163
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMPLEMENTO NOS TERMOS DO CONCURSO 2013 PROF. CLÁUDIO BORBA

Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

COMPLEMENTO NOS TERMOS DO CONCURSO 2013

PROF. CLÁUDIO BORBARESOLUÇÃO SEFAZ 537/2012

ICMS - Substituição tributária - Substituto tributário, base de cálculo, cálculo do imposto, prazo de recolhimento, obrigações acessórias e outros

Page 2: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

A Resolução nº 537/2012 disciplinou a operacionalização e os procedimentos a serem realizados pelos contribuintes substitutos e demais obrigados, substituídos e transportadores, em operações internas e interestaduais com as mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária, sem prejuízo da aplicabilidade das demais normas específicas fixadas na legislação do imposto.Referido ato dispôs especialmente sobre: a) o substituto tributário; b) a composição da base de cálculo da substituição tributária; c) o cálculo do valor do imposto devido; d) a forma de recolhimento do imposto; e) o cálculo do imposto devido na aquisição de mercadoria de outro Estado; f) o adicional do FECP; g) o prazo de recolhimento do imposto; h) a emissão do DARJ e GNRE; i) a possibilidade do contribuinte localizado em outro Estado firmar Termo de Acordo com o Estado; j) a escrituração fiscal; k) os procedimentos a serem cumpridos na hipótese de devolução ou remessa interestadual de mercadoria.As disposições da mencionada Resolução aplicam-se nas operações com mercadorias sujeitas a regime da substituição tributária, dentre elas: a) bebidas; b) cigarros; c) cimento; d) energia elétrica; e) aparelhos de barbear; f) autopeças; g) produtos farmacêuticos; h) sorvetes; i) veículos; j) aparelhos celulares; k) brinquedos; l) produtos de colchoaria; m) materiais de limpeza; n) alimentos; o) ferro para construção civil; p) materiais elétricos; q) aparelhos telefônicos; r) combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo. Por fim, foram revogadas as seguintes Resoluções nºs: a) 80/2004, que tratava sobre a substituição tributária; b) 27/2007, que dispunha sobre os códigos de identificação do DARJ, relativamente à substituição tributária; c) 6.470/2002, que determinava sobre a aplicação do regime na remessa de álcool etílico hidratado combustível - AEHC; d) 6.475/2002, que dispunha sobre a celebração de "Termo de Acordo" com contribuinte localizado em outro Estado; e) 119/2004, que tratava sobre a escrituração fiscal dos documentos fiscais com a aplicação do regime.

Capítulo Assunto Artigos

I Disposições Preliminares; 1º

II Do remetente designado contribuinte substituto nas operações internas; 2º

IIIDo remetente designado contribuinte substituto em operações interestaduais com destino ao Estado do Rio de Janeiro;

IV

Das aquisições realizadas em operações provenientes de outra unidade federada por contribuinte substituto localizado neste Estado com mercadoria sujeita à substituição tributária quando não há convênio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente;

VDos documentos de arrecadação para o pagamento do ICMS e do adicional do FECP devidos em operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária;

5º a 9º

VI Do "Termo de Acordo"; 10 a 13

VIIDa escrituração fiscal a ser adotada por contribuinte que receba ou remeta mercadoria sujeita ao regime de Substituição Tributária;

14 a 16

VIII Das disposições finais. 17 e 18

Capítulo IDisposições Preliminares

Art. 1º. Esta Resolução disciplina a operacionalização e os procedimentos a serem realizados pelos contribuintes substitutos e demais obrigados, substituídos e transportadores, em operações internas e interestaduais com as mercadorias a seguir indicadas, sem prejuízo da aplicabilidade das demais normas específicas fixadas na legislação do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS):I - aquelas de que trata o Anexo I do Livro II do Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto nº 27.427, de 17 de novembro de 2000(RICMS/00); eII - as mercadorias relacionadas no art. 1º do Livro IV do RICMS/00.

Capítulo IIDo remetente designado contribuinte substituto nas operações internas

Art. 2º. Na saída interna das mercadorias a que se referem os incisos I e II do art. 1º desta Resolução fica atribuída ao estabelecimento industrial localizado neste Estado a responsabilidade pela retenção e o pagamento

Dispõe sobre a Substituição Tributária no Estado do Rio de Janeiro.

2

Page 3: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

do ICMS relativo às operações subsequentes destinadas a contribuinte do imposto, observadas as disciplinas específicas fixadas na legislação tributária, especialmente ao disposto nos §§1º, 5º e 6º do art. 1º, art. 19 e art. 45 do Livro IV do RICMS, no que se refere ao álcool etílico hidratado combustível (AEHC), ao óleo combustível e ao querosene de aviação (QAV), ao gás natural veicular (GNV), ao álcool etílico anidro combustível (AEAC) e ao óleo lubrificante acabado.§ 1º Na importação de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária fica o estabelecimento importador, na qualidade de contribuinte substituto, responsável pela retenção e o pagamento do ICMS relativo às operações subsequentes, no momento da saída da mercadoria do seu estabelecimento.§ 2º O contribuinte fluminense destinatário de mercadoria, bem ou serviço sujeitos à substituição tributária em operação ou prestação originada no próprio Estado do Rio de Janeiro nos termos do caput deste artigo, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido, nos termos doart. 25 da Lei nº 2.657/96.§ 3º Os sujeitos passivos de que trata este capítulo deverão observar, para a formação da base de cálculo do imposto devido por substituição tributária, quando inexistir o preço máximo, ou único, de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado do Estado do Rio de Janeiro, em condições de livre concorrência (PMPF) de que trata o § 10 do art. 24 da Lei nº 2657/96, quando adotado expressamente pela legislação tributária, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicável às operações internas (MVA Original).§ 4º Considera-se devido o imposto por substituição tributária na hipótese do caput deste artigo na saída do estabelecimento do contribuinte substituto.

Capítulo IIIDo remetente designado contribuinte substituto em operações interestaduais com destino ao Estado do

Rio de JaneiroArt. 3º. Na hipótese de contribuinte substituto, industrial ou não, localizado em outra unidade federada signatária de acordo firmado com o Estado do Rio de Janeiro (protocolo ou convênio), fica atribuída ao remetente na operação interestadual, ainda que o imposto já tenha sido retido anteriormente, a responsabilidade pela retenção e o pagamento do ICMS relativo às operações subsequentes destinadas a contribuinte do imposto localizado neste estado.§ 1º O disposto no caput deste artigo também se aplica na hipótese de o remetente firmar com o Estado do Rio de Janeiro Termo de Acordo a que se refere o Capítulo VI desta Resolução.§ 2º Nas hipóteses de que tratam o caput e o § 1º deste artigo, a Secretaria de Estado de Fazenda poderá conceder ao sujeito passivo por substituição localizado em outra unidade da Federação inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro do ICMS (SICAD), nos termos doart. 21 do Livro II do RICMS/00e doartigo 31, II da Resolução SEF nº 2.861, de 28 de outubro de 1997, observadas as disciplinas específicas fixadas na legislação tributária.§ 3º Caso o remetente não possua inscrição no SICAD, o transporte da mercadoria deve estar acompanhado do comprovante do pagamento do imposto, nos termos do § 2º doart. 21 do Livro II do RICMS/00e do demonstrativo de pagamento de que trata o § 3º do art. 11 da Resolução SEFAZ nº 468, de 27 de dezembro de 2011.§ 4º O contribuinte fluminense destinatário de mercadoria ou bem sujeitos à substituição tributária, quando proveniente de outra unidade da Federação, nos termos do caput e dos §§ 1º e 3º deste artigo, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, ou quando esta for feita parcialmente, fica responsável pelo pagamento do imposto que deveria ter sido retido, sendo exigível o montante integral ou parcial, conforme o caso, no momento da entrada da mercadoria ou bem no território fluminense.§ 5º Identificada a falta de retenção a que alude o caput e os §§ 1º e 3º ou a inexistência do pagamento de que trata o § 4º, todos deste artigo, no curso de fiscalização de trânsito da mercadoria ou em barreira fiscal fluminense, lavrar-se-á auto de infração, exigindo-se o ICMS devido:I - do remetente, caso inscrito no SICAD;II - do destinatário inscrito e localizado no Estado do Rio de Janeiro, caso o remetente não seja inscrito do SICAD ou na hipótese em que, dispondo de inscrição, esta se encontre na situação cadastral de paralisada, suspensa, baixada, impedida ou cancelada, nos termos da legislação específica, devendo, nesses casos, a critério da autoridade fiscal, ser cientificado o autuado no próprio local em que for constatada a infração, observado o disposto no § 9º do art. 4º desta Resolução, ou por via postal, com prova de recebimento no domicílio tributário do sujeito passivo, ou por meio eletrônico, nos termos previstos na legislação tributária.§ 6º Revogado.

3

Page 4: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 7º Inexistindo preço máximo ou único de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, os sujeitos passivos de que trata este Capítulo III deverão utilizar o PMPF, quando expressamente adotado pela legislação estadual, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicável às operações interestaduais (MVA Ajustada) para a determinação da base de cálculo do imposto devido por substituição tributária.§ 8º Considera-se devido o imposto por substituição tributária na hipótese do caput deste artigo na saída do estabelecimento do contribuinte substituto.

Capítulo IVDas aquisições realizadas em operações provenientes de outra unidade federada por contribuinte substituto localizado neste Estado com mercadoria sujeita à substituição tributária quando não há

convênio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetenteArt. 4º. Em operação com mercadoria proveniente de outro estado sujeita ao regime de substituição tributária em que não há convênio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente, fica atribuída ao contribuinte fluminense destinatário localizado neste Estado a condição de substituto, responsável pela retenção e o pagamento do ICMS devido nas saídas internas subsequentes àquela interestadual, nos termos doart. 21, inciso VI, da Lei nº 2.657/96, observado o disposto nos parágrafos deste artigo.§ 1º Considera-se ocorrido o fato gerador no caso de que trata o caput deste artigo no momento da entrada da mercadoria ou bem no território deste Estado, inclusive na hipótese de destinatário varejista fluminense, em razão do disposto no art. 23, inciso IV, item 2, e §§1º, 2º e 3º doart. 39 da Lei nº 2.657/96, devendo a autoridade fiscal exigir neste momento a apresentação do comprovante de pagamento do ICMS devido, observado o disposto nos §§ 7º, 8º e 9º deste artigo.§ 2º A base de cálculo na hipótese de que trata o caput deste artigo é o preço máximo, ou único, de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador.§ 3º Inexistindo os preços mencionados no § 2º deste artigo, os sujeitos passivos de que trata este Capítulo IV deverão utilizar o PMPF, quando expressamente adotado pela legislação estadual, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicável às operações interestaduais (MVA Ajustada) para a determinação da base de cálculo do imposto devido por substituição tributária.§ 4º O valor do ICMS devido por substituição tributária de que trata este Capítulo IV, será obtido por meio da multiplicação da alíquota aplicável às operações internas pela base de cálculo fixada nos termos dos §§ 2º e 3º deste artigo, deduzido do imposto destacado pelo remetente em sua nota fiscal.§ 5º O imposto apurado consoante o § 4º deste artigo será pago em DARJ único em separado, gerado pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ- RJ na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza "Substituição Tributária por Responsabilidade", englobando o ICMS incidente nas saídas internas subsequentes àquela interestadual, inclusive o percentual relativo ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP), apurado, separadamente, pela aplicação da alíquota de 1% (um por cento) sobre a base de cálculo fixada nos termos do § 2º deste artigo.§ 6º A responsabilidade prevista no caput deste artigo aplica-se também ao estabelecimento depositário, na operação de remessa de mercadoria para depósito neste Estado.§ 7º O pagamento do ICMS inclusive o relativo ao adicional relativo ao FECP devido nos termos deste Capítulo deverá ser comprovado no posto de fiscalização interestadual, devendo uma das vias do comprovante de recolhimento, junto com o DANFE de remessa, acompanhar o transporte da mercadoria, observado o disposto no artigo 5º e ressalvada a hipótese de o remetente firmar Termo de Acordo nos termos do art. 10, ambos desta Resolução.§ 8º Caso seja constatado o descumprimento do disposto no caput e nos §§ 1º a 7º deste artigo, bem como no art. 5º, II, "b", desta Resolução, a autoridade fiscal deverá lavrar auto de infração, exigindo o total do imposto devido e demais acréscimos legais do contribuinte inscrito neste Estado destinatário da mercadoria ou bem sujeitos à substituição tributária.§ 9º A ciência da exigência do crédito tributário constituído nos termos do § 8º deste artigo deverá ser realizada:I - pessoalmente, no próprio local da lavratura do auto de infração, por pessoa habilitada nos termos do ato constitutivo da sociedade e alterações contratuais;II - por meio de procurador, no próprio local da lavratura do auto de infração, exclusivamente na hipótese em que o instrumento de mandato atribua de forma expressa esta possibilidade;III - por via postal, com prova de recebimento no domicílio tributário do sujeito passivo, ou por meio eletrônico, nos termos previstos na legislação tributária, na hipótese de não serem possíveis os meios indicados nos incisos I e II deste parágrafo;

4

Page 5: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 10. O destinatário da mercadoria a que se refere o caput deste artigo deve manter arquivada uma via do comprovante de recolhimento e uma via do demonstrativo de pagamento de que trata oartigo 11 da Resolução SEFAZ nº 468/11, junto ao DANFE de remessa que acompanhou o transporte da mercadoria.

Capítulo VDos documentos de arrecadação para o pagamento do ICMS e do adicional do FECP devidos em operação

com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributáriaArt. 5º. O pagamento do ICMS e do adicional relativo ao FECP, devidos por operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária de que trata esta Resolução, deverá ser efetuado:I - por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, gerada pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ, na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza da receita "Substituição Tributária por Responsabilidade", conforme Anexo II desta Resolução, na hipótese de se tratar de contribuinte substituto localizado em outra Unidade da Federação por força:a) de convênio ou protocolo firmado entre o Estado do Rio de Janeiro e a Unidade da Federação onde o remetente está localizado, conforme caput do art. 3º desta Resolução;b) de Termo de Acordo firmado pelo contribuinte com o Estado do Rio de Janeiro, na hipótese de não haver convênio ou protocolo firmado entre o Estado do Rio de Janeiro e a Unidade da Federação onde está localizado o remetente, conforme § 1º do art. 3º desta Resolução;II - por meio do Documento de Arrecadação do Estado do Rio de Janeiro - DARJ, gerado pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), no caso de o recolhimento ser efetuado:a) pelo remetente industrial localizado no Estado do Rio de Janeiro, em operações internas, ou pelo importador, designados contribuintes substitutos, conforme artigo 2º desta Resolução, utilizando-se a natureza "Substituição Tributária por Operação Própria", conforme Anexo I desta Resolução;b) pelo contribuinte fluminense destinatário de mercadoria ou bem proveniente de outra Unidade da Federação, na qualidade de contribuinte substituto, utilizando-se a natureza "Substituição tributária por Responsabilidade", conforme Anexo II desta Resolução;c) nas demais hipóteses em que o imposto seja devido pelo adquirente ou destinatário localizado no Estado do Rio de Janeiro ou pelo transportador, por força de responsabilidade solidária ou por substituição, na forma do § 2º do artigo 2º, dos §§ 3º a 7º do art. 3º e dos §§ 6º e 7º do artigo 4º desta Resolução, utilizando-se a natureza "Substituição Tributária por Responsabilidade", conforme Anexo II desta Resolução.III - por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE ou meio do Documento de Arrecadação do Estado do Rio de Janeiro - DARJ, gerados pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ- RJ, na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza "Substituição Tributária por Responsabilidade", conforme Anexo II desta Resolução, na hipótese de pagamento efetuado pelo remetente localizado em outra Unidade da Federação, em nome do destinatário designado substituto tributário, na hipótese de que trata o Capítulo IV desta Resolução, conforme Anexo II desta Resolução.Parágrafo Único. O adicional relativo ao FECP deve ser calculado, na forma doart. 4º da Resolução SEF nº 6.556/03, e recolhido juntamente com o ICMS no mesmo DARJ ou na mesma GNRE, conforme o caso, devendo ser informado separadamente na emissão do documento de arrecadação.Art. 6º. Ressalvadas as disciplinas específicas a que se referem os arts. 7º e 17 desta Resolução, o ICMS devido deve ser pago até:I - o dia 9 (nove) do mês subsequente ao da saída da mercadoria, nas hipóteses disciplinadas na alínea "a" do inciso II do art. 5º desta Resolução e nas alíneas "a" e "b" do inciso I do mesmo artigo, exclusivamente na hipótese em que for cumprida a exigência fixada no § 2º do art. 3º;II - a data da saída da mercadoria do estabelecimento:a) do contribuinte substituto localizado em outra unidade federada por força de convênio ou protocolo, caso o remetente não providencie a sua inscrição no SICAD, descumprindo o disposto noart. 21 do Livro II do RICMS/2000, ou que, dispondo de inscrição, esta se encontre na situação cadastral de paralisada, suspensa, baixada, impedida ou cancelada, nas hipóteses de que tratam as alíneas "a" e "b", do inciso I, do artigo 5º desta Resolução;b) do remetente localizado em outra unidade federada, na hipótese de que trata a alínea "c" do inciso II do art. 5º desta Resolução;III - a data entrada da mercadoria:a) no estabelecimento do adquirente responsável, nos casos disciplinados no § 2º do art. 2º desta Resolução;b) no território fluminense, em se tratando de operação interestadual, nas demais hipóteses de que trata esta Resolução.

5

Page 6: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 1º Na hipótese de que trata o inciso II deste artigo, o sujeito passivo por substituição deve efetuar o pagamento do imposto devido a este Estado em relação a cada operação, devendo uma via do documento de arrecadação e uma via do demonstrativo de pagamento de que trata oart. 11 da Resolução SEFAZ nº 468/11acompanhar o transporte da mercadoria, GNRE ou DARJ, conforme o caso.§ 2º No caso previsto no § 1º deste artigo deverá ser emitido um DARJ ou uma GNRE, conforme o caso, distinto para cada um dos destinatários, devendo constar no demonstrativo de pagamento de que trata oart. 11 da Resolução SEFAZ nº 468/11, o tipo, a série, o número e a data de emissão da nota fiscal e o CNPJ de seu emitente.§ 3º O contribuinte de que trata o § 2º do art. 3º desta Resolução que, apesar de inscrito no SICAD e de consignar o total do imposto retido nas notas fiscais de saída destinadas ao Estado do Rio de Janeiro, estiver inadimplente com o fisco fluminense, poderá ter sua inscrição impedida pelo titular da repartição fiscal de circunscrição.§ 4º A partir da data do impedimento a que se refere o § 3º deste artigo, o trânsito das mercadorias deve ser acompanhado pelo DARJ ou pela GNRE relativo à operação, conforme o caso, e pelo demonstrativo de pagamento de que trata oart. 11 da Resolução SEFAZ nº 468/11.§ 5º Na hipótese de descumprimento do disposto no § 4º deste artigo, será exigido o total do imposto devido do contribuinte destinatário inscrito neste Estado, observado o disposto no §9º do art. 4º desta Resolução.Art. 7º. Nos termos do disposto no § 1º doart. 14 do Livro II do RICMS/2000, exclusivamente nas hipóteses disciplinadas na alínea "a" do inciso II do artigo 5º desta Resolução e nas alíneas "a" e "b" do inciso I do mesmo artigo, caso seja cumprida a exigência fixada no § 2º do art. 3º deste ato, o ICMS devido nas operações com cimento pode ser pago até o dia 10 (dez) do mês subsequente ao da saída da mercadoria.Art. 8º. O DARJ e a GNRE de que trata esta Resolução devem ser emitidos exclusivamente pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ, na Internet, no endereço www.fazenda.rj.gov.br.Art. 9º. Fica a Superintendência de Arrecadação, Cadastro e Informações Econômico-Fiscais - SUACIEF - autorizada a instituir, alterar ou extinguir naturezas de receita e códigos de identificação internos de recolhimento e a baixar normas complementares visando à atualização dos Anexos desta Resolução.

Capítulo VIDo "Termo de Acordo"

Art. 10. Fica facultado ao contribuinte estabelecido em outra unidade da Federação firmar "Termo de Acordo" para a retenção e o pagamento do ICMS na remessa para este Estado de mercadoria submetida ao regime de substituição tributária somente em operações internas, em que não haja Convênio ou Protocolo firmado pelo Estado do Rio de Janeiro.§ 1º O imposto de que trata o caput deste artigo, nos termos da alínea "b" do inciso I do artigo 5º e do inciso I do artigo 6º desta Resolução, será recolhido por meio de GNRE, até o dia 9 (nove) do mês subseqüente ao da saída da mercadoria do estabelecimento do remetente, excetuada a hipótese prevista no art. 7º desta Resolução.§ 2º Fica atribuída aos titulares das Inspetorias de Fiscalização Especializada correspondentes a competência para firmar o "Termo de Acordo", cujo modelo será instituído por meio de Portaria a ser editada pelo Subsecretário Adjunto de Fiscalização.§ 3º A Subsecretaria Adjunta de Fiscalização editará ato, sempre que necessário, para divulgar relação consolidada dos termos de acordo firmados com a Secretaria de Estado de Fazenda.§ 4º O Termo de Acordo somente será firmado com contribuinte inscrito no SICAD, ou que solicite sua inscrição concomitantemente com a apresentação da proposta de sua assinatura.Art. 11. São competentes para assinar os termos de acordo de que trata este Capítulo, no caso de sociedade anônima, seus diretores eleitos constantes da Ata de Assembléia mais recente e, nos demais casos, os sócios com poderes de gerência ou administração, conforme estabelecido no contrato social.§ 1º Na hipótese de o acordante se fazer representar por mandatário, a legitimidade deste comprovar-se-á pela juntada ao processo do respectivo instrumento de mandato, além de cópia do estatuto ou contrato social do outorgante e identidade e CPF do outorgado.§ 2º O instrumento de mandato deve ser específico para a assinatura de cada termo de acordo.§ 3º Consideram-se válidos os atos praticados por mandatário até o momento em que, no processo, o mandante declare, expressamente, a extinção do mandato.Art. 12. O "Termo de Acordo" não será firmado, ou poderá ser cancelado a qualquer tempo, nas seguintes hipóteses, observadas em relação ao contribuinte:I - for julgado insatisfatório elemento constante de seus documentos ou livros fiscais ou comerciais;II - for enquadrado em qualquer das hipóteses previstas noart. 43, do Livro I, do Decreto nº 27.427, de 17 de novembro de 2000;

6

Page 7: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

III - for notificado para exibir livro ou documento, não o fizer no prazo concedido;IV - utilizar, em desacordo com a finalidade prevista na legislação, livro ou documento, bem como alterar lançamento neles efetuado ou declarar valor notadamente inferior ao preço corrente da mercadoria ou de sua similar;V - deixar de entregar, por período superior a 60 (sessenta) dias, documento ou declaração exigida pela legislação;VI - deixar de recolher imposto devido em prazo estabelecido na legislação;VII - for constatado indício de infração à legislação, mesmo no caso de decisão final que conclua pela não existência de crédito tributário respectivo, por falta ou insuficiência de elemento probatório.Art. 13. No caso de, por qualquer motivo, não ser efetuada a retenção de que trata o art. 10 ou quando houver retenção a menor, a responsabilidade pelo pagamento do imposto que deixou de ser retido, e demais acréscimos legais, caberá ao contribuinte destinatário da mercadoria ou bem proveniente de outra unidade da federação, aplicando-se à hipótese o disposto nos §§ 3º a 7º do art. 3º desta Resolução.

Capítulo VIIDa escrituração fiscal a ser adotada por contribuinte que receba ou remeta mercadoria sujeita ao regime

de Substituição TributáriaArt. 14. Observado o disposto nos Capítulos II e III do Título V Livro II doRICMSe da disciplina específica de que trata o art. 17 desta Resolução, o contribuinte que receber de dentro ou de fora do Estado mercadoria sujeita à substituição tributária, sem que a retenção ou o pagamento antecipado do imposto tenha sido feito, deve, na qualidade de responsável pelo pagamento do imposto relativo às operações subsequentes, escriturar o livro Registro de Entradas da seguinte forma:I - a nota fiscal relativa à aquisição deve ser escriturada na coluna "Outras" de "Operações sem Crédito do Imposto";II - a base de cálculo e o valor do ICMS relativo à substituição tributária devido pelo responsável devem ser escriturados na coluna "Observações", utilizando-se colunas distintas para tais indicações, sob o título comum "Substituição Tributária", na mesma linha do lançamento da nota fiscal correspondente à aquisição e totalizados no último dia do período previsto para apuração do ICMS substituição tributária.§ 1º Caso o contribuinte utilize o sistema eletrônico de processamento de dados, os valores relativos ao imposto retido e a respectiva base de cálculo devem ser escriturados na linha imediatamente abaixo a do lançamento da operação própria, sob o título comum "Substituição Tributária" ou o código "ST".§ 2º Caso o contribuinte utilize a Escrituração Fiscal Digital (EFD), deverá informar:I - no registro C100, sem preenchimento dos campos 21 a 24, a nota fiscal relativa à aquisição;II - nos campos 05 e 07 do registro C197, a base de cálculo e o valor do ICMS relativo à substituição tributária devido pelo responsável;III - no campo 2 do registro C197, o código RJ71000001.Art. 15. O valor total do ICMS devido por substituição tributária a que se refere o art. 14 desta Resolução e a respectiva base de cálculo devem ser escriturados no campo "Observações" do livro Registro de Apuração do ICMS, na mesma folha correspondente as da operação do próprio contribuinte, assim como, a data de pagamento dos respectivos DARJ.Parágrafo Único. Caso o contribuinte utilize a Escrituração Fiscal Digital (EFD), deverá informar no campo 15 do registro E110, o valor total do ICMS devido por substituição tributária a que se refere o artigo 14 desta Resolução.Art. 16. No caso de devolução ou remessa interestadual de mercadoria de que trata o art. 4º desta Resolução, cujo imposto por substituição tributária tenha sido pago antecipadamente por DARJ pelo adquirente ou pelo remetente em seu nome, este deve adotar o seguinte procedimento:I - emitir nota fiscal com destaque do imposto, indicando no campo "Informações Complementares":a) o número e a data da nota fiscal relativa à aquisição;b) no caso de devolução, as razões que deram causa;c) o valor do ICMS substituição tributária referente à entrada, calculado proporcionalmente à quantidade que está sendo devolvida ou remetida para outra unidade federada;d) o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente à aquisição original;II - lançar a nota fiscal a que se refere o inciso anterior no livro Registro de Saídas em "Operações com débito do ICMS", anotando na coluna "Observações" que se trata de "devolução/ST" ou "remessa interestadual/ ST";III - utilizar como créditos fiscais, total ou proporcionalmente, conforme o caso, o imposto destacado na nota fiscal de aquisição da mercadoria e ao pagamento antecipado constante no documento relativo ao pagamento do

7

Page 8: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

imposto, escriturando-os no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos" do livro Registro de Apuração do ICMS, na mesma folha destinada à apuração relacionada com as suas próprias operações.§ 1º Caso o contribuinte utilize a Escrituração Fiscal Digital (EFD), a nota fiscal a que se refere o inciso I deverá ser informada no registro C100, sem o preenchimento dos campos 23 e 24, devendo ser informados:I - o Registro C113 com o número e a data da nota fiscal relativa à aquisição;II - o Registro C112 com o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente à aquisição original;III - o Registro C197 com código RJ10100000 "Outros Créditos (devolução/ ST ou remessa interestadual/ST)", com o valor total ou proporcionalmente, conforme o caso, do imposto destacado na nota fiscal de aquisição da mercadoria e do pagamento antecipado constante no documento relativo ao pagamento do imposto.§ 2º Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS pago por substituição tributária quando da aquisição da respectiva mercadoria, tomar-se-á o valor do imposto pago por ocasião da última aquisição do mesmo produto, proporcionalmente à quantidade saída.

Capítulo VIIIDas disposições finais

Art. 17. Fica o Subsecretário de Receita autorizado a editar os atos que se fizerem necessários ao cumprimento das normas estabelecidas nesta Resolução.Art. 18. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogada a Resolução SER nº 80, de 12 de fevereiro de 2004, a Resolução SEFAZ nº 27, de 1º de abril de 2007, a Resolução SEF nº 6.470, de 29 de julho de 2002, a Resolução SEF nº 6.475, de 5 de agosto de 2002, a Resolução SEF nº 6.464, de 18 de julho de 2002e os arts. 1º a 5º da Resolução SER nº 119, de 6 de agosto de 2004.

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2012RENATO VILLELA

Secretário de Estado de FazendaANEXO I

NATUREZA DA RECEITA E LISTA DE PRODUTOSPara uso de contribuintes nas situações previstas no artigo 5º, inc. II, alínea "a" da Resolução SEFAZ nº 537/2012.DARJ

Pagamento efetuado pelo REMETENTE (Industrial) ou pelo IMPORTADOR, localizados no Estado do Rio de Janeiro.

Natureza: Substituição Tributária por Operação Própria

Produto Código Interno

Bebidas 108

Cigarros e outros produtos derivados do fumo 116

Veículos e pneumáticos 124

Medicamentos e produtos farmacêuticos 132

Peças, partes e acessórios para veículos automotores 140

Material de construção 159

Produtos alimentícios 167

Cimento 175

Tintas e vernizes 183

Venda porta a porta 191

Material de limpeza doméstica 205

Outros 396

Nota: DARJ emitido em nome do REMETENTE.

8

Page 9: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

ANEXO IINATUREZA DA RECEITA E LISTA DE PRODUTOS

DARJ E GNREPagamento efetuado pelo REMETENTE, localizado em outra unidade da Federação, ou peloDESTINATÁRIO, localizado no Estado do Rio de Janeiro

NATUREZA: SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA POR RESPONSABILIDADE

PRODUTO CÓDIGO INTERNO

Bebidas 400

Cigarros e outros produtos derivados do fumo 418

Veículos e pneumáticos 426

Medicamentos e produtos farmacêuticos 434

Peças, partes e acessórios para veículos automotores 442

Material de construção 450

Produtos alimentícios 469

Cimento 477

Tintas e vernizes 485

Venda porta a porta 493

Material de limpeza doméstica 507

Outros 698

Nota: O DARJ e GNRE emitidos em nome do DESTINATÁRIO ou do REMETENTE, conforme o caso.

.

RESOLUÇÃO 2.861/97

TÍTULO IDO CADASTRO GERAL DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CADERJ

CAPÍTULO I DA FINALIDADE E DA ADMINISTRAÇÃO

Dispõe sobre o Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro - CADERJ

9

Page 10: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 1º O Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro - CADERJ tem por finalidade identificar os bens afetados por tributos estaduais, bem como as pessoas físicas e jurídicas e as firmas individuais que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias, ou a elas equiparadas, ou ainda, que prestem serviços na área de competência tributária estadual, mesmo quando essas operações ou prestações, que constituem fato gerador do imposto, tenham seu pagamento antecipado ou diferido, ou quando o crédito tributário for diferido, reduzido ou excluído em virtude de isenção ou outros benefícios, incentivos ou favores fiscais, ou, ainda, quando se tratar de operações imunes do imposto. (...)

TÍTULO IIDO CADASTRO DE CONTRIBUINTES DO ICMS - CAD-ICMS

Art. 5º O Cadastro de Contribuintes do ICMS - CAD-ICMS tem, como finalidade principal, manter o registro dos contribuintes cujas atividades envolvam operações de circulação de mercadorias ou a prestação de serviços alcançados pelo ICMS.

CAPÍTULO IDO REGISTRO NO CAD-ICMS

Art. 6º No Cadastro de Contribuintes do ICMS - CAD-ICMS devem ser registradas todas as pessoas físicas e os estabelecimentos de pessoas jurídicas e de firmas individuais, que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias e os que prestem serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Art. 7º Considera-se como estabelecimento o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde a pessoa física ou jurídica exerça toda ou parte de sua atividade econômica, em caráter permanente ou temporário, ainda que se destine a simples depósito ou armazenagem ou exposição de mercadorias ou bens relacionados com o exercício de sua atividade. § 1º Para efeito de cadastramento no CAD-ICMS não serão tratados como estabelecimentos: I - os locais nos quais sejam exercidas somente atividades administrativas, exceto nos casos previstos nos incisos IX e X do art. 31; II - o local de simples fornecimento de refeições, instalado em estabelecimento pertencente à empresa contratante, desde que destinadas, exclusivamente, ao seu pessoal e que tenham sido preparadas no estabelecimento do fornecedor; III - os canteiros de obras vinculados a estabelecimento cadastrado, desde que nos mesmos não se desenvolva atividade geradora de obrigação tributária principal; IV- os postos de venda de serviços de empresas de transporte de passageiros inscritas no CAD-ICMS; V- os locais de simples guarda de veículos de empresas de transporte inscritas no CAD-ICMS, mesmo quando houver serviços de revisão e abastecimento da frota própria; VI - as oficinas mecânicas pertencentes a empresas de transporte inscritas no CAD-ICMS que realizem somente serviços para a própria empresa; VII - os locais de instalação de torres de transmissão e equipamentos similares pertencentes a empresas inscritas no CAD-ICMS, utilizados para distribuição de serviços de comunicação ou de energia elétrica. § 2º Para efeito do disposto nesta Resolução: I - os empresários individuais são equiparados às pessoas jurídicas. II - o conjunto de estabelecimentos pertencentes à mesma raiz do CNPJ é chamado de empresa."

10

Pessoa Jurídica – arts. 29 e 30

Inscrição estadual

Inscrição Obrigatória – art. 31Inscrição Facultativa – art. 32 Inscrição Especial – art. 33

Pessoa Física – arts. 34 e 35

Inscrição simbólica – art. 175

Dispensa – arts. 36 a 43 Impedimento para concessão – art. 47

Inscrição de ofício – art. 77-A

Page 11: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 8º Em função da quantidade de inscrições que a empresa possua no CAD-ICMS, um estabelecimento será classificado como: I - Único, quando somente esse estabelecimento da empresa for inscrito; II - Principal, quando a empresa tiver mais de uma inscrição estadual e ele for designado como responsável perante o Fisco Estadual; III - Dependente, quando a empresa tiver mais de uma inscrição estadual e ele não for designado como principal. § 1º A matriz da empresa será classificada como estabelecimento principal quando inscrita e habilitada no CAD-ICMS; caso contrário, quaisquer das filiais da empresa com inscrição habilitada poderá ser classificada como principal. § 2º Caso o estabelecimento matriz da empresa esteja em outra unidade da Federação e existam filiais localizadas no Estado do Rio de Janeiro, com inscrição habilitada no CAD-ICMS, a matriz não deverá ser classificada como principal perante o fisco estadual. § 3º Quando a empresa possuir filiais cadastradas nos segmentos de inscrição facultativa e obrigatória, a classificação de estabelecimento principal deverá ser atribuída a uma inscrição obrigatória. § 4º O contribuinte deverá indicar o novo estabelecimento principal perante o fisco estadual quando da apresentação: I - de pedido de concessão de inscrição para o segundo estabelecimento da empresa; II - de pedido de baixa da inscrição do estabelecimento cadastrado como principal. § 5º Quando da desativação de ofício de inscrição estadual cadastrada como principal, o sistema interno de processamento do Cadastro de Contribuintes - SICAD poderá atribuir automaticamente essa classificação ao estabelecimento da empresa de menor desinência do número de inscrição no CNPJ. § 6º Sempre que for indicada uma inscrição como estabelecimento principal, o SICAD promoverá, automaticamente, as alterações cadastrais que se façam necessárias nas demais inscrições da empresa.

Art. 9º Todo estabelecimento de pessoa física contribuinte será considerado como único perante o Fisco Estadual, ainda que possua mais de uma inscrição estadual.

Art. 10. Os estabelecimentos, ao se cadastrarem no CAD-ICMS, deverão informar as atividades econômicas desenvolvidas no local, num máximo de 3 (três), codificando-as segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Parágrafo Único- Os códigos CNAE informados deverão ser adequados às atividades econômicas desenvolvidas pelo contribuinte e, no caso de pessoa jurídica, corresponder ao objeto social constante no último ato registrado.

Art. 11. As atividades econômicas informadas serão classificadas, por grau de importância, em: I - Principal, assim considerada a atividade de produção ou venda de mercadorias ou serviços que gerar maior receita operacional para o estabelecimento ou, no caso da circulação da mercadoria ocorrer dentro da própria empresa, o maior valor de transferência; II - Secundárias, assim consideradas as demais atividades exercidas no mesmo estabelecimento."

Art. 12. O estabelecimento, em função da natureza das atividades desenvolvidas, será classificado como: I - unidade operacional, quando exercer atividades de produção ou de venda de produtos ou serviços; II - unidade auxiliar, quando servir apenas à própria empresa, exercendo exclusivamente funções gerenciais ou de apoio administrativo ou técnico, direcionadas à criação das condições necessárias para o exercício das atividades operacionais dos demais estabelecimentos, não desenvolvendo atividade de produção ou de venda de mercadorias ou serviços. § 1º Serão consideradas unidades operacionais os estabelecimentos nos quais sejam exercidas operações reais ou escriturais de circulação de mercadorias ou de prestação de serviços. § 2º Os estabelecimentos de pessoas físicas contribuintes serão classificados como unidades operacionais. § 3º Poderão ser inscritos no CAD-ICMS, quando localizados no Estado do Rio de Janeiro, os seguintes tipos de unidade auxiliar: I - escritório administrativo, assim considerado o estabelecimento que exerça exclusivamente funções administrativas ou de gestão gerencial, observado o disposto no inciso I do § 1º do art. 7º; II - ponto de exposição (show room), assim considerado o estabelecimento de empresa industrial ou comercial destinado exclusivamente à função de exposição de produtos e mercadorias próprias; III - depósito fechado, assim considerado o estabelecimento que exerça exclusivamente a função de armazenagem de mercadorias próprias destinadas à comercialização e/ou industrialização.

11

Page 12: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 4º As unidades auxiliares deverão ser cadastradas com os códigos CNAE correspondentes às atividades econômicas: I - da(s) unidade(s) operacional(is) a que servem, no caso de depósito fechado ou ponto de exposição; II - principais da empresa, no caso de escritório administrativo. § 5º A unidade auxiliar com a função de depósito fechado ou de ponto de exposição será classificada como estabelecimento dependente, sendo obrigatório que a empresa possua unidade operacional localizada nesta unidade da federação, com inscrição habilitada no SICAD."

Art. 13. De acordo com a atividade econômica predominante exercida, o estabelecimento será qualificado como: I - industrial quando realizar operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade de produto, ou o aperfeiçoe para o consumo ou para o uso como matéria-prima por outro industrial; II - atacadista quando efetuar operações de revenda de mercadorias de terceiros, de origem agropecuária, extrativa ou industrial, em qualquer nível de processamento (em bruto, beneficiadas, semi-elaboradas e prontas para uso) e em qualquer quantidade, para varejistas, outros atacadistas e agentes produtores em geral, empresariais, institucionais e profissionais, ou seja, para pessoas jurídicas, estabelecimentos agropecuários, industriais, comerciais e de serviços, instituições públicas e privadas e profissionais autônomos; III - varejista quando efetuar operações de venda de mercadorias, novas ou usadas, ao consumidor final, para consumo pessoal ou domiciliar.

SEÇÃO IIDA IDENTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE

Art. 14. A identificação do contribuinte, no CAD-ICMS, dar-se-á pelo seu número de inscrição estadual, através do qual se registra, além dos dados cadastrais pertinentes, sua respectiva unidade de cadastro e de fiscalização e, se for o caso, sua condição de microempresa ou empresa de pequeno porte, enquadrada no Regime Simplificado do ICMS.

SUBSEÇÃO IDO NÚMERO DE INSCRIÇÃO ESTADUAL

Art. 15. A cada estabelecimento inscrito, pertencente a pessoa jurídica ou firma individual, ainda que dependente, e a cada pessoa física-contribuinte inscrita, corresponderá um número de inscrição, constituído de 8 (oito) algarismos, servindo um deles de dígito verificador. Parágrafo único - O número da inscrição deverá constar de todos os documentos fiscais e será mencionado nas petições, declarações e formulários apresentados às repartições fiscais, no Documento de Arrecadação - DARJ e nos termos de abertura e de encerramento dos livros de escrituração fiscal.

Art. 16. O número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS - CAD-ICMS será atribuído de forma automática pelo Sistema de Cadastro - SICAD no momento da confirmação da validade do pedido pelas unidades cadastradoras. Parágrafo Único - São unidades cadastradoras: I - no âmbito da SEFAZ: a) as Inspetorias Regionais de Fiscalização - IRF; b) as Inspetorias de Fiscalização Especializada - IFE; c) a Coordenação de Cadastro Fiscal - COCAF; II - a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro - JUCERJA.(...)

CAPÍTULO IIDO DESDOBRAMENTO DO CAD-ICMS

Art. 28. O Cadastro de Contribuintes do ICMS se desdobra nos seguintes segmentos: I - Cadastro de Pessoa Jurídica; e II - Cadastro de Pessoa Física-Contribuinte.

SEÇÃO IDO CADASTRO DE PESSOA JURÍDICA - CPJ

Art. 29. O Cadastro de Pessoa Jurídica é reservado ao registro de contribuintes pessoa jurídica, firma individual e à pessoa física equiparada à jurídica que, pela prática de determinadas operações relativas à circulação de mercadorias, se enquadre neste segmento. Art. 30. O Cadastro de Pessoa Jurídica é composto de inscrições obrigatórias, facultativas e especiais, que serão identificadas pelas seguintes faixas: I - Inscrição Obrigatória:

12

Page 13: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

1 - de 75.000.000 a 89.999.999 - para os contribuintes localizados neste Estado; 2 - de 91.000.000 a 94.999.999 - para os contribuintes localizados em outra unidade da Federação, tanto os revestidos da qualidade de Contribuintes Substitutos, quanto as empresas sujeitas ao regime especial de comercialização de seus produtos através de revendedores autônomos; II - Inscrição Facultativa - de 10.000.000 a 14.999.999; e III - Inscrição Especial - de 95.000.000 a 95.999.999.

SUBSEÇÃO I DA INSCRIÇÃO OBRIGATÓRIA

Art. 31. Estão obrigados à inscrição no Cadastro de Pessoa Jurídica, antes do início de suas atividades: (...)XXXVIII - quaisquer outros não mencionados nos incisos anteriores que pratiquem, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações relativas à circulação de mercadorias, ou a elas equiparadas, e as que prestem, simultaneamente ou não, serviços na área de competência tributária estadual. Parágrafo único. Incluem-se na obrigatoriedade de inscrição no CAD-ICMS os locais com a função de depósito fechado ou de ponto de exposição (show-room), destinados, respectivamente, à armazenagem e à exposição de produtos e mercadorias próprias, de empresas industriais e/ou comerciais.

SUBSEÇÃO IIDA INSCRIÇÃO FACULTATIVA

Art. 32. A inscrição facultativa se reserva ao estabelecimento de empresa, localizado no Estado do Rio de Janeiro, cuja atividade econômica não seja de inscrição obrigatória, e que prove, mediante prévia justificativa, dela necessitar: I - para a movimentação contínua de seu ativo fixo e do material de uso e consumo; ou II - para obtenção de benefício fiscal ou cumprimento de obrigação fiscal acessória, quando previsto em dispositivo legal. Parágrafo único - A justificativa de que trata o caput far-se-á por meio de juntada, ao DOCAD apresentado, de requerimento especificando a motivação do pedido de inscrição facultativa e, no caso previsto no inciso II, identificando o referido dispositivo legal.

SUBSEÇÃO IIIDA INSCRIÇÃO ESPECIAL

Art. 33. A inscrição especial será atribuída, no interesse da administração e em caráter excepcional, por prazo determinado, a estabelecimento não enquadrado nas hipóteses previstas para a concessão de inscrição, definidas na presente Resolução. Parágrafo único - Compete à Coordenação de Cadastro Fiscal - COCAF, por ato próprio, deferir o pedido de inscrição especial.

SEÇÃO IIDO CADASTRO DE PESSOA FÍSICA-CONTRIBUINTE - CPFC

Art. 34. A inclusão no Cadastro de Pessoa Física-Contribuinte far-se-á, somente, através de inscrição obrigatória, na faixa de 70.000.000 a 74.999.999.

Art. 35. Estão obrigadas à inscrição no Cadastro de Pessoa Física-Contribuinte, antes do início de suas atividades, as pessoas físicas que se dediquem, com a finalidade de comercialização, às seguintes atividades: I - agrícola, pecuária ou extrativa vegetal em zona rural ou urbana; II - pesqueira, assim entendida a captura de animais aquáticos, por qualquer meio, para comercialização; III - de criação animal de qualquer espécie; IV - leiloeiro público, quando lhe for atribuída a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS incidente na saída de mercadoria ou bem arrematados, nos termos previstos no artigo 8º do Título I Livro XIV do RICMS/2000. § 1º Estão obrigados, ainda, à inscrição neste segmento, os revendedores autônomos que comercializem produtos cujos fabricantes ou distribuidores se responsabilizem, por substituição, pelo recolhimento antecipado do imposto devido pelas operações subseqüentes. § 2º Para as pessoas físicas mencionadas no parágrafo anterior, será atribuída inscrição única, no Estado, em nome do fabricante ou distribuidor, antecedido da expressão "Revendedores Autônomos", sendo vedada, em qualquer hipótese, a concessão de inscrição individual para esses revendedores. § 3º A inscrição mencionada, no § 2º, será atribuída pela unidade de cadastro do estabelecimento responsável pelo recolhimento antecipado do imposto devido.

13

Page 14: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 4º A pessoa física, inscrita ou não no CAD-ICMS, que exerça atividade de comércio varejista em caráter eventual, no decorrer de épocas festivas ou durante a realização de feiras, festivais e eventos em geral, em lojas, parte de lojas, salas, veículos, barracas ou congêneres, desde que o funcionamento provisório no local seja previamente autorizado pela repartição fiscal competente pelo controle e fiscalização de exposições, feiras, leilões e eventos semelhantes.(...)

TÍTULO IIIDA DISPENSA DE INSCRIÇÃO NO CAD-ICMS

CAPÍTULO IDA DISPENSA DE INSCRIÇÃO NO CADASTRO DE PESSOA JURÍDICA

Art. 36. Ficam dispensados de inscrição no Cadastro de Pessoa Jurídica: I - independente de qualquer solicitação formal: a) o empresário individual qualificado como Microempreendedor Individual (MEI), enquadrado no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI); b) os pontos de venda não fixos, de contribuinte inscrito no CAD-ICMS, que realizem operações caracterizadas como fora do estabelecimento, conforme normas dos arts. 142 e 143 do Livro VI do RICMS/2000; II - a loja, parte de loja, sala, veículo, barraca ou congênere onde a sociedade ou o empresário individual, inscrito ou não no CAD-ICMS, exerça, em caráter eventual, atividade de comércio varejista, no decorrer de épocas festivas ou durante a realização de feiras, festivais, exposições e eventos em geral, desde que o funcionamento provisório no local seja previamente autorizado pela repartição fiscal responsável pelo controle e fiscalização de tais eventos; III - as máquinas automáticas de venda, de contribuinte inscrito no CADICMS, localizadas em estabelecimentos de terceiros, desde que o seu uso seja previamente autorizado por Regime Especial, nos termos do Título VII do Livro VI do RICMS/2000; IV - as filiais de empresa autorizada por legislação própria à centralização de sua escrituração fiscal; V - as filiais de empresa que, em função da peculiaridade das atividades desenvolvidas, definidas no artigo 38, possam, sem embaraço a qualquer ação fiscalizadora, centralizar a sua escrituração fiscal.

Art. 37. É facultada a dispensa de inscrição a estabelecimentos de empresa com atividades descritas no artigo seguinte que, em função da peculiaridade dessas atividades desenvolvidas, possibilite, sem embaraço à qualquer ação fiscalizadora, a centralização da escrituração fiscal dos estabelecimentos dispensados de inscrição em um único estabelecimento da empresa. Parágrafo único - A dispensa de inscrição, de que trata o caput deste artigo, será concedida a pedido do contribuinte, por processo regular e mediante autorização expressa da Coordenação de Cadastro Fiscal - COCAF.

Art. 38. Para os efeitos do disposto no artigo anterior, são consideradas como atividades peculiares as desenvolvidas pelos estabelecimentos de empresas: I - prestadoras de serviços de comunicação e as de distribuição de energia elétrica; II - com atividade de preparo e fornecimento de alimentação em estabelecimento de terceiro; e III - que comercializem produtos em pequenos pontos fixos e permanentes de venda.

SEÇÃO I DAS EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E AS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

ELÉTRICAArt. 39. As empresas de serviços de comunicação e as de distribuição de energia elétrica poderão solicitar dispensa de inscrição para seus estabelecimentos localizados neste Estado, desde que mantenham, em uma única inscrição estadual, a centralização de sua escrituração e a responsabilidade pelos recolhimentos dos tributos estaduais. Parágrafo único - A faculdade prevista no caput deste artigo não se aplica a estabelecimentos com atividade específica de geração de energia elétrica, bem como àqueles de empresa de comunicação, quando a prestação dos serviços não se der diretamente ao usuário final.

SEÇÃO II DAS EMPRESAS COM ATIVIDADE DE PREPARO E FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO EM

ESTABELECIMENTO DE TERCEIROArt. 40. As empresas com atividade de preparo e fornecimento de alimentação em estabelecimento de terceiro poderão solicitar à COCAF, por meio de sua unidade de cadastro, dispensa de inscrição para os locais onde exercerão essa atividade.

14

Page 15: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

(...)SEÇÃO III

DA EMPRESA QUE COMERCIALIZE PRODUTOS EM PEQUENOS PONTOS DE VENDAArt. 43. O contribuinte inscrito e localizado neste Estado, que comercialize produtos diretamente a consumidor final em pequenos pontos fixos e permanentes de venda (quiosques ou congêneres), situados em vias ou logradouros públicos ou particulares, ou, ainda, em área de circulação de shopping centers ou assemelhados, poderá solicitar dispensa de inscrição desse local, ficando, um de seus estabelecimentos, previamente indicado, responsável pelo cumprimento de suas obrigações tributárias, quanto ao ICMS. (...)§ 15. A operação de retorno de mercadorias do ponto de venda para o estabelecimento responsável far-se-á através de nota fiscal modelo 1 ou 1-A, emitida pelo ponto de venda, onde deverá estar consignado o Código Fiscal de Operação 5.99 - Retorno de Mercadorias de Ponto de Venda, além das demais exigências previstas na legislação. (...)

TÍTULO IVDOS IMPEDIMENTOS PARA CONCESSÃO DE INSCRIÇÃO NO CAD-ICMS

Art. 47. É vedada a concessão de inscrição a: I - estabelecimentos de empresas com a mesma atividade, e no mesmo endereço, salvo quando se tratar de: a) empresas de abate de gado, que utilizem matadouro público ou de terceiro, como local de sua atividade; b) boxes individuais localizados em área fechada, onde se promova a comercialização, armazenamento e/ou exposição de mercadorias, desde que haja perfeita separação física de seus espaços utilizáveis e de seus estoques; c) estabelecimento agropecuário cedido parcialmente em regime de parceria, arrendamento ou locação; d) estabelecimentos classificados como matriz das empresas, com a função de unidade auxiliar - escritório administrativo, desde que haja perfeita separação física de seus espaços utilizáveis; II - estabelecimentos de empresas com atividades diferentes, no mesmo endereço, sem a separação física de seus espaços utilizáveis, mesmo quando se tratar de prestador de serviços não obrigado à inscrição estadual; III - estabelecimento de empresa localizado em edificação multifamiliar de uso exclusivamente residencial (condomínios residenciais verticais ou horizontais fechados); IV- estabelecimento de empresa localizado em edificação unifamiliar quando não constar, expressamente, da autorização do proprietário para uso do imóvel ou do contrato de locação, permissão para sua utilização com fins comerciais, quando for o caso; V- estabelecimento que não se enquadre nos casos de obrigatoriedade de inscrição, previstos nos artigos 31 ou 35, conforme o caso, exceto quando se tratar de pedido de inscrição facultativa ou especial; VI - empresa que possua outra inscrição estadual, na situação cadastral de Habilitada ou Paralisada, com o mesmo número de registro no CNPJ, exceto nos casos previstos nos artigos 60 e 66 desta Resolução; VII - contribuinte com atividade de depósito fechado ou de exposição de produtos próprios, quando se tratar de estabelecimento identificado como principal ou único; VIII - estabelecimento com atividade de transportador revendedor retalhista - TRR, distribuidor ou importador de combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo, ou de mercadorias discriminadas no § 1º, inciso I da cláusula primeira do Convênio ICMS nº 03/99, quando não atender às normas previstas na Resolução SEFCON nº 3.981/2000; IX- empresa que possuir outro estabelecimento com a inscrição estadual na situação cadastral de Impedida ou Cancelada; X- empresa cujo titular ou sócio constar vinculado como titular ou sócio em outra empresa, que possua estabelecimento com inscrição estadual na situação cadastral de Impedida ou Cancelada; XI - Microempreendedor Individual - MEI enquadrado no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI); § 1º Para efeito do previsto nos incisos I e II do caput, a indicação de "parte" não caracteriza endereço distinto. § 2º O disposto nos incisos I e II do caput não vedará a concessão da inscrição quando constar outro contribuinte cadastrado no mesmo endereço: I - cuja inscrição estadual esteja desabilitada, a pedido (paralisada, suspensa ou baixada) ou de ofício (impedida ou cancelada); II - que tenha encerrado as suas atividades no local sem a devida comunicação ao Fisco Estadual, fato que será considerado comprovado, para efeito de concessão da inscrição estadual, pela simples declaração de inexistência de outra inscrição em atividade no mesmo endereço dada à Fazenda no momento do preenchimento do DOCAD eletrônico, ficando o impedimento da inscrição do outro contribuinte no mesmo endereço condicionado à posterior comprovação pela fiscalização de sua permanência ou não em atividade.

15

Page 16: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 3º A inexistência de quaisquer das hipóteses de impedimento previstas nos incisos I a IV deste artigo será atestada mediante declaração do requerente no momento do preenchimento do DOCAD eletrônico, por meio de um sistema de perguntas e respostas, ficando o contribuinte sujeito à norma prevista no § 1º do art. 69.

TÍTULO IV-A - DO DOCUMENTO DE CADASTRO DO ICMS - DOCADArt. 47-A. O Documento de Cadastro do ICMS - DOCAD destina-se ao registro dos pedidos de inscrição estadual e de alterações nos dados cadastrais e será preenchido exclusivamente por meio do programa gerador do formulário eletrônico do DOCAD, disponível no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ na Internet. § 1º O formulário eletrônico do DOCAD deverá ser preenchido, validado e salvo em arquivo específico pelo programa gerador e transmitido à SEFAZ pela Internet. § 2º Não serão gerados arquivos para os formulários que contenham incorreções no preenchimento. § 3º Ao preencher o DOCAD, o requerente deverá observar que: I - quando o estabelecimento utilizar um nome fantasia para identificá-lo perante o público, deverá ser informado no DOCAD, independente de constar no ato constitutivo ou modificativo registrado; II - caso opere sob o regime de franquia, deverá informar o nome fantasia e o CNPJ da empresa franqueadora; III - o endereço de localização do estabelecimento será preenchido de acordo com a descrição constante no carnê de IPTU atual do imóvel; IV - no caso das plataformas de produção e armazenamento de petróleo e gás natural localizadas no mar, o endereço informado será o do estabelecimento, da pessoa jurídica proprietária ou arrendatária da plataforma, localizado em terra firme, no município mais próximo, sendo que no campo "Complemento" do endereço, deverão ser incluídas informações que permitam identificar a plataforma cadastrada; V - os dados referentes aos Responsáveis e o Capital Social serão informados exclusivamente pelo estabelecimento classificado como único ou principal junto à SEFAZ; VI - deverá ser informado o endereço residencial das pessoas físicas incluídas no Quadro de Responsáveis; VII - as empresas localizadas em outra unidade da Federação deverão cadastrar no Quadro de Responsáveis um representante legal, domiciliado neste Estado, nomeado por procuração, quando exercerem as atividades de: a) prestação de serviços de comunicação especificados no § 3º do art. 31; b) prestação de serviços de construção civil, nos casos de inscrição especial; c) comercialização por meio de revendedores autônomos, autorizada por regime especial. VIII - o contabilista identificado como responsável pela escrituração de empresa sediada nesta unidade da Federação deverá possuir registro no Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro. § 4º O DOCAD gerado será criticado pelo Sistema de Cadastro de Contribuintes do ICMS - SICAD no momento de sua transmissão e, caso sejam detectadas inconsistências ou irregularidades em relação à empresa, aos sócios ou aos dados cadastrais do estabelecimento, será exibido na página de Acompanhamento do DOCAD o relatório correspondente, para impressão, juntamente com o formulário transmitido. § 5º No caso previsto no parágrafo anterior, o requerente deverá adotar as medidas necessárias para sanar as inconsistências encontradas e, se necessário, gerar e transmitir novo DOCAD, cancelando o anteriormente transmitido. § 6º O DOCAD, ao ser transmitido, receberá um número de protocolo, que permitirá ao requerente acompanhar o seu trâmite na página Acompanhamento do DOCAD no sítio da SEFAZ na Internet. § 7º Os documentos transmitidos permanecerão na situação de pendentes enquanto não houver uma decisão da SEFAZ quanto ao deferimento ou indeferimento da solicitação e não for promovido o seu cancelamento, de ofício ou a pedido do requerente. § 8º Nos casos em que for obrigatório o comparecimento do requerente a uma das unidades cadastradoras discriminadas no parágrafo único do art. 16 para apresentação do pedido, decorrido o prazo de 90 (noventa) dias contados da data da transmissão, sem a confirmação desse comparecimento, os DOCAD serão automaticamente excluídos da lista de pedidos pendentes e considerados cancelados de ofício. § 9º Após a transmissão, o DOCAD não poderá ser alterado pelo requerente que, se constatar erro ou omissão no preenchimento do formulário, deverá: I - se o pedido ainda estiver pendente, aguardando decisão da SEFAZ, solicitar o seu cancelamento na página de acompanhamento do DOCAD, e gerar e transmitir um novo DOCAD, com os dados devidamente retificados; II - se o pedido já tiver sido deferido pela SEFAZ, transmitir um DOCAD de Alteração de Dados Cadastrais solicitando a retificação dos dados anteriormente cadastrados. § 10. Na hipótese de indeferimento do DOCAD transmitido, o requerente poderá obter na página de Acompanhamento do DOCAD informações sobre a sua motivação, solicitar à repartição fiscal a devolução da documentação porventura anexada ao pedido e:

16

Page 17: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

I - sanar as irregularidades que deram motivo ao indeferimento, transmitir novo arquivo à SEFAZ e reapresentar o pedido, sendo dispensado, quando for o caso, o pagamento de nova Taxa de Serviços Estaduais, se já recolhida; ou II - contestar a decisão mediante interposição de recurso à autoridade competente, no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da data do indeferimento do pedido no SICAD. § 11. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, previsto no parágrafo anterior, sem a reapresentação do pedido ou interposição de recurso, a documentação porventura apresentada será inutilizada pela repartição fiscal.(...)

TÍTULO VDA ATRIBUIÇÃO DE INSCRIÇÃO NO CAD-ICMS

SEÇÃO IDAS NORMAS PARA CONCESSÃO DE INSCRIÇÃO

Art. 59. Será concedido um único número de inscrição a um mesmo contribuinte localizado: I - em edifício ou conjunto de edificações, utilizado exclusivamente pelo contribuinte, em um único terreno ou em terrenos contíguos, desde que haja comunicação entre as diversas edificações, que não seja por logradouro público; II - em sala ou conjunto de salas, de um ou mais prédios, as quais se comuniquem internamente; III - em pavimento ou grupo de pavimentos, de um ou mais edifícios os quais se comuniquem internamente; IV - em lojas ou grupo de lojas, de um ou mais prédios, as quais se comuniquem internamente; e V - em lojas ou grupo de lojas, salas ou conjunto de salas, de um mesmo prédio, que não se comuniquem internamente, desde que não mantenham, em suas dependências, estoque de mercadorias para fins de comercialização ou industrialização. (...)Art. 68. O contribuinte inscrito no CAD-ICMS deverá iniciar suas atividades no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do deferimento do pedido de concessão de inscrição.

Art. 68-A. O contribuinte responde diretamente pela veracidade das informações prestadas no DOCAD, ficando sujeito, no caso de posterior não comprovação das informações prestadas, ao impedimento da inscrição concedida e às demais conseqüências legais cabíveis.

Art. 68-B. Implicará no indeferimento do pedido de inscrição a constatação: I - pelo Sistema de Cadastro de Contribuintes do ICMS - SICAD, de irregularidades em relação à empresa, aos sócios ou aos dados cadastrais do estabelecimento, II - pela unidade cadastradora, a) de divergência entre os dados cadastrais informados no DOCAD transmitido e os constantes no CNPJ ou no ato social (constitutivo ou modificativo) registrado, b) do enquadramento do requerente em alguma das restrições previstas nos arts. 47, 59 a 66 e 136 desta Resolução, c) da não apresentação da documentação exigida, d) do não pagamento da taxa de serviços estaduais, quando devida.(...)

Art. 77-A. O fiscal de rendas que, no exercício de suas funções, comprovar a existência de estabelecimento, com registro no CNPJ, sujeito à obrigatoriedade de inscrição estadual em função das atividades econômicas exercidas, mas que não esteja devidamente inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS - CAD-ICMS, deverá proceder à intimação do responsável da empresa, para que, no prazo máximo de dez dias, providencie a apresentação de DOCAD de pedido de inscrição obrigatória. § 1º O não atendimento, no prazo determinado, à intimação prevista no caput, acarretará a inscrição de ofício do contribuinte pelo titular da repartição fiscal unidade de cadastro com jurisdição sobre o domicílio tributário do estabelecimento. § 2º O disposto neste artigo se aplica aos casos de obrigatoriedade de mais de uma inscrição estadual para o mesmo estabelecimento, previstos no art. 66 da Resolução SEF nº 2.861/1997. § 3º A inscrição atribuída nos termos do caput deste artigo obriga o titular, sócio ou responsável, a partir da data da concessão, ao cumprimento de todas as obrigações, principal e acessórias, ficando sujeito às penalidades previstas na legislação.

17

Page 18: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 4º A Superintendência de Arrecadação Cadastro e Informações Econômico-Fiscais poderá baixar normas complementares para a implementação do disposto no caput deste artigo.(...)

TÍTULO VIDA ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS

CAPÍTULO IDA ALTERAÇÃO EM GERAL

Art. 82. A comunicação de alteração ocorrida nos dados cadastrais do contribuinte formaliza-se com a entrega do Documento de Cadastro do ICMS - DOCAD, modelo Anexo II, devidamente preenchido e sem rasuras, acompanhado da documentação pertinente, observadas as normas previstas nos §§ 2º e 3º do artigo 48 e §§ 1º e 2º do artigo 50. (...)

CAPÍTULO IDA PARALISAÇÃO TEMPORÁRIA E DO REINÍCIO DE ATIVIDADE

Art. 112. É facultado ao contribuinte inscrito no Cadastro Geral de Contribuintes do ICMS - CAD-ICMS solicitar Paralisação Temporária de sua atividade. § 1º O disposto neste artigo não se aplica às pessoas inscritas no Cadastro de Pessoa Física-Contribuinte e nos segmentos de inscrição facultativa e especial, que ficam obrigadas a requererem Baixa de suas inscrições estaduais, no caso de interrupção de atividade, mesmo que temporária. § 2º O contribuinte com a inscrição na situação cadastral de Paralisada ficará impedido do exercício de atividades econômicas sujeitas à inscrição obrigatória, sendo permitidas somente operações relativas a entrada e saída de bens do ativo fixo e de consumo. (...)Art. 114. A Paralisação Temporária deverá ser comunicada antes do início de sua ocorrência, excetuando-se os motivos de caso fortuito ou força maior, quando será formalizada até 10 (dez) dias, contados da data do fato determinante da paralisação. Art. 115. A Paralisação Temporária será concedida, pela unidade de cadastro do contribuinte, pelo prazo de até 360 (trezentos e sessenta) dias. (...)Art. 117. A Paralisação Temporária por prazo superior ao mencionado no artigo 115 somente será concedida, em caráter excepcional, por autorização da Coordenação de Cadastro Fiscal - COCAF. Art. 118. O reinício das atividades do contribuinte, antes do término da Paralisação Temporária, bem como da sua prorrogação, deverão ser previamente comunicados, por escrito, à sua unidade de cadastro. Art. 119. O contribuinte terá o prazo de 10 (dez) dias após o término concedido para paralisação, para comunicar por escrito o reinício de suas atividades. (...)

CAPÍTULO IIDA SUSPENSÃO E DA BAIXA DE INSCRIÇÃO

Art. 121. Fica obrigado a requerer, junto à sua unidade de cadastro, a Baixa de sua inscrição estadual, mediante o preenchimento e entrega do Pedido de Baixa de Inscrição - PBI, modelo Anexo VII, disponível para impressão no sítio da Secretaria de Estado da Fazenda na Internet, o estabelecimento: I - que encerrar suas atividades ou que não as iniciar no prazo legal; II - que cessar as atividades no Estado do Rio de Janeiro, por motivo de transferência para outra unidade da Federação; III - cadastrado no segmento de inscrição obrigatória, que passar a exercer exclusivamente atividades econômicas não sujeitas a inscrição estadual; IV - cadastrado no segmento de inscrição facultativa, quando não mais atender ao disposto no art. 32; V - localizado em outra unidade da federação, que deixar de realizar operações interestaduais de venda ao Estado do Rio de Janeiro; VI - de Microempreendedor Individual (MEI), que for enquadrado no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI); VII - de empresário individual ou de pessoa física contribuinte, que venha a falecer. § 1º A apresentação do pedido de baixa deve efetivar-se dentro de 30 (trinta) dias, contados da data em que ocorrer o fato motivador. § 2º O prazo determinado no parágrafo anterior será contado a partir da data da adjudicação ou da homologação da partilha, quando se tratar de estabelecimento de empresário individual que não tenha encerrado a atividade no momento do seu falecimento, cabendo ao interessado o ônus das provas exigíveis.

18

Page 19: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 3º O parágrafo anterior aplica-se, no que couber, à pessoa física-contribuinte. § 4º O contribuinte deverá inutilizar, previamente, os documentos fiscais não utilizados, registrar este fato no Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO) e informar, no PBI, os modelos, séries, subséries e numeração dos documentos fiscais inutilizados. (...)

Art. 123. A apresentação do PBI implicará a imediata Suspensão da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS - CAD-ICMS. § 1º A Suspensão da inscrição será processada e deferida no Sistema de Cadastro de Contribuintes - SICAD. § 2º A data da Suspensão será a declarada no PBI como de encerramento de suas atividades, ressalvado o disposto nos §§ 3º e 6º deste artigo. § 3º Quando a inscrição estiver na condição de Paralisada e a data de encerramento das atividades declarada no PBI estiver compreendida no período de paralisação temporária registrado no SICAD, será considerada como data da Suspensão a do início da paralisação temporária. § 4º Quando a inscrição estiver na condição de Impedida ou de Paralisada e a data de encerramento declarada no PBI for posterior à data do impedimento ou à data de término do período de paralisação, a suspensão estará condicionada à prévia reativação, de ofício, da inscrição no SICAD. § 5º A reativação prevista no parágrafo anterior será registrada no próprio processo de baixa. § 6º Na hipótese de ser constatado pela fiscalização que o encerramento das atividades do contribuinte tenha ocorrido em data diversa da declarada no PBI, a data da Suspensão registrada no SICAD deverá ser retificada pela repartição fiscal, antes do deferimento da Baixa. § 7º O contribuinte que deixar de cumprir exigência fiscal indispensável à concessão da Baixa, conforme disposto no inciso XVI do artigo 136, terá alterada a sua situação cadastral para Impedimento de Atividades, com a mesma data consignada na Suspensão. (...)Art. 127. A concessão da Baixa da Inscrição será imediata, desde que constatada a sua regularidade fiscal, em consulta aos sistemas da Secretaria de Estado da Receita, ficando dispensado o atendimento ao disposto no parágrafo único do artigo 122 e no artigo 126, no caso de contribuintes: I - enquadrados no Regime Simplificado do ICMS, como Microempresa - Faixa 1, desde a concessão de sua inscrição ou, no mínimo, há 18 meses; II - com inscrição estadual na situação cadastral de Suspensa, há mais de 6 (seis) anos; III - com inscrição estadual na situação cadastral de Cancelada; IV - indicados, em ato próprio do Subsecretário-Adjunto de Fiscalização, no interesse da Administração.

Art. 127-A. Poderá ser promovida de ofício a baixa das inscrições: I - desativadas no CAD-ICMS há mais de 5 (cinco) anos e para as quais não existam débitos pendentes; II - de Microempreendedor Individual - MEI enquadrado no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI) desde a data da concessão de sua inscrição; III - dos estabelecimentos que não tenham iniciado suas atividades no prazo de 180 dias contados da data da concessão da inscrição e não tenham atendido ao disposto no § 1º do art. 68 da Resolução SEF nº 2.861/1997. Parágrafo Único- A competência para a concessão da baixa de ofício será do Superintendente Estadual de Arrecadação, Cadastro e Informações Econômico-Fiscais." (...)Art. 128. A Baixa de Inscrição será efetivada com o deferimento no SICAD, pelo titular da repartição fiscal.Art. 129. Nos casos de Baixa ou Suspensão de inscrição de estabelecimento principal, quando não ocorrer a indicação, pelo contribuinte, de novo estabelecimento, será declarado, como principal, o de menor desinência do CGC da empresa, existente no cadastro estadual. (...)Art. 131. A concessão da Baixa da inscrição do contribuinte não implica quitação de quaisquer débitos porventura existentes ou que venham a ser constatados. (...)

CAPÍTULO IIIDO IMPEDIMENTO DE ATIVIDADES E DA REATIVAÇÃO DE INSCRIÇÃO

SEÇÃO IDO IMPEDIMENTO DE INSCRIÇÃO

Art. 135. O Impedimento é o ato compulsório da Administração destinado a promover a desabilitação de ofício da inscrição estadual no CAD-ICMS.

19

Page 20: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Parágrafo único - O impedimento da inscrição do contribuinte não implica exoneração de responsabilidade de natureza fiscal.

Art. 136. O Impedimento da inscrição estadual do contribuinte será promovido quando da ocorrência de uma das seguintes hipóteses: I - inexistência de fato do estabelecimento no endereço declarado ou indicação incorreta de sua localização; II. desativação, pela Receita Federal, da inscrição do contribuinte no CNPJ; III. cancelamento ou baixa do registro do estabelecimento na Junta Comercial ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso; IV. não possuir ou estar cancelado o registro ou a autorização de funcionamento concedida pela Agência Nacional do Petróleo - ANP, no caso de contribuinte que exerça atividade econômica sujeita ao controle desse órgão; V. a estabelecimento com atividade de transportador revendedor retalhista - TRR, distribuidor ou importador de combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo, ou de mercadorias discriminadas no § 1º, inciso I, da cláusula primeira do Convênio ICMS 03/99, que deixarem de atender às normas previstas na Resolução SEFCON nº 3.981/2000; VI - Revogado. VII. cessação ou interrupção das atividades no local em que está cadastrado, sem apresentação de pedido de baixa ou de comunicação de paralisação temporária ou de alteração do endereço do estabelecimento; VIII. não início das atividades no prazo de 30 (trinta) dias que se seguirem à concessão da inscrição, salvo se concedida a paralisação temporária prevista no parágrafo único do artigo 68; IX. Revogado X. cancelamento pela Receita Federal da inscrição no CPF, quando se tratar de inscrição de pessoa física-contribuinte; XI. vencimento do período de paralisação temporária concedida, sem a comunicação do reinício das atividades ou solicitação de prorrogação da paralisação ou apresentação de pedido de baixa da inscrição; XII. não renovação da inscrição, quando exigido em legislação específica; XIII. constatação, a qualquer tempo, do enquadramento do contribuinte nas hipóteses previstas no § 1º do art. 7º ou nos incisos I a VIII e XIV do art. 47; XIV. não apresentação, após a 5ª autuação pela autoridade fiscal, da GIA-ICMS, nos termos do § 3º do art. 54 da Lei 2657/1996; XV. dissolução extintiva da empresa, por sentença transitada em julgado; XVI. não apresentação, pelo estabelecimento com inscrição na situação cadastral de Suspensa, dos documentos e livros fiscais necessários à realização da ação fiscal de Baixa. XVII. não apresentação do pedido de baixa da inscrição no prazo de 30 (trinta) dias da data de enquadramento do microempreendedor individual no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI). XVIII - prática de atos ilícitos que repercutam no âmbito tributário, tais como: a) participação em organização ou associação constituída para a prática de fraude fiscal estruturada, assim entendido aquela formada com a finalidade de implementar esquema de evasão fiscal mediante artifícios envolvendo a dissimulação de atos, negócios ou pessoas, e com potencial de lesividade ao erário; b) embaraço à fiscalização, como tal entendida a falta injustificada de apresentação de livros, documentos e arquivos digitais a que estiver obrigado o contribuinte, bem como o não fornecimento ou o fornecimento incorreto de informações sobre mercadorias e serviços, bens, negócios ou atividades, próprias ou de terceiros, que tenham interesse comum em situação que dê origem a obrigação tributária; c) resistência à fiscalização, como tal entendida a restrição ou negativa de acesso ao estabelecimento ou qualquer de suas dependências ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde o contribuinte exerça sua atividade ou onde se encontrem mercadorias, bens, documentos ou arquivos digitais de sua posse ou propriedade, relacionados com situação que dê origem a obrigação tributária; d) receptação de mercadoria roubada ou furtada; e) produção, comercialização ou estocagem de mercadoria adulterada ou falsificada; f) utilização como insumo, comercialização ou estocagem de mercadoria objeto de contrabando ou descaminho. XIX - identificação incorreta, falta ou recusa de identificação dos controladores e/ou beneficiários de empresas de investimento sediadas no exterior, que figurem no quadro societário ou acionário da empresa devedora de tributos estaduais ou envolvida em ilícitos fiscais; XX - inadimplência fraudulenta; XXI - práticas sonegatórias que levam ao desequilíbrio concorrencial; XXII - falta de prestação da garantia do cumprimento das obrigações tributárias, exigida em legislação específica para as empresas com as atividades de refino e distribuição de combustíveis;

20

Page 21: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

XXIII - simulação de existência do estabelecimento ou da empresa; XXIV - simulação do quadro societário da empresa; XXV - indicação de dados cadastrais falsos. § 1º Além das situações previstas nos incisos do caput, que forem aplicáveis, o Impedimento da inscrição de contribuinte localizado em outra unidade da Federação será efetuado em decorrência das seguintes hipóteses: I. desativação da inscrição estadual concedida pelo Fisco da unidade da federação de sua localização; II. não entrega, pelo período estabelecido na legislação específica, do arquivo magnético com o registro fiscal das operações interestaduais ou, da Guia Nacional de Informações e Apuração do ICMS - Substituição Tributária - GIA/ST. § 2º As hipóteses a que se referem os incisos VI a VIII do caput, poderão ser comprovadas através de visita fiscal ao local ou por outros meios de que dispuser a autoridade fiscal. § 3º O impedimento previsto nos incisos VII e VIII do caput aplica-se, inclusive, a estabelecimento em funcionamento, desde que, inscrito no segmento de inscrição obrigatória, não exerça nenhuma das atividades previstas nos artigos 31 e 35. § 4º Para efeito do disposto no inciso XIII do caput, quando constatado o efetivo funcionamento de mais de um contribuinte no mesmo endereço, e este se enquadrar nas hipóteses previstas nos incisos I e II do caput do artigo 47, o impedimento será promovido em relação à inscrição cadastrada há menos tempo no local. § 5º Para fins do disposto no inciso XIX do caput, considera-se: a) empresa de investimento sediada no exterior (offshore), aquela que tem por objeto a inversão de investimentos financeiros fora de seu país de origem, onde é beneficiada por supressão ou minimização de carga tributária e por reduzida interferência regulatória do governo local; b) controlador e/ou beneficiário, a pessoa física que efetivamente detém o controle da empresa de investimento (beneficial owner), independentemente do nome de terceiros que eventualmente figurem como titulares em documentos públicos. § 6º Para fins do disposto no inciso XX do caput, considera-se inadimplência fraudulenta a falta de pagamento de débito tributário vencido, quando o contribuinte detém disponibilidade financeira comprovada, ainda que por coligadas, controladas ou seus sócios. § 7º Para fins do disposto no inciso XXI, resta caracterizada a prática sonegatória que leve ao desequilíbrio concorrencial, quando comprovado que o contribuinte tenha: a) rebaixado artificialmente os preços de venda de mercadoria ou de serviço ou se aproveitado de crédito fiscal indevido; b) conseguido ampliar a participação relativa em seu segmento econômico, em detrimento de seus concorrentes, em decorrência de um dos procedimentos descritos na alínea anterior. § 8º Para fins do disposto no inciso XXIII, considera-se simulada a existência do estabelecimento, ainda que inscrito, ou da empresa quando: a) a atividade relativa a seu objeto social, segundo declaração do contribuinte, não tiver sido ali efetivamente exercida, ou; b) não tiverem ocorrido as operações e prestações de serviços declaradas nos registros contábeis. § 9º Para fins do disposto no inciso XXIV, considera -se simulado o quadro societário para o qual sejam indicadas pessoas interpostas.

Art. 137. Em função da sua motivação, será considerada como data de início do Impedimento da inscrição: I. aquela em que o contribuinte foi cadastrado no endereço atual, na hipótese prevista no inciso I do caput do artigo 136; II. a considerada para a desativação, cancelamento ou baixa, pelo órgão próprio, da inscrição, registro ou autorização especificada nos incisos II, III e X do caput e no inciso I do § 1º do artigo 136; III. a de início da atividade, se não possuir o registro ou autorização da Agência Nacional do Petróleo - ANP, ou a considerada para seu cancelamento, quando for o caso, na hipótese do inciso IV do caput do artigo 136; IV- a de concessão da inscrição, se a irregularidade existir desde aquela época, ou de quando passou a ocorrer, se posterior, na hipótese prevista nos incisos V, XIII, XIX, XXIII, XXIV e XXV do caput do art. 136;V. a de cessação ou interrupção das atividades no local, comprovada pela autoridade fiscal, na hipótese prevista no inciso VII do caput do artigo 136; VI. a de concessão da inscrição, nas hipóteses previstas nos incisos VIII e IX do caput do artigo 136; VII. o dia seguinte à data de término da paralisação temporária concedida, na hipótese do inciso XI do caput do artigo 136; VIII. a do vencimento do prazo para renovação da inscrição, na hipótese do inciso XII do caput do artigo 136; IX. a do vencimento da primeira obrigação não cumprida, na ocorrência das hipóteses previstas no inciso XIV do caput e inciso II do seu § 1º do artigo 136;

21

Page 22: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

X. a data da extinção determinada pela sentença de dissolução da empresa ou, na sua ausência, a data em que ela começar a produzir efeitos, no caso previsto no inciso XV do caput do artigo 136; XI. a da Suspensão da inscrição, na hipótese do inciso XVI do caput do artigo 136. XII - a do enquadramento do contribuinte no SIMEI, na hipótese prevista no inciso XVII do art. 136; XIII - a da ocorrência do fato, nas hipóteses previstas nos incisos XVIII, XX, XXI e XXII do art. 136. (...)

SEÇÃO II DA REATIVAÇÃO DE INSCRIÇÃO

Art. 144. A Reativação destina-se a reabilitar inscrição estadual que, no CAD-ICMS, esteja na situação cadastral de Suspensa ou Impedida e decorrerá de deferimento de petição apresentada pelo contribuinte relativa a: I - recurso contra o impedimento da inscrição, consoante disposto no inciso IV do caput do artigo 143 e seu § 3º; II - pedido de reativação de inscrição, consoante disposto no inciso V do caput do artigo 143 e seus §§ 3º e 4º; III - comunicação de desistência de pedido de baixa de inscrição, consoante disposto no caput do artigo 132. (...)

CAPÍTULO IVDO CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO

Art. 149. O Cancelamento é o ato compulsório da Administração, aplicável após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos em que o contribuinte do ICMS permanecer na condição cadastral de Impedimento de Atividades, que se destina a desativar definitivamente sua inscrição. Art. 150. Decorrido o prazo determinado no artigo anterior, o Cancelamento de inscrição se dará, automaticamente, através do sistema de controle interno da Superintendência Estadual de Cadastro e Informações Econômico-Fiscais - SUCIEF. Art. 151. O Cancelamento da inscrição terá seus efeitos contados da data do início do Impedimento de Atividades do contribuinte. Art. 152. O contribuinte com inscrição na situação cadastral de Cancelada, somente poderá regularizá-la com a apresentação de Pedido de Baixa de Inscrição.

TÍTULO VIIIDA SITUAÇÃO CADASTRAL IRREGULAR

Art. 153. Será atribuída a condição de Irregular, à inscrição do contribuinte que deixar de cumprir suas obrigações acessórias para com a Fazenda Estadual, em especial a entrega da Declaração Anual para o IPM - DECLAN-IPM, bem como àqueles cujos dados cadastrais contenham informações inconsistentes. Parágrafo único - A condição de Irregular será automaticamente registrada no Banco Eletrônico de Dados da SEF, através do sistema interno de processamento da Superintendência Estadual de Cadastro e Informações Econômico-Fiscais - SUCIEF. (...)Art. 155. A regularização da situação cadastral dar-se-á, automaticamente, quando do cumprimento, pelo contribuinte, da obrigação acessória que motivou sua irregularidade e/ou quando da recuperação do dado apontado como inconsistente. Art. 156. A condição de Irregular não constitui impedimento ao exercício das atividades do contribuinte, vedando-se, apenas, a renovação de seu Cartão de Inscrição e a autorização para impressão de documentos fiscais. (...)

CAPÍTULO IVDO COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL - CISC

Art. 167. O Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral - CISC é o documento de identificação do contribuinte, que comprova sua inclusão no Cadastro de Contribuintes do ICMS - CAD-ICMS, e indica a situação cadastral da inscrição estadual no ato de sua consulta ou impressão. (...)

CAPÍTULO VIDA INSCRIÇÃO SIMBÓLICA

Art. 175. A inscrição simbólica, compreendida na Faixa de 99.100.000 a 99.199.999, destina-se a identificar a repartição fiscal emitente de Documento de Arrecadação relativo a recolhimento efetuado por pessoa física, jurídica ou firma individual, sem inscrição no Cadastro deste Estado, quando do pagamento, antecipado ou não, do imposto lançado de ofício e de multas e acréscimos legais porventura aplicáveis, em especial, quando da autorização, pela IFE 01 Barreiras Fiscais, Trânsito de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Intermunicipais e Interestaduais, para o funcionamento provisório durante a realização de feiras e eventos.

22

Page 23: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

NOTA FISCAL ELETRÔNICAHistórico

Para atender o disposto da Emenda Constitucional nº 42, Inciso XXII, art. 37, foi realizado, nos dias 15 a 17 de julho de 2004, em Salvador, o 1º Encontro Nacional de Administradores Tributários – ENAT, reunindo os titulares das administrações tributárias federal, estaduais, do Distrito Federal e dos municípios de capitais. O encontro teve como objetivo buscar soluções conjuntas das três esferas de Governo que promovessem maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações; racionalização de custos e da carga de trabalho operacional no atendimento; maior eficácia da fiscalização; maior possibilidade de realização de ações fiscais coordenadas e integradas; maior possibilidade de intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais; cruzamento de dados em larga escala com dados padronizados e uniformização de procedimentos.No ENAT foram aprovados dois protocolos de cooperação técnica nas áreas do cadastramento (Projeto do Cadastro Sincronizado) e Nota Fiscal Eletrônica.Visando alinhar as diretrizes do projeto, iniciado pelo ENAT, com o fórum de discussão dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT), foi realizada uma Reunião Técnica do ENAT/ENCAT, em São Paulo-SP, em 27 de abril de 2005, para a unificação dos diferentes projetos em andamento no âmbito das Administrações Tributárias.No final de agosto/2005, no evento do II ENAT – Encontro Nacional de Administradores Tributários, em São Paulo, os Secretários de Fazenda dos Estados e DF, o Secretário da Receita Federal e os representantes das Secretarias de Finanças dos municípios das Capitais assinaram o Protocolo ENAT 03/2005, visando o desenvolvimento e a implantação da Nota Fiscal Eletrônica, consolidando de forma definitiva a coordenação técnica e o desenvolvimento do projeto sob a responsabilidade do Encat (Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais) com a participação, da agora denominada, Receita Federal do Brasil (RFB).A partir de novembro de 2005 a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) passou a integrar o projeto.

01. O que é a Nota Fiscal Eletrônica NF-e?Podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica como sendo um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pelo Fisco, do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador.02. Quais os tipos de documentos fiscais em papel que a NF-e substitui?Atualmente a legislação nacional permite que a NF-e substitua apenas a chamada nota fiscal modelo 1 / 1A, que é utilizada, em regra, para documentar transações comerciais com mercadorias entre pessoas jurídicas.

23

Page 24: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Não se destina a substituir os outros modelos de documentos fiscais existentes na legislação como, por exemplo, a Nota Fiscal a Consumidor (modelo 2) ou o Cupom Fiscal.Os documentos que não foram substituídos pela NF-e devem continuar a ser emitidos de acordo com a legislação em vigor.03. Para quais tipos de operações (ex: entrada, saída, importação, exportação, simples remessa) a NF-e pode ser utilizada?A NF-e substitui a Nota Fiscal Modelo 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que estes documentos possam ser utilizados. Isso inclui, por exemplo: a Nota Fiscal de entrada, operações de importação, operações de exportação, operações interestaduais ou ainda operações de simples remessa.04. Quais empresas e a partir de quando as empresas serão obrigadas à emissão de NF-e. As médias e pequenas empresas também devem emitir NF-e?Uma série de empresas já se encontram obrigadas a utilizar a NF-e. Não há necessidade de decorar quais são. É importante apenas saber que nem todos os contribuintes estão obrigados.05. O destinatário da mercadoria poderá exigir receber a Nota Fiscal em papel modelo 1 ou 1A ao invés da Nota Fiscal Eletrônica? Não, esta exigência não poderá ser feita pelos destinatários. Nos casos em que o emitente for obrigado ao uso da NF-e, a obrigatoriedade de emissão de NF-e aplica se a todas as operações praticadas em todos os estabelecimentos, sendo vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A. Vide a questão 1 do capítulo II para maiores detalhes.Os contribuintes emitentes que não são obrigados a emitirem NF-e, pois decidiram a adoção do modelo de forma espontânea, deverão, preferencialmente, emitir NF-e, cabendo a eles a decisão da emissão da Nota Fiscal Modelo 1 ou 1A ou Nota Fiscal Eletrônica, conforme sua conveniência.Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades definidas no Protocolo ICMS 88/07.06. As empresas obrigadas serão credenciadas de ofício pela Secretaria da Fazenda ou terão que providenciar seu credenciamento para emissão de NF-e? Com a proximidade da data prevista para a obrigatoriedade, as Secretarias de Fazenda credenciaram sumariamente os estabelecimentos relacionados nos itens I a V do parágrafo primeiro do Protocolo 10/2007.O contribuinte que esteja obrigado a emitir NF-e, modelo 55, em substituição a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, cujos estabelecimentos, eventualmente, não estejam relacionados, deverá providenciar o credenciamento de seus estabelecimentos, conforme procedimentos previstos no site da Sefaz de sua circunscrição. 07. Os contribuintes obrigados a emitir NF-e poderão antecipar o início desta emissão?

Sim, todos os contribuintes que estiverem obrigados a emitir NF-e poderão antecipar o uso da NF-e por meio do sistema de credenciamento disponível os site da Sefaz de sua circunscrição. 08. Os estabelecimentos obrigados a emitir NF-e que optarem por antecipar sua emissão anteciparão também a data inicial da obrigatoriedade de emissão de NF-e? Não. Os estabelecimentos obrigados a emitir NF-e que anteciparem a data de seu uso serão considerados emissores voluntários até que chegue a data inicial da obrigatoriedade e deverão, preferencialmente, emitir NF-e. A obrigatoriedade de emissão em todas as suas operações, ainda que o estabelecimento antecipe sua entrada em produção, fica mantida para as datas previstas na legislação. 09. Uma empresa credenciada a emitir NF-e deve substituir 100% de suas Notas Fiscais em papel pela Nota Fiscal Eletrônica? O estabelecimento credenciado a emitir NF-e que não seja obrigado à sua emissão deverá emitir, preferencialmente, NF-e em substituição a Nota Fiscal em papel, modelo 1 ou 1-A. No caso dos estabelecimentos obrigados a emitir NF-e, após o início da obrigatoriedade prevista na legislação, devem emitir NF-e em todas as suas operações, sendo vedada a emissão de Nota Fiscal modelo 1 ou 1A. 10. . As médias e pequenas empresas também podem emitir NF-e? Não há nenhuma restrição quanto ao porte das empresas emissoras de NF-e. Empresas voluntárias de pequeno e médio porte também poderão solicitar credenciamento para emiti-la. 11. Quais os procedimentos para que uma empresa interessada possa passar a emitir NF-e? As empresas interessadas em emitir NF-e deverão, em resumo:

• Se não estiver credenciada sumariamente em decorrência da obrigatoriedade, solicitar seu credenciamento como emissoras de NF-e na Secretaria da Fazenda em que possua estabelecimentos. O credenciamento em uma

24

Page 25: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Unidade da Federação não credencia a empresa perante as demais Unidades, ou seja, a empresa deve solicitar credenciamento em todos os Estados em que possuir estabelecimentos e nos quais deseja emitir NF-e.• Possuir certificação digital (possuir certificado digital, emitido por Autoridade Certificadora credenciado ao ICP-BR, contendo o CNPJ da empresa); • Adaptar o seu sistema de faturamento para emitir a NF-e ou utilizar o “Emissor de NF-e”, para os casos de empresa de pequeno porte. • Testar seus sistemas em ambiente de homologação em todas as Secretarias da Fazenda em que desejar emitir NF-e. • Obter a autorização da Secretaria da Fazenda para emissão de NF-e em ambiente de produção (NF-e com validade jurídica).12. Com a NF-e continua necessário obter-se previamente a AIDF (autorização de impressão de documento fiscal)?Para a NF-e não existe mais a figura da AIDF, uma vez que não há mais a impressão gráfica de documento fiscal. O procedimento de autorização do documento fiscal passa a ser automático e executado para cada Nota Fiscal emitida, que poderá ser autorizada ou não pela Secretaria da Fazenda. Vide a questão sobre as validações realizadas pela Secretaria da Fazenda, na seção “Modelo Operacional” – “Emissão e autorização da NF-e” para informações sobre as hipóteses de rejeição da NF-e.-e.13. Com a NF-e continua necessário gerar o RIEX, SINTEGRA, GIA, livros fiscais, etc. Haverá integração dos sistemas de NF-e com os softwares destas declarações?Neste momento, ficam mantidas todas as obrigações acessórias a que os contribuintes estão sujeitos atualmente, com exceção da AIDF para a emissão de Nota Fiscal Eletrônica. Com a implantação progressiva da NF-e, bem como os demais subprojetos do Sistema Públicos de Escrituração Digital (SPED) a tendência é que, futuramente, diversas obrigações acessórias, como as citadas, sejam paulatinamente substituídas ou dispensadas.14. Considerando que a Secretaria da Fazenda já recebe a NF-e, seria correto afirmar que as informações da NF-e não precisarão ser mais fornecidas ao Fisco na entrega de arquivos de escrituração eletrônica?Não. As obrigações acessórias a que os contribuintes estão sujeitos deverão contemplar também as informações já transmitidas por meio da Nota Fiscal Eletrônica.Com a implantação progressiva da NF-e, bem como os demais subprojetos do Sistema Públicos de Escrituração Digital (SPED) a tendência é que, futuramente, estas informações já estejam todas contempladas nos diversos módulos do sistema. Até a efetiva implantação destes módulos, as informações continuam devendo ser fornecidas ao Fisco conforme legislação em vigor.15. É correto afirmar que, como a Secretaria da Fazenda já recebe a NF-e, a empresa emitente não mais precisa guardar a NF-e?Não. O emitente e o destinatário deverão manter em arquivo digital as NF-e´s pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais. Quando solicitado, deverão apresentar os arquivos digitais à administração tributária.Caso o destinatário (comprador) não tenha condições de receber o arquivo digital, deverá armazenar o DANFE pelo prazo decadencial.16. As empresas (emitentes e destinatárias) deverão guardar algum tipo de documento (NF-e ou DANFE)?A regra geral é que o emitente e o destinatário deverão manter em arquivo digital as NF-es pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais, devendo ser apresentadas à administração tributária, quando solicitado. Assim, o emitente deve armazenar apenas o arquivo digital.No caso da empresa destinatária das mercadorias e da NF-e, e que seja emitente de NF-e , ela também não precisará guardar o DANFE, mas apenas o arquivo digital recebido.Caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-e , o destinatário deverá manter em arquivo o DANFE relativo a NF-e da operação pelo prazo decadencial estabelecido pela legislação, devendo ser apresentado à administração tributária, quando solicitado.Reforçamos que o destinatário sempre deverá verificar a validade e autenticidade da NF-e e a existência de Autorização de Uso da NF-e, tenha ele recebido o arquivo digital da NF-e ou o DANFE acompanhando a mercadoria.17. Em caso de sinistro ou perda do arquivo eletrônico das NF-e, seriam estas disponibilizadas para recuperação por parte da SEFAZ ou SRF?Não. Da mesma forma que a guarda das Notas Fiscais em papel fica a cargo dos contribuintes, também a cargo destes ficará a guarda dos documentos eletrônicos. Ressalte-se que os recursos necessários para a guarda do documento digital, incluindo backup, têm um custo muito inferior do que a guarda dos documentos físicos, permitindo ainda a rápida recuperação do arquivo e suas informações.18. Como é garantida a validade jurídica de uma NF-e?

25

Page 26: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

A NF-e tem a sua validade jurídica garantida pela assinatura digital (através de certificado digital do emitente no padrão ICP Brasil, que dá, ao documento, a certeza de sua integridade e de sua autoria) e pela autorização de uso pela administração tributária da unidade federada do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador.Ressaltamos que a MP 2200-2 instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras, viabilizando o uso do documento eletrônico. Nos termos de seu Artigo 10, §1º:“Art. 10. Consideram-se documentos públicos ou particulares, para todos os fins legais, os documentos eletrônicos de que trata esta Medida Provisória.§ 1° As declarações constantes dos documentos em forma eletrônica produzidos com a utilização de processo de certificação disponibilizado pela ICP-Brasil presumem-se verdadeiros em relação aos signatários (...)”19. Assinatura digital é a mesma coisa que senha web? Como adquirir uma assinatura digital?Assinatura digital e senha web são distintas e têm finalidades distintas.A assinatura digital é um processo que possibilita a verificação de integridade e identifica a autoria de um arquivo eletrônico, ou seja, a assinatura eletrônica permite saber quem é o autor de um arquivo eletrônico e se o mesmo não foi modificado.A senha é uma forma de limitar o acesso de um sistema de informação, sendo muito utilizado em transações eletrônicas.Para possuir uma assinatura digital é necessária a aquisição de um certificado digital junto às Autoridades Certificadoras que oferece, além da assinatura digital, outras funcionalidades como a identificação do usuário e o controle de acesso de forma mais segura e eficiente que o sistema de senhas. 20. Que tipo de certificado digital minha empresa deverá adquirir para assinar as notas fiscais eletrônicas?O certificado digital utilizado na Nota Fiscal Eletrônica deverá ser adquirido junto à Autoridade Certificadora credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, devendo conter o CNPJ do estabelecimento ou de sua matriz. Para maiores informações sobre Autoridades certificadoras, autoridades de registro e prestadores de serviços habilitados na ICP-Brasil, consulte o site http://www.iti.gov.br/twiki/bin/view/Certificacao/EstruturaIcp. 21. Caso minha empresa possua vários estabelecimentos que irão emitir NF-e, será necessário adquirir um certificado digital para cada estabelecimento?Não, a empresa poderá utilizar o certificado digital da matriz para assinar as NF-e emitidas pelas filiais.b) o segundo é na transmissão do documento eletrônico. Qualquer certificado digital no padrão ICP-Brasil, ainda que não esteja ligado à empresa emitente, poderá transmitir o documento eletrônico para a Secretaria da Fazenda e recuperar a resposta com a autorização de uso, rejeição ou denegação da NF-e. Importante : apenas o certificado digital que efetuou a transmissão do arquivo eletrônico poderá resgatar a resposta de Autorização de uso, rejeição ou denegação. 22. Como fica a emissão da nota conjugada com ISS no caso da utilização da NF-e?A utilização de NF-e como sendo Nota Fiscal Conjugada depende de prévio convênio ou protocolo de cooperação entre a SEFAZ e cada prefeitura municipal. Na maior parte dos estados, estes convênios ou protocolos ainda não foram firmados, de modo que o contribuinte que venda mercadorias e preste serviços deverá atualmente, em utilizando a NF-e, emitir dois documentos distintos.23. A nota fiscal eletrônica de serviços das prefeitura seguem o mesmo modelo da NF-e dos estados?Não. Algumas prefeituras já possuem modelo próprio de Nota Fiscal Eletrônica de Serviços, de uso restrito aos prestadores de serviço do município que estão sujeitos ao ISS – Imposto sobre Serviços.É possível que haja casos em que a mesma empresa seja contribuinte do ISS e do ICMS e, neste caso, deva emitir as Notas Fiscais Eletrônicas de Serviços e também seja credenciada para emitir Nota Fiscal Eletrônica que substitui as Notas Fiscais de mercadorias modelos 1 ou 1A.

AJUSTE SINIEF 07/2005ICMS - Nota Fiscal Eletrônica e Documento Auxiliar de

Nota Fiscal Eletrônica - Instituição - Republicação

Foi instituída a Nota Fiscal Eletrônica, que poderá ser utilizada em substituição à Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A, pelos contribuintes do IPI e/ou ICMS. Considera-se Nota Fiscal Eletrônica - NF-e o documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar operações e prestações,

26

Page 27: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e autorização de uso pela administração tributária da unidade federada do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador. A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido em Ato COTEPE, por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária, observadas as formalidades constantes no Ajuste SINIEF 07/05. A administração tributária da unidade federada do emitente deverá transmitir a NF-e para a Receita Federal do Brasil, e para as unidades federadas: a) de destino das mercadorias; b) onde deva se processar o embarque de mercadoria na saída para o exterior; c) de desembaraço aduaneiro, tratando-se de operação de importação de mercadoria ou bem do exterior. A solicitação de credenciamento para emissão da NF-e nos Estados do Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Piauí e ao Distrito Federal, será aplicada a partir de 1º de janeiro de 2006. O Ajuste SINIEF nº 7 de 2005 foi republicado no DOU de 7/12/2005. 

O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e o Secretário Geral da Receita Federal do Brasil, na 119ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária, realizada em Manaus, AM, no dia 30 de setembro de 2005, tendo em vista o disposto noart. 199 do Código Tributário Nacional(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), resolvem celebrar o seguinteAJUSTE:Cláusula primeira. Fica instituída a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, que poderá ser utilizada pelos contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI ou Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS em substituição:I - à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A;II - à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4.III - à Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, a critério da unidade federada;IV - ao Cupom Fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), a critério da unidade federada.§ 1º Considera-se Nota Fiscal Eletrônica - NF-e o documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar operações e prestações, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e autorização de uso pela administração tributária da unidade federada do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador.§ 2º Ficam as unidades federadas autorizadas a estabelecer a obrigatoriedade da utilização da NF-e, a qual será fixada por intermédio de Protocolo ICMS, o qual será dispensado:I - na hipótese de contribuinte inscrito no cadastro do ICMS de uma única unidade federada;II - a partir de 1º de dezembro de 2010.§ 3º Para fixação da obrigatoriedade de que trata o protocolo previsto no § 2º, as unidades federadas poderão utilizar critérios relacionados à receita de vendas e serviços dos contribuintes, atividade econômica ou natureza da operação por eles exercida.§ 4º A NF-e poderá ser utilizada em substituição à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, somente pelos contribuintes que possuem Inscrição Estadual.§ 5º A NF-e será identificada pelo modelo 55, podendo, em caso de venda presencial no varejo a consumidor final, ser identificada pelo modelo 65, respeitado o disposto nos incisos III e IV do "caput" desta cláusula.§ 6º A NF-e modelo 65 será denominada "Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica - NFC-e";Cláusula segunda. Para emissão da NF-e, o contribuinte deverá solicitar, previamente, seu credenciamento na unidade federada em cujo cadastro de contribuinte do ICMS estiver inscrito.§ 1º O contribuinte credenciado para emissão de NF-e deverá observar, no que couber, as disposições relativas à emissão de documentos fiscais por sistema eletrônico de processamento de dados, constantes dosConvênios 57/95e58/95, ambos de 28 de junho de 1995 e legislação superveniente.§ 2º Revogado.§ 3º É vedada a emissão de nota fiscal modelo 1 ou 1-A ou da Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, por contribuinte credenciado à emissão de NF-e, exceto quando a legislação estadual assim permitir.Cláusula segunda-A. Ato COTEPE publicará o "Manual de Orientação do Contribuinte" da NF-e, disciplinando a definição das especificações e critérios técnicos necessários para a integração entre os Portais das Secretarias de Fazendas dos Estados e os sistemas de informações das empresas emissoras de NF-e.

Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica.

27

Page 28: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 1º Nota técnica publicada no Portal Nacional da NF-e poderá esclarecer questões referentes ao Manual de Orientação do Contribuinte.§ 2º As referências feitas nas demais cláusulas deste Ajuste ao "Manual de Integração - Contribuinte" consideram-se feitas ao "Manual de Orientação do Contribuinte.Cláusula terceira. A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no "Manual de Integração - Contribuinte", por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária, observadas as seguintes formalidades:I - o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language);II - a numeração da NF-e será seqüencial de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por série, devendo ser reiniciada quando atingido esse limite;III - a NF-e deverá conter um "código numérico", gerado pelo emitente, que comporá a "chave de acesso" de identificação da NF-e, juntamente com o CNPJ do emitente, número e série da NF-e;IV - a NF-e deverá ser assinada pelo emitente, com assinatura digital, certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital.V - A identificação das mercadorias comercializadas com a utilização da NF-e deverá conter, também, o seu correspondente código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, nas operações:a) realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação federal;b) de comércio exterior.§ 1º As séries serão designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente, vedada a utilização do algarismo zero e de subsérie.§ 2º O Fisco poderá restringir a quantidade de séries.§ 3º Para efeitos da geração do código numérico a que se refere o inciso III, na hipótese de a NF-e não possuir série, o campo correspondente deverá ser preenchido com zeros.§ 4º Nas operações não alcançadas pelo disposto no inciso V do caput, será obrigatória somente a indicação do correspondente capítulo da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM.§ 5º A partir da utilização do leiaute definido na versão 4.01 do Manual de Integração - Contribuinte deverão ser indicados na NFe o Código de Regime Tributário - CRT e, quando for o caso, o Código de Situação da Operação no Simples Nacional - CSOSN, conforme definidos no Anexo.§ 6º A partir de 1º de julho de 2011, fica obrigatório o preenchimento dos campos cEAN e cEANTrib da NF-e, quando o produto comercializado possuir código de barras com GTIN (Numeração Global de Item Comercial)Cláusula quarta. O arquivo digital da NF-e só poderá ser utilizado como documento fiscal, após:I - ser transmitido eletronicamente à administração tributária, nos termos da cláusula quinta;II - ter seu uso autorizado por meio de Autorização de Uso da NF-e, nos termos da cláusula sexta.§ 1º Ainda que formalmente regular, não será considerado documento fiscal idôneo a NF-e que tiver sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro, que possibilite, mesmo que a terceiro, o não-pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida.§ 2º Para os efeitos fiscais, os vícios de que trata o § 1º atingem também o respectivo DANFE, impresso nos termos da cláusula nona ou décima primeira, que também não será considerado documento fiscal idôneo.§ 3º A concessão da Autorização de Uso:I - é resultado da aplicação de regras formais especificadas no Manual de Integração - Contribuinte e não implica a convalidação das informações tributárias contidas na NF-e;II - identifica de forma única, pelo prazo decadencial estabelecido pela legislação tributária, uma NF-e através do conjunto de informações formado por CNPJ do emitente, número, série e ambiente de autorização.Cláusula quinta. A transmissão do arquivo digital da NF-e deverá ser efetuada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária.Parágrafo único. A transmissão referida no "caput" implica solicitação de concessão de Autorização de Uso da NF-e.Cláusula sexta. Previamente à concessão da Autorização de Uso da NF-e, a administração tributária da unidade federada do contribuinte analisará, no mínimo, os seguintes elementos:I - a regularidade fiscal do emitente;II - o credenciamento do emitente, para emissão de NF-e;

28

Page 29: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

III - a autoria da assinatura do arquivo digital da NF-e;IV - a integridade do arquivo digital da NF-e;V - a observância ao leiaute do arquivo estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte';VI - a numeração do documento.§ 1º A autorização de uso poderá ser concedida pela administração tributária da unidade federada emitente através da infraestrutura tecnológica da Receita Federal do Brasil ou de outra unidade federada, na condição de contingência prevista no inciso I da cláusula décima primeira.§ 2º A unidade federada que tiver interesse poderá, por protocolo, estabelecer que a autorização de uso será concedida mediante a utilização de ambiente de autorização disponibilizado através de infraestrutura tecnológica da Receita Federal do Brasil ou de outra unidade federada."§ 3º Nas situações constante dos §§ 1º e 2º a administração tributária que autorizar o uso da NF-e deverá observar as disposições constantes deste Ajuste estabelecidas para a administração tributária da unidade federada do contribuinte emitente.Cláusula sétima. Do resultado da análise referida na cláusula sexta, a administração tributária cientificará o emitente:I - da rejeição do arquivo da NF-e, em virtude de:a) falha na recepção ou no processamento do arquivo;b) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital;c) remetente não credenciado para emissão da NF-e;d) duplicidade de número da NF-e;e) falha na leitura do número da NF-e;f) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo da NF-e;II - da denegação da Autorização de Uso da NF-e, em virtude de:a) irregularidade fiscal do emitente;b) irregularidade fiscal do destinatário, a critério de cada unidade federada;III - da concessão da Autorização de Uso da NF-e;.§ 1º Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, a NF-e não poderá ser alterada.§ 2º Em caso de rejeição do arquivo digital, o mesmo não será arquivado na administração tributária para consulta, sendo permitido ao interessado nova transmissão do arquivo da NF-e nas hipóteses das alíneas "a", "b" e "e" do inciso I do "caput".§ 3º Em caso de denegação da Autorização de Uso da NF-e, o arquivo digital transmitido ficará arquivado na administração tributária para consulta, nos termos da cláusula décima quinta, identificado como "Denegada a Autorização de Uso".§ 4º No caso do § 3º, não será possível sanar a irregularidade e solicitar nova Autorização de Uso da NF-e que contenha a mesma numeração.§ 5º A cientificação de que trata o "caput" será efetuada mediante protocolo disponibilizado ao emitente ou a terceiro autorizado pelo emitente, via internet, contendo, conforme o caso, a "chave de acesso", o número da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela administração tributária e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.§ 6º Nos casos dos incisos I ou II do "caput", o protocolo de que trata o § 5º conterá informações que justifiquem de forma clara e precisa o motivo pelo qual a Autorização de Uso não foi concedida.§ 7º Deverá, obrigatoriamente, ser encaminhado ou disponibilizado download do arquivo da NF-e e seu respectivo Protocolo de Autorização de Uso:I - ao destinatário da mercadoria, pelo emitente da NF-e imediatamente após o recebimento da autorização de uso da NF-e;II - ao transportador contratado, pelo tomador do serviço antes do início da prestação correspondente.§ 8º As empresas destinatárias podem informar o seu endereço de correio eletrônico no Portal Nacional da NF-e, conforme padrões técnicos a serem estabelecidos no 'Manual de Integração - Contribuinte'.§ 9º Para os efeitos do inciso II do caput considera-se irregular a situação do contribuinte, emitente do documento fiscal ou destinatário das mercadorias, que, nos termos da respectiva legislação estadual, estiver impedido de praticar operações na condição de contribuinte do ICMS.

29

Page 30: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Cláusula oitava. Concedida a Autorização de Uso da NF-e, a administração tributária da unidade federada do emitente deverá transmitir a NF-e para a Receita Federal do Brasil.§ 1º A administração tributária da unidade federada do emitente também deverá transmitir a NF-e para:I - a unidade federada de destino das mercadorias, no caso de operação interestadual;II - a unidade federada onde deva se processar o embarque de mercadoria na saída para o exterior;III - a unidade federada de desembaraço aduaneiro, tratando-se de operação de importação de mercadoria ou bem do exterior;IV - a Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, quando a NF-e tiver como destinatário pessoa localizada nas áreas incentivadas.§ 2º A administração tributária da unidade federada do emitente ou a Receita Federal do Brasil também poderão transmitir a NF-e ou fornecer informações parciais para:I - administrações tributárias municipais, nos casos em que a NF-e envolva serviços sujeitos ao ISSQN, mediante prévio convênio ou protocolo;II - outros órgãos da administração direta, indireta, fundações e autarquias, que necessitem de informações da NF-e para desempenho de suas atividades, mediante prévio convênio ou protocolo de cooperação, respeitado o sigilo fiscal.§ 3º Na hipótese da administração tributária da unidade federada do emitente realizar a transmissão prevista no caput por intermédio de WebService, ficará a Receita Federal do Brasil responsável pelo procedimento de que trata o §1º ou pela disponibilização do acesso a NF-e para as administrações tributárias que adotarem esta tecnologia;Cláusula nona. Fica instituído o Documento Auxiliar da NFe - DANFE, conforme leiaute estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte', para acompanhar o trânsito das mercadorias acobertado por NF-e ou para facilitar a consulta da NF-e, prevista na cláusula décima quinta.§ 1º O DANFE somente poderá ser utilizado para transitar com as mercadorias após a concessão da Autorização de Uso da NFe, de que trata o inciso III da cláusula sétima, ou na hipótese prevista na cláusula décima primeira.§ 1º-A. A concessão da Autorização de Uso será formalizada através do fornecimento do correspondente número de Protocolo, o qual deverá ser impresso no DANFE, conforme definido no 'Manual de Integração - Contribuinte', ressalvadas as hipóteses previstas na cláusula décima primeira.§ 2º No caso de destinatário não credenciado para emitir NFe, a escrituração da NF-e poderá ser efetuada com base nas informações contidas no DANFE, observado o disposto na cláusula décima.§ 3º O DANFE utilizado para acompanhar o trânsito de mercadorias acobertado por NF-e será impresso em uma única via.§ 4º O DANFE deverá ser impresso em papel, exceto papel jornal, no tamanho mínimo A4 (210 x 297 mm) e máximo ofício 2 (230 x 330 mm), podendo ser utilizadas folhas soltas, formulário de segurança, Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), formulário contínuo ou formulário pré-impresso.§ 5º O DANFE deverá conter código de barras, conforme padrão estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte'.§ 5º-A. Na hipótese de venda ocorrida fora do estabelecimento, o DANFE poderá ser impresso em qualquer tipo de papel, exceto papel jornal, em tamanho inferior ao A4 (210 x 297 mm), caso em que será denominado "DANFE Simplificado", devendo ser observadas as definições constantes do 'Manual de Integração - Contribuinte'.§ 6º O DANFE poderá conter outros elementos gráficos, desde que não prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico.§ 7º As alterações de leiaute do DANFE permitidas são as previstas no Manual de Integração - Contribuinte.§ 8º Os títulos e informações dos campos constantes no DANFE devem ser grafados de modo que seus dizeres e indicações estejam bem legíveis.§ 9º A aposição de carimbos no DANFE, quando do trânsito da mercadoria, deve ser feita em seu verso.§ 10. É permitida a indicação de informações complementares de interesse do emitente, impressas no verso do DANFE, hipótese em que sempre será reservado espaço, com a dimensão mínima de 10x15 cm, em qualquer sentido, para atendimento ao disposto no § 9º;§ 11. O Documento Auxiliar da NF-e modelo 65 obedecerá, além das demais disposições desta cláusula, o seguinte:I - será denominado "Documento Auxiliar da NFC-e - DANFE-NFC-e";

30

Page 31: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

II - a critério da unidade federada e se o adquirente concordar, poderá ter sua impressão substituída pelo seu envio em formato eletrônico ou pelo envio da chave de acesso do documento fiscal a qual ele se refere;III - sua impressão, quando ocorrer, deverá ser feita em papel com largura mínima de 58 mm e altura mínima suficiente para conter todas as seções especificadas no "Manual de Orientação do Contribuinte", com tecnologia que garanta sua legibilidade pelo prazo mínimo de seis (6) meses;IV - em lugar do código de barras previsto no § 5º deverá conter um código bidimensional, conforme padrão estabelecido no "Manual de Orientação do Contribuinte;V - o código bidimensional de que trata o inciso IV deste parágrafo conterá mecanismo de autenticação digital que possibilite a identificação da autoria do DANFE-NFC-e conforme padrões técnicos estabelecidos no "Manual de Orientação do Contribuinte.Cláusula décima. O emitente e o destinatário deverão manter a NF-e em arquivo digital, sob sua guarda e responsabilidade, pelo prazo estabelecido na legislação tributária, mesmo que fora da empresa, devendo ser disponibilizado para a Administração Tributária quando solicitado.§ 1º O destinatário deverá verificar a validade e autenticidade da NF-e e a existência de Autorização de Uso da NF-e.§ 2º Caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-e, alternativamente ao disposto no "caput", o destinatário deverá manter em arquivo o DANFE relativo a NF-e da operação, devendo ser apresentado à administração tributária, quando solicitado.§ 3º O emitente de NF-e deverá guardar pelo prazo estabelecido na legislação tributária o DANFE que acompanhou o retorno de mercadoria não entregue ao destinatário e que contenha o motivo do fato em seu verso.Cláusula décima primeira. Quando em decorrência de problemas técnicos não for possível transmitir a NF-e para a unidade federada do emitente, ou obter resposta à solicitação de Autorização de Uso da NF-e, o contribuinte poderá operar em contingência, gerando arquivos indicando este tipo de emissão, conforme definições constantes no 'Manual de Integração - Contribuinte', mediante a adoção de uma das seguintes alternativas:- transmitir a NF-e para o Sistema de Contingência do Ambiente Nacional (SCAN) ou para o Sistema de Sefaz Virtual de Contingência (SVC), nos termos das cláusulas quarta, quinta e sexta deste Ajuste;II - transmitir Declaração Prévia de Emissão em Contingência - DPEC (NF-e), para a Receita Federal do Brasil, nos termos da cláusula décima sétima-D;III - imprimir o DANFE em Formulário de Segurança (FS), observado o disposto na Cláusula décima sétima-A;IV - imprimir o DANFE em Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), observado o disposto em Convênio ICMS.§ 1º Na hipótese prevista no inciso I, a administração tributária da unidade federada emitente poderá autorizar a NF-e utilizando-se da infra-estrutura tecnológica da Receita Federal do Brasil ou de outra unidade federada.§ 2º Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, conforme disposto no §1º, a Receita Federal do Brasil deverá transmitir a NF-e para a unidade federada do emitente, sem prejuízo do disposto no § 3º da cláusula sexta.§ 3º Na hipótese do inciso II do caput, o DANFE deverá ser impresso em no mínimo duas vias, constando no corpo a expressão "DANFE impresso em contingência - DPEC regularmente recebido pela Receita Federal do Brasil", tendo as vias à seguinte destinação:I - uma das vias permitirá o trânsito das mercadorias e deverá ser mantida em arquivo pelo destinatário pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda de documentos fiscais;II - outra via deverá ser mantida em arquivo pelo emitente pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais.§ 4º Presume-se inábil o DANFE impresso nos termos do §3º, quando não houver a regular recepção da DPEC pela Receita Federal do Brasil, nos termos da Cláusula Décima sétima-D.§ 5º Na hipótese dos incisos III ou IV do caput, o Formulário de Segurança ou Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA) deverá ser utilizado para impressão de no mínimo duas vias do DANFE, constando no corpo a expressão "DANFE em Contingência - impresso em decorrência de problemas técnicos", tendo as vias a seguinte destinação:I - uma das vias permitirá o trânsito das mercadorias e deverá ser mantida em arquivo pelo destinatário pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda de documentos fiscais;II - outra via deverá ser mantida em arquivo pelo emitente pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais.§ 6º Na hipótese dos incisos III ou IV do capu", existindo a necessidade de impressão de vias adicionais do DANFE previstas no § 3º da cláusula nona, dispensa-se a exigência do uso do Formulário de Segurança ou Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA).

31

Page 32: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 7º Na hipótese dos incisos II, III e IV do caput, imediatamente após a cessação dos problemas técnicos que impediram a transmissão ou recepção do retorno da autorização da NF-e, e até o prazo limite de cento e sessenta e oito horas da emissão da NF-e, contado a partir da emissão da NF-e de que trata o § 12, o emitente deverá transmitir à § 8º Se a NF-e transmitida nos termos do § 7º vier a ser rejeitada pela administração tributária, o contribuinte deverá:I - gerar novamente o arquivo com a mesma numeração e série, sanando a irregularidade desde que não se altere:a) as variáveis que determinam o valor do imposto tais como: base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quantidade, valor da operação ou da prestação;b) a correção de dados cadastrais que implique mudança do remetente ou do destinatário;c) a data de emissão ou de saída;II - solicitar Autorização de Uso da NF-e;III - imprimir o DANFE correspondente à NF-e autorizada, no mesmo tipo de papel utilizado para imprimir o DANFE original;IV - providenciar, junto ao destinatário, a entrega da NF-e autorizada bem como do novo DANFE impresso nos termos do inciso III, caso a geração saneadora da irregularidade da NF-e tenha promovido alguma alteração no DANFE.§ 9º O destinatário deverá manter em arquivo pelo prazo decadencial estabelecido pela legislação tributária junto à via mencionada no inciso I do §3º ou no inciso I do § 5º, a via do DANFE recebida nos termos do inciso IV do § 8º.§ 10. Se após decorrido o prazo limite previsto no § 7º, o destinatário não puder confirmar a existência da Autorização de Uso da NF-e correspondente, deverá comunicar imediatamente o fato à unidade fazendária do seu domicílio.§ 11. Na hipótese dos incisos II, III e IV do caput, as seguintes informações farão parte do arquivo da NF-e, devendo ser impressas no DANFE:I - o motivo da entrada em contingência;II - a data, hora com minutos e segundos do seu início.§ 12. Considera-se emitida a NF-e em contingência, tendo como condição resolutória a sua autorização de uso:I - na hipótese do inciso II do caput, no momento da regular recepção da DPEC pela Receita Federal do Brasil, conforme previsto na cláusula décima sétima - D;II - na hipótese dos incisos III e IV do caput, no momento da impressão do respectivo DANFE em contingência.§ 13. Para os Estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, na hipótese do § 5º-A da cláusula nona, havendo problemas técnicos de que trata o caput, o contribuinte poderá emitir, em no mínimo duas vias, o DANFE Simplificado em contingência, com a expressão "DANFE Simplificado em Contingência", dispensada a utilização de formulário de segurança, devendo ser observadas as destinações de cada via conforme o disposto nos incisos I e II do § 5º.§ 14. É vedada a reutilização, em contingência, de número de NF-e transmitida com tipo de emissão 'Normal'.§ 15. No caso da NF-e modelo 65 serão admitidas as seguintes alternativas de operação em contingência:I - a prevista no inciso I do caput;II - a critério da unidade federada:a) utilização de equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF ou Sistema Autenticador e Transmissor - SAT;b) contingência com geração prévia do documento fiscal eletrônico e autorização posterior, com prazo máximo de envio de até 24 horas, conforme definições constantes no "Manual de Orientação do Contribuinte.Cláusula décima primeira. A Em relação às NF-e que foram transmitidas antes da contingência e ficaram pendentes de retorno, o emitente deverá, após a cessação das falhas:I - Solicitar o cancelamento, nos termos da cláusula décima segunda, das NF-e que retornaram com Autorização de Uso e cujas operações não se efetivaram ou foram acobertadas por NF-e emitidas em contingência;II - Solicitar a inutilização, nos termos da cláusula décima quarta, da numeração das NF-e que não foram autorizadas nem denegadas.Cláusula décima primeira-B Revogada.Cláusula décima segunda. Em prazo não superior a vinte e quatro horas, contado do momento em que foi concedida a Autorização de Uso da NF-e, de que trata o inciso III da cláusula sétima, o emitente poderá solicitar o cancelamento da respectiva NF-e, desde que não tenha havido a circulação da mercadoria ou a prestação de serviço e observadas as normas constantes na cláusula décima terceira.

32

Page 33: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Parágrafo único. A critério de cada unidade federada, em casos excepcionais, poderá ser recepcionado o pedido de cancelamento de forma extemporânea.Cláusula décima terceira. O cancelamento de que trata a cláusula décima segunda será efetuado por meio do registro de evento correspondente.§ 1º O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá atender ao leiaute estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte'.§ 2º A transmissão do Pedido de Cancelamento de NF-e será efetivada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.§ 3º O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá ser assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICPBrasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital.§ 4º A transmissão poderá ser realizada por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária.§ 5º A cientificação do resultado do Pedido de Cancelamento de NF-e será feita mediante protocolo de que trata o § 2º disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, a "chave de acesso", o número da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela administração tributária e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.§ 6º A administração tributária da unidade federada do emitente deverá transmitir para as administrações tributárias e entidades previstas na cláusula oitava, os Cancelamentos de NF-e.Cláusula décima terceira-A. As informações relativas à data, à hora de saída e ao transporte, caso não constem do arquivo XML da NF-e transmitido nos termos da cláusula quinta e seu respectivo DANFE, deverão ser comunicadas através de Registro de Saída.§ 1º O Registro de Saída deverá atender ao leiaute estabelecido no "Manual de Orientação do Contribuinte".§ 2º A transmissão do Registro de Saída será efetivada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.§ 3º O Registro de Saída deverá ser assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital.§ 4º A transmissão poderá ser realizada por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária.§ 5º O Registro de Saída só será válido após a cientificação de seu resultado mediante o protocolo de que trata o § 2º, disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo a chave de acesso da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela administração tributária e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.§ 6º A administração tributária autorizadora deverá transmitir o Registro de Saída para as administrações tributárias e entidades previstas na cláusula oitava.§ 7º Caso as informações relativas à data e à hora de saída não constem do arquivo XML da NF-e nem seja transmitido o Registro de Saída no prazo estabelecido no "Manual de Orientação do Contribuinte" será considerada a data de emissão da NF-e como data de saída.Cláusula décima quarta. O contribuinte deverá solicitar, mediante Pedido de Inutilização de Número da NF-e, até o 10 (décimo) dia do mês subsequente, a inutilização de números de NF-e não utilizados, na eventualidade de quebra de sequência da numeração da NF-e.§ 1º O Pedido de Inutilização de Número da NF-e deverá ser assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital.§ 2º A transmissão do Pedido de Inutilização de Número da NF-e, será efetivada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.§ 3º A cientificação do resultado do Pedido de Inutilização de Número da NF-e será feita mediante protocolo de que trata o § 2º disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, os números das NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela administração tributária da unidade federada do emitente e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.

33

Page 34: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

4º A administração tributária da unidade federada do emitente deverá transmitir para a Receita Federal do Brasil as inutilizações de número de NF-e.Cláusula décima quarta-A. Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, de que trata a cláusula sétima, durante o prazo estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte' o emitente poderá sanar erros em campos específicos da NF-e, observado o disposto no §1º- A do art. 7º do Convênio SINIEF s/No- de 1970, por meio de Carta de Correção Eletrônica - CC-e, transmitida à Administração Tributária da unidade federada do emitente.1º A Carta de Correção Eletrônica - CC-e deverá atender ao leiaute estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte' e ser assinada pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital.§ 2º A transmissão da CC-e será efetivada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.§ 3º A cientificação da recepção da CC-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, a "chave de acesso", o número da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela administração tributária da unidade federada do contribuinte e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.§ 4º Havendo mais de uma CC-e para a mesma NF-e, o emitente deverá consolidar na última todas as informações anteriormente retificadas.§ 5º A administração tributária que recebeu a CC-e deverá transmití-la às administrações tributárias e entidades previstas na cláusula oitava.§ 6º O protocolo de que trata o § 3º não implica validação das informações contidas na CC-e.§ 7º A partir de 1º de julho de 2012 não poderá ser utilizada carta de correção em papel para sanar erros em campos específicos de NF-e.Cláusula décima quinta. Após a concessão de Autorização de Uso da NF-e, de que trata a cláusula sétima, a administração tributária da unidade federada do emitente disponibilizará consulta relativa à NF-e.§ 1º A consulta à NF-e será disponibilizada, em "site" na internet pelo prazo mínimo de 180 (cento e oitenta) dias.§ 2º Após o prazo previsto no § 1º, a consulta à NF-e poderá ser substituída pela prestação de informações parciais que identifiquem a NF-e (número, data de emissão, CNPJ do emitente e do destinatário, valor e sua situação), que ficarão disponíveis pelo prazo decadencial.§ 3º A consulta à NF-e, prevista no "caput", poderá ser efetuada pelo interessado, mediante informação da "chave de acesso" da NF-e.§ 4º A consulta prevista no "caput" poderá ser efetuada também, subsidiariamente, no ambiente nacional disponibilizado pela Receita Federal do Brasil.Cláusula décima quinta-A. A ocorrência relacionada com uma NF-e denomina-se "Evento da NF-e".§ 1º Os eventos relacionados a uma NF-e são:I - Cancelamento, conforme disposto na cláusula décima segunda;II - Carta de Correção Eletrônica, conforme disposto na cláusula décima quarta-A;III - Registro de Passagem Eletrônico, conforme disposto na cláusula décima sétima-C;IV - Ciência da Emissão, recebimento pelo destinatário ou pelo remetente de informações relativas à existência de NF-e em que esteja envolvido, quando ainda não existem elementos suficientes para apresentar uma manifestação conclusiva;V - Confirmação da Operação, manifestação do destinatário confirmando que a operação descrita na NF-e ocorreu;VI - Operação não Realizada, manifestação do destinatário declarando que a operação descrita na NF-e foi por ele solicitada, mas esta operação não se efetivou;VII - Desconhecimento da Operação, manifestação do destinatário declarando que a operação descrita da NF-e não foi por ele solicitada.VIII - Registro de Saída, conforme disposto na cláusula décima terceira-A;IX - Vistoria Suframa, homologação do ingresso da mercadoria na área incentivada mediante a autenticação do Protocolo de Internamento de Mercadoria Nacional - PIN-e;X - Internalização Suframa, confirmação do recebimento da mercadoria pelo destinatário por meio da Declaração de Ingresso - DI.XI - Declaração Prévia de Emissão em contingência, conforme disposto na cláusula décima sétima-D;XII - NF-e Referenciada em outra NF-e, registro que esta NF-e consta como referenciada em outra NF-e;

34

Page 35: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

XIII - NF-e Referenciada em CT-e, registro que esta NF-e consta em um Conhecimento Eletrônico de Transporte;XIV - NF-e Referenciada em MDF-e, registro que esta NFe consta em um Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais.XV - Manifestação do Fisco, registro realizado pela autoridade fiscal com referência ao conteúdo ou à situação da NF-e.§ 2º Os eventos serão registrados por:I - qualquer pessoa, física ou jurídica, envolvida ou relacionada com a operação descrita na NF-e, conforme leiaute, prazos e procedimentos estabelecidos no Manual de Orientação do Contribuinte;II - órgãos da Administração Pública direta ou indireta, conforme leiaute, prazos e procedimentos estabelecidos na documentação do Sistema da NF-e.§ 3º A administração tributária responsável pelo recebimento do registro do evento deverá transmiti-lo para o Ambiente Nacional da NF-e, a partir do qual será distribuído para os destinatários especificados na cláusula oitava.§ 4º Os eventos serão exibidos na consulta definida na cláusula décima quinta, conjuntamente com a NF-e a que se referem.Cláusula décima quinta-B. São obrigatórios os registros dos seguintes eventos:I - pelo emitente da NF-e:a) Carta de Correção Eletrônica de NF-e;b) Cancelamento de NF-e;II - pelo destinatário da NF-e, aqueles descritos nos incisos V, VI e VII do § 1º da cláusula décima quinta-A, conforme o disposto no Anexo II.Parágrafo único. A critério de cada unidade federada, poderá ser exigida a obrigatoriedade de registro prevista no inciso II do caput desta cláusula para outras hipóteses além das previstas no Anexo II.Cláusula décima sexta Revogada.Cláusula décima sétima Revogada.Cláusula décima sétima-A. Nas hipóteses de utilização de formulário de segurança para a impressão de DANFE previstas neste Ajuste:I - as características do formulário de segurança deverão atender ao disposto da cláusula segunda doconvênio ICMS 58/95;II - deverão ser observados os parágrafos 3º, 4º, 6º, 7º e 8º da cláusula quinta do Convênio ICMS 58/95, para a aquisição do formulário de segurança, dispensando-se a exigência da Autorização de Impressão de Documentos Fiscais - AIDF e a exigência de Regime Especial.III - não poderá ser impressa a expressão "Nota Fiscal", devendo, em seu lugar, constar a expressão "DANFE".§ 1º Fica vedada a utilização de formulário de segurança adquirido na forma desta cláusula para outra destinação que não a prevista no "caput".§ 2º O fabricante do formulário de segurança de que trata o "caput" deverá observar as disposições das cláusulas quarta e quinta doConvênio 58/95.§ 3º Até 30 de junho de 2010 a Administração Tributária das unidades federadas poderá autorizar o Pedido de Aquisição de Formulário de Segurança - PAFS - de que trata a cláusula quinta doConvênio ICMS 58/95, de 30 de junho de 1995, quando os formulários se destinarem à impressão de DANFE, sendo permitido aos contribuintes utilizarem os formulários autorizados até o final do estoque.Cláusula décima sétima-B. A administração tributária das unidades federadas autorizadoras de NF-e disponibilizarão, às empresas autorizadas à sua emissão, consulta eletrônica referente à situação cadastral dos contribuintes do ICMS de seu Estado, conforme padrão estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte'.Cláusula décima sétima-C. Toda NF-e que acobertar operação interestadual de mercadoria ou relativa ao comércio exterior estará sujeita ao registro de passagem eletrônico em sistema instituído por meio do Protocolo ICMS 10/03.Parágrafo único. Esses registros serão disponibilizados para a unidade federada de origem e destino das mercadorias bem como para a unidade federada de passagem que os requisitarem.Cláusula décima sétima-D. A Declaração Prévia de Emissão em Contingência - DPEC (NF-e) deverá ser gerada com base em leiaute estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte', observadas as seguintes formalidades:I - o arquivo digital da DPEC deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language);II - a transmissão do arquivo digital da DPEC deverá ser efetuada via Internet;

35

Page 36: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

III - a DPEC deverá ser assinada pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital.§ 1º O arquivo da DPEC conterá informações sobre NF-e e conterá, no mínimo:I - A identificação do emitente;II - Informações das NF-e emitidas, contendo, no mínimo, para cada NF-e:a) cave de Acesso;b) cPJ ou CPF do destinatário;c) uidade Federada de localização do destinatário;d) vlor da NF-e;e) vlor do ICMS;f) vlor do ICMS retido por substituição tributária.§ 2º Recebida a transmissão do arquivo da DPEC, a Receita Federal do Brasil analisará:I - o credenciamento do emitente para emissão de NF-e;II - a autoria da assinatura do arquivo digital da DPEC;III - a integridade do arquivo digital da DPEC;IV - a observância ao leiaute do arquivo estabelecido no 'Manual de Integração - Contribuinte';V - outras validações previstas no 'Manual de Integração - Contribuinte'.§ 3º Do resultado da análise, a Receita Federal do Brasil cientificará o emitente:I - da rejeição do arquivo da DPEC, em virtude de:a) falha na recepção ou no processamento do arquivo;b) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital;c) remetente não credenciado para emissão da NF-e;d) duplicidade de número da NF-e;e) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo da DPEC.II - da regular recepção do arquivo da DPEC.§ 4º A cientificação de que trata o § 3º será efetuada via internet, contendo o motivo da rejeição na hipótese do inciso I do 3º ou o arquivo da DPEC, número do recibo, data, hora e minuto da recepção, bem como assinatura digital da Receita Federal do Brasil, na hipótese do inciso II do § 3º.§ 5º Presumem-se emitidas as NF-e referidas na DPEC, quando de sua regular recepção pela Receita Federal do Brasil, observado o disposto no §1º da cláusula quarta.§ 6º A Receita Federal do Brasil disponibilizará acesso às Unidades Federadas e Superintendência da Zona Franca de Manaus aos arquivos da DPEC recebidas.§ 7º Em caso de rejeição do arquivo digital, o mesmo não será arquivado na Receita Federal do Brasil para consulta.§ 8º Alternativamente ao disposto nesta cláusula, a DPEC também poderá ser registrada como evento, conforme leiaute, prazos e procedimentos estabelecidos no Manual de Orientação do Contribuinte.Cláusula décima oitava. Aplicam-se à NF-e, no que couber, as normas do Convênio SINIEF S/Nº, de 15 de dezembro de 1970.§ 1º As NF-e canceladas, denegadas e os números inutilizados devem ser escriturados, sem valores monetários, de acordo com a legislação tributária vigente.§ 2º Nos casos em que o remetente esteja obrigado à emissão da NF-e, é vedada ao destinatário a aceitação de qualquer outro documento em sua substituição, exceto nos casos previstos na legislação estadual.§ 3º As NF-e que, nos termos do inciso II do § 3º da cláusula quarta, forem diferenciadas somente pelo ambiente de autorização deverão ser regularmente escrituradas nos termos da da legislação vigente, acrescentando-se informação explicando as razões para esta ocorrência.Cláusula décima nona. O disposto neste ajuste SINIEF aplica- se, a partir de 1º de abril de 2006, aos Estados do Amapá, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Roraima e ao Distrito Federal.Parágrafo único. O disposto na cláusula segunda deste Ajuste SINIEF aplica-se aos Estados do Amapá, Espírito Santo, Paraíba e Pernambuco e ao Distrito Federal a partir de 1º de janeiro de 2007.Cláusula vigésima. Este ajuste entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

36

Page 37: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

ANEXO ICÓDIGOS DE DETALHAMENTO DO REGIME E DA SITUAÇÃO

Códigos de Detalhamento do Regime e da SituaçãoTABELA A - Código de Regime Tributário - CRT1 - Simples Nacional2 - Simples Nacional - excesso de sublimite da receita bruta3 - Regime NormalNOTAS EXPLICATIVAS:O código 1 será preenchido pelo contribuinte quando for optante pelo Simples Nacional.O código 2 será preenchido pelo contribuinte optante pelo Simples Nacional mas que tiver ultrapassado o sublimite de receita bruta fixado pelo estado/DF e estiver impedido de recolher o ICMS/ISS por esse regime, conforme arts. 19 e 20 da LC 123/06.O código 3 será preenchido pelo contribuinte que não estiver na situação 1 ou 2.TABELA B - Código de Situação da Operação no Simples Nacional - CSOSN101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito- Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido no Simples Nacional e o valor do crédito correspondente.102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito- Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900.103 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta- Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional contemplados com isenção concedida para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar Nº 123, de 2006.201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária- Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária- Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária- Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional contemplados com isenção para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar Nº 123, de 2006, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.300 - Imune- Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional contempladas com imunidade do ICMS.400 - Não tributada pelo Simples Nacional- Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional não sujeitas à tributação pelo ICMS dentro do Simples Nacional.500 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação- Classificam-se neste código as operações sujeitas exclusivamente ao regime de substituição tributária na condição de substituído tributário ou no caso de antecipações.900 - Outros- Classificam-se neste código as demais operações que não se enquadrem nos códigos 101, 102, 103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500.NOTA EXPLICATIVA:O Código de Situação da Operação no Simples Nacional - CSOSN será usado na Nota Fiscal Eletrônica exclusivamente quando o Código de Regime Tributário - CRT for igual a "1", e substituirá os códigos da Tabela B -

37

Page 38: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Tributação pelo ICMS do Anexo Código de Situação Tributária - CST do Convênio s/No- de 15 de dezembro de 1970.

ANEXO II - OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO DE EVENTOSAlém do disposto nos demais incisos do caput da cláusula décima quinta-B, é obrigatório o registro, pelo destinatário, nos termos do Manual de Orientação do Contribuinte, das situações de que trata o inciso II, para toda a NF-e que exija o preenchimento do Grupo Detalhamento Específico de Combustíveis, nos casos de circulação de mercadoria destinada a:I - estabelecimentos distribuidores de combustíveis, a partir de 1º de março de 2013;II - postos de combustíveis e transportadores revendedores retalhistas, a partir de 1º de julho de 2013.

DOS PRAZOS PARA O REGISTRO DE EVENTOSO registro das situações de que trata este anexo deverá ser realizado nos seguintes prazos, contados da data de autorização de uso da NF-e:Em caso de operações internas:

Evento Inciso do § 1º da cláusula 15ª-A Dias

Confirmação da Operação V 20

Operação não Realizada VI 20

Desconhecimento da Operação VII 10

Em caso de operações interestaduais:

Evento Inciso do § 1º da cláusula 15ª-A Dias

Confirmação da Operação V 35

Operação não Realizada VI 35

Desconhecimento da Operação VII 15

Em caso de operações interestaduais destinadas a área incentivada:

Evento Inciso do § 1º da cláusula 15ª-A Dias

Confirmação da Operação V 70

Operação não Realizada VI 70

Desconhecimento da Operação VII 15

RESOLUÇÃO SEFAZ 118/2008Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) - Obrigatoriedade de

utilizaçãoA Resolução Sefaz nº 118/2008 dispôs sobre a obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) a partir de:

1) 1º de abril de 2008, aos contribuintes: a) fabricantes e distribuidores de cigarros; b) produtores, formuladores, importadores e distribuidores de combustíveis líquidos e transportadores revendedores retalhistas (TRR), assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

38

Page 39: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

2) 1º de setembro de 2008, aos contribuintes: a) fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas; b) fabricantes de cimento; c) fabricantes, distribuidores e comerciantes atacadistas de medicamentos alopáticos para uso humano; d) frigoríficos e atacadistas que promoverem as saídas de carnes frescas, refrigeradas ou congeladas das espécies bovinas, suínas, bufalinas e avícolas; e) fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes; f) fabricantes de refrigerantes; g) agentes que assumem o papel de fornecedores de energia elétrica, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE; h) fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos, relaminados, trefilados e perfilados de aço; i) fabricantes de ferro-gusa.

Referido ato, dentre outros assuntos, dispôs ainda sobre: a) a inutilização do estoque remanescente de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, até a data de início da obrigatoriedade de emissão de NF-e, devendo ser feita anotação no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO), modelo 6; b) as hipóteses em que não se aplica a obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e; c) a obrigatoriedade de uso do Sistema Eletrônico de Processamento de Dados (SEPD) para emissão da NF-e; d) a transmissão do arquivo digital; e) o credenciamento para emissão do documento eletrônico; f) a assinatura digital; g) os procedimentos a serem observados nos casos de contingência; h) a consulta à NF-e.

Art. 1º. Ficam obrigados à utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), os contribuintes:

I - fabricantes de cigarros;

II - distribuidores ou atacadistas de cigarros;

III - produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

IV - distribuidores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

V - Transportadores Revendedores Retalhistas (TRR), assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

VI - fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas;

VII - fabricantes de cimento;

VIII - fabricantes, distribuidores e comerciantes atacadistas de medicamentos alopáticos para uso humano;

IX - frigoríficos e atacadistas que promoverem as saídas de carnes frescas, refrigeradas ou congeladas das espécies bovinas, suínas, bufalinas e avícolas;

X - fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes;

XI - fabricantes de refrigerantes;

XII - agentes que, no Ambiente de Contratação Livre (ACL), vendam energia elétrica a consumidor final;

XIII - fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos, relaminados, trefilados e perfilados, de aço;

XIV - fabricantes de ferro-gusa.

XV - importadores de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas;

XVI - fabricantes e importadores de baterias e acumuladores para veículos automotores;

XVII - fabricantes de pneumáticos e de câmaras-de-ar;

XVIII - fabricantes e importadores de autopeças;

XIX - produtores, formuladores, importadores e distribuidores de solventes derivados de petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

XX - comerciantes atacadistas a granel de solventes derivados de petróleo;

XXI - produtores, importadores e distribuidores de lubrificantes e graxas derivados de petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

XXII - comerciantes atacadistas a granel de lubrificantes e graxas derivados de petróleo;

XXIII - produtores, importadores, distribuidores a granel, engarrafadores e revendedores atacadistas a granel de álcool para outros fins;

Dispõe sobre a obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) prevista no Ajuste SINIEF 07/05, e dá outras providências.

39

Page 40: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

XXIV - produtores, importadores e distribuidores de GLP - gás liquefeito de petróleo ou de GLGN - gás liquefeito de gás natural, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

XXV - produtores, importadores e distribuidores de GNV - gás natural veicular, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

XXVI - atacadistas de produtos siderúrgicos e ferro gusa;

XXVII - fabricantes de alumínio, laminados e ligas de alumínio;

XXVIII - fabricantes de vasilhames de vidro, garrafas PET e latas para bebidas alcoólicas e refrigerantes;

XXIX - fabricantes e importadores de tintas, vernizes, esmaltes e lacas;

XXX - fabricantes e importadores de resinas termoplásticas;

XXXI - distribuidores, atacadistas ou importadores de bebidas alcoólicas, inclusive cervejas e chopes;

XXXII - distribuidores, atacadistas ou importadores de refrigerantes;

XXXIII - fabricantes, distribuidores, atacadistas ou importadores de extrato e xarope utilizados na fabricação de refrigerantes;

XXXIV - atacadistas de bebidas com atividade de fracionamento e acondicionamento associada;

XXXV - atacadistas de fumo;

XXXVI - fabricantes de cigarrilhas e charutos;

XXXVII - fabricantes e importadores de filtros para cigarros;

XXXVIII - fabricantes e importadores de outros produtos do fumo, exceto cigarros, cigarrilhas e charutos;

XXXIX - processadores industriais do fumo.

XL - fabricantes de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;

XLI - fabricantes de produtos de limpeza e de polimento;

XLII - fabricantes de sabões e detergentes sintéticos;

XLIII - fabricantes de alimentos para animais;

XLIV - fabricantes de papel;

XLV - fabricantes de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado para uso comercial e de escritório;

XLVI - fabricantes e importadores de componentes eletrônicos;

XLVII - fabricantes e importadores de equipamentos de informática e de periféricos para equipamentos de informática;

XLVIII - fabricantes e importadores de equipamentos transmissores de comunicação, peças e acessórios;

XLIX - fabricantes e importadores de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo;

L - estabelecimentos que realizem reprodução de vídeo em qualquer suporte;

LI - estabelecimentos que realizem reprodução de som em qualquer suporte;

LII - fabricantes e importadores de mídias virgens, magnéticas e ópticas;

LIII - fabricantes e importadores de aparelhos telefônicos e de outros equipamentos de comunicação, peças e acessórios;

LIV - fabricantes de aparelhos eletromédicos e eletroterapeuticos e equipamentos de irradiação;

LV - fabricantes e importadores de pilhas, baterias e acumuladores elétricos, exceto para veículos automotores;

LVI - fabricantes e importadores de material elétrico para instalações em circuito de consumo;

LVII - fabricantes e importadores de fios, cabos e condutores elétricos isolados;

LVIII - fabricantes e importadores de material elétrico e eletrônico para veículos automotores, exceto baterias;

LIX - fabricantes e importadores de fogões, refrigeradores e maquinas de lavar e secar para uso doméstico, peças e acessórios;

LX - estabelecimentos que realizem moagem de trigo e fabricação de derivados de trigo;

LXI - atacadistas de café em grão;

LXII - atacadistas de café torrado, moído e solúvel;

LXIII - produtores de café torrado e moído, aromatizado;

40

Page 41: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

LXIV - fabricantes de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho;

LXV - fabricantes de defensivos agrícolas;

LXVI - fabricantes de adubos e fertilizantes;

LXVII - fabricantes de medicamentos homeopáticos para uso humano;

LXVIII - fabricantes de medicamentos fitoterápicos para uso humano;

LXIX - fabricantes de medicamentos para uso veterinário;

LXX - fabricantes de produtos farmoquímicos;

LXXI - atacadistas e importadores de malte para fabricação de bebidas alcoólicas;

LXXII - fabricantes e atacadistas de laticínios;

LXXIII - fabricantes de artefatos de material plástico para usos industriais;

LXXIV - fabricantes de tubos de aço sem costura;

LXXV - fabricantes de tubos de aço com costura;

LXXVI - fabricantes e atacadistas de tubos e conexões em PVC e cobre;

LXXVII - fabricantes de artefatos estampados de metal;

LXXVIII - fabricantes de produtos de trefilados de metal, exceto padronizados;

LXXIX - fabricantes de cronômetros e relógios;

LXXX - fabricantes de equipamentos e instrumentos ópticos, peças e acessórios;

LXXXI - fabricantes de equipamentos de transmissão ou de rolamentos, para fins industriais;

LXXXII- fabricantes de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas, peças e acessórios;

LXXXIII- fabricantes de aparelhos e equipamentos de ar condicionado para uso não-industrial;

LXXXIV - serrarias com desdobramento de madeira;

LXXXV - fabricantes de artefatos de joalheria e ourivesaria;

LXXXVI - fabricantes de tratores, peças e acessórios, exceto agrícolas;

LXXXVII - fabricantes e atacadistas de pães, biscoitos e bolacha;

LXXXVIII- fabricantes e atacadistas de vidros planos e de segurança;

LXXXIX - atacadistas de mercadoria em geral, com predominância de produtos alimentícios;

XC - concessionários de veículos novos;

XCI - fabricantes e importadores de pisos e revestimentos cerâmicos;

XCII - tecelagem de fios de fibras têxteis;

XCIII - preparação e fiação de fibras têxteis.

§ 1º A obrigatoriedade de que trata este artigo aplica-se:

I - a partir de 1º de abril de 2008, relativamente aos incisos I a V, nas operações de vendas internas e interestaduais, excluídas as vendas com gasolina de aviação (GAV) e querosene de aviação (QAV);

II - a partir de 1º de junho de 2008, relativamente aos incisos I a V, para as demais operações, inclusive as vendas com gasolina de aviação (GAV) e querosene de aviação (QAV);

III - a partir de 1º de dezembro de 2008, relativamente aos incisos VI a XIV;

IV - a partir de 1º de abril de 2009, relativamente aos incisos XV a XXXIX

V - a partir de 1º de setembro de 2009, relativamente aos incisos XL a XCIII.

§ 2º A obrigatoriedade a que se refere o § 1º deste artigo se aplica às operações efetuadas em todos os estabelecimentos dos contribuintes referidos neste artigo, que estejam localizados neste Estado, ficando vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelos mesmos, observado o disposto no § 6º deste artigo.

§ 3º O contribuinte deverá inutilizar o estoque remanescente de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, até a data de início da obrigatoriedade de emissão de NF-e, devendo ser feita anotação no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO), modelo 6.

§ 4º Nos casos em que o remetente esteja obrigado à emissão da NF-e, é vedada ao destinatário a aceitação de qualquer outro documento em sua substituição, exceto nos casos previstos na legislação estadual.

41

Page 42: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 5º Será considerado inidôneo, para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, o documento que for emitido ou recebido em desacordo com esta Resolução, conforme o disposto nos incisos II e III doartigo 24 do Livro VI do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 27.427, de 17 de novembro de 2000 (RICMS/00).

§ 6º A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, em substituição a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, prevista no caput deste artigo não se aplica:

I - ao estabelecimento do contribuinte que não pratique, nem tenha praticado as atividades previstas no caput deste artigo há pelo menos 12 (doze) meses, ainda que a atividade seja realizada em outros estabelecimentos do mesmo titular;

II - nas operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercadorias remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à remessa e ao retorno sejam NF-e;

III - nas hipóteses dos incisos II, XXXI e XXXII do caput deste artigo, às operações praticadas por contribuinte que tenha como atividade preponderante o comércio atacadista, desde que o valor das operações com cigarros ou bebida não tenha ultrapassado 5% (cinco por cento) do valor total das saídas do exercício anterior;

IV - na hipótese do item X do caput deste artigo, ao fabricante de aguardente (cachaça) e vinho que aufira receita bruta, no exercício anterior, inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil) reais;

V - na entrada de sucata de metal, com peso inferior a 200 Kg (duzentos quilogramas), adquirida de particulares, inclusive catadores, desde que, ao fim do dia, seja emitida NF-e englobando o total das entradas ocorridas.

§ 7º A obrigatoriedade da emissão de NF-e pelos importadores mencionados nos incisos do caput deste artigo, que não se enquadrem em outra hipótese de obrigatoriedade, ficará restrita a operação de importação.

§ 8º O contribuinte que esteja obrigado a emitir NF-e exclusivamente por força do disposto no § 7º deste artigo fica desobrigado de manter em arquivo digital as NF-e, podendo alternativamente, manter, em arquivo, os DANFE relativos às operações com NF-e, devendo ser apresentados à fiscalização, quando solicitado.

§ 9º O inciso III do § 6º deste artigo produzirá efeitos até o dia 31/03/2009.

Art. 2º. Os contribuintes que utilizarem a NF-e ficam obrigados ao uso do Sistema Eletrônico de Processamento de Dados (SEPD) previsto noConvênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, e naResolução SER nº 205, de 06 de setembro de 2005, para emissão da NF-e, modelo 55, devendo observar o seguinte:

I - se usuário de SEPD, solicitar o pedido de alteração de uso;

II - se não usuário de SEPD, solicitar o pedido de uso.

Parágrafo Único - Os contribuintes enquadrados exclusivamente no disposto no § 7º do art. 1º desta Resolução ficam desobrigados do previsto no caput deste artigo.

Art. 3º. A transmissão do arquivo digital da NF-e deverá ser efetuada via Internet, com protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou do software disponibilizado pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ) no seguinte endereço eletrônico: http://nfe.fazenda.rj.gov.br.

Art. 4º. A relação contendo os contribuintes credenciados para utilização das NF-e e a data a partir da qual poderão emiti-las constará no seguinte endereço eletrônico da SEFAZ: http://nfe.fazenda.rj.gov.br.

§ 1º Os contribuintes que exerçam as atividades descritas no artigo 1º desta Resolução serão credenciados, de ofício, por ato expedido pelo Subsecretário-Adjunto de Fiscalização.

§ 2º Os contribuintes que exerçam as atividades descritas no artigo 1º desta Resolução e não estejam incluídos na relação, deverão:

I - promover a atualização dos seus dados cadastrais; e

II - requerer o seu credenciamento.

§ 3º Os contribuintes que não exerçam as atividades descritas no artigo 1º desta Resolução e estejam incluídos na relação, deverão:

I - promover a atualização dos seus dados cadastrais;

II - requerer o seu descredenciamento na repartição fiscal que esteja vinculado, que atestará esta condição; e

III - o requerimento descrito no inciso II deste parágrafo somente se aplica àqueles que não desejarem utilizar NF-e.

§ 4º Os contribuintes que não exerçam as atividades descritas no artigo 1º poderão requerer seu credenciamento voluntariamente.

Art. 5º. Até a data em que esteja obrigado a emitir NF-e, o estabelecimento credenciado a utilizar NF-e deverá emiti-la, preferencialmente, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

42

Page 43: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 6º. Somente será credenciado o estabelecimento que esteja com sua situação cadastral de habilitado.

§ 1º No caso do estabelecimento não estar na condição de habilitado este será imediatamente descredenciado.

§ 2º O contribuinte a que se refere o § 1º deste artigo deverá, se for o caso, solicitar novo credenciamento desde que sanadas as causas que determinaram o seu descredenciamento.

Art. 7º. O credenciamento voluntário deverá ser feito por meio do formulário "SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO" disponível no seguinte endereço eletrônico da SEFAZ: http://nfe.fazenda.rj.gov.br.

Art. 8º. O credenciamento efetuado nos termos desta Resolução poderá ser alterado, cassado ou revogado, a qualquer tempo, no interesse da Administração Tributária, pelo Subsecretário-Adjunto de Fiscalização.

Art. 9º. Os contribuintes credenciados ou não, que utilizem ou não o software disponibilizado pela Secretaria de Estado de Fazenda, poderão efetuar testes mediante o preenchimento do formulário "SOLICITAÇÃO DE ACESSO AO AMBIENTE DE TESTES" disponível no seguinte endereço eletrônico da SEFAZ: http://nfe.fazenda.rj.gov.br.

Art. 10. Os requerimentos referidos nos artigos 7º e 9º desta Resolução deverão conter assinatura digital, certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, com o CNPJ do estabelecimento emitente ou da matriz.

Art. 11. Relativamente ao formulário de segurança usado para a impressão do Documento Auxiliar da NF-e (DANFE), quando a respectiva NF-e for emitida em contingência decorrente de problemas técnicos, serão observadas:

I - a dispensa da exigência de:

a) Autorização para Impressão de Documentos Fiscais - AIDF; e

b) regime especial;

II - a proibição da utilização do formulário adquirido com a dispensa dos requisitos previstos no inciso I deste artigo em outra destinação.

Parágrafo único. Os formulários de segurança de que trata este artigo deverão atender às demais disposições previstas na legislação tributária.

Art. 12. Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, poderá ser feita consulta a NF-e, na Internet, mediante informação de sua chave de acesso:

I - no seguinte endereço eletrônico da SEFAZ: http://nfe.fazenda.rj.gov.br; e

II - no seguinte endereço eletrônico da Secretaria da Receita Federal do Brasil: www.nfe.fazenda.gov.br.

Art. 13. Fica o Subsecretário-Adjunto de Fiscalização autorizado a baixar os atos que se fizerem necessários para aplicação do disposto nesta Resolução, bem como a resolver os casos omissos.

Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2008

RESOLUÇÃO SEFAZ nº 266 DE 23.12.2009

Foi divulgada a relação de contribuintes obrigados à utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), a partir das datas indicadas no Anexo à Resolução nº 266/2009, devendo o contribuinte adotar a menor data especificada na hipótese em que possuir mais de um CNAE. Referida Resolução determinou, dentre outros assuntos, que a obrigatoriedade aplica-se a todas as operações efetuadas em todos os estabelecimentos dos contribuintes enquadrados, devendo o contribuinte inutilizar o estoque remanescente de formulários destinados a emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, até a data de início da obrigatoriedade de emissão de NF-e; bem como sobre a necessidade de o contribuinte se utilizar de Sistema Eletrônico de Processamento de Dados (SEPD) para a emissão da NF-e .Dentre os setores abrangidos na relação de contribuinte obrigados ao uso da NF-e, destacamos os seguintes: a) de agronegócio; b) alimentício; c) automotivo; d) de bebidas; e) de construção civil; f)

43

Page 44: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

de energia elétrica; g) farmacêutico; h) de fumo; i) de cosméticos e higiene; j) de petróleo; k) de telecomunicações; l) têxtil; m) siderúrgico; n) de informática.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso das atribuições que lhe confere oart. 48 da Lei nº 2.657, de 26 de dezembro de 1996, e tendo em vista oAjuste SINIEF 7/05, de 30 de dezembro de 2005, oProtocolo ICMS 42, de 03 de julho de 2009, e o que consta no Processo nº E-04/013.952/2009,

RESOLVE:

Art. 1º. Ficam obrigados à utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), os contribuintes enquadrados nos códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE descritos no Anexo Único, a partir das datas nele indicadas.

§ 1º O contribuinte deverá adotar a menor data especificada dentre as CNAE que possuir.

§ 2º Para fins do disposto neste artigo, deve-se considerar o código da CNAE principal do contribuinte, bem como os secundários, conforme conste ou, por exercer a atividade, deva constar em seus atos constitutivos ou em seus cadastros, junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da Receita Federal do Brasil (RFB) e no Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro - CADERJ.

§ 3º Caso o contribuinte exerça alguma atividade relacionada noProtocolo ICMS nº 10/2007, ainda que esta conste do Anexo Único desta Resolução, está obrigado à emissão de NF-e desde a data estabelecida noProtocolo ICMS nº 10/2007.

§ 4º A obrigatoriedade aplica-se a todas as operações efetuadas em todos os estabelecimentos dos contribuintes referidos neste artigo, que estejam localizados neste Estado, ficando vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelos mesmos, observado o disposto no § 8º deste artigo.

§ 5º O contribuinte deverá inutilizar o estoque remanescente de formulários destinados a emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, até a data de início da obrigatoriedade de emissão de NF-e, ressalvadas as hipóteses de obrigatoriedade parcial da NF-e, devendo ser feita anotação no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO), modelo 6.

§ 6º Nos casos em que o remetente esteja obrigado à emissão da NF-e, é vedada ao destinatário a aceitação de qualquer outro documento em sua substituição, exceto nos casos previstos na legislação estadual.

§ 7º Será considerado inidôneo, para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, o documento que for emitido ou recebido em desacordo com esta Resolução, conforme o disposto nos incisos II e III doart. 24 do Livro VIdo Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto nº 27.427, de 17 de novembro de 2000(RICMS/00).

§ 8º A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, em substituição a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, prevista no caput deste artigo não se aplica:

I - nas operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercadorias remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à remessa e ao retorno sejam NF-e;

II - ao fabricante de aguardente (cachaça) e vinho, enquadrado nos códigos das CNAE 1111-9/01, 1111-9/02 ou 1112-7/00, que tenha auferido receita bruta, no exercício anterior, inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).

III - na entrada de sucata de metal, com peso inferior a 200 kg (duzentos quilogramas), adquirida de particulares, inclusive catadores, desde que, ao fim do dia, seja emitida NF-e englobando o total das entradas ocorridas.

IV - Revogado.

V - até 30 de junho de 2011, as disposições do §4º deste artigo não se aplicam ao estabelecimento do contribuinte que não esteja enquadrado em qualquer dos códigos da CNAE constantes da relação do Anexo Único, observado o disposto no § 2º deste artigo;

VI - nas operações internas, para acobertar o trânsito de mercadoria, em caso de operação de coleta em que o remetente esteja dispensado da emissão de documento fiscal, desde que o documento fiscal relativo à efetiva entrada seja NF-e e referencie as respectivas Notas Fiscais modelo 1 ou 1-A emitidas no momento da coleta.

Dispõe sobre a obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) prevista no Ajuste Sinief 07/05, e dá outras providências.

44

Page 45: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 9º Os prazos de início da obrigatoriedade previstos no Anexo Único desta Resolução, para os códigos de Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE a seguir relacionados, somente se aplicam aos contribuintes que tenham a sua atividade principal enquadrada nos mesmos.

CNAE Descrição CNAE

6110801 Serviços de telefonia fixa comutada - STFC

6110802 Serviços de redes de transporte de telecomunicações - SRTT

6110803 Serviços de comunicação multimídia - SCM

6110899 Serviços de telecomunicações por fio não especificados anteriormente

6120501 Telefonia móvel celular

6120502 Serviço móvel especializado - SME

6120599 Serviços de telecomunicações sem fio não especificados anteriormente

6130200 Telecomunicações por satélite

6141800 Operadoras de televisão por assinatura por cabo

6142600 Operadoras de televisão por assinatura por microondas

6143400 Operadoras de televisão por assinatura por satélite

6190601 Provedores de acesso as redes de comunicações

6190602 Provedores de voz sobre protocolo internet - VOIP

6190699 Outras atividades de telecomunicações não especificadas anteriormente

4647802 Comércio atacadista de livros, jornais e outras publicações

1811301 Impressão de jornais

1811302 Impressão de livros, revistas e outras publicações periódicas

4618403 Representantes comerciais e agentes do comércio de jornais, revistas e outras publicações

4618499 Outros representantes comerciais e agentes do comércio de jornais, revistas e outras publicações

5310501 Atividades do correio nacional

5310502 Atividades de franqueadas e permissionárias do correio nacional.

Art. 2º. Ficam obrigados a emitir Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, a partir de 1º de dezembro de 2010, os contribuintes que, independentemente da atividade econômica exercida, realizem operações:

I - destinadas à Administração Pública direta ou indireta, inclusive empresa pública e sociedade de economia mista, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II - com destinatário localizado em unidade da Federação diferente daquela do emitente;

III - de comércio exterior.

§ 1º Caso o estabelecimento do contribuinte não se enquadre em nenhuma outra hipótese de obrigatoriedade de emissão da NF-e:

I - a obrigatoriedade expressa no "caput" ficará restrita às hipóteses de seus incisos I, II e III;

II - a hipótese do inciso II do "caput" não se aplica ao estabelecimento de contribuinte exclusivamente varejista, nas operações com os seguintes CFOP:

6.201 - Devolução de compra para industrialização ou produção rural;

6.202 - Devolução de compra para comercialização;

6.208 - Devolução de mercadoria recebida em transferência para industrialização ou produção rural;

6.209 - Devolução de mercadoria recebida em transferência para comercialização;

6.210 - Devolução de compra para utilização na prestação de serviço;

45

Page 46: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

6.410 - Devolução de compra para industrialização ou produção rural em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária;

6.411 - Devolução de compra para comercialização em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária;

6.412 - Devolução de bem do ativo imobilizado, em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária;

6.413 - Devolução de mercadoria destinada ao uso ou consumo, em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária;

6.503 - Devolução de mercadoria recebida com fim específico de exportação;

6.553 - Devolução de compra de bem para o ativo imobilizado;

6.555 - Devolução de bem do ativo imobilizado de terceiro, recebido para uso no estabelecimento;

6.556 - Devolução de compra de material de uso ou consumo;

6.661 - Devolução de compra de combustível ou lubrificante adquirido para comercialização;

6.903 - Retorno de mercadoria recebida para industrialização e não aplicada no referido processo;

6.910 - Remessa em bonificação, doação ou brinde;

6.911 - Remessa de amostra grátis;

6.912 - Remessa de mercadoria ou bem para demonstração;

6.913 - Retorno de mercadoria ou bem recebido para demonstração.

6.914 - Remessa de mercadoria ou bem para exposição ou feira;

6.915 - Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo;

6.916 - Retorno de mercadoria ou bem recebido para conserto ou reparo;

6.918 - Devolução de mercadoria recebida em consignação mercantil ou industrial;

6.920 - Remessa de vasilhame ou sacaria;

6.921 - Devolução de vasilhame ou sacaria;

§ 2º O contribuinte que esteja enquadrado no inciso I do § 1º deste artigo fica desobrigado de manter em arquivo digital as NF-e, podendo alternativamente, manter, em arquivo, os respectivos DANFE, devendo ser apresentados à fiscalização, quando solicitado.

§ 3º Fica prorrogado para 1º de janeiro de 2012 o início da vigência da obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica - NFe, modelo 55, nas situações previstas nos incisos do caput, para os contribuintes que tenham sua atividade principal enquadrada nos seguintes códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas:

I - 5811-5/00 Edição de Livros;

II - 5812-3/00 Edição de Jornais;

III - 5813-1/00 Edição de Revistas;

IV - 5821-2/00 Edição Integrada a Impressão de Livros;

V - 5822-1/00 Edição Integrada a Impressão de Jornais;

VI - 5823-9/00 Edição Integrada a Impressão de Revistas.".

V - o Anexo Único da Resolução SEFAZ nº 266/2009 passa a vigorar com a redação constante desta Resolução.

Art. 3º. Os contribuintes que utilizarem a NF-e ficam obrigados ao uso do Sistema Eletrônico de Processamento de Dados (SEPD) previsto noConvênio ICMS nº 57/95, de 28 de junho de 1995, e naResolução SER nº 205, de 6 de setembro de 2005, para emissão da NF-e, modelo 55, devendo observar o seguinte:

I - se usuário de SEPD, solicitar o pedido de alteração de uso;

II - se não usuário de SEPD, solicitar o pedido de uso.

Parágrafo Único - Os contribuintes enquadrados exclusivamente no disposto do art. 2º desta Resolução ficam desobrigados do previsto no caput deste artigo.

Art. 4º. A transmissão do arquivo digital da NF-e deverá ser efetuada via Internet, com protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou do software disponibilizado pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ) no seguinte endereço eletrônico: http://nfe.fazenda.rj.gov.br.

Art. 5º. A relação contendo os contribuintes credenciados para utilização das NF-e e a data a partir da qual poderão emiti-las constará no seguinte endereço eletrônico da SEFAZ: http://nfe.fazenda.rj.gov.br.

46

Page 47: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 1º Os contribuintes enquadrados no art. 1º desta Resolução serão credenciados, de ofício, por ato expedido pelo Subsecretário Adjunto de Fiscalização.

§ 2º Os contribuintes enquadrados no art. 1º desta Resolução e que não estejam incluídos na relação, deverão:

I - promover a atualização dos seus dados cadastrais; e

II - requerer o seu credenciamento.

§ 3º Os contribuintes não enquadrados no art. 1º desta Resolução e que estejam incluídos na relação, deverão:

I - promover a atualização dos seus dados cadastrais;

II - requerer o seu descredenciamento na repartição fiscal que esteja vinculado, que atestará esta condição; e

III - o requerimento descrito no inciso II deste parágrafo somente se aplica àqueles que não desejarem utilizar NF-e.

§ 4º Os contribuintes não descritos no art. 1º poderão requerer seu credenciamento voluntariamente.

Art. 6º. Até a data em que esteja obrigado a emitir NF-e, o estabelecimento credenciado a utilizar NF-e deverá emiti-la, preferencialmente, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

Art. 7º. Somente será credenciado o estabelecimento que esteja com sua situação cadastral de habilitado.

§ 1º No caso do estabelecimento não estar na condição de habilitado este será imediatamente descredenciado.

§ 2º O contribuinte a que se refere o § 1º deste artigo deverá, se for o caso, solicitar novo credenciamento desde que sanadas as causas que determinaram o seu descredenciamento.

Art. 8º. O credenciamento voluntário deverá ser feito por meio do formulário "SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO" disponível no seguinte endereço eletrônico da SEFAZ: http://nfe.fazenda.rj.gov.br.

§ 1º O credenciamento é a permissão para que o estabelecimento utilize o ambiente de PRODUÇÃO, sem qualquer outra formalidade.

§ 2º A NF-e com Autorização de Uso no ambiente de produção tem validade jurídica e substitui a Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A.

Art. 9º. O credenciamento efetuado nos termos desta Resolução poderá ser alterado, cassado ou revogado, a qualquer tempo, no interesse da Administração Tributária, pelo Subsecretário Adjunto de Fiscalização.

Art. 10. Os contribuintes credenciados ou não, que utilizem ou não o software disponibilizado pela Secretaria de Estado de Fazenda, poderão efetuar testes mediante o preenchimento do formulário "SOLICITAÇÃO DE ACESSO AO AMBIENTE DE TESTES" disponível no seguinte endereço eletrônico da SEFAZ: http://nfe.fazenda.rj.gov.br.

Parágrafo Único - A NF-e com Autorização de Uso no ambiente de teste não tem validade jurídica e não substitui a Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A.

Art. 11. Os requerimentos referidos nos arts 8º e 10 desta Resolução deverão conter assinatura digital, certificada por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil, contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte

Art. 12. Relativamente ao Formulário de Segurança - Documento Auxiliar (FS-DA) usado para a impressão do Documento Auxiliar da NF-e (DANFE), serão observadas:

I - a dispensa da exigência de:

a) autorização para Impressão de Documentos Fiscais - AIDF; e

b) regime especial;

II - a proibição da utilização do formulário adquirido com a dispensa dos requisitos previstos no inciso I deste artigo em outra destinação.

Parágrafo Único - Os formulários de segurança de que trata este artigo deverão atender às demais disposições previstas na legislação tributária.

Art. 13. Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, poderá ser feita consulta a NF-e, na Internet, mediante informação de sua chave de acesso, nos seguintes endereços eletrônicos:

I - da SEFAZ: http://nfe.fazenda.rj.gov.br; e

II - da Secretaria da Receita Federal do Brasil: www.nfe.fazenda.gov.br.

Art. 14. O disposto nesta Resolução não se aplica:

I - ao Microempreendedor Individual - MEI, de que trata o artigo 18A da Lei Complementar Federal nº 123, 14 de dezembro de 2006;

II - às operações realizadas por produtor rural não inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.

47

Page 48: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 15. As disposições desta Resolução, sem prejuízo do disposto no § 3º do artigo 1º, se aplicam também aos contribuintes já obrigados à emissão da NF-e nos termos daResolução SEFAZ nº 118/08.

Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2009

AJUSTE SINIEF 02/2009ICMS - Escrituração Fiscal Digital - EFD - Regras

geraisPor meio do Ajuste SINIEF nº 2/2009 foram estabelecidas regras gerais sobre a Escrituração Fiscal Digital - EFD (SPED FISCAL). Dentre essas regras, destacam-se aquelas relativas: a) ao prazo de entrega do arquivo digital, que deverá ser efetuado até o quinto dia do mês subsequente ao encerramento do mês da apuração, podendo ser alterado pela administração tributária da unidade federada; b) à obrigatoriedade de entrega do arquivo digital no caso de fusão, incorporação ou cisão; c) às regras de retificação do arquivo digital; d) à previsão de dispensa de entrega dos arquivos estabelecidos no Convênio ICMS 57/95 (Sintegra).

CAPITULO IDA INSTITUIÇÃO DA EFD

Cláusula primeira. Fica instituída a Escrituração Fiscal Digital - EFD, para uso pelos contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS e/ou do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.§ 1º A Escrituração Fiscal Digital - EFD compõe-se da totalidade das informações, em meio digital, necessárias à apuração dos impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte, bem como outras de interesse das administrações tributárias das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB.§ 2º Para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica da EFD, as informações a que se refere o § 1º serão prestadas em arquivo digital com assinatura digital do contribuinte ou seu representante legal, certificada por entidade credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.§ 3º O contribuinte deverá utilizar a EFD para efetuar a escrituração do:I - Livro Registro de Entradas;II - Livro Registro de Saídas;III - Livro Registro de Inventário;IV - Livro Registro de Apuração do IPI;V - Livro Registro de Apuração do ICMS;VI - documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP .Cláusula segunda. Fica vedada ao contribuinte obrigado à EFD a escrituração dos livros e do documento mencionados no § 3º da cláusula primeira em discordância com o disposto neste ajuste.

CAPÍTULO IIDA OBRIGATORIEDADE

Cláusula terceira. A EFD será obrigatória, a partir de 1º de janeiro de 2009, para todos os contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS e/ou do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.§ 1º Mediante celebração de Protocolo ICMS, as administrações tributárias das unidades federadas e da RFB poderão:I - dispensar a obrigatoriedade de que trata o caput para alguns contribuintes, conjunto de contribuintes ou setores econômicos; ouII - indicar os contribuintes obrigados à EFD, tornando a utilização facultativa aos demais.§ 2º O contribuinte que não esteja obrigado à EFD poderá optar por utilizá-la, de forma irretratável, mediante requerimento dirigido às administrações tributárias das unidades federadas.

Dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital - EFD.

48

Page 49: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 3º A dispensa concedida nos termos do § 1º poderá ser revogada a qualquer tempo por ato administrativo da unidade federada em que o estabelecimento estiver inscrito.§ 4º No caso de fusão, incorporação ou cisão, a obrigatoriedade de que trata o caput se estende à empresa incorporadora, cindida ou resultante da cisão ou fusão.§ 5º A escrituração do documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP, será obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2011.§ 6º A obrigatoriedade estabelecida no caput desta cláusula aplica-se a todos os estabelecimentos do contribuinte situados no âmbito da unidade federada.

CAPÍTULO IIIDA PRESTAÇÃO E DA GUARDA DE INFORMAÇÕES

Cláusula quarta. O arquivo digital da EFD será gerado pelo contribuinte de acordo com as especificações do leiaute definido em Ato COTEPE e conterá a totalidade das informações econômico-fiscais e contábeis correspondentes ao período compreendido entre o primeiro e o último dia do mês.§ 1º Para efeito do disposto no caput, considera-se totalidade das informações:I - as relativas às entradas e saídas de mercadorias bem como aos serviços prestados e tomados, incluindo a descrição dos itens de mercadorias, produtos e serviços;II - as relativas a quantidade, descrição e valores de mercadorias, matérias-primas, produtos intermediários, materiais de embalagem, produtos manufaturados e produtos em fabricação, em posse ou pertencentes ao estabelecimento do contribuinte declarante, ou fora do estabelecimento e em poder de terceiros;III - qualquer informação que repercuta no inventário físico e contábil, na apuração, no pagamento ou na cobrança de tributos de competência dos entes conveniados ou outras de interesse das administrações tributárias.§ 2º Qualquer situação de exceção na tributação do ICMS ou IPI, tais como isenção, imunidade, não-incidência, diferimento ou suspensão do recolhimento, também deverá ser informada no arquivo digital, indicando-se o respectivo dispositivo legal.§ 3º As informações deverão ser prestadas sob o enfoque do declarante.Cláusula quinta. Compete à administração tributária da unidade federada a atribuição de perfil a estabelecimento localizado em seu território, para que este elabore o arquivo digital de acordo com o leiaute correspondente, definido em Ato COTEPE.Parágrafo único. Quando a unidade federada não atribuir um perfil ao estabelecimento, o contribuinte deverá obedecer ao leiaute relativo ao perfil "A".Cláusula sexta. O contribuinte que possuir mais de um estabelecimento, seja filial, sucursal, agência, depósito, fábrica ou outro qualquer, deverá prestar as informações relativas à EFD em arquivo digital individualizado por estabelecimento, ainda que a apuração dos impostos ou a escrituração contábil seja efetuada de forma centralizada.§ 1º O disposto no caput não se aplica aos estabelecimentos localizados na mesma unidade federada quando houver disposição em Convênio, Protocolo ou Ajuste que preveja inscrição centralizada.§ 2º A administração tributária das unidades federadas poderá criar outras exceções mediante Ato COTEPE ou regime especial.Cláusula sétima. O contribuinte deverá armazenar o arquivo digital da EFD previsto neste ajuste, observando os requisitos de segurança, autenticidade, integridade e validade jurídica, pelo mesmo prazo estabelecido pela legislação para a guarda dos documentos fiscais.Parágrafo único. A geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte da guarda dos documentos que deram origem às informações nele constantes, na forma e prazos estabelecidos pela legislação aplicável.

CAPÍTULO IVDA GERAÇÃO E ENVIO DO ARQUIVO DIGITAL DA EFD

Cláusula oitava. O leiaute do arquivo digital da EFD definido em Ato COTEPE será estruturado por dados organizados em blocos e detalhados por registros, de forma a identificar perfeitamente a totalidade das informações a que se refere o § 1º da cláusula quarta deste ajuste.Parágrafo único. Os registros a que se refere o caput constituem-se da gravação, em meio digital, das informações contidas nos documentos emitidos ou recebidos, a qualquer título em meio físico ou digital, além de classificações e ajustes efetuados pelo próprio contribuinte e de outras informações de interesse fiscal.Cláusula nona. Para fins do disposto neste ajuste aplicam-se as seguintes tabelas e códigos:I - Tabela de Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM/SH;

49

Page 50: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

II - Tabela de Municípios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;III - Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP constante do anexo aoConvênio SINIEF S/Nº de 1970;IV - Código de Situação Tributária - CST constante do anexo aoConvênio SINIEF S/Nº de 1970;V - outras tabelas e códigos que venham a ser estabelecidos pelas administrações tributárias das unidades federadas e da RFB.§ 1º As administrações tributárias das unidades federadas divulgarão, por legislação própria, as tabelas de ajustes do lançamento e apuração do imposto elaboradas de acordo com as regras estabelecidas em Ato COTEPE.§ 2º Na hipótese da não divulgação das tabelas mencionadas no § 1º, serão adotadas as tabelas publicadas em Ato COTEPE.Cláusula décima. O arquivo digital da EFD gerado pelo contribuinte deverá ser submetido à validação de consistência de leiaute efetuada pelo software denominado Programa de Validação e Assinatura da Escrituração Fiscal Digital - PVA-EFD que será disponibilizado na internet nos sítios das administrações tributárias das unidades federadas e da RFB.§ 1º O PVA-EFD também deverá ser utilizado para a assinatura digital e o envio do arquivo por meio da internet.§ 2º Considera-se validação de consistência de leiaute do arquivo:I - a consonância da estrutura lógica do arquivo gerado pelo contribuinte com as orientações e especificações técnicas do leiaute do arquivo digital da EFD definidas em Ato COTEPE;II - a consistência aritmética e lógica das informações prestadas.§ 3º O procedimento de validação e assinatura deverá ser efetuado antes do envio do arquivo ao ambiente nacional do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED.§ 4º Fica vedada a geração e entrega do arquivo digital da EFD em meio ou forma diversa da prevista nesta cláusula.Cláusula décima primeira. O arquivo digital da EFD será enviado na forma prevista no § 1º da cláusula décima, e sua recepção será precedida no mínimo das seguintes verificações:I - dos dados cadastrais do declarante;II - da autoria, autenticidade e validade da assinatura digital;III - da integridade do arquivo;IV - da existência de arquivo já recepcionado para o mesmo período de referência;V - da versão do PVA-EFD e tabelas utilizadas.§ 1º Efetuadas as verificações previstas no caput, será automaticamente expedida pela administração tributária, por meio do PVA-EFD, comunicação ao respectivo declarante quanto à ocorrência de um dos seguintes eventos:I - falha ou recusa na recepção, hipótese em que a causa será informada;II - regular recepção do arquivo, hipótese em que será emitido recibo de entrega, nos termos do § 1º da cláusula décima quinta.§ 2º Consideram-se escriturados os livros e o documento de que trata o § 3º da cláusula primeira no momento em que for emitido o recibo de entrega.§ 3º A recepção do arquivo digital da EFD não implicará no reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações prestadas, nem na homologação da apuração do imposto efetuada pelo contribuinte.Cláusula décima segunda. O arquivo digital da EFD deverá ser enviado até o quinto dia do mês subsequente ao encerramento do mês da apuração.Parágrafo único. A administração tributária da unidade federada poderá alterar o prazo previsto no caput.Cláusula décima terceira. O contribuinte poderá retificar a EFD:I - até o prazo de que trata a cláusula décima segunda, independentemente de autorização da administração tributária;II - até o último dia do terceiro mês subsequente ao encerramento do mês da apuração, independentemente de autorização da administração tributária, com observância do disposto nos §§ 6º e 7º;III - após o prazo de que trata o inciso II desta cláusula, mediante autorização da Secretaria de Fazenda, Receita, Finanças ou Tributação do seu domicílio fiscal quando se tratar de ICMS, ou pela RFB quando se tratar de IPI, nos casos em que houver prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no preenchimento da escrituração, quando evidenciada a impossibilidade ou a inconveniência de saneá-la por meio de lançamentos corretivos.§ 1º A retificação de que trata esta cláusula será efetuada mediante envio de outro arquivo para substituição integral do arquivo digital da EFD regularmente recebido pela administração tributária.

50

Page 51: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 2º A geração e envio do arquivo digital para retificação da EFD deverá observar o disposto nas cláusulas oitava a décima primeira deste ajuste, com indicação da finalidade do arquivo.§ 3º Não será permitido o envio de arquivo digital complementar.§ 4º O disposto nos incisos II e III desta cláusula não se aplica quando a apresentação do arquivo de retificação for decorrente de notificação do fisco.§ 5º A autorização para a retificação da EFD não implicará o reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações prestadas, nem a homologação da apuração do imposto efetuada pelo contribuinte.§ 6º O disposto no inciso II do caput não caracteriza dilação do prazo de entrega de que trata a cláusula décima segunda.§ 7º Não produzirá efeitos a retificação de EFD:I - de período de apuração que tenha sido submetido ou esteja sob ação fiscal;II - cujo débito constante da EFD objeto da retificação tenha sido enviado para inscrição em Dívida Ativa, nos casos em que importe alteração desse débito;III - transmitida em desacordo com as disposições desta cláusula.Cláusula décima quarta. Para fins do cumprimento das obrigações a que se referem este ajuste, o contribuinte deverá entregar o arquivo digital da EFD de cada período apenas uma única vez, salvo a entrega com finalidade de retificação de que trata a cláusula décima terceira.

CAPÍTULO VDA RECEPÇÃO E RETRANSMISSÃO DOS DADOS PELA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

Cláusula décima quinta. A recepção do arquivo digital da EFD será centralizada no ambiente nacional do SPED, administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.§ 1º Observado o disposto na cláusula décima primeira, será gerado recibo de entrega com número de identificação somente após o aceite do arquivo transmitido.§ 2º Os arquivos recebidos no ambiente nacional do SPED serão imediatamente retransmitidos à unidade federada na qual está inscrito o estabelecimento do contribuinte declarante.§ 3º Observados os padrões fixados para o ambiente nacional do SPED, em especial quanto à validação, disponibilidade permanente, segurança e redundância, faculta-se às unidades federadas recepcionar o arquivo digital da EFD diretamente em suas bases de dados, com imediata retransmissão ao ambiente nacional do SPED.§ 4º O uso da faculdade prevista no § 3º não poderá prejudicar a geração do recibo de entrega do arquivo digital da EFD pela unidade federada, conforme disposto no § 1º.Cláusula décima sexta. Fica assegurado o compartilhamento entre os usuários do SPED das informações relativas às operações e prestações interestaduais e à apuração de substituição tributária interestadual contidas na EFD, independentemente do local de recepção dos arquivos.§ 1º O ambiente nacional do SPED será responsável pela geração e envio às unidades federadas de novos arquivos digitais contendo as informações de que trata o caput.§ 2º Para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do arquivo de que trata o § 1º, este será assinado digitalmente pelo remetente.Cláusula décima sétima. O ambiente nacional SPED administrará a recepção geral dos arquivos digitais da EFD ainda que estes tenham sido retransmitidos das bases de dados das administrações tributárias optantes pela faculdade prevista no § 3º da cláusula décima quinta.

CAPÍTULO VIDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Cláusula décima oitava. A administração tributária que já utiliza sistema informatizado de escrituração fiscal próprio poderá continuar exigindo as informações de seus contribuintes, nos termos de sua legislação.§ 1º A administração tributária que se enquadrar na hipótese prevista no caput deverá incorporar as informações do Leiaute Fiscal de Processamento de Dados - LFPD, instituído peloAto COTEPE/ICMS 35/05, que suplementem as já exigidas de seus contribuintes em sua legislação.§ 2º Em relação aos contribuintes localizados no Estado de Pernambuco, o ingresso fica condicionado à implementação no sistema dos documentos e livros fiscais, guias de informação e declarações apresentadas em meio digital, nos termos da respectiva legislação, relativa aos impostos de sua competência.Cláusula décima nona. Não se aplica à EFD o Manual de Orientação do Leiaute Fiscal de Processamento de Dados, instituído peloAto COTEPE/ICMS 35/05, para a geração, o armazenamento e o envio de arquivos em meio digital.

51

Page 52: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Cláusula vigésima. A administração tributária de cada unidade federada divulgará a data a partir da qual o contribuinte obrigado à EFD será dispensado de entregar os arquivos estabelecidos noConvênio ICMS 57/95.

CAPÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Cláusula vigésima primeira. A administração tributária das unidades federadas poderá dispensar o contribuinte obrigado à EFD da entrega do documento de informação e apuração do imposto previsto noartigo 80 do Convênio S/Nº, de 15 de dezembro de 1970.Cláusula vigésima segunda. Aplicam-se à EFD, no que couber:I - as normas doConvênio SINIEF S/Nº, de 15 de dezembro de 1970;II - a legislação tributária nacional e de cada unidade federada, inclusive no que se refere à aplicação de penalidades por infrações.III - as normas doAjuste SINIEF 8/97, de 18 de dezembro de 1997.§ 1º Não se aplicam aos contribuintes obrigados à EFD os seguintes dispositivos doConvênio SINIEF S/Nº, de 15 de dezembro de 1970:I - os incisos I, II, III, IV, IX, X e XI, doart. 63;II - § 1º doart. 63e osarts. 64,65,67,68e §§ 6º, 7º e 8º doart. 70 do Convênio S/N de 1970, relativamente aos livros e documento de que trata o § 3º da cláusula primeira§ 2º Revogado.Cláusula vigésima terceira. Este ajuste entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, revogadas as disposições em contrário.

RESOLUÇÃO SEFAZ 242/2009EFD - Obrigatoriedade - Relação de atividades

A Resolução nº 242/2009 dispôs sobre a obrigatoriedade da utilização da Escrituração Fiscal Digital - EFD, pelos contribuintes que exerçam as atividades relacionadas, a partir de 1º.05, 1º.07 ou 1º.09.2010, conforme o caso, excluídas apenas as empresas optantes pelo Simples Nacional, com faturamento anual inferior a R$ 120.000,00.Dentre as atividades relacionadas, destacamos a abrangência aos seguintes setores: a) de combustíveis; b) de energia elétrica; c) de telecomunicações; d) de bebidas; e) farmacêutico; f) automotivo; g) alimentício; h) de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal; i) agroindustrial; j) metalúrgico; k) de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo; e) têxtil. 

Dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização da Escrituração Fiscal Digital (EFD) prevista no Convênio ICMS 143/06, e dá outras providências.

52

Page 53: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 1º. Os contribuintes que exerçam as atividades relacionadas nos Anexos I, II, III desta Resolução, excetuados os optantes pelo Simples Nacional, ficam obrigados à Escrituração Fiscal Digital - EFD dos livros Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventário e Registro de Apuração do ICMS (RAICMS), a partir das seguintes datas:I - 1º de maio de 2010, os que exerçam as atividades listadas no Anexo I desta Resolução;II - 1º de julho de 2010, os que exerçam as atividades listadas no Anexo II desta Resolução;III - 1º de setembro de 2010, os que exerçam as atividades listadas no Anexo III desta Resolução.§ 1º A obrigatoriedade de que trata este artigo se aplica a todos os estabelecimentos dos contribuintes localizados neste Estado que estejam em situação cadastral de habilitado ou de paralisado, excetuando-se a unidade auxiliar com função de escritório administrativo, assim considerado o estabelecimento que exerça exclusivamente funções de gestão gerencial e administrativa, não desenvolvendo atividade econômica de produção ou de venda de bens ou serviços.§ 2º A Escrituração Fiscal Digital - EFD compõe-se da totalidade das informações econômico-fiscais, em meio digital, necessárias à apuração dos impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte, bem como outras de interesse da administração tributária.§ 3º Para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica da EFD, as informações a que se refere o § 2º deste artigo serão prestadas em arquivo digital com assinatura digital do contribuinte ou seu representante legal, certificada por entidade credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).§ 4º Fica vedada ao contribuinte obrigado à EFD a escrituração dos livros Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventário e Registro de Apuração do ICMS e do documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP de forma diversa, observado o disposto no § 5º deste artigo.§ 5º O contribuinte deverá utilizar a EFD para efetuar a escrituração do documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP, a partir de 1º de janeiro de 2011.§ 6º Na hipótese de o contribuinte não ter escriturado o CIAP no período de janeiro de 2011 até a data de publicação desta Resolução, fica concedido prazo de 90 dias para envio de EFD retificadora.§ 7º As empresas que exerçam as atividades relacionadas nos Anexos I, II e III desta Resolução e que possuam faturamento anual inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) ficam obrigadas à Escrituração Fiscal Digital (EFD) a partir de 1º de janeiro de 2013.Art. 2º. Fica facultada aos demais contribuintes localizados neste Estado, incluindo a unidade auxiliar com função de escritório administrativo, a solicitação, a qualquer momento, da adesão voluntária à EFD, em caráter irretratável, mediante processo endereçado à Coordenação de Gestão de Projetos da Superintendência de Planejamento, Avaliação e Modernização (COGESP/SUPLAM).Art. 3º. Para a geração do arquivo digital relativo à EFD, o contribuinte deverá adotar o leiaute correspondente ao perfil "A", conforme estabelecido noAto COTEPE 09/2008.§ 1º Os contribuintes anteriormente enquadrados como perfil "B", em conformidade com o Anexo XVII doProtocolo ICMS nº 77/2008, deverão se adequar ao perfil "A" a partir de 1º de março de 2010.§ 2º O perfil especificado no caput poderá ser alterado a critério da Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ, mediante prévia notificação ao contribuinte.Art. 4º. Os contribuintes interessados em solicitar ressarcimento de imposto retido por substituição tributária, mesmo os que sejam emissores de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), devem preencher os Registros C170 e C176, relativamente às Notas Fiscais de saída que embasarão o pedido de ressarcimento.Art. 5º. O arquivo digital da EFD deverá ser enviado até o 15º (décimo quinto) dia do mês subsequente ao mês da apuração.Parágrafo único - Excepcionalmente, os arquivos da EFD referentes aos meses de janeiro a agosto/2009 poderão ser entregues até 30 de setembro de 2009, separados por período de apuração.Art. 6º. Na hipótese de retificação da EFD, o contribuinte poderá efetuar o envio de arquivo em substituição ao anteriormente remetido:I- dentro do prazo estabelecido no art. 5º desta Resolução, para a transmissão do arquivo digital;II- após o prazo estabelecido no art. 5º desta Resolução, desde que autorizado pela SEFAZ.Parágrafo Único - A substituição de arquivos entregues deverá ser feita na sua íntegra, não se aceitando arquivos complementares para o mesmo período de apuração.Art. 7º. A falta de apresentação da EFD ou sua entrega após o prazo estabelecido, bem como a indicação de dados incorretos ou omissão de informações, sujeitará o contribuinte às penalidades previstas:

53

Page 54: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

I - no inciso XX doart. 59 da Lei nº 2.657/96, relativamente a cada arquivo da EFD não entregue ou apresentada após o prazo;II - no § 9º doart. 59 da Lei nº 2.657/96, no caso do inciso I, se inexistirem operações ou prestações no período; eIII - no inciso XXXIII doart. 59 da Lei nº 2.657/96, pela indicação de dados incorretos ou omissão de informações.§ 1º De acordo com o disposto no § 1º doart. 54 da Lei nº 2.657/96, o imposto declarado e não pago pelo contribuinte no prazo regulamentar é exigível, independentemente de qualquer outro procedimento, e será inscrito em Dívida Ativa no prazo de 10 (dez) dias do vencimento.§ 2º Consoante disposto no § 3º doart. 54 da Lei nº 2.657/96, a inscrição estadual do contribuinte será cancelada de ofício caso, depois de intimado e autuado por 5 (cinco) vezes consecutivas, persistir na omissão de entrega dos arquivos da EFD.§ 3º A aplicação das penalidades e sanções de que trata este artigo não exime o contribuinte infrator de apresentar o arquivo cabível, no prazo determinado pelo Fiscal de Rendas autuante ou, na ausência de determinação expressa nesse sentido, em até 10 (dez) dias da ciência da autuação.Art. 8º. O contribuinte manterá os arquivos relativos à Escrituração Fiscal Digital (EFD) pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda de documentos fiscais.Art. 9º.A recepção do arquivo digital da EFD não implicará o reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações prestadas, nem a homologação da apuração do imposto efetuada pelo contribuinte, estando sujeito à auditoria posterior.Art. 10. Aplicar-se-ão, no que couberem, as normas relativas à escrituração de livros fiscais em geral, previstas no RICMS/00.Art. 11. Fica o Subsecretário-Adjunto de Fiscalização autorizado a:I - promover, por ato próprio, quando necessário, alterações nos anexos desta Resolução;II - baixar os atos que se fizerem necessários para aplicação do disposto nesta Resolução, bem como a resolver os casos omissos.Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 23 de outubro de 2009

ANEXO I

CNAEF Descrição do CNAEF

910600 ATIVIDADES DE APOIO À EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

1921700 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DO REFINO DE PETRÓLEO

1922502 RERREFINO DE ÓLEOS LUBRIFICANTES

1922599 FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS DERIVADOS DO PETRÓLEO, EXCETO PRODUTOS DO REFINO

1931400 FABRICAÇÃO DE ÁLCOOL

1932200 FABRICAÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS, EXCETO ÁLCOOL

3511501 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

3512300 TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

3513100 COMÉRCIO ATACADISTA DE ENERGIA ELÉTRICA

3514000 DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

3520401 PRODUÇÃO DE GÁS; PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL

3520402 DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS GASOSOS POR REDES URBANAS

4711301 COMÉRCIO VAREJISTA DE MERCADORIAS EM GERAL, COM PREDOMINÂNCIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS -HIPERMERCADOS

4711302 COMÉRCIO VAREJISTA DE MERCADORIAS EM GERAL, COM PREDOMINÂNCIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS -SUPERMERCADOS

4731800 COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES

4732600 COMÉRCIO VAREJISTA DE LUBRIFICANTES

4784900 COMÉRCIO VAREJISTA DE GÁS LIQÜEFEITO DE PETRÓLEO (GLP)

6110801 SERVIÇOS DE TELEFONIA FIXA COMUTADA -STFC

6110802 SERVIÇOS DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES - SRTT

6110803 SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA - SCM

6110899 SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES POR FIO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

6120501 TELEFONIA MÓVEL CELULAR

6120502 SERVIÇO MÓVEL ESPECIALIZADO - SME

6120599 SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES SEM FIO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

54

Page 55: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

6130200 TELECOMUNICAÇÕES POR SATÉLITE

6141800 OPERADORAS DE TELEVISÃO POR ASSINATURA POR CABO

6142600 OPERADORAS DE TELEVISÃO POR ASSINATURA POR MICROONDAS

6143400 OPERADORAS DE TELEVISÃO POR ASSINATURA POR SATÉLITE

6190601 PROVEDORES DE ACESSO ÀS REDES DE COMUNICAÇÕES

6190699 OUTRAS ATIVIDADES DE TELECOMUNICAÇÕES NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE

ANEXO II

CNAEF Descrição do CNAEF

1111902 FABRICAÇÃO DE OUTRAS AGUARDENTES E BEBIDAS DESTILADAS

1113502 FABRICAÇÃO DE CERVEJAS E CHOPES

1122401 FABRICAÇÃO DE REFRIGERANTES

1122403 FABRICAÇÃO DE REFRESCOS, XAROPES E PÓS PARA REFRESCOS, EXCETO REFRESCOS DE FRUTAS

2121101 FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS PARA USO HUMANO

2121102 FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS PARA USO HUMANO

2122000 FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA USO VETERINÁRIO

2910701 FABRICAÇÃO DE AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS

2910702 FABRICAÇÃO DE CHASSIS COM MOTOR PARA AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS

2930103 FABRICAÇÃO DE CABINES, CARROCERIAS E REBOQUES PARA OUTROS VEÍCULOS AUTOMOTORES, EXCETO CAMINHÕES E ÔNIBUS

3250705 FABRICAÇÃO DE MATERIAIS PARA MEDICINA E ODONTOLOGIA

4511101 COMÉRCIO A VAREJO DE AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS NOVOS

4511102 COMÉRCIO A VAREJO DE AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS USADOS

4511103 COMÉRCIO POR ATACADO DE AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS NOVOS E USADOS

4512901 REPRESENTANTES COMERCIAIS E AGENTES DO COMÉRCIO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

4512902 COMÉRCIO SOB CONSIGNAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

4617600 REPRESENTANTES COMERCIAIS E AGENTES DO COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS, BEBIDAS E FUMO

4618401 REPRESENTANTES COMERCIAIS E AGENTES DO COMÉRCIO DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E PRODUTOS DE PERFUMARIA

4635402 COMÉRCIO ATACADISTA DE CERVEJA, CHOPE E REFRIGERANTE

4635403 COMÉRCIO ATACADISTA DE BEBIDAS COM ATIVIDADE DE FRACIONAMENTO E ACONDICIONAMENTO ASSOCIADA

4635499 COMÉRCIO ATACADISTA DE BEBIDAS NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE

4644301 COMÉRCIO ATACADISTA DE MEDICAMENTOS E DROGAS DE USO HUMANO

4644302 COMÉRCIO ATACADISTA DE MEDICAMENTOS E DROGAS DE USO VETERINÁRIO

4723700 COMÉRCIO VAREJISTA DE BEBIDAS

4771701 COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS, SEM MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS

4771702 COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS, COM MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS

4771703 COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS HOMEOPÁTICOS

4771704 COMÉRCIO VAREJISTA DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS

4772500 COMÉRCIO VAREJISTA DE COSMÉTICOS, PRODUTOS DE PERFUMARIA E DE HIGIENE PESSOAL

5611202 BARES E OUTROS ESTABELECIMENTOS ESPECIALIZADOS EM SERVIR BEBIDAS

ANEXO III

CNAEF Descrição do CNAEF

1011201 FRIGORÍFICO - ABATE DE BOVINOS

1012101 ABATE DE AVES

1012103 FRIGORÍFICO - ABATE DE SUÍNOS

2411300 PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA

2421100 PRODUÇÃO DE SEMI-ACABADOS DE AÇO

2422901 PRODUÇÃO DE LAMINADOS PLANOS DE AÇO AO CARBONO, REVESTIDOS OU NÃO

2423702 PRODUÇÃO DE LAMINADOS LONGOS DE AÇO, EXCETO TUBOS

2424502 PRODUÇÃO DE RELAMINADOS, TREFILADOS E PERFILADOS DE AÇO, EXCETO ARAMES

2431800 PRODUÇÃO DE TUBOS DE AÇO COM COSTURA

55

Page 56: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

2439300 PRODUÇÃO DE OUTROS TUBOS DE FERRO E AÇO

2441501 PRODUÇÃO DE ALUMÍNIO E SUAS LIGAS EM FORMAS PRIMÁRIAS

2441502 PRODUÇÃO DE LAMINADOS DE ALUMÍNIO

2442300 METALURGIA DOS METAIS PRECIOSOS

2449103 PRODUÇÃO DE SOLDAS E ÂNODOS PARA GALVANOPLASTIA

2449199 METALURGIA DE OUTROS METAIS NÃO-FERROSOS E SUAS LIGAS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

2451200 FUNDIÇÃO DE FERRO E AÇO

2452100 FUNDIÇÃO DE METAIS NÃO-FERROSOS E SUAS LIGAS

4633802 COMÉRCIO ATACADISTA DE AVES VIVAS E OVOS

4649410 COMÉRCIO ATACADISTA DE JÓIAS, RELÓGIOS E BIJUTERIAS, INCLUSIVE PEDRAS PRECIOSAS E SEMIPRECIOSAS LAPIDADAS

4712100 COMÉRCIO VAREJISTA DE MERCADORIAS EM GERAL, COM PREDOMINÂNCIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS -MINIMERCADOS, MERCEARIAS E ARMAZÉNS

4713001 LOJAS DE DEPARTAMENTOS OU MAGAZINES

4713002 LOJAS DE VARIEDADES, EXCETO LOJAS DE DEPARTAMENTOS OU MAGAZINES

4713003 LOJAS DUTY FREE DE AEROPORTOS INTERNACIONAIS

4722901 COMÉRCIO VAREJISTA DE CARNES - AÇOUGUES

4729699 COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS EM GERAL OU ESPECIALIZADO EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

4751201 COMÉRCIO VAREJISTA ESPECIALIZADO DE EQUIPAMENTOS E SUPRIMENTOS DE INFORMÁTICA

4752100 COMÉRCIO VAREJISTA ESPECIALIZADO DE EQUIPAMENTOS DE TELEFONIA E COMUNICAÇÃO

4753900 COMÉRCIO VAREJISTA ESPECIALIZADO DE ELETRODOMÉSTICOS E EQUIPAMENTOS DE ÁUDIO E VÍDEO

4755503 COMERCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE CAMA, MESA E BANHO

4759899 COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS ARTIGOS DE USO DOMÉSTICO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

4783101 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE JOALHERIA

4783102 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE RELOJOARIA

.

LEI COMPLEMENTAR 123/06SUMÁRIO

CAPÍTULO IDisposições Preliminares Arts. 1º e 2º

CAPÍTULO IIDa Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte Art. 3º

CAPÍTULO IIIDa Inscrição e Da Baixa Arts. 4º a 11

CAPÍTULO IV - DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕESSeção I - Da Instituição e Abrangência Arts. 12 a 16Seção II - Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional Art. 17Seção III - Das Alíquotas e Base de Cálculo Arts. 18 a 20Seção IV - Do Recolhimento dos Tributos Devidos Art. 21Seção V - Do Repasse do Produto da Arrecadação Art. 22Seção VI - Dos Créditos Arts. 23 e 24Seção VII - Das Obrigações Fiscais Acessórias Arts. 25 a 27Seção VIII - Da Exclusão do Simples Nacional Arts. 28 a 32Seção IX - Da Fiscalização Art. 33Seção X - Da Omissão de Receita Art. 34Seção XI - Dos Acréscimos Legais Arts. 35 a 38Seção XII - Do Processo Administrativo Fiscal Arts. 39 e 40Seção XIII - Do Processo Judicial Art. 41

CAPÍTULO V - DO ACESSO AOS MERCADOS

56

Page 57: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Seção única - Das Aquisições Públicas Arts. 42 a 49CAPÍTULO VI - DA SIMPLIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO

Seção I - Da Segurança e da Medicina do Trabalho Art. 50Seção II - Das Obrigações Trabalhistas Arts. 51 a 53Seção III - Do Acesso à Justiça do Trabalho Art. 54

CAPÍTULO VII - DA FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA - Art. 55Seção Única - Da Fiscalização Orçamentária Art. 55

CAPÍTULO VIII - DO ASSOCIATIVISMOSeção Única - Do Consórcio Simples Art. 56

CAPÍTULO IX - DO ESTÍMULO AO CRÉDITO E À CAPITALIZAÇÃOSeção I - Disposições Gerais Arts. 57 a 61Seção II - Das Responsabilidades do Banco Central do Brasil Art. 62Seção III - Das Condições de Acesso aos Depósitos Especiais do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT

Art. 63

CAPÍTULO X - DO ESTÍMULO À INOVAÇÃOSeção I - Disposições Gerais Art. 64Seção II - Do Apoio à Inovação Arts. 65 a 67

CAPÍTULO XI - DAS REGRAS CIVIS E EMPRESARIAISSeção I - Das Regras CivisSubseção I - Do Pequeno EmpresárioSubseção II (vetado)

Art. 68Art. 69

Seção II - Das Deliberações Sociais e da Estrutura Organizacional Arts. 70 e 71Seção III - Do Nome Empresarial Art. 72Seção IV - Do Protesto de Títulos Art. 73

CAPÍTULO XII - DO ACESSO À JUSTIÇASeção I - Do Acesso aos Juizados Especiais Art. 74Seção II - Da Conciliação Prévia, Mediação e Arbitragem Art. 75

CAPÍTULO XIIIDo Apoio e da Representação Art. 76

CAPÍTULO XIVDisposições Finais e Transitórias Arts. 77 a 89

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

57

Objetivos

Apuração e recolhimento dos impostos e contribuições

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações

acessórias;

Cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias;

Acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos

Poderes Públicos, à tecnologia, ao

associativismo e às regras de inclusão.

O tratamento diferenciado e favorecido para ME e EPP será gerido por três instâncias:

Comitê Gestor do Simples Nacionalvinculado ao Ministério da Fazenda, composto por 4 representantes da

Secretaria da Receita Federal do Brasil, como representantes da União, 2 dos

Estados e do DF e 2 dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários, presidido

por representantes da União

Fórum Permanente das ME e EPP

com a participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas

ao setor, para tratar dos demais aspectos, ressalvado as atribuições do Comitê para

Gestão da Rede Nacional;

Comitê para Gestão da Rede Nacionalpara a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,

composto por representantes da União, dos Estados e do Distrito Federal, dos Municípios e demais órgãos de apoio e de registro empresarial, para tratar do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas,

presidido por representante da União.

Page 58: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

CAPÍTULO IIDA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Ano-calendário com receita bruta igual ou inferior a

R$ 360.000,00Microempresa

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, os limites serão proporcionais ao número de meses em que a microempresa ou

a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive

as frações de meses.

Ano-calendário receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual

ou inferior a R$ 3.600.000,00

Empresa de pequeno porte

OBS1. Cabe ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) apreciar a necessidade de revisão dos limites, a partir de 1o de janeiro de 2015.2. Para fins de enquadramento como empresa de pequeno porte, poderão ser auferidas receitas no mercado interno até o limite de R$ 3.600.000,00, e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias, inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei Complementar, desde que as receitas de exportação também não excedam o limite de R$ 3.600.000,00. Neste caso, para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração considerando a receita bruta total da empresa nos mercados interno e externo.

Os Estados poderão optar pela aplicação de sublimite para efeito de recolhimento do ICMS na forma do Simples Nacional em seus respectivos territórios, da seguinte forma:Os Estados cuja participação no PIB brasileiro seja de até 1% poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual até 35%, ou até 50%, ou até 70% do limite de R$ 3.600.000,00;

Os Estados cuja participação no PIB brasileiro seja de mais de 1% e de menos de 5% poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual até 50% ou até 70% do limite de R$ 3.600.000,00.

Os Estados cuja participação no PIB brasileiro seja igual ou superior a 5% ficam obrigados a adotar todas as faixas de receita bruta anual.A opção feita na forma do art. 19 desta Lei Complementar pelos Estados importará adoção do mesmo limite de receita bruta anual para efeito de recolhimento na forma do ISS dos Municípios nele localizados, bem como para o do ISS devido no Distrito Federal.

VEDAÇÕESNão poderá ser ME ou EPP, nem optar pelo Simples Nacional para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

1. de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 2. que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;

58

Page 59: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

3. de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa inscrita como ME ou EPP, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00;

4. cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00;

5. que participe do capital de outra pessoa jurídica; 6. que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de

sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;

7. resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;

8. constituída sob a forma de sociedade por ações. 9. cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não inscrita

como ME ou EPP, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00; 10. constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

OBS: Nos itens 9 e 10, a proibição não se aplica à participação no capital de cooperativas de crédito, bem como em centrais de compras, bolsas de subcontratação, no consórcio para acesso a serviços especializados em segurança e medicina do trabalho, na sociedade de propósito específico de realizar negócios de compra e venda de bens, para os mercados nacional e internacional e em associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e empresas de pequeno porte.

MUDANÇA DE FAIXA

MOTIVO EFEITOSObservada a proporcionalidade se o início de atividade ocorrer no próprio ano-calendário, a microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual de microempresa (R$ 360.000,00), passa a empresa de pequeno porte.

A partir do ano-calendário seguinte.

Observada a proporcionalidade se o início de atividade ocorrer no próprio ano-calendário, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual de R$ 360.000,00, passará à condição de microempresa.

A partir do ano-calendário seguinte.

EXCLUSÃO

Hipótese Efeitos

1A microempresa ou empresa de pequeno porte incorre em alguma das situações previstas como vedações de enquadramento;

A partir do mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva.

2

A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual de R$ 3.600.000,00 fica excluída do regime diferenciado e favorecido para todos os efeitos legais.

No mês subsequente à ocorrência do excesso, salvo se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% do limite de R$ 3.600.000,00, hipótese na qual os efeitos da exclusão dar-se-ão no ano-calendário subsequente.

3 A microempresa e a empresa de pequeno porte que, no decurso do ano-calendário de início de atividade, ultrapassar o limite de R$ 300.000,00 multiplicados pelo

Com efeitos retroativos ao início de suas atividades, salvo se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20%

59

Page 60: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

número de meses de funcionamento nesse período (considerando inclusive as frações de meses) estarão excluídas do regime

do limite de R$ 300.000,00 multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período, hipótese na qual os efeitos da exclusão dar-se-ão no ano-calendário subsequente;

OBSNa hipótese de o Distrito Federal, os Estados e os respectivos Municípios adotarem um dos sublimites previstos nos arts. 19 e 20, caso a receita bruta auferida pela empresa durante o ano-calendário de início de atividade ultrapasse 1/12 do limite estabelecido multiplicado pelo número de meses de funcionamento nesse período, a empresa não poderá recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional, relativos ao estabelecimento localizado na unidade da federação que os houver adotado, com efeitos retroativos ao início de suas atividades, salvo se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% dos respectivos limites referidos naquele parágrafo, hipótese em que os efeitos do impedimento ocorrerão no ano-calendário subsequente.

CAPÍTULO IIIDA INSCRIÇÃO E DA BAIXA

a) Na elaboração de normas de sua competência, os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, deverão considerar a unicidade do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas, para tanto devendo articular as competências próprias com aquelas dos demais membros, e buscar, em conjunto, compatibilizar e integrar procedimentos, de modo a evitar a duplicidade de exigências e garantir a linearidade do processo, da perspectiva do usuário.b) O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão envolvido no registro empresarial e na abertura da empresa, dos 3 (três) âmbitos de governo, ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. c) Fica vedada a instituição de qualquer tipo de exigência de natureza documental ou formal, restritiva ou condicionante, pelos órgãos envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, que exceda o estrito limite dos requisitos pertinentes à essência do ato de registro, alteração ou baixa da empresa.

CAPÍTULO IVDOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES INCLUÍDOS NO SIMPLES NACIONAL

Seção I - Da Instituição e Abrangência

1

Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ, exceto nas seguintes hipóteses, para as quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:a) o relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável, hipótese na qual a incidência será definitiva;b) relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente; ec) relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas

2Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI não excluindo a incidência na importação e em outras situações previstas na legislação, devido pelo contribuinte ou responsável, em relação às quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL

4 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, exceto se incidente na importação de bens e serviços, quando será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

5 Contribuição para o PIS/PASEP, exceto se incidente na importação de bens e serviços, quando será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

6

Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica exceto nas seguintes hipóteses, para as quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:a) à construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos;b) serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; ec) serviço de vigilância, limpeza ou conservação.

7 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de

60

Page 61: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, exceto quando devido nas seguintes hipóteses, quando será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídica: a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária; b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou distrital vigente; c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização; d) por ocasião do desembaraço aduaneiro; e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal; f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal; g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal: 1. com encerramento da tributação;2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença entre a alíquota interna e a interestadual calculada tomando-se por base as alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional, sendo vedada a agregação de qualquer valor; h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual calculada tomando-se por base as alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional.

8

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS, exceto nas seguintes hipóteses, para as quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte; b) na importação de serviços;

OBS 1O recolhimento na forma do Simples Nacional também não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; b) Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; c) Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE; d) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; e) Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; f) Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador; g) Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual; h) demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados na Lei Complementar 123/06.

OBS 2As empresas optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo.

OBS 3Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

DA OPÇÃO E EFEITOS

OPÇÃO EFEITOSA opção deverá ser realizada até o último dia útil no mês de janeiro, na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor,sendo irretratável para todo o ano-calendário.

A partir do primeiro dia do ano-calendário da opção, ou, desde que exercida nos termos, prazo e condições a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor a partir da data do início de atividade.

Seção IIDas Vedações ao Ingresso no Simples Nacional

61

Page 62: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte:

1

que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

2 que tenha sócio domiciliado no exterior;

3de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;

4que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

5 que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;6 que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;7 que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;8 que exerça atividade de importação de combustíveis;

9

que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes;b) bebidas a seguir descritas:

1 - alcoólicas;2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado;4 - cervejas sem álcool.

10

que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios;

11 que realize cessão ou locação de mão-de-obra;12 que realize atividade de consultoria;13 que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;

13que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS;

14com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.

62

Page 63: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

As vedações não se aplicam às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às seguintes atividades, ou as exerçam em conjunto com outras atividades que não tenham sido objeto de vedação:a) creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres; b) agência terceirizada de correios; c) agência de viagem e turismo; d) centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; e) agência lotérica; f) serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais; g) transporte municipal de passageiros; e h) escritórios de serviços contábeis, observado o disposto nos §§ 22-B e 22-C deste artigo. i) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; j) serviço de vigilância, limpeza ou conservação. l) cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; m) academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; n) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; o) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; p) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; q) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; r) empresas montadoras de estandes para feiras; s) produção cultural e artística; t) produção cinematográfica e de artes cênicas; u) laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; v) serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; x) serviços de prótese em geral. z) prestação de serviços de comunicação e de transportes interestadual e intermunicipal de cargas;

Seção IIIDas Alíquotas e Base de Cálculo

O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte comercial, optante pelo Simples Nacional, será determinado mediante aplicação das tabelas do anexas desta Lei Complementar.

ESQUEMA PRÁTICO DE CÁLCULO DO VALOR DEVIDO

63

1. Apuração da receita bruta do mês para se obter a BASE DE CÁLCULO

A receita bruta poderá ser considerada pelo regime de competência, ou pelo regime de caixa (receita efetivamente recebida). Nesse caso, opção pelo regime de caixa é irretratável para todo o ano-calendário.

Page 64: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

ExemploEmpresa que iniciou suas atividades em agosto de 2010, tendo tido receitas decorrentes exclusivamente da revenda de mercadorias sem substituição tributária, e todas as vendas foram efetuadas no mercado interno (ou seja, sem exportação).

64

2. Segregação das receitas por tipo de atividade conforme art. 18, § 4º, e enquadramento das tabelas anexas à Resolução 51/2008

3. Verificação da faixa da receita bruta acumulada, para fins de verificação da ALÍQUOTA a ser utilizada no mês

- A alíquota a ser aplicada corresponde ao somatório dos percentuais dos tributos constantes das tabelas dos Anexos da Resolução CGSN nº 51 de 2008. - Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. - No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, o sujeito passivo utilizará, como receita bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração multiplicada por 12 (doze). Nesse caso, nos 11 (onze) meses posteriores ao do início de atividade, para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a média aritmética da receita bruta total dos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12 (doze). - Na hipótese de início de atividade em ano-calendário imediatamente anterior ao da opção pelo Simples Nacional, o sujeito passivo utilizará essa regra até alcançar 13 (treze) meses de atividade. - Na hipótese de a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração ser superior a R$ 3.600.000,00, e a receita bruta acumulada no ano-calendário ser igual ou inferior a esse limite, deverão ser adotadas as alíquotas correspondentes às últimas faixas de receita bruta das tabelas (Anexos I a V). - Se o valor da receita bruta auferida durante o ano-calendário ultrapassar o limite de R$ 300.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses do período de atividade, a parcela de receita que exceder o montante assim determinado estará sujeita às alíquotas máximas previstas nos Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente conforme o caso, acrescidas de 20% (vinte por cento).

4. BASE DE CÁLCULO X ALÍQUOTA = SIMPLES NACIONAL A PAGAR

OBSOs Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas respectivas competências, poderão estabelecer, na forma definida pelo Comitê Gestor, independentemente da receita bruta recebida no mês pelo contribuinte, valores fixos mensais para o recolhimento do ICMS e do ISS devido por microempresa que aufira receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 120.000,00, ficando a microempresa sujeita a esses valores durante todo o ano-calendário. Neste caso:a) os valores estabelecidos não poderão exceder a 50% do maior recolhimento possível do tributo para a faixa de enquadramento prevista no Anexo da LC 123.b) será realizada redução proporcional ou ajuste do valor a ser recolhido, na forma definida em resolução do Comitê Gestor.

Page 65: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Receitas auferidas: 2010Agosto - R$ 5.000,00 Setembro - R$ 7.000,00 Outubro - R$ 8.000,00 Novembro - R$ 10.000,00 Dezembro - R$ 10.000,002011Janeiro - R$ 10.000,00

Considerando que estamos calculando o Simples Nacional de janeiro de 2011, para encontrarmos a alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo de janeiro (R$ 10.000,00), devemos considerar as receitas de agosto a dezembro = R$ 40.000,00. Assim, encontrando a média aritmética, teremos 40.000/5 = 8.000. Basta então, multiplicar essa média por 12: 8.000X 12 = R$ 96.000,00 Ou seja, neste exemplo, consideraremos, para fins de verificação da alíquota, o valor de R$ R$ 96.000,00.

Considerando o disposto no tópico II.1, veremos que as receitas de nosso exemplo (revenda de mercadorias sem substituição tributária efetuadas no mercado interno), devem ser tributadas por meio Anexo I:

ANEXO IAlíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

Receita Bruta em 12 meses (em R$)

Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

Uma vez encontrada a tabela, e considerando o cálculo que fizemos acima, onde a receita bruta dos 12 últimos meses equivalerá a R$ 96.000,00, podemos afirmar que a alíquota a ser aplicada corresponde a 4% (primeira faixa da tabela acima). Considerando nosso exemplo, teremos: 1- base de cálculo - R$ 10.000,00 (receita bruta de janeiro/2010); 2- alíquota - 4%. Calculando o Simples Nacional a pagar: 10.000 X 4% = R$ 400,00.

Quadro com as regras aplicáveis ao Microempreendedor Individual - MEIProdução de efeitos: 1º de julho de 2009

Definição

65

Page 66: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

O Microempreendedor Individual - MEI que poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês.Considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista nesta lei Complementar.

Código CivilArt. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

No caso de início de atividades, o limite será de R$ 5.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

Forma de recolhimento- O MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês.- Na vigência da opção pela sistemática de recolhimento do simples nacional não se aplica a redução proporcional ou ajuste do valor a ser recolhido, na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito Federal concedam isenção ou redução do ICMS ou do ISS devido por microempresa ou empresa de pequeno porte, ou ainda determine recolhimento de valor fixo para esses tributos.

Valores a serem recolhidosO Microempreendedor Individual recolherá, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas: a) R$ 45,65, a título da Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual; b) R$ 1,00, a título do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, caso seja contribuinte do mesmo; e c) R$ 5,00, a título do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, caso seja contribuinte do mesmo;

Dispensa do pagamento dos seguintes tributos:1) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; 2) Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; 3) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; 4) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; 5) Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; 6) Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica.

Exigência dos seguintes tributosO recolhimento na forma do Simples Nacional também não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; b) Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; c) Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE; d) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; e) Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; f) Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador; g) Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual; h) demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados na Lei Complementar 123/06.

VedaçõesNão poderá optar por esta sistemática de recolhimento o MEI:

66

Page 67: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

a) que pratique as seguintes atividades, salvo autorização relativa a exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo Comitê Gestor; 1. cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; 2. academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; 3. academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; 4. elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; 5. licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; 6. planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; 7. empresas montadoras de estandes para feiras; 8. produção cultural e artística; 9. produção cinematográfica e de artes cênicas; 10. laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; 11. serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; 12. serviços de prótese em geral. 13. construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; 14. serviço de vigilância, limpeza ou conservação. b) que possua mais de um estabelecimento; c) que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; oud) que contrate empregado, salvo se possua um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional, obrigando-se, neste caso, a recolher a Contribuição Patronal Previdenciária – CPP.

Opção- A opção dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, observando-se que:a) será irretratável para todo o ano-calendário; b) deverá ser realizada no início do ano-calendário, na forma disciplinada pelo Comitê Gestor, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção, ou, a partir da data do início de atividade desde que exercida nos termos, prazo e condições a serem estabelecidos em ato do Comitê Gestor.- Poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista no caput o empresário individual que exerça atividade de comercialização e processamento de produtos de natureza extrativista.- O CGSN determinará as atividades autorizadas a optar pela sistemática de recolhimento de que trata este artigo, de forma a evitar a fragilização das relações de trabalho, bem como sobre a incidência do ICMS e do ISS.

Dispensa de obrigaçõesO MEI está dispensado, ressalvado o disposto no art. 18-C desta Lei Complementar, de:a) declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS;b) apresentar a Relação Anual de Informações Sociais (Rais); ec) declarar ausência de fato gerador para a Caixa Econômica Federal para emissão da Certidão de Regularidade Fiscal perante o FGTS.

DesenquadramentoO desenquadramento da sistemática de que trata o caput deste artigo será realizado de ofício ou mediante comunicação do MEI à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFBO desenquadramento mediante comunicação do MEI à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB dar-se-á: 1) por opção, que deverá ser efetuada no início do ano-calendário, na forma disciplinada pelo Comitê Gestor, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário da comunicação; 2) obrigatoriamente, quando o MEI incorrer em alguma das situações previstas como impeditivas de enquadramento, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrida a situação de vedação, produzindo efeitos a partir do mês subseqüente ao da ocorrência da situação impeditiva; 3) obrigatoriamente, quando o MEI exceder, no ano-calendário, o limite de receita bruta de R$ 36.000,00, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrido o excesso, produzindo efeitos: a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter

67

Page 68: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento); b) retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário da ocorrência do excesso, na hipótese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento); 4) obrigatoriamente, quando o MEI exceder o limite de receita bruta R$ 3.000,00 (três mil reais) multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrido o excesso, produzindo efeitos: a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%;b) retroativamente ao início de atividade, na hipótese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%. O desenquadramento de ofício dar-se-á quando verificada a falta de comunicação obrigatória de desenquadramento à Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB.O Empresário Individual desenquadrado da sistemática de recolhimento passará a recolher os tributos devidos pela regra geral do Simples Nacional a partir da data de início dos efeitos do desenquadramento, ressalvado as hipóteses de ultrapassagem de limites quando devidamente comunicadas, nas quais o MEI deverá recolher a diferença, sem acréscimos, em parcela única, juntamente com a da apuração do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente ao do excesso, na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor.

Obrigações do contratante do MEIA empresa contratante de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos executados por intermédio do MEI mantém, em relação a esta contratação, a obrigatoriedade de recolhimento da contribuição de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços e, no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas da contribuição adicional de 2,5% sobre o total das remunerações pagas.

OBSERVAÇÕES FINAIS1) A inadimplência do recolhimento do valor da Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual tem como consequência a não contagem da competência em atraso para fins de carência para obtenção dos benefícios previdenciários respectivos.2) O CGSN estabelecerá, para o MEI, critérios, procedimentos, prazos e efeitos diferenciados para desenquadramento da sistemática do Simples Nacional, cobrança, inscrição em dívida ativa e exclusão do Simples Nacional.3) A alteração de dados no CNPJ informada pelo empresário à Secretaria da Receita Federal do Brasil equivalerá à comunicação obrigatória de desenquadramento da sistemática de recolhimento na forma de MEI, nas seguintes hipóteses:a) alteração para natureza jurídica distinta de empresário individual a que se refere o art. 966 doCódigo Civil;b) inclusão de atividade econômica não autorizada pelo CGSN;c) abertura de filial.

Seção IVDo Recolhimento dos Tributos Devidos

1

Os tributos devidos deverão ser pagos por meio de documento único de arrecadação (DAS), instituído pelo Comitê Gestor em banco integrante da rede arrecadadora do Simples Nacional.Se não regulamentado pelo Comitê Gestor, o recolhimento será até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente àquele a que se referir;

2Na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte possuir filiais, o recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz;

3O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-á à incidência de encargos legais na forma prevista na legislação do imposto sobre a renda;

4

A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional somente será permitida se observado o disposto no art. 3º da Lei Complementar nº 116/03, , e deverá observar as a alíquota correspondente ao percentual de ISS previsto nos Anexos III, IV ou V para a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês anterior ao da prestação.Se for início de atividade, deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à menor alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V.

68

Page 69: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

5

Poderá ser adotado sistema simplificado de arrecadação do Simples Nacional, inclusive sem utilização da rede bancária, mediante requerimento do Estado, Distrito Federal ou Município ao Comitê Gestor.Neste caso, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, caberá à ME ou EPP prestadora dos serviços efetuar o recolhimento dessa diferença no mês subseqüente ao do início de atividade em guia própria do Município.

6É vedado o aproveitamento de créditos não apurados no Simples Nacional, inclusive de natureza não tributária, para extinção de débitos do Simples Nacional.

7Os créditos apurados no Simples Nacional não poderão ser utilizados para extinção de outros débitos para com as Fazendas Públicas, salvo por ocasião da compensação de ofício oriunda de deferimento em processo de restituição ou após a exclusão da empresa do Simples Nacional.

8No Simples Nacional, é permitida a compensação tão somente de créditos para extinção de débitos para com o mesmo ente federado e relativos ao mesmo tributo.

9

Os débitos de que trata o § 15 poderão ser parcelados em até 60 (sessenta) parcelas mensais, na forma e condições previstas pelo CGSN.Neste caso, O valor de cada prestação mensal, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado, na forma regulamentada pelo CGSN.

10Será admitido reparcelamento de débitos constantes de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido, podendo ser incluídos novos débitos, na forma regulamentada pelo CGSN.

11

Os débitos constituídos de forma isolada por parte de Estado, do Distrito Federal ou de Município, em face de ausência de aplicativo para lançamento unificado, relativo a tributo de sua competência, que não estiverem inscritos em Dívida Ativa da União, poderão ser parcelados pelo ente responsável pelo lançamento de acordo com a respectiva legislação, na forma regulamentada pelo CGSN.

12O pedido de parcelamento deferido importa confissão irretratável do débito e configura confissão extrajudicial.

13O repasse para os entes federados dos valores pagos e da amortização dos débitos parcelados será efetuado proporcionalmente ao valor de cada tributo na composição da dívida consolidada.

14

Implicará imediata rescisão do parcelamento e remessa do débito para inscrição em dívida ativa ou prosseguimento da execução, conforme o caso, até deliberação do CGSN, a falta de pagamento:a) de 3 (três) parcelas, consecutivas ou não; oub) de 1 (uma) parcela, estando pagas todas as demais.

Seção VDo Repasse do Produto da Arrecadação

O Comitê Gestor definirá o sistema de repasses do total arrecadado, inclusive encargos legais, para o: a) Município ou Distrito Federal, do valor correspondente ao ISS;b) Estado ou Distrito Federal, do valor correspondente ao ICMS;c) Instituto Nacional do Seguro Social, do valor correspondente à Contribuição para manutenção da Seguridade Social.

Seção VIDos Créditos

1As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

2

As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas à comercialização ou industrialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional em relação a essas aquisições. Neste caso, a alíquota aplicável deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá ao percentual de ICMS previsto nos Anexos I ou II desta Lei Complementar para a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da operação. Na hipótese de a operação ocorrer no mês de início de atividades da ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, a alíquota aplicável ao cálculo do crédito corresponderá ao percentual de ICMS referente à menor alíquota prevista nos Anexos I ou II desta Lei Complementar.

69

Page 70: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

3

As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional NÃO terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP optante pelo Simples Nacional quando:a) a microempresa ou empresa de pequeno porte estiver sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais; b) a microempresa ou a empresa de pequeno porte não informar a alíquota no documento fiscal; c) houver isenção estabelecida pelo Estado ou Distrito Federal que abranja a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês da operação. d) o remetente da operação ou prestação considerar, por opção, que a alíquota deverá incidir sobre a receita recebida no mês (regime de caixa).

4

Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do Distrito Federal, poderá ser concedido às pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os insumos utilizados nas mercadorias adquiridas de indústria optante pelo Simples Nacional, sendo vedado o estabelecimento de diferenciação no valor do crédito em razão da procedência dessas mercadorias

5As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

6

Não serão consideradas quaisquer alterações em bases de cálculo, alíquotas e percentuais ou outros fatores que alterem o valor de imposto ou contribuição apurado na forma do Simples Nacional, estabelecidas pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, exceto as previstas ou autorizadas nesta Lei Complementar.

Seção VIIDas Obrigações Fiscais Acessórias

1

- A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá apresentar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais (DASN), que deverá ser disponibilizada aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária, observados prazo e modelo aprovados pelo CGSN.- As informações prestadas:a) têm caráter declaratório, constituindo confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes das informações nele prestadas; eb) deverão ser fornecidas à Secretaria da Receita Federal do Brasil até o vencimento do prazo para pagamento dos tributos devidos no Simples Nacional em cada mês, relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês anterior. - A exigência de declaração única (DASN) não desobriga a prestação de informações relativas a terceiros.

2

- A situação de inatividade deverá ser informada na declaração de que trata o caput deste artigo, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor.Considera-se em situação de inatividade a microempresa ou a empresa de pequeno porte que não apresente mutação patrimonial e atividade operacional durante todo o ano-calendário.

3- A DASN, relativa ao MEI, conterá, para efeito do cálculo dos índices de repasse do ICMS para os Municípios, tão-somente as informações relativas à receita bruta total sujeita ao ICMS, sendo vedada a instituição de declarações adicionais.

4

- As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas a: a) emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções expedidas pelo Comitê Gestor; b) manter em boa ordem e guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações acessórias a que se refere o art. 25 desta Lei Complementar enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes. c) manter o livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e bancária.

5- As ME e EPP optantes pelo Simples ficam sujeitas a outras obrigações acessórias a serem estabelecidas pelo Comitê Gestor, com características nacionalmente uniformes, vedado o estabelecimento de regras unilaterais pelas unidades políticas partícipes do sistema

6.- O MEI fará a comprovação da receita bruta mediante apresentação do registro de vendas ou de prestação de serviços na forma estabelecida pelo CGSN, ficando dispensado da emissão do documento fiscal, ressalvadas as hipóteses de emissão obrigatória previstas pelo referido Comitê.

7 s microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente,

70

Page 71: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor.

Seção VIIIDa Exclusão do Simples Nacional

A Exclusão de ofício será realizada na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, cabendo o lançamento dos tributos e contribuições apurados aos respectivos entes tributantes.

Com efeitos a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo a opção pelo regime pelos próximos 3 (três) anos-calendário seguintes, podendo este prazo ser elevado para 10 (dez) anos caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável, quando:1. for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;2. for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;3. a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;4. tiver sido constatada prática reiterada de infração relativa ao sistema ME/EPP; 5. a empresa for declarada inapta, pelo motivo de, estando obrigada, deixar de apresentar declarações e demonstrativos em 2 (dois) exercícios consecutivos.6. comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; 7. houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária; 8. for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; 9. for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade. 10. houver descumprimento da obrigação de emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções expedidas pelo Comitê Gestor;11. omitir da folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço. No caso de falta de comunicação obrigatória, com efeitos:1. A partir do mês seguinte da ocorrência da situação impeditiva; ou2. Se o motivo for a ultrapassagem do limite proporcional:a) desde o início das atividades; b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite proporcional;

OBS1. A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à Secretaria da Receita Federal do Brasil, equivalerá à comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional nas seguintes hipóteses:a) alteração de natureza jurídica para Sociedade Anônima, Sociedade Empresária em Comandita por Ações, Sociedade em Conta de Participação ou Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira;b) inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional;c) inclusão de sócio pessoa jurídica;d) inclusão de sócio domiciliado no exterior;e) cisão parcial; ouf) extinção da empresa.2. Considera-se prática reiterada, para fins de exclusão:a) a ocorrência, em 2 (dois) ou mais períodos de apuração, consecutivos ou alternados, de idênticas infrações, inclusive de natureza acessória, verificada em relação aos últimos 5 (cinco) anos-calendário, formalizadas por intermédio de auto de infração ou notificação de lançamento; oub) a segunda ocorrência de idênticas infrações, caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o

71

Page 72: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

pagamento de tributo.

A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação das microempresas ou das empresas de pequeno porte, dar-se-á:

Motivo Efeitos

Por opção, devendo ser comunicada até o último dia útil do mês de janeiro;

A partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, salvo no caso de a ME ou EPP ser excluída no mês de janeiro, pois neste caso os efeitos dar-se-ão nesse mesmo ano.

Obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer das situações de vedação de inclusão no regime devendo ser comunicada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrida a situação de vedação;

A partir do mês seguinte da ocorrência da situação impeditiva.Uma vez que o motivo da exclusão deixe de existir, a retroatividade fica limitada ao último dia do ano-calendário em que a referida situação deixou de existir;

Obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o limite de receita bruta correspondente a R$ 300.000,00, multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período (ou os limites diferenciados fixados por DF, os Estados e seus respectivos Municípios).A comunicação deverá ser feita:a) até o último dia útil do mês seguinte àquele em que tiver ultrapassado em mais de 20% o limite;b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente ao de início de atividades, caso o excesso seja inferior a 20% do respectivo limite;

a) Desde o início das atividades; b) A partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite proporcional;

Em ambos os casos, não poderá optar, no ano-calendário subseqüente ao do início de atividades, pelo Simples Nacional.

Obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário, o limite de receita bruta de R$ 3.600.000,00, quando não estiver no ano-calendário de início de atividade.

a) a partir do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% do limite de receita bruta;b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% o limite.

Será permitida a permanência da pessoa jurídica como optante pelo Simples Nacional mediante a comprovação da regularização do débito no prazo de até 30 (trinta) dias contado a partir da ciência da comunicação da exclusão.

Quando possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

A partir do ano-calendário subseqüente ao da ciência da comunicação da exclusão.

Seção IXDa Fiscalização

1

A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses de exclusão de ofício é da Secretaria da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal, a competência será também do respectivo Município.

2As Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados poderão celebrar convênio com os Municípios de sua jurisdição para atribuir a estes a fiscalização, sendo dispensado o convênio na hipótese de ocorrência de prestação de serviços sujeita ao ISS por estabelecimento localizado no Município.

72

Page 73: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

3A fiscalização de que trata o caput, após iniciada, poderá abranger todos os demais estabelecimentos da microempresa ou da empresa de pequeno porte, independentemente da atividade por eles exercida ou de sua localização, na forma e condições estabelecidas pelo CGSN.

4As autoridades fiscais federais, estaduais e municipais têm competência para efetuar o lançamento de todos os tributos previstos nos incisos I a VIII do art. 13, apurados na forma do Simples Nacional, relativamente a todos os estabelecimentos da empresa, independentemente do ente federado instituidor.

5A competência para autuação por descumprimento de obrigação acessória é privativa da administração tributária perante a qual a obrigação deveria ter sido cumprida.

6

Caberá à Secretaria da Receita Federal do Brasil a fiscalização da Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da empresa, na hipótese de a ME ou EPP exercer alguma das seguintes atividades de prestação de serviços:a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; b) serviço de vigilância, limpeza ou conservação.

7O valor não pago, apurado em procedimento de fiscalização, será exigido em lançamento de ofício pela autoridade competente que realizou a fiscalização.

Seção XDa Omissão de Receita

Aplicam-se à microempresa e à empresa de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional todas as presunções de omissão de receita existentes nas legislações de regência dos impostos e contribuições incluídos no Simples Nacional.

Seção XIDos Acréscimos Legais

1Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos pela microempresa e pela empresa de pequeno porte, inscritas no Simples Nacional, as normas relativas aos juros e multa de mora e de ofício previstas para o imposto de renda, inclusive, quando for o caso, em relação ao ICMS e ao ISS.

2

A falta de comunicação, quando obrigatória, da exclusão da pessoa jurídica do Simples Nacional, nos prazos determinados, sujeitará a pessoa jurídica a multa correspondente a 10% (dez por cento) do total dos impostos e contribuições devidos de conformidade com o Simples Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não inferior a R$ 200,00 (duzentos reais), insusceptível de redução.

3A falta de comunicação, quando obrigatória, do desenquadramento do microempreendedor individual da sistemática de recolhimento prevista para o MEI nos prazos determinados, o sujeitará a multa no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais), insusceptível de redução.

4

A imposição das multas de que trata esta Lei Complementar não exclui a aplicação das sanções previstas na legislação penal, inclusive em relação a declaração falsa, adulteração de documentos e emissão de nota fiscal em desacordo com a operação efetivamente praticada, a que estão sujeitos o titular ou sócio da pessoa jurídica.

5

O sujeito passivo que deixar de apresentar a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DASN), no prazo fixado, ou que a apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar declaração original, no caso de não-apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, na forma definida pelo Comitê Gestor, e sujeitar-se-á às seguintes multas:a) de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante dos tributos e contribuições informados na Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), tendo como valor mínimo R$ 200,00 (duzentos reais);b) de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas.

73

Page 74: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

6

- O sujeito passivo que deixar de prestar as informações no sistema eletrônico de cálculo, no prazo previsto, ou que as prestar com incorreções ou omissões, será intimado a fazê-lo, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, na forma definida pelo CGSN, e sujeitar-se-á às seguintes multas, para cada mês de referência:a) de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, a partir do primeiro dia do quarto mês do ano subsequente à ocorrência dos fatos geradores, incidentes sobre o montante dos impostos e contribuições decorrentes das informações prestadas no sistema eletrônico de cálculo de que trata o § 15 do art. 18, ainda que integralmente pago, no caso de ausência de prestação de informações ou sua efetuação após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 2º deste artigo; eb) de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas.- A multa mínima a ser aplicada será de R$ 50,00 (cinquenta reais) para cada mês de referência.§ 1º Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput, será considerado como termo inicial o primeiro dia do quarto mês do ano subsequente à ocorrência dos fatos geradores e como termo final a data da efetiva prestação ou, no caso de não prestação, da lavratura do auto de infração.

Seção XIIDo Processo Administrativo Fiscal

1

- O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão julgador integrante da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar o lançamento, o indeferimento da opção ou a exclusão de ofício, observados os dispositivos legais atinentes aos processos administrativos fiscais desse ente. - A impugnação relativa ao indeferimento da opção ou à exclusão poderá ser decidida em órgão diverso, na forma estabelecida pela respectiva administração tributária.

2- O Município poderá, mediante convênio, transferir a atribuição de julgamento exclusivamente ao respectivo Estado em que se localiza.

3

- Caso em que o contribuinte do Simples Nacional exerça atividades incluídas no campo de incidência do ICMS e do ISS e seja apurada omissão de receita de que não se consiga identificar a origem, a autuação será feita utilizando a maior alíquota prevista nesta Lei Complementar, e a parcela autuada que não seja correspondente aos tributos e contribuições federais será rateada entre Estados e Municípios ou Distrito Federal, cabendo o julgamento ao Estado ou ao Distrito Federal.

4As consultas relativas ao Simples Nacional serão solucionadas pela Secretaria da Receita Federal, salvo quando se referirem a tributos e contribuições de competência estadual ou municipal, que serão solucionadas conforme a respectiva competência.

Seção XIIIDo Processo Judicial

1

- Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.- Excetuam-se os seguintes processos: a) os mandados de segurança nos quais se impugnem atos de autoridade coatora pertencente a Estado, Distrito Federal ou Município; b) as ações que tratem exclusivamente de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, as quais serão propostas em face desses entes federativos, representados em juízo por suas respectivas procuradorias; c) as ações promovidas na hipótese de celebração do convênio pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional que delegar aos Estados e Municípios a inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a cobrança judicial dos tributos estaduais e municipais incluídos no Simples. d) o crédito tributário decorrente de auto de infração lavrado exclusivamente em face de descumprimento de obrigação acessória, cabendo à Procuradoria do Ente que institui a obrigação.e) o crédito tributário relativo ao ICMS e ao ISS devido pelo MEI.

2Os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão auxílio à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, em relação aos tributos de sua competência, na forma a ser disciplinada por ato do Comitê Gestor.

74

Page 75: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

CAPÍTULO VDO ACESSO AOS MERCADOS

Seção únicaDas Aquisições Públicas

1- Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.

2- As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição.

3

- Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis por igual período, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. - A não-regularização da documentação no prazo previsto implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas, sendo facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação.

4

- Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. - Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada, salvo na modalidade de pregão, cujo intervalo percentual estabelecido será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço.

5

A microempresa e a empresa de pequeno porte titular de direitos creditórios decorrentes de empenhos liquidados por órgãos e entidades da União, Estados, Distrito Federal e Município não pagos em até 30 (trinta) dias contados da data de liquidação poderão emitir cédula de crédito microempresarial que é título de crédito regido, subsidiariamente, pela legislação prevista para as cédulas de crédito comercial, tendo como lastro o empenho do poder público.

6

Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legislação do respectivo ente.

7

- Como tratamento diferenciado e simplificado, a administração pública poderá realizar processo licitatório: a) destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); b) em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado. Neste caso, os empenhos e pagamentos do órgão ou entidade da administração pública poderão ser destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno porte subcontratadas.c) em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte, em certames para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível.

- O valor licitado por meio de tratamento diferenciado e simplificado não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do total licitado em cada ano civil.

8

- Não se aplica o tratamento diferenciado e simplificado em processo licitatório, quando:a) os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não forem expressamente previstos no instrumento convocatório; b) não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento convocatório; c) o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso para a administração pública ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado; d) a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos da Lei 8.666/93 (Lei das Licitações).

75

Page 76: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

CAPÍTULO VIDA SIMPLIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO

1As microempresas e as empresas de pequeno porte serão estimuladas pelo poder público e pelos Serviços Sociais Autônomos a formar consórcios para acesso a serviços especializados em segurança e medicina do trabalho.

2

As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas: a) da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências; b) da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro; c) de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem; d) da posse do livro intitulado "Inspeção do Trabalho"; e e) de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas.

3

As ME e EPP têm como obrigação: a) anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS; b) arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações; c) apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP; d) apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED.

4É facultado ao empregador de microempresa ou de empresa de pequeno porte fazer-se substituir ou representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário.

CAPÍTULO VIIDA FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA

1

A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de segurança, das microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza PRIORITARIAMENTE ORIENTADORA, quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento.

2Será observado o critério de DUPLA VISITA para lavratura de autos de infração, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização.

3A fiscalização orientadora e suas características não se aplica ao processo administrativo fiscal relativo a tributos, que se dará na forma do Processo Administrativo Fiscal.

CAPÍTULO VIIIDO ASSOCIATIVISMO

1

As ME ou as EPP optantes pelo Simples Nacional poderão realizar negócios de compra e venda de bens, para os mercados nacional e internacional, por meio de sociedade de propósito específico nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo Federal, sendo vedada a participação de pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional.

2A aquisição de bens destinados à exportação pela sociedade de propósito específico não gera direito a créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

3A ME ou EPP não poderá participar simultaneamente de mais de uma sociedade de propósito específico de que trata este quadro.

4 A sociedade de propósito específico de que trata este quadro não poderá: a) ser filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; b) ser constituída sob a forma de cooperativas, inclusive de consumo; c) participar do capital de outra pessoa jurídica; d) exercer atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; e) ser resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;

76

Page 77: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

e) exercer a atividade vedada às microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional.

5

Se uma ME ou EPP participar simultaneamente de mais de uma sociedade de propósito específico de que trata este quadro, isto acarretará a responsabilidade solidária das microempresas ou empresas de pequeno porte sócias da sociedade de propósito específico na hipótese em que seus titulares, sócios ou administradores conhecessem ou devessem conhecer tal inobservância.

CAPÍTULO IXDO ESTÍMULO AO CRÉDITO E À CAPITALIZAÇÃO

1

O Poder Executivo federal proporá, sempre que necessário, medidas no sentido de melhorar o acesso das microempresas e empresas de pequeno porte aos mercados de crédito e de capitais, objetivando a redução do custo de transação, a elevação da eficiência alocativa, o incentivo ao ambiente concorrencial e a qualidade do conjunto informacional, em especial o acesso e portabilidade das informações cadastrais relativas ao crédito.

2

Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal manterão linhas de crédito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, devendo o montante disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgadas, devendo publicar, juntamente com os respectivos balanços, relatório circunstanciado dos recursos alocados às linhas de crédito e aqueles efetivamente utilizados, consignando, obrigatoriamente, as justificativas do desempenho alcançado.

3

Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal devem se articular com as respectivas entidades de apoio e representação das microempresas e empresas de pequeno porte, no sentido de proporcionar e desenvolver programas de treinamento, desenvolvimento gerencial e capacitação tecnológica.

4

Poderá ser instituído Sistema Nacional de Garantias de Crédito pelo Poder Executivo que integrará o Sistema Financeiro Nacional, com o objetivo de facilitar o acesso das microempresas e empresas de pequeno porte a crédito e demais serviços das instituições financeiras, o qual, na forma de regulamento, proporcionará a elas tratamento diferenciado, favorecido e simplificado, sem prejuízo de atendimento a outros públicos-alvo.

5

Para fins de apoio creditício às operações de comércio exterior das microempresas e das empresas de pequeno porte, serão utilizados os parâmetros de enquadramento ou outros instrumentos de alta significância para as microempresas, empresas de pequeno porte exportadoras segundo o porte de empresas, aprovados pelo Mercado Comum do Sul - MERCOSUL.

6

O Banco Central do Brasil poderá disponibilizar dados e informações para as instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, inclusive por meio do Sistema de Informações de Crédito - SCR, visando a ampliar o acesso ao crédito para microempresas e empresas de pequeno porte e fomentar a competição bancária.

7

O CODEFAT (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) poderá disponibilizar recursos financeiros por meio da criação de programa específico para as cooperativas de crédito de cujos quadros de cooperados participem microempreendedores, empreendedores de microempresa e empresa de pequeno porte bem como suas empresas. Os recursos referidos no caput deste artigo deverão ser destinados exclusivamente às microempresas e empresas de pequeno porte.

CAPÍTULO XDO ESTÍMULO À INOVAÇÃO

1 Considera-se: a) inovação: a concepção de um novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando em maior competitividade no mercado; b) agência de fomento: órgão ou instituição de natureza pública ou privada que tenha entre os seus objetivos o financiamento de ações que visem a estimular e promover o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação; c) Instituição Científica e Tecnológica - ICT: órgão ou entidade da administração pública que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico; d) núcleo de inovação tecnológica: núcleo ou órgão constituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerir sua política de inovação; d) instituição de apoio: instituições criadas sob o amparo da Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994,

77

Page 78: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico.

2

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e as respectivas agências de fomento, as ICT, os núcleos de inovação tecnológica e as instituições de apoio manterão programas específicos para as ME e para as EPP, inclusive quando estas revestirem a forma de incubadoras, tendo por meta a aplicação de, no mínimo, 20% dos recursos destinados à inovação para o desenvolvimento de tal atividade, observando-se o seguinte:

a) as condições de acesso serão diferenciadas, favorecidas e simplificadas; b) o montante disponível e suas condições de acesso deverão ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados.

3

Ficam autorizados a reduzir a 0 (zero) as alíquotas dos impostos e contribuições a seguir indicados, incidentes na aquisição, ou importação, de equipamentos, máquinas, aparelhos, instrumentos, acessórios, sobressalentes e ferramentas que os acompanhem, na forma definida em regulamento, quando adquiridos, ou importados, diretamente por ME ou EPP para incorporação ao seu ativo imobilizado: I - a União, em relação ao IPI, à Cofins, à Contribuição para o PIS/Pasep, à Cofins-Importação e à Contribuição para o PIS/Pasep-Importação; e II - os Estados e o Distrito Federal, em relação ao ICMS.

4

Os órgãos congêneres ao Ministério da Ciência e Tecnologia estaduais e municipais deverão elaborar e divulgar relatório anual indicando o valor dos recursos recebidos, inclusive por transferência de terceiros, que foram aplicados diretamente ou por organizações vinculadas, por Fundos Setoriais e outros, no segmento das ME e EPP, retratando e avaliando os resultados obtidos e indicando as previsões de ações e metas para ampliação de sua participação no exercício seguinte.

CAPÍTULO XIDAS REGRAS CIVIS E EMPRESARIAIS

1

Das Deliberações Sociais e da Estrutura Organizacionala) As ME e as EPP são desobrigadas da realização de reuniões e assembléias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as quais serão substituídas por deliberação representativa do primeiro número inteiro superior à metade do capital social, salvo se houver disposição contratual em contrário, caso ocorra hipótese de justa causa que enseje a exclusão de sócio ou caso um ou mais sócios ponham em risco a continuidade da empresa em virtude de atos de inegável gravidade.b) Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei Complementar, nos termos da legislação civil, ficam dispensados da publicação de qualquer ato societário

2

Do Nome Empresarial As ME e as EPP, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões "Microempresa" ou "Empresa de Pequeno Porte", ou suas respectivas abreviações, "ME" ou "EPP", conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade.

3

Do Protesto de Títulos O protesto de título, quando o devedor for microempresário ou empresa de pequeno porte, é sujeito às seguintes condições: a) sobre os emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que venham a ser criados sob qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor das despesas de correio, condução e publicação de edital para realização da intimação; b) para o pagamento do título em cartório, não poderá ser exigido cheque de emissão de estabelecimento bancário, mas, feito o pagamento por meio de cheque, de emissão de estabelecimento bancário ou não, a quitação dada pelo tabelionato de protesto será condicionada à efetiva liquidação do cheque; c) o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do título, será feito independentemente de declaração de anuência do credor, salvo no caso de impossibilidade de apresentação do original protestado; d) o devedor deverá provar sua qualidade de microempresa ou de empresa de pequeno porte perante o tabelionato de protestos de títulos, mediante documento expedido pela Junta Comercial ou pelo Registro Civil das Pessoas Jurídicas, conforme o caso; e) quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem a devida provisão de fundos, serão automaticamente suspensos pelos cartórios de protesto, pelo prazo de 1 (um) ano, todos os benefícios previstos para o devedor neste quadro, independentemente da lavratura e registro do respectivo protesto.

78

Page 79: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

CAPÍTULO XIIDO ACESSO À JUSTIÇA

1

Do Acesso aos Juizados Especiais Aplica-se às ME e as EPP o disposto sobre Juizado Especial, assim como as pessoas físicas capazes, passam a ser admitidas como proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas.

2

Da Conciliação Prévia, Mediação e Arbitragem As microempresas e empresas de pequeno porte deverão ser estimuladas a utilizar os institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução dos seus conflitos, observando-se o seguinte:

a) Serão reconhecidos de pleno direito os acordos celebrados no âmbito das comissões de conciliação prévia. b) O estímulo compreenderá campanhas de divulgação, serviços de esclarecimento e tratamento diferenciado, simplificado e favorecido no tocante aos custos administrativos e honorários cobrados.

3

Das Parcerias Entidades privadas, públicas, inclusive o Poder Judiciário, poderão firmar parcerias entre si, objetivando a instalação ou utilização de ambientes propícios para a realização dos procedimentos inerentes a busca da solução de conflitos.

CAPÍTULO XIIIDO APOIO E DA REPRESENTAÇÃO

Para o cumprimento do disposto nesta Lei Complementar, bem como para desenvolver e acompanhar políticas públicas voltadas às microempresas e empresas de pequeno porte, o poder público, em consonância com o Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, deverá incentivar e apoiar a criação de fóruns com participação dos órgãos públicos competentes e das entidades vinculadas ao setor.

CAPÍTULO XIVDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

A empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional em 31 de dezembro de 2011 que durante o anocalendário de 2011 auferir receita bruta total anual entre R$ 2.400.000,01 e R$ 3.600.000,00 continuará automaticamente incluída no Simples Nacional com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2012, ressalvado o direito de exclusão por comunicação da optante.

ANEXO IAlíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

 

A redação deste Anexo I foi dada pelaLei Complementar nº 139 de 10.11.2011, com efeitos a partir de 01.01.2012.

Receita Bruta em 12 meses (em R$)

Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ......

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

79

Page 80: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

ANEXO IIAlíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria

 

A redação deste Anexo II foi dada pelaLei Complementar nº 139 de 10.11.2011, com efeitos a partir de 01.01.2012.

Receita Bruta em 12 meses (em R$)

Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS IPI

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%

De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%

...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ......

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%

ANEXO IIIPartilha do Simples Nacional - Serviços e Locação de Bens Móveis

 

A redação deste Anexo III foi dada pela Lei Complementar nº 139 de 10.11.2011, com efeitos a partir de 01.01.2012.

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS

Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%

...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ......

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

ANEXO IVAlíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços

relacionados no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar

80

Page 81: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

 

A redação deste Anexo III foi dada pela Lei Complementar nº 139 de 10.11.2011, com efeitos a partir de 01.01.2012.

Receita Bruta em 12 meses (em R$)

Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%

...... ...... ...... ...... ...... ...... ......

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%

ANEXO V

 A redação deste Anexo V foi dada pela Lei Complementar nº 139 de 10.11.2011, com efeitos a partir de 01.01.2012.

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5º-D do art. 18 desta Lei Complementar.1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)Receita Bruta (em 12 meses)2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos centesimais da Tabela V-A, onde "<" significa menor que, ">" significa maior que, "=<" significa igual ou menor que e ">=" significa maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP corresponderão ao seguinte:

TABELA V-A

Receita Bruta em 12 meses (em R$)

(r)<0,100,10=< (r) e (r) < 0,15

0,15=< (r) e (r) < 0,20

0,20=< (r) e (r) < 0,25

0,25=< (r) e (r) < 0,30

0,30=< (r) e (r) < 0,35

0,35=< (r) e (r) < 0,40

(r)>= 0,40

Até 180.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%

De 180.000,01 a 360.000,00

17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%

...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ......

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00

22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00

22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%

3) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP apurada na forma acima a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV.4) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP arrecadadas na forma deste Anexo será realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B, onde:(I) = pontos percentuais da partilha destinada à CPP;(J) = pontos percentuais da partilha destinada ao IRPJ, calculados após o resultado do fator (I);

81

Page 82: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

(K) = pontos percentuais da partilha destinada à CSLL, calculados após o resultado dos fatores (I) e (J);(L) = pontos percentuais da partilha destinada à Cofins, calculados após o resultado dos fatores (I), (J) e (K);(M) = pontos percentuais da partilha destinada à contribuição para o PIS/Pasep, calculados após os resultados dos fatores (I), (J), (K) e (L);(I) + (J) + (K) + (L) + (M) = 100(N) = relação (r) dividida por 0,004, limitando-se o resultado a 100;(P) = 0,1 dividido pela relação (r), limitando-se o resultado a 1.

TABELA V-B

Receita Bruta em 12 meses (em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep

I J K L M

Até 180.000,00 N x0,9 0,75 X(100 - I)X P 0,25 X(100 - I)X P 0,75 X(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L

De 180.000,01 a 360.000,00 N x0,875 0,75 X(100 - I)X P 0,25 X(100 - I)X P 0,75 X(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L

...... ...... ...... ...... ...... ......

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 N x0,45 0,75 X(100 - I)X P 0,25 X(100 - I)X P 0,75 X(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 N x0,425 0,75 X(100 - I)X P 0,25 X(100 - I)X P 0,75 X(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L

Lei 5.147/2007

CAPÍTULO IDas Disposições Gerais

Dispõe sobre a aplicação do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, de que trata a Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e dá outras providências.

82

Page 83: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 1º. Para fins de aplicação do disposto no § 20 do artigo 18 da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006e em atendimento ao que dispõe o artigo 13 da Resolução CGSN nº 05, de 30 de maio de 2007, é assegurado e concedido à microempresa e à empresa de pequeno porte, optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples Nacional, as reduções relativas ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços - ICMS previstas nesta Lei.

CAPÍTULO IIDas Alíquotas

Art. 2º. O valor do ICMS devido mensalmente pelas microempresas e empresas de pequeno porte, optantes pelo Simples Nacional, será determinado considerando a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração e a respectiva alíquota reduzida, de acordo com a tabela a seguir:

 

A redação desta Tabela foi dada peloartigo 1º da Lei nº 6.106 de 12.12.2011.

RECEITA BRUTA ALÍQUOTA

em 12 meses (em R$) ICMS

0 180.000,00 0,70%

180.000,01 360.000,00 0,78%

360.000,01 540.000,00 0,99%

540.000,01 720.000,00 1,50%

720.000,01 900.000,00 2,50%

900.000,01 1.080.000,00 2,65%

1.080.000,01 1.260.000,00 2,75%

1.260.000,01 1.440.000,00 2,80%

1.440.000,01 1.620.000,00 2,95%

1.620.000,01 1.800.000,00 3,05%

1.800.000,01 1.980.000,00 3,21%

1.980.000,01 2.160.000,00 3,30%

2.160.000,01 2.340.000,00 3,40%

2.340.000,01 2.520.000,00 3,48%

2.520.000,01 2.700.000,00 3,51%

2.700.000,01 2.880.000,00 3,63%

2.880.000,01 3.060.000,00 3,75%

3.060.000,01 3.240.000,00 3,83%

3.240.000,01 3.420.000,00 3,91%

3.420.000,01 3.600.000,00 3,95%

Parágrafo único. Os percentuais utilizados para determinação do valor do ICMS devido mensalmente pelas microempresas e empresas de pequeno porte estabelecidas no Estado do Rio de Janeiro e enquadradas no Simples Nacional, mencionadas no "caput" deste artigo, serão aplicados em substituição aos constantes nas tabelas dos Anexos I e II daLei Complementar Federal nº 123/06.Art. 3º. Os benefícios previstos no artigo 2º desta Lei não se estendem às seguintes operações:

83

Page 84: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

I - Quando incidentes sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior;II - Às quais estiver obrigado o contribuinte em virtude de substituição tributária, na condição de substituto ou substituído;III - Na entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização;IV - Relativas às hipóteses de recolhimento do imposto no momento da entrada das mercadorias no território deste Estado, previstas no Regulamento do ICMS;V - Relativas à diferença de alíquota nas entradas de mercadoria ou bem, oriundos de outra unidade da Federação, destinados ao consumo ou ao ativo fixo, em seu estabelecimento;VI - Relativas às hipóteses de responsabilidades previstas noartigo 18 da Lei nº 2.657, de 26 de dezembro de 1996;VII - De aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal;VIII - Na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal.

CAPÍTULO IIIDa Substituição Tributária

Art. 4º. A microempresa ou a empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional e qualificada como contribuinte substituto em caráter permanente:I - Fará a retenção do ICMS sobre o valor obtido pela aplicação da alíquota interna sobre a margem de valor agregado da mercadoria;II - Arquivará, em separado, os documentos fiscais e os comprovantes de pagamento do imposto retido, relativos às operações realizadas com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.

CAPÍTULO IVDas Taxas

Art. 5º. Os contribuintes do ICMS que comprovem a condição de estarem incluídos no Simples Nacional terão desconto de 70% no pagamento da taxa de serviços estaduais referentes à administração tributária.Parágrafo único - As pessoas físicas contribuintes inscritas no Cadastro de Contribuintes do ICMS - CAD-ICMS ficam isentas do pagamento da taxa prevista no "caput" deste artigo.Art. 6º. A taxa relativa ao pedido de certidão de regularidade fiscal somente é devida pelo estabelecimento requerente.Art. 7º. A Secretaria de Estado de Fazenda poderá, mediante edição de norma regulamentar própria, dispensar a taxa de serviços estaduais relativamente a atos e serviços prestados pela Internet.

CAPÍTULO VDas Disposições Finais

Art. 8º. Nos termos do disposto no art. 94do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal vigente, inserido pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 42/2003e, considerando o disposto no artigo 88 da Lei Complementar Federal nº 123/2006, a partir de 1º de julho de 2007 ficarão revogados aLei Estadual nº 3.342, de 29 de dezembro de 1999e demais atos e dispositivos legais estaduais que estabelecem tratamentos tributários específicos para microempresas e empresas de pequeno porte.Parágrafo único - Os contribuintes enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte no Regime Simplificado do ICMS instituído pela Lei Estadual nº 3.342/1999que, a partir de 1º de julho de 2007 não tenham optado pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples Nacional, de que trata o Capítulo IV da Lei Complementar Federal nº 123/2006, ficarão sujeitos às regras de tributação aplicáveis aos demais contribuintes do ICMS.Art. 9º. As microempresas e empresas de pequeno porte, como definidas no art. 3º da Lei Complementar Federal nº 123/2006, que ingressarem no Simples Nacional não poderão usufruir outro tipo de regime especial de tributação, incentivos ou benefícios fiscais, ressalvados aqueles que vierem a ser implantados nos termos do art. 155, § 2º, inc. XII, alínea "g", da Constituição Federal.Art. 10. As microempresas e empresas de pequeno porte que optarem pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar Federal nº 123/2006, deverão anular os créditos permitidos na legislação.Parágrafo único - O Poder Executivo disciplinará a forma pela qual o contribuinte creditar-se-á do ICMS quando do seu retorno ao regime de compensação do imposto.Art. 11. As microempresas e empresas de pequeno porte que não optarem pelo Simples Nacional ficarão sujeitas ao cumprimento da legislação tributária aplicável aos demais contribuintes do ICMS.

84

Page 85: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 12. Caberá ao Poder Executivo regulamentar uma política pública de orientação e educação fiscal aos micros e pequenos empresários.Art. 13. Fica o Poder Executivo autorizado a baixar os atos que se fizerem necessários ao cumprimento do disposto nesta Lei.Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos, relativamente ao disposto nos seus Artigos 2º e 3º, a contar do mês de competência dezembro de 2007 e, relativamente ao disposto em seu Artigo 4º, a contar do mês de julho de 2007.

LEI 5.139/2007COMPENSAÇÕES E PARTICIPAÇÕES

FINANCEIRASDISPÕE SOBRE O ACOMPANHAMENTO E A FISCALIZAÇÃO, PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DAS

COMPENSAÇÕES E DAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS PREVISTAS NO ART. 20, §1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, ORIUNDAS DAS CONCESSÕES,

PERMISSÕES, CESSÕES E OUTRAS MODALIDADES ADMINISTRATIVAS PARA A EXPLORAÇÃO DE

85

Page 86: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E OUTROS RECURSOS NATURAIS, NA FORMA QUE ESPECIFICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

TÍTULO IDAS RECEITAS NÃO-TRIBUTÁRIAS DECORRENTES DA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E

MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURALCAPÍTULO I Disposições preliminares Arts. 1º e 2º

CAPÍTULO IIDa compensação financeira pela exploração de recursos hídricos para geração de energia elétrica

Arts. 3º e 4º

CAPITULO III Da compensação financeira pela exploração de recursos minerais Arts. 5º a 8ºCAPÍTULO IV Das compensações financeiras pela exploração de petróleo e gás natural Arts. 9º a 11

TÍTULO IIDAS OBRIGAÇÕES DOS CONCESSIONÁRIOS, PERMISSIONÁRIOS, CESSIONÁRIOS E TERCEIROS

RESPONSÁVEIS PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

CAPÍTULO I Do pagamento Art. 12CAPÍTULO II Do arbitramento Arts. 13 e 14CAPITULO III Do parcelamento Art. 15CAPÍTULO IV Dos deveres instrumentais Art. 16

TÍTULO IIIDAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

CAPÍTULO I Das infrações Art. 17CAPÍTULO II Das penalidades aplicáveis Arts. 18 a 20

TÍTULO IVDA FISCALIZAÇÃO E DO LANÇAMENTO

CAPITULO I Da fiscalização e do lançamento Arts. 21 a 25CAPÍTULO II Do processo administrativo Arts. 26 a 30

TÍTULO VDISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Arts 31 a 33

TÍTULO I

DAS RECEITAS NÃO-TRIBUTÁRIAS DECORRENTES DA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Compete ao Estado do Rio de Janeiro, nos termos dos artigos 23, inciso XI e 24, inciso I, da Constituição Federal, regular os procedimentos de fiscalização, de arrecadação e de lançamento das receitas não-tributárias deste Estado, decorrentes da exploração de recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás natural, por concessão, permissão, cessão e outras modalidades administrativas. §1º - Para os efeitos desta Lei, são entendidas como receitas não-tributárias as compensações e as participações financeiras previstas no art. 20, § 1º, da Constituição Federal.

CONSTITUIÇÃO FEDERALArt. 20, § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

§2º - Os elementos constitutivos das receitas não-tributárias previstas no Art. 20, § 1º, da Constituição Federal, prescritos nesta Lei, são aqueles definidos na legislação federal específica.§3º - As receitas definidas no §1º deste artigo constituem receita originária do Estado do Rio de Janeiro, nos termos do art. 20, §1º, da Constituição Federal.

86

Page 87: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§4º - A competência do Estado do Rio de Janeiro para a fiscalização, arrecadação e lançamento das receitas não-tributárias previstas no parágrafo anterior não exclui a competência da União para a regulação e fiscalização da exploração de recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás e dos respectivos concessionários, permissionários, autorizatários, cessionários e outros que explorem as referidas atividades. Art. 2º - As atividades referidas no artigo anterior serão executadas pela Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo. §1º - O Estado do Rio de Janeiro, por meio da SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, pode firmar convênios de cooperação técnica com a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e seus respectivos órgãos e entidades, para auxiliar na fiscalização de que trata esta Lei. §2º - Nos convênios a que se refere o §1º deste artigo, devem ser observados os direitos constitucionalmente assegurados de cada ente Federativo. §3º - Os convênios previstos no §1º deste artigo deverão ser comunicados à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

CAPÍTULO IIDA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS PARA GERAÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICAArt. 3º - As empresas que explorem recursos hídricos para fins de geração de energia devem recolher a devida Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos – CFURH ao Estado do Rio de Janeiro, observando-se a legislação federal pertinente. Art. 4º - Para efeito de apuração e fiscalização do recolhimento da compensação financeira referida no art. 3º desta Lei, as empresas que explorem recursos hídricos devem apresentar à SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, até o segundo dia útil após a entrega à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, todos os documentos necessários à efetiva verificação do valor apurado, especialmente o Demonstrativo de Apuração da CFURH. §1º - No demonstrativo referido no “caput” deste artigo, deve constar a quantidade de energia gerada pelas empresas a que se refere este Capítulo, o valor da Tarifa Atualizada de Referência – TAR do mês da geração e o percentual correspondente à CFURH. §2º - O valor sobre o qual deve incidir a CFURH deve ser o correspondente ao da energia comercializada pelas empresas geradoras no barramento de saída.

CAPITULO IIIDA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS

Art. 5º - As empresas que explorem recursos minerais devem recolher a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM, ao Estado do Rio de Janeiro, observando-se a legislação federal pertinente. Art. 6º - Para efeito de apuração e fiscalização do recolhimento da compensação financeira referida no art. 5º desta Lei, as empresas ou terceiros exploradores devem apresentar à SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, até o segundo dia útil após a entrega ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, todos os documentos necessários à efetiva verificação do valor apurado, por substância mineral, especialmente o Demonstrativo de Apuração da CFERM. §1º - As deduções autorizadas devem ser discriminadas de modo que identifiquem a origem dos valores utilizados para efeito de dedução. §2º - O ICMS dedutível para apuração do faturamento líquido sobre as operações de venda do produto mineral é o resultante da aplicação da alíquota sobre a base de cálculo em que incidir o imposto. §3º - Na venda de água mineral sujeita à substituição tributária, o valor do ICMS Substituição deve ser considerado com base no valor total da nota fiscal. §4º - Equiparam-se à saída por venda o consumo ou a utilização da substância mineral em processo de industrialização realizado dentro das áreas da jazida, mina, salina ou outros depósitos minerais, suas áreas limítrofes e, ainda, em qualquer estabelecimento. Art. 7º - Na hipótese de vendas com cláusula CIF em que não tenham sido destacados, nas correspondentes notas fiscais, os valores dos transportes e dos seguros, estes só devem ser deduzidos na apuração da base de cálculo da CFERM, relativa ao percentual do Estado, após a sua homologação pela SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo. Art. 8º - Constituem documentos de entrega obrigatória à SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, dentre outros a serem definidos por ato do Secretário de Estado de Fazenda: I – demonstrativo de apuração da CFERM; II – relatório anual de atividades, nos termos da legislação federal; III – contratos de concessão, permissão, cessão ou outros instrumentos congêneres, na forma regular; IV – Declaração de Investimento em Pesquisa Mineral – DIPEM;

87

Page 88: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

V – ficha de registro de apuração preenchida nos termos da legislação federal. CAPÍTULO IV

DAS COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS PELA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURALArt. 9º - As empresas que explorem petróleo e gás natural devem recolher ao Estado do Rio de Janeiro as devidas participações ou compensações financeiras referentes a esta exploração, observando-se a legislação federal pertinente. Art. 10 - Para efeito de apuração e fiscalização do recolhimento das participações ou compensações financeiras referidas no art. 9º desta Lei, as empresas exploradoras devem apresentar à SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, até o segundo dia útil após o prazo para a entrega à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, todas as informações necessárias à efetiva verificação do valor apurado. §1º - Em se tratando da Participação Especial pela exploração e produção de petróleo e gás natural, os concessionários, permissionários e terceiros responsáveis devem apresentar, até o segundo dia útil após a entrega à ANP, os relatórios de gastos por natureza relativos a cada campo de produção, discriminando, inclusive, os critérios de rateio dos gastos apropriados a cada campo. §2º - Os relatórios de gastos trimestrais devem compreender, separadamente, os gastos das fases de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. §3º - As empresas de produção e exploração de petróleo e gás natural ou terceiros, assim como os responsáveis pelo transporte e armazenamento desses produtos, devem disponibilizar à SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo todos os meios para que seja efetuada a medição ou avaliação nos navios transportadores de petróleo para outra unidade da federação, bem como nos tanques de armazenamento das empresas que realizam as atividades de transporte e armazenamento de petróleo. §4º - Na medição ou avaliação de que trata o §3º deste artigo, a ficha de medição ou avaliação deve ser verificada pelo representante do Fisco Estadual, através de sistemática disciplinada em ato do Secretário de Estado de Fazenda. Art. 11 - Constituem documentos de entrega obrigatória à SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, dentre outros a serem definidos por ato do Secretário de Estado de Fazenda: I – boletim mensal de produção de petróleo e gás natural, contendo as propriedades físicas e químicas do petróleo e do gás natural produzidos, reinjeção de gás natural, composição do gás reinjetado, consumo de gás e petróleo nos campos de produção e queima em flares; II – demonstrativo trimestral da apuração da participação especial; III – contratos de concessão para exploração de petróleo e gás natural e outros instrumentos congêneres; IV – relatórios trimestrais de gastos de cada campo de produção para efeito de apuração da participação especial; V – relatórios de medição ou avaliação, teste e calibração referente à medição ou avaliação de petróleo e gás natural.

TÍTULO IIDAS OBRIGAÇÕES DOS CONCESSIONÁRIOS, PERMISSIONÁRIOS, CESSIONÁRIOS E TERCEIROS

RESPONSÁVEIS PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

CAPÍTULO IDO PAGAMENTO

Art. 12 - Os concessionários, permissionários, cessionários e outros que explorem recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e recursos minerais, inclusive petróleo e gás natural, são responsáveis pelo pagamento das receitas de que trata esta Lei.§1º - O pagamento das participações ou das compensações financeiras decorrentes da exploração de recursos hídricos e de recursos minerais, inclusive petróleo e gás natural, deverá ser efetuado ao Estado do Rio de Janeiro na forma e nos prazos fixados na legislação federal.§ 2° A receita não tributária, inscrita ou não na dívida ativa, quando não integralmente paga no prazo, sem prejuízo da imposição de penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na ordenação jurídica, será acrescida de:I - juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e Custódia - SELIC - para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado;II - multa de mora equivalente à taxa de 0,33 (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, calculada a partir do primeiro dia subsequente ao vencimento do prazo até o dia em que ocorrer seu efetivo pagamento, limitada a 20% (vinte por cento).§ 4º Quando a legislação admitir que determinada receita não tributária seja paga em prestações, incidirão os juros de mora previstos no inciso I deste artigo sobre aquelas que se seguirem à prestação inicial.

88

Page 89: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

CAPÍTULO IIDO ARBITRAMENTO

Art. 13 - A base de cálculo, para efeito da apuração e recolhimento das participações e das compensações financeiras, pode ser arbitrada pela autoridade fiscal, mediante processo regular, quando:I - não forem apresentados os documentos e livros solicitados pela fiscalização, no prazo regular;II - não forem apresentados documentos, métodos de cálculos ou dados que comprovem os valores lançados na apuração da participação ou da compensação financeira apurada nos termos da lei; III - forem utilizados critérios de cálculos ou deduzidas parcelas não autorizadas por lei;IV - os preços que servirem para apuração e recolhimento das participações e compensações financeiras forem inferiores aos fixados pela legislação pertinente;V - forem extraviados os documentos, relatórios e livros que servirem para registro das operações para efeito de apuração e recolhimento das participações e compensações financeiras;VI - não for mantida escrituração nas formas das leis comerciais e fiscais, ou deixarem de ser elaboradas as demonstrações financeiras exigidas pela legislação;VII - o concessionário, permissionário, cessionário ou terceiro, legalmente obrigado, apresentar escrituração com indícios de fraude ou que contiver vício, erro ou informações inexatas, que não permitam a apuração da respectiva receita não tributária.§1º - Tratando-se de minerais, inclusive petróleo e gás natural, para efeito de arbitramento da base de cálculo, pode ser utilizado o preço nacional ou internacional, o que for mais favorável ao contribuinte.§2° - Para o arbitramento da base de cálculo de que trata este artigo, devem ser considerados:I – os dados oficiais publicados pelas agências reguladoras, órgãos federais e estaduais ou outras instituições oficiais;II – os dados publicados por revistas técnicas especializadas, nacionais e estrangeiras;III – as informações disponíveis nos arquivos e bancos de dados da SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo; IV – os dados contábeis do responsável pela respectiva exploração.§3º - A Secretaria de Estado de Fazenda ou outro órgão que venha substituí-lo poderá expedir normas e instruções que objetivem definir ou detalhar os métodos e critérios de arbitramento. Art. 14 - Nas transferências entre empresas do mesmo grupo, ou entre estabelecimentos pertencentes ao mesmo titular, a base de cálculo das receitas não-tributárias deve refletir os preços correntes no mercado atacadista, podendo vir a ser fixada mediante ato do Secretário de Estado de Fazenda, na hipótese de não ser comprovada a formação do preço praticado.

CAPÍTULO IIIDO PARCELAMENTO

Art. 15 - Os débitos não-tributários decorrentes de lançamento, ou denunciados espontaneamente, e seus acréscimos legais, podem ser parcelados em até 24 (vinte e quatro) meses, não podendo a parcela mensal ser inferior a 450 (quatrocentos e cinquenta) UFIRs-RJ.§1º - O pedido de parcelamento deve ser analisado pelo administrador regional da área fiscal a que estiver vinculado o devedor, e concedido dentro de 60 (sessenta) dias, contados da protocolização do requerimento.§2º - Na ausência de pronunciamento por parte da SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, no prazo determinado no §1º deste artigo, deve ser considerado como deferido o pedido de parcelamento. §3º - O atraso do pagamento de qualquer parcela acarreta o vencimento das demais parcelas e implica o cancelamento automático do parcelamento. §4º - Em nenhuma hipótese, o mesmo débito pode ser parcelado mais de uma vez, assim como não deve ser concedido novo parcelamento enquanto não quitado integralmente o parcelamento anterior.§5º - O pedido de parcelamento importa em confissão irretratável do débito.§ 6° No caso de parcelamento de débito, o valor consolidado incluirá até a data da sua consolidação, atualização e demais acréscimos legais.§ 7º A multa de mora referida no artigo 12, § 2º, inciso II aplica-se na hipótese de pagamento, ainda que mediante parcelamento, por iniciativa do sujeito passivo, antes do início do procedimento de ofício, bem como, no caso de qualquer parcelamento, sobre a parcela inadimplida.§ 8º Sobre o valor da parcela incidirão juros de mora, determinados na forma do inciso I do § 2º do art. 12, calculados a partir do mês subsequente à data de consolidação do débito parcelado até o mês de efetiva liquidação de cada parcela.

CAPÍTULO IVDOS DEVERES INSTRUMENTAIS

Art. 16 - Os concessionários, os permissionários, os cessionários e os terceiros que explorem recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás natural, neste Estado, deverão apresentar à SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, na forma e prazo previstos em ato do Secretário de Estado de Fazenda, os seguintes documentos:

89

Page 90: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

I - cópia autenticada dos contratos de concessão, de permissão, de cessão e outros instrumentos contratuais congêneres para a exploração de recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás natural;II - comprovantes dos pagamentos da compensação ou da participação financeira advindas da exploração hídrica e mineral e, se for o caso, do pagamento da participação aos proprietários da terra;III - cópia autenticada dos dados produtivos;IV - fluxo dos processos produtivo e logístico, desde a extração até o consumidor final, inclusive as operações e as transações realizadas entre os estabelecimentos do mesmo grupo econômico, com a descrição pormenorizada de cada etapa, compreendendo planta de beneficiamento, quando cabível, para cada um dos recursos minerais explorados;V - dados de processos e de produção, níveis de tanques e similares, silos, dispositivos de carga e descarga de insumos, matérias-primas e produtos.§1º - Os dados referidos no presente artigo desta Lei deverão ser fornecidos através de sistema a ser definido pela SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, disciplinado em ato do Secretário de Estado de Fazenda. §2º - As empresas responsáveis pela exploração dos recursos minerais e hídricos, de petróleo e de gás natural ficam obrigadas, ainda, a fornecer, na forma e condições definidas pela SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, dados de processos e produção, níveis de tanques e similares, silos, dispositivos de carga e descarga de insumos, matérias-primas e produtos, bem como todos os que forem necessários para apuração das receitas não-tributárias de que trata esta Lei. §3º - O fornecimento de informações e dados em desacordo com o sistema definido somente deve ser aceito com a anuência prévia da SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, por escrito. §4º - A SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo pode exigir a instalação de instrumentos de medição ou avaliação e de transmissão de dados para efeito de controle do balanço físico de produção.

TÍTULO IIIDAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

CAPÍTULO IDAS INFRAÇÕES

Art. 17 - Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em inobservância, por parte de pessoa natural ou jurídica, de obrigação, negativa ou positiva, estabelecida ou disciplinada em lei ou em atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-lo.§1º - A responsabilidade por infração relativa às participações ou às compensações financeiras independe da intenção do agente ou beneficiário, bem como da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.§2º - Respondem pela infração, conjunta ou isoladamente, todos os que tenham concorrido, de qualquer forma, para a sua prática ou dela se beneficiarem.§3º - As infrações a esta Lei devem ser apuradas mediante a lavratura de auto de infração e regular processo administrativo, assegurados os princípios do contraditório e da ampla defesa.

CAPÍTULO IIDAS PENALIDADES APLICÁVEIS

Art. 18 - As infrações pertinentes às participações e compensações financeiras de que trata esta Lei sujeitam-se as seguintes penalidades:I – Com relação ao cumprimento da obrigação principal:a) deixar de recolher, no todo ou em parte, as compensações financeiras, quando declaradas em demonstrativo ou outro documento utilizado na apuração da compensação: multa de 50% (cinqüenta por cento) do valor devido;b) deixar de recolher, no todo ou em parte, as compensações financeiras quando não declaradas em demonstrativo ou outro documento utilizado na apuração da compensação: multa equivalente a 100% (cem por cento) do valor devido;c) fraudar livros ou documentos fiscais e não fiscais, ou utilizar documentos fraudados, para iludir o Fisco e fugir ao pagamento, no todo ou em parte, das participações ou contribuições financeiras ou, ainda, para propiciar a terceiros o não-pagamento da participação ou da compensação financeira: multa equivalente a 200% (duzentos por cento) do valor devido;d) agir em conluio com pessoas físicas ou jurídicas para tentar, de qualquer modo, impedir ou retardar o conhecimento, pela autoridade fazendária, da ocorrência de fato gerador, de modo a reduzir as participações ou compensações financeiras devidas ou, ainda, evitar ou diferir o seu pagamento: multa equivalente a 200% (duzentos por cento) do valor das compensações financeiras.II – Com relação ao cumprimento dos deveres instrumentais:a) deixar de apresentar à fiscalização demonstrativo trimestral da apuração da participação especial: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ, por documento não apresentado;b) deixar de apresentar plano de desenvolvimento aprovado para cada campo de produção: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por cada plano não apresentado;

90

Page 91: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

c) deixar de apresentar plano anual de produção: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por plano não apresentado;d) deixar de apresentar programa anual de trabalho: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por programa não apresentado;e) deixar de apresentar boletim mensal de produção, por campo de produção: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por boletim não apresentado;f) deixar de apresentar os contratos de concessão, permissão, cessão ou outros instrumentos congêneres: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por contrato não apresentado;g) deixar de apresentar os demonstrativos dos custos de produção por natureza de gastos por cada campo de produção: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por demonstrativo não apresentado;h) deixar de entregar os relatórios de medição ou avaliação, de teste e de calibração referentes à medição ou avaliação de petróleo e gás natural: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por relatório não apresentado;i) deixar de apresentar, nos prazos fixados por esta Lei, o demonstrativo de apuração da compensação e da participação financeira pela exploração de recursos minerais ou o demonstrativo de apuração da compensação e da participação financeira pela exploração de recursos hídricos: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por demonstrativo não apresentado;j) deixar de apresentar, nos prazos fixados por esta Lei, o Relatório Anual de Lavra – RAL: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por relatório não apresentado;k) deixar de apresentar Declaração do investimento em Pesquisa Mineral – DIPEM: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por declaração não apresentada;l) deixar de apresentar Ficha de Registro de Apuração, preenchida nos termos da legislação federal pertinente: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por documento não apresentado;m) deixar de entregar, quando solicitados pela autoridade fiscal, os livros, documentos, demonstrativos, arquivos e papéis de efeito econômico-fiscal: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por livro ou demonstrativo não apresentado;n) deixar de informar, mediante emissão de documento revisão, qualquer alteração no teor ou nos dados dos documentos já fornecidos à SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo, com as devidas justificativas: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por documento. o) praticar qualquer outra conduta, não expressamente mencionada neste artigo, contrária a dispositivo da legislação: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ.§1º - O prazo para a apresentação dos documentos listados nas alíneas “a” a “n” do inciso II deste artigo será previsto em ato da Secretaria de Estado de Fazenda ou outro órgão que venha substituí-lo. §2º - Transcorridos 30 (trinta) dias do não cumprimento das obrigações acessórias, a SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo deve proceder ao devido arbitramento, na forma regularmente prevista.§ 3° As penalidades cabíveis previstas na legislação não integralmente pagas no prazo, sem prejuízo da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na ordenação jurídica, ficam acrescidas dos juros de mora conforme previstos no inciso I do § 2º do artigo 12 desta Lei. Art. 19 - Quando do pagamento do débito não-tributário, se este for pago integralmente, deve haver os seguintes descontos na multa fiscal, desde que recolhida com o principal:I – 50% (cinqüenta por cento), se for pago dentro de 10 (dez) dias contados a partir da ciência da lavratura do auto de infração;II – 40% (quarenta por cento), se for pago entre o 11º (décimo primeiro) dia e o 20º (vigésimo), contados da ciência da lavratura do auto de infração;III – 30% (trinta por cento), se for pago entre o 21º (vigésimo primeiro) dia e o 30º (trigésimo), contados a partir da ciência da lavratura do auto de infração;IV – 25% (vinte e cinco por cento) se for pago antes da distribuição para julgamento em 1ª instância e 20% (vinte por cento) se antes da distribuição para julgamento em 2ª instância, do processo administrativo fiscal;V – 10% (dez por cento) se for pago antes do encaminhamento para execução do débito.§1º - Nos casos de comprovada má-fé e de reincidência específica não é permitida a redução de que trata este artigo.§2º - Entende-se como reincidência específica a repetição da mesma infração pelo mesmo agente infrator, quando a decisão condenatória proferida em processo anterior já não for mais passível de recursos no Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro, hipótese em que a multa fiscal de que trata o art. 24 desta Lei deve ser aplicada em dobro.§3º - No caso de reincidência específica, o autuante deve fazer constar obrigatoriamente, no corpo do auto de infração lavrado, o número do auto de infração e do processo que serviram para caracterizar a reincidência específica.§4º - Os percentuais de redução a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo devem ser mantidos na

91

Page 92: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

hipótese de reabertura de prazo em favor do autuado e antes da distribuição do processo administrativo fiscal para julgamento. Art. 20 - Na hipótese de parcelamento, as multas aplicáveis serão reduzidas para:I - no caso de denúncia espontânea do responsável, 30% (trinta por cento) do valor não recolhido;II - se o recolhimento for motivado por ação fiscal, 50% (cinqüenta por cento) do seu valor, no prazo previsto para a impugnação da exigência;III - no caso de descumprimento de obrigação acessória, 40% (quarenta por cento) do seu valor, se o parcelamento for espontâneo.

TÍTULO IVDA FISCALIZAÇÃO E DO LANÇAMENTO

Art. 21 - A fiscalização das receitas não-tributárias compete privativamente aos Fiscais de Rendas que, no exercício de suas funções, deverão, obrigatoriamente, exibir ao responsável documento de identidade funcional fornecido pela SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo. Art. 22 - Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento de fiscalização das receitas não-tributárias, as normas relativas à fiscalização do ICMS, inclusive a sua respectiva regulamentação.Art. 23 - O lançamento das receitas não-tributárias, dos acréscimos ou das penalidades decorrentes de infração à legislação de regência, será efetuado por meio de auto de infração ou nota de lançamento.§1º - O início do procedimento fiscal alcança todos aqueles que estejam envolvidos nas infrações porventura apuradas e somente abrange os atos praticados antes do mesmo procedimento.§2º - O auto de infração e a nota de lançamento poderão também ser lavrados por sistema eletrônico de processamento de dados.§3º - Ato do Secretário de Estado de Fazenda estabelecerá os requisitos e os modelos do auto de infração e da nota de lançamento.Art. 24 - Salvo nos casos expressamente previstos, verificada qualquer infração à legislação de regência das receitas não-tributárias, lavrar-se-á auto de infração, que constitui o elemento essencial do processo fiscal, devendo conter os requisitos indispensáveis à identificação do responsável, descrição do fato, indicação dos dispositivos infringidos, bem como os cominadores das respectivas sanções, o valor a ser pago, o local do pagamento, o dia, a hora e o local da lavratura.§1º - O valor do crédito exigido no auto de infração deverá estar expresso em moeda corrente, segundo o padrão monetário vigente à data da sua lavratura e no respectivo índice oficial de atualização monetária adotado por este Estado, se houver.§2º - As incorreções ou as omissões do auto não acarretarão a sua nulidade quando do processo constarem elementos suficientes para determinar com segurança a natureza da infração e a pessoa do infrator.§3º - Nenhum auto de infração ou nota de lançamento decorrente da presente Lei poderá ser arquivado sem despacho fundamentado da autoridade competente, no próprio auto ou notificação, ou no respectivo processo.Art. 25 - Quando se tratar de infração relativa à falta de recolhimento de receita não-tributária regularmente declarada, será lavrada nota de lançamento, com o respectivo procedimento de rito especial e sumário.§1º - A nota de lançamento deverá conter a identificação do responsável passivo; a descrição do fato, o valor da receita não-tributária a ser paga, expresso em moeda corrente e no índice oficial de atualização monetária, se houver; o local e a data da lavratura.I - efetuar o recolhimento com multa de mora, juros de mora e demais acréscimos previstos nesta Lei, em especial o contido no § 2° do artigo 12.II - apresentar pedido de revisão da nota de lançamento, na hipótese de erro de fato no preenchimento de declaração, de documento e de guia informativa ou na escrituração de livros, demonstrando o erro cometido.§3º - Na hipótese do §2º, inciso II, após a decisão do pedido será reaberto o prazo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento da intimação, para o recolhimento do valor exigido com os acréscimos legais.§4º - A decisão proferida acerca do pedido de revisão da nota de lançamento não comporta recurso.§5º - A falta de cumprimento da exigência nos prazos legais implicará cominação de penalidade pecuniária, com automática inscrição em dívida ativa.§6º - O Regulamento estabelecerá as normas complementares para a instauração e a tramitação do procedimento de rito especial e sumário.

CAPÍTULO IIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO

92

Page 93: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 26 - Nos processos referentes à constituição de créditos das receitas não-tributárias disciplinadas na presente Lei, observar-se-á:I - que os procedimentos, os prazos e os atos processuais obedecerão, no que couber, à legislação de regência do ICMS;II - subsidiariamente, a Lei Federal nº. 5.869, de 11.01.1973 - Código de Processo Civil.Art. 27 - A impugnação do auto de infração, após a sua regular intimação, instaura a fase litigiosa do procedimento e suspende a exigibilidade do crédito.Parágrafo único - Não sendo o auto de infração impugnado no prazo regulamentar, o processo será encaminhado à autoridade competente para a inscrição do crédito lançado em dívida ativa.Art. 28 - É competente para decidir do processo administrativo, em instância única, o Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro.Art. 29 - O Regulamento estabelecerá as normas complementares relativas ao processo administrativo.Art. 30 - Os créditos do Estado, relativos às receitas não-tributárias decorrentes da presente Lei, antes de serem encaminhados à cobrança executiva, serão inscritos em dívida ativa pelo órgão próprio da Procuradoria Geral do Estado - PGE.Parágrafo único - A cobrança da dívida ativa será efetuada pela PGE.

TÍTULO VDISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 31 - A SEFAZ ou outro órgão que venha substituí-lo poderá exigir dos concessionários, dos permissionários, dos cessionários e dos terceiros que explorem recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás natural, neste Estado, a apresentação dos documentos a que se refere o art. 16 desta Lei, em vigor ou que tenham vigorado nos últimos 12 (doze) anos. Parágrafo único - Os documentos deverão ser apresentados no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da intimação.Art. 32 - Do valor da arrecadação de multas e de juros de mora por infração à legislação de receitas não-tributárias, inclusive decorrentes de débitos inscritos em dívida ativa, serão destacados:I - 15% (quinze por cento), para compor o Fundo de Administração Fazendária - FAF;II - 15% (quinze por cento), para compor o Fundo de Modernização e Incentivo à Cobrança da Dívida Ativa e de Reestruturação Administrativa da Procuradoria Geral do Estado.Art. 33 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

DECRETO Nº 42.475/2010 

Aprova o Regulamento da Lei n° 5.139/2007, que dispõe sobre a fiscalização e o controle, pelo Estado do Rio de Janeiro, das compensações e das participações financeiras previstas no art. 20, § 1°, da Constituição da República Federativa do Brasil, oriundas das concessões, permissões, cessões e outras modalidades administrativas para a exploração de recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo, gás natural e outros recursos naturais, na forma que especifica, e dá outras providências.

 Art. 1° - Fica aprovado o Regulamento que acompanha este Decreto, o qual dispõe sobre a fiscalização e o controle, pelo Estado do Rio de Janeiro, das compensações e das participações financeiras previstas no art. 20, § 1°, da Constituição da República Federativa do Brasil, oriundas das

93

Page 94: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

concessões, permissões, cessões e outras modalidades administrativas para a exploração de recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo, gás natural e outros recursos naturais.Art. 2°- Os dispositivos abaixo indicados do Decreto nº 40613, de 15 de fevereiro de 2007 (Dispõe sobre a estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ), passam a vigorar com a seguinte redação:I - os itens 2.1.2 e 2.1.4, do artigo 5º:       “2.1.2 - Superintendência de Tributação e de Receitas Não-Tributárias;       2.1.2.1 - Coordenação da Comissão Técnica Permanente do ICMS;       2.1.2.2 - Coordenação de Consultas Jurídico-Tributárias;       2.1.2.3 - Coordenação de Estudos e Legislação das Receitas Tributárias;       2.1.2.4 - Coordenação de Estudos e Legislação das Receitas Não-Tributárias;       2.1.2.5 - Divisão de Apoio Administrativo;       2.1.4 - Superintendência de Cadastro e Informações Econômico-Fiscais;II - os incisos XVI e XVIII, do artigo 6º:       “XVI - Compete a Subsecretaria de Receita:a) colaborar com o Secretário de Estado de Fazenda no desempenho de suas atribuições pertinentes às políticas e à arrecadação das receitas tributárias e não-tributárias do Estado;b) coordenar e supervisionar a Subsecretaria Adjunta de Fiscalização, a Superintendência de Tributação e de Receitas Não-Tributárias, a Superintendência de Cadastro e Informações Econômico-Fiscais, a Superintendência de Arrecadação e a Junta de Revisão Fiscal;c) demais atribuições que lhe sejam delegadas;       XVIII - Compete à Superintendência de Tributação e de Receitas Não-Tributárias:a) a orientação normativa, a supervisão técnica, o planejamento, a avaliação do sistema de tributação e do sistema de imposição e cobrança das receitas não-tributárias;b) a deliberação em processo de consulta jurídico-tributária e em processo pertinente às receitas não-tributárias;c) a deliberação em regime especial e de reconhecimento de imunidade, não-incidência, isenção e suspensão de tributo estadual, nos termos da legislação;d) baixar ato normativo sobre interpretação da legislação tributária e da legislação de regência das receitas não-tributárias;e) dar caráter normativo às decisões proferidas em processo de consulta; f) rever, a qualquer tempo, a decisão proferida em processo relativo a consulta e firmar nova orientação não sujeita a recurso;g) representar a Secretaria de Estado de Fazenda junto à ComissãoTécnica Permanente do ICMS;h) assessorar o Secretário de Estado de Fazenda junto ao ConselhoNacional de Política Fazendária;i) submeter à apreciação superior processo relativo a crédito acumulado, dilatação de prazo e outros incentivos e benefícios fiscais;j) propor ao Secretário de Estado de Fazenda alteração no processo administrativo-tributário e na legislação relativa às receitas tributárias e não-tributárias;k) decidir recurso voluntário em processo que diga respeito à consulta pertinente às receitas não-tributárias e à consulta, regime especial, pedidos de reconhecimento de imunidade, não incidência, isenção e suspensão de tributo estadual, nos termos da legislação;l) decidir recurso de ofício em processo de restituição de tributo estadual nas hipóteses previstas na legislação tributária.III - o Anexo IV:

94

Page 95: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

REGULAMENTO DAS RECEITAS NÃO-TRIBUTÁRIAS DECORRENTES DA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURAL, QUE

ACOMPANHA O DECRETO Nº 42.475/2010ANEXO IV TÍTULO I

DAS RECEITAS NÃO-TRIBUTÁRIAS DECORRENTES DA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

CAPÍTULO I Disposições preliminares Arts. 1º e 2º

CAPÍTULO IIDa compensação financeira pela exploração de recursos hídricos para geração de energia elétrica

Arts. 3º e 4º

CAPITULO III Da compensação financeira pela exploração de recursos minerais Arts. 5º a 9ºCAPÍTULO IV Das compensações financeiras pela exploração de petróleo e gás natural Arts. 10 a 13

TÍTULO IIDAS OBRIGAÇÕES DOS CONCESSIONÁRIOS, PERMISSIONÁRIOS, CESSIONÁRIOS E TERCEIROS

RESPONSÁVEIS PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

CAPÍTULO I Do pagamento Arts. 14 e 15CAPÍTULO II Do arbitramento Arts. 16 e 17CAPITULO III Do parcelamento Art. 18CAPÍTULO IV Dos deveres instrumentais Art. 19

TÍTULO IIIDAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

CAPÍTULO I Das infrações Art. 20CAPÍTULO II Das penalidades aplicáveis Arts. 21 a 23

TÍTULO IVDA FISCALIZAÇÃO E DO LANÇAMENTO

CAPITULO I Disposições gerais Arts. 24 a 28

CAPÍTULO II

Seção I - Disposições preliminares Arts. 29 e 30Seção II – Da Intimação Art. 31Seção III – Dos prazos Art. 32Seção IV – Do auto de Infração Arts. 33 a 37Seção III – Da impugnação Arts. 38 a 47Seção IV – Do julgamento Art. 48Seção V – Da dívida ativa Art. 49

TÍTULO VDISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Arts 50 a 52

TÍTULO IDAS RECEITAS NÃO-TRIBUTÁRIAS DECORRENTES DA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS

HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURALCAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1° - Este Regulamento disciplina a Lei n° 5.139, de 29 de novembro de 2007, que dispõe sobre os procedimentos de administração, de fiscalização, de arrecadação e de lançamento das receitas não-tributárias deste Estado, decorrentes da exploração de recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás natural, por concessão, permissão, cessão e outras modalidades administrativas.§ 1º - Para os efeitos do disposto na Lei nº 5.139/2007, são receitas não-tributárias as compensações e as participações financeiras decorrentes da exploração de recursos hídricos e minerais, previstas no art. 20, § 1º da Constituição Federal, qualquer que seja a denominação que lhes venha a ser atribuída.§ 2º - As receitas definidas no § 1º deste artigo constituem receita originária do Estado do Rio de Janeiro, nos termos do art. 20, § 1º, da Constituição Federal.

95

Page 96: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 3°- Os procedimentos de administração, de fiscalização, de arrecadação e de lançamento das receitas não-tributárias serão executados privativamente por Fiscais de Rendas da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro – SEFAZ/RJ e se restringirão às parcelas de receitas originárias pertencentes a este Estado, sem prejuízo do disposto no art. 37, parágrafo único deste Regulamento.§ 4º - A Secretaria de Estado de Fazenda editará os atos complementares que se fizerem necessários à realização dos procedimentos de que trata o caput deste artigo, inclusive para instituir outros documentos e deveres instrumentais além daqueles fixados neste Regulamento, definindo-lhes o conteúdo, as formas e os prazos de apresentação.§ 5º - Os atos normativos de que trata o § 4º poderão disciplinar as compensações e as participações devidas pelos diversos setores econômicos de forma individual ou conjunta.Art. 2º - O Estado do Rio de Janeiro, por meio da SEFAZ, pode firmar convênios de cooperação técnica com a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e seus respectivos órgãos e entidades, para auxiliar na fiscalização de que trata este Regulamento.§ 1º - Nos convênios a que se refere o caput deste artigo, devem ser observados os direitos constitucionalmente assegurados de cada ente federativo.§ 2º - Os convênios previstos no caput deste artigo deverão ser comunicados à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

CAPÍTULO IIDA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS PARA FINS

DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICAArt. 3º - As empresas que explorem recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica devem recolher a devida Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos - CFURH ao Estado do Rio de Janeiro, observando-se a legislação federal pertinente nos termos de ato a ser editado pela Secretaria de Estado de Fazenda.Art. 4º - Para efeito de apuração e fiscalização do recolhimento da compensação financeira referida no art. 3º deste Regulamento, os concessionários, os permissionários, os cessionários ou os terceiros que explorem recursos hídricos devem apresentar à SEFAZ, até o segundo dia útil após a entrega à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, todos os documentos necessários à efetiva verificação do valor apurado, especialmente o Demonstrativo de Apuração da CFURH.§ 1º - No demonstrativo referido no “caput” deste artigo, deve constar a quantidade de energia gerada pelas empresas a que se refere este Capítulo, o valor da Tarifa Atualizada de Referência - TAR do mês da geração e o percentual correspondente à CFURH.§ 2º - O valor sobre o qual deve incidir a CFURH deve ser o correspondente ao da energia comercializada pelas empresas geradoras no barramento de saída.§ 3º - Ato do Secretário de Estado de Fazenda estabelecerá a forma de apresentação dos documentos e Demonstrativo de que trata o caput deste artigo.

CAPITULO IIIDA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS

Art. 5º - As empresas que explorem recursos minerais devem recolher a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM, ao Estado do Rio de Janeiro, observando-se a legislação federal pertinente.Art. 6º - Para efeito de apuração e fiscalização do recolhimento da compensação financeira referida no art. 5º deste Regulamento, os concessionários, os permissionários, os cessionários ou os terceiros que explorem recursos minerais devem apresentar à SEFAZ, até o segundo dia útil após a entrega ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, discriminados por substância mineral, os seguintes documentos:I - demonstrativo de apuração da CFEMII - relatório anual de atividades, nos termos da legislação federal;III - contratos de concessão, permissão, cessão ou outros instrumentos congêneres, na forma regular;IV - Declaração de Investimento em Pesquisa Mineral - DIPEM;

96

Page 97: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

V - ficha de registro de apuração preenchida nos termos da legislação federal;§ 1º - As deduções autorizadas devem ser discriminadas de modo que identifiquem a origem dos valores utilizados para efeito de dedução.§ 2º - O ICMS dedutível para apuração do faturamento líquido sobre as operações de venda do produto mineral é o resultante da aplicação da alíquota sobre a base de cálculo em que incidir o imposto.§ 3º - Na venda de água mineral sujeita à substituição tributária, o valor do ICMS Substituição deve ser considerado com base no valor total da nota fiscal.§ 4º - Equiparam-se à saída por venda o consumo ou a utilização da substância mineral em processo de industrialização realizado dentro das áreas da jazida, mina, salina ou outros depósitos minerais, suas áreas limítrofes e, ainda, em qualquer estabelecimento.Art. 7º - Na hipótese de vendas com cláusula CIF em que não tenham sido destacados, nas correspondentes notas fiscais, os valores dos transportes e dos seguros, estes somente podem ser deduzidos na apuração da base de cálculo da CFEM, relativa ao percentual do Estado, após a sua homologação pela SEFAZ.Art. 8º - Constituem documentos de entrega obrigatória à SEFAZ, dentre outros a serem definidos por ato do Secretário de Estado de Fazenda:I - demonstrativo de apuração da CFEM;II - relatório anual de atividades, nos termos da legislação federal;III - contratos de concessão, permissão, cessão ou outros instrumentos congêneres, na forma regular;IV - Declaração de Investimento em Pesquisa Mineral - DIPEM;V - ficha de registro de apuração preenchida nos termos da legislação federal.Art. 9º - Ato do Secretário de Estado de Fazenda estabelecerá a forma de apresentação dos documentos de que tratam os artigos 6º a 8º deste Regulamento, bem assim, quando for o caso, o respectivo prazo de apresentação.

CAPÍTULO IVDAS COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS PELA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

Art. 10 - As empresas que explorem petróleo e gás natural e os terceiros responsáveis pelo cumprimento de contratos para exploração de petróleo e de gás natural devem recolher ao Estado do Rio de Janeiro as devidas participações ou compensações financeiras referentes a esta exploração, observando-se a legislação federal pertinente.Art. 11 - Para efeito de apuração e fiscalização do recolhimento das participações ou compensações financeiras referidas no art. 10 deste Regulamento, os concessionários, os permissionários, os cessionários ou os terceiros responsáveis pela exploração de petróleo e de gás natural devem apresentar à SEFAZ, até o segundo dia útil após o prazo para a entrega à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, todas as informações necessárias à efetiva verificação do valor apurado, dentre outras a serem definidas por ato do Secretário de Estado de Fazenda.§ 1º - Em se tratando da Participação Especial pela exploração e produção de petróleo e gás natural, os concessionários, permissionários e terceiros responsáveis devem apresentar, até o segundo dia útil após a entrega à ANP, os relatórios de gastos por natureza relativos a cada campo de produção, discriminando, inclusive, os critérios de rateio dos gastos apropriados a cada campo.§ 2º - Os relatórios de gastos trimestrais devem compreender, separadamente, os gastos das fases de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural.§ 3º - As empresas de produção e exploração de petróleo e gás natural ou terceiros, assim como os responsáveis pelo transporte e armazenamento desses produtos, devem disponibilizar à SEFAZ todos os meios para que seja efetuada a medição ou avaliação nos navios transportadores de petróleo, bem como nos tanques de armazenamento das empresas que realizam as atividades de transporte e armazenamento de petróleo.§ 4º - Na medição ou avaliação de que trata o § 3º deste artigo, a ficha de medição ou avaliação deve ser verificada pelo representante do Fisco Estadual, através de sistemática disciplinada em ato do Secretário de Estado de Fazenda.

97

Page 98: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 12 - Constituem documentos de entrega obrigatória à SEFAZ, dentre outros a serem definidos por ato do Secretário de Estado de Fazenda:I - boletim mensal de produção de petróleo e gás natural referente a cada campo, relativamente ao período de 10 (dez) anos, contendo as propriedades físicas e químicas do petróleo e do gás natural produzidos; a comprovação das propriedades físicas e químicas das correntes de petróleo definidas pela ANP, discriminando a participação da produção de cada campo em cada corrente em cada mês; o Volume de Produção Fiscalizada de petróleo e condensado e de gás natural definido de acordo com o inciso X do art. 30 do Decreto federal 2.705/1998; o consumo de petróleo e de gás natural nas instalações de produção de cada campo; a quantidade de gás natural queimada nos pilotos dos flares e demais equipamentos de segurança, queimada nos flares das instalações de produção de cada campo, e reinjetada em cada campo;II - demonstrativo do cálculo do valor dos royalties sobre a produção de petróleo e gás natural nos últimos 10 anos, relativamente a cada campo de produção;III - demonstrativo de Apuração da Participação Especial sobre a produção de petróleo e gás natural nos últimos 10 anos, relativamente a cada campo de produção, que deverá vir acompanhado de detalhamento de todas as deduções efetuadas sobre a Receita Bruta de Produção, definidas no Art. 50 da Lei 9.478/97 e no Inciso VII do art. 30 do Decreto federal 2.705/1998;IV - contratos de concessão para exploração de petróleo e gás natural e outros instrumentos congêneres;V - relatórios trimestrais de gastos de cada campo de produção para efeito de apuração da participação especial;VI - relatórios de medição ou avaliação, teste e calibração referente à medição ou avaliação de petróleo e gás natural.VII - no caso da exploração e produção de petróleo e gás natural realizada por consórcio de empresas, os acordos de operação conjunta (Joint Operating Agreement - JOA ou qualquer outro nome atribuído a tais acordos), em forma de instrumento particular ou público, nos quais são estabelecidas as bases que regulam direitos e obrigações dos consorciados, bem como aspectos técnicos, operacionais e contábeis, para o cumprimento das obrigações assumidas no Contrato de Concessão a que se refere o inciso IV deste artigo.Parágrafo único - A Secretaria de Estado de Fazenda, sempre que entender necessário, poderá exigir do concessionário documentação que comprove as informações prestadas nos demonstrativos contidos nos incisos deste artigo.Art. 13 - Ato do Secretário de Estado de Fazenda estabelecerá a forma de apresentação dos documentos de que tratam os artigos 11 e 12, bem assim, quando for o caso, o respectivo prazo de apresentação.

TÍTULO IIDAS OBRIGAÇÕES DOS CONCESSIONÁRIOS, PERMISSIONÁRIOS, CESSIONÁRIOS E

TERCEIROS RESPONSÁVEIS PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS, INCLUSIVE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

CAPÍTULO IDO PAGAMENTO

Art. 14 - Os concessionários, permissionários, cessionários e outros que explorem recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e recursos minerais, inclusive petróleo e gás natural, são responsáveis pelo pagamento das receitas de que trata a Lei nº 5.139/2007.Art. 15 - O pagamento das participações ou das compensações financeiras decorrentes da exploração de recursos hídricos e de recursos minerais, inclusive petróleo e gás natural, deverá ser efetuado ao Estado do Rio de Janeiro na forma e nos prazos fixados na legislação federal.§ 1º - O pagamento efetuado a órgão ou entidade da União responsável pela transferência das receitas previstas neste artigo, inclusive a parcela pertencente a este Estado, das participações ou das compensações financeiras decorrentes da exploração de recursos hídricos e de recursos minerais,

98

Page 99: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

inclusive petróleo e gás natural, não afasta deste Estado a competência de exercer a fiscalização e efetuar o lançamento das receitas não-tributárias.§ 2º - Se da apuração levada a efeito pela fiscalização estadual resultar valor superior ao obtido pelos órgãos e entidades da União, poderá a SEFAZ efetuar a cobrança, diretamente ao concessionário, das diferenças constatadas, na forma estabelecida neste Regulamento.§ 3º - Enquanto perdurarem as normas da legislação federal, que estipulem que os pagamentos caibam diretamente à União, a parcela das receitas não tributárias pertencentes a este Estado, deverão ser pagas do seguinte modo: a parcela principal deverá ser recolhida diretamente à União; e as multas, juros e acréscimos moratórios, diretamente ao Estado.§ 4º - O pagamento espontâneo fora do prazo estabelecido, antes, porém, de qualquer procedimento fiscal, deve ser corrigido monetariamente com base no índice de variação da Unidade Fiscal de Referência do Estado do Rio de Janeiro - UFIR-RJ, ou outro indexador que regularmente venha a substituí-la, com os seguintes acréscimos:I - Juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ou fração de mês, incidentes a partir do primeiro dia do mês imediato subseqüente ao vencimento;II - multa de mora de 10% (dez por cento) sobre o montante final apurado.§ 5º - Não se considera espontâneo o pagamento efetuado após o início de qualquer procedimento administrativo ou de qualquer medida de fiscalização para apurar a falta do pagamento ou da infração.

CAPÍTULO IIDO ARBITRAMENTO

Art. 16 - A base de cálculo, para efeito da apuração e recolhimento das participações e das compensações financeiras, pode ser arbitrada pela autoridade fiscal, mediante processo regular, quando:I - não forem apresentados os documentos e livros solicitados pela fiscalização, no prazo regular;II - não forem apresentados documentos, métodos de cálculos ou dados que comprovem os valores lançados na apuração da participação ou da compensação financeira apurada nos termos deste Regulamento;III - forem utilizados critérios de cálculos ou deduzidas parcelas não autorizadas por lei ou pela legislação pertinente;IV - os preços que servirem para apuração e recolhimento das participações e compensações financeiras forem inferiores aos fixados pela legislação pertinente;V - forem extraviados os documentos, relatórios e livros que servirem para registro das operações para efeito de apuração e recolhimento das participações e compensações financeiras;VI - não for mantida escrituração nas formas das leis comerciais e fiscais, ou deixarem de ser elaboradas as demonstrações financeiras exigidas pela legislação;VII - o concessionário, permissionário, cessionário ou terceiro, legalmente obrigado, apresentar escrituração com indícios de fraude ou que contiver vício, erro ou informações inexatas, que não permitam a apuração da respectiva receita não tributária.§ 1º - Tratando-se de minerais, para efeito de arbitramento da base de cálculo, pode ser utilizado o preço nacional ou internacional, o que for mais favorável ao contribuinte.§ 2° - Para o arbitramento da base de cálculo de que trata este artigo, devem ser considerados:I - os dados oficiais publicados pelas agências reguladoras, órgãos federais e estaduais ou outras instituições oficiais;II - os dados publicados por revistas técnicas especializadas, nacionais e estrangeiras;III - as informações disponíveis nos arquivos e bancos de dados da SEFAZ;IV - os dados contábeis do responsável pela respectiva exploração.§ 3º - A Secretaria de Estado de Fazenda poderá expedir normas e instruções que objetivem definir ou detalhar os métodos e critérios de arbitramento.

99

Page 100: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 17 - Nas transferências entre empresas do mesmo grupo, ou entre estabelecimentos pertencentes ao mesmo titular, a base de cálculo das receitas não-tributárias deve refletir os preços correntes no mercado atacadista, podendo vir a ser fixada mediante ato do Secretário de Estado de Fazenda, na hipótese de não ser comprovada a formação do preço praticado.

CAPÍTULO IIIDO PARCELAMENTO

Art. 18 - Os débitos não-tributários decorrentes de lançamento ou denunciados espontaneamente, e seus acréscimos legais, inclusive multa quando aplicável, podem ser parcelados em até 24 (vinte e quatro) meses, em parcelas iguais, não podendo a parcela mensal ser inferior a 300 (trezentas) UFIRs-RJ.§ 1º - O pedido de parcelamento deve ser analisado pelo administrador da área fiscal a que estiver vinculado o devedor, conforme definido pela SEFAZ, e concedido dentro de 60 (sessenta) dias, contados da protocolização do requerimento.§ 2º - Na ausência de pronunciamento por parte da SEFAZ, no prazo determinado no §1º deste artigo, deve ser considerado como deferido o pedido de parcelamento.§ 3º - O atraso do pagamento de qualquer parcela acarreta o vencimento das demais parcelas e implica o cancelamento automático do parcelamento.§ 4º - Em nenhuma hipótese, o mesmo débito pode ser parcelado mais de uma vez, assim como não deve ser concedido novo parcelamento enquanto não quitado integralmente o parcelamento anterior.§ 5º - O pedido de parcelamento importa em confissão irretratável do débito.

CAPÍTULO IVDOS DEVERES INSTRUMENTAIS

Art. 19 - Os concessionários, os permissionários, os cessionários e os terceiros que explorem recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás natural, neste Estado, deverão apresentar à SEFAZ, na forma e prazo previstos em ato do Secretário de Estado de Fazenda, os seguintes documentos:I - cópia autenticada dos contratos de concessão, de permissão, de cessão e outros instrumentos contratuais congêneres para a exploração de recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás natural;II - Cópia autenticada dos acordos de operação conjunta (Joint Operating Agreement - JOA ou qualquer outro nome atribuído a tais acordos), no caso da exploração e produção de petróleo e gás naturalrealizada por consórcio de empresas, citados no inciso VII do art. 12 deste Regulamento;III - comprovantes dos pagamentos da compensação ou da participação financeira advindas da exploração hídrica e mineral e, se for o caso, do pagamento da participação aos proprietários da terra;IV - cópia autenticada dos dados produtivos;V - fluxo dos processos produtivo e logístico, desde a extração até o consumidor final, inclusive as operações e as transações realizadas entre os estabelecimentos do mesmo grupo econômico, com a descrição pormenorizada de cada etapa, compreendendo planta de beneficiamento, quando cabível, para cada um dos recursos minerais explorados;VI - dados de processos e de produção, níveis de tanques e similares, silos, dispositivos de carga e descarga de insumos, matérias-primas e produtos.§ 1º - Os dados referidos no presente artigo deste Regulamento deverão ser fornecidos através de sistema a ser definido pela SEFAZ, disciplinado em ato do Secretário de Estado de Fazenda.§ 2º - O fornecimento de informações e dados em desacordo com o sistema definido somente deve ser aceito com a anuência prévia da SEFAZ, por escrito.§ 3º - A SEFAZ pode exigir a instalação de instrumentos de medição ou avaliação e de transmissão de dados para efeito de controle do balanço físico de produção.§ 4º - A Secretaria de Estado de Fazenda, sempre que entender necessário, poderá exigir do concessionário documentação que comprove as informações prestadas nos demonstrativos contidos nos incisos deste artigo.

TÍTULO III

100

Page 101: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADESCAPÍTULO I

DAS INFRAÇÕESArt. 20 - Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em inobservância, por parte de pessoa natural ou jurídica, de obrigação, negativa ou positiva, estabelecida ou disciplinada em lei ou em atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-la.§ 1º - A responsabilidade por infração relativa às participações ou às compensações financeiras independe da intenção do agente ou beneficiário, bem como da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.§ 2º - Respondem pela infração, conjunta ou isoladamente, todos os que tenham concorrido, de qualquer forma, para a sua prática ou dela se beneficiarem.§ 3º - As infrações à Lei 5.139/2007, e a este Regulamento devem ser apuradas mediante a lavratura de auto de infração e regular processo administrativo, assegurados os princípios do contraditório e da ampla defesa.

CAPÍTULO IIDAS PENALIDADES APLICÁVEIS

Art. 21 - A pessoa natural ou jurídica, ou responsável, pelas infrações pertinentes referentes às participações e compensações financeiras de que tratam a Lei 5.139/07 e este Regulamento, sujeitam-se as seguintes penalidades:I - Com relação ao cumprimento da obrigação principal:a) deixar de recolher, no todo ou em parte, as compensações financeiras, quando declaradas em demonstrativo ou outro documento utilizado na apuração da compensação: multa de 50% (cinqüenta por cento) do valor devido;b) deixar de recolher, no todo ou em parte, as compensações financeiras quando não declaradas em demonstrativo ou outro documento utilizado na apuração da compensação: multa equivalente a 100% (cem por cento) do valor devido;c) fraudar livros ou documentos fiscais e não fiscais, ou utilizar documentos fraudados, para iludir o Fisco e fugir ao pagamento, no todo ou em parte, das participações ou contribuições financeiras ou, ainda, para propiciar a terceiros o não-pagamento da participação ou da compensação financeira: multa equivalente a 200% (duzentos por cento) do valor devido;d) agir em conluio, com pessoas físicas ou jurídicas para tentar, de qualquer modo, impedir ou retardar o conhecimento, pela autoridade fazendária, da ocorrência de fato gerador das receitas não-tributárias, de modo a reduzir as participações ou compensações financeiras devidas ou, ainda, evitar ou diferir o seu pagamento: multa equivalente a 200% (duzentos por cento) do valor das compensações financeiras.II - Com relação ao cumprimento dos deveres instrumentais:a) deixar de apresentar à fiscalização o demonstrativo trimestral da apuração da participação especial: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ, por documento não apresentado;b) deixar de apresentar plano de desenvolvimento aprovado para cada campo de produção: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por cada plano não apresentado;c) deixar de apresentar plano anual de produção: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por plano não apresentado;d) deixar de apresentar programa anual de trabalho: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por programa não apresentado;e) deixar de apresentar boletim mensal de produção, por campo de produção: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por boletim não apresentado;f) deixar de apresentar os contratos de concessão, permissão, cessão ou outros instrumentos congêneres: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por contrato não apresentado;

101

Page 102: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

g) deixar de apresentar os demonstrativos dos custos de produção por natureza de gastos por cada campo de produção: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por demonstrativo não apresentado;h) deixar de entregar os relatórios de medição ou avaliação, de teste e de calibração referentes à medição ou avaliação de petróleo e gás natural: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por relatório não apresentado;i) deixar de apresentar, nos prazos fixados por este Regulamento, o demonstrativo de apuração da compensação e da participação financeira pela exploração de recursos minerais ou o demonstrativo de apuração da compensação e da participação financeira pela exploração de recursos hídricos: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por demonstrativo não apresentado;j) deixar de apresentar, nos prazos fixados por este Regulamento, o Relatório Anual de Lavra - RAL: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por relatório não apresentado;k) deixar de apresentar Declaração do investimento em Pesquisa Mineral - DIPEM: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por declaração não apresentada;l) deixar de apresentar Ficha de Registro de Apuração, preenchida nos termos da legislação federal pertinente: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por documento não apresentado;m) deixar de entregar, quando solicitados pela autoridade fiscal, os livros, documentos, demonstrativos, arquivos e papéis de efeito econômico- fiscal: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por livro ou demonstrativo não apresentado;n) deixar de informar, mediante emissão de documento revisão, qualquer alteração no teor ou nos dados dos documentos já fornecidos à SEFAZ, com as devidas justificativas: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ por documento.o) praticar qualquer outra conduta, não expressamente mencionada neste artigo, contrária a dispositivo da legislação: multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIRs-RJ.§ 1º - O prazo para a apresentação dos documentos listados nas alíneas “a” a “n” do inciso II deste artigo será previsto em ato da Secretaria de Estado de Fazenda.§ 2º - Transcorridos 30 (trinta) dias do não cumprimento dos deveres instrumentais, a SEFAZ deve proceder ao devido arbitramento, na forma regularmente prevista.Art. 22 - Quando do pagamento do débito não-tributário, se este for pago integralmente, deve haver os seguintes descontos na multa fiscal, desde que recolhida com o principal:I - 50% (cinqüenta por cento), se for pago dentro de 10 (dez) dias contados a partir da ciência da lavratura do auto de infração;II - 40% (quarenta por cento), se for pago entre o 11º (décimo primeiro) dia e o 20º (vigésimo), contados da ciência da lavratura do auto de infração;III - 30% (trinta por cento), se for pago entre o 21º (vigésimo primeiro) dia e o 30º (trigésimo), contados a partir da ciência da lavratura do auto de infração;IV - 25% (vinte e cinco por cento) se for pago antes da distribuição para julgamento em 1ª instância e 20% (vinte por cento) se antes da distribuição para julgamento em 2ª instância, do processo administrativo fiscal;V - 10% (dez por cento) se for pago antes do encaminhamento para execução do débito.§ 1º - Nos casos de comprovada má-fé e de reincidência específica não é permitida a redução de que trata este artigo.§ 2º - Entende-se como reincidência específica a repetição da mesma infração pelo mesmo agente infrator, quando a decisão condenatória proferida em processo anterior já não for mais passível de recursos no Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro, hipótese em que a multa fiscal de que trata o art. 21 deste Regulamento deve ser aplicada em dobro.§ 3º - No caso de reincidência específica, o autuante deve fazer constar obrigatoriamente, no corpo do auto de infração lavrado, o número do auto de infração e do processo que serviram para caracterizar a reincidência específica.

102

Page 103: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 4º - Os percentuais de redução a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo devem ser mantidos na hipótese de reabertura de prazo em favor do autuado e antes da distribuição do processo administrativo fiscal para julgamento.Art. 23 - Na hipótese de parcelamento, as multas aplicáveis serão reduzidas para:I - no caso de denúncia espontânea do responsável, 30% (trinta por cento) do valor não recolhido;II - se o recolhimento for motivado por ação fiscal, 50% (cinqüenta por cento) do seu valor, no prazo previsto para a impugnação da exigência;III - no caso de descumprimento de obrigação acessória, 40% (quarenta por cento) do seu valor, se o parcelamento for espontâneo.

TÍTULO IVDA FISCALIZAÇÃO E DO LANÇAMENTO

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 24 - A fiscalização das receitas não-tributárias compete privativamente aos Fiscais de Rendas que, no exercício de suas funções, deverão, obrigatoriamente, exibir ao responsável documento de identidade funcional fornecido pela SEFAZ.§ 1º - Inicia-se o procedimento de fiscalização das receitas não-tributárias com:I - a lavratura de intimação, de termo de início de fiscalização, de auto de infração ou de nota de lançamento; ouII - a lavratura de termo de arrecadação de livros e documentos; ouIII - a lavratura de auto de constatação de qualquer situação de fato relevante para a fiscalização.§ 2º - Ato do Secretário de Estado de Fazenda definirá os modelos dos documentos citados no parágrafo anterior.§ 3º - O acesso do Fiscal de Rendas a qualquer local ou estabelecimento onde deva ser exercida a fiscalização das receitas não tributárias está condicionado à apresentação de sua identidade funcional, bem como qualquer outra formalidade estabelecida em ato do Secretário de Estado de Fazenda.§ 4º - Havendo recusa de exibição de livro ou documento fiscal, contábil, comercial ou qualquer outro exigido pela SEFAZ, o Fiscal de Rendas, sem prejuízo da autuação cabível, pode lacrar móvel, depósito ou estabelecimento onde esteja o livro ou documento exigido, lavrando termo desse procedimento, com cópia para o responsável, solicitando, de imediato, à autoridade a que estiver subordinado, providências necessárias à exibição judicial desse livro ou documento.Art. 25 - As normas relativas à fiscalização do ICMS, inclusive a sua respectiva regulamentação, aplicam-se subsidiariamente ao procedimento de fiscalização das receitas não-tributárias, naquilo que não lhe for conflitante.§ 1º - Os tratamentos tributários especiais concedidos aos contribuintes do ICMS poderão não ser aplicados às receitas não-tributárias, mediante ato do Secretário de Estado de Fazenda.§ 2º - A SEFAZ poderá instituir tratamento tributário especial para as receitas não-tributárias, inclusive distinto das aplicáveis ao ICMS.Art. 26 - O lançamento das receitas não-tributárias, dos acréscimos ou das penalidades decorrentes de infração à legislação de regência, será efetuado por meio de auto de infração ou nota de lançamento.§ 1º - O início do procedimento fiscal alcança todos aqueles que estejam envolvidos nas infrações porventura apuradas e somente abrange os atos praticados antes do mesmo procedimento.§ 2º - A cobrança, pela União ou qualquer de seus órgãos ou entidades de fiscalização, das parcelas referentes às participações ou compensações financeiras não recolhidas ao Estado não impede o lançamento de eventuais diferenças apuradas pela SEFAZ, por meio de auto de infração, nos termos deste Regulamento.§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, do respectivo auto de infração somente constará a diferença entre a parcela exigida pelo órgão ou entidade de fiscalização da União e o apurado pela fiscalização estadual.

103

Page 104: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 4º - O auto de infração e a nota de lançamento poderão também ser lavrados por sistema eletrônico de processamento de dados.§ 5º - Ato do Secretário de Estado de Fazenda estabelecerá os requisitos e os modelos do auto de infração e da nota de lançamento.Art. 27 - Salvo nos casos expressamente previstos, verificada qualquer infração à legislação de regência das receitas não-tributárias, lavrar-se-á auto de infração, que constitui o elemento essencial do processo de fiscalização das receitas não-tributárias, devendo conter os requisitos indispensáveis à identificação do responsável, descrição do fato, indicação dos dispositivos infringidos, bem como os cominadores das respectivas sanções, o valor a ser pago, o local do pagamento, o dia, a hora e o local da lavratura.§ 1º - O valor do crédito exigido no auto de infração deverá estar expresso em moeda corrente, segundo o padrão monetário vigente à data da sua lavratura e no respectivo índice oficial de atualização monetária adotado por este Estado, se houver.§ 2º - As incorreções ou as omissões do auto não acarretarão a sua nulidade quando do processo constarem elementos suficientes para determinar com segurança a natureza da infração e a pessoa do infrator.§ 3º - Nenhum auto de infração ou nota de lançamento decorrente da presente Lei poderá ser arquivado sem despacho fundamentado da autoridade competente, no próprio auto ou notificação, ou no respectivo processo.Art. 28 - A falta de recolhimento de receita não-tributária regularmente declarada será passível de constituição do crédito por meio de instrumento específico.§ 1º - O instrumento referido no caput deste artigo deverá conter a identificação do responsável passivo, a descrição do fato, o valor da receita não-tributária a ser paga, expresso em moeda corrente e no índice oficial de atualização monetária, se houver; o local e a data da lavratura.§ 2º - Feita a intimação do instrumento referido no caput deste artigo, o sujeito passivo terá o prazo de 10 (dez) dias para:I - efetuar o recolhimento com multa de mora de 10% (dez por cento) da receita não-tributária devida, sem prejuízo do disposto no art. 21, I, “a” deste Regulamento, acrescida de atualização monetária, se houver, e juros legais;II - apresentar pedido de revisão do instrumento referido no caput deste artigo, na hipótese de erro de fato no preenchimento de declaração, de documento e de guia informativa ou na escrituração de livros,demonstrando o erro cometido.§ 3º - Na hipótese do §2º, inciso II, após a decisão do pedido será reaberto o prazo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento da intimação, para o recolhimento do valor exigido com os acréscimos legais.§ 4º - A decisão proferida acerca do pedido de revisão da do instrumento referido no caput deste artigo não comporta recurso. 

CAPÍTULO IIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Seção IDisposições Preliminares

Art. 29 - Este capítulo rege o processo administrativo de determinação e exigência dos créditos decorrentes das receitas não-tributárias de que trata a Lei nº 5.139, de 29 de novembro de 2007.Art. 30 - Nos processos referentes à constituição de créditos das receitas não-tributárias, observar-se-á, subsidiariamente, a Lei federal nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil; Decreto-Lei estadual nº 05, de 15 de março de 1975 - Código Tributário Estadual; e Decreto estadual nº 2.473, de 06 de março de 1979 – Processo Administrativo -Tributário Estadual.

Seção IIDa Intimação

104

Page 105: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 31 - As intimações previstas neste Regulamento serão feitas, alternativamente, por uma das seguintes formas:I - mediante ciência, no respectivo processo, com a aposição de data e assinatura do responsável, de seu representante legal ou preposto;II - por termo lavrado em qualquer um dos livros fiscais, mediante o "ciente", com a aposição de data e assinatura do responsável, seu representante legal ou preposto;III - por meio de comunicação expedida sob registro, com prova de recebimento;IV - por autoridade fiscal, mediante entrega de cópia do auto de infração ou de quaisquer outros documentos de efeito fiscal, contra recibo datado e assinado pelo responsável, seu representante legal ou preposto; ouV - por meio de edital, mediante uma publicação no órgão de imprensa oficial do Estado.

Seção IIIDos Prazos

Art. 32 - Ato do Secretário de Estado de Fazenda definirá os prazos aplicáveis ao procedimento de fiscalização das receitas não - tributárias.

Seção IVDo Auto de Infração

Art. 33 - A constatação de infração à legislação e a exigência do crédito não-tributário formalizam-se pelo auto de infração.Art. 34 - O Auto de Infração será lavrado por Fiscal de Rendas do Estado, e conterá:I - a qualificação do autuado;II - o local, a data e a hora da lavratura;III - a descrição do fato;IV - a indicação da importância total cujo recolhimento é exigido, discriminadas as receitas não-tributárias e as penalidades, conforme o caso;V - a capitulação do fato, mediante citação do dispositivo legal infringido e do que lhe comine a sanção;VI - a referência ao termo respectivo quando ocorrer a apreensão de bens, livros ou de documentos;VII - a indicação dos locais onde deverá ser feito o pagamento ou apresentado o recurso;VIII - a intimação para o pagamento do débito ou para a apresentação do recurso ao auto de infração na forma estabelecida neste Regulamento;IX - a assinatura do autuante e do autuado ou das testemunhas, no caso de recusa do autuado, se a intimação for pessoal.Art. 35 - Na hipótese de os valores recolhidos não corresponderem aos dados obtidos pela Fiscalização, somente será lavrado auto de infração em relação à diferença apontada, acrescida dos acessórios legais.Art. 36 - As incorreções ou omissões do auto de infração não acarretarão a sua nulidade, quando do processo constarem elementos suficientes para determinar, com segurança, a natureza da infração e a pessoa do infrator.Parágrafo Único - Os erros de fato, porventura existentes no auto, inclusive aqueles decorrentes de cálculos ou de capitulação da infração ou da multa, poderão ser corrigidos por Fiscal de Rendas do Estado, mediante lavratura de Termo de Revisão de Lançamento, conforme modelo definido em ato do Secretário de Estado de Fazenda, devendo o Termo conter os mesmos requisitos do auto de infração, sendo o responsável cientificado da correção e devolvido o prazo para a apresentação do recurso ou de recolhimento com redução.Art. 37 - Se for apurada diferença entre o valor pago pelo concessionário, permissionário, cessionário ou terceiros, a SEFAZ somente autuará o que for considerada receita originária do Estado do Rio de Janeiro, na forma da legislação federal.

105

Page 106: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Parágrafo Único - A SEFAZ comunicará ao órgão federal regulador da atividade a que se refere a receita não-tributária, sobre a parte que exceder o montante considerado receita originária do Estado do Rio de Janeiro.

Seção IIIDa Impugnação

Art. 38 - A impugnação do auto de infração ou da nota de lançamento, após regular intimação, instaura a fase litigiosa do procedimento e suspende a exigibilidade do crédito.Parágrafo Único - Não sendo o auto de infração ou a nota de lançamento impugnados no prazo de trinta dias a contar da ciência, o processo será encaminhado à autoridade competente para a inscrição do crédito lançado em dívida ativa.Art. 39 - A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, deverá ser apresentada junto ao Protocolo Geral do Conselho de Contribuintes, no prazo de trinta dias, contados da data em que se considerar realizada a intimação da exigência.Parágrafo Único - Quando o responsável reconhecer como efetivamente devida parte do crédito, poderá efetuar o pagamento, com os acréscimos de lei, juntando à impugnação o respectivo comprovante, prosseguindo em discussão o crédito remanescente.Art. 40 - A impugnação mencionará:I - a autoridade a quem é dirigida;II - a qualificação do impugnante;III - os motivos de fato e de direito em que ele se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; eIV - as diligências ou perícias que o impugnante pretende sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, os períodos de apuração que deverão abranger, assim como o nome, endereço e a qualificação profissional de seu assistente técnico.§ 1º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que:I - fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior;II - se refira a fato ou direito superveniente; ouIII - se destine a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidos aos autos.§ 2º - A juntada de documentos após a impugnação deverá ser requerida à autoridade julgadora mediante petição em que se demonstre, fundamentadamente, a ocorrência de uma das condições mencionadas no § 1º.§ 3º Considerar-se-á não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo recorrente.§ 4º - É vedado reunir, em uma só petição, impugnações referentes a mais de um auto de infração, ainda que verse sobre assunto da mesma natureza, ou que se refira ao mesmo responsável.Art. 41 - A autoridade julgadora determinará, de ofício ou a requerimento do interessado, a realização de diligência ou de perícia quando as entender necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis.Art. 42 - Determinada a realização de perícia, a autoridade julgadora remeterá o processo à repartição competente, a fim de ser designado servidor para proceder aos exames, na qualidade de perito.Art. 43 - Designado o perito, o titular da repartição convocará o assistente técnico indicado pelo sujeito passivo para participar da perícia, determinando local, dia e hora de comparecimento.Art. 44 - O laudo será redigido pelo perito e assinado por ele e pelo assistente técnico.Parágrafo Único - Se houver divergência entre o perito e o assistente técnico, cada qual redigirá um laudo em separado, com as razões em que se fundamentem suas conclusões.Art. 45 - A autoridade julgadora não ficará adstrita ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos.

106

Page 107: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Art. 46 - É competente para decidir do processo administrativo, em instância única, o Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro, com observância ao estabelecido neste Regulamento e em seu Regimento Interno.Art. 47 - Os requisitos formais para o pedido de impugnação serão disciplinados em ato do Secretário de Estado de Fazenda.

Seção IVDo Julgamento

Art. 48 - O Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro é a única instância administrativa competente para o julgamento dos processos administrativos a que se refere esse capítulo, na forma que dispuser o seu Regimento Interno.Parágrafo Único - Das decisões proferidas por uma das câmaras do Conselho cabe recurso para o Conselho Pleno, quando a decisão de Câmara não for unânime ou divergir de decisão proferida por outra Câmara ou pelo Conselho Pleno, relativamente ao direito em tese.

Seção VDa Dívida Ativa

Art. 49 - Os créditos do Estado, relativos às receitas não-tributárias decorrentes da Lei nº 5.139, de 29 de novembro de 2007, antes de serem encaminhados à cobrança executiva, serão inscritos em dívida ativa pelo órgão próprio da Procuradoria Geral do Estado - PGEParágrafo Único - A cobrança da dívida ativa será efetuada pela PGE.

TÍTULO VDISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 50 - A SEFAZ poderá exigir dos concessionários, dos permissionários, dos cessionários e dos terceiros que explorem recursos hídricos e minerais, inclusive petróleo e gás natural, neste Estado, a apresentação dos documentos a que se refere o art. 16 da Lei nº 5.139, em vigor ou que tenham vigorado nos últimos 12 (doze) anos.Parágrafo Único - Os documentos deverão ser apresentados no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da intimação, na forma e condições estabelecidas em ato do Secretário de Estado de Fazenda.Art. 51 - Do valor da arrecadação de multas e de juros de mora por infração à legislação de receitas não-tributárias, inclusive decorrentes de débitos inscritos em dívida ativa, serão destacados:I - 15% (quinze por cento), para compor o Fundo de Administração Fazendária - FAF;II - 15% (quinze por cento), para compor o Fundo de Modernização e Incentivo à Cobrança da Dívida Ativa e de Reestruturação Administrativa da Procuradoria Geral do Estado.Art. 52 - Este Regulamento entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2010

DECRETO 44.007/2012Concessão de parcelamento - Novas disposições -

Retificação O Decreto nº 44.007/2012 foi retificado no DOE de 03.01.2013, devido incorreção que constou de sua publicação original. Por meio deste ato, foram estabelecidas disposições relativas ao parcelamento de créditos tributários e de créditos não tributários a que se refere a Lei n° 5.139/2007, de forma a tratar sobre: a) os débitos abrangidos; b) o valor mínimo das parcelas; c) o

107

Page 108: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

número de parcelas; d) a hipótese de reparcelamento; e) o cálculo do montante e o pagamento; f) a rescisão do parcelamento.As novas disposições produzirão efeitos a partir de 02 de janeiro de 2013 e revogaram os Decretos nº 25.228/1999 e 31.233/2002, que dispunham sobre o mesmo assunto.

Seção IDas Disposições Gerais

Art. 1º. Os créditos tributários, assim como os não tributários a que se refere a lei nº 5.139, de 29 de novembro de 2007, vencidos e ainda não inscritos em dívida ativa, poderão ser quitados mediante parcelamento, na forma deste Decreto.§ 1º Não será concedido parcelamento de crédito tributário decorrente de:I - desembaraço aduaneiro de mercadoria importada do exterior, quando destinada à comercialização ou industrialização;II - imposto retido por substituição tributária.§ 2º Na hipótese de créditos originários de IPVA, o parcelamento será realizado de acordo com legislação própria.Art. 2º. O pedido de parcelamento importará:I - confissão extrajudicial irrevogável e irretratável do crédito;II - renúncia a direito de impugnação, reclamação ou recurso administrativo; ou desistência dessas ações, se já estiverem em curso.Art. 3º. Compete ao Secretário de Estado de Fazenda ou às autoridades por ele designadas a concessão do parcelamento dos créditos não inscritos na dívida ativa do Estado do Rio de Janeiro.Art. 4º. Ato do Secretário de Estado de Fazenda poderá restringir o número de parcelamentos concedidos por contribuinte.Parágrafo único. No caso dos créditos não tributários, regulados por este Decreto, é vedada a concessão de novo parcelamento enquanto não quitado integralmente o parcelamento anterior.

Seção IIDas Condições Para a Concessão do Parcelamento

Art. 5º. O parcelamento poderá ser concedido:I - em até 60 (sessenta) parcelas para débitos do ICMS;II - em até 24 (vinte e quatro) parcelas para débitos de ITD;III - em até 24 (vinte e quatro) parcelas para créditos não tributários de que trata a Lei nº 5.139 de 2007;IV - Revogado.Art. 6º. O valor mínimo da parcela será de:I - na hipótese de parcelamento concedido à pessoa jurídica, o equivalente em Reais a 450 (quatrocentos e cinqüenta) UFIR;II - para contribuinte pessoa física o equivalente em Reais a 65 (sessenta e cinco) UFIR.Art. 7º. A concessão do parcelamento poderá ficar condicionada à apresentação de fiança bancária, conforme dispuser a regulamentação a ser editada pela Secretaria de Estado de Fazenda.§ 1º A garantia mencionada no caput desse artigo deverá:I - garantir integralmente o montante do crédito;II - ser irrevogável no transcorrer do período da garantia;III - oferecer cobertura pelo período em que durar o parcelamento, acrescido de 03 (três) meses.§ 2º Na hipótese de reparcelamento deverá ser apresentada uma nova garantia, respeitando-se o disposto no §1º deste artigo.§ 3º O disposto no caput deste artigo não se aplicará ao contribuinte pessoa física.

Dispõe sobre o parcelamento de créditos tributários e de créditos não tributários a que se refere a Lei nº 5.139, de 29 de novembro de 2007, e dá outras providências.

108

Page 109: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 4º Quando o contribuinte estiver com situação cadastral inabilitada, a garantia prevista no caput deste artigo poderá ser exigida independentemente do valor do crédito.Art. 8º. O pedido de parcelamento de débitos não inscritos deverá ser efetuado:I - por meio eletrônico, no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda (www.fazenda.rj.gov.br), salvo nas hipóteses previstas no inciso II;II - pessoalmente, mediante requerimento a ser apresentado na repartição fiscal de circunscrição do contribuinte, nos seguintes casos:a) for exigida a prestação de garantia;b) o débito for decorrente de valor apurado pelo fisco em Auto de Infração ou Nota de Lançamento;c) o contribuinte não possua inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS ou sua inscrição esteja inabilitada;d) quando o crédito objeto do pedido for originário de ITD;e) em decorrência de problemas técnicos nos sistemas da Secretaria de Estado de Fazenda, os quais impossibilitem a protocolização do pedido na forma prevista no inciso I.Parágrafo único. Enquanto a instrumentalização do pedido por meio eletrônico a que se refere o inciso I do caput deste artigo não estiver disponível, o requerimento deverá ser apresentado na forma do inciso II.Art. 9º. Sempre que possível, e sendo atendidas todas as exigências, o parcelamento será concedido de forma automática.Parágrafo único. A inércia do contribuinte em dar andamento ao cumprimento de exigências por prazo superior a 10 (dez) dias implicará a imediata inscrição do débito na dívida ativa.Art. 10. A concessão do parcelamento:I - dispensa ciência do contribuinte;II - não implicará moratória, novação ou transação;III - se efetivará com o pagamento da primeira parcela.Art. 11. O contribuinte poderá solicitar, por uma única vez, o reparcelamento do saldo devedor.§ 1º Ocorrendo a hipótese prevista no caput deste artigo, o saldo devedor a ser reparcelado será acrescido de multa de 10% (dez por cento) a título de encargos financeiros.§ 2º No caso dos créditos não tributários, regulados por este Decreto, é vedado o reparcelamento de débitos.

Seção IIIDo Cálculo do Montante e do Pagamento

Art. 12. O montante do crédito objeto do pedido de parcelamento será consolidado na data do pleito acrescido, quando cabível, de juros de mora e multa de mora.Art. 13. Sobre o valor da parcela haverá a incidência de juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e Custódia - SELIC - para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente à data da consolidação do montante até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 01% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento da parcela estiver sendo efetuado.Art. 14. Sobre as parcelas pagas em atraso, além da incidência de juros na forma do Art. 13, haverá a incidência de multa de mora contada da data de vencimento da parcela.Art. 15. O parcelamento será pago em parcelas mensais e sucessivas, cuja data de vencimento será o dia 20 dos meses subseqüentes ao pagamento da primeira parcela.§ 1º Caso no dia do vencimento não haja expediente bancário, o vencimento será postergado para o primeiro dia subsequente em que haja expediente bancário.§ 2º A apropriação do pagamento, quando insuficiente, deve ser efetivada mediante distribuição proporcional do valor recolhido dentre os componentes da parcela, assim entendidos, o imposto e/ou a multa, os juros de mora e a multa de mora devidos na data do pagamento.

Seção IVDa Rescisão do Parcelamento

Art. 16. A rescisão do parcelamento ocorrerá nas seguintes situações:I - não pagamento de 03 (três) parcelas, consecutivas ou não;II - existência de alguma parcela ou saldo de parcela não paga por período maior que 90 (noventa) dias.§ 1º A rescisão do parcelamento acarretará o imediato encaminhamento do saldo devedor para inscrição em dívida ativa.§ 2º A rescisão do parcelamento ou do reparcelamento garantido na forma do art. 7º implicará a execução imediata da garantia oferecida, pelo saldo remanescente e atualizado do parcelamento.

109

Page 110: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

§ 3º Na hipótese prevista no caput o cálculo do saldo devedor será feito desconsiderando qualquer redução prevista na legislação de maneira proporcional ao saldo remanescente.§ 4º Na hipótese de parcelamentos dos créditos não tributários regulados por este decreto, a rescisão do parcelamento ocorrerá quando qualquer parcela não for paga integralmente em até 30 dias do seu vencimento.Art. 17. O envio dos créditos para inscrição na dívida ativa independe de prévia notificação.

Seção VDas Disposições Finais e Transitórias

Art. 18. A declaração de débito no pedido de parcelamento será de exclusiva responsabilidade do contribuinte.Parágrafo único. A concessão do parcelamento não implicará reconhecimento dos termos do débito declarado, tampouco renúncia ao direito de apurar sua exatidão e exigir diferenças, com aplicação das sanções legais cabíveis.Art. 19. Os créditos vencidos até 01 de janeiro de 2013 e objeto de pedido de parcelamento serão consolidados, obedecidas as seguintes normas:I - até 01 de janeiro de 2013 serão consolidados de acordo com as normas vigentes até aquela data;II - a partir de 02 de janeiro de 2013 serão acrescidos dos juros de mora calculados pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC até o último dia do mês anterior ao pedido, e de 01% (um por cento) relativamente ao mês em que o pedido de parcelamento for efetuado.Art. 20. Os parcelamentos concedidos até 01 de janeiro de 2013 continuarão regidos pelas regras vigentes até aquela data.Art. 21. A Secretaria de Estado de Fazenda regulamentará os procedimentos necessários para cumprimento desse decreto.Art. 22. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 02 de janeiro de 2013, revogadas as disposições em contrário em especial os Decretos nº 25228, de 29 de março de 1999, e nº 31.233, de 06 de abril de 2002.Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 2012

LEI COMPLEMENTAR 24/1975

Dispõe sobre os convênios para a concessão de isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias, e dá outras providências.

Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei.

110

Page 111: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica:

I - à redução da base de cálculo;

II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros;

III - à concessão de créditos presumidos;

IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus;

V - às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data.

Art. 2º - Os convênios a que alude o art. 1º, serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes do Governo federal.

§ 1º - As reuniões se realizarão com a presença de representantes da maioria das Unidades da Federação.

§ 2º - A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados representados; a sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes.

§ 3º - Dentro de 10 (dez) dias, contados da data final da reunião a que se refere este artigo, a resolução nela adotada será publicada no Diário Oficial da União.

Art. 3º - Os convênios podem dispor que a aplicação de qualquer de suas cláusulas seja limitada a uma ou a algumas Unidades da Federação.

Art. 4º - Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados da publicação dos convênios no Diário Oficial da União, e independentemente de qualquer outra comunicação, o Poder Executivo de cada Unidade da Federação publicará decreto ratificando ou não os convênios celebrados, considerando-se ratificação tácita dos convênios a falta de manifestação no prazo assinalado neste artigo.

§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se também às Unidades da Federação cujos representantes não tenham comparecido à reunião em que hajam sido celebrados os convênios.

§ 2º - Considerar-se-á rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente ratificado pelo Poder Executivo de todas as Unidades da Federação ou, nos casos de revogação a que se refere o art. 2º, § 2º, desta Lei, pelo Poder Executivo de, no mínimo, quatro quintos das Unidades da Federação.

Art. 5º - Até 10 (dez) dias depois de findo o prazo de ratificação dos convênios, promover-se-á, segundo o disposto em Regimento, a publicação relativa à ratificação ou à rejeição no Diário Oficial da União.

Art. 6º - Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação a que se refere o art. 5º, salvo disposição em contrário.

Art. 7º - Os convênios ratificados obrigam todas as Unidades da Federação inclusive as que, regularmente convocadas, não se tenham feito representar na reunião.

QUADRO COM OS PROCEDIMENTOS PARA CONCESSÃO E REVOGAÇÃO DOS BENEFÍCIOS

1Os convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes do Governo federal. (Art. 2º)

2 As reuniões se realizarão com a presença de representantes da maioria das Unidades da Federação. (Art. 2º, § 1º)

3A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados representados; a sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes. (Art. 2º, § 2º)

4Dentro de 10 (dez) dias, contados da data final da reunião, a resolução nela adotada será publicada no Diário Oficial da União. (Art. 2º, § 3º)

5 Os convênios podem dispor que a aplicação de qualquer de suas cláusulas seja limitada a uma ou a algumas Unidades da Federação. (Art. 3º)

111

Page 112: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

6

Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados da publicação dos convênios no Diário Oficial da União, e independentemente de qualquer outra comunicação, o Poder Executivo de cada Unidade da Federação (inclusive as Unidades da Federação cujos representantes não tenham comparecido à reunião) publicará decreto ratificando ou não os convênios celebrados, considerando-se ratificação tácita dos convênios a falta de manifestação no prazo assinalado neste artigo. (Art. 4º e § 1º)

7Considerar-se-á rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente ratificado pelo Poder Executivo de todas as Unidades da Federação ou, nos casos de revogação, pelo Poder Executivo de, no mínimo, quatro quintos das Unidades da Federação. (Art. 4º, § 2º)

8 Até 10 (dez) dias depois de findo o prazo de ratificação dos convênios, promover-se-á, segundo o disposto em Regimento, a publicação relativa à ratificação ou à rejeição no Diário Oficial da União. (Art. 5º)

9 Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação relativa à ratificação ou à rejeição no Diário Oficial da União. (Art. 6º)

10Os convênios ratificados obrigam todas as Unidades da Federação inclusive as que, regularmente convocadas, não se tenham feito representar na reunião. (Art. 7º)

Art. 8º - A inobservância dos dispositivos desta Lei acarretará, cumulativamente:

I - a nulidade do ato e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento recebedor da mercadoria;

Il - a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da lei ou ato que conceda remissão do débito correspondente.

Parágrafo único - As sanções previstas neste artigo poder-se-ão acrescer a presunção de irregularidade das contas correspondentes ao exercício, a juízo do Tribunal de Contas da União, e a suspensão do pagamento das quotas referentes ao Fundo de Participação, ao Fundo Especial e aos impostos referidos nos itens VIII e IX do art. 21 da Constituição federal.

Art. 9º - É vedado aos Municípios, sob pena das sanções previstas no artigo anterior, concederem qualquer dos benefícios relacionados no art. 1º no que se refere à sua parcela na receita do imposto de circulação de mercadorias.

Art. 10 - Os convênios definirão as condições gerais em que se poderão conceder, unilateralmente, anistia, remissão, transação, moratória, parcelamento de débitos fiscais e ampliação do prazo de recolhimento do imposto de circulação de mercadorias.

Art. 11 - O Regimento das reuniões de representantes das Unidades da Federação será aprovado em convênio.

Art. 12 - São mantidos os benefícios fiscais decorrentes de convênios regionais e nacionais vigentes à data desta Lei, até que revogados ou alterados por outro.

§ 1º - Continuam em vigor os benefícios fiscais ressalvados pelo § 6ºdo art. 3º do Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968, com a redação que lhe deu o art. 5º do Decreto-Lei nº 834, de 8 de setembro de 1969, até o vencimento do prazo ou cumprimento das condições correspondentes.

§ 2º - Quaisquer outros benefícios fiscais concedidos pela legislação estadual considerar-se-ão revogados se não forem convalidados pelo primeiro convênio que se realizar na forma desta Lei, ressalvados os concedidos por prazo certo ou em função de determinadas condições que já tenham sido incorporadas ao patrimônio jurídico de contribuinte. O prazo para a celebração deste convênio será de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação desta Lei.

§ 3º - A convalidação de que trata o parágrafo anterior se fará pela aprovação de 2/3 (dois terços) dos representantes presentes, observando-se, na respectiva ratificação, este quorum e o mesmo processo do disposto no art. 4º.

Art. 13 - O art. 178 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104."

Art. 14 - Sairão com suspensão do Imposto de Circulação de Mercadorias:

112

Page 113: Apostila 22 Legislacao Complementar Edital 2013_8400

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DE LEGISLAÇÃO ESTADUALELABORADO E DE USO EXCLUSIVO DO PROF. CLÁUDIO BORBA

I - as mercadorias remetidas pelo estabelecimento do produtor para estabelecimento de Cooperativa de que faça     parte, situada no mesmo Estado;

II - as mercadorias remetidas pelo estabelecimento de Cooperativa de Produtores, para estabelecimento, no mesmo Estado, da própria Cooperativa, de Cooperativa Central ou de Federação de Cooperativas de que a Cooperativa remetente faça parte.

§ 1º - O imposto devido pelas saídas mencionadas nos incisos I e II será recolhido pelo destinatário quando da saída subseqüente, esteja esta sujeita ou não ao pagamento do tributo.

§ 2º - Ficam revogados os incisos IX e X do art. 1º da Lei Complementar nº 4, de 2 de dezembro de 1969.

Art. 15 - O disposto nesta Lei não se aplica às indústrias instaladas ou que vierem a instalar-se na Zona Franca de Manaus, sendo vedado às demais Unidades da Federação determinar a exclusão de incentivo fiscal, prêmio ou estimulo concedido pelo Estado do Amazonas.

Art. 16 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, em 7 de janeiro de 1975; 154º da Independência e 87º da República.

113