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PROF. ANDREY XAVIER FEVEREIRO, 2008 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA Click to buy NOW! P D F - X C H A N G E w w w . d o c u - t r a c k . c o m Click to buy NOW! P D F - X C H A N G E w w w . d o c u - t r a c k . c o m

Apostila AFO

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PROF. ANDREY XAVIER

FEVEREIRO, 2008

ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA E

ORÇAMENTARIA

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SUMARIO1. A FUNÇÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS..................................................................................... 7

1.1. FLUXO DE RECURSOS OU FUNDOS ............................................................................................... 7

1.2. OBTENÇÃO E ALOCAÇÃO DOS RECURSOS .................................................................................. 7

1.2.1. OBTENÇÃO DOS RECURSOS ........................................................................................................... 7

1.2.2. ALOCAÇÃO DOS RECURSOS........................................................................................................... 8

1.3. LIQUIDEZ E RENTABILIDADE ........................................................................................................ 8

1.3.1. LIQUIDEZ........................................................................................................................................... 8

1.3.2. RENTABILIDADE .............................................................................................................................. 9

1.3.3. LIQUIDEZ X RENTABILIDADE ........................................................................................................ 9

1.4. OBJETIVOS DA ADMINISTRACÃO FINANCEIRA.......................................................................... 9

1.5. FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA........................................................................... 10

1.5.1. ÁREAS DE DECISÕES FINANCEIRAS............................................................................................ 10

1.5.2. ORGANIZACAO DA FUNCAO FINANCEIRA................................................................................. 10

1.6. APURAÇÃO DOS RESULTADOS ECONÔMICO E FINANCEIRO ................................................. 11

1.7. EXERCICIOS SOBRE APURAÇÃO DE RESULTADOS .................................................................. 14

2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................ 15

2.1. CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................................................................... 15

2.2. BALANCO PATRIMONIAL ............................................................................................................. 15

2.2.1. ATIVO............................................................................................................................................... 16

2.2.1.1.  ATIVO CIRCULANTE ...................................................................................................................... 16

2.2.1.3.  ATIVO PERMANENTE..................................................................................................................... 16

2.2.2. PASSIVO........................................................................................................................................... 17

2.2.2.1.  PASSIVO CIRCULANTE .................................................................................................................. 17

2.2.2.2.  EXIGÍVEL A LONGO PRAZO.......................................................................................................... 18

2.2.2.3.  RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS................................................................................... 18

2.2.2.4.  PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................. 18

2.3. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ....................................................... 19

2.3.1. DETALHAMENTO DAS CONTAS E DAS APURAÇÕES DOS RESULTADOS .............................. 20

2.3.1.1.  RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS................................................................................. 20

2.3.1.2.  DEDUÇÕES ABATIMENTOS E IMPOSTOS.................................................................................... 20

2.3.1.3.  RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS.............................................................................. 20

2.3.1.4.  CUSTO DAS MERCADORIAS E SERVIÇOS VENDIDOS ............................................................... 20

2.3.1.5.  LUCRO BRUTO................................................................................................................................ 20

2.3.1.6.  DESPESAS OPERACIONAIS............................................................................................................ 20

2.3.1.7.  LUCRO OPERACIONAL .................................................................................................................. 21

2.3.1.8.  RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS ............................................................................ 21

2.3.1.9.  RESULTADO DA CORREÇÃO MONETÁRIA................................................................................. 21

2.3.1.10.  LUCRO ANTES DO IMPOST0 DE RENDA...................................................................................... 21

2.3.1.11.  PROVISÃO PARA O IMPOST0 DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL...................................... 22

2.3.1.12.  PARTICIPAÇÕES CONTRIBUIÇÕES .............................................................................................. 22

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2.3.1.13.  LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO.................................................................................................. 22

2.4. DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) .................................. 22

2.5. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.............................................. 23

2.6. DEMONSTRÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR)................................. 24

2.7. EXERCÍCIOS SOBRE DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRAS ............................................................. 25

3. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................... 28

3.1. O PROCESSO DE ANÁLISE............................................................................................................. 28

3.1.1. BASES PARA A ANÁLISE ............................................................................................................... 28

3.2. PREPARAÇÃO DOS DADOS ........................................................................................................... 29

3.3. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL........................................................................................... 30

3.4. INDÍCES ECONÔMICO­FINANCEIROS DE ANÁLISE ................................................................... 30

3.4.1. ÍNDICES DE LIQUIDEZ OU SOLVÊNCIA....................................................................................... 31

3.4.1.1.  LIQUIDEZ GERAL (LG) ................................................................................................................... 31

3.4.1.2.  LIQUIDEZ CORRENTE (LC)............................................................................................................ 31

3.4.1.3.  LIQUIDEZ SECA (LS)....................................................................................................................... 32

3.4.1.4.  LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) .............................................................................................................. 32

3.4.1.5.  CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL)....................................................................................... 32

3.4.2. INDICES DE ENDÍVIDAMENTO E ESTRUTURA DE CAPITAIS ................................................... 32

3.4.2.1.  ENDÍVIDAMENTO SOBRE O CAPITAL PROPRIO (Es/CP)............................................................ 33

3.4.2.2.  ENDÍVIDAMENTO SOBRE 0 CAPITAL TOTAL (EsICT)................................................................ 33

3.4.2.3.  COMPOSIÇÃO DO ENDÍVIDAMENTO (CE)................................................................................... 33

3.4.2.4.  IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMONIO LÍQUIDO (IPL) ...................................................................... 33

3.4.2.5.  IMOBILIZAÇÃO DE RECURSOS NÃO CORRENTES (IRNC) ........................................................ 34

3.4.3. INDICES DE ATIVIDADE OU ROTAÇÃO (GIRO) DE RECURSOS................................................ 34

3.4.3.1.  ROTAÇÃO DOS ESTOQUES DE MERCADORIAS/PRODUTOS ACABADOS (REM/PA).............. 34

3.4.3.2.  ROTAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS EM PROCESSO (REPP) .......................................... 35

3.4.3.3.  ROTAÇÃO DOS ESTOQUES DE MATERIAS­PRIMAS (REMP)..................................................... 35

3.4.3.4.  ROTAÇÃO DO CONTAS A RECEBER (RCR).................................................................................. 35

3.4.3.5.  ROTAÇÃO DE FORNECEDORES (RF)............................................................................................ 36

3.4.3.6.  INTER­RELAÇÃO DOS PRAZOS MEDIOS ..................................................................................... 36

3.4.4. INDICES DE LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE.................................................................... 37

3.4.4.1.  INDICES DE LUCRATIVIDADE ...................................................................................................... 37

3.4.4.1.1.  LUCRATIVIDADE OU MARGEM BRUTA (LB% ou MB) ............................................................... 37

3.4.4.1.2.  LUCRATIVIDADE OU MARGEM OPERACIONAL (LOp% ou MOp) ............................................. 38

3.4.4.1.3.  LUCRATIVIDADE OU MARGEM LÍQUIDA (LL% ou ML)............................................................. 38

3.4.4.1.4.  LUCRATIVIDADE MARGINAL ou MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (LM% ou MC) ..................... 38

3.4.4.1.5.  INDICE DE COBERTURA DE JUROS.............................................................................................. 38

3.4.4.2.  INDICE DE RENTABILIDADE......................................................................................................... 38

3.4.4.2.1.  RENTABILIDADE DO PATRIMONIO LIQUIDO (R PL).................................................................. 39

3.4.4.2.2.  RENTABILIDADE DO ATIVO TOTAL (RAT) ................................................................................. 39

3.4.4.2.3.  RENTABILIDADE DO ATIVO OPEARACIONAL (RAO)................................................................ 40

3.4.4.2.4.  SISTEMA DE ANALISE DUPONT ................................................................................................... 40

3.4.5. INDICES DE AVALIAÇÃO DE AÇÕES ........................................................................................... 41

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3.4.5.1.  LUCRO POR AÇÃO (LPA) ............................................................................................................... 41

3.4.5.2.  PREÇO/LUCRO (P/L)........................................................................................................................ 41

3.4.5.3.  VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO (VPA)...................................................................................... 42

3.4.5.4.  RENTABILIDADE DA AÇÃO (RDA) ............................................................................................... 42

3.4.5.5.  DIVIDENDO POR AÇÃO (DPA)....................................................................................................... 42

3.4.5.6.  RETORNO DE CAIXA (RDC)........................................................................................................... 42

3.4.5.7.  CAIXA/RENTABILIDADE DA AÇÃO (C/RDA) .............................................................................. 42

3.5. EXERCÍCIO SOBRE ANALISE ECONOMICA E FINANCEIRA...................................................... 43

4. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO.................................................................................... 45

4.1. FORMAÇÃO E CONCEITOS DO CAPITAL DE GIRO..................................................................... 45

4.2. CICLO OPERACIONAL, FINANCEIRO E ECONÔMICO. ............................................................... 46

4.3. ESTRATÉGIAS DE FINANCIAMENTO ........................................................................................... 47

4.4. NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG)............................................................................... 49

4.4.1. DIMENSIONAMENTO DA NCG ...................................................................................................... 49

4.5. CONFLITO ENTRE LIQUIDEZ E RENTABILIDADE ...................................................................... 51

4.6. RELAÇÃO ENTRE EXPANSÃO DAS VENDAS E CAPITAL DE GIRO .......................................... 52

4.7. NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO CALCULADO EM DIAS DE VENDAS............................ 53

4.8. EXERCÍCIOS .................................................................................................................................... 56

5. ELABORAÇÃO E ANALISE DO FLUXO DE CAIXA...................................................................... 57

5.1. DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA................................................................................... 57

5.2. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA ­ DFLC. ...................................................... 57

5.3. EXEMPLO DE ELABORAÇÃO DAS DESC E DFLC........................................................................ 58

5.3.1. COMPOSIÇÃO DA DFLC................................................................................................................. 58

5.4. ANALISE DA GESTAO DE CAIXA ................................................................................................. 58

5.4.1. REVELAÇÕES DA DFLC ................................................................................................................. 59

5.4.2. NOVAS DEMONSTRAÇÕES............................................................................................................ 59

5.4.3. COMENTARIOS SOBRE A GESTÃO DE CAIXA – EXEMPLO....................................................... 60

5.4.4. CONFRONTO ENTRE DOAR E DFLC............................................................................................. 61

5.5. EXERCÍCIO: DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, CAPITAL DE GIRO E FLUXO DE CAIXA..... 62

6. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO .......................................................................................... 63

6.1. ELEMENTOS ENVOLVIDOS ........................................................................................................... 63

6.1.1. VOLUME DE PRODUÇÃO E VENDAS ........................................................................................... 63

6.1.2. CONCEITO DE VARIABILIDADE DE CUSTOS/DESPESAS .......................................................... 63

6.2. DRE CONFORME CUSTEIO DIRETO OU MARGINAL .................................................................. 63

6.3. TIPOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO ................................................................................................ 64

6.3.1. PONTOS DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO............................................................. 65

6.4. PONTOS DE EQULÍBRIO COM DIVERSOS PRODUTOS ............................................................... 66

6.5. HIPOTESES BASICAS PARA ANALISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO.......................................... 68

6.6. MARGEM DE SEGURANCA (MS)................................................................................................... 68

6.7. EXERCÍCIOS .................................................................................................................................... 69

7. ANALISE DA ALAVANCAGEM...................................................................................................... 70

7.1. ALAVANCAGEM SOBRE OS RESULTADOS ................................................................................. 70

7.1.1. ALAVANCAGEM OPERACIONAL.................................................................................................. 70

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7.1.2. ALAVANCAGEM FINANCEIRA ..................................................................................................... 71

7.1.3. ALAVANCAGEM COMBINADA..................................................................................................... 72

7.1.4. EXEMPLO DE ANALISE DA ALAVANCAGEM SOBRE OS RESULTADOS ................................. 73

7.1.5. EXERCÍCIOS .................................................................................................................................... 73

7.2. ALAVANCAGEM FINANCEIRA SOBRE O RETORNO DO CAPITAL PRÓPRIO .......................... 74

7.2.1. RECLASSIFICAÇÕES E AJUSTES................................................................................................... 75

7.2.2. CALCULO DAS RELAÇÕES ENVOLVIDAS NA ANALISE ........................................................... 76

7.2.3. EXEMPLO AMPLIADO DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA........................................................ 77

7.3. EXERCÍCIO SOBRE O PONTO DE EQUILÍBRIO E ALAVANCAGEM .......................................... 79

8. CUSTO DE CAPITAL ....................................................................................................................... 80

8.1. CUSTO DOS EMPRESTIMOS A LONGO PRAZO ­ DEBENTURES................................................ 80

8.2. CUSTO DAS AÇÕES PREFERENCIAIS ........................................................................................... 80

8.3. CUSTO DAS AÇÕES ORDINARIAS ................................................................................................ 81

8.3.1. MODELO DE AVALIAÇÃO COM CRESCIMENTO CONSTANTE (MODELO DE GORDON)....... 81

8.3.2. MODELO DE PRECIFICACAO DE ATIVOS FINANCEIROS (CAPM)............................................ 82

8.4. CUSTO DE EMISSAO DE NOVAS AÇÕES ORDINARIAS.............................................................. 84

8.5. CUSTO DE LUCROS RETIDOS........................................................................................................ 84

8.6. CUSTO MEDIO PONDERADO DE CAPITAL ( CMePC).................................................................. 84

8.7. EXERCICIOS .................................................................................................................................... 85

9. POLÍTICA DE DIVIDENDOS ........................................................................................................... 86

9.1. ASPECTOS BASICOS DA POLÍTICA DE DIVIDENDOS ................................................................ 86

9.2. RELEVÂNCIA E IRRELEVANCIA DOS DIVIDENDOS .................................................................. 87

9.3. OUTRAS CONSIDERAÇÕES PARA A DEFINICAO DE UMA POLÍTICA DE DIVIDENDOS ........ 88

9.4. DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS NO BRASIL ............................................................................. 89

9.4.1. DIVIDENDO MÍNIMO OBRIGATÓRIO ........................................................................................... 89

9.4.2. EXEMPLO DE CALCULO DOS DIVIDENDOS A PAGAR .............................................................. 90

9.5. BONIFICAÇÕES ............................................................................................................................... 91

9.5.1. PREÇO DE MERCADO DA AÇÃO APÓS BONIFICACAO.............................................................. 92

9.5.2. DESDOBRAMENTO (SPLIT) E REAGRUPAMENTO DE AÇÕES .................................................. 92

9.5.3. VALOR DOS DIREITOS DE SUBSCRIÇÃO..................................................................................... 93

9.6. JUROS SOBRE O CAPITAL PROPRIO............................................................................................. 95

10. ANALISE DE INVESTIMENTOS ..................................................................................................... 97

10.1. CARACTERÍSTICAS DOS INVESTIMENTOS................................................................................. 97

10.2. FLUXOS DE CAIXA DOS PROJETOS.............................................................................................. 97

10.2.1.  COMPONENTES BASICOS DOS FLUXOS DE CAIXA ................................................................... 98

10.3. METODOS DE AVALIAÇÃO ........................................................................................................... 99

10.4. PRAZO DE RETORNO (PAYBACK).................................................................................................. 99

10.4.1.  PAYBACK ATUALIZADO OU DESCONTADO ............................................................................ 100

10.5. TAXA MEDIA DE RETORNO (TMR)............................................................................................. 101

10.6. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) .......................................................................................... 102

10.6.1.  PRESSUPOSTO BASICO DA TIR................................................................................................... 103

10.6.2.  PROJETO COM FINANCIAMENTO............................................................................................... 104

10.7. VALOR ATUAL LÍQUIDO (VAL) .................................................................................................. 105

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10.7.1.  INDICE DE LUCRATIVIDADE OU RENTABILIDADE (IL).......................................................... 107

10.8. INVESTIMENTOS COM ELC CONSTANTES................................................................................ 107

10.9. PROPOSTAS COM VALORES DE INVESTIMENTOS IGUAIS E TIR DIFERENTES. .................. 108

10.10. PROPOSTAS COM DIFERENTES VALORES DE INVESTIMENTOS E TIR DIFERENTES ......... 109

10.11. PROPOSTAS COM VIDAS UTEIS DIFERENTES .......................................................................... 111

10.11.1.  INVESTIMENTOS COM REPETISAO............................................................................................ 111

10.11.2.  INVESTIMENTOS SEM REPETICAO ............................................................................................ 114

10.11.3.  METODO DO VAUE EM INVESTIMENTOS COM ELC VARIAVEIS........................................... 115

10.12. EXERCICIO .................................................................................................................................... 116

11. RISCO, RETORNO E MERCADO................................................................................................... 117

11.1. RISCO E RETORNO ESPERADO ................................................................................................... 117

11.1.1.  MEDIDAS ESTATISTICAS............................................................................................................. 118

11.1.2.  RELAÇÃO RISCO/RETORNO E INVESTIDOR ............................................................................. 122

11.2. RETORNO ESPERADO DE UM PORTFOLIO................................................................................ 123

11.3. DIVERSIFICAÇÃO DO RISCO....................................................................................................... 124

11.3.1.  REDUÇÃO DO RISCO PELA DIVERSIFICAÇÃO ......................................................................... 124

12. BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................. 127

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1. A FUNÇÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS

Todas  as  atividades  da  empresa  envolvem  recursos  financeiros  e  orientam­separa a obtenção de lucros.

Os recursos oriundos dos proprietários e de terceiros encontram­se aplicados emativos  necessários  a  operacionalização  da  empresa,  visando  a  geração  de  lucro  e  opagamento pontual das obrigações financeiras assumidas, inclusive dos dividendos.

A  função  financeira consiste na gestão de recursos movimentados por todos ossetores  da  empresa,  sendo  a  responsável  pela  obtenção  dos  recursos  necessários  e  aotimização do uso desses recursos.

Entende­se por recursos ou fundos os recursos financeiros compreendendo tantoo numerário quanto os direitos e obrigações decorrentes de transações a credito.

1.1. FLUXO DE RECURSOS OU FUNDOS

Uma  empresa  requer  investimentos  em  ativos  permanentes,  especialmente  asimobilizações  que  dão  sustentação  estrutural  às  suas  operações,  e  em  ativosoperacionais, basicamente estoques e contas a receber por vendas a prazo, necessários aOperacionalização da empresa.

Outros recursos são necessários para atender os dispêndios com pessoal, outroscustos  de  fabricação  e  diversas  despesas  operacionais,  bem  como  para  manter  certaquantia em moeda exigida pelos pagamentos diários.

Todos  esses  recursos  são  financiados  pelos  proprietários  da  empresa  (capitalpróprio incluindo as integralizações de capital social e os lucros retidos) e por terceiros(empréstimos e financiamentos, debêntures, leasing e créditos de fornecedores).

As receitas de vendas e/ou serviços constituem a principal fonte operacional derecursos  financeiros  e  de  lucros,  que  permitem  a  liquidação  dos  compromissos  e  aremuneração aos proprietários pelo investimento realizado.

1.2. OBTENÇÃO E ALOCAÇÃO DOS RECURSOS

A função financeira cabem duas atribuições básicas:1ª) obtenção dos recursos nas melhores condições possíveis; e2ª) alocação eficiente desses recursos

1.2.1. OBTENÇÃO DOS RECURSOS

As fontes de recursos a disposição da empresa podem ser classificadas em:a­ Recursos próprios  (capital  integralizado,  reservas e  lucros  retidos) e  recursos de

terceiros (dívidas contraídas);b­ Recursos  permanentes  (recursos  próprios  e  dívidas  de  longo  prazo)  e  recursos

temporários (dívidas de curto prazo); ec­ Recursos onerosos (provocam despesas financeiras) e recursos não onerosos.

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Deve haver adequação entre as fontes e as aplicações dos recursos em termos de prazose custos, como:

a­ Ativos  permanentes,  cujo  investimento  e  recuperado  a  longo  prazo,  devem  serfinanciados com recursos permanentes;

b­ Os  encargos  financeiros  incidentes  sobre  empréstimos  e  financiamento,  quereduzem o lucro, devem ser compatíveis com o retomo esperado;

c­ Os  créditos  junto  a  fornecedores  envolvem  custo  financeiro  a  ser  mensurável,  epodem ser de curto prazo devido a sua utilização;

d­ Os recursos próprios envolvem um custo implícito que corresponde a expectativade lucros dos proprietários, estabelecida com base em outras aplicações possíveis.

1.2.2. ALOCAÇÃO DOS RECURSOS

Diz respeito a otimização no uso dos recursos para que se obtenha rentabilidadesatisfatória  e  se  preserve  a  capacidade  de  pagamento  dos  compromissos  nosvencimentos.

Ao  aplicar  recursos  nos  ativos,  espera­se  que  cada  ativo  contribua  direta  ouindiretamente  para  a  geração  de  receitas  e,  conseqüentemente,  de  lucros.  Recursosinvestidos em imobilizações paradas ou ociosas não propiciam retorno, assim como osexcessos de estoques e de contas a receber de clientes.

É  comum  o  conflito  de  interesses  entre  a  área  financeira  e  outras  áreas  daempresa que tendem a provocar a manutenção de excesso de estoques, como segurançaàs  atividades  de  compras,  produção  e  vendas,  e  a  concessão  de  prazos  dilatados  defaturamento, como incentivo ao aumento das vendas.

A  administração  financeira  atuara  no  sentido  de  evitar  capacidade  ociosa  dasinstalações e os excessos de estoques  e de contas a  receber, considerando o custo dosrecursos aplicados nos mesmos e os seus efeitos sobre a rentabilidade das operações.

1.3. LIQUIDEZ E RENTABILIDADE

A  administração  financeira  envolve  dois  conceitos:  liquidez  (pagamento  doscompromissos  financeiros  nos  vencimentos)  e  rentabilidade  (retorno  do  capitalinvestido pelos proprietários)

1.3.1. LIQUIDEZ

As empresas não podem prescindir do credito concedido por seus fornecedores epelas  instituições  financeiras.  Caso  deixem  de  liquidar  seus  compromissospontualmente, sofrerão restrições de credito, e com isso poderão enfrentar dificuldadesna manutenção normal das operações.

A insolvência pode ocorrer devido ao excesso de imobilizações ou de estoques, aconcessão  de  prazos  longos  aos  clientes,  ou,  ainda,  a  utilização  de  fontes  definanciamento inadequadas.

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Os  estoques  de  matérias­primas  precisam  ser  transformados  em  produtosacabados  o  que  demanda  tempo.  Os  estoques  de  produtos  acabados  necessitam  servendidos,  envolvendo  mais  tempo.  As  vendas  a  prazo  precisam  ser  cobradas,implicando  mais  tempo,  inclusive  por  atrasos.  Enquanto  isso,  existem  obrigações  apagar, como salários, impostos, fornecedores, etc.

Os  descompassos  entre  os  recebimentos  e  os  pagamentos  devem  ser  previstospara que as decisões pertinentes possam ser tomadas em tempo hábil.

1.3.2. RENTABILIDADE

As atividades empresariais estão orientadas para a obtenção de lucros, os quaisrelacionados  com  o  investimento  realizado,  fornecem  a  medida  da  remuneração  dosrecursos aplicados, denominada taxa de rentabilidade ou taxa de retorno.

A  rentabilidade pode ser apurada considerando  todos os  recursos  investidos naempresa  (próprio  ou  de  terceiros),  ou,  em  especial,  os  recursos  aplicados  pelosproprietários.

O  retorno  obtido  pelos  proprietários  deve  ser  comparado  com  o  desejado  poreles, em função do risco assumido e das demais oportunidades oferecidas pelo mercadopara o mesmo grau de risco.

Tal  risco  é  decorrente  da  possibilidade  das  vendas  não  atingirem  os  níveisdesejáveis, ocasionando uma  redução no  lucro operacional em  maior proporção  (riscooperacional)  ou  de  diferença  entre  a  taxa  de  rentabilidade  das  operações  e  a  taxareferente ao custo do capital de terceiros onerosos.

1.3.3. LIQUIDEZ X RENTABILIDADE

A preservação de liquidez implica a necessidade de ser mantido certo volume derecursos sob a forma de disponibilidades, que representam fundos ociosos ou aplicadosa curtíssimo prazo a taxas reduzidas, e de recursos permanentes para o financiamento docapital  de  giro  não  financiado  pelos  fornecedores,  cujo  retorno,  também,  e  nulo  oureduzido.

Tais  investimentos  comprometem  a  rentabilidade,  porém,  se  não  efetuadoscomprometem a liquidez, em função da dependência da realização do capital de giro eda  maior  dependência  de  empréstimos  de  curto  prazo  utilizados  em  substituição  aosrecursos permanentes.

1.4. OBJETIVOS DA ADMINISTRACÃO FINANCEIRA

O objetivo primordial da administração financeira, decorrente da rentabilidade, éa  maximização  da  riqueza  dos  proprietários,  representada  pelo  valor  de  mercado  daempresa, que corresponde ao valor atual de seus lucros futuros.

Entretanto,  uma  ressalva  deve  ser  feita:  a  empresa  deve  obter  a  máximarentabilidade,  porém  sem  prejudicar  a  sua  liquidez,  sob  pena  de  comprometer  acontinuidade de suas atividades.

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A maximização da riqueza envolve os seguintes aspectos:a­ Perspectiva de  longo prazo:  investimentos em  tecnologia,  novos produtos,  etc.,

sacrificando a rentabilidade atual em beneficio de resultados futurosb­ Valor do dinheiro no tempo: avaliação dos projetos de investimentos com base

numa taxa mínima de retorno exigida para que o valor de mercado da empresanão se altere;

c­ Retorno do capital próprio: remuneração dos proprietários mediante dividendose valorização das ações;

d­ Risco: o retorno deve ser compatível com o risco assumido;e­ Dividendos: distribuição regular de dividendos.

1.5. FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Pode­se  dizer  que  a  administração  financeira  começa  onde  termina  aContabilidade. Os dados brutos oferecidos pela Contabilidade devem ser transformadosem informações que permitirão ao administrador financeiro:

a­ Avaliar a situação econômico­financeira da empresa;b­ Tomar decisões, corrigindo o rumo indesejado; ec­ Desenvolver planos operacionais e de investimentos.

1.5.1. ÁREAS DE DECISÕES FINANCEIRAS

Podem ser identificadas três áreas de decisões financeiras:

a­ Decisões de  investimentos: referem­se a administração da estrutura do ativo e aimplementação de novos projetos.

b­ Decisões de financiamento: visam montar a estrutura financeira mais adequada aoperacionalização da empresa e aos novos projetos.

c­ Decisões  relativas à destinação do  lucro:  referem­se à determinação do valor  aser distribuído e da parcela a ser retida para financiar a expansão das atividadesou reduzir a dependência de fontes onerosas.

1.5.2. ORGANIZACAO DA FUNCAO FINANCEIRA

Normalmente é desempenhada por três executivos:

a­ Diretor  Financeiro:  principal  executivo  da  área  financeira;  formula  a  políticafinanceira  global;  coordena  as  atividades  do  Tesoureiro  e  do  Controller;  erepresenta a empresa nos assuntos financeiros.

b­ Tesoureiro:  responsável  pela  liquidez  da  empresa,  administra  os  fluxos  derecursos financeiros; e mantém relações com as instituições financeiras.

c­ Controller:  está  constantemente  preocupado  com  a  rentabilidade;  coordena  aContabilidade; realiza a analise econômica e financeira; elabora o planejamentoe controle orçamentário.

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1.6. APURAÇÃO DOS RESULTADOS ECONÔMICO E FINANCEIRO

Tendo  em  vista  que  os  objetivos  da  administração  financeira  se  resumem  narentabilidade, cuja obtenção dependem dos lucros gerados pelas atividades da empresa,e  na  liquidez,  cujo  cumprimento  depende  das  disponibilidades  financeiras,  torna­seprimordial,  periodicamente,  a  apuração  correta  do  resultado  econômico  (lucro)  e  doresultado financeiro (caixa).

Esses resultados apresentam diferenças entre si, uma vez que a determinação dolucro obedece ao regime de competência e a do resultado financeiro ao regime de caixa.

De  acordo  com  o  regime  de  competência  as  receitas  e  as  despesas  sãoconsideradas como realizadas em  função da ocorrência do seu  fator gerador e não emfunção do recebimento, no caso de receita, ou do pagamento, no caso de despesa.

Diferentemente,  no  regime  de  caixa  são  consideradas  como  receitas  apenas  asrecebidas,  constituindo  entradas  de  caixa,  e  como  despesas  apenas  as  desembolsadas,constituindo saídas de caixa.

Enquanto  o  lucro  (resultado  econômico)  é  apurado  pela  diferença  entre  asreceitas e as despesas, o saldo de caixa (resultado financeiro) e apurado pela diferençaentre  os  recebimentos  e  os  pagamentos.  Convém  destacar  que  o  resultado  financeiroincluem outras entradas como aumento de capital e empréstimos e outras saídas comoamortização  de  empréstimos  e  pagamentos  resultantes  da  compra  de  ativosimobilizados.

No processo de apuração desses  resultados, bem  como da situação patrimonialda  empresa,  outros  conceitos  também  estão  envolvidos,  sendo  necessária  a  distinçãoentre eles. Assim sendo, utilizaremos as seguintes definições:

GASTO:  toda  e  qualquer  compra  ou  aquisição  de  bens  ou  serviços  para  aempresa,  implicando em pagamento ou promessa de pagamento. Exemplos: compra deuma  maquina,  compra de  mercadorias,  compra de  materiais, gasto com pessoal,  gastocom energia, etc.

CUSTO: gasto consumido ou utilizado na produção de bens ou serviços, diretaou  indiretamente:  Exemplos:  custo  de  matéria­prima,  custo  de  mão­de­obra,  custo  dealugueis, custo de energia, etc.

DESPESA:  consumo  de  bens  ou  serviços  que  direta  ou  indiretamentecontribuem  para  a  geração  de  receitas.  Exemplos:  custo  das  mercadorias  ou  produtosvendidos, despesas de pessoal, despesas de aluguéis, despesa de depreciação, despesa deenergia,  etc.  Observa­se  que  os  custos  de  produção  ou  os  gastos  com  a  compra  demercadorias  se  transformam  em  despesas  (CPV  ou  CMV)  quando  da  venda  dosprodutos e/ou mercadorias e no valor correspondente apenas aos vendidos. Nos setoresadministrativos e de vendas o consumo ou a utilização dos bens e serviços constituemdespesas, sem passar pela fase de custo.

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INVESTIMENTO: gasto ativado em decorrência do consumo ou utilização emperíodos  futuros  ou  de  sua  vida  util.  Exemplos:  materiais  não  consumidos  e  quepermanecem em estoque, maquinas, equipamentos, veículos, etc.

PERDA:  consumo anormal e  involuntário de bens ou serviços, constituindo­seem  prejuízo  no  período  da  sua  ocorrência.  Exemplos:  materiais  deteriorados,  perdascom incêndios, estoques obsoletos, mão­de­obra em greve, etc.

DESEMBOLSO:  pagamento  correspondente  a  aquisição  de  bens  ou  serviços.Exemplos: pagamento de pessoal, pagamento aos fornecedores, etc.

RECEITA: entrada de elementos para o ativo, em dinheiro ou direitos a receber,correspondentes,  normalmente,  a  venda  de  produtos ou  mercadorias  e  a  prestação  deserviços, ocorrendo a sua realização com a entrega dos produtos ou mercadorias ou coma prestação dos serviços aos clientes. Uma receita também pode decorrer de aplicaçõesfinanceiras e de outros ganhos eventuais.

RECEBIMENTO: entrada de dinheiro decorrente, principalmente, de receitas,e  de  outros  eventos  como  integralização  de  capital pelos proprietários  e  empréstimosbancários.

EXEMPLO: um atelier adquiriu 100 metros de tecido por $20 o metro, sendo40% a vista e 60% para pagamento em 30 dias, consumindo 80 metros na produção domês de 40 vestidos. A  folha de pagamento do pessoal  totalizou $3.000, sendo 60% dosetor  de produção,  25%  do  setor  de  administração  e  15%  do  setor  de vendas.  Outrasaquisições  no  total  de  $1.200  foram  efetuadas,  sendo  50%  consumidas  na  produção,30% no setor administrativo e 10% no setor de vendas. As vendas no mês totalizaram30 vestidos a $180 cada,  sendo 55% a vista  e 45% a prazo  (mês  seguinte).  Ainda nomês, a empresa pagou 35% da folha de pagamento e 30% das outras aquisições e jogoufora  2  vestido  danificados  e  sem  recuperação.  Calcular  o  valor  dos  gastos,  custos,despesas,  investimentos,  perdas,  desembolsos,  receitas  e  recebimentos,  e  apurar  osresultados econômicos e financeiros.

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GASTOS: compra de tecido (100m x $20)  $ 2.000folha de pagamento $ 3.000outras aquisições $ 1.200

$ 6.200

CUSTOS: matéria­prima (80m x $20) $ 1.600mão­de­obra ($3.000 x 60%)   $ 1.800diversos ($1.200 x 50%) $ 600

$ 4.000

CUSTO UNITARIO ($4.000/40) $ 100

DESPESAS:  custo dos produtos vendidos (CPV) (30 x $ 100) $ 3.000

de vendas:   pessoal ($3.000 x 15%) $ 450diversos ($1.200 x 10%) $ 120

$ 570

administrativas: pessoal ($3.000 x 25%) $ 750diversos ($1.200 x 30%) $ 360

$ 1.110

($ 3.000 + $ 570 + $1.110) $ 4.680

INVESTIMENTOS:   estoque de matéria­prima (20m x $20)   $ 400estoque de vestidos (8 x $100) $ 800

$ 1.200

PERDAS: vestidos danificados e sem recuperação (2 x $100)   $200

RESULTADO ECONOMICO: Receita (30 x $180) $ 5.400(­) CPV (30 x $ 100) $ 3.000Lucro bruto $ 2.400(­) Despesas operacionais $ 1.680(­) Perdas $ 200Lucro operacional $ 520

RESULTADO FINANCEIRO: Recebimentos de vendas ($5.400 x 55%) $2.970(­) Pagamentos (desembolsos)

Matéria­prima (2.000 x 40%) $  800Folha de pagamento ($3.000 x 35%) $1.050Outras aquisições ($1.200 x 30%) $  360

$2.210

Resultado financeiro ($2.970 ­ $2.210) $ 760

Conforme já havíamos mencionado o resultado econômico (lucro) e o financeiro(caixa)  não  são  iguais.  Embora  a  empresa  tenha  vendido  $  5.400,  ela  recebeu  apenas$2.970,  ficando  o  restante  a  receber.  Da  mesma  forma,  nem  todos  os  gastos  foramconsumidos ou pagos, assim como nem todos os vestidos produzidos  foram vendidos,provocando as diferenças de valores entre gastos, custos, despesas e desembolsos.

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1.7. EXERCICIOS SOBRE APURAÇÃO DE RESULTADOS

1. A empresa industrial TIRO CERTO apresenta os dados abaixo, correspondentes a umdeterminado mês. Com base nos mesmos, calcular o valor dos gastos, custos e despesas,e apresentar  a demonstração do  resultado econômico  (DRE) e do  resultado  financeiro(fluxo de caixa).a) produção = 500 un. e vendas = 400 un. a $100 cada, sendo recebidas no mês 60%;b)  matéria­prima  adquirida  =  1.200kg  a  $10  o  quilo,  sendo  pagos  no  mês  60%.  Oconsumo na produção foi de 1.000 kg.c)  Folha  de  pagamento  do  mês  =  $20.000,  sendo  70%  da  produção,  20%  da  área  devendas  e  10%  da  administração.  Foi  pago  no  mês  o  valor  correspondente  a  40%  dafolha de pagamento.d) Diversas aquisições = $ 5.000,  sendo 40% utilizadas na produção, 30% na área devendas, e 30% na administração. Foram pagas no mês 50% dessas aquisições.

2. A Cia Maria Mole produziu no mês 200 un. de um produto e vendeu 180 un. a $70cada uma,  sendo  40%  à vista  e  60%  a prazo  (30 dias).  Adquiriu  nesse  mês 500m  dematéria­prima a $8 o metro, sendo 35% a vista e 65% a prazo (45 dias), consumindo­sena  produção  400m.  A  folha  de  pagamento  foi  de  $5.000,  compreendendo  o  setor  deprodução  (60%),  o  setor  de  vendas  (25%)  e  o  setor  de  administração  (15%).  Outrosgastos atingiram $2.000, dos quais 70% foram utilizados na produção, 20% no setor devendas  e  10%  no  setor  administrativo.  No  mês  a  empresa  pagou  40%  da  folha  depagamento e 70% dos outros gastos. Pede­se:a) Calcular o valor dos gastos, custos e despesas do mês; eb) Elaborar as demonstrações do resultado econômico (DRE) e do resultado financeiro(fluxo de caixa) do mês.

3  ­ A Cia QUITUTE produziu em  janeiro 400 un. de um produto e vendeu 350 un.  a$60 cada, sendo 45% a vista e 55% a prazo (30 dias). A matéria­prima adquirida no mêsfoi de 1.000 kg a $10 o quilo, sendo 60% à vista e 40% a prazo (30 dias), consumindo­se na produção 2kg por unidade. A folha de pagamento foi de $8.000, compreendendo osetor  da  produção  (65%),  o  setor  de  vendas  (15%)  e  o  setor  administrativo  (20%).Outros gastos atingiram $4.000, dos quais 60% utilizados na produção, 25% no setor devendas  e  15%  no  setor  administrativo.  Em  janeiro  a  empresa pagou  40%  da  folha depagamento e 50% dos outros gastos. Pede­se:a) Calcular o valor dos gastos, custos e despesas de janeiro;b) Elaborar as demonstrações do resultado econômico (DRE) e do resultado financeiro(fluxo de caixa) de janeiro.

4 ­ Com base nos dados da Cia SABICHAO, referentes a um determinado mês, calcularo valor dos gastos, custos e despesas, elaborar a demonstração do resultado econômico(DRE) e do resultado financeiro (fluxo de caixa) do mês:a) Produção = 1.000 unidades, das quais 800 unid. foram vendidas a $300 cada, sendo55% a vista e 45% a prazo (60 dias);b) Matéria­prima adquirida = 3.500 m a $25 o metro, sendo 40% a vista e 60% a prazo(45 dias). O consumo por unidade produzida foi de 3m.c) Salários e encargos = $ 100.000, sendo 60% da produção, 25% do setor de vendas e15% do setor administrativo. Foram pagos no mês 62,5% da folha de pagamento.d) Diversas aquisições = $80.000, sendo 50% utilizadas na produção, 20% no setor devendas  e  30%  no  setor  administrativo.  Foram  pagas  no  mês  55%  dessas  aquisições.

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2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2.1. CONDIÇÕES GERAIS

As sociedades por ações são obrigadas, conforme e Lei das Sociedades por Ações(Lei nº 6.404), a elaborar e publicar as seguintes demonstrações financeiras:

a­ Balanço Patrimonial;b­ Demonstração  dos  Lucros  ou  Prejuízos  Acumulados  (DLPA),  ou  a

Demonstração das Mutações Patrimoniais;c­ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), ed­ Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR).

Como a  legislação  fiscal estendeu as determinações da Lei das S.A.  aos demaistipos  de  sociedade,  todas  as  empresas,  no  Brasil,  elaboram  suas  demonstraçõesfinanceiras sob a forma prevista na referida Lei.

Além  dessas  demonstrações,  existe  a  complementação  obrigatória  por  meio  deNotas  Explicativas  e,  se  for  o  caso,  de  outros  quadros  analíticos  ou  demonstraçõescontábeis necessárias para esclarecimentos da situação patrimonial e dos resultados doexercício.

A companhia fechada com patrimônio líquido inferior a R$ 1.000.000, na data dobalanço, não estará obrigada a elaboração e publicação da Demonstração das Origens eAplicações de Recursos.

As demonstrações financeiras do exercício deverão conter os valores respectivosdo exercício, anterior, e os valores expressos em milhares de Reais.

2.2. BALANCO PATRIMONIAL

O  Balanço  Patrimonial  é  a  demonstração  financeira  que  apresenta  a  situaçãopatrimonial da empresa em determinado momento (demonstração estática).

Encontra­se  dividido  em  2  grandes grupos:  ATIVO,  que  compreende os  bens  edireitos, e PASSIVO, que compreende as obrigações com terceiros (Passivo Exigível) eas  obrigações  com  os  proprietários  (Patrimônio  Liquido),  os  quais  estão  assimsubdivididos:

a­ ATIVO:  circulante,  realizável  a  longo  prazo  e  permanente,  estando  este  últimosubdividido em: investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.

b­ PASSIVO:  circulante  e  exigível  a  longo  prazo,  que  compõem  o  passivo  exigível,resultados de exercícios  futuros e patrimônio  liquido,  estando este último  subdivididoem: capital,  reservas de capital,  reservas de reavaliação,  reservas de  lucros e lucros ouprejuízos acumulados.

A partir  dessa  estrutura  básica,  e  possível  pormenorizar  cada  grupo,  de  acordocom a forma de apresentação constante da pagina seguinte:

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2.2.1. ATIVO

No  ativo  as  contas  devem  ser  dispostas  em  ordem  decrescente  do  grau  deliquidez dos elementos nelas registrados, ou seja, em primeiro lugar são apresentadas ascontas mais rapidamente conversíveis em dinheiro.

2.2.1.1. ATIVO CIRCULANTE

Engloba  as  disponibilidades,  os  direitos  realizáveis  em  até  1  ano,  estoques  edespesas  antecipadas  realizáveis,  também,  em  ate  1  ano.  "Realizar"  em  contabilidadesignifica: "converter", "mudar', "transformar", e não apenas receber em dinheiro.

a­ Disponibilidades:  caixa,  bancos  conta  movimento  e  aplicações  de  liquidezimediata.

b­  Direitos Realizáveis: valores a receber de clientes (duplicatas a receber, saquesde exportação) acompanhadas de suas contas redutoras (duplicatas descontadas,saques  de  exportações  descontadas  e  provisão  para  devedores  duvidosos),aplicações  financeiras (títulos e valores mobiliários), e outros valores a receber(títulos a receber, adiantamentos a funcionários e a terceiros sem vinculo com ofornecimento  de  bens/serviços,  impostos  a  recuperar,  cheques  em  cobrança,etc.).

c­ Estoques: produtos acabados, mercadorias para revenda, produtos em processo,matéria­prima materiais auxiliares e de embalagem, importações em andamento,almoxarifado  (materiais  de  escritório,  de  limpeza,  etc.),  e  adiantamento  afornecedores.

d­  Despesas  antecipadas:  recursos  aplicados  em  benefícios  ou  serviços que  aindaserão  usufruídos  no  exercício  seguinte:  seguros,  assinaturas  de  publicações,anuidades,  encargos  financeiros  relativos  a  duplicatas  descontadas,  etc.  Osencargos  financeiros  sobre  empréstimos  e  financiamentos  devem  aparecersubtrativamente a eles no passivo exigível.

2.2.1.2. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Integram este grupo os direitos realizáveis após o termino do exercício seguinte(após  1  ano),  assim  como,  independente  do  prazo  de  vencimento,  os  derivados  devendas  e,  os  adiantamentos  ou  empréstimos  a  sociedades  coligadas  ou  controladas,diretores,  acionistas  ou  participantes  no  lucro  da  companhia,  que  não  constituíremnegócios usuais na exploração do objeto da mesma.

De uma forma geral, são classificáveis no realizável a  longo prazo as contas damesma natureza das do ativo circulante, porem com o período de realização superior a 1ano.

2.2.1.3. ATIVO PERMANENTE

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Os bens em uso por mais de um exercício social, que perdem sua utilidade pordesgaste, ação da natureza ou absolescência, classificam­se no Ativo Permanente. Essesbens não são objeto de venda, e sim necessários para a empresa atingir a seus objetivosde  produção  e  comercialização.  Do  mesmo  modo,  a  empresa  pode  ter  direitosconsiderados  permanentes,  por  não  haver  a  intenção  na  sua  alienação,  comoparticipações  em  outras  empresas,  imóveis  não  destinados  ao  uso,  investimentoscompulsórios, etc.

Também  são  classificados  como  permanentes,  as  aplicações  de  recursos  emdespesas  que  beneficiarão  os  exercícios  futuros  como  os  gastos  pré­operacionais,  porexemplo, e determinados bens que, embora, não se destinem as atividades da empresa,não são objeto de negociação como as obras de arte, imóveis para futura utilização, etc.

O Ativo permanente encontra­se subdividido em:

a­ Investimentos:  não  se  destinam  às  atividades  da  empresa:  participaçõespermanentes  em  outras  sociedades,  obras  de  arte,  imóveis  para  futurautilização, imóveis não destinados ao uso, etc.

b­ Ativo  imobilizado:  destinados  as  atividades  da  empresa,  ou  exercidas  comessa  finalidade:  terrenos  e  edificações;  instalações;  maquinas  eequipamentos; móveis e utensílios; veículo; ferramentas; marcas e patentes;direitos  sobre  recursos  minerais;  benfeitorias  em  propriedades  arrendadas;imobilizações em andamento, etc.

c­ Ativo Diferido: aplicações de recursos em despesas que contribuirão para aformação  do  resultado  de  mais  de  um  exercício  social  corno:  gastos  deimplantação  e  pré­operacionais,  inclusive os  juros  pagos  ou  creditados  aosacionistas  antes  do  inicio  das  operações,  pesquisa  e  desenvolvimento  deprodutos e gastos de reorganização.

2.2.2. PASSIVO

No passivo classificam­se em primeiro lugar as contas cuja exigibilidade ocorreantes.

2.2.2.1. PASSIVO CIRCULANTE

É representado  pelas  obrigações  da  empresa  cujo  vencimento  devera  ocorrerdentro do exercício social seguinte (até 1 ano). Pode ser classificado em:

a­ Fornecedores:  se  origina  das  compras  a  prazo,  no  mercado  nacional  ou  noexterior,  de  matéria­prima;  mercadorias  destinadas  a  revenda;  maquinas;equipamentos,  etc.,  não  financiados  por  instituições  financeiras,  e  outrosmateriais.

b­ Empréstimos e Financiamentos: recursos obtidos junto as instituições financeiraspara  financiamento  do  capital  de  giro  ou  das  imobilizações.  Normalmenteutiliza­se  a  expressão  "empréstimos"  para  os  recursos  tornados  para  a  livreaplicação  pela  empresa,  e  a  expressão  "financiamentos”  para  os  destinados  aaquisição de itens do imobilizado.

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c­ Obrigações Fiscais: impostos, taxas e contribuições a recolher.

d­ Outras  Obrigações:  salários  a  pagar,  encargos  sociais  a  recolher,  adiantamentode clientes, juros a pagar, outras contas a pagar.

e­ Provisões: encargos e riscos já conhecidos, cujos valores são calculáveis, mesmopor  estimativas  como  provisão  para  13º  salário,  provisão  para  ferias,  provisãopara  gratificações  e  participações  de  empregados  e  administradores,  provisãopara riscos, com multas ou ações judiciais, etc.

2.2.2.2. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Compreende  as  obrigações  da  empresa  vencíveis  a  prazo  superior  a  um  ano.Normalmente,  os  créditos  superiores  a  um  ano  ocorrem  por  contratos  firmados  cominstituições financeiras (empréstimo e financiamentos).

Excepcionalmente  podem  surgir  créditos  de  longo  prazo  decorrentes  denegociações com terceiros, onde se estabelecem prazos de vencimento após um ano.

2.2.2.3. RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Compreende  receitas de exercícios  futuros, diminuídas dos custos e despesas aelas correspondentes. Entretanto,  somente deve englobar  tais  receitas  menos despesas,ou seja,  resultados  futuros  recebidos ou  faturados antecipadamente,  para os quais  nãohaja qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa.

EXEMPLO: aluguel recebido antecipadamente, mas cujo contrato estabeleça que nãohaverá reembolso, mesmo que o locatário devolva antes o imóvel.

Quando  os  valores  recebidos  envolverem  uma  contraprestação  futura,  sãoclassificados  no  passivo  exigível  como,  por  exemplo,  adiantamentos  recebidos  declientes por conta de fornecimento de bens ou serviços.

2.2.2.4. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

No  balanço  patrimonial,  a  diferença  entre  o  valor  dos  ativos  e  dos  passivosexigíveis  e  resultados  de  exercícios  futuros  representa  o  patrimônio  líquido,  que  é  ovalor contábil que pertence aos acionistas sócios.

O patrimônio líquido é dividido em:

a­ Capital  Social:  representa  os  valores  recebidos  pela  empresa,  provenientes  dosproprietários ou dos resultados gerados pela empresa (transferências das contas de reservase lucros acumulados), e que estão formalmente incorporados ao Capital. O valor do capitalque  deve  constar  do  patrimônio  líquido  é  o  realizado,  ou  seja,  o  total  efetivamenteintegralizado  pelos  proprietários.  Dessa  forma,  se  existir  parcela  do  capital  nãointegralizada, a empresa apresentará a conta de Capital Social Subscrito e a conta devedorade capital a integralizar, sendo que o líquido entre ambas representa o capital realizado.

b­ Reservas  de  Capital:  referem­se  a  acréscimos  patrimoniais  que  não  transitaram  peloresultado como receitas:

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− Correção monetária do capital realizado enquanto não capitalizado;− Ágio na emissão de ações; valor excedente em relação ao valor nominal;− Doação de bens e subvenções concedida pelo governo à empresa para investimento.

c­ Reservas  de  Reavaliação:  acréscimos  de  valor  atribuído  a  elementos  do  ativo  acima  dosíndices de correção monetária.

d­ Reservas de Lucros: lucros obtidos pela empresa e retidos com finalidade específicas:− Reserva  legal:  constituída  na base  de 5%  do  lucro  liquido  do  exercício,  até  seu  valor

atingir  a  20%  do  capital  social  realizado,  ou  até  a  sua  soma  as  reservas  de  capital,exceto a correção monetária, atingir a 30% do capital social realizado.

− Reservas  estatutárias:  constituídas  por  determinação  estatutária e com  finalidadesespecíficas.

− Reservas  para  contingências:  constituída  para  compensar,  em  exercícios  futuros,  adiminuição do lucro decorrente da perda julgada anterior.

− Reservas de lucros a realizar: constituída para reter parcela de lucros ainda não realizadafinanceiramente.

− Reserva de lucros para expansão: constituída para atender a projeto de investimento.

e­ Lucros  ou  Prejuízos  Acumulados:  saldo  restante  dos  lucros  ou  prejuízos  após  asdestinações para reservas de lucros e dividendos distribuídos.

f­ Ações em Tesouraria: ações da empresa adquiridas pela própria empresa, cujo valor deveráser  destacado  como  dedução  da  conta  patrimônio  líquido  que  registrar  a  origem  dosrecursos aplicados na sua aquisição.

2.3. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

Essa demonstração sintetiza as operações da empresa no exercício, demonstradasna  forma  dedutiva,  destacando  os  resultados  nos  diversos  níveis  de  apuração  ate  aobtenção do resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo), que será transferido paralucros ou prejuízos acumulados.

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) tem como estrutura básica aseguinte:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIORECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVICO(­) Deduções, Abatimentos e Impostos

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS(­) Custos das Mercadorias e Serviços Vendidos

LUCRO BRUTO(­) Despesas Operacionais

Despesas com VendasDespesas Gerais e AdministrativasEncargos Financeiros LíquidosOutras Receitas e Despesas Operacionais

LUCRO OPERACIONAL+ Receitas não Operacionais(­) Despesas não Operacionais+ ou ­ Resultado da Correção Monetária (eliminado em 1996)

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LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL(­) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social(­) Participações e ContribuiçõesLUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIOLucro por Ação do Capital Social

2.3.1. DETALHAMENTO  DAS  CONTAS  E  DAS  APURAÇÕES  DOSRESULTADOS

2.3.1.1. RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS

Refere­se ao valor das vendas de bens e serviços, a vista e a prazo, realizadas nomercado interno ou no exterior.

2.3.1.2. DEDUÇÕES ABATIMENTOS E IMPOSTOS

As deduções referem­se às vendas devolvidas ou canceladas.

Aos abatimentos referem­se aos descontos concedidos aos clientes posteriormentea entrega dos produtos, por defeitos de qualidade ou danos sofridos no transporte, etc.Não incluem os descontos dados no momento da venda, que são uma redução direta nasnotas  fiscais,  e  também  os  descontos  por  pagamentos  antecipados  que  representamdespesas financeiras.

Caso  a  empresa  registra  as  vendas  brutas  pelos  preços  normais,  e  debita  osdescontos  concedidos  em  conta  específica,  tal  conta  deve  figurar  como  redução  dasvendas brutas.

Os  impostos referem­se aos  incidentes sobre vendas e  serviços (IPI, ICMS, ISS,PIS Sobre Faturamento, COFINS, etc.)

2.3.1.3. RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS

Consiste na parcela da receita bruta após a subtração das deduções, abatimentose  impostos.  Representa  a  principal  fonte  de  recursos  e  de  lucros  gerados  pelasoperações.

2.3.1.4. CUSTO DAS MERCADORIAS E SERVIÇOS VENDIDOS

Corresponde  aos  custos  decorrentes  da  produção  (indústria)  ou  da  compra  demercadorias  (comércio)  relativos  aos  produtos  ou  mercadorias  vendidas.  No  caso  deserviços prestados, corresponde aos custos apropriados pela sua ocorrência.

2.3.1.5. LUCRO BRUTO

Representa a diferença entre a Receita Liquida de Vendas e Serviços e o Custodas Mercadorias e Serviços Vendidos.

2.3.1.6. DESPESAS OPERACIONAIS

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Compreendem as despesas necessárias para a empresa  funcionar,  isto é, venderadministrar e financiar suas atividades. Os resultados líquidos das atividades acessóriasda  empresa  são  também  consideradas  operacionais.  Essas  despesas  estão  assimclassificadas:

a­ Despesas com Vendas: representam as despesas necessárias para as vendas, bemcomo as de promoção e distribuição dos produtos no mercado, e ainda, os riscosassumidos pela venda (garantias e provisão para devedores duvidosos).

b­ Despesas Gerais e Administrativas: compreendem as despesas incorridas para adireção e execução das atividades administrativas, bem como as despesas geraisque beneficiam os negócios da empresa.

c­ Encargos  Financeiros  Líquidos:  representam  a  diferença  entre  as  despesasfinanceiras  (remuneração para terceiros que  financiam a empresa)  e as  receitasfinanceiras  (rendimentos  obtidos  nas  diferentes  modalidades  de  aplicaçõesfinanceiras).

d­ Outras Receitas e Despesas Operacionais: são oriundas das atividades acessóriasdo  objeto  social  da  empresa  como  resultado  das  participações  em  outrassociedades, vendas de sucatas, renda de alugueis, etc.

2.3.1.7. LUCRO OPERACIONAL

Refere­se  ao  que  sobra  após  subtrair  do  lucro  as  despesas  operacionais  eadicionar as outras receitas operacionais.

Essa apuração parcial não corresponde ao conceito correto do lucro operacionalque deveria espelhar o resultado gerado pela atividade básica da empresa. Deste modo,além  da  exclusão  das  despesas  e  receitas  financeiras  (este  assunto  ainda  gera  muitapolêmica)  outras  despesas  e  receitas  também  deveriam  ser  excluídas  por  não  estaremassociadas à atividade básica da empresa.

2.3.1.8. RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS

São constituídas basicamente de ganhos e perdas de capital relativos à venda oubaixa de elementos que integram o Ativo Permanente.

2.3.1.9. RESULTADO DA CORREÇÃO MONETÁRIA

Corresponde às contrapartidas da correção monetária do Ativo Permanente e doPatrimônio  Líquido.  O  saldo  devedor  constitui  uma  despesa  dedutível  para  fins  deimposto  de  renda  e  o  saldo  credor  será  uma  receita  tributável.  Tal  correção  foieliminada, a partir de 1996, pela Lei 9249/95.

2.3.1.10. LUCRO ANTES DO IMPOST0 DE RENDA

Refere­se  ao  resultado  após  a  dedução  de  todas  as  despesas  e  a  inclusão  dasdemais receitas.

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2.3.1.11. PROVISÃO  PARA  O  IMPOST0  DE  RENDA  E  CONTRIBUIÇÃOSOCIAL

Corresponde aos valores do  imposto de  renda e da contribuição social  a  seremprovisionados,  pois  poderão  ter  pequenas  diferenças  com  que  finalmente  serãodeclarados e pagos no exercício seguinte.

2.3.1.12. PARTICIPAÇÕES CONTRIBUIÇÕES

Representam  para  a  empresa  despesas  proporcionais  ao  lucro,  em  virtude  departicipações de debêntures, empregados, administradores e de partes beneficiárias, bemcomo  de  contribuições  para  instituições  ou  fundos  de  assistência  ou  previdência  deempregados.

Essas  participações  e  contribuições  são  estabelecidas  no  Estatuto  Social  daempresa  e  seus  valores  são  determinados  sucessivamente,  e  na  ordem  mencionadaacima,  com  base  nos  lucros  remanescentes  depois  de  deduzida  a  participaçãoanteriormente calculada. Caso haja prejuízos acumulados, eles serão deduzidos do lucroliquido  após  o  imposto  de  renda,  resultando  no  valor  inicial  para  o  cálculo  dasparticipações.

2.3.1.13. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Constitui o resultado final após todas as deduções, e que será transferido para aconta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

A legislação determina que seja, na demonstração do resultado, indicado quantode lucro obtido pertence a cada espécie e classe de ação.

2.4. DEMONSTRAÇÃO  DE  LUCROS  OU  PREJUÍZOS  ACUMULADOS(DLPA)

Essa demonstração (DLPA) evidencia o lucro do período, a sua distribuição e amovimentação ocorrida no saldo dos lucros ou prejuízos acumulados.

Partindo  do  saldo  no  inicio  do  exercício,  por  meio  de  ajustes,  acréscimos  esubtrações, chega­se ao saldo final que aparecera no Balanço Patrimonial.

No  caso  da  empresa  publicar  a  Demonstração  das  Mutações  do  PatrimônioLíquido,  não  será  necessária  a  publicação  da  Demonstração  de  Lucro  ou  PrejuízoAcumulados, pois esta estará contida naquela.

A DLPA tem como forma de apresentação a seguinte:

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOSSALDO NO INÍCIO DO PERÍODO+ ou ­ Ajustes de exercícios anteriores(­) Incorporação ao capital+ Correção Monetária (eliminada em 1996)

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+ Reversões de Reservas+ Lucro liquido do exercícioPROPOSTA DE DESTINAÇÃO DO LUCRO(­) Transferências para as reservas(­) Dividendos propostosSALDO NO FIM DO PERÍODO

a­ Ajustes  de  exercícios  anteriores:  s%o  decorrentes  de  efeitos  da  mudança  decritérios  contábeis,  ou  de  erros  cometidos  em  exercícios  anteriores,  comomudança no critério de avaliação de estoques e erros na contagem de estoques.

b­ Incorporação ao capital: parcela do lucro destinada ao aumento de capital.c­ Correção Monetária: correção do saldo inicial em função do efeito inflacionário.

Reversão de Reservas: retorno das reservas de lucros constituídas e que não sãomais necessárias ou cujos fatos que as originaram já ocorreram.

d­ Lucro Líquido do Exercício: Valor  apurado na Demonstração do Resultado doExercício.

e­ Transferências  para  as  reservas:  são  as  apropriações  do  lucro  feitas  para  aformação das reservas de  lucros, como a reserva  legal, as reservas estatutárias,etc.

f­ Dividendos propostos: valor proposto a  ser distribuído aos acionistas, devendoconstar  o  montante  do  dividendo  por  ação  do  capital  social.  Tal  informação,alternativamente, poderia ser dada através de Nota Explicativa.

2.5. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Demonstra  as variações ocorridas durante o exercício em cada uma das contasintegrantes do Patrimônio Liquido. Indica o fluxo de uma conta para outra bem como aorigem  e  o  valor  de  dada  acréscimo  ou  diminuição  no  Patrimônio  Liquido  durante  oexercício.

Essa  demonstração  não  e  obrigatória,  mas  caso  ela  seja  elaborada  e  publicadapela companhia, fica dispensada a publicação da Demonstração de Lucros ou PrejuízosAcumulados, uma vez que esta está contida naquela.

A  Demonstração  das  Mutações  do  Patrimônio  Líquido  tem  como  forma  deapresentação a seguinte:

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2.6. DEMONSTRÇÃO  DAS  ORIGENS  E  APLICAÇÕES  DE  RECURSOS(DOAR)

Apresenta de uma forma ordenada e sumaria as  informações relativas as operações definanciamento e investimento da empresa durante o exercício, e evidencia as alteraçõesna posição financeira da empresa.

Os  financiamentos  estão  representados  pelas  origens  de  recursos  e  os  investimentospelas  aplicações  de  recursos,  sendo  que  o  significado  de  recursos  aqui  não  esimplesmente  o  de  dinheiro,  pois  abrange  um  conceito  mais  amplo:  capital  circulanteliquido  (CCL)  que  representa  a  diferença  entre  o  Ativo  Circulante  e  o  PassivoCirculante.

DESCRIÇÃO DAS ORIGENS: podem ser agrupadas em:− Das próprias operações: lucro do exercício− Dos acionistas: aumentos de capital integralizados− De terceiros: empréstimos pagáveis a longo prazo

vendas de bens do ativo permanentetransformação de realizável a longo prazo em ativo circulante

DESCRIÇÃO DAS APLICAÇÕES: podem ser agrupadas em:− Das próprias operações: prejuízo do exercício− Inversões permanentes: aquisição de bens do ativo permanente

aplicação de recursos no ativo diferido ­− Reduções do exigível a longo prazo: Pagamento de empréstimos

transferência para o passivo circulante− Distribuição de dividendos

ORIGENS E APLICAÇÕES QUE NAO AFETAM O CCL.− Aquisição de bens do ativo permanente pagáveis a longo prazo;− Conversões de empréstimos a longo prazo em capital;− Integralização de capital em bens do ativo permanente;− Vendas de bens do ativo permanente recebíveis a longo prazo;

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A DOAR tem como forma de apresentação a seguinte:

2.7. EXERCÍCIOS SOBRE DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRAS

1­ Com base nos saldos das contas 31.12.X, a seguir  relacionadas, elaborar o BalançoPatrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício:Emprest. e financiam. (venct° X+2) 360 Despesas pré­operacionais 300 Capital 720Provisão para devedores duvidosos 30 Imposto sobre vendas 600 Vendas brutas  3.000Prejuízo na venda de imobilizado 100 Despesas administrativas 360 Estoques 630Despesas do exercício seguinte 150 Outras obrigações (venct° X+1)  210 Imobilizações  1.200Emprest. bancários (venct° X+1) 720 Obrigações fiscais (venct° X+1)  270 Clientes 750Invest. temporários (venct° X+2) 300 Lucros acumulados (final) 120 C.M.V. 1.100Provisão para Imp.Renda (devedor) 90 Despesas financeiras 90 Desp. Vendas  400Depreciação/amortização acumulados  600 Outras desp. operacionais 50 Reservas 300

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2­ Elaborar o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício combase nos saldos finais em 31.12 das seguintes contas:Fornecedores 800 Maquinas e equipamentos  3.000 Provisão para I.Renda exercicio 200Vendas brutas 4.000 Despesas administrativas  410 Provisão para devedores duvidosos  40Caixa 100 ICMS sobre vendas 680 Impostos a pagar (inclui o I.R.) 350C.M.V. 2.020 Contas a receber (1) 800 Lucro na venda imobilizado 50Capital 1.500 Titulos a receber (2) 600 Seguros a apropriar (1) 200Mercadorias 940 Despesas financeiras 140 Emprestimo e financiamento (1) 700Reservas 500 Dividendos a pagar 150 Lucros acumulados (final) 400Despesas de vendas  300 Depreciação acumulada 600 Emprestimo e financiamentos (2)  600Obs.: (1) prazo inferior a 1 ano (2) = prazo superior a 1 ano

3­  Elaborar o  Balanço  Patrimonial  e  a  Demonstração  do  Resultado  do  Exercício  combase nos saldos finais em 31 .I2 das seguintes contas:Estoques 260 Depreciação acumulada 160 Emprestimo e financiamentos (2) 120Capital 240 Despesas de vendas 150 Lucro na venda imobilizado 20Vendas brutas 1.000 Impostos sobre vendas 200 Gastos c/ pesquisa e desenvolvimento  100Clientes (1) 250 Emprestimos bancários (1) 240 Resultado c/ correção monetária (3) 50Reservas 100 Despesas financeiras 30 Provisão p/ devedores duvidosos 10C.M.V. 370 Obrigações fiscais (1) 90 Aplicações financeiras (2) 100Veiculos 400 Amortização acumulada 40 Provisão para lmposto Renda (3) 30Contas a pagar (1) 70 Despesas administrativas 120 Lucros acumulados (final) 40Obs.: (1) prazo inferior a 1 ano (2) prazo superior a 1 ano (3) saldo devedor

4­ A empresa K.LOTE apresenta os dados a seguir relacionados, referentes ao exercícioencerrado:Compra de imobilizações a vista = $1.000  Contratação de empréstimos a longo prazo = $500Saldo inicial de lucros acumulados = $300  Amortização empréstimo de curto prazo = $560Lucro liquido do exercício = $800  Aumento de capital com imobilizado = $640Depreciação do exercício = $200  Reservas a serem constituídas = $400Dividendos a distribuir = $600  Vendas de mercadorias = $5.000Pede­se : a­ elaborar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados

b­ elaborar a DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos)

5­  A  empresa  K.PIVARA  apresenta  os  dados  a  seguir  relacionados,  referentes  aoexercício encerrado:Aumento de capital em dinheiro = $15 Lucro liquido do exercício = $20Amortização empréstimos de longo prazo = $25 Dividendos a distribuir = $35Ajuste de exercícios anteriores no lucro = ($ 5) Venda do imobilizado A vista = $50Reservas a serem constituídas = $15 Lucro na venda imobilizado = $13Amortização de dívidas de curto prazo = $12 Depreciação do exercício = $8Saldo inicial de lucros acumulados = $60 Reversão de reservas = $10Contratação de empréstimos curto prazo = $18 Vendas de produtos = $200

Obs.: para fins de elaboração da DOAR, o ajuste de exercícios anteriores no lucro foi efetuado nos saldosiniciais das contas envolvidasPede­se : a)  elaborar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados

b­ elaborar a DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos)

6­  O  Balanço  Patrimonial  de  uma  empresa  apresenta  os  seguintes  dados:  ativopermanente = $ 1.000, capital próprio = $ 1.200 e capital de terceiros = $ 800. Sabendo­se que o passivo circulante = $ 500 e que o realizável a longo prazo e igual ao exigível alongo prazo, calcular o valor do ativo circulante.

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7­  Pelo  Balanço  Patrimonial  de  uma  empresa  extrai­se  os  seguintes  dados:  capitalpróprio  =  $3.600,  capital  de  terceiros  =  $2.400,  realizável  a  longo  prazo  =  $600  eexigível a longo prazo = $ 1.000. Sabendo­se que o ativo circulante e igual ao passivocirculante, calcular o valor do ativo permanente.

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3. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A análise das demonstrações  financeiras constitui um  instrumento valioso parapessoas  físicas  e  jurídicas  relacionadas  a  empresa,  como  acionistas,  fornecedores,instituições financeiras, clientes e outros.

Para  a  administração  interna  da  empresa,  a  análise  tem  como  objetivofundamental avaliar o seu desempenho geral, tanto em relação ao passado, refletido nasdemonstrações  financeiras,  como  em  relação  ao  futuro,  evidenciadas  no  orçamentofinanceiro.

Para o analista externo, os objetivos são mais específicos, variando segundo sejasua posição de credor ou investidor.

3.1. O PROCESSO DE ANÁLISE

A análise  das  demonstrações  financeiras  tem  como  objetivo  extrair  dessasdemonstrações informações para a tomada de decisões. Essas demonstrações fornecemuma  serie  de  dados  sobre  a  empresa  que  serão  transformadas  em  informações  peloprocesso de análise.

A distinção entre dado e informação pode ser entendida no seguinte exemplo: ovalor da dívida de uma empresa (passivo exigível) é um dado, que não leva a nenhumadecisão, enquanto que a conclusão de que essa dívida é excessiva ou  não,  e de que  aempresa pode não pagá­la e informação.

As etapas que compreendem o processo de análise pode ser visualizado na figuraa seguir apresentada.

A análise das demonstrações financeiras abrangem dois aspectos:

a­ Estático: estudo da situação num determinado momento eb­ Dinâmico: estudo da evolução da situação comparando diversos períodos

A  verificação  do  nível  de  endívidamento,  por  exemplo,  de  uma  empresa  nopresente momento e uma análise estática. Se a verificação abranger diversos períodos,comparando­se um período com outro, a análise e dinâmica.

3.1.1. BASES PARA A ANÁLISE

O  processo  de  análise  se  utiliza  das  demonstrações  financeiras  e,  quandodesenvolvido dentro da empresa, dos relatórios e documentos internos. Para conclusõesmais satisfatórias os resultados devem ser comparados com índices padrões que podemser:

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a­ Históricos: índices que demonstram a evolução no tempo, eb­ Setoriais:  índices  referentes  aos  concorrentes,  as  medias  de  mercado  e  ao

setor de atividade.

Mediante  as  ponderações  das  informações  obtidas  chega­se  a  um  diagnóstico,com base no qual tomam­se as decisões pertinentes.

Esse  processo  de  tomada  de  decisões  pode  ser  ilustrado  conforme  a  seguintefigura:

3.2. PREPARAÇÃO DOS DADOS

Para  a  realização  de  uma  correta  análise  das  demonstrações  financeiras  efundamental  a  ocorrência  de  um  procedimento  preliminar  denominado  de  preparaçãodos dados, e que compreende:

a­ Classificação apropriada dos dados,b­ Associação lógica dos dados ec­ Conversão em medidas de avaliação.

Inicialmente  deve­se  verificar,  com  base  nos  princípios  e  procedimentoscontábeis,  se as contas estão classificadas corretamente, a  fim de evitar distorções nasconclusões da análise.

Por  outro  lado,  há  a  necessidade  de  reclassificação  de  determinadas  contas,especificamente, as seguintes:

a­ Duplicatas  descontadas,  que  por  sua  natureza  constituem  um  passivooneroso, devendo ser transferida para o Passivo Circulante.

b­ Receitas  e  despesas  financeiras,  que,  embora  a  Lei  das  S.A.  tenhaclassificado como operacionais, são consideradas por diversos autores comonão­operacionais.

A apuração das informações, a serem utilizadas na elaboração dos diagnósticos,deve­se  processar  confrontando  dados  com  relações  coerentes.  Ao  analisar,  porexemplo,  a  capacidade  de  pagar  as  obrigações  de  curto  prazo,  deve­se  associar  oPassivo Circulante, que engloba essas obrigações, com o Ativo Circulante, ou seja, comos recursos que se realizam no curto prazo.

A  análise  comparativa  de  componentes  patrimoniais  ou  de  resultado  somenteserá exeqüível se os valores monetários forem convertidos em medidas de avaliação, asaber:

a­ Quocientes, sob a forma de índices ou percentuais.b­ Diferenças absolutas (subtração entre valores)

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3.3. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

A  análise  vertical  e  horizontal  destina­se,  fundamentalmente,  a  avaliação  dastendências,  mediante  comparações  com  valores  afins  de  uma  mesma  demonstração  eevoluções no tempo dos itens componentes das demonstrações.

ANÁLISE  VERTICAL:  comparação  relativa  entre  valores  afins  numa  mesmademonstração (estrutura de composição dos itens). Calcula­se o percentual de cada itemcomponente da demonstração em relação a um valor­base, que no Balanço Patrimoniale o total do Ativo, e na DRE e a receita líquida.

ANÁLISE HORIZONTAL: avaliação da evolução de cada item componente dademonstração  ao  longo  de  períodos  sucessivos,  normalmente,  em  relação  ademonstração anterior, podendo,  também,  ser  em relação a uma demonstração básica,geralmente a mais antiga da sucessão.

EXEMPLO na Demonstração do Resultado do Exercício

ANO 1 ANO 2DRE VALOR AV VALOR AV AHVENDAS BRUTAS(­) IMPOSTOS VENDAS(­) DEVOLUÇÕES VENDASVENDAS LÍQUIDAS(­) CMVLUCRO BRUTO(­) DESPESAS OPERACIONAISLUCRO OPERACIONAL

2.500400

    1002.000 1.200

800    500

300

125%20%

     5%100%

   60%40%

   25%15%

3.480600

    2403.000 1.7101.290    900

390

128%20%

     8%100%

   57%43%

   30%13%

53,6%50%

  140%50%

 42,5%61,3%    80%

30%

3.4. INDÍCES ECONÔMICO­FINANCEIROS DE ANÁLISE

A  técnica,  mais  comumente  empregada  de  analise,  baseia­se  na  apuração  deíndices  econômico­financeiros,  resultantes  da  quantificação,  mediante  quociente(podendo  ser  transformados  em  %),  das  inter­relações  entre  os  saldos  das  contas  ougrupos de contas do Balanço Patrimonial e da DRE.

Foram  criados  diversos  índices  para  a  avaliação  das  empresas,  agrupados  deacordo  com  a  finalidade  da  analise.  Esses  grupos  de  índices  estão  relacionados  acapacidade  da  pagamento  das  obrigações,  ao  grau  de  endívidamento  e  estrutura  decapitais,  a  gestão  operacional  de  determinados  recursos,  a  lucratividade,  e  arentabilidade da empresa e de seus acionistas.

A  utilização  de  um  único  índice  restringe  a  avaliação  à  interpretação  de  seusignificado,  constituindo uma  informação  favorável ou não para a empresa,  apenas secomparada a um referencial.

O poder de analise se amplia à medida que se considera um conjunto de índices,permitindo, assim, a elaboração de algum tipo de diagnóstico sobre a empresa.

Entretanto,  para  um  diagnóstico  mais  completo,  tornam­se  necessáriascomparações dos índices apurados com:

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a­ índices  de  mesma  natureza  da  própria  empresa,  referentes  a  períodospassados  (analise de tendências) ou aos previstos no orçamento anual;

b­ índices correspondentes de outras empresas; ec­ índices ­ médios do setor de atividade ao qua1 pertence.

Para melhor compreensão do significado dos índices, os mesmos estão divididosem grupos homogêneos de analise, a saber:

a­ liquidez ou solvência,b­ endívidamento e estrutura de capitais,c­ atividade ou rotação (giro) de recursos,d­ lucratividade e rentabilidade ee­ avaliação de ações.

3.4.1. ÍNDICES DE LIQUIDEZ OU SOLVÊNCIA

Visam  medir  a  capacidade  de  pagamento  das  obrigações  assumidas  junto  aterceiros.

Convém destacar que esses índices não medem a efetiva capacidade de liquidaros compromissos  nos  vencimentos, pois  não são  extraídos do  fluxo de  caixa, onde  secomparam as entradas com as saídas de clientes.

Interpretação: quanto  maiores  os  índices,  maiores  as  condições  de  tercapacidade de pagar suas dívidas, portanto, melhores.

3.4.1.1.  LIQUIDEZ GERAL (LG)

Mede  a  capacidade  de  pagar  as  obrigações  de  curto  e  longo  prazo  com  osrecursos (ativos) realizáveis a longo prazo.

Indica quanto a empresa possui de ativos realizáveis para cada R$ 1,00 de dívidatotal.  Espera­se  que  esse  índice  seja  superior  a  1,  significando  existir  uma  folga  naliquidez total.

3.4.1.2. LIQUIDEZ CORRENTE (LC)

Mede  a  capacidade  de  pagar  as  obrigações  de  curto  prazo  (correntes)  com  osrecursos (ativos) realizáveis a curto prazo.

Indica quanto a empresa possui de ativos realizáveis a curto prazo para cada R$1,00  de  dívida  de  curto  prazo.  índice  maior  que  1  indica  folga  na  liquidez  de  curtoprazo.

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3.4.1.3. LIQUIDEZ SECA (LS)

Mede a capacidade de pagar as obrigações de curto prazo com recursos (ativos)realizáveis  a curto prazo de maior  liquidez, ou  seja,  excluindo os estoques (realizaçãomais  demorada)  e  as  despesas  antecipadas  (não  apresentam  valores  a  receber  e  simserviços e benefícios a receber)

Indica quanto a empresa possui de ativos mais rapidamente realizáveis para cadaR$ 1,00 de dívida de curto prazo. Índice menor que 1 indica necessidade de realizaçãodos estoques.

3.4.1.4. LIQUIDEZ IMEDIATA (LI)

Mede a capacidade de pagar as obrigações correntes com os ativos disponíveis.

Indica  quanto  a  empresa  possui  de  disponível  para  cada  R$1,00  de  dívida  de  curtoprazo. Tem pouca relevância na pratica, por ser uma medida muito rígida.

3.4.1.5. CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL)

Assim como o índice de liquidez corrente, mede a capacidade de pagar as obrigações decurto prazo com os recursos (ativos) realizáveis a curto prazo.

Indica  o  excesso  ou  insuficiência  de  recursos  (ativos)  realizáveis  a  curto  prazo  emrelação as obrigações de curto prazo. Um resultado maior que zero indica existir  folgana liquidez corrente.

3.4.2. INDICES DE ENDÍVIDAMENTO E ESTRUTURA DE CAPITAIS

Indicam a composição das fontes de recursos utilizados, evidenciando a forma pela qualos recursos de terceiros são usados, a sua participação em relação ao capital próprio, e ograu de comprometimento financeiro perante os credores.

Interpretação:  quanto  maiores,  piores,  pois  maior  e  a  dependência  de  capitais  deterceiros  e,  portanto,  maiores  as  preocupações  com  a  exigibilidade  de  pagamento,  emenor  a  liberdade  de  decisões  financeiras  em  função  de  maior  comprometimentofinanceiro.

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3.4.2.1. ENDÍVIDAMENTO SOBRE O CAPITAL PROPRIO (Es/CP)

Também  denominado  de  RELAÇÃO  CAPITAL  DE  TERCEIROSICAPITALPRÓPRIO, mede o nível de endívidamento em relação ao capital próprio investido.

Indica quanto a empresa possui de capitais de terceiros (dívidas) para cada R$ 1,00 decapital próprio investido. Quanto maior, maior e a dependência de capitais de terceiros.Índice  maior  que  1  indica  que  a  empresa  possui  mais  capital  de  terceiros  do  que  opróprio.

3.4.2.2. ENDÍVIDAMENTO SOBRE 0 CAPITAL TOTAL (EsICT)

Também denominado de RELAÇÃO CAPITAL DE TERCEIROS/CAPITAL TOTAL,mede o nível de endívidamento em relação ao capital  total aplicado (Ativo ou Passivototal).

Indica quanto a empresa possui de capital de  terceiros  (dívidas) para cada R$ 1,00 decapital  total  aplicado.  Quanto  maior,  maior  e  a  dependência  de  capital  de  terceiros.Índice  maior  que  0,5  indica  que  a  empresa  possui  mais  capital  de  terceiros  do  quepróprio.

3.4.2.3. COMPOSIÇÃO DO ENDÍVIDAMENTO (CE)

Mede a proporção de capital de terceiros de curto prazo em relação ao total de capital deterceiros utilizados.

Indica  qual  o  percentual  das  dívidas  de  curto  prazo  em  relação  as  dívidas  totaiscontraídas.  Quanto  maior,  maior  a  necessidade  de  gerar  recursos  para  pagamento  nocurto  prazo  índice  maior  que  0,5  indica  que  a  empresa  possui  mais  dívidas  de  curtoprazo do que de longo prazo.

3.4.2.4. IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMONIO LÍQUIDO (IPL)

Mede o quanto de recursos próprios foi aplicado em ativos permanentes, cuja maturaçãofinanceira e longa (retorno mais demorado).

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Indica  quanto  a  empresa  aplicou  no  Ativo  Permanente  para  cada  R$1,00  de  capitalpróprio existente.  Índice maior que 1  indica que o capital próprio  foi  insuficiente parafinanciar os ativos permanentes, tendo que recorrer a capitais de terceiros.

3.4.2.5. IMOBILIZAÇÃO DE RECURSOS NÃO CORRENTES (IRNC)

Mede  o  quanto  de  recursos  próprios  mais  recursos  de  terceiros  de  longo  prazo  foiaplicado em ativos permanentes.

Indica quanto a empresa aplicou no  Ativo Permanente para cada R$ 1,00 de  recursosnão correntes existentes. Índice maior que 1 indica os recursos não correntes existentesforam insuficientes para  financiar os ativos permanentes,  tendo que recorrer a capitaisde terceiros de curto prazo, o que compromete a liquidez da empresa.

3.4.3. INDICES DE ATIVIDADE OU ROTAÇÃO (GIRO) DE RECURSOS

Medem  o  numero  de  vezes  que  elementos  patrimoniais  (estoques,  contas  a  receber  efornecedores) se renovam durante determinado período de tempo (normalmente 1 ano),e conseqüentemente, o tempo de permanência dos mesmos.

Em  conjunto,  os  índices  de  rotação  visam  a  mensuração  da  duração  do  ciclooperacional,  que  envolve  desde  a  aquisição  de  matéria­prima  ou  mercadorias  ate  orecebimento das vendas. Do ciclo operacional extrai­se o ciclo  financeiro ou de caixa,fundamental para a determinação da necessidade de capital de giro.

3.4.3.1. ROTAÇÃO  DOS  ESTOQUES  DE  MERCADORIAS/PRODUTOSACABADOS (REM/PA)

Mede quantas vezes o estoque de mercadorias/produtos acabados se renovou, em media,no período, em função das vendas e das compras, no caso de mercadorias (comércio) eda produção, no caso de produtos acabados (indústria)

O  prazo  médio  de  estocagem  (PME)  indica  o  tempo,  em  media,  em  que  asmercadorias/produtos acabados permanecem estocados.

Obs.:  o  prazo  médio  pode  ser  medido  em  meses,  bastando  substituir  360  dias por  12meses.

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Interpretação: quanto maior a rotação (giro), menor o prazo médio, e, portanto melhor,pois  exige  menos  investimentos  em  capital  de  giro,  capacidade  de  armazenamento,custos/despesas operacionais e riscos de perda com produtos perecíveis ou obsoletos.

3.4.3.2. ROTAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS EM PROCESSO (REPP)

Mede quantas vezes o estoque de produtos em fabricação (inacabados) se renovou emmedia, no período, em função da produção.

O  prazo  médio  de  estocagem  (PME)  indica o  tempo,  em  media,  que  os  produtos  emprocesso permanecem estocados, ate serem transformados em produtos acabados.

Interpretação: a mesma do índice anterior.

3.4.3.3. ROTAÇÃO DOS ESTOQUES DE MATERIAS­PRIMAS (REMP)

Mede quantas vezes o estoque de matérias­primas se renovou em media, no período, emfunção do consumo na produção e das compras.

O prazo médio de estocagem (PME) indica o tempo, em media, que as matérias­primaspermanecem estocadas.

Interpretação: a mesma do índice anterior

3.4.3.4. ROTAÇÃO DO CONTAS A RECEBER (RCR)

Mede  quantas  vezes  os  valores  a  receber  se  renovaram,  em  media,  no  período,  emfunção das vendas a prazo e dos recebimentos.

O prazo médio de recebimento (PMR)  indica o tempo, em media, que decorre entre arealização das vendas a prazo e o seu recebimento.

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Interpretação: quanto maior a  rotação  (giro), menor o prazo médio, melhor, pois  maisrapidamente  ocorrem  os  recebimentos,  propiciando  disponibilidade  de  caixa  para  oatendimento de compromissos financeiros e aplicações de sobras.

3.4.3.5. ROTAÇÃO DE FORNECEDORES (RF)

Mede  quantas  vezes  os  valores  a  pagar  a  fornecedores  se  renovaram,  em  media,  noperíodo, em função das compras a prazo e dos pagamentos.

O  prazo  médio  de  pagamento  (PMP)  indica  o  tempo,  em  media,  que  decorre  entre  arealização das compras a prazo e o seu pagamento.

Interpretação: quanto maior, menor o prazo médio, pior, pois mais rapidamente ocorremos pagamentos aos fornecedores, exigindo disponibilidade de caixa.

3.4.3.6. INTER­RELAÇÃO DOS PRAZOS MEDIOS

A  partir  dos prazos  médios  abordados nos  itens  anteriores  (3.4.3.1  a  3.4.3.5)  pode­secalcular outros dois indicadores utilizados para avaliar a eficiência da gestão do capitalde giro, a saber:

CICLO OPERACIONAL: representa o período de tempo decorrido entre a compra demercadorias  (no  comercio)  ou  a  compra  de  matérias­primas  (na  indústria)  e  orecebimento  das  vendas.  Durante  esse  período  são  investidos  recursos  nas  atividadesoperacionais  da  empresa,  sem  que  ocorram  entradas  de  caixa  por  recebimentos  dasvendas.

Do  momento  da  compra  de  mercadorias,  ou  de  matérias­primas,  ate  a  data  dopagamento aos fornecedores, a empresa não precisa se preocupar com o financiamentodas operações, que esta sendo efetuado pelos fornecedores.

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CICLO FINANCEIRO  (OU DE CAIXA): representa o período de  tempo decorridoentre o pagamento aos fornecedores e o recebimento das vendas. Durante esse período aempresa  devera  providenciar  o  financiamento  das  necessidades  financeiras  exigidaspelas operações.

Quanto  maior  o  ciclo  financeiro,  mais.  recursos  próprios  e/ou  de  terceiros  (excetofornecedores)  estarão  temporariamente  sendo  utilizados  para  o  financiamento  dasatividades operacionais, provocando custos de financiamento e afetando a rentabilidade.

Graficamente,  duas  possíveis  situações,  referentes  a  empresa  comerciais,  estãoilustradas a seguir:

Na  situação  1  os  fornecedores  financiam  as  operações  durante  parte  do  período  deestocagem, e na situação 2 financiam todo o período de estocagem e parte do prazo derecebimento. A situação 2 é melhor, pois o período de utilização de recursos, exceto defornecedores, e menor.

3.4.4. INDICES DE LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE

Visam medir o rendimento obtido pela empresa em um determinado período de tempo.Baseiam­se  no  valor  de  receita  auferida  elou  no  capital  investido  na  atividadeeconômica da empresa.

3.4.4.1. INDICES DE LUCRATIVIDADE

Medem  a  eficiência  da  empresa  em  gerar  lucros  pela  realização  de  receitas.  Essesíndices já são calculados quando se efetua a analise vertical na DRE.

Interpretação: quanto maior a lucratividade, maior e a proporção de lucro nas vendas, e,portanto, melhor.

3.4.4.1.1. LUCRATIVIDADE OU MARGEM BRUTA (LB% ou MB)

Indica a porcentagem de lucro (lucro bruto) na receita liquida, após a dedução do custodos produtos/mercadorias vendidos e/ou dos serviços prestados.

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3.4.4.1.2. LUCRATIVIDADE OU MARGEM OPERACIONAL (LOp% ou MOp)

Indica a porcentagem de lucro (lucro operacional) na receita liquida após a dedução dasdespesas operacionais. Representa o "lucro bruto" ganho sobre cada R$ 1,00 de receita,pois considera apenas o lucro das operações, sem a interferência de capitais de terceirosonerosos (juros) e do governo (impostos sobre o lucro).

3.4.4.1.3. LUCRATIVIDADE OU MARGEM LÍQUIDA (LL% ou ML)

Indica a porcentagem de lucro (lucro liquido) na receita líquida após a dedução de todasas despesas e computados os resultados não  operacionais, a provisão para o imposto derenda e contribuição social e as participações e contribuições.

3.4.4.1.4. LUCRATIVIDADE MARGINAL ou MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO(LM% ou MC)

Indica  a  porcentagem  de  lucro  (lucro  marginal)  na  receita  líquida  após  a  dedução  detodas as despesas variáveis.

3.4.4.1.5. INDICE DE COBERTURA DE JUROS

Mede  a  capacidade  do  lucro  operacional  (antes  dos  juros)  de  cobrir  as  despesasfinanceiras.

Interpretação: quanto maior o índice, melhor, pois maior e a capacidade da empresa emabsorver as despesas financeiras e gerar lucro liquido.

3.4.4.2. INDICE DE RENTABILIDADE

Medem o rendimento (retorno) dos recursos aplicados na empresa durante determinadotempo.

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Interpretação:  quanto  maior  a  rentabilidade,  maior  e  a  remuneração  dos  recursosinvestidos na empresa, e, portanto melhor.

3.4.4.2.1. RENTABILIDADE DO PATRIMONIO LIQUIDO (R PL)

Mede o retorno dos recursos aplicados na empresa pelos seus proprietários.

Essa  formula,  a  fim  de  ampliar  o  poder  de  analise,  pode  ser  desmembrada  (FormulaDuPont) em:

ou seja: Lucratividade Liquida x Giro do Patrimônio Liquido.

Quanto maior a lucratividade e/ou o giro, maior a rentabilidade dos proprietários.

O  Giro  do  Patrimônio  liquido    mede  a  eficiência  com  a  qual  a  empresa  usa  o  capitalpróprio para gerar receita. Indica o número de vezes que o capital próprio foi utilizadoem função da receita realizada, em determinado período. Pode, também, ser  traduzidoem quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de capital próprio investido.

3.4.4.2.2. RENTABILIDADE DO ATIVO TOTAL (RAT)

Mede o retorno dos recursos aplicados pela empresa em seus ativos.

A formula simples também pode ser desmembrada (Fórmula DuPont), obtendo­se:

ou seja: Lucratividade Liquida x Giro do Ativo Total

O  Giro  do  Ativo  Total  mede  a  eficiência  com  a  qua1  a  empresa  usa  seus  ativos  paragerar receita. Indica quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total.

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3.4.4.2.3. RENTABILIDADE DO ATIVO OPEARACIONAL (RAO)

Mede  o  retorno  dos  recursos  aplicados  pela  empresa  ou  ativos  operacionais,  ou  seja,naqueles  que  realmente  se  destinam  a  operacionalização  da  empresa,  a  saber:  AtivoCirculante, Ativo Imobilizado e Ativo Diferido.

Por  coerência  o  lucro  considerado  na  analise  e  o  lucro  operacional,  decorrente  dasoperações da empresa.

A formula simples também pode ser desmembrada (Formula DuPont), obtendo­se:

ou seja: Lucratividade Operacional x Giro do Ativo Operacional.

O Giro do Ativo Operacional mede a eficiência com a qual a empresa usa seus ativosoperacionais para gerar receita.  Indica quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 deinvestimento em ativos operacionais.

3.4.4.2.4. SISTEMA DE ANALISE DUPONT

Desenvolvido pela DuPont Corporation, o sistema faz, em primeiro lugar, uma ligaçãoentre a lucratividade liquida (LL%) e o giro do ativo total, obtendo­se a rentabilidade doativo total (RAT).

Em  segundo  lugar, o  sistema  relaciona o RAT com o RPL,  sendo este calculado pelamultiplicação do RAT pelo multiplicador de alavancagem financeira (MAF).

O MAF é obtido pelo quociente entre o total de ativos e o patrimônio liquido, e reflete oimpacto  da  alavancagem  sobre  o  retorno  dos  proprietários  pelo  uso  de  capitais  deterceiros.

Quanto  maior  a  participação  de  capital  de  terceiros,  menor  a  de  capital  próprio  e,portanto, maior o MAF, elevando o retorno do capital próprio.

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A vantagem do sistema DuPont e que ele divide a rentabilidade do patrimônio  liquidoem três partes:

1ª ­ Lucratividade Liquida: eficiência em gerar lucro liquido pela realização de receitas2ª ­ Giro do Ativo Total: eficiência do uso dos ativos em gerar receitas.3ª ­ MAF: alavancagem da retomo dos proprietários pelo uso de capitais de terceiros.

3.4.5. INDICES DE AVALIAÇÃO DE AÇÕES

Tem como objetivo avaliar os reflexos do desempenho da empresa sobre suas ações.

3.4.5.1. LUCRO POR AÇÃO (LPA)

Indica quanto do lucro  liquido compete a cada ação. Deve­se observar que este  índicenão revela o quanto cada acionista ira efetivamente receber.

Interpretação:  quanto  maior,  melhor,  pois  significa  uma  geração  de  mais  lucros  poração, que devera refletir favoravelmente na distribuição dos dividendos aos acionistas.

3.4.5.2. PREÇO/LUCRO (P/L)

Indica o numero de períodos que o investidor  levara para recuperar o capital aplicado,mantendo­se o lucro por ação do ultimo período nos períodos futuros.

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Interpretação: quanto menor,  melhor, pois a  recuperação do capital  investido ocorreramais  rapidamente.  Entretanto,  como  o  lucro  por  ação,  de  modo  geral,  não  eintegralmente distribuído, o índice não indica, efetivamente, o período de recuperação.

3.4.5.3. VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO (VPA)

Indica quanto do patrimônio  liquido caberia a cada ação, ou seja, após a realização detodos os ativos e a liquidação de todas as dívidas.

Interpretação:  quanto  maior,  melhor,  pois  caberia  ao  acionista  uma  parcela  de  valormaior do patrimônio liquido.

3.4.5.4. RENTABILIDADE DA AÇÃO (RDA)

Mede  o  percentual  de  rentabilidade  do  investidor  obtido  no  período  (normalmente  1ano).

Interpretação: quanto maior, melhor para o acionista, pois maior e a sua rentabilidade.

3.4.5.5. DIVIDENDO POR AÇÃO (DPA)

Indica quanto foi distribuído de dividendo por ação aos proprietários

Interpretação: Quanto maior, melhor para o acionista, pois maior é a sua remuneração.

3.4.5.6. RETORNO DE CAIXA (RDC)

Mede a recuperação financeira dos investidores proporcionada pelos dividendos.

Interpretação:  quanto  maior,  melhor  para  o  acionista,  pois  mais  rápida  será  arecuperação do valor investido.

3.4.5.7. CAIXA/RENTABILIDADE DA AÇÃO (C/RDA)

Mede o quanto do lucro e reembolsado pelo investidor.

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Interpretação: quanto maior, melhor para o acionista, pois maior e a proporção do lucroreembolsado por meio de dividendos

Uma derivada da formula acima é a seguinte:

3.5. EXERCÍCIO SOBRE ANALISE ECONOMICA E FINANCEIRA

Dados sobre balanço19x0: Estoque = R$150, Contas a Receber R$ 500; Fornecedores =R$230.  Ativo  total  =  R$1.800;  Ativo  Operacional  =  R$ 1.600;  Patrimônio  Liquido  =R$680

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PEDE­SE: a­ analisar a empresa utilizando a analise vertical e horizontalb­ analisar a empresa utilizando os índices econômico­financeiros.

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4. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

A  administração  do  capital  de  giro  compreende  um  processo  de  tomada  dedecisões  permanente,  que  tem  como  objetivo  principal  a  manutenção  da  liquidez  daempresa,  ou  seja,  o  pagamento  pontual  dos  compromissos  de  curto  prazo. Entretanto,essas  decisões  também  afetam,  de  forma  conflitante,  a  rentabilidade  da  empresa,exigindo a obtenção de um equilíbrio entre uma liquidez adequada e uma rentabilidadesatisfatória.

4.1. FORMAÇÃO E CONCEITOS DO CAPITAL DE GIRO

O termo GIRO  refere­se aos  recursos de curto prazo  (circulantes ou correntes)que serão convertidos em caixa no prazo de ate um ano.

O  CAPITAL  DE  GIRO  é  representado  pelo  ativo  circulante,  compreendendo,fundamentalmente, o disponível, valores a receber e estoques. Representa, num sentidomais  amplo,  os  recursos  necessários  para  financiar  as  operações  da  empresa,  desde  aaquisição  de  matérias  primas  (indústria)  ou  de  mercadorias  (comércio)  ate  orecebimento das vendas dos produtos ou mercadorias.

O capital de giro pode ser dividido em permanente (volume mínimo para mantera empresa em condições de funcionamento) e em sazonal (necessidades adicionais quevariam durante o período)

O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO (CCL) é a diferença entre o ativo circulante(AC) e o passivo circulante  (PC),  representando  a "folga  financeira" da empresa parapagamento de suas obrigações de curto prazo.

Por outro lado, o CCL representa os recursos de longo prazo (ELP = exigível alongo  prazo)  e  permanentes  (PL  =  patrimônio  liquido)  que  financiam  os  ativoscirculantes,  ou  seja,  a  parcela  que  exceder  a  necessária  para  financiar  o  realizável  alongo prazo (RLP) mais o ativo permanente (AP).

EXEMPLO: Uma empresa possui ativos permanentes (AP) = R$10.000 e necessita deativos  circulantes  (AC)  =  R$15.000.  0s  passivos  circulantes  de  R$11.000  indicam  anecessidade  de  complementação  do  financiamento  dos  ativos  com  recursos  de  longoprazo  e  permanentes  na ordem  de  R$14.000,  dos quais R$8.000  foram  atendidos porcapital  próprio,  e  R$6.000  por  capital  de  terceiros  de  longo  prazo.  Tal  estrutura  decapitais pode ser esquematizada assim:

 ouBALANCO PATRIMONIAL

AC = 15.000 PC = 11.000

CCL ELP = 6.000

AP = 10.000 PL = 8.000

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Os  recursos  de  longo  prazo  (ELP)  mais  os  permanentes  (PL)  ultrapassaram  onecessário  para  financiar  o  AP  em  R$4.000,  permitindo  sua  utilização  para  tambémfinanciar  o  capital  de  giro  (AC).  O  excedente  desses  recursos,  denominados  n5ocorrentes, constituem o CCL.

Os passivos circulantes devem ser pagos no vencimento, através dos recursos decurto prazo que se converterão em dinheiro. Já os recursos não correntes, em parte nãoprecisam  ser  pagos  (capital  próprio),  e  em  parte  só  no  longo  prazo  (ELP).  Aopermanecerem  no  ativo  circulante,  proporcionam  a  empresa  determinada  "folgafinanceira".

Um CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO NEGATIVO – passivos circulantes maioresque os ativos circulantes – representa  insuficiência de recursos permanentes (PL) e delongo  prazo  (ELP)  para  financiar  os  recursos  aplicados  no  longo  prazo  (RLP  e  AP),sendo necessário recorrer a capital de terceiros de curto prazo para complementação.

EXEMPLO:  considerando  o  exemplo  anterior,  e  supondo  o  mesmo  PL=  R$8.000  eELP= 0, foi necessário um PC= R$17.000. A estrutura de capitais ficaria esquematizadada seguinte forma:

ou

Neste  caso  os  recursos  de  curto  prazo  são  insuficientes  para  pagar  as  obrigações  decurto prazo, comprometendo a liquidez.

CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO é um outro conceito adotado de capital de giro,apurado pela diferença entre o capital próprio e as aplicações em ativos permanentes erealizáveis a longo prazo, representando o quanto de recursos próprio esta financiando oativo circulante.

4.2. CICLO OPERACIONAL, FINANCEIRO E ECONÔMICO.

Os  ativos  circulantes  se  caracterizam  pela  conversão  de  seus  elementos  emoutros do mesmo grupo, e conseqüentes reconversões, ate a transformação em dinheiro,que será utilizado para pagar os compromissos financeiros assumidos. Exemplificando:as mercadorias ao serem adquiridas  formam o estoque; os estoques ao serem vendidostransformam­se em caixa (vendas à vista) ou em valores a receber (vendas a prazo); osvalores  a  receber  ao  serem  recebidos  transformam­se  em  disponível;  através  dasdisponibilidades pagam­se as obrigações; e assim repete­se o ciclo.

O CICLO OPERACIONAL se  inicia na aquisição de matéria prima (indústria)ou  na  compra  de  mercadorias  (comércio)  e  se  finaliza  no  recebimento  pela  venda  doproduto acabado  (indústria) ou  mercadoria  (comércio). Ele  incorpora seqüencialmente

BALANCO PATRIMONIAL

AC = 15.000 PC = 17.000

CCLAP = 10.000

PL = 8.000

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as  fases  operacionais:  produção  (ou  compras),  vendas  e  recebimentos,  conformeilustração a seguir.

PME (MP): prazo médio de estocagem de matéria prima.PMF: prazo médio de produção ou fabricação.PME (PIM): prazo médio de estocagem de produtos/mercadorias.PMR: prazo médio de recebimento.

A soma desses prazos constitui o ciclo operacional, período em que não ocorrementradas de recursos financeiros, necessitando­se de capital para financiá­lo.

O  CICLO  FINANCEIRO  (CAIXA)  abrange  o  período  compreendido  entre  odesembolso  de  caixa  no  pagamento  a  fornecedores  e  o  recebimento  pela  venda  dosprodutos/mercadorias, representando o tempo em que a empresa necessita efetivamentede financiamento.

O  CICLO  ECONÔMICO  envolve  desde  a  compra  da  matéria  prima  ou  demercadorias  ate  a  venda  dos produtos  acabados  ou  das  mercadorias,  n5o  levando  emconta os reflexos de caixa.

Ciclo operacional = PME(MP) + PMF + PME(PA) + PMRCiclo econômico = Ciclo operacional – PMRCiclo financeiro = Ciclo operacional – PMP (prazo médio de pagamento)

4.3. ESTRATÉGIAS DE FINANCIAMENTO

Se os níveis de produção/compras mercadorias e de vendas fossem constantes, aadministração  do  capital  de  giro  ficaria  facilitada  em  função  de  fluxos  regulares  derecebimentos e de pagamentos. Entretanto, muitas empresas  sofrem a  interferência defatores sazonais, provocando oscilações nos seus ativos circulantes. O volume mínimonecessário para  atender  as atividades  (capital de  giro permanente) deve ser  financiadopor recursos permanentes (PL) e de longo prazo (ELP), enquanto que o volume sazonal,compreendido  entre  o  mínimo  e  o  máximo  necessário,  depende  da  estratégia  definanciamento adotada: agressiva, conservadora ou intermediaria.

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EXEMPLO: Necessidades de recursos conforme tabela e gráfico a seguir apresentados:

NECESSIDADES DE RECURSOSATIVOSPERMANENTES

ATIVOSCIRCULANTES ATIVOS TOTAIS PERMANENTES SAZONAIS

A B C = A + B D E = C – D

Jan. 10.000 4.000 14.000 12.000 2.000Fev. 10.000 5.000 15.000 12.000 3.000Mar. 10.000 4.000 14.000 12.000 2.000Abr. 10.000 3.000 13.000 12.000 1.000Mai. 10.000 2.000 12.000 12.000 0Jun. 10.000 3.000 13.000 12.000 1.000Jul. 10.000 3.000 13.000 12.000 1.000Ago. 10.000 5.000 15.000 12.000 3.000Set. 10.000 6.000 16.000 12.000 4.000Out. 10.000 5.000 15.000 12.000 3.000Nov. 10.000 4.000 14.000 12.000 2.000Dez. 10.000 4.000 14.000 12.000 2.000MEDIA 10.000 4.000 14.000 12.000 2.000

A = CCL da alternativa agressiva = 12.000 (PP) ­10.000 (AP) = 2.000I = CCL da alternativa intermediaria = 14.000 (PP) ­10.000 (AP) = 4.000C = CCL da alternativa conservadora = 16.000 (PP) ­10.000 (AP) = 6.000

Para o cálculo dos custos financeiros anuais de cada alternativa serão utilizadasas  taxas  de  25%  a.a.  para  os  recursos  permanentes  e  15%  a.a.  para  os  recursostemporários que correspondem ao custo médio ponderado dos passivos onerosos e nãoonerosos.

MÉDIAS MENSAIS ALTERNATIVAAGRESSIVA

ALTERNATIVACONSERVADORA

ALTERNATIVAINTERMEDIARIA

a­ Recursos permanentesb­ Recursos temporáriosc­ Recursos totais (a+b)d­ Ativos totaise­ Sobras de recursos (c­d)f­ CCL (a­ ativos permanentes)

12.0002.000

14.00014.000

02.000

16.0000

16.00014.0002.0006.000

14.000417 (1)14.41714.000417 (2)

4.000

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CUSTOS FINANCEIROSg­ Recursos permanentes (25% x a)h­ Recursos temporários (15% x b)­(15% x e)i­ Custos totais (g + h)

3.000300

3.300

4.000(300) (3)

3.700

3.5000 (3)

3.500

(1) Necessidades adicionais de fev(l.000) + ago(1.000) + set(2.000) + out(1.000) = 5.000/12 = 417(2) Sobras de abr(1.000) + mai(2.000) + jun(1.000) + jul(1.000) = 5.000/12 = 417(3) As sobras são aplicadas a mesma taxa de 15% dos recursos temporários e os rendimentos abatidos dosjuros sobre os recursos temporários.

Na  alternativa  agressiva  a  empresa  mantém  recursos  permanentes  no  volumeexato ao necessário para financiar os ativos permanentes e os ativos circulantes mínimos(R$10.000+R$2.000  =  R$12.000),  devendo  as  necessidades  sazonais  (média  deR$2.000) serem financiadas com recursos temporários (curto prazo). E uma política quepermite  maior  rentabilidade  devido  aos  menores  custos  financeiros  dos  recursosutilizados  e  a  minimização  das  aplicações  em  ativos  circulantes  que  pela  naturezaconstituem  recursos  de  baixo  retorno.  Por  outro  lado  e  uma  estratégia  arriscada  emtermos de liquidez, em função do CCL ser restrito ao nível mínimo de suas necessidadese depender de créditos junto aos fornecedores e instituições financeiras.

Na  alternativa  conservadora  a  empresa  mantém  recursos permanentes  no  nívelmáximo das necessidades (R$16.000) para financiar os ativos permanentes (R$10.000)e  os  ativos  circulantes  (máximo  =  R$  6.000),  não  sendo  necessário  a  utilização  derecursos  temporários.  Por  outro  lado,  haveria  sobra  de  recursos  em  todos  os  meses,exceto  no  referente  ao  de  pico  (setembro),  que  poderia  ser  aplicada  no  mercadofinanceiro,  porém,  a  taxas  inferiores  a  dos  recursos  permanentes.  É  uma  política  quepermite  maior  liquidez  e  flexibilidade  no  uso  de  créditos  junto  a  fornecedores  einstituições financeiras, mas propicia menor rentabilidade em função de maiores custosfinanceiros e maiores aplicações em ativos circulantes (de retorno reduzido).

Na  alternativa  intermediaria procura­se  manter  um certo  equilíbrio  em  relaçãoaos objetivos de rentabilidade e de liquidez.

4.4. NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG)

Para  a  avaliação  das  necessidades  de  capital de  giro  torna­se  imprescindível  aclassificação dos ativos e passivos em permanentes, operacionais e financeiros.

Ativos permanentes (AP) =  realizável a longo prazo (RLP) + ativo permanente (AP)Ativos circulantes operacionais (ACO)   =  decorrentes  da  operacionalização  da  empresa:  valores  a

receber, estoques, adiantamentos e despesas do exercícioseguinte

Ativos circulantes financeiros (ACF) =  caixa, bancos e aplicações financeirasPassivos permanentes (PP) = exigível a longo prazo (ELP) + patrimônio liquid0 (PL)Passivos circulantes operacionais (PCO) = decorrentes  das  atividades  da  empresa:  fornecedores,

salários  e  encargos  a  pagar,  impostos  a  pagar,adiantamento de clientes e contas a pagar

Passivos circulantes financeiros (PCF) = empréstimos  bancários,  financiamentos,  duplicatasdescontadas (curto prazo)

4.4.1. DIMENSIONAMENTO DA NCG

A  necessidade de capital de giro  (NCG) e determinada pela diferença entre osativos operacionais (ACO) e os passivos operacionais (PCO).

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 ou

Quando ACO > PCO, situação mais comum, há uma NCG para a qual a empresadevera encontrar as fontes adequadas de financiamento. Se ACO = PCO, a empresa nãotem  necessidade  de  financiamento  para o  giro. Se  ACO  <  PCO,  sobram  recursos  dasatividades operacionais, que podem ser aplicados no mercado financeiro ou na expansãoda empresa.

A  necessidade  total  de  financiamento  permanente  (NTFP)  é  determinada  pelasoma  da  necessidade  de  investimentos  permanentes  (IP)  que  compreendem  o  ativopermanente (AP) e o realizável a longo prazo (RLP), com a NCG.

ou

Essa  necessidade  deve  ser  financiada  basicamente  por  passivos  permanentes,que compreendem o ELP e o PL (PP = ELP + PL), visando o equilíbrio  financeiro daempresa. Se o total dos passivos permanentes superar a NTFP, a empresa disporá de umsaldo  disponível  (SD)  positivo,  ou  seja,  sobras  de  recursos  financeiros  funcionandocomo  reserva  para  fazer  frente  a  eventuais  expansões  do  capital  de  giro.  Pode  sercalculado das seguintes formas:

ou ouou

Exemplos de estruturas patrimoniais:

EMPRESA “A” EMPRESA “B”Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Circulante Passivo CirculanteFinanceiro $40  Financeiro $30  Financeiro $30  Financeiro $ 50

Operacional $90  Operacional $90  Operacional $50  Operacional $40

Subtotal $130  Subtotal $110  Subtotal $80  Subtotal $90

Ativo Permanente $70  Passivo Permanente $90  Ativo Permanente  $120  Passivo Permanente $110

Total $200  Total $200  Total $200  Total $200

CCL = 130 (AC) ­110 (PC) = 20 CCL = 80 (AC) ­90 (PC) = ­10NCG = 90 (ACO) ­80 (PCO) = 10 NCG = 50 (ACO) ­40 (PCO) = 10NTFP = 70 (AP) + 10 (NCG) = 80 NTFP = 120 (AP) + 10 (NCG) = 1301SD = 90 (PP) ­80 (NTFP) = 10 SD = 110 (PP) ­130 (NTFP) = ­20Ou SD = 40 (ACF) ­30 (PCF) = 10 ou 30 (ACF) ­50 (PCF) = ­20

A  empresa  “A”  está  financeiramente  equilibrada,  possuindo  uma  "folgafinanceira"  de  $20  (CCL),  uma  vez  que  os  recursos  permanentes  (PP  =  ELP  +  PL)financiam os ativos permanentes e ainda sobra $20 aplicado em capital de giro. Comoesses  recursos permanentes  também superam a NTFP  (AP + NCG), a  empresa possuium  saldo  disponível  (SD)  de  R$10  para  ser  utilizado  em  eventuais  necessidadesadicionais de capital de giro.

A  empresa  "B"  apresenta  uma  situação  de  liquidez  comprometida  (CCL  =  ­R$10)  uma  vez  que  os  recursos  permanentes  (PP)  não  são  suficientes  para  suprir  osativos  permanentes,  sendo  necessário  recorrer  a  recursos  de  terceiros  de  curto  prazo.Como  esses  recursos  permanentes  são  insuficientes  para  atender  a  NTFP,  a  empresa

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possui SD = ­20 (negativo), indicando a recorrência a passivos permanentes financeiros(PCF).

Como o SD também pode ser calculado pela diferença entre o CCL e a NCG, amedida  que  a  NCG  supera  o  CCL,  o  SD  torna­se  negativo,  ficando  a  atividadeoperacional mais dependente de passivos financeiros.

4.5. CONFLITO ENTRE LIQUIDEZ E RENTABILIDADE

Enquanto  os  ativos  permanentes  proporcionam  a  estrutura  para  odesenvolvimento da atividade precípua da empresa (ex: produção na indústria) e de seuvolume,  cuja  receita  traz  os  lucros,  os  ativos  circulantes  constituem  aplicações  derecursos de baixa rentabilidade, mas necessária à execução das atividades operacionaisda  empresa.  Pode­se  dizer  que  os  ativos  permanentes  “criam  riquezas”  e  os  ativoscirculantes são “um ma1 necessário”.

Quanto  maior  o  CCL,  mais  ampla  e  a  “folga  financeira”  e  menor  o  risco  deinsolvência.  Entretanto,  essa  maior  segurança  de  liquidez  implica  em  investimentosmaiores  em  ativos  de  baixa  rentabilidade,  e  acarreta  um  custo  de  oportunidade  maiselevado  do  capital  de  giro  investido,  pressionando  negativamente  a  rentabilidade  dosrecursos aplicados.

Quanto menor o CCL, mais elevado e o risco de insolvência, porém, maior tendea ser a rentabilidade dos recursos aplicados, ao reduzir a aplicação em ativos de menorrentabilidade (ativos circulantes).

EXEMPLO:  Supor  as  estruturas  patrimoniais  e  respectivas  DRE  a  seguirapresentadas e os custos financeiros de 25% a.a. para os empréstimos de curto prazo ede 30% a.a. para o ELP.

BALANÇOS PATRIMONIAIS D.R.E.ATIVO A  B  C PASSIVO A B C A e B  C

Ativo Circulante Passivo Circulante Vendas 1.200 1.200Caixa 80 80 80 Fornecedores 90 90 90 (­) CMV 720 720Contas a Receber  100 100 100 Diversos a Pagar 20 20 20 Lucro Bruto 480 480Estoques 120 80 120 Empréstimo Bancário 80 80 120 (­) D. Oper. 250 250Subtotal 300 260 300 Subtotal 190 190 230 LAJIR 230 230

Exig. a Longo Prazo 100 100 100 (­) D. Financ. 50 (1) 60 (2)Ativo Permanente  450 450 450 Patrimônio Líquido 460 420 420 LAIR 180 170

(­) I.R. (40%) 72 68TOTAL ATIVO 750 710 750 TOTAL PASSIVO 750 710 750 Lucro Líquido 108 102(1) 80 x 25% + 100 x 30% = 50; (2) 120 x 25% + 100 x 30% = 60; RCP = rentabilidade do capital próprio

A B CCCL = 300 ­ 190 = 110 CCL = 260 ­ 190 = 70 < 110 CCL = 300 ­ 230 = 70 < 110RCP = 108/460 = 23,5% RCP = 108/420 = 25,7% > 23,5%  RCP = 102/420 = 24,3% > 23,5%

A  alternativa  “A”  apresenta  um  CCL  maior  e  uma  menor  rentabilidade,enquanto a “B” e a “C” apresentam CCL menores e rentabilidades maiores, em funçãoda  redução  nos  ativos  circulantes,  diminuindo  o  capital  próprio  (B),  ou  utilizandorecursos de terceiros de curto prazo (C), cujos custos são menores, em substituição aocapital próprio, propiciando maior rentabilidade.

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4.6. RELAÇÃO ENTRE EXPANSÃO DAS VENDAS E CAPITAL DE GIRO

As  empresas  podem  promover  uma  expansão  em  sua  capacidade  de  produção(compras)  e  vendas,  a  fim  de  obter,  através  de  economia  de  escalas,  redução  dacapacidade  ociosa  e  diluição  dos  custos  e  despesas  fixos,  aumentando,  assim,  seuslucros.

Essa  expansão  deve  ser  acompanhada  de  maior  volume  de  investimentos  emcapital  de  giro  (estoques  e  contas  a  receber,  basicamente).  Caso  isso  não  aconteça,ocorre o que se chama de overtrading, ou seja, expansão no volume de atividades sem odevido lastro de recursos para financiar as necessidades adicionais de capital de giro. ANCG cresce, superando o CCL, provocando um SD negativo.

EXEMPLO: Supor crescimento anual de 100% no volume de vendas e duas situaçõesde crescimento do CCL e NCG conforme estrutura patrimonial apresentada para cadauma.

SITUAÇÃO 1 ­ Crescimento proporcional do CCL e da NCGANO 1  ANO 2  ANO 3 ANO 1  ANO 2  ANO 3

ACF 150 300 600  PCF 100 200 400ACO 600  1.200  2.400  PCO 400 800 1.600AC 750  1.500  3.000  PC 500 1.000  2.000RLP + AP 750  1.500  3.000  ELP + PL 1.000  2.000  4.000ATIVO TOTAL 1.500  3.000  6.000  PASSIVO TOTAL  1.500  3.000  6.000

ANO 2CCL2 = 1.500 – 1.000 = 500NCG2 = 1.200 – 800 = 400SD2 = 300 – 200 = 100ou SD2 = 500 – 400 = 100

ANO 3CCL3 = 3.000 – 2.000 = 1.000NCG3 = 2.400 – 1.600 = 800SD3 = 600 – 400 = 200ou SD3 = 1.000 – 800 = 200

A situação permaneceu a mesma uma vez que a estrutura patrimonial, o CCL, aNCG  e  o  SD  aumentaram  na  mesma  proporção  (100%),  ou  seja,  o  crescimento  dosrecursos permanentes (ELP + PL) acompanhou o crescimento das NCG.

SITUAÇÃO 2 ­ Crescimento menor do CCL em relação da NCGANO 1  ANO 2  ANO 3 ANO 1  ANO 2 ANO 3

ACF 150 300 600  PCF 100 300 (+200%) 700 (+133%)ACO 600  1.200  2.400  PCO 400 800 (+100%) 1.600 (+100%)AC 750  1.500  3.000  PC 500 1.100 (+120%)  2.000 (+109%)RLP + AP 750  1.500  3.000  ELP + PL 1.000  2.000 (+90%) 4.000 (+95%)ATIVOTOTAL

1.500  3.000  6.000  PASSIVOTOTAL

1.500  3.000 (+1000%)  6.000 (+100%)

ANO 2CCL2 = 1.500 – 1.000 = 400 (+60%)NCG2 = 1.200 – 800 = 400 (+100%)SD2 = 300 – 300 = 0ou SD2 = 400 – 400 = 0

ANO 3CCL3 = 3.000 – 2.300 = 700 (+75%)NCG3 = 2.400 – 1.600 = 800 (+100%)SD3 = 600 – 700 = 100ou SD3 = 700 – 800 = 100

A reserva financeira do 1º ano (SD=50) foi utilizada no 2º ano uma vez que os recursospermanentes  cresceram  só  90%,  financiando  menos  o  capital  de  giro  provocando  um

ANO 1CCL1 = 750 – 500 = 250NCG1 = 600 – 400 = 200SD1 = 150 – 100 = 50ou SD1 = 250 – 200 = 50

ANO 1CCL1 = 750 – 500 = 250NCG1 = 600 – 400 = 200SD1 = 150 – 100 = 50ou SD1 = 250 – 200 = 50

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crescimento  no  CCL  de  apenas  60%.  Como  a  NCG  cresceu  proporcionalmente  aovolume de atividade (100%), ela se igualou ao CCL, zerando o SD.

No  3º  ano  a  NCG  cresceu  os  mesmos  100%  e  o  CCL  apenas  75%,  uma  vez  que  ocrescimento  dos  recursos  permanentes  (95%)  foi,  novamente,  inferior  ao  da  NCG,provocando, agora, um SD negativo (­100).

A  situação  2  de overtrading  provoca  o  denominado  “efeito  tesoura”,  visualizado  nográfico a seguir, em que o crescimento expressivo das vendas não e acompanhado peloadequado suporte de recursos para atender as necessidades de capital de giro, tendo querecorrer a passivos financeiros de curto prazo, tornando suas atividades dependentes damanutenção destes passivos.

4.7. NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO CALCULADO EM DIAS DEVENDAS

Durante o ciclo operacional da empresa, ha um período – ciclo financeiro (caixa) – emque  há  uma  necessidade  permanente  de  recursos  para  cobrir  os  investimentosoperacionais  não  financiados  pelos  respectivos  passivos  (operacionais),  denominadanecessidade de capital de giro (NCG).

O ciclo financeiro (caixa) possui um comportamento segmentado, que cresce a medidaque  os  custos  e  despesas  vão­se  acumulando  em  cada  fase  operacional,  cujos  prazosmédios são calculados com base em valores específicos a cada um.

Assim, o ciclo operacional deve ser representado por uma linha em escala, mostrando osacréscimos  de  investimentos  necessários,  a  medida  que  custos  e  despesas  vãoocorrendo, conforme gráfico a seguir:

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Como  o  ciclo  financeiro  (caixa)  é  o  período  de  tempo  em  que  a  empresa  precisa  derecursos para financiar o capital de giro (ativo circulante), verifica­se que existem váriospequenos  ciclos,  com  diferentes  níveis  de  financiamentos necessários,  que devem  sersomados ao inicialmente calculado.

Para se calcular um valor mais preciso da NCG, em função dos diversos prazos médios,deve­se traduzi­los em uma base comum. Para tal esses prazos médios são convertidosem prazos  médios  equivalentes,  relacionando­os  com as  vendas,  obtendo­se  um  ciclofinanceiro (caixa) equivalente.

EXEMPLO:Uma empresa industrial apresenta os seguintes dados trimestrais:

a) Vendas = R$10.800 e contas a receber m6dio = R$3.600b)  Produção:  duração  =1  dia;  estoque  médio  de  prod.  acabados  =  R$1.350;  CPV  =R$8.100c) Matéria­prima: consumo =  R$4.500; estoque médio = R$750; compras =  R$4.500;fornecedores médio = R$2.250d) MOD e CIF = R$3.600; MOD/CIF a pagar médio = R$600.e) Despesas operacionais = R$2.250; despesas operacionais a pagar médio = R$375

ATIVOS  E  PASSIVOS  OPERACIONAIS  MENSAIS  E  RESPECTIVOS  PRAZOSMEDIOS

VALOR PRAZO MEDIOContas a receberEstoques produtos acabadosEstoques matéria­primaATIVO CIRCULANTEOPERACIONALFornecedoresMOD/CIF a pagarDespesas operacionais a pagarPASSIVO CIRCULANTEOPERACIONALNCG = ACO ­ PCO

R$3.600R$1.350

R$ 750R$5.700R$2.250

R$ 600R$ 375

R$3.225R$2.475

30 dias = (3.600+10.800) x 90d15 dias = (1.350+8.100) x 90d15 dias = (750+4.500=consumo) x 90d60 dias45 dias = (2.250+4.500=compras) 90d15 dias = (600+3.600) x 90d15 dias = (375+2.250) x 90d75 dias

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FÓRMULAS :PM Recebimento= (Ctas. Rec. Médio + Vendas a prazo) x diasPM Estocagem Prod. Acab. = (Estoque Médio + CPV) x diasPM Estocagem Mat. Prima = (Estoque Médio + consumo) x diasPM Pagto.. Fornecedores = (Fornecedores Médio + 'compras) x diasPM Pagto.. MOD/CIF = (MOD/CIF a pagar Médio + MOD/CIF do período) x diasPM Pagto. Desp. Operac. = (Desp. Oper. a pagar Médio + Desp. Operac. do período) x dias

CALCULO DOS PRAZOS MEDIOS EQUIVALENTES A VENDAS

Os  prazos  médios  são  multiplicados  pelas  porcentagens  correspondentes  ao  valor  decada item no período considerado em relação ao valor das vendas no mesmo período.

PM Recebimento   = 30d x (10.800/10.800)   = 30d x 100%   = 30,000 diasPME (Prod. acab.)   = 15d x (8.100/10.800)   = 15d x 75% = 11,250 diasPME (Mat. prima)   = 15d x (4.500/10.800)   = 15d x 41,67%   = 6,250 dias

Subtotal = 47,500 diasPMP Fornecedores   = 45 x (4.500x10.800)   = 45d x 41.67%  = 18,750 diasPMP MOD/CIF = 15 x (3.600/10.800)   = 15dx 33,33%   = 5,000 diasPMP D. Operac. = 15 x (2.250/10.800)   = 15d x 20,83%   = 3,125 dias

Subtotal = 26,875 diasNCG = 20,625 dias

Comprovação: 20,625 x R$120 (vendas diárias) = R$2.475

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4.8. EXERCÍCIOS

1. Uma  indústria possui os seguintes prazos médios:  estocagem de matéria prima = 30 dias,de pagamentos de fornecedores = 45 dias, de fabricação = 10 dias, de  estocagem de produtosacabados = 15 dias e de recebimento = 30 dias. Calcular o ciclo operacional e o ciclo financeiro,e representá­los na reta do tempo.

2. Uma empresa possui ativos permanentes = R$5.000 e ativos circulantes mensais durante oano  de: R$2.000 em 1  mês, R$2.500 em 2  meses; R$2.600 em 1  mês; R$3.000 em 4  meses;R$3.500  em  2  meses;  R$3.400  em  1  mês;  e  R$4.000  em  1  mês.  Os  custos  financeiros  dosrecursos permanentes são de 30% a.a. e dos recursos temporários de 18% a.a. Calcular o CCL eos custos financeiros das alternativas: agressiva, conservadora e intermediaria, considerando quepossíveis sobras de recursos podem ser aplicados a 15% a.a.

3. Analisar as estratégias de financiamento do capital de giro das empresas X e Y, através docálculo do CCL, NCG e SD, considerando as suas estruturas patrimoniais:

ATIVOS X Y PASSIVOS X YCirculantes financeiros 200 150 Circulantes financeiros 150 250Circulantesoperacionais 350 250 Circulantes

operacionais 300 200

Permanentes 450 600 Permanentes 550 550TOTAL 1.000  1.000  TOTAL 1.000  1.000

4. Com base no Balanço Patrimonial a seguir apresentado, e considerando o LAJIR = R$.246,I.R = 40% e os custos financeiros de 20% a.a. dos passivos financeiros de curto prazo e de 25%a.a. dos empréstimos de longo prazo, pede­se:a) a redução do capital próprio em decorrência da redução nos ativos operacionais que elevaria arentabilidade do capital próprio para 24% e as implicações na liquidez.b)  a  rentabilidade  do  capital  próprio  substituindo  R$120  de  capital  próprio  por  passivosfinanceiros e as implicações na liquidez.

BALANCO PATRIMONIALAtivos financeiros 100  Passivos financeiros 80Ativos operacionais 500  Passivos operacionais 400Ativos permanentes 600  Exigível a longo prazo 120

  Patrimônio liquido 600Total ativo 1.200  Total passivo 1.200

5. Comentar as implicae6es na liquidez da empresa provocadas por uma expansão das vendas,e o respectivo gráfico do “efeito tesoura”, considerando as  mutações  estruturais ocorridas  nosanos a seguir apresentados:

ANO 1  ANO 2  ANO 3ACF 50 90 160ACO 200 360 640RLP + AP 250 450 800TOTAL 500 900  1.600

ANO 1  ANO 2  ANO 3PCF 40 110 230PCO 160 290 520ELP + PL 300 500 850TOTAL 500 900  1.600

6. Calcular a NCG em dias de vendas considerando os seguintes dados quadrimestrais:a) Vendas= R$14.400: contas a receber médio= R$3.600b) Produção=diária; estoque médio produtos acabados= R$2.700; CPV= R$10.800c)  Matéria­prima:  consumo=  R$6.000;  estoque  médio=  R$1.500;  compras=  R$6.000;fornecedores médio = R$2.250d) MOD e CIF= R$4.800; MOD/CIF a pagar médio = R$600e) Despesas operacionais= R$3.000; despesas operacionais a pagar médio= R$375.

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5. ELABORAÇÃO E ANALISE DO FLUXO DE CAIXA

O  fluxo  de  caixa,  apesar  de  constituir  uma  demonstração  financeiraimportantíssima  para  o  administrador,  não  e  divulgado  pela  empresa,  por  não  haverexigência legal.

Para  qualquer  tipo  e  tamanho  de  empresa,  o  Fluxo  de  Caixa  e  imprescindívelpara a analise da liquidez (pagamento pontual das obrigações).

Como  fluxo significa  movimento, o  fluxo de caixa corresponde ao  movimentofinanceiro ou de caixa (dinheiro).

Os principais objetivos do Fluxo de Caixa são:a­ analisar a disponibilidade monetária atual e, principalmente a  futura, a fim

de evitar situações de insolvência;b­ aplicar o excedente momentâneo dos recursos financeiros;c­ avaliar ao longo do tempo as decisões tomadas com reflexos financeiros;d­ decidir sobre políticas de recebimentos e pagamentos, ee­ avaliar o retorno de alternativas de investimentos.

5.1. DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA

Conforme a utilidade desejada, podem ser elaboradas duas demonstrações:Demonstração das Entradas e Saídas de Caixa ­DESC.Demonstração do Fluxo Liquido de Caixa ­DFLC.

A  DESC  confronta  as  entradas  (recebimentos)  e  saídas  (pagamentos)  de  caixa,evidenciando as sobras (superávit) ou faltas (déficit) de caixa, a fim de possibilitar, comantecedência, decisões de aplicar (no caso do superávit) ou tomar recursos  financeiros(no  caso  do  déficit).  Portanto  e  voltada  para  o  futuro,  devendo  abranger  a  dia­a­diaporem,  também e utilizada com dados passados para  fins de subsidiar o planejamentofinanceiro e de comparação entre o real e as previsões de caixa.

A  DFLC  permite  a  analise  das  causas  da  posição  de  caixa,  decorrente  do  impacto  dediversas variáveis, como nível de estocagem, prazos de recebimentos e de pagamentos,alterações  no  nível  de  atividades,  investimentos,  aportes  de  capital,  tomadas  ouamortizações de empréstimos, distribuição de dividendos, etc.

Enquanto  a  DESC  e  um  instrumento  operacional  do  dia­a­dia,  a  DFLC  e  uminstrumento de analise.

5.2. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA ­ DFLC.

A DFLC e elaborada a partir das demonstrações contábeis, de forma a permitir umaserie de relações e avaliações referentes a capacidade de pagamento da empresa e aadministração financeira.

Dentre as principais informações extraídas da DFLC destacam­se as referentes a:

a­ autofinanciamento das operações;

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b­ dependência de empréstimos bancários de curto prazo;c­ amortização dos empréstimos contraídos;d­ geração de recursos para manter e expandir o nível de investimentos;e­ causa das alterações na situaq2o financeira da empresa;f­ utilização do lucro gerado pelas operações;g­ distribuição de dividendos;h­ adequação do nível em tesouraria (ativos circulantes financeiros);i­ utilização dos empréstimos contraídos; ej­ habilidade  dos  administradores  na  obtenção  dos  recursos  adequados  a

aplicações.

5.3. EXEMPLO DE ELABORAÇÃO DAS DESC E DFLC.

5.3.1. COMPOSIÇÃO DA DFLC

GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA: e o resultado do exercício, ajustado por despesas nãodesembolsáveis,  e  mostra o montante de  caixa gerado pelas  atividades comerciais, ouseja, as operacionais envolvidas na apuração do resultado econômico

GERAÇÃO  OPERACIONAL  DE  CAIXA:  a  diferença  entre  os  ativos  circulantesoperacionais  e  os  passivos  circulantes  operacionais  constitui  a  NCG  (necessidade  decapital  de  giro).  Somando­se  a  variação  negativa  da  NCG  ou  subtraindo  a  variaçãopositiva da NCG, que significa o caixa gerado pelas atividades operacionais  incluindoas aplicações e fontes de recursos operacionais.

GERAÇÃO  CORRENTE  DE  CAIXA:  e  resultante  da  soma  da  variação  dosempréstimos de curto prazo a geração operacional de caixa, e significa o caixa geradopelas atividades de curto prazo.

GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA: resultante da soma ou subtração das variações dositens permanentes  (ativos permanentes e patrimônio  liquido) e dos  itens  não correntes(realizáveis  e  exigíveis  a  longo  prazo)  a  geração  corrente  de  caixa.  As  variaçõespositivas  dos  ativos  permanentes  são  subtraídas  e  as  negativas  são  somadas.  Asvariações  positivas  dos  passivos  permanentes  são  somadas  e  as  negativas  diminuídas.Significa o caixa gerado no período.

5.4. ANALISE DA GESTAO DE CAIXA

O uso da DESC para períodos já realizados requer cautela, uma vez que as entradas e assaídas  de  caixa  sempre  se  igualam.  No  caso  de  insuficiência  de  caixa,  compromissosdeixam  de  ser  pagos,  ou,  empréstimos  são  tomados,  fazendo  com  que  as  entradas  esaídas  de  caixa  sejam  equivalentes,  e,  portanto,  dificultando  a  visualização  dosdesempenhos ineficientes.

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No caso da DESC para períodos  futuros  (previstos),  essas  restrições  são diminuídas  amedida  que  se  evidenciam  os  déficits  financeiros  (saldos  negativos  de  caixa)  emdecorrência de insuficiências de caixa.

A DFLC constitui  instrumento de analise mais adequado, ao mostrar se a empresa estagerando  recursos  para  atender  suas  atividades  operacionais,  se  pode  pagar  osempréstimos de curto prazo, e  se sobram recursos para  investimentos Ou amortizaçãode  financiamento a  longo prazo. Para  isso, a analise deve ser efetuada  item a  item dademonstração.

5.4.1. REVELAÇÕES DA DFLC

O quadro  a seguir  mostra o  significado de cada  item da demonstração, o que  revela esuas utilizações:

5.4.2. NOVAS DEMONSTRAÇÕES

Para  suprir  a  carência  da  DFLC  quanto  a  movimentação  no  exercício  dos  itens  nãocorrentes,  do  CCL  e  do  capital  de  giro  próprio  (CGP),  foram  montadas  duasdemonstrações, apresentadas a seguir, denominadas: Demonstração do Capital de Giro(DCG) e Demonstração da Movimentação do Capital de Giro (DMCG).

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5.4.3. COMENTARIOS SOBRE A GESTÃO DE CAIXA – EXEMPLO

Pelo DESC:Os pagamentos totalizaram R$ 8.960, dos quais 69% referem­se a fornecedores (6.185).Sem  computar  os  financiamentos  de  longo  prazo  de  R$  160,  os  recursos  seriaminsuficientes (déficit de R$40), porem seriam cobertos pelo saldo inicial de R$ 100.

Pelo DFLC:O resultado do exercício foi um prejuízo de R$500, porem ajustado pelas despesas nãodesembolsáveis (depreciação), provocou uma geração bruta de caixa de R$100.

A NCG reduziu­se em R$285 (13,6% em relação ao ano X0) propiciando um aumentode caixa e uma geração operacional de caixa de R$ 385 (R$ 285 + R$ 100). Embora osvalores  a  receber  decorrentes  das  vendas  a  prazo  aumentaram  em  R$  230,  foramcompensados pela redução nos estoques de R$ 215 e pelo aumento de financiamentospelos fornecedores de R$300.

Com a geração operacional de caixa seria possível amortizar 96% dos empréstimos decurto  prazo  de  R$  400,  ou  financiar  97%  dos  investimentos  líquido  em  ativospermanentes de R$ 395  (necessidades  menos os  aportes de capital pelos proprietáriosdiminuídos dos dividendos pagos).

Optou­se  em  amortizar  R$ 30  dos  empréstimos  de  curto  prazo  e  o  restante  (R$  355)financiar  9O0/0  dos  investimentos  líquidos,  não  sobrando  recursos  para  amortizar  osfinanciamentos  de  longo  prazo  de  R$  500.  Estes  foram  incrementados  em  R$  160,desnecessários, uma vez que o saldo inicial de caixa de R$ 100 seria possível cobrir odéficit de R$40 (geração corrente de caixa de R$355 menos os  investimentos líquidosde R$395) e resultar R$60 de saldo final.

Com os  financiamentos a  longo de R$ 160,  a geração  liquida de caixa  foi de R$ 120(R$160 ­R$ 40 de déficit), elevando­se o saldo final de caixa para R$ 220 (inicial de R$100 + R$ 120).

Pela DCG e DMCG:Como houve redução da NCG (R$285), não foi necessário ampliar o seu financiamentocom  recursos  permanentes  (próprio  mais  de  longo  prazo).  Ao  contrario,  eles  sereduziram em R$135 (redução do C.C.L.), redução essa aumentada para R$165 com aamortização de R$ 30 de empréstimos de curto prazo. A soma da redução do CCL coma amortização do empréstimo de curto prazo diminuiu as disponibilidades  financeiras,aumentadas pela redução da NCG.

A  causa  principal  da  diminuição  dos  financiamentos  permanentes  foi  o  prejuízo  doexercício  de  R$500,  agravado  pelo  pagamento  de  R$200  de  dividendos  e  amenizadacom o  ingresso de R$ 150 de capital próprio,  resultando numa redução do patrimôniolíquido de R$ 550.

Essa  redução  foi  compensada  pelo  decréscimo  do  ativo  permanente  em  função  dadepreciação ter sido maior que a aquisição de novos ativos (R$ 600 ­ R$ 345 = R$ 255),representado prejuízo econômico e não financeiro, e pelo financiamento de longo prazode R$160.

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Assim, a  variação do saldo de  tesouraria  foi de  R$ 120  (R$ 285 de  redução da NCGmenos R$165 de redução do financiamento permanente).

5.4.4. CONFRONTO ENTRE DOAR E DFLC

Inicialmente a DOAR é reproduzida em  linguagem compatível com a DFLC, a  fim decompará­las entre si: colocando­as lado a lado pode­se verificar as diferenças entre elase que, como a DFLC compreende todos os dados da DOAR mais a variação da NCG eempréstimos de curto prazo, ela e mais completa.

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5.5. EXERCÍCIO: DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, CAPITAL DE GIROE FLUXO DE CAIXA

A seguir estão relacionadas as contas patrimoniais e respectivos saldos finais em 31 dedezembro dos anos 1 e 2, referentes a uma empresa comercial.

Durante o ano 2 ocorreram os seguintes fatos:a) as vendas brutas totalizaram R$ 6.500, as devoluções e descontos de vendas R$ 200

e os impostos sobre vendas R$1.300 (ICMS, PIS e COFINS)b) o  custo  das  mercadorias  vendidas  (CMV)  foi  de  R$  3.000,  incidindo  sobre  as

compras 19% de IPI e 7% de ICMSc) as despesas operacionais totais foram de R$ 1.580, compreendendo as comerciais e

administrativas =  R$ 1.420  (incluindo  R$ 100  de depreciação)  e  as  financeiras =R$160;

d) no inicio do ano foi vendido por R$ 80, a vista, um ativo imobilizado contabilizadono valor de R$ 125 e com depreciação acumulada = R$25;

e) os impostos sobre a renda correspondem a 40% do lucro antes do imposto de renda;f) o aumento de capital foi de R$200, sendo R$ 150 integralizados em dinheiro e R$

50 com lucros acumulados;g) as reservas de lucros constituídas no final do ano foram de R$ 30 e os dividendos a

serem distribuídos no valor de R$ 180.

I  ­  Com  base  nos  dados  fornecidos,  elaborar  as  demonstrações  financeiras:  BalançoPatrimonial dos Anos 1 e 2, Demonstração do Resultado do Ano 2, Demonstração dasMutações do Patrimônio Liquido do Ano 2, e Demonstração das Origens e Aplicaçõesde Recursos do Ano 2.

II ­ Analisar a situação da empresa quanto ao capital de giro; calcular a NCG em dias devendas  e  elaborar  o  gráfico  do  "efeito  tesoura",  considerando,  também,  os  seguintesdados:a) para o Ano 0 : CCL = R$230, NCG = R$180, e SD = R$50b)  para  o  Ano  1  :  vendas  brutas  menos devoluções e  descontos = R$ 5.000;  total  deimpostos  a  pagar  =  R$  960;  CMV  =  R$2.400;  compras  =  R$  2.700;  despesasadministrativas e comerciais (sem depreciação) = R$ 1.000; e dividendos a distribuir =R$80

III ­ Elaborar as demonstrações do fluxo de caixa (DESC e DFLC) do Ano 2, bem comoda  demonstração  do  Capital  de  Giro  ­  DCG  e  Demonstração  da  Movimentação  doCapital de Giro ­ DMCG, e analisar os resultados

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6. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO

A analise do ponto de equilíbrio possibilita verificar as alterações no lucro provocadaspor variações nas receitas, custos e despesas.

Contabilmente,  o  ponto  de  equilíbrio  e  o  volume  de  vendas  onde  o  lucro  será  zero.Acima  do  ponto  de  equilíbrio  o  volume  de  vendas  proporciona  lucros  crescentes  eabaixo prejuízos cada vez maiores.

6.1. ELEMENTOS ENVOLVIDOS

Os elementos envolvidos na analise do ponto de equilíbrio são:a) quantidades vendidas e respectivos preçosb) custos e despesas fixas e variáveis.

6.1.1. VOLUME DE PRODUÇÃO E VENDAS

O ponto de equilíbrio, conhecido por analise das relações custo­volume­lucro, não levaem  conta  a  formação  de  estoques,  pressupondo  que  toda  a  produção  é  vendida  noperíodo.

6.1.2. CONCEITO DE VARIABILIDADE DE CUSTOS/DESPESAS

De acordo com o conceito de variabilidade, os custos/despesas podem ser classificadosem: fixos, variáveis e semi­variáveis.

Fixos:  permanecem  constantes  dentro  de  certo  intervalo  de  tempo  (mês),independentemente das variações no volume de produção e vendas. Exemplo: alugueis,salários e encargos de modo geral, materiais de escritório, iluminação, depreciação, etc.

Variáveis: aumentam e diminuem diretamente proporcional as alterações no volume deprodução  e  vendas.  Exemplo:  matérias­primas,  mão­de­obra  direta,  comissões  devendas, energia industrial, impostos sobre vendas, custo de mercadorias vendidas, etc.

Semi­variáveis: não são fixos porque variam, porem não são variáveis por não variaremna mesma proporção. Contem uma parte fixa e outra variável, que devem ser separadase  incluídas  nas  categorias  anteriores,  para  efeito  de  analise  do  ponto  de  equilíbrio.Exemplo: salário de vendedores, energia da fabrica, etc.

6.2. DRE CONFORME CUSTEIO DIRETO OU MARGINAL

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A  diferença  entre  o  preço  de  venda  (p)  e  o  custo/despesa  variável  unitário  (v)  edenominada lucro marginal unitário ou margem de contribuição unitária (LMU).

6.3. TIPOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO

A  analise  do  ponto  de  equilíbrio  pode  ser  efetuada  em  relação  ao  lucro  operacional(LAJI) ou ao  lucro antes do  imposto de renda (LAIR), obtendo­se  respectivamente ospontos de equilíbrio operacional e contábil (total).

Ponto  de  equilíbrio  operacional  (PEO):  corresponde  a  quantidade  de  vendas  (q)  queproporciona  um  LAJI  igual  a  zero,  ou  seja,  em  que  as  receitas  totais  se  igualam  asdespesas operacionais, excluindo as despesas financeiras. Assim:

Como , onde

O PEO pode ser calculado em valor de vendas, substituindo­se o lucro marginal unitário(LMU)  pela  lucratividade  marginal  (%  do  lucro  marginal  em  relação  ao  valor  de

vendas), e multiplicando­se por "p" os 2 membros da igualdade: , temos:

,  onde

Ponto de equilíbrio contábil ou total (PEC): corresponde a quantidade de vendas (q)que proporciona um LAIR igual a zero, ou seja, em que as receitas totais se igualam asdespesas totais, incluindo as operacionais e as financeiras. Assim, e considerando DFO+ DFF = DFT

Como , onde

O PEC pode ser calculado em valor de vendas, substituindo­se o lucro marginal unitário(LMU)  pela  lucratividade  marginal  (%  do  lucro  marginal  em  relação  ao  valor  de

vendas). Multiplicando­se por "p" os 2 membros da igualdade: ,temos:

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,

onde

EXEMPLO: Uma empresa vende um produto por R$100. Os custos/despesas variáveispor  unidade  são  de  R$60,  as  despesas  fixas  operacionais  =  R$8.000  e  as  despesasfinanceiras = R$2.000. Calcular o PEO e PEC

6.3.1. PONTOS DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO

Considerando  o  retorno  do  capital  próprio  desejado  pelos  proprietários,  as  empresasdevem  operar  com  lucro,  necessitando  atingir  um  determinado  nível  de  vendas,  quecorresponde ao ponto de equilíbrio econômico.

Ponto de equilíbrio  econômico  (PEE): corresponde a quantidade ou valor de vendasque  proporciona  um  determinado  lucro  (LAIR)  desejado,  ou  seja,  em  que  as  receitastotais são iguais as despesas totais mais o lucro desejado. Assim:

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Como , onde

Analogamente, , onde

EXEMPLO: Considerando o exemplo anterior e um lucro liquido desejado de R$1.320,calcular o PEE (Imposto de renda = 40%)

Outros pontos de equilíbrio, denominados financeiros, podem ser calculados:

Ponto de equilíbrio financeiro parcial (PEFP): corresponde à quantidade ou valor devendas em que as receitas totais são iguais as despesas desembolsáveis totais. Assim, deforma análoga aos cálculos anteriores temos:

, onde

Ponto  de  equilíbrio  financeiro  total (PEFT):  idem  ao  anterior,  porém  somando  asdespesas desembolsáveis totais as amortizações de empréstimos. Portanto:

, onde

EXEMPLO: Considerando o exemplo anterior, alem de despesas não desembolsáveis deR$1.600 (depreciação) e amortização de empréstimos de R$2.400, calcular os pontos deequilíbrio financeiros.

6.4. PONTOS DE EQULÍBRIO COM DIVERSOS PRODUTOS

A determinação dos pontos de equilíbrio somente será valida se:

a) todos os produtos possuem lucros marginais unitários iguais; oub) todos os produtos possuem a mesma lucratividade marginal; ouc) a participação de cada produto nas vendas totais permanece constante.

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Situação a: Se os produtos apresentarem o mesmo lucro marginal unitário, o cálculo doponto de equilíbrio poderá ser efetuado como se fosse um 6nico produto.

EXEMPLO: Dois produtos, A e B, possuem o mesmo lucro marginal unitário = R$10.As despesas fixas totais são iguais a R$10.000.

Qualquer composição de vendas que  resulte em  1.000 unidades  representa o ponto deequilíbrio, uma vez que os lucros marginais unitários são iguais.

Situação  b:  Se  os  produtos  apresentarem  lucros  marginais  unitários  diferentes,  mastaxas de lucratividade marginal  iguais, o ponto de equilíbrio poderá será calculado, emvalor de vendas, como se fosse um único produto.

EXEMPLO: Dois produtos, A e B, possuem lucratividade marginal = 40%. As despesasfixas totais são iguais a R$10.000.

Qualquer  composição  de  vendas  que  resulte  em  R$  25.000  representa  o  ponto  deequilíbrio, uma vez que as lucratividades marginais são iguais.

Situação  c:  Se  os  produtos  apresentarem  lucros  marginais  unitários  e  lucratividadesmarginais diferentes, o ponto de equilíbrio poderá será calculado, em quantidade ou emvalor  de  vendas,  considerando  o  lucro  marginal  unitário  ou  a  lucratividade  marginalmédios  ponderados.  Portanto  esse  cálculo  só  será  valido  se  a  participação  de  cadaproduto nas vendas totais for constante.

EXEMPLO: Dois produtos, A e B, possuem  lucros marginais unitários = R$7 e R$9,respectivamente, sendo vendidos na proporção de 1 para 2, ao mesmo preço de vendaunitário de R$20 . As despesas fixas totais são iguais a R$13.800.

Ou

Qualquer  alteração  na  composição  de  vendas  entre  A  e  B  modifica  o  ponto  deequilíbrio. Supondo uma participação nas vendas de 50% de cada produto, o ponto deequilíbrio se modifica para:

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Ou

6.5. HIPOTESES BASICAS PARA ANALISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO

A análise do ponto de equilíbrio somente e valida considerando as seguintes hipóteses:a) o preço de venda não se altera com modificações no volume de vendas;b) o nível geral de preços permanece constante;c) o conceito de variabilidade dos custos e despesas é valido;d) a eficiência e a produtividade permanecem constantes;e) ha um  intervalo relevante de validade da analise,  fora do qual os custos e despesas se

alteram.

6.6.   MARGEM DE SEGURANCA (MS)

A margem de segurança corresponde a redução nas vendas reais para atingir o ponto deequilíbrio  contábil.  Embora  possa  ser  medida  pela  diferença,  em  quantidades  ou  emvalor, entre as vendas reais e as vendas no ponto de equilíbrio, normalmente e calculadaem  percentual,  que  representa  a  redução  máxima  nas  vendas  para  não  se operar  comprejuízo.

EXEMPLO:  Uma  empresa  vende  mensalmente  500  unidades  a  R$20  cada  uma,  comuma  lucratividade  marginal  de  45%.  As  despesas  fixas  totais  são  iguais  a  R$3.600.Calcular a margem de segurança.

Portanto uma redução nas vendas de R$2.000, ou de 100 unidades ou de 20% faz comque  a  empresa  atinja  o  ponto  de  equilíbrio.  Uma  redução  superior  implicara  emprejuízo.

Observação: o conceito e calculo da  margem de segurança podem ser utilizados paratodos os pontos de equilíbrio abordados.

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6.7. EXERCÍCIOS

1. Uma empresa  vende um  produto  por  R$70 a  unidade,  sendo  as despesas  variáveispor  unidade  iguais  a  R$40  e  as  despesas  fixas  totais  R$24.000  por  mês,  das  quaisR$3.000  são  despesas  financeiras.  Calcular  os  pontos  de  equilíbrio  operacional  econtábil ou total.2. As vendas mensais de uma empresa  são de R$15.000 e as despesas  fixas  totais deR$4.200. As mercadorias são vendidas por R$ 50 cada, com uma lucratividade marginalde 35%. Pede­se:a) Calculo e gráfico do ponto de equilíbrio contábil em valor e em quantidade;b) Se  as  vendas  fossem  de  R$  18.000  mensais,  qua1  deveria  ser  a  lucratividademarginal para obter lucro líquido = R$936?(Imposto de renda = 40%)

3. O gráfico representa o ponto de equilíbrio de uma empresa que vende 500 unidadespor mês a R$60 cada uma, cujas despesas variáveis são de R$40 reais por unidade e asdespesas fixas totais de R$8.000 mensais. Pede­se:

a) Calcular o ponto de equilíbrio contábil e indicá­lo no gráfico;b) Calcular o LAIR e assinalar o segmento que o representa no gráfico;c) Calcular a MS e assinalar no gráfico os segmentos que a representam.

4. Uma  empresa  apresenta  os  seguintes  dados  mensais:  vendas  =  2.000  un.  a  R$50cada;  despesas  variáveis  =  R$35  cada;  despesas  fixas  totais  =  R$24.000,  sendoR$20.400  administrativas  e  comerciais,  e  R$3.600  financeiras.  As  despesasadministrativas  e  comerciais  incluem  R$6.000  de  depreciação.  Amortização  deempréstimos = R$3.000, e imposto de renda = 40%. Pede­se:a) Calcular os pontos de equilíbrio operacional e contábil e representá­los graficamente;b) Calcular os pontos de equilíbrio financeiros;c) Qual o volume de vendas que permitiria um lucro liquido = R$4.140.5. Um produto e vendido por R$160 a unidade, com lucratividade marginal de 37,5%.As despesas fixas totais são iguais a R$60.000 e o lucro líquido desejado e de R$ 3.600,considerando o imposto de renda de 40%. Pede­se:a) O volume de vendas para obter o lucro desejado.b) Supondo que as vendas mensais atinjam apenas 1.000 unidades, qua1 a redução nasdespesas fixas totais para se obter o lucro desejado?c) Supondo manter as mesmas despesas fixas totais, qua1 a lucratividade marginal quepossibilitaria obter o lucro desejado vendendo 1.000 unidades?6. Uma  empresa  vende  3  produtos  (A,  B  e  C)  por  R$  30,  R$  40  e  R$  20  cada  um,respectivamente.  As  despesas  fixas  totais  são  de  R$  15.300  e  as  lucratividadesmarginais  de:  A  =  30%;  B  =  35%  e  C  =  40%.  As  vendas,  em  quantidade,  sãoconstituídas, em media, de 40% de A, 30% de B e 30% de C. Pede­se:a) Calcular o ponto de equilíbrio contábil em quantidade e em valor;b) Recalcular o ponto de equilíbrio contábil, caso as participações nas vendas fossem:A= 30%; B = 30% e C = 40%c) Recalcular o ponto de equilíbrio contábil, caso as participações nas vendas fossem:A= 30%; B = 40% e C = 30%.

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7. ANALISE DA ALAVANCAGEM

Alterações  nos níveis de  receitas provocam  nos  resultados das empresas  modificaçõesrelevantes, em função da estrutura de despesas existentes, especificamente, das despesasfixas.  Aumento  nas  receitas  ocasiona  uma  elevação,  proporcionalmente  maior  nosresultados, assim como o inverso ocorrera, se houver uma redução nas vendas.

Analogamente,  o  retorno  do  capital  próprio  pode  ser  aumentado,  ou  diminuído,  emfunção  do  custo  e  volume  do  capital  de  terceiros  oneroso  (empréstimos  efinanciamentos)  utilizado  pela  empresa.  Custos  inferiores  ao  retorno  propiciado  pelaempresa (sem considerar o uso de capitais de terceiros onerosos) elevam o retorno dosproprietários, assim como custos superiores o reduzem. O grau de alteração no retornodos proprietários será proporcional ao volume de capital de terceiros oneroso aplicadona empresa.

Ao  estudo  desses  efeitos  denominamos,  genericamente,  de  alavancagem,  eespecificamente, de acordo com o objeto de analise, de alavancagem sobre os resultadose alavancagem sobre o retomo do capital próprio.

7.1. ALAVANCAGEM SOBRE OS RESULTADOS

A  analise  da  alavancagem  sobre  os  resultados  se  baseia  na  mesma  relação  entre  asdespesas  e  o  volume de  vendas,  abordada  na  analise do  ponto  de  equilíbrio,  valendo,portanto, as observações e limitações.

A alavancagem sobre os resultados ocorre em função da maior ou menor absorção dasdespesas  fixas  pelo  volume  de  vendas,  resultando,  respectivamente,  em  aumentos  oudiminuições, proporcionalmente maiores nos lucros.

Considerando a separação das despesas fixas operacionais das despesas financeiras, quedecorrem do uso ou não de empréstimos e financiamentos, a analise desta alavancagemse processa em três estágios, com as seguintes denominações: alavancagem operacional,alavancagem financeira e alavancagem combinada.

7.1.1. ALAVANCAGEM OPERACIONAL

A  alavancagem  operacional  considera  apenas  as  despesas  fixas  operacionais,  queconstituem o apoio da alavanca, sobre a qua1 incide a força exercida pela alteração nasreceitas,  resultando  no  acréscimo  ou  decréscimo  no  lucro  operacional  (LAJI  =  lucroantes dos juros e do imposto de renda).

Os  efeitos  da  alavancagem  operacional,  portanto,  resultam  da  existência  das  despesasoperacionais  fixas, que permanecem constantes dentro de certos  intervalos de variaçãodas  vendas.  Um  aumento  nas  vendas  propiciam  maior  diluição  das  despesas  fixas,  e,conseqüentemente,  aumento,  em  maiores  proporções,  no  LAJI.  No  caso  inverso,  umaredução nas vendas propiciara reduções maiores no LAJI, que transformara em prejuízose a redução nas vendas ultrapassarem o ponto de equilíbrio operacional (PEO)

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Grau de alavancagem operacional (GAO): mede os efeitos provocados sobre o LAJIpor  variações  nas  vendas,  tendo  como  base  um  nível  especifico  de  vendas.  Pode  sercalculado pelas seguintes formulas:

ou

ou ainda

Onde:  q = quantidade de vendasp = preço unitário de vendasv = despesa variável unitáriaDFO = despesas fixas operacionais

Risco do negocio: esta re\acionado com as alterações do LAJI, uma vez que qualquervariação positiva ou negativa nas vendas provocara um acréscimo ou decréscimo GAOvezes no LAJI. No caso de decréscimo, o  lucro marginal poderá  ser  insuficiente paracobrir  as  despesas  fixas operacionais,  comprometendo  a  rentabilidade e  a  liquidez  daempresa.  Quanto  maior  o  GAO,  maior  o  risco  do  negocio,  pois  a  empresa  estariaoperando próximo do ponto de equilíbrio operacional (PEO).

7.1.2. ALAVANCAGEM FINANCEIRA

Os empréstimos e financiamentos contraídos pela empresa ocasionam, periodicamente,de  acordo  com  o  regime  de  competência,  despesas  financeiras,  que  são  fixas,  poisdependem  da  composição  das  fontes  de  financiamento  e  não  do  nível  de  produçãovendas.

A  ocorrência  de  despesas  financeiras  fixas  faz  com  que  as  alterações  do  LAJIcorrespondam variações, proporcionalmente, maiores no LAIR (lucro antes do impostode renda), e, conseqüentemente, no LL (lucro  liquido), uma vez que o IR (imposto derenda) é função (%) do LAIR.

Assim,  alavancagem financeira pode ser definida como a capacidade de utilização dasdespesas financeiras fixas para maximizar os efeitos das variações do LAJI no LAIR ouno lucro liquido. Se o LAJI aumentar o LAIR e o LL aumentarão mais ainda, porém seo LAJI diminuir, a redução no resultado serão mais acentuadas, podendo transformar olucro liquido em prejuízo.

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Grau de alavancagem financeira (GAF): mede os efeitos provocados sobre o LAIR eo lucro liquido pelas variações ocorridas no LAJI, sendo este o ponto de referência parao  cálculo  das  variações,  considerando  um  nível  especifico  de  vendas  associado  asdespesas operacionais. Pode ser calculado pelas seguintes formulas:

Ou

Risco  financeiro:  esta  relacionado  com  a  incapacidade  do  LAJI  cobrir  as  despesasfinanceiras. Um GAF próximo a 1  indica pouca influencia das despesas  financeiras naapuração  do  LAIR  e  do  LL.  Um  GAF  elevado  indica  a  ocorrência  de  despesasfinanceiras expressivas, implicando em maior risco financeiro para a empresa. No casodo  LAJI  diminuir,  em  função  de  redução  nas  vendas,  alem  do  resultado  poder  seconverter em prejuízo, a  liquidez poderá ficar comprometida, pois os recursos geradospelas  operações  da  empresa  não  serão  suficientes  para  pagar  os  compromissosassumidos.

7.1.3. ALAVANCAGEM COMBINADA

Todas as empresas estão sujeitas a alavancagem operacional em função de  incorreremem despesas operacionais  fixas, e quase  todas, por apresentarem despesas  financeiras,não estão imunes a alavancagem financeira. Assim sendo, na pratica as empresas estãosujeitas  aos  efeitos  conjugados  dessas  alavancagens,  denominadas  de  alavancagemcombinada ou total.

A alavancagem combinada pode ser  interpretada como a capacidade de utilização dasdespesas  fixas  totais  –  operacionais  e  financeiras  –  para  maximizar  o  efeito  dasvariações nas vendas sobre o LAIR e o lucro liquido.

Grau  de  alavancagem combinada  (GAC):  mede  os  efeitos  das  despesas  fixas  totaissobre  o  LAIR  e  o  lucro  liquido,  por  variações  nas  vendas.  Pode  ser  calculado  pelasseguintes fórmulas:

Ou

Ou

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7.1.4. EXEMPLO  DE  ANALISE  DA  ALAVANCAGEM  SOBRE  OSRESULTADOS

O aumento de 10% no volume de  vendas provocou um aumento no LAJI de 40% ouseja, 10% x 4 (GAO). O LAJI aumentando em 40% ocasionou um aumento no LAIR eno LL de 60%, ou seja, 40% x 1,5 (GAF). Combinando os efeitos, o aumento de 10%nas vendas refletiu em um aumento de 60% no LAIR e no LL, ou seja, 10% x 6 (GAC).

Considerando a redução no volume de vendas de l0%, verifica­se os efeitos contrários.O LAJI sofreu um decréscimo de 40%, ou seja (­10%) x 4 (GAO), e o LAIR e o LL de60%, ou seja (­40%) x 1,5 (GAF) ou, combinando os efeitos, (­10%) x 6 (GAC).

Com  base  nesses  graus  de  alavancagem,  uma  redução  nas  vendas  de  16,67%provocariam  no  LAJI  um  decréscimo  de  66,7%, ou  seja,  (­16,67%)  x  4  (GAO),  e  noLAIR e no LL de 100%, ou seja,  (­66,7%) x 1,5 (GAF) ou, combinando os efeitos, (­16,67%)  x  6  (GAC).  Uma  redução  nas  vendas  superior  a  16,67%  provocara  prejuízoliquido.

7.1.5. EXERCÍCIOS

1. Uma  empresa  vende  mensalmente  900  unidades  a  $10  cada  uma,  com  urnalucratividade  marginal de 40%.  As despesas  fixas operacionais  são de $ 2.160por mês, e as financeiras de $540. Supondo o imposto de renda = 40%, pede­se:

a­ Calcular os graus de alavancagem e explicar o significado de cada um;b­ O impacto nos resultados provocados por um aumento no volume de vendas de

15%;c­ Idem, por uma redução no volume de vendas de 25%.

2. A DRE de uma empresa comercial apresenta os seguintes dados mensais: vendasliquidas = $80.000; CMV = $38.000; despesas operacionais (sem as financeiras)=  $30.000,  sendo  $6.000  variáveis  e  $24.000  fixas;  despesas  financeiras  =$4.800; e imposto de renda = 40%. Pede­se:

a­ Calcular os graus de alavancagem e explicar os efeitos nos resultados no caso daredução de 20% no volume vendas.

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b­ Caso as vendas mensais se estabilizem em $70.000, qua1 a redução nas despesasoperacionais  fixas e nas despesas  financeiras, para que a empresa mantenha osmesmos graus de alavancagem anteriores.

7.2. ALAVANCAGEM  FINANCEIRA  SOBRE  O  RETORNO  DO  CAPITALPRÓPRIO

Uma outra forma de alavancagem pode ser calculada, no sentido de permitir a avaliaçãodos elementos que interferem na composição da taxa de retorno dos recursos investidospelos  proprietários,  denominada  alavancagem  financeira  sobre  o  retorno  do  capitalpróprio.

A  partir  da  taxa  de  retorno  dos  recursos  investidos  nos  ativos,  da  taxa  de  custo  dospassivos  onerosos  e  da  taxa  de  retorno  do  capital  próprio,  pode­se  avaliar  com  queeficácia foram utilizados os recursos aplicados nos ativos, quanto custaram os recursosoriundos  de  empréstimos  e  financiamentos,  e  se  os  proprietários  foram  ou  nãobeneficiados.

Grau  de  alavancagem  financeira  (GAF):  mede  o  efeito  da  utilização  de  capitais  deterceiros onerosos sobre o retorno do capital pr6prio. Pode ser calculado pelas seguintesformulas:

Onde:

Ou

onde:   RAT = retorno sobre o ativo totalCPO = custo passivo onerosoPO = passivo onerosoPL = patrimônio liquido

O  CPO  é  calculado  pelo  quociente  entre  as  despesas  financeiras  liquidas  (despesasfinanceiras menos a respectiva redução do imposto de renda) e o passivo oneroso.

DFinL = Despesas financeiras (1 ­ taxa do imposto de renda)Se o GAF = 1, não houve alteração no retorno sobre o capital próprioSe o GAF >1, o uso de empréstimos e financiamentos propiciou um ganho, aumentandoo  retorno  sobre  o  capital  próprio,  por  apresentar  um  custo  menor  que  o  retornoproporcionado pelos ativos.

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Se o GAF <1, o uso de empréstimos e financiamentos acarretou uma perda, diminuindoo  retorno  sobre  o  capital  próprio,  por  apresentar  um  custo  maior  que  o  retornoproporcionado pelos ativos.

Exemplo simplificado: supor três situações distintas de resultados, em função do custodo capital de terceiros oneroso, comparadas com uma situação base em que todo capitale próprio (sem capital de 3° oneroso), e considerando a estrutura de capitais da empresaconstituída  de  $1.000  de  capital  próprio  e  $1.000  de  passivo  oneroso  (capita1  deterceiros oneroso). A soma dos dois capitais resulta no ativo total (AT) = $2.000.

Situação 1: como o CPO (6%) foi menor que o RAT (12%), o retomo do capital própriofoi multiplicado por 1,5 (GAF), passando de 12% (sem cap. de 3º oneroso) para 18%.Situação2: como o CPO (12%)foi igual ao RAT (12%), o retomo do capital próprio nãose alterou.Situação3:  como  o  CPO  (18%)  foi  maior  que  o  RAT  (12%),  o  retorno  do  capitalpróprio  foi  reduzido  para  a  metade  (GAF  =  0,5),  passando  de  12%(sem  cap.  de  3°oneroso) para 6%.

Observação: à medida que se utiliza mais ou menos capital de terceiros onerosos, o graude  alteração  no  retorno  do  capital  próprio  (situações  1  e  3)  aumenta  ou  diminui,respectivamente.

7.2.1. RECLASSIFICAÇÕES E AJUSTES

Para  se  processar  uma  analise  da  alavancagem  financeira  mais  realística,  deve­seinicialmente refinar os dados apresentados no balanço patrimonial e na demonstração doresultado do exercício, para, em seguida, se calcular corretamente as taxas de retorno edo custo do passivo oneroso.

Reclassificação das contas patrimoniais

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a­ O  saldo  das  duplicatas  descontadas  deve  ser  agregado  aos  empréstimos  efinanciamentos,  formando  o  valor  total  do  passivo  oneroso  causador  dasdespesas financeiras;

b­ O  valor  médio  mantido  como  reciprocidade  bancaria  deve  ser  deduzido  dasdisponibilidades  e  dos  passivos  onerosos,  a  fim  de  eliminar  parcela  ociosa  doativo,  e  reduzir o  saldo do passivo oneroso para o cálculo  mais realista de  seucusto.

c­ Os  passivos  não  onerosos  devem  ser  subtraídos  dos  ativos  circulantes,  poisnormalmente,  constituem  fontes de  financiamento de curto prazo do capital degiro.

Separação do cálculo do imposto de renda

a­ Inicialmente  o  imposto  de  renda  deve  ser  calculado  sobre  o  lucro operacional(sem despesas financeiras), e dele subtraído, para se obter o lucro liquido geradopelas atividades da empresa (LL s/ DF), mediante o uso de seus ativos, como senão houvesse capital  de  terceiros oneroso. Esse  lucro  liquido será utilizado nocalculo do RAT.

b­ As despesas financeiras, por serem dedutíveis, provocam redução do imposto derenda  que  seria  devido  caso  elas  não  ocorressem.  Assim,  o  valor  do  custo  dopassivo  oneroso  será  o  valor  das  despesas  financeiras  subtraído  do  respectivoimposto de renda (DFinL)

c­ O  lucro  liquido  (LL)  que  ira  remunerar  o  patrimônio  liquido  (RPL)  será  ocalculado  computando­se  as  despesas  financeiras  ocorridas  em  decorrência  douso de passivo oneroso.

Ajustes nos saldos patrimoniais iniciais

Os saldos iniciais do ativo total (AT), do passivo oneroso (PO) e do patrimônio liquido(PL) devem ser ajustados a fim de se obter os valores corretos a serem relacionados como LLs/DF, DFinL e LL.

Para  tanto,  é  necessário  computar  as  alterações  ocorridas  nos  referidos  saldospatrimoniais, ponderando esses  valores pelo  tempo de permanência durante o períodoconsiderado, a saber:

a­ O passivo oneroso (PO) será acrescido por novos empréstimos e financiamentose  subtraídos  pelas  amortizações.  Os  juros  a  pagar  incorporados  ao  passivodevem ser desconsiderados, a fim de não deturpar os cálculos.

b­ O  patrimônio  liquido  (PL)  será  acrescido  por  integralizações  de  capital  esubtraído  pela  distribuição  de  dividendos  intermediários.  Não  devem  serconsideradas as alterações decorrentes do resultado do exercício.

c­ O  ativo  total  (AT)  reflete  as  alterações  no  passivo  oneroso  e  no  patrimônioliquido mencionados (AT=PO+PL).

7.2.2. CALCULO DAS RELAÇÕES ENVOLVIDAS NA ANALISE

Após as devidas reclassificações e ajustes efetuam­se os cálculos a seguir apresentados:

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Grau de alavancagem financeira (GAF): baseado nas considerações efetuadas, passa aser calculado pelas seguintes formulas, devidamente ajustadas:

Onde

Ou

7.2.3. EXEMPLO AMPLIADO DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA

Observações:a) os empréstimos bancários foram contraídos no meio do ano 2;b) os financiamentos de longo prazo foram obtidos no inicio do ano 2;c) no  ano  1  não  ocorreram  integralizações  de  capital  e  nem  pagamento  de

dividendos extras,d) no inicio do ano 2 ocorreu um aumento de capital de $1.000, em dinheiro.

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AJUSTES DOS SALDOS INICIAISPassivo oneroso ajustado:ANO1 = $2.000 + $600 = $2.600 (manutenção dos empréstimos e financiamentos)ANO2 = $2.600 + $1.500 x 0.50 (contraído no meio do ano) + $2.000 (inicio do ano) =$5.350

Patrimônio liquido ajustado:ANO1 = $5.000 (não houve integralizações e nem dividendos extras)ANO2 = $6.000 + $1.000 (integralização de capital no inicio do ano) = $7.000

Ativo total ajustado:ANO1 = $2.600 (POA) + $5.000 (PLA) = $7.600ANO2 = $5.350 (POA) + $7.000 (PLA) = $12.350

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7.3. EXERCÍCIO SOBRE O PONTO DE EQUILÍBRIO E ALAVANCAGEM

3 –INFORMAÇÕES ADICIONAISa­ Os empréstimos e financiamentos foram contraídos no inicio de abril do ano 2.b­ No meio do ano 2 os proprietários integralizaram $4.000 de capitalc­ Os  custos  variáveis  de  produção  correspondem  a  35%  do  valor  de  venda  liquida,  e  oscustos fixos anuais totalizam $12.300.d­ As  despesas  operacionais  incluem:  financeiras  de  $4.000,  variáveis  de  $2.100  e  fixas  de$5.400e­ IPI = 20%; ICMS + PIS + CONFINS = 16%PEDE­SE:

a) Calcular  os  pontos  de  equilíbrio:  operacional,  contábil  ou  global  e  econômico(lucro liquido desejado = $3.000) e representá­los graficamente

b) Calcular os graus de alavancagem sobre os resultados e utilizá­los para explicaros efeitos de uma redução nas vendas de 15%.

c) Analisar o impacto na rentabilidade, provocado pelo uso do capital de terceirosoneroso,  utilizando  os  cálculos  de  alavancagem  financeira  sobre  o  retomo  docapital próprio.

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8. CUSTO DE CAPITAL

Os  investimentos  em  ativos  fixos  (permanentes)  devem  ser  financiados  com  recursospermanentes que integram a estrutura de capital da empresa, formada por:

• Empréstimos a longo prazo;• Colocação de ações no mercado;• Lucros não distribuídos aos acionistas;

O custo de capital corresponde a media ponderada das taxas de custo das diversas fontesde financiamento a longo prazo que integram a estrutura de capital da empresa.

O  custo  de  capital  e  usado  para  selecionar  investimentos  de  capital  que  aumentem  ovalor do acionista. E a taxa de retorno que uma empresa deve obter sobre seus projetosde  investimentos para manter o valor de mercado de suas ações. Ele também pode serconsiderado como a taxa a de retorno exigida pelos fornecedores de capital do mercado.

8.1. CUSTO DOS EMPRESTIMOS A LONGO PRAZO ­ DEBENTURES

Vamos  supor  a  emissão  de  certa  quantidade  de  debêntures,  a  serem  resgatados  em  5anos, envolvendo os seguintes valores unitários:

O  deságio  é  conseqüência  da  imposição  do  mercado  que  considerou  insuficientes  os12,6% anuais de juros. Ao aplicar $900 e não $1.000, os juros passaram a representar,para os aplicadores, 14% a.a. ($126 + $900).

O custo anual da emissão para a empresa corresponderá a taxa de desconto que aplicadaao fluxo de pagamentos anuais de juros, incluindo o valor de resgate de $ 1.000 no finaldo 5° ano, resultara no valor atual de 840 (valor efetivamente recebido pela empresa).

Como as despesas financeiras são dedutíveis do imposto de renda, devemos multiplicaros 19,61%  por  (1  ­  ir), onde  ir  corresponde  a  alíquota  do  imposto  de  renda  incidentesobre o lucro tributável. Se ir = 40%, o custo liquido será igual a 19,61%x (1 ­0,40) =11,766% a.a.

8.2. CUSTO DAS AÇÕES PREFERENCIAIS

As  ações  preferenciais  poderão  ter  direito  apenas  a  um  dividendo  fixo  anual,  semnenhuma outra  participação  sobre  o  lucro  remanescente  que  pertencera  aos  acionistasordinários. Não ha  incidência do  imposto de  renda, pois os dividendos saem do  lucroliquido.

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Valor de colocação da ação preferencial no mercado = $1000(­) Despesas com o lançamento das ações (6% de $1.000)  = $ 60Valor liquido recebido pela empresa ($ 1.000 ­$60) = $ 940Dividendo preferencial fixo por ação (I3% de $1.000)   =$ 130Custo anual das ações preferenciais ( $130 + $940) 13,83%

O  custo  da  ação  preferencial  e  o  quociente  entre  o  dividendo  da  ago  preferencial  e  ovalor  liquido  recebido  pela  empresa  pela  colocação  das  ações  preferenciais.  O  valorliquido representa o valor de lançamento menos as despesas correspondentes.

8.3. CUSTO DAS AÇÕES ORDINARIAS

Baseia­se nas seguintes suposições:

1. O  valor  da  aq3o  no  mercado  corresponde  ao  valor  atual  dos  seus  dividendosfuturos que deverão ser pagos por um período de tempo ilimitado.

2. A  taxa de crescimento dos  lucros e dividendos será constante, num período detempo infinito.

3. A taxa de desconto utilizada para calcular o valor atual dos dividendos  futurosrefletira o grau de risco a empresa pelos investidores.

O custo da ação ordinária e, normalmente, a taxa utilizada para descontar os dividendosprevistos,  sendo  função do  retorno  livre de  risco, ajustada de acordo como o  risco daempresa.

Existem duas técnicas para medir o custo da ação ordinária:

1. O  modelo  de  avaliação  com  crescimento  constante  nos  lucros  e  dividendos(Modelo de Gordon); e

2. O modelo de precificação de ativos financeiros, também conhecido como CAPM(Capital Asset Pricing Model).

8.3.1. MODELO  DE  AVALIAÇÃO  COM  CRESCIMENTO  CONSTANTE(MODELO DE GORDON)

O modelo de Gordon baseia­se na premissa de que o valor de uma ação e igual ao valorpresente do fluxo de todos os dividendos futuros, os quais, se presume, crescem a umataxa constante, ao longo de um período de tempo infinito.

O  modelo  básico  de  avaliação  de  ações,  que  considera  o  crescimento  zero  dosdividendos  (dividendos  constantes),  tem  como  cálculo  do  valor  da  ação  a  seguinteequação.

, onde

Po= valor da ação ordináriaDi = dividendo esperado no final do ano tKs= retorno exigido da ação (custo da ação)

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Como o modelo de crescimento zero presume dividendos constantes, a equação anteriorfica reduzida a:

, onde  e, portanto

Com o crescimento constante dos dividendos a uma  taxa g, o valor da ação ordináriapassa a ser calculado da seguinte forma:

Simplificando a equação  e , onde:

Po= valor da ação ordináriaDt = dividendo esperado no final do ano 1ks= taxa de retorno exigida sobre a açãog = taxa de crescimento constante dos dividendos

EXEMPLO:  Calcular  o  custo  da  ação  ordinária,  sabendo­se  que  o  valor  demercado=$100, o dividendo previsto para o ano 1=$15; e a taxa de crescimento anualverificada nos últimos anos = 3%.

8.3.2. MODELO DE PRECIFICACAO DE ATIVOS FINANCEIROS (CAPM)

O  risco  de  ativos  financeiros  pode  ser  decomposto  em  dois  elementos:  riscodiversificável e risco não diversificável.

RISCO  DIVERSIFICAVEL  ou  NAO  SISTEMATICO:  representa  a  parcela  do  riscoque  pode  ser  eliminada  pela  diversificação.  Decorre  de  eventos  que  afetam  cadaempresa  de  maneira  especifica,  tais  como  greves,  ações  judiciais,  alterações  nalegislação, perda de clientes importantes, etc.

RISCO NAO DIVERSIFICAVEL OU SISTEMATICO: decorre de fatores que afetamtodas  as  empresas,  tais  como  inflação,  incidentes  internacionais  e  eventos  políticos.Pode ser avaliado em relação ao risco de uma carteira diversificada de todos os ativosfinanceiros, comumente chamada de carteira do mercado, ou simplesmente o mercado.

O modelo CAPM liga o risco sistemático de um ativo ao retorno de todos os ativos quecompõem a carteira de mercado. A medida do grau de conformidade de retorno de umativo  com  o  retorno  do  mercado  e  dada  pelo  índice  de  risco  não  diversificável,denominado COEFICIENTE BETA, que representa um índice do grau de alteração doretorno de um ativo, em resposta a uma mudança no retorno do mercado.

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Pode­se calcular o coeficiente beta de um ativo analisando os seus  retornos históricosem relação aos retornos do mercado, baseado num amplo índice de todos os ativos comrisco. Como o índice global e de difícil mensuração, costuma­se utilizar o retorno médiode uma amostra de ativos.

Estatisticamente,  beta  é  a  covariância  do  retorno  de  um  titulo  individual  com  o  dacarteira que representa o mercado, dividida pela variância do retorno dessa carteira.

O modelo CAPM descreve o relacionamento entre a taxa exigida pelos investidores oucusto  da  ação  ordinária  (ks)  e  os  riscos  não  diversificáveis  da  empresa  representadospelo coeficiente beta, como segue:

ks = Rf + b. (km ­Rf), onde :ks = retorno exigido para o ativo (custo de ações ordinárias)Rf = taxa de retorno exigido do ativo  livre de risco, que geralmente é mensurada peloretorno sobre os títulos governamentais.b = coeficiente betakm =taxa media de retorno do mercado.

Dessa  forma, pode­se distinguir duas partes: a  taxa  livre de  risco = Rf e o prêmio derisco = b(km ­Rf). A diferença é chamada de prêmio de risco do mercado, que ajustadocom o beta correspondente resulta no premio de risco do ativo.

Como  o  coeficiente  beta  quantifica  o  grau  de  reação  do  ativo  ao  comportamento  domercado, temos:

Beta  =  2,0:  a  ação  apresenta  um  risco  sistemático  maior  do  que  o  do  mercado.  Se  omercado desvalorizar 10%, a ação desvalorizara o dobro da desvalorização do mercado.O mesmo acontecera no caso de valorização.

Beta = 1,0: o comportamento da ação e igual ao do mercado.Beta = 0,5: o risco sistemático da ação corresponde a metade daquele apresentado pelaação. Valoriza ou desvaloriza menos que a carteira de mercado. (50%)

EXEMPLO: a empresa apresenta um coeficiente beta de 1,5; a taxa livre de risco e de6% e a taxa media de retorno do mercado e de 14%. 0 custo da ação (retorno esperado)será de:

O prêmio de risco do mercado e de 8%, ou seja, 14% ­6% e o prêmio de risco da açãode 12%, ou seja, 1,5 x 8% .

No caso de uma desvalorização do mercado de 10% teremos:

• redução do mercado de 14% para 12,6%, ou seja, de 1,4% (10% de 14%)• custo da ação = ks = 6% x 1,5(12,6% ­6%) = 6% + 9,9% → ks = 15,9%• portanto, a redução da ação  será de 18% para 15,9% , ou seja, de 2,1% (1,5 x

1,4%)

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8.4. CUSTO DE EMISSAO DE NOVAS AÇÕES ORDINARIAS

O modelo de GORDON permite computar diretamente o custo de colocação das novasações  no  mercado,  constituído  pelas  comissões  pagas  a  instituição  financeira  quepromove o lançamento, outras despesas e pela diferença entre a cotação atual e o preçode lançamento, através da seguinte formula:

, onde:

kn = custo para a empresa da nova emissãof = taxa de deságio e despesasDl = dividendo por ação esperado no ano 1Po = preço corrente da açãog = taxa anual de crescimento nos lucros e dividendos

EXEMPLO: o mesmo utilizado para ilustrar o modelo de Gordon, acrescentando a taxade deságio = 10% do preço corrente da ação e $7 de despesas e comissões.

8.5. CUSTO DE LUCROS RETIDOS

Os  lucros  retidos  correspondem  a parcela  do  lucro  liquido  que  não  foi  distribuída.  Aretenção de lucros e vista como uma aplicação dos recursos nas atividades da empresa auma taxa de retorno compatível com a de mercado, portanto, corresponde ao custo deoportunidade suportado pelos acionistas.

Para  a  empresa  a  retenção  corresponde  a  uma  nova  emissão  de  ações  ordináriasintegralizada  instantaneamente  e  sem  nenhuma  despesa  de  colocação.  Assim,  o  custodos lucros retidos e igual ao custo das ações ordinárias já visto anteriormente (kr = ks)

8.6. CUSTO MEDIO PONDERADO DE CAPITAL ( CMePC)

O  CMePC  reflete  o  futuro  custo  médio  esperado  dos  recursos  da  empresa,  a  longoprazo. E  encontrado ponderando­se o custo de cada  tipo especifico de capital por  suaproporção  na  estrutura  de  capital  da  empresa,  de  tal  forma  que  a  soma  dos  pesoscorresponda a 1,0 ou a 100%, conforme exemplo a seguir:

CAPITAIS PESOS (%) CUSTOANUAL (%)

CUSTOPONDERADO (%)

Empréstimos  a  longo  prazo(debêntures) 20 13 2,6

Ações preferenciais 35 16 5,6Ações ordinárias 30 18 5,4Lucros retidos 15 18 2,7

100 16,3

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O custo de capital constitui uma função do montante de financiamento e da composiçãodas  fontes  dos  recursos.  Alterando  o  volume  de  financiamentos  ou  a  proporção  dasfontes,  devem­se  calcular  as  novas  taxas  especificas  de  custo  e  o  novo  custo  médioponderado de capital.

8.7. EXERCICIOS

1. Uma  empresa  emitiu  $500.000  de  debêntures  (valor  nominal),  a  seremresgatados em 5 anos, com um deságio  na colocação de 6% e despesas com  aemissão de 8%. Os  juros anuais estabelecidos  foram de 10%. Calcular o custoanual dos debêntures para a empresa antes e após o imposto de renda = 40%.

2. Com  relação  ao  exercício  7.1,  supondo  que  o  custo  máximo  desejado  dosdebêntures fosse de 7,5% a.a., após o imposto de renda, qua1 deveria ser a taxaanual de juros estabelecida para remunerar os debenturistas?

3. Ações  preferenciais,  no  montante  de  $200.000,  foram  colocadas  no  mercadocom  dividendos  estabelecidos  em  13%  a.a.  As  despesas  com  lançamento  dasações foram de $15.000. Calcular o custo anual das ações.

4. Calcular o custo da ação ordinária de uma empresa, considerando um  valor demercado  =$150,  dividendo  previsto  para  o  primeiro  ano  de  $21  e  a  taxa  decrescimento de 2% a.a.

5. Com base no exercício anterior (7.4) calcular o valor do dividendo previsto parao 1° ano, caso se desejasse um custo da ao = 15% a.a.

6. Calcular o custo da ação ordinária de uma empresa, considerando a taxa livre derisco = 8% a.a., o retorno médio de mercado = 13% a.a. e o coeficiente beta = 2.Assinalar o prêmio de risco do mercado e o premio de risco da ação.

7. Uma desvalorização do mercado de 15% provocaria que redução no retorno daação, considerando os dados do exercício 7.6?

8. Uma empresa pretende emitir novas ações ordinárias de valor nominal = $100,com um deságio de 5% e despesas de lançamento de 7% sobre o valor nominal.O  dividendo  esperado  para  o  1°  ano  =  $13,20,  com  uma  taxa  de  crescimentoconstante = 2,5% a.a. Calcular o custo dessa emissão.

9. Calcular o custo médio ponderado de capital de urna empresa, cuja estrutura dacapitais e respectivos custos anuais estio apresentados a seguir:

Ações ordinárias Açõespreferenciais

Empréstimos Debêntures

Valor do capital  $200.000 $100.000 $150.000 $50.000Custo anual 22% 20% 18% 16%

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9. POLÍTICA DE DIVIDENDOS

Uma  das  principais  decisões  financeiras  a  ser  tomada  pelas  empresas  refere­se  adefinição de urna política de distribuição de dividendos.

Para  a  definição  de  urna  política  mais  adequada  de  dividendos,  e  necessário  oconhecimento  da  legislação  brasileira,  notadamente  no  que  concerne  ao  dividendomínimo e obrigatório.

9.1. ASPECTOS BASICOS DA POLÍTICA DE DIVIDENDOS

O  estabelecimento  de  urna  política  de  dividendos  torna­se  mais  complexa,fundamentalmente, no momento em que a empresa abre seu capital como reflexo de seucrescimento.  Nessa  nova  posição,  as  decisões  relativas  aos  dividendos  não  são  maistomadas  por  um  reduzido  numero  de proprietários;  deve­se  buscar  um  consenso  maisamplo que envolva as inúmeras e diferentes expectativas do mercado acionário.

A  definição  de  uma  política de  dividendos  envolve  basicamente  urna  decisão  sobre  olucro liquido da empresa:

­ rete­lo, visando ao reinvestimento em sua própria atividade; ou­ distribuí­lo, sob a forma de dividendos em dinheiro aos acionistas.

Em resumo, o que se procura definir e a porcentagem do lucro liquido a ser distribuídaaos acionistas, que constitui o índice de payout de uma empresa:

Quanto maior for esse índice, menor será a proporção de recursos próprios, provenientesda retenção de lucros, utilizada pela empresa em sua atividade. Baixos índices de payoutsignificam elevada importância a opção de reter lucros como fonte de financiamento.

Conseqüentemente,  pode­se  admitir  que  a  opção  entre  reter  (reaplicar)  e  distribuir  oslucros pode ser vista como urna decisão de financiamento de urna empresa, quer para assuas atividades como para os programas de investimentos.

Entretanto, existem alguns critérios básicos que podem orientar a política de dividendoscomo decisão de financiamento. Assim, as decisões de reter ou distribuir  lucros devemestar condicionadas as seguintes observações:

­  os  acionistas  concordarão  em  postergar  o  recebimento  de  dividendos,  se  asoportunidades de investimentos na atividade da empresa prometerem um retorno acimada  taxa  mínima  exigida,  isto  e,  quando  o  valor  presente  dos  dividendos  futuros  formaior  que  o  valor  presente  dos  rendimentos  oriundos  de  aplicações  externas  dosdividendos que seriam recebidos no momento atual.­ maior rentabilidade por aplicações externas,  fora do âmbito da atividade da empresa,os acionistas optarão por receber os dividendos.

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Outros fatores, ainda, poderão influenciar na decisão de payout de urna empresa, como:as condições de  liquidez para o pagamento dos dividendos; a eventual preferência dosacionistas por dividendos correntes ao invés de dividendos futuros (risco); a necessidadede retenção de lucros ao adotar o critério de preços por reposição etc.

Uma política de dividendos considerada ótima é aquela que conjuga, da melhor  formapossível, o volume a ser retido pela empresa (e reinvestido) e aquele a ser distribuído.

Uma maneira de avaliar o acerto de uma política de dividendos e estudar a evolução dacotação  das  ações  da  empresa  em  Bolsa  de  Valores.  Se  alterações  na  política  dedividendos provocar queda no valor de suas ações no mercado secundário, elas podemsignificar  indícios  de  avaliação  negativa  dos  acionistas,  o  que  implica  em  revisar  asalterações  processadas.  Em  caso  contrario,  a  política  fixada  estará  de  acordo  com  asexpectativas dos acionistas.

Em  suma,  uma  política  de  dividendos  deve  ser  traçada,  em  última  analise,  visando  àmaximização da  riqueza  (patrimônio) dos acionistas. Teoricamente,  a decisão de  reteros  lucros  deve  ser  tomada  somente  quando  as  oportunidades  de  investimentos  nosnegócios  da  empresa  forem  economicamente  mais  atraentes  do  que  as  alternativas  adisposição  os  acionistas.  Em  caso  contrario,  os  resultados  retidos  serão  consideradosociosos, e devem ser distribuídos aos acionistas.

9.2. RELEVÂNCIA E IRRELEVANCIA DOS DIVIDENDOS

Um aspecto bastante controvertido na área de finanças refere­se a se os dividendos sãoou não relevantes para os acionistas de uma empresa,  influenciando ou não o preço demercado de suas ações.

No  Brasil,  de  acordo  com  Assaf  Neto,  a  aplicação  pratica  de  modelos  e  estudospublicados é desprezada pelas empresas e pouco usada pelos  investidores em geral. Apar dessa situação precária, alia­se, ainda, a legislação vigente no pais que estabelece opagamento de um dividendo  mínimo obrigatório, e  não permite que essa decisão  flualivremente por meio de decisões da administração da empresa e de seus acionistas.

Basicamente, podem ser apontadas duas grandes correntes de pensamento com relação arelevância ou irrelevância da distribuição dos dividendos:

­ a tese defendida por Modigliani e Miller e seus seguidores, supõem que a fixação doíndice de payout da empresa  não afeta a  riqueza dos seus proprietários, o que torna aretenção  ou  distribuição  dos  lucros  irrelevantes  para  o  objetivo  de  maximização  dopatrimônio dos acionistas.­os  adeptos  dos  argumentos  contrários  a  corrente  liderada  Modigliani  e  Miller,acreditam  que  os  acionistas  se  preocupam  com  a  forma  pelo  quais  os  lucros  sãorepartidos (retidos ou distribuídos) afetando o preço de mercado da ação.

Os principais  argumentos  favoráveis  a  relevância dos dividendos para a determinaçãoda riqueza dos acionistas são:

­ como a retenção dos lucros baseia­se na expectativa futura de maiores dividendos, e aopção de distribuição envolve a certeza de  seu  recebimento no presente, os acionistas

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são  levados  a  atribuir  diferentes  graus  de  risco  a  essas  decisões,  afetando  o  valor  demercado das ações. Como forma de eliminar maiores riscos, os acionistas poderão optarpor dividendos correntes.­ a preferência por uma política de estabilidade na distribuição de dividendos pode levara  um  crescimento  no  valor  das  ações,  em  razão  dessa  pratica  reduzir  o  risco  doacionista.­a presença de custos de corretagem nas negociações que envolvam ações no mercadode  capitais  pode  trazer  duas  conseqüências  à  política  de  dividendos.  Por  um  lado,poderá  tornar­se oneroso  para  um  acionista  vender  ações quando  necessitar  de  algumfinanciamento,  sendo  preferível  receber  os  dividendos  em  dinheiro.  Por outro  lado,  aretenção de lucros como forma de financiamento próprio da empresa costuma ser maisbarata que a emissão de novas ações, devido as despesas de emissão. Em conseqüência,uma distribuição de dividendos acima de certos limites poderá  trazer custos adicionaisna captação suplementar de recursos no mercado acionário.­a  tributação brasileira  incide sobre os resultados decorrentes da venda das ações combase na alíquota de 20%, enquanto que os dividendos recebidos não estão sujeitos aoimposto de renda.

9.3. OUTRAS CONSIDERAÇÕES PARA A DEFINICAO DE UMAPOLÍTICA DE DIVIDENDOS

Ao  definir  sua  política  mais  adequada  de  dividendos,  a  empresa  deve  levar  emconsideração o estudo de alguns aspectos adicionais, dentre eles:

• Alternativas de investimentos: quando as alternativas de aplicações de recursosem ativos forem suficientemente rentáveis (maiores que os acionistas poderiamauferir em outras aplicações), a retenção de lucros para reinvestimento pode serjustificada. Em caso contrario, os lucros devem ser distribuídos.

• Liquidez: as empresas em boa situação econômica (rentáveis) podem apresentarlimitações financeiras em pagar os dividendos, devidos, por exemplo, a um altograu de  imobilização se seus recursos. Maior distribuição de dividendos, sem adevida cobertura de financiamentos, pode comprometer a liquidez da empresa.

• Fontes  externas  de  financiamento:  quanto  melhores  forem  as  condições  deacesso  da  empresa  a  fontes  alternativas  de  financiamento  (empréstimosbancários, emissão de debêntures etc.), maior será o seu potencial em distribuirdividendos.

• Investimentos  circulantes:  crescentes  necessidades  de  investimentoscirculantes, aliados a elevados custos dos recursos de terceiros onerosos, levam aempresa a sacrificar o volume de dividendos como forma mais rápida e barata definanciar suas necessidades de capital de giro.

• Inflação:  a  necessidade  de  repor  os  valores  monetários  dos  investimentoscirculantes  corroídos  pela  inflação  restringem  o  valor  da  distribuição  dedividendos.  Por outro  lado,  as decisões  de dividendos baseadas  nos  resultadoscontábeis  legais,  expressos  em  valores  nominais,  poderão  distorcer  odesempenho da empresa, principalmente se o  lucro distribuído for maior que oseu valor real (deduzido dos efeitos inflacionários).

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9.4. DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS NO BRASIL

A  legislação  societária  no  Brasil  diz  que  as  ações  preferenciais  podem  ter  direito  apreferência a um dividendo mínimo ou a um dividendo fixo, que podem ser cumulativosou  não.  Cumulativos  são  os  que,  se  não  pagos  num  exercício  por  falta  de  lucro,acumulam­se para pagamento futuro assim que houver resultado positivo suficiente. Osnão acumulativos só são pagos nos exercícios em que ha resultado suficiente.

Dividendo preferencial fixo: não usual no Brasil, ao contrario de outros países, implicaque o acionista não tem direito a participar dos lucros remanescentes após o pagamentodesse dividendo fixo. E normalmente definido em unidades por ação, automaticamentecorrigível a cada ano.

Dividendo  preferencial  mínimo:  muito  utilizado  no  Brasil,  é  um  valor  que  pode,  acritério da empresa, ser aumentado em cada ano, podendo ou não ser determinado comoo  preferencial  fixo,  ou  fixado  com  base  em  um  percentual  sobre  o  valor  nominal  daação, ou sobre o valor total do capital preferencial.

A definição de dividendo preferencial é dada pelo estatuto da sociedade anônima, comatenção à lei das S.A (Lei n° 8404), como por exemplo ao § 2° de sue artigo 17.“Salvo disposição em contrario do estatuto, o dividendo prioritário não é acumulativo, aação  com  dividendo  fixo  não  participa  dos  lucros  remanescentes  e  a  ação  comdividendo mínimo participa dos lucros distribuídos em  igualdade de condições com asordinárias, depois de a estas assegurado dividendo igual ao mínimo”

O pagamento do dividendo preferencial  fixo ou mínimo e uma exigibilidade violenta,desde  que  exista  lucro.  Somente  a  Reserva  Legal  pode  impedir  o  pagamento.  Jamaisoutras reservas podem ser criadas em detrimento desses dividendos preferenciais, e nãoimportando se o lucro é formado com ou sem a conseqüente disponibilidade de caixa.

9.4.1.  DIVIDENDO MÍNIMO OBRIGATÓRIO

A Lei das S.A., no artigo 202, trata do dividendo mínimo obrigatório que se caracterizacomo  valido  para  todos  os  acionistas,  ou  seja,  estende­se  aos  ordinários.  Essa  leidetermina  que  o  estatuto  da  própria  sociedade  por  ações  e  quem  estabelece  qual  aparcela do lucro que se converte em dividendo obrigatório.

A lei, via esse mesmo artigo, determina que se o estatuto for omisso, ou não atender àprecisão e minúcia dispostas na legislação, fica determinada a seguinte formula: metadedo lucro liquido do exercício, após os seguintes ajustes:

• menos a importância destinada a reserva legal• menos a destinada as reservas para contingências• menos a destinada a reserva de lucros a realizar• mais a importância revertida de reservas para contingências• mais a importância revertida de lucros a realizar.

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Se  o  estatuto  da  companhia  for  omisso  com  relação  à  distribuição  de  dividendos  e  aassembléia  de  acionistas  decidir  disciplinar  norma  sobre  a  matéria,  o  dividendoobrigatório não poderá ser inferior a 25% do lucro liquido ajustado.

Uma companhia fechada pode simplesmente não distribuir o dividendo obrigatório, oudistribuir o dividendo obrigatório, ou distribuir um valor  inferior ao mínimo estatuído,desde  que  todos os  acionistas  presentes  a  assembléia  geral  ordinária  concordem  comisso.

O dividendo pode deixar de ser obrigatório se os órgãos da administração informarem àassembléia geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia(aberta ou fechada). Eles serão registrados como reserva especial e,  se não absorvidospor prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser pagos como dividendo assim queo permitir a situação financeira da companhia.

Novamente salienta­se que todas as situações assinaladas e que implicam em redução ounão pagamento dos dividendos, não se aplicam aos acionistas preferenciais, cujo direitode  receber  os  dividendos  fixos  ou  mínimos,  inclusive  os  atrasados,  se  cumulativos,continua valido.

9.4.2. EXEMPLO DE CALCULO DOS DIVIDENDOS A PAGAR

O dividendo mínimo obrigatório definido no estatuto de uma companhia é de 25% dolucro liquido ajustado, e seu capital de R$5.000.000 é composto de:

Ações Capital40.000 ações preferenciais com dividendo mínimo de 8% a.a. de seu capital R$ 2.000.00060.000 ações ordinárias R$ 3.000.000

O  lucro  liquido  do  exercício  foi  de  R$700.000;  as  reservas  constituídas  no  exercícioforam: reserva legal =R$35.000, reserva para contingências = R$200.000 e reservas delucros  a  realizar  =  R$305,000;  e  a  reversão  de  reservas  de  lucros  a  realizar  foi  deR$200.000.

1­ Calculo do lucro liquido ajustadoLucro liquido do exercício R$ 700.000(­) Reserva legal constituída R$ 35.000(­) Reserva para contingência constituída R$ 200.000(­) Reserva de lucros a realizar constituída R$ 305.000+ Reversão de reserva de lucros a realizar R$ 200.000Lucro liquido ajustado R$ 360.000

2­ Calculo do dividendo mínimo obrigatório25% de R$360.000 (lucro liquido ajustado) R$ 90.000sendo:

40% para as preferenciais R$ 36.00060% para as ordinárias R$ 54.000

3­ Calculo do dividendo total mínimoPara os acionistas preferenciais: 8% deR$2.000.000 R$160.000

Para os acionistas ordinários: R$ 54.000Dividendo total mínimo: R$214.000

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Como  as  preferenciais  têm  um  mínimo  pre­estabelecido  maior  que  o  calculado,prevalece  aquele  (R$  160.000  e  não  R$  36.000).  Logo,  só  ha  a  obrigatoriedade  dedividendos para os acionistas ordinários, conforme calculado (R$54.000).

9.5. BONIFICAÇÕES

A bonificação e representada normalmente pela distribuição de novas ações aos atuaisproprietários  (acionistas)  de  uma  empresa.  Essas  ações  são  emitidas  na  incorporação,autorizada pela assembléia dos acionistas, de reservas ao capital social da empresa.

A participação do acionista mantêm inalterada, em termos relativos, podendo ele dispor,no entanto, de um volume físico maior de ações em sua carteira.

EXEMPLO:Capital social (500.000 ações x R$ 10) R$ 5.000.000Reservas R$ 3.000.000Lucros acumulados R$ 2.000.000

Patrimônio Liquido R$10.000.000

Incorporando­se 100% dos lucros acumulados, representando uma bonificação de 40%,deverão  ser  emitidas  200.000  novas  ações  (R$2.000.000  ÷  R$  10)  e  distribuídasgratuitamente aos acionistas. O Patrimônio liquido para ter a seguinte composição:

Capital social (700.000 ações x R$ 10) R$ 7.000.000Reservas R$ 3.000.000

Patrimônio Liquido R$10.000.000

A empresa pode decidir alterar o valor nominal de suas ações de modo que o aumentodo  capital  social  seja  formalizado  sem  a  emissão  de  novas  ações.  Nessa  situação,  osacionistas deverão apresentar as cautelas de suas ações (ou trocar por novas) para que seidentifique o novo valor nominal.

No exemplo, o valor nominal devera ser alterado de R$10 para R$14 por ação, ouseja, (R$ 5.000.000 + R$ 2.000.000) ÷ 500.000 ações = R$ 14, e passara a apresentar aseguinte composição:

Capital social (500.000 ações x R$ 14) R$ 7.000.000Reservas R$ 3.000.000

Patrimônio Liquido R$10.000.000

Na hipótese, ainda, de as ações não apresentarem valor nominal, a incorporação dereservas  ao  capital  social  não  modifica  o  numero  de  ações  existentes  (permanecem500.000 ações)

O patrimônio  liquido, como pode ser observado, não sofre alteração em seu montante,por incorporação de reservas de lucros. No entanto, ao não modificar o valor nominal daação,  o  LPA  (lucro  por  ação)  e  o  VPA  (valor  patrimonial  da  ação)  reduzem­seproporcionalmente,  em  função  de  um  maior  numero  de  ações.  Supondo  um  lucroliquido de R$3.500.000, tem­se:

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Antes da incorporação Após incorporaçãoLPA  R$ 3.500.000 ÷ 500.000 = R$ 7   R$ 3.500.000 ÷700.000 = R$ 5

VPA  R$10.000.000 ÷ 500.000 = R$20 R$ 10.000.000 ÷ 700.000 =R$14,29

Não  se  emitindo  novas  ações  para  bonificação,  o  LPA  e  o  VPA  não  sofrerãomodificações  em  seus  valores.  Com  a  emissão  de  novas  ações  o  LPA  e  o  VPAdiminuem, porem  não altera o valor do patrimônio do acionista, compensado pelo seurecebimento de novas ações.

9.5.1. PREÇO DE MERCADO DA AÇÃO APÓS BONIFICACAO

Após a distribuição de bonificações, a tendência esperada e a de uma queda no preço demercado da ação, em razão da maior diluição dos dividendos e do VPA.

Teoricamente, a queda no preço de mercado e proporcional ao maior numero de açõesemitidas. Supondo, no exemplo anterior, que o preço de mercado da ação seja de R$15,antes da bonificação, esse valor, após 40% de bonificação, passara para seu preço deequilíbrio de R$ 10,71 (R$ 15 ÷ 1,40), ou seja:

onde:  PE= preço de equilíbrio (teórico de mercado)PM= preço de mercado antes da bonificaçãob = percentual de bonificação

O valor do patrimônio do acionista, avaliado a preços de mercado não será alterado pelopreço do equilíbrio.

Patrimônio antes da bonificação = 500.000 x R$ 15 = R$7.500.000Patrimônio após a bonificação = 700.000 x R$10,71 = R$7.500.000

9.5.2. DESDOBRAMENTO (SPLIT) E REAGRUPAMENTO DE AÇÕES

As  empresas  podem  elevar  o  seu  capital  social  por  incorporação  de  reservas,  sem  aemissão de novas ações. Essa pratica, no entanto, pode impor restrições nas negociaçõesde suas ações no mercado, em função da elevação da cotação e da reduzida quantidadefísica em circulação.

Como  forma  de  solucionar  esse  problema,  as  empresas  podem  optar  pelodesdobramento de suas ações por meio de urna redução equivalente no valor nominal,conhecida por split.

EXEMPLO: supor  cotação media de  R$80 cada  ação, de valor  nominal  igual a R$60por ação.

Split: desmembramento de cada ação em 60 ações de valor nominal igual a R$ 1cada uma.

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Com  essa  medida,  a  quantidade  de  ações  negociadas  eleva­se  muito  e  seu  preço  demercado  sofre  urna  redução  paralela,  de  forma  que  atrairia  psicologicamente  umnúmero cada vez maior de investidores.

O split não deve ser confundido com bonificação em ações, que e fruto de um aumentode  capital  por  incorporação  de  reservas,  enquanto  o  desdobramento  e  urna  forma  dereduzir o preço de mercado das ações, mediante alterações em seu valor nominal e naquantidade física emitida, no sentido de melhorar a sua liquidez no mercado.

No que se refere ao preço teórico de equilíbrio de mercado de urna ação, após o split, ede  se  esperar  que  se  atinja  determinado  valor  de  mod0  a  não  afetar  o  patrimônio  doacionista.

No exemplo considerado, supondo 100.000 ações tem­se:

Patrimônio do acionista antes do split : 100.000x $ 80 = $8.000.000Patrimônio do acionista após o split: (100.000 x 60) x $80/60= $8.000.000

Intuitivamente,  o  preço  de  equilíbrio  (teórico  de  mercado)  de  uma  ação,  pode  sercalculado mediante a seguinte formula:

onde:   PE = preço de equilíbrio (teórico)PM= preço de mercado antes do splitn = n° de ações de cada ação desmembrada

A bonificação em ações e o split só fazem sentido tecnicamente quando o valor deurna ação atinge preços tão altos que dificulta sua negociação em pequenas quantidades.

9.5.3. VALOR DOS DIREITOS DE SUBSCRIÇÃO

O valor teórico de mercado de uma ação, após ter seu portador exercido seu direito desubscrição, e obtido pela seguinte formula:

onde:   PE = preço de equilíbrio (teórico)PM= preço de mercado da ação antes da subscriçãoL = percentual de subscriçãoPs = preço de subscrição da ação.

EXEMPLO: Preço de mercado de uma ação = $3,00; subscrição de 25%, ou seja, umanova ação para cada 4 ações antigas, ao preço unitário de $2,50. 0 preço de equilíbrio demercado seria:

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Esse  valor  representa  o  preço  de  equilíbrio  da  ação,  o  qual  manterá  inalterado  opatrimônio do acionista, expresso em valor de mercado, após o exercício da subscrição.

Comprovação desse valor para o acionista que possuía, por exemplo, 5.000 ações:

Patrimônio do acionista antes da subscrição:Capital ordinário: 5.000 ações x $3  = $15.000Recursos para subscrição: 5.000 x 0,25 x $2,50  = $ 3.125

= $18.125Patrimônio do acionista após a subscrição:Capital ordinário: 5.000 x 1,251 x $2,90 = $18.125

O valor teórico de um direito de subscrição negociável no mercado e obtido da seguinteforma:

, onde: PD = preço do direito de subscrição

Utilizando­se o mesmo exemplo anterior tem­se:

Esse resultado representa o preço de direito de subscrição de uma nova ação para quatroações  antigas  possuídas.  O  preço  de  direito  de  cada  ação  antiga  é  de  $0,10,  ou  seja,$0,40 ÷ 4, o que justifica o preço de equilíbrio PE = $3,00 ­$0,10 = $2,90.

Pode­se demonstrar que o patrimônio do acionista não se altera, com a opção pela vendados direitos de subscrição da seguinte forma:

Patrimônio do acionista antes da venda do direito:Capital ordinário: 5.000 ações x $3 = $15.000

Patrimônio do acionista após a venda do direito:Capital ordinário: 5.000 x $2,90 = $14.500Direitos 5.000 x 0,25 x $0,40 = $ 500

= $15.000

O preço do direito (PD) pode também ser calculado da seguinte forma:

Substituindo­se com os dados do exemplo considerado, chega­se ao mesmo resultado,ou seja:

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9.6. JUROS SOBRE O CAPITAL PROPRIO

Essa remuneração foi criada pela Lei 9249/95 que, no seu art. 9°, faculta as empresasdeduzir  da  base  de  cálculo  do  imposto  de  renda,  a  titulo  de  remuneração  do  capitalpróprio, os juros pagos ou creditados a titular,  sócio ou acionista,  limitados a Taxa deJuros de Longo Prazo ­TJLP.

Assim,  esses  juros possuem certos privilégios  fiscais:  as  empresas poderão deduzi­losde  seu  lucro  real  (tributável),  promovendo  uma  economia  de  imposto  de  renda.  Pelalegislação vigente o valor desses juros e deduzido do resultado do exercício, e, portanto,dedutível do IR.

Para o seu cálculo, conforme a lei, e aplicada a TJLP sobre o patrimônio liquido anteriorda  empresa,  excluído  o  saldo  da  conta  de  reservas  de  reavaliação,  e  seu  valor  totalmáximo não poderá exceder 50% entre o maior dos seguintes valores.

a) lucro liquido antes do IR do exercício e antes dos referidos jurosb) lucros acumulados de exercícios anteriores.

A apuração desses juros e opção de cada empresa, não se constituindo numa obrigação.Quando calculada  e paga aos acionistas,  essa remuneração é entendida  como se  fossedividendo para efeitos de cálculo do dividendo mínimo obrigatório. Em outras palavras,são descontados do montante de dividendos obrigatórios devidos.

Por  orientação  da  CVM  (Comissão  de  Valores  Mobiliários),  os  juros,  quandodescontados  do  resultado  do  exercício,  devem  ser  revertidos  no  final  da  DRE(Demonstração do Resultado do Exercício).

EXEMPLO:  Patrimônio  liquido  =  $120.000;  Lucros  Acumulados  =  $120.000;  lucrosantes dos juros/capital próprio = $24.000; IR + CS = 40%; TJLP = 15% a.a.

• Juros s/patrimônio liquido = 15% x $120.000   = $18.000• Limites:

50% do lucro antes dos juros e IRICS = 50% x $24.000   = $12.00050% dos lucros acumulados = 50% x $20.000  = $10.000

O  limite para os  juros sobre o capital próprio é de $12.000, definido pelo valor maiorentre as duas alternativas de calculo do limite.

Apurando­se o lucro liquido com e sem os juros sobre o capital próprio, calculados pelaTJLP, obtem­se os seguintes resultados.

DRE RESUMIDA COM TJLP SEM TJLPLucro antes dos juros s/ capital próprio $24.000 $24.000(­) Juros s/ capital próprio $ 12.000 ­LAIR $ 12.000 $24.000(­) IR/CS (40%) $4.800 $9.600

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Lucro liquido $7.200 $14.400+ Juros s/ capital próprio $12.000 ­Lucro liquido ajustado $19.200 $14.400

Considerando os juros sobre capital próprio integrais como custo de oportunidade, oresultado econômico agregado seria de $1.200:

Lucro liquido ajustado (com TJLP) = $ 19.200(­) Juros s/ capital próprio integrais = $ 18.000Resultado econômico = $ 1.200

Se  fosse  considerada  a  remuneração  do  capital  próprio  computado  na  DRE,  limitadaconforme a  lei,  o  resultado econômico se elevaria para $ 7.200  ($ 19.200  ­$ 12.000),pelo uso parcial dos juros, revelando um valor falso para fins de analise.

A  decisão  de  distribuir  esses  juros  ao  final  de  cada  exercício  determina,  ainda,  aincidência do IRRF a ser descontado dos acionistas. Com isso a carga tributaria total dolucro gerado pela empresa para os acionistas seria de $6.600.

IR e CS sobre o lucro do exercício = $4.800+ IRRF (supor 15%) = 15% x $12.000 = $1.800Total da tributação = $6.600

Assim sendo, pode­se fazer um comparativo dos resultados para os acionistas, com ousem juros sobre o capital próprio.

RENDIMENTOS DOS ACIONISTASCOM TJLP SEM TJLP

Distribuição de juros s/ o capital próprio $12.000 ­(­) IRRF (15%) $ 1.800 ­+ Dividendos (100%  do lucro) $ 7.200 $ 14.400Rendimento total $ 17.400 $ 14.400O ganho adicional verificado com TJLP, deve­se a redução do IR e CS, pela deduçãodos juros sobre o capital próprio deduzido da sua base de calculo, subtraído do IRRF, ouseja:

Redução no IR e CS = 40% de $12.000 (deduzidos) = $4.800(­) IRRF (1 5% x $12.000) = $1.800Ganho adicional = $3.000

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10. ANALISE DE INVESTIMENTOS

10.1. CARACTERÍSTICAS DOS INVESTIMENTOS

Os  investimentos  a  longo  prazo,  denominados  de  gastos  de  capital,  são  aqueles  cujosbenefícios  abrangem  mais  de  um  ano.  Distinguem­se  dos  gastos  operacionais,  cujosbenefícios se limitam ao curto prazo (1ano).

Exceções  costumam  ocorrer  na  pratica,  como  os  gastos  com  propaganda  e  comtreinamento de pessoal,  considerados gastos operacionais,  mas que podem  ter os seusbenefícios prolongados alem de um ano.

Influenciam, também, na classificação dos investimentos as características e o valor dosmesmos. Ativos permanentes que não estejam relacionados a projetos relevantes e cujovalor  seja  inferior  a  certos  limites,  não  são  tratados  como  gastos  de  capital,  comomoveis e utensílios de escritório, etc. Nestes casos, serão incluídos no orçamento anualde  investimentos, mediante o preenchimento de formulários próprios, indicando o mêsda compra, preço, condições de pagamento e as justificativas de sua necessidade.

As propostas de  investimentos em gastos de capital,  tratadas como projetos, que farãoparte  do orçamento  de  capital,  devem  incluir,  as  especificações  técnicas,  cronograma,justificativas,  e  os  valores  envolvidos  com  a  sua  implementação.  Devem  serapresentados  de  forma  integrada,  como  por  exemplo  a  implantação  de  nova  linha  deprodução, ou uma nova fabrica.

CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS DE GASTOS DE CAPITAL (em função de suanatureza)

a) Propostas  independentes  ­  não  interferem  nas  demais,  como  por  exemplo:substituição de maquinários e lançamento de novo produto.

b) Propostas  mutuamente  exclusivas  ­  possuem  o  mesmo  objetivo,  porem  arealização  de  uma  elimina  as  outras,  como  a  expansão  de  uma  fabrica  ou  aaquisição de outra empresa.

c) Propostas colidentes ­ embora sejam mutuamente exclusivas, possuem objetivosdiferentes, como a utilização de uma área por dois setores diferentes da empresa.Propostas contingentes ­a  realização de uma depende da realização de outra(s),como  a  produção  de  novo  produto  e  a  campanha  publicitária  para  o  seulançamento.

Os investimentos em gastos de capital envolvem:

a) benefícios não monetários que são avaliados subjetivamente;b) aspectos monetários que devem ser quantificados tecnicamente; ec) riscos que precisam ser avaliados.

10.2. FLUXOS DE CAIXA DOS PROJETOS

O ponto de partida da analise de investimentos e a previsão dos fluxos de pagamentos ede recebimentos, distribuídos durante a vida útil do projeto, de fundamental importânciapara a validade das conclusões decorrentes da aplicação dos métodos de analise.

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Na  estimativa  do  fluxo  de  caixa  devem  ser  considerados  apenas  os  pagamentos  erecebimentos  adicionais  decorrentes  do  projeto,  resultando  os  denominados fluxos  decaixa incrementais, que são o objetivo da avaliação.

Normalmente são considerados nesses fluxos apenas os valores de natureza operacional,embora existam abordagens que incluem as despesas financeiras e as amortizações dosempréstimos e financiamentos, originando um fluxo de caixa residual.

10.2.1. COMPONENTES BASICOS DOS FLUXOS DE CAIXA

Os  componentes  básicos  dos  fluxos  de  caixa  dos  projetos  com  padrão  convencionalincluem:

a) investimento inicial: custo do ativo instalado,  incluindo os custos de  instalação,subtraído do resultado liquido (após o imposto de renda) da venda do ativo a sersubstituído, e somado ou subtraído da variação do capital circulante liquido.

Determinação do valor do investimento inicialCusto do novo ativo a ser instalado =

Custo de aquisição do ativo+ Custo de instalação

(­) Resultado liquido da venda do ativo substituído =Resultado da venda do ativo substituído+ ou ­ Imposto de renda sobre o resultado

+ Variação no capital circulante liquido =Ativos circulantes­ Passivos circulantes

Investimento inicial

b) Entradas  liquidas  de  caixa  (ELC):  receitas  subtraídas  das  despesasdesembolsáveis e do imposto de renda.

Calculo das ELC com base na Demonstração do ResultadoReceita decorrente do projeto

(­) Despesas desembolsáveis(­) Depreciação/amortização

Lucro antes do imposto de renda(­) Imposto de renda

Lucro liquido+ Depreciação/amortização

Entrada liquida de caixa

c) Valor residual: valor  resultante do encerramento e da  liquidação de um projetoao final de sua vida útil, constituído, basicamente, do resultado liquido da vendado  ativo,  somado  ou  subtraído  da  variação  do  capital  circulante  liquido,recuperado no final do projeto.

Determinação do valor residualResultado liquido da venda do ativo

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± Variação do capital circulante liquidoValor residual

Outros fatos devem ser considerados na elaboração dos fluxos de caixa, como:

a) Custos de oportunidade: benefícios que a empresa poderia obter em seu melhoruso  alternativo,  como  por  exemplo,  um  imóvel  que  poderia  ser  vendido  oualugado, devendo ser incluídos como fluxos de saídas.

b) No  lançamento  de  um  novo  produto  concorrente  com  outros  tradicionais  daempresa,  as  reduções  das  receitas  destes  últimos,  caso  ocorram,  devem  serdiminuídas das receitas do novo produto.

10.3. METODOS DE AVALIAÇÃO

Os métodos mais divulgados para a avaliação de investimentos são:

a) Prazo de retorno (payback)b) Taxa media de retorno (TMR)c) Taxa interna de retorno (TIR)d) Valor atua liquido (VAL)

Os dois primeiros, embora  simples,  são bastante limitados, enquanto os outros  (TIR eVAL) são mais precisos, uma vez que consideram o valor do dinheiro no tempo, mastambém apresentam limitações.

No  desenvolvimento  dos  métodos  de  avaliação  serão  consideradas  as  seguinteshipóteses:

a) os  valores  previstos  para  os  diversos  períodos  possuem  o  mesmo  poder  decompra da moeda;

b) os pagamentos e recebimentos ocorrerão no final de cada período, excetuando­seo investimento inicial;

c) inexistência de incerteza nas previsões dos fluxos de caixa; ed) as propostas apresentam o mesmo nível de risco.

10.4. PRAZO DE RETORNO (PAYBACK)

O payback determina o  tempo necessário para  recuperar o  investimento por meio dasentradas  liquidas de caixa geradas pelo projeto. Quanto mais rápida  for a recuperação,melhor será o projeto. O cálculo do payback é simples, podendo ser efetuado de duasformas:

a) se as ELC forem constantes, basta dividir o valor do investimento pelas ELC.

b)  se  as  ELC  forem  variáveis,  estas  deverão  ser  acumuladas  ate  atingir  o  valor  doinvestimento, apurando­se o prazo de retorno.

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EXEMPLO: As propostas A, B e C de investimentos apresentam os seguintes dados:

Propositalmente,  as  três  propostas  exemplificadas  apresentam  o  mesmo payback,levando  à  conclusão  de  que  é  indiferente  a  escolha  de  uma  ou  de  outra, o  que  não  everdade. O  fluxo das ELC da proposta C, considerando o valor do dinheiro no tempo,demonstra ser melhor que o das demais propostas.

Uma outra deficiência esta no fato de não considerar os fluxos de caixa após o períodode  retomo.  Uma  proposta  pode  apresentar  ELC  durante  um  período  mais  prolongadoque outras após o payback, e não ser escolhida como a melhor.

10.4.1. PAYBACK ATUALIZADO OU DESCONTADO

Alguns executivos, para contornar as deficiências apontadas, utilizam uma variante dométodo, denominada payback atualizado ou descontado, que se utiliza dos fluxos decaixa descontados a uma determinada taxa. Essa taxa pode representar o custo de capitalpara a empresa, ou a rentabilidade mínima desejada, em função do risco assumido.

O payback atualizado pode ser calculado de duas formas:

a) Do mesmo modo já descrito para o payback tradicional (item anterior)b) Dividindo­se  o  valor  atual  do  investimento  pelos  valor  atual  das  entradas

liquidas  de  caixa  (ELC),  obtendo­se  um  índice  e  não  uma  medida  de  tempo.Quanto menor o índice melhor.

EXEMPLO: o mesmo do item anterior, considerando uma taxa de desconto = 8% a.a.

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Payback atualizado:a) como medida de tempo: A e B não recuperam o investimento em 5 anos (B e pior)

C = 4 anos e 9,5 meses** A completar no 5° ano = 12.000­10.381 = 1.619n° meses do 5° ano = (1.619 ÷ 2.042) x 12 meses = 9,5 meses

c) como índice:

, (as ELC não cobrem os custos do capital investido)

, (idem a A, porém pior, pois o índice é maior)

 , (melhor, pois as ELC cobrem os custos do capital investido)

10.5. TAXA MEDIA DE RETORNO (TMR)

O  calculo  da  taxa  media  de  retorno  pode  ser  efetuado  de  diversas  formas.  Pode  serdeterminada pelo quociente entre o lucro liquido médio anual estimado e o valor médiodo investimento durante a sua vida util. O investimento médio e obtido pela divisão deseu valor por 2, considerando o uso da depreciação linear.

Outra forma de se determinar a taxa media de retorno e considerar como denominador ovalor total do investimento. Assim temos:

Conhecendo­se  a  TMR  do  investimento,  basta  compará­la  com  a  taxa  mínima  deretorno desejada para decidir pela aprovação ou não do empreendimento.

Como o método e deficiente por considerar valores contábeis e não  fluxos de caixa,  aTMR  pode  ser  calculada  pela  divisão  da  entrada  liquida  de  caixa  (ELC)  media  anualpelo valor de investimento total, ou seja:

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Esta outra forma, também, é deficiente por não considerar o valor do dinheiro no tempo.

EXEMPLO:  Os  projetos  de  investimentos  X,  Y  e  Z  apresentam  os  seguintes  dados  erespectivas TMR, calculadas conforme os critérios abordados.

Fica  a  duvida  de  qua1  taxa  media  de  retomo  utilizar.  Qualquer  uma  delas  pode  serescolhida,  desde  que  seja  comparada  com  uma  taxa  mínima  de  retorno  desejada,definida com base no mesmo critério da TMR escolhida.

Propositalmente,  os  três  projetos  exemplificados  apresentam  as  mesmas  TMR,significando  que  e  indiferente  a  escolha  de  um  ou  de  outro,  o  que  não  e  verdade.  Oprojeto  Z  apresenta  um  fluxo  de  ELC  melhor  que  o  dos  outros  projetos,  seconsiderarmos o valor do dinheiro no tempo.

10.6. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

O método da taxa interna de retorno (TIR) consiste no calculo da taxa de desconto queiguala,  normalmente  na  data  de  inicio  do  investimento,  as  entradas  com  as  saídas  decaixa. Tal cálculo requer o conhecimento do(s) dispêndio(s) de capital (saídas de caixa)e dos fluxos de caixa incrementais gerados exclusivamente pelo investimento (entradasliquidas de caixa = ELC). Se houver valor residual do investimento, ele será somado aultima ELC.

As  ELC  são  calculadas  subtraindo  das  receitas  (entradas  de  caixa)  as  despesasdesembolsáveis  (saídas de caixa) nos períodos que compreendem o prazo consideradona  avaliação  do  investimento  (5  anos,  10  anos,  15  anos,  etc.),  apuradas  com  base  naprojeção da demonstração do resultado (DRE) proporcionada pelo empreendimento.

A aceitação ou rejeição de determinada proposta de investimento e decidida em funçãoda  rentabilidade  mínima  desejada.  Se  a  TIR  for  igual  ou  maior  que  a  rentabilidademínima, aceita­se a proposta; se a TIR for menor, rejeita­se a proposta.

EXEMPLO  1:  Investimento  de  R$1.000  no  inicio  e  ELC de R$300,  R$500;  R$400 eR$200, respectivamente, nos 4 anos considerados na avaliação do empreendimento.

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, TIR por tentativa e erro 3

TIR = 15,839%a.a.

EXEMPLO 2: O mesmo, sendo o investimento desembolsado R$400 no inicio e R$600após 1 ano.

 TIR = 22,05% a.a.

O  empreendimento  passou  a  ser  melhor  em  função  do  parcelamento  do  valor  doinvestimento (R$600 após 1 ano). .

10.6.1. PRESSUPOSTO BASICO DA TIR

O método da TIR pressupõe que a taxa calculada somente será verdadeira  se todos osfluxos  intermediários de caixa  forem reinvestidos a própria taxa até o final da vida doprojeto (prazo considerado).

Calculando­se o montante no final do 4° ano (exemplo 1), a 15,839% a.a. (TIR), para ovalor investido e para as ELC, tem­se o mesmo resultado.

M4 (Investimento a TIR) = 1.000 (1+0,1 5839)4 = 1.800,61

M4  (ELC  reinvestidas)  =  300(1+0,1  5839)3  +500(1+0,15839)2  +400(1+0,15839)  +200=1.800,61

No caso de serem reinvestidos a uma taxa menor, a  taxa de retorno se reduzira, comopode ser verificado tomando­se o exemplo, e considerando urna taxa de reinvestimentode 12% a.a.

M4 (ELC reinvestidas) = 300(1+0,12)3+500(1+0,12)2+400(1+0,12)+200= 1.696,68 < 1.800,61

Taxa de retorno RECALCULADA → 1.696,68 = 1.000(1+i)4 → i = 14,13% a.a. < 15,839%a.a.

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M4(Investimento  a  12%  a.a)  =  1.000(1+0,12)4  =  1.573,32  <  1.696,68,  demonstrando  que oprojeto ainda é mais rentável.

10.6.2. PROJETO COM FINANCIAMENTO

Se os fluxos intermediários forem reinvestidos a uma taxa menor, o retorno gerado peloinvestimento  poderá  ser  insuficiente  para  cobrir  compromissos  financeiros  assumidoscomo, por exemplo, um empréstimo.

Admitindo­se que o  empreendimento  do  EXEMPLO  1  seja  totalmente  financiado  porterceiros,  através  de  um  empréstimo  com  juros  iguais  a  TIR  de  15,839%  a.a.,  pagosanualmente e amortizado no final do 4O.an0, ele não ira gerar nenhum resultado para. Oinvestidor. Apenas gerara recursos para amortizar seguir:

Calculando­se o montante no final do 4° ano dos fluxos residuais de caixa tem­se:

No final do 4° ano o valor acumulado dos fluxos residuais de caixa reinvestidos foi onecessário  apenas  para  amortizar  o  financiamento  (R$1.000).  Qualquer  outra  taxa  dereaplicação inferior a 15,839% a.a. não produzira o montante suficiente para  liquidar odebito contraído.

Se a taxa do financiamento for inferior a TIR, o empreendimento propiciara um ganhoao empreendedor, como exemplificado a seguir, desde que a taxa de reinvestimento oude  reaplicação  não  seja  inferior,  o  suficiente  para  comprometer  a  amortização  dofinanciamento.

Supor, ainda considerando o EXEMPLO 1, uma taxa de juros de 12% a.a. e uma taxa dereinvestimento (ir) = 14% a.a.

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Valor do ganho obtido = 1.159,73 – 1.000,00 = 159,73

Considerando  o  mesmo  EXEMPLO  1,  porem,  com  taxa  de  reaplicação  =10%  a.a,insuficiente  para  propiciar  o  montante  necessário  para  amortizar  0  financiamento,  ajuros de 14% a.a.

Mesmo  com  uma  TIR=  15,839%  a.a,  o  reinvestimento  dos  fluxos  residuais  de  caixaresultara, no fim do 4° ano, em um montante de R$ 994,56, insuficientes para amortizarR$ 1.000,00.

O calculo da taxa mínima de reaplicação pode ser efetuado da mesma forma que o daTIR. O VAL dos fluxos residuais tem que ser igual a zero. Com base no último exemplotemos:

Portanto,  para  uma  taxa  de  juros  =  14%  a.a.,  a  taxa  de  reaplicação  deverá  ser,  nomínimo, de 10,33257% a.a. No exemplo, a ir= 10% a.a será insuficiente para permitir aamortização do financiamento.

10.7. VALOR ATUAL LÍQUIDO (VAL)

O  valor  atual  liquido  (VAL)  e  obtido  pela  diferença  entre  o  valor  atual  das  ELC  e  ovalor  atual  do  investimento,  calculados  com  base  na  definição  de  uma  taxa  mínima

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desejada,  também  chamada  de  taxa  mínima  de  atratividade  (TMA).  Se  houver  valorresidual ou capital circulante liquido a recuperar, referentes ao investimento, eles serãosomados a ultima ELC.

A aceitação ou rejeição do empreendimento depende do VAL. Se VAL positivo, aceita­se o projeto, pois a sua TIR e maior que a TMA, e se VAL negativo, rejeita­se o projeto,pois a sua TIR e menor que a TMA.

EXEMPLO 1: o mesmo da TIR, considerando TMA= 13% a.a. e outra TMA= 17% a.a.

A  COMPROVAÇÃO  quanto  a  aprovação  ou  rejeição  do  empreendimento  pode  serefetuada comparando­se os valores dos montantes, no fim do período considerado, dasELC  e  do  valor  investido.  A  melhor  alternativa  (aplicar  no  empreendimento  ou  nomercado financeiro) e a que apresentar um montante maior.

M(investimento) = l.000(1+0,13)4 = 1.630,47 < 1.723,32 (o empreendimento é melhor)

M(investimento)  =  l.000(1+0,17)4 =  1.873,89  >  1.832,93(o  mercado  financeiro  émelhor)

EXEMPLO 2: o mesmo da TIR, considerando TMA= 20% a.a. e outra TMA= 25% a.a.

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A comprovação dos resultados pode ser efetuada de forma igual a do exemplo anterior.

10.7.1. INDICE DE LUCRATIVIDADE OU RENTABILIDADE (IL)

Em certas circunstâncias, o VAL não fornece uma solução adequada para a comparaçãode diversas propostas com valores de investimentos e prazos de duração diferentes.

O  índice  de  lucratividade  (IL)  fornece  uma  medida  de  retorno  esperado  por  unidademonetária investida, sendo obtido pela divisão do valor atual das ELC pelo valor atualdas saídas referentes ao investimento.

EXEMPLO: Supor TMA= 10% a.a. e duas propostas (A e B) conforme tabela a seguir:

Efetuando­se os cálculos dos VA e dos IL para cada proposta e respectivos  índices delucratividade de (IL), obtem­se:

A proposta B apresenta VAL maior, porem, em termos de eficiência na utilização dosrecursos investidos, apresenta IL menor que o da proposta A, na qua1 para cada R$1,00investido seriam obtidos R$1,12, enquanto na B R$1,10 (menor).

10.8. INVESTIMENTOS COM ELC CONSTANTES

Quando  as  ELC  forem  constantes,  a  TIR  e  o  VAL  serão  calculados  utilizando­se  daseguinte formula de valor atual:

A  TIR  será  calculada  por  tentativa  e  erro  ate  que  o  valor  atual  do  fluxo  das  ELC  seiguala ao valor atual dos desembolsos provocados pelo investimento, ou seja:

ou

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O VAL será obtido pela diferença entre os valores atuais das ELC e do investimento, ouseja:

EXEMPLO: Investimento =R$1.000 (no inicio); ELC=$350 por ano; n=4 anos e TMA=12%a.a

10.9. PROPOSTAS COM VALORES DE INVESTIMENTOS IGUAIS E TIRDIFERENTES.

Quando  houver  dois  investimentos  mutuamente  exclusivos,  a  aplicação  dos  métodospoderá  produzir  resultados  conflitantes  para  as  decisões,  em  função  das  taxas  dereinvestimentos a serem consideradas para os fluxos intermediários de caixa, conformedemonstrado no exemplo a seguir.

EXEMPLO:  Avaliação  de  duas  propostas,  (A  e  B),  mutuamente  exclusivas,  com  osseguintes dados:

De  acordo  com  a  taxa  de  reinvestimento  os  VAL  das  propostas  variam,  conformedemonstrado a seguir.

Quando  a  taxa  de  reinvestimento  for  de  8,49%  a.a.  (taxa  de  interseção),  ambas  aspropostas  apresentarão  o  mesmo  VAL,  portanto  a  aceitação  de  uma  ou  de  outra  será

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indiferente. Se a taxa for inferior a 8,49% a.a., a proposta B proporcionara maior VAL,e, portanto, será melhor. Se a taxa for superior a 8,49% a.a., a proposta A passara a sermelhor por apresentar VAL maior.

A apuração da taxa de intersecção pode ser efetuada mediante o cálculo (por tentativa eerro)  da  taxa  que  anula  o  VAL  das  diferenças  entre  as  ELC  das  duas  propostas.Portanto:

A  comprovação  dos  resultados,  utilizando­se  diversas  TMA  ou  taxas  de  reaplicação,pode ser obtida pelo calculo dos montantes, no final do período considerado, das ELCcorrespondentes a cada proposta e do investimento, se aplicado no mercado financeiro.A tabela que se segue apresenta os montantes, considerando as mesmas TMA ou taxasde reinvestimento utilizadas no calculo dos VAL, para a elaboração do gráfico da taxade intersecção.

Podemos observar que a 8,49% a.a. os montantes de A e B são iguais. A taxa menor, aproposta B e melhor (maior montante), e a taxas maiores a proposta B e melhor. A taxassuperiores a TIR, o mercado financeiro constitui a melhor opção.

Apenas para exemplificar, apresentamos a seguir os cálculos dos montantes para a taxade 5% a.a, cuja formula e a mesma para as demais taxas.

10.10. PROPOSTAS COM DIFERENTES VALORES DE INVESTIMENTOS ETIR DIFERENTES

Resultados  conflitantes  poderão  também  ocorrer quando  os  valores  dos  investimentosmutuamente exclusivos forem diferentes.

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Supondo que a proposta A do exemplo anterior esteja sendo avaliada com uma propostaC,  cujos  dados  estão  apresentados  na  Tabela  a  seguir,  e  considerando  uma  taxa  dereinvestimento = 10% a.a.

Pelo método da TIR a proposta A seria a escolhida (TIR maior) e pelo VAL a propostaB seria a escolhida (VAL maior). A escolha da melhor proposta vai depender do retornodo investimento incremental, ou seja, aplicando­se R$1.000 em "A", os R$500 restantedeverão ser aplicados a uma taxa que propicie, no total, um retorno melhor do que seaplicar apenas na proposta C.

O  calculo  dessa  taxa,  denominada  TAXA  DE  FISCHER,  e  efetuado  com  base  nadiferença dos  fluxos de caixa  entre as duas propostas (3ª  linha da  tabela anterior), ouseja:

De  acordo  com  a  taxa  de  reinvestimento  os  VAL  das  propostas  variam,  conformedemonstrado a seguir:

Taxa de reinvestimento menor que 10,8721% (exemplo: 8% a.a.)

MA   = 300(1,08)3 + 500(1,08)2 + 400(1,08) + 200   = 1.593,11M(C­A)  = 500(1,08)4 = 680,24

= 2.273,35MC   = 300(1,08)3 + 600(1,08)2 + 700(1,08) + 500  = 2.333,75 (MELHOR)

Taxa de reinvestimento = 10,8721% (Taxa de Fischer)

MA  = 300(1,108721)3 + 500(1,108721)2 + 400(1,108721) + 200   = 1.666,99M(C­A)  = 500(1,108721)4 = 755,54

= 2.422,53MC = 300(1,108721)3 + 600(1,108721)2 + 700(1,108721) + 500  = 2.422,53 (IGUAIS)

Taxa de reinvestimento maior que 10,8721 % (exemplo: 12% a.a.)

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MA = 300(1,12)3+ 500(1,12)2 + 400(1,12) + 200 = 1.696,68M(C­A)   = 500(1,12)4 = 786,76

= 2.483,44 (MELHOR)MC  = 300(1,12)3 + 600(1,12)2 + 700(1,12) + 500  = 2.458,12

No caso dos  fluxos  intermediários de caixa serem reinvestidos a urna  taxa  menor que10,8721%  (Taxa  de  Fischer)  e  melhor  aplicar  na  proposta  C.  No  caso  da  taxa  dereinvestimento ser maior que 10,8721%, e melhor  aplicar R$1.000  na proposta “A”  eR$500 em outra alternativa à  taxa de  reinvestimento. Quando essa  taxa  for  igual a deFischer,  as  propostas  apresentarão  o  mesmo  resultado,  sendo,  por  esse  critério,indiferente a escolha de uma ou de outra.

10.11. PROPOSTAS COM VIDAS UTEIS DIFERENTES

Quando  os  empreendimentos  apresentam  vidas  úteis  diferentes,  as  decis6es  requeremuma analise mais apropriada, devendo se distinguir os investimentos com repetição e ossem repetição.

10.11.1. INVESTIMENTOS COM REPETISAO

Supondo duas propostas de investimento a TMA = 12% a.a.: “X” e “Y” sendo:

Proposta “X”: investimento inicial de R$500 e ELC anual = R$310 por 2 anosProposta “Y”: investimento inicial de R$400 e ELC anual = R$180 por 3 anosPara a análise de viabilidade dessas propostas podem ser utilizadas duas alternativas:

PRIMEIRA  ALTERNATIVA:  igualar  os  prazos,  considerando  que  os  investimentospodem  repetir­se  indefinidamente  (caso  da  substituição  de  equipamentos  normais  deprodução).  Assim,  o  investimento  “X”  se  repetiria  2  vezes  enquanto o  “Y”  apenas  1,igualando o prazo total em 6 anos.

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O VAL de “X” é maior que o de “Y”, porém a TIR de “Y” e maior que a de “X”. Comoos valores de  investimento são diferentes, deve­se observar,  também, as consideraçõesefetuadas nos itens 2.1 e 5.

SEGUNDA  ALTERNATIVA:  utilização  do METODO  DO  VALOR  ANUALUNIFORME  EQUIVALENTE  (VAUE),  que  consiste  em  calcular  o  valor  anualequivalente ao  fluxo de caixa do  investimento, a TMA para o prazo considerado, seráque  haja  a  necessidade  de  padronizar  os  prazos  das  propostas.  Calcula­seprimeiramente,  o  VAL  do  fluxo  de  caixa  do  investimento,  como  já  visto,  e  depois,utiliza­o na seguinte formula.

O VAUE representa o valor anual proporcionado a maior (se positivo) ou a menor (senegativo) pelo investimento proposto, em relação a uma aplicação qualquer do valor doinvestimento a TMA. Quanto maior o VAUE, melhor o projeto de investimento.

PROPOSTA "X": Investimento inicial de R$500 e ELC= R$310 por 2 anos.

 (valor anual proporcionado a maior pelo investimento)

A proposta X permite um ganho anual de $14,15, em relação a uma aplicação qualquerdo valor do investimento a TMA.

PROPOSTA "Y": Investimento inicial de R$400 e ELC= R$180 por 3 anos.

(valor anual proporcionadoa maior pelo investimento)

A proposta Y, permite um ganho anual de $13,46, em relação a uma aplicação qualquerdo valor do investimento a TMA.

Portanto o VAUE de “X” é maior do que o VAUE de “Y”. (R$14,15 > R$13,46)

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OUTRA  FORMA DE SE CALCULAR O VAUE é através da diferença entre o valoranual  equivalente  ao  fluxo  das  ELC  e  o  valor  anual  equivalente  as  saídas  dosinvestimentos,  devendo  o  primeiro  ser  maior  que  o  segundo,  indicando  que  oinvestimento propiciara maior retorno do que se aplicado a T.M.A.

PROPOSTA “X”:

Valor anual equivalente das ELC = 310 (neste caso já está calculado, pois as ELC sãoconstantes)

Valor  anual  equivalente  do  investimento  =   (caso  o  valor  do

investimento fosse aplicado à TAM)

VAUE = 310 ­ 295,85 → VAUE = 14,15 (valor anual proporcionado a maior peloinvestimento)

PROPOSTA "Y":

Valor anual equivalentes das ELC = 180 (neste caso já esta calculado, pois as ELC sãoconstantes)

Valor  anual  equivalente  do  investimento  = (caso  o  valor  do

investimento fosse aplicado à TAM)

VAUE  =  180  ­  166,54 →  VAUE  =  13,46 (valor  anual  proporcionado  a  maior  peloinvestimento)

Portanto,  os  VAUE  encontrados  para  “X”  e  “Y”  são  os  mesmos  calculados  naalternativa anterior, que mostram que a proposta “X” e melhor que a proposta “Y”.

A Taxa de Fischer é obtida pelo calculo do VAL da diferença dos fluxos de caixa daspropostas, com os prazos igualados. A taxa é apurada por tentativa e erro até que o VALseja igual a zero.

No exemplo considerado, a diferença entre os valores do investimento X e Y e de $100,e as diferenças entre as ELC dos mesmos são:

1° ano  = 310­180 = 130 4° ano  (310­500)­180  = ­3702° ano  = (310­500)­180  = ­370 5° ano  310­180 = 1303° ano  =310­(180­400)  = 530 6° ano  310­180 = 130

COMPROVAÇÃO:

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Portanto, VAUE de "X" = VAUE de "Y" = 11,53

10.11.2. INVESTIMENTOS SEM REPETICAO

Supondo as duas propostas de  investimentos apresentadas no  item 11.1, porem  sem apossibilidade  dos  investimentos  se  repetirem,  elas  podem  ser  avaliadas  através  docálculo do VAL, onde se pressupõe que na diferença dos prazos entre elas, os recursosestarão aplicados a T.M.A.

COMPROVAÇÃO pelo calculo do montante:

M3 (ELC Y)   = 180(1+0,12)2 + 180(1+0,12) + 180 = 607,39M3 (X­Y)  = 100(1+0,12)3 = 140,49

= 747,88 (melhor)M3 (ELC X)   = 310(1+0,12)2 + 310(1+0,12) = 736,06

Aplicando­se $400 na proposta Y e $100 no mercado financeiro a TMA de 12% a.a., oresultado e melhor do que aplicar $500 na proposta X.

As  propostas  também  podem  ser  avaliadas  pelo  VAUE,  transformando­se  o  fluxo  decaixa de 2 anos para o equivalente a 3 anos. Para tal, efetuam­se os seguintes cálculos:

a) cálculo do valor atual das ELC(X)

b) cálculo do valor anual equivalente do VA(X) para 3 anos

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c) cálculo  do  valor  anual  equivalente  ao  investimento  (X)

d) cálculo doVAUE(X)

e) comparação com o VAUE (Y) = 13,46 (já calculado no item anterior)

Sob  esta  condição  sem  repetição,  a  proposta  Y  e  melhor  que  a  X,  tanto  pelo  métodoVAL (R$32,33>R$23,92), como pelo VAUE (R$13,46 > R$9,96)

10.11.3. METODO DO VAUE EM INVESTIMENTOS COM ELC VARIAVEIS

Quando  o  investimento  produzir  ELC  variáveis  o  calculo  do  VAUE  será  efetuadoobedecendo  aos  passos  a  seguir  apresentados,  considerando  o  EXEMPLO  1,apresentado no item 6, e a TMA = 13% a.a.

Investimento:a) Calculo do valor atual (VA) das ELC a taxa de 13% a.a. (TMA)

b) Calculo do valor anual equivalente ao valor atual das ELC, para os 4 anos

Valor anual equivalente ao VA das ELC =

c) Calculo do valor anual equivalente ao valor dos investimentos, para os 4 anos

Valor anual equivalente ao VA do Investimento =

d) Calculo do VAUE: VAUE =

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10.12. EXERCICIO

1. Um projeto de investimento com vida útil de 3 anos, apresenta os seguintes dados:a) valor dos ativos imobilizados a adquirir = $90.000 (desembolso no inicio)b) resultado liquido da venda dos ativos substituídos = $20.000c) aumento no capital circulante liquido = $10.000d) lucro antes do imposto de renda (40%): 1°ano=$5.000; 2°ano=$7.500; 3°ano=$6.000e) depreciação anual considerada = $30.000f) resultado liquido da venda, no fim da vida útil, dos imobilizados a adquirir = $5.720Pede­se: I­  Calcular o payback e o payback descontado a TMA = 18%a.a

II­ Calcular a taxa media de retornoIII­ Calcular a TIR, o VAL e o IL, considerando a TMA = 18%a.aIV­ Supondo uma taxa de reinvestimento = 15% a.a, recalcular a TIR

2. Um empreendimento implicara no investimento de R$10.000, sendo 40% desembolsadosno inicio e o restante após 1 ano. As entradas liquidas de caixa (ELC) previstas para os 3anos  de  duração  do  empreendimento  são:  1°ano=R$4.000;  2°ano=R$5.000  e3°ano=R$3.457. Pede­se:

a) Calcular a TIR e o VAL, considerando a TMA = 15%a.a.b) Calcular o índice de lucratividade (lL) considerando a TMA = 15% a.a.c) Supondo uma taxa de reinvestimento dos fluxos de caixa igual a 12% a.a., calcular a nova

TIR e comentar o resultado.

3. Um  projeto  prevê  investimento  de  R$8.000  no  inicio,  dos  quais  R$3.000  serãofinanciados  a  juros  de  15%  a.a.,  pagos  no  final  de  cada ano  e  amortizados  no  final  doultimo  ano.  As  ELC  previstas,  sem  considerar  os  juros  e  amortizações  do  empréstimo,para  os  3  anos  de  vida  do  empreendimento  são:  1°ano=  R$3.000;  2°ano=  R$4.000;3°ano= R$3.811. Pede­se:

a) Calcular a TIR e o VAL a TMA = 12% a.a., sem considerar o empréstimo.b) Calcular a TIR e o VAL a TMA = 12%, considerando o empréstimo.c) Calcular a TIR e o VAL a TMA = 12%, considerando juros do empréstimo a 18% a.a.

4. Dois projetos, mutuamente exclusivos, apresentam os seguintes dados:

ELCPROJETO INVESTIMENTO(NO INICIO) 1° ANO 2° ANO 3° ANO

A R$6.000 2.000 3.000 3.709B R$6.000 3.415 3.000 2.000

a) Avaliar os projetos pela TIR, pelo VAL e IL considerando urna TMA= 14% a.a.b) Quais as conclusões no caso da taxa de reinvestimento ser de 12% a.a.?c) E se a taxa de reinvestimento for de 8% a.a.?d) Qual a taxa de reinvestimento que torna os dois projetos indiferentes quanto ao retorno?

5. Dois projetos, mutuamente exclusivos, apresentam os seguintes dados:

ELCPROJETO INVESTIMENTO(NO INICIO) 1° ANO 2° ANO 3° ANO

C R$12.000 4.000 6.000 7.418D R$8.000 4.500 4.000 2.949

a) Calcular a TIR, o VAL e o IL, considerando a TMA= 15% a.a.b) Quais as conclusões no caso da taxa de reinvestimento ser de 13% a.a.?c) Calcular a Taxa de Fischer e comentar sobre o resultado.

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11. RISCO, RETORNO E MERCADO

As decisões  financeiras,  por estarem  fundamentalmente voltadas para o  futuro, devemconsiderar a variável incerteza no estudo das operações do mercado financeiro.

Toda  vez  que  a  incerteza  associada  a  verificação  de  determinado  evento  possa  serquantificada  por  meio  de  urna  distribuição  de  probabilidades  dos  diversos  resultadosprevistos, diz­se que a decisão esta sendo tomada sob urna situação de risco.

O risco pode ser entendido de diversas formas, a saber:

• possibilidade da ocorrência de prejuízo financeiro;• incerteza de urna decisão mediante prováveis resultados;• medida estatística da amplitude entre os resultados;• medida estatística do desvio padrão do resultado médio esperado;• medida  estatística da  dispersão  relativa  (coeficiente  de  variação)  de  ativos que

diferem nos retornos esperados.

11.1. RISCO E RETORNO ESPERADO

O conceito de risco pode ser entendido de diversas maneiras, dependendo do contextoda  pessoa  que  o  esta  avaliando,  como  risco  aéreo,  para  uma  companhia  seguradora;risco de contrair urna doença; risco de insucesso do negocio; etc. O risco é interpretadopelo nível de incerteza associado a um acontecimento.

A  avaliação  de  urna  empresa  delimita­se  aos  componentes  de  seu  risco  total:econômico  e  financeiro.  As  causas  do  risco  econômico  são  de  natureza  conjuntural(alterações  na  economia,  tecnologia,  etc.),  de  mercado  (crescimento  da  concorrência,gosto  do  consumidor,  etc.)  e  da  própria  gestão  da  empresa  (vendas,  custos,  despesas,investimentos, etc.). O risco financeiro esta mais relacionado com a estrutura de capitais(endívidamento) e sua capacidade de pagamento.

Assim sendo, pode­se concluir que o  risco  total  de qualquer ativo e definido pela suaparte sistemática (risco sistemático ou conjuntural) e não­sistemática (risco próprio doativo).

O  risco  sistemático  e  inerente  a  todos  os  ativos  negociados  no  mercado,  sendodeterminado por eventos de natureza política, econômica e social. Embora cada ativo secomporta de forma diferente diante da  situação conjuntural estabelecida,  não ha comose  evitar  totalmente  o  risco  sistemático,  dai  também  ser  denominado  de  risco  não­diversificável.

O  risco  não­sistemático  é  intrínseco  de  cada  ativo,  podendo  ser  eliminado  porinvestimento  em  diversos  ativos  com  correlação  negativa  entre  si,  dai  também  serdenominado de risco diversificável.

Tendo  em  vista  que  qualquer  investidor  pode  criar  um  portfolio  de  ativos  que  vaieliminar  virtualmente  todo  risco  diversificável,  o  único  risco  relevante  e  o  risco  não­diversificável.

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A mensuração do risco de um investimento processa­se geralmente por meio de critériosprobabilísticos, o qual consistem em atribuir probabilidades (objetivas e subjetivas) aospossíveis  resultados  do  investimento.  Assim,  e  delineada  urna  distribuição  deprobabilidades  dos  resultados  esperados,  e  mensuradas  suas  principais  medidas  dedispersão e avaliação de risco.

A  probabilidade  objetiva  pode  ser  definida  a  partir  de  series  históricas  de  dados  einformações,  freqüências  relativas observadas  e experiência  acumulada  no passado. Aprobabilidade subjetiva, por seu lado, tem como base o conhecimento, a experiência, aintuição e, ate mesmo, um certo grau de crença.

Nesse  ambiente, o  risco  pode  ser  interpretado  pelos desvios previsíveis dos  fluxos decaixa resultantes de urna decisão de  investimento. Sua principal medida estatística e avariabilidade dos resultados esperados de caixa em relação a media (desvio­padrão), oretorno  esperado  esta  vinculado  aos  fluxos  incertos  de  caixa  do  investimento,  sendodeterminado pela ponderação entre os valores  financeiros esperados e suas respectivasprobabilidades de ocorrência.

11.1.1. MEDIDAS ESTATISTICAS.

Estatisticamente  o  risco  pode  ser  avaliado  por  diversas  medidas,  dentre  as  quaisdestacamos:

É urna abordagem comportamental para avaliar o risco, a qua1 usa inúmeras estimativasde  retorno  possíveis  par  se obter  urna percepção  da  variabilidade  entre  os  resultados.Envolve  a  estimativa  dos  retornos  pessimistas,  dos  mais  prováveis  e  dos  otimistas,medindo­se o risco pela medida estatística da AMPLITUDE, encontrada pela diferençaentre  os  resultados  otimistas  e  pessimistas.  Quanto  maior  a  amplitude,  maior  avariabilidade ou o risco.

EXEMPLO: Dois  investimentos de mesmo  valor,  com as  respectivas  taxas de  retornoesperadas estão apresentadas a seguir:

Taxa de retornoInvestimento Pessimista Mais prováveis Otimistas AmplitudeA 12% 15% 18% 18% ­ 12% = 6%B 8% 15% 22% 22% ­ 8% = 14%

Embora  os  investimentos  apresentem  a  mesma  taxa  de  retorno  mais  provável,  o  B  emais arriscado por possuir uma amplitude maior.

• PROBABILIDADE

Pode ser usada para urna avaliação mais exata do risco de um ativo. PROBABILIDADEé a possibilidade de ocorrência.

A  DISTRIBUIÇÃO  DE  PROBABILIDADE  relaciona  as  probabilidades  a  seusrespectivos resultados. Para os investimentos A e B, com base em dados históricos, asprobabilidades de ocorrência dos resultados pessimista, mais provável e otimista são de25%, 50% e 25%, respectivamente.

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O tipo mais simples de distribuição de probabilidades é o diagrama de barras que mostraapenas um numero limitado de coordenadas de probabilidade de resultados. No caso degrande  numero  de  coordenadas  pode­se  desenvolver  urna  distribuição  continua  deprobabilidades como na figura a seguir.

Embora os  investimentos A e B  tenham os  mesmos  retornos mais prováveis  (15%), adistribuição  dos  retornos  para  o  B  apresenta  uma  dispersão  maior  que  de  A,  sendo,portanto, o B mais arriscado.

• DESVIO PADRÃO (δ)

É o  indicador mais comum do  risco de um  investimento, o qual  mede a dispersão emtorno do valor esperado. O VALOR ESPERADO DE UM RETORNO (k), é o retornomais provável de um investimento, calculado pela formula :

O calculo do DESVIO PADRÃO (δ) dos retornos e efetuado através da formula:

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O quadro a seguir apresenta o cálculo dos desvios padrões de A e B, onde se evidenciaum maior risco de "B" (δB = 4,95% contra δA = 2,12% de A)

Investimento A ki k ki­k (ki­k)2 Pri (ki­k)2xPriPessimista 12% 15% ­3% 9% 25% 2,25%Mais provável 15% 15% 0 0 50% 0Otimista 18% 15% 3% 9% 25% 2,25%Total 4,5%Investimento BPessimista 8% 15% ­7% 49% 25% 12,25%Mais provável 15% 15% 0 0 50% 0Otimista 22% 15% 7% 49% 25% 12,25%Total 24,5%

• DISTRIBUICAO NORMAL DE PROBABILIDADE

É  aquela  que  se  assemelha  a  uma  curva  em  forma  de  sino.  Ela  e  simétrica,  o  quesignifica que os valores se distribuem igualmente dos dois lados da media.

Para uma distribuição normal de probabilidade, as localizações dos possíveis resultados,entre os desvios padrões a partir do valor esperado, são:

68% dos possíveis resultados → entre ± 1 desvio padrão95% dos possíveis resultados → entre ± 2 desvio padrão99% dos possíveis resultados → entre ± 3 desvio padrão

Supondo que as distribuições de probabilidade de retorno A e B sejam normais, temos:

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• COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (CV)

É  uma  medida  de  DISPERSAO  RELATIVA  usada  na  comparação  de  risco  de  ativosque  diferem  nos  retornos  esperados.  Expressa  o  desvio  padrão  em  forma  deporcentagem dos retornos esperados. Quanto maior o CV maior  será o risco. E obtidopela formula:

Os investimentos A e B possuem respectivamente os seguintes coeficientes de variação:

Portanto, B e mais arriscado que A conclusão já obtida pelo desvio padrão, uma vez queambos os investimentos tem o mesmo retorno esperado. A verdadeira utilidade do CVesta  na  comparação  dos  investimentos  que  tem  DIFERENTES  RETORNOSESPERADOS, como exemplificado a seguir:

O investimento C e mais arriscado que D uma vez que seu CV é maior. Se a escolha sebaseasse no desvio padrão, o C seria o elegido, por possuir menor desvio padrão (6%contra 80%). Como o CV leva em consideração também o retorno esperado, a analise sebaseia  na  dispersão  relativa  (proporcional),  a  qua1  aponta  o  D  como  o  escolhido.(0,5%<0,6%)

EXERCICIOS

1­Considerando os retornos e os riscos esperados dos 5 projetos elencados a seguir, qualo projeto mais arriscado? E qua1 o menos arriscado?

A B C D ERetorno esperado 25% 15% 20% 18% 22%Desvio­padrão 5% 3% 3,5% 4% 4%

2. Uma empresa avalia o  risco, pela medida estatística da  amplitude, de cada um doscinco  projetos  que  esta  analisando.  As  estimativas  pessimistas,  mais  prováveis  eotimistas dos retornos anuais estão apresentadas a seguir. Qual o projeto mais arriscado?E qua1 o menos arriscado?

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Taxas anuais de retomo %Estimativas Projeto A  Projeto B  Projeto C  Projeto D  Projeto EPessimistas 14 6 10 11 12Mais prováveis 16 16 16 16 16Otimistas 18 22 25 19 22

3. Com base nos dados a seguir apresentados referentes a um projeto de investimento,calcular a amplitude, o desvio­padrão e o coeficiente de variação.

EstimativasResultados Pessimista  Mais prováveis OtimistasRetorno 12% 18% 24%Probabilidade 30% 50% 20%

11.1.2. RELAÇÃO RISCO/RETORNO E INVESTIDOR

A  postura  de  um  investidor  em  relação  ao  risco  e  pessoal,  não  se  encontrando  umaresposta  única  para  todas  as  situações.  A  preocupação  maior  nas  decisões  deinvestimento  em  situação  de  incerteza  e  expressar  as  preferências  do  investidor  emrelação ao conflito risco/retorno inerente a toda alternativa financeira.

A teoria da preferência tem por objetivo básico revelar como um investidor se posicionadiante de investimentos que apresentam diferentes combinações de risco e retorno.

A  escala  de  preferência  do  investidor  é  representada  pela  denominada  curva  deindiferença. Essa curva e compreendida como um reflexo da atitude que um investidorassume  diante  do  risco  de  uma  aplicação  e  do  retorno  proporcionado,  e  envolveinúmeras combinações igualmente desejáveis, conforme figura a seguir:

O  critério  de  decisão  restringe­se  a  ativos  que  respeitem  a  relação  estabelecida  pelacurva de indiferença. E como se fosse uma fronteira que separa as situações preferidaspelo investidor daquelas não desejadas.

A  quantidade  de  curvas  de  indiferença  de  um  investidor  e  praticamente  ilimitada.Convencionalmente,  o  mapa  das  curvas  e  apresentado  de  acordo  com  uma  ordem  depreferência, sendo as mais distantes preferíveis anteriores.

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Os pontos  localizados sobre  a curva R2  são preferíveis aos da  curva R1; os pontos dacurva R3 são preferíveis aos da R2; e assim por diante.

EXEMPLO  ILUSTRATIVO:  Admitindo­se  para  um  determinado  investidor  asoportunidades  de  investimentos  A,  B  e  C,  identificados  nas  curvas  de  indiferençaconforme figura a seguir:

Para o investidor com grau de aversão ao risco, a alternativa "A" e a preferida, pois seencontra situada na curva de indiferença mais alta, onde o retomo esperado e maior emrelação a curva de baixo, para um mesmo nível de risco.

O investimento “B” é descartado, pois apresenta risco maior e menor retomo esperado.O  investimento  “C”,  ao  contrario,  tem  retorno  esperado  maior,  porem  risco  tambémmais elevado. A escolha entre “A” e “C” dependera da aceitação do maior risco ou não,para obter um maior retorno.

11.2. RETORNO ESPERADO DE UM PORTFOLIO

A  teoria  do  portfolio  trata  essencialmente  da  composição  de  urna  carteira  ótima  deativos,  tendo por objetivo principal  maximizar o grau de satisfação do  investidor pelarelação risco/retorno.

O retorno  esperado de carteira  composta por  mais de um ativo e definido pela  mediaponderada do retorno de cada ativo em relação a sua participação no total da carteira.

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onde:

EXEMPLO:  Supondo  uma  carteira  composta  por  duas  ações  (A  e  B)  com  retornosesperados de A = 20% e B = 40%, as quais apresentam, respectivamente, 40% e 60% dacarteira, calcular o retorno esperado da carteira.

11.3. DIVERSIFICAÇÃO DO RISCO

O  risco  de  um  ativo  qualquer  pode  ser  mensurado  pela  variabilidade  dos  retornosprojetados em  torno do  retorno esperado, ou seja, pelo grau de dispersão dos retornosem relação à media (desvio padrão).

Por meio da diversificação é possível reduzir o risco da carteira, combinando ativos comcorrelações negativas, lembrando que o risco total e constituído do risco diversificável,que  pode  ser  totalmente  ou  parcialmente  diluído  pela  diversificação  da  carteira,  e  dorisco sistemático (não­diversificável), que não pode ser eliminado.

Graficamente, o  conceito  de  diversificação  pode ser  representado  pela  figura  a  seguirapresentada,  que  relaciona  o  risco  (desvio  padrão)  da  carteira  com  a  quantidade  deativos inseridos na carteira.

11.3.1. REDUÇÃO DO RISCO PELA DIVERSIFICAÇÃO

EXEMPLO: Admitindo­se os retornos dos ativos X e Y para os cenários consideradosconforme a seguinte tabela:

Cenários Probabilidades Retorno de X Retorno de YOtimista 30% 20 4Provável 40% 14 12Pessimista 30% 2 18

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RETORNO ESPERADO DOS ATIVOSAtivos/Resultados Otimista  Provável  Pessimista  TotalATIVO X

Retorno (1) 20% 14% 2%Probabilidade (2) 30% 40% 30%

Retorno esperado (1) x (2) 6% 5,6% 0,6% 12,2

ATIVO YRetorno (1) 4% 12% 18%

Probabilidade (2) 30% 40% 30%Retorno esperado (1) x (2) 1,2% 4,8% 5,4% 11,4

ki k ki­k (ki­k)2 Pri (ki­k)2xPriATIVO XOtimista 20% 12,2% 7,8%  60,84% 30% 18,252%Provável 14% 12,2% 1,8% 3,24% 40% 1,296%Pessimista 2% 12,2%  ­10,2%  104,04% 30% 31,212%

50,76%ATIVO YOtimista 4% 11,4%  ­7,4%  54,76% 30% 16,428%Provável 12% 11,4% 0,6% 0,36% 40% 0,144%Pessimista 18% 11,4% 6,6%  43.56% 30% 13,068

29,64%

Supondo a mesma quantia investida nos dois ativos, o risco da carteira e calculado combase no retorno esperado ponderado.

CENARIO RETORNO ESPERADO DA CARTElRA = ki Pri kOtimista (20% x 50%) + ( 4% x 50) = 12%  30% 3,6Provável (14%x 50%) + (12% x 50) = 13%  40% 5,2Pessimista ( 2%x50%)+(18%ç50)= 10%  30% 3,0

Retorno esperado ponderado = 11,8

Desvio padrão de carteira:

Como podemos observar a correlação negativa entre os dois ativos proporcionou umaredução no risco da carteira (portfolio)

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Page 126: Apostila AFO

PROF. ANDREY XAVIER

FEVEREIRO, 2008

EXERCÍCIO: Calcular o risco. de uma carteira de ações, e de cada uma de suas ações(A, B e C) com base nos dados constantes da tabela apresentada a seguir e considerandoa participação de cada uma no valor total de A = 25%; B = 35% e C = 40%.

Cenários  Probabilidades Retorno deA

Retorno deB

Retorno deC

Pessimista 20% 8% 6% 18%Provável 50% 10% 12% 14%Otimista 30% 14% 16% 6%

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Page 127: Apostila AFO

PROF. ANDREY XAVIER

FEVEREIRO, 2008

12. BIBLIOGRAFIA

ASSAF,  A.  N.,  SILVA,  C.A.T.  Administração  do  capital  de  giro.  2.  ed.  São  Paulo:Atlas, 1998.ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.BRAGA,  R.  Fundamentos  e  técnicas  de  administração  financeira.  São  Paulo:  Atlas,1998.CASAROTTO  FILHO,  N.,  KOPITTKE,  B.  H. Analise  de  investimentos:  matemáticafinanceira, engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 8. ed. SãoPaulo: Atlas, 1998.GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. Porto Alegre: Bookman, 2001.IUDÍCIBUS,  S.,  MARTINS,  E.,  GELBECK,  E.  R.  Manual  de  contabilidade  dassociedades por ações: aplicável às demais sociedades. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.MARTINS, E., ASSAF NETO, A. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 1996.MATARAZZO, D. C. Analise financeira de balanços. 5, ed. São Paulo: Atlas, 1998.SANVICENT, A. Z. Administração financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

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