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Aos pequenos escritores e grandes leitores · 141 | Da feia Bruxa Filomena à linda Filomena 145 | O dia em que minha vida mudou. 14. 15. 16 Adrienne . 17 Era uma vez uma menina chamada

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Aos pequenos escritores e grandes leitoresdo Colégio Dante Alighieri,

com muito carinho.

A equipe pedagógica do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental I do Colégio

Dante Alighieri agradece a todos que colaboraram na realização da

3ª Maratona: Pequenos Escritores, Grandes Leitores.

Em especial, agradece ao Presidente do Colégio, Dr. José de Oliveira Messina, e às diretorias executiva e pedagógica a possibilidade de realização desta obra.

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Esta é a “3ª Maratona: Pequenos Escritores, Grandes Leitores”, em que todos os alunos do 2° ao 5° ano do Ensino Fundamental participaram de forma efetiva e contínua.

Ao longo do ano, à medida que os gêneros textuais eram apresentados e trabalhados, os alunos iam produzindo suas escritas.

A cada produção, seguia-se a difícil tarefa de selecionar os melhores textos; seleção essa realizada não só pelas professoras, mas também pela coordenadora e, principalmente, pelos próprios alunos.

Com o tempo, nossos “pequenos escritores” foram percebendo a evolução da qualidade de suas histórias, reais ou fabulosas, procurando sempre dar o melhor de si.

O processo seguiu seu curso, culminando com a premiação das redações com melhor resultado, que se transformaram num belo livro das produções do Ensino Fundamental I de 2014. Porém, o mais importante e significativo foi o estímulo para mais e mais escritas!

O 5º ano, também como “grandes leitores”, descobriu que ler é essencial, ler é enriquecimento, ler é o caminho para novas experiências, novas ideias, novos sonhos e uma forma deliciosa de viajar em pensamento.

Parabéns a todos os alunos e professoras!

Queridos(as) alunos(as),

Symone OliveiraCoordenação Pedagógica

2o ao 5o ano - Ensino Fundamental

Dr. José de Oliveira MessinaEx-aluno e Presidente do Colégio Dante Alighierino 1º Centenário e no alvorecer do 2º Centenário

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Aos mArujos es critores

Passados tantos anos desde que, em 1934, ingressei no Colégio Dante Alighieri aos 7 anos de idade, cursando então o 1º ano Primário, e transcorridos quase seis anos do meu mandato presidencial nesta instituição, confesso que, navegando hoje no ocaso da minha existência, ao ler as melhores redações, fruto da “Maratona Pequenos Escritores, Grandes Leitores”, nunca perdi aquela essência – a viva alegria – da criança!

Sem jamais, portanto, abandonar em minha vida esse espírito infantil, lembro-me perfeitamente que, em 2008, quando recebi das mestras do curso Fundamental desta Escola as primeiras páginas esparsas das criações infantis – cuja leitura, diga-se de passagem, muito me agradou –, sugeri às mesmas professoras que reunissem as redações em um pequeno livro ou opúsculo, com

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as fotos dos respectivos autores, para que ele fosse distribuído a cada um dos petizes como marco do início da carreira de escritor.

Este 3º opúsculo já tem o título de Maratona, e representa não só um incentivo aos autores mirins, mas uma inspiração aos pais para que continuem incutindo nos filhos o amor e carinho às letras.

Observem, pais e avós, como é importante dedicarem horas de convívio aos filhos ou netos, que, no fundo, têm curiosidade de ouvir fatos e histórias que remontam ao modo de vida e às experiências do passado.

O mundo da criança é por demais maravilhoso, pleno de esperança, impregnado de amor, criatividade e coragem. Nele tudo é colorido, e as palavras que o descrevem trazem também uma tinta vigorosa, cuja combinação revela o encanto da vida e enriquece os sonhos que alimentam o futuro. Esse mundo de fantasias, essas palavras mágicas, esses textos adoráveis e deliciosos é o que, enfim, a Superior Administração Dantiana põe em destaque nesta oportunidade.

O “viajar em pensamento”, como bem ressaltou a nossa coordenadora Symone Oliveira, compreende exatamente o que está refletido nestes pequenos ensaios literários, que são um exemplo do dedicado e cuidadoso trabalho com a formação dos nossos alunos.

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por José de Oliveira MessinaPresidente do Colégio Dante Alighieri

(ex-aluno 1934/1946)

Dito isso, a viagem dos sonhadores teve início. Os bilhetes adquiridos certamente lhes darão salvo-conduto para singrar os mares do conhecimento. A cada novo porto, levarão a bandeira do Colégio, hasteada pela primeira vez no histórico ano de 1911. Muitas serão as viagens em que os valores humanos e científicos estarão sempre a bordo, valores um dia colhidos no nosso jardim educacional.

Queridos alunos, guardem o abraço festivo e cordial dos ex-alunos que, hoje, são os comandantes do transatlântico em que vocês navegam.

Obrigado.

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Sumário 17 | O vestido novo

19 | Animal do zoológico - O pinguim

21 | O leiteiro

23 | O pinguim perdido no Guarujá

25 | Se eu fosse presidente

27 | O chapeuzinho azul

31 | Eu me sinto um gigante...

33 | Minhas férias de julho

35 | Folclore - A vitória-régia

37 | O feijão achado na rua

39 | Férias em Bariloche esquiando

41 | A bagunça

43 | O susto do gato

47 | O rato do campo e o rato da cidade

49 | O mágico e seus truques

51 | O elefante bibliotecário

53 | O susto

55 | A cigarra e a formiga

57 | A borboleta diferente

59 | O barquinho

61 | Uma alegre vida de borboleta

63 | A história de um ovo

67 | Uma viagem inesquecível

71 | A grande viagem

73 | E se fosse com você?

75 | As casas para a princesa

79 | O mistério do caderninho preto

83 | A expedição dos coalas

87 | A maleta mágica

91 | O grande dia esperado

95 | A pessoa que não gostava de ler

99 | A história de príncipes e princesas

103 | Meu animal de estimação

107 | Por um mundo melhor

111 | Que impressionante!

113 | Minha viagem para o passado

117 | Que ansiedade! Irei para o 6º ano

121 | Esporte

123 | Uma escola nova!!

125 | Não quero balas!

129 | Feiurinha

133 | Lar doce lar

137 | O apagão

141 | Da feia Bruxa Filomena à linda Filomena

145 | O dia em que minha vida mudou

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Adrienne

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Era uma vez uma menina chamada Carolina. Ela foi à costureira pedir um vestido. Quando ela chegou lá, falou:

— Tia Tati, faz um vestido para eu ir à festa?

Ela mediu e depois pegou as linhas e a máquina de costura.

A costureira começou de baixo para cima e perguntou:

— Carol, ficou bonito?

Carol respondeu:

— Ficou lindo!

o VestiDo NoVoProdução escrita de Adrienne Haddad Pavan

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Beatriz

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ANimAL Do ZooLoGicoo piN Guim

Quando a mamãe bota o ovo, o papai cuida até ele ou ela nascer.

Os pinguins comem peixe, e a mamãe bota um ovo por vez.

Quando crescem, podem nadar sozinhos.

Eles moram no lugar mais frio do mundo.

Produção escrita de Beatriz Sun Ae Choi

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Bernardo

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O LEITEIRO

Era uma vez um garoto chamado Joca, que acordou cedo para ir até os estábulos.

Após chegar aos estábulos, Joca foi até as vacas, ajoelhou-se e começou a tirar o leite.

Quando acabou, tratou o leite, guardou e pôs no caminhão.

Aí, ligou o motor e dirigiu para a cidade para vender o leite. Ganhou muito dinheiro.

Quando voltou para a casa, já tinha comprado comida para mais de 99 dias com o dinheiro que ganhou.

Produção escrita de Bernardo Botti Lirio

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Carolina

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o piNGuim perDiDo No GuArujA

Cheguei cedo à praia e vi um pinguim com uma cicatriz na asa. A primeira coisa que eu fiz foi ir para casa bem rápido. Peguei meu kit de primeiros socorros, voltei para a praia e fui ajudar o pinguim. Peguei um Merthiolate e passei na asa do pinguim, colocando uma faixa laranja na asa dele.

O pinguim já estava melhor e o levei para conhecer a praia. Comprei um chapéu e um picolé de blueberry. Ele já estava bem melhor, mas, como já estava tarde, o pinguim disse:

— Preciso ir, minha família está preocupada, mas podemos nos comunicar pela garrafa. Voltarei logo.

E seguiu em frente. Não resisti, mandei uma mensagem escrita:

“Querido pinguim,

Eu estou com muita saudade de você. Volte logo para a praia do Guarujá. Vou te dar o endereço da minha casa: Rua Tartaruga, nº 484. Veja atrás de você.”

O pinguim olhou para trás e me viu. Ele pensou que era uma miragem e esfregou os olhos, mas era eu mesma. Eu e o pinguim nos abraçamos bem forte, e ele seguiu em frente de novo, mas desta vez foi pra valer.

E um dia ele voltou para a praia, mas com a sua família e seus amigos. Nós nos divertimos, surfamos, jogamos vôlei, empinamos pipa e fizemos várias coisas.

Produção escrita de Carolina May Tamura Horita

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Felipe

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Se eu fosse presidente do Brasil, eu mandaria todas as crianças ficarem longe de fogão, panelas quentes, não subirem em escadas, e o mais importante, ficarem longe de janelas abertas. Iria ajudar os pobres, principalmente aqueles que estão doentes ou prestes a morrer, dobrar a segurança nos bancos, shoppings, e até mesmo locais de trabalho.

E que nosso Brasil melhore!

se eu Fosse presiDeNteProdução escrita de Felipe Piek Olsen

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Giulia

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O CHAPEUZINHO AZUL

Era uma vez uma menina que era muito bonita e amada por todos, principalmente pela sua avó. Por isso, ela deu à netinha um chapeuzinho azul. A menina adorou e todos passaram a chamar a garota de Chapeuzinho Azul.

A vida dela era alegre e bonita. Até que, um dia, a mãe dela pediu para a filha levar uma torta de amora para sua vovozinha.

A menina foi cantando:

“Eu sou linda,

Eu sou linda.

Como o Sol,

Como o Sol.

E eu vou levar,

E eu vou levar.

Esta torta,

Esta torta.

Para minha vovozinha querida.”

E, de repente, ela viu saindo detrás da árvore um lobo. Ele disse:

Produção escrita de Giulia Vitali Francisco

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— O que tem nesta cesta?

Chapeuzinho respondeu:

— Uma deliciosa torta de amora para levar para a minha avó, que mora na casa azul no final da floresta.

E o lobo falou:

— Vá pelo caminho mais comprido. Lá tem muitos lagos azuis... lindos!!!

E a Chapeuzinho Azul disse:

— Oba, vou adorar esse caminho!

E Chapeuzinho foi toda feliz, mas o lobo foi pelo caminho mais curto.

O lobo chegou na casa da vovó, e ela pergunta:

— Quem é?

O lobo, fingindo ser a Chapeuzinho, responde:

— É a Chapeuzinho Azul.

O lobo abriu a porta. A vovó se assustou, gritou alto e se trancou no armário do quarto.

O lobo tentou abrir o armário para devorar a vovó, mas não conseguiu e falou:

— Que velhinha esperta!

O lobo teve uma ideia:

— Vou me vestir de vovó, comer a Chapeuzinho e a torta de amora.

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Ele fez isso e deitou na cama da vovó.

A Chapeuzinho Azul chegou, entrou na casa e foi direto para o quarto. Quando chegou lá, perguntou:

— Que olhos grandes, vovó!

O lobo respondeu:

— É para te enxergar melhor!

— E esse ouvido tão grande – perguntou a Chapeuzinho.

— É para te ouvir melhor! – respondeu o lobo.

Chapeuzinho perguntou:

— E essa boca tão grande?

— É para te comer melhor! – gritou o lobo.

O lobo pulou em cima da Chapeuzinho e NHAC, engoliu a menina de uma só vez.

A vovó, que estava no armário ouvindo tudo, conseguiu pegar o celular na gaveta do armário e ligou para o caçador.

O caçador chegou à casa da vovó, abriu a barriga do lobo, tirou a Chapeuzinho de lá e acabou tudo bem.

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Isabela

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EU ME SINTO UM GIGANTE...

Quando eu brinco com o meu gato e a minha cachorra, e eu jogo o osso e o meu gato e a minha cachorra vão pegar, é como a minha mãe sempre diz: “O mais normal da família ronca e baba”, são eles.

Momentos com a família inteira reunida me fazem sentir um gigante, porque eu sei que eu sou amada por todas as pessoas ao meu redor.

Produção escrita de Isabela Cotes Pellim

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Julia

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MINHAS FERIAS DE JULHO

Eu fui para a Argentina. Lá foi muito legal, eu brinquei muito. Fui com a minha irmã Lara, com o meu pai e com a namorada dele.

Fui de avião, teve muitos atrasos e mala quebrada!

Foi um estresse danado!

Esquiei na Montanha Chapelco. Lá, todos me chamavam de Rulia. Estava muito frio, me agasalhei muito, peguei bastante pedra bonita do rio e trouxe algumas delas. Comprei um colar com a letra ”J”, minha inicial, foi barato e era a última letra “J”. Tive sorte! Assisti aos jogos da Copa. Foi muito divertido!

Produção escrita de Julia Guidon

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Maria Clara

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FOLCLOREA VITORIA-REGIA

Era uma vez uma menina que sempre ia ao lago para ver a Lua. Ela falava com a Lua, mas a Lua não respondia.

Um dia ela não aguentou e pulou no lago, mas percebeu que era só o reflexo da Lua e saiu triste do lago.

Produção escrita de Maria Clara Chohfi Giannella

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Maria Clara

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O FEIJAO ACHADO NA RUA

Em uma tarde ensolarada, Gabriela estava passeando perto de casa e achou um saquinho de feijão que estava jogado na rua. Como não tinha nada para fazer, resolveu plantar e foi para sua casa pegar os materiais. Ela disse:

— Mãos à obra!

Depois de alguns dias, quando voltou da escola, ficou muito feliz, porque a plantinha tinha crescido. Ela disse:

— Hoje é meu dia de sorte!

Após alguns dias, Gabriela voltou da escola e viu que a plantinha tinha aberto e disse:

— Como eu queria ter visto esta plantinha se abrir. Mas não importa, está bonita do mesmo jeito!

Produção escrita de Maria Clara Rodrigues Caetano

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Matheus

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FERIAS EM BARILOCHE ESQUIANDO

Era uma vez um menino chamado Leo, que resolveu viajar nas férias para Bariloche. Quando ele chegou lá, ele falou:

— Mamãe, papai! Posso esquiar?

O pai dele disse:

— Pode, filho, mas tome cuidado.

Leo disse:

— Tá bom.

Então ele foi. Só que ele estava indo rápido demais, ele estava indo tão rápido que nem percebeu que tinha uma pedra no caminho. Ele caiu e fraturou a perna direita. Depois do acidente, ele ficou as férias todas sem esquiar. Ele falou, sentado numa cadeira, tomando chocolate quente:

- Poxa, eu devia te obedecer, papai.

E olhou para a janela.

Produção escrita de Matheus Petinis de Mattos Lourenço

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Mirela

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A BAGUNCA

Tinha que ser o Bob Bob. Ele é muito bagunceiro e xereta. Ah! Nem vou falar o que ele fez hoje na reforma de casa! Ah, tudo bem, eu conto. De manhã, a mamãe foi comprar os papéis de parede e o papai, as lâmpadas. Eu e meu irmão ficamos jogando videogame. Sem querer, eu fiquei distraída com a televisão, e o papai chegou com a mamãe. Ainda bem que Bob estava descansando.

Tempos depois ele acordou, e mamãe botou o papel de parede. De repente, o Bob ficou louco! Começou a arranhar, rasgar, morder e latir. Quando eu virei, parecia que estava em outra casa!

Bom, se sua casa estiver em reforma, é melhor deixar o seu pet de fora.

Produção escrita de Mirela Mascaro Yazbek´

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Thomas

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O SUSTO DO GATO

Um garoto chamado Maremar gostaria de viajar.

Um dia conseguiu, e então pegou seu gato e seu guarda-chuva e foi-se embora!

No meio da viagem, parou na ilha que viu e ficou pescando, e o gato ficou dormindo no barco.

O barco virou e pum! O gato caiu.

Eba, eba, o garoto virou herói.

Produção escrita de Thomas Queiroz Ramon

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Amanda

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O RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADE

O rato do campo e o rato da cidade eram muito amigos.

Um dia, o rato da cidade convidou seu amigo rato do campo para almoçar na cidade.

Quando chegaram lá, o rato da cidade pensou:

— Com certeza ele vai adorar, vai até me agradecer.

Os dois sentaram e começaram a comer aquelas delícias de sobremesa: bolo, queijo, pão de mel, sorvete, frutas e brigadeiro de colher. De almoço comeram: arroz, feijão, batata cozida, frango, carne, purê de batata, ovo, mandioca e salada de tomate, cenoura, alface, beterraba, cebola, pepino e pimentão.

O ratinho do campo pensou:

— Hum, que delícia!

Até que o dono da casa onde morava o ratinho da cidade, um lenhador bravo, chegou e abriu a porta com tudo. Os dois ratinhos tiveram que se esconder. O ratinho do campo falou:

— É melhor ter uma vida simples e segura do que ter uma vida chique, rica e perigosa!

Moral: Mais vale uma vida simples do que todo luxo e perigo.

Produção escrita de Amanda Rocha Rodrigues Guerra

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Bettina

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O MAGICO E SEUS TRUQUES

Olá, meu nome é Geraldo. Sou um mágico que faz vários truques, mas sou mais conhecido como Geraldinho, o mágico das ilusões.

Em todos os meus shows eu uso uma gravata-borboleta de bolinhas, uma cartola preta com uma fita roxa, uma camisa branca, um paletó preto, um sapato marrom e uma calça preta.

Eu trabalho com animação de festas. Na maioria das vezes, as crianças têm cinco, seis ou quatro anos.

O que eu mais gosto de fazer são os truques de tirar lenços da cartola. O meu melhor amigo é o Bambam, ele é o coelho que sempre sai da cartola nos meus truques. Tem uma bela razão para ele ser meu melhor amigo, sabe qual é? É porque ele nunca falhou comigo.

O meu maior desejo é receber o diploma de melhor mágico do mundo, ganhar uma viagem para a Alemanha e morar lá, mas isso ainda não aconteceu. Então, tchauzinho.

Produção escrita de Bettina Dockier Leitão

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Carolina

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O ELEFANTE BIBLIOTECARIO

Sou um elefante.

Eu vivo na floresta.

Eu gosto de comer plantas, flores e capim.

O que me deixa feliz é andar pela selva lendo livros de histórias do meu avô, ele foi um aventureiro.

O que me deixa triste é ficar sozinho, sem ninguém para brincar.

Meus amigos se chamam Bobi, Laila, Lala, Yucu, JP e Caio.

Meu desejo é voar com as minhas orelhas, igual ao Dumbo.

Produção escrita de Carolina de Almeida Prado Colombo

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Erika

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O SUSTO

Um dia, um menino chamado Marcelo foi jogar beisebol com seus amigos.

No caminho, ele viu um cão atrás do portão de uma casa. Marcelo queria irritar o cão, então ele começou a bater no portão.

O cão ficou tão irritado que saiu do portão e correu atrás do menino. Marcelo tomou um susto e correu. O menino gritou:

– Socorro, socorro, socorro!

Como o cão era veloz, correu e mordeu o pé do menino.

O menino caiu no chão e ficou chorando.

Uma menina, chamada Luana, estava observando tudo, então correu até o menino e falou:

— Menino, não irrite o cão.

A menina levou o menino até a casa dele e voltou para sua casa.

Produção escrita de Erika Kang Kim

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Fernanda

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A CIGARRA E A FORMIGA

A cigarra passou o verão cantando, e a formiga, trabalhando. Em um dia do verão, a cigarra disse para a formiga:

— Aproveite o verão enquanto pode.

— Quando chegar o inverno, você ficará sem comida.

— Você mora no formigueiro, não é?

— Sim...

— Então deixe o trabalho para as outras formigas.

— Cigarra, chega de conversa, preciso trabalhar.

Chegou o inverno e a cigarra voltou para sua casa. Lá não tinha cobertor, lá não tinha comida.

A cigarra disse:

— Vou para a casa da formiga, ela deve me ajudar.

Então a cigarra foi para a casa da formiga. Quando a formiga abriu a porta, a cigarra disse:

— Dona Formiga, já que a senhora é tão boa, você poderia me dar um pouquinho de comida? Pode até ser um grão de feijão, um grão de arroz e uma folha, ou só o feijão, só o arroz ou só a folha.

E a formiga respondeu:

— Não, você ficou cantando e não trabalhou, agora fique sem comida.

A cigarra voltou triste, com fome e com frio. Quando chegou lá, viu todos os seus fãs lhe dando comida. Parecia um sonho!

Produção escrita de Fernanda Coelho Ognibene

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Isabella

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A BORBOLETA DIFERENTE

Olá, sou a Victória.

Sou uma borboleta diferente: vinho, roxo e rosa.

Vivo no quintal da Dona Marta.

O que me deixa feliz é quando a neta da Dona Marta, Lara, passeia comigo no parque.

Fico triste quando caio em rios, pois minhas asas ficam molhadas e não consigo voar.

O recado que eu vou deixar é assim:

— Nós, borboletas, somos gentis, não agredimos ninguém! Então, poupe a nossa vida!

Produção escrita de Isabella Kobayashi Velasco

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Luca

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O BARQUINHO

Eu sou um barquinho.

Sou muito veloz, grande e bonito.

Eu vivo no mar cristalino do Rio de Janeiro, no Brasil.

O meu dono é o Fernando, ele é muito legal.

Eu sou muito usado porque passeio todos os dias.

Vivo contente com o meu dono e os meus marujos.

Todos os dias vem gente de qualquer cidade para fazer o meu cruzeiro.

Hoje, vou viajar para Londres.

Ai, como eu adoro ser um barco!

Produção escrita de Luca Orlandi Crisci

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Luiz Felipe

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UMA ALEGRE VIDA DE BORBOLETA

Sou uma alegre borboleta que vive na floresta.

Sou colorida, alegre e bonita.

Eu vivo nas florestas floridas e em uma fazenda.

O que me deixa feliz é quando vejo meus amigos vaga-lumes, joaninhas e bichos-paus.

O que me deixa triste é quando os homens cortam as árvores e milhões de pássaros perdem suas casas.

Eu deixarei o seguinte recado:

— Não cortem as árvores, pensem no que vocês fazem nas florestas quando retiram as árvores.

Produção escrita de Luiz Felipe Lima Gomes da Silva

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Sofia

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A HISTORIA DE UM OVO

Era uma vez um pequeno ratinho. Entediado em sua toca, resolveu dar um passeio. Ele caminhou, caminhou, quando de repente sua barriga começou a roncar, e o ratinho falou:

— Que fome! Eu adoraria um queijinho! Um queijo suíço, um queijo gorgonzola...

E assim foi imaginando vários tipos de queijo.

O ratinho andou mais um pouco e achou um enorme ovo. E ele disse:

— O que é isso? Será que tem um queijo dentro?

Foi se perguntando e perguntando, quando chegaram o coelho, o macaco e o urso.

O coelho logo foi perguntando:

— O que é essa coisa? Tem uma cenoura dentro?

O ratinho respondeu:

— É claro que não! É obvio que é um queijo!

O macaco perguntou se tinha uma banana, e o urso, se tinha mel.

Os quatro começaram a brigar, quando se ouve um: Crec! Crec!

O ovo começou a rachar, mas, para a surpresa deles, não nasceu uma cenoura, nem uma banana, nem um queijo e nem um pouco de mel, nasceu uma pequena tartaruga!

Produção escrita de Sofia Aumond da Silva Uras

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Ana Luísa

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umA ViAGem iNesQueciVeL

Tudo aconteceu quando eu e meus amigos, Gabriel, Lucas, Maria Clara e Marcela, estávamos brincando de esconde-esconde na minha casa.

Mamãe era a pegadora, e logo que ouvimos ela contar nos escondemos dentro de um baú.

De repente, caímos num buraco fundo e claro.

Encontramos uma porta preta. Do lado dela, encontramos uma chave. Logo abrimos a porta.

Além da porta, havia um lindo jardim florido.

Eu fui a primeira a entrar, e logo depois que todos nós entramos, sentimos uma coisa estranha.

Percebemos que entrávamos num mundo encantado, chamado “Planeta Magia”.

Também percebemos que cada um tinha ganhado um poder.

Eu ganhei o de gelo, Marcela o de água, Maria o de fogo, Lucas o da velocidade e Gabriel o de voar.

Produção escrita de Ana Luísa Veras Rodrigues

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Andamos e andamos, até encontrarmos um homem. Nos aproximamos dele, e vimos que ele parecia malvado.

Além disso, ele era um vilão. Percebi isso porque, antes de nós chegarmos perto, ele pisava forte e, em cada pisada, o chão rachava, até Lucas falar:

— Corram!

Eu fiz uma pista de gelo e comecei a esquiar sem esqui, enquanto meus amigos usavam seus poderes para fugir.

O vilão não conseguiu nos alcançar.

Nesse momento, caímos em um buraco gigante, e voltamos para casa.

Faz dez anos que isso aconteceu, e até hoje nós voltamos lá e fazemos um amigo a cada viagem, para termos muitas lembranças e contarmos aos nossos filhos e netos.

Assim, nossas histórias encantadas existirão para sempre.

“Ler exercita a imaginação, agu-ça a curiosidade e desperta o in-

teresse pelo desconhecido.”

Maurício de Sousa

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Anton

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A GRANDE VIAGEM

Acordei às 9 horas da manhã e pensei:

“Ah! Como é bom ter férias!”

Eu me lembrei que hoje viajaria à Dinamarca para reencontrar minha família.

Quando entrei na sala, meu pai estava arrumando as malas, minha mãe cuidando do meu outro irmãozinho, e meu outro irmão estava assistindo televisão.

Chegou a hora de ir ao aeroporto, pegamos um táxi e fomos. Quando chegamos lá, fizemos o check-in e fomos esperar o avião. Finalmente a gente entrou no avião e começamos a nossa viagem. Levariam 15 horas de voo. No avião assistimos a um filme e depois dormimos. Era muito difícil dormir sentado, por isso só dormi algumas horas.

Quando acordei, vi que só faltava uma hora para chegar lá. Quando chegamos, reencontrei minha família.

Foi o melhor verão da minha vida!

Produção escrita de Anton Odegaard Greve

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Beatriz

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E SE FOSSE COM VOCE?

Gabriel é um menino que sofria bullying na escola, então resolveu contar para seus pais, mas eles não ouviam. Já que seus pais não ouviam, decidiu tomar uma decisão que mudaria sua vida.

No dia seguinte, na escola, Gabriel chegou nas pessoas que faziam bullying e falou:

— Vocês gostariam que fosse com vocês?

Lorenzo, que é o que “zoa” mais, falou:

— Isso é bobagem, ninguém faria isso comigo!

Gabriel perguntou:

— Mas, se acontecesse, o que você faria?

Lorenzo nem falava, então Gabriel continuou:

— Você acha que é certo fazer ao outro o que não gostaria que fizessem a você?

Lorenzo, se sentindo culpado, parou de fazer bullying e virou amigo de todo mundo, principalmente do Gabriel.

Agora todo mundo se elogia e não existem mais xingamentos.

Produção escrita de Beatriz Cannatá

^

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e Carolina

Bruno

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AS CASAS PARA A PRINCESA

Era uma vez uma princesa que queria se casar.

Seu pai, o rei, procurava para sua filha o marido perfeito, e encontrou três cavaleiros leais.

O rei propôs um desafio a eles:

— Meus caros, sei que todos querem se casar com minha filha, mas só um irá conseguir, o desafio é...

Os três cavaleiros ficaram curiosos, e finalmente o rei disse:

— O desafio é: vocês vão ter que construir uma casa impecável para a princesa. Vocês têm o prazo de uma semana.

O primeiro cavaleiro era muito preguiçoso, então ele foi à loja que vendia coisas incríveis e, como ele era preguiçoso, comprou uma maleta que tinha um botão. Quando você apertava a maleta, virava uma casa de três andares, e já vinha decorada, pintada e arrumada.

O segundo também não trabalhou duro, ele contratou vários profissionais para fazer a casa para ele.

O último cavaleiro, que era muito pobre, fez sua casa sozinho e trabalhando duro.

Produção escrita de Bruno Tucci Ferrari Caldeira e Carolina Benka Rossetto

As casas ficaram prontas, e os cavaleiros pediram para que o rei julgasse as casas.

O rei começou pela casa das maletas e disse:

— Como você fez essa casa?

— Eu comprei uma maleta que, se você apertasse um botão dela, saia uma casa perfeita.

Então o rei perguntou ao segundo cavaleiro:

— E a sua, como que você fez?

— Eu contratei uma equipe de profissionais em construção.

E por fim o rei perguntou para o último cavaleiro:

— E a sua? Como você fez a sua casa?

— Eu trabalhei sozinho!

O rei se decidiu e pediu para um empregado do palácio ir chamar os cavaleiros.

O rei disse aos cavaleiros:

— Meus caros, eu me decidi e vai ganhar o que trabalhou duro, não o que fez a casa mais bonita. Então o vencedor foi o terceiro cavaleiro! Parabéns, meu jovem! Você ganhou a mão de minha filha.

O casamento foi lindo e muito caro. Anos depois, eles tiveram dois filhos meninos.

Eles viveram felizes para sempre.

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“Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças pos-

sam morar.”

Monteiro Lobato

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Gabriela

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O MISTERIO DO CADERNINHO PRETO

Um dia estava escrevendo no meu diário, ou melhor, no meu caderninho preto, quando o deixei de lado para almoçar, PUM! O caderninho preto sumiu! Eu não parava de procurar, andava de um lado para o outro e logo gritei:

— Mãe, estou vendo muitas, mas muitas estrelinhas, acho que vou desmaiar!

Mas fiquei tão tranquila que rapidinho parei, e não, eu não desmaiei!

Procurei pelo meu caderninho preto no meu quarto e na sala, na cozinha e até no banheiro, mas não achei.

Assim, cheguei à conclusão que alguém tinha roubado meu caderninho preto.

No dia seguinte fui à escola, contei para meus amigos, por último contei para minha melhor amiga, a Giulia. Ela ficou muito sensibilizada porque lá também tinha os segredos dela!

E ela falou:

— Você é doida, maluca, pirada, tem algum problema na cabeça?

Produção escrita de Gabriela Benka Rossetto

´

80

E eu respondi:

— Não, não, não e não! Só o deixei no quarto e fui almoçar, quando voltei, PUM! Ele tinha sumido. Explicado?

— Explicado. — falou ela.

— Então nós procuramos pela cidade folhetos de possíveis ladrões que poderiam ter roubado nosso caderninho preto. A lista era: Rogério, Marcelo, Fernando e Luciano.

Nós pesquisamos sobre os ladrões, e os mais perigosos eram o Rogério e o Marcelo.

Saímos à procura deles e achamos um. Nós o seguimos até sua casa.

Ele entrou e a gente entrou depois dele. Quando nós entramos, parecia que ele era tarimbado em roubar coisas, mas na casa dele não tinha meu caderninho preto. Então procuramos o Rogério.

A Giulia o achou. Nós o seguimos, e, quando chegamos lá, era uma mansão de dois andares, mas caindo aos pedaços de tão velha. Nós entramos logo após ele, e quando entrei eu imaginei o que ele ia fazer com meu caderninho preto. Achei-o! Estava em cima da poltrona e perguntei a ele:

— O que você está fazendo com o meu caderninho preto?

E ele respondeu:

— Queria saber qual era sua comida preferida, porque vou fazer uma festa e queria fazer uma comida diferente.

— Ahahahah. — eu falei.

A festa aconteceu e todo mundo se divertiu.

“Ler é desvendar mundos desconhecidos.”

Simone Helen Drumond Ischkania

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Gabriela

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A EXPEDICAO DOS COALAS

Jaime não conseguia mais dormir. Virava de um lado para o outro da cama, mas não tinha jeito. Estava muito ansioso com o que aconteceria nas próximas horas. Depois de tanto esperar, finalmente chegou o grande dia! O dia da grande expedição! Jaime com seu amigo inseparável (desde os dois anos), o Peixotolino, metade peixe, metade rato, que, para variar, era seu amigo imaginário. Iam para a grande Expedição dos Coalas, que era prometida havia uns 4 anos, porque, quando ele era menor, não podia ir pela idade.

A Expedição dos Coalas era o sonho de Jaime desde que soube que ela existia. Ele tinha 8 irmãos, todos mais velhos. Cada um tinha um sonho, mas o de Jaime era diferente. Jaime era diferente! Era um sonho que, se não se realizasse, ninguém saberia do que ele seria capaz, porque, quando ele queria algo, insistia até conseguir.

Quando Jaime acordou, já logo tirou o pijama, pôs uma roupa, tomou café, pegou sua supermochila, agarrou o aquário do Peixotolino e foi de mansinho ao quarto de seus pais. Quando chegou lá, eles estavam dormindo, então deu um beijo na testa de cada um e foi atrás de seu sonho: ir para a Expedição.

Foi até um ponto de ônibus e esperou, esperou, esperou... Finalmente, depois de tanto tempo de espera, o ônibus chegou.

Produção escrita de Gabriela Mendes Izzo´

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Subiu no ônibus e, animado, sentou-se com o aquário do Peixotolino no colo. Sussurrou para si mesmo que esse seria o maior dia da sua vida.

Enquanto ele estava tão animado, seus pais acordaram e foram até o quarto de Jaime para acordá-lo, mas, quando chegaram lá, viram que o filho não estava. Foram até o quarto do resto dos irmãos, mas ele também não estava lá. Os pais foram então procurá-lo no quintal, mas lá também não estava. Saíram para a rua de baixo, na padaria do senhor João, mas não o encontraram.

Voltaram para casa e pararam para pensar onde ele poderia estar... Depois de um tempo, lembraram que o sonho de Jaime era ir para a Expedição dos Coalas. Já sabiam, ele só podia estar lá!

Rapidamente pegaram o carro e foram até a Expedição.

Quando chegaram, descobriram por que Jaime queria tanto ir para a Expedição: seu animal favorito era o coala e lá se aprendiam muitas coisas novas, como cuidar de um coala, sobreviver na selva, e, para a surpresa de todos, Jaime ganhou um prêmio de melhores cuidados com os coalas. O prêmio era um pequeno e fofinho coalinha de estimação.

A família, com o novo coalinha, voltou para casa e Jaime aprendeu uma lição: nunca mais sair de casa sem avisar. E a família viveu feliz para sempre, para todo o sempre.

“Quando eu era criança, durante muito tempo pensei que livros nascessem como as árvores,

como os pássaros. Quando descobri que existiam autores, pensei: também quero

fazer um livro.”

Clarice Lispector

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Julia

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A MALETA MAGICA

Um dia Joaquim estava indo passar férias na casa de seu avô. Ele ia de trem, e estava embarcando. Sentou-se no banco, olhou ao lado e viu uma maleta abandonada. Com muita curiosidade, pegou-a e levou para a casa de seu avô.

À noite ficou pensando como abrir e teve uma ideia: ia chamar Maria, sua melhor amiga, para passar alguns dias na casa de seu avô com ele.

No dia seguinte, ele ligou para ela e disse:

— Maria, achei uma coisa superlegal! Venha aqui, estou na casa do meu avô.

Maria perguntou à sua mãe:

— Mãe, posso ir passar alguns dias na casa do vô do Joca? Por favor!

E sua mãe respondeu:

— Claro, filha, vá se arrumar e fazer suas malas.

Quando Maria chegou, Joaquim a chamou para entrar e mostrou a maleta. Na hora, ela soube o que fazer:

Produção escrita de Julia Sanches Matheus

´

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— Já sei! Vamos pegar uma faca e quebrar a fechadura.

Quando viram o que tinha lá dentro, ficaram encantados! Era uma cápsula do tempo muito antiga, mas ainda tinham uma dúvida: de quem era a maleta?

Foram à estação de trem para perguntar se alguém sabia de quem era, mas ninguém sabia!

Joaquim parou e ficou pensando. Maria disse:

— Joaquim, o que foi?

— Maria, eu já sei de quem é esta maleta!

— E de quem é? — disse Maria.

— É do passado! Ela viaja cidade por cidade deixando em cada uma um pouco de sua história.

Maria falou:

— Temos que devolver para outras pessoas conseguirem ouvir essa linda história.

Eles devolveram e depois desse dia passaram a chamar a maleta de mágica, porque para eles a história era tão bonita que chegava a ser mágica.

“O processo de leitura possibi-lita essa operação maravilhosa que é o encontro do que está

dentro do livro com o que está guardado na nossa cabeça.”

Ruth Rocha

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Manuela

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O GRANDE DIA ESPERADO

Jaime não conseguia mais dormir. Virava de um lado para o outro da cama, mas não tinha jeito. Estava muito ansioso com o que aconteceria nas próximas horas. Depois de tanto esperar, finalmente chegou o grande dia! O dia do aniversário dele! Ele estava muito ansioso para isso.

Quando chegou esse dia tão esperado por ele, Jaime pulou da cama e começou a dançar pela casa inteira feito um louco. Dançava qualquer música e cantava também.

Ele estava esperando só uma coisa, alguém dar parabéns para ele.

Passou um tempão e ninguém, nem os pais dele vieram dar nem um “oi” para ele. Aí ele falou:

— Chega! Não aguento mais esperar alguém vir falar comigo!

Jaime, cansado, foi dar uma espiadinha na cozinha, onde a mãe dele estava, e quando chegou na cozinha falou:

— Oi, mãe, tudo bem?

A mãe dele, sem responder, saiu correndo feito uma louca e foi em direção à casa da avó dele.

Produção escrita de Manuela Carvalho Ferraz de Negreiros

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Jaime estranhou e pensou:

“O que deu nela?”

Mas Jaime nem foi atrás dela, porque, quando ela sai desse jeito, coisa boa não é.

Então ele pegou o telefone e resolveu ligar para o amigo dele, o João.

Quando ele ligou para o amigo, este atendeu e falou:

— Alô, quem é?

Jaime logo respondeu:

— É o seu amigo, o Jaime.

O João desligou na cara dele.

Jaime ficou triste e pensou:

— Por que, justo no meu aniversário, todo mundo me ignora?

Então, de repente, tocou o telefone, e Jaime correu para atender. Ele atendeu e ouviu uma voz estranha dizendo assim:

— Venha imediatamente até a casa de sua avó.

E então desligaram o telefone.

Jaime foi até a casa da avó dele.

Quando chegou lá, tocou a campainha mais de três vezes e ninguém atendeu, até que, finalmente, a avó dele abriu a porta e falou:

— Oi, meu neto, quanto tempo! Chega mais, chega mais!

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Então Jaime entrou na casa de sua avó e, quando ele chegou na sala, ligou a TV e viu seus amigos dando uma reportagem. E sabe o que eles estavam falando? Sobre o aniversário do Jaime! Ele se emocionou e começou a chorar. Ele pensou que todo mundo o estava ignorando.

De repente, tocou a campainha, ele abriu a porta e eram os amigos dele. Eles entraram cantando a música “Parabéns para você” e com um bolo na mão.

Então eles fizeram uma festa e Jaime ficou superfeliz!

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Maria Elisa

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A PESSOA QUE NAO GOSTAVA DE LER

Gustavo estava voltando para casa, depois da aula, quando viu algo que o deixou admirado. Ele viu uma menina que não gostava de ler. Você sabe como ele descobriu? Acho que não. Ele descobriu ouvindo a ela, que dizia:

— Eu não leio, pois não gosto de ler.

Gustavo estava pasmo de horror. Ele amava ler, por isso tomou a palavra:

— Ler é bom, pois assim se vivem outros mundos.

— Ah, se eu tivesse um bom livro...

— Eu tenho um. — diz o garoto, entregando a ela um livro.

Gustavo tinha um sonho, ele queria ser escritor.

Anos se passaram e ele tornou seu sonho real. Quando escreveu o livro “Flores e Violetas”, lia-o o tempo todo:

— “Pequeno vivi, pequeno conheci, conheci o mundo do conhecimento.” — ele gostava tanto de seu livro que recitava suas frases.

Produção escrita de Maria Elisa Andrade Prado Teixeira

~

96

Um dia, enquanto recitava, ouviu uma voz:

— Me conhece?

— Não! — respondeu Gustavo.

— Eu sou aquela que você salvou.

— Eu não salvei ninguém!

— Doou um livro.

— Diga-me, quem és tu?

— Sou Sara.

Meses depois eles se casaram, e no dia do fato descobriram algo feliz, pois nunca morreriam, eles são apenas personagens de livros.

“Um país se faz com homens e livros.”

Monteiro Lobato

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e

Marina

Roberta

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A HISTORIA DE PRINCIPES E PRINCESAS

Em uma cidade vivia uma princesa que sonhava em se tornar rainha, mas o pai dela falava que, para ela se tornar uma rainha, ela precisava se casar com o príncipe mais inteligente da cidade.

Então, um belo dia, seu pai pensou em fazer uma festa para decidir com quem sua filha deveria se casar.

Chegaram três rapazes, que se sentaram no sofá real, e o rei mandou chamar sua filha. O rei se sentou e perguntou o nome dos rapazes:

— Quais são os seus nomes?

— O meu nome é Redimundo!

— O meu nome é Renato.

— E o meu é Josef!

Redimundo e Renato eram habitantes ricos da cidade, e queriam se casar com a princesa. Mas Josef era pobre.

A princesa e o rei pensaram em fazer um teste.

Produção escrita de Marina Grenadier Maçães e Roberta Esposito

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100

Nesse teste a princesa fingiria se afogar, e o rapaz que a salvasse ia ter a mão dela em casamento.

O rei decidiu fazer um teste em cada dia.

O primeiro foi Redimundo, que se achava o mais esperto.

A princesa mergulhou e começou a se afogar, Redimundo pediu ajuda de uma águia para retirá-la da água enquanto ficava observando. Quando a princesa foi salva, o moço ficou se achando.

No segundo teste, foi o Renato o escolhido, então, como sempre, ela fingiu se afogar, o rapaz correu até uma casa e pegou uma corda, jogou e mais uma vez a princesa foi salva.

Chegou a vez do terceiro rapaz, o Josef. A princesa de novo fingiu se afogar, Josef pulou na água e pegou a princesa. A princesa começou a chorar de emoção! O rei planejou o casamento, eles se casaram e nunca mais se afastaram.

“Ideias todo mundo tem. Como é que entram na cabeça da gente? Entram porque a gente lê, obser-

va, conversa, vê espetáculos.”

Ruth Rocha

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Marina

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MEU ANIMAL DE ESTIMACAO

Estava chegando o aniversário de Amanda. O pai dela, Henrique, com muita calma perguntou para a filha o que ela queria ganhar de presente de aniversário:

— Filha, faz alguns anos que você me pede um cachorrinho, e pensando bem...

Amanda interrompe:

— Pai, o senhor vai me dar um cachorrinho bonitinho, fofinho e pequenininho?

E o pai diz:

— Bem, hum... Vou pensar bem nesse assunto.

Depois de duas semanas, chegou o aniversário de Amanda, ela mal acordou e um cachorrinho pulou em cima dela. Ela ficou tão feliz e deu um abraço no pai.

Produção escrita de Marina Haddad Syllos Dezen ´

~

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106

Afonso

107

POR UM MUNDO MELHOR

Por um mundo melhor

devemos parar a guerra

para não destruir o planeta Terra,

devemos respeitar cada religião,

respeitar e aceitar no nosso coração,

devemos estar sempre unidos,

assim no mundo nada de mau acontecerá

e nenhuma geração acabará.

O mundo não devemos poluir,

não jogar o lixo no chão,

pois fará a diferença entre uma nação,

poluir é desrespeitar a natureza

que sempre nos ofereceu riqueza,

como a água que um dia acabará

e assim no nosso futuro faltará,

ela nós devemos preservar

e bem tratar,

pois é uma riqueza,

e sem essa riqueza o mundo é pobreza.

Produção escrita de Afonso Miguel da Silva Lobato

108

Não importa nossa feição,

devemos nos respeitar e dar as mãos,

somos todos humanos e todos erramos,

mas no fim todos nos amamos,

pois afinal somos todos iguais

e devemos nos respeitar sempre mais,

afinal no fundo todos nós somos parecidos com animais,

nós não temos diferenças,

então eu acho que o mundo tem que melhorar

e o preconceito tem que acabar.

A política pode melhorar

se no governo pararem de roubar,

sem roubar o mundo é mais feliz.

Mas as pessoas também podem ajudar

e pacificamente protestar,

vamos todos ajudar

e assim o mundo vai melhorar.

“Sem livros, dificilmente se aprende a gostar de ler.”

Ruth Rocha

110

Bruno

111

QUE IMPRESSIONANTE!

Em um dia como esse, belo e ensolarado, o menino João não queria sair de casa de jeito nenhum. Ele não gostava de brincar nem fazer nada fora de casa. Ele só gostava de uma coisa: jogar video game, mas seus pais o tinham deixado sem jogar por um tempo.

Então sua bisavó sentou-se junto a ele e contou-lhe uma história bem legal, de como era a escola em sua época. Ela falou que:

— Na Inglaterra, um tal de Joseph Lancaster fundou uma escola que era capaz de abrigar muitos e muitos alunos.

Era um balcão, sem paredes nem divisórias, onde tinha um só professor. Na verdade, o professor ensinava os monitores, os monitores então ensinavam os alunos, que ficavam em grupos de dez, e embaralhados em diversas idades, mas não tinha problema porque eles eram separados de acordo com o conhecimento. Quando os garotos terminavam a tarefa que tinha que ser feita, os ajudantes (outros alunos) corrigiam o trabalho. Depois disso eles se dirigiam ao outro lado, para ter outra aula com outro monitor. As escolas lancasterianas eram para meninos e meninas.

— Nossa bisa, que legal! É impressionante!

— Sim, gostou?

— Eu adorei, me conta outra história da época da escola?

Então a bisa continuou a contar várias outras histórias da época da escola, e o menino adorou. E ele até não jogou mais video game por um bom tempo.

Produção escrita de Bruno Quaresemim Previdente Cerqueira

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Caroline

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MINHA VIAGEM PARA O PASSADO

Em um sábado, estava na biblioteca estudando história quando bateu na minha cabeça uma curiosidade enorme de saber como foi a declaração de Independência no Brasil.

Então parei o que eu estava fazendo e perguntei para a bibliotecária se ela tinha algum livro sobre a história da Independência do Brasil.

Ela entrou em um lugar estranho, mas logo me trouxe dois livros grossos. Peguei os livros e comecei a ler.

Passou um tempo e perguntei novamente à bibliotecária:

— Você tem livros sobre máquinas do tempo?

Ela entrou de novo naquele lugar estranho e me trouxe o livro. Peguei-o e comecei a ler, então tive a ideia maluca de construir a máquina.

Fui entusiasmada com essa ideia para casa, então resolvi que no dia seguinte iria construir a máquina.

No dia seguinte, logo que acordei, fui a pé até a loja que vende peças para essas coisas, então comprei os materiais necessários, levei para casa e comecei a construir.

Produção escrita de Caroline Raiola Matthey Claudet

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Quando ficou pronta nem acreditei, e sem perder um minuto programei a máquina para 7 de setembro de 1822.

Quando cheguei lá, só tinha 4 horas para explorar tudo, caso contrário ficaria lá para sempre.

Cheguei em Perdizes, um bairro longe do Ipiranga, era tudo velho, casas, roupas estranhas e principalmente as pessoas, quando de repente... pocotó... pocotó, era Dom Pedro.

Eu, preocupada, me escondi atrás de uma pedra e fiquei vendo.

— Independência ou morte! — Dom Pedro, declarou.

Finalmente, animada, fui embora para casa.

Quando cheguei em casa, fui direto para o computador pôr no jornal da escola. Ninguém acreditou, mas o importante é, eu vi, eu vi Dom Pedro declarando a Independência.

“Uma criança tem a tendência de comer com a mão.

Ela só usa talheres porque vê os pais usando. É a mesma coisa

com os livros.”

Ana Maria Machado

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Eduardo

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QUE ANSIEDADE! IREI PARA O 6O ANO

Hoje eu estou me perguntando como será o 6º ano.

Eu estou ansioso porque terá prova de Inglês, Italiano, e não estarei no Fundamental 1 e sim no Fundamental 2.

Nos dias anteriores, alguns alunos que já foram da professora Silvia vieram visitá-la. Ela perguntou:

— Então, como é o sexto ano?

Eles responderam:

— Nossa! Professora, daqui até o sexto ano muda quase tudo.

Ela perguntou:

— Tipo o quê?

Eles responderam:

— Tipo, em vez de ter uma professora para Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia, tem uma professora para cada matéria, e tem prova quase todos os dias, ou seja, se bobear, já era.

Então a professora disse:

— Então, é melhor estudar, né?

Produção escrita de Eduardo Kenzo Kishi

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Eles responderam:

— Mas é claro, professora!

Depois que eles foram embora, eu perguntei a ela:

— Professora, é muito difícil o 6º ano?

Ela respondeu:

— Se você for bem nessa prova e se você estudar bastante, vai ser moleza!

Quando ela entregou as provas, a única coisa que eu vi foi um monte de 9 e um 10, e isso mostra que eu acho que vou bem no 6º ano.

“Sempre digo aos pequenos que o livro é um objeto mágico, mui-to maior por dentro do que por fora. Por fora, ele tem a dimen-são real, mas dentro dele cabe um castelo, uma floresta, uma

cidade inteira... Um livro a gente pode levar

para qualquer lugar. E com ele se leva tudo.”

Tatiana Belinky

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Felipe

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ESPORTE

É a felicidade de estar num time

A alegria de fazer um gol, cesta ou ponto

Não há nada que mais me anime

E comemoro tanto que até fico tonto

A emoção de jogar com os amigos

Lutando, sem desistir até o jogo acabar

E por um jogo todos ficam unidos

Sentem que aquele é o seu lugar

Jogar e se divertir com os amigos é indescritível

Todos não param de se divertir

Para mim, de tudo a coisa mais incrível

É a emoção de hoje, ontem e a que está por vir.

Produção escrita de Felipe Barbuda Gradin

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Gabriela

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UMA ESCOLA NOVA!

Um dia, minha mãe me disse que iria mudar de escola.

Eu estudava na Recrearte e iria mudar para a escola das minhas primas, o Colégio Dante Alighieri. Confesso que achei o nome sério, mas aí minha mãe disse que lá iria ter elevadores, laboratórios e era enorme!

Aí me convenci, mas fiquei triste pois não iria mais estudar com os meus velhos amigos e amigas, só com minha amiga Júlia.

Minha mãe marcou um dia para irmos lá ver a escola nova.

Enquanto isso, eu e a Júlia falamos para todos da escola como seria nossa nova escola, estávamos felizes, mas tristes.

No dia de vermos a escola, deixamos o carro no estacionamento e subimos pelo elevador.

Depois, a moça nos acompanhou até o pátio grande e no laboratório. Saí encantada! Vimos outros lugares e fomos embora.

No primeiro dia de aula eu estava muuuito feliz! A gente ia ter aula com a professora Vivi.

Eu amei o meu primeiro dia de aula e estou amando até hoje!

Produção escrita de Gabriela Balbino Murad

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Giulia

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NAO QUERO BALAS!

Filomena era uma bruxa velha e nervosa. Tinha um nariz pontudo e os olhos esbugalhados. Usava um vestido verde longo, botas pretas manchadas, chapéu preto bem pontudo, e voava pelo espaço montada numa vassoura.

Ela morava no alto da Montanha Dourada, num castelo vazio. Vivia solitária porque não tinha amigos. Nunca tinha tido amigos até que um dia ela, enquanto cozinhava uma sopa de sapo, ouviu um som que nunca havia ouvido antes:

— Dwing dong!

— Ah! Por diabos, o que é isso? – gritou Filomena com sua voz resmunguenta de bruxa.

Filomena se acalmou e percebeu que era somente a campainha (sabe como é, ela não tinha amigos, então ninguém a visitava).

A velha bruxa começou a andar com os pés arrastados ao chão, indo em direção à porta.

— Dwwing doooong! — fez outra vez a campainha.

— Por diabos, já estou abrindo!— gritou, como sempre, a bruxa.

E quando ela finalmente abriu a porta, viu uma menina

Produção escrita de Giulia Akemi Volcov Yamaguchi

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pequenina, com cabelos loiros e cacheados, bochechas rosadas, roupa de escoteira e carregando com seus bracinhos gorduchinhos e fofos uma caixa cor-de-rosa.

— Gostaria de balas? – perguntou delicadamente a menina.

— Não! – respondeu Filomena.

— Eu tenho de menta, de uva, e eu tinha de framboesa, mas, depois de subir essa montanha, eu fiquei com fome e...

— Não quero balas! — interrompeu Filomena e fechou a porta.

A bruxa já ia indo embora quando se lembrou de que não tinha amigos, e isso fazia falta para ela. Então, resolveu consertar aquilo; abriu a porta, viu a menina e:

— Você quer uma carona?

A menina simplesmente fez que sim, superfeliz, já que nem lembrava como havia subido ali.

Filomena pegou sua vassoura voadora, sentou-se em cima dela, colocou a menina lá, deu partida na vassoura e, aproveitando o momento, conversou com a menina.

Depois daquele dia, muitas amizades nasceram, e Filomena nunca mais ficou sozinha (e passou a gostar mais de balas também).

“Todas as grandes personagens começaram por serem crianças, mas

poucas se recordam disso.”

Antoine de Saint-Exupéry

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Isadora

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FEIURINHA

Era uma vez, há muitos e muitos anos, uma linda menina que foi raptada ainda no berço por três bruxas malvadíssimas: Ruim, Malvada e Piorainda.

Ela ainda teria que aguentar a sobrinha das bruxas, Belezinha, e um nome um tanto sarcástico: Feiurinha.

A pobre menina cresceu atormentada pelas três bruxas (quatro com a Belezinha), que diziam a ela que o que é bonito é feio e o que é feio é bonito. Ou seja, ela era a coisa mais feia do mundo.

Anos se passaram, e um dia, após atormentarem Feiurinha, as bruxas saíram e deixaram Feiurinha e o velho bode enfeitiçado (mas a Feiurinha não sabia disso) sozinhos.

Para fazer as suas tarefas, ela foi buscar água no riacho. Ao mirar-se naquelas águas claras, ela começou a procurar uma verruga no corpo.

Como para nós ter uma verruga é um pesadelo, para ela era necessidade!

Ela foi tirando toda a roupa até ficar pelada. Daí o bode se desenfeitiçou.

Produção escrita de Isadora Barros Zilveti

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Ela ficou assustada e tentou fugir, mas entre a nuvem surgiu um rapaz muito feio (para ela), que a agarrou.

— Não fuja! Sua beleza me desenfeitiçou!

— Beleza? Mas, eu sou horrível!

— Você é linda, Feiurinha! Essas bruxas te enganaram! Vou voltar ao meu reino e retomar minhas posses, e logo voltarei para sermos felizes para sempre!

Depois, as bruxas, já de volta, tornaram a atormentar Feiurinha, mas tudo que conseguiram foi um sorriso.

Olharam em volta e perceberam que o bode não estava, e perguntaram à Feiurinha sobre seu paradeiro.

Enganada mais uma vez pelas bruxas, Feiurinha contou tudo e foi “forçada” a vestir uma pele de urso enfeitiçada, que fez dela uma bruxa horrenda.

Quando o príncipe chegou, ficou confuso.

“Qual eu devo desenfeitiçar?”, pensava.

Ruim, Malvada, Piorainda e Belezinha atiraram-se ao chão jurando serem Feiurinha. Mas a Feiurinha disse que não queria morte às bruxas, e então foi reconhecida e desenfeitiçada pelo príncipe, que transformou as bruxas em cogumelos.

“Os pais que contam histórias para as crianças vão formar leito-res. Leitores de tudo: da vida, do dia a dia, do outro, do teatro, do cinema, da TV e da internet.”

Ângela Lago

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Laura

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LAR DOCE LAR

O despertador tocou bem cedinho, Alice acordou entusiasmada. Já estava tudo combinado: as malas prontas, tudo impecável para voltar para sua terra natal, seu lar doce lar. Finalmente reencontrar seus mais fiéis e divertidos amigos, seus parentes mais chegados, voltar a seus antigos hábitos.

Alice tomou seu café, escovou seus dentes, se trocou e estava pronta para voltar para sua querida cidadezinha na ponta da Suécia. Podia ser pequena, mas era incrível.

Chegando ao aeroporto, foi a primeira a subir no avião. Na viagem, conversava com seus amigos no computador sobre o que iriam fazer quando chegassem lá.

Horas e horas de viagem depois:

— Chegamos!!!

Alice deu um forte abraço em todos, descarregou suas malas em sua antiga casa quentinha cheia de neve no telhado, vestiu seu casaco e foi brincar.

Produção escrita de Laura Corsini Tovo

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A primeira coisa que fizeram foi uma guerra de bolas de neve, depois subiram a montanha por caminhos íngremes. No topo fizeram um boneco de neve enorme e muito bem-feito, desceram a montanha da maneira mais divertida possível, de trenó. Chegando lá embaixo já havia anoitecido. Deram todos boa-noite e foram para suas casas.

Alice tomou uma bela sopinha e foi para sua cama de madeira com um colchão de penas de ganso.

Acordando cedinho, e da maneira mais antiga, com bisões em suas janelas prontos para um carinho, tomou café com maçãs do pé.

Depois de muitas aventuras, era hora de voltar. Estavam todos tristes, mas Alice prometeu voltar.

“Ler é imaginar, criar e projetar um novo saber.”

Simone Helen Drumond Ischkania

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Leonardo

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O APAGAO

Foi tudo muito estranho. Exatamente na mesma noite em que meus pais saíram para comemorar o aniversário de casamento e eu fiquei responsável por cuidar de meu irmão mais novo.

Já havíamos tomado banho, jantado e estávamos nos preparando para dormir, quando ouvi um barulho muito forte e a luz se apagou... Nós ficamos com muito medo. Eu falei para o meu irmão esperar no nosso quarto que eu ia ver o que tinha acontecido. Coloquei o meu tênis e peguei uma lanterna.

Fui caminhando lentamente no quintal e, de repente, vi uma sombra se mexendo em cima da cerca.

Fiquei apavorado e comecei a gritar:

— Socorro! Socorro, alguém me ajude!

Voltei correndo para dentro de casa e tranquei a porta.

Corri para o quarto e contei o que tinha acontecido.

Meu irmão também ficou assustado e perguntou:

— O que vamos fazer? Será que foi essa sombra que fez um barulhão e que apagou a luz?

Foi aí que lembrei que o papai tinha falado que o quadro de

Produção escrita de Leonardo Poles Amorim

~

forças estava com defeito e ficava dando curto-circuito o tempo todo.

Falei isso para o meu irmão, e ele disse para irmos à casa do nosso vizinho Caio, porque ele era eletricista e já tinha consertado o quadro de forças.

Fomos até a casa dele e batemos na porta. Ele achou muito estranho alguém bater na sua porta às 11 horas da noite, mas mesmo assim ele abriu.

Antes que ele pudesse dizer alguma coisa eu falei:

— Caio, me desculpe por incomodar, mas aconteceu um problema: o nosso quadro de força deu outro curto-circuito e acabou a luz. E para piorar eu vi uma sombra se mexendo em cima da cerca.

Ele foi até a nossa casa, viu o quadro de força e o consertou. A luz voltou e pudemos dormir sossegado.

No dia seguinte, encontramos o Caio e ele falou:

— Meninos, lembram que ontem vocês tinham visto uma sombra na cerca? Então desculpe dizer, mas aquela sombra era o meu gato!

Nossa mãe, que estava conosco, perguntou:

— Que sombra? Que gato? O que aconteceu ontem?

Nós respondemos:

— Mãe, melhor você não saber!

“Sem livros, dificilmente se aprende a gostar de ler.”

Ruth Rocha

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Marcela

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DA FEIA BRUXA FILOMENA A LINDA FILOMENA

Filomena era uma bruxa velha e nervosa. Tinha um nariz pontudo e os olhos esbugalhados. Usava um vestido verde longo, botas pretas manchadas, chapéu preto bem pontudo, e voava pelo espaço montada numa vassoura.

Ela morava no alto da Montanha Dourada, num castelo vazio. Vivia solitária porque não tinha amigos. Nunca tinha tido amigos até que um dia ela viu uma menina passeando com um cachorro, também no alto da montanha, perto da sua casa (da bruxa).

A menina sentou na grama e olhou para o lado, para ver o lindo dia, até que viu a casa da bruxa:

— Meu Deus, que casa esquisita! Quem será que mora lá? Vou ver!

Ela chegou perto da casa e viu um caldeirão no centro, uma vassoura esquisita e ...

— Ah!!! Uma bruxa, socorro, uma bruxa!

— O que é isso menina? Não perturbe os outros!

Produção escrita de Marcela Murano Saragiotto

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— Mas a senhora... Mas a senhora é uma bruxa, não é? Eu pensei que as bruxas pegavam as crianças e...

— Ah! Só algumas bruxas fazem isso, mas eu faço só às vezes, quer dizer, só quando eu fico nervosa, e você não quer me ver nervosa, não é?

— Não, claro que não, bruxa.

— Filomena!

— Pois bem, dona bruxa Filomena, eu vou indo para a minha casa...

— Espera! Você não quer tomar um chá?

— Um chá, é...

— Claro que quer, vamos lá!

A bruxa pegou a menina e a levou para dentro de sua casa, afinal ela só queria companhia.

A menina, que não queria nem tocar naquela bruxa nojenta, tomou o chá na maior tranquilidade.

Elas conversaram, contaram seus problemas uma para a outra, e uma coisa que a bruxa não sabia era que quanto mais legal ela fosse com as pessoas, mais a feiura dela ia desaparecendo.

A menina começou a ir todos os dias à casa da bruxa. Um dia, a bruxa já não tinha mais verruga, nariz pontudo e nem era nervosa. Agora, ela era bonita e era conhecida como Filomena, apenas Filomena.

“Escrever é a arte mais difícil de se desenvolver.”

Ziraldo

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Rafael

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O DIA EM QUE MINHA VIDA MUDOU

Lá estava eu, colhendo frutas para levá-las à aldeia, quando vi algo naquela “água ruim” (mar), uma coisa enorme se aproximando cada vez mais da “terra fofa” (areia). Saí correndo para avisar o pajé, mas, como em minha aldeia as crianças não são ouvidas, ele me ignorou.

Voltei para a “terra fofa” e vi que havia homens brancos por lá. A princípio fiquei com medo, mas um deles me viu e aos poucos se aproximou com algo em suas mãos. Quando estava cara a cara comigo, me deu algo e falou em uma língua muito estranha, mas pelo que entendi foi “espelho”, e fez que eu olhasse para uma telinha e visse, eu mesmo!

Fiquei encantado com aquilo e, com boa vontade, entreguei a ele uma ararinha muito bonita. Ele a colocou em suas “grandes coisas” (naus e caravelas) e, achando que poderia enganar a minha tribo, pegou outras coisas sem valor. Gesticulando comigo, entendi que eles queriam conhecer a aldeia, e eu, muito ingênuo, levei-os até o pajé da tribo e logo ficaram amigos. O pajé, em troca de um colar, ofereceu uma árvore que os brancos chamavam de “pau-brasil”. Ele aceitou e viu que, se trocasse coisas sem valor pela árvore, iria ganhar “dinheiro”.

E assim foram seguindo as trocas, e um dia, quando as “grandes coisas” estavam cheias, foram embora sem mais nem menos e, quando percebemos, todo o “pau-brasil” havia sumido. Nós fizemos uma coisa horrível, desrespeitamos a natureza. E esse foi o dia em que a minha vida mudou.

Produção escrita de Rafael Mariano Reich

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Presidente:Dr. José de Oliveira Messina

Diretora Geral-Pedagógica:Profa Silvana Leporace

Assistente de direção (2os a 5os anos):Profa Vânia Aparecida Barone Monteiro

Coordenação Pedagógica (2os a 5os anos):Profa Symone Mara Menezes Oliveira

Coordenação de Tecnologia Educacional:Profa Valdenice Minatel Melo de Cerqueira

Orientadora educacional (2os anos):Profa Ana Fábia Fonseca

Orientadora educacional (2os , 3os anos e 4os anos ):Profa Cláudia Martins Santana Malheiros

Orientadora educacional (4os e 5os anos):Profa Marina Galvanini

Gerente de Marketing:Fernando Homem de Montes

Supervisor do Departamento de Audiovisual:João Florêncio Souza Filho

Supervisora do Depto. de Editoração/Gráfica:Vannia Chiodo Silva

Corpo docente - (2os a 5osanos):Adrianne PahaorAlessandra Colombo RossettoAline Pacheco FerroAlline Somaio MariguellaAna Claudia BaldiBeatriz Fontoura LipinskiBianca Sabbag Hemsi Bruna Laurelli ZerliniCarla Conrado BacchiCélia Buendia PaivaDanielle Cristina Nodari CoserDelane Cogo de AndradeElaine de Menezes Rocha RosaEliane Pincigher GallinellaEloá Azzeda Parada Fátima Cristina Durante LazarottoFernanda De Affonso Marcelo BankowskiGabriela Homem de Mello CabralIvone Josefa Uceda BettiJulia Fernandes Prado de ToledoLaura Cristina Sabetta de OliveiraMara Carneiro MachadoMarcelle dos Santos BonettiMaria Claudia Lima de Souza VasconcellosMaria Cristhiane A. da Rocha RibeiroMaria de Lourdes Peres CremonMarli Cremasco de AzevedoMiriam MensitieriMônica Cominatto de FreitasMônica Rita Di Rienzo Gandara OrlandoMônica Vianna HammenNadja Sgrinier Rodrigues de CamposPatrícia VincenziPaula MazzeoPriscila Gabriela CostaRosely Scivoletto Mazza GattiSilvia Regina TorresSolange Bretas DarinSolange Teodora Paiva LadeiraSumaia El Yazigi da GraçaThais de Almeida PedreiraVanessa dos Santos FerrariVera Cristina Bozzani Barretto VeigaVerônica MeoViviane Cinquetti

Corpo docente - Tec. Educacional (2os a 5osanos):Adriana de Freitas Pereira de AlmeidaAdriana de Freitas SebastiãoCelia Regina GoulartIrene NedavaskaKarine GuarachoPamella Vivian Zuccari SilvaRosângela Tortora RozoValdenice Minatel Melo de CerqueiraVerônica Martins Cannatá

Col

égio

Dan

te A

ligh

ieri

Os textos são minimamente editados, procurando respeitar ao máximo suas características originais.

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Livro 3a Maratona Concepção do Projeto:

Vânia Aparecida Barone Monteiro Symone Mara Menezes Oliveira

Valdenice Minatel Melo de CerqueiraCorpo docente - (2os a 5os anos)

Corpo docente - Tecnologia Educacional (2os a 5os anos)

Criação do Logo da Maratona:Ilda Nery Loschiavo dos Santos

Adaptação do Logo: Thiago Xavier Mansilla Maldonado

Capa:Salvador Messina

Projeto Gráfico:Verônica Martins Cannatá

Simone Alves Machado

Organização:Adriana de Freitas Sebastião

Célia Regina Goulart Rosângela Tortora Rozo

Revisão:Luiz Eduardo Vicentin

Fotos:Departamento de Audiovisual

Livro Digital:David Henrique da cunha pereira

Thiago Xavier Mansilla Maldonado

Departamentos envolvidos:Audiovisual

Editoração e GráficaMarketing

Tecnologia da InformaçãoTecnologia Educacional

Tiragem: 400 exemplares

Distribuição: O livro “3ª maratona: pequenos escritores, grandes leitores” é distribuído gratuitamente. Não é autorizada a sua comercialização em banca, livraria, loja ou qualquer outro espaço comercial por parte de pessoa

física ou jurídica.

Reprodução: É proibida a reprodução total ou parcial deste livro. Nenhuma pessoa física ou jurídica está autorizada a representar, promover ou se pronunciar em nome deste livro ou de seus responsáveis. Essa proibição é válida

dentro e fora do território nacional.

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