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- Apoio 18 o ,ro C/) e Q) +-' 1 ro +-' ro E Q) Q) - o l.... +-' e o () Q) ro l.... ..e o e ro E Q) -o C/) o +-' e :J . ---. e o ü CLAMPER® Por Nunziante Graziano* Prezado leitor, este fascículo pretende apresentar em detalhes o conjunto de normas brasileiras para construção de conjuntos de manobra e controle em alta-tensão, acima de 1 kV até 52 kV inclusive. Atualmente, a norma que rege esta construção é a ABNT NBR IEC 62271-200 - Conjunto de manobra e contro le de alta-tensão - Parte 200: Conjunto de manobra e controle de alta-tensão em invólucro metálico para tensões acima de 1 kV até e inclusive Capítulo 1 Introdução TABELA 1 - FAMÍLIA DE NORMA S VIGENTES DA ABNT NBR IEC 62271 Título Data ABNTNBR IEC 62271-102:2006 ABNTNBR IEC 62271-200:2007 Errata 1:2007 ABNTNBR IEC 62271-200:2007Versão Corrigida:2007 Equipamentos de alta-tensão Conjunto de manobra e controle de alta-tensão Conjunto de manobra e controle de alta-tensão 2006-12-04 2007-04-02 2007-03-19 52 kV, publicada em 19/03/2007 e que versão da norma está sendo elaborada que reunia as cláusulas comuns a entrou em vigor a partir de 19/04/2007. Esta norma da ABNT especifica os requisitos construtivos de conjunto de manobra e controle de invólucro metálico para corrente alternada, montados em fábrica, para tensões nominais acima de 1 kV até e inclusive 52 kV, para instalação abrigada e ao tempo, para frequências de serviço até 60 Hz, sendo que seus invólucros podem incluir componentes fixos e removíveis e podem ser preenchidos com fluido (líquido ou gás) para prover a isolação. Ao longo dos 12 capítulos deste fascículo, vamos apresentar os principais conceitos construtivos, as generalidades, as aplicações por setores do mercado com suas principais características e, ao final, as novidades decorrentes da revisão da NBR IEC 62271-200. A nova pela Comissão de Estudo da ABNT/ CE-003:0017.001, que, neste momento, se ocupa da revisão da ABNT NBR 60694, que será batizada, quando da sua publicação, de ABNT-NBR-IEC-622 71- 1 - Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão - Parte 1 - Especificações comuns. A publicação da ABNT NBR IEC 62271 substituiu com avanços a NBR 6979, apresentando uma aproximação bastante robusta com as normas da IEC, que hoje se concretiza com uma grande quantidade de normas brasileiras baseadas e/ou traduzidas para o português cujo título é precedido pela sigla NBR IEC. Assim como anteriormente, quando a leitura da NBR 6979 deveria ser acompan h ada da NBR 10478 de 09/1988, equipamentos elétricos de manobra de tensão nominal acima de 1 kV, a leitura da ABNT NBR IEC 62271-200 deve ser acompanhada da ABNT NBR IEC 60694:2006 - Especificações comuns para normas de equipamentos de manobra de alta-tensão e mecanismos de comando, publicada em 04/12/2006. Tratemos então das generalidades que determinam a abrangência da referida norma ABNT NBR IEC 62271- 200 vigente. Esta norma define os vários tipos de conjuntos de manobra e controle em invólucro metálico que se diferem entre si quanto às consequências na continuidade no serviço da rede no caso de manutenção no conjunto de manobra e controle, e quanto à necessidade e conveniência de manutenção do equipamento.

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~ CLAMPER®

Por Nunziante Graziano*

Prezado leitor, este fascículo

pretende apresentar em detalhes o

conjunto de normas brasileiras para

construção de conjuntos de manobra e

controle em alta-tensão, acima de 1 kV

até 52 kV inclusive. Atualmente, a norma

que rege esta construção é a ABNT NBR

IEC 62271-200 - Conjunto de manobra

e contro le de alta-tensão - Parte 200:

Conjunto de manobra e controle de

alta-tensão em invólucro metálico para

tensões acima de 1 kV até e inclusive

Capítulo 1

Introdução

TABELA 1 - FAMÍLIA DE NORMA S VIGENTES DA ABNT NBR IEC 62271

Nº Título Data

ABNTNBR

IEC 62271-102:2006

ABNTNBR

IEC 62271-200:2007 Errata

1:2007

ABNTNBR

IEC 62271-200:2007 Versão

Corrigida:2007

Equipamentos de

alta-tensão

Conjunto de manobra e

controle de alta-tensão

Conjunto de manobra e

controle de alta-tensão

2006-12-04

2007-04-02

2007-03-19

52 kV, publicada em 19/03/2007 e que versão da norma está sendo elaborada que reunia as cláusulas comuns a

entrou em vigor a partir de 19/04/2007.

Esta norma da ABNT especifica

os requisitos construtivos de conjunto

de manobra e controle de invólucro

metálico para corrente alternada,

montados em fábrica, para tensões

nominais acima de 1 kV até e inclusive 52

kV, para instalação abrigada e ao tempo,

para frequências de serviço até 60 Hz,

sendo que seus invólucros podem incluir

componentes fixos e removíveis e podem

ser preenchidos com fluido (líquido ou

gás) para prover a isolação.

Ao longo dos 12 capítulos deste

fascículo, vamos apresentar os principais

conceitos construtivos, as generalidades,

as aplicações por setores do mercado

com suas principais características e,

ao final, as novidades decorrentes da

revisão da NBR IEC 62271-200. A nova

pela Comissão de Estudo da ABNT/

CE-003:0017.001, que, neste momento,

se ocupa da revisão da ABNT NBR

60694, que será batizada, quando da sua

publicação, de ABNT-NBR-IEC-622 71- 1

- Conjuntos de manobra e controle em

alta-tensão - Parte 1 - Especificações

comuns.

A publicação da ABNT NBR IEC

62271 substituiu com avanços a NBR

6979, apresentando uma aproximação

bastante robusta com as normas da

IEC, que hoje se concretiza com uma

grande quantidade de normas brasileiras

baseadas e/ou traduzidas para o

português cujo título é precedido pela

sigla NBR IEC.

Assim como anteriormente, quando

a leitura da NBR 6979 deveria ser

acompan hada da NBR 10478 de 09/1988,

equipamentos elétricos de manobra de

tensão nominal acima de 1 kV, a leitura

da ABNT NBR IEC 62271-200 deve

ser acompanhada da ABNT NBR IEC

60694:2006 - Especificações comuns para

normas de equipamentos de manobra de

alta-tensão e mecanismos de comando,

publicada em 04/12/2006.

Tratemos então das generalidades

que determinam a abrangência da

referida norma ABNT NBR IEC 62271-

200 vigente. Esta norma define os vários

tipos de conjuntos de manobra e controle

em invólucro metálico que se diferem

entre si quanto às consequências na

continuidade no serviço da rede no caso

de manutenção no conjunto de manobra

e controle, e quanto à necessidade

e conveniência de manutenção do

equipamento.

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Como descrito na própria norma,

a segurança de uma instalação resulta

do projeto, da implementação e da

coordenação de produtos, instalações e

operações.

Em especial, em conjuntos de

manobra e controle em invólucro

metálico contendo compartimentos

preenchidos por gás, a pressão de projeto

é limitada a um valor máximo de 300

kPa (pressão relativa). Quando esses

compartimentos forem preenchidos

por gás tendo uma pressão de projeto

excedendo a 300 kPa (pressão relativa),

devem ser projetados e ensaiados de

acordo com a IEC 60517.

Conjunto de manobra e controle em

invólucro metálico para uso especial,

por exemplo, em atmosferas inflamáveis,

em minas ou a bordo de navios, pode

estar sujeito a requisitos adicionais.

Componentes instalados no conjunto de

manobra e controle em invólucro metálico

devem ser projetados e ensaiados de

acordo com as suas respectivas normas.

Esta norma complementa as normas dos

componentes individuais, considerando

sua instalação nos conjuntos de manobra

e controle. Esta norma não exclui

que outros equipamentos possam ser

incluídos no mesmo invólucro. Em tais

casos, qualquer possível influência destes

equipamentos no conjunto de manobra e

controle deve ser levada em conta.

Conjuntos de manobra e controle em

aterrados e completamente montados,

com exceção das conexões externas.

• Unidade funcional (de uma montagem):

invólucro metálico para tensões nominais parte de um conjunto de manobra e

acima de 36,2 kV, isolados a ar à pressão

atmosférica, podem ser contemplados

por esta norma, considerando os níveis

de isolamento da ABNT NBR 10478.

Embora a aplicação principal seja

para sistemas trifásicos, esta norma

pode ser também aplicada para sistemas

monofásicos ou bifásicos.

Definições

Algumas definições presentes na

norma serão transcritas aqui para

facilitar a compreensão, além de serem

acompanhadas de comentários que

podem facilitar a leitura.

• Conjunto de manobra e controle: termo

geral que contempla os dispositivos

de manobra e suas combinações com

equipamentos associados de controle,

medição, proteção e regulação,

incluindo a respectiva montagem

destes dispositivos e equipamentos com

interligações associadas, acessórios,

invólucros e estruturas suporte. Quando

em invólucro metálico, são os conjuntos

de manobra e controle com invólucro

metálico externo, previstos para serem

controle em invólucro metálico que inclui

todos os componentes dos circuitos

principais e dos circuitos auxiliares que

contribuem para a realização de uma

única função em uma instalação elétrica,

tais como: alimentador de um circuito,

alimentador de um transformador,

alimentador de um banco de capacitores,

alimentador de um motor, etc.

• Unidade de transporte: parte do

conjunto de manobra e controle em

invólucro metálico adequado para

transporte sem ser desmontado.

É interessante compreender que

as unidades de transporte são

dimensionadas pelo fabricante de

acordo com a massa de cada uma

das unidades funcionais, mas,

preponderantemente, dependente

do caminho que os conjuntos devem

percorrer desde a fábrica até a

subestação onde serão instalados

definitivamente. Esse caminho inclui o

meio de transporte (caminhão, navio,

avião, etc.), a forma de transporte

horizontal e/ou vertical no canteiro de

obras (içamento por olhal por gruas ou

guinchos, içamento com embalagem

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por cintas), a elevação com transpallet

ou empilhadeiras, arraste sobre roletes,

entre tantas outras formas. Cabe

ressaltar que a escolha adequada do

módulo de transporte depende de

informações a serem trocadas entre

usuários, instaladores e fabricante.

• Invólucro: parte do conjunto de

manobra e controle em invólucro

metálico que proporciona um

determinado grau de proteção do

equipamento contra influências externas

e um determinado grau de proteção

contra a aproximação ou contato com as

partes vivas e contra o contato com as

partes móveis.

• Compartimentos: diferentemente

do invólucro, os compartimentos são

as partes do conjunto de manobra

e controle em invólucro metálico,

exceto para aberturas necessárias para

interconexão, controle ou ventilação.

Podem ser diferenciados quatro tipos

de compartimentos: três que podem

ser abertos, chamados de acessíveis, e

um que não pode ser aberto, chamado

inacessível.

Um compartimento com acesso

controlado por intertravamento, que

contém partes de alta tensão, previsto

para ser aberto para operação normal e/ou

manutenção normal como determinado

pelo fabricante, possui acesso controlado

pelo projeto do conjunto de manobra e

controle. Cabe ressaltar que instalação,

ampliação, reparos e etc., não são

considerados como manutenção normal.

Um compartimento com acesso

baseado em procedimento, que contenha

partes de alta tensão, previsto para

ser aberto para operação normal e/ou

manutenção normal como especificado

pelo fabricante, possui acesso controlado

por procedimento adequado combinado

com travamento. Cabe ressaltar que

instalação, ampliação, reparos e etc.,

não são considerados como manutenção

normal.

Um compartimento com acesso

baseado em ferramenta, que contenha

partes de alta tensão, podem ser

abertos, mas não em operação

normal e manutenção. São requeridos

procedimentos especiais. São necessárias

ferramentas para abertura.

Um compartimento considerado não

acessível, por sua vez, é o compartimento

que contenha partes de alta tensão que

não deve ser aberto. A abertura pode

destruir a integridade do compartimento.

Devem ser previstas indicações claras

afixadas no compartimento de que não

se deve abrir.

• Para a separação entre

compartimentos, temos as divisões.

Divisão é uma parte de um conjunto

de manobra e controle em invólucro

metálico que separa um compartimento

dos demais. A classe de divisão define

se material metálico ou não metálico é

usado para separação das partes vivas.

A classe de divisão PM é a separação

metálica contínua e/ou obturadores (se

aplicável) previstos para serem aterrados,

entre compartimentos acessíveis abertos

e as partes vivas do circuito principal.

Por sua vez, a classe de divisão PI são

as divisões ou obturadores não metálicos

entre compartimentos acessíveis abertos

e as partes vivas do circuito principal.

Um obturador é um dispositivo

ou sistema mecânico que, na posição

de serviço, se encontra aberto para

passagem das interligações de uma parte

extraível e que se fecha obrigatoriamente

após a sua extração, impedindo o acesso

às partes vivas, fazendo parte da divisão.

Complementando o raciocínio

sobre compartimentação, o conceito de

segregação de condutores surge com

importância. A interposição de barreira

metálica aterrada entre partes vivas é

feita de modo que qualquer descarga

somente possa ocorrer para a terra. Uma

segregação pode ser estabelecida entre

os condutores, como também entre os

contatos abertos de um dispositivo de

manobra ou secionador.

• Bucha de passagem: consiste em

uma estrutura isolante contendo um

ou mais condutores que atravessam

um invólucro ou divisão isolando-os,

incluindo os meios de fixação.

• Componente: parte essencial do

circuito principal ou de aterramento

de um conjunto de manobra e

controle em invólucro metálico, que

desempenha uma função específica. Por

exemplo: disjuntor, secionador, fusível,

transformador para instrumentos,

buchas e barramentos.

• Circuito principal de um conjunto:

todas as partes condutoras de um

conjunto de manobra e controle em

invólucro metálico, presentes em um

circuito destinado a conduzir energia

elétrica. Os componentes deste circuito,

via de regra, utilizam circuitos auxiliares.

Assim sendo, um circuito auxiliar é

composto por todas as partes condutoras

de um conjunto de manobra e controle

em invólucro metálico presentes em

um circuito (que não seja o circuito

principal) destinado a controle, medição,

proteção, sinalização e regulação.

• Circuito de aterramento compreende

a conexão de todos os dispositivos

de aterramento ou pontos destinados

ao aterramento previstos para serem

conectados à barra de terra do conjunto

de manobra e controle em invólucro

metálico, que será conectada ao sistema

de aterramento da instalação.

• Dispositivo de alívio de pressão tem

como objetivo limitar a pressão em um

compartimento. Atenção especial a este

dispositivo se dará quando da leitura do

Anexo A da norma, quando falaremos

sobre o ensaio de arco interno devido a

falha interna, cujas características e bom

funcionamento são essenciais para a boa

performance no momento do defeito.

• Compartimento preenchido com

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fluido é o compartimento de um

conjunto de manobra e controle em

invólucro metálico preenchido com

fluido, gás ( que não seja o ar ambiente)

ou líquido, com o propósito de isolação.

• Temperatura do ar ambiente é a

temperatura determinada nas condições

prescritas do ar ao redor do conjunto

de manobra e controle em invólucro

metálico. Essa temperatura é importante

para limitar o uso de conjuntos, pois,

a capacidade de condução de corrente

do conjunto depende da temperatura

máxima de operação ambiente.

• Parte removível de um conjunto

corresponde à parte do conjunto de

manobra e controle em invólucro

metálico conectada ao circuito principal

e que pode ser totalmente removida

dele e recolocada, mesmo que o circuito

principal da unidade funcional esteja

energizado.

• Parte extraível de um conjunto

corresponde à parte removível do

conjunto de manobra e controle em

invólucro metálico que pode ser

movida para posições nas quais uma

distância de isolamento ou segregação

entre contatos abertos é estabelecida,

enquanto a parte permanece

mecanicamente fixada ao invólucro.

Algumas posições de uma parte

extraível são determinadas, quais sejam:

• Posição de serviço, que é a posição

de uma parte removível em que ela

está completamente conectada para a

sua função prevista.

• Posição de aterramento, que é a

posição de uma parte removível ou

estado de um seccionador no qual

o fechamento de um dispositivo de

manobra mecânico curto-circuita e

aterra um circuito principal.

• Posição de teste de uma parte

extraível é a posição de uma parte

extraível em que uma distância

de isolamento ou segregação é

estabelecida no circuito principal e

na qual os circuitos auxiliares estão

conectados.

• Posição desconectada de uma

parte extraível é a posição de uma

parte extraíve l em que é estabelecida

uma distância de secionamento

ou segregação nos circuitos da

parte extraível que permanece

mecanicamente ligado ao invólucro.

Em conjuntos de manobra e

controle em invólucros metálico

de alta-tensão, os circuitos de

controle e auxiliar podem não ser

desconectados.

• Posição removida é a posição de

uma parte removível quando esta

estiver elétrica e mecanicamente

separada do invólucro.

• Categoria de perda de continuidade

de serviço (LSC): para os colegas que

iniciaram suas carreiras no século passado,

tínhamos como referência os cubículos

conhecidos como "Metal-Clad" e "Metal­

Enclosed", cuja aplicação determinava a

compartimentação interna dos conjuntos

de manobra em alta-tensão, mas que

não tinha uma aplicação direta com a

disponibilidade de funcionamento do

conjunto quando compartimentos fossem

abertos em operação normal. Assim, a

categoria que define a possibilidade de

manter outros compartimentos e/ou

unidades funcionais energizadas quando

um compartimento de circuito principal

for aberto é estabelecida pela classificação

LSC, que descreve o nível para o qual

os conjuntos de manobra e controle são

previstos para permanecerem operacionais

no caso de ser necessário acesso a um

compartimento de circuito principa l. O

nível considerado necessário para abrir

compartimentos de circuito principal

energizado pode ser dependente sob vários

aspectos. Entretanto, a categoria LSC não

descreve classificação de confiabilidade de

conjunto de manobra e controle.

• Conjunto de manobra e contro le

de categoria LSC2: essa categoria

compreende os conjuntos de manobra e

controle com compartimentos acessíveis,

que não sejam os compartimentos dos

barramentos de um conjunto de manobra

e contro le de um único barramento .

Para conjunto de manobra e controle

em invólucro metálico, quando qualquer

compartimento acessível em uma

unidade funcional for aberto, todas as

outras unidades funcionais são previstas

para permanecerem energizadas e

operando normalmente. Uma exceção

se aplica ao caso do compartimento

de barramento principa l do conjunto

de manobra e controle de um único

barramento, o qual, quando aberto,

impede a continuidade do serviço. Duas

subdivisões são reconhecidas:

• LSCl é o conjunto de manobra e

controle em invólucro metá lico que

não pode ser configurado como

categoria LSC2.

• LSC2B: conjunto de manobra e

controle de categoria LSC2 onde

o compartimento dos cabos é

também previsto para permanecer

energizado quando qualquer outro

compartimento acessível da unidade

funciona l correspondente for aberto.

• LSC2A: conjunto de manobra e

controle LSC2, que não seja possível

classificar como LSC2B.

No próximo capítulo deste fascículo

abordaremos as características nominais

importantes para a determinação de um

conjunto de manobra e controle de alta­

tensão, além dos requisitos de projeto e

construção obrigatórios para os conjuntos.

Até lá!

*Nunziante Graziano é engenheiro

eletricista , mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia

e Ambiente da Universidade de São

Paulo (IEEIUSP), Doutor em Business

Administration pela Florida Christian

University, membro do ABNTICB-003/

CE 003 017 003 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão" , Conselheiro

Regional do CREA-SP e diretor da Gimi

Pogliano Blindosbarra Barramentos

Blindados e da GIM/ Quadros elétricos.

CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

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