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8/6/2019 Apoio+Matricial+NASF
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Apoio Matricial e Ncleos de Apoio
Sade da Famlia - NASF
Mariana Dorsa Figueiredo
Departamento de Medicina Preventiva e Social/ FCM/Unicamp
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O trabalho em sade
Especializao e fragmentao do objeto e do trabalho Modelo biomdico determinantes biolgicos no processo
sade-doena Reduo do objeto Alienao menor capacidade de lidar com a complexidade
e integralidade Diluio de responsabilidade sanitria
Modelo biomdico abordagem ampliada da sade (osujeito em seu contexto sociabilidade, afetividade, redesocial, relaes com territrio e meio ambiente)
Trabalho em sade interdisciplinar Ateno integral (rede) troca de saberes e prticas Clnica ampliada abordar a complexidade Uma clnica que tem como objeto o sujeito doente e no a
doena
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O trabalho em sade
Ampliao da clnica:
- Incorporao das fragilidadessubjetivas e das redessociais, para alm dos riscosbiolgicos
- Ampliao do repertrio de
aes produo de maioresgraus de autonomia, auto-cuidado, capacidade deinterveno na realidade,desenvolvimento dasociabilidade e cidadania
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O trabalho em sade
Campo e Ncleo de saberes, prticas eresponsabilidades alinhavar a ateno e as aes
Ncleo identidade profissional, prticas e tarefaspeculiares a cada profisso. O que especfico doprofissional mdico, do enfermeiro, do psiclogo
Campo saberes, prticas e responsabilidadescomuns a todos os profissionais de sade sobreposio dos limites entre cada especialidade ecada prtica de sade, espao de interseo entre asreas, que permite o entrelaamento das aes
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Ateno Bsica (Starfield, 2002)
Porta de entrada ao sistema de sade
Complexidade de fatores que incidem na constituiodos sujeitos e dos coletivos
Insero no territrio Integralidade da ateno
Continuidade e coordenao da ateno
Menos intensiva problemas mais comuns e menos
definidos queixas vagas e pouco especficas
Resoluo de cerca de 80% dos problemas de sade
Interveno ampla e em diversos aspectos
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Equipe de Referncia e Apoio Matricial
(Campos, 1999)
Arranjos formas de organizar o servio de sade e oprocesso de trabalho
Mudana na estrutura gerencial e assistencial Sistema de governo verticalizado co-gesto
Potencializar a interdisciplinaridade e a ampliao daclnica Estimular o compromisso das equipes com a produo de
sade co-responsabilizao
Equipe de Referncia Uma equipe interdisciplinar Responsabilidade pela conduo de um conjunto de
usurios Vnculo e responsabilizao
Apoio Matricial Reorganizar a forma de contato entreas Equipes de Referncia e as reas especializadas
Departamentos rede matricial de apoio Oferta de apoio tcnico especializado aos profissionais das
Equipes de Referncia ampliao da clnica
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Sade da Famlia
Brasil Expanso da AB pelo PSF Consolidao de um modelo de basecomunitria e territorial Ofertas s necessidades sociais e de
sade da populao Ateno centrada na famlia e seuambiente fsico e social Compreenso ampliada do processosade-doena
Equipes de Sade da Famlia Equipes de Referncia (generalista,enfermagem, ACSs) NASF (2008) lgica do ApoioMatricial Aumentar sua capacidade de
interveno e resolutividade
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Equipe de Sade da Famlia/
Referncia
Definio de um mesmo objeto de trabalho e objetivoscomuns diminuir alienao e reforar o poderinterdisciplinar
Objetiva ampliar as possibilidades de construo devnculo entre profissionais e usurios
Encarregar-se da ateno ao longo do tempo longitudinal (acompanhamento do processo sade-
doena-ateno) Adscrio de clientela responsabilidade sanitria e
construo de vnculo Insero horizontal dos profissionais (diaristas)
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Equipe de Sade da Famlia/
Referncia
Coordenao do caso responsabilizao no sistema
Comprometer-se, responzabilizar-se tomar para si o
sujeito em suas diferentes facetas (mbitos sociais,familiares, subjetivos) e inseres no sistema de sade
Equipe permanece como responsvel mesmo quando opaciente atendido em outro servio
Deve participar das decises sobre o tratamento no
outro servio Formas de encaminhamento devem modificar-se Mximo de resolutividade Ateno Bsica
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Apoio Matricial o que ?
Arranjo organizacional
Qualificar a atuao no campo da sadeApoiar a ampliao da clnica (capacidade de interveno/
resolutividade)Favorecer a interlocuo na rede de sade
Mudana na estrutura dos servios (Ex. AB/ Campinas)reas especializadas (antes verticais) apoio tcnico para
ESF
ESF acompanhamento longitudinal/ PTSs (coordenaodos casos)
Apoio Matricial especialidades Suporte tcnico do ncleo de saber de uma
especialidade ofertado s ESF
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Apoio Matricial o que ?
Apoio
Suporte, amparo, auxlioAprender/ experimentar ampliar a clnica acompanhado
por algum especializado que d suporte para ainterveno no campo
Acompanhar estar junto, prximo
Matrice
Me; Lugar onde alguma coisa se gera; Que fonte deorigemConstruo de um novo saber interdisciplinar
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Apoio Matricial o que ?
Especialidades passam a compor a rede matricial deapoio
Superar a lgica da especializao e da fragmentao Personalizar o sistema de referncia e contra-
referncia contato direto entre ESF e especialista encaminhamentos consecutivos e desresposabilizao
Encontros peridicos discusso de casos selecionadospela ESF e elaborao de PTSs
Casos imprevistos/ urgentes ESF aciona ApoioMatricial
Encaminhamento construo dialogada No rompe vnculo com Equipe de Referncia/ SF
Co-resposabilizao
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Apoio Matricial para qu?
Ampliao da clnica das ESF aumentarcapacidade de interveno e resolutividade
Co-responsabilizao desviar a lgica do
encaminhamento e alinhavar as aes (rede)
Regulao de fluxo e reorientao das demandaspara as reas especializadas situaes quepodem ser acompanhadas pela ESF x demandasque requerem ateno especializada
Avaliao de riscos, necessidades e vulnerabilidades
Favorecer a articulao entre os profissionais naelaborao e desenvolvimento de PTSs
Estimular que os profissionais trabalhem comoutras racionalidades e vises de mundo alm dasprprias de seu ncleo
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Apoio Matricial para qu?
Favorecer a construo de novos dispositivos deateno em resposta s diferentes necessidades
- Grupos coordenados pelas ESF convivncia,artesanato, caminhada...
- Ampliao da capacidade de interveno dogeneralista e da equipe (gesto de medicamentos,orientao nutricional e para atividade fsica,reduo de danos, acompanhamento da sade damulher e da criana, procedimentos bsicos emoftalmologia, dermatologia, fisioterapia, etc)
Olhar especializado do consultrio ao territrio...Do in vitro ao in vivo...
Promover eqidade e acesso coeficientesteraputicos de acordo com as vulnerabilidades epotencialidades de cada usurio
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Criao dos NASFs
Portaria 154 (MS, 2008) NASF (Ncleo de Apoio Sadeda Famlia)
Profissionais de diferentes reas especializadas que iro atuarno apoio s ESF, ampliando a abrangncia das aes e aresolutividade dessas equipes
Art. 1 Criar os Ncleos de Apoio Sade da Famlia -N
ASF com o objetivo de ampliar a abrangncia e oescopo das aes da ateno bsica, bem como suaresolubilidade, apoiando a insero da estratgia deSade da Famlia na rede de servios e o processo deterritorializao e regionalizao a partir da atenobsica.
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NASF lgica matricial
Art. 2 Estabelecer que NASF constitudos por equipes compostas porprofissionais de diferentes reas de conhecimento, atuem em parceriacom os profissionais das ESF, compartilhando as prticas em sade nosterritrios sob responsabilidade das ESF, atuando diretamente no apoios equipes e na unidade na qual o NASF est cadastrado.
1 Os NASF no se constituem em porta de entrada dosistema, e devem atuar de forma integrada rede de serviosde sade, a partir das demandas identificadas no trabalhoconjunto com as ESF.
2 A responsabilizao compartilhada entre as ESF e a equipedo NASF na comunidade prev a reviso da prtica doencaminhamento com base nos processos de referncia e
contrareferncia, ampliando-a para um processo deacompanhamento longitudinal de responsabilidade daESF, atuando no fortalecimento de seus atributos e no papel decoordenao do cuidado no SUS.
3 Os NASF devem buscar instituir a plena integralidade docuidado fsico e mental aos usurios do SUS por intermdio daqualificao e complementaridade do trabalho das ESF.
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NASF lgica matricial
Art. 3 NASF 1 - mnimo 5 profissionais de nvel superior: MdicoAcupunturista, AS, Profissional da Educao Fsica, Farmacutico,Fisioterapeuta, Fonoaudilogo, Ginecologista, Homeopata,Nutricionista, Pediatra, Psiclogo, Psiquiatra e TO
NASF 2 - mnimo 3 profissionais de nvel superior: AS,Profissional da Educao Fsica, Farmacutico, Fisioterapeuta,Fonoaudilogo, Nutricionista, Psiclogo e TO
Art. 4 2 Tendo em vista a magnitude epidemiolgica dostranstornosmentais, recomenda-se que cada NASF conte compelo menos 1 profissional de sade mental(+ ampliao daclnica para as dimenses subjetiva e social)
Art. 5 Cada NASF 1 realize suas atividades vinculado a nomnimo 8 e a no mximo 20 ESFs
Art. 6 Cada NASF 2 realize suas atividades vinculado a nomnimo 3 ESFs
8/6/2019 Apoio+Matricial+NASF
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Insero da Sade Mental na Ateno Bsica
O subjetivo, o social e o cultural no processo sade-doena (formas delidar com adoecimento, autonomia, auto-cuidado, modos de vida)
Degradao da sociabilidade violncia, banalizao do outro,fragmentao e isolamento social, trocas sociais restritas/ empobrecimentodos laos comunitrios
Situaes de pobreza, desigualdade e excluso social Queixas difusas, problemas considerados de SM (Starfield, 2002) queixas somticas, nervosas Transtornos psquicos leves quadros de ansiedade, depresso, abuso
de drogas, lcool, psicotrpicos
ESF - Incremento na formao dos profissionais- Subjetividade- Sujeitos e coletivos no espao social, influncias das condies scio-
histrico-culturais e redes de apoio- 80% dos usurios encaminhados SM no trazem, a priori, demanda
especfica para ateno especializada (OMS; MS)
Psicoterapia, medicao??? Mobilizar outros dispositivos de ateno, disparadores de produo de
vida, de fortalecimento da auto-estima, de sociabilidade
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Lgica matricial como?
Discusses clnicas conjuntas
- Apoiador participa das reunies peridicas da EFS- Definir frequncia e pactuar outras formas de acionar
apoio em casos imprevistos ou de urgncia- Equipe deve preparar os casos a serem discutidos- Implica intervir na dinmica do trabalho em equipeEspao Coletivos Gesto do trabalho e da clnicaProduo de trabalho conjunto (acompanhamento do paciente,
enfrentamento de desafios, periodicidade e ritmo) amplia ocampo e permite que construir uma identidade de equipe
Trabalho em EQUIPE
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Lgica matricial como?
Apoio na avaliao de riscos e vulnerabilidades
- Estabelecer conjuntamente os critrios- Construir protocolos junto com a equipe
Apoio para elaborao e desenvolvimento de PTSs- Propostas teraputicas articuladas (individual ou coletivo)- Outros referenciais - valorizar aspectos alm do diagnstico
biomdico e da medicao- Envolvimento de diversos profissionais (da prpria equipe e
de outros servios e espaos sociais)- Implica intervir no modo institucional de operar nos serviosConstruo de PTS pressupe:Discusso coletiva da equipe interdisciplinarFormao de vnculo com o usurioParticipao do usurio na formulao e andamento
8/6/2019 Apoio+Matricial+NASF
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Lgica matricial como?
Intervenes conjuntas concretas
- Funo pedaggica - capacitao in loco para as equipes- Fazer junto: avaliaes, consultas, grupos, visitas
domiciliares, etc.
- Acompanhar planejamento e primeiras aes e estimularautonomia da equipe
Atendimento aos casos de maior gravidade, risco evulnerabilidade
- Sempre a partir das discusses com a equipe (NASF no
porta de entrada)
Apoio na construo do encaminhamento
- Auxiliar nos contatos- Apoiar a coordenao dos casos pela equipe
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O desafio
Porta de entrada???Atendimento da especialidade na Ateno Bsica???Ambulatrios???
Superviso???Envolvimento X Poder/ saber
Mudana na estrutura dos serviosMudana de modelo
8/6/2019 Apoio+Matricial+NASF
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O desafio
Lgica matricial provoca e explicita a impreciso dasfronteiras entre os diversos papis e reas de atuao
Ex: Sade Mental Transtornos psquicos mais graves ncleo da SM Questes subjetivas no se encaixam na rigidez dos
diagnsticos (dificuldades afetivas e relacionais, acapacidade de enfrentar os problemas cotidianos)
-
Desfazer a delimitao entre as diferentes disciplinas etecnologias- Desestabilizar o institudo/ desvio do hegemnico- Fazer automtico fazer refletido e dialogado,
construo de aes a partir de um sentido refletido
8/6/2019 Apoio+Matricial+NASF
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O desafio
Mudana na lgica de trabalho no fcil de serassumida e no ocorre automaticamente
Espaos de reflexo e anlise sobre o trabalho
Continentes ao conflito e aos problemas na relao entre aequipe, dificuldade de entrar em contato com asdiferentes necessidades do outro e se responsabilizar porelas e continentes sobrecarga trazida pela lida diriacom o sofrimento, a dor e a morte, a pobreza e a violncia
Espaos de formao permanentes capazes derealimentar constantemente a potencialidade do ApoioMatricial enquanto arranjo transformador das prticashegemnicas na sade
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Bibliografia
CAMPOS, GWS & DOMITTI, AC. Apoio matricial e equipe de referncia: umametodologia para gesto do trabalho interdisciplinar em sade. In:Cadernos de Sade Pblica, 2007. v.23, n.2: pp.399-407.
CAMPOS, GWS. Equipes de referncia e apoio especializado matricial: umensaio sobre a reorganizao do trabalho em sade. In: Cincia & Sade
Coletiva Abrasco, 1999. v.4, n.2: pp.393-403.
STARFIELD, B. Ateno Primria: equilbrio entre necessidades de sade,servios e tecnologia. Braslia: UNESCO, Ministrio da Sade, 2002. 725p.
FIGUEIREDO, MD & ONOCKO CAMPOS, R. Sade Mental na ateno bsica sade de Campinas, SP: uma rede ou um emaranhado? In: Cincia &Sade Coletiva Abrasco, 2009. v.14, n.1: pp.129-138.
FIGUEIREDO, MD & ONOCKO CAMPOS, R. Sade Mental e Ateno Bsica Sade: o apoio matricial na construo de uma rede multicntrica. In:Sade em Debate CEBES, 2008. v.32, n.78/79/80: pp.143-149.
FIGUEIREDO, MD. Sade Mental na Ateno Bsica: um estudohermenutico-narrativo sobre o Apoio Matricial na rede SUS-Campinas (SP)[Dissertao de Mestrado]. Campinas: Departamento de Medicina
Preventiva e Social/ FCM/ UN
ICAMP, 2006.
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Onde a brasa (de)mora e devora o breuComo a chuva molha o que se escondeu
O seu olhar melhora o meu
Arnaldo Antunes e Paulo Tatit