os nossos parceiros traba-lham com famílias contaminadas pelo vírus HIV/Aids e órfãos sociais na re-gião metropolitana de São Petersburgo. Nessa região, o nosso parceiro diri-ge projetos para crianças em situação de rua, programas de incentivo e reabilitação de crianças portadoras de necessidades especiais.

SimbabweSegundo informações da Nações Unidas, mais de 1,6 mi-lhões de crianças são órfãs e vivem em situação de risco;em

100 mil lares os irmãos mais velhos são responsáveis pelos mais novos e pelos afazeres domésticos. Nós oferecemos assistência psicossocial a crian-ças traumatizadas e órfãs, fazemos trabalho de prevenção à Aids para jovens, programas para amenizar as consequências da Aids, projetos comu-nitários e de agricultura sustentável.

SomáliaO país conviveu durante mais de duas décadas com a guer-ra civil e em 2011 foi atingido por duas catástrofes alimen-

tares. Nós prestamos assistência para mais de 2,5 milhões de pessoas na Somália. Nós distribuímos alimentos, cobertores, instalamos tanques de água e prestamos assistência em nossos centros de proteção à criança.

Sri Lanka Mais de um terço das crianças abaixo de cinco anos são subnutridas e o desemprego entre os jovens é alto. O nosso

trabalho está focalizado em projetos de combate à pobreza, de acesso à educação e melhoria do ensino, de integração de crianças portadoras de ne-cessidades especiais à sociedade e de gestão de catástrofes.

Suazilândia Dois terços da população vive sob pobreza extrema. Além disto, a Suazilândia tem o maior índice mundial de pessoas

contaminadas pelo vírus HIV/Aids. Uma em cada três crianças cresce sem um dos pais. As metas importantes do nosso trabalho são: o combate à po-breza através do desenvolvimento comunitário, o atendimento a crianças órfãs da Aids, o apoio a meninas e a implementação dos direitos da criança.

Tailândia Embora a Tailândia não faça parte dos países mais pobres do mundo, também há muitas pessoas carentes nesta re-

gião. Os nossos parceiros combatem o comércio infantil na região do Triân-gulo de Ouro, apoiam crianças carentes das regiões montanhosas, crianças em situação de rua, meninas e meninos portadores e vítimas do vírus HIV.

Uganda Uganda é um dos países mais pobres do mundo. A morta-lidade infantil e o índice de órfãos da Aids são altos. Muitas

crianças precisam trabalhar e, por este motivo, não podem frequentar as escolas. Os objetivos importantes do nosso trabalho são o combate à pobre-za, assistência a órfãos da Aids e a reintegração de crianças em situação de rua.

Zâmbia A Zâmbia é um dos países mais pobres do mundo. Muitas das crianças não têm acesso à educação, sofrem de abusos

e maus-tratos, bem como de trabalho exploratório e de violência. Nós apoia-mos projetos comunitários de combate ao trabalho infantil, de esclareci-mento da comunidade sobre o vírus HIV/Aids, grupos de autoajuda, de aconselhamento jurídico e representação judicial de crianças, escolas para formação de radialistas, bem como programas de incentivo e reintegração de crianças com necessidades especiais.

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PROJETOS NO EXTERIOR > ANUÁRIO 2011Página 12

ÁfricaPaíses: África do Sul, Burundi, Etiópia, Malawi, Namíbia, Quênia, Ruanda,

Somália, Suazilândia, Uganda, Zâmbia, Zimbábue

Crianças: 598.520

Projetos: 244

Orçamento: 17,4 milhões de euros

Situação: Dois terços da população da Suazilândia vivem em situação de po-breza, sendo que 48% sobrevivem com menos de um euro por dia. A Suazilân-dia é o país com o maior índice de infecção pelo HIV no mundo. Os setores de educação e economia são afetados diretamente devido à falta de professores, educadores e de outros profissionais que morrem em consequência da Aids. Aproximadamente 40% da população suazilandesa está desempregada. Ge-ralmente muitos do centros de formação profissionalizante só contratam as pessoas mais jovens com nível médio de ensino. O ensino é privatizado a par-tir da terceira série do ensino fundamental. As famílias sem recursos financei-ros na maioria das vezes não conseguem pagar as taxas escolares até a con-clusão. Os três centros estão localizados em uma região de fácil acesso e são destinados a jovens carentes provenientes de todas as partes do país.

Metas do projeto: Oferecer aos jovens uma formação profissionalizante volta-da ao ensino prático, principalmente às mulheres que devido à falta de um di-ploma escolar não têm a possibilidade de aprender uma profissão e de se posicionar melhor no mercado de trabalho. Através da formação profissionali-zante, os jovens terão condições de se candidatar a vagas em uma firma ou abrir o seu próprio negócio para garantir a sua subsistência. Além do mais, eles podem contribuir para transpor as barreiras da pobreza no país.

Exemplos de atividades em 2011: O Siteki Industrial Training Centre (76 matrí-culas) abriu um departamento de processamento de metais e uma oficina mecânica. O Manzini Industrial Training Centre (193 matrículas) introduziu a disciplina Agronomia. O Nhlangano Agricultural Skills Training Centre (73 ma-trículas) introduziu disciplinas complementares, como produção de reboque de carros para ampliar a base de faturamento dos centros. O SSC ofereceu um

curso de computação para o qual 80 aprendizes se inscreveram. A taxa de inscrição de 350 Emangaleni será utilizada na manutenção dos novos equipa-mentos. Os participantes que não têm condições de pagar as taxas, poderão saldar as suas dívidas através de seus próprios lucros. Através de um novo programa de auxílio à comunidade em Manzini e Siteki, é possivel que a po-pulação jovem construa casas para os moradores idosos e carentes. O mate-rial para a construção é proveniente de doações e o trabalho é efetuado sob instrução de profissionais da área. Com isto, os aprendizes colocam em prática o que aprenderam nos cursos e exercem uma função social na comunidade. Planos para 2012: Gerar renda adicional através de um projeto-piloto de for-ma que a SSC possa arcar com os custos dos Centros. Oferecer futuramente em Manzini e Siteki a construção de caçambas de caminhão e a pintura de carros de passeio. Produzir e vender nos dois centros produtos derivados do leite. O capital inicial para o investimento será disponibilizado pela Kindernot- hilfe. Em 2012, a SSC também pretende obter alguns pedidos de clientes da região. Pela primeira vez, será oferecido um curso de computação para os mo-radores da região.

Riscos do projeto: A principal entidade financiadora é o governo da Suazilân-dia. Contudo, os pagamentos federais são efetuados com muito atraso e devi-do à situação desoladora do orçamento governamental, as contribuições fo-ram cortadas em vinte por cento. A SSC promove o intercâmbio com outros centros de formação profissionalizante do país. Mesmo assim, é extrema-mente difícil a realização de um trabalho de lobby em consequência da situa-ção política atual do país. A Suazilândia é a única monarquia absoluta no continente africano e proíbe a atuação de partidos políticos.

Exemplo de projeto: Curso profissionalizante institucional (Projeto 74101/AA/12)

Suazilândia

Melhores chances no mercado de trabalho Público-alvo: Jovens carentes provenientes de todas as partes do país que não frequentam a escola por motivos financeiros.

Mantenedora: Swaziland Skills Centre (SSC)Duração: 01.01.1985 – 31.03.2014 Modalidade de apoio: Apadrinhamento sem troca de correspondência Orçamento do projeto: 2.556.893 eurosParticipação da KNH: 205.000 euros- Despesas em 2011: 65.000 euros- Orçamento para 2012: 65.000 euros

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Responsável: Silvia Beyer, [email protected]

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Situação: Malawi é um dos países mais pobres do mundo. Mais da metade dos 13 milhões de habitantes sobrevive com menos de um euro por dia. Mais de 85% da população do país vivem da agricultura de subsistência prove-niente de pequenas plantações. Aproximadamente 20% por cento da popu-lação urbana está contaminada pelo vírus do HIV. Sobretudo as crianças ór-fãs contaminadas pelo HIV/Aids são marginalizadas devido à falta da estrutura familiar. As mazelas políticas e as condições sócioeconômicas aca-bam cerceando os direitos de toda uma população.

Metas do projeto: Organizar 1.200 grupos de autoajuda e 100 associações regionais (Cluster Level Associations). Através da autonomia e da mudança efetiva na situação de vida, 18.000 mulheres estarão em condições de garan-tir o sustento de suas famílias, pagar taxas escolares para seus filhos e, em caso de doença, arcar com despesas hospitalares. As associações podem exi-gir em âmbito político que sejam, por exemplo, construídas escolas e postos de saúde.

Exemplos de atividades em 2011: Doze parceiros da Kindernothilfe funda-ram mais de 200 grupos. As mulheres conseguiram abrir uma microempre-sa através de pequenas economias e receber microcréditos do grupo. Todos se ajudaram mutuamente e absolveram cursos com especialistas nas áreas de higiene, nutrição saudável e tratamento de doenças, bem como cursos na área de gestão financeira. O coordenador do grupo de autoajuda acompa-nha os grupos frequentemente; os funcionários de organizações parceiras, bem como representantes de grupos de mulheres e de associações partici-

param de diversas oficinas. Os participantes dos cursos puderam observar como os grupos de autoajuda se beneficiam com as atividades e como as associações (Cluster Level Associations) são apoiadas durante o seu processo de formação.

Planos para 2012: Dar continuidade à formação de novos grupos de autoaju-da e de associações (Cluster Level Associations). Para fortalecer as associa-ções (Cluster Level Associations) em âmbito político na região de atuação, é necessário que as mulheres participem intensamente de oficinas voltadas a essa finalidade. Desta forma, elas poderão aprender em grupo como identi-ficar problemas sociais locais, desenvolver soluções e implementá-las. Os parceiros da Kindernothilfe, que atuam ativamente junto aos grupos de au-toajuda, serão capacitados profissionalmente na área econômico-adminis-trativa para darem suporte aos grupos durante a fundação de microempre-sas. O objetivo principal destas atividades é fortalecer a independência econômica e melhorar continuamente as condições de vida das mulheres e de suas famílias.

Riscos do Projeto: Caso os grupos não recebam acompanhamento e aperfei-çoamento profissionais, há o risco que não haja o desenvolvimento espera-do. Isto acarretaria uma estagnação no incentivo das atividades voltadas às crianças. Em algumas regiões nas quais os parceiros da Kindernothilfe im-plementaram o enfoque dos grupos de autoajuda, outras organizações não--governamentais distribuem, por exemplo, alimentos e outros bens essen-ciais, ofuscando todas as atividades dos grupos de autoajuda da região.

Exemplo de projeto: Grupos de autoajuda (Projeto 62331/AA/13)

Malawi Ajuda mútua entre mulheresPúblico-alvo: 18.000 mulheres e suas famílias carentes, bem como 54.000 crianças

Mantenedora: 12 diferentes parceiros atuando com a KindernothilfeDuração: Fase piloto: 01.05.2010 – 31.12.2010 Início do projeto: 01.01.2011 – 31.12.2015

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Modalidade de apoio: Apadrinhamento Orçamento do projeto: 1.200.000 euros Participação da KNH: 1.200.000 euros- Despesas em 2011: 232.329 euros- Orçamento para 2012: 228.436 euros

Responsável: Leonie Armingeon, [email protected]

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PROJETOS NO EXTERIOR > ANUÁRIO 2011Página 14

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Ásia/Leste EuropeuPaíses: Afeganistão, Bangladesh, Filipinas, Índia, Indonésia, Paquistão,

Sri Lanka, Tailândia, Kosovo, Rússia

Crianças: 109.004 (ÁSIA); 746 (LESTE EUROPEU)

Projetos: 519 (ÁSIA); 7 (LESTE EUROPEU)

Orçamento: 14,2 milhões de euros (ÁSIA); 500 mil euros (LESTE EUROPEU)

Situação: A taxa de mortalidade de mães e recém-nascidos em Bangladesh é uma das mais altas do mundo. Dos 1.000 recém-nascidos somente 37 conseguem completar um ano de idade; 322 entre 100.000 gestantes mor-rem devido a complicações durante o parto. Esse alto índice de mortalidade é resultado das condições precárias do atendimento médico-hospitalar no país e é nove vezes inferior a taxa existente em países industrializados.

Metas do projeto: Atingir as seguintes Metas de Desenvolvimento das Na-ções Unidas para o Milênio: a “Equidade de gêneros” (MDG3), a “Redução da mortalidade infantil de crianças abaixo de cinco anos” (MDG4) e a “Re-dução da mortalidade materna” (MDG5). Além do mais, prestar atendi-mento pré-natal a um grande número de gestantes, oferecer atendimento pós-parto a mães durante a amamentação através do auxílio de parteiras qualificadas e disponibilizar alimentação de alto valor nutricional em cozi-nhas comunitárias.

Exemplos de atividades em 2011: Em 170 vilarejos foram criados 195 gru-pos de autoajuda na área de saúde e mais 35 ainda estão em planejamen-to. Os grupos economizaram dinheiro para a criação de fundos de saúde e emergenciais para auxiliar, entre outros, as mães e os recém-nascidos. Os moradores da região fundaram sete comitês responsáveis pelo traba-lho informativo na região que estão organizados em redes de dimensão

supraregionais. Os comitês se encontram frequentemente com os funcio-nários de postos de saúde do governo e de hospitais para fazer um inter-câmbio de informações. Desta forma é possível assegurar que o atendi-mento de saúde básico nos vilarejos e o sistema de saúde do governo realmente se complementam. Quatorze centros de saúde já iniciaram as suas atividades e 835 gestantes fizeram uma avaliação médica de rotina. Mais de 170 assistentes voluntários de saúde, parteiras e 25 auxiliares de enfermagem do governo fizeram cursos de obstetrícia, de assistência a gestantes e a recém-nascidos.

Planos para 2012: Oferecer cursos de atualização para todos os participan-tes dos cursos anteriores e dar continuidade à criação de fundos emergen-ciais. Todas as medidas serão submetidas regularmente a um controle de qualidade. A organização SATHI aposta no sucesso e na continuidade do trabalho com as repartições públicas. A SATHI pretende, em cooperação com a organização Christian Reformed World Relief Committee (CRWRC), criar um instrumento que controle o atendimento de saúde prestado a pessoas carentes.

Riscos do projeto: Catástrofes naturais, epidemias e mudanças fundamen-tais na política de saúde governamental podem colocar em risco o alcance das metas do projeto.

Exemplos de projeto: Prevenção à saúde (Projeto 26405/AA/47)

Bangladesh Mães e recém-nascidossaudáveisPúblico-alvo: 1.980 mulheres e 900 homens em 170 vilarejos de Atpara Upazila em Netrokona District, no norte de Bangladesh

Mantenedora: SATHIDuração: 01.07.2010 – 31.21.2013 Modalidade de apoio: 1+3=4 CofinancimanetoOrçamento de projeto: 433.857 eurosParticipação da UE: 325.392 eurosParticipação da KNH: 108.465 euros- Despesas em 2011: 17.541 euros- Orçamento para 2012: 19.541 euros

Responsável: Uta Dierking, [email protected]

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Situação: Nas escolas estatais e particulares do Paquistão as surras fazem parte do cotidiano escolar e são aplicadas como recurso educacional su-plementar. As crianças são chutadas, seus cabelos são puxados e, muitas vezes, são obrigadas a permanecer por longo tempo em posição dolorosa e humilhante. Os alunos do ensino fundamental são os que mais sofrem com está situação. A violência escolar impede o desenvolvimento emocio-nal e cognitivo da criança. A escola é simbolicamente um ponto de referên-cia para violência, exploração e pobreza. Neste ambiente de aprendizagem, as crianças apresentam um desempenho escolar insatisfatório, abando-nam a escola e correm o risco de caírem nas malhas do trabalho infantil.

Metas do projeto: Erradicar métodos punitivos – como as surras – das es-colas estaduais do ensino fundamental e reduzir os casos de abuso infan-til nos distritos de Nowshera, Charsadda, Mardan, Swabi e Peshawar, em Khyber Pakhtunkhwa.

Exemplos de atividades em 2011: A SPARC organizou mais de 2.300 cursos de aperfeiçoamento para professores do ensino fundamental e funcioná-rios de instituições governamentais locais. Durante as mais de 100 visitas realizadas às escolas, houve o intercâmbio de experiência através de exem-plos positivos e do uso de metodologia de ensino sem violência. A mesma metodologia também será utilizada em outros cursos de aperfeiçoamento profissional. Professores, funcionários da organização SPARC e alunos ela-boraram regras para um ensino sem violência. A SPARC esclareceu mais de 150 casos de violação contra os direitos da criança – 50 destes casos foram de agressão corporal. Através da criação de um fundo para a defesa dos direitos da criança, a organização SPARC está em condições de auxiliar as

crianças com maior rapidez. Já é possível observar um aumento conside-rável do número de alunos após a mudança de postura de professores pe-rante as crianças. Os meios públicos de comunicação já foram alertados através de mais de 800 comerciais de televisão, programas de rádio e re-portagens de jornal sensibilizando e informando a população que a educa-ção sem violência é um direito da criança.

Planos para 2012: A SPARC aproveitará o último ano do projeto para refor-çar a proibição legal da prática de violência nas escolas por parte dos edu-cadores e pleiteará a retirada do parágrafo 89C do Código Civil Paquistanês. Juntamente com cursos de aperfeiçoamento profissional de professores nas escolas, como houve em 2011, pode-se afirmar de antemão que o traba-lho de divulgação terá um papel de grande relevância em 2012. A SPARC irá lançar mão de todas as ferramentas de mídia para esclarecer a população sobre as consequências da violência contra a criança e para mostrar um comportamento alternativo.

Riscos do projeto: A situação política instável e os conflitos armados na província representam uma ameaça constante para todas as organizações não-governamentais. As campanhas com base em direitos internacionais (por exemplo, o enfoque dos direitos da criança e os padrões de direitos humanos) são geralmente difamadas pelo taliban, denominadas de anti--islâmica e as surras são justificadas através de interpretações errôneas do Islamismo. A organização SPARC atua em cooperação com professores de religião e procura amenizar os riscos de implementação do trabalho atra-vés de atividades educacionais e voltadas para uma base ampla da socie-dade (associações de professores e repartições públicas locais etc).

Bangladesh Mães e recém-nascidossaudáveis

Exemplo de projeto: Campanha (Projeto 25810/AA/47)

Paquistão Campanha para combater a violência escolar

Grupo-alvo: 500.000 crianças e suas famílias em Khyber Pakhtunkhwa, 875 professores e diretores de escolas, 250 ativistas de direitos da criança presentes em 10 comitês para os direitos da criança, 500 formadores de opinião (deputados da província/do parlamento, representantes dos ministérios da educação e justiça, a mídia, organizações da sociedade civil, líderes religiosos, representan-tes do Conselho Ideológico Islâmico e membros dos sindicatos de professores

Mantenedora: SPARC (ONG paquistanesa secular e de utilidade pública) Duração: 01.08.2009 - 31.12.2012Modalidade de apoio: 1+3=4 Cofinancimaneto Orçamento do projeto: 497.731 eurosParticipação do BMZ: 373.299 eurosParticipação da KNH: 124.432 euros- Despesas em 2011: 130.000 euros- Orçamento para 2012: 85.000 euros

Responsável: Anja Oßwald, [email protected]

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PROJETOS NO EXTERIOR > ANUÁRIO 2011Página 16

<Países: Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, Peru

Crianças: 71.279

Projetos: 213

Orçamento: 13,7 milhões de euros

América Latina

Situação: A falta de possibilidades para os jovens dentro dos sistema educa-cional impede o desenvolvimento do Haiti. O Governo impulsiona a criação de propostas adequadas à população jovem para que eles possam transpor a pobreza e a dependência da assistência humanitária. Contudo, este pro-cesso irá se prolongar durante décadas e os frutos deste trabalho só pode-rão ser vistos na capital do país e nas regiões mais populosas. No sudoeste do Haiti o desenvolvimento econômico e social começou a progredir a pas-sos lentos. Em Port-a-Piment e em regiões próximas à cidade vivem muitos refugiados que, após o terremoto, procuraram trabalho mas acabaram en-contrando trabalho temporário geralmente mau remunerado.

Metas do projeto: Capacitar profissionalmente a população jovem atra-vés da introdução à diversas profissões, oferecendo-lhes condições de es-colher o próprio caminho profissional, para que tenham melhores chan-ces no mercado de trabalho.

Exemplos de atividades em 2011: Na fase preparatória os participantes dos cursos foram escolhidos, foi firmado um contrato de cooperação com a escola profissionalizante MEBSH, foram organizadas salas para minis-trar os cursos e, para finalizar, foram contratados os funcionários. No dia 7 de novembro de 2011 foram iniciados diversos cursos com duração entre um e três meses. A MEBSH ofereceu cursos levando em consideração a demanda de mão-de-obra braçal causada pelo terremoto no início de

2010. Os jovens tiveram a opção de escolher entre um dos cinco cursos profissionalizantes: curso de pedreiro com especialização em construção resistente a terremotos, cursos de técnico instalador fotovoltaico, encana-dor, carpinteiro e artesanato têxtil. Devido às longas distâncias entre os vilarejos no sudoeste do Haiti, o seu difícil acesso e a estrutura precária local, foram oferecidos diversos cursos por região. Desta forma, os jovens puderam iniciar o curso profissionalizante pelo qual se interessaram. Atu-almente 352 jovens concluíram os cursos com sucesso.

Planos para 2012: Devido ao grande interesse dos jovens pelos cursos pro-fissionalizantes compactos, serão oferecidos cursos em todas áreas em 2012. Além do mais, haverá a continuidade do trabalho assistencial e de cursos de aperfeiçoamento profissional oferecidos aos professores. A par-tir de abril de 2012, serão oferecidos cursos de computação em diversas regiões para suprir a grande demanda e o interesse dos jovens.

Riscos do projeto: Um grande desafio para o projeto é achar professo-res que estejam dispostos a trabalhar nas regiões distantes, capacitá-los profissionalmente e motivá-los para que continuem se engajando em prol do andamento do projeto. As tempestades e inundações na região são problemas que afetam o andamento dos cursos, pois impedem que os alunos e os professores tenham acesso ao centros de formação profissional.

Exemplo de projeto: Curso profissionalizante (Projeto 84988)

Haiti

Alta demanda de mão-de-obra braçal Público-alvo: 1.920 crianças e jovens no sudoeste do Haiti

Mantenedora: Mission Evangelique Baptiste Du Sud d'Haiti (MEBSH), a maior e mais conhecida instituição católica localizada no sudoeste do HaitiDuração: 01.06.2011 – 30.05.14 Modalidade de apoio: Doações voluntárias Orçamento do projeto: 364.960 euros Participação da KNH: 350.080 euros- Despesas em 2011: 153.112 euros- Orçamento para 2012: 96.579 euros

Responsável: Veronika Unger, [email protected]

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Situação: Os direitos dos povos indígenas no Brasil são violados frequen-temente. Embora a constituição brasileira garanta direitos especiais para proteção dos povos indígenas, geralmente os seus territórios não são reconhecidos e não lhes é oferecido educação bilíngue. Além do mais, não há uma valorização da cultura dos povos indígenas pela socie-dade brasileira. A situação mais precária é a dos grupos étnicos dos Kain-gang, Kokleng e dos Guarani em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Metas do projeto: Melhorar as condições de vida das famílias, conside-rando e incentivando as diferentes culturas indígenas. Fomentar a auto-estima, fortalecer a identidade desses três povos indígenas, bem como promover a valorização da cultura indígena por parte da sociedade brasileira.

Exemplos de atividades em 2011: Durante encontros comunitários as famílias fizeram um relatório dos problemas da região e se engajaram politicamente para solucionálos. Para melhorar a situação de saúde e alimentar, as famílias frequentaram cursos compactos sobre agricul-tura agroecológica, fizeram 21 hortas comunitárias onde cultivam plantas utilitárias e medicinais para o autoconsumo e utilizaram a co-lheita para o preparo de pratos tradicionais. Os jovens aprederam tra-balhos artesanais tradicionais e as crianças aprenderam músicas e danças de suas respectivas culturas. Os moradores de Estrela e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, começaram a resgatar a própria histó-

ria e cultura, e divulgaram o legado indígena nas escolas e universida-des. A infraestrutura escolar melhorou e os alunos tiveram na grade curricular aulas bilíngues ministradas por professores de origem indí-gena. Além do mais, foi oferecido reforço escolar fora do horário das aulas. Através destas medidas, o número de crianças e jovens que fre-quentam as escolas aumentou.

Planos para 2012: Para o ano de 2012, foi planejada a criação de trilhas ecológicas na comunidade Kokleng, em Santa Catarina. As trilhas têm também a finalidade de aproximar o público em geral da cultura Kok-leng, exercendo desta forma um papel didático no processo de forma-ção da consciência ecológica. Os passeios ecológicos representam uma forma de renda para os jovens da comunidade Kokleng que trabalham como guias para os visitantes do vilarejo. Além do mais, foram planeja-das oficinas para que esses jovens possam comercializar de forma efeti-va os seus produtos artesanais e ampliar a oferta de cursos em outras áreas, como em apicultura.

Riscos do projeto: Uma mudança da situação política ou de líderes de governo após eleições na região pode acarretar uma alteração das me-tas ou mesmo do foco do projeto. Neste caso, seria necessário readaptar as metas aos novos focos. O clima da região também pode afetar de forma negativa alguns componentes do projeto, como por exemplo, o cultivo de hortas.

Exemplo de projeto: Trabalho social comunitário (Projeto 94105/AE/20)

Brasil

À procura da própria identidade

Público-alvo: 190 famílias (875 pessoas ) de povos indígenas perten-centes às etnias Kaingang, Xokleng e Guarani em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul

Mantenedora: COMIN-ISAEC-DAI

Duração: 01.12.2009 – 28.02.2014 Modalidade de apoio: Apadrinhamento de projetoOrçamento do projeto: 562.307 eurosParticipação da KNH: 220.000 euros– Despesas em 2011: 59.950 euros– Orçamento para 2012: 59.950 euros

Responsável: Anne Schnieders de Oliveira, [email protected]

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RELATÓRIO FINANCEIRO > ANUÁRIO 2011Página 18

nitária. Por conseguinte, houve um aumento de 2,4 milhões de euros – 5,2% acima dos gastos referentes ao ano passado: - 45,9 milhões de euros para o fomento de projetos (ano passado: 43,5 milhões de euros) : 17,4 milhões de euros para a África, 14,8 milhões de euros para a Ásia e para a Europa, 13,7 milhões de euros para a América Latina,- 2,9 milhões de euros para o acompanhamento de projetos (ano passa do: 2,9 milhões de euros) e - 1,9 milhões de euros para as atividades na área de educação, informação e advocacia (ano passado: 1,95 milhões de euros). As despesas administrativas e com publicidade perfazem em 2011 o montante de 8,3 milhões de euros e tiveram um aumento de 270 mil euros em relação ao ano passado – o correspondente a 3,4 %.O balanço da empresa de auditoria CURACON, de Düsseldorf, na Alemanha, declarou o seguinte:“A auditoria não apontou nenhuma objeção”

Os recursos provenientes de doações perfazem 55,3 milhões de euros e ficam em 13,4 milhões de euros abaixo do recursos obtidos em 2010. Enquanto as doações para apadrinhamento aumentaram em 500 mil euros (37,9 milhões de euros), as doações destinadas a projetos de curto prazo diminuíram em 500 mil euros (4 milhões de euros). As doações não-vinculadas e outras doações tiveram um saldo positivo de 300 mil euros (3,4 milhões de euros). Nessas doações estão inclusas as doações das organizações-irmãs da Áustria (1,9 milhões de euros), da Suíça (900 mil euros) e do Pacto Desenvolvimento Ajuda (500 mil euros).Houve um aumento do rendimento quanto ao espólio e aos subsí-dios por parte de doadores estatais (BMZ, Ministério das Relações Exteriores e UE) para o cofinanciamento de projetos. Os subsídios au-mentaram em 11% em relação ao ano passado e correspondem a 6% da receita geral. As despesas com projetos perfazem 50,7 milhões de euros, sendo que 7,9 milhões de euros recaem para as atividades de assistência huma-

Resultado referente ao exercício de 2011A receita da Kindernothilfe ficou no ano passado em 61,6 milhões de euros, sendo que 90% deste montante foram pro-

venientes de doações. As receitas ficaram em torno de 20% acima do planejado para 2011 e 19% abaixo das receitas

atingidas em 2010 – isto em decorrência das doações feitas principalmente para o Haiti e para o Paquistão.

Os 61,6 milhões de euros se compõem da seguinte forma:

Receitas Doações para apadrinhamento: 37.935.981,52 ₠ 61,6 %

Doações para assistência humanitária: 9.978.858,92 ₠ 16,2 %

Outras doações: 7.380.569,07 ₠ 12,0 %

Heranças não vinculadas, legados: 601.274,07 ₠ 1,0 %

Multas: 622.159,47 ₠ 1,0 %

Subsídios, subvenções: 3.813.332,64 ₠ 6,2 %

Juros e receitas similares: 538.470,61 ₠ 0,9 %

Outras receitas: 692.156,01 ₠ 1,1 %

Total das receitas 61.562.802,31 ₠ 100 %

Despesas Despesas dos projetos: 50.747.556,04 ₠ 86,0 %

Fomento de projetos: 45.910.237,90 ₠ 77,8 %

Acompanhamento de projetos: 2.879.772,28 ₠ 4,9 %

Ensino, informação e advocacia: 1.957.545,86 ₠ 3,3 %

Despesas administrativas e com publicidade: 8.282.453,72 ₠ 14,0 %

Propaganda e serviço de atendimento ao doador: 4.668.436,31 ₠ 7,9 %

Administração: 3.614.017,41 ₠ 6,1 %

Total das despesas 59.030.009,76 ₠ 100 %

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EducaçãoAlfabetização, cursos de formação profissionalizante, preparação profis-sional, educação infantil, creches, ensino fundamental, ensino médio, bolsas de estudo, universidade.

Assistência humanitáriaMedidas de socorro imediato, assistência à superação de traumas, cons-trução de núcleos infantis em regiões atingidas por catástrofes, recons-trução/reestruturação das condições básicas de vida.

Children at riskDireitos da criança/lobby/advocacia, programas voltados a órfãos e a crianças que tenham sofrido de abuso (sexual), crianças trabalhadoras, crianças-soldado, crianças traumatizadas pela guerra e em situação de rua, programas de fomento e reabilitação a crianças portadoras de ne-cessidades especiais.

Asseguramento de qualidadeAvaliação, monitoramento de projeto, aperfeiçoamento profissional para gerentes de projeto e para funcionários.

Engajamento da sociedade civilMotivação e capacitação da população nos bairros e nos vilarejos pobres, visando a melhoria das condições de vida e do meio social em que vivem, criação de medidas de geração de renda, programas de crédito, auxílio familiar, assistência social.

Desenvolvimento agrícolaAgricultura sustentável e ecológica direcionadas, curso profissionalizan-te e aconselhamento rural, educação ambiental, abastecimento de água e proteção dos recursos hídricos.

Meninas e mulheresApoio especial no setor de educação, esclarecimento sobre seus direitos, capacitação de meninas e mulheres no processo de reivindicação dos seus direitos, de defesa contra o abuso e a violência, munindo-as de au-toconfiança na tomada de decisão particular e social.

HIV/AIDSEsclarecimento sobre Aids e assistência a portadores de HIV/Aids.

SaúdeAssistência médica infanto-juvenil em todos os projetos, construção de postos de saúde, capacitação profissional de voluntários como auxiliares na área de saúde, distribuição de alimentos saudáveis e nutritivos para crianças e adolescentes em todos os projetos, programas de alimentação para gestantes e mães.

Outros projetosProjetos estruturados por componentes programáticos sem a possibili-dade de definição exata do enfoque de atuação devido o enfoque diver-sificado (por exemplo, medidas de construção, auxílio através de bolsas de estudos e de veículos automotores).

Os projetos dos parceiros da Kindernothilfe oferecem às crianças e às suas famílias programas diversos. Eles são planejados conforme a necessidade e a situação emergencial de cada grupo-alvo. Crianças traumatizadas pela guerra e órfãos da Aids necessitam de assistência diferenciada. As crianças em situação de rua precisam acostumar-se, primeiramente, a estudar atra-vés de uma metodologia de ensino direcionada a suas necessidades, antes

Despesas de acordo com a área de atuação em 2011de ingressar às escolas do governo. As mães que participam de grupos de autoajuda cuidam melhor de seus filhos. Os agricultores que aprendem a lidar com novas técnicas de plantio e irrigação têm uma estrutura mais sólida para assegurar a subsistência de suas famílias e ainda estão capaci-tados para comercializar a colheita excedente. A seguir, será apresentada a divisão dos recursos aplicados nos principais programas.

Despesas Total das despesas em % Total (em mil euros)

Incentivo à educação 25,8 % 11.822

Assistência humanitária 17,3 % 7.944

Children at risk* 16,4 % 7.510

Asseguramento de qualidade 8,5 % 3.894

Engajamento da sociedade civil 8,1 % 3.727

Desenvolvimento agrícola 5,7 % 2.638

Incentivo a meninas e mulheres 3,8 % 1.747

HIV/Aids 3,5 % 1.588

Saúde 3,4 % 1.576

Outros projetos 7,5 % 3.464

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*Crianças consideradas em situação de risco e vulnerabilidade

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