Aparelho locomotor

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SISTEMA DE LOCOMOO O sistema locomotor formado pelos sistemas muscular e sistema esqueltico, os quais, em conjunto, do sustentao ao nosso corpo e se articulam de tal maneira que permitem todos os movimentos. Msculos: Responsveis pelos movimentos internos ou externos Esqueleto: Conjunto de ossos, articulaes, suturas e ligamentos. MSCULOS O corpo humano formado por msculos de trs tipos: Msculo estriado cardaco - o mais nobre de todos os msculos, tambm chamado de miocrdio, o que constitui a parede do corao. Apesar de ser estriado, possui movimentos involuntrios. Msculo liso - tambm chamado de msculos viscerais que entram na constituio dos rgos profundos, ou vsceras. Estes msculos tm estrutura "lisa" e funcionam independentemente da nossa vontade. Msculo estriado esqueltico - O tecido muscular estriado ou esqueltico formado por fibras musculares cilndricas, finas e que podem medir vrios centmetros de comprimento So os responsveis pela sustentao postural e pelos movimentos voluntrios como andar, levantar peso, fala, entre muitos outros. MSCULOS ESQUELETICOS Os movimentos proporcionados pelos msculos possvel devido ao mecanismo de contrao e relaxamento (alongamento e encurtamento) destes por meio de estmulos nervosos. Os msculos esto presos aos ossos por meio de estruturas muito resistentes denominadas de tendes e pelos ligamentos que so tecidos semelhantes aos tendes os quais circundam as articulaes, conectam um osso a outro. e ajudam no reforo e estabilizao das articulaes, possibilitando os movimentos somente em determinadas direes. OSSOS, ARTICULAES, SUTURAS E LIGAMENTOS O corpo humanos constitudo de 206 ossos, divididos em duas partes funcionais: Esqueleto axial formado pelos ossos do crnio e da face, osso hiide, coluna vertebral, esterno e costelas.1

Esqueleto apendicular formado: pela cintura escapular e ossos dos membros superiores; pela cintura plvica e ossos dos membros inferiores Tipos de ossos Ossos longos: so aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e a espessura. Exemplos: ossos dos membros, como o fmur (no membro inferior) e o mero (no membro superior). Ossos curtos: so aqueles em que as trs dimenses se equivalem. Exemplos: tarsos, carpos e calcneo. Ossos planos ou chatos: so aqueles em que a espessura bem menor que o comprimento e a largura. Exemplos: escpula, esterno e os ossos da bacia. Ossos alongados: so as costelas, que se diferenciam dos ossos longos pela ausncia de canal medular. Ossos irregulares: so as vrtebras, que no apresentam forma definida. Ossos sesamides ou supranumerarios, temos com exemplo a patela. Presentes no interior de alguns tendes, que sofram um stresse fsico e tenso, como palmas e plantas. Osso compacto: denso e forte, constitudo por delgadas lminas sseas que se sobrepem umas s outras, unindo-se em torno de um centro. Osso esponjoso: constitudo por delgadas lminas que se dispem de modo a formar cavidades pequenas. Ossos pneumticos: so aqueles que apresentam cavidades com ar. Exemplos: ossos frontais. Articulaes e suturas Sutura o local de juno entre dois ou mais ossos. Algumas suturas, como as do crnio, so fixas; nelas os ossos esto firmemente unidos entre si. Nas articulaes, os ossos so mveis e permitem ao esqueleto realizar movimentos. Ligamentos Os ossos de uma articulao mantm-se no lugar por meio dos ligamentos, cordes2

resistentes constitudos por tecido conjuntivo fibroso. Os ligamentos esto firmemente unidos s membranas que revestem os ossos. LESES MSCULO-ESQUELTICAS As leses so causas importantes de dor crnica e de incapacidade fsica. As leses sseas, musculares e articulares so muito freqentes e com gravidade varivel, desde um estiramento muscular leve a uma distenso ligamentar, de uma luxao articular a uma fratura. As principais causas de leso so os treinamentos fsicos inadequados, a retrao muscular acentuada, desidratao, nutrio inadequada, temperatura ambiente desfavorvel, acidentes e doenas. Embora essas leses geralmente sejam dolorosas e possam acarretar complicaes a longo prazo, quase todas curam completamente. As leses musculares podem ser classificadas em traumticas (estiramento, contuso e ruptura, sendo esta parcial ou total) e atraumticas (cibra e dor muscular tardia). Podemos encontrar ainda outras classificaes com relao ao tempo de leso (agudas ou crnicas) e ocorrncia (leso primria ou recidivante), levando-se em conta se esta ocorreu pela primeira vez naquele determinado msculo ou no. As leses musculares podem ocorrer por diversos mecanismos, seja por trauma direto, lacerao ou isquemia. Podendo ser classificadas em quatro graus: Grau 1: leso com ruptura de poucas fibras musculares, mantendo-se intacta a fscia muscular; Grau 2: leso de um moderado nmero de fibras, tambm com a fscia muscular intacta; Grau 3: leso de muitas fibras acompanhada de leso parcial da fscia; Grau 4: leso completa do msculo e da fscia (ruptura da juno msculotendnea).

Contuso

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Leso traumtica de um tecido mole exercida sobre uma regio do organismo por agente contundente, na qual a pele resiste e no perde sua continuidade (pancada, chute ou queda). Existem habitualmente quatro tipos de contuso: Equimose. Contuso superficial com leso de capilares ao nvel cutneo e subcutneo, com infiltrao sangnea na pele (derme e epiderme). Hematoma. Contuso com ruptura de um vaso de maior calibre e o conseqente acmulo localizado de sangue. O descolamento de Morel-Lavalle um tipo especial de hematoma, produzido por traumatismo tangencial que promove o descolamento de partes moles entre o tecido celular subcutneo e o fscia lata, com a formao de espao livre preenchido por coleo sanguinolenta. Outro tipo de hematoma o subungueal, que ocorre embaixo da unha, havendo, geralmente, a necessidade de sua drenagem com perfurao da unha, o que permite o escoamento da coleo sangunea e o alvio da dor. Contuses de 3o grau. So as que produzem leses em tecidos mais profundos e podem, eventualmente, sofrer processo de necrose (mortificao) do tipo superficial, a exemplo da abraso (leso por raspagem ou frico entre o segmento corporal e o objeto contuso, como as causadas por raios de bicicleta). Contuses do 4o grau. Caracterizam-se pela mortificao dos tecidos, quando ocorre necrose superficial e profunda, com a possibilidade da desvitalizao atingir inclusive a estrutura ssea. Na eventualidade de acometer a vascularizao de extremidade poder haver indicao de amputao. Manifestaes Clnicas Hemorragia para o interior da parte lesada (equimose) devido ruptura de pequenos vasos sanguneos; tambm associada a fraturas Dor, edema e equimose Pode haver hiperpotassemia nas contuses extensas, resultando em destruio de tecido corporal e perda de sangue.4

Ferimento Leso traumtica associada soluo de continuidade da pele. Existem vrios tipos: Escoriao: quando o ferimento atinge somente a pele em sua camada superficial e/ou profunda (epiderme e derme), sendo determinado pelo atrito entre o segmento corporal e a superfcie spera do objeto contundente. Em geral, no necessita de sutura. Ferimento propriamente dito: existem vrios tipos, na dependncia da extenso, formato e agente determinante da leso. Tais como: ferimento puntiforme, perfurante (punhal), corto-contuso (arma branca - faca), perfuro-contuso (projtil de arma de fogo), inciso (bisturi, caco de vidro), ferimento contuso (trauma direto), etc. Ruptura tendinosa parcial ou total O mecanismo que determina a leso parcial ou completa do tendo, tambm, a exemplo da distenso muscular, acontece por trauma direto ou indireto. A ruptura mais comum a do tendo de Aquiles, a qual na maioria das vezes ocorre entre 2 e 6 cm acima de sua insero na tuberosidade posterior do calcneo, que local de pouca vascularizao e, portanto, foco de fragilidade. A ruptura parcial ou total, a exemplo do tendo de Aquiles, passvel de tratamento conservador. Tem como inconveniente maior tempo de imobilizao e, em conseqncia, atraso em sua reabilitao. Envolve quatro a seis semanas de bota gessada com o p em eqinismo, seguidas de mais quatro a seis semanas de bota gessada com o p em posio indiferente. Na evoluo, libera-se para a deambulao com calado de salto elevado. J, o tratamento cirrgico tem como vantagens o menor tempo de imobilizao e ndice de re-ruptura, e como desvantagens, as conseqncias dos atos operatrios, entre elas, deiscncia de sutura (abertura da ferida) e infeco. TRAUMA Trauma uma leso caracterizada por alteraes estruturais ou desequilbrios fisiolgicos decorrentes de exposio aguda a vrias formas de energia. Pode afetar5

superficialmente as partes moles ou, mesmo, lesar estruturas nobres e profundas do organismo. Leso traumtica varia desde simples contuso at amputao traumtica. Risco de vida raro mas existe risco de perda do membro ou perda de funo( seqelas).Nos traumas graves o atendimento inicial que determina a evoluo da leso. POLITRAUMA O trauma (do grego trauma,atos: "ferida") fsico uma leso ou ferida mais ou menos extensa, produzida por ao violenta, de natureza fsica ou qumica, externa ao organismo. O termo "traumatismo" refere-se s conseqncias locais e gerais do trauma para a estrutura e o funcionamento do organismo. Em geral usa-se o termo, "traumatismo" como sinnimo de trauma fsico. Politraumatizado o paciente que tem inmeros traumas ou leses, com reaes sistmicas que podem levar falha ou disfuno de rgos ou sistemas vitais no diretamente lesados pelo trauma. O traumatizado deve ser considerado como um paciente prioritrio, pela potencialidade de sua gravidade, pois pode ter suas funes vitais deterioradas em curto perodo de tempo, uma vez que o trauma grave freqentemente produz leses em vrios rgos dependendo do mecanismo de acidente e da regio anatmica do organismo que foi atingida. Nos politraumatizados a mortalidade classificada em trs nveis subseqentes: Imediata: so as que ocorrem logo aps o acidente devido a leses cerebrais graves, traumatismos cervicais e leses em grandes vasos ou corao. Precoce: so as mortes que ocorrem dentro de duas horas aps o trauma, causadas por traumatismos crnio enceflico, torcico, abdominal e hemorragia. Tardia: so as mortes relacionadas com a ocorrncia de septicemia e falncia mltiplas dos rgos e que podem tambm estar relacionadas ao traumatismo cranioenceflico. FRATURA Leso traumtica que consiste na quebra da continuidade do osso. Ocorre fratura quando o estresse colocado sobre um osso maior do que este pode absorver.6

Msculos, vasos sanguneos, nervos, tendes, articulaes e outros rgos podem ser lesados quando ocorre a fratura. Classificao A classificao das fraturas tem o objetivo de orientar o tratamento, permitir o prognstico e servir de parmetro na comparao dos resultados obtidos entre os mais variados tipos de tratamentos aplicados. As fraturas, considerando enfoques da literatura, podem ser classificadas de acordo com os seguintes tpicos: Quanto soluo de continuidade do osso

Completa. Quando o trao de fratura atinge as duas corticais, envolvendo toda a estrutura ssea, ou seja, envolve toda a seo transversal do osso. Incompleta. Quando o trao de fratura no secciona completamente o osso, ou seja, envolve uma poro do corte transverso do osso ou pode ser longitudinal. Mais comum em crianas, a exemplo das fraturas subperisticas ou em galho verde.

Contato do foco de fratura com o meio exterior

Fechada (simples): no existe contato do foco de fratura com o meio exterior. Exposta ou aberta (composta): quando existe contato do foco de fratura ou seu hematoma com o meio exterior, agravando o prognstico.

Gravidade da exposio, considerando a fratura exposta A classificao de Gustilo e Anderson a mais utilizada universalmente. Tipo I. Fratura exposta limpa, com extenso menor do que 1cm, e com mnima leso de tecidos; leso ssea simples com mnima contaminao. Tipo II. Fratura exposta com extenso maior do que 1cm, com leso moderada de tecidos moles e mdia contaminao da ferida. Tipo III. Trauma de alta energia com ferida maior que 1cm de extenso, contendo grande contaminao e com extensa leso de partes moles. o III.A. Esmagamento de tecidos e contaminao, a cobertura ssea usualmente possvel.7

o III.B. Esmagamento de tecidos e contaminao, a cobertura ssea inadequada. o III.C. Esmagamento de tecidos e contaminao, leso vascular associada. Mecanismo de produo da fratura Traumatismo indireto. O agente contundente produz indiretamente a fratura. O trauma se localiza em um ponto e a leso ocorre em outro local. O traumatismo indireto pode ocorrer por:

Compresso. Ocorre principalmente nos ossos esponjosos, a exemplo da coluna e calcneo, nas quedas de altura (desnvel). Flexo. Ocorre nos ossos longos quando estes so forados no sentido da flexo. Toro. Quando o mecanismo indireto a toro, em ossos longos, produzindo as fraturas com trao espiral. Durante a deambulao, na fase monopodlica, a toro interna ou externa do corpo, estando o p fixo ao solo, o exemplo mais tpico deste tipo de fratura.

Traumatismo direto. O agente contundente choca-se diretamente com o segmento corporal, determinando a fratura. Quanto presena de fator predisponente da fratura Patolgica. Em decorrncia do enfraquecimento da estrutura ssea, por uma doena preexistente, tal como tumor, infeco, osteoporose, etc. Traumtica. Produzida por agente contundente que atua por trauma direto ou indireto.

Quanto localizao no sentido longitudinal do osso Epifisria. A fratura ocorre ao nvel da epfise e freqentemente atinge a articulao. de prognstico reservado, tende a evoluir com rigidez, necessitando de maiores cuidados, entre estes, da fisioterapia.8

Fisria. A fratura atinge a cartilagem de crescimento e pode estar associada fratura da epfise ou metfise, como tambm a seqelas pela leso do fise. Metafisria. Atinge a regio metafisria do osso. Diafisria. Localiza-se na difise. Padres de fraturas Em galho verde: um lado do osso fraturado e o outro encurvado (um lado do osso quebrado e o outro inclinado). Transversa: perpendicular ao longo do osso. Oblqua: em ngulo ao longo do osso. Espiral: gira ao redor da difise do osso. Cominutiva: osso fragmentado em mais de trs fragmentos (o osso se estilhaa em diversos fragmentos). Deprimida: os fragmentos so direcionados para o interior (vista em fraturas do crnio e ossos da face). Por compresso: o osso colaba sobre si prprio (vista em fraturas vertebrais). Por avulso: fragmento sseo tracionado para fora pelo ligamento ou insero tendinosa (extrao de fragmento sseo por um ligamento ou tendo e sua aderncia). Impactada: fragmento de osso cravado em outro fragmento de osso. Quadro clnico Na maioria das vezes, h histria clnica de traumatismo, seguida de alteraes tpicas: Achados Fsicos Dor localizada. Movimento em falso e crepitao (sensao de ranger). Edema. Impotncia funcional (incapacidade de utilizar o membro acometido). Deformidade. Encurtamento. Sensibilidade9

Perda da funo Esquimose Parestasia Alterao do Estado Neurovascular Msculo, vasos sanguneos e nervos lesados. Compresso de estruturas provocando isquemia. Achados fsicos: Dor incontrolvel e progressiva Dor durante movimentao passiva Alterao de sensaes (parestesia) Perda do movimento ativo Diminuio da resposta de enchimento capilar, diminuio do pulso distal Palidez Choque O osso muito vascularizado Hemorragia franca atravs da ferida aberta Hemorragia oculta em tecidos moles (especialmente na fratura de fmur) ou em cavidade corporal, como a que ocorre na fratura plvica. Pode ser fatal quando no detectado. Avaliao Diagnstica Estudo Radiolgico: permite a confirmao da hiptese diagnstica e caracteriza o tipo de fratura em suas diferentes formas, orientando o tratamento e o prognstico. Em geral, as radiografias so feitas nas incidncias em AP e perfil. s vezes, incidncias especiais so realizadas. Tomografia computadorizada: fornece detalhes que podem ser relevantes na indicao e realizao do tratamento. Ressonncia magntica: auxilia sobremaneira na identificao do acometimento de partes moles, a exemplo das leses medulares, cauda eqina e nervos espinhais.

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Exames de sangue: (HIC, eletrlitos) na vigncia de perda de sangue e leso muscular extensa podem demonstrar diminuio do nvel de hemoglobina e hematcrito. Artroscopia: para detectar envolvimento articular. Angiografia: quando associada a leso de vaso sanguneo. Exames de conduo nervosa e eletromiograma: para detectar leso nervosa. TRATAMENTOS Princpios do tratamento. Os fatores que influenciam a escolha do tratamento incluem: Tipo, localizao e gravidade da fratura. Leso de tecido mole. Idade e estado geral de sade do paciente, incluindo tipo e extenso de outras leses. Os objetivos incluem: Recobrar e manter posio e alinhamento corretos. Recobrar a funo da parte envolvida. Retornar o paciente s atividades habituais no mais curto espao de tempo e com o menor custo. O processo de tratamento consiste em trs etapas: Reduo: ajuste do osso; refere-se ao restabelecimento dos fragmentos da fratura para a posio e o alinhamento anatmicos. Imobilizao: manter a reduo at que ocorra a consolidao do osso. Reabilitao: recuperao da funo normal da parte afetada. O tratamento pode ser conservador ou cirrgico e as intercorrncias so previsveis, pois, a traumatologia uma especialidade de meios e no fins. Tratamento conservador Quando no se intervm cirurgicamente. Pode, ou no, necessitar de reduo incruenta.

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Tratamento conservador sem reduo incruenta Quando os fragmentos fraturados encontram-se em posio anatmica, ou aceitvel, o tratamento conservador consiste unicamente na imobilizao do membro fraturado em gesso ou outro dispositivo de imobilizao, at sua consolidao. Tratamento conservador com reduo incruenta Quando os fragmentos encontram-se em posio no aceitvel, sendo possvel o seu tratamento por mtodos conservadores atravs de manipulao, promovendo-se a configurao e o ajuste dos fragmentos sseos em posio anatmica ou dita aceitvel, seguido, ento, de imobilizao. Tratamento cirrgico Quando no for possvel ou no estiver indicado o tratamento conservador. Intervm-se atravs de mtodos cruentos, amoldando os fragmentos fraturados, causando o menor dano em partes moles durante o procedimento, podendo se utilizar material de sntese interna como fios, parafusos, placas, hastes, etc., ou fixadores externos. As fraturas expostas sempre so tratadas cirurgicamente e se embasam em quatro cuidados gerais: irrigao abundante (limpeza com soro fisiolgico), desbridamento (retirada de todo tecido necrosado e/ou com potencial de infeco), estabilizao (fixador externo, pela menor possibilidade de infeco) e antibioticoterapia. Apesar de todos os cuidados de assepsia e antissepsia, as fraturas expostas podem evoluir, entre outras complicaes, para gangrena gasosa (riscos de amputao e da prpria vida), artrite sptica (infeco da articulao) e osteomielite (infeco ssea).

LUXAO Causas A principal causa de luxao consiste num traumatismo violento que provoca uma insuficincia nos elementos de sustentao da articulao (ligamentos, cpsula articular, tendes e msculos) e a deslocao do osso, que deixa de estar unido 12

articulao. Embora este traumatismo possa incidir diretamente no osso ou na articulao, tambm se pode tratar de um traumatismo indireto, como acontece, por exemplo, em caso de luxao do ombro provocada por uma queda sobre um cotovelo ou uma mo. No entanto, a luxao tambm pode ser originada por um movimento violento ou por uma trao sbita e intensa, o mecanismo responsvel por inmeras luxaes de ombro e de cotovelo nos bebs, nomeadamente quando o beb caminha de mo dada com um adulto e tropea, j que a trao do brao exercida pelo adulto para evitar a queda do beb que provoca a luxao. Em alguns casos, a luxao originada pela deteriorao dos elementos de sustentao da articulao, consequente de uma doena (artrite, tumores, paralisia, etc.), ou devido a uma malformao congnita, como o caso da luxao congnita da anca. Localizao Embora praticamente todas as articulaes possam ser afetadas por luxaes, esta leso mais freqente em algumas localizaes. De fato, a luxao mais comum a do ombro, uma articulao que tem uma grande atividade funcional e cuja anatomia especfica, com uma reduzida superfcie de contacto entre a cabea do mero e a cavidade glenide da omoplata e uma reduzida proteo muscular, provoca o acidente. As luxaes do cotovelo e dos dedos, independentemente de afetarem a articulao interfalngica ou a articulao metacarpofalngica, sobretudo provocadas pela prtica de esportes como o basquetebol e o voleibol, so igualmente frequentes. Menos freqente a luxao da anca, normalmente provocada por uma queda.

Tipos e manifestaes Na luxao completa, os segmentos sseos que constituem a articulao ficam completamente desunidos, enquanto que na denominada luxao incompleta ou subluxao, a unio dos segmentos sseos muito reduzida. Embora, por vezes, a extremidade do osso deslocado fique no interior da cpsula articular (luxao13

intracapsular), existem casos em que fica no exterior da mesma (luxao extracapsular). Em qualquer dos casos, o sintoma inicial o aparecimento de dor, imediatamente aps o acidente, que dificulta ou impede por completo qualquer tentativa de movimentar a articulao afetada. Ao fim de pouco tempo, a dor costuma diminuir de intensidade, voltando a aumentar de intensidade medida que a inflamao da zona se desenvolve. Por outro lado, o grau de deslocao do segmento sseo e a sua posio podem impossibilitar a normal realizao de algum ou at mesmo de qualquer movimento da articulao lesionada, pois pode estar deformada. Caso a luxao afete uma articulao de um membro, por vezes a extremidade fica um pouco mais curta ou longa do que a saudvel. Poucos dias aps a produo da luxao, desencadeada uma reao cicatricial com o intuito de reparar os tecidos moles lesionados. Caso se tenha realizado o tratamento adequado, esta cicatrizao ir contribuir para a fixao das estruturas intra-articulares na sua normal posio. Por outro lado, caso no se tenha realizado o devido tratamento e o osso continue deslocado do seu stio, a reao cicatricial fixar a articulao numa posio anmala, proporcionando a adaptao das estruturas da zona a esta nova situao. Neste caso, que se denomina de luxao inveterada, a articulao permanecer deformada e com uma limitao funcional mais ou menos significativa, consoante o caso. Por vezes, como ocorre quando no se mantm a zona imobilizada aps se proceder reduo da luxao, os elementos de sustentao no so adequadamente reparados, o que propicia uma certa instabilidade ao nvel da articulao. Estes casos especficos, que se denominam de luxaes habituais, costumam proporcionar o aparecimento de luxaes recidivantes ou recorrentes perante traumatismos de pouca intensidade e at perante movimentos que impliquem uma brusca contrao muscular. Tratamento O primeiro passo do tratamento consiste na reduo da luxao, ou seja, na recolocao do osso deslocado na sua normal localizao, o que pode ser efetuado atravs de uma srie de manipulaes, realizadas aps a administrao de14

analgsicos ou a aplicao de anestesia local. Por vezes, nomeadamente quando no se consegue a reduo da luxao atravs de manobras manuais, pode ser necessrio recorrer a uma interveno cirrgica sob anestesia geral. A segunda fase consiste em manter a parte afetada imobilizada durante algumas semanas, atravs de uma ligadura, tala ou gesso, de modo a garantir a reparao dos tecidos moles. Depois costuma-se recomendar a prtica de fisioterapia, com o objetivo de se obter a completa recuperao funcional da articulao lesionada, o que costuma levar entre dois a trs meses. As luxaes acompanhadas pela destruio dos tecidos moles e as luxaes recidivantes necessitam de uma interveno cirrgica reparadora. Primeiros socorros Nunca se deve tentar recolocar os ossos deslocados na sua posio normal, j que o incorreto manuseamento pode piorar a situao ou at mesmo provocar complicaes muito graves, como o caso da ruptura dos vasos sanguneos ou dos nervos da zona. Por essa razo, em caso de luxao, necessrio uma atuao profissional e o mais rpido possvel, pois a reduo da luxao mais simples quando a leso recente, j que algumas horas aps a reao inflamatria, a sua deslocao no pode ser realizada atravs de manobras manuais, sendo necessria a realizao de uma interveno cirrgica. Enquanto se aguarda que o paciente receba a oportuna ateno mdica ou durante a sua deslocao para um centro mdico, convm manter a articulao na posio em que ficou, procedendo sua imobilizao, por exemplo, atravs de uma tala ou de uma faixa em caso de luxao do ombro ou ao segurar o membro afetado pela luxao sem for-lo. Por outro lado, convm que o paciente no coma at ser atendido pelo mdico, j que muito provavelmente ir necessitar da aplicao de anestesia geral, de modo a reduzir a luxao. DISTENSO Quando ultrapassado o limite de elastcidade de um msculo, temos uma distenso muscular. Todo o msculo formado por fibras, com exerccios musculares, ocorre o rompimento dessas o exagero de15

e como consequncia

sensaes de dores, hematomas e edemas. Um dos fatores que levam isso, a falta de aquecimento e alongamento antes de qualquer atividade fsica. Tambm est associada ao estresse e a m alimentao. A primeira medida a ser tomada, quando ocorre um distenso, parar imediatamente com a atividade fsica e colocar gelo no local lesionado, o gelo ajuda a aliviar a dor, o sangramento interno e a inflamao. Compressas quentes, nesse caso , so mais eficazes no fim do tratamento, uma vez que se for colocada no instante em que ocorreu a leso, pode aumentar o inchao e o sangramento interno. Os tipos de distenso 1 grau : a mais comum, uma vez que pessoas que ficam muito tempo sem fazer atividades fsicas, pegam pesado no primeiro dia de exerccios, mesmo sentindo dores, o indivduo continua a fazer o exercicio, normalmente s vai sentir dores intesas no dia seguinte, quando seu msculo est frio . 2grau : o rompimento de um nmero maior de msculos, a pessoa tem a sensao de levar uma pedrada na perna ou que tem algo rasgado no msculo. 3 grau : mais raro de acontecer, quando ocorre um rompimento completo do msculo, nesse caso a cura s por meio de cirurgia, a dor mais violenta do que na dos outros casos, e muita vezes o indivduo no consegue movimentar o local lesionado.

ENTORSE Causas As entorses so provocadas por uma excessiva distenso dos ligamentos e das restantes estruturas que garantem a estabilidade da articulao, originada por movimentos bruscos, traumatismos, uma m colocao do p ou um simples tropear que force a articulao a um movimento para o qual no est habilitada. Embora o forar de uma articulao apenas possa provocar a distenso dos ligamentos, sem o seu rompimento, a entorse costuma provocar, na maioria dos casos, o seu rompimento parcial ou ruptura completa, por vezes associado a leses16

na cpsula fibrosa que reveste a articulao. Pode igualmente acontecer que a intensa trao a que o ligamento submetido, provoque a sua desunio, sem se romper, do osso ao qual est unido, arrancando at um pequeno fragmento sseo. Apesar de as entorses poderem afetar qualquer articulao, a sua localizao mais frequente corresponde ao tornozelo, na medida em que este bastante instvel e suporta a maioria do peso do corpo. Neste caso, a leso costuma ser provocada por uma toro ou rotao brusca do p para o seu interior, em que todo o peso do p incide sobre os ligamentos laterais, provocando a sua distenso. As entorses no joelho e nos dedos, normalmente relacionadas com acidentes desportivos, so igualmente freqentes. Manifestaes O sintoma inicial da entorse o aparecimento de dor, que surge imediatamente aps o acidente ou movimento brusco responsvel pela leso, de tal forma intensa que chega a impedir a movimentao da articulao afetada e, caso se trate do tornozelo, a perturbar o apoio do p no cho. Embora normalmente a dor diminua de intensidade aps o momento inicial, ao fim de algumas horas e medida que a articulao vai ficando inflamada, a dor volta a aparecer, por vezes com maior intensidade do que no incio, tornando-se contnua e sem ceder durante o repouso, aumentando de intensidade ao mnimo contacto ou movimento. A articulao afetada vai progressivamente ficando inflamada, inchada e tumefacta, enquanto que a pele fica vermelha e quente. Para alm disso, possvel que surjam hematomas na zona, provocados por leses vasculares e pelas consequentes hemorragias originadas por leses ao nvel dos ligamentos. Tratamento A principal medida teraputica consiste em manter a articulao afetada em repouso, de preferncia absoluto, de modo a favorecer a rpida cicatrizao e a recuperao dos tecidos lesionados. A reduo da dor e da inflamao passa pela administrao de medicamentos anti-inflamatrios e analgsicos comuns. Embora nos casos ligeiros no seja necessrio, nos restantes deve-se proceder imobilizao da articulao com a aplicao de ligaduras, talas ou at mesmo gesso, em caso de entorse do tornozelo, de modo a garantir o repouso permanente da17

articulao lesionada. A imobilizao costuma durar entre uma a duas semanas, por vezes mais do que um ms, de acordo com a colocao do gesso e a gravidade ou localizao da entorse. Depois de solucionada a fase aguda e o consequente desaparecimento da inflamao e da dor, deve-se realizar movimentos ligeiros com a articulao, de modo a prevenir uma eventual rigidez. Durante o perodo de recuperao tambm extremamente til recorrer a tcnicas de fisioterapia, tais como as massagens e a aplicao de ultra-sons, raios infravermelhos, correntes eltricas e outros procedimentos que favoream a reabsoro dos hematomas e a cicatrizao dos ligamentos lesionados. igualmente aconselhvel a realizao de exerccios especficos de reabilitao, efetuados de forma gradual e progressiva, segundo as indicaes do fisioterapeuta, com o intuito de fortalecer a musculatura da zona afetada, para recuperar a total funcionalidade da articulao e, sobretudo, para prevenir recadas. Se ocorrer uma situao muito mais grave, como o caso da ruptura de ligamentos, pode ser necessrio efetuar uma interveno cirrgica para se proceder reparao dos tecidos. Caso a leso no seja adequadamente curada, devido falta de tratamento, proporcionando o aparecimento de cicatrizes e aderncias que provocam uma dor intensa e perturbam a funcionalidade da articulao, deve-se igualmente recorrer cirurgia. Primeiros socorros evitar movimentar a articulao lesionada; elevar o membro; aplicar gelo ou deixar correr gua fria sobre a articulao; alternar as aplicaes frias com a aplicao de uma ligadura elstica a comprimir o membro; consultar o mdico posteriormente; ir rapidamente para um hospital TRAES Trao musculoesqueltica18

A trao baseia-se na aplicao de uma fora, de modo a evitar espasmos musculares, imobilizar, reduzir e alinhar fraturas. Pode-se obter a fora de trao pela fora resultante da aplicao de duas foras de trao em diferentes direes . O princpio da trao a contnua ao de um peso alinhado com a extremidade fraturada. A ao do peso mantm a reduo da fratura, imobiliza o segmento fraturado, servindo como medida analgsica. Princpios da trao efetiva: Para que se obtenha uma trao efetiva, preciso que exista uma fora de contra trao, que geralmente o prprio peso do paciente; A enfermeira deve orientar o paciente sobre o procedimento, explicando seus objetivos; A trao deve ser contnua para ser efetiva, no deve ser interrompida; Promover contra-trao com o posicionamento correto do leito: Membros superiores: leito na horizontal; Membros inferiores: leito em Trendelemburg (pacientes com trauma cranioenceflico, insuficincia cardaca congestiva ou com problemas respiratrios no devem ser mantidos em Trendelemburg); Halo craniano: leito em proclive. Deve-se evitar situaes que diminuam ou limitem a trao (exemplo: mau posicionamento do paciente; o paciente deve estar alinhado no centro do leito.); As cordas devem estar bem esticadas, desobstrudas e sem ns; Os pesos devem pender livremente, sem encostar no cho ou na cama. A trao usada principalmente como uma interveno de curto prazo at que sejam possveis outras modalidades, como a fixao externa ou interna. Isso reduz o risco da sndrome do desuso e minimiza a durao da hospitalizao, permitindo frequentemente que o paciente seja cuidado no ambiente domiciliar (SMELTZER e BARE, 2005). Tipos de Trao

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Trao manual: trao aplicada por manobras. Exemplo: Reduo de fraturas (principalmente em crianas), na instalao de trao esqueltica, no transporte de pacientes da maca para cama. Trao cutnea: um mtodo incruento (imobilizao realizada sem interveno cirrgica). Utilizada para controle de espasmos e imobilizao da regio fraturada antes do procedimento cirrgico. A trao cutnea pode ser utilizada com a fixao das cordas pele com fitas adesivas, ou atravs de uma bota fixada pele. Deve-se avaliar a integridade da pele do paciente, presena de leses, edema (ateno maior com pacientes idosos), antes de estabelecer o peso a ser aplicado. No se aplica mais de 3,5 kg em um membro. O local da aplicao da trao deve ser higienizado e seco antes que as fitas ou o dispositivo de trao seja instalado. Realizar trao manual do membro fraturado durante a instalao da trao. A trao cutnea pode ocasionar alguns problemas como ruptura da pele, presso de nervos perifricos, comprometimento circulatrio. O paciente deve receber suporte correto para os ps, para evitar que ocorra queda plantar, devem ser monitorados temperatura da pele, pulso perifrico, enchimento capilar e colorao da pele, dor, a fim de detectar problemas circulatrios precursores de trombose venosa profunda. Em geral a trao cutnea apresenta carter provisrio enquanto o melhor mtodo de tratamento sendo providenciado. Trao esqueltica: um mtodo cruento (imobilizao realizada atravs de cirurgia). aplicada diretamente sobre o osso, atravs de um pino ou fio de metal. O cirurgio ortopdico realiza o procedimento fazendo a assepsia do local da insero, aplica-se anestsico local. As extremidades do pino ou fio so cobertas com rolhas de cortia ou esparadrapo. Nesse tipo de trao so utilizados de 7 a 12 kg, porm medida que os msculos relaxam, o peso reduzido, para evitar a luxao da fratura. Para manter a trao efetiva deve-se inspecionar as cordas e roldanas, se o peso pende livremente; o paciente deve estar na posio correta. Quando a trao interrompida, so utilizados fixao interna, aparelho gessado ou talas para imobilizar o osso em fase de consolidao.Diferencia-se da cutnea pelo fato da trao ser realizada por fios que transfixam o osso, habitualmente, no plano coronal (Kirschner ou Steinmann), se projetando pela pele em sua face interna e externa, tratando-se dos membros superiores e inferiores. Nesta eventualidade, mais efetiva permitindo maior peso e tempo na trao. Pode ser utilizada provisoriamente20

ou definitivamente, principalmente, no pr-operatrio de fraturas (fmur, ossos da perna, cotovelo, etc.) e em fraturas complicadas, infectadas ou com grande possibilidade de infeco. Tambm, pode ser utilizada no tratamento prvio das escolioses com indicao cirrgica, quando se faz trao craniana e em regio supracondiliana femoral bilateral, com o objetivo de diminuir a curva da escoliose, antes de sua estabilizao e durante o ato operatrio. Da mesma forma que a cutnea, ela tem como inconvenientes o longo tempo de hospitalizao e o alto custo. FIXADORES EXTERNOS um mtodo de imobilizao cruento, ou seja, que necessita de interveno cirrgica para ser colocado. Consistem na utilizao de pinos ou fios que transfixam o osso, antes e depois do foco de fratura, com a estabilizao atravs de diferentes tipos de equipamentos que circundam ou se localizam em uma das faces do segmento do membro traumatizado. So em geral desconfortveis, porm, com menor tendncia infeco. Por no intervirem no foco de fratura, no desperiostizam, e assim, apresentam tambm menor tendncia leso vascular, o que favorece a consolidao da fratura. As principais indicaes dos fixadores externos so nas fraturas expostas, principalmente as do tipo 3-A e B, de Anderson e Gustilo, fraturas com grande cominuio no foco, pseudo-artrose e fraturas com infeco. O fixador externo tipo Ilizarov utilizado tambm para se promover o alongamento sseo. REFERNCIAS WEBGRFICAS E BIBLIOGRFICAS http://nursingreport.files.wordpress.com/2011/01/politraumatizado.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiros_socorros#Que_fazer http://www.ativo.com/Esportes/Pages/AsDiferentesLes %C3%B5esMusculares.aspx21

http://www.doctoralia.com.br/provamedica/instalac%c3%a3o+de+trac %c3%a3o+cut%c3%a2nea-15252 - Acesso em 11 Set. 2011. http://www.ebah.com.br/content/ABAAABeTUAG/ortopedia-traumatologia http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=417 http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=418 http://www.musculacaoecia.com.br/aquecimento-muscular-pode-evitardistensao/ http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistemamuscular/sistema-muscular-23.php http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp? cod_noticia=1130 Cueller Erazo, Guilhermino A. Erazo Manual de urgncias em pronto-socorro. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010, 9 ed., pp. 477-480. Nettina, Sandra M. Brunner Prtica de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007, 8 ed., v. 2, pp. 1025-1053 RUARO, Antnio F. Ortopedia e Traumatologia: Temas fundamentais e reabilitao. 1ed. Umuarama: Ed. Elenco, 2004.

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