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1 Açorianos há milhões de anos vêm pela primeira vez à cidade Arranca dia 3 de Abril, no centro de Angra do Heroísmo, uma intervenção urbana inédita na Região. Fotografias macro de insetos exclusivos dos Açores ocuparão, até meados de Junho, fachadas de 12 edifícios nas principais artérias da cidade, com o objetivo de dar a conhecer aos açorianos um património natural único. Esta iniciativa surge integrada num projeto do Grupo da Biodiversidade dos Açores (CITAA, UAç), dedicado ao estudo da formação de novas espécies no arquipélago. As espécies fotografadas são únicas e exclusivas da Região (endémicas), não existindo em mais nenhuma parte do mundo. A escolha dos insetos, à primeira vista insólita, prendese com o facto de se tratarem dos seres vivos terrestres com maior número de espécies endémicas na Região, sendo, por isso mesmo, um exemplo paradigmático da biodiversidade única dos Açores. Com uma clara componente educacional de partilha de conhecimento científico com o grande público, pretendese com esta iniciativa estimular a incorporação destes insetos no imaginário coletivo açoriano, enquanto parte integrante do seu património identitário. Para isso, tornouse necessário “trazer os insetos à cidade” já que a maior parte da população desconhece a sua existência e nunca os observou no seu habitat natural, devido às suas pequenas dimensões (muitos com menos de 1 cm) e ao seu “local de residência” preferencial – a floresta nativa açoriana – que se circunscreve atualmente a uns ínfimos 3 % do território que ocupava inicialmente na região. O rápido desaparecimento deste habitat (97% em 500 anos) é preocupante quando coloca em risco, e sob ameaça, a existência quer destes insetos quer de tantas outras espécies únicas que desempenham funções fulcrais para o equilíbrio dos ecossistemas. Alertar para esta situação representa, para a equipa, um primeiro passo para se construir uma comunidade local ambientalmente informada e consciente. Só assim se poderá reforçar o trabalho de conservação da natureza que está a ser implementado na região e trabalhar, num conjunto de programas específicos, que visem a conservação e recuperação dos ecossistemas insulares, através de medidas que permitam desacelerar o desaparecimento de espécies endémicas e controlar espécies invasoras nos Açores. “Açorianos há milhões de anos” resultou da colaboração entre especialistas em biologia evolutiva, entomologia, psicologia social, design de comunicação e fotografia macro extrema do Grupo de Biodiversidade dos Açores (CITAA, GBA) e do financiamento e apoio de várias instituições parceiras: FCT Fundação para a Ciência e Tecnologia [Proj. PTDC/BIA BEC/104571/2008], Associação “Os Montanheiros”, ART – Associação Regional de Turismo, Secretaria Regional dos Recursos Naturais, Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Junta Autónoma do Porto de Angra do Heroísmo e Paróquia de São Pedro, e ainda de todos os cidadãos angrenses que aceitaram o desafio de participar nesta iniciativa disponibilizando as fachadas dos seus edifícios para a exibição deste património natural único. + info contactar: Prof. Doutora Ana Moura Arroz Doutora Isabel Amorim [email protected] [email protected] 96 255 22 32 96 374 43 87 CITA – A, Azorean Biodiversity Group CITA – A, Azorean Biodiversity Group Universidade dos Açores Universidade dos Açores

Açorianos há milhões de anos vêm pela primeira vez à cidadecita.angra.uac.pt/ficheiros/noticias/1364834635.pdf ·  · 2013-04-01Title: Microsoft Word - ISA-010413_PressRelease_AcorianosHaMilhoes.docx

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Açorianos há milhões de anos vêm pela primeira vez à cidade Arranca  dia  3  de  Abril,  no  centro  de  Angra  do  Heroísmo,  uma   intervenção  urbana   inédita  na  Região.  Fotografias  macro  de   insetos  exclusivos  dos  Açores  ocuparão,  até  meados  de   Junho,  fachadas  de  12  edifícios  nas  principais  artérias  da  cidade,  com  o  objetivo  de  dar  a  conhecer  aos  açorianos  um  património  natural  único.    

Esta   iniciativa   surge   integrada   num  projeto   do  Grupo   da   Biodiversidade   dos  Açores   (CITA-­‐A,  UAç),   dedicado   ao   estudo   da   formação   de   novas   espécies   no   arquipélago.   As   espécies  fotografadas  são  únicas  e  exclusivas  da  Região  (endémicas),  não  existindo  em  mais  nenhuma  parte  do  mundo.    

A  escolha  dos  insetos,  à  primeira  vista  insólita,  prende-­‐se  com  o  facto  de  se  tratarem  dos  seres  vivos  terrestres  com  maior  número  de  espécies  endémicas  na  Região,  sendo,  por  isso  mesmo,  um  exemplo  paradigmático  da  biodiversidade  única  dos  Açores.  Com  uma  clara  componente  educacional  de  partilha  de  conhecimento  científico  com  o  grande  público,  pretende-­‐se  com  esta   iniciativa   estimular   a   incorporação   destes   insetos   no   imaginário   coletivo   açoriano,  enquanto   parte   integrante   do   seu   património   identitário.   Para   isso,   tornou-­‐se   necessário  “trazer  os  insetos  à  cidade”  já  que  a  maior  parte  da  população  desconhece  a  sua  existência  e  nunca  os  observou  no  seu  habitat  natural,  devido  às   suas  pequenas  dimensões   (muitos  com  menos  de  1  cm)  e  ao  seu  “local  de  residência”  preferencial  –  a  floresta  nativa  açoriana  –  que  se  circunscreve  atualmente  a  uns  ínfimos  3  %  do  território  que  ocupava  inicialmente  na  região.  O  rápido  desaparecimento  deste  habitat  (97%  em  500  anos)  é  preocupante  quando  coloca  em  risco,  e  sob  ameaça,  a  existência  quer  destes   insetos  quer  de  tantas  outras  espécies  únicas  que  desempenham  funções  fulcrais  para  o  equilíbrio  dos  ecossistemas.    

Alertar  para  esta  situação  representa,  para  a  equipa,  um  primeiro  passo  para  se  construir  uma  comunidade   local   ambientalmente   informada   e   consciente.   Só   assim   se   poderá   reforçar   o  trabalho  de  conservação  da  natureza  que  está  a  ser  implementado  na  região  e  trabalhar,  num  conjunto  de  programas  específicos,  que  visem  a  conservação  e  recuperação  dos  ecossistemas  insulares,   através   de   medidas   que   permitam   desacelerar   o   desaparecimento   de   espécies  endémicas  e  controlar  espécies  invasoras  nos  Açores.  

“Açorianos   há   milhões   de   anos”   resultou   da   colaboração   entre   especialistas   em   biologia  evolutiva,  entomologia,  psicologia  social,  design  de  comunicação  e   fotografia  macro  extrema  do  Grupo  de  Biodiversidade  dos  Açores   (CITA-­‐A,  GBA)   e   do   financiamento  e   apoio  de   várias  instituições   parceiras:   FCT   -­‐   Fundação   para   a   Ciência   e   Tecnologia   [Proj.   PTDC/BIA-­‐BEC/104571/2008],   Associação   “Os   Montanheiros”,   ART   –   Associação   Regional   de   Turismo,  Secretaria   Regional   dos   Recursos   Naturais,   Câmara  Municipal   de   Angra   do   Heroísmo,   Junta  Autónoma   do   Porto   de   Angra   do   Heroísmo   e   Paróquia   de   São   Pedro,   e   ainda   de   todos   os  cidadãos  angrenses  que  aceitaram  o  desafio  de  participar  nesta   iniciativa  disponibilizando  as  fachadas  dos  seus  edifícios  para  a  exibição  deste  património  natural  único.  +  info  contactar:  Prof.  Doutora  Ana  Moura  Arroz         Doutora  Isabel  Amorim  [email protected]             [email protected]  96  255  22  32           96  374  43  87  CITA  –  A,  Azorean  Biodiversity  Group        CITA  –  A,  Azorean  Biodiversity  Group    Universidade  dos  Açores         Universidade  dos  Açores  

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Insetos  únicos  dos  açores  reclamam  um  espaço  na  esfera  pública  açoriana  ocupando  fachadas  de  edifícios  nas  principais  artérias  da  cidade  de  Angra  do  Heroísmo.  

                                         

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Estimular  a  incorporação  de  um  património  natural  único  no  imaginário  coletivo  açoriano.