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Edição especial para distribuição gratuita pela Internet,através da Virtualbooks, com autorizaçãodo Autor.

MANUAL DE REDAÇÃOCIENTÍFICA

Gian Danton

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Copyright © 2000, virtualbooks.com.brTodos os direitos reservados a Editora Virtual BooksOnline M&M Editores Ltda.É proibida a reprodução doconteúdo deste livro em qualquer meio de comunica-ção, eletrônico ou impresso, sem autorização escritada Editora.

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MANUAL DE REDAÇÃOCIENTÍFICA

Gian Danton

APRESENTAÇÃO

Este livro surgiu quando percebi a dificuldade que meusalunos tinham para escrever cientificamente. O texto científico émuito diferente de uma dissertação de vestibular.

Um aluno típico de graduação ou de cursos seqüenciaistem uma série de dúvidas: Como fazer uma referênciabibliográfica? Como fazer uma citação? Como fazer umabibliografia? Resenha é o mesmo que resumo? Para que serveo fichamento?

Esse livro pretende responder a essas questões de formasimples e prática.

Ele é destinado, portanto, a estudantes que estão seiniciando na redação científica, que precisam fazer um trabalhopara determinada disciplina, mas não sabem como fazê-lo.

Para evitar que a obra se tornasse demasiadamente

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extensa, não foram abordados aspectos metodológicos. Se vocêencontra dificuldades metodológicas, procure livros sobre oassunto. Há ótimas obras de metodologia científica no mercado.

INTRODUÇÃOAs características da redação

científica

A redação científica apresenta algumas características que adiferenciam de todos os outros tipos de redação. A primeira delas, claro,refere-se ao objetivo. Um texto científico não pretende divertir ou distrair(embora possa fazer essas duas coisas). Sua intenção é transmitirinformações científicas.

Mas aqui há uma diferença. Existem dois tipos de textosrelacionados à ciência. O primeiro seria a comunicação científica primária.Nesse caso, o cientista divulga sua descoberta ou suas idéias para outroscientistas. E há a comunicação científica secundária, em que o cientistaescreve para o leigo.

Atualmente apenas o primeiro tipo tem sido considerado um textocientífico. O segundo caso, em que o cientista escreve para não-cientistas, seria divulgação científica.

O texto científico (comunicação primária) é representado pelasmonografias, papers, artigos científicos e resenhas publicadas em revistasespecializadas. A divulgação científica é representada pelos artigos emjornais e revistas populares, como a Superinteressante e a Galileu.

A redação científica apresenta algumas características formaismuito facilmente perceptíveis. A primeira delas é a utilização do argumentoda autoridade. Cada informação importante deve ser validada e confirmada

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por uma autoridade no assunto. Essa é a razão pela qual os textoscientíficos têm tantas citações.

A segunda característica formal é a linguagem unívoca.Ou seja, cada palavra importante deve ser muito definida paraevitar dupla interpretação. O correto é que todas as pessoasque leiam o texto o compreendam da mesma maneira, aocontrário da literatura, que busca a linguagem plurívoca.

Ou seja, cada vez que lemos um bom livro, temos umainterpretação diferente. Isso, que é uma característica da boaliteratura, é um pecado mortal em um texto científico.

Os dois textos que apresento a seguir mostram bem essadiferença entre um texto científico e um texto de divulgação científica.Ambos discutem alguns aspectos básicos da epistemologia e dão, aoleitor, uma idéia básica a respeito da discussão sobre o que é ciência e oque distingue o conhecimento científico de outros tipos de conhecimento.

Reparem que a estrutura do primeiro é mais rígida e que há autilização quase excessiva do argumento da autoridade. Cada afirmaçãoimportante é acompanhada de uma afirmação semelhante de umaautoridade, a fim de reforçá-la. Por outro lado, o texto é muito preocupadocom o rigor no uso das palavras. Evita-se o uso de metáforas ou de frasesque possam ter dupla significação.

EXEMPLO ICIÊNCIA E IMAGINAÇÃO

(Texto extraído da dissertação de mestrado “A Divulgação Científicanas Histórias em Quadrinhos: Análise do Caso Watchmen”)

No editorial da edição de janeiro de 1988 da revista dedivulgação científica Superinteressante lemos o seguinte:

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Quero afirmar um dos princípios básicos deSuperinteressante: nossa matéria prima é arealidade. Jamais usaremos a imaginação paratorná-la mais rica, fantástica ou atraente, poisacreditamos que o mundo real é muito maisfascinante do que qualquer outro que o homempossa criar.1

Depreende-se do texto que a imaginação é como um corpoestranho à ciência, um parasita que deve ser eliminado por aquelesque pretendem, de fato, realizar ciência ou exercer a divulgaçãocientífica. Tal posição identifica-se, evidentemente, com a distinçãoentre os contextos da descoberta e da justificativa. Como explicaIsaac Epstein, tal distinção remonta a Hans Reinchenbach:

Eu introduzirei os termos contexto da descobertae contexto da justificativa para marcar a bemconhecida diferença entre o modo como opensador descobre seu teorema e a sua maneirade apresentá-lo ao público. 2

A imaginação pertence ao contexto da descoberta e oscientistas que defendem tal separação, pregam que esse é umcontexto que não interessa à ciência. Hempel explica essavalorização:

O que determina a solidez de uma hipótese não éo modo como se chegou a ela (pode ter sidosugerida até mesmo por um sonho ou por umaalucinação) mas o modo como se mantém quandoconfrontada com os dados relevantes relacionadoscom a observação.3

Essa maneira de ver a ciência faz parte de uma tentativa depurificação da mesma. Seus idealizadores pretendiam, com isso,

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facilitar a distinção entre o que é o que não científico. Assim, a maneirapela qual o cientista chegou ao seu descobrimento seria irrelevante,algo a ser estudado pela história ou pela psicologia da ciência. Oque interessaria realmente seria como a hipótese se agüentariadepois de examinada, justificada, criticada e aferida

Isaac Epstein, no entanto, argumenta que essa divisão ésublinhada muito mais pelos autores cujos trabalhos se incluem nocontexto da justificação do que por aqueles que se ocupam docontexto da descoberta: “Para esses últimos (Feyerabend é umexemplo) a própria divisão dos contextos é irrelevante e artificial.Khun duvida da validade da distinção”.4

O trabalho de Kuhn, ao mostrar que a ciência caminha ao passodas revoluções e não da evolução continuada, valoriza os aspectossociais e principalmente históricos da ciência. Sua obra pertence aocontexto da descoberta.

Kuhn, aliás, reclama da pouca atenção dada à história daciência: “Se a história da ciência fosse vista como algo mais que umrepositório para anedotas e cronologias, poderia produzir umatransformação decisiva na imagem da ciência que atualmente nosdomina”.5

Da mesma forma, a imaginação não é valorizada pela ciênciaque, com isso, corre o risco de parecer ingrata. Segundo Edgar Morin,

A imaginação, a iluminação, a criação sem asquais o progresso das ciências não teria sidopossível, só entravam na ciência às escondidas:não eram logicamente assimiláveis e eram sempreepistemologicamente condenáveis. Falava-sedelas nas biografias dos grandes sábios, masnunca nos manuais e tratados, de que no entantoa sombria compilação, como camadassubterrâneas do carvão, eram constituída pelafossilização e pela compreensão de que, em

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primeiro lugar, tinham sido fantasias, hipóteses,proliferação de idéias, invenções, descobertas.6

Portanto, a ciência e a imaginação estão intimamente ligados:

Vemos, aliás, logo que se pensa na investigação,com sua atividades de espírito, com o papel daimaginação, toma-se consciência de que asnoções de arte e ciência, que se opõem naideologia dominante, têm alguma coisa emcomum.7

Essa relação ocorre em duas vias. Por um lado o cientista éinfluenciado pela sociedade na qual vive. Essa influência se dá emvários aspectos. Não só na teoria, na hipótese, como na observação.Gerald Fourez explica que

existe também, anterior a todo objeto, umaestrutura organizada do mundo no qual se inseremobjetos. É o que os sociólogos Peter Berger &Thomas Luckman (1978) chamaram de a“construção social da realidade” . Por isso,entendem essa organização do universo ligada auma determinada cultura, seja a de uma tribo depescadores da Amazônia, seja a nossa culturaindustrial, e que situa a visão de um tal modo quecada uma das coisas pode encontrar seu lugar (ouantes) , que determina o que serão os objetos.8

Portanto, o cientista é constantemente influenciado pelasociedade na qual vive. Suas teorias são sugeridas pela arte e avisão do mundo que determina os objetos também é constantementeinfluenciada pela arte.

Voltando à imaginação, ela interfere na metodologia científicaainda em dois aspectos: na construção de modelos e nas hipóteses.

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O real jamais é apreendido exatamente como ele é. SegundoIsaac Epstein:

A percepção e inteligibilidade são graus sucessivosde abstração através dos quais nos damos contada realidade. Percebemos um objeto ouentendemos uma lei, e estes contêm sempremenos variedade ou informação do que o estadomais desordenado do qual esse objeto ou esta leisão abstraídos. 9

Portanto, a percepção se dá sempre através de modelos eusamos a imaginação para condensar essa informação. Algunsargumentariam que esse processo de criação de modelos é racional.Este é, sem dúvida, um ponto de vista equivocado. Isso porque oprocesso de construção ocorre diariamente, a todo instante, e não éum processo consciente. O tempo todo estamos construindomodelos para perceber a realidade que nos cerca. Instada a visualizarmentalmente um pássaro, pouquíssimas pessoas se lembrarão deum pássaro específico ou de detalhes. A maioria se lembrará deuma silhueta voadora. E, provavelmente, ninguém se lembrará deum pingüim. Se usássemos a razão a cada modelo que construímos,nossa percepção seria extremamente lenta. A imaginação e ossentimentos são muito mais importantes nesse processo.

Segundo Fourez, para observar,

é preciso sempre relacionar aquilo que se vê comas noções que já se possuía anteriormente. Umaobservação é uma interpretação: é integrar umacerta visão na representação teórica que fazemosda realidade (...) Para dizê-lo ainda de outro modo,observar é fornecer um modelo teórico daquilo quese vê, utilizando as representações teóricas de quese dispunha.10

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Depois de observar, o cientista precisa explicar o que viu, ouantever o que não viu. Para isso ele usa as hipóteses, uma ferramentaessencialmente imaginativa. Usemos como exemplo a paleontologia.Sendo uma ciência que estuda animais extintos, especula-se comoeles seriam a partir dos indícios encontrados. Assim, por uma sériede características dos ossos encontrados, sabe-se que odeinonychus era um predador. Como os ossos foram encontradosnuma região de floresta, especula-se que sua pele fosse pintadapara se confundir com as folhas e sombras.11

Já o diplodochus era herbívoro e, portanto, não precisava tercamuflagem para caça. Por outro lado, seu tamanho afastava ospredadores. Daí especula-se que sua pele não precisaria decamuflagem sendo, portanto, marron-escuro.

O fato de serem baseadas em evidências científicas reaisnão diminui o caráter de imaginação das hipóteses. O exemplo dapaleontologia é exemplar porque nada realmente garante que osdinossauros eram como imaginam os cientistas. Mas há outrosexemplos. O melhor deles, talvez, se relacione com a descobertade Mercúrio.

O astrônomo Urbain Joseph Le Verrier estava intrigado comperturbações na órbita de Urano. Segundo o paradigma newtoniano,essas perturbações deveriam ser provocadas por planetas vizinhos,no caso Júpiter e Saturno. Mas os cálculos não davam apoio a essahipótese. Deveria haver um terceiro agente provocando aquelaperturbação:

Não importava que jamais tivesse sido observado:deveria haver um terceiro astro causandoperturbações na órbita de Urano (...) Conhecendoqual a margem daquela perturbação quepermanecia inexplicada, calcula as característicasdo corpo que deveria necessariamente causá-las.Calcula não só a massa do astro, como também

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sua distância de Urano, e até mesmo a posiçãoque deveria ocupar em determinado momento.12

De posse desses dados sobre a posição do astro no céu, Le Verrierescreveu ao astrônomo alemão Johan Gottfried Galle pedindo queverificasse a região do firmamento onde o novo planeta deveriaaparecer. Galle, que possuía um telescópio mais potente que o doseu colega francês, não teve dificuldades em visualizar o astro decor esverdeada, que ganharia o nome de Netuno, em homenagemao deus romano do mar.

Pode-se argumentar que a hipótese de Le Verrier estavacalcada no paradigma de Newton, o que é verdade. Não houvesseesse paradigma, o astrônomo não teria nem mesmo formulado ahipótese da existência do novo planeta. Entretanto, o que advoga afavor da imaginação é que o paradigma não levava, necessariamente,a essa hipótese. Le Verrier poderia ter ignorado o problema, ou seconformado com a idéia de que Júpiter e Saturno estavam alterandoa órbita de Urano. Ao especular que havia mais um planeta no sistemasolar, ele estava usando a imaginação. Isso porque a imaginação éa faculdade que usamos, entre outras coisas, para completar dadosda realidade que não estão disponíveis.

Assim, a faculdade que o cientista usa ao formular umahipótese é a mesma que usamos ao nos perguntarmos: “Se houvervida em outro planeta (e provavelmente há), como ela seria?”. É,portanto, uma pergunta do mesmo gênero que Adous Huxley se fezao escrever Admirável Mundo Novo: “Como seria um mundo emque as pessoas fossem dominadas pelas técnicas de manipulaçãobehavorista?”.

EXEMPLO IIPARADIGMAS

(Texto publicado no jornal O LIBERAL Amapá)

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Uma das expressões mais recorrentes no vocabulário de quem tentafalar difícil é paradigma. No entanto, são poucas as pessoas que conhecemo real significado dessa palavra.

O termo paradigma, no sentido definido pelo filósofo T.S. Kuhn, estáintimamente relacionado à ciência e às revoluções científicas. Ele representaum guia, para análise e interpretação da natureza. Ou, como costumo dizer,o paradigma é um óculo que ajuda o cientista a ver e compreender a natureza.

Vamos a um exemplo. Durante uma aula de ciências, o professorsolta uma pedra e ela cai ao chão. O mestre, em seguida, explica aos alunosque a pedra despencou em decorrência da força da gravidade, que a puxoupara baixo.

A explicação é baseada no paradigma newtoniano, segundo o qualmatéria atrai matéria. Quanto maior o objeto, mais atração ele exerce. Comonosso planeta é muito maior que a pedra, ele a atrai, e não o contrário.

Assim, o paradigma estabelecido por Newton nos ajuda a observar eentender o fenômeno da pedra caindo.

A explicação pode parecer óbvia, mas não é. O paradigma aristotélico,anterior ao de Newton, tinha uma maneira diferente de compreender ofenômeno. Para Aristóteles, a tendência das coisas é voltar ao seu estadonatural. O estado natural das coisas pesadas são os locais baixos, assimcomo o estado natural das coisas leves são os locais altos. Assim, umapedra cai pelo mesmo motivo pelo qual um balão sobe: ela está voltando aoseu estado natural.

Digamos, no entanto, que, ao invés de cair, a pedra fique flutuandono ar. Professores e alunos certamente ficariam estarrecidos. Por quê? Porquea natureza estaria contrariando o paradigma. A pedra voadora seria umaanomalia, um fenômeno que não se encaixa na expectativa que temos comrelação à natureza.

(Detalhe: uma criança de dois anos não acharia nada de anormal noepisódio, pois ela ainda não aprendeu o paradigma segundo o qual as coisascaem quando soltas)

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A maioria dos cientistas tende a ignorar as anomalias. “Ei, crianças!Isso é apenas uma alucinação. Essa pedra não está flutuando”, diria oprofessor.

Mas alguns pesquisadores, jovens e aventureiros, decidem pesquisara anomalia e descobrem que, para explicá-la, é necessário mudar a maneiracomo vemos o mundo. São as chamadas revoluções científicas.

A história é repleta de revoluções científicas: o heliocentrismo deGalileu; a teoria da evolução, de Darwin; a teoria da relatividade, de Einsteine, mais recentemente, a teoria do caos.

Ao contrário do que se poderia pensar, ou do que nos fazem crer oslivros de história, os cientistas revolucionários dificilmente são aclamadospela sociedade de seu tempo. Galileu quase morreu na fogueira. Darwinsofreu todo tipo de crítica. A teoria do caos chegou a ser acusada decharlatanismo.

A principal contribuição da noção das revoluções científicas pareceter sido acabar com o mito da ciência acumulativa, vista como um muro noqual cada cientista ia acrescentando seu tijolinho. Durante as revoluçõescientíficas, gerações de novos pesquisadores entram em conflito com oscientistas normais. E o que definirá se um paradigma irá sobreviver não é asua cientificidade, e sim sua capacidade de explicar o mundo. E, bem, háuma outra razão: a comunicação. Triunfam aqueles paradigmas cujos adeptosdivulgam seu ponto de vista. Mas isso é assunto para outro artigo.

PARTE IA PESQUISA

Aristóteles já dizia que, antes de começar a escrever,

devemos pesquisar bastante sobre o tema. É a fase da invenção.

Devemos saber o que outras pessoas já escreveram sobre o assunto

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e quais são os dados já confirmados.

Mesmo que sua tese seja sobre um tema aparentemente

novo, como “O uso do e-mail como prova em tribunais”, ainda assim

haverá textos importantes a serem consultados. Livros ou sites sobre

a história da internet, por exemplo, são indispensáveis.

Muitos indivíduos acham que essa pesquisa pode tirar a

originalidade de seu trabalho. Para eles, citar outros autores pode

ser caracterizado como plágio. Nada mais falso.

Certa vez fui procurado por um rapaz que tinha pretensões

de se tornar escritor. Ele queria informações sobre como escrever

um romance policial.

Antes de mais nada, eu o aconselhei a consultar os autores

clássicos do gênero. O romance policial tem duas principais

correntes. Uma, a dedutiva, é representada pela figura de Sherlock

Holmes, de Conan Doyle. O detetive se senta em sua cadeira, fuma

um cachimbo e, apenas usando a força de seu intelecto, consegue

solucionar o crime.

No outro lado estaria o chamado romance “noir”, representado

por San Spade e Continental Op, ambos de Dashiel Hammett. O

detetive noir envolve-se com a ação e, embora seja perspicaz, só

consegue solucionar o crime por estar intimamente envolvido com a

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história, chegando, às vezes a se disfarçar de bandido para conseguir

seus objetivos.

Eu, portanto, aconselhei o neófito a ler Doyle, Hammett e,

claro, Edgar Allan Poe, o pai da narrativa policial. O rapaz se recusou

terminantemente, alegando que não queria ser influenciado.

Passados dois meses, ele me trouxe um monstrengo de 100

páginas. A história, que deveria ser original, era na verdade um plágio

de Hammett. Plágio involuntário, mas ainda assim plágio. O rapaz

assistira tantos filmes, tantos seriados baseados na obra de

Hammett, que se tornara um imitador dos imitadores do autor

americano.

A pesquisa serve, entre outras coisas, para isso: para evitar

que seja reinventada a roda. Até porque a originalidade é um dos

fatores de cientificidade. Fazer uma tese defendendo que a Terra

gira ao redor do Sol é uma atitude não-científica. Entretanto, se

descobrirmos uma maneira inusitada de comprovarmos esse

fenômeno, a tese será científica.

AS FICHAS

Um dos instrumentos mais úteis na elaboração de uma

pesquisa é a ficha. Há vários tipos de fichas, que veremos a seguir.

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FICHA BIBLIOGRÁFICA

Tem como objetivo reunir uma bibliografia sobre o tema pesquisado.

Geralmente inicia com um livro sobre determinado assunto, em geral

um livro de iniciação. A partir da bibliografia desse livro, pode-se

procurar outras fontes de pesquisa. No exemplo abaixo, estávamos

interessados no tema “teoria da informação”. Assim, procuramos

no livro de Epstein, básico sobre o assunto. O livro de Epstein nos

levou ao de Pignatari. Na bibliografia de Pignatari, encontramos uma

referência a outra obra de Epstein que não se encontrava no primeiro

livro. Também é aconselhável na ficha bibliográfica indicar a possível

localização do volume.

Exemplo de ficha bibliográfica

Teoria da informação

EPSTEIN, Isaac. Teoria da Informação . São Paulo, Ática, 1986.(Biblioteca do CEAP)PIGNATARI, Décio. Informação. Linguagem. Comunicação .São Paulo, Perspectiva, 1976. (Biblioteca Pública)

EPSTEIN, Isaac. Alguns aspectos da Teoria da Informação inProduto e Linguagem , nº 3. São Paulo, Associação Brasileira deDesenho Industrial, 1966.

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FICHA DE CITAÇÕESAs citações servem para dar um aspecto mais respeitável ao texto

científico. Elas demonstram que você pesquisou o assunto e dão o

embasamento de autores consagrados à sua idéias. Importante

lembrar que as citações devem ser oportunas e a autoridade citada

deve ser, notoriamente, uma sumidade no assunto. As fichas de

citações são a maneira mais rápida de recolher possíveis citações

para o seu trabalho, especialmente quando você não dispõe do livro

(É o caso, por exemplo, de um livro lido na casa de um amigo, ou na

biblioteca).

Exemplo de ficha de citação

Teoria da informação

MCLUHAN, Marshall & FIORE, Quentin. Os Meios São asMassa-gens . Rio de Janeiro, Record, 1969, p. 100“A cidade do futuro, de circuitos elétricos, não será essefenomenal aglomerado de propriedade imobiliária concentradapela ferrovia. Ela adquirirá um significado inteiramente novo sobcondições de movimentação extremamente rápida. Será umamegalópolis de informação. O que resta da configuração dascidades ´anteriores´ se parecerá muito com as Feiras Mundiais –lugares onde se exibem novas tecnologias, não lugares detrabalho ou de moradia”.

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FICHA DE LEITURAEsse tipo de ficha traz um resumo do livro. Segundo Umberto eco, a

ficha de leitura é “aquela em que você anota com exatidão todas as

referências bibliográficas concernentes a um livro ou artigo, explora-

lhe o conteúdo, tira dele citações-chaves, forma um juízo e faz

observações”. 13

Ainda segundo Eco, uma ficha de leitura deve ter as seguintes

informações:

1) Indicações bibliográficas precisas;

2) informações sobre o autor;

3) citações literais dos trechos que se pretende usar no trabalho;

4) comentários pessoais no começo, meio e fim da ficha;

5) Uma indicação sobre o tema da ficha.

Exemplo de Ficha de leitura

Teoria da informação

EPSTEIN, Isaac. Teoria da Informação . São Paulo, Ática, 1986.

Epstein é uma sumidade no assunto. Esse, embora seja um livro

de introdução ao assunto, acabou se tornando uma referência

obrigatória para a teoria. Epstein fala de códigos, mensagens,

decifração de mensagens codificadas, redundância e sintaxe. Outros

temas: entropia, redundância, fontes ergódicas e quantificação da

informação. Atenção para o terceiro capítulo: “O que é informação”.

Nesse capítulo, Epstein trabalha o conceito de entropia e explora os

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conceitos de demônio de Maxwell e demônio Laplaciano, que

poderiam servir para meu trabalho, em especial no que diz respeito

ao Doutor Manhatthan ser uma referência à entidade imaginada por

Laplace para representar o determinismo.

Citação importante:

“A inteligência suposta por Laplace seria onisciente, mas

impotente para provocar qualquer modificação no curso dos eventos.

Restaria a ela um olhar entediado sobre o porvir, pois nada poderia

ocorrer que não tivesse já previsto” (p. 30-31).

Epstein tem também, pela mesma editora, um volume sobre

cibernética e outro sobre semiótica. Também dele é uma coletânea

sobre cibernética e comunicação, da Cultrix/Edusp, difícil de

encontrar.

PARTE IITIPOS DE TEXTOS CIENTÍFICOS

RESENHAA resenha se parece muito com uma ficha de leitura, mas

costuma ser mais extensa. Ela é um resumo crítico de uma obra,

destacando as principais idéias do autor. Mas atenção: resenhar não

significa simplesmente resumir, como acredita a maioria das

pessoas.

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Um dos erros básicos de quem faz uma resenha pela primeira

vez é esquecer de fazer referência ao texto que está sendo

resenhado. Muitos se prendem apenas às idéias e se esquecem do

autor e do texto.

A resenha, além de condensar as idéias principais do autor,

pode trazer também comentários e exemplos pessoais do resenhista.

Conexões com outros textos que falem do assunto são não só

permitidas como também aconselháveis.

Citações do autor resenhado podem e devem ser feitas.

Essas citações podem ser diretas ou indiretas.

PAPERÉ um artigo científico, geralmente escrito para apresentações

em congressos. Um paper em geral segue menos regras que uma

monografia e costuma ter uma quantidade menor de páginas, em

geral um mínimo de oito e um máximo de 15.

Esse tipo de artigo não precisa expressar o resultado de uma

pesquisa, podendo ser, inclusive, um relato de experiência. Apesar

da menor formalidade, um paper deve seguir as regras de citações

bibliográficas.

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MONOGRAFIA

Chegamos aqui ao principal tipo de texto científico. Monografia,

como o próprio nome diz, é um texto que procura analisar e pesquisar

um determinado assunto muito específico.

Bem, como é óbvio, a primeira coisa ao elaborar uma monografia

é a delimitação do tema. Deve-se evitar trabalhar com temas muito

amplos justamente porque mais do que em qualquer situação, em

um texto científico é impossível abraçar o mundo com as pernas. É

a delimitação que permite que o assunto seja aprofundado, e permite

também que o autor tenha controle sobre ele. Para fazer uma boa

monografia sobre um tema amplo, seria necessário toda uma vida,

e mesmo assim é capaz que saísse algo fraco.

Além disso, é importante lembrar que o autor de uma monografia

deve se tornar uma autoridade naquele assunto. E, teoricamente,

ele deve entender mais do assunto mais do que o orientador ou as

pessoas que fizerem parte de sua banca. Se faço uma monografia

sobre um tema amplo, vamos dizer “Aborto”, dificilmente terei

condições de dominar completamente o assunto e certamente os

componentes da banca entenderão mais de aborto do que eu.

Se, no entanto, eu trabalho o tema “Aborto em casos de violência

sexual”, isso delimita mais o meu assunto e me permite ter mais

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controle sobre ele. Poucas pessoas são especializadas nesse

assunto. Mas é possível delimitar ainda mais o tema. Vejam: “O aborto

em casos de violência sexual em Macapá no período de 1990 a 1998”.

Será absolutamente impossível encontrar alguém que entenda mais

do assunto do que a pessoa que fez a pesquisa e ela passa a ser, a

partir daí, a autoridade naquele assunto.

PARTE IIIAPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA

MONOGRAFIA

MARGEM

Hoje, com o advento da informática e o uso doseditores de texto, como o Microsoft Word, a margem se tornouuma preocupação a menos. A maioria dos programas já vêmcom uma formatação correta para uma monografia, mas casoisso não ocorra, as medidas são as seguintes:

Superior: 3 ou 4 cmEsquerda: 3 cmDireita 2 cmInferior: 1,5

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CAPA

Na capa devem constar o nome da instituição e o curso, onome do trabalho, do aluno e data.

Atenção: é aconselhável colocar o nome completo, ou pelomenos o primeiro e último nome e, se for o caso, o número dematrícula. Há pessoas que colocam apenas o primeiro nome, oque é um erro gravíssimo. Nome como Maria, João, Paulo e Alansão muito comuns e é bastante provável que haja mais de umapessoa com esse nome na turma.

Outro erro comum é colocar apenas o nome do meio, ouum apelido. Assim, alguém chamado José Aparecido Santos daSilva, acaba assinando apenas como Cido, ou Aparecido, ouSantos. As três formas estão erradas.

Um trabalho para uma determinada disciplina deveria serassinado assim: José da Silva – nº 54.

No caso de um Trabalho de Conclusão de Curso, convémperguntar ao orientador se ele aconselha ou não colocar o númerode chamada.

EXEMPLO DE CAPA

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ – CEAPCURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

TURMA ECN1 –A

A PROFISSÃO DE ECONOMISTA NO ESTADO DO AMAPÁ

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JOSÉ DA SILVA – Nº 54MARIA PEREIRA – Nº 17

Macapá – APOutubro de 1999

FOLHA DE ROSTO

Deve conter o nome do aluno, do trabalho e um texto explicativosobre o trabalho.

EXEMPLO DE FOLHA DE ROSTO:

José Marcos da Silva

AVALIAÇÃO E PROPOSTA DE APERFEIÇOAMENTO DE UMPROCESSADOR GRÁFICO INTERATIVO

Tese apresentada ao Departamento deCiências da Computação do Institutode Ciências Exatas da UniversidadeFederal de Minas Gerais comorequisito parcial para a obtenção dograu de Doutor em Ciências daComputação.

RESUMONormalmente, a maior parte das instituições exigem que as

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monografias ou papers apresentados tenham um resumo. No caso

dos congressos, o resumo costuma ser publicado em um catálogo

com todos os trabalhos apresentados. Mesmo quando o trabalho

acaba não sendo publicado, o resumo é importante. Existem

empresas especializadas em recuperação de informação para as

quais os resumos são muito úteis. Digamos que você esteja fazendo

uma tese sobre os duplos em Edgar Allan Poe. Essas empresas

podem conseguir para você todo o material inédito (monografias,

dissertações e teses) escritas sobre o assunto. E elas se guiam

pelos resumos.

Algumas universidades exigem que os trabalhos tenham, além

do resumo, um abstract, que é o resumo em inglês. O objetivo é

justamente facilitar a recuperação da informação.

EXEMPLO 1:

O artigo demonstra a importância e a significação do tema “o

duplo” na poética de Edgar Allan Poe. O tema dos duplos, além de

suas significações psicológicas, demonstra a influência de Poe sobre

autores contemporâneos, em especial Rubem Fonseca, Umberto

Eco e Jorge Luís Borges.

EXEMPLO 2

RESUMOA relação história em quadrinhos/ciência passou por várias fasesdistintas. Em um primeiro momento, as HQs ignoram a ciência.Depois, com o surgimento da ficção científica nos quadrinhos,escritores e desenhistas se esforçaram em usar a ciência e a

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tecnologia em suas histórias, tentando prever suas realizações.Esse é um período marcado por muitas antecipações..Finalmente, em nossos dias, os quadrinistas estão divulgandouma visão crítica da ciência. Isso representa o amadurecimentoda linguagem da HQ: os quadrinistas estão tomando partido deuma ciência ética e de paradigmas emergentes, representadospela teoria do caos. Watchmen é, provavelmente, o melhorexemplo desse processo.

ABSTRACT

The relation between science and comics passed by some different

phases. In a first time, comics ignored science. In a second time,

with the begin of science fiction in comic stores, writers and drawers

strengthen to use science and technology, and to foresee it’s

realization. In this moment there are a lot of anticipations. Finally, in

now a day, comics authors are divulging a criticism vision of science.

It’s represent the maturation of comics language: the authors are

taking side of ethic science and new paradigm represented by chaos

theory. Watchmen is, probably, the best example of it.

DEDICATÓRIA (opcional)

Na dedicatória o autor homenageia alguém, dedicando-lheo trabalho. A dedicatória é livre, podendo ser feita para pessoasconhecidas (filho, mãe, amigo) ou para personalidades.

EXEMPLO DE DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os cientistas que foramincompreendidos em seu tempo, de Galileu a Darwin.

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AGRADECIMENTOS (opcional)

Em geral o agradecimento deve se restringir às pessoasque tiveram alguma relação com o trabalho. Há pessoas queagradecem a toda a família, do tataravô ao netinho.

EXEMPLO DE AGRADECIMENTO

Ao Professor Isaac Epstein, pela paciência e sabedoria.A Flávio Calazans, pelos valiosos conselhos.A Antonio Eder, pela biblioteca de Babel e pelos desenhos.

EPÍGRAFE (ocpcional)

A epígrafe é uma citação que se refere ao trabalho.

“O que os perturba? São os robôs dos sonhosque esvoaçam por seus berços alimentando-oscom o néctar fresco da inteligência, a estruturaquímica de cada gota codificada com umoceano de conhecimentos? Seus bicosestreitos gotejam álgebra, ciberbotânica e umacascata de linguagens excelentes. Não seriameles que os impedem de dormir?”Alan Moore

SUMÁRIO

O sumário é o índice do trabalho. Deve conter o número eo título dos capítulos, assim como a página de início dos mesmos.

EXEMPLO DE SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO ———————----------------------------—————— p.17INTRODUÇÃO ——————-------------------------------————————p. 22CAPÍTULO I – DE YELLOW KID A CHARLIE BROWN——---------— p. 32CAPÍTULO II – TIRAS DE JORNAIS E AS PÁGINAS DOMINICAIS--- p.75CAPÍTULO III – OS CONTEÚDOS IDEOLÓGICOS —--------------——P 108CAPÍTULO IV – A EVOLUÇÃO DO SIGNO GRÁFICO —---—---——P 137CONCLUSÃO ————————-------------------------------------------—— P. 156BIBLIOGRAFIA ——------------------------------------------------------------—— P. 168ANEXOS —————--------------------------------------------------------——— P. 171

LISTA (OU ÍNDICE) DE ILUSTRAÇÕES/GRÁFICOS OU ABREVIATURAS

Quando seu trabalhar tiver gráficos, ilustrações, ou houvera utilização muito freqüente de abreviaturas, deve-se fazer umalista para cada um desses itens. A lista segue as mesmas regrasdo sumário. Importante: no caso das ilustrações, elas devem Terum título, que deve ser reproduzido na lista.

EXEMPLO DE LISTA DE ILUSTRAÇÕES:LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Efeito Borboleta ——————-------———p. 29Figura 2 – Júlio Verne ———————-------—-----— p. 41Figura 3 – Robida, o inventor do futuro ——————p. 47Figura 4 – Big Numbers ————---------------———p. 58

APRESENTAÇÃO

A apresentação refere-se mais ao autor que ao trabalho. Na

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apresentação é possível, por exemplo, justificar a escolha dotema, e esclarecer a importância do mesmo.

INTRODUÇÃO

A introdução pode ser usada para demonstrar as coordenadas dotrabalho: objetivos, metodologia etc. Também é aconselhável usara introdução para definir os principais conceitos utilizados namonografia. Na introdução também deve-se começar a falar datese do trabalho, mas não concluí-la.

CAPÍTULOS

Os capítulos são usados para apresentar os argumentos eexemplos que fundamentarão a tese. Também é interessantereservar um capítulo para fazer um histórico do assunto.

AS CITAÇÕESComo já foi dito anteriormente, o argumento da autoridade é uma

das principais características da redação científica. Isso ocorre através

das citações, que podem ser diretas ou indiretas.

EXEMPLO DE CITAÇÃO INDIRETA

Para Aristóteles14 , a comédia é a imitação das pessoas

inferiores. O filósofo ressalta, no entanto, que o cômico se refere a

um tipo de feio específico, no qual não cabe a dor. Um exemplo

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disso é a máscara cômica usada no teatro grego que, embora

distorcida e feia, não expressa dor.

EXEMPLO DE CITAÇÃO DIRETA

Para Aristóteles, a comédia é a imitação das pessoas

inferiores e refere-se à feiúra. Entretanto, para ele, a comicidade “é

um defeito e uma feiúra sem dor nem destruição; um exemplo óbvio

é a máscara cômica, feia e distorcida, mas sem expressão de dor”15

Observe que tanto no caso da citação direta quanto na citação

indireta, a obra de onde foi tirada a informação deve ser referenciada,

seja na nota de rodapé, no corpo do texto, ou em nota no final do

capítulo.

Citações curtas (de até três linhas) são colocadas junto do texto

e devem vir referenciadas por uma nota de rodapé, um nota no final

do capítulo, ou entre parêntese. As citações longas devem vir em

parágrafo próprio, com um recuo. Veja:

EXEMPLO DE CITAÇÃO CURTA

Por outro lado, é a redundância que dá forma a uma mensagem

e permite que ela possa ser compreendida: “percebemos ou

entendemos o mundo, ou seja, num certo sentido, temos informação

a respeito dele a partir da redundância, que é uma redução dessa

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informação ou variedade”. 16

EXEMPLO DE CITAÇÃO LONGA

Portanto, o máximo de informação é também a não-comunicação:

Este é então o caráter dual da informação: porum lado, a TI é uma teoria que define ainformação como variedade, cuja quantidademáxima ocorre na desordem ou estado caótico.Por outro lado, a própria percepção, segundo ateoria gestaltica, só é possível na medida daemergência de uma forma que, à luz dosconceitos da TI, é forma justamente porquecontém menos variedade e portanto menosinformação do que o estado caótico17

CITAÇÕES DE FONTES NÃO BIBLIOGRÁFICAS

Uma dúvida comum entre os estudantes que elaboram sua

primeira monografia é com relação à utilização de fontes que não

tenham sido publicadas. Em especial quando se trata de uma

palestra, uma conversa ou uma carta. Nesses casos, basta usar,

na nota de rodapé, as expressões “Comunicação pessoal do autor”

ou “carta pessoal do autor”. É sempre recomendado, quando se faz

esse tipo de citação, entrar primeiro em contato com o autor e pedir

permissão para a inclusão de sua frase no trabalho. Atenção: essas

referências não devem constar na bibliografia final.

JARDIM, Silva. Carta pessoal do autor.

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JARDIM, Silva. Comunicação pessoal do autor.

A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Todas as citações devem ter uma referência bibliográfica.

Além disso, toda vez que se usa uma informação retirada de alguma

fonte, deve-se citar a fonte, como no exemplo:

Segundo Décio Pignatari, Edgar Allan Poe, um poetadesconsiderado pela crítica e pela história literária, voltanovamente à luz. Mas agora não no setor literário, mas nosavançados campos da Linguística Estrutural e da Teoria daInformação. 18

Observe-se que não só o autor da informação é citado,como também o livro do qual foi retirada a mesma (em nota derodapé).

Quando se trata de dados concretos, e não idéias, muitosacreditam que não é necessário citar a fonte. Erro grave. Se, porexemplo, digo que a quantidade de mulheres que realizam abortosno Brasil é superior ao de países da Europa, eu tirei esse dado dealguma fonte. Se eu não a citar, o leitor terá a impressão de que euinventei os dados.

Vejam o exemplo (fictício) de referência bibliográfica de umdado:

No Brasil atual as mulheres geram mais economia que oshomens.19

Embora eu não tenha citado o autor da fonte no texto, eu ofiz na nota de rodapé.

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COMO FORMATAR A REFERÊNCIABIBLIOGRÁFICA

LIVROS

SOBRENOME DO AUTOR, Primeiro nome do autor. Título doLivro sublinhado. Cidade em que foi publicado, Editora, ano,página.

EXEMPLO

ECO, Umberto. Como se Faz Uma Tese. São Paulo, Perspectiva,1998.

COLETÂNEA

SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Nome. Título do Artigo inSOBRENOME DO ORGANIZADOR, Nome (org). Título do Livrogrifado. Cidade, Editora, ano.

EXEMPLO

OLIVEIRA, Ivan Carlo Andrade de. A Ciência e a Razão nasHistórias em Quadrinhos in CALAZANS, Flávio (org). Histórias emQuadrinhos no Brasil: Teoria e Prática. São Paulo, Intercom, 1997.

ARTIGOS E MATÉRIAS EM REVISTAS

SOBRENOME DO AUTOR, NOME. Título do artigo in Revista,

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número. Cidade, editora, ano, página.

BERNARDES, Ernesto & NETTO, Vladimir. Os Bruxos dasEleições in Veja, ano 31, nº 37. São Paulo, Abril, setembro de1998, p. 40-47.

FALCONE, Mônica. Os Criativos estão Chegando: Entrevista comDomenico de Masi in Revista Goodyear Especial. São Paulo,Goodyear, 1991, p. 5-7.

INTERNET

Coloca-se o nome da página, o endereço e a data da pesquisa.

EXEMPLOIdéias de Jeca-tatuhttp://www.lagartixa.net/jecatatu Site visitado em 06.04.2000.

No caso de livros virtuais, como este, coloca-se a citação normal, comono caso de uma citação de um livro normal, mais o endereço. Veja oexemplo:

DANTON, Gian. Monteiro Lobato – Vida e Obra. Virtual Bookshttp://www.terra.com.br/virtualbooks/novalexandria/gian/gian.htm. 06.06.2000.

CONCLUSÃO

Os argumentos e exemplos apresentados nos capítulos devemser fechados na conclusão.

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BIBLIOGRAFIA

Na bibliografia devem constar todos os livros citados no corpo dotrabalho, e aqueles que serviram como fonte de pesquisa, masnão foram citados. Mais recentemente, com o desenvolvimentodos meios de comunicação, tem-se visto teses cuja bibliografia édividida em duas partes: a bibliografia normal, com livrosconsultados, e a bibliografia multimídia, ou multi-meios. Outrosautores preferem juntar na bibliografia todas as fontesconsultadas, independente do meio. Algo importante quanto àbibliografia é que, quando a referência passa para a segunda linha,deve-se pular três toques para começar a escrever. Outro detalheimportante: a bibliografia deve vir em ordem alfabética dosobrenome do autor.

Exemplo de Bibliografia

CAGNIN, Antônio Luiz. Os Quadrinhos. São Paulo, Ática, 1975.CALAZANS, Flávio Mário de Alcântara Org.. As Histórias em

Quadrinhos no Brasil: Teoria e Prática. São Paulo, Intercom-Unesp/Proex, 1997.

__. Histórias em quadrinhos segundo o paradigma de Peirce.Leopoldianum, UNISANTOS, 16 (47): 77-86, 1990.

__. Para entender as histórias em quadrinhos. Comunicação eArte, ECA / USP, ano 12, 16:1995-204, 1986.

OLIVEIRA, Ivan. O Roteiro nas Histórias em Quadrinhos. Recife,GT- Humor e Quadrinhos, Intercom, 1998.

Multimídia

CARVALHO, Helio; DONATI, Luisa Paraguai & PRADO, Gilbertto.Sites na Web:Considerações sobre o Design Gráfico e a

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Estrutura de Navegação. wAwRwT.

http://wawrwt.iar.unicamp.br/texto01.htm. 1997.

DANTON, Gian. Complexo de Inferioridade. Esfera. http://www,esfera.net/hq-complexo.htm. 06.06.2000.

FRAGA, Tania. Arte e Ciência: Fundamentos Teóricos para a ArteComputacional. Museu Virtual. http://www.unb.br/vis/museu/www/fund.text. 07.04.1997.

PLAZA, Julio & Monica Tavares. Processos Criativos com osMeios Eletrônicos: Poéticas Digitais. WAwRwT. http://wawrwt.iar.unicamp.br/texto31.htm . 08.05. 1997.

ANEXOS

Em diversas ocasiões nos vemos com textos oudocumentos que poderiam acrescentar um pouco mais deinformação sobre o assunto, mas que não se encaixam noscapítulos. Nesse caso, podemos agregá-lo ao trabalho na formade anexos. Nesse caso, deve-se iniciar com uma página deabertura na qual se lê apenas a palavra ANEXOS.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA SOBREREDAÇÃO CIENTÍFICA

ARISTÓTELES. Os Pensadores. São Paulo, Nova Cultural, 1996.ECO, Umberto. Como Se Faz Uma Tese. São Paulo, Perspectiva,1998.Elementos Bibliográficos Para Trabalhos Científicos. Belém,

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Universidade Federal do Pará – Biblioteca Central, 1991.MARTINS, Dileta Silveira & ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português

Instrumental. Porto Alegre, Sagra Luzzatto, 1999.MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo, Atlas,1997.Home Page Roberto Bazanini.http://www.casadosite.com.br/baza5.htm

NOTAS

1 GAJARDONI, Almyr. Carta ao Leitor. Superinteressante, ano 2, n#1. São Paulo,Abril, janeiro de 1988, p. 4.2 REICHENBACH apud EPSTEIN, Isaac. Revoluções Científicas. São Paulo,Ática, p. 40.3 (HEMPEL apud EPSTEIN, Ibid, p. 42)4Ibid, 43.5Kuhn, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo, Perspectiva,1992, p. 19.6MORIN, Edgar. Introdução ao Pensamento Complexo. Lisboa, Instituto Piaget,1995, p. 81.7Ibid, p.8FOUREZ, Gerárd. A Construção das Ciências. Sdb, p. 48.9EPSTEIN, Isaac. Teoria da Informação. São Paulo, Ática, 1986, p. 11.10FOUREZ, op. cit, p. 42.11ZANCHETTA, Maria Inês & FRANCO, Vera. A Nova Face dos Dinossauros inSuperinteressante, ano 7, 7. São Paulo, Abril, 1993, p. 22-2912Os Cientistas. São Paulo, Abril Cultural, 1972, p. 8.

13 ECO, Umberto. Como Se Faz Uma Tese. São Paulo,

Perspectiva, 1998, p.9614 ARISTÓTELES. Os Pensadores. São Paulo, Nova Cultural,

1996, p. 3515 Ibid, p. 35

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16 EPSTEIN, Isaac. Teoria da Informação. São Paulo, Ática, 1986, p. 12.17 Ibid, p. 7.18 PIGNATARI, Décio. Informação. Linguagem. Comunicação. São Paulo,Perspectiva, 1976.19 IBGE. Censo 1986.

INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR

Gian Danton , pseudônimo de Ivan Carlo Andradede Oliveira, é jornalista, professor, roteirista eescritor. Mestre em comunicação pelaUniversidade Metodista de São Paulo.

Tem realizado trabalhos para publicidade,como o roteiro do desenho animado �SUS�,para a Secretaria de Saúde de Curitiba.

Sua produção literária inclui um livro infantil(Os Gatos, editora Módulo), um artigo na co-letânea de artigos acadêmicos Histórias emQuadrinhos no Brasil: Teoria e prática e o li-vro Spaceballs, publicado pela Associação Bra-sileira de Arte Fantástica.

Colabora com vários sites e publicações, alémde manter uma coluna fixa no jornal O LiberalAmapá.

Produz roteiros de quadrinhos desde 1989,

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quando estreou na extinta revista Calafrio.Sua produção de roteiros para quadrinhos in-clui histórias para as editoras Nova Sampa,ICEA, D´arte, Brazilian Heavy Metal, Metal Pe-sado e para a editora norte-americanaPhantagraphics.

Seu trabalho mais recente na área de quadri-nhos foi o roteiro e a edição de texto da revis-ta Manticore pelo qual ganhou os prêmios Ân-gelo Agostini (melhor roteirista de 1999) e HQMix (melhor lançamento de terror).

Mantém o site Idéias de Jeca-tatu

http://www.lagartixa.net/jecatatu, único noBrasil especializado na discussão sobre roteiropara quadrinhos.

É membro titular e editor da revista eletrônicado Grupo de Trabalho Humor e Quadrinhos doCongresso de Comunicação Intercom.

É professor titular de Língua Portuguesa doCentro de Ensino Superior do Amapá � CEAP ede marketing, publicidade e propaganda e re-dação jornalística do Sistema de Ensino Supe-rior da Amazônia - SEAMA.

Para corresponder com Gian Danton escreva:[email protected]