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Processos históricos importantes: A primeira Guerra se aproxima A partir da segunda metade do séc. XIX novas potências emergiram no panorama internacional: os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha. O expansionismo alemão foi um motivo de conflito internacional na passagem do século XIX para o XX, pois os capitalistas alemães procuravam áreas coloniais que pudessem atender aos interesses econômicos. Como a maior parte do planeta já se encontrava dominada por Reino Unido, França, Bélgica e outros países europeus, os alemães viram-se sem espaço para se expandirem. Esse fato gerou focos de tensão que motivaram a diversos países a criarem acordos que ficaram conhecidos como: Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia) e Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria- Hungria e Itália). A primeira guerra Mundial se estendeu de 1914 a 1918 e o resultado a favor da Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia) só ficou claro quando os Estados Unidos decidiram entrar na guerra, em 1917, após a Revolução Bolchevique, mas a maquinaria bélica estadunidense bastou para reverter à situação em favor dos britânicos e dos franceses. Após quase quatro anos de batalha e um saldo de 20 milhões de mortos, entre soldados e civis, a Tríplice Entente, vencedora da guerra, determinou os termos de paz, impondo severas penas aos perdedores, em especial a Alemanha. Entre elas podemos citar: Devolver a Alsácia e a Lorena a França, ceder as minas de carvão do Sarre à França por 15 anos; ceder colônias e equipamentos bélicos ao Reino Unido, França e Bélgica;pagar indenizações de 33 bilhões de dólares e reduzir seu poder bélico. As penalidades impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes foram: - Obrigados a pagar pesadas indenizações aos vencedores; - Cederam parte do seu território; - Devolviam à França, à Alsácia-Lorena; - Cederam suas colônias na África; - Entregaram a Inglaterra e a França todo material de guerra e maquinas, e ficaram proibidos de se rearmar. Atividades 1-Sobre a Primeira Guerra Mundial responda. a) Quais as penalidades impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes? b)Cite os países da Tríplice Entente e seus aliados. c)Cite os países da Tríplice Aliança e seus aliados. O expansionismo territorial alemão A situação humilhante em que a Alemanha foi colocada após a Primeira Guerra Mundial 1

Apostila 2010 8ª Série E.F

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Processos histricos importantes: A primeira Guerra se aproxima A partir da segunda metade do sc. XIX novas potncias emergiram no panorama internacional: os Estados Unidos, o Japo e a Alemanha. O expansionismo alemo foi um motivo de conflito internacional na passagem do sculo XIX para o XX, pois os capitalistas alemes procuravam reas coloniais que pudessem atender aos interesses econmicos.

Como a maior parte do planeta j se encontrava dominada por Reino Unido, Frana, Blgica e outros pases europeus, os alemes viram-se sem espao para se expandirem. Esse fato gerou focos de tenso que motivaram a diversos pases a criarem acordos que ficaram conhecidos como: Trplice Entente (Reino Unido, Frana e Rssia) e Trplice Aliana (Alemanha, ustria- Hungria e Itlia).

A primeira guerra Mundial se estendeu de 1914 a 1918 e o resultado a favor da Trplice Entente (Reino Unido, Frana e Rssia) s ficou claro quando os Estados Unidos decidiram entrar na guerra, em 1917, aps a Revoluo Bolchevique, mas a maquinaria blica estadunidense bastou para reverter situao em favor dos britnicos e dos franceses.

Aps quase quatro anos de batalha e um saldo de 20 milhes de mortos, entre soldados e civis, a Trplice Entente, vencedora da guerra, determinou os termos de paz, impondo severas penas aos perdedores, em especial a Alemanha. Entre elas podemos citar: Devolver a Alscia e a Lorena a Frana, ceder as minas de carvo do Sarre Frana por 15 anos; ceder colnias e equipamentos blicos ao Reino Unido, Frana e Blgica;pagar indenizaes de 33 bilhes de dlares e reduzir seu poder blico. As penalidades impostas Alemanha pelo Tratado de Versalhes foram:-Obrigados a pagar pesadas indenizaes aos vencedores;

-Cederam parte do seu territrio;

-Devolviam Frana, Alscia-Lorena;

-Cederam suas colnias na frica;

-Entregaram a Inglaterra e a Frana todo material de guerra e maquinas, e ficaram proibidos de se rearmar.

Atividades

1-Sobre a Primeira Guerra Mundial responda.

a) Quais as penalidades impostas Alemanha pelo Tratado de Versalhes?b)Cite os pases da Trplice Entente e seus aliados.c)Cite os pases da Trplice Aliana e seus aliados.

O expansionismo territorial alemo

A situao humilhante em que a Alemanha foi colocada aps a Primeira Guerra Mundial acirrou um comportamento e revanchismo, fundamentado na defesa dos interesses nacionais.

Os problemas econmicos da Alemanha no incio dos anos 1920 acirraram os problemas sociais como desemprego, concentrao de renda, empobrecimento da classe mdia e das classes trabalhadoras.

Aps a crise de 1929, a quebra da bolsa de valores de Nova York, os problemas se intensificaram, pois a Alemanha dependia de exportaes e de emprstimos estrangeiros. Com a retirada dos investimentos estadunidenses, muitas indstrias fecharam e o desemprego cresceu ainda mais, a inflao aumentou e aumentaram tambm os ndices de misria.

Adolf Hitler aproveitou-se do sentimento de baixa auto-estima que acometia o povo alemo para ocupar o poder e iniciar um projeto militar de retomada da respeitabilidade. As relaes do pas com o mundo passaram a se basear na negao das instituies democrticas e na crena da superioridade da raa ariana (da qual os nazistas afirmavam que os alemes faziam parte) e da perseguio dos indivduos considerados inferiores (judeus, ciganos, negros e deficientes, fsicos e mentais).

O ideal de recuperar a dignidade da Alemanha, perdida com a Primeira Guerra Mundial, passava tambm pela recuperao de territrios e de todo o poder que eles significavam.

Alemanha: Reunificao aps a queda do Muro de Berlim

Derrotada na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Alemanha nazista viu seu destino entregue nas mos das naes que venceram o conflito. O pas passou ento a ser uma reproduo em miniatura daquilo em que se transformou o mundo do ps-guerra: um palco para a queda de brao entre os blocos capitalistas e socialistas.

Com a assinatura do Tratado de Potsdam (1945), o pas teve posteriormente, em 1949, seu territrio desmembrado em dois. A parte oeste tornou-se a Repblica Federal da Alemanha ou Alemanha Ocidental, com sistema capitalista e sob o controle dos Estados Unidos, da Frana e do Reino Unido. O leste converteu-se na Repblica Democrtica da Alemanha, ou Alemanha Oriental, com sistema socialista e controlado pela Unio Sovitica.

No bastasse a diviso do pas, a cidade de Berlim tambm foi dividida entre essas naes. Por isso, apesar de completamente inserida na Alemanha Oriental, Berlim passou a ter um setor pertencente Repblica Federal da Alemanha, uma espcie de ilha capitalista em territrio socialista.

Atualmente, com a reunificao, ocorrida na dcada de 90 do sculo XX, a Alemanha tornou-se a nao mais populosa da Europa Ocidental, com cerca de 82 milhes de habitantes, e a terceira economia do mundo, abaixo apenas dos Estados Unidos e do Japo.

Os gastos com a reunificao impulsionaram o aumento da inflao e dos impostos. Esse novo quadro socioeconmico gerou um profundo descontentamento em alguns setores da sociedade. Com tudo isso, quase duas dcadas depois da reunificao, o lado oriental mostra sinais de recuperao socioeconmica.

O espao territorial alemo resultante da reunificao compreende quatro grandes regies econmicas distintas: o Vale do Reno, o sul, o centro-norte e a parte oriental.

A Guerra Fria e o Mundo Bipolar

A diviso do mundo em dois blocos, logo aps a Segunda Guerra Mundial, transformou o mundo em um tabuleiro de Xadrez, no qual apenas um jogador poderia dar o xeque-mate simblico no outro.

A Guerra Fria constituiu-se numa grande rivalidade, isto , numa disputa pela hegemonia mundial entre as duas superpotncias. Foi uma guerra no declarada, uma disputa econmica, poltica e at psicolgica, na qual cada potncia procurou mostrar sua superioridade, na tentativa de conseguir mais aliados.

As alianas militaresDurante a Guerra Fria, Estados Unidos e Unio Sovitica procuraram formar algumas alianas militares para fortalecer os laos com seus aliados e se proteger de ameaas.

A OTAN (Organizao do Tratado do Atlntico Norte). Foi criado 1949, e teve como objetivo o desenvolvimento de uma colaborao poltica entre os seguintes pases europeus; Alemanha, Blgica, Canad, Dinamarca, Espanha, Frana, Gr-Bretanha, Holanda, Islndia, Itlia, Grcia Luxemburgo, Noruega, Portugal e Turquia, alm dos Estados Unidos e do Canad.

A OTAN se expandia e podia agrupar pases que, at pouco tempo, faziam parte do bloco socialista. Em maro de 1999, entraram para a OTAN a Polnia, a Hungria, e a Repblica Tcheca.Em resposta OTAN, os pases da Europa Oriental criaram, em 1955, o Pacto de Varsvia, que acabou sendo dissolvido em 1991. Faziam parte do Pacto de Varsvia a Alemanha Oriental (saiu quando a Alemanha foi unificada em 3 de outubro de 1991) a Albnia (retirou-se em 1968), Polnia, Hungria, Tchecoslovquia, Romnia, Bulgria e URSS.

A Segunda Guerra mundial (1939 a 1945) envolveu dois grandes blocos de pases: os Aliados liderados por Frana, Reino Unido, Estados Unidos e Unio Sovitica e o Eixo, composto por Alemanha, Itlia e Japo. Esse conflito foi o mais violento do sculo XX: morreram mais de 50 milhes de pessoas, das quais mais de 22 milhes viviam na ento Unio Sovitica.

Ao final da Segunda Guerra, os pases europeus estavam arrasados. A Inglaterra, que tinha sido a principal potncia militar e econmica dos sculos XVIII e XIX, comeou a se enfraquecer na primeira metade do sculo XX. Os bombardeios areos fizeram da Frana, Alemanha (que cresciam economicamente e ameaavam a hegemonia da Inglaterra) e da prpria Inglaterra um vasto campo de runas.

A produo, que esteve voltada para uma economia de guerra por quase seis anos, estava totalmente desorganizada e esses pases estavam endividados.

A Alemanha, a grande perdedora, acabou sendo dividida em duas repblicas independentes: Repblica Federal da Alemanha RFA (Alemanha Ocidental, capitalista) e Repblica Democrtica Alem RDA (Alemanha Oriental, socialista).

Os Estados Unidos foram os grandes beneficiados, pois durante a guerra e por um longo perodo aps o seu termino, constituram-se no principal fornecedor de mercadorias e capital para os pases envolvidos no conflito.

A Unio Sovitica foi outra grande vencedora e afirma-se como forte potncia econmica e militar. Isso fica evidenciado pela influncia que ela passa a exercer sobre os pases da Europa Oriental, devido ao seu exrcito, o mais poderoso do mundo naquele momento.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, surgem duas superpotncias no mundo: os Estados Unidos e a Unio das Repblicas Socialistas Soviticas URSS. Essas duas superpotncias, com seus aliados, passam a exercer grande influncia no mundo. Da, a denominao mundo bipolar dois plos ou blocos contrrios:

o bloco ocidental ou capitalista, liderado pelos Estados Unidos;

o bloco oriental ou socialista, liderado pela Unio Sovitica.Atividades 1-De 1945 at praticamente 1989 , o mundo foi marcado por um conflito conhecido como

Guerra Fria. Quais as duas principais naes envolvidas nesse conflito?

2-Explique como o mundo se dividiu no contesto da Guerra Fria.3-Por que se diz que a Guerra Fria no foi uma guerra no sentido militar?

4-De que maneira cada um dos blocos de poder procurou conter a expanso do adversrio?

5- No ps-guerra, qual era o objetivo dos Estados Unidos ao oferecer ajuda financeira aos pases europeus?

O Plano Marshall e a Doutrina Truman Os Estados Unidos, preocupados com o avano sovitico sobre a Europa Oriental, e a fim de fortalecer a economia no mundo capitalista, criam o Plano Marshall, uma poltica de grandes investimentos para a rpida recuperao do parque industrial e da infra-estrutura de transporte, comunicao etc.

O Plano Marshall foi o melhor momento dos Estados Unidos. Aps a 1 Guerra, os vitoriosos costumavam exigir compensaes dos derrotados. Mas, aps a 2 Guerra, os EUA fizeram algo sem precedentes: concederam enormes importncias em ajuda, contribuindo para que os seus aliados e os seus inimigos derrotados se reconstrussem. claro que isso no foi um gesto altrusta, desinteressado. Foi um lance de auto-interesse, esperto e de longa viso. Os lderes americanos entenderam que fomentar a propriedade, a estabilidade e a democracia eram to importantes quanto reforar o poderio militar na luta contra o comunismo. Mas suspeita-se que os nossos lideres atuais zombariam desse conceito de construir naes.

Alguns observadores tambm destacam que o governo transformou o oramento de ajuda externa regular num instrumento da diplomacia de guerra. Pequenos pases que no momento tm assento no Conselho de Segurana da ONU de repente comearam a receber tratamento favorvel nos pedidos de ajuda, numa bvia tentativa de influenciar seus votos. Os cnicos dizem que a chamada coalizo dos voluntrios, , na verdade, uma coalizo dos comprados.

Com o fim da segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo ficou dividido em dois grandes blocos inimigos, dando origem a uma ordem internacional mais conhecida como Guerra Fria. A Guerra Fria foi disputa pelo poder (hegemonia) mundial entre os Estados Unidos (capitalista) e a Unio Sovitica (socialista). Recebeu esse nome porque foi um conflito diferente dos demais, pois nem sempre foi militar.

Durante esse perodo o mundo ficou dividido em duas reas de influncia poltica e econmica, uma capitalista e outra socialista.

A Guerra Fria obrigou os Estados Unidos e a Unio Sovitica a destinar parte substancial de suas economias e de seus investimentos para a pesquisa e a produo de armamentos.

Comea ento a corrida armamentista, que teve incio com a exploso das bombas atmicas sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945. Quatro anos depois, em 1949, foi a vez de a Unio Sovitica anunciar a conquista da tecnologia nuclear. As superpotncias passaram a acumular um poder nuclear capaz de aniquilar o planeta em instantes.

Os pases que ficaram fora da corrida armamentista, especialmente o Japo e a Alemanha, na dcada de 1970, registraram taxas de crescimento anual bem superior s das duas superpotncias. Eles destinaram os investimentos para setores mais produtivos e para a ampliao de seus mercados externos. Isso ocorreu tambm na Inglaterra, na Frana, na Itlia e no Canad.

A corrida armamentista, ou seja, as potncias (EUA e URSS) se empenharam em construir armas cada vez mais sofisticadas, como msseis nucleares. Essa corrida armamentista se estendeu por vrias dcadas e colocou o mundo sob a ameaa de uma guerra nuclear.

O fim da Guerra Fria.As grandes transformaes ocorridas no bloco socialista em 1985, quando Mikhail Gorbatchev implantou na Rssia a Perestrica (reestruturao econmica) e a Glasnost (abertura poltica), geraram o fim da bipolarizao mundial e levou queda do muro de Berlim em 1989.

Os anos 90 foram marcados por uma grande reestruturao poltica mundial; esse novo perodo est marcado por mudanas na ordem mundial e est baseado no poderio econmico dos pases.

O mundo atual uma conseqncia desse perodo: hoje os Estados Unidos assumiram o papel de nica superpotncia, os conflitos tnicos e nacionais ressurgiram com fora total, e o poder no mais de quem tem as armas mais potentes, mas de quem tem uma economia mais forte.

O Mundo Ps-Guerra Fria.

No dia 09 de novembro de 1989 mudou o panorama poltico do sculo XX. Nessa data foi destrudo o smbolo concreto da diviso do mundo em dois sistemas (capitalismo e socialismo), que caracterizou o perodo da Guerra Fria.

Atividades

1- Quais foram os objetivos da OTAN?

2- Como ficou conhecido o Mundo aps a Segunda Guerra mundial?3- Porque se diz que a situao poltico-militar do mundo aps 1945 de bipolaridade?

4- Quais eram os interesses econmicos dos EUA ao instituir, no ps-guerra, os planos de ajuda econmica aos seus parceiros mundiais?

Novos pases surgiram com a descolonizao da frica e sia.As transnacionais se espalharam pelo mundo em busca de mo-de-obra e matria-prima baratas e de mercado consumidor. Alguns pases subdesenvolvidos se industrializaram, na dependncia dos pases ricos.

Na Europa Ocidental, a Comunidade Econmica Europia preparou o caminho para sua integrao total, que ocorreu nos anos 1990, com a criao da Unio Europia.

A chamada Nova Ordem Mundial surgiu aps a crise da URSS e o fim do imprio sovitico. Depois e um longo perodo de grande prosperidade econmico, impulsionado em um primeiro momento pela rpida industrializao do pas e, posteriormente pela corrida espacial estabelecida entre EUA e URSS, passou a perder terreno para os pases capitalistas desenvolvidos e, pela primeira vez, em 1985, o PIB do Japo superou o sovitico. Alm disso, importante frisar que a URSS acumulou um atraso em relao ao desenvolvimento tecnolgico em setores importantes, como o das telecomunicaes e da informtica, um dos fatores responsveis pela desintegrao do imprio sovitico. Para enfrentar a crise econmica, a Unio Sovitica passou a investir menos em armamentos e ampliar as aplicaes na agricultura e na indstria de bens de consumo. Alm disso, passou a desenvolver uma poltica de reaproximao com os Estados Unidos.Esta abertura estendeu-se aos pases socialistas do Leste Europeu que apresentavam os mesmos problemas, introduziram-se modificaes na orientao poltico-econmica desses pases e criaram-se mecanismos de mercado

A desintegrao da URSS e formao da CEIAo mesmo tempo em que ocorriam as grandes mudanas polticas e econmicas nos pases do Leste Europeu, a situao poltica do governo de Gorbatchev se complicava. J era 1990, e a Perestrica tinha avanado pouco.

Boris Ieltsin, presidente da Federao Russa, e outros polticos da ala ultra-reformista vinham criticando o governo de Gorbatchev, essas crticas eram devido ao pequeno avano das reformas (Perestrica e Glasnost).

Como voc v, Gorbatchev era pressionado por duas foras antagnicas: os Ultra-reformistas, que desejavam mudanas polticas e econmicas rpidas e radicais, e os conservadores do PCUS, que desejavam impedir essas reformas. Portanto o conflito era inevitvel.

Os oito primeiros meses de 1991 foram bastante difceis para Gorbatchev. Houve vrias greves de trabalhadores, falta de alimentos e de produtos bsicos, passeatas de protesto contra o governo, interveno militar nas revoltas pr-independncias das repblicas soviticas, com mortes, e cortes no funcionamento de combustveis, ordenados por Boris Ieltsin. A situao era crtica.

Em 19/08/1991, ocorreu um golpe de Estado, articulados e apoiados por setores conservadores diretamente ligados ao governo de Gorbatchev: o prprio vice-presidente do PCUS, o ministro da Defesa, o ministro do interior, o chefe da poltica, etc.

O golpe durou apenas trs dias. A resistncia do povo, de Boris Ieltsin, de presidente das Repblicas Soviticas e a desobedincia militar aos golpistas impediram retrocessos no processo liberalizao do sistema sovitico. O golpe havia fracassado.

O golpe de Estado tinha por objetivo impedir a abertura poltica e econmica iniciada pela Perestrica e Glasnost. A abertura representava a diviso ou at mesmo a perda de poder do PCUS, que durante 74 anos (1917 1991) tinha dominado o Estado sovitico. Alm disso, os golpistas se opunham poltica de Gorbatchev de dar maior autonomia s repblicas.

Aps a tentativa de golpe de Estado, o governo da Federao Russa, liderado por Boris Ieltsin, imps um conjunto de medidas polticas e econmicas que enfraqueceu ainda mais o governo central da Unio Sovitica. Entre essas medidas estavam: a criao de Foras Armadas prprias pela Federao Russa e independente da Unio Sovitica; um decreto que tornou ilegal o Partido Comunista na Federao Russa seguido do fechamento de sua sede em Moscou e em outras cidades etc.

As repblicas que no tinha declarado independncia em relao Unio Sovitica, no primeiro semestre de 1991, o fez no segundo semestre: Estnia (1991), Letnia (1991) e Litunia (1990), Ucrnia, Belarus, Moldava, Azerbaijo, Uzbequisto e Quirguisto, Tadjiquisto, Armnia, Rssia, Cazaquisto e Turcomenisto (1991). A Gergia j tinha se declarado independente em abril de 1991. Em novembro de 1991, para desvincular ainda mais a Rssia da Unio Sovitica, Boris Ieltsin adotou medidas econmicas como: nacionalizao da explorao de ouro e de outros metais preciosos em territrio russo, nacionalizao do comrcio exterior, encampao do Banco Central da Unio Sovitica e do Banco do Comrcio Exterior e comrcio de cunhagem de moeda.

Em 14 de dezembro de 1991, as Repblicas Soviticas da sia aderiram CEI. Com isso esvaziou-se completamente o projeto de Gorbatchev de manter a unidade das ex-repblicas soviticas e a prpria Unio Sovitica como um Estado soberano. Em 21 de dezembro foi assinado em Alma-Ata, capital do Cazaquisto, o tratado que criou oficialmente a CEI. Os pases blticos (Estnia, Letnia e Litunia) e a Gergia no aderiram CEI. Diante desses acontecimentos, no restou a Gorbatchev outra sada seno a renncia. Em cadeia de televiso, em 25 de dezembro de 1991, Gorbatchev comunicou seu afastamento. Foi o fim da Unio Sovitica, do socialismo real e o nascimento de 15 novos pases independentes.

1-Rssia 2-Estnia

3-Letnia

4-Litunia

5- Bielo Rssia

6-Ucrnia

7- Moldvia

8-Gergia

9-Armnia

10-Azerbaijo

11-Cazaquisto

12-Turcomenisto

13-Quirguzia

14-Uzbequisto

15- Tajiquisto

Atividades

1-Cite os fatores responsveis pela desintegrao da URSS.

2-Qual era o objetivo do golpe de Estado?

3-Qual era o objetivo da ONU?

4-Qual era o objetivo da UNICEF?

5-Qual era o objetivo da OMC?

Organizaes internacionais: ONU, a OMC, o FMI, a OIT, a UNESCO, FAO e o Conselho de Segurana.O papel da ONU Com o intuito de restabelecer a discusso de assuntos relevantes ordem mundial, a ONU (Organizao das Naes Unidas) foi criada em 1945, em substituio antiga Liga das naes.

Seu objetivo zelar pela paz e pela segurana no mundo, desenvolver relaes de cooperao entre os pases, alm de promover, por meio de agncias estabelecidas, o desenvolvimento econmico e social, a preservao cultural, ambiental etc.

Sua sede fica em Nova Iorque (EUA). Quase todos os pases do mundo so membros da ONU. A China nacionalista, Taiwan, saiu em 1971, com a entrada da Repblica Popular da China, pois seu governo exigia ser reconhecido como nico representante desse pas.

A ONU tem varias agncias que atuam em diversas reas. Dentre elas, destaca-se o PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento, criado em 1965. O PNUD encarregado de colocar e divulgar dados socioeconmicos de quase todos os pases do mundo.

Criada com representantes de 50 pases, a ONU integra hoje 185 dos mais de 200 existentes no globo.

Na verdade, o papel da ONU no mundo multipolar, comandado por conglomerados empresariais e megablocos regionais. Mas, afinal o que a ONU faz?

Bem, alm dos rgos de administrao poltico-jurdica, econmica, a ONU tambm possui agncias especializadas.

Entre elas podemos citar:

A UNESCO Organizaes das Naes Unidas para a Educao, Cincia e Cultura com o objetivo principal de reduzir, at o ano 2000, a populao de analfabetos no planeta.

A OMS Organizao Mundial da Sade no planeta, tem se empenhado nas ltimas dcadas, principalmente em campanhas de vacinao.A OIT Organizao Internacional do Trabalho, criada em 1919, atualmente ligada ONU, tendo com um dos principais objetivos criar maneira de ampliar o mercado do trabalho, requalificao profissionais por meio de cursos de treinamentos desenvolvimentos em cada Estado membro.

O UNICEF Fundo das Naes Unidas para a Infncia atua principalmente nos pases menos desenvolvidos, estimulando o desenvolvimento de projetos em favor de crianas.

OMC Organizao Mundial do Comrcio foi criada em 1947 com o nome de Acordo de tarifas e Comrcio (GATT); a partir de janeiro de 1995, passou a se chamar de OMC. Tem sede em Genebra (Sua) e contava com 148 pases-membros em 2005. Seu objetivo principal o de estabelecer normas do comrcio internacional e assessorar os pases sobre tcnicas de comercializao.

As principais conferncias do OMC foram s seguintes: Rodada do Milnio em dezembro de 1999, em Seattle, nos Estados Unidos, teve como objetivo liberar totalmente o comrcio mundial, mas no conseguiu superar o impasse causado pelo protecionismo das naes ricas.

Conferncia de Doha, no Catar em 2001, foi denominada Rodada do Desenvolvimento. A Unio Europia, bastante protecionista em relao aos produtos agropecurios, aceita discutir sua poltica de subsdios.

Conferncia Ministerial de Cancun, no Mxico, em setembro de 2003. O Brasil, junto com outras grandes naes em desenvolvimento, organiza o G-20, com o objetivo de pressionar os pases desenvolvidos a reduzir os subsdios agrcolas. Os pases desenvolvidos insistem na liberao do comrcio de servios, compras governamentais e investimentos e pressionam tambm por uma proteo maior de suas patentes.

At 2004, a OMC registrou 323 reclamaes contra prticas que ferem o comrcio internacional. As naes ricas, principalmente a Unio Europia e os Estados Unidos, respondem por no mnimo 75% dessas reclamaes.

Atividades

1- Qual foi o principal objetivo da Rodada do Milnio2- O Brasil, junto com outras grandes naes em desenvolvimento, organiza o G-20. Qual era o seu objetivo?3- Qual o objetivo da OMC?O Fundo Monetrio Internacional (FMI)O Fundo Monetrio Internacional (FMI), com sede em Washington, nos EUA, uma Organizao de Cooperao Monetria Internacional. Entre seus objetivos esto em intensificar o comrcio entre os pases (por meio de funcionamentos) e tentar corrigir (pela concesso de emprstimos) possveis distores nas economias dos pases-membros devido a desequilbrios em suas contas externas.

Os recursos dessa organizao originaram-se basicamente das contribuies recebidas dos pases-membros, que participam das decises polticas na proporo direta de suas contribuies. Isso quer dizer que os pases que contribuem mais para a organizao - as grandes potncias - so os que decidem o que fazer com os recursos e, principalmente, as regras que devero ser seguidas para que os pases recebam tais recursos.

O processo decisrio do FMI sobre a concesso de financiamento e emprstimos explica porque s vezes essa organizao acusada de ser um instrumento de presso das grandes potncias sobre os pases que necessitam de recursos.

O FMI contribuiu muito para intensificar o processo de globalizao da economia no ps-guerra. Isso porque entre as exigncias da organizao para conceder financiamentos ou emprstimos destacavam-se as que impunham, aos pases que recorriam ao fundo, a abertura de suas economias ao capital internacional e a ampliao de suas exportaes, mesmo sacrificando a produo para consumo interno.

O BIRD

O Banco Internacional de Reconstruo e Desenvolvimento (BIRD), com sede em Washington, tem como objetivo fundamental concesso de emprstimos aos pases que necessitam de recursos financeiros para expandir sua economia. Como acontece com o Fundo Monetrio Internacional, a grande potncia detm o controle dessa organizao financeira internacional.

O BIRD funcionou, a exemplo do FMI, como um dos plos de incremento ao processo de globalizao da economia capitalista, pois seus emprstimos so acompanhados de uma srie de exigncias de modificao da estrutura econmica dos pases por ele beneficiados. E tais exigncias so sempre articuladas com os interesses das grandes empresas multinacionais.

A intensificao do processo de globalizao processo capitalista nos anos 1950 e 1960 devem-se principalmente ao expressivo aumento e internacionalizao dos fluxos de capitais no ps-guerra, como resultado.

Da instituio por iniciativa de ajuda econmica, como o Plano Marshall, na Europa Ocidental, e o Colombo no Japo, (grande parceiro econmico dos EUA na sia).

Da expanso do progresso de internacionalizao das grandes empresas transnacionais, primeiro norte-americanas e posteriormente europias e japonesas, que abrem filiais em vrios pases do mundo.

Da formao tambm por iniciativa norte-americana de instituies financeiras para funcionarem como suporte financeiro ao mundo capitalista, como o fundo Monetrio Internacional (FMI) e o (BIRD) Banco Internacional de Reconstruo e Desenvolvimento.

Como se pode verificar, todo processo de internacionalizao foi comandada inicialmente pelos Estados Unidos, devido a sua posio de liderana no bloco capitalista e grande disponibilidade de recursos financeiros nesse pas no ps-guerra. Essa disponibilidade de recursos resultava da riqueza de sua economia interna e do fato de os norte-americanos terem sido os grandes fornecedores dos produtos de que os aliados europeus necessitavam durante a Segunda Guerra.

Em 1944 ocorreu uma importante conferncia entre os Estados Unidos e seus aliados europeus em Bretton Woods, (cidade balneria norte americana) Nessa conferncia foi decidido que seria criados o FMI e o BIRD e tambm que seria implantado um sistema cambial integrado ao valor do dlar. A moeda norte-americana teve seu valor vinculado ao ouro, um dos mais importantes padres de valor usados como instrumento de intercmbio comercial no mundo. A vinculao com o padro ouro fez com que o dlar ganhasse grande credibilidade no sistema de trocas comerciais do mundo capitalista. A exemplo do que ocorreu com a ao do FMI e do BIRD, esse fato teve um papel muito importante na expanso do processo de globalizao da economia capitalista.

Conselho de Segurana. O Conselho de Segurana das Naes Unidas um rgo das Naes Unidas com responsabilidades sobre a segurana mundial. O rgo tem o poder de autorizar uma interveno militar em algum pas. Todos os conflitos e crises polticas do mundo so tratados pelo conselho, para que haja intervenes militares ou misses de paz.

O Conselho de Segurana composto por 15 membros, sendo 5 membros permanentes: os Estados Unidos, a Frana, o Reino Unido, a Rssia e a Repblica Popular da China, sendo que cada um destes membros tem direito de veto. Os outros 10 membros so rotativos e tm mandatos de 2 anos.

Uma resoluo do Conselho de Segurana aprovada se tiver maioria de 9 dos quinze membros, inclusive os cinco membros permanentes. Um voto negativo de um membro permanente configura um veto resoluo. A absteno de um membro permanente no configura veto.Atividades

1-Quais so os principais objetivos:

a) Do FMI?

b) Do BIRD?

c) Do conselho de segurana?2-Como aprovado o Conselho de Segurana?

3- Quais foram s decises mais importantes firmadas por Estados Unidos, Inglaterra e Frana em Bretton Woods, nos Estados Unidos?

Relaes entre espao geogrfico e a globalizao.Conceito de globalizao

A globalizao um fenmeno do mundo atual. Caracteriza-se por um conjunto de mudanas no processo de produo de riquezas, nas relaes de trabalho, no papel do Estado, nas formas de dominao sociocultural. O seu ponto de partida a revoluo tecnolgica dos meios de informaes e de comunicaes, sobretudo a partir dos anos 1970/1980.

Globalizao da economiaA disputa econmica, cada vez maior, entre pases e empresas, tem como palco todo o mercado mundial. O capital comeou a circular mais livremente de um pas para outro, para a venda de mercadorias, para instalao de empresas ou para aplicaes financeiras.

Neste processo ocorreu uma maior difuso de hbitos de consumo e do modo de vida dos pases desenvolvidos. Com suas marcas mundialmente conhecidas, redes de fast food, supermercados e outros.

O processo de globalizao corresponde a mais recente fase da expanso capitalista, o do atual perodo tcnico-cientfico.

Esse perodo difere dos demais por dispensar a ocupao territorial. Trata-se de uma invaso de mercadorias, capitais, servios, informaes e pessoas obtidos graas agilidade nos deslocamentos e eficincia das comunicaes e do controle de informaes. Os meios fsicos que viabilizam a globalizao so os satlites de comunicaes e de observao da terra, a informtica, a telefonia os avies, etc.

Como resultado dessa complexa teia, a globalizao apresenta varias dimenses socioeconmica poltica cultural, etc. os fluxos de capitais, bem como os fluxos de mercadorias, so os mais importantes da globalizao da economia. Os fluxos de capitais produtivos, tambm conhecidos como investimentos estrangeiros, cresceram significativamente aps a Segunda Guerra Mundial. Seu crescimento a face mais visvel da globalizao da economia, pois se materializa em instalaes industriais, redes de lojas, supermercados e lanchonetes, estradas, hidreltricas, etc. no territrio de vrios pases.

Os pases empenham cada vez mais em atrair investimentos produtivos, porque geram riquezas e estimulam o crescimento econmico (criao de empregos), aumento da arrecadao de impostos, etc.

Todos esses fatores permitem a expanso do mercado para os capitais produtivos. Como so investimentos de longo prazo, so menos suscetveis s oscilaes repentinas da economia. Podem tambm aumentar o volume de divisas de um pas a produo ou parte dela estiver voltada para a exportao.

Os principais agentes da globalizao da produo so as grandes corporaes multinacionais.

As empresas transnacionais mantm vnculos com o Estado onde se localizam suas sedes, mesmo que grande parte das operaes produtivas ocorra fora dela. As decises estratgicas, a pesquisa e controle acionrio so realizados no pas-sede.Num mundo cada vez mais Globalizado, atualizar-se disponvel, tornar-se aberto aos novos conhecimentos e tecnologias, mais que uma opo, uma necessidade.

Leitura complementar

A era da incerteza

A globalizao um conceito complicado, mas cujos efeitos atingem todas as pessoas do mundo. Por exemplo, se algum, numa rua de comrcio popular de uma cidade brasileira, compra uma cala ou blusa de fabricao chinesa, por ser mais barata do que as nacionais, isso significa que, alm do lojista ou ambulante, quem vai lucrar uma empresa l na China, a dezenas de milhares de quilmetros do Brasil. A empresa chinesa possivelmente de propriedade americana ou europia, de modo que o dinheiro dessa simples compra vai rodar o mundo varias vezes. As roupas chinesas so baratas fundamentalmente porque os operrios chineses ganham muito pouco e, para concorrer com elas, s firmas brasileiras tem de cortar os salrios e automatizar a produo, diminuindo os empregos em nosso pas. Ou mesmo as fbricas brasileiras tm de se mudar para pases em que os salrios sejam mais baixos e os impostos menos pesados do que no Brasil.

Globalizao um termo erudito, isto , no usado pelo povo. Vem da palavra globo, que significa no que interessa aqui, globo terrestre, ou seja, o planeta Terra. Significa que todas as pessoas do mundo vo tendo suas vidas cada vez mais interligadas; o que acontece numa determinada cidade em algum pas, imediatamente tem repercusso para todas as pessoas de todos os pases. Isso cria uma incerteza muito grande, pois cada vez adianta menos tentar fazer planos: as condies em que os planos se basearam podem ser drasticamente alteradas em segundos. Por exemplo, uma queda na cotao das aes na Bolsa de Nova York pode levar instantaneamente falncia empresas no mundo todo; um aumento da taxa de juros na Unio Europia pode fazer aumentar a divida externa brasileira, reduzindo ainda mais nossos recursos para sade e educao.

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A SOCIEDADE GLOBAL

As pessoas se alimentam, se vestem, moram, se comunicam se divertem, por meio de bens e servios mundiais, utilizando mercadorias produzidas pelo capitalismo mundial, globalizado.

Suponhamos que voc v com seus amigos comer Big Mac e tomar Coca-Cola no Mc Donalds. Em seguida, assiste a um filme de Steven Spielberg e volta para casa num nibus de marca Mercedes.

Ao chegar em casa, liga seu aparelho de TV Philips para ver o videoclipe de Michael Jackson e, em seguida, deve ouvir um CD do grupo Simply Red, gravado pela BMG Ariola Discos em seu equipamento AIWA.Veja quantas empresas transnacionais estiveram presentes nesse seu curto programa de algumas horas.Atividades

1-De que maneira as corporaes transnacionais aumentaram ainda mais sua lucratividade?2-Cite os efeitos do processo de globalizao no tocante s empresas industriais, mdia, cultura e ao emprego, contemporneas Revoluo tecnocientfica de que somos protagonistas.3-A globalizao provoca uma homogeneizao do espao geogrfico? Justifique.

Globalizao e consumismo: E as questes ambientais Hoje em dia a vida das pessoas profundamente marcada pelo ato de consumir. Consumismo roupas, calados, alimentos, e uma infinidade de outras coisas.

O avano do capitalismo vem acompanhado de importantes inovaes tecnolgicas, o que tem levado a um aumento crescente de produo. Todavia esse incremento da produo tambm acaba sendo motivado pela prpria expanso do consumo, cada vez mais estimulado por campanhas publicitrias e pelas facilidades do credirio, de modo a conquistar um nmero maior de consumidores.

Assim, o consumo torna-se uma parte fundamental do processo de expanso do capitalismo, na medida em que se coloca como condio determinante para a acumulao do capital. justamente essa acumulao que garantir os novos avanos tecnolgicos, permitindo a fabricao de produtos mais modernos e avanados que reaquecem o prprio consumo.

Diante disso, podemos afirmar que vivemos em uma sociedade de consumo, que coloca a nossa disposio os mais variados tipos de produtos e servios.

O consumismo se caracteriza pelo volume exagerado de produtos que se adquire e, tambm, pela compra de artigos que satisfazem s necessidades secundrias, ou seja, que no so essenciais nossa subsistncia.

A todo instante, o mercado recebe produtos mais modernos e avanados tecnologicamente, tornando ultrapassados aqueles j existentes. Outros so fabricados para ter uma vida til cada vez menor, o que obriga sua rpida substituio.

Dessa forma, o consumismo contribui para a utilizao cada vez mais intensa dos recursos naturais, devido ao aumento na demanda por matrias-primas necessrias produo de novas mercadorias. Isso vem acelerando o ritmo da degradao ambiental em todo o planeta. Alm disso, esse problema tambm vem sendo agravado pelo uso crescente de (garrafas e sacolas plsticas, latas de alumnio, embalagens de papel, etc.) que no passam por um processo apropriado de reciclagem, abarrotando os lixes e aterros sanitrios nos centros urbanos.

Com o crescimento da sociedade de consumo, o ritmo das atividades econmicas tornou-se muito mais intenso, o que fez ampliar de maneira considervel a interferncia do ser humano sobre a natureza e, indiretamente, atingir a prpria sade humana. Para atender ao grande aumento da produo, foi preciso explorar uma quantidade cada vez maior de recursos. Desse modo, a natureza passou a ser vista apenas como fonte de matrias-primas, o que deflagrou um intenso processo de degradao.

A explorao desenfreada da natureza alcanou nveis sem precedentes em toda a histria, ocasionando profundas mudanas nas paisagens terrestres.

As florestas e matas so devastadas para ceder lugar s lavouras e pastagens ou apenas para a retirada de madeira, levando um grande numero de seres vivos beira da extino, como acontece no Brasil e em muitos outros pases do mundo; os solos de muitas regies, como o do Sahel, na frica, tornam-se improdutivos devido ao manejo inadequado; a poluio aumenta a cada dia, seja nas guas continentais e ocenicas, seja na atmosfera de grandes cidades como So Paulo, Los Angeles e Santiago do Chile. Alm disso, o lixo acumula-se em quantidades imensas, nos maiores centros urbanas, e muitos recursos, sobretudo os energticos de origem fssil, j mostram sinais de esgotamento.

O aumento vertiginoso de todos esses problemas pode comprometer a manuteno da vida no planeta. Para muitos estudiosos, o modelo de desenvolvimento capitalista, baseado em inovaes tecnolgicas, na busca do lucro e no aumento contnuo dos nveis de consumo, precisa ser substitudo por outro, que leve em considerao os limites suportveis da natureza e da prpria vida.

Globalizao e os problemas ambientais do sculo XXI

O alto grau de industrializao e urbanizao alcanado na segunda metade do sculo XX provocou profundas alteraes no meio ambiente.

Por um lado, passamos a retirar e consumir cada vez mais recursos naturais para atender s necessidades das populaes, como construir moradias, irrigar as plantaes, entre outras coisas. Por um lado, os recursos so explorados de maneira no planejada, sem que se calculem as conseqncias desse uso para o meio ambiente e as necessidades das geraes futuras.

No incio do sculo XXI, problemas ambientais bastante graves j afetam a vida de milhes de pessoas, como, por exemplo, a poluio do ar, a desertificao, o desmatamento indiscriminado, a escassez de gua potvel e o efeito estufa.

A questo da guaO abastecimento de gua um problema que se coloca como uma ameaa imediata. Alguns pases j sofrem com a carncia de gua potvel. O aumento da populao faz com que cresa a necessidade de gua. Hoje, cerca de 60% da gua disponvel para o consumo utilizado na irrigao agrcola, o que aumenta a oferta de alimentos, mas diminui muito o volume de gua disponvel para suprir outras necessidades bsicas dos seres humanos.

O uso de produtos qumicos como pesticidas e fertilizantes, por exemplo, vem contaminando nascentes e rios, tornando as guas imprprias para consumo. Especialistas acreditam que, dentro de poucos anos, uma das principais disputas entre povos e naes sero pelo controle de gua potvel.As queimadas Outro dos mais srios problemas que enfrentamos so as queimadas, uma tcnica arcaica, geralmente utilizada nos pases pobres, para abrir ou limpar campos agricultveis ou pastos.

Pouco tempo aps uma queimada, a rea que antes estava escura, coberta de cinzas, volta a apresentar uma bela vegetao verde que surge na paisagem. Devido a isso, muitas pessoas acreditam que as queimadas no prejudicam a natureza, mas no bem assim. As queimadas destroem as camadas superficiais do solo, retirando oxignio, acelerando o seu desgaste e intensificando o esgotamento, alm de destruir o hbitat natural de inmeras espcies animais e vegetais.Amplie seus conhecimentos

Modelo econmico versus meio ambiente

Os pases ricos so os maiores poluidores, os que consomem mais recursos naturais e mais produzem lixo no mundo. Os Estados Unidos, sozinhos, so responsveis por cerca de 25% da poluio total do planeta e o pas que mais resiste s propostas de limitao de poluio do ar, negando-se a ratificar o Protocolo de Kyoto, pois isso significa limitar o seu crescimento econmico. Enfrentar os problemas ambientais globais significa rever o modo de produo atual, abrindo mo, ao menos em parte, do modelo econmico dos pases ricos.

De acordo com o World Resources Institute (Instituto de Recursos Mundiais): cerca de 80% das antigas florestas j foram destrudos ou degradados, devido ao uso intensivo de madeira e explorao de recursos minerais por parte das naes mais desenvolvidas.

As queimadas, somadas ao aumento descontrolado da emisso de gases poluentes na atmosfera, vm causando alteraes no clima mundial. O aumento do derretimento do gelo dos plos, o aumento em 41% na incidncia, nos Estados Unidos, de furaces de alto poder destrutivo, as violentas tempestades tropicais sobre grandes aglomerados urbanos esto associados a alteraes climticas globais.

Nos ltimos 100 anos, a temperatura global aumentou, em mdia, 0,8C. A elevao foi causada principalmente pela emisso de gases estufa como o gs carbnico (CO2), resultante da queima de combustveis fsseis, o gs metano e outros.

Registre em seu caderno 1-Quais so os principais problemas ambientais no incio do sculo XXI?

2-Explique a relao entre o aumento da populao mundial e a escassez de gua?

3-Como o uso de pesticida e fertilizante afeta a diminuio de gua potvel no planeta?

4-Que efeitos nocivos tm as queimadas?

5-Explique os efeitos da globalizao no que diz respeito produo de novos bens de consumo.

6-Em sua opinio, o que significa dizer que vivemos na era dos descartveis?

Regionalizao do mundo atual: a formao dos blocos econmicos; nvel de integrao os plos de economia mundial e suas reas de influncia.A grande Revoluo Tecnolgica, os avanos nos meio de telecomunicaes e dos transportes.

Uma das mais importantes discusses da sociedade atual refere-se ao aumento das desigualdades socioeconmicas tanto entre naes desenvolvidas e subdesenvolvidas como no interior dos prprios pases. Outro fato discutido hoje em dia o desenvolvimento tecnolgico, cada vez mais rpido e abrangente. Nos ltimos dois sculos e meio, a humanidade presenciou um notvel desenvolvimento das tcnicas, decorrente da utilizao de descobertas e conhecimento cientfico no processo produtivo. Disso resultou um grande nmero de invenes (mquinas, novos instrumentos, novos tipos de alimentos, de bens de consumo, etc., ou seja, ocorreram importantes avanos tecnolgicos. Assim, a aplicao do conhecimento cientfico na produo de bens materiais e no desenvolvimento de novos mtodos de trabalho d origem ao que chamamos tecnologia.

No ps-guerra ocorreu a recuperao econmica do Japo e da Europa. Nesse continente, merece destaque a Alemanha, que se recuperou rapidamente, graas ajuda econmica dada pelos Estados Unidos. Seu objetivo era consolidar o capitalismo na Europa ocidental e, ao mesmo tempo conter o avano da ex. Unio Sovitica, que era potncia socialista.

A competio entre os grandes conglomerados capitalistas, intensificou-se no apenas dentro de seus pases de origem, mas no mundo todo, j que eles se transformaram em multinacionais. Essa maior competio levou as empresas a fazerem investimentos volumosos em pesquisas cientficas. Foram auxiliadas pelos Estados Unidos nos quais tem sede.

Outras alavancas para o desenvolvimento tecnolgico foram corrida armamentista e a disputa aeroespacial entre os Estados Unidos e a ex. Unio Sovitica, que marcaram o perodo da Guerra Fria (1947-1989). Esses dois pases investiram consideravelmente em pesquisas, promovendo o avano tecnolgico no apenas no setor blico e aeroespacial. Mas tambm em vrios outros. Muitas tecnologias desenvolvidas para esses setores acabaram sendo utilizadas nos setores civis, como o caso do forno microondas, telefone celular, internet, etc.

Surgiram novos ramos industriais e de servios, que tiveram crescimento bem acelerado como Microeletrnica Informtica Robtica Qumica Fina Biotecnologia. A presena dos computadores generalizou-se em indstrias, lojas bancos, servios em geral e tambm em residncia de classe mdia. O rob passou a ser usado nas fbricas de maneira crescente, notadamente em pases desenvolvidos, aumentando a produtividade.

Tambm tm sido de grande importncia os avanos dos meios de transportes, com o desenvolvimento de avies de carga mais velozes e com maior autonomia de vo, a criao de navios com capacidade de transportar centenas de milhares toneladas de produtos de uma nica vez, caso dos petroleiros, dos portas-continer e cargueiros de minrios.

Tal fato possibilitou um incremento do volume de negcios entre empresas e governos de diferentes pases, intensificando o comrcio mundial e promovendo maior mobilidade de pessoas e produtos entre as naes, assim, como um maior intercmbio de informaes, fator viabilizado principalmente pela criao de rede mundial de computadores.

Esses avanos tcnicos e cientficos caracterizam a chamada Terceira Revoluo Industrial ou Revoluo Tcnico-cientfica. As tcnicas exigidas para a fabricao so cada vez mais sofisticadas, e exige mais conhecimento.

O aumento da competio levou as grandes empresas a fazer volumosos investimentos em pesquisas e desenvolvimento (P&D),foram auxiliadas pelos EUA, nos quais tem sede. Como resultado, houve no ps-guerra importantes avanos cientficos e tecnolgicos, sobretudo a partir da dcada de 70.

A incorporao dessas novas tecnologias possibilitou um grande aumento da produtividade. As telecomunicaes avanaram, de forma vertiginosa e hoje interligam o mundo por meio de satlites, fones fixos e celulares, redes de TV, agncias de notcias. Porm a maioria de populao mundial est excluda desse beneficio. Em 2000 apenas 5% da populao mundial tinha acesso internet.

Embora a sua difuso ocorra de forma desigual, esses rpidos avanos tcnicos e cientficos causaram fortes impactos na produo e acumulao de mercadorias, nos transportes e na cultura. Eles caracterizam a Revoluo Tcnico-Cientfica tambm chamada de Revoluo informacional.

A expresso Revoluo Tcnico-Cientfica muitas vezes empregada para evidenciar que os produtos requerem crescentes investimentos em pesquisas cientficas e tecnolgica ao serem concebidos. So cada vez sofisticadas as tcnicas exigidas para a fabricao de chips, robs, satlites, programas de computadores, telefones celulares e mesmo produtos tradicionais, como calados, alimentos, automveis, ou aparelhos de barbear, por exemplo. A matria-prima necessria para fabric-los o conhecimento.

Regionalizao no mundo atual. A reorganizao mundial ocorrida aps o fim da Guerra Fria deu origem a organizaes econmicas em diferentes regies do planeta. A dcada de 90 foi marcada pelo fortalecimento de uma nova ordem mundial, ou seja, uma diviso dos pases em blocos. Essa diviso teve como base o poderio econmico das naes capitalistas desenvolvidas, que juntas formaram trs grandes blocos: o europeu liderado pela Alemanha; o americano liderado pelos Estados Unidos, e o da Bacia do Pacfico liderado pelo Japo. Esses blocos esto interligados e suas empresas fazem investimentos em outros pases, pois assim garantem sua presena em todos os blocos. Esse intercmbio deixa claro que no existe rivalidade entre pases, mas sim uma grande concorrncia.A formao dos blocos econmicos regionais

Outra tendncia importante verificada na fase atual do sistema capitalista e que vem se desenvolvendo desde o final da Segunda Guerra Mundial a formao dos blocos econmicos regionais

A regionalizao caracterizada pela formao de associaes (blocos econmicos) que tm por objetivos a integrao comercial e/ou econmica entre pases. Essas associaes, em geral, estabelecem uma diminuio dos impostos de importao cobrados pelos pases integrantes do bloco, vlidas apenas para a comercializao de mercadorias entre os pases-membros.

So exemplos de blocos econmicos regionais: a Unio Europia, o Mercosul, a Nafta, a ALCA, que possuem estgios de integrao diferentes.Apesar do plano Marshall e da rpida recuperao econmica europia nos primeiros anos aps a Segunda Guerra, existia entre os pases europeus o sentimento comum de que jamais teriam condies de competir, individualmente, com os Estados Unidos.

Estados Unidos, no incio da dcada de 1950, possuam um PNB (Produto Nacional Bruto) superior os do conjunto dos pases da Europa Ocidental e ao do Japo. A renda per capita norte-americana era pelo menos 15 vezes superior japonesa e quatro vezes superior alem.

Os governantes e a elite econmica dos pases da Europa Ocidental percebiam que era necessrio fazer frente ao crescimento da Unio Sovitica e reduzir o risco de os nacionalismos provocarem novos conflitos no territrio europeu.

A partir dessa avaliao. Surgiu na Europa uma srie de alianas de integrao econmica entre pases, com o objetivo de aumentar o intercambio internacional.

Essas alianas marcaram o incio da formao dos blocos econmicos regionais, caractersticas muito importantes do espao geogrfico mundial.

OS TIPOS DE ORGANIZAO ECONMICA REGIONAL

As organizaes econmicas regionais so formadas pela reunio de pases com o objetivo de estabelecem relaes de comrcio privilegiadas entre si Todas as iniciativas de integrao econmica e monetria visam facilitar e ampliar o comrcio entre membros e reduzir os custos de produo e de transportes, para assim poder aumentar os lucros.

Tratados econmicos regem estes acordos e podem estipular diferentes tipos de reaes econmicas.

Zona de livre-comrcio: estabelece o livre-comrcio de mercadorias e investimentos entre os pases-membros e a gradual eliminao das restries tarifrias. Limita-se ao mbito comercial.

A Nafta (North Amercian Free Trade Agreement) um exemplo desse tipo de tratado, estabelecido entre Canad, Estados Unidos e Mxico.

Unio aduaneira: o objetivo desse tipo de associao a criao de um mercado comum que estabelea a livre circulao de bens, servios, mo-de-obra e capitais, alm de eliminao das taxas alfandegrias e restries tarifrias. Para isso, so necessrias tarifa externa e poltica comercial comum aos pases-membros.

A Unio Aduaneira, como o caso do MERCOSUL, abrange uma rea de livre comrcio e uma unio aduaneira, ou seja, as tarifas de importao para os pases fora do bloco devem ser combinadas e aceitas por todos seus membros. Obs. O MERCOSUL apresenta formas de integrao um pouco mais sofisticadas do que o Nafta.

O MERCOSUL, cujos membros so Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, so uma organizao que pretende ser unio aduaneira. Na unio aduaneira os pases-membros regulamentam o comrcio do bloco com as naes que no fazem parte dele.

Mercado comum: o tratado de mercado comum, alm de livre circulao de mercadorias, servios, mo-de-obra e capitais, abrangem leis industriais, financeiras, ambientais e educacionais. Objetiva a uniformizao das polticas econmicas e a unio poltica, com vistas a integrar a produo dos membros e criar um mercado regional competitivo.

Unio econmica e monetria: trata-se de uma evoluo do sistema de mercado comum, pois os pases-membros adotam uma poltica nica de desenvolvimento e uma moeda tambm nica. A Unio Europia o melhor exemplo de unio econmica e monetria.

Dentre seus objetivos tambm esto os de estabelecer uma cidadania nica para seus membros e a harmonizao das polticas exteriores de todos os seus pases. Alm disso, o acordo tem a inteno de reforar a identidade continental e conquistar mercados internacionais por meio de moeda nica, o euro, que em setembro de 2005 circulava em 12 dos 25 pases da Unio Europia.

Trs membros o Reino Unido, a Sucia e a Dinamarca ainda no tinham adotado o euro at os dias atuais.

A formao da Unio Europia e suas sucessivas ampliaes nos dias atuais. Os principais blocos econmicos: A Unio Europia

A Unio Europia foi criada em 1957 por seis pases da Europa ocidental, com a assinatura do Tratado de Roma, que entrou em vigor no ano seguinte. Foi denominada Comunidade Econmica Europia (CEE) desde a sua fundao at 1993, quando passou a se chamar Unio Europia ( U E). Sua sede fica em Bruxelas, na Blgica. Atualmente, a Unio Europia conta com 27 pases membros. Nos primeiros anos do sculo XXI, pode ser ampliada com a integrao de alguns pases que pertenciam ao bloco socialista como Eslovnia, Estnia, Hungria, Polnia e Repblica Tcheca, entre outros.

Os pases europeus emergiram aps Segunda Guerra Mundial, destrudos e enfraquecidos. A Europa, que ao longo de cinco sculos foi o centro das decises mundiais e a sede das grandes potncias, viu-se encurralada entre duas novas superpotncias: os Estados Unidos e a (hoje extinta) Unio Sovitica. Os europeus se deram conta de que, para fazer frente ameaa comunista, de um lado, e hegemonia do capitalismo norte-americano, de outro, teriam de acabar com antigas rivalidades e aprofundar a integrao, visando, em curto prazo, a reconstruo e, em longo prazo, o fortalecimento de suas economias.

Embora o acordo de Roma tenha estabelecido como horizonte de integrao as quatro liberdades livre circulao de mercadorias, servios, capitais e pessoas -, isso aconteceu lentamente. Apenas em 1968, dez anos aps o incio de seu funcionamento, efetivou-se a unio aduaneira, com a queda das barreiras para a circulao de mercadorias e a introduo da tarifa externa comum. Desde o incio, o comrcio foi um dos mais importantes instrumentos de integrao das economias da Unio Europia.

No incio da dcada de 1990, os pases da CEE resolveram ampliar a abrangncia desse organismo, devido delineao de uma nova etapa das relaes internacionais, marcada pela queda do muro de Berlim, pelo fim da URSS, pela unificao alem, e tambm pelo aumento da concorrncia no mbito comercial.

Reunidos em dezembro de 1991, na cidade de Maastricht, na Holanda, os pases da CEE decidiram eliminar, num curto espao de tempo, todas as barreiras que impediam uma definitiva integrao socioeconmica, implantando o mercado nico. Uma das principais decises foi definir o uso de uma nova e nica moeda na Europa unificada, com a criao de um Banco Central Europeu. O Tratado da Maastricht, que em 1 de janeiro de 1993, substituiu o Tratado de Roma e transformou a CEE em UE (Unio Europia).

Algumas metas traadas pelo tratado de Maastricht causaram reaes negativas em determinados setores da economia e da populao de alguns pases so elas: o fim do protecionismo para as atividades agropecurias e a liberao para a entrada de produtos agrcolas mais baratos no mercado europeu.

O projeto de integrao da Unio Europia, delineado pelo Tratado da Maastricht, bastante ambicioso, indo alm dos limites de um mercado nico ou comum. Isso porque esse projeto passou a ter como objetivo a unio econmica e monetria, alm do estabelecimento de uma poltica externa comum.

Assim, gradativamente vem ocorrendo entre os pases integrantes uma cooperao em questes como o combate ao crime organizado e ao narcotrfico, alm de decises comuns relacionados ao ambiente, imigrao, educao, proteo ao consumidor, sade publica, defesa do territrio e a outras reas.

A Unio Europia (UE) surgiu a partir do antigo Mercado Comum Europeu (MCE). Criada em 1991 (Tratado de Maastricht) e implementada a partir de 1993, rene 27 pases desde 1 de janeiro de 2007, dos quais a maioria utiliza o euro, a moeda nica desse bloco.Na verdade, a Unio Europia tornou-se um complexo projeto de integrao regional, englobando simultaneamente vrios nveis de integrao: Zona de Livre Comrcio, Unio Aduaneira, Mercado Comum e Unio Poltica Econmica e Monetria.

A expanso da organizao tende a abarcar todos os pases do continente que apresentam estabilidade econmica e poltica.

Cronologia da formao da Unio Europia:

1957 Fundaes do MCE por seis pases (Europa dos seis) Blgica, Holanda, Luxemburgo, Itlia, Frana e Repblica Federal da Alemanha.

1973 Ingresso de mais trs membros (Europa dos nove) Reino Unido, Dinamarca e Irlanda.

1981 Ingresso da Grcia (Europa dos dez)

1986 Ingresso da Espanha e Portugal (Europa dos doze)

1991 Tratado de Maastricht, que criou a Unio Europia. Comeou a vigorar em 1993.

1995 Ingresso da ustria, Sucia e Finlndia (Europa dos quinze).

2004 Ingresso da Repblica Tcheca, Eslovnia, Estnia, Letnia, Hungria, Polnia, Malta e Chipre. 2007 Romnia e BulgriaAtividades

1-Quais os objetivos das organizaes econmicas regionais?

2- Cite as etapas de integrao.

3-Explique a zona de livre comrcio.4-Quais so as quatro liberdades implantadas pelo tratado de Roma?5-Algumas metas traadas pelo tratado de Maastricht causaram reaes negativas em determinados setores da economia e da populao de alguns pases. Que metas foram essas?

6-Por que a Unio europia um modelo para a formao dos demais blocos econmicos na atualidade?

Texto ComplementarOs desafios econmicos, polticos e sociais da Unio Europia.

As manchetes acima apontam para o fato de que, apesar de se configurar como a iniciativa de integrao econmica mais antiga e bem-sucedida em nvel mundial, a Unio Europia tem ainda muitos problemas a serem resolvidos, a fim de continuar consolidando-se como um megabloco de pases.

A desigualdade econmica existente entre os pases membros tem sido um dos principais problemas enfrentados pelo bloco. Enquanto alguns pases so altamente industrializados e servidos por uma moderna rede de transportes, como o caso da Alemanha, Frana e Blgica, outros pases, como Portugal e Grcia, ainda so pouco articulados rede viria europia, alm de terem nas atividades primrias e tercirias suas maiores fontes de divisas. Esses aspectos criam, portanto, contrastes regionais entre os pases pertencentes Unio Europia.

Os problemas de ordem poltica e social tambm vm sendo bastante discutidos nas reunies entre os dirigentes europeus. Em nvel poltico, a atuao de grupos terroristas separatistas e a ascenso de partidos xenfobos ao poder tm colocado em risco a democracia em alguns pases da Unio Europia.

No que se refere aos problemas sociais, o crescimento das taxas de desemprego e da pobreza entre os pases membros vem gerando srias preocupaes. Calcula-se que, hoje, a taxa mdia de desemprego na Unio Europia seja de 9% do total da PEA, o que representa aproximadamente 15,6 milhes de trabalhadores sem emprego. A modernizao dos setores industrial e de servios, a transferncia de empresas europias para os pases subdesenvolvidos e a entrada de grandes contingentes de imigrantes tem contribudo para uma significativa diminuio dos postos de trabalho e dos valores dos salrios pagos pelas empresas. Como conseqncia, os governos dos pases membros so obrigados a destinar maiores recursos para assistir populao mais pobre, que est crescendo de forma contnua.

Outra grande dificuldade enfrentada pela Unio Europia a oposio da populao e de setores econmicos de alguns pases a determinao metas traadas pelos dirigentes europeus no Tratado de Maastricht, em 1993. O fim do protecionismo para as atividades agropecurias e a liberao da entrada de produtos agrcolas mais baratos no mercado europeu, por exemplo, vm revoltando os produtores rurais da vrios pases membros. Esses produtores sentem-se lesados pela diminuio do apoio financeiro oferecido pelo governo e tambm pela abertura de seus mercados concorrncia estrangeira.

A no-adeso ao euro por parte de alguns pases-membros importantes, como o Reino Unido e a Dinamarca, tambm coloca em risco as metas do Tratado de Maastricht. Nesses pases, a opinio pblica acredita que o euro, devido sua instabilidade em relao ao dlar, no se sustentar como moeda forte por muito tempo. Dessa forma, a populao recusa-se a abrir mo das moedas nacionais, que constituem smbolos do poderio econmico de seus pases h vrias dcadas.

Tambm no que se refere unificao monetria, outro aspecto que desagrada os europeus so as exigncias contidas no Tratado, que obriga os governos dos pases membros a adotar uma srie de medidas econmicas, objetivando a diminuio do dficit pblico. Entre essas medidas, esto: cortes nos gastos com servios sociais, como educao e sade; diminuio do quadro de funcionrios pblicos; e a ampliao do tempo de servio dos trabalhadores, aumentando a idade mnima para se aposentar. Isso significa a perda de benefcios sociais conquistados, sobretudo nas ltimas cinco dcadas pelos trabalhadores desses pases.

Separatismo e xenofobia, desemprego e pobreza, desigualdades regionais e recusa unificao monetria. Esses so alguns dos desafios que se colocam diante dos dirigentes europeus e que devero ser resolvidos habilmente neste incio de sculo, para que no ponha em risco a consolidao do projeto de uma Europa totalmente integrada, sem barreiras econmicas e unida em torno dos mesmos ideais polticos e sociais.Atividades 1- Qual o principal problema enfrentado pelos blocos econmicos?

2- Os problemas de ordem poltico-social tambm vm sendo bastante discutidos nas reunies dos blocos. Cite-os.

3- Porque alguns pases como o Reino Unido e a Dinamarca no aderiram o euro?

4- Que outro aspecto desagrada os europeus em relao s exigncias contidas no tratado da unificao monetria?

5- Quais so os desafios que os dirigentes devero resolver no incio do sculo XXI para no por em risco o projeto de uma Europa totalmente unificada.

6- Descreva as principais causas do desemprego na UE.O MERCOSUL

O MERCOSUL (em portugus: Mercado Comum do Sul; em castelhano: Mercado Comn del Sur, MERCOSUL) o programa de integrao econmica de cinco pases da Amrica do Sul. Em sua formao original, o bloco era composto por quatro pases: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Entretanto, em julho de 2006,a Venezuela aderiu ao bloco. O bloco tambm chamado de Cone Sul porque sua formao original abrangia as naes do Sul do continente, formando um cone.

Reunio dos chefes de Estado dos pases que integram o MERCOSUL, em 4 de julho de 2006 as discusses para a constituio de um mercado econmico regional para a Amrica Latina remontam ao tratado que estabeleceu a Associao Latino-Americana de Livre Comrcio (ALALC) desde a dcada de 1960. Esse organismo foi sucedido pela Associao Latino-Americana de Integrao na dcada de 1980. Na poca, a Argentina e o Brasil fizeram progressos na matria, assinando a Declarao de Iguau (1985), que estabelecia uma comisso bilateral, qual se seguiu uma srie de acordos comerciais no ano seguinte. O Tratado de Integrao, Cooperao e Desenvolvimento, assinado entre ambos os pases em 1988, fixou como meta o estabelecimento de um mercado comum, ao qual outros pases latino-americanos poderiam se unir.

Com a adeso do Paraguai e do Uruguai, os quatro pases se tornaram signatrios do Tratado de Assuno (1991), que estabelecia o Mercado Comum do Sul, uma aliana comercial visando dinamizar a economia regional, movimentando entre si mercadorias, pessoas, fora de trabalho e capitais.

Assim, o objetivo primordial do Tratado de Assuno a integrao dos quatro Estados-membros, por meio da livre circulao de bens, servios e fatores produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa externa Comum (TEC) e da adoo de uma poltica comercial comum, da coordenao de polticas macroeconmicas e setoriais e da harmonizao de legislao nas reas pertinentes, para alcanar o fortalecimento do processo de integrao.

Em funo do compromisso do bloco com a intensificao das relaes com os demais pases do continente, Bolvia, Chile, Colmbia, Equador e Peru so Estados associados ao MERCOSUL. A Venezuela encontra-se, atualmente, na situao de Estado em processo de adeso. O referido processo foi iniciado com a assinatura, em junho de 2006, em Caracas, do Protocolo de adeso da Venezuela ao MERCOSUL. Para que o pas se torne Estado-membro, o Protocolo deve ser aprovado pelos parlamentos da Argentina, do Brasil, do Paraguai, do Uruguai e da Venezuela. O MERCOSUL foi significativamente enfraquecido pelo colapso da economia Argentina em 2002. Alguns crticos acreditavam que a negativa de ajuda do governo Bush quele pas poca foi baseada em um desejo de enfraquecer o MERCOSUL, j que, teoricamente, os EUA percebem a iniciativa desse mercado com um problema para a sua estratgia poltico-econmica para a Amrica Latina. No entanto, mais provvel que os Estados Unidos tenham deixado de ajudar a Argentina uma vez que esse pas latino americano no transmitia confiabilidade aos mercados internacionais, tendo deixado de honrar seus compromissos financeiros em diversas ocasies.

Em 2004 entrou em vigor o Protocolo de Olivos (2002), que criou o Tribunal Arbitral Permanente de Reviso do MERCOSUL, com sede na cidade de Assuno (Paraguai). Uma das fontes de insegurana jurdica nesse bloco era a falta de um tribunal permanente.

Nova rodada de negociaes ocorreu a partir de julho de 2004, entre outros tpicos, discutindo-se a entrada do Mxico no grupo. Como resultado, em 8 de dezembro de 2004, os pases membros assinaram a Declarao de Cuzco, que lanou as bases da Comunidade Sul-Americana de Naes, entidades que unir o MERCOSUL e o Pacto Andino em uma zona de livre comrcio continental.

Muitos sul-americanos vem o MERCOSUL como uma arma contra a influncia dos Estados Unidos na regio, tanto na forma da rea de Livre Comrcio das Amricas quanto na de tratados bilaterais.

Mas preciso considerar tambm que o Brasil um pas importante para os Estados Unidos, pois, excetuando o Mxico, representa sozinho quase a metade da economia latino-americana e responde por cerca de 70% da economia de toda a Amrica do Sul.

O MERCOSUL, junto com a CAN (Comunidade Andina), tem buscado uma maior integrao comercial e propostas comuns a serem discutidas com os demais membros da ALCA para fortalecer a sua capacidade de negociao frente aos Estados Unidos.O MERCOSUL corresponde a um dcimo do PIB da UE e do Nafta. Em termos demogrficos, corresponde a pouco mais da metade das populaes de cada um dos blocos. Portanto, um mercado bem menor, principalmente porque a renda per capita de seus pases e, conseqncia do poder aquisitivo da populao bem menos.O Brasil tem um peso muito grande no MERCOSUL sua economia representa dois teros do PIB total do bloco: isso cria uma dependncia dos outros membros em relao a economia brasileira.

Atividades 1-Qual o tamanho do MERCOSUL comparado aos maiores blocos?

2-Qual a proporo da economia brasileira dentro do MERCOSUL e a conseqncia disso?

3-O Brasil tem um peso muito grande no Mercosul: sua economia representa dois teros do PIB total do bloco: isso cria uma dependncia dos outros membros em relao a economia brasileira. Diferencie o MERCOSUL da Nafta como tipo de associao econmica regional.

NAFTA Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte

Aps a 2 Guerra Mundial, os EUA consolidaram como potencia mundial. Entretanto, a partir da dcada de 1970, com a reestruturao econmica do Japo e da Europa, novos eixos de poder econmico se instalaram no mundo, situao que se configurou definitiva aps a desintegrao da URSS em 1991, colocando fim ao perodo da Guerra Fria.Diante desse cenrio, o governo dos EUA props ,em 1990, uma reunio entre as lideranas da Amrica, com exceo de Cuba denominada iniciativas das Amricas.No encerramento do evento, George Bush (EUA) props a criao de uma imensa rea de livre comrcio que deveria abranger toda a Amrica.Como parte dessa estratgia, em 1992 foi criada a zona de livre comrcio da Amrica do Norte,( Nafta) North American Free Trade Agreement.

Objetivos do NAFTA

Garantir aos pases participantes uma situao de livre comrcio, derrubando as barreiras alfandegrias, facilitando o comrcio de mercadorias entre os pases membros; Ajustar a economia dos pases membros, para ganhar competitividade no cenrio de globalizao econmica; Reduzir os custos comerciais entre os pases membros;

Aumentar as exportaes de mercadorias e servios entre os pases membros;

Funcionamento do NAFTA (vantagens para os pases membros)

Empresas dos Estados Unidos e Canad conseguem reduzir os custos de produo, ao instalarem filial no Mxico, aproveitando a mo-de-obra barata; O Mxico ganha com a gerao de empregos em seu territrio; O Mxico exporta petrleo para os Estados Unidos, aumento a quantidade desta importante fonte de energia na maior economia do mundo; A produo industrial mexicana, assim como as exportaes, tem aumentado significativamente na ltima dcada. A gerao de empregos no Mxico pode ser favorvel aos Estados Unidos, no sentido em que pode diminuir a entrada de imigrantes ilegais mexicanos em territrio norte-americano; Negociando em bloco, todos os pases membros podem ganhar vantagens com relao aos acordos comerciais com outros blocos econmicos.

Dados econmicos do NAFTA

Populao: 418 milhes de habitantes PIB (Produto Interno Bruto): 10,3 trilhes de dlares Renda per Capita (em US$): 25.341 (fonte: Banco Mundial)

Os princpios bsicos que norteiam o Nafta baseiam-se:Na eliminao das tarifas alfandegrias de centenas de produtos, criando uma zona de livre comrcio para a atuao das empresas;Na livre circulao de mercadorias e dlares entre os pases integrantes;

Nas restries ao livre trnsito dos trabalhadores entre os pases, impedindo de migrar em busca de melhores condies de vida.

Concluindo: Formado por Estados Unidos, Canad e Mxico a Nafta entrou em vigor em 1994, quando foi estabelecido o prazo de 15 anos para a total eliminao das barreiras alfandegrias entre os trs pases, uma vez que o objetivo do bloco apenas o livre comrcio. Atualmente, existe uma lista de produtos que circulam livremente nesse mercado, sem tarifa de importao.

Em dez anos, a circulao de mercadorias entre os trs pases membros cresceu mais de 150% e a economia mexicana despertou entre as quinze maiores do mundo.

O acordo estimulou a instalao de empresas norte-americanas no Mxico, onde podem produzir com custos menores, em razo dos baixos salrios pagos aos trabalhadores mexicanos. Percebendo essa tendncia e temendo perder seus empregos, muitos trabalhadores dos Estados Unidos, principalmente operrios, posicionaram-se de forma contraria a constituio da Nafta.

O governo norte-americano, porm argumenta que a instalao de indstrias no Mxico poderia reduzir a migrao clandestina de mexicanos para o pas.

Curiosidade:

O Chile est em fase de estruturao para fazer do NAFTA. As relaes comerciais entre este pas e o bloco econmico esto aumentando a cada ano. Breve, o Chile poder ser um membro efetivo do NAFTA. Atividades

1- Destaque do texto os principais objetivos do Nafta.

2- Com base nos textos sobre o Nafta e a ALCA, identifique os interesses dos EUA na concretizao de uma rea de livre comrcio que envolva a totalidade dos pases americanos.ALCA

O ALCA ( rea de livre comrcio das Amricas) que foi implantado em 34 pases da Amrica (exceto Cuba) no ano de 1994. Ele tem por objetivo suprimir as barreiras alfandegrias entre os pases.

Quando ele for colocado em prtica, ele ir se tornar um dos maiores blocos econmicos do mundo, apesar de existirem outros blocos econmicos na Amrica do Norte(NAFTA), e na Amrica do sul(Mercosul).

O ALCA ter um PIB (produto interno bruto) no valor de mais de US$ 12 trilhes e uma populao com aproximadamente 850 milhes de pessoas, porm existem as dificuldades de implementao, pois os Estados Unidos, por ser o maior pas de maior economia da Amrica, leva vantagem na implantao do ALCA, e com isso outros pases encontram dificuldades para implantar o ALCA, por apresentarem economias e desenvolvimento nas reas industriais muito baixos.

Para os pases da Amrica que esto em desenvolvimento, necessrio que eles faam um grande investimento em infraestrutura, para sua economia aguentar a entrada de um mercado do nvel da ALCA.

Na verdade o ALCA apenas um projeto que est parado desde novembro de 2005, quando foi realizada a ltima Cpula das Amricas.

Este era um acordo comercial idealizado pelos Estados Unidos e foi proposto para todos os pases da Amrica, com exceo de Cuba, segundo o qual seriam gradualmente derrubadas as barreiras ao comrcio entre os estados-membros e previa a iseno de tarifas alfandegrias para quase todos os itens de comrcio entre os pases associados.

Este acordo foi delineado na Cpula das Amricas realizada em Miami, EUA, em 9 de Dezembro de 1994 e "engavetada" na Quarta Reunio de Cpula das Amricas, que ocorreu em novembro de 2005 na Cidade de Mar del Plata, Argentina.

O que ALCA?

ALCA significa rea Livre de Comercio das Amricas, uma organizao criada pelos norte-americanos, que visa exclusivamente a explorao dos pases subdesenvolvidos, tornando-os submissos aos Estados Unidos, com perda das suas soberanias. A ALCA aprovada ser como um manto de proteo total e sem riscos para os investimentos diretos norte-americanos.

Onde surgiu a ALCA?Foi em Dezembro de 1994 , em Miami ,no governo de Bill Clinton o qual presidiu a primeira Cpula das Amricas ,composta por 33 pases do continente americano ,com exceo da Cuba vetada pelos EUA .A Cuba socialista , portanto contra radicalmente o imperialismo norte americano e qualquer proposta que vise interferncia nos pases soberanos.

Qual a proposta da ALCA?

Quais os objetivos da ALCA?

Um dos principais objetivos da ALCA esta no de conseguir controlar todo o comrcio da Amrica Latina e Caribe e reforar as vantagens que tanto as empresas de importao como as de exportao dos EUA j tem sobre as empresas do subcontinente .O controle total da economia da regio da maior importncia para grande potncia do Norte , principalmente num momento de deteriorao da sua balana de pagamentos e do aumento contnuo do seu dficit comercial , pois lhe permitiria enfrentar estes desequilbrios com os investimentos no exterior . Por isso EUA adotaram um documento da ALCA a mesma definio constante no AMI (Acordo Multilateral de Investimentos ) , no que se refere ao conceito de investimento .Ou seja , tudo investimento.

Quais os prejuzos a ALCA causar? So muitos os prejuzos, entre eles a perda cultural, que j esta em curso via mdia atravs de Big Brothers da vida e filmes americanos sem contedos, extremamente violentos. Agridem nossos valores morais e culturais. Um pas sem cultura um pas sem identidade. Um pas se deferncia do outro pesa sua cultura. Com a ALCA implantada em nossos pases a nossa cultura to rica sumiria aos poucos. .

Com a ALCA implantada o Brasil correr o risco de perder a soberania?

Sim! Na esteira da submisso econmica cada vez mais profunda, no haveria como evitar o aprofundamento da dependncia poltica e cultural e a conseqente perda acelerada da soberania nacional. O dlar passaria ser, a moeda de conveno continental, com a aplicao do estatuto currency board (junta de moeda corrente), uma figura dos tempos coloniais, que proibia colnias de possurem moedas prprias. O neoliberalismo torna-se aquilo ao que se destina uma verso moderna de colonialismo, em nome dos novos padres de acumulaes e representao do capital.Texto Complementar

O Brasil e a ALCA

A participao do Brasil na ALCA (Associao de Livre Comrcio das Amricas) bastante polmica. O continente americano rene, de um lado, dois pases desenvolvidos e com alto ndice de avano tecnolgico os Estados Unidos e o Canad -, e, de outro, pases subdesenvolvidos, alguns muito pobres, com economia baseada na agricultura e/ou na extrao mineral, como Haiti, Guiana, Guatemala, Bolvia, Equador.

Nesse contexto, o Brasil fica numa situao intermediria do ponto de vista de desenvolvimento econmico, e essa no uma posio confortvel. Por um lado, nosso pas e os demais pases latino-americanos no tm condies de concorrer em p de igualdade com as empresas dos Estados Unidos, no que diz respeito maior parte das atividades que formam o conjunto da economia. Por outro lado, o pas que se negar a participar da ALCA pode sofrer represlias, que certamente o colocaria numa difcil situao econmica. Alm disso, o Brasil muito dependente da economia norte-americana: por exemplo, cerca de 25% de nossas exportaes so para os Estados Unidos.

sia e Bacia do Pacfico: Asean-Apec

Ao contrrio das outras potncias Estados Unidos e Alemanha -, o Japo no lidera nenhum bloco econmico. O chamado Bloco do Pacfico no propriamente um bloco econmico, pois no resulta de nenhum acordo entre pases. Na verdade, delimita a rea de influncia econmica so as que mais vm crescendo nas ltimas dcadas.

O Japo lder em tecnologia, o que lhe garante alta produtividade, e sede de muitas as maiores corporaes do mundo, com filiais em vrios pases, o que o torna o principal investidor da regio. o pas que mais cresceu na sia do final da Segunda Guerra Mundial at o final dos anos 1980. Nos anos 1990, comeou a reduzir o seu crescimento econmico, chegando mesmo recesso na segunda metade da dcada.

Atualmente, a China a economia que mais cresce na regio, sendo forte candidata a potncia econmica no s regional, mas mundial. O pas tem crescido uma mdia de 9% ao ano desde que iniciou suas reformas econmicas, em 1978. Entretanto, a China tambm no lder de nenhum bloco econmico. A rivalidade entre os pases asiticos, sobretudo entre Japo e China, suas maiores potncias, tem dificultado a integrao econmica regional, tanto que no fazem parte do nico bloco econmico da regio: a Asean. Integram a Apec, mas essa entidade s dever tornar-se uma zona de livre comrcio num futuro distante.

APEC Cooperao Econmica da sia e do Pacfico

A Cooperao Econmica da sia e do Pacfico (Apec) um bloco econmico formado para promover a abertura de mercados entre 20 pases e Hong Kong (China), que respondem por cerca de metade do PIB e 50% do comrcio mundial. Oficializada em 1993, na Conferncia de Seattle (EUA), pretende estabelecer a livre troca de mercadorias entre todos os pases do grupo at 2020. Membros: Austrlia, Brunei, Canad, Indonsia, Japo, Malsia, Nova Zelndia, Filipinas, Cingapura, Coria do Sul, Tailndia, EUA (1989); China, Hong Kong (China), Taiwan (Formosa) (1991); Mxico, Papua, Nova Guin (1993); Chile (1994); Peru, Federao Russa, Vietn (1998).

O crescimento econmico da bacia do pacfico e da costa oeste do continente americano, uma vez que os Estados Unidos e o Canad so pases com litoral Atlntico e Pacfico. Dentro da Apec esto includos outros blocos como a Nafta, e blocos menores como (Asean, Anzcerta, Pacto Andino). A importncia da Apec na nova ordem mundial est no fato de ela reunir os pases emergentes da Bacia do Pacifico, os membros da nafta, a Austrlia, a Nova Zelndia e o Japo.

ASEANASEAN - A Associao das Naes do Sudeste Asitico (Asean) surge em 1967, na Tailndia, com o objetivo de assegurar a estabilidade poltica e de acelerar o processo de desenvolvimento da regio. Hoje, o bloco representa um mercado de 510 milhes de pessoas e um PIB de 725,3 bilhes de dlares. A eliminao das barreiras econmicas e alfandegrias entrar em vigor no ano 2002.

Membros: Indonsia, Malsia, Filipinas, Cingapura, Tailndia (1967); Brunei (1984): Vietn (1995); Mianmar, Laos (1997); Camboja (1999).

Outros Blocos SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da frica Meridional)Membros: Angola, frica do Sul, Botsuana, Lesoto, Malavi, Maurcio, Moambique, Nambia, Congo, Seichelles, Suazilndia, Tanznia, Zambia e Zimbbue.

O bloco objetiva ser um mercado comum, mas por enquanto tenta organizar uma zona de livre-comrcio prevista para 2004.

Pacto Andino

Membros: Bolvia, Colmbia, Equador, Peru e Venezuela.

Formado com o objetivo de aumentar a integrao econmica entre os pases-membros. Em 1992 comeou a vigorar como zona de livre-comrcio.

Atividades

1-Cite 3 pases membros do Apec.

2-Justifique a importncia da Apec na nova ordem mundial.

O Extremo Oriente Japo e Tigres Asiticos.

Localizao geogrfica do Japo Localizado no extremo leste da sia, o Japo um arquiplago com mais das trs mil ilhas, mas quatro se destacam pelo tamanho: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kiushu.

Quase 80% dos japoneses vivem em cidades. Nas grandes concentraes urbanas, registram-se ate 4 mil habitantes por Km. Tquio, a capital e centro financeiro-comercial, a maior cidade do pas e uma das mais populosas do mundo, com cerca de 8,2 milhes de habitantes. Seguem-se Osaka, Yokohama e Nagoya. As principais reas metropolitanas so: Kanto, que rene quatro portos e as cidades de Tquio, Yokohama, Kawasaki e Chiba; Nagoya; e Kansai, que engloba Osaka, Kobe, Kyoto, Shimonoseki, Kitakyushu e Fukuoka. No conjunto, essas reas metropolitanas formam uma das maiores megalpoles do mundo, com mais de 45 milhes de habitantes.Com mais de 127 milhes de habitantes, o Japo apresenta uma das mais altas densidades demogrficas do mundo: 349 habitantes por Km. A maior concentrao populacional est na ilha de Honshu, onde vivem mais de 100 milhes de pessoas.Do isolamento modernizaoHistoricamente, o Japo sempre foi visto como um pas isolado dos demais. Isso porque, em meados do sculo XVII, o cl que governava seu territrio, temendo o crescimento de influencias estrangeiras, proibiu qualquer tipo de contato dos japoneses com o mundo exterior.

Em 1853, os Estados Unidos enviaram ao Japo trs navios de guerra para forar o governo japons a estabelecer contato com outros pases. O acordo comercial proposto foi conseguido em 1854, quando houve a retomada das relaes comerciais do Japo com a comunidade internacional, dando incio ao processo de industrializao japons.

Em 1868, teve incio no pas a chamada Era Meiji, cujo governo foi responsvel por grandes realizaes e pelo desencadeamento do processo de modernizao da economia japonesa.

As principais mudanas promovidas pelo novo imperador foram:

Submisso das provncias ao poder central em substituio ao antigo sistema de feudos; Obrigatoriedade do ensino primrio a todos (antes, somente os nobres aprendiam a ler e a escrever); Aprovao de uma Constituio;

Estabelecimento dos poderes Legislativo, Executivo e Judicirio;

Designao do imperador como chefe supremo do pas;

Estabelecimento do iene como moeda nacional;

Industrializao do pas;

Instituio da imprensa e dos servios postais;

Formao dos zaibatsus, conjunto de empresas interligadas do setor produtivo ou financeiro que passaram a controlar a economia do pas. Os zaibatsus so considerados a base da industrializao japonesa;

Transferncia da capital de Kyoto para Tquio.

O quadro natural do JapoCerca de 80% do territrio japons marcado pela presena de planaltos e montanhas. O ponto culminante do pas o monte Fuji, com 3.7000m. O restante do pas formado por plancies, na maioria prxima ao territrio.As plancies so reas mais povoadas do Japo e apresentam problemas de espao devido superpopulao.

O arquiplago japons est situado no crculo do fogo do oceano Pacfico. Essa regio concentra grande quantidade de vulces e abalos ssmicos (terremotos). O Japo atravessado por um conjunto de falhas tectnicas que s vezes causam terremotos violentos.O clima predominante o temperado, mas, devido a outros fatores naturais, encontramos tambm o clima subtropical e o tropical.

O setor agrcola japons pouco desenvolvido; o territrio muito montanhoso e a atividade econmica est fortemente concentrada nas cidades. A monocultura do arroz ocupa metade do espao agrrio.Apesar de no possuir grandes reservas de matrias-primas, precisando importar grande parte que ele utiliza, o Japo um pas fortemente industrializado, superado somente pelos Estados Unidos.

As indstrias mais importantes so: naval, siderrgica, tecidos sintticos, borracha, etc.

Atividades 1- O que foi a Era Meiji?

2- Cite as principais mudanas promovidas pelo governo na Era Meiji.3- Que tipo de relevo predomina no Japo?

Os Tigres AsiticosDurante a Guerra Fria (1945-1989), perodo de grande rivalidade entre Estados Unidos e Unio Sovitica, o Japo sobressaiu como potncia mundial e passou a servir de base e modelo para o desenvolvimento de alguns pases do Pacfico.

Nessa poca, a China e a Coria do Norte ameaavam o equilbrio de poder na regio. Por serem pases socialistas, o fato de se destacarem na sia representava uma ameaa aos interesses dos Estados Unidos em relao ao Japo e a seus parceiros.O Japo teve seu boom econmico na dcada de 1980, quando seu crescimento assombroso chamou a ateno do mundo para o Extremo Oriente.

Depois disso, a ligao entre as naes asiticas e o Japo, alm do carter comercial e tecnolgico, ganhou nova dimenso: de integrao regional e de interesses comuns.Os pases que se beneficiaram de uma poltica de apoio promovida principalmente pelos Estados Unidos e pelo Japo foram chamados de Tigres Asiticos: Cingapura, Coria do Sul e Taiwan (Formosa), alm de Hong Kong, hoje anexado China.

Esses pases apresentavam em comum, basicamente, alguns fatores que favoreceram a atrao de recursos externos, o desenvolvimento industrial e a acumulao de capital: A posio estratgica em relao a pases socialistas;

A superexplorao da fora de trabalho, favorecida pela inexistncia da maior parte dos direitos trabalhistas conhecidos no Ocidente, alm da restrio associao sindical;Grande interveno estatal economia, principalmente no setor financeiro;

Presena de governos autoritrios, com cerceamento da liberdade poltica;

Concentrao de capital, com formao de poucos conglomerados, em oligoplios em todas as etapas do processo produtivo e nos diferentes setores da economia;

Reduzido mercado interno;

Considervel investimento em educao e na qualificao da mo-de-obra.Alm de receberem investimentos externos diretos e indiretos, esses pases tambm se beneficiaram de privilgios alfandegrios para exportar seus produtos para o Japo e os Estados Unidos.

O Extremo Oriente Socialista; Localizao geogrfica da China e o quadro natural da China.

Localizao geogrfica da China

A China est situada no extremo oriente da sia e ocupa uma rea de 9,6 milhes de km.

No final do sculo XIX e incio do sculo XX, a China foi dominada pelas metrpoles europias.

Em 1911, o pas, proclamou sua independncia. Na dcada de 20, o poder foi disputado por dois lderes chineses: Chiang- Kai-shek (lder nacionalista, apoiado por pases capitalistas) e MaoTs-tung (lder comunista apoiado pelos soviticos)

Apesar da rivalidade, esses lderes e seus grupos se uniram para lutar contra a invaso japonesa, ocorrida m 1936. Aps a guerra com o Japo, nacionalistas e comunistas entram e luta novamente. Em 1949, MaoTs-tung (lder comunista)Tornou-se vitorioso e fundou Repblica Popular da China, cujo regime de governo passou a ser socialista.Chiang- Kai-shek (lder nacionalista) refugiou-se na ilha de Formosa ( hoje Taiwan),onde fundou a China nacionalista, com regime de governo capitalista

O quadro natural da China

A China Possui uma das maiores cadeias montanhosa do mundo a Cordilheira do Himalaia (com 4.000m, onde fica localizada a montanha mais alta do mundo: o monte Everest, com 8.848m.

Na regio noroeste fica o planalto Snkiang: no nordeste esto os planaltos da Monglia Interior: a leste esto grandes plancies aluviais.

Na regio do planalto Snkiang o clima semidesrtico. As altas montanhas do Himalaia tornam a umidade pequena. Nessa regio, o degelo das montanhas forma rios temporrios e Osis

O sul e sudeste do pas apresentam altas temperaturas o ano todo, onde predominam as florestas tropicais.

Da China socialista abertura econmica.De cada cinco habitantes da Terra, um chins, ou seja, com cerca de 1,3 bilhes de habitantes, concentra, aproximadamente, 20% da populao mundial. Esse percentual impressionante, principalmente se considerarmos que a soma da populao de todos os pases da Europa, por exemplo, alcana pouco mais de 12% do total do planeta. Se comparada com o Brasil, a China possui o equivalente a quase oito vezes o nmero de habitantes de nosso pas, que por sua vez, o 5 pas mais populoso do mundo.

Reduzir o ritmo do crescimento populacional uma questo crucial para os chineses. Por esse motivo, o governo implantou a controvertida poltica do filho nico, que impe certas restries aos casais que tiverem mais de um filho.

Em decorrncia dessa poltica, houve de fato, uma acentuada queda da taxa de fecundidade, fazendo com que o crescimento demogrfico do pas casse para 1% ao ano.

A China, com 9.571 300 Km, o terceiro pas mais extenso do planeta. O fato de ser o pas mais populoso do planeta e possuir uma vasta extenso territorial aponta o grande potencial que a China representa no mundo contemporneo, principalmente por ser uma potncia militar, detentora inclusive de armas nucleares.

As duas ex-colnias do ocidente, Hong Kong, at recentemente sob o domnio britnico, e Macau, pertencentes aos portugueses, foram incorporadas China, trazendo, com suas riquezas, uma grande contribuio para a economia chinesa, que se