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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PRELIMINAR APL DE POLPAS, EXTRATOS E CONCENTRADOS DE FRUTAS REGIONAIS CIDADE PÓLO: ITACOATIARA MANAUS SETEMBRO/2009

APL DE POLPAS, EXTRATOS E CONCENTRADOS DE … · SUFRAMA,UFAM, UEA, SEBRAE, EMBRAPA, INPA, IPAAM, IBAMA, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, AFEAM, entre outras instituições e

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PRELIMINAR

APL DE POLPAS, EXTRATOS

E CONCENTRADOS DE FRUTAS REGIONAIS

CIDADE PÓLO: ITACOATIARA

MANAUS SETEMBRO/2009

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

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SUMÁRIO 1. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO 03 2. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ARRANJO 06 3. SITUAÇÃO ATUAL 13

3.1. ACESSO A MERCADOS INTERNO E EXTERNO 13 3.2. FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO 15 3.3. GOVERNANÇA E COOPERAÇÃO 16 3.4. INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO 20 3.5. QUALIDADE E PRODUTIVIDADE 22 3.6. TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 24

4. DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO 25 5. RESULTADOS ESPERADOS 27 6. INDICADORES DE RESULTADO 30 7. AÇÕES REALIZADAS E EM ANDAMENTO 31 7.1 AÇÕES COMUNS AOS DEMAIS APL’S DO AMAZONAS 32 8. AÇÕES PREVISTAS 37 8.1 PRIORITÁRIAS 37 8.2 COMUNS AOS DEMAIS APL’S DO AMAZONAS 38 8.3 DEMAIS AÇÕES PREVISTAS 39 9. GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO 42 10. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO 44 REFERÊNCIAS 46 ANEXOS 48

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1. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO

O Plano de Desenvolvimento foi elaborado a partir da parceria entre a SEPLAN,

SEPROR, IDAM, SECT, SEPA, ADS, Prefeituras, Associações de Produtores, SEAP,

SUFRAMA,UFAM, UEA, SEBRAE, EMBRAPA, INPA, IPAAM, IBAMA, Banco da

Amazônia, Banco do Brasil, AFEAM, entre outras instituições e representações da sociedade

civil organizada, co-relacionadas a cadeia produtiva do segmento de Polpas, Extratos e

Concentrados de Frutas Regionais, que compõem o Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos

Locais - NEAPL.

A metodologia de trabalho se pautou em uma abordagem sistêmica de sensibilização e

mobilização do protagonismo local, por meio de reuniões, oficinas, seminários, etc,

possibilitando o resgate das informações acerca das intervenções realizadas e a realizar, como

também o levantamento da situação atual deste segmento que foi priorizado como APL em

outubro de 2001 quando do lançamento do Programa Plataformas Tecnológicas, momento em

que se avaliou a viabilidade da cadeia produtiva com os atores locais, visando fornecer

conteúdos para que o governo possa junto com os demais agentes econômicos, promover o

seu desenvolvimento sustentável.

Neste processo se buscou a identificação de diversos aspectos, em especial as

restrições que representam gargalos ao aumento da competitividade, a partir de uma

concepção de pesquisa para conhecer os diferentes fatores intervenientes e conceber processos

produtivos exemplares, não se reduzindo apenas a junção de várias áreas do conhecimento,

mas, sobretudo, estabelecendo um fluxo de aglutinação desses saberes, definindo-se como

norte a busca pela sustentabilidade.

A criação do Núcleo de Gestão Compartilhada - NGTC (2004), no âmbito da

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECT, interveniente nos projetos do

Ministério de Ciência e Tecnologia – MCT - desde 2003, se constituiu em um apoio vital,

posto que tem a missão prioritária de apoiar a manutenção e agregar novos recursos

financeiros e, especialmente, gerar informações e conhecimentos que contribuam para a

gestão do plano e a transferência, para a economia local, das soluções tecnológicas

encontradas.

O “I Seminário de Arranjos Produtivos Locais e o Desenvolvimento Regional”

(set/2006), organizado pela SECT, caracterizou-se como um balanço dos Arranjos Produtivos

Locais - APL’s no Amazonas, incluindo apresentações e debates sobre o status dos arranjos

definidos como prioritários. Segundo a diretriz do Ministério de Desenvolvimento Indústria e

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Comércio Exterior - MDIC durante a Oficina de Orientação à Instalação de Núcleos Estaduais

de Apoio a APL’s – Região Norte (Fev/2007), o APL de Polpas, Extratos e Concentrados

de Frutas Regionais, assim como os demais selecionados, deveria ser validado junto ao GTP

APL, no grupo dos cinco APL’s já priorizados.

Os municípios selecionados inicialmente levando-se em conta as indicações do

‘Plataformas Tecnológicas’, foram validados na Oficina Estadual de APL’s (Maio/2007),

assim como a indicação de outros municípios e da delimitação de pólos, ficando da seguinte

forma: Autazes, Careiro, Codajás, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaus, Maués,

Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Urucará.

Neste evento se discutiu a formalização do Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos

Locais no Amazonas – NEAPL/AM, a metodologia de trabalho e a necessidade de visitas aos

APL’s. Na ocasião, formou-se ainda o grupo de parceiros que se lançaram como membros

e/ou indicaram outros, a saber:

Governo Estadual/Municipal: Secretaria de Estado de Planejamento e

Desenvolvimento Econômico - SEPLAN; Secretaria de Estado da Produção Rural - SEPROR;

Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas – IDAM; Secretaria de

Estado de Ciência e Tecnologia - SECT; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do

Amazonas – FAPEAM; Universidade do Estado do Amazonas – UEA; Centro de Educação

Tecnológica do Amazonas – CETAM; Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável – SDS; Agência de Desenvolvimento Sustentável - ADS;

Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas – IPAAM; Secretaria de Estado do

Trabalho - SETRAB; Secretaria Executiva de Pesca e Aqüicultura SEPA; Instituto de Pesos e

Medidas do Amazonas - IPEM; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Local -

SEMDEL/Prefeitura Municipal de Manaus - PMM.

Governo Federal: Superintendência de Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus

- SUFRAMA; Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias - EMBRAPA; Universidade

Federal do Amazonas - UFAM; Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; -

Delegacia Federal da Agricultura no Amazonas - DFA/AM/Ministério da Agricultura e do

Abastecimento - MAA; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis - IBAMA.

Sistema S: Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas do Amazonas

SEBRAE/AM; - Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP

/Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB; Serviço Social da Indústria SESI/Instituto

Euvaldo Lodi – IEL.

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Instituições financeiras: Banco da Amazônia; Agência de Fomento do Estado do

Amazonas - AFEAM; Banco do Brasil - BB; Caixa Econômica Federal - CEF.

Setor empresarial: - Federação das Colônias de Pescadores do Amazonas e Roraima

- FEPESCA; Associação das Indústrias de Pescado Sifado do Amazonas - AIPAM; Federação

das Indústrias do Estado do Amazonas - FIEAM; Centro da Indústria do Estado do Amazonas

- CIEAM.

Sistema C&T: Fundação Centro de Análise, Pesquisa Industrial e Inovação

Tecnológica – FUCAPI.

Representação dos trabalhadores: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do

Amazonas - FAEA; Associação dos Armadores de Pesca do Estado do Amazonas -

AAPEAM; Associação dos Piscicultores do Estado do Amazonas - APEA; Conselho

Regional de Economia - CORECON; Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia CREA.

A partida para a elaboração do PDP foi dada na I Reunião do Fórum de Produção de

Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas Regionais (Jun/2007), onde foram tratados

assuntos como a validação dos municípios, a metodologia, programa de crédito,

associativismo/cooperativismo, levantamento de mercado, agroindústrias, entre outros. Ficou

acertado que as organizações deveriam informar as ações realizadas, fornecendo indicativos

de ações, estratégias e parcerias institucionais que venham culminar na implementação de

atividades, com o fim de promover a redução das desigualdades inter-regionais e a inclusão

social, gerando ocupação produtiva e melhor nível de renda.

Em julho de 2007, realizou-se a II Reunião do Fórum de Polpas, Extratos e

Concentrados de Frutas Regionais, em que se definiram os municípios e a agenda de visitas

aos APL’s. Os municípios foram: Manaus (cidade pólo), Itacoatiara, Codajás, Presidente

Figueiredo, Rio Preto da Eva, Autazes, Maués, Urucará, Manacapuru, Careiro e Iranduba.

Após esta definição, foram realizadas as visitas aos APL’s nas seguintes datas/municípios:

21 a 23/08/07 – Presidente Figueiredo, Autazes e Careiro;

08 a 11/10/07 – Urucará, Itacoatiara e Rio Preto da Eva;

22 a 23/10/07 – Codajás;

05 a 07/11/07 – Maués.

Em resposta ao solicitado pelo NEAPL na III Reunião do Fórum (Out/2007), as

instituições parceiras enviaram em dezembro/2007 as informações disponíveis, que foram

incluídas na versão 1.0, posteriormente remetida (março/2007) para as devidas correções e

consolidação das informações. Após aprovada, a versão final foi encaminhada ao GTP APL,

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contendo um elenco de ações voltadas para o desenvolvimento sustentável do APL de Polpas,

Extratos e Concentrados de Frutas Regionais.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ARRANJO

Na reunião de sensibilização realizada no dia 02.10.2001, debateram-se quais espécies

de frutas seriam trabalhadas comercialmente no Amazonas, sendo elas: Cupuaçu, Açaí,

Guaraná, Buriti, Taperebá (cajá), Graviola, Acerola, Cúbiu, Araçá boi, Castanha do Brasil,

Pupunha, entre outras.

Os principais gargalos identificados estão relacionados à deficiência de: sementes e

variedades de frutíferas de boa qualidade; assistência técnica; acesso a financiamento e

legislação deficiente; comunicação; alto custo de insumos; logística e estrutura de

armazenagem; continuidade nas políticas agrícolas; acesso à tecnologia competitiva,

principalmente na agroindústria; organização do setor produtivo, padronização; certificação

ou obtenção do selo verde, fundamental para exportação; central de comercialização de

matérias-primas; fornecedor de embalagens no estado para produtos derivados de frutas;

política de marketing para produtos genuinamente amazônicos.

Em reunião realizada no dia 17/dez/2001, representantes do MCT, Governo Estadual,

EMBRAPA, empresas privadas, agências de fomento e produtores diversos, formaram cerca

de seis grupos com o intuito identificar os gargalos existentes, propostas para solução,

demanda de recursos, cronograma de execução e resultados esperados. As dificuldades

identificadas nesta reunião foram:

• Deficiência no escoamento da produção;

• Dificuldades no beneficiamento de abacaxi e cupuaçú;

• Falta de treinamento de fruticultores;

• Falta de capital de giro;

• Deficiência na armazenagem;

• Falta de sementes e mudas de boa qualidade;

• Falta de investimentos para pesquisa, divulgação e marketing;

• Dificuldades de comercialização;

• Inadimplência junto ao Ministério da Agricultura (dívida anterior);

• Falta de diagnóstico técnico;

• Deficiência em gestão;

• Falta de equipamentos;

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• Falta de assistência técnica;

• Falta de abertura e manutenção de estradas;

• Deficiência em política agrícola;

• Falta de energia elétrica e sistema de abastecimento de água;

• Falta de titularidade da terra;

• Elevado custo de insumos;

• Dificuldades de comercialização; e

• Falta de agroindústrias;

Realizou-se no dia 21/jan/2002 a terceira reunião de fruticultura, onde se priorizou os

seguintes projetos:

• Transferência de tecnologias já identificadas nas instituições de pesquisa (INPA,

EMBRAPA e UA);

• Tecnologia de produção de leite de Castanha do Brasil;

• Tecnologia/pesquisa para a produção de sementes de boa qualidade das frutas

selecionadas, para a produção de mudas, objetivando a industrialização;

• Desenvolvimento de tecnologias de industrialização dos frutos tropicais

selecionados;

• Tecnologia de industrialização de extrato de guaraná concentrado.

Também foram indicadas as pessoas que participaram do treinamento:

• Ila Maria Oliveira – Universidade do Amazonas;

• Washington Luis Aguiar – IDAM;

• Sebastião E.L Silva – EMBRAPA;

• Oswaldo da Luz – COOPRAC/Parintins;

• Charles Clement – INPA.

Em reunião realizada no dia 05/jun/2002, definiram-se dos projetos priorizados, quais

seriam objeto de elaboração das propostas e seus coordenadores:

• Beneficiamento da Castanha do Brasil – Coordenadora Ângela

Tribuzi/CEFETAM;

• Produção e melhoramento do Camu-camu – Coordenadora Kaoru Yuyama/INPA;

• Beneficiamento do guaraná – Coordenador José Merched Chaar/UA.

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Os municípios envolvidos nos projetos foram:

INDICADORES BOCA DO ACRE COARI LÁBREA IRANDUBA

Área (Km²) 22.348,948 57.921,546 68.229,009 2.215,033

População (Nº hab) 29.818 65.222 36.909 32.869

Saúde (Nº leitos) 70 71 54 17

Nº Escolas Urbanas 18 17 18 08

Nº Escolas Rurais 128 133 60 71

IDH 0,611 0,627 0,598 0,694 Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2000, IBGE/Estimativas Populacionais

Os municípios de Coari e Iranduba encontram-se na Região do Rio Negro-Solimões, a

qual possui 2.032.201 habitantes, sendo que os números de habitantes correspondentes aos

municípios supracitados são respectivamente: 65.222 hab e 32.869 hab, totalizando 98.091

habitantes, segundo fonte IBGE, 2000.

De acordo com o diagnóstico realizado pelo SEBRAE/AM, o Guaraná (Paullinia

cupana, var. sorbilis) é uma planta nativa da Amazônia, cultivada há séculos pelas etnias

indígenas, que transmitiram seu uso como bebida preparada por infusão das sementes torradas

e piladas. Quando ingerida atenua a sede, a fome, o cansaço e é curativa de algumas doenças.

Nas suas sementes se encontram um dos mais altos teores de cafeína natural (0,6 – 6,2%), três

vezes maior que no café, além de teofilina e teobromina. De acordo com uma das primeiras

pesquisas realizadas, na década de 40 pelo médico Othon Machado, seu valor terapêutico é

elevado e suas propriedades medicinais são: antitérmico, antineurálgico, antidiarréico,

estimulante, analgésico e antigripal.

A reprodução do guaraná se dá por meio de mudas obtidas a partir da semente

(sexuada) ou da estaquia (assexuada), conhecida por “clone”, tem porte arbustivo e alcança

seu potencial produtivo a partir do 4º ano (semente) e 3º ano (estaquia).

O guaraná tem adquirido muita importância na economia do estado, devido,

principalmente, à divulgação de suas propriedades que, além de terem alcançado grande parte

do nosso país, já se tornaram conhecidas em outros países como a Alemanha, França,

Espanha, Japão e os Estados Unidos.

O Município de Maués, conhecido como a “Terra do Guaraná”, localiza-se no leste

amazonense - Médio Amazonas -, entre os rios Madeira e Tapajós, e é banhado pelo Rio

Maués-Açu. Sua área rural está subdividida em 12 pólos, sendo um deles a reserva indígena

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da etnia Saterê-Mawé - Pólo 03. De acordo com informações da Secretaria Municipal de

Fomento e Abastecimento – SEPROR e TUMUPI – Associação das Lideranças Indígenas do

Marau, Miriti, Manjuru e Urupadi, os Pólos são formados por 166 (cento e sessenta e seis)

Comunidades Rurais e Indígenas.

A população rural do município é formada, na sua maioria, por agricultores/as de base

familiar que têm como principais atividades econômicas o cultivo de guaraná, mandioca,

cana-de-açúcar, pimenta-do-reino, açaí, cupuaçu, pupunha, banana, extração de madeira,

pecuária de corte e pesca artesanal.

O Estado do Amazonas, embora possua a maior área plantada, cerca de 7.615,50

hectares (IDAM, 2007), apresenta ainda, baixa produtividade (113 kg/ha de semente torrada)

em relação aos demais Estados brasileiros cultivadores do guaraná (400 kg/ha de semente

torrada). O Município de Maués possui aproximadamente 4.700,00 hectares (IDAM, 2007) de

guaraná, sendo a maior área plantada no Brasil. Entretanto, nesse município a cultura

apresenta baixa produtividade de semente torrada, da ordem de 113 kg/ha devido,

principalmente, ao fato de que os guaranazais são constituídos por plantas de pé fraco que

possuem mais de 30 anos de idade, além de serem severamente atacados por pragas.

Esta produtividade pode ser aumentada com a utilização de material genético

selecionado e tecnologia de manejo adequada, disponibilizada pela Embrapa Amazônia

Ocidental, podendo então, com a adoção destas tecnologias, alcançar produtividade

significativamente superior à produtividade atual dos guaranazais pela implantação de jardins

clonais, utilizando-se de plantas selecionadas pela pesquisa, para produção de estacas e de

viveiros e também de mudas clonadas.

Outras medidas também são necessárias para melhorar a atividade guaranícola, nos

municípios produtores, dentre as quais apresentam-se: ampliação e recuperação da infra-

estrutura física Municipal, Estadual e Federal (estradas, energia elétrica, escolas, postos de

saúde, água potável, etc); disponibilização de linhas de crédito para os agricultores e

empresários (BASA, Banco do Brasil e Agência de Fomento); titulação fundiária e assistência

técnica aos agricultores. Com a implantação dessas medidas, a área cultivada de guaraná,

poderá ser ampliada, recuperada, bem como se elevar a média de produtividade de sementes

torradas para 400 kg/ha.

O extrativismo do açaí no Estado do Amazonas compreende principalmente a

exploração das populações naturais de espécie Euterpe precatória, encontrada, sobretudo nas

matas de várzea que se erguem atrás dos lagos, ou a montante dos igarapés que os alimentam,

nas terras não alagáveis durante as cheias.

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Segundo a EMBRAPA (2005) a partir da década 1990, com o aumento da pressão

internacional para a preservação da Amazônia, os produtos florestais não-madeireiros

ganharam importância como alternativa para evitar desmatamentos e queimadas. Essa

exposição da Amazônia, na mídia mundial, chamou a atenção para diversos frutos regionais,

como o guaraná, cupuaçu, açaí, pupunha e o bacuri, entre os principais, que tiveram forte

crescimento no mercado nacional e atraíram o interesse do mercado internacional. A

importância socioeconômica do açaizeiro decorre, portanto, do seu enorme potencial de

aproveitamento integral de matéria-prima. O principal aproveitamento é a extração do açaí,

mas as sementes (caroços) do açaizeiro são aproveitadas no artesanato e como adubo

orgânico.

A demanda pelo açaí fora da região também está em alta, com o produto tendo boas

possibilidades de mercado, principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Goiás e na

Região Nordeste. No Rio de Janeiro, o açaí é oferecido nas praias e se tornou muito popular

entre os adeptos da "cultura da saúde" e entre os freqüentadores de academias. É também

vendido diretamente ao consumidor, onde a demanda pelo produto, antes considerado exótico,

é crescente e começa a ganhar popularidade entre os nativos e turistas. É estimado que no Rio

de Janeiro sejam consumidas 500 toneladas/mês, em São Paulo 150 toneladas/mês e outros

Estados somam 200 toneladas/mês. Nesses locais, em alguns pontos de venda, o que se

consome é o açaí fino que, misturado com outros produtos, perde o gosto, o odor e até o valor

calórico da fruta. Além da mistura com outros produtos, é freqüente o aumento da dosagem de

água, adequando de acordo com o preço oferecido. Este aspecto realça a importância de se

estabelecer critérios mais rígidos quanto ao teor de água em mistura com o açaí

comercializado, sob risco de infringir danos à saúde dos consumidores e a perda de mercados

no futuro.

O açaí já fazia parte importante da alimentação da população indígena da Amazônia,

antes mesmo do contato com os europeus. O hábito do consumo do líquido preparado com os

frutos (vinho do açaí) foi resguardado pelas populações interioranas e generalizado nas

cidades. O mercado consumidor de Manaus surgiu com o grande fluxo das populações do

interior, atraídas pela oferta de empregos na Zona Franca. Devido ao seu valor alimentar, este

produto vem sendo cada vez mais consumido fora da região Amazônica, o que desperta

também, o interesse pelo cultivo racional da cultura em plantios comerciais, sendo que no

Estado do Amazonas já existe uma área plantada de 6.306.50 ha.

O município de Codajás, dentre os demais do Estado do Amazonas, é o que mais se

destaca na produção e no beneficiamento do açaí. Codajás está localizado bem no centro da

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Amazônia, à margem esquerda do Rio Solimões. Com uma área territorial de 18.712 km²,

possui as seguintes coordenadas geográficas: 3° 50” Sul e 62° 05” Oeste – distando de

Manaus 240 km em linha reta e 290 km por via fluvial ( 166 milhas). Não existem vias de

acesso ao interior do município que não sejam as águas dos rios, lagos, furos, igarapés,

paranás, etc. Limita-se com os municípios de Anamã, Anori, Nova Ayrão, Caapiranga,

Barcelos e Coari. De acordo com a Lei nº 1.707, de 23 de outubro de 1985, que estabeleceu a

divisão do Estado, o município possui dois distritos: Badajós e Codajás.

A população atual de Codajás segundo o censo do IBGE de 2007 é de 16.025

habitantes, o que corresponde a 0,61% da população do Estado. A densidade demográfica do

município é de 0,87 habitante/Km². Um fato preocupante se acentua a cada ano, a fixação do

habitante natural, e principalmente de seus filhos, é cada vez mais difícil. A migração para

centros maiores, que oferecem oportunidades para um emprego estável e melhor condição de

vida, representa um atrativo difícil de ser superado, e oferece problemas que em médio prazo

causarão dificuldades a proteção ao meio-ambiente. A atividade extrativa do açaí com

possibilidade de comercialização na sede do município é uma das melhores alternativas para

evitar esta migração para as cidades.

A economia do município é baseada em atividades primárias, destacando-se o

extrativismo vegetal. A polpa extraída do fruto do açaí, espécie de palmeira nativa que há

alguns poucos anos tem sido cultivada para essa finalidade. Um dos destaques do município é

a realização da Festa do Açaí, que se iniciou no ano de 1988 e encontra-se atualmente na sua

18ª edição, estando hoje já incorporada ao calendário oficial de eventos do estado de

Amazonas. A realização ininterrupta desta festa promovida pela comunidade local foi uma

das iniciativas que motivaram a SUFRAMA a liberar recursos para implementar uma

moderna agroindústria de processamento do açaí no município inaugurada em 2004. Além

disso, a comunidade local com o apoio do Poder Público Municipal, promoveu uma ação de

preservação dos açaizais nativos da região, dissuadindo a população local da derrubada da

planta para extração de palmito ou para construção de casas, estimulando por sua vez a

comercialização de açaí para o mercado de Manaus.

O sistema de produção no município de Codajás é em sua grande maioria familiar,

mas não é de subsistência, pois apesar de consumirem parte da produção, a maior parte é

comercializada sendo, portanto considerada uma atividade comercial de grande interesse

econômico para os agricultores. Atualmente existem cerca de 700 hectares cultivados de açaí

no município (IDAM, 2007). A produtividade média de uma planta de açaí nativo é de 2 a 3

cachos/ano. Considerando uma média de 8 a 10 Kg/cacho, chegamos a um saco de 50Kg para

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cada 2 a 3 plantas de açaí.Se considerarmos que em um hectare exista cerca de 200 a 250

plantas de açaí, chegamos a uma produção de 4.000 a 6.250 Kg/há (CAMPO Consultoria,

2005).

O cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é uma planta nativa da região amazônica,

pertencente a mesma família Sterculiaceae. Segundo a EMBRAPA, o cupuaçuzeiro é a

fruteira nativa mais explorada comercialmente na Amazônia, tendo seu fruto aproveitamento

integral na agroindústria. Apresenta diferencial em relação as outras frutíferas por ter

características tecnológicas superiores, como alto rendimento em polpa e elevada acidez.

Por se tratar de uma fruta de origem local com demanda de seus subprodutos em

crescimento (polpa e amêndoas) e por necessitar de um processamento agroindustrial para

obtenção de seus principais subprodutos, entende-se que a viabilidade econômica e social da

produção de cupuaçu só será viável se houver na região produtora uma unidade de produção

agroindustrial que venha atender o processamento da matéria prima com higiene, qualidade e

eficiência entre outros requisitos requeridos pelos órgãos fiscalizadores e pelo próprio

mercado comprador.

O maior consumo de polpa de cupuaçu concentra-se na Região Norte, no entanto, esse

fruto vem conquistando outras regiões do Brasil e também o mercado de países da Europa,

Ásia e América do Norte, sobretudo Inglaterra, Japão, Suécia e Estados Unidos (Venturiere,

1993).

Não existe um diagnóstico detalhado do atual quadro de agentes econômicos envolvidos

nesse segmento produtivo, todavia, as estimativas apresentadas abaixo, são indicativas da

importância econômica do APL em referência:

PÓLO MUNICÍPIO CULTURAS PRODUTORES ÁREA(HA) PRODUÇÃO

Autazes Cupuaçú 350 550,00 1.805 (mil frutos); 450(ton. polpa)

Careiro Cupuaçú 310 270 675 (mil frutos); 3 (ton. Polpa)

Codajás Açaí 630 700,00 2.400,00 (mil cachos)

Iranduba Cupuaçú 80 90 180 (mil frutos)

Itacoatiara Cupuaçú 1.600 3.100,00 6.000 mil frutos

Itacoatiara Açaí 540 900,00 1.800,00 (mil cachos)

Manacapuru Cupuaçú 290 409 818 (mil frutos) 105 (ton. Polpa)

Manaus Cupuaçú 600 1.036,00 906,50 (mil frutos); 7,50(ton. Polpa)

Maués Guaraná 2.700 4.700,00 300,00 ton.

Presidente Figueiredo

Cupuaçú 300 1.000,00 2.000,00(mil frutos); 180,00(ton. Polpa)

Presidente Figueiredo

Guaraná 2 42,00 115,00 ton.

Rio Preto da Eva Cupuaçú 440 680,00 1.360,00(mil frutos); 276,00(t/Polpas)

ITA

CO

AT

IAR

A

Urucará Guaraná 410 450,00 60,00 ton. Fonte: IDAM/DEPLA (Estimativa dos municípios JAN-DEZ 2007).

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Todos os municípios incluídos no APL de Polpas, Extratos e Concentrados de

Frutas Regionais possuem bases do IDAM instaladas, todavia, nem todos podem contar com

assistência técnica capacitada para apoiar o desenvolvimento do APL no local. No contexto

macro, as unidades de beneficiamento existentes no estado podem contribuir para a agregação

de valor à fruticultura local. Já existe comercialização de produtos beneficiados, porém, é

necessário conscientizar produtores para o fornecimento de matéria-prima, de acordo com os

parâmetros fitosanitários exigidos.

Os principais tipos de interação e cooperação existentes entre as empresas do arranjo,

e entre elas e as instituições públicas e privadas locais são o fomento, a assistência técnica, a

geração de tecnologia, a organização, a capacitação, a agregação de valor (beneficiamento) e

o apóio a comercialização da produção.

3. SITUAÇÃO ATUAL DO ARRANJO

3.1 ACESSO AOS MERCADOS INTERNO E EXTERNO

Secretaria de Estado da Produção Rural - SEPROR/Secretaria Executiva Adjunta de Pesca e

Aqüicultura - SEPA

Instituição que tem como missão formular, coordenar e implementar a política de

desenvolvimento integrado da agricultura, pecuária, pesca e aqüicultura; executar o

planejamento da produção para implementação das cadeias produtivas; realizar estudos e

oferecer subsídios aos planos municipais; definir necessidades e apoiar à concessão de

fomento e fornecimento de infra-estrutura; implementar ações de Assistência Técnica de

Extensão Rural - ATER e de incentivo à organização dos produtores através do associativismo

e cooperativismo; organizar a produção, apoiar as ações de comercialização e de reforma

agrária, da defesa sanitária animal e vegetal e da capacitação profissional. Especificamente

neste APL, a SEPROR tem a Secretaria Executiva de Pesca e Aqüicultura – SEPA, como sua

representante já que sua missão é formular as diretrizes de ação para a promoção do

crescimento harmônico e competitivo dos segmentos Polpas, Extratos e Concentrados de

Frutas Regionais, visando o desenvolvimento sócio-econômico, equilíbrio do meio ambiente e

bem-estar da sociedade.

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS/Agência de

Desenvolvimento Sustentável – ADS

Tem a missão de formular, coordenar e implementar a política estadual de meio

ambiente e desenvolvimento sustentável, programas intersetoriais, dos recursos hídricos, da

fauna e flora, da gestão política estadual de florestas e de ordenamento pesqueiro, visando à

valorização econômica e a sustentabilidade dos produtos florestais, mediante ações de

fortalecimento das cadeias produtivas do setor florestal nos pólos de desenvolvimento

sustentável e implementação das ações de assistência técnica e organização dos produtos da

floresta. No APL em pauta, a SDS tem como representante, a ADS. Resultado da fusão entre

a Agência de Florestas e AGROAMAZON, empresa pública de administração indireta do

executivo, que tem como missão executar as ações relativas ao trabalho e à política estadual

de apoio ao desenvolvimento, integração e comercialização de produtos das diversas cadeias

do setor primário. A empresa tem personalidade jurídica de direito privado, com autonomia

administrativa e financeira, sendo vinculada à SEPROR.

Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas do Amazonas - SEBRAE/AM

O SEBRAE/AM tem as suas diretrizes políticas de fomento e apoio às micro e

pequenas empresas estabelecidas por um Conselho Deliberativo Estadual - CDE, composto

por 13 entidades representativas de diversos segmentos, entre elas: FIEAM, FAEA,

FECOMÉRCIO, ACA, IEL, UFAM, SUFRAMA, ADA, SEPLAN, AFEAM, Banco da

Amazônia, Banco do Brasil e o próprio SEBRAE Nacional. Sob a orientação do CDE, o

SEBRAE/AM é administrado por uma Diretoria Executiva, composta de um diretor

superintendente e de dois diretores operacionais. À Diretoria Executiva cabe o comendamento

de todas as ações desenvolvidas em prol das micro e pequenas empresas. O presidente do

Conselho Deliberativo Estadual, que deve ser sempre um representante do Comércio, da

Indústria ou da Agricultura, é eleito pelos seus membros para um mandato de 2 anos, podendo

ser reconduzido. A Diretoria Executiva também é eleita pelos membros do Conselho.

Federação das Indústrias do Estado do Amazonas - FIEAM

Entidade de grau superior integrante do Sistema Confederativo da CNI - Confederação

Nacional da Indústria, constituída em agosto/1960, tendo seu estatuto aprovado em

maio/1961, quando foi expedida a Carta Sindical pelo então Ministro de Estado de Negócios

do Trabalho. Seu fundador e primeiro presidente, Abrahão Sabbá, exerceu o mandato de uma

diretoria provisória (agosto/1960 a maio/1961), quando foi eleita a 1ª Diretoria com mandato

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

15

de junho/1961 a outubro/1966. Hoje com 27 sindicatos filiados, a FIEAM compõe-se de

Diretoria, Conselho de Representantes, formado por dois delegados de cada sindicato filiado e

também de uma Diretoria Adjunta, consignada à competência do Presidente, escolhida dentre

os industriais e dirigentes da indústria, que compõem as Coordenadorias, que têm por

finalidade instruírem processos a serem levados para decisão final de diretoria. Integram o

Sistema FIEAM as entidades SESI-AM, SENAI-AM e IEL-AM.

Centro da Indústria do Estado do Amazonas - CIEAM

Instituição que tem por missão congregar as indústrias do Amazonas, representando,

defendendo e preservando os interesses das empresas associadas frente às entidades públicas e

privadas na busca de soluções e alternativas que visem o contínuo fortalecimento e

desenvolvimento do Pólo Industrial de Manaus. Visa ser uma instituição que gera soluções de

vanguarda, antecipando-se às mudanças do ambiente, através de pesquisas, estudos e

parcerias estratégicas, contribuindo para a melhoria da competitividade das empresas

associadas.

3.2 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO

Tomando-se como base os produtores do Amazonas, pode-se afirmar que o nível de

conhecimento é baixo em relação a outros estados e pior quando se compara a outros países

mais eficientes. Um dos fatores é o baixo nível de capacitação técnica dos produtores, e a

precária assistência técnica. Diante dessa realidade, torna-se necessário um acompanhamento

dos cultivos instalados. As instituições que podem participar da formação e capacitação são:

Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas - IDAM

Instituto vinculado a SEPROR, é responsável pela assistência técnica e extensão rural

no Amazonas, prestando serviços às comunidades rurais desde a década de 1970. Atualmente

conta com 30 escritórios instalados nos municípios do interior e na capital, constituindo um

quadro funcional de cerca de 500 funcionários oriundos de outras instituições: SEPROR,

EMATER, CODEAGRO, CEPA. A área de ATER deste plano está compreendida entre os

temas de responsabilidade do IDAM.

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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3.3 GOVERNANÇA E COOPERAÇÃO

Cada vez mais a cooperação é condição necessária para a sobrevivência e o

desenvolvimento dos pequenos negócios, com o auxílio de mecanismos de coordenação e

intermediação dos múltiplos interesses e objetivos envolvidos. O programa de APL’s no

Amazonas que se encontra sob a coordenação do Núcleo Estadual de APL’s – NEAPL, criado

no âmbito da SEPLAN/AM, tem por finalidade desenvolver estratégias e ações que

possibilitem a consolidação e o fortalecimento de potenciais segmentos econômicos, por meio

da cooperação entre os atores locais, identificados a partir de seu envolvimento no setor, em

especial a pesquisa técnico-científica para a melhoria dos processos produtivos. Neste APL as

instituições vocacionadas ao tema são:

Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico - SEPLAN

Órgão que tem como área de atuação o desenvolvimento do sistema de planejamento

estratégico, bem como, coordenação das políticas públicas de desenvolvimento

socioeconômico do Estado do Amazonas, o cumprimento da legislação estadual e federal

relativas ao desenvolvimento econômico e planejamento estratégico. Também a elaboração, o

acompanhamento e a avaliação do plano plurianual, a formulação e a execução de estratégia

de crescimento econômico, contemplando a inovação tecnológica e a busca do pleno

emprego, estímulo à elevação da produtividade e dos salários reais, à dinamização das

empresas e à prosperidade dos seus municípios, articulação e cooperação entre Estado e

Sociedade, estabelecimento de negociações econômicas nos planos nacional e internacional

visando investimentos estratégicos através da captação de recursos e cooperação técnica, a

formulação de políticas de incentivos fiscais e tecnológicos para o fortalecimento da

economia estadual, o apoio à implantação de empresas geradoras de emprego e renda, a

coordenação, assistência e supervisão ao Programa Nacional de Apoio a Modernização da

Gestão e do Planejamento dos Estados e do Distrito Federal – PNAGE/AM, e a realização de

estudos e pesquisas de acompanhamento da conjuntura socioeconômica para subsidiar a

formulação de políticas públicas, promover a inserção internacional, fomentar as relações

multilaterais ao desenvolvimento sócio-econômico, cultural e científico.

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e vinculadas - SECT

A SECT, implantada e organizada a partir de abril de 2003, é responsável pelo

planejamento e execução de uma política de ciência e tecnologia que atenda os interesses

políticos, econômicos e científicos do Estado do Amazonas, conforme demandas induzidas ou

não, postas pelas diversas secretarias e autarquias do Estado; instituições de ensino superior e

de pesquisa, públicas ou privadas; setor produtivo público ou privado; matriz industrial do

Pólo Industrial de Manaus; e pelas instituições federais sediadas ou com programas no

Estado.

Inclusão social, geração de renda e empregabilidade, participação e acesso das

populações regionais aos benefícios do patrimônio genético e aos serviços ambientais do

Estado do Amazonas, e interiorização das plataformas científicas e tecnológicas constituem os

fundamentos políticos e econômicos que norteiam as ações dessa Secretaria.

São vinculadas à SECT a Universidade Estadual do Amazonas – UEA, a Fundação de

Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM e o Centro de Educação Tecnológica

do Amazonas – CETAM.

Superintendência de Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA

Autarquia vinculada ao MDIC, responsável pela administração dos incentivos fiscais e

pela atração de investimentos para a ZFM, Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio de

Macapá e Santana, no Amapá. A ZFM foi criada pela Lei No 3.173 de 6/6/1957. Dez anos

depois, o Governo Federal, por meio do Decreto-Lei no. 288, de 28/2/1967, ampliou e

regulamentou essa legislação, estabelecendo incentivos fiscais por 30 anos para implantação

de um pólo industrial, comercial e agropecuário, instituindo, assim, o atual modelo de

desenvolvimento. Em 15/8/1968, o Decreto-Lei No 365/68, estendeu esses benefícios a toda a

Amazônia Ocidental. No caso específico da produção de Polpas, Extratos e Concentrados de

Frutas Regionais, a SUFRAMA possui uma Coordenação Geral de Análise e

Acompanhamento de Projetos Agropecuários – CGPAG, que tem como competência: I –

implementar e coordenar as ações previstas na política da SUFRAMA para o setor

agropecuário na Amazônia Ocidental; II – analisar, acompanhar e avaliar projetos técnico-

econômicos de investidores que se estabelecem em sua área de abrangência.

Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas - IPAAM

Tem por finalidade coordenar e executar as Políticas Estaduais de Meio Ambiente e de

Ciência e Tecnologia. É vinculado ao Governo do Estado, possuindo uma autonomia

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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administrativa financeira e tem por objetivo atender a sociedade em geral nas questões

ambientais. Responde pela Secretaria Executiva do Fundo Estadual de Meio Ambiente,

Ciência e Tecnologia – FUMCITEC, e integra o Conselho Estadual do Meio Ambiente,

Ciência e Tecnologia COMCITEC, cabendo ao Governador do Estado do Amazonas a

presidência do mesmo. Possui estrutura organizacional composta por duas Diretorias voltadas

diretamente às Políticas Estaduais de Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia, e uma

Diretoria Administrativa-Financeira.

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Local- SEMDEL/Prefeitura Municipal

de Manaus - PMM

A SEMDEL é um órgão do Executivo Municipal voltado para o incentivo do

empreendedorismo e geração de trabalho e renda nas zonas urbana e rural de Manaus. Realiza

um trabalho de capacitação e qualificação profissional voltado para pessoas que buscam

conhecimento, oportunidades de inserção no mercado de trabalho e que necessitam de

orientações para consolidar seus próprios empreendimentos. Suas competências são:

Instituir e gerir políticas e ações de desenvolvimento e apoio ao empreendedorismo

local, entre elas, as de orientação e capacitação empresarial; Promover o desenvolvimento de

novas tecnologias de produção em todos os setores da atividade empresarial; Promover e

incentivar a participação de empreendedores em feiras, congressos, seminários, exposições e

outros eventos; Gerenciar a articulação de políticas setoriais de desenvolvimento local;

Promover estudos e elaborar diagnósticos no seu âmbito de atuação, buscando definir

mecanismos de acompanhamento e avaliação das ações; Promover o desenvolvimento de

ações de terceirização e quarteirização; Coordenar ações e programas a cargo dos diversos

setores com impactos sobre o desenvolvimento local; Articular-se com o Estado, o Governo

Federal e instituições não governamentais para a promoção de iniciativas de desenvolvimento

local integrado e sustentável; Realização e divulgação de estudos e oportunidades de

investimento, assessoramento a empreendedores e oferta de infra-estrutura para a instalação e

ampliação de seus negócios; Promover a produção e a disseminação de informações

estratégicas sobre os mercados de trabalho e produtos das micro, pequenas e médias empresas

e da economia familiar; Promover a organização de arranjos locais; Promover o

desenvolvimento de organizações de micro finanças e da economia solidária; Exercer outras

atribuições necessárias ao cumprimento de suas finalidades.

Podemos destacar, entre as principais ações da SEMDEL os seguintes programa:

Universidade do Povo; Manaus Empreendedora; O Cultivo do Cupuaçu gerando trabalho e

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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renda na Comunidade N. S. de Fátima. A SEMDEL também administra feiras e exposições

em Manaus: Valorizando o Trabalho, Centro de Artes e Artesanato da Ponta Negra e a

Exposição Indígena Pú Kaa – Mãos da Mata, projeto visionário e inédito que dá vez e voz às

comunidades indígenas que vivem na capital.

Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Amazonas - SFA/AM/Delegacia

Federal da Agricultura no Amazonas – DFA-AM/Ministério da Agricultura Pecuária e do

Abastecimento - MAPA

A SFA/AM tem sob sua responsabilidade o conjunto de atividades diretamente ligadas

à inspeção, fiscalização e ao controle de produtos agropecuários, bem como as atividades de

fomento e desenvolvimento da produção agrícola, todas coordenadas pelo Serviço de Defesa

Agropecuária.

Sua missão é executar ações de controle e prevenção, através da inspeção e

fiscalização dos produtos e subprodutos agropecuários de forma a preservar a saúde animal,

vegetal e humana, assegurando qualidade e competitividade no mercado nacional e

internacional. Sua visão é alcançar o padrão de excelência na prestação de serviços,

destacando-se em nível nacional e internacional, através da melhoria no atendimento e

satisfação dos clientes.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA

Criado em fevereiro de 1989, pela fusão de entidades brasileiras que trabalhavam na

área ambiental, o IBAMA é um órgão gerenciador da questão ambiental, responsável por

formular, coordenar, executar e fazer executar a Política Nacional do Meio Ambiente e da

preservação, conservação e uso racional, fiscalização, controle e fomento dos recursos

naturais renováveis, objetivos reforçados na Rio-92, quando a sociedade que vinha se

organizando nas últimas décadas pressionou as autoridades pela proteção ao meio ambiente.

Essas, preocupadas com a repercussão internacional das teses discutidas na Conferência

Mundial sobre o Meio Ambiente, determinaram em outubro de 1992, a criação do Ministério

do Meio Ambiente - MMA, órgão de hierarquia superior, com o objetivo de estruturar a

política do meio ambiente no Brasil.

Conselho Regional de Economia - CORECON

Tem por atribuição organizar e manter o registro profissional dos economistas,

fiscalizar a profissão, expedir as carteiras profissionais, impor penalidade à infração da

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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legislação profissional e cooperar com o COFECON em seu programa de trabalho, destinado

a valorização profissional.

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA

A implantação de novas escolas de tecnologia e aumento da mão-de-obra

especializada, como também a luta da categoria resultou na criação do CREA do

Amazonas/Roraima da 20ª Região, em agosto de 1974, de acordo com a Resolução do

CONFEA n.º 223. A partir de sua criação, expandiu seus níveis de atuação, tanto na

fiscalização preventiva, quanto na contribuição para o aperfeiçoamento profissional, incluindo

a informatização dos procedimentos internos, modernização e estreitamento da relação com

seus públicos, tais como entidades de classe, empresas e profissionais. Atualmente existem

aproximadamente 10 mil profissionais e cerca de 3.800 empresas com registro, reflexo do

crescimento da cidade e da conseqüente ampliação do mercado de trabalho em Manaus. Em

sua recente etapa, inicia a implantação de inspetorias no interior do Estado. Hoje conta com

duas inspetorias, nos municípios de Itacoatiara e Humaitá, com a expectativa de ampliar suas

atividades em outras localidades como Benjamin Constant, Coari, Parintins e Manacapuru.

3.4 INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO

Neste aspecto se observa a necessidade de implantar um sistema de crédito com

recursos financeiros estaduais e federais e determinar um percentual específico para o setor

oriundo dos fundos constitucionais (estadual e federal), utilizando-se dos serviços das

seguintes instituições financeira:

Banco da Amazônia - BASA

O Banco da Amazônia é a principal instituição financeira federal de fomento com a

missão de promover o desenvolvimento da região. Possui papel relevante tanto no apoio à

pesquisa quanto no crédito de fomento, respondendo por mais de 60% do crédito de longo

prazo. Com sua atuação, se articula com diversos órgãos vinculados aos governos, através de

parcerias com diversas entidades, universidades, ong’s ligadas ao fomento sustentável e

representativas patronais ou laborais. Possui pontos de atendimento que cobrem toda a região,

cerca de 59% do território nacional. Além disso, opera com exclusividade o Fundo

Constitucional de Financiamento do Norte - FNO e ainda atende com outras fontes, como:

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES; Fundo de Amparo ao

Trabalhador – FAT; Fundo da Marinha Mercante – FMM; Fundo de Desenvolvimento da

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Amazônia – FDA; Orçamento Geral da União - OGU e recursos próprios. Seus colaboradores

também trabalham pautados com a consciência de que são agentes de desenvolvimento

sustentável, respeitando princípios como: a ética, excelência, ousadia, criatividade,

transparência, confiança, rentabilidade e respeito ao ser humano. Dessa forma, busca novas

alternativas de negócios que utilizem tecnologias e suporte técnico para desenvolver a região

favorecendo a criação de novos produtos e serviços, mas alinhado com a sustentabilidade para

garantir recursos para as gerações futuras.

Agência de Fomento do Estado do Amazonas - AFEAM

Instituída como órgão da administração indireta, na modalidade de empresa pública

revestida da forma de sociedade anônima não bancária, a AFEAM tem como missão

concorrer para o desenvolvimento sócio-econômico, por meio de ações de apoio técnico e

creditício que propiciem a geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de vida do

povo amazonense.

Banco do Brasil - BB

Fundado em outubro de 1808, o banco tinha a função de emissor de moeda. A primeira

utilização da denominação Banco do Brasil aconteceu já em 1808, resultado da associação do

seu ramo de atividade ao nome do país. Na mesma época, podem-se observar diferentes

configurações da marca Banco do Brasil em papel-moeda e documentos oficiais. E a partir daí

a marca BB tem simbolizado tradição, confiabilidade, seriedade, segurança e credibilidade.

Inicia-se uma história que se identifica fortemente com a história do país. Sua missão é ser a

solução em serviços e intermediação financeira, atender às expectativas de clientes e

acionistas, fortalecer o compromisso entre os funcionários e a empresa e contribuir para o

desenvolvimento do País.

Caixa Econômica Federal - CEF

A CEF é o principal agente das políticas públicas do governo federal e, de uma forma

ou de outra, está presente na vida de milhões de brasileiros. Isso porque é uma empresa 100%

pública que atende não só aos seus clientes bancários, mas a todos os trabalhadores formais

do Brasil, por meio do pagamento de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS,

Programa de Integração Social - PIS e seguro-desemprego; beneficiários de programas sociais

e apostadores das Loterias. Além disso, ao priorizar setores como habitação, saneamento

básico, infra-estrutura e prestação de serviços, exerce um papel fundamental na promoção do

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desenvolvimento urbano e da justiça social no país, contribuindo para melhorar a qualidade de

vida da população, especialmente a de baixa renda. Sua atuação também se estende aos

palcos, salas de aula e pistas de corrida, com o apoio a iniciativas artístico-culturais,

educacionais e desportivas.

3.5 QUALIDADE E PRODUTIVIDADE

Secretaria de Estado do Trabalho - SETRAB

A SETRAB possui a missão de aproximar o trabalhador das oportunidades do

mercado e novos nichos de trabalho e renda, fomentando a cultura do empreendedorismo,

valorizando os saberes e conhecimentos populares como forma de crescimento sustentável e

solidário. É desafio a atuação em conjunto com os demais órgãos, bem como com os

movimentos sociais e a classe patronal. Através do Sistema Público de Emprego – SINE/AM

são disponibilizados os serviços de intermediação de mão-de-obra, qualificação social e

profissional e seguro-desemprego.

Nesse contexto, é preponderante salientar o esforço da SETRAB em criar, no âmbito

do SINE, sistemas de orientação e certificação profissional, com ênfase em melhores

direcionamentos aos jovens em busca do primeiro emprego, bem como reconhecer e certificar

trabalhadores (as) que desenvolvem determinados ofícios sem sequer terem tido a

oportunidade de freqüentar um curso de qualificação profissional. É uma proposta ousada,

porém, pertinente à inclusão social e produtiva.

E ainda, o Observatório do Trabalho encerra, de forma emblemática as tarefas

precípuas da Secretaria de Estado do Trabalho, cuja finalidade será efetivar o mapeamento

das vocações e potencialidades econômicas dos municípios e regiões do estado. Articulando

parcerias com os centros de conhecimento, pesquisa e extensão, a exemplo da Universidade

do Estado do Amazonas – UEA, SECT/FAPEAM – Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas – UFAM, dentre outros, na busca

de resultados e diagnósticos que balizarão a elaboração de políticas de geração de emprego e

renda.

Instituto Euvaldo Lodi - IEL/Serviço Social da Indústria - SESI

Integrante do sistema S, por sua vinculação ao SESI, o IEL iniciou suas atividades

com a missão de lançar programas e atividades de capacitação empresarial voltados à solução

de problemas empresariais e tecnológicos. De 1998 até hoje, passou a realizar programas e

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Regionais

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atividades relacionados ao fomento da competitividade, inovação tecnológica,

desenvolvimento regional, empreendedorismo e cooperação internacional. O IEL encontra-se

presente nas 27 unidades federativas e, no tema APL, tem por objetivo promover o

desenvolvimento de regiões de forma sustentada, disseminando e implantando metodologias e

ferramentas que observam as características e vocações locais para incentivar a inovação e

dinamizar a atividade empresarial. Suas estratégias para atuação em APL são: sensibilização e

mobilização do setor e atores comprometidos; realização de estudos, levantamentos e

diagnósticos; definição de gargalos e prioridades; elaboração do planejamento estratégico e do

plano de trabalho do APL (definição de projetos, responsabilidades, negociação dos recursos,

etc.); Monitoramento dos resultados por indicadores; Planejamento de novas ações.

Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas - IPEM

O IPEM/AM é o representante do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial - INMETRO, que tem por objetivo aperfeiçoar um sistema de qualidade

adequado às necessidades da sociedade brasileira, que proporcione impacto positivo na

economia nacional, promova a competição justa e proteja o consumidor, na medida em que

atualmente cresce no mundo inteiro a existência de uma “avaliação da conformidade”. O

IPEM/AM está incumbido de executar a avaliação da conformidade, verificando se os

produtos de certificações expostas nos estabelecimentos apresentam o Símbolo de

Certificação do INMETRO, dentro do Sistema Brasileiro de Certificação. Desta forma, busca

difundir a cultura de qualidade industrial e contribuir para o desenvolvimento das normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, responsável pela criação da grande parte

das normas e regulamentos técnicos no que diz respeito aos aspectos de saúde, segurança e

meio ambiente.

Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica - FUCAPI

Criada como agente de inovação para atuar junto ao PIM, foi pioneira na condução das

novas formas de pensar o desenvolvimento regional. Foi a primeira instituição na Região

Norte a oferecer uma programação regular de cursos de pós-graduação, a partir de 1986, nas

áreas de Eletrônica Digital, Engenharia de Produção, Automação Industrial, Qualidade e

Produtividade, Desenvolvimento de Recursos Humanos e Marketing. Essa atuação foi o ponto

de partida para a implantação, em 1998, do Centro de Ensino Superior Fucapi – CESF, que

oferece os cursos inovadores de Engenharia de Comunicações, Administração com ênfase em

Gestão da Inovação, Análise de Sistemas, Ciência da Computação, Engenharia de Produção

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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Elétrica e Design de Interface Digital. Sua preocupação em promover a educação e

desenvolver os recursos humanos da região reflete-se também na oferta de cursos de curta

duração e treinamentos e na capacitação de seus próprios colaboradores. Privilegiou a busca

pela excelência na prestação de seus serviços, obtendo a certificação ISO 9001:2000 em 2001,

bem como está participando do programa de excelência nos Institutos de Pesquisa coordenado

pela Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa - ABIPTI. Desde 2001, instituiu um

centro tecnológico voltado à adoção de soluções voltadas aos problemas do meio ambiente.

3.6 TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

A melhoria dos processos é um dos primeiros efeitos que poderão ser sentidos a partir

do estudo da cadeia produtiva. Deverá ser criteriosamente estudada a sua racionalização

visando o seu melhor ordenamento, por intermédio das seguintes instituições:

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

Instituição federal vinculada ao MCT que tem dado uma importante contribuição ao

conhecimento científico e tecnológico da Amazônia. No âmbito da ciência seus pesquisadores

têm se dedicado ao estudo da flora, fauna e ambiente, onde esses organismos vivem dentro de

um equilíbrio dinâmico, do qual depende a existência e a preservação desse complexo de

biodiversidade. No âmbito do desenvolvimento de produtos e de tecnologia, sua contribuição

é bastante ampla, devendo-se somar a esse conjunto, os indicativos de base científica que são

os únicos que podem dar suporte às ações e projetos direcionados para o desenvolvimento da

região.

Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias - EMBRAPA

Atualmente denominada Embrapa Amazônia Ocidental, atua no Amazonas desde

1974, por meio do Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Ocidental - CPAA, que

conta com 268 colaboradores. O grupo ocupacional técnico-científico é composto por 56

pesquisadores, 212 empregados na área de apoio e administração. Participante da rede de

centros de pesquisa, a Embrapa é uma empresa pública vinculada ao Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A unidade atende a demandas do mercado local e

regional dentro do programa de agricultura familiar, principalmente com a cultura da

mandioca, cultivo de grãos e olericultura; do mercado nacional, com pesquisas em fruteiras

tropicais, dendê, seringueira, espécies florestais, guaraná e piscicultura; e do internacional,

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

25

com a produção de sementes de dendê. Ao longo de vários anos vêm publicando cerca de

2000 trabalhos técnicos e científicos, em que estão apresentados os resultados de pesquisa

com ênfase ao desenvolvimento tecnológico do setor agropecuário para a região amazônica.

Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Desde a sua criação em janeiro de 1909 recebeu várias denominações e mudanças

institucionais, sendo atualmente chamada de Universidade Federal do Amazonas. Oferece

atualmente 42 cursos de graduação, 11 de pós-graduação stricto sensu e 23 latu sensu. Possui

5 campi na cidade de Manaus e 6 no interior do Estado. A UFAM atua em recursos regionais

nos cursos de graduação de agronomia, ciências biológicas, zootecnia e engenharia florestal.

Atua também por meio de cursos de pós-graduação, entre os quais: mestrado em sistemas

agro florestais, mestrado em ciências ambientais.

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM

As atividades da FAPEAM tiveram inicio em maio de 2003 e desde então, a Fundação

possui articulação com o setor produtivo por meio de Programas com oferta de fomento nas

áreas tradicionais de C &T e inovação em empresas nas seguintes linhas: formação de

recursos humanos pós-graduados, iniciação cientifica, editais universais e temáticos,

subvenção econômica e pesquisa em empresas.

No período de 2003 a 2008 a FAPEAM investiu R$ 136,5 milhões em projetos de

pesquisa e inovação desenvolvidos no Estado do Amazonas.

4. DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Um dos maiores desafios para um salto qualitativo e quantitativo é a falta de maior

organização e integração entre os agentes da cadeia produtiva. De forma mais abrangente é

possível listar os seguintes obstáculos do APL:

• Os produtores encontram-se distribuídos de forma pulverizada nos municípios

selecionados e no restante do estado;

• Inexiste cadastro de produtores (banco de dados) representativos. Esse fato cria

uma grande lacuna no conhecimento da capacidade produtiva do estado, dos danos

ambientais causados, nível tecnológico; perda de oportunidade, geração de postos

de trabalho e renda, etc.;

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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• Não existe o pleno conhecimento do quantitativo e qualitativo de bens e serviços

disponíveis ou necessários à cadeia de produção e comercialização de produtos;

• Custo de produção elevado, devido ao preço dos insumos repassado aos demais

elos da cadeia de produtiva e comercialização e carência de assistência técnica;

• Desorganização dos produtores e falta de conhecimento da área de produção;

• Sensibilização dos produtores para as boas práticas do manejo do

empreendimento, buscando a manutenção da qualidade ambiental e redução dos

impactos ambientais;

• Mapeamento e descrição da cadeia produtiva em cada município;

• Acessibilidade ao crédito.

O conhecimento dos principais desafios, bem como alternativas para a sua solução,

são fatores que vem possibilitando o desenvolvimento com êxito da produção no Estado do

Amazonas. Apesar de ainda incipientes, estes conhecimentos já vem sendo vislumbrados pela

comunidade científica, principalmente por conhecer a importância na geração de renda e

como fonte de alimentação na Amazônia.

Há pesquisas básicas na região, muitas das quais sem aplicação prática de imediato,

não popularizadas nas comunidades. Além disso, os consumidores, para os quais seria de

extrema importância o conhecimento dos valores nutricionais, não tem acesso a essas

informações, posto que muitos não apresentam o selo do Serviço de Inspeção Federal - SIF.

Nesse sentido, as ações planejadas deverão:

• Promover estudos de campo para a adequação ao mercado;

• Proceder ao planejamento anual para a organização das ações futuras;

• Reduzir os custos de produção;

• Dar continuidades aos programas e ações realizadas;

• Ampliar em número e volume os produtos comercializados;

• Ampliar o raio de atuação para outros municípios do Estado do Amazonas;

• Viabilizar a inserção de novos produtores beneficiários nas ações da ADS;

• Capacitar um maior quantitativo de produtores;

• Beneficiar um maior quantitativo de pessoas com o programa de aquisição de

alimentos;

• Ampliar o apoio a realização de eventos e feiras para a divulgação de produtos e

serviços, propiciando a geração de novos negócios e geração de renda, entre

outros.

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Regionais

27

5. RESULTADOS ESPERADOS

Será possível estabelecer um sistema de produção adequado ao segmento, gerando

conhecimento para o acompanhamento com êxito de todo o processo produtivo para as

principais espécies frutíferas beneficiadas no Estado do Amazonas. O conhecimento agregado

poderá ser utilizado tanto por produtores e empresários, como pelos participantes da

agricultura familiar, assim como, o conhecimento de indicadores, possibilitando desta forma,

um ganho de eficiência da produção e a otimização dos recursos financeiros.

O plano deverá dar uma grande contribuição ao desenvolvimento da produção de

polpas, extratos e concentrados de frutas regionais, visto que os conhecimentos gerados darão

subsídios para se estabelecer uma atividade sustentável, quando da implementação de

sistemas de produção com tecnologias adequadas. Este plano contribuirá de forma efetiva

para incrementar a fonte de renda familiar, e para melhoria da qualidade de vida das famílias

envolvidas.

Por outro lado, permitirá a capacitação e formação de recursos humanos em diferentes

níveis (técnicos, produtores, estudantes etc.), a inclusão de produtores no recebimento de

assistência técnica, o acompanhamento sistemático das unidades de cultivo e beneficiamento,

a obediência as indicações técnicas a organização em entidades representativas para a redução

dos custos dos insumos e a comercialização da produção.

De modo mais específico os resultados esperados podem ser visualizados da seguinte

forma:

R1 – Aumento da produção e produtividade nos sistemas de cultivo e nas

unidades de beneficiamento

A1.1 – Aumento do número de produtores e área de cultivo;

A1.2 – Melhoria dos plantios, com utilização de práticas de manejo adequadas (Boas

Práticas de Cultivo - BPC), elevando a produtividade;

A1.3 – Adoção de Boas Práticas de Fabricação – BPF nas unidades de beneficiamento;

A1.4 – Capacitação de produtores e acessibilidade a assistência técnica (ATER)

É importante prever atividades de formação dos recursos humanos (empreendedores e

empregados) envolvidos ou a serem envolvidos. Além disso, conhecer, interpretar e aplicar as

metodologias de produção, exige determinados conhecimentos normativos e técnicos. Dispor,

portanto, da realização de módulos formativos com conteúdos de base e transversais como

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28

cursos sobre Sistemas de Qualidade, Boas Práticas de Cultivo e de Fabricação, Certificação,

Rastreabilidade da Empresa no Arranjo Produtivo e etc.

R2 - Difusão do associativismo e cooperativismo de pequenos produtores

A2.1 – Identificar a concentração de produtores por área geográfica e cadastrar os

produtores e agentes comerciais;

A2.2 – Reunir os produtores para a constituição de cooperativas, fortalecendo a

organização comunitária;

Neste item a atenção deverá se concentrar prioritariamente no quadro normativo

vigente atualmente no Brasil, com a intenção de entender qual impacto causaria a aplicação de

um esquema de associativismo/cooperativismo no sistema produtivo local. Também deverá

ser feita uma avaliação da proposta metodológica pelas cooperativas e tomada de decisão

quanto à formação de um grupo de trabalho. A decisão das cooperativas deve basear-se nas

suas expectativas em relação ao processo e na qualidade das informações que receberam. Essa

decisão deve ser tomada alguns dias após a primeira reunião com os técnicos. A decisão

daqueles que quiserem continuar na caminhada é comunicada aos técnicos por escrito, ocasião

na qual devem ser escolhidos, as pessoas que irão compor o grupo.

Há necessidade de realização, entre outros, de cursos para produtores (associativismo e

cooperativismo, cultivo de peixes, educação ambiental, matemática financeira, etc) e cursos

para profissionais, para o nivelamento na área de aqüicultura que devem participar das

atividades técnicas nos municípios do APL, para homogeneizar o conhecimento específico,

garantindo equilíbrio entre os municípios envolvidos.

R3 - Infraestrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada

A3.1 – Buscar especialistas com conhecimento técnico e de tecnologias disponíveis

para a definição do modelo de estrutura e equipamentos necessários;

A3.2 – Realizar cursos de capacitação da mão-de-obra realizada por especialistas e

técnicos em processos de beneficiamento, armazenagem e embalagem, para agregação

de valor aos produtos;

A3.3 – Solicitar certificação junto aos órgãos competentes;

A3.4 – Investimentos em infra-estrutura e capacitação nas agroindústrias (frigoríficos)

e buscar, utilização de financiamentos e incentivos existentes para investimento no

setor.

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29

Com relação a açao A3.4, sabe-se que certificar um produto significa agregar valor,

que deverá ser percebido pelo consumidor sob a forma de tipicidade e qualidade garantida, e

por parte do produtor sob a forma de um aumento do lucro. Para alcançar este resultado,

deverá ser atuada uma atividade de sensibilização do mercado (interno e exterior) e uma

atividade de promoção (participação em feiras/mercados/exposições internacionais) a fim de

permitir a máxima visibilidade dos produtos certificados. Será importante desenvolver uma

rede entre canais de comercialização e distribuição local e nos países ocidentais interessados

na compra. Esta rede facilitaria a transferência de boas práticas e encorajaria formas de

parceria/participação na administração das empresas amazônicas.

R4- Sistema logístico adequado

A4.1 – Definir pólos com localização ideal para a recepção da produção;

A4.2 – Definir os mercados-alvo para a inserção do produto;

A4.3 – Melhorar a infra-estrutura rodoviária e portuária existente, em função da

melhor logística de distribuição identificada para o escoamento da produção;

A.4.4 – Aquisição de veículos frigorificados para o transporte da produção.

R5 – Redução dos impactos ambientais

A1.1 – Adoção de práticas agrícolas apropriadas a região;

A1.2 – Estímulo a implantação de Sistemas Agroflorestais;

A1.3 – Capacitação e conscientização dos produtores em Educação Ambiental.

R6 – Redução dos custos de produção

A1.1 – Organização/associação comunitária para:

• Redução dos custos de produção com a compra coletiva de insumos;

• Divisão dos custos com ATER privada;

• Divisão dos custos com a comercialização da produção;

A1.2 – Aumento da renda familiar;

A1.3 – Geração de postos de trabalho.

6. INDICADORES DE RESULTADO

Nos países desenvolvidos, a agricultura familiar, na qual se contextualiza também a

fruticultura, contribui com o maior percentual da produção. Esta condição é utilizada como

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indicador de desenvolvimento sócio-econômico desses países. Paradoxalmente, nos países em

desenvolvimento predominam grandes empreendimentos agropecuários, ocupando extensas

áreas de terra, excluindo os pequenos produtores das políticas oficiais, apesar de se

constituírem no maior contingente de produtores e serem responsáveis por uma considerável

parcela da produção de alimentos básicos.

Nesse contexto, fica evidente a importância de se estimular mecanismos de

desenvolvimento na Amazônia em pequenos sistemas produtivos, com efetiva participação

das unidades familiares no processo de produção. Na consolidação desses sistemas é

fundamental o desenvolvimento de procedimentos tecnológicos adequados à realidade sócio-

econômica dos produtores regionais. É importante, também, que neste desenvolvimento

tecnológico sejam tomados os cuidados necessários para minimizar os impactos ambientais.

R1 - Produto adequado aos padrões de mercado exigidos

A1.1 – Melhoria na qualidade dos produtos da cadeia produtiva completa;

A1.2 – Exigências de mercado destino;

A1.3 – Quantidade de técnicos capacitados.

R2 – Cooperativa/Associação de pequenos produtores

A2.1 – Números de produtores e produção anual;

A2.2 – Registros e estatutos aprovados das cooperativas.

R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada

A3.1 – Currículo dos especialistas;

A3.2 – Número de cursos realizados;

A3.3 – Quantidade produzida de polpa, extrato e concentrado;

A3.4 – Número de certificados obtidos;

A3.5 – Linhas de crédito.

R4- Sistema logístico adequado

A4.1 – Pólos de produção;

A4.2 – Mercados potenciais em importação de polpa, extrato e concentrado;

A4.3 – Rodovias pavimentadas e número de portos adequados para recepção e

transporte de perecíveis;

A4.4 - Redução dos impactos ambientais via controle da qualidade da água.

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7. AÇÕES REALIZADAS E EM ANDAMENTO

I) FOMENTO À PESQUISA – FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE APOIO À PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - PIPT. Descrição: Desenvolvimento de tecnologia para produção de bebida fermentada a partir de frutos da Amazônia utilizando leveduras imobilizadas. Coordenação: FAPEAM Início: 2007 Término: 2009 Execução: INPA – Dra. Lilian Pantoja de Oliveira Viabilização financeira: R$ 9.999,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais FAPEAM 9.999,00 100 9.999,00 100

Estaduais

Federais / GTP APL

TOTAL R$ 9.999,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade nos sistemas de cultivo e nas unidades de beneficiamento. Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

II) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O AMAZONAS VERDE - EDITAL TEMÁTICO. Descrição: Novos Antioxidantes Amazônicos para cosméticos e bebidas. Coordenação: FAPEAM Início: 2003 Término: 2006 Execução: INPA-Dra. Cecilia Veronica Nunez Viabilização financeira: R$ 170.207,84

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais FAPEAM 170.207,84 100 170.207,84 100

Estaduais

Federais / GTP APL

TOTAL R$ 170.207,84 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade nos sistemas de cultivo e nas unidades de beneficiamento. Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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III) DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL – DRS. Descrição: Trata-se de um Protocolo de intenções assinado entre o Banco do Brasil e o Governo do Amazonas, que tem por objetivo a convergência de esforços entre os parceiros, com vistas à disseminação e à implementação de ações que promovam o desenvolvimento regional sustentável, nesta situação em específico, verifica-se a verba destinada às ações voltadas para a fruticultura. Coordenação: Banco do Brasil Início: janeiro/2008 Término: dezembro/2013 Execução: Banco do Brasil Viabilização financeira: R$ 10.753.037,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais Governo do Amazonas - 0 - 0

Estaduais - - 0 - 0

Federais / GTP APL

Banco do Brasil 10.753.037,00 100 10.753.037,00

100

TOTAL R$ 10.753.037,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade nos sistemas de cultivo e nas unidades de beneficiamento. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

7.1. AÇÕES COMUNS AOS DEMAIS APLS DO AMAZONAS

I) PROGRAMA AMAZONAS DE APOIO A PESQUISA EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – PAPPE SUBVENÇÃO/FINEP AMAZONAS. Descrição: Apoiar, com recursos financeiros, micro e pequenas empresas interessadas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores. Coordenação: FAPEAM Início: 2008 Término: 2010 Execução: FINEP/SECT/FAPEAM/SEPLAN/AFEAM/SEBRAE-AM/IEL/IDAM Viabilização financeira: R$ 6.000.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

SEPLAN 1.000.000,00 25 25

FAPEAM 1.000.000,00 25 25 Estaduais SECT, SEBRAE,

AFEAM, IEL, IDAM

Federais / GTP APL

FINEP 4.000.000,00 50 50

TOTAL R$ 6.000.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Agregar valor e diversificar produtos de modo a ampliar a participação em mercados mais distantes (inclusive mercado exterior).

Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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II) PROGRAMA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – PIT. Descrição: Apoiar, com recursos financeiros, micro e pequenas empresas interessadas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores. Coordenação: FAPEAM Início: 2008 Término: 2010 Execução: SECT/FAPEAM Viabilização financeira: R$ 2.500.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM, SECT 2.500.000,00 100 100

Federais / GTP APL

TOTAL R$ 2.500.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Agregar valor e diversificar produtos de modo a ampliar a participação em mercados mais distantes (inclusive mercado exterior). Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

III) PROGRAMA DE APOIO A INCUBADORAS – INCUBADORAS/AM. Descrição: Apoiar empreendimentos para criação ou continuidade de novos negócios, ou ainda, braços de P&D de pequenas e médias empresas, que tenham interesse em desenvolver produto ou serviços em incubadoras. Coordenação: FAPEAM Início: 2008 Término: 2010 Execução: SECT/FAPEAM Viabilização financeira: R$ 1.500.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM, SECT 1.500.000,00 100 100 Federais / GTP

APL TOTAL R$ 1.500.000,00

Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Agregar valor e diversificar produtos de modo a ampliar a participação em mercados mais distantes (inclusive mercado exterior). Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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IV) PROJETO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE

Viabilização financeira: R$ 1.562.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 1.562.000,00 100 1.562.000,00 100

Estaduais Federais /

GTP APL

TOTAL R$ 1.562.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 – Infraestrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.2 – Promover cursos de capacitação da mão-de-obra, realizados por especialistas e técnicos em processos e produtos para agregação de valor aos produtos. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação. V) DISSEMINANDO A CULTURA DA COOPERAÇÃO. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE

Viabilização financeira: R$ 800.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 800.000,00 100 800.000,00 100

Estaduais

Federais / GTP APL

TOTAL R$ 800.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produtividade. A1.1 – Investimento em projetos de pesquisa para o desenvolvimento do APL; A1.3 – Capacitar a mão-de-obra envolvida no processo. Item que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

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VI) A GENTE SABE A GENTE FAZ. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE

Viabilização financeira: R$ 150.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 150.000,00 100 150.000,00 100

Estaduais

Federais / GTP APL

TOTAL R$ 150.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produtividade. A1.1 – Investimento em projetos de pesquisa para o desenvolvimento do APL; A1.3 – Capacitar a mão-de-obra envolvida no processo. Item que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

VII) EXPANSÃO DAS AÇÕES DE ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010

Execução: SEBRAE Viabilização financeira: R$ 250.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 200.000,00

50.000,00 Estaduais

Federais / GTP APL

TOTAL R$ 250.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 – Infraestrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.2 – Promover cursos de capacitação da mão-de-obra, realizados por especialistas e técnicos em processos e produtos para agregação de valor aos produtos. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

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VIII) IMPLANTAÇÃO DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITOS. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE Viabilização financeira: R$ 40.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 40.000,00 100 40.000,00 100

Estaduais

Federais / GTP APL

TOTAL R$ 40.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R2 – Difusão do associativismo e cooperativismo. A2.1 – Identificar a concentração de empreendimentos nos municípios trabalhados; A2.2 – Reunir os empreendimentos para a constituição de cooperativas. Item que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

IX) ESTUDO DIAGNÓSTICO DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS DO ESTADO DO AMAZONAS. Descrição: Atualização de informações sobre os APLs do Estado Coordenação: Aguimar Vasconcelos Simões – NGTC

Início: nov/2006 Término: maio/2008

Execução: Núcleo de Gestão Tecnológica Compartilhada - NGTC SECT/AM Viabilização financeira: R$ 18.408,35

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais FEPI, SEMED - - -

Estaduais SECT, FAPEAM, UEA 18.408,35 100 18.408,35 100

Federais / GTP APL

UFAM, EAFM -

TOTAL R$ 18.408,35 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade, visando ampliar o mercado, com produto padronizado e certificado. Item que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

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X) REALIZAÇÃO DO I SEMINÁRIO ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Descrição: integração dos atores locais envolvidos com APL’s e divulgação do conhecimento obtido através dos estudos, pesquisas e diagnósticos pertinentes ao assunto. Coordenação: Núcleo de Gestão Tecnológica Compartilhada – NGTC

Início: 20/09/06 Término: 21/09/06

Execução: SECT/AM Viabilização financeira: R$ 52.086,88

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais UEA, FUCAPI - - -

Estaduais FAPEAM, SECT,

SEPROR 52.086,88 100 - 100

Federais / GTP APL

SUFRAMA, INPA, EMBRAPA

-

TOTAL R$ 52.086,88 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade, visando ampliar o mercado, com produto padronizado e certificado. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

8. AÇÕES PREVISTAS

8.1 PRIORITÁRIAS

I) MINI AGROINDÚSRIA DE PROCESSAMENTO DE FRUTAS REGIONAIS EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS. Descrição: Construção de 03 (três) mini-agroindústrias de processamento de frutas regionais em Municípios do Estado do Amazonas destinadas à produção de polpas de frutas, nas quais adotar-se-ão procedimentos adequados nas etapas de processamento com vistas a um produto final de boa qualidade e com valor agregado. Nas localidades de Puraquequara, Tarumã-Mirim e Careiro Castanho. Coordenação: SEPROR Início: APDO Término: APDO (12 meses) Execução: SEPROR Viabilização financeira: R$ 629.688,65

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Municipais Pref. M. Careiro Castanho

Estaduais IDAM, SEPLAN,

SEPROR 62.968,87

Federais / GTP APL

EMBRAPA, MDIC 566.719,78

629.688,65 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

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8.2. COMUM AOS DEMAIS APL’S DO AMAZONAS I) SISTEMA DE INFORMAÇÕES CADASTRAIS DO NÚCLEO ESTADUAL DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS DO AMAZONAS – NEAPL/AM. Descrição: Esta ferramenta tem por objetivo, cadastrar as Sociedades Empresárias que compõem os APL’s selecionados pelo NEAPL, unificando as informações em âmbito Estadual e visando gerar informações que subsidiarão a definição de políticas públicas e o planejamento de ações de fomento os setores. Coordenação: SEPLAN/NEAPL/DDR Início: 2009 Término: 2010 Execução: NEAPL/AM Viabilização financeira:

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais Estaduais SEPLAN,PRODAM Federais / GTP APL

GTP APL

TOTAL R$ Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. A3.2 – Realizar cursos de capacitação da mão-de-obra realizada por especialistas e técnicos em processos de beneficiamento, armazenagem e embalagem, para agregação de valor aos produtos..

IItem que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

II) REALIZAÇÃO DO II SEMINÁRIO ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Descrição: Integração dos atores locais envolvidos com APL’s e divulgação do conhecimento obtido através dos estudos, pesquisas e diagnósticos pertinentes ao assunto. Coordenação: SECT/AM e NEAPL/ AM Início: 2009 Término: 2009 Execução: SECT/AM Viabilização financeira:

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM

Federais / GTP APL

GTP APL

TOTAL R$ 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

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8.3. DEMAIS AÇÕES PREVISTAS

I) CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE CENTROS PRODUTIVOS AGROINDUSTRIAIS. Descrição: Construção e implantação de agroindústrias para processamento de frutas regionais Coordenação: SEPROR Início: janeiro/2008 Término:

dezembro/2013 Execução: SUFRAMA e SEPROR Viabilização financeira: R$ 1.200.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais SEPROR 200.000,00 20 200.000,00 20

Federais / GTP APL

SUFRAMA 1.000.000,00 80 1.000.000,00 80

TOTAL R$ R$ 1.200.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infraestrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. A3.4 – Investimentos em infra-estrutura e capacitação nas agroindústrias (frigoríficos) e buscar, utilização de financiamentos e incentivos existentes para investimento no setor. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

II) CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE CENTROS PRODUTIVOS AGROINDUSTRIAIS. Descrição: Aquisição de equipamentos e material permanente para indústria de beneficiamento de polpas de frutas. Coordenação: SEPROR Início: 2008 Término: 2009 Execução: SEPROR Viabilização financeira: R$ 535.500,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais SEPROR 25.500,00 5 25.500,00 5 SUFRAMA 510.000,00 95 510.000,00 95 Federais /

GTP APL 100 TOTAL R$ 535.500,00 100

Ação relacionada ao resultado nº: R3 – Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

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III) ORGANIZAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DOS PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL. Descrição: Estruturação da cadeia produtiva do cupuaçu no Estado do Amazonas. Coordenação: SEPROR Início: 2008 Término: 2010 Execução: EMBRAPA Viabilização financeira: R$ 448.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais SEPROR 182.000,00 40 182.000,00 100

Federais / GTP APL

SUFRAMA 266.000,00 60

266.000,00 100

TOTAL R$ 448.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

IV) ORGANIZAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DOS PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL. Descrição: Produção de sementes e mudas de hortaliças, fruteiras, fibras vegetais (juta e malva) e essências florestais. Coordenação: SEPROR Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEPROR/SUFRAMA Viabilização financeira: R$ 1.227.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais SEPROR 127.000,00 10 127.000,00 100

Federais / GTP APL

SUFRAMA 1.100.000,00 90

1.100.000,00 100

TOTAL R$ 1.227.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

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V) APRIMORAMENTO DE INFRAESTRUTURA Descrição: Construção e Implementação de uma central de comercialização. Coordenação: SEPROR Início: 2009 Término: 2010

Execução: SEPROR Viabilização financeira: R$ 11.075.560,39

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais 100 100

Estaduais SEPROR 27.200,00 0,25 100

Federais / GTP APL

SUDAM 11.048.360,39 99,75 100

TOTAL R$ 11.075.560,39 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

VI) APRIMORAMENTO DE INFRAESTRUTURA Descrição: Despolpadora de Frutas. Coordenação: SEPROR Início: 2008 Término: 2009 Execução: SEPROR Viabilização financeira: R$ 150.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais 100 100

Estaduais SEPROR 150.000,00 100 100

Federais / GTP APL

100

TOTAL R$ 150.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

VII) EXPANSÃO DA AGROINDÚSTRIA Descrição: Proagro - Programa de Atração de Agroindústrias. Coordenação: SEPROR Início: 2009 Término: 2010 Execução: SEPROR Viabilização financeira: R$ 100.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais 100 100

Estaduais SEPROR/CIAMA 100.000,00 100 100

Federais / GTP APL

100

TOTAL R$ 100.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade nos sistemas de cultivo e nas unidades de beneficiamento. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

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VIII) APRIMORAMENTO DE INFRAESTRUTURA Descrição: CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE UMA CENTRAL DE ANÁLISE. Coordenação: SEPROR Início: 2009 Término: 2010 Execução: SEPROR Viabilização financeira: R$ 4.082.051,98

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais 100 100

Estaduais SEPROR 277.450,26 6,8% 100

Federais / GTP APL

SUDAM 3.804.601,72 93,20% 100

TOTAL R$ 4.082.051,98 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

IX) EXPANSÃO DA AGROINDÚSTRIA Descrição: Beneficiamento de Frutas Regionais Coordenação: SEPROR Início: 2009 Término: 2009 Execução: SEPROR Viabilização financeira: R$ 2.000.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais 100 100

Estaduais SEPROR 2.000.000,00 100 100

Federais / GTP APL

100

TOTAL R$ 2.000.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade nos sistemas de cultivo e nas unidades de beneficiamento. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

9. GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO

A gestão do plano é de responsabilidade do NEAPL, com todos os seus membros, que

possui uma coordenadoria executiva sediada na SEPLAN, que conduz o processo de reuniões

e sistematização de informações, em parceria com a SEPROR que fornece o provimento de

calendários de visitas aos municípios dos APL’s, e em alguns casos, do deslocamento de

representantes institucionais ou da sociedade civil organizada até os municípios onde os

APL’s serão executadas.

A metodologia proposta prevê atividades de processamento industrial, transferência de

tecnologia, entre outros. O desenvolvimento implicará num processo de transformação social,

econômico e cultural, em que os beneficiários irão torna-se sujeitos dinâmicos no processo.

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Esta transformação deverá ser obtida pelo conhecimento destes sobre a sua realidade e pela

sua inserção em formas inovadoras de organização que favorecerão a participação no sentido

de obter níveis de vida condizentes com as exigências da sua natureza.

A participação dos pequenos produtores significa o rompimento das relações de

dependência para recuperar a capacidade em transformar suas realidades, compartilhando-se o

poder e estabelecendo-se parcerias (Ingles et al., 1999). Para tanto, os diferentes atores sociais

envolvidos no processo interagem e dialogam em encontros de interface (Long, 1989). As

relações entre os agentes serão processadas mediante um caráter de dialogicidade, onde os

conhecimentos e experiências dos elementos contidos no processo deverão ser considerados a

partir do respeito e esforço de compreensão dos valores dados e existentes na cultura popular

enquanto referência das ações.

Para tal, deverá ocorrer a compreensão dos mecanismos geradores dos problemas para

superar as causas reais dos mesmos (consciência crítica) e não somente a identificação dos

problemas e carências no sentido de propor soluções locais e viáveis (consciência programa).

Desta maneira, a participação é um processo que envolve a conscientização para criar canais

de articulação dos problemas locais com as condições estruturais, além das ações imediatas

para melhoria das condições.

Como estratégia metodológica da intervenção, optou-se pela abordagem sistêmica

devido à existência de interdependências entre os componentes que participam do segmento.

A base conceitual da abordagem sistêmica a ser utilizada (Morin, 1998) tem em seu conteúdo

fundamental os conceitos de sistema, interações e organização do sistema.

Desta forma, com esta aliança, envolvendo as instituições parceiras, espera-se

consolidar e disseminar o arranjo produtivo, de modo técnico, com a adoção de metodologias

adequadas, para atendimento do mercado demandante regional, nacional e internacional,

culminando com o resgate, através da inserção sócio-econômica, da dignidade do produtor do

interior.

"Todos têm direito ao meio ambiente, ecologicamente equilibrado, bem de uso comum

do povo e essência a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o

dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

(C.F. cap.6, art.225)

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10. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Uma articulação estreita entre os protagonistas foi o critério utilizado para estabelecer

as parcerias, focalizando como primordial para o sucesso do plano, distribuir as atividades

entre as instituições com maior experiência na área enfocada. Desta forma, será feito um

acompanhamento integral e continuado de cada ação quanto à gestão de seus recursos, de seus

cronogramas, e da manutenção das informações atualizadas. Ainda, deverá ocorrer o

envolvimento direto dos beneficiários da atividade em todas as fases do plano, transferindo

desta forma aos participantes todas as informações necessárias à condução da atividade,

formando, desse modo, agentes multiplicadores.

Assim, todas as instituições envolvidas deverão acompanhar as ações de natureza

geral, como, o acompanhamento dos plantios, a formação de recursos humanos, a

transferência de tecnologia, entre outros. Deverá ser dada prioridade ao acompanhamento de

todos os aspectos relacionados com o APL, envolvendo a produção a partir da coleta dos

frutos a serem beneficiados. Desta ação deverão decorrer todas as demais relativas ao controle

e avaliação sistemática, com vista à correção das distorções.

Portanto, o acompanhamento da execução deste plano exigirá o apoio de todos os

envolvidos, proporcionando as inversões físicas e humanas, aliadas da classe

empresarial/empreendedores, que, com recursos reembolsáveis ou não, poderá destinar

investimentos para a melhoria do segmento. O acompanhamento e a avaliação serão

conduzidos por intermédio dos seguintes meios de verificação:

R1 - Produto adequado aos padrões de mercado exigidos

A1.1 – Tecnologia disponível;

A1.2 – Pesquisa de mercado;

A1.3 – Número de certificados expedidos.

R2 - Cooperativa de pequenos produtores

A2.1 – Pesquisa do IDAM, SESCOOP/OCB;

A2.2 – Tabulação de questionários e registro em cartório.

R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada

A3.1 – Sistema de currículo Lattes (CNPQ) ou similar;

A3.2 – Certificados expedidos;

A3.3 – Volume de produção;

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A3.4 – Levantamento de empresas certificadas (APPCC);

A3.5 – Levantamento no mercado financeiro.

R4- Sistema logístico adequado

A4.1 – Secretaria de Produção Rural – SEPROR;

A4.2 – Brazil Trade Net (Ministério das Relações Exteriores - MRE); A4.3–Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes -

DNIT/Administração de Portos.

Ao lado deste plano, sumariamente descrito, seria oportuno dispor de um plano de

viabilidade para a criação de um organismo de certificação de produto no Estado do

Amazonas, que opere em conformidade com a Guia ISO/IEC 65/1996 no agroalimentar e

agroindústria. Tendo já operado em outras realidades, os parceiros deste plano poderiam

fornecer consultoria para projetos específicos e assistência até o star-up operacional do

organismo. Caso exista, formular o pedido de credenciamento do novo organismo à

Organização Brasileira de Credenciamento.

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REFERÊNCIAS

BUARQUE, Sérgio C. Metodologia de planejamento do desenvolvimento local e municipal sustentável. Brasília. 1999. BECKER, H. S. Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Hucitec, 1993. BNDES – Banco de Desenvolvimento Econômico e Social. Arranjos Produtivos Locais e Desenvolvimento. Rio de Janeiro, Área de Planejamento e Departamento de Produtos – DEPRO, 2004. BOISIER, S. Sociedad del conocimiento, conocimiento social y gestión territorial. Revista Internacional de Desenvolvimento Local – Interações, Universidade Católica Dom Bosco/MS, Castro. A. M. G. de. Cadeia Produtiva e Prospecção Tecnológica como Ferramentas para a

Gestão da Competitividade. CASSIOLATO, J. E., LASTRES, H. M. M. e SZAPIRO, M. Arranjos e Sistemas Produtivos Locais e Proposições de Políticas de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico. Rio de Janeiro, REDESIST (www.ie.ufrj.br/redesist), Bloco 3, Nota Técnica 27, Dezembro de 2000. COSTA, M. L. As Pequenas e Médias Empresas no Desenvolvimento Local: Conceitos e Experiências. GUIMARÃES, N. A. e MARTIN, S. (org.), Competitividade e Desenvolvimento: Atores e Instituições Locais. São Paulo, Ed. SENAC/SP, 2001. Federação das Indústrias do Estado do Amazonas – FIEAM/Assessoria das Coordenadorias Técnicas (Arquivo). Manaus. Governo do Estado do Amazonas - SDS/IPAAM e SEDUC. Relatório Síntese da Pré-Conferência Estadual de Meio Ambiente. Manaus, nov/2003. História do Município do Careiro. Disponível em: <http://portalamazonia.globo.com/artigo_amazonia_az.php?idAz=712>. Acesso em: 03. set. 2008. História do Município de Codajás. Disponível em: <http://www.aam.org.br/aam/municipio/historia.asp?iIdMun=100113021>. Acesso em: 03. set. 2008. História do Município de Codajás. Disponível em: <http://www.ferias.tur.br/informacoes/220/codajas-am.html> Acesso em: 03. set. 2008. História do Município de Maués. Disponível em: <http://www.aam.org.br/aam/municipio/historia.asp?iIdMun=100113012>. Acesso em: 03. set. 2008. História do Município de Urucará. Disponível em: <http://www.aam.org.br/aam/municipio/historia.asp?iIdMun=100113061>. Acesso em: 03. set. 2008.

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Informações sobre Autazes: Disponível em: <http://www.cidades.com.br/cidade/autazes>. Acesso em: 26. ago. 2008. MESSNER, D. Dimensiones espaciales de la Competitividade Internacional. Revista Latino - Americana de Estudios del Trabajo, ano 2, n. 3, pp. 13-40, 1996. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA. Governo do Estado do Amazonas. “Potencialidades do Estado do Amazonas”. Manaus, dez/2001.

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ANEXOS

MUNICÍPIO DE ITACOATIARA

Este município está localizado a leste do Estado, na margem esquerda do rio

Amazonas, a 266km de Manaus pela Rodovia Am-010. O nome de Itacoatiara é um vocábulo

procedente do Tupi ou nheengatu, língua indígena que, segundo Octaviano Mello, dá origem

a Ita = pedra, mais Coatiara = gravado, escrito, esculpido, pintada (Coatiara); Itacoatiara =

Pedra Pintada.

O município, que está a 18 metros acima do nível do mar, apresenta um relevo com

pequena elevação do terreno (formação rochosa) e o clima comum ao estado, equatorial

quente e úmido, com máxima de 40ºC e mínima de 23ºC, o que determina uma média de

27,1ºC.

O município possui um vasto calendário festivo: carnaval, aniversário da cidade,

festivais de música (FECANI e FESTIM), Festival Folclórico, Exposição Agropecuária do

Médio Amazonas, Festa de São Pedro e a Festa de Nossa Senhora do Rosário.

A economia do município apresenta as seguintes atividades:

Pecuária - criação de bovinos e suínos é bastante significativa.

Agricultura - culturas temporárias; mandioca, feijão, milho, cana-de-açúcar, juta e

malva. Culturas permanentes; cacau, café, coco, laranja, guaraná, mamão e limão. A

Prefeitura em parceria com a EMBRAPA e IDAM, entregou e acompanhou com

desenvolvimento técnico a iniciativa privada, o total de 10 (dez) milhões de mudas de

pupunhas variadas, para serem plantadas e dar sustentação na ampliação da produção de

palmitos. Foram distribuídas também, gratuitamente, 100 mil mudas de cupuaçu e 20 mil

mudas de cacau, a fim de proporcionar mais três opções para a agricultura.

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Numa parceria entre o Governo do Estado, Grupo Hermasa e Prefeitura de Itacoatiara,

foi plantado em caráter experimental 20 hectares de feijão de cinco variedades, entre os quais,

o caupi (feijão de praia) e o faizelo (feijão do sul), além de 40 hectares de arroz caipó.

Avicultura – Conta com um bom plantel de galinhas, patos, perus, codornas, marrecos,

que gera produção de carne para consumo local e fornecimento para outros municípios.

Pesca – Destaca-se como entreposto de pesca, tanto para consumo local, como para

exportação. Peixes: tambaqui, tucunaré, sardinha, jaraqui, curimatã, pacu...

Extrativismo Vegetal – concentra-se principalmente na borracha, gomas não elásticas,

madeira, essência de pau – rosa, óleo de copaíba, castanha, cumarú e cipó – titica.

Indústria – Terminal Graneleiro, produção de minerais não-metálicos, madeireira,

mobiliário, produtos alimentares, material de transporte, material elétrico e de comunicação,

borracha, química, perfumaria, sabões e velas, têxtil, vestuário, calçados, bebidas, serviços de

construção, editorial e gráfica.

Setor terciário – hotéis, restaurantes, comércio atacadista e varejista, bancos, turismo,

serviços de utilidade pública.

O município possui um porto movimentado, que faz parte do corredor de transporte da

Amazônia, servindo de escoamento da soja e seus derivados.

Área 8.892 Km2 Distância/Manaus Fluvial: 201 Km (IBGE) Aérea: 175 Km (IBGE) População Urbana: 46.465 hab. (IBGE/2000) Rural: 25.640 hab. (IBGE/2000)

2000 Total: 72.105 hab. (IBGE/2000) População estimada em 2004 78.425 hab. (IBGE/2004) Densidade demográfica 8,11 Hab/km2 (IBGE/2000) Taxa de crescimento 2,45 (IBGE/2000) IDH 0,711 (IBGE/2000) Classificação IDH 2.787 (IBGE/2000) Educação Básica Urbana 21.604 alunos (SEDUC/2003) Rural 8.516 alunos (SEDUC/2003) Número total de escolas 163 (SEDUC/2003) Ensino Superior 1.043 alunos (UEA/UFAM/2002) Eleitores 49.954 (TRE/2004) Número de leitos – total 106 (SIH-SUS/2002) Número de Empresas 1.494 Junta Comercial /AM – 2004 Produto Interno Bruto – PIB 198,55 R$milh. (IBGE/2002) PIB per capita 2.632,37 R$ 1,00 (IBGE/2002) Principais produtos Mandioca, laranja, abacaxi, arroz, milho, pescado,

bovinos, suínos, ovinos, aves e ovos de galinha

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Programas Institucionais Banco do Brasil (DRS), Ministério das Cidades (PMSS)

Número de domicílios: 9.287 Dom (Levantamento de campo/2003) Cobertura – Água SAAE - Serviço Autônomo de Águas e Esgotos Volume Produzido 363 L/s (Levantamento de campo/2003) Tratamento 363 L/s (Levantamento de campo/2003) Volume de reservação 1435 m³ (Levantamento de campo/2003) Nº de ligações 10.905 Unid. (Levantamento de campo/2003) Déficit Urbano 15,01 % (IBGE/2000) Sistema de esgoto não há (Levantamento de campo/2003)

MUNICÍPIO DE MANACAPURU

Com uma área de 7.062 Km2 e localizado à margem esquerda do Solimões, a apenas

80km de Manaus, é considerado o centro da sub-região do Rio Negro/Solimões. A sede do

município é pequena, porém dotada de uma significativa infra-estrutura, cercada por

paisagem, onde se encontram lagos, rios e fazendas.

Manacapuru é uma palavra de origem indígena, formada pelas expressões Manacá

(planta brasileira da família das dicotiledôneas gamopítalas, que em tupi significa Flor e Puru

= matizado, ou seja, Flor Matizada.

Sua economia baseia-se na pecuária de corte e na agricultura, com produção de

mandioca, maracujá, milho, melancia, cupuaçu, feijão e hortaliças, aproveitando as terras da

várzea e terras mais altas:

Pecuária: criação de bovinos, suínos, eqüinos.

Agricultura: culturas temporárias; mandioca, malva, arroz, milho, cana-de-açúcar,

feijão, batata-doce, juta. culturas permanentes; abacaxi, abacate, banana, manga, laranja,

limão.

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Avicultura: restrita ao criatório de galinhas, patos e perus, para consumo familiar, sem

representatividade econômica.

Pesca: Artesanal, com órgão representativo da classe a Colônia de Pesca Z-9. Peixes:

tambaqui, jaraqui, tucunaré, dourado, etc. A produção destina-se ao consumo local e a capital

do Estado.

Piscicultura: existem vários viveiros de peixes, com grande quantidade de alevinos.

Extrativismo Vegetal: concentra-se principalmente na borracha, madeira, gomas não

elásticas, castanha, óleo de copaíba.

Indústrias: extração de minerais, produção de minerais não metálicos, metalurgia,

material elétrico e de comunicação, material de transporte, madeireira, mobiliário, borracha,

perfumaria, sabões e velas, têxtil, produtos alimentares, editorial e gráfica, serviços de

utilidade pública (energia).

Setor Terciário: Hotéis, restaurantes, comércios atacadistas e varejistas, bancos,

prestação de serviço, turismo.

O município realiza a Festa de São Pedro do Miriti, Festa de Santo Antônio, Festival

da Ciranda, o aniversário (16/07) e o carnaval de rua.

Área 7.329,2 Km2 (IBGE) Distância/Manaus Fluvial: 88 Km (IBGE) Aérea: 70 Km (IBGE) Terrestre 84,00 Km (IBGE) População Urbana: 47.662 hab. (IBGE/2000) Rural: 26.033 hab. (IBGE/2000)

2000 Total: 73.695 hab. (IBGE/2000) População estimada em 2004 81.518 hab. (IBGE/2004) Densidade demográfica 10,05 Hab/km2 (IBGE/2000) Taxa de crescimento 3,16 (IBGE/2000) IDH 0,663 (IBGE/2000) Classificação IDH 3.555 (IBGE/2000) Educação Básica Urbana 20.402 Alunos (SEDUC/2003) Rural 9.231 Alunos (SEDUC/2003) Número total de escolas 191 (SEDUC/2003) Ensino Superior 937 Alunos (UEA/UFAM/2002) Eleitores 45.443 (TRE/2004) Número de leitos – total 54 (SIH-SUS/2002) Número de Empresas 1.077 Junta Comercial /AM – 2005 Produto Interno Bruto – PIB 187,70 R$milh. (IBGE/2002) PIB per capita 2.412,34 R$ 1,00 (IBGE/2002) Principais produtos Mandioca, malva, juta, milho, pescado, bovino, suíno,

ovinos, aves e ovos de galinha

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Programas Institucionais SEBRAE-AM (DLIS), Banco do Brasil (DRS), Ministério das Cidades (PMSS)

Número de domicílios: 8.835 Dom (Levantamento de campo/2003) Cobertura – Água COSAMA Volume Produzido 150 L/s (Levantamento de campo/2003) Tratamento 150 L/s (Levantamento de campo/2003) Volume de reservação 1.390 m³ (Levantamento de campo/2003) Nº de ligações 3.191 Unid. SAAE Déficit Urbano 28,00 % (IBGE/2000) Sistema de esgoto não há (Levantamento de campo/2003)

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE FIGUEIREDO

O município de Presidente Figueiredo, assim denominado em homenagem ao primeiro

presidente da Província do Estado do Amazonas, João Baptista de Figueiredo Tenreiro

Aranha, foi criado em 10 de dezembro de 1981. Suas origens se prendem principalmente a

Novo Airão e Itapiranga, dos quais foi desmembrada a maior parte do território, bem como a

Manaus, cuja vizinhança foi fator influente no desenvolvimento da região, pois é cortado, no

sentido Sul-Norte, pela Rodovia Federal BR-174 (Manaus/AM – Boa Vista/RR), rodovia que

está totalmente pavimentada com boas condições de tráfego.

O Bioma Amazônia, que abriga a maior floresta do mundo, também insere um módulo

continental de incomparáveis monumentos cênicos; esta região localiza-se no município de

Presidente Figueiredo.

De acordo com estudos científicos, cerca de 3.000 km2, estão assentados sobre rochas

areníticas de origem marinha, daí o reconhecimento como “Amazônia marinha”, responsável

pela formação de dezenas de cachoeiras, corredeiras, cavernas e grutas. O relacionamento

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Homem/ Natureza foi tão expressivo na região que é possível encontrar sítios arqueológicos

de mais de 2000 anos.

Seus aspectos sócio-econômicos baseiam-se principalmente na exploração mineral,

extrativismo e turismo com uma forte tendência a exploração racional dos recursos naturais.

Pecuária: Criação de bovinos, caprinos, eqüinos, e suínos.

Agricultura: Culturas Temporárias – mandioca, macaxeira, arroz, feijão, milho, cana-

de-açúcar. Culturas Permanentes – abacaxi, melancia, abacate, banana, laranja, mamão,

cupuaçu, pupunha.

Avicultura: Restrita ao criatório de galinhas, para consumo familiar.

Pesca: Concentra-se na Vila de Balbina, no grande lago que a hidrelétrica formou e no

próprio rio Uatumã. Criação de alevinos em açudes. Existe colônia de pescadores que se

dedicam à pesca do tucunaré.

Extrativismo Vegetal: Extração de Madeira;

Extrativismo Mineral: pedras, minérios de cassiterita e estanho;

Reservas Minerais: columbita, tantalita, criolita e ziconita.

Indústrias: serrarias, guaraná, destilaria, álcool e aguardente. Gelo e serviços de

utilidades públicas (energia).

Setor Terciário: Hotéis, restaurantes, comércios atacadistas e varejistas, banco,

prestação de serviços, turismo.

Observa-se que a população tem uma tendência mais rural que urbana, pois são mais

de 30 (trinta) comunidades distribuídas ao longo das rodovias BR-174 e AM-240, com uma

carência por equipamentos públicos comunitários, do tipo: escolas, sistemas de tratamento de

água e esgoto, ou seja, infra-estrutura básica. Outra carência é a oferta de emprego e geração

de renda, decorrentes de uma falta de interação dos setores primários, secundários e terciários

existentes no município.

Área 25.422.2 Km2 (IBGE) Distância/Manaus Fluvial: - Km (IBGE) Aérea: 107 km (IBGE) População Urbana: 8.407 hab. (IBGE/2000) Rural: 8.987 hab. (IBGE/2000)

2000 Total: 17.394 Hab. (IBGE/2000) População estimada em 2004 22.273 Hab. (IBGE/2004) Densidade demográfica 0.88 Hab/km2 (IBGE/2000) Taxa de crescimento 11,21 (IBGE/2000) IDH 0,741 (IPEA/2000) Classificação IDH 2123 (IPEA/2000)

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Educação Básica Urbana 4.872 Alunos (SEDUC/2003) Rural 4.077 Alunos (SEDUC/2003) Número total de escolas 40 (SEDUC/2003) Ensino Superior 195 (UEA/ UFAM/2002) Eleitores 13.601 (TRE/2004) Número de leitos – total 28 (SIH-SUS/2002) Número de Empresas 709 Junta Comercial /AM – 2005 Produto Interno Bruto - PIB 52,87 R$milh. (IBGE/2002) PIB per capita 2.648,73 R$ 1,00 (IBGE/2002) Principais produtos Cana-de-açúcar, laranja, coco, milho, banana, pescado,

bovinos, suínos, ovinos, aves e ovos de galinha Programas Institucionais SEBRAE-AM (DLIS), Ministério das Cidades (PMSS) Número de domicílios: 2.270 dom (Levantamento de campo/2003) Cobertura – Água SAAE - Serviço Autônomo de Águas e Esgotos

Volume Produzido 29,5 L/s (Levantamento de campo/2003) Tratamento 29,5 L/s (Levantamento de campo/2003) Volume de reservação 300 m³ (Levantamento de campo/2003) Nº de ligações 1.600 Unid. (Levantamento de campo/2003) Déficit Sede 17,09 % (Levantamento de campo/2003) Sistema de esgoto Parcial (Levantamento de campo/2003)

MUNICÍPIO DE RIO PRETO DA EVA

O município de Rio Preto da Eva está situado na margem esquerda do rio Amazonas, a

60km de distância de Manaus em linha reta, com uma altitude de 21m acima do nível do mar.

Rio Preto da Eva faz divisa com os municípios de Itapiranga, Itacoatiara, Manaus e Presidente

Figueiredo. As coordenadas geográficas da sede são: 03º 07’06’’ latitude Sul e 59º 41’56’’

longitude oeste.

No município o clima predominante é o tropical, do tipo quente e úmido, com

ocorrências de chuvas no decorrer do ano e uma estação seca de pequena duração. Tanto a

temperatura como a precipitação sofre um mínimo de variação anual e mantém-se em nível

elevado. A temperatura média é de 25ºC. Os meses mais quentes do ano são agosto, setembro,

outubro e novembro. A precipitação pluviométrica anual é de 2.316 mm, sendo julho o mês

mais seco do ano, com uma média de chuvas em torno de 50 mm. A umidade relativa do ar

varia de 85% a 90%.

Os solos predominantes na área compreendida pelo município de Rio Preto da Eva são

os do tipo Latossolos Vermelho Amarelo Distróficos e com categoria Hidromórfica. Estes

solos são de baixa fertilidade, com características arenosas, apresentando elevado índice de

permeabilização.

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Embora a fertilidade desse solo seja baixa, apresenta condições físicas boas,

prestando-se para a exploração de culturas de ciclo longo, como guaraná e dendê e também

culturas de ciclo curto como mandioca e cana-de-açúcar, desde que sejam aplicados insumos

apropriados e adotadas práticas adequadas de manejo.

O relevo da área apresenta-se, de maneira geral, como plano e com leve ondulação,

contendo algumas planícies aluviais, periodicamente inundadas. A topografia é semiplana,

representada predominantemente pela unidade Morfoestrutural da Planície Amazônica.

É uma região de terra pouco elevada, que recobre ecossistemas contendo grandes

variações quanto a biomassa vegetal, animal e a seu aproveitamento agrícola.

A rede hidrográfica do município pertence à bacia do rio Negro, que tem como

afluente o rio Preto além dos rios Urubu, Uatumã e vários outros igarapés que cortam a área

em vários sentidos com sistemas de águas pretas e brancas.

O município apresenta uma cobertura vegetal constituída por uma Floresta Pluvial

Tropical, caracterizada pelo contato das Formações Pioneiras, com florestas que mostram um

dossel fechado e uniforme, com espécies arbóreas variadas de porte mediano (com altura

entre 25 m e 35 m) e por vezes interrompida pela floresta aberta com palmeiras.

Ocorrem na área do município de Rio Preto da Eva, várias espécies de animais que

estão incluídos na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção,

como por exemplo, guaruba - Guaruba guarouba, cachorro-do-mato-vinagre - Speothos

venaticus, gavião real - Harpia harpyja, mutum-pinima - Crax fasciolata pinima, onça pintada

- Pantera onça, gato maracajá -Felis wiedii, lontra - Lutra longicaudis, ariranha -Pteronura

brasiliensis, tatu canastra - Priodontes maximus e tamanduá bandeira - Mymercophaga

tridatyla. Destacam-se também espécies da avifauna como a Cigana – Opisthocomus hoazin,

além de araras – Ara sp e papagaios -Amazona aestiva.

O município de Rio Preto da Eva está dividido em 42 comunidades com uma

população total de 21.166 habitantes. Não existe registro de população indígena, somente

relatos sobre um grupo isolado na zona rural, mas descaracterizado culturalmente. Há um

predomínio da população rural com um percentual de 56,6% e um notório equilíbrio entre a

população feminina e masculina, tanto no meio urbano, quanto rural. No período de 1996 a

2000, Rio Preto da Eva teve um crescimento anual de 20,41 % com uma densidade

demográfica de 3,78 hab./Km2 .

No calendário cultural de Rio Preto da Eva, registram-se manifestações folclóricas,

artesanato, literatura regional, poesia, artes e música. Dentre as festas cívicas, religiosas e

folclóricas destacam-se o aniversário da cidade, a festa de São Pedro (o padroeiro da cidade),

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56

o Festival da Canção de Rio Preto da Eva – FECARPE, realizado em março e a Festa da

Laranja, que contribui para divulgar o Município e aumentar o fluxo turístico.

O acesso ao Município ocorre por via terrestre rodoviária, pela Rodovia AM-010,

acessível durante todo o ano. Os ônibus partem de Manaus com destino a Rio Preto da Eva

em diferentes horários com tempo de duração de uma hora.

A estação rodoviária, localizada na entrada da cidade, encontra-se em precário estado

de conservação e fora dos padrões da vigilância sanitária sem serviços de atendimento ao

turista, oferece os serviços básicos (bar, lanchonete, toalete, telefone). Na cidade não existem

serviços de táxi, para fazer o transporte dos cidadãos, devido a pequena extensão do meio

urbano.

A rede de distribuição de água atende 75% dos domicílios localizados na sede

municipal. A água e originada de poços artesianos e tratada através de decantação e cloro com

funcionamento de 24h. A rede de abastecimento de água tem uma extensão de 5.000 m, com

produção de 1.086 m3 e consumo em torno de 977,4 m3 de água.

A rede de drenagem de águas pluviais cobre 80% da zona urbana. Não existe rede de

coleta de esgoto, sendo que 60% dos domicílios da sede possuem fossas sépticas.

A coleta do lixo é diária, sendo depositados em um aterro sanitário simples, situado a

dois quilômetros da área urbana, mas sem seleção dos mesmos. A sede possui lixeiras nos

principais locais públicos, mas em quantidade insuficiente e há pouca sinalização referente à

limpeza pública.

O Município está ligado à rede da Usina Hidrelétrica de Balbina (Eletronorte/Ceam),

que se encontra subdimensionada e distribui energia com baixa voltagem. A rede abastece Rio

Preto da Eva do Km 80 até o Km 128 da rodovia AM-010, o Alto e Baixo Rio e os ramais de

Água Verde e Nova Jerusalém com cerca de 1947 consumidores.

O sistema de telefonia fixa no município esta sob a responsabilidade da Telemar. O

núcleo urbano dispõe de três telefones públicos e de 729 linhas telefônicas particulares,

permitindo o acesso à Internet com bastante dificuldade e no meio rural dispõe de 10 postos

telefônicos. O Município conta com duas emissoras de rádio e dois canais de televisão,

retransmissoras a rede Globo e SBT, além dos canais captados por satélite, 01 agência dos

correios e 01 agência bancária.

O sistema de segurança do município se constitui de 02 delegacias com capacidade

para aproximadamente 30 detentos e 15 policiais entre civis e militares para realizarem a

segurança do lugar. Não há boxe de policiamento no município.

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57

Um fator preocupante no município é evasão escolar, provocada principalmente em

razão dos pais serem “caseiros” nos sítios e fazendas da região, com grande rotatividade de

empregos. A rede pública de ensino está composta pela rede estadual de Ensino sob a

Coordenação da Secretaria Estadual de Educação – SEDUC e a rede Municipal de ensino

através da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto - SEMECD.

A população de Rio Preto da Eva conta para seu lazer com clubes. Por ser cortada por

inúmeros igarapés a população conta com diversos locais para “banhos”, inclusive o balneário

público localizado na sede do município.

Área 5.813,2 Km2 (IBGE) Distância/Manaus Fluvial: - Km (IBGE) Terrestre: 79 Km (IBGE) População Urbana: 6.232 hab. (IBGE/2000) Rural: 11.350 hab. (IBGE/2000)

2000 Total: 17.582 hab. (IBGE/2000) População estimada em 2004 22.820 Hab. (IBGE/2004) Densidade demográfica 3,02 Hab/km2 (IBGE/2000) Taxa de crescimento 11,48 (IBGE/2000) IDH 0,677 (IBGE/2000) Classificação IDH 3.337 (IBGE/2000) Educação Básica Urbana 3.8430 Alunos (SEDUC/2003) Rural 1.359 Alunos (SEDUC/2003) Número total de escolas 30 (SEDUC/2003) Ensino Superior 50 (UEA/2002) Eleitores 10.895 (TRE/2004) Número de leitos – total 27 (SIH-SUS/2002) Número de Empresas 250 Junta Comercial /AM – 2005 Produto Interno Bruto - PIB 39,72 R$milh. (IBGE/2002) PIB per capita 1.953,16 R$ 1,00 (IBGE/2002) Principais produtos Mandioca, laranja, banana, pescado, bovinos, suínos,

ovinos, aves e ovos de galinha Programas Institucionais SEBRAE-AM (DLIS), Banco do Brasil (DRS),

Ministério das Cidades (PMSS) Número de domicílios: 2.773 dom (Levantamento de campo/2003) Cobertura – Água COSAMA Volume Produzido 59,11 L/s (Levantamento de campo/2003) Tratamento 59,11 L/s (Levantamento de campo/2003) Volume de reservação 400 m³ (Levantamento de campo/2003) Nº de ligações 652 Unid. (COSAMA/2003) Déficit Sede 36,68 % (Levantamento de campo/2003) Sistema de esgoto Não há (Levantamento de campo/2003)

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MUNICÍPIO DE MANAUS

Localizado próximo ao Encontro das Águas, na margem esquerda do Rio Negro, é a

sede do Estado, numa área de 11.401,1 km2. Seus limites são:

Norte: Município de Presidente Figueiredo Sul: Município de Iranduba e Careiro

Leste: Município de Itacoatiara e Rio Preto da Eva Oeste: Município de Novo Airão

Apresenta um clima equatorial quente e úmido, com temperaturas elevadas (mínima

18ºC e máxima 38ºC) na maior parte do ano, só aliviadas pelos altos índices pluviométricos

(superior a 2.000) no inverno local (novembro a abril). O verão ou período de estiagem vai de

maio a outubro. Em janeiro de 1995, por exemplo, choveu o equivalente a 530 mm. Estas são

as duas estações do ano que, embora tenham suas características próprias, não costumam se

definir com precisão sua ocorrência, já que chove e faz calor o ano todo.

A topografia é marcada por terras planas com pequenas ondulações, que separam as

porções de terras firmes, onde aparecem algumas vezes elevados barrancos.

Sua historia oficial tem início em 24 de outubro de 1848, quando, pela lei n◦ 145, da

Assembléia Provincial do Pará, recebeu o título de cidade da Barra do Rio Negro. Seis anos

depois da elevação do território amazonense à categoria de Província do Pará (5 de setembro

de 1850), seu nome foi alterado definitivamente para Manaus (4 de setembro de 1856). A

partir daí, a sua história estará ligada à expansão dos períodos econômicos que viveu, como o

ciclo da borracha e da Zona Franca de Manaus (ZFM).

No primeiro período, sua infra-estrutura foi marcada pela arquitetura importada da

Europa, que desenhou e construiu prédios imponentes, como o da Alfândega, o Palácio da

Justiça, o Mercado Municipal, o Reservatório D´água (estrutura de ferro de Glasgow), os

sobrados portugueses, entre outros. Ganhou também um porto flutuante e diversas pontes

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construídas pela engenharia inglesa. Logo a chamaram de cidade risonha, pelos seus traçados

e vistosos edifícios, em avenidas e de viajantes, turistas, poetas, boêmios, etc, que se

deslumbravam com o seu progresso.

No segundo período, marcado pela criação da ZFM, ocorreu a construção de novos e

belos edifícios, acompanhando o crescimento comercial, industrial e turístico da cidade.

Apesar de muito distante do litoral, no coração da Amazônia, somou uma infra-estrutura que

passou a ser servida pela iniciativa pública e particular (luz, telefone, ônibus, aviação,

restaurantes, hotéis, etc.).

Hoje, Manaus continua se transformando com as novas construções, reformas e

implantação de novas opções de turismo, diversão e lazer, com shoppings centers, viadutos,

centro de convenções, praças, supermercados, casas de shows, diversos museus, o zoológico

do CIG`S, a praia da Ponta Negra, etc.

Sua economia baseia-se no setor secundário (indústrias), seguido do setor terciário

(comércio e turismo) e menos expressivo o setor primário (extrativismo vegetal, pesca,

pecuária de corte e leiteira, piscicultura, agricultura de produtos hortifrutigranjeiros).

Área 11.401,1 Km2 (IBGE/2000) População Urbana: 1.396.768 hab. (IBGE/2000) Rural: 9.067 hab. (IBGE/2000)

2000 Total: 1.405.835 hab. (IBGE/2000) População estimada em 2004 1.592.555 hab. (IBGE/2004) Densidade demográfica 123,31 hab/km2 (IBGE/2000) Taxa de crescimento IDH 0,774 (IBGE/2000) Classificação IDH 1.194 (IBGE/2000) Educação Básica Urbana 548.040 alunos (SEDUC/2003) Rural 8.424 alunos (SEDUC/2003) Número total de escolas 680 (SEDUC/2003) Ensino Superior 7.398 Alunos (UEA/UFAM/2002) Eleitores 908.450 (TRE/2004) Número de leitos – total 2.694 (SIH-SUS/2002) Número de Empresas 42.798 Junta Comercial /AM - 2004 Produto Interno Bruto - PIB 18.402,91 R$milh. (IBGE/2002) PIB per capita 12.235,95 R$ 1,00 (IBGE/2002) Principais produtos Motocicleta, telefone celular, tv em cores, aparelhos de

som, monitores de vídeo, dvd player, mandioca, laranja, dendê, banana, pescado, bovinos, suínos e aves.

Programas Institucionais SEBRAE-AM (DLIS), Banco do Brasil (DRS), Ministério das Cidades (PMSS)

Número de domicílios: Dom Cobertura – Água Águas do Amazonas

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Volume Produzido 240.648.000 m3 Águas do Amazonas / 2001 Tratamento Estação de tratamento de água 1 Estação de tratamento de água 2 Estação de tratamento do Mauazinho

9.327.204 9.235.732

724.580

m3/mês m3/mês m3/mês

Águas do Amazonas / 2001

Volume de reservação 114.732 m³ Águas do Amazonas / 2001 Nº de ligações 234.042 Unid. Águas do Amazonas / 2001 Poços 117 Águas do Amazonas / 2001 Metros de rede 2.200 km Águas do Amazonas / 2001

MUNICÍPIO DE MAUÉS

O nome provém do rio que banha o município e a cuja margem fica a cidade. Ao rio,

por sua vez emprestou o nome a famosa tribo dos Maués, primitivos habitantes da região.

Com uma área de 39.675 Km quadrado e distante de Manaus a 356 km a leste, por via

fluvial, este município tornou-se conhecido pela exuberância de suas praias extensas e alvas e

especialmente por ter se tornado o centro nacional da produção de guaraná, maior fonte de

renda do município. Produz também melancia, mandioca, arroz, batata doce, feijão, milho,

frutas tropicas, entre outras culturas.

No extrativismo destacam-se a essência de pau-rosa, a borracha, castanha, cumaru,

copaíba e madeira, os quais exporta pelo seu porto, mantendo um comércio com os

municípios limítrofes de Barreirinha, Itacoatiara e Parintins, no Amazonas, Itaituba e Juruti,

no Pará, além de negócios com Manaus e cidades no Sudeste do país (São Paulo e Rio de

Janeiro).

O povoamento de Mundurucânia, região compreendida entre os rios Madeira e

Amazonas, iniciou-se na segunda metade do século XVIII. Os índios Mundurucus, habitantes

primitivos da região, constituíram então sério obstáculo ao desenvolvimento da população

civilizada. Eram índole belicosa e tinham costumes bárbaros. Inimigos irreconciliáveis dos

também terríveis índios Muras. O povoamento de Luséa foi fundado em 1798, os índios,

todavia, chamavam-na “Uacituba”. A povoação em 1832 foi “teatro de barbaridades

praticadas pelos índios Maués que em seu furor assassinaram diversos indivíduos”. Os índios

dirigidos pelo Tuchaua Manoel Marques, convencidos de que planejavam escravizá-los,

mataram o destacamento local composto de trinta(30) soldados e os moradores brancos que

lhe caíram ás mãos. Em 1833, por força do Ato de 25 de junho daquele ano, a povoação de

Luséa foi elevada á categoria de vila. Data consequentemente daí a criação do município e do

termo judiciário. Por ocasião da cabanagem, a vila de Luséa foi cenário de sangrenta lutas

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entre as forças compostas pelos “Cabanos” de um lado e “Legalistas” de outro. Em 1835, os

Cabanos dominavam o Baixo Amazonas, tendo Icuipiranga como uma espécie de centro de

operações. Investiram sobre Luséa e Serpa (atual Itacoatiara), vencendo-as sem resistência.

De Lusés fizeram então o seu principal reduto onde se mantiveram entrincheirados, resistindo

a vários ataques. Daí os escorraçou Ambrósio Aires, conhecido por “Bararoa”, que já vinha se

distinguindo pela sua bravura nos combates travados com os cabanos. Finalmente, com a

decretação da anistia geral, os cabanos se renderam. Em Luséa, a 25 de março de 1840,,

oitocentos e oitenta cabanos depuseram as armas. Ao criar-se a província do Amazonas, em

1850, era Luséa um dos quatro municípios então existentes. Os outros eram Manaus, Barcelos

e Tefé. O de Parintins, embora já criado, ainda não havia sido instalado.

Do vasto território do município de luséa desmembrou-se em 1853, o município de

vila bela da Imperatriz (atual Parintins) criado pela lei n. 146, de 24 de outubro de 1848, da

Província do Pará, confirmada pela Lei ou resolução n. 2, de 15 de outubro de 1852, da

Província do Amazonas. Das vilas existentes na província em 1856, era, sem dúvida, Luséa

das mais desenvolvidas. Pela Lei n. 151, de 11 de setembro de 1865, a sede do município de

Luséa passou a denominar-se vila da Conceição. O município e o termo judiciário

conservaram a antiga denominação. Em 1892, o município e a respectiva sede passaram a

denominar-se maués, por força da lei n.35, de 4 de novembro do mesmo ano. Em 1955, o

município de maués perdeu parte do seu território para o município de Nova Olinda do Norte,

criado pela lei estadual n. 96, de 19 de setembro daquele ano. Até 1957 o município era

constituído de um só distrito.

O município de Maués possui somente 3 produtores de peixes em regime comercial

utilizando o sistema de barragens, 6 famílias criando peixes em tanques-rede (projeto de 20

tanques-rede na comunidade São Raimundo de Maués Mirim) e 4 produtores na comunidade

Marol praticam piscicultura extensiva (de subsistência).

As espécies de interesse para criação no município são o tambaqui e o matrinxã,

cultivadas em uma lamina d’água de 2ha de área de barragens, 120 m3 de tanques-rede, que

possibilitaram uma produção de 1 tonelada (tambaqui curumim) em 2005 e o mesmo volume

de estimativa para 2006.

Os produtores locais não estão associados mais possuem planos para organizar a

classe. Recebem o apoio técnico do IDAM local, gerenciado pelo Sr. Raimundo Mendes Leal

Filho (92-3542.1165). De acordo com o IDAM, no município existem muitos produtores que

possuem área disponível e potencial para implementar o cultivo de peixes, porem o grande

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62

entrave é a falta de perspectiva de iniciar criação, por falta recurso e a oferta de alevino

insuficiente. Observa-se também a falta assistência técnica especializada no município.

O governo do estado via SEPA/SEPROR, no sentido de estimular o setor,

disponibilizou 100 tanques-rede para as famílias locais, põem ainda não foram instalados.

POPULAÇÃO POR SITUAÇÃO DE

DOMICÍLIO – 1991 e 2000

População 1991 2000

Urbana 16.658 21.179

Rural 13.841 18.857

Total 30.499 40.036

ANOS ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH 1991 2000

Educação 0,698 0,812

Longevidade 0,660 0,721

Renda 0,589 0,535

Municipal 0,649 0,689

DATAS FESTIVAS DATA

Aniversário de Maués 24 e 25 junho

Festa do Divino Espírito Santo 31 de maio à 08. de junho

Festival Folclórico da Ilha de Vera Cruz 11 á 13 de jul

Festival de Verão de Maués 04 à 06 de junho

Festa do Guaraná (festeja a maior produção) Novembro

Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Conceição 08 de dezembro

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MUNICÍPIO DE IRANDUBA

O município de Iranduba possui 34 Aqüicultores, com área de criação estimada em

50ha de lâmina d´água, subdivididas unidade de cultivo com sistema de barragem, tanques-

escavados (3 ha), canal de igarapé e tanques-rede (45 unidades). As principais espécies

cultivadas na região são a matrinxã e o tambaqui e em 2005, a produção total dessas espécies

foi de 300 ton, com estimativas de 1000 ton para 2006.

Os produtores estão organizados em uma Associação de Piscicultores, presidida pelo

Sr. Edson Barros (92-3245.1226 / 9982.8042) e contam com a assistência técnica do IDAM

local, que o SR. Ari Batista da Costa (92-3367.1155) na gerencia.

Esses produtores receberam o apoio do governo do estado, por intermédio a

SEPA/SEPROR, que cedeu no ano de 2005 cerca de 60.000 alevinos e 1.000.000 pós-larvas

de tambaqui e até outubro de 2006, uma estimativa de 13.500 alevinos de matrinxã e

1.350.000 pós-larva de tambaqui.

Entres os problemas do setor, se destacou a falta de recursos é um fator limitante a

expansão da atividade, pois até o momento somente 3 produtores receberam financiamento e

a ilegalidade perante os órgãos fiscalizadores da atividade, pois somente 4 produtores

possuem registro no IPAAM.

O principal mercado da produção local é a cidade de Manaus

Estruturas de apoio

Dois frigoríficos particulares: IRANDUBA Frigorífico de Pescados Ltda, com

capacidade para estocagem de até 1.200 toneladas e Frigorífico DOURADO Ltda, com

capacidade para estocagem de até 700 toneladas.

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MUNICÍPIO DE AUTAZES

No ano de 1955, através da Lei Estadual nº96, o antigo distrito de Ambrósio Ayres,

com território desmembrado dos municípios de Itacoatiara e Borba, passa a constituir o

município autônomo de Autazes. E. 03.03.1956, o município de Autazes é instalado

definitivamente.

Caracterização doTerritório

• Área: 7.632,1 km²

• Densidade Demográfica: 3,2 hab/km²

• Altitude da Sede: 36 m

• Ano de Instalação: 1.985

• Distância à Capital: 112,5 km

• Microrregião: Manaus

• Mesorregião: Centro Amazonense

POPULAÇÃO POR SITUAÇÃO DE

DOMICÍLIO – 1991 e 2000

População 1991 2000

Urbana 6.363 10.150

Rural 10.744 14.195

Taxa de Urbanização % 37,20 41,69

Total 17.107 24.345

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No período 1991-2000, a população de Autazes teve uma taxa média de crescimento

anual de 4,16%, passando de 17.107 em 1991 para 24.345 em 2000.

A taxa de urbanização cresceu 12,09, passando de 37,20% em 1991 para 41,69% em

2000.

Em 2000, a população do município representava 0,87% da população do Estado, e

0,01% da população do País.

ESTRUTURA ETÁRIA – 1991 e 2000

Idade 1991 2000

Menos de 15 anos 8.308 10.792

15 à 64 anos 8.090 12.495

65 anos e mais 709 1.058

Razão de Dependência 111,5% 94,8%

A renda per capita média do município diminuiu 15,54%, passando de R$ 103,74 em

1991 para R$ 87,62 em 2000. A pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda

domiciliar per capita inferior a R$ 75,50, equivalente à metade do salário mínimo vigente em

agosto de 2000) cresceu 2,99%, passando de 72,7% em 1991 para 74,8% em 2000. A

desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,68 em 1991 para 0,66 em 2000.

Evolução 1991-2000

No período 1991-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de

Autazes cresceu 8,36%, passando de 0,610 em 1991 para 0,661 em 2000.

A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a Educação, com 84,1%,

seguida pela Longevidade, com 35,1% e pela Renda, com -19,2%.

Neste período, o hiato de desenvolvimento humano (a distância entre o IDH do

município e o limite máximo do IDH, ou seja, 1 - IDH) foi reduzido em 13,1%.

Se mantivesse esta taxa de crescimento do IDH-M, o município levaria 35,6 anos para

alcançar São Caetano do Sul (SP), o município com o melhor IDH-M do Brasil (0,919), e

17,0 anos para alcançar Manaus

(AM), o município com o melhor IDH-M do Estado (0,774).

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66

Situação em 2000

Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Autazes é 0,661.

Segundo a classificação do PNUD, o município está entre as regiões consideradas de médio

desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8)

Em relação aos outros municípios do Brasil, Autazes apresenta uma situação

intermediária: ocupa a 3582ª posição, sendo que 3581 municípios (65,0%) estão em situação

melhor e 1925 municípios (35,0%) estão em situação pior ou igual.

Em relação aos outros municípios do Estado, Autazes apresenta uma situação boa:

ocupa a 19ª posição, sendo que 18 municípios (29,0%) estão em situação melhor e 43

municípios (71,0%) estão em situação pior ou igual.

DATAS FESTIVAS DATA

Festa do Padroeiro São Joaquim 16 de agosto

Festa do Leite Outubro

Festival Folclórico 23 à 25 junho

Festa da Instalação do Município 03 de março

MUNICÍPIO DO CAREIRO

Careiro Castanho foi considerado município em 1955. na mesma época foi elevado á

categoria de cidade. localizada a 102 quilômetros de Manaus, além das belezas naturais, tem

como destaque o cultivo do cupuaçu. A agricultura e a pecuária são as principais atividades

econômicas do município, que tem uma população estimada em 30 mil habitantes.

O município faz divisa com os o Careiro da Várzea, Borba, Autazes, e Manaquiri,

estando na 7a sub-região do Rio Negro-Solimões, na zona leste do estado, a 30 metros acima

do nível do mar.

Com 102 quilômetros em linha reta a partir de Manaus e 168

quilômetros por via fluvial, de clima equatorial, quente e úmido, com uma temperatura média

em 26oC.

Com o objetivo de fomentar o turismo e a economia na região, a cidade sedia

anualmente a Agropec - Feira Agropecuária e de Agrinegócios, evento que gera

movimentação de R$ 4,5 milhões em operações comerciais e onde os produtos locais têm

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67

disponíveis linhas especiais de crédito da Afeam (Agência de Fomento do estado do

Amazonas) e do Banco da Amazônia.

Careiro castanho foi considerado município em 1955. Na mesma época foi elevado à

categoria de cidade.

Faz divisa com os municípios de Careiro da Várzea, Borba, Autazes e Manaquiri,

estando na 7q. sub-região do Rio Negro-Solimões, na zona leste do estado, a 30 metros acima

do nível do mar.

Entre os atrativos turísticos naturais da região, destaque para os programas de

ecoturismo, que convidam a passeios para conhecer os lagos da região. Os mais conhecidos

são o Lago Janauacá e o Lago do Juma.

Na ilha do Careiro ainda tem o Lago do Rei, onde fica a sede do município, com suas

águas mansas e enfeitado por vitórias régias. Para conhecer como vivem os habitantes, os

turistas devem visitar as comunidades caboclas regionais do Paraná Mamori. Outro atrativo

ecológico são os passeios fluviais pelo Rio Castanho, onde o Lago do Mamori - grande lago

de várzea - é conhecido pela diversidade de seus pássaros e peixes.

O acesso para o local se dá a partir do distrito de Araçá. Os hotéis da região também

oferecem programas como a pesca esportiva do tucunaré. O ponto de partida dos passeios

ecológicos pode ser o porto de Araçá, onde é possível alugar barcos e lanchas voadeiras.

As principais riquezas naturais são a castanha-do-pará e a seringueira, além de peixes

como o pirarucu, e animais silvestres como queixadas, veados, caititu e capivaras.

É uma região rica em belezas naturais. na ilha do Careiro, onde fica a sede do

município, encontra-se o Lago do Rei.

No folclore as festividades que mais se destacam no município são as religiosas,

principalmente a que se realiza à Nossa Senhora Santana, no mês de julho.

O acesso pode ser por via fluvial ou terrestre. De Manaus, o percurso em barcos

regionais leva cerca de 12 horas. Por via terrestre, é preciso fazer travessia de balsa a partir do

porto da vila do Careiro da Várzea, seguindo posteriormente pela rodovia BR-319.

MUNICÍPIO DE CODAJÁS

A População Total do Município era de 17.507,00 de habitantes, de acordo com o

Censo Demográfico do IBGE (2000).

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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Sua Área é de 18.711,63 km² representando 1,19 % do Estado, 0,49 % da Região e

0,22 % de todo o território brasileiro.

Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,59 segundo o Atlas de

Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).

Área Territorial: 18.711,63 km² Fonte: IBGE Ano de Instalação: 1875 Microrregião: Coari Mesorregião: Centro Amazonense Altitude da Sede: 47,00 m Distância à Capital: 239,72 Km Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD

Da aldeia dos índios Codaiás, primitivos habitantes da região, originou-se a atual

cidade de Codajás, fundada em 1892 por José da Rocha Turi, um dos mais famosos pioneiros

do povoamento do Solimões (“História do Amazonas” – A C. Ferreira Reis)

Em 30.06.1862, pela Lei Provincial no. 175, é criado a freguesia de Nossa Senhora das

Graças de Codajás.

Em 25.11.1921, pela Lei nº 1.126, ocorreu a instalação de Manacapuru, o termo

Codajás passou a subordinar-se o termo de Coari.

Em 01.05.1974, pela Lei Provincial no. 287 dá-se a elevação a vila, sendo o município

instalado em 05.08.1975.

Em 10.04.1891, pelo Decreto Estadual no. 95A, é criado o termo judiciário de

Codajás, subordinado à comarca de Coari.

Em 27.09.1911, pela Lei Estadual no. 682, é criada a comarca de Codajás, que se

instala em 25.01.1912.

Em 30.10.1913, pela Lei Estadual no. 141, a comarca é extinta sendo restabelecida em

31.12.1937.

Em 30.03.1938, pela Lei Estadual no. 68, a sede municipal recebe foros de cidade.

Na divisão administrativa, fixada pelo Decreto-Lei Estadual nº 176, de 1º de

Dezembro de 1938, figura o município de Codajás com três distritos: Codajás, Anamã e

Anori. Os dois últimos foram criados pelo mesmo decreto citado, com território desmembrado

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Regionais

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do distrito-sede, mantendo até 1956 a mesma composição distrital e é sede da comarca do

mesmo nome.

Características:

Setor primário

• Agricultura: cultivo de mandioca de várzea e terra firme, milho e feijão (culturas

temporárias). Como também em açaí, maracujá, mamão e banana.

• Pecuária: Bubalinos, bovinos, caprinos, ovinos e suínos.

• Extrativismo vegetal: madeiras exploradas eram jacareúba e louro inhamuí, hoje

as principais espécies exploradas são: açaí, castanha, borracha, sorva, óleo de

copaíba e várias espécies de cipó. A seringueira tem ampla distribuição na área

enfocada, com maior freqüência na planície aluvial, onde se concentram as

atividades relacionadas à extração do látex. Onde o relevo é ondulado, ocorrem as

maiores concentrações de castanheira-do-pará. Estão nas planícies aluviais a

principal fonte de recursos naturais de grande expressão econômica.

• Pesca: período de fartura do peixe ocorre entre maio à setembro, com abundância

para a comercialização em mercados e feiras. A pesca é feita no rio Solimões e nos

grandes lagos altamente piscosos, como: Miuá, Badajós, Acará, Piorini, Salsa e

Mureru. A fiscalização deses lagos é feita pelos próprios moradores e pescadores.

Principais espécies de pescados são: tambaqui, pirarucu, jaraqui, curimatá,

branquinha, bodó, tucunaré, matrinxã, dentre outros.

• Avicultura: criatórios domésticos voltado para o consumo alimentar das famílias.

• Hortifruticultura: para consumo doméstico e explorada de forma empírica,

através do cultivo de verduras e legumes, como: tomate, pimentão, pepino,

abóbora, quiabo, feijão de vagem, pimenta-cheirosa, coentro, e de frutas regionais

como melancia, mamão, banana, cupuaçu, lima, tangerina, maracujá, marimari e a

maçaranduba, que surgem de acordo com a respectiva época e são muito

apreciados pela população local.

Setor secundário

• Indústrias: madeira, tijolo, gelo, mobiliário e produtos alimentares.

Setor terciário

• Comércio: varejista e atacadista.

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Regionais

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• Serviços: oficina mecânica, oficina de refrigeração, cabeleireiro, costureira,

protético, pintor de parede, fotógrafo, agências bancárias, hotéis, pensões, mercado

municipal, matadouro e feira do produtor.

POPULAÇÃO – 1991 e 2000

População 1991 2000

Urbana 8.388 11.289

Rural 5.074 6.218

Total 13.462 17.507

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

– 1991 e 2000

1991 2000

IDH – Educação 0,538 0,679

IDH – Longevidade 0,563 0,615

IDH – Renda 0,591 0,484

IDH - Municipal 0,564 0,593

DATAS FESTIVAS DATA

Festival do Açaí (Apresenta as atividades culturais Abril

Festa da Padroeira Nossa Senhora das Graças 31 de maio

Aniversário da Cidade 05 de agosto

MUNICÍPIO DE URUCARÁ

A População Total do Município era de 18.372,00 de habitantes, de acordo com o

Censo Demográfico do IBGE (2000).

Sua Área é de 27.904,86 km² representando 1,78 % do Estado, 0,72 % da Região e

0,33 % de todo o território brasileiro.

Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,70 segundo o Atlas de

Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).

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Regionais

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Área Territorial: 27.904,86 km² Fonte: IBGE Ano de Instalação: 1887 Microrregião: Parintins Mesorregião: Centro Amazonense Altitude da Sede: 26,00 m Distância à Capital: 259,13 Km Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD

Em 1814, Crispim Lobo Macedo funda à margem do rio Amazonas a povoação

Santana da Capela, que experimenta certo adiantamento nos anos seguintes.

Em 03.05.1880, pela Lei Provincial no. 462, é criada a freguesia de Santana da

Capela. Em 12.05.1887, pela Lei Provincial no.744, a sede da freguesia é elevada a vila, como

sede do município é criado então Urucará.

Em 28.11.1930, pelo Ato Estadual no. 45, o município é suprimido e seu território

anexado ao de Itacoatiara. Em 1935, com a reconstitucionalização do estado, o município de

Urucará é restabelecido.

Em 31.03.1938, pelo Decreto-Lei Estadual no. 68, a sede do município recebe foros de

cidade. Em 24.12.1952, pela Lei Estadual no. 226 é criada a comarca de Urucará.

Em 10.12.1981, pela Emenda Constitucional no. 12, Urucará perde parte de seu

território em favor do novo município de São Sebastião de Uatumã.

POPULAÇÃO – 1991 e 2000

População 1991 2000

Urbana 6.143 8.098

Rural 5.185 10.274

Total 11.328 18.372

Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas

Regionais

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ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

– 1991 e 2000

1991 2000

IDH – Educação 0,761 0,800

IDH – Longevidade 0,599 0,705

IDH – Renda 0,559 0,589

IDH - Municipal 0,640 0,698

DATAS FESTIVAS DATA

Festa do Aniversário da Cidade 12 de maio

Festa do Divino Espírito Santo Maio e junho

Festa da Padroeira Sant’Ana Julho

Festival de Verão de Urucará 05 á 07 de novembro