4
r1 rlli:ricr+r'i.' *ii,i l'-dllt:;tçit{} AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALADARES Avaliação Externa do Agrupamento CONTRADITORIO Apos análise e reflexão do relatório "Avaliação Externa", à qual nos candidatámos voluntariamente, com o principal objectivo de o mesmo constituir uma oportunidade de melhoria para o Agrupamento, tomámos como referência a escala de avaliação subjacente aos níveis de classificação e considerámos que o Agrupamento não foi devidamente valorizado. De um modo geral, a apresentação dos dados obtidos refere-se, essencialmente, à EB 213 e não ao Agrupamento no seu todo. Com efeito, e a título de exemplo, não existem referências significativas que traduzam o que é realizado na Educação pré-escolar, assim como também não é referida a articulação com o 1o ciclo nas escolas integradas. É, também, pouco valorizado o trabalho de partilha, supervisão e até de formação desenvolvido ao nível dos departamentos curriculares. ilr- coNcLUSÕES DA AVALTAçÃO pOR DOMíN|O I - Resultados 1.1. Sucesso académico A apresentação dos resultados sobrevaloriza o sucesso académico, em detrimento dos restantes aspectos. Aqueles resultados são apenas comparados com as médias nacionais, sem que se tenha em conta diversos factores, como, por exemplo, o perfil dos alunos e as características do meio em que se inserem as escolas e jardins-de-infância do Agrupamento. Do nosso ponto de vista, seria muito rmportante explicìtar a percepção que os vários actores educativos têm da Valorização e impacto das aprendizagens e a Participação e desenvolvimento cívico nos vários níveis de educação e não apenas na EB 213. Pensamos, ainda, que não foram devidamente valorizados quer os resultados, quer, sobretudo, a grande redução da taxa de abandono escolar. De facto, ao contrário do que aconteceu no ano lectivo de 20Q812009, em que os alunos de 9.o ano registaram, nos exames nacionais, uma prestação abaixo da média nacional, em 200712008, os alunos obtiveram resultados muito satisfatórios. 1.2. Participação e desenvolvimento cívico Não foi dada a devida atenção aos projectos da Educação pré-escolar, nomeadamente os de promoção e desenvolvimento de competências sociais e, ainda, os projectos de educação ambiental que existem em todos os jardins-de-infância e em algumas escolas do 1o ciclo. Na EB 213, para além dos Jovens Promotores de Saúde, deveria ser considerado o papel importante das BEI (Brigadas Escolares de lntervenção), no âmbito do Projecto de Educação pelos Pares que, no 9o ano, fazem sessões de esclarecimento de prevenção contra o VIH-Sida, a todas as turmas do 60 e 7o anos, bem como o Projecto PRESSE-Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar.

Apos e do qual nos - IGEC

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Apos e do qual nos - IGEC

r1 rlli:ricr+r'i.' *ii,il'-dllt:;tçit{}

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALADARES

Avaliação Externa do Agrupamento

CONTRADITORIO

Apos análise e reflexão do relatório "Avaliação Externa", à qual nos candidatámosvoluntariamente, com o principal objectivo de o mesmo constituir uma oportunidade de melhoriapara o Agrupamento, tomámos como referência a escala de avaliação subjacente aos níveis declassificação e considerámos que o Agrupamento não foi devidamente valorizado.De um modo geral, a apresentação dos dados obtidos refere-se, essencialmente, à EB 213 e nãoao Agrupamento no seu todo. Com efeito, e a título de exemplo, não existem referênciassignificativas que traduzam o que é realizado na Educação pré-escolar, assim como também nãoé referida a articulação com o 1o ciclo nas escolas integradas.É, também, pouco valorizado o trabalho de partilha, supervisão e até de formação desenvolvidoao nível dos departamentos curriculares.

ilr- coNcLUSÕES DA AVALTAçÃO pOR DOMíN|O

I - Resultados1.1. Sucesso académicoA apresentação dos resultados sobrevaloriza o sucesso académico, em detrimento dos restantesaspectos. Aqueles resultados são apenas comparados com as médias nacionais, sem que setenha em conta diversos factores, como, por exemplo, o perfil dos alunos e as características domeio em que se inserem as escolas e jardins-de-infância do Agrupamento.Do nosso ponto de vista, seria muito rmportante explicìtar a percepção que os vários actoreseducativos têm da Valorização e impacto das aprendizagens e a Participação e desenvolvimentocívico nos vários níveis de educação e não apenas na EB 213.

Pensamos, ainda, que não foram devidamente valorizados quer os resultados, quer, sobretudo, agrande redução da taxa de abandono escolar. De facto, ao contrário do que aconteceu no anolectivo de 20Q812009, em que os alunos de 9.o ano registaram, nos exames nacionais, umaprestação abaixo da média nacional, em 200712008, os alunos obtiveram resultados muito

satisfatórios.

1.2. Participação e desenvolvimento cívicoNão foi dada a devida atenção aos projectos da Educação pré-escolar, nomeadamente os depromoção e desenvolvimento de competências sociais e, ainda, os projectos de educaçãoambiental que existem em todos os jardins-de-infância e em algumas escolas do 1o ciclo.

Na EB 213, para além dos Jovens Promotores de Saúde, deveria ser considerado o papel

importante das BEI (Brigadas Escolares de lntervenção), no âmbito do Projecto de Educaçãopelos Pares que, no 9o ano, fazem sessões de esclarecimento de prevenção contra o VIH-Sida, atodas as turmas do 60 e 7o anos, bem como o Projecto PRESSE-Programa Regional de EducaçãoSexual em Saúde Escolar.

Page 2: Apos e do qual nos - IGEC

1.3. Comportamento e disciplinaPensamos que seria importante mencionar o trabalho realizado pelos professores tutores, para

acompanhamento de alunos com casos graves de indisciplina, e as assessorias em turmas com

compodamentos mais perturbadores, realizadas pelos professores dos respectivos Conselhos de

Turma.Como ponto fraco, foi referida a não participação dos alunos na elaboração dos documentos

estruturantes. Ora, no 1o ciclo, há a registar casos de envolvimento directo dos alunos na

adequação do Projecto Educativo do Agrupamento à realidade escolar, tendo-se recorrido a

questionários e ao seu posterior tratamento.

Acresce referir que ocorreram 34 processos disciplinares, como é mencionado na página 6 do

Relatório, e não 39 (cf. pág 3)

2. PRESTAçÃO DO SERVIçO EDUCATIVO

2.1. Articulação e sequencialidadeNeste ponto, não foi considerado o trabalho de articulaçáo realizado entre os professores dos 1o e

20 ciclos, a nível das Expressões (Educação Física, Educação Musical) e lnglês. Na disciplina de

Matemática, faz-se articulação, sistematicamente, entre o 2o e 3o ciclos e entre este e a Escola

Secundária, ao nível do Plano da Matemática.

A afirmação A ariicutação horizontal é basicamente levada a cabo através da realização de

actividades conjuntas nos conselhos de turma (...) projectos curriculares reporta-se apenas aos 2o

e 3o ciclos, não abrangendo o trabalho desenvolvido nos departamentos de educação pré-escolar

e do 1o ciclo. Ficam também por referir as reuniões de docentes das EB1/Jl, realizadas com

carácter sistemático no final e início de cada ano lectivo, que visam assegurar a continuidade

educativa, de acordo com as orientações da DGIDC.

No que diz respeito à ar.ticulação vertical, também discordamos da referida falta de organização e

sistematização existente entre o 10 e o 2o ciclos; de facto, o inÍcio e o fim do ano estão

perfeitamente definidos como momentos de concretização da articulação, os quais são

antecedidos de planificação e consequente reflexão nos Departamentos, Coordenação e

Conselho Pedagógico.

2.2. O acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

Ao contrário do que é afirmado, é uma prática regular promover o acompanhamento de docentes

que revelam dificuldades, nomeadamente a nível de controlo do comportamento dos alunos.

Quanto a possíveis dificuldades científicas, são resolvidas a nível de [sub]departamento curricular.

As práticas educativas são, também, supervisionadas através da apresentação da planificação

realizada a médio e a longo prazo, através da avaliação periodica do trabalho desenvolvido, bem

como da partilha de experiências e de dificuldades que todos os departamentos implementam.

2.3 - Diferenciação e apoiosNão foi valorizada a existência de professores tutores, na EB 213, para acompanhamento de

alguns alunos, quer com necessidades educativas especiais, quer com dificuldades de integração

na comunidade educativa.

2.4 - Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

NoÍa-se algum défice de carácter experimental que não estimula o espírito científico. - Não

concordamos com esta afirmação, dado que:

- a educação pré-escolar tem inúmeras actividades de carácter experimental na abordagem às

ciências (cf. PAA);

- o 1o ciclo também promove experiências, apesar dos muitos constrangimentos ao nível da falta

de material e de espaços próprios;

Page 3: Apos e do qual nos - IGEC

- não foi valorizado o trabalho realizado na EB 213, a nível das aulas curriculares, das actividades

dinamizadas para os alunos do agrupamento e dos projectos em que os alunos participam;

- se realizam diversas visitas de estudo, no âmbito das várias disciplinas.

3. ORGANTZAçÃO E GESTÃO ESCOLARConsideramos que este domínio deveria ter sido mais valorizado, dado que, como aspectos a

melhorar, foi apenas referido o seguinte:- intervenção no espaço físico (o que não é da competência do Agrupamento);

- falta de empenho de grande número de Encarregados de Educação no acompanhamento dos

seus educandos.

4. LTDERANçA

4.3-AbeÉuraàinovaçãoSo são referidos os projectos Ler Mais, Toca a Ler e Projecto de Educação pa"a a Saúde, o que émanifestamente redutor, tendo em conta todos os projectos que estão a ser desenvolvidos no

Agrupamento. Não foi realçado, por exemplo, que muitos dos projectos que visam a promoção da

literacia e que, actualmente, estão articulados com as propostas do Ler Mais são muito anteriores

a estes, com dinâmicas e contributos amplamente reconhecidos pela comunidade educativa.

No que toca a iniciativas inovadoras, poderemos referir, a nível do 1o ciclo, experiências piloto na

utilização da internet, para comunicar com os Encarregados de Educação e com os alunos.

Também o envolvimento dos Encarregados de Educação na promoção do Plano Nacional de

Leitura é uma realidade nos diferentes jardins-de-infância e nas EB1 que, de diferentes formas,propõem o seu envolvimento, o que provoca nos alunos o gosto pela realização dessas

actividades com ganhos a todos os níveis.

4.4. Parcerias, protocolos e projectosFalta a referência a inúmeras parcerias que em muito enriquecem as aprendizagens e a formação

integral dos alunos do Agrupamento, a saber: a Academia de Música de Espinho, a Escola

Secundária de Valadares, ICBAS, Centro de Saúde da Boa Nova, lnstituto de Genética Médica,

Acreditar, Centro Hospitalar Gaia-Espinho, Centro de Histocompatilidade do Norte, Fundação

Portuguesa a Comunidade contra a Sida, Junior Achievement (Aprender a Empreender),

Associações de Pais e outras ligadas à Educação Especial (tais como o Centro de lntegração da

Granja e a APPACDM).No relatório, é referido que a divutgação das acções e pafticularmente dos resultados obtidos é

feita, predominantemente, a nível interno, descurando-se a externa; no entanto, não foram

considerados os jornais escolares e a página electronica.

v - GoNSTDERAçOES FINAIS

Na enunciação dos pontos fracos, não concordamos com os seguintes:- a fragilidade organizativa e a falta de consistência da articulação vertical do currículo e da

transição entre ciclos;

Todos os anos se realizam reuniões entre educadores e professores titulares de turma do 1o ciclo,

quer no final do ano lectivo quer, depois, no início do ano lectivo seguinte. Nas primeiras, os

titulares de turma vão tomando conhecimento do grupo de crianças que irá frequentar o 1o ciclo;

nas outras, ouvem-se, igualmente, os educadores e, com base nessas informações, formam-se os

grupos, procedendo-se à distribuição das crianças pelas turmas, de acordo com as suas

características e necessidades, com vista à sua melhor integração, desenvolvimento e sucesso

escolar. Em jardins que funcionam no mesmo espaço que as EB1, o conhecimento dos alunos

que vão transitar ao 1o ciclo é gradual, pois faz-se ao longo do ano, através de contactos

frequentes nas reuniões de estabelecimento, as quais têm uma periodicidade mensal, na maioria

Page 4: Apos e do qual nos - IGEC

das escolas. As reunioes de avalìação trinrestral, realizadas em todas as EB1 e onde estão

presentes os educadores e os docentes tìtulares de turma (no caso das escolas que tênr jardttn

incorporado) são rnomentos de eleiçáo para que uma boa parle desta informação vá sendo

transnritÌda e apreendida por todos os presentes, mas, em especial, por aqueles docentes que, em

prirrcípìo, irão receber esses alunos.

Quanto ao 1o e ao 20 ciclos, tem sido prática desle Agrupamento promover.

- no final de cada ano lectivo, reuniÕes entre todos os professores que leccionam o 4o ano de

escolaridade com a equipa de formação de turmas da EB 213 e com a Direcção, onde se

transnritem informações relevantes, com vista a assegurar a plena integração dos alunos;

- no início de cada ano lectÌvo, encontros entre os docentes titulares de turma do 4o ano e os

directores de turma do 5o ano, para se proceder â passagem de informaçoes consideradas

relevarrtes; no dìa da apresentação dos alunos do 50 ano, o professor titular do'1o ciclo

aconrpanha-os. juntamente com os seus Encarregados de Educação, privilegiando-se o clima de

afectividade que toclos reconhecem como sendo da maior importânoa para os alunos e pars

Agrupamento de Escolas de Valadares, 29 de Janeiro de 20'10

O Dçector: ì

-Ír '..i , .. - i".-ì

, M. Vaz Nünes r

ll

Apesar de ter tomado em devida conta as apreciações feitas ao Agrupamento pela Equipa

de Avalìação Ëxterna, o Conselho Geral subscreve na íntegra este Contraditorio por entender que

aquelas contêm algumas imprecisôes e não espelham devidamente os aspectos positivos.

Agrupamento de Escolas de Valadares, 29 de Janeiro de 2010

O Presidente,.do Conselho Geralir. \ ,., . --..r , \, 'i.. \r. . t, i ...,',.-..-.*

Manuel Fernando S. Oliveira