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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I PROFESSOR EDSON ANTONIO DELIBERALI FACULDADE ASSIS GURGACZ 2009

Apostila afo

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  • 1. ADMINISTRAO FINANCEIRA EORAMENTRIA IPROFESSOR EDSON ANTONIO DELIBERALIFACULDADE ASSIS GURGACZ 2009

2. 1CAPTULO 1 - FINANAS E O PAPEL DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO A Administrao Financeira um componente essencial no s do currculo escolar ou de um programa de treinamento profissional, mas em seu trabalho dirio, no importa a posio e tambm em sua vida pessoal. Administrar um negcio, seja um modesto empreendimento ou uma grande sociedade annima, envolve muitas funes diferentes. E finanas que faz com que tudo acontea; o que dirige todos os outros departamentos de uma organizao. Sem capital que atenda s necessidades da empresa, seja para financiar seu crescimento ou para atender s operaes do dia-a-dia, no podemos desenvolver e testar novos produtos, criar campanhas de marketing etc. O papel do administrador financeiro assegurar que esse capital esteja disponvel nos montantes adequados, no momento certo e ao menor custo. Se isso no ocorrer, a empresa no sobreviver. FINANAS a arte e a cincia de administrar fundos. Ocupa-se do processo, instituies, mercados e instrumentos envolvidos na transferncia de fundos entre pessoas, empresas e governos. Os ADMINISTRADORES FINANCEIROS administram ativamente as finanas de todos os tipos de empresas, financeiras ou no financeiras, privadas ou pblicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como oramentos, previses financeiras, administrao do caixa, administrao do crdito, anlise de investimentos e captao de fundos.Para uma empresa sobreviver e manter-se num mercado cada vez mais competitivo torna-se necessrio que as decises sejam apoiadas em informaes precisas e atualizadas. _______________________________________________1.1 FORMAS BSICAS DE ORGANIZAO EMPRESARIALa) Firma individual empresas de propriedade de uma nica pessoa que opera visando a seu prprio lucro. Corresponde a 75% das empresas. O proprietrio tem responsabilidade ilimitada. b) Sociedades dois ou mais proprietrios dirigindo conjuntamente um empreendimento, com fins lucrativos. Representam cerca de 10% de todos os negcios. Forma-se a partir de um contrato social. c) Sociedade annima entidade empresarial intangvel, criada por lei. Cerca de 15% das empresas so S/A, mas a forma dominante de organizao empresarial. Responde por 90% das receitas e 80% dos lucros lquidos. _______________________________________________1.2 A FUNO DA ADMINISTRAO FINANCEIRA As pessoas de todas as reas de responsabilidade da empresa contabilidade, produo, marketing, recursos humanos, pesquisas e assim por diante necessitam interagir com o pessoal de finanas para realizar seu trabalho. Todos tm de justificar necessidades de acrscimo de funcionrios, negociar oramentos operacionais, preocupar-se com a avaliao do desempenho financeiro e defender propostas que tenham mritos financeiros, para conseguir recursos da alta administrao.Relao com a Economia o administrador financeiro deve compreender o arcabouo econmico e estar atento s conseqncias dos vrios nveis de atividade econmica e das mudanas na poltica econmica. Deve ser capaz tambm de utilizar as teorias econmicas como diretrizes para realizar operaes comerciais com eficincia. So exemplos a anlise de oferta e procura, as estratgias de maximizao do lucro e a teoria de preos.Administrao Financeira e Oramentria 3. 2 Relao com a Contabilidade Duas diferenas bsicas: a nfase no fluxo de caixa (reconhece as receitas e despesas apenas no momento que ocorrem entradas e sadas efetivas de caixa) e na tomada de deciso ( o contador volta sua ateno para a coleta e apresentao dos dados financeiros, o administrador utiliza esses dados, na forma como se apresentam ou aps realizar alguns ajustes, e os toma como um importante insumo ao processo de tomada de deciso, avaliando riscos e retornos inerentes. _______________________________________________1.3 ATIVIDADES-CHAVES DO ADMINISTRADOR FINANCEIROO administrador financeiro o principal responsvel pela criao de valor para o acionista ou proprietrio da empresa.A administrao financeira envolve basicamente a gesto de recursos financeiros. Como obter esses recursos e onde aplic-los a atividade principal do administrador financeiro. Ento, as atividades primrias fundamentais do gestor financeiro so: a) realizar anlise e planejamento financeiro, ou seja, a transformao dos dados financeiros de forma que possam ser utilizados para monitorar a situao financeira da empresa, avaliao da necessidade de se aumentar (ou reduzir) a capacidade produtiva e a determinao de aumentos (ou redues) dos financiamentos requeridos. Embora essas atividades estejam fortemente embasadas em demonstrativos financeiros elaborados com base no regime de competncia, seu objetivo fundamental avaliar o fluxo de caixa da empresa e desenvolver planos que assegurem que os recursos adequados estaro disponveis para o alcance dos objetivos. b) tomar decises de investimento aplicao de capital em algum ativo, tangvel ou no, para obter determinado retorno no futuro; determinar a combinao de ativos constantes no balano patrimonial da empresa, ou seja, determinar qual o montante de recursos aplicados em ativos circulantes e quanto em ativos permanentes, buscando manter nveis timos para cada tipo de ativo circulante e quais os melhores ativos permanentes a adquirir, modificar, substituir ou liquidar. Essas decises so importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecuo de seus objetivos. c) tomar decises de financiamento - envolvem a escolha da estrutura de capital, a determinao do custo de capital e a captao de recursos. Remetem, portanto, definio das fontes de financiamentos a serem utilizadas nas atividades da empresa e nos projetos de investimento. Os recursos financeiros advm de duas fontes: capital prprio e capital de terceiros. O capital prprio formado por recursos dos proprietrios e acionistas da empresa, recursos de longo prazo; o capital de terceiros entra na empresa por meio de emprstimos (curto prazo) e financiamentos (longo prazo) obtidos junto a instituies financeiras. As dvidas da empresa com fornecedores (duplicatas a pagar), com funcionrios (salrios a pagar) e com o governo (tributos a pagar) tambm constituem recursos de terceiros disposio da empresa.As principais decises financeiras seguem dois eixos: deciso de investimento ou deciso de financiamento. _______________________________________________1.4 OBJETIVOS DO ADMINISTRADOR FINANCEIROO papel do administrador financeiro assegurar que o capital esteja disponvel nos montantes adequados, no momento certo e ao menor custo. Se isso no ocorrer, a empresa no sobreviver.I Maximizar o lucro? Buscar o maior retorno monetrio possvel. Falhas ignora a data da ocorrncia dos retornos (timing); ignora o fluxo de caixa disponvel aos acionistas (as receitas da companhia no representam fluxo de caixa disponvel aos acionistas) e ignora o risco (possibilidade de que os resultados realizados possam ser diferentes daqueles esperados). Administrao Financeira e Oramentria 4. 3 II Maximizao da riqueza do acionista a riqueza dos proprietrios de uma sociedade annima medida pelo preo da ao, o qual, por sua vez, baseia-se na data da ocorrncia dos retornos (fluxos de caixa), em sua magnitude e em seu risco. III Preservar a riqueza dos stakeholders (grupos tais como empregados, clientes, fornecedores, credores e outros que possuem vnculo econmico direto com a empresa) minimizar a rotatividade, os conflitos e os litgios. IV Resolver os conflitos de Agency conflito inerente administrador x proprietrios (administrador colocar seus objetivos pessoais frente dos objetivos da empresa). Esses conflitos levam a retornos inferiores aos acionistas e perda potencial de riqueza para os proprietrios. V tica padres de conduta ou de juzo moral motivar empresas e participantes de mercado a aderir tanto prescrio quanto ao esprito das leis e s regulamentaes concernentes a todos os aspectos da prtica empresarial e profissional. Um programa de tica pode : reduzir potenciais litgios e custos de ajuizamentos, manter uma imagem positiva da empresa, reforar a confiana dos acionistas e ganhar a fidelidade, o comprometimento e respeito de todos os constituintes da empresa. Tais atos, mantm e reforam o fluxo de caixa e reduz o risco percebido, afetando positivamente o preo da ao da empresa. _______________________________________________ 1.5 PRINCIPAIS FUNES DO ADMINISTRADOR FINANCEIROO objetivo do administrador financeiro aumentar o valor do patrimnio lquido da empresa, por meio da gerao de lucro lquido, decorrente das atividades operacionais da empresa. Para realizar essa tarefa, o gestor financeiro precisa ter um sistema de informaes gerenciais que lhe permita conhecer a situao financeira da empresa e tomar as decises mais adequadas, maximizando seus resultados.O gestor financeiro o principal responsvel pela criao de valor da empresa e, para isso, envolve-se, cada vez mais, com os negcios da empresa como um todo. Suas atividades abrangem decises estratgicas, como a seleo de alternativas de investimento e as decises de financiamento de longo prazo, alm das operaes de curto prazo, como a gesto do caixa, o gerenciamento do risco e tantas outras. Sua rea de abrangncia ampla, ocupando-se do processo financeiro, dos mercados e das instituies financeiras, dos instrumentos financeiros e das finanas pessoais, governamentais e cooperativas. Suas principais atividades so: Administrao do caixa - efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de caixa; Contas a receber controlar as contas a receber relativas s vendas a prazo; Contas a pagar controlar as contas a pagar relativas s compras a prazo, impostos, despesas operacionais e outras; Administrao de crdito e cobrana - analisar a concesso de crdito aos clientes e administrar o recebimento dos crditos concedidos. Captao e Aplicao de Recursos Financeiros - analisar e negociar a captao dos recursos financeiros necessrios, bem como a aplicao dos recursos financeiros disponveis; deciso de financiamento; deciso de investimento; Planejamento e controle financeiro - analisar os resultados financeiros e planejar aes necessrias para obter melhorias; Relaes com bancos; Administrao de custos e preos. Essas funes surgem e se expandem, ou desaparecem, dependendo das necessidades de cada empresa, variando segundo sua natureza, porte e estgio de desenvolvimento. As funes financeiras podem ser de curto ou longo prazo. As funes de curto prazo envolvem a administrao do caixa, do crdito e contas a receber e a pagar, dos estoques e dos financiamentos de curto prazo. A empresa precisa dispor de recursos suficientes para saldar os compromissos com fornecedores, salrios, tributos e demais contas. Para tanto, os recebimentos das vendas e/ou prestao de servios precisam ocorrer simultaneamente aos compromissos. Quando existem prazos diferentes entre os recebimentos e os Administrao Financeira e Oramentria 5. 4 pagamentos, na maioria das vezes, a empresa precisa buscar recursos no mercado financeiro, por meio de emprstimos, ou aplicar os recursos excedentes. A administrao financeira de curto prazo tambm chamada de administrao do capital circulante (ou do capital de giro). No curto prazo, o administrador financeiro preocupa-se ainda com os planejamentos financeiro e tributrio. O hiato entre recebimentos e pagamentos origina-se nas polticas de concesso de crdito a clientes e obteno de crdito junto a fornecedores, diferentes prazos legais para pagamentos de salrios e tributos; diferentes polticas de estocagem e diferentes ciclos de produo. As funes financeiras de longo prazo envolvem as decises financeiras estratgicas, tais como, oramento de capital, estrutura de capital, custo de capital, relacionamento com investidores, dentre outras. No longo prazo, as decises financeiras envolvem a obteno de recursos para projetos e investimentos e definio dos critrios a serem adotados para escolha entre investimentos alternativos. O administrador financeiro responsvel pela sade econmica e financeira da empresa. _______________________________________________1.6 PROBLEMAS RELACIONADOS COM UMA GESTO FINANCEIRA INADEQUADAA inexistncia de uma adequada gesto financeira pelas empresas provoca uma srie problemas de anlise, planejamento e controle financeiro das suas atividades operacionais, entre os quais citamos: a) No ter as informaes corretas sobre saldo do caixa, valor dos estoques das mercadorias, valor das contas a receber, valor das contas a pagar, volume das despesas fixas ou financeiras, etc. Isso ocorre porque no fazem o registro adequado das transaes realizadas. b) No saber se a empresa est tendo lucro, ou no, em suas atividades operacionais, porque no elaboram o demonstrativo de resultados. c) No calcular corretamente o preo de venda de seus produtos, porque no conhecem os seus custos e despesas. d) No conhecer corretamente o volume e a origem dos recebimentos, e o volume e o destino dos pagamentos, porque no elaboram o fluxo de caixa. e) No saber o valor patrimonial da empresa, porque no elaboram o balano patrimonial. f) No saber quanto os scios retiram de pr-labore, porque no estabelecem um valor fixo para a remunerao dos scios. g) No conhecer corretamente o custo das mercadorias vendidas, porque no fazem um registro adequado do estoque de mercadorias. h) No saber corretamente o valor das despesas fixas da empresa, porque no fazem separao das despesas pessoais dos scios em relao s despesas da empresa. i) No saber administrar corretamente o capital de giro da empresa, porque no conhecem o ciclo financeiro de suas operaes. j) No fazer anlise e planejamento financeiro da empresa, porque no tem um sistema de informaes gerenciais (fluxo de caixa, demonstrativo de resultados e balano patrimonial). Administrao Financeira e Oramentria 6. 5 CAPTULO 2 O AMBIENTE OPERACIONAL DA EMPRESA Qualquer pessoa que se encontre nos negcios deve compreender o ambiente total no qual a empresa opera. Esse ambiente inclui o governo federal e suas mltiplas entidades reguladoras, as instituies financeiras, os mercados monetrio e de capitais.Como as regulamentaes governamentais e as polticas mudam frequentemente, todo administrador deve estar bem informado, de modo a monitorar e antecipar mudanas e posicionar a empresa para, assim, reagir prontamente. As regulamentaes afetam a maneira como operamos, avaliamos o risco, determinamos e depuramos os custos dos produtos, investimos os recursos da empresa e financiamos nossas atividades.A demanda de nossos produtos afetada diretamente pelas condies econmicas mundiais. As taxas de juros so influenciadas pelo ambiente poltico e empresarial, e se constituem em fator crtico para a atividade econmica. Muitas decises empresariais, tais como o momento oportuno para dispndios de capital e a oferta de ttulos, baseiam-se nos nveis da taxa de juros.O planejamento tributrio outra rea onde devemos acompanhar as mudanas propostas e agir quando e se elas ocorrem.A habilidade para acompanhar, reconhecer e adaptar-se s mudanas no contexto empresarial uma capacitao gerencial chave. _______________________________________________2.1 AS EMPRESAS NO AMBIENTE ECONMICOO gestor financeiro necessita conhecer a estrutura do mercado em que sua empresa est inserida para atuar melhor em negociaes comerciais, no estabelecimento de preos de venda e de cotaes de compra. Isso envolve, inclusive, as polticas econmicas do governo. As empresas compram, vendem, prestam servios, pagam impostos, tomam recursos emprestados, enfim, interagem com outros agentes econmicos, no pas e no exterior. Essas relaes ocorrem sob a vigncia de normas legais, fiscais, fitossanitrias e outras. As empresas, alm de serem pressionadas por seus clientes por melhores servios e menores preos, so fiscalizadas por diversos rgos governamentais. Muitas vezes esto sujeitas a variaes em suas condies de operao: a demanda de seus produtos e servios, custos do dinheiro, alteraes nas leis regulatrias do setor de atuao, mudanas tributrias e variaes na conjuntura internacional. Esse conjunto de fatores caracteriza o ambiente econmico no qual a empresa est inserida. Empresas com muitos concorrentes tm menores possibilidades de aumentar os preos praticados; empresas com muitos fornecedores tm maior poder de barganha quando da aquisio de matrias-primas e insumos. Os perfis dos fornecedores, dos clientes e dos produtos da empresa caracterizam o seu mercado. As polticas econmicas referem-se s aes do governo no sentido de controlar e regular a atividade econmica. Mesmo os pases com governos liberais interferem na atividade econmica para fomentar o crescimento e a estabilidade econmicos e garantir a equitatividade. Bancos, companhias de crdito, taxas de juros, taxas de cmbio, ttulos de dvida e falta de dinheiro constituem o ambiente financeiro das empresas, junto de inmeros outros fatores que, apesar de no estarem diretamente relacionados atividade-fim das empresas, tm grande influncia nas finanas empresariais. O mercado financeiro o local da interao dos agentes econmicos superavitrios e deficitrios, intermediados pelos agentes financeiros, regulados e fiscalizados pelo governo e outros organismos. No jargo do mercado financeiro comum ouvir que o mercado est agitado, nervoso ou calmo. O termmetro utilizado a variao das taxas de juros e variaes nas cotaes das moedas e dos papis negociados diariamente em Bolsas de Valores, e diretamente entre os intermedirios financeiros. No Brasil, essas variaes so decorrncias da divulgao de: a) decises do COPOM (Comit de Poltica Monetria) taxa bsica de juros, taxa de recolhimentos compulsrios, decises administrativas relacionadas s atividades financeiras; b) fatores internos saldos da balana comercial, balano de pagamentos, dvida pblica e decises de poltica econmica, para manuteno da estabilidade de preos;Administrao Financeira e Oramentria 7. 6 c) fatores externos taxas de juros no mercado americano, variaes nos ndices das bolsas americanas e variaes nas cotaes de petrleo e imagem do pas no exterior. Taxa de juros o ndice, ou o percentual de um montante emprestado, pago a ttulo de remunerao pela operao. A taxa de juros nominal (taxa que a instituio financeira afirma cobrar do tomador de emprstimo) formada por uma taxa de juros livre de risco mais um prmio pela inflao, um prmio pelo risco (de inadimplncia e de vencimento). Isso permite entender por que as taxas de juros variam de uma operao para outra. As empresas e o governo brasileiro, quando contratam emprstimos no exterior ou vendem ttulos nos mercados externos, so obrigados a pagar taxas elevadas em funo da classificao de riso do pas e das empresas. Para o mercado interno brasileiro, o Banco Central estabelece a taxa de juros bsica da economia, a taxa SELIC, considerando os fatores externos e internos anteriormente mencionados. As demais taxas praticadas pelas instituies financeiras tomam a taxa SELIC por base e a ela agregam os fatores de risco. Para o tomador de emprstimos, no Brasil, ainda importante lembrar que sobre as operaes de crdito incidem as taxas de abertura de crdito ou de manuteno de cadastro, cobradas pelas instituies financeiras e os impostos sobre operaes de crdito.2.1.1 Condies Gerais da EconomiaExistem muitas variveis que determinam a demanda e oferta de recursos, sendo importante citar: nvel do produto interno bruto, polticas econmicas, nvel de emprego, inflao, taxas de juros e outros. A empresa precisa acompanh-las e avaliar seus efeitos sobre seu custo de capital.2.1.2 Condies de MercadoOs agentes do mercado financeiro e de capitais so muito sensveis s mudanas da economia, adequando, continuamente suas polticas e prticas de negcios. Em pocas de turbulncia comum, por exemplo, os bancos retrarem a oferta de crdito e elevarem as taxas de juros e spreads (taxa de intermediao cobrada pelos bancos). Da mesma forma, os investidores atuais e potenciais da empresa mudam sua disposio quanto ao risco que desejam assumir e quanto ao prmio que cobram por assumi-los. O gestor financeiro precisa, tambm, conhecer as principais caractersticas financeiras dos participantes do mercado no qual atua a sua empresa, envolvendo clientes, fornecedores e concorrentes, entre as quais citamos: a) Clientes: - quantidade de clientes, por regio e geral; - volume mdio de vendas por cliente, por tipo de produto e geral; - prazo mdio e forma de pagamento das vendas; b) Fornecedores: - quantidade de fornecedores, por tipo de produto; - volume mdio de compras por fornecedor; - prazo mdio de pagamento das compras; c) Concorrentes: - quantidade de concorrentes, por regio e por tipo de produto; - preo mdio por tipo de produto; - prazo mdio e forma de pagamento das vendas._______________________________________________2.2 ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONALO Sistema Financeiro Nacional constitudo por: Administrao Financeira e Oramentria 8. 7 a) Conselho Monetrio Nacional que tem a finalidade de formular a poltica da moeda e do crdito como previsto em lei, objetivando o progresso econmico e social do Pas. O CMN acaba sendo o conselho de poltica econmica do pas, visto que o mesmo responsvel pela fixao das diretrizes da poltica monetria, creditcia e cambial. Atualmente, seu presidente o prprio Ministro da Fazenda. b) Banco Central do Brasil - Compete ao Banco Central da Repblica do Brasil cumprir e fazer cumprir as disposies que lhe so atribudas pela legislao em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetrio Nacional. O BACEN o rgo responsvel pela execuo das normas que regulam o SFN. So suas atribuies agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da poltica monetria, banco emissor e banqueiro do governo. (www.bc.gov.br) c) Comisso de Valores Mobilirios - a CVM um rgo normativo voltado ao mercado de aes e debntures. Ela vinculada ao Governo Federal e seus objetivos podem ser sintetizados em apenas um: o fortalecimento do mercado acionrio. (www.cvm.gov.br) d) Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional; e) bancos comerciais; caixas econmicas; cooperativas de crdito; bancos comerciais; cooperativos; f) bancos de investimento; g) bancos de desenvolvimento; h) sociedades de crdito, financiamento e investimento; i) sociedades de arrendamento mercantil; j) sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios; sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios; k) bolsas de valores; bolsas de mercadorias e de futuros; l) Sistema Especial de Liquidao e Custdia (SELIC); m) Central de Liquidao Financeira e de Custdia de Ttulos (CETIP); n) sociedades de crdito imobilirio; o) associaes de poupana e emprstimo. A LEI N 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964 dispe sobre a Poltica e as Instituies Monetrias, Bancrias e Creditcias, Cria o Conselho Monetrio Nacional e d outras providncias. Administrao Financeira e Oramentria 9. 8 FIGURA 1 ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO Fonte: Apostila Exitus Administrao Financeira e Oramentria 10. 9 2.3 INSTITUIES FINANCEIRAS E MERCADOSSo importantes elementos do ambiente operacional de uma empresa. Empresas que necessitam de fundos de fontes externas podem obt-los de trs formas: atravs de instituies financeiras (intermedirios que canalizam as poupanas de indivduos, empresas e governos para emprstimos ou investimentos) que captam poupana e as transferem para aqueles que precisam de fundos; atravs de mercados financeiros foros organizados onde fornecedores e tomadores de vrios tipos de fundos podem realizar transaes; e atravs de colocao privada. De acordo com Art. 17 da LEI N 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964, consideram-se instituies financeiras, para os efeitos da legislao em vigor, as pessoas jurdicas pblicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessria a coleta, intermediao ou aplicao de recursos financeiros prprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custdia de valor de propriedade de terceiros Existem dois mercados financeiros bsicos: o mercado monetrio e o mercado de capitais. As transaes com instrumentos de dvida de curto prazo (vencimento de um ano ou menos) ou com valores mobilirios negociveis (Letras do Tesouro, certificados de depsitos etc) realizam-se no mercado monetrio. Os ttulos de longo prazo com vencimento acima de um ano - (ttulos de dvida e aes) so negociados no mercado de capitais._______________________________________________2.4 TAXAS DE JUROS E RETORNOS REQUERIDOSTaxa de juros a compensao paga pelo tomador de fundos ao credor; do ponto de vista do tomador de fundos o custo de tomar emprestado os fundos. O nvel dessa taxa atua como um regulador que controla o fluxo entre fornecedores e tomadores de fundos. Quando os fundos so obtidos atravs da venda de um direito de propriedade como na venda de aes o custo para o emissor (tomador) normalmente chamado de retorno requerido, o qual reflete o nvel de retorno esperado pelo fornecedor de fundos. Ignorando o fator de risco, a taxa de juros nominal ou de mercado (custo dos fundos) resultante da taxa de juros real ajustada pelas expectativas inflacionrias e pelas preferncias por liquidez preferncias dos investidores em geral por ttulos de menor prazo. Taxa de juros real = taxa que cria um equilbrio entre o fornecimento de poupana e a demanda por fundos de investimento em um mundo perfeito, sem inflao, onde os fornecedores e tomadores de fundos no tm preferncia por liquidez e todos os resultados so certos. Taxa de juros nominal ou corrente (retorno) = a efetiva taxa de juros cobrada pelo fornecedor de fundos e paga pelo tomador. Ela difere da taxa de juros real devido a dois fatores: expectativas inflacionrias refletidas em um prmio pela inflao (IP) e caractersticas do emissor e da emisso, tais como o risco de inadimplncia e condies contratuais, refletidas em um prmio pelo risco (RP).K1 = k* + IP + RP1 Onde: K1 = taxa de juros nominal ou corrente K* = taxa real IP = Prmio pela inflao RP = Prmio pelo riscoSendo k* + IP = taxa livre de Risco = RF Temos: k1 = RF + RP1 Ento, taxa livre de risco = RF = k* + IP A taxa de juros sem risco RF o retorno requerido de um ativo sem risco, tipicamente uma letra de 3 meses do Tesouro dos Estados Unidos. Administrao Financeira e Oramentria 11. 10 O prmio pelas expectativas inflacionrias representa a taxa de inflao mdia esperada (mudana no nvel de preos) durante o prazo do emprstimo ou investimento. O prmio pela expectativa inflacionria muda com o tempo, em resposta a muitos fatores, incluindo taxas de inflao recentes, polticas governamentais e eventos internacionais. _______________________________________________2.5 ESTRUTURA A TERMO DAS TAXAS DE JUROS Relaciona a taxa de juros ou a taxa de retorno ao prazo de vencimento. Rendimento at o vencimento = taxa de retorno = taxa anual de juros ganha sobre um ttulo comprado em um dado dia e mantido at o vencimento. Curva de rendimento = grfico de estrutura a termo das taxas de juros que mostra a relao entre o rendimento de um ttulo at o vencimento (eixo y) e o prazo de vencimento (eixo x), mostra configurao das taxas de juros de ttulos de igual qualidade e diferentes vencimentos.2.5.1 Teorias da estrutura a termoa) a hiptese das expectativas sugere que a curva de rendimento reflete as expectativas em relao s taxas de juros futuras. Expectativas de uma inflao crescente resultam em uma curva de rendimento de inclinao ascendente e expectativas de inflao decrescente resultam numa curva de rendimento de inclinao descendente. b) Teoria da preferncia pela liquidez sugere que, para qualquer emissor, as taxas de juros de longo prazo tendem a ser mais altas que as taxas de juros de curto prazo, devido a menor liquidez e a maior sensibilidade dos ttulos de prazos mais longos aos movimentos gerais da taxa de juros; isso faz com que a curva de rendimentos seja de inclinao ascendente. c) Teoria da segmentao de mercado sugere que o mercado de emprstimos segmentado com base nos vencimentos e que as fontes de oferta e demanda por emprstimo, dentro de cada segmento, determinam sua taxa de juros prevalecente; a inclinao da curva de rendimento determinada pela relao geral entre as taxas prevalecentes em cada segmento. Dessas 3 teorias podemos concluir que, em qualquer momento, a inclinao da curva de rendimento afetada por:Expectativas inflacionriasPreferncias por liquidezEquilbrio comparativo da oferta e de demanda nos segmentos de mercado de curto e longo prazo.A inclinao ascendente da curva de rendimento conseqncia de expectativas de inflao futura mais alta,da preferncia dos credores por emprstimo com vencimentos menores e da maior oferta de emprstimos decurto prazo que de emprstimos de longo prazo com relao a sua respectiva demanda.Prmio pelo risco O prmio pelo risco varia conforme as caractersticas especficas do emissor e da emisso; e faz com que ttulos com vencimento similares tenham taxas de juros nominais diferentes. O prmio pelo risco, RP, consiste de vrios componentes relativos ao emissor e emisso que incluem risco de inadimplemento, risco de vencimento, risco de liquidez, condies contratuais e risco tributrio. Risco e retorno tradeoff entre risco e retorno expectativa de que, por aceitar maior risco, os investidores devem ser compensados com maiores retornos. _______________________________________________2.6 TRIBUTAO DE PESSOA JURDICAAs empresas, assim como os indivduos, devem pagar impostos sobre suas rendas. Independentemente de sua forma legal, todas as empresas podem auferir dois tipos de renda: Lucro normal ou operacionalAdministrao Financeira e Oramentria 12. 11Ganhos de CapitalLUCRO NORMAL OU OPERACIONAL - um lucro obtido com a venda de produtos ou servios da empresa. GANHOS DE CAPITAL - Diferena positiva entre o preo de venda de um ativo e o seu preo de compra2.6.1 Rendimento de Juros e DividendosNo processo de determinao do lucro tributvel, quaisquer juros recebidos pela sociedade annima so computados como lucro normal e, portanto, tributados conforme as alquotas tributrias aplicveis empresa. Os dividendos recebidos sobre aes ordinrias e preferenciais de outras sociedades annimas e que representam menos que 20% do direito de propriedade delas, por outro lado, esto sujeitos a uma iseno de 70%, para fins tributrios.. Devido a iseno dos dividendos, somente 30% desses dividendos interempresariais so includos como lucro normal (para evitar uma tripla tributao).Ex.: Uma empresa recebeu no ano passado, R$ 100.000,00 de juros sobre suas aplicaes em ttulos e R$ 100.000,00 em dividendos sobre as aes ordinrias que possua de outras sociedades annimas. A empresa est sujeita a uma alquota de IR de 40% e tem direito a uma iseno de 70% sobre os dividendos interempresariais recebidos. O lucro aps IR de cada um desses investimentos obtido como se segue: Rendimento de juros Rendimento de dividendos (1) Valor antes IR100.000,00 100.000,00Menos iseno aplicvel 0,00 70.000,00VALOR TRIBUTVEL 100.000,0030.000,00 (2) Imposto (40%)40.000,0012.000,00VALOR APS IR 60.000,00 88.000,00A ISENO DOS DIVIDENDOS AUMENTA A ATRATIVIDADE DOS INVESTIMENTOS EM AES EM COMPARAO COM OS INVESTIMENTOS EM TTULOS DE RENDA FIXA.2.6.2 Despesas dedutveis do Imposto de RendaAs sociedades annimas podem, no clculo de seus impostos, deduzir despesas operacionais tais como despesas de publicidade, comisses de vendas, crdito em liquidao, bem como despesas de juros. A deduo dessas despesas reduz o seu custo aps o IR, tornando-as menos onerosas do que pareciam a princpio. Exemplo: As companhias X e Y esperam obter, no prximo ano, cada uma, lucros antes dos juros e impostos de R$ 200.000,00. A companhia X ter de pagar R$ 30.000,00 de juros, durante o ano; a Cia. Y no tem dvida em ttulos e, portanto, no ter despesas de juros. Considerando alquota de 40% de IR, o clculo do lucro depois do IR fica: Cia. X Cia. Y Lucro antes dos juros e IR (LAJIR) 200.000,00 200.000,00 Menos: despesas de juros 30.000,00 0,00 Lucro antes do IR (LAIR) 170.000,00 200.000,00 Menos: IR (40%) 68.000,00 80.000,00 Lucro aps IR102.000,00120.000,00Diferena dos lucros aps o IR = 120.000,00 102.000,00 = 18.000,00 Os dados mostram que, embora a Cia. X tenha R$ 30.000,00 de despesas de juros a mais que a Cia. Y, seus lucros aps o IR so de somente R$ 18.000,00 a menos. Essa diferena atribuda ao fato de que a deduo das despesas de juros propiciou uma economia de IR de R$ 12.000,00.Obs.: Os juros so despesas dedutveis do IR, enquanto que os dividendos no so.Administrao Financeira e Oramentria 13. 12CAPTULO 2 EXERCCIOS PARA FIXAO DE CONTEDO1) Para estimar a taxa de juros real, a diviso de economia de uma importante holding bancria coletou osdados resumidos no quadro a seguir. Em vista da alta probabilidade de ser aprovada uma nova legislaotributria no futuro prximo, dados atuais, bem como dados que refletem o provvel impacto da novalegislao sobre a demanda por fundos, tambm foram includos na tabela (nota: a legislao no ternenhum impacto sobre a oferta prevista de fundos. Suponha um mundo perfeito, onde a inflaoesperada zero, os fornecedores de fundos e os tomadores no tm preferncia pela liquidez e todosos resultados so certos).a) desenhe a curva de oferta e a curva de demanda por fundos, usando os dados atuais;b) usando seu grfico, identifique e anote a taxa de juros real utilizando os dados atuais;c) adicione ao grfico traado em a a nova curva de demanda esperada, caso venha a efetivar-se amudana da legislao tributria.d) Qual a nova taxa de juros real? Compare e analise esse resultado luz de sua anlise em b. Montantede fundosATUALMENTE Se a legislao tributria fornecidos/tomadosfor aprovada (em R$ bilhes)Taxa de juros requeridas Taxa de juros requerida Taxa de juros requeridaspelos fornecedoresde pelos tomadores de fundos pelos tomadores de fundosfundos (%) (%) (%)1 2795 368 10 447 20 636 50 724100 913 2) Uma empresa que deseja avaliar o comportamento da taxa de juros, coletou dados de retorno sobrecinco ttulos do Tesouro dos Estados Unidos, cada um com diferente vencimento e todos medidos namesma data. Segue a sntese dos dados. Ttulos do Tesouro dos EUApoca de vencimentoRendimento (%) A 1 ANO12,6 B 10 ANOS11,2 C 6 MESES13,0 D 20 ANOS11,0 E5 ANOS11,4 a) desenhe a curva de rendimentos associada aos dados acima; b) descreva a curva de rendimentos e explique as expectativas gerais implcitas nela. Administrao Financeira e Oramentria 14. 13 3) Um estudo recente sobre as expectativas inflacionrias revelou que h consenso entre os analistaseconmicos acerca das seguintes taxas de inflao mdia anual esperada para os perodos assinalados.(Nota: suponha que o risco de movimentos na taxa de juros afetarem mais os vencimentos de longoprazo que os vencimentos de curto prazo seja zero, isto , que no haja risco de vencimento.)PERODO TAXA DE INFLAO MDIA ANUAL (%)3 meses51 ano6 5 anos810 anos 8,520 anos9 a) se a taxa de juros real atualmente 2,5%, obtenha a taxa de juros nominal para cada uma das seguintesemisses do Tesouro: ttulo de dvida a 20 anos; letra a 3 meses; nota a 1 ano; ttulo de dvida a 5 anos. b) Se a taxa de juros real cair a 2% inesperadamente, sem qualquer mudana nas expectativasinflacionrias, que efeito, se houver, isto teria sobre suas respostas em a? Explique. c) Usando os resultados obtidos em a, trace a curva de rendimentos para os ttulos do Tesouro. Descrevaa configurao geral e as expectativas refletidas pela curva. 4) Uma empresa que deseja avaliar o comportamento da taxa de juros coletou dados da taxa de jurosnominal e expectativas inflacionrias sobre cinco ttulos do Tesouro dos Estados Unidos, cada um delescom diferente vencimento e medidos em diferentes datas, durante o ano passado. (Nota: suponha que orisco de os movimentos na taxa de juros futura afetarem mais os vencimentos de longo prazo do que osvencimentos de curto prazo seja zero, isto , no haja risco de vencimento). Esses dados estosintetizados no quadro a seguir:Ttulo do Tesouro dosData Vencimento Taxa de juros nominal ExpectativasEUA(%)inflacionrias (%) A7 jan1 ano12,69,5 B 12 mar10 anos11,28,2 C 30 mai6 meses13,0 10,0 D 15 ago20 anos11,08,1 E 30 dez 5 anos11,48,3 a) usando os dados acima, calcule a taxa de juros real em cada data; b) descreva o comportamento da taxa de juros real durante o ano. Que foras poderiam ser responsveispor tal comportamento? c) Trace a curva de rendimento associada a esses dados, supondo que as taxas nominais tenham sidomedidas na mesma data; d) Descreva a curva de rendimento resultante e explique as expectativas gerais nela implcitas. Administrao Financeira e Oramentria 15. 14 5) Os seguintes dados de retorno para vrios ttulos de dvida de sociedades annimas altamentequalificadas foram observados em cada uma das trs datas apontadas.PrazodevencimentoRETORNO (anos)5 ANOS ATRS 2 ANOS ATRSHOJE1 9.114.6 9.33 9.212.8 9.85 9.312.210.9 10 9.510.912.6 15 9.410.712.7 20 9.310.512.9 30 9.410.513.5a) sobre o mesmo conjunto de eixos, trace a curva de rendimento de cada uma das trs datas dadas. b) Identifique cada curva obtida conforme sua configurao geral (inclinao descendente, ascendente,plana) e descreva a expectativa de inflao geral e da taxa de juros existente em cada uma das trsdatas. 6) A taxa de juros real atualmente 3%; a expectativa de inflao e o prmio pelo risco para algunsttulos so dados abaixo. TTULO Prmio pela expectativa de inflao (%) Prmio pelo risco (%) A 63 B 92 C 82 D 54 E 11 1 a) obtenha a taxa de juros livre de risco aplicvel a cada ttulo; b) embora no notado, qual fator pode ser a causa das diferentes taxas livres de risco encontradas em a? c) obtenha a taxa de juros nominal para cada ttulo. 7) Voc est tentando encontrar a taxa de juros nominal para cada um dos dois ttulos A e B emitidospor diferentes empresas na mesma data. Os seguintes dados foram coletados: CARACTERSTICASTTULO ATTULO B Prazo de vencimento 3 anos 15 anos Prmio pela expectativa de inflao9,0% 7,0% Prmio pelo risco por:Risco de inadimplemento 1,0% 2,0%Risco de vencimento 0,5% 1,5%Risco de liquidez 1,0% 1,0% Outros riscos0.5% 1,5% Administrao Financeira e Oramentria 16. 15 a) se a taxa de juros real atualmente 2%, obtenha a taxa de juros livre de risco aplicvel a cada ttulo; b) obtenha o total de prmio pelo risco atribuvel s caractersticas do emissor e da emisso de cadattulo; c) calcule a taxa de juros nominal para cada ttulo. Compare e discuta seus resultados. 8) Uma empresa teve, no final do ano, lucros operacionais de R$ 280.000,00. Durante o ano, a empresavendeu aes de outra companhia por R$ 180.000,00, ou seja, R$ 30.000,00 acima de seu preo decompra original de R$ 150.000,00, pagos no ano anterior. a) qual o montante, se houver, de ganhos de capital realizados durante o ano? b) Quanto o total do lucro tributvel que a empresa ganhou durante o ano e o total de imposto devido pela empresa? 9) Durante o ano passado, uma empresa teve lucros operacionais antes do imposto de renda de R$490.000,00. Adicionalmente, durante o ano, recebeu R$ 20.000,00 em rendimento de juros sobrettulos de dvida emitidos por outra empresa e recebeu R$ 20.000,00 em dividendos sobre seus 5% deaes ordinrias que possui de uma terceira empresa. Considerando que a empresa est na faixatributria de 40% a.a e pode optar pela iseno de 70% dos dividendos relativos s suas aes.a) calcule o imposto de renda a pagar somente sobre os lucros operacionais;b) encontre o imposto de renda a pagar e o montante aps o IR atribuvel receita de jurosprovenientes dos ttulos de dvida;c) encontre o imposto de renda a pagar e o montante aps o IR atribuvel aos rendimentosprovenientes das aes ordinrias;d) compare, contraste e discuta os montantes, depois do IR, resultante dos rendimentos de jurose de dividendos;e) qual o total de imposto de renda a pagar da empresa para o ano? 10) Uma empresa espera obter lucros para este exerccio de R$ 40.000,00 antes dos juros e impostos. Supondo uma alquota de imposto de renda de 40%, calcule os lucros da empresa depois do IR e os lucros disponveis para os acionistas ordinrios (lucros depois dos impostos e dividendos sobre aes preferenciais, se houver), conforme as seguintes condies: a) a empresa paga R$ 10.000,00 em juros; b) a empresa paga R$ 10.000,00 em dividendos sobre aes preferenciais. 11) Uma empresa est considerando a venda de dois ativos no depreciveis, X e Y. O ativo X foi comprado por R$ 2.000,00 e ser vendido agora por R$ 2.250,00. O Ativo Y foi comprado por R$ 30.000,00 e ser vendido por R$ 35.000,00. A empresa est sujeita a 40% de imposto de renda sobre os ganhos de capital. a) calcule o montante de ganho de capital, se houver, obtido sobre cada um dos ativos. b) Calcule o imposto de renda sobre a venda de cada ativo. Administrao Financeira e Oramentria 17. 16 12) Uma empresa teve lucros operacionais de R$ 250.000,00 no ano de 2007. Sabendo-se que, durante o ano, a empresa recebeu R$ 50.000,00 de rendimentos de juros sobre ttulos de dvida e R$ 30.000,00 de dividendos sobre aes que possui de outra empresa, calcule o total de imposto de renda pago pela empresa considerando uma alquota nica de 40% e a iseno de 70% sobre os dividendos. 13) O Lajir da empresa X, no ano passado, foi de R$ 150.000,00. Ela paga juros anuais na ordem de R$ 20.000,00 e R$ 20.000,00 de dividendos sobre aes preferenciais. Supondo uma alquota de IR de 40%, calcule os lucros da empresa depois do IR e os lucros disponveis para os acionistas ordinrios. 14) Uma empresa teve um lucro operacional de R$ 100.000,00. Sabe-se que durante o ano ela adquiriu um equipamento por R$ 54.000,00 e acabou vendendo, sem uso, por R$ 62.000,00, no mesmo ano. Qual o valor tributvel da empresa? Administrao Financeira e Oramentria 18. 17CAPTULO 2 TRABALHO1) Sabendo que uma corporao tem R$ 100.000,00 de lucro tributvel provindo de operaes, mais R$ 5.000,00 de lucro com juros e R$ 10.000,00 de lucros com dividendos. Qual o imposto de renda da companhia? 2) Suponha que a maioria dos investidores esperem que a taxa de inflao seja de 7% para o prximo ano, caindo para 5% daqui a 5 anos, 4 % para daqui a 10 anos e, ento, permanea a uma taxa de 3% depois disso. Suponha que a taxa real livre de risco, k*, permanea em 2% e que os prmios pelo risco de vencimento sobre os ttulos do Tesouro aumentem de zero sobre os ttulos de dvida de curto prazo (aqueles que tem vencimento at um ano) para um nvel de 0,2 pontos percentuais por ano de vencimento, at o limite de 2,0 pontos percentuais. Calcule a taxa de juros nominais sobre os ttulos de dvida do Tesouro de 1, 5, 10 e 20 anos e desenhe a curva de rendimento, descrevendo-a e procedendo a sua anlise. 3) Uma empresa teve um lucro tributvel em 2007 de R$ 159.000,00 aps todos os custos operacionais, pormantes de despesas com juros de R$ 35.000,00; dividendos pagos de R$ 20.000,00; dividendos recebidos deR$ 30.000,00 e imposto de renda (alquota de 40%). Qual o imposto de renda pago pela empresa? Qual olucro lquido total da empresa aps o pagamento do imposto? 4) As receitas de uma empresa no ano de 2007 foram:a) lucro operacionalR$ 200.000,00b) rendimento de jurosR$ 16.000,00c) rendimento de dividendos R$ 50.000,00d) ganhos de capital sobre a venda de ativos da empresaR$ 80.000,00 Suas despesas, no mesmo ano foram:a) despesas com juros R$ 120.000,00b) total de dividendos pagos R$ 80.000,00Considerar alquota nica de IR de 40% e iseno de 70% sobre o rendimento de dividendos. Pede-se: IR a ser pago e lucro aps o pagamento de dividendos das aes preferenciais. 5) A Contabilidade e a Administrao Financeira esto intimamente relacionadas. Explique qual a importncia daContabilidade para o Administrador Financeiro e quais so as diferenas bsicas entre as duas. R.: ______________________________________________________________________________ Administrao Financeira e Oramentria 19. 18 6) Estrutura a termo das taxas de juros Os seguintes dados de retorno para vrios ttulos de dvida desociedades annimas altamente qualificadas foram observados em cada uma das trs datas apontadas. RETORNOPrazo de Vcto 5 anos atrs3 anos atrs atual 1 ano12,910,18,55 anos12,6 9,99,0 6 meses13,3 9,88,0 10 anos11,010,0 10,2 15 anos10,5 9,9 10,7 20 anos10,0 9,8 12,0Trace a curva de rendimento de cada um das trs datas, identifique as curvas obtidas e descreva suas expectativas gerais. 7) Com os dados abaixo e considerando a taxa de juros real atual de 2%, trace a curva de rendimento, descreva-a e analise sua estrutura de acordo com as teorias estudadas.Ttulo poca de vctoExpectativas Inflacionrias (%) Prmio pelo Risco A 1 ano8,0 1,0 B 15 anos9,02,5 C6 meses 7,50,5 D 10 anos8,72,0 E 20 anos9,53,0 F5 anos8,5 1,5 Administrao Financeira e Oramentria 20. 19CAPTULO 3 DEMONSTRAES FINANCEIRAS As demonstraes financeiras fornecem uma rpida viso intuitiva da situao da empresa, um ponto de partida para anlises posteriores. Tambm so as bases para planejar os negcios e elaborar os oramentos internos.3.1 RELATRIO AOS ACIONISTASResume e documenta as atividades financeiras das sociedades de capital aberto durante o ano. Inicia com uma mensagem do presidente da empresa e/ou do conselho de administrao aos acionistas, acompanhada das principais demonstraes financeiras. Importante veculo para influenciar as percepes dos proprietrios acerca da empresa e suas perspectivas futuras. Devido s informaes que contm, o relatrio dos acionistas pode afetar o risco esperado, o retorno, o preo da ao e, sobretudo, a viabilidade da empresa. _______________________________________________3.2 DEMONSTRAES FINANCEIRAS BSICASSo 4 as demonstraes financeiras principais requeridas pela Comisso de Valores Mobilirios: demonstrao do resultado do exerccio, balano patrimonial, demonstrao de lucros retidos e a demonstrao dos fluxos de caixa.3.2.1 Demonstrao do Resultado do ExerccioFornece um resumo financeiro dos resultados das operaes da empresa durante um perodo especfico. Normalmente, a DRE cobre o perodo de um ano encerrado em uma data especfica, em geral, 31 de dezembro do ano calendrio. DRE DA EMPRESA X PARA O ANO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007Receita de vendas 1.700.000Menos: custo dos produtos vendidos1.000.000Lucro bruto 700.000Menos: despesas operacionais Despesas de vendas80.000 Despesas gerais e administrativas 150.000 Despesas de depreciao100.000Despesas operacionais totais 330.000LAJIR (lucro operacional)370.000Menos: Despesas Financeiras (de juros)70.000LAIR 300.000Menos: proviso para IR (alquota = 40%) 120.000LUCRO LQUIDO APS IR180.000Menos: dividendos s aes preferenciais10.000LUCRO LQUIDO DISPONVEL AOS ACIONISTAS ORDINRIOS 170.000Lucro por Ao (LPA) 1,70 LPA = lucro lquido disponvel aos acionistas ordinrios dividido pelo nmero de aes ordinrias emitidas (no caso da empresa X = 100.000 aes).3.2.2 Balano patrimonialRepresenta a demonstrao resumida da posio financeira da empresa em determinada data. O Balano Patrimonial dividido em Ativo e Passivo + Patrimnio Lquido. O Ativo representa as aplicaes de recursosAdministrao Financeira e Oramentria 21. 20 feitas na empresa. O Passivo + PL revela as origens de recursos obtidos pela empresa e que foram investidos no Ativo. Dessa maneira, observa-se que todos os recursos financeiros que esto aplicados no Ativo, tiveram a sua origem no Passivo + PL, ou seja, os recursos aplicados no Ativo esto sendo financiados pelos recursos dos scios ou proprietrios ou de terceiros.BALANO PATRIMONIAL DA EMPRESA X ATIVOS 20072006 ATIVOS CIRCULANTESCaixa400.000300.000Ttulos negociveis600.000200.000Duplicatas a receber 400.000500.000Estoques 600.000900.000 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE2.000.0001.900.000 ATIVOS PERMANENTES (ao custo) Terrenos e edifcios 1.200.0001.050.000 Mquinas e Equipamentos 850.000800.000 Mveis e Utenslios 300.000220.000 Veculos100.000 80.000 Outros (incluindo determinados arrendamentos mercantis)50.000 50.000 TOTAL DO ATIVO PERMANENTE (ao custo) 2.500.0002.200.000 Menos: Depreciao acumulada 1.300.0001.200.000 ATIVO PERMANENTE LQUIDO 1.200.0001.000.000 ATIVO TOTAL3.200.0002.900.000PASSIVO E PATRIMONIO LIQUIDO20062007 PASSIVO CIRCULANTE Ttulos a pagar 700.000500.000 Duplicatas a pagar600.000700.000 Outras contas a pagar 100.000200.000 TOTAL PASSIVO CIRCULANTE 1.400.0001.400.000 EXIGIVEL A LONGO PRAZO600.000400.000 TOTAL DO PASSIVO 2.000.0001.800.000 PATRIMONIO LIQUIDOAes Preferenciais100.000100.000Aes Ordinrias R$ 1,20 ao par, 100.000 aes emitidas em 120.000120.000 2007 e 2006 gio na venda de aes ordinrias 380.000380.000 Lucros retidos600.000500.000 TOTAL DO PATRIMNIO LQUIDO1.200.0001.100.000 TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMONIO LIQUIDO3.200.000 2.900.0003.2.3Demonstrao de Lucros RetidosApresenta o total acumulado de todos os lucros, lquido dos dividendos, que foram retidos e reinvestidos na empresa desde seu incio. Reconcilia o lucro lquido auferido durante um determinado ano e qualquer dividendo pago em dinheiro, com a variao ocorrida nos lucros retidos entre o incio e o fim desse ano. DEMONSTRAO DE LUCROS RETIDOS DA EMPRESA X EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007Saldo de lucros retidos (em 1. de janeiro de 2007) 500.000Mais: lucro lquido depois dos impostos (em 2007) 180.000Menos: dividendos em dinheiro (pagos durante 2007) Aes preferenciais (10.000) Aes ordinrias(70.000)Total de dividendos pagos (80.000)Saldo de lucros retidos (em 31 de dezembro de 2007)600.000Administrao Financeira e Oramentria 22. 21 3.2.4 Demonstrao dos Fluxos de CaixaFornece um resumo dos fluxos de caixa durante um dado perodo, geralmente do ano recm-encerrado. _______________________________________________3.3 DEPRECIAOImportante conceito contbil usado, com efeito, para confrontar o custo histrico dos ativos permanentes com as receitas que eles geram. O Administrador Financeiro est mais preocupado com os fluxos de caixa do que com os lucros lquidos apurados na demonstrao do resultado. Para ajustar a demonstrao do resultado e obter o fluxo de caixa das operaes, todas as despesas no-desembolsveis devem ser acrescentadas de volta aos lucros lquidos da empresa depois do imposto de renda. Itens no-desembolsveis so despesas lanadas na demonstrao do resultado, as quais no envolvem uma efetiva sada de caixa durante o perodo. Ex: dedues por depreciao, amortizao e exausto. VIDA TIL perodo de tempo no qual um ativo depreciado. Valor deprecivel de um ativo = montante a ser depreciado = o seu custo total, incluindo os gastos com instalao. O registro da depreciao e outras despesas no-desembolsveis permite que a empresa pague menos impostos, devido diminuio do lucro tributvel. _______________________________________________3.4 ANALISANDO O FLUXO DE CAIXA DA EMPRESATanto o caixa como os ttulos negociveis, devido a sua natureza altamente lquida, so considerados equivalentes a caixa, e representam um reservatrio de liquidez que aumentado pelas entradas de caixa e diminudos pelas sadas de caixa. Os fluxos de caixa da empresa so divididos em: Fluxos operacionais so os fluxos de caixa entradas e sadas - diretamente relacionados produo e venda dos produtos e servios da empresa Fluxos de investimento so fluxos de caixa associados com a compra e venda de ativos imobilizados e participaes societrias, (compra = sada e venda = entradas de caixa). Fluxos de financiamento resultantes de operaes de emprstimo e capital prprio, incluem a obteno e quitao de emprstimos, entradas de caixa por venda de aes e sadas de caixa por recompra de aes ou pagamento de dividendos em dinheiro.3.4.1 Classificao das Origens e Aplicaes de CaixaNa realidade, a demonstrao dos fluxos de caixa resume as origens e as aplicaes de caixa durante um dado perodo. Uma diminuio em um ativo, tal como o saldo de caixa da empresa, uma origem de fluxos de caixa, porque os fundos que estavam vinculados ao ativo so liberados e podem ser usados para outra finalidade qualquer, tal como a quitao de um emprstimo. Por outro lado, um aumento no saldo de caixa da empresa uma aplicao de fluxo de caixa, uma vez que fundos adicionais esto sendo vinculados ao saldo de caixa da empresa. Vimos, anteriormente, que a depreciao um item no-desembolsvel, por isso considerada uma entrada de caixa ou origem de caixa. Assim, uma empresa pode apresentar um prejuzo e ter fluxo de caixa positivo. Como a depreciao tratada com uma origem de caixa distinta, somente as variaes brutas nos ativos imobilizados aparecem da demonstrao de fluxos de caixa, evitando, assim, uma dupla contagem da depreciao. Administrao Financeira e Oramentria 23. 22 Variaes por lanamentos diretos em lucros retidos no so includas na demonstrao de fluxos de caixa; em vez disso, o lanamento de itens que afetam os lucros retidos aparecem como lucro lquido ou prejuzo depois do imposto de renda e dos dividendos pagos.Origens diminuio em qualquer ativo; aumento em qualquer passivo; lucro lquido aps o IR; depreciao e outros itens no-desembolsveis; venda de aes. Aplicaes aumento em qualquer ativo; diminuio em qualquer passivo; prejuzo lquido; dividendos pagos; recompra ou resgate de aes.3.4.2 Elaborando a demonstrao dos fluxos de caixaPasso 1 calcule as variaes do balano patrimonial em ativos, passivos e patrimnio lquido. Passo 2 Classifique cada variao calculada no passo 1 como origem (O) ou aplicao (A). Passo 3 Separadamente, some todas as origens e todas as aplicaes encontradas nos passos 1 e 2. O total das origens dever ser igual ao total das aplicaes. Passo 4 obter 3 importantes elementos para a elaborao dos fluxos de caixa, procedentes da DRE: lucro lquido depois do IR; depreciao e quaisquer outras despesas no-desembolsveis e os dividendos pagos s aes ordinrias e preferenciais. Dividendos = lucro lquido aps o IR variao nos lucros retidos Passo 5 classificar e apresentar os dados relevantes. Classificar segundo 3 categorias: 1)Fluxo de caixa das atividades operacionais; 2) Fluxo de caixa das atividades de investimento e 3) Fluxo de caixa das atividades de financiamento. Lembrar: todas as origens, bem como o lucro lquido e a depreciao, valores positivos = entradas de caixa; e as aplicaes, quaisquer prejuzos e dividendos pagos, valores negativos = sadas de caixa.DEMONSTRAO DAS ORIGENS E APLICAES DE CAIXA PARA O ANO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 (Passos 1,2 e 3). Saldo das contas 31 de VariaoClassificao CONTAS Dezembro (1) 20072006 (2) (3) OrigemAplicao(2) (3)(4) (5) (6) Ativos Caixa 400.000 300.000 + 100.000 100.000 Ttulos negociveis 600.000 200.000 + 400.000 400.000 Duplicatas a receber400.000 500.000 - 100.000 100.000 Estoques600.000 900.000 - 300.000 300.000 Ativo imobilizado bruto2.500.000 2.200.000+ 300.000 300.000 Depreciao acumulada1.300.000 1.200.000+ 100.000100.000 Passivo Duplicatas a pagar700.000500.000+ 200.000 200.000 Ttulos a pagar 600.000700.000- 100.000 100.000 Outras contas a pagar 100.000200.000- 100.000 100.000 Exigvel a longo prazo600.000400.000+ 200.000 200.000 Patrimnio lquido Aes preferenciais 100.000100.0000 Aes ordinrias ao par 120.000120.0000 gio na venda das aes 380.000380.0000 Lucros retidos600.000500.000+ 100.000100.000TOTAIS 1.000.0001.000.000 Administrao Financeira e Oramentria 24. 23 Obs.: uma vez que a depreciao acumulada tratada como uma deduo do ativo imobilizado bruto, um aumento nessa conta classificado como uma origem; ao contrrio, qualquer diminuio classificada como uma aplicao.DEMONSTRAO DOS FLUXOS DE CAIXA DA EMPRESA X PARA O ANO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 Fluxo de caixa das atividades operacionaisLucro lquido depois do imposto de renda180.000Depreciao 100.000Reduo em duplicatas a receber 100.000Reduo em estoques 300.000Aumento em duplicatas a pagar 200.000Reduo em outras contas a pagar (100.000) CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 780.000 Fluxo de caixa das atividades de investimentoAumento em ativos imobilizados brutos(300.000)Variaes em participaes societrias0 CAIXA APLICADO EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO(300.000) Fluxo de caixa das atividades de financiamentoReduo em ttulos a pagar (100.000)Aumento no exigvel a longo prazo 200.000Variaes no patrimnio lquido 0Dividendos pagos(80.000) CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO20.000 AUMENTO LQUIDO EM CAIXA E TTULOS NEGOCIVEIS 500.0003.4.3 Interpretando a demonstraoA demonstrao dos fluxos de caixa permite ao administrador financeiro e a outras pessoas interessadas analisar o passado e possivelmente o futuro fluxo de caixa da empresa. Pode detectar a ocorrncia de quaisquer desvios em relao s polticas financeiras da empresa. Pode ser usada para avaliar se as metas projetadas foram alcanadas. No possvel fazer uma ligao direta entre entradas e sadas de caixa com base nessa demonstrao, mas ela pode ser usada para a identificao de ineficincias. Por exemplo, aumentos nas duplicatas a receber e em estoques, resultando em grandes sadas de caixa, podem indicar problemas de crdito ou de estocagem, respectivamente. A anlise da demonstrao dos fluxos de caixa da empresa X no parece indicar a existncia de qualquer problema maior na empresa. Seus R$ 780.000 de caixa gerados pelas atividades operacionais, mais os R$ 20.000 oriundos das atividades de financiamento, foram usados para adquirir um adicional de R$ 300.000 em ativos imobilizados e aumentar caixa e ttulos negociveis em R$ 500.000. Os itens individuais de entradas e sadas de caixa parecem estar distribudos de acordo com uma administrao financeira prudente. A empresa parece estar crescendo, visto que menos da metade de seus lucros (R$ 80.000 dos R$ 180.000) foi paga aos proprietrios a ttulo de dividendos e os ativos imobilizados brutos cresceram 3 vezes em comparao com o custo histrico baixado atravs da depreciao (R$ 300.000 de aumento em ativos imobilizados brutos versus R$ 100.000 em despesas de depreciao). Importantes entradas de caixa foram obtidas pela diminuio dos estoques e aumento das duplicatas a pagar. A principal sada foi destinada ao aumento de caixa e ttulos negociveis para, com isto, melhorar a liquidez. Outras entradas e sadas tendem a apoiar o fato de que a empresa foi bem administrada financeiramente durante o perodo. Administrao Financeira e Oramentria 25. 24CAPTULO 3 EXERCCIOS PARA FIXAO DE CONTEDO1) Uma empresa espera obter lucros antes da depreciao e do imposto de renda (LADIR) de R$ 160.000,00em cada um dos prximos 5 anos. Ela est considerando a compra de um ativo que custa R$ 140.000,00,requerendo R$ 10.000,00 por custo de instalao e tendo um perodo de depreciao de 5 anos. Calcule adepreciao anual e os fluxos de caixa operacionais anuais para cada um dos prximos 5 anos. Suponha que onovo ativo seja o nico ativo deprecivel da empresa e que ela esteja sujeita a uma alquota de imposto de40% 2) Marque cada uma das contas relacionadas no quadro a seguir, como segue: a)na coluna 1, indique a qual demonstrao pertence a conta demonstrao do resultado do exerccio (DRE) ou balano patrimonial (BP); b)na coluna 2, indique se a conta um ativo circulante (AC), ativo permanente (AP), passivo circulante (PC), exigvel a longo prazo (ELP), receita (R), despesa (D) ou patrimnio lquido (PL).NOME DA CONTADEMONSTRAO (1)TIPO DE CONTA (2) Duplicatas a pagar Duplicatas a receber Contas a pagar Depreciao acumulada Despesas administrativas Edifcios Caixa Aes ordinrias (ao par) Custo dos produtos vendidos Depreciao Equipamento Despesas gerais Despesas financeiras Estoques Terrenos Exigvel a longo prazo Mquinas Ttulos negociveis Ttulos a pagar Despesas operacionais gio na venda das aes Aes preferenciais Dividendos s aes preferenciais Lucros retidos Receita de vendas Despesas de vendas Imposto de renda Veculos Administrao Financeira e Oramentria 26. 25 3) A Companhia ABC tem uma receita de vendas de R$ 640.000,00, da qual o custo do produto vendidorepresenta 60%. Outros custos incluem R$ 20.000,00 em despesas de vendas, R$ 10.000,00 em despesasadministrativas, R$ 8.000,00 em despesas de juros, R$ 15.000,00 em despesas de depreciao. Alm disso,a empresa tem um ganho de capital de R$ 80.000,00 e uma perda de capital de R$ 60.000,00 pela alienaode equipamento. A renda de dividendos de R$ 40.000,00.a) Determine o valor do imposto de renda total devido pela Companhia.?b) Apresente a DRE da empresa e para tanto considere um pagamento de dividendos de R$ 20.000,00.Qual o lucro lquido disponvel aos acionistas ordinrios? 4) Os lucros lquidos futuros de uma empresa so estimados a seguir:Ano 1 R$ 100.000,00Ano 2 R$ 150.000,00Ano 3 R$ 200.000,00Ano 4 R$ 250.000,00Ano 5 R$ 300.000,00Os ativos, no valor de R$ 400.000,00 sero depreciados durante os 5 anos. Determine os fluxos de caixaanuais para o perodo.5) Use os itens apropriados da seguinte lista para preparar, na forma correta, a demonstrao do resultado de31 de dezembro de 2007 da empresa X. ITEM Valores (R$ mil) em 31/12/2007 Duplicatas a receber 350 Depreciao acumulada205 Custo dos produtos vendidos285 Despesa de depreciao55 Despesas gerais e administrativas 60 Despesas financeiras25 Dividendos s aes preferenciais 10 Receita de vendas525 Despesas de vendas35 Patrimnio lquido 265 Imposto de renda 40% 6) Uma empresa encerrou o ano de 2007 com lucro lquido antes do imposto de renda de R$ 218.000,00. Ela est sujeita a uma alquota tributria de 40% e deve pagar R$ 32.000,00 em dividendos sobre aes preferenciais, antes de distribuir qualquer lucro s 85.000 aes ordinrias atualmente em circulao. a) calcule o lucro por ao (LPA) da empresa;b) se a empresa pagou dividendos relativos s aes ordinrias de R$ 0,80 por ao, quantos reais foram para lucros retidos. Administrao Financeira e Oramentria 27. 26 7) Use os itens pertinentes da seguinte lista para preparar, na forma correta, o balano patrimonial da empresa X em 31 de dezembro de 2007.ITEM Valores (R$ mil) em 31/12/2007 Duplicatas a pagar220 Duplicatas a receber450 Contas a pagar 55 Depreciao acumulada 265 Edifcios 225 Caixa 215 Aes ordinrias (ao par)90 Custo dos produtos vendidos2.500 Despesa de depreciao 45 Equipamentos140 Mveis e utenslios 170 Despesa geral 320 Estoques375 Terrenos100 Exigvel a longo prazo420 Mquinas420 Ttulos negociveis75 Ttulos a pagar 475 gio na venda das aes 360 Aes preferenciais 100 Lucros retidos210 Receita de vendas3.600 Veculos 25 8) Uma empresa tem uma emisso de aes preferenciais e uma emisso de aes ordinrias em circulao. Dada abaixo a conta de patrimnio lquido da empresa, determine o preo original por ao pelo qual a empresa vendeu sua nica emisso de aes ordinrias. PATRIMNIO LQUIDO (R$ mil) Aes preferenciais 125 Aes ordinrias (0,75 ao par, 300.000 aes emitidas)225 gio na venda de aes ordinrias2.625 Lucros retidos900 TOTAL DO PATRIMNIO LQUIDO3.8759) Uma empresa iniciou 2007 com um saldo de lucros retidos de R$ 928.000,00. Durante 2007, a empresa lucrou R$ 377.000,00 aps o IR. Desse montante, R$ 47.000,00 em dividendos foram pagos aos acionistas preferenciais. No fim de 2007, os lucros retidos da empresa totalizaram R$ 1.048.000,00. A empresa tinha 140.000 aes ordinrias em circulao durante 2007. a) prepare uma demonstrao dos lucros retidos para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2007 (Nota: no deixe de calcular e incluir o montante de dividendos pagos s aes ordinrias em 2007); b) calcule o lucro por ao (LPA) da empresa em 2007; c) qual o montante de dividendos, em dinheiro, por ao, pagos s aes ordinrias durante 2007? Administrao Financeira e Oramentria 28. 27 10) Classifique cada um dos seguintes itens como uma origem (O) ou uma aplicao (A) de fundos ou como nenhuma delas (N). ITEM VARIAO (R$ mil) Caixa + 100 Duplicatas a pagar - 1.000 Ttulos a pagar + 500 Exigvel a longo prazo - 2.000 Estoque + 200 Ativos permanentes+ 400 Duplicatas a receber- 700 Lucro lquido + 600 Depreciao + 100 Recompra de aes + 600 Dividendos em dinheiro+ 800 Venda de aes + 1.000 11) O lucro lquido depois do IR de uma empresa, em 2007, totalizou R$ 186.000,00. Os lucros retidos da empresa, no final de 2007 e 2006, em seu balano patrimonial, totalizaram R$ 812.000,00 e R$ 736.000,00, respectivamente. Que valor, se houver, a empresa pagou em dividendos em 2007?12) Voc recebeu os seguintes demonstrativos financeiros de 2006 e 2007:BALANO PATRIMONIAL (2006 e 2007 em milhares de R$) ATIVOS 20072006 Caixa1.500 1.000 Ttulos negociveis1.800 1.200 Duplicatas a receber 2.000 1.800 Estoques 2.900 2.800 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE8.200 6.800 Ativo permanente bruto29.50028.100 Menos: depreciao acumulada14.70013.100 Ativo permanente lquido14.80015.000 ATIVO TOTAL 23.00021.800 PASSIVO E PATRIMONIO LIQUIDO Duplicatas a pagar 1.600 1.500 Ttulos a pagar2.800 2.200 Contas a pagar200 300 TOTAL PASSIVO CIRCULANTE 4.600 4.000 Exigvel a Longo Prazo 5.000 5.000 Aes ordinrias10.00010.000 Lucros retidos 3.400 2.800 TOTAL DO PATRIMNIO LQUIDO 13.40012.800 TOTAL DO PASSIVO MAIS PATRIMONIO LIQUIDO23.00021.800DADOS DA DEMONSTRAO DE RESULTADODespesa de Depreciao 1.600Lucro lquido aps o IR1.400 Usando as informaes acima, calcule as alteraes que ocorreram nos ativos, passivos e PL e indique se essas alteraes foram usos ou fontes de fundos. Analise o fluxo de caixa da empresa e d o seu parecer. Administrao Financeira e Oramentria 29. 28 CAPTULO 4 ANLISE DAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS 4.1 USO DE NDICES FINANCEIROS A anlise por meio de ndices usada para comparar o desempenho e a situao de uma empresa com outras empresas ou consigo mesma ao longo do tempo.A anlise por meio de ndices envolve os mtodos de clculo e a interpretao dos ndices financeiros, para avaliar o desempenho e a situao da empresa. Os insumos bsicos para a anlise baseada em ndices so a demonstrao de resultado do exerccio (DRE) e o balano patrimonial (BP), referentes aos perodos a serem examinados.Os indicadores financeiros so ndices apurados com os valores da empresa, com o objetivo de auxiliar o seu gestor ou proprietrio a fazer um acompanhamento da situao econmica e financeira num determinado momento.O gestor ou proprietrio de uma empresa, por meio da anlise e avaliao dos indicadores financeiros, poder tomar as decises gerenciais necessrias e adequadas, visando corrigir os desvios que esto prejudicando a performance dos negcios sob o ponto de vista financeiro.4.1.1 Partes interessadasA anlise por meio de ndices das demonstraes financeiras de uma empresa do interesse dos acionistas, credores e da prpria administrao da empresa (os acionistas atuais e potenciais esto interessados nos nveis atuais e futuros de risco e retorno da empresa; os credores da empresa esto interessados principalmente na liquidez de curto prazo e em sua habilidade para realizar pagamentos de juros e do principal; os administradores, da mesma forma que os acionistas, devem estar preocupados com todos os aspectos da situao financeira da empresa).4.1.2 Tipos de comparao de ndices O mais importante no o ndice em si, mas sim a sua interpretao. Dois tipos de comparao de ndices podem ser feitos: anlise cross-scctional e anlise de srie-temporal.a) anlise cross-sectional envolve a comparao dos ndices financeiros de diferentes empresas em ummesmo instante; envolve a comparao dos ndices da empresa com os correspondentes da principal empresado setor ou com as mdias da indstria. A comparao de um ndice especfico com um ndice padro feitapara detectar quaisquer desvios em relao norma (sempre cuidar com desvios significativos, tanto paramais ou para menos com relao ao padro). O ponto fundamental que a anlise baseada em ndices Administrao Financeira e Oramentria 30. 29 simplesmente dirige o analista s potenciais reas de preocupao; ela no fornece evidncias conclusivas sobre a existncia de um problema.b) Anlise de srie-temporal avaliao do desempenho financeiro da empresa ao longo do tempo, utilizando aanlise financeira baseada em ndices. Uma comparao entre o desempenho atual e o passado, utilizando aanlise por meio de ndices, permite determinar se a empresa est progredindo conforme planejado.Algumas recomendaes um nico ndice geralmente no fornece informaes suficientes para se julgar o desempenho global da empresa; as demonstraes financeiras que esto sendo comparadas devem ser da mesma data ou ms de encerramento (caso contrrio, os efeitos de sazonalidade podem levar a concluses e decises errneas). _______________________________________________4.2 GRUPOS DE NDICES FINANCEIROSOs ndices financeiros podem ser subdivididos em quatro grupos ou categorias bsicas: ndices de liquidez, ndices de atividade, ndices de endividamento e ndices de lucratividade. Os ndices de liquidez, de atividade e de endividamento medem, fundamentalmente, risco; os ndices de lucratividade medem retorno. Para curtos prazos, os elementos importantes so a liquidez, a atividade e a lucratividade, visto que eles fornecem informaes que so crticas para as operaes de curto prazo da empresa. Os ndices de endividamento so teis fundamentalmente quando o analista tem certeza de que a empresa ser bem-sucedida no curto prazo.4.2.1 ANLISE DE LIQUIDEZUma empresa lquida aquela que pode facilmente satisfazer suas obrigaes de curto prazo, no vencimento. A liquidez de uma empresa medida pela sua capacidade para satisfazer suas obrigaes de curto prazo, na data do vencimento. A liquidez refere-se solvncia da situao financeira global da empresa a facilidade com a qual ela pode pagar suas contas.NDICESFRMULAO QUE MEDE Embora no seja um ndice, usado para CAPITAL CIRCULANTE LQUIDOCCL = AC - PC medir a liquidez global da empresa. (Mostra liquidez operacional) NDICE DE LIQUIDEZ CORRENTELC = ACMede a capacidade da empresa para PCsatisfazer suas obrigaes de curto prazo. NDICE DE LIQUIDEZ SECO LS = AC ESTOQUE Exclui os estoques do AC, por ser o ativoPC de menor liquidez. Para as trs medidas de liquidez = quanto maior for seu valor, mais lquida poder ser considerada a empresa.Administrao Financeira e Oramentria 31. 30 O capital de giro ou capital circulante lquido definido como a diferena entre o total do Ativo Circulante e o total do Passivo Circulante. o total dos recursos de curto prazo necessrios para fazer girar a empresa ou instituio no dia-a-dia. A administrao do capital de giro assume grande importncia e toma muito tempo do administrador financeiro, devido ao imenso nmero de itens a serem acompanhados e controlados, como caixa, contas a receber, contas a pagar, estoques, entre outras. A administrao do capital de giro , na verdade, a administrao do ciclo operacional, ou seja, do ciclo correspondente sua atividade bsica, visando assegurar uma situao financeira estvel e segura, garantindo a capacidade da instituio de pagar suas dvidas e uma utilizao eficiente dos recursos disponveis, com a manuteno do custo dos servios sob controle. Para cada tipo de ativo, as empresas enfrentam uma troca (trade-off) fundamental: os ativos circulantes, isto , o capital de giro, so necessrios para conduzir um negcio, e quanto maior a manuteno de ativos circulantes, menor o risco de sua falta; portanto, menor ser o risco operacional da empresa. Entretanto, manter capital de giro tem um alto custo se os estoques forem grandes demais, custos com armazenamento e estragos; se as duplicatas a receber forem demais, custo com cobrana e inadimplncia.4.2.2 ANLISE DE ATIVIDADEOs ndices de atividade podem ser usados para medir a rapidez com que as contas circulantes estoque, duplicatas a receber e duplicatas a pagar so convertidas em vendas ou em caixa.NDICESFRMULAO QUE MEDE GIRO DOS ESTOQUES GE = Custo do produto vendido Mede a atividade, ou liquidez, dos estoques daestoques empresa. IDADE MDIA DO ESTOQUE IME = 360/ Giro do estoque Perodo mdio de tempo em que os estoques so mantidos pela empresa. PERODO MDIO DE COBRANAPMC = Dupl. a receberMede o prazo mdio necessrio para cobrar as Vendas anuais/360 duplicatas a receber. PERODO MDIO DE PAGAMENTOPMP = Dupl. a pagar Mede o prazo mdio necessriopara Compras anuais/360pagamento das duplicatas a pagar (Compras normalmente 70% do custo dos produtos vendidos) GIRO DO ATIVO PERMANENTE GAP = VENDAS Mede a eficincia com a qual a empresa tem AP Liquidousado seus ativos permanentes, ou lucrativos, para gerar vendas. Quanto maior, melhor. GIRO DO ATIVO TOTALGAT = VENDAS Indica a eficincia com a qual a empresa usaAtivos totaistodos os seus ativos para gerar vendas. Quanto maior, melhor. As empresas usam capital de giro para a compra de ativos como estoques, porm esse capital tem um custo e isso aumenta a desvantagem de manter estoques excessivos (ou contas a receber ou at mesmo o caixa). Portanto, existe uma presso para se manter ao mnimo a quantidade de capital de giro, consistente com a administrao do negcio sem interrupes. As empresas geralmente seguem um ciclo no qual elas compram estoques, vendem os produtos e recebem o valor pela venda vista ou a prazo (vendas a prazo acmulo de contas a receber) ciclo de converso de caixa, ciclo operacional. Uma poltica correta de capital de giro destina-se a minimizar o tempo entre os desembolsos de caixa para matrias-primas e o recebimento em dinheiro das vendas.CICLO OPERACIONAL compreende o espao de tempo entre a entrada da matria-prima no estoque da empresa at a venda dos produtos/servios elaborados e respectivo recebimento. Administrao Financeira e Oramentria 32. 31 CICLO DE CAIXA compreende o perodo em que os recursos da empresa foram utilizados para o pagamento dos bens e/ou matrias-primas at o recebimento pela venda do produto/servio acabado resultante. a) ADMINISTRAO DE FATURAMENTO E RECEBIMENTOSUma empresa privada, normalmente, fatura a venda de seu produto (bem ou servio) ao comprador para pagamento em um certo prazo. A administrao dos recebimentos (ou Contas a Receber) , ento, de vital importncia, pois eles representam a porta de entrada de grande parte das receitas. As empresas, em geral, preferem vendas vista em vez de vendas a crdito, porm presses competitivas foram a maioria das empresas a oferecer crdito. Ento, as contas a receber so geradas pelas vendas a prazo, que so feitas aps a concesso de crdito. Vendas a prazo geram riscos de inadimplncia e despesas com anlise de crdito, cobrana e recebimento, mas alavancam as vendas, isto , aumentam o volume de vendas e, conseqentemente, o lucro. As vendas a prazo so condies necessrias para aumentar o nvel de operaes e o giro dos estoques e, assim, maximizar a rentabilidade. Pode-se dizer, ento, que o crdito um fator facilitador de vendas. Ao mesmo tempo, crdito fator de risco para as empresas, o que torna sua administrao complexa, exigindo de gestores e executivos ateno e uso de tcnicas para evitar perdas com devedores relapsos. A concesso do crdito exige grandes volumes de investimento em capital de giro e este fato, agregado ao risco, amplia a complexidade da matria. Manter recursos parados em Contas a Receber representa um custo significativo, pois no apenas a instituio no pode dispor desse recurso, enquanto no receb-lo, para a produo de novos bens ou servios, como para continuar produzindo durante esse perodo, ela precisa obter recursos de outras fontes por exemplo, atravs de emprstimos bancrios ou desconto em banco das duplicatas em seu poder. Quanto maior for o perodo de pagamento das Contas a Receber, maior deve ser o investimento em capital de giro. Um indicador desse perodo o ndice de Prazo Mdio de Recebimento: PMR = Contas a Receber x 360 diasTotal de vendas Anual A administrao de recebimentos deve, portanto perseguir um nico objetivo, que fundamental: reduzir o prazo entre a prestao do servio (ou venda do bem) e o recebimento em caixa. Para isso, deve procurar: faturar as contas no menor prazo possvel depois da prestao do servio e encaminh-las o quanto antes instituio pagadora ou ao comprador dos servios; negociar com o comprador/pagador prazos de pagamento mais curtos possveis e zelar pelo recebimento das contas no prazo; reduzir o mais possvel a proporo de Contas a Receber recebidas com atraso substancial ou que dificilmente sero recebidas (esta ltima chamada de devedores duvidosos). Administrao Financeira e Oramentria 33. 32 b) ADMINISTRAO DE PAGAMENTOS A administrao de pagamentos (ou de Contas a Pagar) concentra-se, principalmente, na gesto das contas de fornecedores. O objetivo, aqui, o oposto daquele perseguido para as Contas a Receber. Trata-se de obter dos fornecedores e de outros credores o maior prazo possvel de pagamento ao menor custo, alm de escalonar e acompanhar os vencimentos das contas a pagar. Portanto, o gerente deve procurar:a) negociar com os fornecedores prazos de pagamento mais longos;b) obter descontos nos preos quando o prazo de pagamento pequeno ou o mesmo feitoantecipadamente;c) negociar descontos por quantidade, mas, logicamente, no devemos comprar quantidades suprfluas porisso, e sim programar um volume que alcance um preo melhor do fornecedor.c) ADMINISTRAO DE ESTOQUESA administrao de estoques constitui um componente importante da administrao de capital de giro, principalmente quando a instituio utiliza para a prestao do servio grandes quantidades de materiais e/ou quando precisa manter um alto volume de estoques. Os estoques so ativos circulantes necessrios que possibilitam o funcionamento dos processos de produo e vendas com um mnimo de distrbio e, como as duplicatas a receber, representam um investimento significativo por parte da maioria das empresas. Para o empresrio mdio, respondem por cerca de 42% dos ativos circulantes e aproximadamente 18% dos ativos totais. J se discutiu a importncia de girar estoques rapidamente, de forma a minimizar os custos de seu financiamento. Nesse sentido, o gestor financeiro atua como um vigia e consultor na questo dos estoques; no exerce controle direto, mas fornece diretrizes para o processo de administrao dos estoques. Os 3 tipos bsicos de estoque so: matrias-primas (itens adquiridos pela empresa para uso na elaborao de seus produtos), produtos em elaborao (produtos parcialmente acabados que esto em algum estgio intermedirio de acabamento) e produtos acabados (itens que foram produzidos, mas ainda no vendidos). Os executivos das reas financeira, de marketing, de produo e de compras de uma empresa, normalmente, tm pontos de vista divergentes quanto aos nveis adequados de estoque, em funo de seus prprios objetivos. A disposio geral do administrador financeiro no sentido de manter os estoques em nveis baixos, assegurando-se de que o dinheiro da empresa no esteja sendo investido inadequadamente em excesso de recursos. Por sua vez, o gerente de marketing gostaria que houvesse grandes estoques de cada um dos produtos acabados, a fim de que todos os pedidos fossem atendidos rapidamente. Para cumprir seu papel, o gerente de produo manteria altos estoques de matrias-primas para evitar atrasos no processo produtivo e seria favorvel, tambm, a elevados estoques de produtos acabados, elaborados em grandes lotes, a fim de reduzir os custos unitrios de produo. A preocupao fundamental do gerente de compras com o estoque de matrias-primas, sendo sua responsabilidade assegurar o atendimento das necessidades da rea industrial, em quantidades certas, nos prazos desejados e a preos favorveis. Sem um controle adequado, este gerente pode adquirir quantidades superiores s necessidades reais de produo, a fim de obter descontos ou por ter previso de uma elevao nos preos ou escassez de certos materiais. Os estoques so parte essencial de praticamente todas as operaes de negcios e os nveis de estoque dependem fortemente das vendas. Enquanto as contas a receber acumulam-se aps as vendas terem sido feitas, os estoques devem ser adquiridos antes das vendas. E a necessidade de previso das vendas antes do estabelecimento dos nveis-meta dos estoques torna a administrao de estoques uma tarefa difcil. Alm disso, como os erros no estabelecimento dos nveis de estoques levam rapidamente ou perda de vendas ou a custos excessivos de manuteno, a administrao de estoques to importante quanto difcil. O estoque um investimento, no sentido de que exige o comprometimento de recursos que a empresa poderia aplicar em alternativas rentveis. Em geral, quanto maiores forem os saldos mdios dos estoques, Administrao Financeira e Oramentria 34. 33 maiores a quantia investida e os custos envolvidos e vice-versa. O gestor financeiro, ao avaliar alteraes planejadas nos nveis de estoques, deve consider-las do ponto de vista de custo versus benefcios.Administrar estoques consiste, essencialmente, em determinar o nvel mdio do estoque a ser mantido para que a segurana seja garantida e o custo total minimizado. Aqui, tambm, deve-se buscar o equilbrio entre segurana e o custo.Embora existam vrias maneiras de valorizar os itens em estoque (valor de aquisio, reposio, preo mdio), a Lei 4.320/64 determina que, para efeitos contbeis, os estoques devem ser valorizados pelo preo mdio ponderado, ou seja, pela mdia entre os preos de aquisio dos diferentes lotes do mesmo item, ponderada pela quantidade adquirida em cada lote.O modelo do lote econmico de compra (LEC) tcnica de administrao de estoques para se determinar a quantidade tima de compra que minimiza o custo total de estocagem (custo de pedir e manter estoque).___________LEC = 2 x S x O / COnde, S = demanda, em unidades por perodo O = o custo de pedir, por pedido (Custo de pedir = O x S/Q) C = o custo de manter estoque, por unidade por perodo (custo de manter estoque = C x Q/2) Q = quantidade do pedido em unidades. O ponto de reencomenda ponto no qual se deve emitir um pedido de reposio de estoques. expresso como: o tempo para a reposio (para emitir e receber um pedido) em dias vezes a demanda diria. Assim, logo que o nvel de estoques da empresa atingir o ponto de reencomenda ser emitido um pedido correspondente ao lote econmico de compra. Em razo das dificuldades em se fazer corretamente as previses referentes ao tempo de reposio e de demanda diria, as empresas costumam manter um estoque de segurana, os quais podem ser utilizados quando os movimentos reais superam as expectativas.4.2.3 ANLISE DO ENDIVIDAMENTO A situao de endividamento de uma empresa indica o montante de recursos de terceiros que est sendo usada, na tentativa de gerar lucros.NDICES FRMULA O QUE MEDEMede a proporo dos ativos totais daempresa financiada pelos credores. NDICE DEENDIVIDAMENTO IEG = EXIGVEL TOTALQuanto maior, maior ser o montante do GERAL ATIVO TOTALcapital de terceiros que vem sendoutilizado para gerar lucros. NDICE EXIGVEL A LONGO PRAZOIndica a relao entre os recursos de PATRIMNIO LQUIDO longo prazo fornecidos por credores e os IELP-PL = Exigvel a Longo Prazo recursos fornecidos pelos proprietrios Patrimnio Lquido da empresa. Mede o grau de alavancagemfinanceira da empresa.Administrao Financeira e Oramentria 35. 34 Mede a capacidade da empresa para NDICE DE COBERTURA DE JUROS ICJ=LAJIRrealizar pagamentos de juros contratuais. Despesa Anual em jurosQuanto maior, maior a capacidade da empresa para liquidar suas obrigaes de juros. NDICEDECOBERTURA DE ICPF = LAJIR + Pgtos Leasing Mede a capacidade da empresa para PAGAMENTOS FIXOSJuros + Pgtos Leasing+ {(am.Princ.+ satisfazer todas as obrigaes de divid.A Pref.) x (1/(1-T)} pagamentos fixas. Quanto mais alto, Obs: T=IR melhor.4.2.4 ANLISE DE LUCRATIVIDADEA lucratividade de uma empresa pode ser avaliada em relao a suas vendas, ativos, patrimnio lquido e ao valor da ao.NDICES FRMULAO QUE MEDE MARGEM BRUTAMede a porcentagem de cada unidade MB = Vendas Custo Prod.Vendidos monetria de venda que restou, aps a Vendasempresa ter pago seus produtos. Vendas CPV = Lucro BrutoQuanto mais alto, melhor. MARGEM OPERACIONALMO = LUCRO OPERACIONALMede a porcentagem de lucro obtidoVENDAS em cada unidade monetria de venda, antes dos juros e do IR. MARGEM LQUIDAML = LUCRO LIQ. APOS IR Mede a porcentagem de cada unidade VENDASmonetria de venda que restou, depois da deduo de todas as despesas, inclusive o IR. Quanto maior, melhor. TAXA DE RETORNO SOBRE O ATIVO ROA = LUCRO LIQ APOS IR Mede a eficincia da administrao na TOTAL ATIVO TOTAL gerao de lucros com seus ativos totais; tambm chamada de retorno sobre o investimento (ROI). Quanto maior, melhor. TAXA DE RETORNO SOBRE O ROE = LUCRO LIQ APOS IR Mede o retorno obtido sobre o investimento PATRIMNIO LQUIDOPATRIMNIO LQUIDO(aes preferenciais e ordinrias) dos proprietrios da empresa. Quanto mais alta, melhor. LPA = LUCRO POR AO = LUCRO DISPONVEL AOS ACIONISTAS ORDINRIOS N. DE AES ORDINRIAS EMITIDAS Representa o valor auferido sobre cada ao ordinria emitida. importante indicador do sucesso da empresa. O resultado representa o montante ganho em favor de cada ao emitida, no representa o montante de lucros efetivamente distribudos aos acionistas.P/L = NDICE PREO/LUCRO = PREO DE MERCADO DA AO ORDINRIA LUCRO POR AOReflete o montante que os investidores estariam dispostos a pagar por unidade de lucro da empresa. Quanto mais alto for o P/L, maior ser a confiana do investidor na empresa.DEMONSTRAO DA COMPOSIO PORCENTUAL DO RESULTADO Uma ferramenta popular para se avaliar a lucratividade em relao s vendas. Trata-se de demonstrao do resultado na qual cada item expresso como uma porcentagem das vendas. So teis nas comparaes de resultado do desempenho da empresa entre um ano e outro. _______________________________________________ Administrao Financeira e Oramentria 36. 35 4.3 UMA ANLISE COMPLETA DOS NDICESUma anlise completa dos ndices inclui um grande nmero de indicadores de liquidez, de atividade, endividamento e lucratividade. Duas abordagens so bastante comuns: 1) O Sistema de anlise DuPont usado pela administrao como um arcabouo (estrutura) para analisar as demonstraes financeiras e avaliar a situao financeira da empresa. Funde a DRE e o Balano em duas medidas sntese da lucratividade: ROA e ROE. ROA = MARGEM LQUIDA X GIRO DO ATIVO TOTALROA = lucro lquido aps IR x vendas = Vendasativo totalROA = LUCRO LQUIDO DEPOIS IR ATIVO TOTAL________________________________________________ROE = ROA X MAF (Multiplicador de alavancagem financeira) ROE = LUCRO LQUIDO APOS IR X ATIVO TOTALATIVO TOTAL PATR.LIQUIDO ENTO ROE = LUCRO LIQUIDO APOS IRPATRIMNIO LQUIDOO Sistema de anlise Dupont permite desdobrar o retorno sobre o PL em trs componentes: lucro sobre vendas, eficincia na utilizao do ativo e uso da alavancagem.2) Anlise Geral de vrios ndices Administrao Financeira e Oramentria 37. 36CAPTULO 4 EXERCCIOS PARA FIXAO DE CONTEDO1) Preencha o balano patrimonial abaixo, usando as informaes que seguem: BALANO PATRIMONIAL (Em 31 de dezembro de 2007) Caixa30.000Duplicatas a pagar 120.000 Ttulos negociveis25.000Ttulos a pagar______ Duplicatas a receber_________Contas a pagar 20.000 Estoques_________TOTAL PASSIVO CIRCULANTE______ TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE __________ Exigvel a Longo Prazo______Patrimnio Lquido600.000 Ativo Permanente lquido_________ TOTAL DO ATIVO_________TOTAL PASSIVO + PL______ Os seguintes dados financeiros de 2007 tambm so disponveis: a) as vendas totalizaram R$ 1.800.000,00b) A margem bruta foi de 25% c) O giro dos estoques foi 6,0c) O ano de 360 dias d) O perodo mdio de cobrana foi de 40 dias e) O ndice de liquidez corrente foi de 1,60 f) O ndice do giro do ativo total foi de 1,20g) O ndice de endividamento geral foi de 60%. 2) O total do ativo circulante, o capital circulante lquido e os estoques de uma empresa, para cada um dosltimos quatro anos, so dados abaixo: ITEM 2004 2005 20062007 Total do Ativo Circulante 16.95021.900 22.500 27.000 Capital circulante lquido 7.9509.300 9.9009.600 Estoques6.000 6.9006.9007.200a) Calcule os ndices de liquidez corrente e de liquidez seco da empresa para cada ano. Compare osresultados da srie-temporal de cada medida de liquidez. b) Comente a liquidez da empresa durante o perodo 2004-2007. c) Se fosse dito a voc que o giro dos estoques da empresa para cada ano do perodo em anlise e asmdias da indstria foram as indicadas abaixo, isso daria suporte ou conflitaria com sua avaliao noitem b? Por qu?GIRO DE ESTOQUE 2004 2005 20062007 Empresa em estudo6,36,87,0 6,4 Mdia da indstria10,611,210,8 11,0 3) Uma consulta aos livros da contabilidade de uma determinada empresa, como consta da tabela seguinte,fornece o saldo das duplicatas a receber no final do ano, o qual acredita-se que consista dos valoresoriginados nos meses indicados. A empresa realizou vendas anuais de R$ 2,4 milhes e concede crdito por30 dias. Administrao Financeira e Oramentria 38. 37Ms de Origem Valores a receber Julho3.875Agosto2.000Setembro34.025 Outubro 15.100Novembro52.000Dezembro 193.000 Duplicatas a receber final ano........300.000 a) Use o total do final do ano para avaliar o sistema de cobrana da empresa. b) Se 70% das vendas da empresa ocorreram entre julho e dezembro, isso poderia afetar a validade de suaconcluso em a? Explique. 4) Um banco est avaliando a situao de uma empresa, a qual solicitou emprstimo de R$ 4.000.000,00, paradeterminar a alavancagem financeira e o risco financeiro da empresa. Com base nos ndices deendividamento da empresa, juntamente com as mdias da indstria e as recentes demonstraesfinanceiras da empresa (apresentados a seguir), avalie e recomende a ao apropriada com respeito solicitao de emprstimo.DRE DA EMPRESA PARA O ANO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007Receita de vendas30.000.000Menos: Custo dos produtos vendidos(21.000.000)Lucro Bruto9.000.000Menos: Despesas OperacionaisDespesas de vendas3.000.000Despesas gerais e administrativas 1.800.000Despesas com leasing200.000Despesas de depreciao 1.000.000TOTAL DAS DESPESAS OPERACIONAIS(6.000.000)LUCRO OPERACIONAL3.000.000Menos: Despesas Financeiras(1.000.000)LUCRO LQUIDO ANTES DO IR2.000.000Menos: proviso para IR (alquota = 40%) (800.000)LUCRO LQUIDO APS IR1.200.000BALANO PATRIMONIAL DA EMPRESA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 ATIVOSPASSIVO E PATRIMNIO LQUIDOAtivo CirculantePassivo CirculanteCaixa1.000.000Duplicatas a pagar8.000.000Ttulos negociveis3.000.000Ttulos a pagar 8.000.000Duplicatas a receber12.000.000Contas a pagar500.000Estoques 7.500.000TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE16.500.000TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 23.500.000Exigvel a Longo Prazo (inclui leasing)20.000.000Ativo Permanente brutoPATRIMNIO LQUIDOTerrenos e edifcios11.000.000Aes preferenciais (25.000 aesDividendos = R$ 4,00) 2.500.000Mquinas e equipamentos20.500.000 Aes ordinrias (1.000.000 aes Valor = R$ 5,00 ao par)5.000.000Mveis e utenslios8.00