36
FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos [email protected] www.oficinadapesquisa.com.br

AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

  • Upload
    vukien

  • View
    222

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

FACULDADE PITÁGORAS

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA

Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos

[email protected]

www.oficinadapesquisa.com.br

Page 2: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria
Page 3: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Objetivos:

Ao final desta unidade, o aluno deverá ser capaz de:

1. Saber o que significa gradualismo e o decorrentecontraponto que Castells chama de revolução.

2. Conhecer as principais características das duasrevoluções industriais e o legado que elas nos deixaramcomo lição.

3. Conhecer o contexto social, os modelos, atores e locaisque são pré-requisitos para acontecer a atual revoluçãoda tecnologia da informação.

4. Saber porque a revolução da tecnologia da informaçãotornou-se um paradigma.

Page 4: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

A sociedade em rede

Este texto é um resumo do primeiro capítulodo clássico livro “Sociedade em rede”, dopesquisador espanhol Manuel Castells.

O assunto do primeiro capítulo trata da atual“Revolução da Tecnologia da Informação”.

Page 5: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Revolução? Que revolução?O autor cita Stephen J. Gould, que afirma que, geralmente, astransformações que a natureza sofre são graduais, frutos de umprocesso lento – o gradualismo. Em contraponto a esta opinião,Castells mostra que, de tempos em tempos, há saltos quetransformam radicalmente e rapidamente este processo gradual.Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita asrevoluções industriais sucessivas, do motor a vapor à eletricidade.Castells afirma que o mundo está vivendo, desde o final do séculoXX, uma nova revolução baseada nas tecnologias da informação,do processamento e da comunicação. Em sua visão, Castellsmostra que esta revolução passou por três estágios: a automaçãode tarefas, a experiência de uso e a reconfiguração dasaplicações. Nos dois primeiros estágios, o progresso da inovaçãotecnológica baseou-se em aprender usando. No último estágio, osusuários estão aprendendo a fazer novas tecnologias, o queamplifica o poder da redefinição de processos e a velocidade dedesenvolvimento de novos domínios.

Page 6: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Revolução? Que revolução?O autor também verifica aquilo que ele chama de convergênciade tecnologias, incluindo a microeletrônica, a computação, astelecomunicações, a optoeletrônica e até mesmo a engenhariagenética. A lógica desta nova revolução está caracterizada peloaumento da capacidade de transformar todas as informaçõesem um sistema comum de informações, processando emvelocidade cada vez maior e a um custo cada vez mais reduzido.

Castells também nos chama a atenção para o fato de que amaioria das revoluções tecnológicas que o mundo já conheceuaconteceu apenas em algumas sociedades e em uma áreageograficamente limitada. Mostrou também que o contato decivilizações de diferentes níveis tecnológicos geralmenteprovocava a destruição da civilização menos desenvolvida.

Page 7: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Revolução? Que revolução?A partir da Revolução Industrial, este cenário mudou. Astecnologias advindas da Revolução Industrial tiveram origem naEuropa ocidental e alcançaram todo o mundo em um prazoaproximado de duzentos anos (lento em comparação com ospadrões atuais de difusão tecnológica).

Atualmente, vemos as novas tecnologias da informação sedifundirem pelo mundo em uma velocidade espantosa. Istoacontece porque a principal característica dessa revoluçãotecnológica é a aplicação imediata no próprio desenvolvimentoda tecnologia gerada e as inúmeras possibilidades de conexãocom o mundo para difundir estas tecnologias. Para poderentender como isso funciona, o autor propõe uma rápidarevisão histórica da Revolução Industrial.

Page 8: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Lições da revolução industrialDe acordo com os historiadores, há duas revoluções industriais. Aprimeira começou nos últimos trinta anos do século XVIII, e foicaracterizada por novas tecnologias como a máquina a vapor enovos processos metalúrgicos. A segunda, cerca de cem anosdepois, destacou-se pelo advento da eletricidade, do motor decombustão interna, de produtos químicos com base científica e oinício das tecnologias da comunicação (telégrafo e telefone).Estas revoluções provocaram um aumento repentino e inesperadode aplicações tecnológicas, que transformou os processos deprodução e distribuição, criando uma enxurrada de novos produtose mudando o eixo de poder e riqueza no mundo. Infelizmente, amaioria dos avanços tecnológicos está relacionada a ambiçõesimperialistas que acabaram resultando em conflitos.A linha do tempo da evolução tecnológica mostra que a China foi acultura dominante na maior parte da história pré-renascentista. Acivilização mulçumana dominou a maior parte do mediterrâneo einduziu a sua influência na África e Ásia durante a Idade Moderna.

Page 9: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Lições da revolução industrialA Rússia reinou isolada na maior parte da Europa Oriental eparte da Ásia. A Espanha dominou, como potência mundial, porcerca de dois séculos a partir de 1492. A partir daí, a Espanhapassou a depender essencialmente de suas colônias.A partir do século XVIII, a Inglaterra começa a reunir umasérie de condições que permitem o aparecimento de inovaçõestecnológicas. Neste cenário, o autor cita Forbes, que afirmaque a invenção da máquina a vapor é o fato central na revoluçãoindustrial, assim como a eletricidade é o fato central dasegunda revolução industrial.O fato de se descobrir fontes baratas, móveis e acessíveis deenergia para expandir a força do corpo humano criaram umabase histórica para a cultura material da humanidade, domesmo modo que a revolução das tecnologias da informaçãoexpandem a mente humana.

Page 10: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

A revolução da tecnologia da informaçãoO autor considera desnecessário contar a história da revoluçãodas tecnologias. A título de ilustração, ele lembra a Lei deMoore, que afirma que o poder de processamento dosmicrochips dobra a cada dezoito meses. Entretanto, ele lembraque essa revolução está criando um novo paradigma sócio-técnico.

Em outras palavras, como veremos mais à frente, antes darevolução da tecnologia da informação, a informação levava aoconhecimento, que levava à criação de tecnologia.

Hoje, não é só a informação que leva à tecnologia; a tecnologiaage sobre a informação, que cria mais conhecimento, que leva àcriação de mais tecnologias, que agem sobre novasinformações, etc...

Page 11: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Sequência histórica – macromudanças da microengenharia: eletrônica e informação

O autor considera a Segunda Guerra Mundial e o período seguintecomo os alicerces fundamentais para o desenvolvimento de tecnologiasque mudaram o mundo: a invenção do primeiro computador eletrônicoprogramável e do transistor.O transistor substitui a válvula como dispositivo eletrônico ativo. Emrelação à sua antecessora, o transistor possibilita o processamento deimpulsos elétricos ocupando menos espaço, gastando menos energia ede modo mais confiável.A invenção do Circuito Integrado (CI) em 1957 possibilitou um grandeavanço da eletrônica, que ficou mais poderosa e mais rápida. Em umespaço que antes cabia apenas um componente agora era possívelintegrar dezenas ou centenas. Em pouco tempo, chegamos aos CI’s delarga escala de integração.A título de comparação, o autor mostra que levou setenta anos para opreço do tecido de algodão cair 85% (de 1780 a 1850). Em apenas 3anos, os preços dos CI’s caíram 85% (1959-1962), e esta evoluçãocontinuou: o preço médio de um CI em 1962 era de US 50$, e caiupara cerca de US 1$ em 1971.

Page 12: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Sequência histórica – macromudanças da microengenharia: eletrônica e informação

Nesta época surge a Intel (1971) como fabricante dos primeirosmicroprocessadores. O nível de integração destes chips aumentou deforma extraordinária nos últimos vinte anos. O resultado destaevolução é a utilização destes microprocessadores não apenas emcomputadores, mas também em máquinas de nossa rotina diária, comofornos de microondas e automóveis.O autor afirma que os computadores foram concebidos como a mãe detodas as tecnologias. Assim, destaca-se o Colossus britânico, primeirocomputador eletrônico valvulado, usado na Segunda Guerra Mundialpara decifrar mensagens da máquina alemã Enigma. Na Alemanha, o Z3foi usado para auxiliar cálculos de aeronaves desde 1941. O ENIAC,desenvolvido no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets) em1946 foi o precursor de muitas máquinas, inclusive o UNIVAC,primeiro computador comercial da história.A partir da década de 50, diversas empresas começam a fabricarcomputadores de grande porte. Estes computadores foram diminuindode tamanho e aumentando a eficiência de processamento, culminandonos minicomputadores da década de 60.

Page 13: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Sequência histórica – macromudanças da microengenharia: eletrônica e informação

A microeletrônica, a partir de 1971, causa uma revolução dentro darevolução, a partir do advento do microcomputador. Desde o primeiro(o Altair, em 1975), passando pelo Apple I e II (em 1976 e 1977,respectivamente), e chegando ao IBM PC em 1981, o computadordeixou de ser um equipamento de empresas e tornou-se pessoal.O que possibilitou a disseminação do computador pessoal, além dosavanços da eletrônica, foi a evolução do software, aquilo que permiteque um computador seja funcional. A velocidade de processamento dosmicrochips aumentou muito em vinte anos, ao ponto de um microchipser mais poderoso que um computador IBM de grande porte de apenascinco anos antes. O custo médio do processamento da informação caiude US$ 75 por cada milhão de operações para menos de um centésimode centavo de dólar em 1990.Outro avanço extraordinário aconteceu a partir do desenvolvimentodas redes de computadores, a partir da invenção dos comutadoreseletrônicos na década de 70. Graças a estes equipamentos, conhecidoshoje como roteadores, começaram a surgir redes comerciais de longadistância.

Page 14: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Sequência histórica – macromudanças da microengenharia: eletrônica e informação

Avanços na optoeletrônica (transmissão por fibra óptica elaser) permitiram a expansão das comunicações, e,consequentemente, das redes. A título de comparação, oscabos telefônicos submarinos de 1956 eram capazes detransportar cerca cinquenta circuitos de vozes compactados;em 1995, os cabos de fibra óptica já podiam transportar cercade 85 mil destes circuitos.A partir da década de 90, a telefonia móvel começou a sedifundir por todo o mundo, primeiro com pagers nãosofisticados na Ásia e os primeiros celulares no ocidente,geralmente usados como símbolo de status. A partir do ano2000, os celulares móveis com cobertura global começaram ase tornar populares. A convergência de todas estas tecnologiaseletrônicas de comunicação interativa foi responsável pelacriação da Internet, concebida como o mais revolucionário meiotecnológico da Era da Informação.

Page 15: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

A criação da Internet

A Internet teve origem em uma rede militar de troca deinformações financiada pela Agência de Projetos dePesquisa Avançada (ARPA – Advanced Research ProjectAgency), criada para fomentar pesquisas que pudessemajudar os EUA a superar a URSS na corrida espacial, e,consequentemente, na Guerra Fria.

A partir do lançamento do Sputinik, primeiro satéliteartificial, em 1957, pela URSS, criou-se a expectativa decriação de um sistema de comunicação invulnerável aataques nucleares. Esta primeira rede militar chamou-seARPANET, e só entrou em operação a partir de 1969.

Page 16: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

A criação da Internet

O sucesso desta rede motivou a abertura de uma brechapara participação da sociedade civil na troca deinformações. Assim, a partir da década de 80, algumasinstituições sem objetivos militares criaram uma rede, soba tutela da Fundação Nacional da Ciência (NSF – NationalScience Foundation), que interligava diversos institutos euniversidades.Em 1983 houve a divisão da ARPANET, que continuou a serutilizada exclusivamente para fins militares a partir deuma rede chamada MILNET, e a criação da NSFNETusando a tecnologia de redes da ARPANET e a partir dajunção com outras WAN’s (redes de longo alcance), que sejuntaram em uma nova rede que passou a ser conhecidacomo Internet.

Page 17: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

A criação da Internet

A Internet não tem uma supervisão central, mas conta comdiversas instituições sem fins lucrativos, que coordenam umesforço mundial de estabelecer regras e padrões para ofuncionamento da grande rede.A Internet só se tornou viável a partir da implementação deuma pilha de protocolos de várias camadas conhecida comoTCP/IP. A capacidade de adaptação do TCP/IP conseguiuconquistar a aceitação como padrão mais comum decomunicação, tanto em redes de longo alcance como emredes locais.Dentre todos os serviços disponíveis na Internet, o e-mailtornou-se o principal meio de comunicação entre osparticipantes da rede. Sob o ponto de vista tecnológico, aInternet só se popularizou a partir da invenção do modempara computadores caseiros.

Page 18: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

A criação da Internet

Inicialmente, as redes de computadores caseiros não eram delongo alcance. Em 1983, um programa que permitia a publicaçãode quadros de avisos, permitindo computadores caseiros secomunicarem (as populares BBS’s – Bulletin Board System),tornou-se realidade sob o nome de Fidonet. Estas redes nãousavam protocolos compatíveis entre si, o que era umadificuldade para a expansão destas redes.Em 1990, com a adoção de um protocolo único de comunicaçãoentre computadores (o TCP/IP), a Internet começou a ganharcada vez mais adeptos, apesar da dificuldade dos não iniciados.Nesta mesma época, pesquisadores do Centro Europeu paraPesquisas Nucleares (CERN – Centre Européen poourRecherche Nucleaire) desenvolveram um software paracomunicação entre computadores utilizando hipertexto, apartir da contribuição da cultura dos hackers da década de 70.

Page 19: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

A criação da Internet

Esta iniciativa resultou em uma linguagem (o HTML –Hypertext Markup Language) e em um protocolo decomunicação (o HTTP – o Hypertext Transfer Protocol),que transformou a Internet no sucesso que conhecemoshoje. O fato do software de hipertexto (WWW) serdistribuído gratuitamente fomentou a criação de diversossites.A partir de 1992, uma equipe de profissionais começou atrabalhar em um programa para exibição gráfica daspáginas de hipertexto, resultando no navegador Mosaic,também distribuído gratuitamente. Em 1994, os criadoresdo Mosaic criaram uma empresa, a Netscape, que começoua comercializar o primeiro navegador da Internet digno deconfiança.

Page 20: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Tecnologias da rede e difusão da computação

O autor tenta prever (uma vez que o livro já estava em sua fase finalde produção) que o final da década de 90 e início do próximo milênioestá assistindo a uma grande mudança tecnológica, interligandomicrocomputadores a servidores Web, utilizando os mesmosprotocolos da Internet, garantindo acesso a servidores emmegacomputadores, diferenciados em servidores de bases de dados eservidores de aplicativos.Novos softwares como o Java e o Jini, a popularização dasplataformas móveis, permitindo que dispositivos como celularestambém garantam acesso à grande rede estão transformando aInternet em uma nova infra-estrutura de comunicação, com grandevelocidade de tráfego (largura de banda), em que o tráfego de vozserá apenas um serviço especializado. A convergência de diversastecnologias que usam a Internet também parece ser uma tendênciacada vez maior.Nesta época, o limite da tecnologia da informação parecia apontar nadireção de métodos nanotecnológicos químicos ou biológicosincorporados à eletrônica dos microchips.

Page 21: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

O divisor tecnológico dos anos 70

Castells nos mostra que a tecnologia de hoje tem como base asevoluções tecnológicas que surgiram na década de 70, a saber:• A invenção do microprocessador em 1971 (Intel);• A invenção do microcomputador em 1975 (o Altair, da MITS);• O lançamento do primeiro microcomputador de sucesso (o Apple II,

da Apple) em 1977;• O lançamento dos primeiros sistemas operacionais para

computadores (pela Microsoft) em 1977;• O desenvolvimento de tecnologias de interface gráfica (mouse,

telas gráficas) pela Xerox, no Centro de Pesquisas de Palo Alto(PARC – Palo Alto Research Center), a partir de 1973;

• O lançamento do primeiro comutador eletrônico industrial, em 1969;• O lançamento dos primeiros comutadores eletrônicos digitais, em

1977;• O início da utilização da fibra óptica em escala industrial, a partir

de 1970;• O advento da ARPANET, em 1969.

Page 22: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Tecnologias da vida

O autor relata que aplicações biotecnológicas remontam a até 6000a.C., em anotações babilônicas que mostram como fazer afermentação. Entretanto, a partir da descoberta da estruturabásica da vida por Francis Crick e James Watson, em 1953, naUniversidade de Cambridge, muita coisa mudou. A partir da décadade 70, o termo engenharia genética começou a ficar conhecido apartir de pesquisas de recombinação genética. A partir desta data,diversos acontecimentos mostram a evolução rápida das tecnologiasda vida, a saber:

• Descoberta do primeiro método de clonagem, em 1973, porStanley Cohen (Universidade de Stanford) e Herbert Boyer(Universidade da Califórnia);

• Isolamento do primeiro gene de mamífero (a partir dahemoglobina de coelhos), em 1975, por pesquisadores de Harvard;

• Clonagem do primeiro gene humano, em 1977, por pesquisadoresde Harvard;

Page 23: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Tecnologias da vida

• Criação de diversas empresas de biotecnologia, queinvestiram na criação de diversos organismosgeneticamente modificados, a partir da década de 80, comaplicações medicinais, na agricultura e na indústria;

• Clonagem (patenteada) do primeiro rato de laboratório emHarvard, em 1988;

• Descoberta do gene responsável pela fibrose cística, em1989, abrindo caminho para pesquisas com terapiagenética;

• Clonagem da primeira ovelha (Dolly) a partir do DNA deuma ovela adulta, em 1997, por pesquisadores do RoslinInstitute, em Edimburgo;

• Clonagem em massa (clones de clones) de camundongos,por pesquisadores da Universidade do Havaí, em 1998.

Page 24: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Tecnologias da vida

O autor discute as bases éticas da clonagem humana, afirmando que,em sua opinião, isso jamais acontecerá. Entretanto, as pesquisas comclonagem de órgãos humanos para substituição em transplantescomeçam a ficar em evidência.O autor lista uma série de pesquisas que começaram na década de90. Algumas já são realidade hoje, enquanto que a maioria aindapermanece no campo da ficção. Entretanto, o autor deixa claro que olimite da pesquisa biotecnológica são aplicações de terapia genéticae profilaxia genética em larga escala.Foi nesta época que começaram os primeiros estudos para osequenciamento genético humano usando a potência deprocessamento dos supercomputadores. A iniciativa mais importantefoi a criação do Projeto Genoma Humano, mantido por verbaspúblicas, com o objetivo de publicar os resultados da pesquisa,evitando assim a propriedade privada de conhecimentos genéticos.Castells nos esclarece que as pesquisas genéticas de hoje apontampara a prevenção de doenças.

Page 25: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

O contexto social e a dinâmica da transformação tecnológica

Nesta parte do texto, o autor busca razões que expliquemporque as novas descobertas tecnológicas da década de 70tiveram lugar nos Estados Unidos, especialmente na região daCalifórnia conhecida como Vale do Silício.Inicialmente verifica que dois argumentos amplamenteutilizados na época são falaciosos. O primeiro argumento é acrise econômica causada pela crise do petróleo de 1973-1974.

A revolução tecnológica seria uma maneira de superar a crisedo capitalismo decorrente da crise do petróleo. Esteargumento parece não convencer o autor. O segundo argumentoé o militar, ou seja, os resquícios da corrida espacial e nucleariniciado na década de 50, tendo como principais inimigos ossoviéticos. Este argumento também não convence, uma vez quea resposta à ameaça soviética ocorreu nos anos 60 e não nosanos 70.

Page 26: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

O contexto social e a dinâmica da transformação tecnológica

Assim, o autor começa a perceber que o surgimentodas tecnologias de década de 70 deve ser atribuídoaquilo que ele chama de “dinâmica autônoma dadescoberta e difusão tecnológica”. Explicando, ainvenção do microprocessador permitiu a invenção domicrocomputador, que possibilitou o avanço dastelecomunicações.Ao mesmo tempo, estas aplicações tecnológicasampliaram o potencial de descoberta de novosprocessos de fabricação. A indústria do software foiestimulada pelo crescente mercado de computadorespessoais.

Page 27: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

O contexto social e a dinâmica da transformação tecnológica

A ligação de computadores levou à criação deprogramas com o objetivo de processar edisponibilizar informações voltadas para o usuário.Isto é o que autor chama de contribuições sinérgicas,ou seja, o todo é maior que a soma das partes.Assim, estavam lançadas as bases para aquilo que oautor chama de sociedade em rede, que só pode serentendida a partir de duas tendências autônomas: odesenvolvimento de novas tecnologias da informação ea necessidade da antiga sociedade (baseada nomaterialismo) a reaparelhar-se e utilizar o poder datecnologia para servir a tecnologia do poder (baseadaagora na informação).

Page 28: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Modelos, atores e locais da revolução da tecnologia da informação

A primeira Revolução Industrial foi britânica, tendo aFrança e a Alemanha como fontes importantes detalentos. A primeira revolução da tecnologia dainformação foi norte-americana, tendo como base asdescobertas científicas no campo da eletrônica e dabiologia originadas na Inglaterra, França, Alemanha eItália nas décadas anteriores.Na década de 80, as empresas japonesas melhoraramos processos de fabricação de chips, assumindo avanguarda e o domínio da produção de semicondutoresaté meados da década de 90, quando as empresasamericanas conseguiram reassumir a liderançacompetitiva neste campo.

Page 29: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Modelos, atores e locais da revolução da tecnologia da informação

Fica claro para o autor que a região do Vale do Silíciofoi a principal concentradora de talentos que, a partirde pesquisas, resultaram em inúmeras descobertas einovações tecnológicas no campo da eletrônica e daengenharia genética. As razões para estaconcentração de talentos é o financiamento depesquisas pelo Departamento de Defesa, a liderançainstitucional da Universidade de Stanford, ainstalação de empresas de tecnologia em uma áreasemi-rural ao norte da Califórnia, a instalação de umcentro de pesquisas em Palo Alto, local onde nasceramo transistor e a empresa Fairchild, montada por ex-alunos do inventor do transistor (William Shockley).

Page 30: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Modelos, atores e locais da revolução da tecnologia da informação

Do desmembramento da Fairchild, nasceram metade das 85maiores empresas americanas fabricantes de semicondutores,entre elas a Intel e a AMD. Assim, a transferência de tecnologiadas pesquisas para as empresas, aliada ao surgimento dedisponibilidade financeira por parte de empresas de capital derisco, que apostavam alto nas novas tecnologias, possibilitou umarevolução da microeletrônica na região do Vale do Silício.Um processo semelhante ocorreu após o desenvolvimento dosmicrocomputadores. O Vale do Silício atraiu jovens de talentovindos da universidade e investidores de risco. O resultado foi acriação de 22 empresas em tempo recorde, entre elas umafabricante de computadores (a Apple) e uma fabricante desoftwares (a Microsoft).De forma semelhante, o mesmo processo ocorreu também com odesenvolvimento da engenharia genética, principalmente emregiões próximas a Harvard.

Page 31: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Modelos, atores e locais da revolução da tecnologia da informação

Assim, o autor chega a algumas conclusões interessantes: arevolução da tecnologia da informação aconteceu porque asdescobertas e inovações tecnológicas interagiam e eramtestadas em um processo repetido de tentativa e erro. Istoexige concentração espacial de centros de pesquisa,instituições de educação superior, empresas de tecnologiaavançada e uma rede de fornecedores para prover bens eserviços, além de financiamento para as pesquisas.Por este e outros motivos, quando a Internet tornou-seoperacional, a maioria das empresas que atuam na Internetpossuem suas origens no Vale do Silício. Entre elas o autor citaa Cisco Systems (fabricante de equipamentos para a Internet),a Sun Microsystems (que implanta redes), a Oracle (empresasde software para bancos de dados), a Yahoo (portal daInternet, a E-Bay (empresa de e-commerce), entre outras.

Page 32: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

Modelos, atores e locais da revolução da tecnologia da informação

A pergunta que o autor coloca aqui é: até que ponto este padrão desucesso de revolução tecnológica pode ser estendido para outraspartes do mundo? O autor, ao longo de vários anos de viagens epesquisas, mostrou que sim, ou seja, é possível estender esse padrãopara várias partes do mundo. Ele chegou a essa conclusão após visitaro Japão, a França, a Alemanha, a Coréia, a Tailândia, a China e até oBrasil. No caso brasileiro, esta região se localiza no eixo São Paulo –Campinas.Em outras palavras, ele afirma que o ingrediente crucial para odesenvolvimento não é a novidade no cenário cultural e institucional,mas principalmente a capacidade da informação de gerar conhecimentoem sinergia com a produção industrial e aplicações comerciais. Assim,a concentração de centros de pesquisa, universidades, talentos,empresas de tecnologias, fornecedores e financiamento de pesquisas,principalmente por parte do governo ou por empresas de capital derisco é quase uma garantia de continuidade de inovações tecnológicas.Entretanto, o autor deixa claro que estas condições dependemfortemente do mercado consumidor.

Page 33: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

O paradigma da tecnologia da informação

Castells cita diversos autores para chegar à conclusão deque o atual paradigma tecnológico é fruto da mudança de umparadigma baseado em insumos baratos de energia usadospara a produção material para um novo paradigma baseadoem insumos baratos de informação derivados dos avanços damicroeletrônica e das telecomunicações.A primeira característica deste novo paradigma é que amatéria-prima atual é a informação. As novas tecnologiasagem sobre a informação, ao contrário das revoluçõesanteriores, em que a informação era usada para agir sobre atecnologia.A segunda característica importante é a penetrabilidade dosefeitos das novas tecnologias, uma vez que a informação éinerente ao homem e aos seus meio tecnológicos.

Page 34: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

O paradigma da tecnologia da informação

A terceira característica refere-se á lógica das redes presente emtodos os conjuntos de relações que utilizam as novas tecnologias dainformação. Ela garante a flexibilidade e a estruturação dediversas atividades humanas.Assim, a quarta característica surge da terceira, que é aflexibilidade. Em outras palavras, a rede facilita a reversibilidadede processos e até de organizações e instituições. Estaflexibilidade tornou possível inverter regras sem destruir aorganização, porque a base material (a informação) pode serreprogramada e retrabalhada.A quinta e última característica diz respeito à crescenteconvergência de tecnologias específicas para um sistema altamenteintegrado. Isto significa que a microeletrônica, astelecomunicações, a optoeletrônica e os computadores estão todosintegrados aos sistemas de informação. No futuro será difícil atémesmo diferenciar hardware de software, tamanha será aintegrações destes em nossos sistemas de informação.

Page 35: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

O paradigma da tecnologia da informação

As tecnologias da comunicação são hoje apenas uma formade processamento da informação e estão cada vez maisintegradas às tecnologias de transmissão e conexão, que porsua vez, estão integradas às redes de computadores. Embreve as tecnologias da vida estarão integradas a estessistemas de informação e vice-versa.As redes hoje são um espelho de nossa sociedade e damaneira como pensamos e percebemos o mundo. O cérebrohumano hoje começa a elucidar a natureza da inteligênciaartificial.Castells finaliza o seu texto citando Melvin Kranzberg, quenos faz uma advertência sobre a relação entre tecnologia esociedade. Em sua visão, Kranzberg afirma que a tecnologianão é boa e nem ruim, mas que também não é neutra.

Page 36: AP.4.REVOLUCAO.ppt [Modo de Compatibilidade]oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/INTROINFO/AP.4.REVOLUCAO.pdf · Ele chama estes saltos de revoluções. Como exemplo, cita as ... maioria

REFERENCIAS

1. CASTELLS, Manuel. A revolução da tecnologia dainformação. In: ______. A sociedade em rede. 6. ed. SãoPaulo: Paz e Terra, 1999. cap. 1. p.67-118.