Apostila AOS exameS DE GRADUAÇÃO PARA FAIXA PRETA 2011 II

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Apostila do Curso DE GRADUAÇÃO PARA FAIXA PRETA 2011, módulo Filosofia, História e Ética do Judô

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APOSTILA AOS EXAMES DE GRADUAO PARA FAIXA PRETA

FEDERAO PERNAMBUCANA DE JUDRua Dr. Napoleo Laureano, 269 Madalena Cel. (81) 99710126 TELEFAX (81) 3227-6432

Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020Federao Pernambucana de Jud - FPJU

Tema

Pgina

Presidente Jemima A. Alves Vice-Presidente Jaciano Delmiro da Silva Gestor Cleto Mendes da Paixo

Introduo Jigoro Kano Kano o Fundador do Jud Mximas de Jigoro Kano A Origem do Jud Nascimento do Jud Definies de Jud Evoluo do Jud Kodokan Smbolo do Kodokan Presidente do Kodokan Evoluo do Jud no Brasil Jud Feminino Esprito do Jud Princpios do Jud O Indivduo e seus ajustamentos atravs do Jud A tica do Jud Alguns significados filosficos do Jud Terminologias do Jud Juramento de Kuro-Obi (Faixa Preta)

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05 06 07 08 09 11 11 11 14 15 17 18

2 Secretrio Jonas de Santana Barbosa Diretor Tcnico Jonas Nascimento da Silva Coordenador do Curso Edson Gondim da Costa neto Presidente da Comiso de Gau Geneton Vicente da Silva

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HISTRIA,FILOSOFIA e TICA DO JUD

Quando verificares com tristeza que no sabes de nada, ters feito teu primeiro progresso no aprendizado. Jigoro Kano ________________________________________________________________

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INTRODUO

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s condies mentais dos judocas so muito importantes para que os mesmos possam alcanar o progresso no aprendizado do Jud. Deve controlar as paixes prejudiciais, pois elas podero restringir ou alienar a liberdade do seu esprito e do seu corpo. O Jud o ajudar a desenvolver o poder de sua vontade. Cultive a cortesia, a benevolncia, a moderao no linguajar principalmente no Doj. Seja sempre sincero, leal, justo e esportivo. Nas palavras ou nos seus atos, procure no lesar nunca a dignidade do homem, nem tentar contra a liberdade de esprito e de conscincia de quem quer que seja. Uma Intimidade baseada na estima recproca deve substituir toda a familiaridade ou camaradagem excessiva. A nobreza do corao, caracterstica do homem completo, estampa-se nas atitudes, no olhar e nas palavras. Sendo a finalidade do Jud, desenvolver harmoniosamente o esprito e corpo, o judoca dever se esforar para desenvolver particularmente as qualidades interiores como: ateno, a cortesia e a lealdade. Para tanto considerar seus parceiros no inimigos, mas como companheiros indispensveis ao seu prprio progresso, e, portanto, merecedores de todo respeito. No Doj, dever manter-se tranqilo e moderado, nunca dever elevar demasiadamente a voz, prestar ateno s instrues do mestre ou de seu assistente e ajudar aos novatos. Estar sempre bem asseado, e antes de entrar no tatame, verificar seu asseio pessoal. O dever do judoca no s praticar o Jud, tambm para com a sociedade.

todos, uma contribuio indispensvel para o bem comum. Devemos igualmente ter sempre presente na lembrana o exemplo dos grandes mestres de Jud, famosos tanto pela cincia desta arte, como pela beleza e eficcia de seus movimentos, tambm pela nobreza de suas atitudes perante a vida e de seu valor intrnseco e social, todos ou foram judocas trabalhadores, perseverantes e sinceros. Perfeito nunca, mas sempre susceptvel de perfeio, o jud fonte inesgotvel de alegria e de progresso humano. Todo aquele que pretender seguir o caminho do Jud, dever inserir este ensinamento do mestre JIGORO KANO no corao: O JUD o caminho para a utilizao eficaz das foras fsicas e espirituais. Treinando os ataques e as defesas, o corpo e a alma se tornam apurados e a essncia do JUD torna-se parte do prprio ser. Desse modo, o ser aperfeioa-se a si prprio e contribui alguma forma para valorizar o mundo. Esta a meta final da disciplina do Jud. 1. JIGORO KANO - O FUNDADOR DO JUD

Devemos nos conservar em plena posse de nossos meios fsicos e mentais, tanto tempo quanto durar a nossa vida. Tenhamos plena conscincia de que o trabalho de cada um tem seu valor para

igoro Kano, a quem devemos a criao do Jud, nasceu em 28 de outubro de 1860, em Mikage, Prefeitura de Hyogo no Japo, terceiro filho de Jirosaku Mareshiba Kano, alto funcionrio da marinha imperial 3

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 (intendente naval do Shogunato Tokugawa), seus pais queriam que seguisse a carreira de diplomata ou poltico, mas preferiu o Magistrio, embora de personalidade marcante, possua fsico franzino, medindo 1,50 m de estatura e pesando 48 kg, o que dificultava o seu ingresso nas maiorias dos esportes. Em 1871 com 11 anos de idade foi mandado para Tquio para estudar o idioma ingls, ento indispensvel para o progresso em qualquer sentido e que, possibilitou mais tarde tornar-se professor e tradutor dessa lngua e ainda montar sua prpria escola em Tquio, o Kobukan (Escola de Ingls). Aos 16 anos, decidiu fortificar o corpo, praticando a ginstica, o remo e o beisebol. Mas estes desportos violentos para a sua dbil constituio. Alm disso, nas brigas entre estudantes. Kano era sistematicamente vencido. Ferido na sua qualidade de filho de um Samurai decidiu estudar o Ju-Jutsu. Quem lhe ensinou os primeiros passos, foi o professor Teinosuke Yagi. Posteriormente, 1877, matriculou-se na Tenshin Shinyo Ryu, sendo discpulo do mestre Hachinosuke Fukuda. Sob a direo deste mestre, Kano iniciou-se nos mistrios da escola "Corao de Salgueiro". Em 1879, Fukada morreu com a idade de 82 anos e Kano herdou seus arquivos. Tornou-se em seguida aluno do mestre Masatomo Iso, um sexagenrio que possua os segredos de uma escola derivando igualmente do Tenshin Shinyo Ryu. Continuando seu treinamento Jigoro Kano torna-se vice-presidente da escola. Infelizmente, Masatoma Isso, morreu muito cedo e Kano novamente encontrouse sem professor. Contudo Kano continuou a treinar intensamente, mas um bom professor lhe era indispensvel. Foi ento que procurou mestre Tsunetoshi Likugo que lhe ensinou a tcnica da escola Kit-Ryu at 1885. Como Kano at ento s praticara sempre as lutas corpo a corpo, sempre usando roupas normais; a escola de Kito ensinou-lhe o combate com armadura. Em fevereiro de 1882, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade). Em 1898, em uma de suas conferncias, Jigoro Kano, assim se pronunciou: "Eu estudei Ju-Jutsu no somente porque o achei interessante, mas tambm, porque compreendi que seria o meio mais eficaz para a educao do fsico e do esprito. Porm, era necessrio aprimorar o velho Ju-Jutsu para torn-lo acessvel a todos, modificar seus objetivos que no eram voltados para a educao fsica ou para a moral, nem muito menos para a cultura intelectual. Por outro lado, como as escolas de Ju-Jutsu, apesar de suas qualidades tinham muitos defeitos. Eu conclu que era necessrio reformular o Ju-Jutsu, mesmo como arte de combate. Alguns mestres desta arte ganhavam a vida organizando espetculos entre seus alunos, atravs de lutas, cobrando daqueles que quisessem assistir. Outros se prestavam a serem "artistas da luta" junto com profissionais de Sum e praticantes de Ju-Jutsu. Tais prticas degradantes prostituam uma arte marcial e Isso me era repugnante. Eis a razo de ter evitado o termo Ju-Jutsu e adotado o do Jud. Jigoro Kano desenvolveu a cincia da queda-amortecedora (Ukemi), bem como criou uma vestimenta especial para o treino do Jud, o (Judogui), pois o uniforme utilizado pelos cultores do JuJutsu, denominado de Hakama, provocava freqentemente ferimentos. 4

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 A nova arte do mestre Kano tinha duas formas distintas: uma abrangia as tcnicas de queda, imobilizaes, chaves e estrangulamentos. Essa forma evoluiu para o esporte e a outra parte consistia nas tcnicas de golpear com as mos e os ps, em combinaes com agarramento e chaves para imobilizao, inclusive ataques em pontos vitais (Atemi-Waza). Essa forma evoluiu para a defesa pessoal (Goshin-Jitsu). Jigoro Kano nos legou vrios manuscritos, nos quais em geral assinava com pseudnimos, dentre estes, um muito usado por ele era "Ki Itsu Sai", que quer dizer "Tudo unidade". Kano tambm era poliglota, pois alm do japons, falava quatro lnguas: francs, alemo, ingls e espanhol. encontrar sua harmonia plena e realizar verdadeiros progressos". "Vencer o hbito de usar a fora contra a fora uma das coisas mais difceis do treinamento do Jud. Caso no se consiga isto, no pode esperar progresso". "A simplicidade a chave de toda arte superior, da vida e do Jud". "A derrota na competio e treinamento no deve ser uma fonte desnimo ou de desespero. sinal necessidade de uma prtica maior e esforos redobrados". no de da de

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amentavelmente em 04 de maio de 1938, morre Jigoro kano a bordo do transatlntico "Hikawa Maru", quando voltava do Cairo, onde havia presidido a Assemblia Geral do Comit Internacional dos Jogos Olmpicos.

"Os Kata so a esttica do Jud. E nos Kata (forma) que est o esprito do Jud, sem o qual impossvel perceber o objetivo". "O Jud ultrapassou o estgio primitivo da utilidade para atingir o de uma cincia e de uma arte". "A estabilidade mental (ou uma calma inabalvel) um fator importante numa luta de Jud. Seria ainda mais importante caso se tratasse de uma luta de vida ou morte". "O Jud deve existir para o benefcio do homem e no o homem para o Jud (competio)". "Em qualquer espcie de treinamento, o ponto mais importante libertar-se dos maus hbitos". "A idia de considerar os outros como inimigos s pode ser loucura e fonte de regresso". "O Jud deve ser mantido acima de toda a escravido artificial. As novas invenes devem tornar-se conhecimentos comuns". 5

No houve para ele, tempo de assistir a Universidade do Jud, mas tinha certeza da sua perpetuao. "Quando eu morrer, o Jud Kodokan no morrer comigo, porque muitas coisas viro a ser desenvolvidas se os princpios de minha arte continuarem sendo estudados". 1.1 MXIMAS DE JIGORO KANO

adversrio um parceiro necessrio ao progresso; a vida da humanidade baseiase neste princpio". " somente atravs da ajuda mtua e das concesses recprocas que um organismo agrupando indivduos em nmero grande ou pequeno pode

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 "O Jud uma arte e uma cincia. Ele deve ser mantido acima de toda a escravido artificial e deve ser livre de qualquer influncia financeira, comercial e pessoal". "O alto valor da habilidade e da qualidade da arte s pode ser obtido elevando-se acima da dualidade da competio". "O Jud no deve ser revestido por um rtulo nacional, racial, poltico, pessoal ou sectrio". "Quando se percebe a potncia do Jud, compreende-se que no se pode us-lo levianamente, pois ele pode ser to perigoso quanto uma espada desembainhada". " medida que se progride no estudo do Jud, o sentido de confiana em si mesmo, base do equilbrio mental, se desenvolve". "A Maneira de treinar depende de uma ao consciente, mas o objetivo do treinamento e conseguir o domnio da tcnica, o que inconsciente". "O Jud pode ser considerado como uma arte, ou uma filosofia do equilbrio, bem como um meio para cultivar o sentido e o estado de equilbrio". 2. A ORIGEM DO JUD inicio do desenvolvimento histrico do combate corporal se perde na noite dos tempos. A luta por necessidade de sobrevivncia nasceu com o homem, ela um dos mais antigos desportos do mundo. Mas, no limiar dos tempos, no se falava ainda de desporto; era simplesmente o meio de fazer os outros chegaram razo, pela fora. Em todas as regies do globo, cada povo possua um mtodo mais ou menos elaborado de combater, que melhorando consoante o progresso civilizao. Os chineses, os gregos egpcios j utilizavam notveis tcnicas luta. ia da os de

O Japo, durante sculos viveu isolado do resto do mundo, atravs de um regime feudal. Dirigido pelo imperador era na verdade um governador militar que comandava: o Shogun. O pas estava dividido em distritos militares pertencentes aos vassalos do Shogun: os Daymios. Estes eram guerreiros temveis. A luta corpo a corpo e as outras artes marciais encontraram um terreno maravilhoso para se desenvolverem. Cada classe de guerreiros exercitava-se no combate lana e ao sabre longo. Os infantes praticavam a esgrima com sabres curtos e os campnios tornaram-se peritos no manejo do varapau. Muitas outras armas eram utilizadas consoantes, as regies ou as classes sociais: havia especialistas no punhal, no arco, na foice de guerra, nos escudos, etc. Os combates encarniados prosseguiam e, durante quase oitocentos anos, a tcnica da luta corpo a corpo progrediu lentamente.

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ergulhando nos estudos das origens das lutas marciais, notamos que vrios documentos remontam aos tempos mitolgicos. Um manuscrito muito antigo, o Takanogawi, relata que os deuses Kashima e Kadori mantinham poderes sobre os seus sditos graas s suas habilidades desde ataque e defesa.

A crnica antiga do Japo (Nihon Shoki), escrita por ordem imperial, no ano de 720 de nossa era, menciona a existncia de certos golpes de habilidade e destreza, no apenas utilizados nos combates 6

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 corporais, assim como complemento da fora fsica, espiritual e mentais. Essa crnica relata uma histria mitolgica na qual um dos competidores, agarrando o adversrio pela mo, joga-o ao solo, como se lanasse uma folha. Todavia, segundo alguns historiadores japoneses, o mais antigo relato de um combate corporal ocorreu em 230 a.C., na presena do Imperador Suinin: Taimano Kehaya, um lutador arrogante e insolente foi rapidamente nocauteado por terrvel cultor do combate sem armas. Nomino Sukune. 3. NASCIMENTO DO JUD para a defesa pessoal, poderia oferecer aos praticantes, extraordinrias oportunidades nos sentidos de serem superadas as prprias limitaes do ser humano. Jigoro Kano tentava dar maior expresso lenda de origem do estilo Yoshin Ryu (Escola de Medula do Salgueiro), esta se baseava no princpio de "Ceder para Vencer", utilizando a no resistncia para controlar, desequilibrar e vencer o adversrio com o mnimo de esforo. Num combate o praticante tinha como nico objetivo vitria. No entender de Jigoro Kano, isto era totalmente errado. Uma atividade fsica deveria servir, em primeiro lugar, para a educao global dos praticantes. Os cultores profissionais do Ju-Jutsu no aceitavam tal concepo. Para eles, o verdadeiro esprito do Ju-Jutsu era o ShinKen-Shobu (vencer ou morrer, lutar at a morte). Por suas idias, Jigoro Kano era desafiado e desacatado, insistentemente, pelos educadores da poca, mas no mediu esforos para idealizar um novo JuJutsu, diferente, mais completo, mais eficaz, muito mais objetivo e racional, denominado de JUD e transformando-o num poderoso veculo de educao fsica. Em fevereiro de 1882, no segundo andar do templo budista, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola de Jud denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade), j que "ko" significa "fraternidade, irmandade", "d". "Caminho ou moral", e "kan" "instituto". Com uma rea de treinamento de apenas 12 (doze) js, (J mdulo do tatami).

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aseado nesses inconvenientes, um jovem, que na adolescncia se sentia inferiorizado sempre que precisasse desprender muita energia fsica para resolver um problema, resolveu modificar o tradicional Ju-Jutsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o num poderoso veculo de educao fsica. Seu nome era Jigoro Kano. Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforado cultor de Ju-Jutsu. Procurando encontrar explicaes cientficas aos golpes, baseados em leis de dinmica, ao e reao, selecionou e classificou as melhores tcnicas dos vrios sistemas de Ju-Jutsu, dando nfase principalmente no ataque aos pontos vitais e nas lutas de cho do estilo Tenshin Shin yo-Ryu e nos golpes de projeo do estilo Kit-Ryu. Inseriu princpios bsicos como a do equilbrio gravidade e sistema de alavancas nas execues dos movimentos lgicos. Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fcil e racional. Idealizou regras para um confronto esportivo, baseado no esprito do IPPON-SHOBU (luta pelo ponto completo). Procurou demonstrar que o JuJutsu aprimorado, alm de sua utilizao

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 "O Jud a vida da no-resistncia, ou o meio gil, o caminho que leva a uma vida equilibrada, utilizando um mtodo de educao fsica e mental baseado numa disciplina de combate com mos nuas". (Lus Robert). "O Jud uma filosofia e uma arte. Seu ensino e aprendizagem devem ser galgados nos princpios que o regem: respeito aos mais velhos, aos mestres, aos companheiros; respeito a sua tica e o seu cdigo moral. Criado em 1882 por Jigoro Kano, do ponto de vista ideolgico o Jud a filosofia da eficcia mxima. Aplica-se a todas as atividades humanas dos trabalhos intelectuais, negcios, competies. Distinguem-se, em seu aspecto geral, diversas aplicaes tais como a recreao e a utilizao blica". (Albano Augusto P. Corra Filho). O Jud uma arte que praticada como um desporto. Os seus objetivos so praticados pela seguinte ordem: Desenvolvimento fsico; Eficincia em combate; e desenvolvimento mental. atravs de treino de tcnicas de ataques e defesa, os judocas no s ganham agilidade mental e fsica como adquirem, tambm, flexibilidade de mente e corpo, mediante o domnio da Via suave". (Kiyoshi Kobayashi). "O Jud o produto moderno do desenvolvimento tcnico, pedaggico e filosfico das velhas frmulas do antigo Ju-Jutsu". (Carlos Catalano Calleja). "O Jud um exerccio esplndido e, ao contrrio de muitos exerccios, proporciona timo divertimento, sendo maravilhoso para a coordenao fsicomental. uma atividade da qual se participa ao invs de se ficar como espectador, e ainda possvel caso se queira aperfeioar todas as outras atividades da vida, aplicando o que se 8

3.1

DEFINIES DE JUD

egundo Lus Robert, no seu livro "O Jud". Editora Notcia, Portugal, 1976, foi realizada uma enquete entre o pblico e ficou constatada a existncia de uma idia bastante deformada, do Jud. Eis algumas das definies recebidas: Um desporto de combate, como o boxe, a esgrima, etc; Um misterioso, mtodo chins ou japons que permite derrubar, seja que adversrio for, por meio de "tcnicas secretas", muito perigosas; Uma espcie de mfia, de seita budista Zen, que se prope dominar o mundo; Um sistema de treinamento do corpo e do esprito, semelhante ao Yoga; Invulnerveis tcnicas de autodefesa conjugadas com misteriosas prticas de desenvolvimento mentais; Uma ginstica oriental; Um boxe chins; Um Ju-Jutsu adaptado pelos americanos, etc.

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Tudo isto est, evidentemente, longe da verdade. A resposta infinitamente mais simples. Jud uma palavra japonesa que se decompe em Ju e D. Ju significa docilidade, no resistncia, suavidade, flexibilidade; e D, traduz-se por via, meio, caminho. O nome completo significa "Caminho Suave". De acordo com as palavras do fundador do Jud, mestre Jigoro Kano, "O Jud o caminho para utilizao eficaz das foras fsicas e espirituais. Treinando os ataques e as defesas, o corpo e a alma se tornam apurados e a essncia do Jud torna-se parte do prprio ser. Desse modo, o ser aperfeioa-se a si prprio e contribui alguma coisa para valorizar o mundo".

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 aprendeu no Jud. Ele tambm desenvolve a interao entre o corpo e o esprito e aumenta o autodomnio, alm de conferir aos seus praticantes uma segurana tranqila em matria de defesa pessoal". (Bruce Tegner). 4. EVOLUO DO JUD KODOKAN Naquela poca utilizava-se, ainda, o "sistema de luta por desistncia". Um dos combates que ficou na histria foi o de Shiro Saigo contra o mais temido cultor do Ju-jutsu da "yoshin Ryu", numa memorvel luta, que parecia interminvel. A propsito de Shiro Saigo, foi escrito um belssimo romance de aventuras, contando as suas proezas no Jud, com o nome de Sugata Sanshiro, inclusive serviu de enredo a vrios filmes. Mas foi s no final de 1886, aps uma clebre competio, contra vrias escolas de ju-jutsu, organizada pela policia, que definitivamente ficou constatado o grande valor do Jud Kodokan. O resultado dessa jornada constituiu-se num marco decisivo na aceitao do jud, com o reconhecimento do povo e do governo que passaram oficialmente a prestigiar o Jud Kodokan. Depois da clebre vitria de 1886, como ficou conhecida, o Jud Kodokan comeou a progredir com passos confiantes. A frmula tcnica do Jud Kodokan foi completada em 1887, enquanto a sua fase espiritual foi gradativamente elevada at a perfeio, aproximadamente, em 1922. Nesse ano a Sociedade Cultural Kodokan foi inaugurada e um movimento social foi lanado, com base nos axiomas "Seryoku Zen" (mxima Eficcia) e "Jita Kyei" (Prosperidade e Benefcios Mtuos). Entretanto, em 1897, quando o Kodokan estava instalada em "Shimotomizaka", possuindo uma rea de 207 tatamis, o governo japons fundou uma escola 9

Os alunos do Kodokan tinham fama de serem imbatveis. Por isso, eram insistentemente desafiados. Aqueles que conseguiam uma vitria sobre um dos alunos da Kodokan, na certa, cresciam em fama.

urante alguns anos, o idealizador do "Jud" atravessou uma difcil fase, principalmente pela quase ausncia de recursos financeiros para a manuteno da academia. Os mais temidos lutadores da poca, impulsionados pela inveja, no se cansavam em desafiar os discpulos de Jigoro Kano. Houve muitos encontros memorveis com o intuito de testar a eficcia do Jud Kodokan. Certa feita um lutador, conhecido por Tanabe, vence os melhores alunos de Jigoro Kano. Tratava-se de um grande especialista em tcnicas de shime-waza (estrangulamentos), aplicadas no solo. To logo um judoca o projetasse, Tanabe encaixava-lhe um estrangulamento dessas derrotas, Kano aprendeu uma grande lio. Era necessrio aprimorar o Jud nas tcnicas de domnio (katamewaza), particularmente as desenvolvidas na luta de solo (ne-waza). Tanabe foi o nico lutador que conseguiu vencer os discpulos de Kano.

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 nacional, que congregaria todas as "artes marciais". Butokukai. Apesar de Jigoro Kano ter idealizado o jud, em pouco tempo a Butokukai tornarse-ia uma respeitvel rival da Kodokan. Posteriormente, as escolas superiores e profissionais da Universidade de Tquio fundariam uma outra entidade: a Kosen. Como fcil de adivinhar, a Butokukai e a Kosen comearam a competir com a Kodokan. A Kodokan tinha perdido a sua hegemonia, por outro lado era o Jud que ganhava um maior nmero de praticantes. Jigoro Kano, com a finalidade de iniciar uma campanha de divulgao do Jud, no ocidente, em 1889, visita a Europa e os Estados Unidos da Amrica do Norte, proferindo palestras e demonstraes. Em 1909, um fato marcante parecia devolver a hegemonia do Jud a Kodokan. O governo japons resolve tornar o Kodokan uma instituio pblica, uma vez que a prtica do Jud estava tendo uma tima aceitao. Em 1934, a Kodokan estaria instalada em um edifcio de trs andares, ocupando uma rea de dois mil metros quadrados, aproximadamente. Nessa poca o Jud comeava a ser introduzido em quase todas as naes civilizadas do mundo, todavia, no ocidente, o termo ju-jutsu ainda era o empregado, embora o nome de Jigoro Kano fosse citado. Em 1937, o Conselho da Indstria do Turismo, rgo do governo japons, editava a traduo em ingls do primeiro livro escrito por Jigoro Kano, denominado "Jud (ju-jutsu)". Nesta obra o jud abordado sob vrios aspectos inclusive tecia inmeras consideraes sobre o "atemi-waza" (tcnica de ataque aos pontos vitais); todavia, nenhuma linha era escrita sobre as regras de competies. Em 1938, O Japo comeava a sentir a guerra, os militares deram um valor especial s chamadas "artes marciais" que comearam a ser praticadas em todo Japo, com um real esprito guerreiro (bushid). A Butokukai recebia alunos de todas as partes do Japo para a cultura do ju-jutsu, do "kendo" (espcie de esgrima japonesa), do Karat e do "kyud" (arte de atirar flechas), para uma real aplicao durante a guerra. Aps a guerra, todas as atividades que inspirassem o bushid (esprito guerreiro), foram proibidas pelos norte-americanos. Os japoneses no mais podiam praticar o Jud. Entretanto, em 1946, os professores da Kodokan foram autorizados a ensinar o jud s tropas norte-americanas. Conhecendo o real esprito do jud de Jigoro Kano, os norte-americanos liberaram a sua prtica, inclusive nas escolas, por no a considerar uma perigosa arte marcial, tempos depois. Em 1948, fundada a Federao Nacional de Jud, iniciando-se os primeiros campeonatos de mbito nacional, depois da guerra. A Butokukai havia sido definitivamente interditada e a Kosen, ficaria subordinada a Kodokan. Em maro de 1958, inaugurado o novo Instituto Kodokan, denominado a Meca do Jud, num edifcio especialmente construdo para a organizao e a administrao do Jud, no Japo e no mundo, com um doj de 500 tatames e seis outros menores, sendo trs com 108 tatames e outros trs com 54 tatames, que seriam utilizados para os mais diversos objetivos do ensino e do treinamento, com departamentos 10

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 especiais para crianas, mulheres, estudantes competidores de alto nvel e estrangeiros, alm de abrigar dependncias para toda parte da administrao, alojamento, restaurante, totalizando 41 reas especficas. 4.1 SMBOLO DO KODOKAN Japo, os adeptos do novo esporte que surgia, faziam a sua propaganda mantendo a denominao antiga, confundindo e criando polmica, at hoje existente entre os leigos, quanto s origens do Jud. O professor Stanlei Virglio, em seu livro a Arte do jud, papiros 1986. Faz referncia ao Mestre Massao Shinohara, onde o mesmo afirma em seu manual de jud, publicao de maio de 1982, que o Jud foi implantado no Brasil por volta do ano de 1908 com o advento da imigrao japonesa, cujo primeiro contingente chegou ao porto de Santos em 18 de junho de 1908, a bordo do navio Kasato Maru. Com referncia ao jud, entretanto, no h registros de nomes, datas ou locais. Por outro lado em 1924, numa outra corrente, formava os Lutadores, isto , aqueles que lanando e aceitando desafios, lutando publicamente, alm de buscarem a implantao de Jud entre ns, fazia disso uma forma de subsistncia ou de complementao financeira. Entre estes colocaramos Mitsuyo Maeda (Conde Koma), Takagi Saigo, Go Omori, Ono, os Gracie, etc. e visto por este prisma, o Jud comeou a ser implantado no inicio dos anos vinte. Com a chegada ao Brasil Mitsuyo Maeda, tendo ele a seu crdito o primeiro registro nos anais da histria do Jud brasileiro. Mais conhecido como Conde Koma, percorreu vrias capitais brasileiras. Mais aceitando desafios e ganhando todos, promovendo assim esse esporte. Radicou-se finalmente em Belm do Par, onde montou sua escola com algum sucesso. De seus vrios alunos, restou a famlia Gracie que deu continuidade ao seu trabalho, progredindo e fundindo novas escolas em algumas capitais e se projetando no cenrio esportivo brasileiro. 11

O smbolo do Kodokan a Sakura no Hana (flor da cerejeira) de oito ptalas com um crculo vermelho no centro. Seu significado pode ser entendido como a delicadeza do algodo envolvendo a fora do ferro incandescente lembra a firmeza e a fora interior, a suavidade e gentileza exterior. 4.2 PRESIDENTE DO KODOKAN1 Presidente 2 Presidente 3 Presidente 4 Presidente

Jigoro Kano Jir Nang Risei Kano (filho do fundador) Yukimitsu Kano (neto do fundador)

4.3

OS GUARDIES DO KODOKAN Shiro Saig (Sugata Sanshiro) Sakujir Yokoyama Yoshiaki Yamashita Tsunejir Tomita

5. EVOLUO DO JUD NO BRASIL

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s primeiras referncias que encontramos, quanto introduo do jud no Brasil, datam de muitos anos aps a criao deste esporte, no Japo, pelo mestre Jigoro Kano. Mesmo assim, aproveitando-se do maior conhecimento do antigo "Ju-jutsu" fora do

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 Hlio Gracie, em luta contra dois campees japoneses, Kato e Kimura, ganhou do primeiro e perdeu para o segundo, o que na poca foi um grande feito e o seria ainda nos dias de hoje. Desenrolaram-se as duas lutas no cho (katame-waza), pois nosso lutador certo de sua inferioridade em peso e na tcnica de luta em p (nage-waza), inteligentemente forou a luta no cho onde tinha melhores chances, e o resultado provou o acerto de seu raciocnio. Assim, as escolas Gracie prosperaram e espalhou-se por vrias capitais, mas sempre se dedicando mais ao Ju-Jutsu, motivo pelo qual prosperaram, pois ns brasileiros, ainda no estvamos preparados para um esporte como o jud, ainda desconhecido e que se confundia com seu predecessor o Ju-Jutsu, que monopolizava as atenes e interesses que havia. Em 1924 ou 1925 chega Tatsuo Okoshi 8 Dan, instalando-se em So Paulo e que teve a participao bem maior no desenvolvimento do jud brasileiro. Foi fundador e primeiro presidente no Brasil da associao dos Faixas Pretas do Kodokan tambm, fundador e primeiro diretor tcnico da Federao Paulista de Jud. hegava ainda ao Brasil em 1934 o mestre Ryuzo Ogawa, 8 Dan, fundando a academia Ogawa (Budokan), com o nico objetivo de aprimorar as culturas fsicas, morais e espirituais, atravs do esporte do quimono, obedecendo aos princpios morais e filosficos pregados pelo mestre Jigoro Kano. No se poder deixar de reconhecer que o grande passo para o crescimento do jud no Brasil foi iniciado com o mestre Ogawa em 1938 quando o mesmo juntamente com um grupo de idealista oriundos do longnquo Japo, comearam um trabalho de amplos ideais que visava projetar este nosso esporte na preferncia dos brasileiros, separando-o definitivamente do Ju-jutsu. Esse trabalho foi conquista final para a confirmao do jud no Brasil, sobrepondo-se ao Ju-Jutsu e expandindose rapidamente para o interior, onde em algumas regies, embora muito discretamente j era praticado. Com a mesma intensidade e rapidez investiu tambm para outros estados, alastrandose praticamente por todo o Brasil. Na dcada de 40 consolida-se o prestgio do jud em todo o Brasil, esclarecido as dvidas quanto s suas origens do antigo Ju-Jutsu, propagando-se a sua prtica no Rio de Janeiro, Paran, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, dentre outros estados, fundando-se novas academias e crescendo nmeros de seus praticantes. Assim, merc do esforo e dedicao de japoneses e brasileiros, o jud progride a passos largos. Em So Paulo, no ano de 1951 foi realizado o seu primeiro campeonato oficial. Em 1954 o Rio de janeiro tambm realiza o seu. Ainda em 1954, realiza-se o primeiro Campeonato Brasileiro, tendo como sua maior expresso o judoca Massayoshi Kawakami, campeo nas categorias de 3 Dan e absoluto. Em 1956, o Brasil participa pela primeira vez de uma competio no exterior, mas precisamente do II Campeonato PanAmericano, realizado em Cuba, ficando em honroso segundo lugar. Formava na equipe os judocas Massayoshi Kawakami, Sunji Hinata, Augusto Cordeiro, Lus Alberto Mendona, Hikari Kurachi e Milton Rossi. 12

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 tambm comandou a Seleo Brasileira no mundial de jud em setembro deste mesmo ano. No perodo de 1990/1992, exerceu o cargo de Diretor de Arbitragem da CBJ. Atuou como Diretor Tcnico da CBJ no perodo de 1992/200 e pertenceu ao quadro de arbitragem da Federao Internacional de Jud FIJ com a classificao FIJ B Professor Mota foi convocado em 2008 pela CBJ, para fazer parte do Conselho Nacional de Graduao, que composto pelos seguintes membros: Professor Osvaldo Ichikawa 8 Dan; Professor Jos Pereira Silva 7 Dan; Professor Yoshiro Okano 8 Dan; Professor Chuno Mesquita 7 Dan; Professor Altair Arajo 6 Dan (consultor); Professor Paulo Wanderley Teixeira 7 Dan (presidente da CBJ) e Professor Joo Rocha 7 Dan (Coordenador Tcnico Nacional da CBJ)

Dirigia na poca o jud no Brasil a Confederao Brasileira de Pugilismo. Dia a dia acentuava-se a necessidade de um rgo nascido nos prprios meios judosticos, dedicando-se exclusivamente ao jud, que o representasse a nvel nacional e internacional. Assim em 18 de maro de 1969 foi fundada a Confederao Brasileira de Jud, tendo como seu primeiro Presidente Paschoal Segreto Sobrinho. Em 22 de fevereiro de 1972, foi a Confederao Brasileira de Jud reconhecida oficialmente, sendo ento o seu Presidente at inicio de 1979, Augusto de Oliveira Cordeiro. No comeo de 1977, aps extenso trabalho de entrevistas e pesquisas embasadas em jornais da poca, alm de testemunhos de imigrantes antigos, detectou-se que a primeira residncia do jud no Brasil foi Manaus - Amazonas, depois de entrar no Pas por Porto Alegre/RS. m 16 de novembro de 1972, foi fundada oficialmente na cidade do Recife/PE a Federao Pernambucana de JudFPJU, sendo o seu 1 Presidente: William Arruda. Eleito desde 1988 como presidente o professor Luiz da Mota Silveira, administrou a FPJU com muita competncia, tendo como principal conquista compra da sede prpria em 16 de maio de 1997, situada a Rua Dr. Napoleo Laureano, 269 Madalena. O professor Mota no media esforos para elevar o jud a nvel Estadual, Nacional e Internacional. Conforme matria publicada no Dirio de Pernambuco, em 29 de maro de 1996, a Confederao Brasileira de Jud CBJ convocou o Professor Mota a ser o Chefe a Delegao Feminina, que disputou as olimpadas de Atlanta. Esta foi a primeira vez que um Nordestino comandou a seleo Olmpica. Alm dessa convocao, o professor Mota

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A CBJ convocou o Professor Mota para conduzir tecnicamente as competies de jud durante as Olimpadas Escolares de 2008 12 a 14 anos, realizadas durante o perodo de 18 a 28 de setembro desse ano na cidade de Poos de Caldas-MG. Alm de todas essas conquistas, o professor Mota teve seu trabalho, frente da Federao, reconhecido por vrias entidades: Em 20 de agosto de 2004 recebeu homenagem da Polcia Militar de Pernambuco com o Diploma de Amigo do Centro de Educao Fsica e desporto da Polcia Militar de Pernambuco, pelo major da PM, Carlos Augusto Lins de Azevedo. Em 09 de junho de 2006 recebeu medalha pelos 181 da Polcia Militar de Pernambuco. No dia 11 de setembro de 2006, recebeu a Medalha Pernambucana do Mrito da Polcia Militar de Pernambuco, atravs do Ato n.1.285 de 05 de junho de 2006, pelo ento 13

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 comandante Geral coronel Cludio Jos da Silva. Em assemblia Geral do dia 15 de maro de 2008 nas dependncias do SEBRAE-PE o Professor Luiz da Mora Silveira foi reeleito por aclamao presidente para o quadrinio (2008/2012), infelizmente faleceu prematuramente, aos 67 anos, no dia 19 de setembro de 2008 s 07:00 no Hospital Santa Joana. Atualmente a Federao tem como presidente a Professora, Jemima Augusto Alves, que tomou posse no dia 01 de dezembro de 2008, durante assemblia geral para o quadrinio a cima citado. A Professora Jemima foi primeira mulher no Norte-Nordeste a integrar a seleo Brasileira, foi campe Brasileira e Sul-Americana e participou das Olimpadas de Barcelona em 1992, ficando em dcimo primeiro lugar. um grande interesse em aprender e praticar essa notvel modalidade esportiva, pouco a pouco comeou a perceber que as mulheres talvez pudessem ser beneficiadas com a sua prtica. Entretanto, a falta de experincia recomendava-lhe que tivesse muita prudncia. Comeou a ensinar-lhe os fundamentos e alguns golpes mais simples e de fcil execuo. Apesar de Jud ter sido idealizado em 1882, somente quarenta e um anos mais tarde, portanto em 1923, que o instituto Kodokan do Japo (Academia Fundada por Jigoro Kano. O centro Mundial do Jud) Foi inaugurado um Departamento. Experimental de Jud Feminino. Entretanto, antes disso, algumas mulheres j treinavam; as pioneiras eram esposas ou irms de alguns assistentes do mestre Jigoro Kano. As aulas eram desenvolvidas no Instituto Kodokan e, oficialmente, sob que mtodo era praticado ou sob qual orientao pedaggica nada consta. O que se divulgava isto sim era para ingressar no Instituto Kodokan, mesmo depois de inaugurado o Departamento Feminino, uma pretendente judoca deveria provar a seriedade e a sua idoneidade moral. Alis, com respeito a essa exigncia e interessante informar que vem sendo imposta at os nossos dias. A partir de 1934, o Departamento Experimental de Jud feminino do Instituto Kodokan do Japo, deixaria de ser experimental; j estava completamente organizado e em condies de ministrar cursos realmente especializados de jud feminino. A experincia adquirida, depois de onze anos de estudos, era suficiente para tal. A partir de ento, dois estudiosos do assunto, Mestre Honda e Uzawa, foram designados para serem os responsveis pelos cursos de jud feminino do Instituto Kodokan do Japo. 14

6. JUD FEMININO

Ayako Akutagawa, 2-Dan, por volta de 1936. Foto Shinji Kozu.

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igoro Kano, ao idealizar o Jud, no pensou que a sua obra tambm poderia ser praticada pelas mulheres. Como sua irm mais velha demonstrasse

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 Todavia, a orientao bsica era a mesma que Jigoro kano apregoava h muitos anos, ou seja, o estudo do Ukemi, (tcnica de amortecer as quedas) insistentemente praticado; aprendizado e aperfeioado de certos golpes de projeo e corpo a corpo sob a forma de Katas (exerccios, duas a duas, estilizados de ataque e de recebimento e/ou defesa onde uma praticante sabe de antemo o que a sua companheira ou adversria ir fazer) evitando a competio. Pouco a pouco o Departamento Feminino do Instituto Kodokan ganhava um nmero maior de alunas, no chegando a exceder, em maro de 1952 trezentas e oitenta e nove judocas. Alguns anos mais tarde, um sem nmero de participantes j estavam graduadas. O mais alto grau ou escalo conquistado por uma Yudansha (praticante de jud faixa preta), at os nossos dias, foi o nono grau ou ku-dan. A nica diferena que existe com relao s faixas dos judocas masculinos que as faixas das judocas possuam uma tarja branca, longitudinal no meio da faixa, de ambos os lados, e a partir de 01.01.2000, foi abolida uso da tarja branca. Em 1980, o primeiro Campeonato Mundial de Jud para Mulheres era estabelecido. O Jud feminino estava na cena h sete anos ou oito anos antes, iniciando sem marcas entre pases como na Europa em 1975, nas competies continentais. E foi apenas quando os torneios estavam estabelecidos em todos os continentes que a FIJ (Federao Internacional de Jud) concordou em promover o Campeonato Mundial para Mulheres. No primeiro Campeonato Mundial para Mulheres estabelecido em Nova York no ginsio do Madison Square Garden, as categorias eram: Abaixo de 48 kg, abaixo de 52 kg, abaixo de 61 kg, abaixo de 66 kg, abaixo de 72 kg e mais de 72 kg. Participando destas competies continentais e deste primeiro Campeonato Mundial s atletas foram adquirindo experincia para disputarem de forma experimental a Olimpada de Seul em 1988. Contudo foi s em 1992, na Olimpada de Barcelona que o jud feminino tornou-se esporte olmpico e elas comearam a partir da a aparecer com sucesso. 7. ESPIRITO DO JUD Esprito do Jud composto por nove "citaes" que marcam as maneiras de percorrer o caminho da suavidade, cujo estudo de seus fundamentos nos d base para a compreenso e o progresso do Jud. A essas citaes, devem os judocas a sua ateno, obedincia e cuidados. Vamos conhec-las:

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1) CONHECER-SE DOMINAR-SE, E DOMINAR-SE TRIUNFAR. O homem para saber suas possibilidades frente ao mundo em que vive, para reagir a cada momento frente s situaes que vo exigir aes e solues, diretas ou indiretas, necessita conhecer a si mesmo, saber quais as qualidades e deficincias que possui, para ento, harmoniosamente, apresentar ou utilizar atitudes ou solues mais adequadas a necessidades. De posse em seu ntimo dessa auto-anlise, adquire o homem base que lhe dar um melhor controle emocional, uma melhor postura frente ao mundo, uma melhor e mais inteligente utilizao de seu potencial de foras, que por sua vez lhe daro maiores possibilidades de triunfar. 2) QUEM TEME PERDER J EST VENCIDO. Quando entramos em uma disputa, incertos, inseguros, temerosos, nossas 15

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 foras se desassociam e enfraquecem, colocando-nos merc daquele ou daqueles que buscam com mais garra o triunfo. 3) SOMENTE SE APROXIMA DA PERFEIO QUEM A PROCURA COM CONSTNCIA, SABEDORIA E, SOBRETUDO, HUMILDADE. A perfeio de Deus, somente ele perfeito. O homem pode e deve, entretanto, tentar sempre aproximar da perfeio em todas as suas obras e durante toda a sua vida. Assim fazendo com constncia, sabedoria e humildade estaro tambm contribuindo para que o mundo seja mais bonito, mais humano e feliz. Portanto, estar trabalhando para a complementao desse mesmo mundo que nos foi dado e pelo qual somos todos responsveis. 4) QUANDO VERIFICARES, COM TRISTEZA, QUE NADA SABES, TERS FEITO TEU PRIMEIRO PROGRESSO NO APRENDIZADO. Tantos so os mistrios do mundo, to incipientes so os nossos conhecimentos, que arvorarmo-nos sbios, ainda que, em uma nica e simples matria, seria no mnimo uma enorme ignorncia. Isto porque, na medida em que nos aprofundarmos no conhecimento de determinados assuntos, vm que a meta final se distncia e se ramifica em tanta as outras opes, nem sempre coerentes, tantas vezes contraditrias, que nos levam a reconhecer com tristeza, que nada ou muito pouco sabemos ainda, que essa mesma meta final no se encontra ao nosso alcance. 5) NUNCA TE ORGULHES DE HAVER VENCIDO UM ADVERSRIO. O QUE VENCESTES HOJE PODER DERROTAR-TE AMANH. A NICA VITRIA QUE PERDURA A QUE SE CONQUISTA SOBRE A PRPRIA IGNORNCIA. O orgulho no se justifica nunca, porque ningum Deus para ter certeza da vitria na prxima luta. Esse mesmo orgulho nunca nos levar a boas opes, pelo contrrio, anttese da humanidade, ele s nos possibilita ser arrogantes, soberbos e autosuficientes, criando nossa volta um clima hostil nossa presena. A vitria no , portanto, propriedade privada e de uso exclusivo de ningum. 6) O JUDOCA NO SE APERFEIOA PARA LUTAR, LUTA PARA SE APERFEIOAR. Fosse a meta primeira e nica do judoca a vitria, em cima do tatame, ento sim, ele voltaria toda a sua capacidade, todo o seu aperfeioamento para essa luta, que igual a tantas outras, pobres em seus motivos, nada de duradouro e de mais til proporcionaria. Felizmente no, suas metas so to mais importantes e teis porque visam, como j vimos antes, um mundo melhor, mais bonito e feliz. Esse o ideal que buscamos. 7) O JUDOCA O QUE POSSUI INTELIGNCIA PARA COMPREENDER AQUILO QUE LHE ENSINAM E PACINCIA PARA ENSINAR O QUE APRENDEU AOS SEUS SEMELHANTES. A inteligncia que deve ter o judoca para compreender aquilo que lhe ensinam, acrescentamos a perseverana e humildade. Perseverana. Porque nem sempre possumos a facilidade do aprendizado rpido e justo e a demora poder nos levar a abandonar ou negligenciar conhecimentos que nos faro falta. Um pouco de perseverana possibilitar sempre o seu aprendizado. Humildade, porque sem ela podemos achar que 16

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 somos e do alto da nossa suficincia no desceremos para aprender o que no sabemos. No transcorrer da vida, h uma seleo natural que escolhe os que transmitiro os ensinamentos para as geraes futuras. Aquele que teve a pacincia para preservar durante anos, acumulando conhecimentos e experincias, certamente ter em grande dose a pacincia necessria para o ensino do que aprendeu, contribuindo assim, para que a nossa arte caminhe para o futuro. 8) SABER CADA DIA UM POUCO MAIS, UTILIZANDO O SABER PARA O BEM, ESSE O CAMINHO DO VERDADEIRO JUDOCA. No seu dia a dia, nos mais corriqueiros atos da vida, aprende o homem um pouco mais, pois ele um ser dinmico e evolutivo. Assim, significativo o fato de que os governantes, na sua grande maioria e entre os povos mais dspares, em toda a histria da humanidade, serem sempre pessoas mais idosas. Esse fato explicado em razo de que a soma de conhecimentos, melhor controle emocional e a experincia acumulada durante anos, suplantam tambm o arrojo e o vigor fsico dos jovens. Quanto a usar esses conhecimentos, essas virtudes ou qualidades para o bem, so uma questo de princpios, inerentes ao homem de bem e ao judoca, principalmente. 9) PRATICAR O JUD EDUCAR A MENTE A PENSAR COM VELOCIDADE E EXATIDO, BEM COMO O CORPO A OBEDECER COM JUSTEZA. O CORPO UMA ARMA CUJA EFICINCIA DA PRECISO COM QUE SE USA A INTELIGNCIA. Na medida em que acumulamos experincia na prtica do jud e nos aprofundamos em seus conhecimentos, nos seus fundamentos, mais fascinantes se torna aos nossos olhos, dada a sua abrangente diversidade de valores fsicos, morais, intelectuais e espirituais. No de se estranhar ento, que nos eduque a mente e nos ensine a pensar com velocidade e exatido, e o corpo a obedecer com justeza. 8. PRINCPIOS DO JUD Os princpios que inspiraram Jigoro Kano, quando da idealizao do Jud foram: 1. Princpios da Mxima Eficcia do Corpo do Esprito (Seiryoku Zen). 2. Princpios da Prosperidade e Benefcio Mtuo (Jita Kyei). 3. Princpios da "JU" ou da Suavidade. O primeiro princpio ao mesmo tempo a utilizao global, racional e utilitria da energia do corpo e do esprito. Jigoro Kano afirmava que este princpio deveria ser aplicado no aprimoramento do corpo. Servir para torn-lo forte, saudvel e til. Podendo ainda ser aplicado para melhorar a nutrio, o vesturio, a habitao, a vida em sociedade, a atividade nos negcios na maneira de viver em geral. Estando convencido que o estudo desse princpio, em toda a sua grandeza e generalidade, era muito mais importante e vital do que a simples prtica de uma luta. Realmente, a verdadeira inteligncia deste princpio no nos permite aplic-lo somente na arte e na tcnica de lutar, mas tambm nos prestam grandes servios em todos os aspectos da vida. O segundo princpio, diz respeito importncia da solidariedade humana para o melhor bem indivduo e universal. Achava ainda que a idia do progresso pessoal devia ligar-se a ajuda ao prximo, pois acreditava que a eficincia e o auxlio 17

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 aos outros criariam no s um atleta melhor como um ser humano completo. O terceiro princpio, "JU" ou Suavidade mais diretamente fsico, mas que no entender de Jigoro Kano deveria ser levado ao plano intelectual. Ele mesmo nos explica este terceiro princpio, durante um discurso proferido na University of Southern California, por ocasio da X Olimpada em 1932. Deixeme agora explicar o que significa, realmente, esta Suavidade ou Cadncia. Supondo que a fora do homem se poderia avaliar em unidades, digamos que a fora de um homem est em minha frente, representada por dez unidades, enquanto que a minha fora, menor que a dele, se apresenta por sete unidades. Ento, se ele me empurrar com toda a sua energia, eu serei, certamente, impulsionado para trs ou atirado ao cho, ainda que empregue toda a minha fora contra ele. Isto aconteceria porque eu tinha usado toda minha fora contra ele, opondo fora contra fora. Mas, se em vez de o enfrentar, eu cedesse a fora, recuando o meu corpo tanto quanto ele o havia empurrado, mantendo, no entanto, o equilbrio, ento ele inclinar-se-ia naturalmente para frente, perdendo assim o seu prprio equilbrio. Nesta posio, ele poderia ter ficado to fraco (no em capacidade fsica real, mas por causa da sua difcil posio) a ponto de a sua fora ser representada, de momento, por digamos, apenas trs unidades, em vez das dez unidades normais. Entretanto eu, digamos, apenas equilbrio, conservo toda a minha fora tal como de inicio, representada por sete unidades. Contudo, agora, estou momentaneamente numa posio vantajosa e posso derrotar o meu adversrio utilizando apenas metade da minha energia, isto , metade das minhas sete unidades ou trs unidades e meia da minha energia contra os trs dele. Isto deixa uma metade da minha energia disponvel para qualquer outra finalidade. No caso de ter mais fora do que o meu adversrio poderia, sem dvida, empurrlo tambm. Mas mesmo neste caso, ou seja, se eu tivesse desejado empurr-lo procedendo assim teria economizado enormemente minha energia. 9. O INDIVDUO E SEU AJUSTAMENTO ATRAVS DO JUDSOCIALMENTE: Proporciona o ajustamento do indivduo ao grupo despertando o esprito de colaborao, de respeito e solidariedade. MORALMENTE: Restaura e equilbrio emocional, causado pelas presses dos acontecimentos ambientais, alm de desenvolver a firmeza nos seus atos e palavras. Estimulando as grandes funes orgnicas e em conseqncia sade, alm de promover a aquisio de fora, agilidade, destreza, etc. Proporciona meios de aperfeioar as habilidades, desenvolvendo o uso mais racional de energia, atravs de movimentos mais coordenados e econmicos.

FISICAMENTE:

PSIQUICAMENTE: Promove o desenvolvimento das capacidades intelectuais, memria, raciocnio, ateno e percepo. Desenvolve tambm as qualidades de domnio prprio e de julgamento, compreenso das situaes e facilidade 18

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 de achar rapidamente as solues convenientes, atravs de um melhor hbito de reflexo. 10. A TICA DO JUD Segundo Nalini, Jos Renato, em seu livro TICA GERAL E PROFISSIONAL So Paulo, RT, 1999, P(s) 34 e 35. tica a cincia do comportamento moral dos homens em sociedade. uma cincia, pois tm objeto prprio, leis prprias e mtodo prprio. O objeto da tica a moral. A moral um dos aspectos do comportamento humano. Com exatido maior, o objeto da tica a moralidade positiva, ou seja, o conjunto de regras de comportamento e formas de vida atravs das quais tende o homem a realizar o valor do bem. Como cincia, a tica procura extrair dos fatos morais os princpios gerais a eles aplicveis. A tica uma disciplina normativa, no por criar normas, mas por descobri-las e elucid-las. Mostrando s pessoas os valores e princpios que devem nortear sua existncia, a tica aprimora e desenvolve seu sentido moral e influencia a conduta. Segundo Monteiro, Luciana Botelho, em seu livro: *o treinador de jud no Brasil*. Rio de Janeiro, Sprint, 1998. P. 85, 87 e 88. A tica, no seu sentido mais simples encontra-se definida como: parte da filosofia que estuda os deveres do homem, para com Deus e a sociedade. A autora ainda lista os deveres ticos especficos, que a seu ver, devero ser observados pelo treinador de jud: Ter conscincia dos objetivos de sua profisso, seja do desporto em geral, seja do jud, com suas sutilezas tcnicas, sua tradio cultural desportiva, seus fins educacionais, etc; Procurar aprofundar seus conhecimentos tcnicos especficos da modalidade, alm de situar-se sempre na condio de lder de um grupo, seu professor, seu estrategista, orientador, consultor e elemento de apoio tcnico e pessoal em enumeras circunstancias; Conhecer as regras, regulamentos, cdigos e estatutos dos clubes em que vier a trabalhar, bem como as entidades de direo; Respeitar e acatar as decises de superiores hierrquicos e dos oficiais de arbitragem; Preparar-se e preparar seus atletas para a vitria e para os reveses da derrota, sem, entretanto deixar de incluir-nos mesmos o sentido da disputa, da busca honesta da vitria, do denodo e ate da auto-superao da capacidade fsica e psicolgica no momento do prlio desportivo, onde no cabe a covardia e o esmorecimento; Enfim, dar tudo de si e fazer com que seus atletas tambm o faam, na busca do sucesso esportivo, ou pelo menos do melhor resultado possvel, dentro das regras e normas para a honesta e leal disputa desportiva, com respeito e lealdade aos seus pares, mesmo quando atuando com adversrios, bem como aos seus atletas, atletas adversrios e ao pblico aficionado.

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 Segundo o guia de princpios de conduta tica do estudante de educao fsica que foi elaborado pelo Conselho Federal de Educao Fsica CONFEF, Rio de Janeiro, 2005. A tica deva ser entendida como: A cincia da conduta humana perante o ser e seus semelhantes, na relao profissional, necessrio se torna preservar valores pessoais e institucionais, sendo, portanto, dever tico de qualquer componente de uma categoria profissional proteger o nome da atividade e daqueles que dela fazem parte. Segundo a Confederao Brasileira de Jud de acordo com o ato n 34/94 em 06 de Junho de 1994.. O cdigo de tica e moral do judosta visa estabelecer regras para juzo de apreciao de conduta cadastrado na Confederao Brasileira de Jud, partindo do princpio de que o Jud, alm de ser um desporto, uma filosofia de vida, que tem por fim o ajustamento integral do homem, sem a preocupao de ordem religiosa, racial ou poltica. Vejamos o que diz os artigos do cdigo de tica e moral do judosta, abaixo descriminados: Art. 1 - So preceitos de cada judosta cadastrado na Confederao Brasileira de Jud: a) Respeitar a integridade moral e fsica do seu prximo, jamais utilizando seus conhecimentos tcnicos para subjugar ou humilhar outrem; b) Exercer sua atividade com dignidade e conscincia, observando no ambiente de jud e/ou fora dele, pautando seus atos em princpios morais, de modo a ser aceito e respeitado; c) Respeitar a todos com considerao, apreo e solidariedade, transmitindo harmonia para o grupo ou pessoa, aumentando o conceito pblico; No ser conivente com o erro e combater atos que firam os postulados ticos ou as disposies gerais que regem o exerccio de qualquer atividade. Crticas a tais atos podero ser feitas respeitando-se a honra e a dignidade da pessoa ou da instituio; Utilizar conhecimentos tcnicos e/ou cientficos, a seu alcance em favor da evoluo do jud; No fazer publicidade imoderada, de modo a informar ou formar um conceito que no exprima a realidade; No usar ttulo ou anunciar especialidade para a qual no esteja habilitado; No participar de plano de trabalho com pessoa fsica ou entidade em que no haja o respeito aos princpios ticos e morais estabelecidos; Que, no deve se integrar entidade que no seja reconhecida pela Confederao Brasileira de Jud;

d)

e)

f)

g)

h)

i)

Art. 2 - Ferir qualquer preceito deste cdigo, estatuto da Confederao Brasileira de Jud, regulamento para promoo e controle geral de faixas, atos e normas, implica responder pelo ato cometido junto ao Tribunal Superior de Justia e Disciplina Desportiva. Concluso: Entretanto, nunca foi to necessrio, como hoje, mostra reabilitar a tica. A crise da humanidade uma crise moral. Os descaminhos da criatura humana, refletidos na violncia, no egosmo e na indiferena pela sorte do semelhante, assentam-se na perda de valores morais. De nada vale reconhecer a dignidade da 20

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 pessoa, se a conduta pessoal no se pautar por ela. - Se vier a ser recomposto o referencial de valores bsicos de orientao do comportamento, ser vivel a formulao de um futuro mais promissor para a humanidade ainda envolvida no drama das insuperveis angstias primrias. Esse o papel da tica no limiar do terceiro milnio. Despertar para a tica acudir a todas as demais necessidades de uma adequada formao integral. RENATO NALINI 11. ALGUNS SIGNIFICADOS FILOSFICOS DO JUD IGNIFICADO DO JUD "KODOKAN: Julga, a maioria dos ocidentais, ser o jud, um esporte de combate, cujo principal mrito seria abolir a diferena natural entre o forte e o fraco, pensando apenas em lutar e vencer. Mas a verdadeira interpretao aquela que considera o jud algo espiritual, como uma disciplina total, vinda do Oriente, formada tanto do corpo quanto do esprito. Por determinao do Professor Jigoro Kano, o Jud, que arte que utiliza ao mximo a fora fsica e mental dever concentrar todos os esforos para o adestramento quaisquer que sejam as condies climticas, tanto no calor como no rigor inverno. Nos intervalos, deve-se aprender dos professores e dos veteranos a tica e o cerimonial. A disputa visando a vitria leva ao seu fortalecimento espiritual. Para ser forte, deve-se manter autntica a rotina diria de vida. Quando as pessoas aprendem a se relacionarem melhor, ajudarem-se mutuamente, todo o Pas e o mundo podero prosperar juntos. JUD DO ESPIRITO: Por que jud do esprito? O jud uma forma de luta moderna surgida dos ensinamentos tradicionais. uma forma nova do "combate espiritual" cuja necessidade se manifesta dentro do homem desde as mais remotas eras. O homem sabe que sua vida tem um segredo e que sua passagem pela Terra um meio de descobrir esse segredo. Sempre cabe ao homem a escolha entre duas possibilidades: uma viver disciplinadamente gozando dos sentidos; a outra, aplicar suas energias para fortalecer o seu ser. O DOJ O MUNDO: Doj o local da prtica do Jud. O doj est l para receber nossas quedas, e o que importa a maneira de cair. Da mesma forma no se pode acusar o mundo pela sua dureza, mas deve-se aprender a cair. Uma boa queda uma coisa agradvel e a reside arte dos mestres. Para se poder levantar preciso cair, tanto no jud como na vida. Deve-se conduzir no mundo como sobre no doj, sempre com elegncia. no doj que ocorre a batalha do homem consigo mesmo, ou seja, aquele que entra em um Doj, quando enfrenta uma luta, vai se encontrar frente a frente com seus prprios medos, seus prprios defeitos, suas prprias faltas. justamente no Doj, que o indivduo se desnuda de seus falsos medos e toda inibies at ficar completamente s, consigo mesmo. O JUDOGUI E A MENTE: Judgui a veste do judoca. pelo judgui que se agarrado. O judgui deve ser limpo, bem ajustado, slido e macio ao mesmo tempo. Seja no combate, quanto na vida, to desligado do seu judgui quanto possvel, pois quando o puxarem voc no ser deslocado. O mental to importante para sua vida quanto o judgui para o jud. A FAIXA A VONTADE: "Ergue-te cinja tua cintura e ande". Ao fim do combate tira-se a faixa, assim como no fim da vida nos desfazemos do manto mental, da roupa das iluses. Mas antes de tirar a faixa preciso ter uma. Um judgui sem faixa um pijama. E o Jud do esprito 21

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 no coisa para quem dorme. Que o n de sua deciso no se desfaa. Que ningum o possa desatar, a no ser voc mesmo. O HARA" A F: Que a sua ao esteja em equilbrio apoiada na f como o corpo est em equilbrio apoiado no centro do hara (abdmen). F extensa, f refgio, f defesa, f como um tabernculo de msculos, estvel como giroscpio pelo turbilhonamento interior. F onde brota o "kiai", o grito que fende as montanhas das dvidas. A PEGADA O DESLIGAMENTO: Para aquele que se agacha, a queda vir certamente, mas aquele que no se agacha nenhuma queda deve temer. o prprio Buda que h vinte e cinco sculos nos deu essa lio fundamental do jud. Uma lio para se meditar em silncio. A verdadeira pegada do jud oferece ao adversrio um vcuo que cresce como o movimento que acaba. Por isso, nunca se deve buscar apoio no adversrio. O apoio encontra-se na f luminosa da compreenso. A ATENO A CONSCINCIA: Preste ateno. O movimento do adversrio vem e eis voc no cho. Embora atento voc caiu. Como ele foi mais rpido? Mas a pergunta exata no essa. E sim, como que minha ateno foi mais lenta que o movimento? A questo sondar o adversrio, auscultar sua conscincia, aprender suas intenes para desenvolver o prprio reflexo da ao. Ento sua defesa estar pronta antes do adversrio se movimentar. Ele encontrar o "vcuo" sua frente ou uma rocha que a mesma coisa, pois provm do mesmo fator. O SEU MAIOR ADVERSRIO VOC MESMO. VENA A SI PRPRIO E TERS VENCIDO O SEU MAIOR ADVERSRIO.

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Terminologias do JUDArigat-gozaimachita = obrigado ( utilizado para agradecer um favor j recebido) Arigat-Gozaimas = obrigado ( utilizado para agradecer um favor ainda no recebido, mas prometido). Ashi = p ou perna Ashi-waza = tcnicas de perna atemi-waza = arte de atacar os pontos vitais com o brao ou com o p Ayumi-ashi = passo normal Ayumi-kata/Shintai = maneiras de se deslocar no tatame Butsukari/Uchikomi = mtodo de treinar as projees at o ponto de desfazer a posio do adversrio sem o atirar realmente ao cho Dan = titular de um grau da faixa-preta Doj = local de prtica do Jud (sala de treinamento) Eri = gola Fusegi = defesa Genki = vigor, energia, vitalidade. Gomem = desculpa Gonosen-no-kata = demonstrao preestabelecida de projees e contra projees Goshi = anca ou quadril Guruma = roda Gyaku = invertido, aplicado aos mtodos de estrangulamento e imobilizaes. Hajime = comear Handori = treino livre Hane = saltar Harai = varrer ou ceifar Hidari = esquerda Hiki-wake = empate Hiza = joelho Ippon = ponto completo, vantagem mxima (aplicao da tcnica perfeita, encerra o combate) Jigo-tai = posio de defesa ou posio de autodefesa Jud = caminho suave Judogui = vestimenta prpria do judoca. Judoca = praticante de jud ou judosta Kaeshi-waza = tcnica de contra ataque Kake = projeo Kangueiko = treino de inverno Kansetsu-waza = tcnica de luxao ou chave. Kata = sistema formal de exerccios preestabelecidos de ataque e defesa Katame-waza = tcnica de controle Kappo/kuatsu = mtodo de reanimao. Keiko = treino ou treinamento. Kiai = grito de ataque que emana do baixo abdome (unio dos espritos). Ko = pequeno K-hai = inferiores (classes) Kon-ban-wa = boa noite Kon-niti-wa = boa tarde Koshi-waza = tcnicas de quadril Kubi = pescoo Kuzushi = desequilbrio Kyu = classificao, graduao (inferior a faixa-preta) Kyusho = pontos vitais no corpo humano (classificao em diversas reas anatmicas) Ma-sutemi-waza = tcnica de sacrifcio frontal Matte = pare Migui = direita Montei = discpulo ou aluno Mudansha = qualquer aluno de jud abaixo do grau de faixa-preta (qualquer kyu) Nage = projeo Nage-waza = tcnica de projeo. Ne-waza = tcnicas de solo O = grande (maior) Obi = faixa Ohay-gozaimassu = bom dia Onegai-shimassu = por favor, Osaekomi-waza = tcnica de imobilizao Saika-tanden = baixo abdmen Sempai = superiores (classe). Sensei = professor 23

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 Shiai = competio Shiai-jo = rea de competio Shihan = mestre Shime-waza = tcnica de estrangulamento Shisei = postura Shizen-hontai = posio natural bsica Shizen-tai = posio natural Shobu = combate, luta. Sode = manga Soremade = terminou, acabou. Soto = exterior, fora. Suri-ashi = passo arrastado Sutemi-waza = tcnica de sacrifcio Tachi-waza = tcnica em p Tanden = abdmen Tatame = tapete Te = mo ou brao. Te-waza = tcnicas de brao Tori = judoca ativo, aquele que toma a iniciativa da ao. Tsugui-ashi = passo emendado. Tsukuri = preparao ou encaixe do golpe. Tsurikomi = puxo para cima na gola e na manga do adversrio Uchi = interior, dentro. Ude = brao Uke = judoca passivo, aquele que recebe a ao. Ukemi = amortecimento de queda. Ura = do lado contrrio. Waza = golpe ou tcnica Yakussoku-gueiko = treino de ataque combinado. Yoko = lado Yoko-sutemi-waza = tcnica de sacrifcio lateral Yudansha = titular de um grau (Dan) - (faixa preta) Rei = saudao, cumprimento. Tate = em p, levantam-se. Jikan = tempo Sonomama = no se movam Yoshi = recomear, continuar. Jogai = rea de proteo Jonai = rea de combate Osaekomi = imobilizao feita, comando de imobilizao. Osaekomi-toketa = imobilizao desfeita Wazari = quase ippon (meio ponto) Wazari-awasete-ippon = soma de dois meio pontos (equivalente ao ippon) Shido = observao Maitta = desisto, fui derrotado. Hantei = julgamento Fusen-gachi = vitria por ausncia Kiken-gachi = vitria por abandono Make = derrota Hiki-wake = empate Yusei-gachi = vitria por superioridade Sogo-gachi = vitria por combinao, vitria a ponto somado. Hansoku-gachi = vitria por desclassificao. Zempo-kaiten-ukemi = queda com giro para frente.

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Site - www.fpju.com.br E-mail: [email protected] Blog http://fpejudo.blogspot.com/ RECIFE - PE - CEP 50720-020 JURAMENTO DE KURO-OBI (FEIXA PRETA) Juro como Faixa Preta registrado na Confederao Brasileira de Jud, acatar, respeitar e seguir os seguintes ensinamentos: 1) Nunca falarei palavras que agrida ou rebaixem qualquer pessoa. Serei sempre justo e cavalheiro em todos os momentos, seguindo sempre a risca a tica do Bushid (cdigo de conduta dos Samurais); 2) Serei flexvel de corpo e mente, assim como a gua a fonte da sabedoria adaptando-me todas as formas e circunstncias. Tentarei tambm adaptar-me as novas situaes que ocorram no dia-a-dia; 3) Serei sempre agradecido e leal aos meus colegas, pais e mestres; 4) Cultivarei a humildade, deixando para trs a arrogncia, a vaidade e o egosmo; 5) Comprometo-me a respeitar as leis biolgicas de individualidade, do crescimento do desenvolvimento e da maturao Humana; 6) Estarei, interatuado com outras reas de atuao e conhecimento humano, desenvolvendo nos meus alunos atitudes interdisciplinadores; 7) Aprofundarei meus conhecimentos na parte histrica, filosfica e tica do jud, bem como na prtica dos Katas que so os fundamentos do jud; 8) Prestigiarei sempre minha Federao de origem, cooperando em todas as promoes de carter cultural e desportivo, contribuindo dessa forma no engrandecimento e difuso do jud; 9) Lutarei contra a excluso social, sempre em defesa das crianas e jovens carentes em busca de oportunizar a prtica do Jud a todas as classes. 10) Resistirei a todas as presses que pretenda me desvirtuar do caminho do Jud e do exerccio da minha atividade. Recife, 12 de Junho de 2011.Colaborao

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Dr. Henrique Lins, n 230 Braslia Teimosa

Recife-PE CEP: 51010-010 [email protected] www.ciadojudo.com.br

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