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IPT – INTERPRETAÇÃO E IPT – INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO PRODUÇÃO DE TEXTOS DE TEXTOS Apostila 01 1

Apostila 01 IPT - 2014

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IPT – INTERPRETAÇÃO E IPT – INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃOPRODUÇÃO DE TEXTOS DE TEXTOS

Apostila 01

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Interpretação e Produção de Textos

• IPT é uma disciplina que abrange o básico do uso da língua: a leitura e a produção.

• O tempo todo nós usamos a língua portuguesa, ou seja, o tempo todo falamos, ouvimos, lemos e escrevemos, e, quando praticamos essas ações, estamos, na verdade, interpretando e produzindo textos.

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Interpretação e Produção de Textos

• À nossa volta está cheio de textos: conversações entre os familiares, os colegas, as crianças, em casa, no local de trabalho, nas ruas; recados, msn, torpedo, twitter; informações em outdoors, placas, embalagens; notícias televisivas, novelas, filmes; pesquisas em jornais, livros, sites...

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Interpretação e Produção de Textos

• Ler é responder a um objetivo, a uma necessidade pessoal.

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A importância da Leitura

Existem quatro estilos de alunos:◦ os que não estudam nada;◦ os que estudam um pouco;◦ os que estudam tudo o que o professor

ensina, e ◦ os que estudam além.

Conheça agora as características de cada um deles:

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1.Alunos que não estudam nada. Não gostam do que estudam, não gostam de estudar, estão desmotivados, pretendem apenas tirar o diploma, e na prova, utilizam-se da famosa cola.

2.Alunos que estudam um pouco. Estes alunos ficam satisfeitos quando tiram a nota mínima para passar de ano. Para estes alunos, o estudo não tem tanta importância, eles querem apenas cumprir o mínimo necessário e curtir a vida.

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3.Alunos que estudam tudo o que o professor ensina. Conhecidos como CDFs da turma, copiam tudo o que o professor ensina, prestam atenção na explicação, fazem todos os deveres de casa, mantêm uma disciplina de estudos e geralmente estão entre os melhores.

4.Alunos que estudam além do que o professor ensina. Para estes alunos, o foco é a aprendizagem, tem uma motivação em aprender cada vez mais. Eles não se contentam com o que é dado na sala de aula, buscam conhecer de forma mais profunda a matéria que lhes é dada. Gostam de leitura, sentem-se realizados por estarem em constante aprendizado.

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Dentre os quatro estilos de alunos, qual tem maior chance de obter sucesso na vida profissional?

Qual representa melhor o seu estilo?

Qual você deseja ser?

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O que é melhor, o vício ou o hábito?

Algumas vezes, perdemos nosso tempo, com determinados programas de TV, sites na internet que não levam a lugar algum, enquanto poderíamos aproveitar nosso tempo com a leitura de um livro.

O hábito é algo que se adquire, quando o repetimos durante várias vezes. É necessária, uma boa dose de determinação e força de vontade. Leva tempo para adquirirmos bons hábitos.

Um vício é adquirido de forma mais rápida, geralmente praticamos uma vez e se a experiência for positiva, a tendência é repetirmos mais vezes.

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A boa notícia é que adquirir bons hábitos, depende da escolha de cada um de nós. O vício nos dá prazer de forma momentânea, porém, os resultados nem sempre são positivos, veja o caso das drogas, por exemplo.

Um bom hábito produz resultados a médio e longo prazo, pense nos resultados de uma pessoa que adquire o hábito sistemático dos estudos, levará algum tempo, porém ela colherá os frutos.

Ter o hábito de praticar uma atividade física, contribui para a manutenção da saúde.

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Quem tem o hábito da leitura, adquire uma maturidade intelectual, fortalece seu senso crítico e sua visão de mundo se amplia.

Pense nas vantagens da leitura na sua vida: serão novos conhecimentos, novas informações.

Através da leitura você poderá conhecer outros países, outras culturas, uma língua estrangeira, poderá entrar na mente de um cientista, de um poeta.

A leitura transporta você para o passado, o presente e o futuro.

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Você poderá sentir-se em paz através da leitura da Bíblia, divertir-se através de um livro cômico, ficar entretido com um livro de suspense, sonhar com um romance, preparar-se para um concurso, aprimorar-se profissionalmente, ser um estudante exemplar.

São inúmeras as vantagens de se obter o hábito da leitura.

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Observe esses 4 verbos: ter, aprender, fazer e ser. Vejamos o que esses verbos representam e como interagem entre si.

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O verbo ter pode ser concretizado quando se tem recursos financeiros, por exemplo, se você já tem dinheiro, fica mais fácil ter outras coisas, você pode ter um celular novo, uma casa nova. Você pode comprar as coisas com dinheiro.

Ter um emprego é algo mais complexo, porque não depende somente de você, depende do empregador, isto é, de alguém que contrate você, para ter um emprego. No caso do concurso público você poderá ter um bom emprego se passar, nesse caso, houve um esforço da sua parte.

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Ter coisas, dá uma sensação de poder, isto faz com que as pessoas que têm dinheiro se sintam superiores àqueles que não o possuem, daí, a busca pelo dinheiro em nossa sociedade capitalista.

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Fazer é um ato, um comportamento. Nós somos julgados por aquilo que fazemos.

Você poderá ter um conceito de si mesmo, mas é julgado por aquilo que você faz.

Algumas pessoas acham que são aquilo que fazem, isso pode ser verdade em alguns casos, mas nem sempre reflete a realidade.

Veja o caso do chefe, seu poder ou autoridade tem como base, um cargo. Quando essa pessoa deixa de ser chefe, ela perde a autoridade, o poder.

A posição é a base desse poder, ela é considerada um poder legítimo.

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Ser, é uma consequência daquilo que fazemos e pensamos a respeito de nós mesmos. Daí, a importância dos pensamentos, da autoestima.

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Aprender é um verbo muito interessante, porque quem o pratica está em constante crescimento.

Para aprender, é necessário a humildade, porque as pessoas humildes são aquelas que têm uma consciência de suas limitações. Essas pessoas não se acham as donas da verdade.

Estes quatro verbos, quando bem aplicados, poderão mudar a sua vida para melhor.

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Há uma diferença no desempenho de um aluno que gosta de estudar e outro que não gosta.

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O Segredo do Fracasso nos Estudos

Por que alguns alunos fracassam nos estudos? Existem muitas razões, mas vamos indicar algumas:

1. Colocar a nota da prova como a razão dos estudos. A meta do aluno é exclusivamente a nota da prova.

2. Deixar para estudar somente na véspera da prova. O aluno deixa tudo para última hora, faz o dever de casa na véspera e, estuda um dia, ou algumas horas antes da prova.

3. Ter uma baixa auto-estima ou complexo de inferioridade. O aluno se considera inferior, incapaz de aprender a matéria, assim, cria uma barreira psicológica e sequer estuda para aprender, pois já colocou na sua mente que é um fracassado.

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4. Preguiça para ler ou estudar. O aluno não criou um hábito de estudar, falta-lhe concentração, faz outras atividades não relacionadas ao estudo.

5. Falta de objetividade na vida. O aluno não colocou um foco na sua vida. Não sabe porque está estudando tal curso, ou o curso que estuda não é o que ele deseja para sua vida.

6. Contentar-se com realizações pequenas. O aluno fica satisfeito com um baixo desempenho, preocupa-se somente em tirar a nota mínima para passar de ano, tem pouca ou nenhuma ambição.

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7. Dificuldade para relacionar-se com as pessoas. Alguns alunos se fecham em seu mundo interior, têm dificuldades para fazer amigos. Encaram os outros como inimigos e assim tem dificuldades para trabalhar em equipe. Geralmente fica isolado do grupo

8. Não gosta de estudar. É difícil um aluno se auto-realizar, se não gosta do que faz. Algumas matérias são encaradas por obrigação.

9. Falta de uma metodologia de estudos. Alguns alunos simplesmente não sabem como estudar, não desenvolveram uma metodologia própria de estudos.

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10. O professor é intragável. Em alguns casos, o motivo da dificuldade nos estudos está no professor, alguns professores são desmotivadores, seja pela falta de capacidade ou pela falta de humildade.

Estas são algumas razões porque os alunos fracassam nos estudos; descubra qual é o seu ponto fraco e busque uma solução. Nove deles são atributos internos, depende só de você melhorar, apenas um é considerado fator externo, é o caso do professor desmotivador.

Se você tem um professor intragável, tenha paciência e estude para valer.

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Divertir-se é mais gostoso que trabalhar ou estudar.

O que fazer se você não gosta de estudar?

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Podemos aprender a gostar de estudar, estudando.

No começo é difícil, mas com o tempo, você perceberá que estudar traz mais vantagens que desvantagens.

Você desenvolverá seu intelecto, terá um raciocínio mais rápido, ampliará seus conhecimentos e, como resultado, sua aprendizagem será mais eficaz e isso refletirá no seu desempenho acadêmico.

Experimente, tenha paciência, com o tempo você aprenderá a gostar de estudar.

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Todo estudante sabe da importância da leitura para sua vida estudantil, mas nem todos possuem esse hábito.

Por quê? É preciso refletir a respeito para entender

sua importância.Podemos começar analisando o benefício

que ela nos proporciona...

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O benefício da leitura

1. A leitura irá enriquecer nossa mente com informações, dados, conceitos, princípios e conhecimentos.

2. A leitura é como um exercício físico que fortalece os músculos, ou seja, sua mente estará mais desenvolvida, mais lúcida.

3. A leitura ajudará o desenvolvimento do raciocínio, do discernimento, você terá maiores condições de pensar melhor sobre determinado assunto e o ajudará a tomar melhores decisões.

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4. A leitura irá enriquecer o seu vocabulário proporcionando à sua mente um raciocínio mais lógico e crítico. Ajudará grandemente em sua fluência verbal e escrita.

5. A leitura fortalece a criatividade e a imaginação, aumentando, desta forma, suas habilidades mentais.

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Existe ainda, um outro fator que nos ajudará a adquirir o hábito da leitura: o senso da necessidade.

Abraão Maslow realizou um estudo sobre as necessidades humanas e comentou sobre as necessidades básicas, também conhecidas como fisiológicas, nelas foram incluídas necessidades como a fome, sede, vestuário, etc.

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Primárias: fisiológicas, segurança.

Secundárias: sociais, estima, auto-realização.

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Podemos fazer uma aplicação nessa pirâmide, acrescentando a necessidade do conhecimento, a sede e a fome pelo saber.

Assim, como estudante, precisamos sentir essa necessidade, este forte desejo de conhecer mais profundamente os assuntos que estão ao nosso redor, é despertar em nós uma ambição pelo conhecimento, saindo da zona de conforto, do comodismo, da preguiça mental.

Gilberto Takashi Suzuki. Autor do livro "Otimismo para pais, professores e estudantes”.

Recebeu o prêmio Unespa em 2002.

Unama – Suzuki Consultoria.

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Importância da leitura como fonte de conhecimento e participação na

sociedadeLer significa aproximar-se de algo que acaba

de ganhar existência. Ítalo Calvino

O ato de ler é soberano. Implica desvendar e conhecer o mundo.

É pela leitura que desenvolvemos o processo de atribuir sentido a tudo o que nos rodeia: lemos um olhar, um gesto, um sorriso, um mapa, uma obra de arte, as pegadas na areia, as nuvens carregadas no céu, o sinal de fumaça avisando ao longe e tantos outros sinais.

Lemos até mesmo o silêncio!!

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Nos dias de hoje, a comunicação, está mediada por uma infinidade de signos.

É fundamental reconhecer que o sentido de todas as coisas são por nós percebidas por meio do olhar, da compreensão e da interpretação desses múltiplos signos (entidades linguísticas dotadas de duas faces: o significante (imagem acústica) e o significado (conceito) que enxergamos. Em bola, por exemplo, a sequência de sons “b-o-l-a” é o significante, e a ideia do objeto é o significado.

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Sendo assim, entendemos as coisas, por meio da leitura, um ato individual de construção de significado num contexto que se configura mediante a interação autor/texto/leitor.

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A leitura é uma atividade que solicita intensa participação do leitor e exige muito mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar uma série de estratégias, com a finalidade de preencher as lacunas e participar, de forma ativa, da construção do sentido.

Dessa forma, autor e leitor devem ser vistos como estrategistas na interação pela linguagem para que se construa o sentido do texto.

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É preciso considerar tanto as informações explícitas, como também as implícitas, subentendida.

Podemos, então, concluir que:◦ a)a leitura de qualquer texto exige muito

mais do que o conhecimento linguístico;◦ b)o leitor realiza um trabalho ativo de

compreensão e interpretação do texto, a partir, entre outros aspectos, de seu conhecimento linguístico, textual e, ainda, de seu conhecimento de mundo.

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Leitura é, assim, uma atividade de produção de sentido.

É nesse intercâmbio de leituras que se refinam, se reajustam e redimensionam hipóteses de significado, ampliando constantemente a nossa compreensão dos outros, do mundo e de nós mesmos.

O exercício pleno da cidadania passa necessariamente pela garantia de acesso aos conhecimentos construídos e acumulados e às informações disponíveis socialmente.

E, a leitura, é a chave dessa conquista.

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Portanto...podemos entender que ler é...

• O aumento de conhecimento geral ou específico.

– Ler é trocar.– Ler não é só receber.– Ler é comparar as experiências

próprias com as narradas pelo escritor, comparar o próprio ponto de vista com o dele, recriando ideias e revendo conceitos.

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Ler é dialogar!

• Quando lemos, estabelecemos um diálogo com a obra, compreendendo as intenções do autor. Somos levados a fazer perguntas e procurar respostas.

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Ler é exercitar o discernimento!

• Quando lemos, colocamo-nos de modo favorável ou não aos pontos de vista, pesamos argumentos e argumentamos dentro de nós mesmos, refletimos sobre opções dos personagens ou sobre as ideias defendidas pelo autor.

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Ler é ampliar a percepção!

• Ler é ser motivado à observação de aspectos da vida que antes nos passavam despercebidos.

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Ler bons livros é capacitar-se para ler a vida.

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• Investigações atestam que o sucesso nas carreiras e atividades na atualidade, relacionam-se estreitamente, com o hábito da leitura proveitosa, pois além de aprofundar estudos, possibilita a aquisição dos conhecimentos produzidos e sistematizados historicamente pela humanidade.

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• Dmitruk (2001, p. 41) afirma convictamente, que “[...] não importa tanto o quanto se lê, mas como se lê. A leitura requer atenção, intenção, reflexão, espírito crítico, análise e síntese; o que possibilita desenvolver a capacidade de pensar.”

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Ler é benéfico à saúde mental, pois é uma atividade

Neuróbica.

• A atividade da leitura faz reforçar as conexões entre os neurônios. Para a mente, ainda não inventaram melhor exercício do que ler atentamente e refletir sobre o texto.

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Estratégias para compreensão da leitura

• As estudiosas Bencke e Gabriel fizeram um interessante levantamento das estratégias que os leitores usam para compreender o texto. A lista é longa, mas essencial.

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Descrição da estratégia

• 01-Estabelecer um objetivo geral para a leitura.

• 02-Verificar se o que vou ler viabiliza o meu objetivo.

• 03-Examinar ligeiramente o texto inteiro.• 04-Dar uma olhada geral no texto para ver

do que trata.• 05-Dar uma olhada na quantidade de

páginas do texto.• 06-Ver como é a organização e a sequência

do texto.• 07-Organizar um roteiro para ler.

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Descrição da estratégia

• 08-Identificar as dicas do texto que permitiriam formular hipóteses corretas sobre o seu conteúdo antes da leitura.

• 09-Levantar hipóteses sobre o conteúdo do texto.

• 10-Supor qual será o conteúdo por conhecer quem é o autor.

• 11-Supor qual será o conteúdo pelo título.• 12-Ler um texto a partir das hipóteses e

questões levantadas.• 13-Deduzir informações do texto para

melhor compreendê-lo.

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Descrição da estratégia

• 14-Fazer suposições sobre o significado de um trecho do texto, quando não entendo.

• 15-Verificar se as hipóteses sobre o conteúdo do texto estão certas ou erradas.

• 16-Pensar sobre por que fiz algumas suposições certas e outras erradas sobre o texto.

• 17-Verificar o que já sei e conheço sobre o assunto tratado pelo texto.

• 18-Relacionar o assunto do texto com o que já conheço sobre o assunto.

• 19-Consultar o dicionário para entender o significado de palavras novas.

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Descrição da estratégia

• 20-Consultar fonte externa quando não compreendo palavra, frase, parágrafo.

• 21-Dar continuidade à leitura quando não compreendo palavra, frase, parágrafo.

• 22-Fixar a atenção em determinados trechos do texto.

• 23-Ler as informações importantes com atenção e as outras superficialmente.

• 24-Ficar atento a nomes, datas, épocas e locais que aparecem no texto para poder compreendê-lo.

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Descrição da estratégia

• 25-Ler com atenção e devagar para ter certeza de que estou entendendo o texto.

• 26-Concentrar-me na leitura quando o texto é difícil.

• 27-Fazer perguntas sobre o conteúdo do texto.• 28-Questionar o texto para entendê-lo melhor.• 29-Tentar responder às questões que fiz sobre

o texto para ver se o estou entendendo.• 30-Responder às questões que fiz sobre o texto.• 31-Fazer anotações ao lado do texto.• 32-Fazer anotações sobre os pontos mais

importantes do texto.

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Descrição da estratégia

• 33-Fazer anotações no texto para entendê-lo melhor.

• 34-Grifar o texto para destacar as informações que considero importantes.

• 35-Usar marca-texto para destacar as informações que acho importantes para lembrá-las depois.

• 36-Relembrar os principais pontos do texto.• 37-Relembrar os principais pontos do texto

para verificar se os compreendi totalmente.• 38-Criar imagens mentais de conceitos ou

fatos descritos no texto.

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Descrição da estratégia

• 39-Visualizar a informação do texto para lembrá-la melhor.

• 40-Escrever com minhas palavras as informações que destaquei como as mais importantes.

• 41-Fazer lista dos tópicos mais importantes do texto.

• 42-Listar as informações que entendi com facilidade.

• 43-Fazer um resumo do texto.• 44-Fazer um resumo do texto para organizar

as informações mais importantes.

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Descrição da estratégia

• 45-Copiar os trechos mais importantes do texto.

• 46-Fazer um esquema do texto para relacionar as informações importantes.

• 47-Pensar em maneiras alternativas de ler o texto para entendê-lo.

• 48-Fazer algumas interrupções na leitura para ver se estou entendendo o texto.

• 49-Parar para refletir se compreendi bem, ou não, o que li.

• 50-Avaliar quanto entendi do texto e voltar àquelas partes em que não me sinto seguro.

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Descrição da estratégia

• 51-Reler trechos quando encontro alguma informação que considero difícil de entender.

• 52-Reler trechos para inter-relacionar as informações do texto.

• 53-Voltar a ler alguns parágrafos ou páginas quando me distraio.

• 54-Fazer a releitura do texto.• 55-Voltar ao texto e reler os pontos mais

significativos.• 56-Reler o texto várias vezes quando tenho

dificuldade para entendê-lo.

56

Descrição da estratégia

• 57-Reler em voz alta os trechos que não compreendi.

• 58-Ler em voz alta quando o texto é difícil.• 59-Analisar se as informações são lógicas e

fazem sentido.• 60-Analisar as figuras, os gráficos e as

tabelas referentes às informações do texto.• 61-Interpretar o que o autor quis dizer.• 62-Pensar acerca de implicações ou

consequências do que diz o texto.• 63-Diferenciar as informações da opinião do

autor.57

Descrição da estratégia

• 64-Opininar sobre as informações do texto.• 65-Fazer comentários críticos sobre o texto.• 66-Verificar se atingi o objetivo que havia

estabelecido para a leitura.• 67-Conversar com meus colegas sobre os

textos que li para ver se, de fato, entendi o texto lido.

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O que falam sobre a importância da leitura

Pessoas brilhantes falam sobre ideias.Pessoas medíocres falam sobre coisas.

Pessoas pequenas falam sobre outras pessoas. (Dick Corrigan)

A leitura após certa idade distrai excessivamente o

espírito humano das suas reflexões criadoras.Todo homem que lê de mais e usa o cérebro de

menos,adquire a preguiça de pensar.

(Albert Einstein)

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O que falam sobre a importância da leitura

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por

incrível que pareça, a quase totalidade, não sente

esta sede.(Carlos Drummond de Andrade)

A leitura engrandece a alma.(Voltaire)

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O que falam sobre a importância da leitura

Aquele que tem por vício a leitura, drogaalucinógena das mais leves, acabará cada

vez mais dependente dela. E o pior, passará

para drogas mais pesadas, como a escrita.Nesta fase crítica, o leitor, agora escritor, tende a fugir regularmente da realidade e

ter devaneios de que, assim como Deus, é

criador de Universos inteiros.(Jefferson Luiz Maleski)

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Vamos relembrar! Elementos da Comunicação

Fonte: nascente de mensagens e iniciadora do ciclo da comunicação (pessoa, máquina, organização, instituição) de onde provém a mensagem, no processo comunicacional.

Emissor: um dos protagonistas do ato da comunicação, aquele que, num dado momento, emite uma mensagem para um receptor ou destinatário.

Receptor: um dos protagonistas do ato da comunicação: aquele a quem a mensagem é dirigida, aquele que recebe a informação e a decodifica, isto é, transforma os impulsos físicos (sinais) em mensagem recuperada.

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Elementos da Comunicação

Mensagem: comunicação, notícia ou recado verbal ou escrito. Estrutura organizada de sinais que serve de suporte à comunicação. A mensagem é o objeto da comunicação, “é um produto físico real do codificador/fonte” (David Berlo).

“Quando conversamos, o discurso é a mensagem; quando sorrimos, a alteração característica da face é a mensagem; quando somos surpreendidos, o silêncio e a imobilidade momentânea são a mensagem.” (Marcelo Casado de Azevedo)

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Elementos da Comunicação

Ruído: todo sinal considerado indesejável na transmissão de uma mensagem por um canal. Tudo o que dificulta a comunicação interfere na transmissão e perturba a recepção ou a compreensão da mensagem.

Canal: (meios de comunicação): todo suporte material que veicula uma mensagem de um emissor a um receptor, através do espaço e do tempo. Meio pelo qual a mensagem, já codificada pelo emissor, atinge o receptor, que a recebe (em código) e a interpreta (decodifica).

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Elementos da Comunicação

Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente. Podemos definí-lo como informações que acompanham o texto; elementos que estiveram presentes na situação de sua construção.

Código: conjunto de signos relacionados de tal modo que estejam aptos para a formação e transmissão da mensagem. Por exemplo, a escrita é um código que permite transformar uma mensagem acústica em uma mensagem gráfica.

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Elementos da Comunicação

Codificação: ato de transformar uma mensagem de acordo com regras predeterminadas, para convertê-la em linguagem.

Decodificação: interpretação de uma mensagem, pelo receptor, de acordo com um código predeterminado.

Signos: combinação de um significado com um significante. Em bola, por exemplo, a seqüência de sons “b-o-l-a” é o significante, e a idéia do objeto é o significado.

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Elementos da Comunicação Linguagem: qualquer sistema de signos (não só

vocais ou escritos, como também visuais, fisionômicos, sonoros, gestuais, etc) capaz de servir a comunicação entre os indivíduos.

OBS: É a capacidade humana de articular conhecimentos e compartilhá-los socialmente. Assim, todo e qualquer processo humano capaz de expressar e compartilhar significação constitui linguagens: tirar fotos, pintar quadros, produzir textos e músicas, escrever jornal, dançar, etc. As linguagens fazem parte das diversas formas de expressão representadas pelas artes visuais, pela música, pela expressão corporal e pela escrita. A linguagem, portanto, nomeia, fixa e concebe objetos, utiliza conceitos e tem por função permitir a comunicação.

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Elementos da Comunicação

Língua: é o produto social da faculdade da linguagem de uma sociedade. É um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social, para permitir o exercício da linguagem.

Fonte: Dicionário de Comunicação – Carlos Alberto Rabaçã e Gustavo Barbosa – Elsevier Editora e Novo Aurélio – Dicionário da Língua Portuguesa Século XXI.

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As diferentes linguagens

A linguagem é o instrumento com que o homem pensa e sente, forma estados de alma, aspirações, volições (“força de vontade" é a expressão coloquial e volição é o termo científico para um mesmo estado mental, ou seja, uma "preferência eletiva“) e ações, o instrumento com que influencía e é influenciado, o fundamento último e mais profundo da sociedade humana. L. Hjelmslev

Observe, no texto a seguir, como é importante saber comunicar-se:

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Imagine-se entrando numa loja para comprar um...um...como é mesmo o seu

nome? “Posso ajudá-lo, cavalheiro?” “Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...” “Um...como é mesmo o nome?” “Sim?” “Pomba! Um...um...Que cabeça a minha. A

palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.”

“Sim senhor.” “O senhor vai dar risada quando souber.”

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“Sim senhor.” “Olha, é pontuda, certo?” “O quê, cavalheiro?” “Isso que eu quero. Tem uma ponta assim,

entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um...Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”

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“Infelizmente, cavalheiro...” “Ora, você sabe do que estou falando.” “Estou me esforçando, mas...” “Escuta. Acho que não podia ser mais claro.

Pontudo numa ponta, certo?” “Se o senhor diz, cavalheiro...” “Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu

sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero.”

“Sim senhor. Pontudo numa ponta.”“Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?”

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“Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o senhor desenha para nós?”

“Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em desenho.”

“Sinto muito.” “Não precisa sentir. Sou técnico em

contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci o nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema com os números mais complicados, claro.

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O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou um débil mental, como você está pensando.”

“Eu não estou pensando nada, cavalheiro.” “Chame o gerente.” “Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de

que chegaremos a um acordo. Essa coisa que o senhor quer, é feito de quê?”

“É de, sei lá. De metal.” “Muito bem. De metal. Ela se move?” “Bem...É mais ou menos assim. Presta atenção

nas minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim.”

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“Tem mais de uma peça? Já vem montado?”“É inteiriço. Tenho quase certeza de que é

inteiriço.”“Francamente.”“Mas é simples! Uma coisa simples. Olha:

assim, assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa.”

“Ah, tem clique. É elétrico.”“Não! Clique, que eu digo, é o barulho de

encaixar.”“Já sei!”“Ótimo!”

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“O senhor quer uma antena externa de televisão.”

“Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo...” “Tentemos por outro lado. Para o que serve?” “Serve assim para prender. Entende? Uma coisa

pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de uma coisa...”

“Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais ou menos como um gigantesco alfinete de segurança e...”

“Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança!”

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“Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!”

“É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um...um...Como é mesmo o nome?” (Luís Fernando Veríssimo. Para gostar de ler. V.7. São Paulo, Ática, 1982.)

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Comunicação = “comum” + “ação”, ou melhor, “ação em comum”.

Comunicação: deriva do latim communicare, cujo significado seria “tornar comum”, “partilhar”, “repartir”, “trocar opiniões”, “estar em relação com”.

Podemos afirmar que, comunicação implica em, participação, interação entre dois ou mais elementos, um emitindo informações, outro recebendo e reagindo.

Para que a comunicação exista, é preciso que haja mais de um pólo: sem o “outro” não há partilha de sentimentos e idéias ou de comandos e respostas.

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Portanto, chegamos a conclusão que, para que a comunicação seja eficiente, é necessário que haja um código comum aos interlocutores.

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Linguagem

Linguagem é a capacidade humana de articular conhecimentos e compartilhá-los socialmente.

Assim, todo e qualquer processo humano capaz de expressar e compartilhar significação constitui linguagens: tirar fotos, pintar quadros, produzir textos e músicas, escrever jornal, dançar, etc.

As linguagens fazem parte das diversas formas de expressão representadas pelas artes visuais, pela música, pela expressão corporal e pela escrita.

A linguagem, portanto, nomeia, fixa e concebe objetos, utiliza conceitos e tem por função permitir a comunicação.

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Linguagem: qualquer sistema de signos simbólicos empregados na intercomunicação social para expressar e comunicar ideias e sentimentos, isto é, conteúdos da consciência. Bechara (1999:28)

A linguagem é, então vista como um espaço que tanto o sujeito quanto o outro que com ele interage são inteiramente ativos. Por meio dela, o homem pode trocar informações e ideias, compartilhar conhecimentos, expressar ideias e emoções.

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Desse modo, reconhecemos a linguagem como um instrumento múltiplo e dinâmico, isso porque, considerados os sentidos que devem ser expressos e as condições de que dispomos em dada situação, valemo-nos de códigos diferentes, criados a partir de elementos como o som, a imagem, a cor, a forma, o movimento e tantos outros.

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Linguagem Verbal e Não Verbal

Linguagem verbal: aquela que utiliza as palavras para estabelecer comunicação. A língua que você utiliza, por exemplo, é linguagem verbal, assim como a literatura.

Linguagem não verbal: aquela que utiliza outros sinais que não as palavras para estabelecer comunicação. Os sinais utilizados pelos surdos-mudos, por exemplo, constituem um tipo de linguagem não verbal. E, como exemplos de linguagens não-verbais, temos: gestos, placas de trânsito, apito do guarda ou do juiz, semáforo, buzina etc.

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Linguagem Verbal e Não Verbal

• Quando se fala em texto ou linguagem, normalmente se pensa em texto e em linguagens verbais, ou seja, naquela capacidade humana ligada ao pensamento que se manifesta por palavras (verbum em latim); no entanto, o ser humano para se comunicar faz uso de 58 % da linguagem gestual, 38% da linguagem falada, isto é, da voz; e, apenas 7 % da escrita.

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Linguagem Verbal e Não Verbal

• Tanto a linguagem verbal, quanto a linguagem não-verbal expressam sentidos; e, para isso, utilizam-se de signos.

• Na linguagem verbal, o signo é construído através dos sons da língua, enquanto que na linguagem não-verbal, os signos são constituídos por gestos, expressões, formas, cores etc.

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Linguagem Verbal e Não Verbal

• Há também linguagens mistas, que fazem uso da palavra e da figura.

• São exemplos de linguagem mista: charges, tirinhas, HQs, dentre outras.

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Linguagem Formal e Informal

Nossa língua uma imensa possibilidade de variantes linguísticas, tanto na linguagem formal (padrão) quanto na linguagem informal (coloquial).

Elas não são homogêneas.

Especialmente no que se refere ao coloquial, as variações não se esgotam.

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Linguagem Formal e Informal

Alguns fatores que determinam essa variedade:◦ diferenças regionais : há características

fonéticas próprias de cada região, um sotaque próprio que dá traços distintivos ao falante nativo. Por exemplo: a fala espontânea de um caipira difere da fala de um gaúcho em pronúncia e vocabulário;

◦ nível social do falante e sua relação com a escrita: um operário, de modo geral, não fala da mesma maneira que um médico, por exemplo;

◦ diferenças individuais.

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É importante salientar que cada variedade tem um conjunto de situações específicas para seu uso e, de modo geral, não pode ser substituída por outra sem provocar, ao menos, estranheza durante a comunicação.

O texto de Luís Fernando Veríssimo ilustra uma dessas situações inusitadas:

Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação.

Por exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol dizendo “estereotipação”?

E, no entanto, por que não?

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Aí, Galera -Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera. -Minha saudação aos aficionados do clube e aos

demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares.

-Como é? -Aí, galera. -Quais são as instruções do técnico? -Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de

contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contra-golpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.

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-Ahn? -É prá dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles

sem calça. -Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? -Posso dirigir uma mensagem de caráter

sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?

-Pode. -Uma saudação para a minha progenitora.

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-Como é? -Alô, mamãe! -Estou vendo que você é um, um... -Um jogador que confunde o entrevistador, pois

não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?

-Estereoquê? -Um chato. -Isso.

Correio Braziliense, 13/05/1998.

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A linguagem é sempre um estar no mundo com os outros, não como um indivíduo em particular, mas como parte do todo social, de uma comunidade. Bechara (1999)

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Somente da 1ª apostila....ainda tem muito mais!!