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 I - DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO 1. JURISDIÇÃO Princípio da investidura ARTS. 1º CPC Jurisdição é exercida pelas Juízes Princípio da inércia ART. 2º CPC A tutela jurisdicional será prestada mediante a devida provocação. ART 128 CPC O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. Princípio da inafastabilidade de jurisdição ART 126 CPC: O juiz não pode se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. ART 5º, XXXV CF A lei não afastará do poder judiciário lesão ou ameaça de direito Princípio do juiz natural ART 5º, XXXVII CF Não haverá juízo ou tribunal de exceção 1.1. Conceito de jurisdição : è o poder-dever-função do Estado de, quando provocado, substituindo a vontade das partes, fazer atuar a vontade concreta da lei para realizar a  paz social. 1.2, Característica s : subs tit utiv idad e, imp arci alid ade, lid e, mono póli o do Esta do, inércia, unidade, aptidão para a produção de coisa julgada material. 1.3. Unicidade da jurisdição. Soberania Estatal. Poder Judiciário. Sistema inglês 1.4. Desdobramento do exercício : comum e especial 1.4.1. Comum: Estadual e Federal; Civil e Penal

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I - DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO

1. JURISDIÇÃO

Princípio da investidura

ARTS. 1º CPC Jurisdição é exercida pelas Juízes

Princípio da inércia

ART. 2º CPC A tutela jurisdicional será prestada mediante a devida provocação.

ART 128 CPC O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defesoconhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

Princípio da inafastabilidade de jurisdição

ART 126 CPC: O juiz não pode se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacunaou obscuridade da lei.

ART 5º, XXXV CF A lei não afastará do poder judiciário lesão ou ameaça de direito

Princípio do juiz natural

ART 5º, XXXVII CF Não haverá juízo ou tribunal de exceção

1.1. Conceito de jurisdição: è o poder-dever-função do Estado de, quando provocado,substituindo a vontade das partes, fazer atuar a vontade concreta da lei para realizar a

 paz social.

1.2, Características: substitutividade, imparcialidade, lide, monopólio do Estado,inércia, unidade, aptidão para a produção de coisa julgada material.

1.3. Unicidade da jurisdição. Soberania Estatal. Poder Judiciário. Sistema inglês

1.4. Desdobramento do exercício: comum e especial1.4.1. Comum: Estadual e Federal; Civil e Penal

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1.4.2. Especial:Militar, Trabalhista e Eleitoral

JURISDIÇÃO

Comum

Civil estadual

federalPenal estadual

federal

Especial

militar

trabalhista

eleitoral

1.5. Espécies de jurisdição

1.5.1 Jurisdição contenciosa: solução/pacificação de conflitos

1.5.2 Jurisdição voluntária: Administração judicial de interesses privados

1.5.3Juízo arbitral: Direitos patrimoniais disponíveis – Lei 9307/96 – exercíciodelegado da jurisdição

Jurisdição voluntária Jurisdição contenciosa

Sem lide;Sem contraditórioSem coisa julgada;

As partes buscam o mesmo fim –Interv

olentes

Pressupõe litígio;Possibilidade de contraditório;Coisa julgada;

As partes disputam interessesopostos – inter nolentes

2. AÇÃO

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2.1 – Conceito:2.1.1 - Acepção abstrrata (abstrativismo) (art. 5º, XXXV)2.1.2 - Acepção concreta (concretismo) (conteúdo da postulação)

2.1.3 - Conclusão: Pela ação ou demanda processual exerce-se o direito

constitucional e abstrato de ação, levando-se a juízo a afirmação de existência dedireito material (ação/demanda) em sentido material. (concepção eclética)

2.2. Ação/Demanda e relação jurídica substancial

Relação jurídica substancial Apreciação do juiz = Ação/demanda

Ação/demanda = exercício do direito de ação = ação exercida concretamente

2.3. CONDIÇÕES DA AÇÃO: Legitimidade “ ad causam”, interesse de agir ou interesseprocessual e possibilidade jurídica do pedido;

Obs: O QUE SE CONDICIONA É O EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃOA falta de condições da ação conduz à extinção do processo sem julgamento do mérito:

 por inépcia da inicial ou carência de ação (ex. art. 267, 284 e 295 do CPC)

CPC art 3º e 267, VI

2.3.1 – Condições da ação específicas:: exigidas em algumas situações

ex: A coisa julgada para a ação rescisória, direito líquido e certo para o Mandado deSegurança (direito autodemonstrável),

2.3.2 – Condições da ação genéricas:

2.3.2.1 – Legitimidade “ad causam”: art, 3º, art. 6ºCPC, art 267, VI

Legitimidade processual # Capacidade processual

2.3.2.1.1 – Capacidade processual: aptidão genérica – art. 7º do CPC

2.3.2.1.3 – Legitimidade processual: aptidão específica – art 6º do CPC

a)Titular da relação jurídica material hipotética – legitimidadeordinária

- se houver direito, este será para o autor?

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- se houver obrigação, esta será para o réu?

 b) Determinação legal – legitimidade extraordinária- Ex. Sindicatos, MP, curador especial (art. 9º CPC)

Obs: Legitimidade extraordinária: gênero (atua em nome próprio ourepresentando terceiro)Substituição processual: espécie - (atua em nome próprio)

2.3.2.2 – Interesse de agir ou interesse processual: art. 3º, art. 4º e art. 267, VI

utilidade potencial da jurisdição, vale dizer: a jurisdição deve ser apta a produzir alguma vantagem ou benefício jurídico. 

4.2.2.1 – Motivação do interesse de agir:

a) fato jurídico = relação jurídica substancial; b) declaração de existência ou inexistência de relação jurídica;c) declaração de autenticidade ou falsidade de documento;

Utilidade = necessidade x adequação

Ex. Falta de interesse:- declaração de solvência para o solvente;- Execução fiscal de valor irrisório;- cobrança de título executivo através de ação de conhecimento;- anulação de uma procuração que não contém cláusula de irrevogabilidade;- reintegração de posse para contrato de locação- Mandado de segurança como ação de cobrança,- Etc...

2.3.2.3 – Possibilidade jurídica “do pedido”: art. 267, VIausência de vedação normativa expressa ou implícita quanto ao pedido formulado pelo

autor, quanto à atuação das partes em juízo ou quanto à causa de pedir:

E. quanto ao pedido:

vedações expressas:- usucapião de bem públic;- pedido de prisão civil por dívida;

vedações implícitas:- pedido de revisão do mérito do ato administrativo (observadas as exceções)

Quanto às partes :- .poder público como parte no juizado especial 

Quanto à causa de pedir 

- dívida de jogo – o pedido de pagamento da dívida é lícito, mas a causa de pedir que é o jogo ilícito é uma impossibilidade jurídica.

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2.4 - Elementos da Ação: Presença obrigatória sob pena de inépcia e indeferimento da

 petição incial: (art. 284 e 295 do CPC)

Elementos da ação

Partes Parte processual:São os elementos subjetivos da ação que figuramnos pólos ativos e passivo da relação jurídicaprocessual, atuam com parcialidade e podem sofrerconseqüências com a decisão final. Podem ser parte

da demanda (autor e réu) ou coadjunvantes(assitente);

Parte do litígio:É a parte da relação jurídica discutida no litígio,pode ser ou não parte processual, pois a lei confere,em determinadas situações, a legitimação paradefender em nome próprio o direito alheio(legitimação extraordinária – MP, Sindicatos)

Pedido È o elemento objetivo da ação, ou seja, seu objeto,o mérito

Causa de pedir È na causa de pedir que residem os motivos fáticose jurídicos que justificam a invocação da tutela jurisdicional

2.5. Cumulação de ações

2.5.1 – Cumulação subjetiva : litisconsórcio2.5.2 – Cumulação objetiva: cumulação de pedidos

2.6. Concurso de ações:  O concurso de ações se opera em seu aspecto objetivo de duasformas:

2.6.1. Concurso impróprio: há mais de uma pretensão concorrente nascida da mesmacausa de pedir 

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. ex: vício redibitório quanti minoris ou ação redibitória

2.6.2. Concurso próprio: Há pluralidade de causas de pedir que autorizam um pedido  Ex. invalidade do contrata por simulação ou por fraude

Assim sendo, somente é possível a satisfação de um dos direitos concorrentes: ou se pleiteia um dos pedidos (concurso impróprio) ou se pleiteia sobre uma das causas de pedir (concurso próprio).

2.7. – Modalidades de ações:

Processo de Conhecimento/Ação de conhecimento

Condenatórias O autor objetiva a prestação de uma prestação  jurisdicional que leve à realização de um direitodeclarado, ou seja, tem or objeto a condenação doréu a dar, fazer ou deixar de fazer alguma coisa

Constitutivas Visa à modificação ou extinção de uma relação jurídica e, a par disso, forma uma situação nova,modificando a situação jurídica anterior

Declaratórias   Tem por fim a declaração ou negação de umarelação jurídica, a autenticidade ou falsidade de umdocumento. Pode ser autônoma ou incidental. (art.4º e 5º do CPC)

Processo de Execução/Ações executórias

Constitui o meio pelo qual o vencedor da demanda (título executivo judicial) ou credor de obrigação representada por título executivo extra- judicial pode exigir a efetivação do seu direito, ou seja, é o meio pelo qualo credor de obrigação líquida e certa efetiva o seu direito contra odevedor através da constrição do patrimônio deste. Pode ser realizadacomo fase do processo (sentença judicial) ou como ação autônoma (títuloexecutivo extra-judicial)

Processo Cautelar/Ações cautelares

São aquelas que, via de regra, visam assegurar determinados direitos ouinteresses a serem tutelados no processo de conhecimento ou satisfeitos

no processo de execução. Objetivam garantir os efeitos da providênciaprincipal, se houver demora ( periculum in mora) e a aparência do bom

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direito (fumus boni juris). Podem ser preparatórias ou incidentais.

II – DAS PARTES E DOS PROCURADORES

1. Da capacidade processual:

Conceito: Capacidade processual é a capacidade de estar em juízo. Toda a pessoa que se achano exercício de seus direitos (capacidade jurídica de fato ou de exercício) tem capacidade

 processual (art. 7º do CPC).

Capacidade processual # Capacidade de ser parteToda a pessoa dotada de capacidade jurídica (de gozo) tem capacidade de ser parte

de acordo com as regras de exercício constantes no art. 7º a 12º do CPC.

Quem não tem capacidade processual, mas tem capacidade de ser parte, deverá ser representado ou assistido, da seguinte forma:

Parte Representante legal

Incapazes – representados ouassistidos - CC

 Pais, tutores ou curadores (art 8º CPC)

- incapaz s/representante ouem conflito com este;

- réu preso, revel citado por edital ou hora certe

Curador especial (art 9º CPC)

- União. Estados, DF eTerritórios

Procuradores (art. 12 CPC)

- Município Prefeito ou Procurador 

- Massa falida Síndico

- herança jacente ou vacante Curador 

- espólio Inventariante (exceto se for dativo, quando todos os herdeiros ou sucessores serão autores ou réus quando houver demanda)

- pessoas jurídicas Pessoa designada nos estatutos ou diretores

- sociedades sem - administrador de seus bens

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 personalidade jurídica(irregulares ou de fato) (estas sociedades, quando demandadas, não poderão opor a sua

irregularidade)

- pessoa jurídica estrangeira,nos casos do art. 88 do CPC - gerente, representante ou administrador da unidade brasileira. (autorização presumida por lei quanto ao gerente) 

Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando:I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado noBrasil;II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.

Parágrafo único. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada noBrasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ousucursal.

- o condomínio Pelo administrador ou síndico

1.3 – Efeitos da incapacidade processual não regularizada:

Havendo irregulariada de representação o juiz suspenderá o processo e concederá um prazo à parte para respectiva regularização, sob pena de:

a) invalidar o processo – autor  b) declarar revel – réuc) excluir do processo - terceiro

2 – Dos deveres das partes e de seus procuradores

2.1)Deveres das partes e deterceiros

Art. 14

2.2)Vedaçõesexpressas ouimplícitas – art.15e 17

2.3)Efeitos eResponsabilidadesArt. § ún art 14, art15 § ún, art. 16 e 18

I - expor os fatos em juízoconforme a verdade;

II - proceder com lealdade eboa-fé;

I - deduzir pretensãoou defesa contratexto expresso de leiou fatoincontroverso;II - alterar a verdade

A parte responde por perdas edanos;

  O juiz ou tribunal, deofício ou a

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III - não formularpretensões, nem alegardefesa, cientes de que sãodestituídas de fundamento;

IV - não produzir provas,nem praticar atos inúteis oudesnecessários à declaraçãoou defesa do direito.

dos fatos;III - usar do processopara conseguirobjetivo ilegal;IV - opuser

resistênciainjustificada aoandamento doprocesso;V - proceder demodo temerário emqualquer incidenteou ato do processo;Vl - provocarincidentesmanifestamenteinfundados.VII - interpuserrecurso com intuitomanifestamente 

requerimento,condenará o litigantede má-fé a pagarmulta não excedente

a 1% sobre o valor dacausa e a indenizar aparte contrária dosprejuízos que estasofreu, mais oshonoráriosadvocatícios e todasas despesas queefetuou.

Quando forem dois oumais os litigantes demá-fé, o juizcondenará cada umna proporção do seurespectivo interessena causa, ousolidariamenteaqueles que secoligaram para lesar aparte contrária.

-O valor daindenização serádesde logo fixado pelo  juiz, em quantia nãosuperior a 20% sobreo valor da causa, ouliquidado porarbitramento.

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V - cumprir com exatidão osprovimentos mandamentaise não criar embaraços àefetivação de provimentos

  judiciais, de naturezaantecipatória ou final

constitui ato atentatório aoexercício da jurisdição,podendo o juiz, semprejuízo das sançõescriminais, civis e

processuais cabíveis,aplicar ao responsávelmulta em montante aser fixado de acordocom a gravidade daconduta e nãosuperior a 20% dovalor da causa ; nãosendo paga no prazoestabelecido, contado dotrânsito em julgado da

decisão final da causa, amulta será inscrita semprecomo dívida ativa da Uniãoou do Estado

.

 

É defeso às partes eseus advogadosempregarexpressõesinjuriosas nosescritos

apresentados noprocesso

O advogado deveráriscá-las, se escritasou seforem proferidas emdefesa oral, o juizadvertirá o advogado

que não as use, sobpena de Ihe sercassada a palavra

2.4) Despesas processuais: regras aplicáveis em qualquer procedimento ou atuação processual, naquilo que couber (art. 34)

I) as partes devem prover antecipadamente, por ocasião de cada ato processual, asdespesas que realizam ou requerem, exceto nos casos de assistência judiciáriagratuita;

II) os atos determinados pelo juiz ou a requerimento do MP (custos legis), terãosuas despesas adiantadas pelo autor;

III) i) Honorários: Assistente técnico:................................... Cada parte paga o seu;Perito:.......a) se determinado de ofício ou requerido por ambas as

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 partesautor ..................b) requerido por alguma das partes por aquele quetiver requerido (art 33)

IV) quem receber custas indevidas ou excessivas é obrigado a restituir e pagar multaequivalente ao dobro do que recebeu; (art.30)

V) Princípio do ônus da sucumbência :

a) - despesas: custas, indenizações de viagem, diárias de testemunha eremuneração de assistente técnico;

b) - honorários advocatícios = 10 a 20% sobre o valor da condenação;

b.1)- fixação equitativa pelo juiz:

* Causas de pequeno valor 

* Causas de valor inestimável;

* nas causa sem condenação (mandamentais, declaratóriasou constitutivas);

* nas causas em que for vencida a Fazenda Pública;

* nas execuções, embargadas ou não.

c) as despesas processuais constituem obrigação divisível (art.21, 24, 25, 26 §1º doCPC), mas nos procedimentos de jurisdição voluntária constituem obrigaçãosolidária (art. 24 CPC);

d) as despesas requeridas pelo MP ou pela Fazenda Pública, quando partes, serão pagas ao final pelo vencido;

e) a parte que provocar a extinção do processo por desistência oureconhecimento do pedido pagará as despesas e honorários;

f) quando o autor der causa à extinção por não cumprir os atos que lhe

competiam, abandonando a causa por mais de 30 dias, somente poderá ajuizar nova ação se depositar as despesas e os honorários a que foi condenado na vezanterior; obs: cumpre observar que se o autor der causa à extinção do processo por 3 vezes, ocorrerá perempção, não sendo possível ajuizar a ação pela 4ª vez, ainda quedeposite os honorários e as custas da vez anterior.

g) as despesas dos atos que, injustificadamente, forem adiados ou repetidos,correrão por conta do responsável (partes, juiz, serventuário ou membro do MP)

h) no caso da intervenção de terceiro, em modalidade de Assistência, caso oassistido venha a ser vencido, o assistente arcará com as custas

 proporcionalmente aos atos que tiver praticado no processo (art. 31 c/c art 52 doCPC);

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i) as sanções aplicadas às partes, convertem-se em custas e serão pagas em benefício da parte contrária. As que forme impostas aos serventuários serão pagas ao Estado.

3. Dos procuradores:

3.1 - Para postular em juízo, a regra geral é de que as partes devem estar representadas por advogado, constituído através de instrumento de mandato (procuração). Excepcionalmente

o advogado poderá, em casos de urgência ou, a fim de evitar prescrição ou decadência, atuar em nome da parte sem o devido instrumento de representação, devendo, entretanto, regulariza-la no prazo legal, sob pena de se considerarem inexistentes os seus atos e responder por perdase danos que tiver dado causa. (art. 36 e 37)

Entretanto há situações em que a lei permite o jus postuland:

Ex. a) justiça do trabalho,

 b) juizados especiais em causas de até 20 s.m., em causa própria;

c) quando na localidade não houver advogado ou se houver, estiver em situaçãode impedimento.

3.1.1 – A procuração com poderes gerais para o foro, não permite ao advogado:

a) receber citação inicial

 b) confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, renunciar os direitossobre os quais se funda a ação, receber e dar quitação e firmar compromisso.

3.1.2 – é possível a procuração com assinatura digital na forma da lei específica

3.2 - É dever da parte quando postular em causa própria: (art. 39, caput)

a) declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação,

 b) comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço;

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3.3. É dever do advogado: (arts. 37, par. Único – art 39, par. Único)

a) quando necessitar postular ou intervir no processo sem o devido instrumento derepresentação, ratificar seus atos através da regularização da representação processual, no prazode 15 dias, prorrogáveis,mediante despacho do juiz, por mais 15 dias, sob pena de serem

inexistentes os seus atos e responder pelas custas, perdas e danos que tiver dado causa;

 b) declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação, casocontrário o juiz, antes de determinar a citação do réu, mandará que se supra a omissão no prazode 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de indeferimento da petição ;

c) comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço, sob pena de seconsiderarem válidas as intimações enviadas, em carta registrada, para o endereço constantedos autos.

3.4. – É direito do advogado : (art. 40)

I - examinar, em cartório de justiça e secretaria de tribunal, autos de qualquer processo,salvo o disposto no art. 155;

Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, emsegredo de justiça os processos:I - em que o exigir o interesse público;

II - que dizem respeito a casamento, filiação, desquite, separação decorpos, alimentos e guarda de menores.Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges,conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores

Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedircertidões de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores.O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário epartilha resultante do desquite

II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo prazo de 5(cinco) dias;

III - retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que Ihe competir falar neles por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.

§ 1o Ao receber os autos, o advogado assinará carga no livro competente.

§ 2o Sendo comum às partes o prazo, só em conjunto ou mediante prévio ajuste por  petição nos autos poderão os seus procuradores retirar os autos.

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3. Substituição das partes e dos procuradores: (art. 41 a 45)

4.1 – Conceito: Ao empregar a presente terminologia, o CPC não a utiliza em seu melhor sentido técnico, o que permite, ao desavisado, confundir o instituto da substituição das partes,com o da substituição processual. Trata-se, tecnicamente de “ sucessão de partes” seja pelavia compulsória ou voluntária, pois então vejamos:

4.1.1 – Substituição processual:

È a demanda de uma parte para a tutela de direito controvertido de terceira pessoa. É alegitimação extraordinária autorizada por lei para que alguém defenda em nome próprio direitoalheio em processo judicial. É espécie de legitimação processual extraordinária. Ex. MP,sindicatos.

4.1.2 – Sucessão ou substituição da parte:

É a substituição da parte no processo, quando um dos litigantes sai e outro entra em seulugar, não pode ser confundida com a figura do item anterior, onde não há troca de partes, massim a postulação de direito alheio por terceiro.

3.1.2.1 – Substituição voluntária das partes :

Ocorre quando as partes consentem na substituição.

São exemplos de substituição voluntária das partes:

a) nomeação à autoria, art. 62:Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada emnome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor.

 b) a substituição para prosseguir na execução, art. 567;

Art. 567. Podem também promover a execução, ou nelaprosseguir:

I - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempreque, por morte deste, Ihes for transmitido o direito resultantedo título executivo;

II - o cessionário, quando o direito resultante do títuloexecutivo Ihe foi transferido por ato entre vivos;

III - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ouconvencional.

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c) se o executado ou exequente falecer no curso da execução, art 1.055;Art. 1.055. A habilitação tem lugar quando, por falecimento de qualquer das partes,os interessados houverem de suceder-lhe no processo.

d) na hipótese do artigo 42, quando, na alienação da coisa ou do direito, desdeque com consentimento do credor, o adquirente quiser substituir o vendedor ou cedente. Quando o credor não concordar, será possível a intervenção doterceiro por meio da Assistência.

4.1.3.2 – Substituição compulsória:

 Nos casos de substituição compulsória, deverá ocorrer a substituição da parte sob pena de extinção do processo ou revelia.

É a hipótese do artigo 43.

Art. 43. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo seuespólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 265.

Suspensão do prazo processual ou recursal: art. 265, I e art, 507,respectivamente;

Exceção: não é possível a substituição da parte em caso de ações

 personalíssimas (separação judicial e divórcio), extinguindo-se o processo naforma do art. 267, IX;

4.1.3 – Substituição do advogado:

 Não ocorrendo a substituição do advogado, no prazo assinalado pela lei ou determinado pelo juiz, via de regra ocorrerá a extinção do processo ou a revelia.

a) revogação de mandato pela parte;

 b) renuncia do mandato pelo advogado, mediante notificação ao mandante, a fim de que estenomeie outro advogado no prazo de 10 dias, período em que o advogado permanecerespondendo pelos atos processuais;

c) falecimento do advogado, suspensão do processo em 1º ou 2º grau (art.265, I e art. 507)

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DO LITISCONSÓRCIO E DA ASSISTÊNCIA

1) Litisconsórcio

1.1. Conceito:

 É a reunião de várias pessoas interessadas num mesmo processo, na qualidade de autores(litisconsórcio ativo) ou réus(litisconsórcio passivo) para a defesa de interesses comuns. È acumulação subjetiva de ações.

1.2. Classificação:

1.2.1 – Quanto ao momento da formação:

1.2.1.1 – Litisconsórcio inicial  é aquele que se forma na propositura da ação:

Ex: A e B ingressam com demanda em face de C;A ingrassa com demanda em face de B e C;A e B ingrassam com demanda em face de C e D.

1.2.1.2 – Litisconsórcio ulterior  é aquele que se forma no curso da demanda.Podendo ocorre de três formas:

a) em razão de intervenção de terceiro ( arts. 70 e 77 do CPC):• denunciação a lide : Ex: Evicção.• Chamamento ao processo: Ex. devedores solidários

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 b) pela sucessão processual (art. 43 CPC):• o ingresso de herdeiros no lugar do falecido.

c) pela conexão de ações ( art. 103 e 105 do CPC):• mesmo pedido ou mesma causa de pedir. Ex. reunião de ações

reclamatórias de funcionários de uma mesma empresa que tenham sitodemitidos sem o recebimento de verbas rescisórias.

1.2.2 – Quanto à pluralidade de partes;

1.2.2.1 – Ativo: pluralidade de partes no pólo ativo (autores);

•  grupo de reclamantes ingressa com ação reclamatória contra empresa queos demitiu sem o pagamento das verbas rescisórias.

• Cônjuges que ajuízam ação reivindicatória de propriedade

1.2.2.2 – Passivo: pluralidade de partes no pólo passivo (réus);

• empregado que ajuíza ação em face de várias reclamadas por conta deresponsabilidade solidária.

• ação de usucapião ajuizada contra cônjuges.

1.2.2.3 – Misto: pluralidade de partes nos pólos passivo e ativo;

• Ação reclamatória ajuizada por grupo de empregados contra grupo deempregadores com responsabilidade solidária;

• Execução de dívida por credores solidários contra devedores solidários;

1.2.3 – Quanto à decisão

1.2.3.1 – Simples: a decisão pode ser única ou diversa para todos os litisconsortes

1.2.3.2 – Unitário: a decisão deve ser única para todos os litisconsortes É a unidade da pluralidade. Decorre de uma relação jurídica indivisível, ou seja, quando a causa de pedir 

e/ou o pedido forem únicos (conexão absoluta de ações) Ex. Um casal que promoveanulação do seu casamento.

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1.2.4 – Quanto à obrigatoriedade

1.2.4.1 – Facultativo: formação facultativa, dependendo unicamente da vontade das

 partes.

art. 46 do CPC.

* I – comunhão de direitos ou obrigações  (Ex. credores ou devedores solidários) – isso normalmente significa uma identidade de causa de pedir ou de pedido;

* II- identidade de fundamentação de fato ou de direito  - identidade de causas de pedir (Ex. Acidente da TAM);

* III- conexão  – identidade de causa de pedir OU dos pedidos (Ex. privatizaçãoda vale do rio doce – haviam várias causas de pedir, mas o pedido era único – impedir o leilão. Isso significa uma identidade parcial.

IV – Afinidade de questões: significa uma aproximação entre os pedidos ou acausa de pedir. ( Ex. Um acidente de trânsito: A colide em B e depois em C: sãodois acidentes diferentes apesar da proximidade temporal. Obviamente que B eC podem ajuizar processos diferentes, mas tb podem ajuizar em litisconsórcio

 por afinidade de questões; - outra situação e a das pessoas que são multadas notrânsito)

• Observe-se que a conexão abrange as outras hipóteses com exceção daafinidade de questões(IV)

1.2.4.2   – Necessário: a formação (sempre no pólo passivo) é obrigatório comocondição (específica) de validade da ação. Artigo 47 CPC

1.2.4.2.1. Disposição legal(Ex. usucapião de imóvel onde é obrigatória a citação dos doiscônjuges, independentemente do pacto patrimonial docasamento, bem como além do proprietário e seu cônjuge,também todos os confrontantes)

1.2.4.2.1. Quando for unitário salvo exceções legais: Como regra o unitário énecessário, mas há a outra hipótese, que é a da disposição legal (descritaanteriormente).

1.2.5 – Regras de bolso para identificação do litisconsórcio (Fredicas):

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a) Quando a causa de pedir e/ou o pedido forem únicos, o litisconsórcio é unitário;

 b) Conexão e continência, aplicadas da forma determinada pelo CPC, geram litisconsórcioulterior e unitário; ( Conexão – identidade entre o pedido e/ou a causa de pedir. Continência:

identidade entre as partes e a causa de pedir, mas o pedido de uma é mais amplo e absorve o da outra(arts. 103 e 104 do CPC));

c) Nas ações constitutivas, quando ocorre pluralidade em qualquer um dos pólos olitisconsórcio é, normalmente , unitário.

d) Em regra, o litisconsórcio unitário será necessário e o necessário será unitário;

e) Em regra o litisconsórcio simples será facultativo e o facultativo será simples;

f) O litisconsórcio necessário por determinação de lei é, em regra, simples;

g) Não há hipótese de litisconsórcio necessário ativo;

h) O litisconsórcio ativo, será sempre facultativo;

i) O litisconsórcio facultativo unitário, será sempre ativo;

 j) O litisconsórcio unitário passivo, será quase sempre necessário;

k) No litisconsórcio simples , cada litisconsorte será tratado de forma autônoma pelasentença, enquanto no litisconsórcio unitário a sentença será uniforme para todos,;

Exemplos raros de litisconsórcio unitário e facultativo:Há casos excepcionais de litisconsórcio unitário e também facultativo, que é

a hipótese do art. 1314 do CCB, onde podemos exemplificar da seguinte forma:

(Ex. Condomínio vertical que pertencem a X,Y e Z. Ocorre que a posse estácom F, assim sendo deverão reivindicar o bem em face de F, formando umlitisconsórcio unitário, pois a decisão deverá ser única, pois ou o bem é de F oué dos condôminos. Mas a formação do litisconsórcio é facultativa, pois cadacondômino poderá reivindicar a coisa de terceiros, conforme permite o CCB.)

( tal fato também ocorre na ação popular, onde a formação do litisconsórcio é facultativa, mas a decisão é unitária, logo eu tenho um litisconsórcio unitário e facultativo)

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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

1. Conceito:

Segundo Fredie Didier jr.: “ Intervenção de terceiro é fato jurídico processual que implica modificação de relação jurídica processual já existente. Trata-se de ato jurídico

  processual pelo qual um terceiro, autorizado por lei, ingressa em processo pendente,transformando-se em parte.” 

1.1. conceito de parte: Parte é aquele que participa do processo com parcialidade,tendo interesse em determinado resultado do julgamento.

De acordo com Barbosa Moreira, existem três formas de se tornar parte emum processo:a) tomar a iniciativa de instaura-lo – (autor)

 b) ser chamado à juízo para ver-se processar – (réu)c) intervindo em processo já existente entre outras pessoas – 

(intervenção de terceiro)

Assim sendo:a) Terceiros são todos os sujeitos estranhos a dada relação processual, que se tornam

 partes a partir do momento em que intervenham;

  b) em qualquer hipótese de intervenção, não há formação de novo processo ou novarelação processual. A presença de um sujeito a mais torna, apenas, a relação maiscomplexa, mas ela é sempre a mesma.

c) Logo a intervenção de terceiro, é um incidente do processo, pois é um ato realizadodentro de um processo, sem que surja nova relação jurídica processual.

( obs: não confundir com  processo incidente, pois em que pese sua instauraçãosobre algum processo pendente, esse estabelece uma relação processual nova,assentada sobre um procedimento novo, com pedido e causa de pedir novos, dealguma maneira ligados ao processo pendente, de modo a influenciar no seu

desfecho. Ex. Embargos à execução, embargos de terceiro, cautelar incidental,declaratória incidental, oposição autônoma (art. 60 CPC))

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2. Fundamento: A intervenção de terceiro em processo pendente, justifica-se, em regra, por manter ele ( o terceiro) um vínculo com a relação jurídica que:

a) lhe diz respeito diretamente; b) ou está ligada a outra relação jurídica, que daquela é conexa/dependente;c) ou que, embora não lhe diga respeito, possa por ele ser discutida por possuir 

legitimação extraordinária para tanto. (intervenção de co-legitimado)

2. Momento da intervenção:

Via de regra a intervenção é possível somente até o saneamento do processo, sendo que, namaioria dos casos a integração do terceiro à lide é requerida no prazo da defesa.

Exceção:a) A assistência, o recurso de terceiro e as intervenções especiais dos entes públicos, podem sedar em segundo grau. (esfera recursal).

 b) A oposição que pode ocorrer até a ser proferida a sentença.

2.1 – Intervenção de terceiros e ritos processuais:

a) rito ordinário : permitidas todas as formas sempre que evidenciado o interesse jurídico.

  b) Rito sumário : permite-se a assistência, o recurso de terceiro e tambémdenunciação à lide e chamamento ao processo desde que em relação fundada emcontrato de seguro;

c) Juizados especiais : não há possibilidade de qualquer forma de intervenção, emface da celeridade do rito.

3. Hipóteses de intervenção de terceiro:

 – Denunciação da lide; – Chamamento ao processo; – Nomeação à autoria; – Oposição; – Assistência

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4. Denunciação à lide – art. 70 a 76 CPC

4.1. Conceito: É uma demanda nova em processo já existente, sem que se forme processo novo. É um incidente do processo que provoca a ampliação objetiva ulterior do processo. A sentença, una e complexa, disporá sobre a relação jurídica entre a parte e

o denunciante, e entre este e o denunciado (art 76 CPC), sob pena de ser consideradacitra-petita.

4.2. Denunciação à lide pelo autor - art. 74 CPCComparecendo, o denunciado assume a posição de litisconsorte e pode aditar apetição do autor, em seguida se fará a citação do réu.

4.3. Denunciação à lide pelo réu – art. 75 CPC

a) se o denunciado aceita e contesta o pedido, forma-se o litisconsórcio passivo

 b) se o denunciado for revel ou apenas negar a qualidade de réu, o denuncianteobriga-se a prosseguir na defesa até o final;

c)se o denunciado confessar os fatos alegados, o denunciante, se quiser, poderá prosseguir na defesa.

4.4. Hipóteses de cabimento – art 70 CPC

Direito de evicção Relação depossuidor diretocom o indireto ou

proprietário

Lei ou contrato

I - ao alienante, naação em que terceiroreivindica a coisa, cujodomínio foi transferidoà parte, a fim de queesta possa exercer odireito que da evicção

Ihe resulta;

II - ao proprietário ou aopossuidor indireto quando,por força de obrigação oudireito, em casos como odo usufrutuário, do credorpignoratício, do locatário,o réu, citado em nome

próprio, exerça a possedireta da coisademandada;

III - àquele que estiverobrigado, pela lei ou pelocontrato, a indenizar, emação regressiva, oprejuízo do que perder ademanda

 4.5. Sentença – art. 76

Art. 76. A sentença, que julgar procedente a ação, declarará, conforme o caso, odireito do evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos, valendo como títuloexecutivo.

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 5. Chamamento ao processo:

5.1. Conceito:

O chamamento ao processo é uma modalidade de intervenção de terceiro, utilizadaem ações que visem a satisfação de determinada obrigação. Nesse tipo de litígio o réu,seja fiador ou devedor, busca a integração do devedor, dos outros fiadores ou dos co-devedores à lide para que, no caso de ser julgada procedente a demanda do autor, todosos devedores sejam condenados de modo que o devedor ou fiador que, eventualmentevenha a satisfazer a obrigação, possa utilizar a sentença como título executivo contra osdemais responsáveis pelo débito.

5.2 Finalidades:

a) subrogação ao crédito por aquele que pagou a dívida;b) garantia, para o fiador, ao benefício de ordem na execução.

5.3 Hipóteses de admissibilidade – art. 77

Art. 77. É admissível o chamamento ao processo: I - do devedor, na ação em que o fiador for réu;

II - dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles;

III - de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou dealguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum

5.4 Sentença – art.80A sentença que julgar procedente a demanda do autor, valerá como títuloexecutivo em favor do que satisfizer a dívida (subrogação):

a) sendo o fiador, executará, por inteiro, contra o devedor principal; b) sendo um dos devedores solidários, contra cada um dos co-devedores

6. Nomeação à autoria - art. 62 a 69 CPC

6.1 – Conceito: Nomeação à autoria é o incidente processual em que o detentor de coisa alheia, ao ser demandado, pela coisa, em nome próprio, busca integrar ao pólo passivo da lide o

verdadeiro legitimado.

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6.2 – Finalidades:

a) a exclusão do réu (parte ilegítima) do pólo passivo da demanda; (art 66, 1º parte) b) sanar possível carência de ação, evitando sua futura responsabilização por perdas e danosuma vez que é obrigatória a nomeação nessa situação. (art. 69)

6.3.- Efeitos - arts. 65, 66,67 e 69 CPC

6.3.1 – Se a nomeação for aceita pelo autor e pelo nomeado:a) ao autor cumpre promover a citação do nomeado;b) aceitando e citado, o nomeado torna-se parte passiva na lide.

6.3.2 – Se a nomeação não for aceita pelo autor ou pelo nomeado:a) fica sem efeito a nomeação;

 b) devolve-se ao réu o prazo para a contestação;

6.3.3 – Se o réu não fizer a nomeação ou nomear pessoa diversa daquela em cujo nomedetém a coisa responde por perdas e danos

7. Oposição - art. 56 a 61 CPC

7.1 – Conceito:A oposição é uma verdadeira demanda atravessada incidentalmente em processo

  pendente, por terceiro que pretende eliminar as pretensões do autor e do réu sobredeterminado bem da vida, por entender, o opoente, ser dele, em todo ou em parte do direitosobre o qual discutem autor e réu.

7.2 – Partes:

a) Opoente terceiro interveniente b) Opostos autor e réu originários

(litisconsórcio passivo, necessário (por força de lei), ulterior e simples -em relação ao opoente)

7.3 – Classificação e sentença

a) interventiva – art 59 CPC: antes da audiência de instrução e julgamento;(esta é verdadeiramente uma intervenção de terceiro, julgada namesma sentença do processo principal, em que pese examinada em

primeiro lugar, eis que é um incidente processual – art. 59 e 61)

 b) autônoma – art 60 CPC: após a audiência e antes da sentença.

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(trata-se na verdade de processo incidente, julgado sem prejuízo doprocesso principal, em que pese o Juiz poder suspender o julgamentodo processo principal por até 90 dias a fim de julga-lassimultaneamente)

8. Assistência - art. 50 a 55 CPC

8.1 – Conceito:Assistência é modalidade de intervenção de terceiro, onde este terceiro ingressa na

relação processual para auxiliar uma das partes , pois tem interesse que a sentença sejafavorável ao assistido. Pode ocorrer em qualquer tempo e grau de jurisdição e o terceiro assumeo processo no estado em que se encontra.

8.2 – Pressuposto:É o interesse jurídico. O mero interesse econômico ou afetivo não autorizam a

assistência.Ex: o sublocatário tem interesse jurídico em assistir o locatário em açãod e despejo;

O usufrutuário tem interesse jurídico em assistir o proprietário em ação possessória;

8.3 – Classificação:

Assistência

Simples ou adesiva (art 50 CPC) Litisconsorcial (art 54 CPC)

Pendendo uma causa entre duasou mais pessoas , o terceiro quetiver interesse jurídico em que asentença seja favorável a umadas partes, poderá intervir noprocssso para assisti-la.. (art. 50)

- o assistente simples visa a vitóriado assistido, tendo em vista oreflexo que a sentença terá narelação jurídica havida entre eles

- não se discute vínculo jurídicoentre o assistente e o adversáriodo assistido;

- não se discute relação jurídica da

Considera-se litisconsorte daparte principal o assistente, todavez que a sentença houver deinfluir na relação jurídica entreele e o adversário do assistido.

- é hipótese de litisconsórciounitário, facultativo, ulterior;

- o terceiro se transforma emlitisconsorte do assistido;

- o tratamento atribuído aoterceiro é igual ao deferido aoassistido;

- o interesse do assistente é

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qual faça parte o terceiro.

- o interesse do assitente na causaé mediato,

Ex:a) sublocatário em relação ao

locatário, em ação dedespejo.

sócios em relação à pessoa jurídica em processo deexecução contra a pessoa jurídica;

imediato

Ex:a) sócio que adere à pretensão de

outro na dissolução da

sociedade;

b) parte interessada que ingressaem julgamento de recurso pelostribunais superiores, em causas derepercussão geral

 

DO MINISTÉRIO PÚBLICO

1. Conceito:O MP é o órgão que defende o interesse público na composição da lide, a fim de que o

Judiciário solucione esta  secundum ius, ou administre interesses privados, nos procedimentosde jurisdição voluntária, com observância efetiva e real da ordem jurídica.

2. Atuação do Ministério Público

2.1 – Como parte – art. 81 CPC

Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos previstos em lei, cabendo-lhe, noprocesso, os mesmos poderes e ônus que às partes

2.2 – Como fiscal da lei (custos legis) – art. 82 do CPC

Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:

I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos osatos do processo;II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência erequerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da

verdade

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2.3 – Nas causas em que a lei considerar obrigatória a intervenção do MP, a partedeve requere e promover a sua intimação sob pena de nulidade do processo.

2.4 – O MP responde civilmente por perdas e danos em razão de dolo ou fraude.

3. Competência para intervenção

I - nas causas em que há interesses de incapazes;

II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela,interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade;

III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demaiscausas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

COMPETÊNCIA

1 - Conceito de competência:Competência é a atribuição da função de cada órgão incumbido do exercício da

atividade jurisdicional diante de um caso concreto.

2 – Critérios para fixação da competência:

Critérioobjetivo

Em razão da matéria – Qualidade do pedido, lide, pretensão

Em razão do valor da causa – Valor pecuniário atribuído a causa

Critérioterritorial

Pelo domicílio das partes

Em razão da situação da coisa

Pelo domicílio das partes Pelo lugar de determinados atos ou fatos

Critériofuncional

Por grau de jurisdição –  Hierarquia – 1º e 2º graus

Por fases do processo

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Por objeto de juízo

2.1 – Distribuição da competência:a) Faz-se por meio de normas constitucionais, leis processuais, leis de organização

judiciária e pelo regimento interno dos tribunais;

 b) A CF define a competência funcional da justiça federal comum e especial (militar,eleitoral e trabalhista), Tribunais Federais e Tribunais Superiores, sendo a competênciafuncional da Justiça Estadual definida por critério residual (exclusão).

2.2 – Princípio da tipicidade e da indisponibilidade da competência

a) Princípio da tipicidade : as competências dos órgãos judiciários constitucionaisdevem ser apenas as expressamente enumeradas na CF;

  b) Princípio da indisponibilidade : as competências jurisdicionais, não podem ser transferidas para órgãos diferentes daqueles a quem a CF as atribui.

c) O desrespeito a tais princípios implica o desrespeito ao princípio do juiz natural ;

d) O STF admite que se reconheça a existência de cometências implícitas quando nãohouver regra expressa. Ex. embargos de declaração contra decisões do STJ e STF.

3 – Espécies de competência

Competência

Absoluta Relativa• indisponível;• imutável;• não preclui;

• reconhecida de ofício ou arequerimento das partes;• argüida como objeção em

 preliminar de contestação.

• disponível;• mutável;•  preclui –  se não argüida, será

automaticamente prorrogada,desde que dela o juiz nãodecline.

• reconhecida arequerimento das partes;

• argüida como exceção.

3.1. – Hipóteses de competência absoluta: MATÉRIA, PESSOA, FUNÇÃO

  Hipóteses de competência relativa: TERRITÓRIO* OU VALOR DA CAUSA

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  (* exceto competência territorial em ações que tratem de direito de propriedade,,Vizinhança, , servidão, posse, divisão e demarcação de terras, nunciação de obra nova,onde a competência territorial é absoluta – art. 95 CPC)

3.2 – Momento da fixação da competência (art. 87): ( perpetuatio jurisdictionis)

a) a lei traz a fixação da competência em abstrato b) a fixação, consoante o caso concreto ocorre na propositura da ação – exceto:

 b.1) supressão do órgão judiciário. Ex. extinção de uma vara cível  b.2) alteração superveniente da competência em razão da matéria ou

hierarquia

4 – Modificação da competência  A competência pode ser modificada por prorrogação, por conexão, por continência e por derrogação

4.1 – Modificação da competência por prorrogação:Ocorre a modificação da competência por prorrogação quando o órgão

originariamente incompetente passa a sê-lo em razão de um das situações previstasnos artigos 112 e 114 do CPC:

Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.

Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato deadesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízode domicílio do réu.(Incluído pela Lei nº 11.280, de 2006)

Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafoúnico do art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos

legais. (Redação dada pela Lei nº 11.280, de 2006)

4.2 – Modificação da competência por conexão: – Prevenção.Ocorrerá modificação da competência por conexão quando existirem dois ou

mais processos, com mesmo objeto ou causa de pedir, simultaneamente, em juízos diferentesmas de mesma competência. Neste caso ocorre a modificação da competência de um dos juízosem prol do Juízo que praticou o primeiro ato processual. Assim sendo, far-se-á a reunião dos

 processos por ordem do juízo prevento, ex-offício ou a requerimento das partes

4.3 – Modificação da competência por continência : - Prevenção

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 No caso de continência o processo de modificação da competência é o mesmodo anterior, sendo um pouco diferente a causa, pois a continência de ações se caracteriza pelaidentidade de partes e causa de pedir, mas o objeto de uma ação é mais amplo do que o daoutra.

4.4 – Modificação da competência por derrogação:Ocorrerá quando as partes elegerem o foro (comarca) perante a qual deverá ser 

 proposta eventual ação.

5 – Declaração de incompetência:

Ocorrerá a declaração de incompetência, pelo juiz:

a) de ofício ou a requerimento da parte ou de qualquer interessado, em qualquer fase do processo, em se tratando de incompetência absoluta (art. 113 CPC);

 b) a requerimento da parte ou de qualquer interessado, por meio de exceção, juntamentecom a defesa, no prazo de lei; (art. 112 CPC)

5.1 – Efeitos da omissão do réu quanto à argüição de incompetência:

a) se relativa, ocorrerá a prorrogação da competência do órgão perante o qual aação foi proposta; (art. 114 CPC)

 b) se absoluta e o réu não deduzi-la no prazo de defesa ou na primeiraoportunidade que lhe caiba falar nos autos, responderá ele integralmente pelascustas do processo. (§ 1º do art. 113 do CPC)

5.2 – Efeitos da declaração de incompetência:- se absoluta a incompetência, somente os atos decisórios serão nulos,remetendo-se ao autos ao juízo competente; (§2º do art. 113 CPC)

- se relativa, ocorrerá a remessa ao juízo competente.

6 – Conflito de competência:È um incidente processual que ocorre quando dois órgãos judiciais proclamam-se

competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para processar e julgar determinado processo, ou ainda quando discordam sobre a reunião ou separação de processos.(art. 116 CPC)

6.1 – Legitimidade para suscitar o conflito de competência: (art. 118 CPC)

a) pelo juiz, por ofício

 b) pela parte ou pelo MP, por petição

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6.2 – Competência para solucionar o conflito de competência (art. 118 CPC)

- É do Presidente do respectivo Tribunal

DO JUIZ

Seção IDos Poderes, dos Deveres e da responsabilidade do Juiz

Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,competindo-lhe:I - assegurar às partes igualdade de tratamento;II - velar pela rápida solução do litígio;III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça;IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes

Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegandolacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicaras normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes eaos princípios gerais de direito. Art. 127. O juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei.

Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhedefeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exigea iniciativa da parte.

Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstâncias da causa, de que autor eréu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fimproibido por lei, o juiz proferirá sentença que obste aos objetivos daspartes.

Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindoas diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos ecircunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelaspartes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o

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convencimento

Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará alide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquermotivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao

seu sucessor

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, seentender necessário, poderá mandar repetir as provas já produzidas.

Art. 133. Responderá por perdas e danos o juiz, quando:I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que devaordenar de ofício, ou a requerimento da parte.

Parágrafo único. Reputar-se-ão verificadas as hipóteses previstas no no IIsó depois que a parte, por intermédio do escrivão, requerer ao juiz quedetermine a providência e este não Ihe atender o pedido dentro de 10(dez) dias.

Seção IIDos Impedimentos e da Suspeição

Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processocontencioso ou voluntário:

I - de que for parte;II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimentocomo testemunha;III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferidosentença ou decisão;IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seucônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta;ou na linha colateral até o segundo grau;V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma daspartes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica,parte na causa.Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quandoo advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedadoao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.

Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando:I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge oude parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;

III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar

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alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meiospara atender às despesas do litígio;V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo

íntimo.

Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem parentes, consangüíneos ouafins, em linha reta e no segundo grau na linha colateral, o primeiro, queconhecer da causa no tribunal, impede que o outro participe do julgamento; caso em que o segundo se escusará, remetendo o processoao seu substituto legal.

Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição aos juízesde todos os tribunais. O juiz que violar o dever de abstenção, ou não sedeclarar suspeito, poderá ser recusado por qualquer das partes (art.304).

Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e desuspeição:I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte,nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135;II - ao serventuário de justiça;III - ao perito;IV - ao intérprete.

§ 1o A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição,em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeiraoportunidade em que Ihe couber falar nos autos; o juiz mandaráprocessar o incidente em separado e sem suspensão da causa, ouvindoo argüido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a prova quandonecessária e julgando o pedido.

§ 2o Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar o incidente

ATOS PROCESSUAIS

1. Conceito:Atos processuais são aqueles que têm por efeito a constituição, a conservação. O

desenvolvimento, a modificação ou a cessação da relação jurídica processual.

2. Princípio da instrumentalidade das formas – art. 154 CPC:

a) Exceto quando a lei exige, os atos processuais não têm forma pré-determinada;

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 b) Mesmo nos casos em que a lei determinar a forma do ato processual, caso venha a ser  praticado de forma diversa, o ato permanecerá válido desde preservada sua finalidadeessencial..

3. Atos processuais eletrônicos – parág. Único art. 154 CPC:Os tribunais poderão disciplinar, no âmbito de sua jurisdição, a prática e a comunicação

dos atos processuais por meio eletrônico, desde que preservadas a validade e segurança jurídicados mesmos, bem como os requisitos do sistema de Infra-estrutura de Chavas PúblicasBrasileira – ICP-Brasil..

4. Princípio da publicidade – art. 155 CPC

Os atos processuais serão públicos, exceto os relativos aos processos que correm emsegredo de justiça:

- por exigência do interesse público- por dizer respeito às questões de família, exceto direito sucessório.

6. Vernáculo – art. 156 e 157 CPC

- os atos deverão ser praticados em língua pátria, sem gírias ou expressões chulas;- documentos redigidos em língua estrangeira deverão estar devidamente acompanhados darespectiva versão em língua portuguesa realizada por tradutor juramentado (oficial)

7. Classificação dos atos processuais:

a) Atos das partes b) Atos dos agentes da jurisdição: - atos do juiz; - atos

do escrivão

7.1. Dos atos processuais da parte:

7.1.1 – Partes: Autor, réu, terceiros intervenientes e Ministério Público (qdo não atua comocustos legis).

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 7.1.2 – Recibo de petições

  7.1.3 – Proibições (art. 161) – anotações marginais ou interlineares sob pena demulta de ½ s.m.

 7.1.4 – Classificação

Atos de obtenção(visam a satisfação de um

pedido das partes)

Atos dispositivos(visam a homologação de acordo

realizados entre as partes)

- postulatório (pedido expressodirigido ao jui – ex. petição inicial,contestação, exceções, etcz);

- de evento físico (ato materialdesenvolvido no process – ex: pgto decustas, prestação de caução, depósito prévio, etc);

- instrutórios (atos probatórios dos

fatos alegado – ex. depoimento pessoal, laudo pericial, depoimento detestemunhas, pareceres, etc)

- atos de submissão (uma das partesadere ao pedido da outra);

- Atos de desistência  (aceitação dasconseqüências ou não cumprimento doônus processual); só produz efeitosdepois de homologada por sentença (par.ún. Art. 158 CPC)

- negócios jurídicos processuais

(acordo processual realizado pelas partes)

7.2 – Dos atos do Juiz ( mais propriamente pronunciamentos)

Sentença§1º art. 162

É o ato do juiz que implicaalguma das situações

previstas nos artigos 267 e269 do CPC

Art. 267 – Extinção semresolução de mérito =Sentenças terminativas

Art. 269 – Resolução domérito – Sentençasdefinitivas

DecisãoInterlocutória

§2ºart. 162Ato decisório, proferido no curso do processo que resolvealgumas questões incidentes

Despachos

§3º art.; 162

Ato sem conteúdo decisório relevante, dizendo respeito

ao andamento do processo.

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Atosordinátórios§4º art. 162

Atos burocráticos do processo, como por exemplo,despacho de juntada e de vista de documentos.

 

7.2.1 – Outros atos (propriamente ditos) praticados pelo Juiz mas não elencados noartigo 162 CPC:

a) Audiência – ato complexo em que o juiz tanto pode realizar a colheita de prova, como proferir decisões e até sentença;

 b) inspeção judiciaol – ato instrutório realizado pelo próprio juiz ( art. 440 do CPC);

 b) prestação de informações em recurso de agravo (art. 527, II e IV do CPC);

c) prestação de informações em MS impetrado contra ato judicial (art. 7º da Lei 1.533/51)

7.3 – Dos atos do escrivão ou do chefe de secretaria

AtosburocráticosArt. 166 e 167 

Autuação: encapamento, numeração e rubrica depáginas, cadastramento (número de registro, nomes daspartes, data do iníciio e natureza do feito) , indicação do juízo, etc.

Atos dedocumentação

Art. 169

São os atos através dos quais o escrivão transfere paradeterminado suporte (papel, mecânico ou eletrônico - §2º, art 169) os atos praticados pelos sujeitos do processo(partes e juiz)

Atos decomunicação

202, 213 e 234

 São os atos necessários ao diálogo processual, requisitos

ao exercício do contraditório e da ampla defesa pelaspartes

Atos delogística

Atos de assessoria ao juiz: recebimento e depósito de valores, lavraturados termos da audiência, guarda de documentos, fornecimento decertidões, etc.

Atosordinatórios

§4º do art. 162

Ex. despachos de juntada e de vista de documentos :

A EC 45/2004, autorizou expressamente a delegaçãodessa atividade ao escrivão, ressalvando, apenas que ela jamais poderá abranger conteúdo decisório (CF, art. 93,

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XIV)

8. Dos prazos dos atos processuais.

8.1 – Conceito:

Prazo processual é o lapso de tempo de que o juiz ou a parte tem para praticar ato de suaresponsabilidade.

8.2 – Dos prazos para realização dos atos processuais

Os atos processuais devem se realizar, pelo juiz ou pelas partes: (art. 177 CPC)

a) nos prazos prescritos em lei específica; b) não havendo lei, nos prazos assinalados pelo juiz;c) não havendo lei específica, nem determinação do juiz, deverãose realizar no prazo de 5 dias ( art. 185)

8.3 – Da contagem dos prazos processuais

a) contam-se os atos processuais a partir da comunicação dosmesmos (citação, carta, intimação), de forma contínua, exceto as possibilidades

de suspensão e interrupção previstas em lei (Ex. férias forenses, recessos, hipóteses doartigo 265, I e III, obstáculos criados pela parte)

Suspensão dos prazos: cessada a causa suspensiva, recomeça-sede onde parou a contagem. Ex.: (CPC): férias. Na JT, há o recessoforense, de 20 de dezembro a 6 de janeiro, que suspende os prazos(Súmula 262, II, TST).

Interrupção dos prazos: cessada a causa interruptiva, acontagem se inicia do zero. Ex.: embargos de declaração.

 b) exceto disposição legal em contrário, conta-se o prazo excluindo-se oprimeiro dia e incluindo-se o último;

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c) os feriados e dias não úteis não suspendem o curso do prazo processual, masaí não se pode iniciar a contagem, da mesma forma que não se pode encerrar,

 prorroga-se, pois, numa e noutra situação, para o primeiro dia útil seguinte;

Muito cuidado (TST): Súmula 1 – notificação na sexta,

contagem a partir de segunda; Súmula 262 – notificação nosábado, início na segunda e contagem a partir de terça.

d) Os prazos dilatórios são aqueles que permitem às partes dispor do prazo,geralmente originam-se de convenções das partes. Todavia, a prorrogação só

 pode ser autorizada pelo juiz caso seja requerida antes do término do prazo.Depois, ocorrerá a preclusão.

e) Os prazos peremptórios são aqueles se originam de normas cogentes,como prazo para recurso, por exemplo. Nestes prazos só poderá haver dilação pelo juiz, nunca superior a 60 dias, em casos nas comarcas de “difíciltransporte”.

f) As pessoas jurídicas de direito público têm prazo em dobro pararecorrer e em quádruplo para contestar.

g) O MPT tem prazo em dobro para recorrer.

g) O art. 191 do CPC ( prazo em dobro para litisconsortes com procuradoresdiferentes),

 por orientação jurisprudencial, não se aplica ao processo trabalhista.

8.3.1. Preclusão:É a perda do direito de praticar um ato processual, pela inércia da parte no prazo

respectivo (preclusão temporal) ou por esse ato há haver sido praticado (preclusãoconsumativa). É a perda de um ônus processual pelo decurso de tempo.

9. Da comunicação dos atos processuais

9.1. Das formas de comunicação dos atos processuais: (art. 200 e 201)

Os atos processuais que devem ser realizados dentro dos limites da comarca onde o Juiz

exerce sua jurisdicção, serão cumpridos por ordem judicial comunicada à parte através deofícios ou mandados de intimação, citação, penhora, etc.

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Quando os atos tiverem de ser cumpridos fora da comarca, o juiz irá requisitar à outraautoridade judiciária que o faça, através de carta (precatória – território nacional ou rogatória

 – fora do território nacional)

Existem, ainda, os atos processuais ordenados pelos tribunais e que devem ser 

 praticados pelos juízes que lhes são subordinados. Neste caso tais atos são comunicados atravésda cartas de ordem..

9.2. Citação (art. 213 a 233)

9.2.1 – Conceito:A citação é o chamamento de alguém a juízo para defender-se em ação contra si

 proposta. Para validade do processo é indispensável a citação inicial (válida) do réu,entretanto o comparecimento espontâneo do réu supre a falta do ato. A citação é o ato

 pelo qual se dá efetividade ao princípio da ampla defesa.

9.2.2 – Efeitos da citação válida: (art. 219 CPC)

Efeitos processuais Efeitos materiais

• regulariza a relaçãoprocessual;

• torna prevento o juízo;• induz à litispendência;• faz litigiosa a coisa.

• constitui o devedor em moa;• interrompe a prescrição.

9.2.2.1 – Hipótese de dispensa de citação do réu:Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de

direito e no juízo já houver sido proferida sentença de totalimprocedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada acitação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor daanteriormente prolatada.

§ 1o Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5(cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento

da ação.§ 2o Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu

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para responder ao recurso

9.2.3 – Espécies de citação e suas formas

Citação real(quando se tem a certeza física

de que o réu, pessoalmente,através de seu representante

legal, ou procurador legalmenteautorizado, foi citado)

Citação ficta(quando não há certeza, mas apenasuma presunção jurídica de que o réu

tomou conhecimento da ação)

• citação via postal• citação por carta

precatória ou rogatória;• citação por mandado

• citação por edital;• citação com hora certa.

9.2.3.1 – Citação por via postal (correio) – art. 222 CPC

Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarcado País, exceto:

a) nas ações de estado;b) quando for ré pessoa incapaz;c) quando for ré pessoa de direito público;d) nos processos de execução;

e) quando o réu residir em local não atendido pela entregadomiciliar de correspondência;f) quando o autor a requerer de outra forma.

9.2.3.2 – Citação por mandado – art. 222 e 224 CPC

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Art. 222 - ..................a) nas ações de estado;b) quando for ré pessoa incapaz;c) quando for ré pessoa de direito público;

d) nos processos de execução;e) quando o réu residir em local não atendido pela entregadomiciliar de correspondência;f) quando o autor a requerer de outra forma

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça noscasos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citação pelocorreio.

9.2.3.2.1 – Elementos obrigatórios do mandado de citação:

a) nome do autor, do réu, e respectivos domicílios ouresidências;

 b) a finalidade da citação, com as especificações constantes na  petição inicial e, se o litígio tratar sobre direitos disponíveis,advertência de revelia quanto à matéria de fato na hipótese de nãohaver contestação;

obs. Caso o autor tenha entregue em cartório, tantascópias da inicial quantos forem os réus a serem citados, omandado será redigido em breve relatório.

c) a cominação, se tiver;

d) o dia, hora e lugar do comparecimento (quando for o caso);

e) a cópia do despacho;

f) prazo para a defesa;

g) a assinatura do escrivão e a declaração que este subscreve por ordem do juiz.

9.2.3.3 – Citação por hora certa: (art. 227 a 229 do CPC)

Ocorrerá citação por hora certa, quando o oficial de justiça, houver diligenciadoao endereço do réu por três vezes não o encontrando, mas tendo suspeita de que omesmo está se ocultando. Hipótese em que o oficial de justiça tomará as seguintes

 providências:

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9.2.3.4. – Citação por edital: (art. 231 a 233 do CPC)

Ocorre quando o réu for desconhecido ou incerto, ou conhecido não for encontrado ou que se encontre em local incerto e não sabido ou, ainda estiver em local

de difícil acesso. O autor deve demonstrar que esgotou todas as possibilidades deencontrar o réu.A citação por edital, requerida de má-fé, resultará em multa de 05 salários

mínimos pagas pela parte (normalmente o autor) em benefício do citando (via de regrao réu)

.10. Intimação (art. 234 a 242 do CPC)

10.1. Conceito:Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para quefaça ou deixe de fazer alguma coisa .

10.2. Considerações gerais:

a) Salvo determinação legal ou judicial em contrário, as intimações efetuam-se de ofícionos processos pendentes (em curso);

 b) O MP será sempre intimado pessoalmente;

c) No DF e nas capitais, as intimações, em processos pendentes, em sua maioria, serãorealizadas através de mera publicação dos atos no órgão oficial (via de regra é o Diáriodo Poder Judiciário – DPJ);

d) Havendo necessidade de intimação pessoal, esta se realizará na pessoa das partse, deseus representantes legais, de procurador devidamente habilitado ou de seus

advogados, pelo correio ou, se presentes em cartóriio, pessoalmente, ou ainda, noscasos em que a lei ou o juiz determinar, por mandado judicial;

e) Novidade! É possível a Intimação por meio eletrônico, mediante o uso de assinaturaeletrônica, na forma da Lei 11.419/2006 (vide ao final da apostila).

11. Marco inicial para a contagem dos prazos previstos nas citações e intimações – art241 do CPC:

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Art. 241. Começa a correr o prazo:

I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aosautos do aviso de recebimento;

II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;

III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do últimoaviso de recebimento ou mandado citatório cumprido;

IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem,precatória ou rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamentecumprida;

V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz.

Art. 242. O prazo para a interposição de recurso conta-se da data, em queos advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.

§ 1o Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada adecisão ou a sentença.

§ 2o Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou arequerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para

ciência da nova designação .

FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO

FORMAÇÃO DO PROCESSO – art. 262 A 264

1. Início do processo – iniciativa da parte petição inicial

2. Desenvolvimento do processo  impulso oficial

3. Ação proposta: art 263 CPCComarcas com uma vara judicial petição inicial despachada (recebida)

 pelo juizComarcas com mais de uma vara petição inicial distribuída

.

4. Formação do processo  citação válida

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Efeitos da citação válida:

4.1.1. para o autor: art. 264 CPC

a) impossibilidade de modificar o pedido ou a causa de pedir sem oconsentimento do réu – tal ato, ainda que consentido pelo réu somente é possível até o saneamento do processo;

 b) manutenção das mesmas partes, salvo substituições permitidas em lei;

4.1.2. para o réu: (art. 219 CPC)

a) constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição, mesmo quando

ordenada por juiz incompetente;

4.1.3. para as partes: (art 219 e 264)

a) induz litispendência e faz litigiosa a coisa;

b) manutenção das mesmas partes, salvo substituições permitidas em lei;

4.1.4. para o juízo (art.219)a) torna prevento o juízo

SUSPENSÃO DO PROCESSO

A suspensão do processo ocorrerá nas hipóteses do artigo 265 do CPC. Durante esse período é como se o processo ficasse no freezer. Destarte é absolutamente proibida a pratica dequalquer ato processual, salvo, por ordem do juiz, em caso de urgência, se houver necessidade

de evitar dano irreparável às partes.Art. 265. Suspende-se o processo:I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seurepresentante legal ou de seu procurador;

II - pela convenção das partes;

III - quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bemcomo de suspeição ou impedimento do juiz;

IV - quando a sentença de mérito:a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou

inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processopendente;b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida

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certa prova, requisitada a outro juízo;c) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como declaraçãoincidente;

V - por motivo de força maior;

VI - nos demais casos, que este Código regula.

§ 1o No caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, ou deseu representante legal, provado o falecimento ou a incapacidade, o juiz suspenderá oprocesso, salvo se já tiver iniciado a audiência de instrução e julgamento; caso em que:a) o advogado continuará no processo até o encerramento da audiência;b) o processo só se suspenderá a partir da publicação da sentença ou do acórdão.

§ 2o No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada aaudiência de instrução e julgamento, o juiz marcará, a fim de que a parte constitua novomandatário, o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguirá o processo sem julgamento do mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou mandará prosseguirno processo, à revelia do réu, tendo falecido o advogado deste.

§ 3o A suspensão do processo por convenção das partes, de que trata o no Il, nuncapoderá exceder 6 (seis) meses; findo o prazo, o escrivão fará os autos conclusos ao juiz,que ordenará o prosseguimento do processo.

§ 4o No caso do no III, a exceção, em primeiro grau da jurisdição, será processada naforma do disposto neste Livro, Título VIII, Capítulo II, Seção III; e, no tribunal, consoanteIhe estabelecer o regimento interno. (das exceções – art. 304 a 314)

§ 5o Nos casos enumerados nas letras a, b e c do no IV, o período de suspensão nuncapoderá exceder 1 (um) ano. Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo.

EXTINÇÃO DO PROCESSO 

1. Conceito: (arts. 267 e 269 CPC)

1.1  – A extinção:  é o fim do processo ou de uma fase processual. Os artigos 267 e269, ante a nova sistemática processual, revelam apenas hipótese de extinção do

 processo.

Determina o artigo 329 do CPC:

Art. 329. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas

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nos arts. 267 e 269, II a V, o juiz declarará extinto o processo.

Ocorrerá a extinção do processo quando o Juiz proferir sentença definitiva de mérito outerminativa (extintiva) do feito ainda que sem o julgamento do mérito (pedido).

1.2 - Hipótese de extinção do processo com julgamento de mérito por

sentença definitiva (269,I): Art. 269. Haverá resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

..............................................

.................................................

 Atenção! –  Observem que o caput do artigo 269 tem nova

redação. A antiga redação rezava: “ Extingue-se o processo com julgamento de mérito”...Isso significa dizer que atualmente os incisosdo artigo 269 são apenas hipóteses de resolução do mérito nãoimplicando necessariamente na extinção do processo, pois se a parteinterpor recurso ou requerer a execução da sentença, teremos acontinuidade do processo, ou ainda, de outro lado, é possível tambémo pronunciamento de sentenças parciais de mérito ou sentençasinterlocutórias em face do princípio da causa madura.

1.2 - Hipótese de extinção do processo sem julgamento, mas com exame demérito por sentença definitiva (269,II a V):2

Art. 269. Haverá resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

...................................................................................................

II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido;

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III - quando as partes transigirem;

IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;(PRELIMINAR DE MÉRITO)

V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda aação.

2.2 - Extinção do processo sem exame de mérito (sentenças terminativas)

1.3.1 – Efeitos da extinção do processo sem exame de mérito:

 

Art. 268. Salvo o disposto no art. 267, V, a extinção doprocesso não obsta a que o autor intente de novo a ação.A petição inicial, todavia, não será despachada sem aprova do pagamento ou do depósito das custas e doshonorários de advogado.

 

1.3.2 – Causas de extinção do processo sem o exame do mérito.

Os artigos 267, lista as causas de extinção do processo sem o exame do mérito pelo Juiz, ou seja, não existe aí uma sentença resolutiva ou decisória de mérito,apenas uma mera sentença terminativa, ou seja, mera sentença extintiva do

 processo.

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº11.232, de 2005)

I - quando o juiz indeferir a petição inicial; (INÉPCIA)

Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; (ABANDONO)

III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar acausa por mais de 30 (trinta) dias; (VIDE PARG. ÚN. ART 268 – 3 X = PEREMPÇÃO)

IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimentoválido e regular do processo; (PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS)

V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica,a legitimidade das partes e o interesse processual; (CONDIÇÕES DA AÇÃO)

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Vll - pela convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996)

Vlll - quando o autor desistir da ação;

IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; (PERSONALÍSSIMAS)

X - quando ocorrer confusão entre autor e réu;

XI - nos demais casos prescritos neste Código.

§ 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando aextinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta eoito) horas.

§ 2o No caso do parágrafo anterior, quanto ao no II, as partes pagarão proporcionalmenteas custas e, quanto ao no III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honoráriosde advogado (art. 28).

§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto nãoproferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a nãoalegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá pelas custas deretardamento.

§ 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem oconsentimento do réu, desistir da ação.

 

1.3.2.1 – Inépcia da inicial: ( parágrafo único do art. 295)A petição inicial é considerada inepta quando:

a) lhe faltar o pedido ou a causa de pedir; b) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;c) o pedido for juridicamente impossíveld) tiver pedidos incompatíveis entre si

1.3.2.2 - Indeferimento da inicial: (artigo 295 CPC)

a) quando for inepta; b) quando a parte for manifestamente ilegítima;c) quando o autor carecer de interesse processual;d) quando o juiz verificar, desde logo, a decadência e a prescrição;e) quando não atendidas as prescrições do artigo 39, par. Único e

 primeira parte do 284, ambos do CPC.

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Art. 39. Compete ao advogado, ou à parte quando postular emcausa própria:

I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço emque receberá intimação;

II - comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança deendereço.

Parágrafo único. Se o advogado não cumprir o disposto no no Ideste artigo, o juiz, antes de determinar a citação do réu, mandaráque se supra a omissão no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sobpena de indeferimento da petição; se infringir o previsto no no II,reputar-se-ão válidas as intimações enviadas, em carta registrada,para o endereço constante dos autos.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche osrequisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos eirregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10(dez) dias.

Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juizindeferirá a petição inicial.

1.3.2.3 – Perempção: ( parágrafo único do artigo 268) (pressuposto processual negativo, juntamentecom a litispendência e a coisa julgada)

Ocorrerá perempção quando o autor abandonar o processo, por período superior a 30dias, por três vezes seguidas. Neste caso:

a) o autor não poderá intentar nova ação com o mesmo objeto; b) terá apenas a possibilidade de alegar o seu direito em defesa.

1.3.2.4 – Pressupostos processuais:

São requisitos para a existência e a validade da relação jurídica processual (processo) e,consequentemente para o exame do mérito.

3.3.1 - Quais são os pressupostos processuais? 

O CPC, ao contrário do que fez com as condições da ação, não listou os pressupostos processuais.

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Há uma classificação bastante abrangente e seguida por diversos autores e quedivide os pressupostos em dois grupos processuais:

3.3.1.1. Pressupostos processuais de existência:

a) petição inicial ou demanda, pois é necessária a provocação ao judiciário;

 b) jurisdição, ou seja, um juiz investido de jurisdição;c) citação : A=> J => R 

3.3.1.2.Pressupostos processuais de validade

a) petição inicial apta, que preencha especialmente os requisitos do 282

CPC;Art. 282. A petição inicial indicará:I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio eresidência do autor e do réu;III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;IV - o pedido, com as suas especificações;V - o valor da causa;VI - as provas com que o autor pretende demonstrar averdade dos fatos alegados;VII - o requerimento para a citação do réu.

 b) Juízo competente e imparcialidade do Juiz - ausência de impedimento e suspeição (o impedimento pode ser alegado em qualquer tempo, pois também é caso deação rescisória, já a suspeição deve ser alegada na primeira oportunidade, o mesmoocorre com a incompetência absoluta e a relativa)

c) Citação válida

d) Capacidade postulatória, capacidade processual e legitimação processual:Tem capacidade postulatória quem está representado por advogado (exceto juizado

especial cível em causas até 20 sm, há autores que defendem a capacidade postulatóriacomo pressuposto de existência, entretanto, em que pese o CPC dizer que o ato éinexistente, o estatuto da OAB que é lei específica e posterior diz que o ato processual  praticado sem advogado é nulo, ou seja, inválido.

 A capacidade processual é uma aptidão genérica para agir em juízo por si só, ou seja,todos os que, sendo pessoas físicas, não sejam absoluta ou relativamente incapazes.

  A legitimação processual é aquela legitimação atribuída por lei, ou seja,extraordinária. Ex. MP na defesa do consumidor, o cidadão para ação popular.

3.3.1.3.Pressupostos processuais negativos

Os pressupostos processuais negativos, são aquelas situações que NÃO podemestar presentes junto ao processo, sob pena de torna-lo inválido e,conseqüentemente resultar na sua extinção.

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a) litispendência

 b) coisa julgada

c) perempção

DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO

1. Conceito de processo:

O processo é o instrumento de que dispõem o Estado e as partes para buscar a solução  pacificadora dos conflitos , servindo de meio, portanto, para a realização de objetivosafeiçoados ao exercício da jurisdição pelo Estado de Direito. Tem, pois, natureza substancial,

 pois é a garantia material do Estado para a solução dos conflitos.

1.1. Tipos de processo:

a) processo de conhecimentoobjetiva a verificação do direito material deduzido em direito, através de cogniçãoexauriente e também a atribuição deste, e seus respectivos reflexos, às partes.

b) processo de execuçãoobjetiva satisfazer o direito do credor, através de meios coercitivos junto aodevedor, quando existente obrigação líquida e certa representada através detítulo executivo.

c) processo cautelar

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objetiva garantir a eficácia do provimento judicial final, através de medidasassecuratórias da preservação do direito da parte, mediante a cognição sumáriada matéria de fato e de direito que envolve a lide..

2. Conceito de procedimento: 

Embora o procedimento (na praxe muitas vezes chamado de “rito”) esteja ligado ao processo,com ele não se identifica. Enquanto o processo é o meio para a solução dos conflitos, o

  procedimento é o mecanismo, pelo qual se desenvolve o processo diante dos órgãos de  jurisdição, ou seja, é a forma adotada pelo processo. Tem pois natureza meramente formal,estrutural.

Normas processuaisCompetência exclusiva da união

Normas procedimentaisCompetência concorrente da União,

Estados ou DF

•  jurisdição;• condições da ação;• pressupostos processuais;• prova;•

decisões judiciais lato sensu

• Procedimento stricto sensu;• Forma dos atos processuais;•  Tempo dos atos processuais;• Lugar dos atos processuais

2.1 Classificação dos procedimentos

2.1.1. Procedimento comum: ordinário e sumário2.1.2. Procedimentos especiais

Obs.  Existe ainda o rito sumaríssimo que está previsto na lei 9099/95 – Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais

2.2. Critério para eleição do procedimento no processo:

O critério é residual (exclusão), conforme de depreende do artigo 271 e 272 do CPC:

Art. 271. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição emcontrário deste Código ou de lei especial

Art. 272. O procedimento comum é ordinário ou sumário.

Parágrafo único. O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se pelas

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disposições que Ihes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, asdisposições gerais do procedimento ordinário

Assim sendo:

a) primeiro verificamos se a solução do conflito necessita de procedimento especial,caso contrário será comum;

 b) em segundo lugar, sendo comum. Verificamos se é hipótese de rito sumério (mais breve), caso contrário será ordinário. 

2.3. Procedimento ordinário:

São as regras procedimentais de estruturação e desenvolvimento do processo deconhecimento e do processo de execução (livros I e II do CPC ). Têm caráter geral,servindo de paradigma aos demais procedimentos, tendo, portanto, caráter supletivo emrelação ao procedimento sumário e aos procedimentos especiais.

O estudo do procedimento comum ordinário será aprofundado, por ocasião doestudo das fases do processo de conhecimento e do processo de execução, entretanto.Cumpre-nos agora ressaltar que nesse tipo de rito há quatro fases distintas:

FASES DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO

Postulatória Integrada pela petição inicial do autor e pela resposta doréu- art. 282 a 328 CPC

DeSaneamento

Medidas preliminares e saneamento do processo art. 331,§§ 2º e 3º CPC;

Instrutória Produção de provas – art. 332 a 457 CPC

Decisória Sentença - 458 a 466-C do CPC

.Obs. Fase conciliatória: Sempre que o processo tratar de direitos disponíveis, ocorrerá, antesdo sanaemento a fase conciliatória, havendo, para isso, uma audiência preliminar, art. 331,§1ºdo CPC. Entretanto, é mister salientar que a conciliação é possível, a requerimento das partes,em qualquer fase do processo (ex. art. 269,III)

2.4. Procedimento sumário:

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2.4.1. Conceito:O procedimento comum sumário é um rito simplificado, pela dispensa de

algumas formalidades e, especialmente, pela redução de atos ou prazos. A condução do processo pelo rito sumário se dá em razão do valor da causa ou da matéria:

2.4.2. Regras processuais do procedimento sumário:Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário:

I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor dosalário mínimo;

II - nas causas, qualquer que seja o valora) de arrendamento rural e de parceria agrícola;b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas aocondomínio;c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo devia terrestre;e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados emacidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução;f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado odisposto em legislação especial;g) nos demais casos previstos em lei

Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas açõesrelativas ao estado e à capacidade das pessoas.

Art. 276. Na petição inicial, o autor apresentará o rol de testemunhase, se requerer perícia, formulará quesitos, podendo indicar assistentetécnico.

Art. 277. O juiz designará a audiência de conciliação a ser realizadano prazo de trinta dias, citando-se o réu com a antecedência mínimade dez dias e sob advertência prevista no § 2º deste artigo,determinando o comparecimento das partes. Sendo ré a FazendaPública, os prazos contar-se-ão em dobro.

§ 1º A conciliação será reduzida a termo e homologada por sentença,podendo o juiz ser auxiliado por conciliador

§ 2º Deixando injustificadamente o réu de comparecer à audiência,reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados na petição inicial (art.319), salvo se o contrário resultar da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentença

§ 3º As partes comparecerão pessoalmente à audiência, podendofazer-se representar por preposto com poderes para transigir

§ 4º O juiz, na audiência, decidirá de plano a impugnação ao valor dacausa ou a controvérsia sobre a natureza da demanda,

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determinando, se for o caso, a conversão do procedimento sumárioem ordinário.

§ 5º A conversão também ocorrerá quando houver necessidade deprova técnica de maior complexidade.

Art. 278. Não obtida a conciliação, oferecerá o réu, na própriaaudiência, resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos erol de testemunhas e, se requerer perícia, formulará seus quesitosdesde logo, podendo indicar assistente técnico.

§ 1º É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor,desde que fundado nos mesmos fatos referidos na inicial.

§ 2º Havendo necessidade de produção de prova oral e nãoocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 329 e 330, I e II,será designada audiência de instrução e julgamento para datapróxima, não excedente de trinta dias, salvo se houver determinaçãode perícia.

Art. 279. Os atos probatórios realizados em audiência poderão serdocumentados mediante taquigrafia, estenotipia ou outro métodohábil de documentação, fazendo-se a respectiva transcrição se adeterminar o juiz. Parágrafo único. Nas comarcas ou varas em que não for possível a

taquigrafia, a estenotipia ou outro método de documentação, osdepoimentos serão reduzidos a termo, do qual constará apenas oessencial

Art. 280. No procedimento sumário não são admissíveis a açãodeclaratória incidental e a intervenção de terceiros, salvo aassistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervençãofundada em contrato de seguro

Art. 281 - Findos a instrução e os debates orais, o juiz proferirásentença na própria audiência ou no prazo de dez dias.

PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO

I – CONSIDERAÇÕES GERAIS

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1. Cognição – Conceito e objetivo:

A cognição é ato de inteligência, consistente em considerar, analisar e ponderar os valoresdas alegações e das provas produzidas pelas partes, ou seja, é o ato de tomar conhecimento deforma técnica e sistemática das questões de fato e de direito que são deduzidas no processo.

Destarte, a cognição é a atividade jurisdicional destinada a resolver a lide de pretensãoresistida, eis que está voltada à produção de um resultado final, que é a decisão jurisdicional.

1.1 Cognição horizontal:

Análise dos pressupostos processuais, das condições da ação e do mérito

1.2. Cognição vertical:

refere-se intensidade da relação entre o sujeito cognoscente (juiz) e o objeto cognoscível(processo), podendo do ser uma cognição exauriente (completa) ou umacognição sumária ou superficial (incompleta).

1.2.1 – Cognição sumária: É a cognição do juízos de verossimilihança e deaparência do direito, onde não ocorre uma cognição aprofundada do objeto do litígio emvirtude da situação de perigo e da urgência , como nas hipóteses de tutela antecipatória ede tutela cautelar.

1.2.2 – Cognição exauriente: É a cognição típica dos processos que visam àsolução definitiva das lides trazidas ao conhecimento do juiz. É aquela em que o juizdecide com base na certeza do direito. A cognição exauriente é a característica do

 processo de conhecimento.

II – PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO

1. Conceito:São as regras procedimentais de estruturação e desenvolvimento do processo deconhecimento e do processo de execução (livros I e II do CPC ). Têm caráter geral,servindo de paradigma aos demais procedimentos, tendo, portanto, caráter supletivo emrelação ao procedimento sumário e aos procedimentos especiais.

2. Fases do procedimento ordinário: 

  Atenção!!! Os artigos aqui mencionados têm apenas a

intenção de orientar a localização”topográfica” do leitor quanto as manifestações do CPC sobre cada uma das

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  fases do procedimento ordinário. Não têm, portanto, aintenção de exaurir os temas deste item no que tange àmatéria processual.

a) Postulatória – art. 282 a 318: Petição inicial, resposta do réu

 b) Saneamento – art.331: Audiência preliminar (conciliação, fixação dos pontoscontrovertidos, decisão de questões processuais pendentes, abertura da instrução);

c) Instrutória - § § 2º e 3º do art. 331 e art 332 a 457: Abertura da instrução,audiência de conciliação. Instrução e julgamento, provas.

d) Decisória – art. 267 e 269, 329 a 330 e 458 a 475: Extinção, Julgamento conforme oestado do processo, sentença, coisa julgada.

2.1 – PETIÇÃO INICIAL

2.1.1 – Requisitos: art. 282 e 283 CPC;

2.1.1.1 – Elementos da petição inicial – art. 282

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2.1.1.2 – Documentos indispensáveis à propositura da ação – art 283:

a) Procuração necessária para a regularização da representação postulatória,exceto quando requerida a juntada posterior para casos de urgência,conforme artigo 37 CPC;

 b) Outros documentos necessários à instrução, que, conforme o caso concreto ea tutela pretendida, sejam capazes de ensejar, ainda que minimamente, alegitimidade, o interesse de agir e a possibilidade jurídica.

2.1.1.3 – Emenda à inicial

Art. 282. A petição inicial indicará:

I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;

II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência doautor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido, com as suas especificações;

V - o valor da causa;VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos

alegados;

VII - o requerimento para a citação do réu.

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a) no prazo de 10 dias – art. 284:• quando faltar um dos requisitos dos artigos 282 e 283 do CPC;• quando contiver defeitos ou irregularidades capazes de dificultar o

 julgamento do mérito. 

 b) no prazo de 48 horas – parágrafo único do artigo 39:• quando faltar o endereço em que o advogado receberá as intimações;

2.1.1.3 – Indeferimento da inicial – art. 284, 295 e parágrafo único do art. 39.

Art. 295. A petição inicial será indeferida:

I - quando for inepta;II - quando a parte for manifestamente ilegítima;III - quando o autor carecer de interesse processual;IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição(art. 219, § 5o);V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, nãocorresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso emque só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de

procedimento legal;Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafoúnico, primeira parte, e 284.

(emendas quanto à falta de endereço e requisitos dos art. 282 e 283)

Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando:I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir;II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusãoIII - o pedido for juridicamente impossível;IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

a) natureza jurídica da decisão que indefere a incicial:

A decisão que indefere a petição inicial é sentença de natureza terminativa(extingue sem resolução do mérito – art 267, I), entretanto, quando indeferir a

 petição inicial pelo pronunciamento da prescrição ou decadência, será sentençade natureza definitiva (ocorre resolução de mérito – artl 269, IV).

c) Recurso cabível da decisão de indeferimento da inicial: (art. 296 doCPC)

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È a apelação, todavia se permite ao magistrado o juízo de retratação, no prazode 48 horas.

2.1.2 – Pedido

2.1.2.1 – Conceito e requisitos:

Pedido é o objeto da ação, devendo ser certo, expresso, exteriorizado, inconfundível,definido e delimitado. Excepcionalmente, nas hipóteses do art. 286, o pedido poderáser genérico:

Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém,formular pedido genérico:

 I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petiçãoos bens demandadosII - quando não for possível determinar, de modo definitivo, asconseqüências do ato ou do fato ilícitoIII - quando a determinação do valor da condenação depender deato que deva ser praticado pelo réu

2.1.2.2 – Pedido e seu efeito limitador da tutela jurisdicional:

a) O pedido do autor limita objetivamente a decisão do juiz (art. 460 do CPC ), devendoser interpretado restritivamente (art. 293 CPC), salvo exceções legais (art. 461 do CPC).

Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de naturezadiversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ouem objeto diverso do que Ihe foi demandado.Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação

 jurídica condicional.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação defazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou,se procedente o pedido, determinará providências que assegurem oresultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor orequerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultadoprático correspondente.

§ 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa(art. 287).

§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificadoreceio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutelaliminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medidaliminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, emdecisão fundamentada.

§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença,impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se forsuficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoávelpara o cumprimento do preceito.

§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultadoprático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento,determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa portempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas,desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessáriocom requisição de força policial. § 6o O juiz poderá, de ofício, modificar ovalor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornouinsuficiente ou excessiva.

 b) Os acessórios do pedido, por decorrerem de determinação legal, não precisam estar expressos na petição:

a. reembolso das despesas processuais pelo vencido e pagamento dehonorários advocatícios (art. 20 do CPC;

 b. juros legais (art. 293 do CPC);

c. prestações periódicas vencidas após a propositura da ação (art. 290CPC)

2.1.2.3 – Pedido imediato e pedido mediato:

a) pedido imediato: refere-se à espécie de sentença que a parte requer:condenatória, declaratória, constitutiva, mandamental ou executiva. Assim o

  pedido imediato pode ser condenatório, declaratório, constitutivo,mandamental ou executivo.

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b) pedido mediato: é o bem da vida pretendido pelo autor. Ex. a certeza  jurídica da declaração, a anulação de um contrato, a satisfação de umaobrigação, o cumprimento de um dever, a reparação de um dano.

2.1.2.4 – Cumulação de pedidos – art. 292 CPC:Formulação de dois ou mais pedidos , no mesmo processo, desde que sejam:

a) formulados em desfavor do mesmo réu; b) compatíveis entre si;c) o órgão jurisdicional seja competente para todos os pedidos;d) o mesmo procedimento seja adequado para todos eles.

2.1.2.4.1 – Espécies de cumulação de pedidos:

Cumulação de pedidos Própria

Simples Pedidos que poderiam ser objeto de demandas diversa

Sucessiva Pedidos com relação de prejudicabilidade (Ex. pedido deinvestigação de paternidade com pedido de alimentos)

Superveniente ouincidental Pedidos realizados em momentos diferentes (ex. Ação

declaratória incidental)

Cumulação de pedidos Imprópria

Alternativa Um pedido ou outro, pela natureza da obrigação, o devedor podecumprir a prestação de mais de um modo

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Subsidiária oueventual

Em razão da circunstancia , o autor formula mais de um pedidoem ordem sucessiva. No caso do pedido principal não ser deferido, pretende-se o atendimento do pedido subsidiário.

2.1.2.4.2.- Alteração ou aditamento do pedido

Anterior àcitação válida

possível livremente

Posterior à

citação válida

possível Vinculada a autorização da parte

contrária

Posterior aosaneamento

impossível Estabilidade objetiva da lide

2.1.3. – Sentença de mérito sem citação do Réu – art 285 –A do CPC

Excepcionalmente é possível ao juiz decidir o mérito, antes mesmo da citação do réu,caso em que esta será dispensada..

Para tal ato será necessária a presença dos seguintes requisitos:

a) a sentença deverá ser sempre de improcedência do pedido do autor; b) o mérito deverá conter somente matéria de direitoc) o juízo já deve ter proferido sentença de improcedência em outros casos idênticos

2.2. RESPOSTA DO RÉU

2.2.1 – Conceito:A resposta do réu consiste nos instrumentos de defesa de que este dispõe para enfrentar 

a pretensão do autor. Assim sendo, são as formas de que o réu dispõe para contrapor-se ao pedido de tutela jurisdicional, formulado pelo autor, no processo. O CPC estabelece que sãotrês os instrumentos para resposta do réu: Contestação, Exceção e Reconvenção (art. 297 doCPC)

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2.2.1.1 – Espécies de defesa:

a) defesa processual: é o ataque à relação jurídica processual, objetivando

demonstrar seus vícios e omissões. Atinge o processo e não a relação jurídica de direitomaterial. Ex. preliminares da contestação argüindo: carência de ação, inépcia da inciail, ausência de pressupostos de validade ou existência da ação, exceções de incompetência ou de suspeição.

A defesa processual pode ser:

Própria ou peremptória visa a extinção do processo

Imprópria ou dilatória via apenas o retardamento do processo até que seja sanado o vício

b) defesa de mérito : é o ataque ao fato jurídico que constitui o mérito da causa,pode ser direta (negação dos fatos suscitados pelo autor, impugnando-os

especificamente) ou indireta (admissão dos fatos, porém com a negação dos efeitos jurídicosque o autor pretente extrair a partir deles ).Ex. mérito da contestação, reconvenção.

2.2.1.2. Algumas considerações sobre os prazos da defesa do réu:

a) O prazo para o réu oferecer a sua defesa através dos instrumentos citados pelo artigo297 do CPC, é de 15 dias, contados da seguinte forma:

Citação pelo correio Conta-se da juntado do AR aos autos

Citação por mandado Conta-se da juntada do mandado

cumprido

Citação por edital Conta-se a partir do final do prazoestabelecido no edital

Citação por cartaprecatória ourogatória

Conta-se da juntada destas aos autos.

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 b) A Fazenda Pública, o Ministério Público e quaisquer pessoas jurídicas de direito público tem prazo em quádruplo para responder as ações, assim sendo 15 x 4 = 60

dias (art. 188 do CPC);

 b) Litisconsórcio passivo com advogados diferentes = prazo em dobro; (art. 191);

c) Litisconsórcio passivo com mesmo advogado – prazo comum (art. 298 CPC);

 d) A contagem do prazo para resposta do réu é contínua, não se suspendendo nos

feriados ou fins de semana, entretanto, seu início ou fim deverá sempre recair em diaútil. Apenas as férias forenses, obstáculo criado pela parte (ex. nomeação à autoria,exceções, morte ou perda da capacidade processual das partes – art. 64 c/c 67 e 265, I e III do CPC) ) suspendem ou interrompem a contagem do prazo de defesa do réu. (art. 178 a 180do CPC);

2.2.2 – Contestação

A contestação constitui peça de defesa do réu, por excelência. Por meio da contestação

o réu manifesta a sua resistência, por escrito, à pretensão do autor atacando, formal ematerialmente, o pedido (defesa processual e de mérito, respectivamente ) (art. 297 c/c art. 300 doCPC).

2.2.2.1 – Princípios orientadores da Contestação:

a) princípio da eventualidadeb) princípio do ônus da impugnação específica.

I- Princípio da eventualidade: na contestação o réu deve apresentar toda a sua matériade defesa, seja ela de natureza processual (formal) ou de mérito (material) – (art. 300CPC), sob pena de preclusão consumativa (perda do direito de alegar a matéria de defesaem outro momento)

a) Exceções ao princípio da eventualidade: (art. 303 CPC)• fato superveniente;

• matéria que possa ser reconhecida de ofício;

• alegações que, a lei expressamente autorizar em qualquer tempo ou juízo; (ex. nulidades)

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II – Princípio do ônus da impugnação específica: o réu deverá impugnar,individualizadamente, cada um dos fatos alegados pelo autor, sob pena de serem

considerados incontroversos (verdadeiros). (art. 302 CPC)a) Exceções ao princípio do ônus da impugnação específica: (incisos I,II e

III do art. 302):• se não for admissível, a seu respeito, a confissão;

• se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento públicoque a lei considerar da substância do ato;

• se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seuconjunto.

2.2.2.2 – Estrutura da Contestação (art. 301 c/c 282 a 296 (naquilo que couber, pelo

 princípio da isonomia) do CPC.

a) Autoridade a quem é dirigida;

 b) Qualificação das partes e identificação do advogado;c) Manifestação da intenção da peça processual;d) Argumentação das preliminares processuais – (art 301)

Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito,alegar:I - inexistência ou nulidade da citação;II - incompetência absoluta;III - inépcia da petição inicial;IV - perempção;V – litispendência (ações idênticas: mesmas partes, mesma causa

de pedir e mesmo pedido)Vl - coisa julgadaVII - conexão;Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou faltade autorização;IX - convenção de arbitragem; (é a única matéria que não pde ser reconhecida de ofício)X - carência de ação;Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige comopreliminar

e) Argumentação das preliminares de mérito (prescrição ou decadência);

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e) Argumentação do mérito, observados os princípios da eventualidade e do ônus daimpugnação específica;

f) Pedido.

2.2.2.3 – Réplica:

Dos fatos alegados pelo réu na contestação, cabe a manifestação do autor conforme asdisposições dos artigos 326 e 327 do CPC.

Art. 326. Se o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outroIhe opuser impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, esteserá ouvido no prazo de 10 (dez) dias, facultando-lhe o juiz a produção deprova documental.

Art. 327. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 301, o juiz mandará ouvir o autor no prazo de 10 (dez) dias, permitindo-lhe aprodução de prova documental. Verificando a existência deirregularidades ou de nulidades sanáveis, o juiz mandará supri-las, fixandoà parte prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.

2.2.2 – Exceção

A exceção é uma defesa indireta não somente do réu, mas de qualquer das partes do processo. Seu oferecimento não objetiva atacar diretamente os fatos e o direito invocados, mas,sim, alegar circunstâncias, previstas em lei, em benefício do interesse das partes.

Consiste em um incidente processual, provocado pela parte que se sentir prejudicada(autor ou réu), com o intuito de corrigir a irregularidade processual relativa à incompetênciarelativa (art 112) , impedimento ou suspeição (art 134 e 135) do Juiz (art. 304 do CPC).

Observação!!: a incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição independentemente de exceção, provocando a nulidade de todos os atos decisóriosdo juiz.

2.2.2.1 – Forma, prazo e efeitos do oferecimento da exceção:

A Exceção será oferecida em petição escrita, fundamentada e aocmpanhadados documentos necessários à sua instrução, em qualquer momento ou grau de

 jurisdição, no prazo de 15 dias do fato que a ensejar art. 304 e seguintes do CPC),devendo ser processada em autos apartados (art. 299 do CPC). O oferecimento da

Exceção provoca a suspensão do processo, desde o seu oferecimento até o julgamentodo incidente (art. 265, III do CPC).

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2.2.2.2 – Competência para o julgamento da exceção:

a) exceção de incompetência : juiz

 b) exceção de impedimento e suspensão se não reconhecidas pelo juiz deverão ser remetidas ao tribunal.

2.2.3 – Reconvenção – art. 315 a 318 do CPC

Reconvenção designa o pedido que, com a contestação, o réu apresenta contra o autor,

no mesmo juízo e no mesmo processo, porém em petições distintas.Consiste na possibilidade do réu propor ação contra o autor cumulativamente com aação em que é demandado, visando pretensão própria e autônoma, desde que conexa com a

 petição inicial e a contestação do processo principal.

2.2.3.1 – Pressupostos:.

a) Conexão com o processo principal mesmo pedido ou mesma causa de pedir doautor, na petição inicial e da contestação;

 b) Competência do Juízo perante o qual tramita o processo original:• deve oferecida no mesmo prazo da contestação;• será processada nos mesmos autos do litígio original;

c) identidade de procedimento;

d) identidade de partes.

2.2.3.2 – Diferenças entre contestação e reconvenção

Contestação Reconvenção

> é um corolário da defesa doréu, visando a rejeição da ação,com atitude de caráter passivo;

> é um ônus obrigatório ao réuse este não quiser sofrer os

> é uma ação do réu contra oautor, no mesmo feito e juízoem que é demandado

> é uma mera faculdade de

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efeitos da revelia quando àmatéria de fato.

réu, pois este ao invés dereconvir poderá propor açãoautônoma;

Atenção!

a) é possível a reconvenção da reconvenção, uma vez que não existe vedação legal para esse fenômeno;

 b) Admite-se o litisconsórcio na reconvenção, toda vez que, no pólo passivo devaexistir um litisconsórcio necessário;

2.3. - REVELIA – art. 319 a 322 do CPC

A revelia é a situação em que se coloca o réu pelo descumprimento do ônus processualconsistente na contestação, ou seja, revelia é a situação do réu que, validamente citado, nãoutilizou a contestação como meio de defesa, pois, agindo deste modo, não impugnou especificaou tacitamente cada um dos fatos.

2.3.1 – Hipóteses para a declaração de revelia do réu validamente citado:

É revel o réu que, validamente citado:

a) não comparece em juízo; (prazo in albis)

 b) comparece, mas desacompanhado de advogado; (exceto jus postulandi);

c) comparece, acompanhado de advogado, mas contesta intempestivamente;

c) comparece, acompanhado de advogado, tempestivamente, mas oferece outro tipode defesa que não a contestação;

e) comparece, acompanhado de advogado, tempestivamente, contesta, mas nãoimpugna especificamente os fatos narrados na inicial;

f) No procedimento sumário ou no Juizado especial, não comparecer ou não justificar validamente sua falta à audiência, ou, ainda, se for o caso, não se fizer representar 

 por preposto devidamente habilitado;

Atenção: Sempre que, em procedimento de rito sumário ou juizado especial, o mandadode citação determinar o comparecimento do réu sob pena de confissão, este não se

 poderá fazer representar por preposto, sob pena de revelia.

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2.3.2. – Efeitos da revelia:

a) pela revelia serão considerados presumidamente verdadeiros (incontroversos) osfatos alegados pelo autor;

 b) desnecessidade de intimação do réu quanto aos atos processuais, desde que não hajaadvogado constituído por este nos autos;

2.3.3 – Hipóteses em que não ocorrerão os efeitos da revelia:rt. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigoantecedente:

I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;

II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumentopúblico, que a lei considere indispensável à prova do ato.

2.4 – DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO

O julgamento conforme o estado do processo se faz possível sempre que este se realizaantes da fase instrutória, ou seja, antes do momento em que normalmente aconteceria, sempre

 presentes as seguintes situações previstas nos artigos 329 e 330 do CPC:

a) Extinção do processo nos casos dos art. 267 e 269, II a V. Hipótese em que se verificaa inexistência dos pressupostos e condições da ação, ou mesmo a existência de

 pressupostos processuais negativos

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Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:

I - quando o juiz indeferir a petição inicial;Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência daspartes;

III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, oautor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição ede desenvolvimento válido e regular do processo;V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência oude coisa julgada;Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como apossibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesseprocessual;Vll - pela convenção de arbitragem;Vlll - quando o autor desistir da ação;IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;X - quando ocorrer confusão entre autor e réu;XI - nos demais casos prescritos neste Código.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Art. 269. Haverá resolução de mérito:.......................................

II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido;III - quando as partes transigirem;IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.

 b) Julgamento antecipado da lide. Hipótese em que a causa está “madura” mesmoantes da fase instrutória, Isso será possível sempre que:

• O mérito for exclusivamente de direito;• As provas juntadas aos autos na fase postulatória forem suficientes,

sendo desnecessária a dilação probatória;• Quando se operaremos efeitos da revelia.

2.5. – DA PROVA

Quem demanda em juízo deve provar suas alegações, pois meras alegações não produzem qualquer efeito no âmbito judicial (salvo a revelia ou a omissão na contestação). A

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 prova é, pois, o meio através do qual as partes levam ao conhecimento do juiz a verdade dosfatos que elas querem provar como verdadeiros.

2.5.1 – Fase instrutória

A fase probatória, desta forma, é a oportunidade de o autor provar o fatoconstitutivo do seu direito e do réu argüir fato impeditivo, modificativo ou extintivo dodireito do autor.

2.5.2. Objeto da Prova

São objeto da prova os fatos relevantes para a solução da lide, ou seja, os fatoslitigiosos e controvertidos importantes para se provar os fatos. Cumpre ressaltar que a

 prova visa demonstrar a realidade dos fatos e não o direito em questão.

Objeto da prova

• fatos relevantes – aptos ainfluenciar na decisão de juizsobre a lide;

•fatos pertinentes – relação com a lide;

• fatos controvertidos – fatos impugnados pela partecontrária

• direito (lei) municipal. Estadual, estrangeiro ouconsuetudinário se assim determinar o juiz; (art337)

Fatos que independem de prova – art. 334 CPC

 • fatos notórios;

• afirmados por uma parte econfessados pela parte contrária

•fatos incontroversos;• fatos em cujo favor milita a

presunção legal de existeênciade

veracidade

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2.5.3 - Finalidade da Prova

A real finalidade da prova é formar a convicção do juiz em torno dos fatosrelevantes à relação processual. Por isso se diz que o destinatário da prova é o juiz,

uma vez que, é o mesmo quem deverá se convencer da verdade dos fatos.

Tal idéia se extrai do art. 130 do CPC

Art. 130, CPC: "Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,determinar as provas necessárias à instrução do processo,indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias".

2.5.4.- Ônus da prova

O ônus da prova é a conduta que se espera da parte, para que a verdade dos fatosseja levada ao conhecimento do juiz.

O artigo 333 do CPC adota o sistema de repartição do ônus da prova, ora cabe aoautor, ora ao réu.

Art. 333. O ônus da prova incumbe:I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou

extintivo do direito do autor.Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneiradiversa o ônus da prova quando:I - recair sobre direito indisponível da parte;II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

2.5.5 - A prova Legal

Art. 366 do CPC: "Quando a lei exigir, como da substância do ato, o instrumento público, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta".

Assim, por força do art. 366 do CPC, a prova legal é uma exceção ao princípioda inexistência de hierarquia dos meios de prova, pois limita o princípio do livreconvencimento motivado do juiz. Assim, se a prova legal existir validamente, o juiz não

 pode deixar de atribuir o valor probante que a lei lhe confere.

2.5.6 A Prova emprestadaProva emprestada "é a produzida em outro processo, mas que tem relevância para oatual". (Humberto Teodoro Júnior)

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"Denomina-se prova emprestada aquela produzida num processo e trasladada paraoutro, no qual se quer provar determinado fato. Prova emprestada pode referir-se adocumentos, testemunhos, perícia, ou qualquer outra prova." ( Elpídio Donizetti)

2.5.7. Prova ilícita

A prova ilícita é aquela obtida por meio ilícito. Conforme determina aConstituição Federal, ela não é permitida: "Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no

 processo, as provas obtidas por meio ilícito".

Caso a parte junte aos autos do processo alguma prova ilícita, haverá apenasnulidade da própria prova e não do processo como um todo, devendo a decisão do juiz

 basear-se nas demais provas, como se aquela prova ilícita apresentada não existisse.

2.5.8. Meios de prova

O art. 332 do CPC dispõe que: "todos os meios legais, bem como os moralmentelegítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdadedos fatos, em que se funda a ação ou a defesa".

Destarte, a princípio são permitidos todos os tipos de provas, salvo aquelas quesejam ilícitas (vedadas por lei) ou que sejam imorais. Cumpre ressaltar ainda que, entre

os meios de prova especificados por lei não cabe qualquer hierarquia ( exceto a provalegal), todas possuem poder valorativo idêntico.

Assim, não existe forma taxativa para comprovar a ocorrência dos fatos quechegam ao conhecimento do juiz, bastando que seja legítima. Entretanto, o CPCespecificou alguns meios de prova a partir do art. 342 como os meios mais usuais.

Meios de prova previstos no CPC

- Depoimento pessoal - arts. 342 a 347;- Confissão - arts. 348 a 354;

- Exibição de documento ou coisa - arts. 355 a 363;- Prova documental - arts. 364 a 391;- Prova testemunhal - arts. 400 a 419;- Prova pericial - arts. 420 a 439;- Inspeção Judicial - arts. 440 a 443.

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Daremos destaque aos quatro mais utilizados:

2.5.8.1.Depoimento pessoal

Art. 342. O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo,

determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-lassobre os fatos da causa.

Art. 343. Quando o juiz não o determinar de ofício, compete a cada parterequerer o depoimento pessoal da outra, a fim de interrogá-la naaudiência de instrução e julgamento.

§ 1o A parte será intimada pessoalmente, constando do mandado que sepresumirão confessados os fatos contra ela alegados, caso não compareçaou, comparecendo, se recuse a depor.

§ 2o Se a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar adepor, o juiz Ihe aplicará a pena de confissão.

Art. 344. A parte será interrogada na forma prescrita para a inquirição detestemunhas.Parágrafo único. É defeso, a quem ainda não depôs, assistir aointerrogatório da outra parte.

Art. 345. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao

que Ihe for perguntado, ou empregar evasivas, o juiz, apreciando asdemais circunstâncias e elementos de prova, declarará, na sentença, sehouve recusa de depor.

Art. 346. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, nãopodendo servir-se de escritos adrede preparados; o juiz Ihe permitirá,todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completaresclarecimentos.

Art. 347. A parte não é obrigada a depor de fatos:I - criminosos ou torpes, que Ihe forem imputados;

II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de filiação, dedesquite e de anulação de casamento.

Atenção!!!

Princípio da pessoalidade e da indelegabilidade do depoimento pessoal

Esse princípio determina que a parte deve ser ouvida diretamente, estando vedado odepoimento através de procurador, exceto se esse tiver presenciado os fatos ou se a parte for 

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 pessoa jurídica. A pessoa jurídica será representada por seu presentante legal ou preposto quetenha presenciado os fatos.

2.5.8.2 - Prova documental

"O documento liga-se à idéia de papel escrito. Contudo, não apenas os papéis escritos sãodocumentos. Documento é todo objeto do qual se extraem fatos em virtude da existência desímbolos, ou sinais gráficos, mecânicos, eletromagnéticos, etc. É documento, portanto, uma

 pedra sobre a qual estejam impressos caracteres, símbolos ou letras; é documento a fitamagnética para a reprodução por meio do aparelho próprio, o filme fotográfico, etc." ( VicenteGreco Filho)

2.5.8.2.1 – Comentários essenciais sobre a prova documental

a) A prova documental abrange os instrumentos e documentos, públicos e privados. Osinstrumentos são documentos confeccionados com o objetivo de servir de prova edocumentos são gêneros a que pertencem todos os registros materiais de fatos jurídicos.

 b) As certidões, os traslados e reproduções de documentos públicos autenticados fazema mesma prova que os documentos originais (art. 365, CPC)

c) Documento público possui presunção legal de autenticidade entre as partes e peranteterceiros pois sobre ele recai fé pública conferida aos órgãos estatais.

Art. 364, CPC: "Documento público faz prova não só da sua formação, mas tambémdos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o funcionário declarar que ocorreram em sua

 presença".

d) Documento particular é o instrumento particular feito e assinado, ou somente

assinado, por quem esteja na disposição ou administração livre de seus bens e subscrito por duas testemunhas. Sobre o mesmo não recai qualquer interferência de oficial público.

e) No procedimento ordinário, o documento (seja ele probatório ou indispensável) é ummeio de prova significativo, apresentado na fase postulatória do processo (autor na

 petição inicial e réu na defesa). (art. 283 e 396, CPC)

 No procedimento sumário, os documentos devem ser juntados pelo autor na petição inicial e pelo réu em audiência.

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f) Documento indispensável é aquele que serve de base para o pedido. Documento probatório é o que serve como prova do fato litigioso, corroborando com oindispensável.

g)A juntada de documentos fora da fase postulatória só é permitida em casos

expressamente autorizados pelo CPC:

- Art. 183, CPC ( prova de justa causa para não realização de ato processual pela parte)

- Art. 326, CPC (contra-prova, pelo autor, de fato impeditivo, extintivo ou modificativo de seudireito e que tenha sido alegado pelo Réu em contestação)

- Art. 327, CPC (produção de prova documental pelo autor, para sanar viícios processuaisalegados pelo réu em contestação);

- Art. 355 e 341/360, CPC (Exibição de documento pela parte ou por terceiro mediante ordem

 judicial);

- Art. 397, CPC (produção de prova sobre fatos supervenientes aos já comprovados);

- Art. 399, CPC (requisição judicial a qualquer tempo de prova documental à repartições públicas)

2.5.8.3 - Prova testemunhal

"Prova testemunhal é a que se obtém por meio do relato prestado, em juízo, por pessoas queconhecem o fato litigioso". Humberto Theodoro Júnior 

2.5.8.3.1. Classificação das testemunhas:

a) Testemunhas presenciais: testemunhas que assistiram o fato controvertido pessoalmente;

 b) Testemunhas de referência: testemunhas que souberam do fato litigioso através de terceiros;

c) Testemunhas referidas: testemunhas descobertas por meio de depoimento de algumatestemunha;

d) Testemunhas judiciárias: testemunhas que depõem em juízo sobre o fato litigioso;

e) Testemunhas instrumentárias: testemunhas que presenciam e participam de um ato jurídico(exemplo testemunhas presenciam um contrato e o assinam junto com as partes contratantes).

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2.5.8.3.2 – Comentários essenciais sobre a prova testemunhal

a) Como as testemunhas vão a juízo depor sobre fatos controvertidos do processo, devem ser 

 pessoas capazes e sem interesse no litígio.

 b) Quando a demanda tramitar sob o rito ordinário, o rol de até 10 (dez) testemunhas deveráser apresentado em cartório com antecedência de pelo menos 10 (dez) dias da audiênciadesignada, salvo se o juiz designar outro prazo. (art. 407 CPC)

c) Serão ouvidas até 03(três) testemunhas para manifestar sobre cada fato, as demais,ainda que arroladas em tempo hábil, poderão ser dispensadas pelo juiz.

d) A testemunha que for intimada e sem motivo justificado deixar de comparecer à

audiência, poderá ser coercitivamente conduzida à audiência por ordem do juiz e ficaráresponsável pelas despesas causadas.

e) A parte que dispensar a intimação da testemunha sob o compromisso de apresentá-la nadata da audiência corre o risco de perder a prova se a testemunha não comparecer.

f) A testemunha antes de depor é advertida pelo juiz de que poderá responder a umprocesso criminal se fizer afirmação falsa, calar ou ocultar a verdade.

g) O juiz ouve as testemunhas separadamente, de forma que uma não tomeconhecimento do teor do depoimento da outra.

h) As testemunhas não são obrigadas a depor quando os fatos possam lhe trazer gravesdanos, ou ao seu cônjuge e seus parentes em linha reta ou colateral até o 2º grau, ouquando devam guardar sigilo dos fatos em face de sua profissão.

i) Não podem depor como testemunhas as pessoas incapazes (os menores de 16 anos,os portadores de doença mental etc); as pessoas impedidas (o tutor no caso de demandaque envolva o menor, os cônjuges, os parentes das partes etc.) ou suspeitas (as pessoasque já foram condenadas por falso testemunho, as pessoas que tiverem interesse noresultado da demanda os amigos íntimos e os inimigos das partes). (Art. 405, CPC)

 j) As partes poderão contraditar a testemunha (pedir que não seja ouvida) quandoVerificar sua incapacidade, impedimento ou suspeição.

k) O juiz decidirá pela improcedência da contradita, pela dispensa da testemunha ou pelasua ouvida sem o compromisso legal (neste caso a testemunha funcionará apenasinformante) para depois avaliar o peso e valor do seu depoimento.

l) Nos casos de negócios jurídicos, cujo valor do litígio tiver valor superior a dez saláriosmínimos, será insuficiente a prova exclusivamente testemunhal.

2.5.8.4. Confissão

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"Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário." (art. 348, CPC)

2.5.8.4.1.- Comentários essenciais sobre a confissão

a) A confissão é diferente do reconhecimento da procedência do pedido. Na confissão, oconfitente apenas reconhece a existência de fatos contrários ao seu interesse e o juiz proferea sentença com base no art. 269,III do CPC (resolve o mérito).

Art. 269. Haverá resolução de mérito:.................................;III - quando as partes transigirem;.................................

transigir , condescender, contemporizar, suportar, admitir , consentir, combinar, ajustar,

contratar 

c) Cumpre lembrar que, para a confissão ter valia, o confitente deve possuir plena capacidade para tanto e não estar submetido a qualquer tipo de coação ou violência.

d) A confissão, quando emanar de erro, dolo ou coação, pode ser revogada, através de ação judicial proposta pelo confitente e uma vez proposta, transmissível aos seus herdeiros nosseguintes casos:

I - por ação anulatória, se pendente o processo em que foi feita;II - por ação rescisória, depois de transitada em julgado a sentença, da qualconstituir o único fundamento.

d) A confissão pode ser judicial ou extrajudicial. A confissão judicial (feita nos autos do processo) pode ser espontânea (por iniciativa própria a parte comparece em juízo e confessa) ou provocada (a parte adversa requer a confissão da parte). Por sua vez, a confissão extrajudicial éa feita fora do processo, oralmente ou na forma escrita, frente a parte contrária ou terceiros

e) Hipóteses em que a confissão não produz efeitos:I – fatos referentes a direitos indisponíveis;II- quanto aos litisconsortes, quando realizada por um deles;III- em caso de litisconsórcio unitário, em relação ao próprio confitente;IV- feita por procurador sem poderes especiais para o ato;V – quando exigida prova documental ou pericial do ato.

2.6. AUDIÊNCIA

2.6.1 - Conceito:

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Denominam-se audiências as sessões dos tribunais onde são ouvidas as partes e suastestemunhas. È também o ato através do qual se busca a conciliação das partes, adotam-se medidas saneadoras e publicam-se decisões e realizam-se intimações. Assim sendo éato processual solene, público (exceto segredo de justiça) e substancial do processo,

 presidida pelo Juiz, onde se instrui, discute e decide-se a causa.

2.6.2.  – Características:

a) solenidade; b) publicidade (exceto nos casos em que há segredo de justiça);c) continuidade;d) presidida pelo juiz

2.6.3 - Espécies de audiência:

a) audiência preliminar  art. 331 CPC -Ocorre entre as fases postulatória e instrutória do

  processo de conhecimento. Neste ato ocorre a  primeira tentativa de conciliação pelo Juiz. Nãosendo possível ocorrerá o saneamento do

  processo e a designação da audiência deinstrução e julgamento.

 b) audiência de conciliação, instrução e julgamento:Ocorre após ao final da fase instrutória, marcando,via de regra, o seu encerramento. Neste ato,novamente o juiz tentará a conciliação. Não sendo

 possível conciliar, dará início a instrução e ao final proferirá a sentença ou determinará a data de sua prolatação.

2.6.3. Ordem dos trabalhos na audiência de conciliação, instrução e julgamento

 Pregão (art. 450 CPC) – apregoam-se as partes e seus advogados;

tentativa de conciliação (art 448 do CPC);

fixação dos pontos controvertidos sobre os quais se colherá a prova (art. 451 CPC);

colheira de provas (art. 452 do CPC) (perito, autor e réu, testemunhas do autor, tesemunhasdo réu) debates orais; (art. 454 do CPC)

Alegações finais (podem ser substituídas pela apresentação de memoriais em dia e horafixados pelo juiz - § 3º do art. 454 CPC);

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prolatação da sentença (em audiência ou no prazo de 10 dias – art. 456 CPC)

2.6.4. – Fases da Audiência

2.6.4.1 – Conciliação: arts. 447 a 449 do CPC:

a) Quando a ação tratar de direitos patrimoniais privados e de direitos que a lei permitetransação na área de família o Juiz determinará o comparecimentos das partes paraconciliação antes da audiência de instrução e julgamento;

 b) Chegando ao acordo, o Juiz mandárá toma-lo por termo (atermação ou redução a termo)que será assinado pelas partes e homologado pelo Juiz, valendo como sentença.

2.6.4.2 – Instrução e julgamento – art 450 a 457 do CPC:

a) Inexitosa a conciliação ou sendo esta impossível, ocorrerá o pregão das partes e seusadvogados para a audiência de instrução de julgamento;

 b) após ouvir as partes o juiz realizará a fixação dos pontos controvertidos sobre os quaisse colherá a prova (art. 451 CPC);

c) A colheita de provas (art. 452 do CPC) ocorrerá na seguinte ordem: oitiva do perito eassistentes técnicos, ouvida do autor e réu, testemunhas do autor, testemunhas do réu)

d) Finalizada a instrução, iniciam-se o debates orais ( autor –réu e MP – nesta ordem), com20 min para cada parte, prorrogáveis por mais 10 min; (art. 454 do CPC). Em caso delitisconsórcio soma-se a prorrogação ao tempo inicial e divide-se pelo número decomponentes (litisconsortes) da parte ativa e da parte passiva.

e) Em caso de oposição, o opoente iniciará o debate, seguido do opostos, com 20 minutos para cada um;

f) Alegações finais (podem ser substituídas pela apresentação de memoriais, em caso decomplexidade, em dia e hora fixados pelo juiz - § 3º do art. 454 CPC);

g) encerrada a instrução o juiz fará prolatação da sentença (em audiência ou no prazo de 10dias – art. 456 CPC) .

2.6.4.3 – Considerações gerais sobre a audiência:

a) a audiência poderá ser adiada por convenção das partes e nos casos em que não puderem comparecer, por motivo justificado: o perito, as partes, as testemunhas ou osadvogados (art. 453 do CPC);

 b) cumpre ao advogado comprovar o impedimento para o comparecimento até a aberturada audiência, não o fazendo, o juiz abrirá a instrução;

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c) quem der causa ao adiamento responderá pelo adicional de custas e despesas processuais respectivos;

d) A audiência é una e contínua. Não sendo possível concluir, num só dia, a instrução, odebate e o julgamento, o juiz marcará o seu prosseguimento para dia próximo