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APOSTILA ORGANIZADA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO APOSENTADORIA ESPECIAL Professor: Carlos Alberto Vieira de Gouveia Advogado da Sodero Advocacia Advogado do Sindicato dos Servidores Públicos Federais - SindCT Pós-Graduando em Direito Público Pós-Graduado em Direito Processual Civil Mestrando em Ciências Ambientais Especialista em Direito Administrativo-Constitucional Coordenador da Pós-Graduação em Direito do Trabalho e Previdenciário da Univap Professor de Cursos de Pós-Graduação do IBEST-SP, Legale/Unisal-SP e da BBG-PR Professor de Cursos Jurídicos (Legale/SP, ESA/OAB, dentre outros) Colaborador das revistas Consulex,L&C e RDT com vários trabalhos publicados 1

Apostila aposentadoria especial

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Page 1: Apostila   aposentadoria especial

APOSTILA ORGANIZADA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO

APOSENTADORIA

ESPECIAL

Professor: Carlos Alberto Vieira de Gouveia

Advogado da Sodero Advocacia

Advogado do Sindicato dos Servidores Públicos Federais ­ SindCT

Pós­Graduando em Direito Público

Pós­Graduado em Direito Processual Civil

Mestrando em Ciências Ambientais

Especialista em Direito Administrativo­Constitucional

Coordenador da Pós­Graduação em Direito do Trabalho e Previdenciário da Univap

Professor de Cursos de Pós­Graduação do IBEST­SP, Legale/Unisal­SP e da BBG­PR

Professor de Cursos Jurídicos (Legale/SP, ESA/OAB, dentre outros)

Colaborador das revistas Consulex,L&C e RDT com vários trabalhos publicados

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Page 2: Apostila   aposentadoria especial

DA APOSENTADORIA ESPECIAL

Tema atual   e  de  grande   importância  no  contexto   social   brasileiro,   a  Aposentadoria  Especial   deve  ser 

estudada   da   forma   mais   sistematizada   possível,   com   a   aplicação   de   todos   os   meios   e   formas   que 

possibilitem sua aplicabilidade plena. 

Neste  diapasão,   o  que   se   tentará   demonstrar   é   que   a  Aposentadoria  Especial   não  é   uma  benesse   ou 

vantagem como muitos afirmam e sim uma necessidade ou obrigação para com o trabalhador que se ativa 

exposto a agentes nocivos a sua saúde, que sobremaneira colocam em risco sua integridade física e mental, 

inclusive, com perigo de morte. 

Para  se   tentar  compreender a  Aposentadoria  Especial  necessário  se   faz  conceituar  o  que  vem a   ser  a 

Aposentadoria   propriamente   dita,   para   depois   podermos   construir   um   raciocínio   mais   lógico   da 

Aposentadoria Especial.

O conceito de Aposentadoria significa, popularmente, retirar­se para seus aposentos, descansar, deixar a 

atividade laborativa.  

Obviamente que isto não quer  dizer  que o indivíduo esteja  inapto para o trabalho, mas que apenas ao 

cumprir as exigências a ele impostas pela atividade que realizou ao longo de sua vida, ganhou o direito de 

se retirar do trabalho e permanecer auferindo proventos. 

Sérgio Pardal Freudenthal em sua obra “Aposentadoria Especial”, publicada pela editora LTR em 2000, 

página 12, destaca que em seu conceito original, o benefício da Aposentadoria deve representar proventos 

mensais  que  garantam um nível  de  vida   razoavelmente  próximo ao  que  o   segurado   tinha  quando em 

atividade, o que sabemos não corresponde com a realidade.

Como já foi comentado, a Aposentadoria seria a exteriorização do seguro feito pelo trabalhador durante o 

lapso temporal em que se ativou no mercado de trabalho. 

É certo ainda que, em alguns ramos de atividades laborativas, o trabalhador sofre um desgaste muito maior 

do que em outros.

E é neste cenário que nasce o conceito de Aposentadoria Especial, que desde de seu nascimento no bojo do 

artigo 31 da LOPS (Lei Orgânica da Previdência Social), que mais tarde foi regulamentado através dos 

artigos 65 e 66 do Decreto nº 48.959­A/60 (RGPS), dizia:

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Page 3: Apostila   aposentadoria especial

Artigo   31:   “A   Aposentadoria   especial   será   concedida   ao   segurado   que, 

contando   no   mínimo   50   (cinqüenta)   anos   de   idade   e   15   (quinze)   anos   de 

contribuições, tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e 

cinco) anos pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços que, 

para   esse   efeito,   forem   considerados   penosos,   insalubres   ou   perigosos   por 

decreto do Poder Executivo”.  

A doutrina, em uníssono coro, concorda que a Aposentadoria Especial é um benefício que garante ao seu 

beneficiário uma contrapartida diferenciada para compensar os desgastes auferidos pelo segurado ao longo 

dos tempos, resultantes de serviços prestados em atividades prejudiciais a sua saúde ou integridade física. 

Wladimir  Novaes  Martinez  em seu   livro   “Aposentadoria  Especial   em 520 Perguntas  e  Respostas”,   3º 

Edição, 2002, publicado pela LTR, na página 23 a define como:

(...)   espécie   de   Aposentadoria   por   tempo   de   contribuição   devida   aos   segurados   que 

durante 15, 20 ou 25 anos  de serviços consecutivos ou não, em uma ou mais empresas, 

em caráter habitual e permanente, expuseram­se a agentes nocivos físicos, químicos e 

biológicos, em níveis além da tolerância legal, sem  a utilização eficaz  de EPI ou em face 

de   EPC   insuficiente,   fatos   exaustivamente   comprovados   mediantes   laudos   técnicos 

periciais emitidos por profissional formalmente habilitado, ou perfil profissiográfico, em 

consonância com dados cadastrais fornecidos pelo empregador (DIRBEN 8030 e CTPS) 

ou outra pessoa utilizada. 

Exemplificando, a Aposentadoria Especial, como já foi dito, é um benefício concedido ao segurado que 

tenha trabalhado em condições prejudiciais à sua saúde ou à sua integridade física.

Para ter direito à  Aposentadoria Especial, o  trabalhador deverá  comprovar, além do tempo de trabalho, 

efetiva exposição aos agentes físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido 

para a concessão do benefício: quinze, vinte, ou vinte e cinco anos.

Para tanto, não basta em alguns casos a simples comprovação que o serviço desenvolvido seja periculoso, 

insalubre ou penoso, exigi­se que a exposição aos agentes nocivos seja acima dos limites de tolerâncias 

estabelecidos. É por esse motivo que às vezes o serviço pode ser considerado insalubre, mas não dar o 

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Page 4: Apostila   aposentadoria especial

direito a aposentadoria especial,  um exemplo prático é o sujeito que fica exposto a ruídos abaixo de 90 

decibéis. (discutir)

FUNDAMENTO LEGAL

Artigo 201,§1º, CF/88.Artigo 57 a 58 da Lei 8.213/91.

Artigo 64 a 70 do Decreto 3048/99

CONCEITO

É  o benefício previdenciário devido ao segurado que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, 

conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

BENEFICIÁRIOS

Todos os segurados (obrigatórios e facultativos). Muito embora o Decreto 3048/99 fala que só será  

concedida ao empregado, avulso e individual desde que cooperado.

PONTOS ESPECÍFICOS

a) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) ­ é um documento emitido pela empresa, de acordo 

com a forma estabelecida pelo INSS, o qual comprova a efetiva exposição do segurado aos agentes 

nocivos Este Formulário será  feito com base em laudos técnico de condições ambientais do trabalho 

expedido por médico ou engenheiro do trabalho. A empresa é obrigada a fornecer cópia autenticada 

para trabalhador em caso de demissão.

b) Perícia médica ­ o INSS vai analisar o PPP, podendo, se necessário, inspecionar o local de trabalho 

do segurado para confirmar as informações. 

c)  Enquadramento  dos  agentes  nocivos   ­   independente  da  data  do  requerimento  do  benefício,  a 

análise de trabalho, para fins de enquadramento como atividade exercida sob condições especiais, 

deverá ser efetuada com observância  das Leis  respectivas a época.

Em síntese:

A Aposentadoria Especial conforme foi dito fora instituído, na década de 60, com o objetivo de retirar o 

segurado precocemente de atividade nociva à saúde ou prejudicial a sua integridade física, para prevenir 

doença profissional. Está modalidade de aposentadoria se dá aos 15,20 ou 25 anos de trabalho.

Assim o segurado para se beneficiar da concessão da Aposentadoria Especial deverá  comprovar, efetiva 

exposição   aos   agentes   nocivos,   físicos,   biológicos   ou   associação   de   agentes   prejudicais   a   saúde   ou 

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Page 5: Apostila   aposentadoria especial

integridade física, uma vez deixou de existir no ordenamento a aposentadoria por categoria funcional. Então 

como  fazer  para   aposentar  na  modalidade   especial   hoje,   um professor,   uma   telefonista  ou  um vigia? 

Comentar

No   intuito   de  minorar   o  pseudo­rombo   nos   cofres   do   sistema  previdenciário   brasileiro,   o   Decreto   nº 

2.172/97   extinguiu   o   benefício   também   para   os   agentes   especiais:   periculosos   e   penosos.   Vigendo 

atualmente   somente   o   benefício   concedido   em   razão   da   exposição   a   agentes   nocivos   à   saúde   e/ou 

integridade física. Então como fazer para aposentar na modalidade especial hoje, um eletricista ou um 

trabalhador de explosivos ou mesmo um frentista de posto de gasolina?

Outro ponto que fora ratificado é que para se ter direito a Aposentadoria Especial o trabalho realizado deve 

ser constante e de forma habitual durante toda a jornada. A comprovação a estes agentes especiais será 

realizada através de formulário próprio do INSS (antigos SB40 e DSS8030) atualmente conhecido como 

Perfil Profissiográfico Previdenciário ­PPP .

Segundo o INSS a comprovação será feita em formulário do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), 

preenchido pela empresa com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), 

expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. 

O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é  um impresso – ele hoje substitui outros anteriormente 

exigidos ­ que possui campos para serem preenchidos com todos os dados relativos ao empregado, como 

por exemplo: a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual é exposto, dentre outros.

As   companhias   que   exercem  atividades  que   exponham  seus   empregados   a   agentes   nocivos  químicos, 

físicos, biológicos ou à uma associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física ­ origem da 

concessão de  Aposentadoria  especial  após  15,  20  ou  25  anos  de  contribuição –  bem como,   todos  os 

empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, além do Programa de Prevenção 

de Riscos Ambientais (PPRA) e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), de 

acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, deverão preencher o formulário 

(PPP) para a comprovação da efetiva exposição dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de 

todos os ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores.

O PPP,   instituído efetivamente pela  Instrução Normativa/INSS/DC nº  090/03,   incluirá   informações dos 

formulários anteriores (SB­40, DISES BE – 5235, DSS 8030 e DIRBEN 8030), que tiveram eficácia até 30 

de outubro de 2003. A partir de 1º de novembro de 2003, será dispensada a apresentação do LTCAT, mas o 

documento deverá permanecer na empresa à disposição da Previdência Social.

A empresa é obrigada a fornecer cópia autêntica do PPP ao trabalhador em caso de demissão. 

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Page 6: Apostila   aposentadoria especial

As Cooperativas de produção deverão elaborar o Perfil Profissiográfico Previdenciário dos associados que 

trabalham em condições especiais de acordo com a IN/INSS/DC nº 087/03. Cooperativas de trabalho terão 

que elaborar o PPP com base em informações da empresa contratante.

O PPP, incluirá informações dos formulários SB­40, DISES BE ­ 5235, DSS 8030 e DIRBEN 8030, que 

terão   eficácia   até   30   de   outubro   de   2003.   A   partir   de   1º   de   novembro   de   2003,   será   dispensada   a 

apresentação do LTCAT, mas o documento deverá  permanecer na empresa à  disposição da Previdência 

Social.

Para ter direito ao benefício, o trabalhador inscrito a partir de 25 de julho de 1991 deverá comprovar no 

mínimo 180 contribuições mensais. Os inscritos até essa data devem seguir a tabela progressiva. A perda da 

qualidade de segurado não será considerada para concessão de aposentadoria especial, segundo a Lei nº 

10.666/03.

O   Beneficiário   que   tiver   desempenhado   consecutivamente   duas   ou   mais   atividades   em   condições 

prejudiciais à  saúde ou integridade física, sem completar o prazo mínimo para Aposentadoria Especial, 

poderá somar os referidos períodos seguindo a seguinte tabela conversora:

Tempo a ser convertidoFator MultiplicadorPara 15 Para 20 Para 25

de 15 anos ­ 1,33 1,67

de 20 anos 0,75 ­ 1,25de 25 anos 0,60 0,80 ­

Quando   o   segurado   estiver   trabalhando   em   condições   especiais   que   prejudiquem   sua   saúde   ou   sua 

integração física, terá direito a acréscimo de tempo de contribuição? Sim. O tempo de trabalho exercido até 

05 de março de 1997, com efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos 

ou associação de agentes constantes do Quadro Anexo ao Decreto n° 53.831/64 e os constantes do Decreto 

83.080/79, e até 28 de maio de 1998 os constantes do Decreto 2.172/97, de 05 de março de 1997, e mantido 

pelo  Decreto  3048/99,   será   somado,   após   a   respectiva   conversão,   ao   tempo   de   trabalho  exercido   em 

atividade comum. Tabela de conversão:

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Page 7: Apostila   aposentadoria especial

Tempo a converter

Multiplicadores 

Mulher (para 30) Homem (para 35) Tempo mínimo exigido

De 15 anos  2,00  2,33  3 anos 

De 20 anos  1,50  1,75  4 anos 

De 25 anos  1,20  1,40  5 anos 

Nota: Se o segurado que recebe aposentadoria especial retornar ou permanecer em atividade sob 

condições especiais poderá ter o benefício suspenso. Ele poderá, no entanto, trabalhar em setores não 

enquadrados   como   especiais.   O   aposentado   que   voltar   ao   trabalho   terá   direito   aos   seguintes 

benefícios previdenciários: salário­família, salário­maternidade e reabilitação profissional. 

Quadro ­ Resumo

Renda   Mensal   do 

BenefícioData do Recebimento Duração

Período   de 

Carência

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Page 8: Apostila   aposentadoria especial

 100% do salário de 

benefício;

 será devida:

I – ao Segurado Empregado:

a) a partir da data do 

desligamento do emprego, 

quando requerida até esta 

data;

b) da data do requerimento, 

quando não houver 

desligamento do emprego ou 

quando requerida após 90 

dias.

II – para os demais 

segurados: da data da 

entrada do requerimento

 ocorre a perda do 

benefício para o 

segurado que 

permanecer ou voltar 

a trabalhar em 

condições especiais.

se retornar ao 

trabalho em 

condições normais, 

não ocorre a perda do 

benefício.

a)180 

contribuições 

mensais para os 

inscritos após 

24/07/1991;

b) Aplicabilidade 

da Tabela 

Progressiva para 

os inscritos antes 

de 24/07/1991, 

conforme artigo 

142 da Lei 

8.213/91

Há que se registrar que a modalidade de Aposentadoria Especial tem como objetivo básico a proteção dos 

trabalhadores que estão sujeitos a atividades especiais, consideradas como tais, aquelas que expõem à risco 

à saúde ou integridade física do segurado.

                       Quadro ­Resumo

Período Trabalhado Enquadramento

Antes da entrada em vigor do Decreto 

nº 2.172/97

Quadro anexo ao Decreto nº 53.831/64. 

Anexo   I   e   II   do   RBPS,   aprovado   pelo   Decreto   nº 

83.080/79

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Page 9: Apostila   aposentadoria especial

Da   entrada   em   vigor   do   Decreto   nº 

2.172/97 até a entrada em vigor do Decreto 3.048/99

Anexo IV do Decreto nº 2.172/97.

Obs:  Em relação ao  agente   ruído,  em 

exemplo, por força do Decreto nº 4.882/03, o nível de 

tolerância é de 85 Db.

Da   entrada   em   vigor   do   Decreto   nº 

3.048/99

Anexo IV do Decreto nº 3.048/99

Dicas importantes

• A conversão de tempo Comum em Especial deixou de existir por força da Lei nº 9.032/95.

• A conversão de tempo Especial para Especial e de Especial para Comum conforme continua até 

hoje vigente em nosso ordenamento conforme artigos 66 e 70 do Decreto 3048/99. Em face disso, 

o trabalhador que laborar e comprovar que suas atividades são ”especiais”, na forma da Lei tem o 

direito de ter seu tempo contado de forma diferenciada para a Aposentadoria, com a antecipação 

da aposentadoria ou contagem do tempo de serviço com o acréscimo legal e a devida conversão.

• A Periculosidade e a  penosidade deixaram de existir  no nosso ordenamento com a edição do 

Decreto nº 2.172/97.

• A conversão de tempo de serviço com contagem recíproca (RGPS e RPPS) continua a existir 

mesmo ante ao vedamento imposto pelo INSS através do Parecer CJ/MPAS nº 2.549/98.

• Atualmente as empresas ajudam a custear a Ap. Especial recolhendo uma alíquota que hoje varia 

de 06,09 e 12% recolhido através da GFIP.

• Qualidade   de   segurado   ­   dispensa   desta   qualidade   para   os   que   possuem   n°   mínimo   de 

contribuições (Lei 10.666/03).

• Comprovação perante o INSS, do tempo de trabalho habitual e permanente, não ocasional nem 

intermitente exercido em condições especiais.

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Page 10: Apostila   aposentadoria especial

O SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL E A APOSENTADORIA ESPECIAL

A Lei 8112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos Servidores Públicos Civis 

da União, das autarquias e das fundações públicas federais em seu Título VI, Capítulo II, Seção I, artigo 

186, inciso III, alíneas a e c e parágrafo 2º diz:

Artigo 186 ­ O Servidor será aposentado:

(...)

III ­ voluntariamente:

a)  aos  35  (trinta  e  cinco) anos  de   serviço,   se  homem, e  aos  30  (trinta)   se mulher,  com 

proventos integrais; 

(...)

  c)  aos 30 (trinta)  anos de serviço,  se homem, e aos 25 (vinte e  cinco) se mulher,  com 

proventos proporcionais há esse tempo;

(...)

Parágrafo 2º. Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou perigosas, bem 

como nas hipóteses previstas no artigo 71, a Aposentadoria de que trata o inciso III,  a e c,  

observará o disposto em lei especifica.

O artigo 71 supra citado diz respeito aos servidores que têm o direito ao percebimento do adicional de 

penosidade.

 

Destarte, como se pode ressalvar, tanto na Constituição Federal como na Lei 8112/90 ficam os servidores 

públicos condicionados da edição de futura norma especifica, que por força constitucional deverá ser uma 

Lei  Complementar,  para usufruírem ao direito  da contagem do  tempo como especial  para poderem se 

aposentar. 

A ausência  de  Lei  Complementar  cria  uma vacância   legislativa  que  se  estende ao   longo dos   tempos, 

prejudicando   o   exercício   do   efetivo   direito   dos   servidores   públicos   federais,   diferentemente   dos 

trabalhadores   filiados   do  Regime   Geral  de  Previdência  Social   e   que   trabalham  expostos   aos   mesmos 

agentes   agressivos   à   saúde   ou   em   atividades   idênticas,   consideradas   como   especial   para   efeito   de 

aposentadoria. 

O que se indaga é o seguinte: se o espírito da Lei foi criar uma espécie de aposentadoria (Especial) que 

evite que o trabalhador exposto a agentes agressivos ou a atividades penosas por longo período de tempo, se 

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Page 11: Apostila   aposentadoria especial

submeta ainda mais aos efeitos indesejados que sua saúde sofrerá, a vacância da Lei Complementar e a 

manutenção dos servidores públicos federais nesta situação, não seria uma agressão aos princípios mais 

mesquinhos de proteção à  vida?   Seriam os servidores públicos  federais  feitos de um “material”  mais 

resistente   que   os   trabalhadores   da   iniciativa   privada?   Obviamente   que   não.   Não   é   a   Constituição   da 

República uma carta de intenções onde a igualdade entre os pares é preceito fundamental? Sim, a nossa 

Constituição Federal prega o tratamento desigual para os desiguais e o tratamento igual para os iguais, 

consagrando o princípio constitucional da igualdade. Assim, se as condições de trabalho são iguais e se os 

agentes agressivos agem contra os trabalhadores – independentemente do regime de previdência ao qual 

está filiado – também de maneira igual, porque não se aplicar supletivamente a legislação existente?

Há doutrinadores que defendam a impetração de Mandado de Injunção para sanar esta lacuna, conforme 

conjecturado no artigo 5º, inciso LXXI, da Carta Maior:

Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo­

se aos brasileiros   e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à  

vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

LXXI   ­   conceder­se­á   mandado   de   injunção   sempre   que   a   falta   de   norma 

regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das  

prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e á cidadania.

De certo que, o “writ” seria uma das melhores soluções.

O Mandado de Injunção é um mandamus constitucional, de caráter civil e procedimento especial que tem 

como objetivo preencher uma supressão do Poder Público, com o desígnio de promover o exercício natural 

de um direito. E este poderá ser ajuizado por qualquer pessoa cujo exercício de um direito encontrar­se 

sendo inviabilizado, por falta de norma regulamentadora da Constituição Federal.   Apesar de não estar 

regulamentado no bojo da norma é possivelmente aceito a impetração de Mandado de Injunção Coletivo.

Entretanto, a posição adotada pelo STF – órgão originário de julgamento do Mandado de Injunção ­ é que 

ao se julgar procedente o Mandado de Injunção, seria concedido um prazo para que a norma faltante seja 

editada, assim o Poder Judiciário estaria a declarar a omissão do Poder competente.

Contudo,   pena   nenhuma   seria   imposta   pelo   não   cumprimento   da   sanção   da   omitividade,   tornando   o 

Mandado de Injunção um remédio com uma “bula” muito boa mais de pouca ajuda no alivio da dor.

Evidentemente, que o princípio constitucional de garantia à vida, e a aposentadoria especial que tem como 

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Page 12: Apostila   aposentadoria especial

pressuposto básico a não manutenção do trabalhador à exposição eterna a agentes agressivos, é meio de sua 

preservação, e, no caso, a ausência de sua regulamentação pelo Poder Público ensejaria a aplicação do 

Principio da Analogia, como forma subsidiária, das normas do Regime Geral de Previdência Social.

Como bem afirma Carlos Maximiliano, em seu festejado: “Hermenêutica e Aplicação do Direito”, Forense, 

1980, 9ª edição, página 213/214: “A analogia enquadra­se melhor na Aplicação que na Hermenêutica do 

Direito; serve para suprir as lacunas dos textos; não para descobrir o sentido e alcance das normas positivas. 

O intérprete opera só dedutivamente; e a analogia tem por base uma indução incompleta”.   

Assim, como é bem verificado no caso da Aposentadoria Especial do Servidor Público Federal, o processo 

analógico  não cria  direito  novo;  descobre  o   já   existente;   integra  uma  norma  estabelecida,  o  princípio 

fundamental comum ao caso previsto pelo legislador e ao outro, patenteado pela vida social.   Seria o cão, 

então, de se reproduzir a  idéia essencial de preceito formulado (RGPS) para casos semelhantes (RJU), 

harmonizados, estes e o recente, com o espírito da legislação.

Não pode o Direito isolar­se do ambiente em que vigora, deixar de atender às outras manifestações 

da vida social.    Desapareceu nas trevas do passado o método lógico, rígido, imobilizador do Direito, que 

tratava todas as questões como se fossem problemas de Geometria.   O julgador hodierno preocupa­se com 

o bem e o mal resultante do seu veredictum.   É certo que o judiciário deva buscar o verdadeiro sentido e 

alcance do texto; todavia este alcance e aquele sentido não podem estar em desacordo com o fim colimado 

pela legislação – o bem social.

E este fundamento encontra amparo ainda no princípio da equidade, uma vez que a Constituição Federal 

adotou o principio da igualdade de direitos prevendo a igualdade de aptidão. Portanto, todos os cidadãos 

têm o direito de ter um tratamento isonômico pela lei.

Desta sorte, são vedados os tratamentos diferenciados, arbitrários, pois, o tratamento igualitário é 

uma exigência do próprio conceito de Justiça.

A justeza, conforme se sabe, deve ser concedida a todos, portanto, a equidade, que é um dos núcleos da 

Justiça, deve ser aplicada no caso em tela para que, se com a intenção, sanar as lacunas da Lei e proceder a 

consecução do bem comum.

O advogado especialista em direito previdenciário Sérgio Pardal Freudentthal em sua obra “Aposentadoria 

Especial”, Editora LTR, 2000, 1º Edição, página 129, destaca lição do doutrinador Carlos Maximiliano 

publicada em: “Hermenêutica e Aplicação do Direito”, Forense, 1997, 16º Edição, páginas 172/175 a qual se 

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Page 13: Apostila   aposentadoria especial

pode frisar:

183 ­ Desempenha a Equidade o duplo papel de suprir as lacunas dos repositórios de norma,  

e   auxiliar   a   obter   o   sentido   e   alcance   das   disposições   legais.   Serve,   portanto,   à  

Hermenêutica e à Aplicação do Direito. (...)

186 ­ Até os mais ferrenhos tradicionalistas admitem o recurso à  Equidade ao preencher as  

lacunas do direito, positivo ou consuetudinário. Para os contemporâneos, deve a mesma ser 

invocada não  só  em casos de silencio da lei; pois  também constitui precioso auxiliar da  

Hermenêutica:   suaviza   a   dureza   das   disposições,   insinua   uma   solução   mais   tolerante,  

benigna,  humana.  Às   vezes,   até   nem  se  alude   explicitamente  a   ela  no  aresto;  porém o  

raciocínio   expendido,   embora   revestido   de   roupagens   lógicas,   baseia­se,   com   maior  

evidência, no grande princípio universal ­ jus esta rs boni et aequi.”

187 ­ não se recorre à  Equidade senão para atenuar o rigor de um texto e o interpretar de  

modo compatível com o progresso e a solidariedade humana; jamais será a mesma invocada  

para agir, ou decidir, contra prescrição  positiva clara e prevista. Esta ressalva, aliás, tem 

hoje menos importância do que lhe caberia outrora: primeiro, porque se esvaeceu o prestígio  

do brocardo ­ in claris cessat interpretatio; segundo, porque, se em outros tempos se atendia  

ao   resultado  possível  de  uma  exegese   e   se   evitava  a  que   se   conduziria  a  um absurdo,  

excessiva dureza ou evidente injustiça, hoje,  com vitória da doutrina da socialização  do  

Direito, mais do que nunca o hermeneuta despreza o  fiat justitia, perat mundus ­ e se orienta 

pelas conseqüências prováveis da decisão a que friamente chegou.

Entretanto, ainda no presente, a Equidade que se invoca, deve ser acomodada ao sistema do 

Direito pátrio e regulada segundo a natureza, gravidade e importância das pessoas e dos  

lugares, o estados da civilização do país, o gênio e a índole dos seus habitantes.”

A bela definição esposada pelo renomado jurista encontra um grande arcabouço, posto que os Tribunais, 

normalmente, quedam­se ante a aplicabilidade da equidade para sanar as omissões normativas. Contudo, a 

função do operador do direito é utilizar todas as formas legais e de hermenêutica para que estas omissões 

socorrais cessem e se aplique efetivamente o Direito. 

Com fidúcia, quanto mais tempo demorar o Poder Público para sanar a omissão legislativa, os Servidores 

Públicos  Federais,  como de fato  tem ocorrido,  se servirão da via  judicial  em busca deste  real  direito, 

provocando uma verdadeira “enxurrada” de ações que poderiam, facilmente, serem evitadas se a “Norma 

Específica” fosse definitivamente levada à vigência.

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Page 14: Apostila   aposentadoria especial

Contudo, há ainda um outro ponto que diz respeito à Aposentadoria Especial do Servidor Público Federal e 

que deve ser levado em consideração, é o que tange a conversão de tempo laborado em condições especiais 

junto à iniciativa privada, ou mesmo quando, apesar de laborarem no Serviço Público Federal, eram regidos 

pela CLT.

Wladimir Novaes Martinez em seu livro “Aposentadoria Especial em 520 Perguntas e Respostas”, LTr, 3ª 

Edição, 2002, páginas 58 e 59, assim se posiciona quanto a contagem recíproca para servidor público,   in  

verbis:

“Desde   1980,   quando   criada   a   possibilidade,   a   legislação   silenciou   em   relação   à  

combinação da conversão do tempo de serviço com a contagem recíproca. As instruções  

internas   raramente   trataram   do   assunto:   o   INSS   recusa­se   a   aceitar,   via   contagem  

recíproca de tempo de serviço, certidão  para períodos de trabalho no serviço público,  

após a conversão  destes (mesmo tratando­se de atividades acolhidas no Anexo IV do 

RPS).” 

O Artigo 94 do PBPS, quando cuida da contagem recíproca, inicia mencionando “para efeito dos benefícios 

previstos no Regime Geral de Previdência Social”, mas seu art. 96 veda tempos “em outras condições 

especiais”. Possivelmente, quando a Lei nº 6226/75 introduziu essas “condições especiais”, não estava a 

adivinhar o fato de que a Lei nº 6887, de 1980, instituíra a conversão, e, portanto, delas não fala e, sim, de 

outras situações excepcionais, como a dos marítimos.

Por conseguinte,  não há  óbice  legal  à  conjugação dos dois  efeitos,  até  porque os  agentes  nocivos não 

escolhem a quem atingir: se empregado ou servidor, e como se sabe: subsiste acerto de contas entre os 

diferentes regimes previdenciários (Lei nº 9676/99).

In passant, diz o Parecer CJ/MPAS nº 846/97:

“Ao final,  consoante  entendimento  da  Coordenação  de  Legislação  e  Normas em sua 

manifestação,  deve­se observar rigorosamente a legislação  específica para a contagem 

do tempo de serviço, em especial, o disposto no art.96 e incisos, da Lei n. 8213, de 1991.  

É o parecer, s. m. j., Brasília, 26 de março de 1997.”

Corroborando também, com o posicionamento que deve haver conversão de tempo, importa observar o 

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posicionamento da Excelentíssima Juíza Federal Dra. Maria Helena Carreira Alvim Ribeiro, que em sua 

obra   “Aposentadoria   Especial   Regime   Geral   de   Previdência   Social”,   Editora   Juruá,   2004,   1º   Edição, 

páginas 495/496 que:

“... Entretanto deve ser observado que, até a promulgação  da Constituição  Federal de  

1988, a relação  de trabalho de um grande contingente de servidores da Administração  

Pública era regida pela Consolidação das Leis do trabalho”.

Após a instituição  do regime único, o regime desses servidores converteu­se em 

estatutário e, a partir daí, surgiram dúvidas relativamente ao cômputo do tempo prestado 

em condições especiais, tendo em vista que lei complementar, que deveria dar tratamento  

à aposentadoria especial para os servidores públicos ainda não havia sido editada.

Em   razão   da   garantia   constitucional   do   direito   adquirido   e   do   princípio   da  

irretroatividade das leis, as alterações advindas ao regime dos servidores não poderão  

retroagir para prejudicá­los, não tendo eficácia em relação ao tempo de serviço exercido  

em condições que o regime anterior reconhecia como de natureza especial.

Portanto,   a  mudança  do   regime   celetista   para  o   regime   estatutário   não   faz  

desaparecer  o  direito  ao   cômputo  do   tempo  de   serviço  especial  prestado  no   regime 

anterior sob condições de penosidade,  insalubridade e periculosidade,  tendo em vista  

que esse direito se integrou ao patrimônio jurídico do servidor.

Dessa forma, o tempo de serviço prestado pelo servidor anteriormente à adoção  

do regime jurídico único, instituído pela Lei 8112/90, pode ser convertido e somado ao 

restante   do   tempo   comum,   para   obtenção   de   Aposentadoria   por   tempo   integral   ou  

proporcional.”

Verdadeiramente, parece­nos fantasioso que dois indivíduos se submeterão aos mesmos agentes agressivos 

à saúde tenham tratamento diferenciado pelo pueril fato de um ser filiado ao Regime Geral de Previdência 

Social e o outro ao Plano de Seguridade Social dos Servidores Públicos Federais. 

Creio que há de ser levado em conta o desgaste que ambos sofrem por laborarem em “atividades especiais” 

e não a qual regime de previdência estariam filiados! Pois, qual é a diferença de um eletricista que labora 

em uma empresa privada e um que exerça a mesma função dentro do serviço público federal, uma vez que 

ambos encontram­se expostos ao mesmo agente agressivo (eletricidade)? Obviamente que nenhuma, desta 

forma, não estariam os dois correndo os mesmo riscos? Claramente que sim!

Não se pode esquecer o objetivo que o Legislador quis transpassar com laudável ponderação ao criar a 

Aposentadoria Especial: que o segurado exposto por um longo período no ambiente de trabalho a agentes 

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nocivos químicos, físicos, biológicos ou à associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, 

faria jus a aposentar­se um pouco mais cedo, através da diminuição do tempo de serviço.

Tanto o empregado da iniciativa privada, sob a égide do RGPS, quanto o servidor público, têm o mesmo 

desgaste quando do exercício de “atividade especial” e, obviamente, o mesmo direito à conversão deste 

tempo, em respeito aos mais comezinhos princípios constitucionais já mencionados anteriormente.

O entendimento,  além disso,  é   simples,  senão vejamos:  se a  competente Constituição Cidadã  assevera 

assentado direito, nada pode lhe opor resistência, sendo mais claro ainda que se o direito é  assegurado 

constitucionalmente o mesmo deve ser viabilizado imediatamente. 

O advogado e professor  José  Roberto Sodero,  estudioso do  tema e elaborador da cartilha denominada 

“Aposentadoria Especial do Servidor Público Federal”, SindCT, 2002, única do gênero, faz as seguintes 

considerações:

“Não  poderia,  portanto,  haver desconsideração  desta situação  e do tempo atestado e  

certificado pelo próprio serviço público federal, para este fim, com a conseqüente não  

concessão  da aposentadoria especial.    O não  reconhecimento do tempo laborado em  

atividade especial sob a argumentação de que não teria sido editada Lei Complementar  

não   tem o   condão  de   inviabilizar  um direito   constitucional  que   tem regulamentação  

própria no RGPS  e não haveria que se instituir novas regras, pois os agentes agressivos  

à  saúde não escolhem o ser humano por estar ou não filiado a determinado regime de  

previdência.    É  basicamente um direito à  preservação  da vida, que está  estatuído no 

RGPS sob premissas técnicas e não  haveria que ocorrer mudanças em qualquer outro  

meio legislativo, quiçá eventual Lei Complementar”.

Sodero entende que  é  direito  adquirido dos servidores  públicos   (ex­celetistas)  de  verem considerada a 

contagem ponderada do tempo de serviço laborado em condições especiais para efeito de aposentaria.

Sodero, ainda considera que com relação ao acréscimo do tempo de serviço, em razão da atividade especial, 

o  não   reconhecimento   do   Poder   Executivo   da   contagem conversiva,   apesar   da   exposição   aos   agentes 

nocivos no período que  conforme artigo 66 do Decreto 3048/99 o servidor  laborou sob a égide da CLT, 

tendo em vista que com o advento da Lei nº 8112/90 (Regime Jurídico Único – RJU) e, conseqüentemente, 

a alteração do regime Celetista (regido pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT) para o RJU, o 

servidor   recebeu   ônus   absurdo,   impossível   de   retirar   do   patrimônio   do   trabalhador   nesta   situação   a 

contagem conversiva protetiva.

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Page 17: Apostila   aposentadoria especial

Assim sob este prisma, todo segurado que comprovar perante o Instituto Nacional de Seguridade Social – 

INSS ou junto ao Serviço Público Federal,  que exerceu um trabalho permanente, não ocasional e nem 

intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período 

mínimo estipulado em lei, teria direito à contagem do tempo de serviço especial.  Neste caso, o tempo de 

serviço especial laborado sob o regime da CLT .

Inobstante o laudo tipificador de agentes especiais, ainda existem atividades, que pela própria função, são 

consideradas para a  aposentadoria especial,  pela  legislação (Quadro – Art.  2°   ­  Decreto n°  53.831/64; 

Decreto   n°   83.060/79   –   Quadros   Agentes   Nocivos   e   Atividades   Profissionais;   Relação   Anexa 

OF/MPAS/SPS/GAB n° 95/96; Anexo IV Decreto 2.172/97; Decreto nº 4827, de 3 de setembro de 2003).

Instando, observar que além dos estatutos legais retro mencionados, caberia ao caso a aplicação do Decreto 

89.312/84 (CLPS) que assim preceituava:

“Art. 35.

§ 2o – O tempo de serviço exercido alternadamente em atividade comum e em atividade  

que seja ou venha a ser considerada perigosa, insalubre ou penosa é somado, após a  

respectiva conversão,  segundo critérios de equivalência fixados pelo MPAS,  para efeito  

de qualquer espécie de Aposentadoria.

Desta sorte,  ao passar do Regime Celetista para o Regime Estatutário,  o Servidor Público teria direito 

adquirido à contagem do tempo de serviço segundo as leis em vigor à época em que prestado o aduzido 

serviço.   Não seria tal contagem regulada pela lei vigorante somente ao tempo em que se completar o 

interstício necessário à obtenção da aposentadoria, mas pelo diploma vigente durante a efetiva prestação do 

serviço.

Outro ponto controverso é  a salientação, interessantemente, que não haveria falta de regulamentação da 

aposentadoria do servidor público para aqueles que trabalham com explosivos já que havia e porque não 

dizer, ainda há a Lei nº 58/88, que regulamenta a aposentadoria dos servidores civis, estabelecendo em seu 

artigo 1o que referidos trabalhadores se aposentariam aos 25 anos de serviço.  Esta norma portanto, estaria 

recepcionada pela Constituição Federal de 88?

Data venia, seria risível, senão fosse absurdo, entender que o servidor público exposto a agentes agressivos 

durante todo um lapso temporal, somente deixaria de sê­lo pelo simples fato de alterar o regime de celetista 

para estatutário. 

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Page 18: Apostila   aposentadoria especial

Certamente, a fisiologia do servidor ou de seus pares não alteraria, pelo simples fato de mudar o regime de 

prestação de serviço!!!

   É óbvio que o ruído em excesso, a exposição a agentes químicos, inflamáveis ou explosivos, ou ainda o 

contato com agentes  biológicos,  periculosos ou penosos,  não haveria mais de  trazer  danos à  saúde do 

servidor pelo “milagroso” fato de haver alterado o regime de trabalho, certo? 

Servindo­se de decisões prolatadas no Superior Tribunal de Justiça, que considera o período laborado pelo 

servidor público federal sob a égide da CLT, incorporado ao patrimônio, várias ações têm sido interpostas 

com o intuito de fazer valer o entendimento jurisprudencial.

O Superior Tribunal de Justiça, tem analisado a matéria e assim tem decidido:

“SERVIDOR. EX­CELETISTA. ATIVIDADE INSALUBRE. CONTAGEM DE TEMPO DE 

SERVIÇO   EM   CONDIÇÕES   ESPECIAIS.   POSSIBILIDADE.   APOSENTADORIA 

ESTATUTÁRIA”.  

­ O servidor que se encontrava sob a égide do regime celetista quando da implantação  

do Regime Jurídico Único tem direito adquirido a averbação  do tempo de serviço 

prestado em condições de insalubridade, na forma da legislação anterior.

­ O   recorrente,   com   a   contagem   ponderada   do   tempo   de   serviço   prestado   sob  

condições penosas, contava ao tempo da requisição da aposentadoria com o lapso 

necessário à  sua concessão. Recurso especial conhecido. (STJ – 6a Turma ­ Recurso 

Especial  n.  321.108­PR (2001/0049746­2)  – j.  19/06/2001 – Rel.  Ministro Vicente  

Leal – v.u.)

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.  VERBAÇÃO DE 

TEMPO   DE   SERVIÇO.   EX­CELETISTA.   ATIVIDADE   INSALUBRE.   DIREITO 

ADQUIRIDO. DIVERGÊNCIAL JURISPRUDENCUAL.  SÚMULA 83/STJ....

O servidor que se encontrava sob a égide do regime celetista quando da implantação do  

Regime   Jurídico   Único,   tem   o   direito   adquirido   a   averbação   do   tempo   de   serviço 

prestado em condições de insalubridade, na forma da legislação anterior.

(STJ – 6a Turma – Recurso Especial n. 390.238 – PB (2001/018412­7) – j. 05/03/2002 –  

Rel. Ministro Vicente Leal – vu)

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Page 19: Apostila   aposentadoria especial

O Ministro Edson Vidigal, em decisão proferida no RESP 284.563/PB, publicada no DJ de 05 de março de 

2001, ao analisar a questão assim se manifestou:

“Ao servidor público que, quando celetista, teve incorporado ao seu patrimônio o direito  

à  contagem de  tempo de serviço com acréscimo  legal  pelo  fato de  exercer  atividade 

insalubre, se reconhece o direito à Certidão de Tempo de Serviço da qual conste o tempo  

integral que perfez sob o pálio da lei da época”.

Entretanto, a grande tarefa jurídica que se tem colocado é aquela de se fazer valer o direito à Aposentadoria 

Especial para o Servidor Público Federal, mesmo sob a égide do RJU, pelos motivos que foram expostos 

anteriormente, buscando­se o Judiciário, que ainda não se posicionou definitivamente sobre qual a solução 

desses litígios.

CONCLUSÃO

A Aposentadoria Especial do Servidor Público Federal, regido pelas normas do Regime Jurídico Único 

(RJU), instituído pela Lei nº 8112/90, é matéria que se apresenta de efervescente discussão doutrinária e 

jurisprudencial.   

Anteriormente à  vigência do RJU, os Servidores eram notadamente contratados pelo regime da CLT, e 

aposentados pelas regras do Regime Geral de Previdência Social, o que garantia àqueles trabalhadores o 

direito à aposentadoria especial ou sua conversão pelos fatores determinados em Lei específica.   Com a 

alteração do regime celetista para o estatutário, os Servidores Públicos Federais mantiveram o direito à 

aposentadoria   especial,   mas   dependente   de   Lei   Complementar,   à   regulamentar   a   matéria,   conforme 

disposição constitucional.

Os Tribunais Pátrios têm decidido que o tempo em que o Servidor Público Federal se ativou, sob o regime 

da CLT, exposto a agentes agressivos à sua saúde, ou ainda, laborando em atividades consideradas especiais 

para   efeito   de   aposentadoria,   deve   ser   assim   considerado,   determinando­se   a   contagem   deste   tempo 

acrescido do fator determinado pela Lei vigente ao tempo da prestação de serviço, por entender incorporado 

ao patrimônio jurídico do trabalhador.

Entretanto,   o   nosso   entendimento,   aponta   que   embora   haja   previsão   da   regulamentação   por   Lei 

Complementar, a sua ausência induz à aplicação subsidiária do RGPS para os Servidores Públicos Federais 

abrangidos   pelo   RJU,   utilizando­se   dos   princípios   da   analogia   e   da   equidade,   até   mesmo   porque   a 

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Page 20: Apostila   aposentadoria especial

Aposentadoria Especial tem como escopo principal a não manutenção do trabalhador (independentemente 

do regime de  previdência  a  que está   filiado)  em exposição a agentes agressivos por  excessivo  tempo, 

garantindo a preservação da sua integridade física e psíquica, e mais diretamente protegendo à vida!!!

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

• INSTITUIÇÃO:   LEI   3807/60   ­   SEGURADO   DEVERIA   TER   MAIS   DE   50   ANOS   E   180 CONTRIBUIÇÕES

• DECRETO   48959­A/60   CRIA   QUADRO   DE   ATIVIDADES   PROFISSIONAIS   CONSIDERADAS INSALUBRES ­ PERIGOSAS ­ PENOSAS ­ 15, 20 OU 25 ANOS

• DECRETO 53831/64 ­ CRIOU QUADROS DE AGENTES FÍSICOS ­ QUÍMICOS ­ BIOLÓGICOS ­ ATIVIDADES   PROFISSIONAIS   CLASSIFICADAS   COMO   INSALUBRES,   PERIGOSAS   E PENOSAS ­ QUADRO VÁLIDO ATÉ A EDIÇÃO DO DECRETO 2172/97

• DECRETO 60501/67 ­ REDAÇÃO QUASE IDÊNTICA AO DO ANTERIOR ­ CONSIDERA COMO TEMPO DE SERVIÇO O GOZO DE AUXÍLIO­DOENÇA

• LEI 5440­A/68 ­ SUPRIME O LIMITE MÍNIMO DE IDADE

• LEI  5890/73   ­  DIMINUI   A  CARÊNCIA PARA 60   CONTRIBUIÇÕES  ­   ESTABELECE  QUE  O SEGURADO   APOSENTADO   QUE   RETORNAR   À   ATIVIDADE   TERÁ   SUSPENSA   A   SUA APOSENTADORIA ­ ABONO DE 50%

• LEI   6210/75   ­   REVOGOU   A   LEI   5890/73   NO   QUE   DIZ   RESPEITO   À   SUSPENSÃO   DA APOSENTADORIA POR MOTIVO DE RETORNO À ATIVIDADE

• LEI   6643/79   ­   COMPUTA   O   TEMPO   DE   EXERCÍCIO   DE   ADMINISTRAÇÃO   OU REPRESENTAÇÃO SINDICAL PARA EFEITO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

• DECRETO 83080/79 ­ OS ANEXOS I E II  ­ AGENTES E ATIVIDADES CONSIDERADAS PARA EFEITO DE ENQUADRAMENTO ATÉ A EDIÇÃO DO DECRETO 2172/97

• LEI 6887/80 ­  MARCO IMPORTANTE ­  AUTORIZA A CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL INCLUSIVE PARA APOSENTADORIA COMUM

 • CF/88 

• LEI   8213/91   ­   PERMITE   A   CONVERSÃO   DO   TEMPO   ESPECIAL   E   COMUM.   ART.   64   ­ DECRETO 357/91 ­ CONSIDERA OS ANEXOS I E II DO RBPS APROVADO PELO DECRETO 83080/79 E DECRETO 53831/64 COMO LISTAGEM PARA APOSENTADORIA ESPECIAL

• O DECRETO 611/92 ­ MANTEVE A REDAÇÃO DO DECRETO 357/91

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Page 21: Apostila   aposentadoria especial

•   LEI   9032/95   ­   A   APOSENTADORIA   ESPECIAL   DEPENDERÁ   DA   COMPROVAÇÃO   PELO SEGURADO DO TEMPO DE TRABALHO PERMANENTE EM CONDIÇÕES ESPECIAIS QUE PREJUDIQUEM   A   SAÚDE   OU   INTEGRIDADE   FÍSICA,   DURANTE   O   PERÍODO   MÍNIMO FIXADO.     NÃO   VALERIA   MAIS   O   TRABALHO   EM   DETERMINADA   CATEGORIA. PRESUNÇÃO.   NÃO   SERIA   MAIS   PERMITIDO   CONVERTER­SE   TEMPO   COMUM   EM ESPECIAL.   VEDA   AO   SEGURADO   APOSENTADO   CONTINUAR   NO   EXERCÍCIO   DE ATIVIDADE OU OPERAÇÕES QUE SUJEITASSEM AOS AGENTES NOCIVOS

• ATÉ   A   EDIÇÃO   DA   MP   1523/96   (11/10/96)   OS   TRIBUNAIS   ENTENDEM   QUE   É   DEVIDA APOSENTADORIA ESPECIAL PARA ALGUMAS CATEGORIAS ­ LEGISLAÇÃO VIGENTE À ÉPOCA:(Quadro   –   Art.   2o  –   Decreto   n.   53.831/64;   Decreto   n.   83.060/79   –   Quadros   Agentes   Nocivos   e Atividades Profissionais; Relação Anexa OF/MPAS/SPS/GAB n. 95/96; Anexo IV Decreto 2.172/97), dentre as quais citamos:  

a) os engenheiros da construção civil, de minas, de metalúrgica e eletricistas;   b) os químicos, toxicologistas e podologistas;c) técnicos em laboratório de análises;d) técnicos em laboratórios químicos;e) técnicos de radioatividade;f) técnicos em Raios X;g) técnicos em eletrônica e eletricistas;h) médicos, dentistas e enfermeiros;   i) professores;   j) trabalhadores na agropecuária;  k) trabalhadores florestais, caçadores;   l) pescadores;   m) trabalhadores em túneis e galerias;   n) trabalhadores em escavações à céu aberto;    o) trabalhadores em edifícios, barragens, pontes e torres;   p) trabalhadores em extração de petróleo;q) aeronautas, aeroviários de serviços de pista e de oficina, de manutenção, de conservação, de carga e 

descarga, de recepção e despacho de aeronaves;r) marítimos de convés de máquina, de câmara e de saúde;s) operários de construção e reparos navais;t) maquinistas, guarda­freios, trabalhadores de via permanente (transporte ferroviário);u) motorneiros e condutores de bondes, motoristas e cobradores de ônibus, motoristas e ajudantes de 

caminhão;v) telegrafistas, telefonistas, radioperadores de telecomunicação;w) lavadores, passadores, calandristas e tintureiros (lavanderia e tinturaria);x) trabalhadores na indústrias metalúrgicas e mecânicas ­ forneiros, fundidores, soldadores, lingoteiros, 

tenazeiros,   caçambeiros,   amarradores,   dobradores,   desbastadores,   rebarbadores,   esmerilhadores, marteleteiros de rebarbação, operadores de ponte rolantes ou compatível;

y) trabalhadores   nas   indústrias   metalúrgicas,   de   vidro,   de   cerâmica   e   de   plásticos   ­   fundidores, laminadores,   moldadores,   trefiladores,   forjadores,   soldadores,   galvanizadores,   chapeadores, caldeireiros;

z) operadores de máquinas pneumáticas, rebitadores com marteletes pneumáticos, cortadores de chapa a  oxiacetileno,  esmerilhadores,   soldadores   (solda  elétrica  e  oxiacetileno),  operadores  de   jato  de areia;

aa) pintores de pistola;bb) trabalhadores   permanentes   nas   indústrias   poligráficas:     linotipistas,   tipógrafos,   impressores, 

montadores,   compositores,   pautadores,   gravadores,   granitadores,   galvanotipistas,   frezadores, titulistas;

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Page 22: Apostila   aposentadoria especial

cc) estivadores, arrumadores, trab. capatazia, consertadores e conferentes (estiva e armazenagem);dd) bombeiros, investigadores e guardas.

• EMENDA CONSTITUCIONAL 20/98• ART. 201 - PARÁG. 1O - LEI COMPLEMENTAR• ART. 15 - PERMANECEM EM VIGOR OS ARTS. 57 E 58 DA LEI 8213/91 ATÉ QUE LEI

COMPLEMENTAR - ALTERAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA INCONSTITUCIONAL - RESERVA DA MATÉRIA À LEI COMPEMENTAR

• MANTÉM-SE A CONVERSÃO

• DECRETO 3048/99 (05/05/99)• ANEXO IV - CLASSIFICA AGENTES NOCIVOS• EXIGE TEMPO MÍNIMO DE 20% NA ATIVIDADE ESPECIAL - EXTRAPOLOU OS

LIMITES DO DISPOSITIVO LEGAL QUE VISA REGULAMENTAR• DECRETO 4827/03 – MANTÉM O DIREITO DE CONVERSÃO DE ESPECIAL EM

COMUM

• HÁ DISCUSSÃO SOBRE A CONVERSÃO DO COMUM EM ESPECIAL, POIS NÃO CONSTA A TABELA DOS DECRETOS 2.172/97 E 3.048/99 (ART. 64 - DEC. 611/92)

• PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO• INSTITUÍDO PELA MP 1523/96 - CONVERTIDA NA LEI 9528/97• COMPOSTO POR INFORMAÇÕES:• DO LTCAT (LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO)• DO PPRA (PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS)• PGR (PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS)• PCMSO (PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL)• RESPONSÁVEIS PELA EMISSÃO DO PPP• EMPRESA - ASSINAM O REPRESENTANTE ADMINISTRATIVO DA EMPRESA - O

MÉDICO DO TRABALHO E O ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DA EMPRESA• EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO - LAUDO PERICIAL ONDE O SERVIÇO FOI

PRESTADO• DEVE SER ENTREGUE AO EMPREGADO POR OCASIÃO DA RESCISÃO DO

CONTRATO, DO REQUERIMENTO DE BENEFÍCIO DE INCAPACIDADE, PARA FINS DE RECONHECIMENTO DE PERÍODOS LABORADOS EM ATIVIDADES ESPECIAIS.

• INSTRUÇÕES NORMATIVAS INSS: 78/02 ­ 84/02­ IN 95/03

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Page 23: Apostila   aposentadoria especial

Dicas Úteis

Conversão de especial para Especial ­ A existência de 3 hipóteses de incidência da norma jurídica que ocasionam   o   direito   à   percepção   da   Aposentadoria   Especial   levou   o   legislador   à   criação   da possibilidade de conversão de tempos de serviços nocivos exercidos em diversos graus de nocividade laboral, ou seja a conversão de uma atividade especial de nocividade máxima – 15 anos para uma de nocividade mínima ­ 25 anos. (vigente)

Conversão de Comum para Especial  ­ Até antes da vigência da Lei 9.032/95 era possível converter tempo comum para especial, onde poderia­se através do fator conversor redutor trocar um tempo de serviço comum pelo ficto especial a fim de que se pudesse aposentar nos termos da Aposentadoria Especial. Contudo, para tanto o mesmo deveria contar com períodos mistos: especial e comum. (não vigente)

Conversão Especial para Comum ­ Esta modalidade serve para daquele segurado que trabalhou por um determinado  tempo  exposto  a  agentes  especiais,   sem contudo,   ter   completado  o   tempo  para adimplementação   do   benefício   na   modalidade   Especial.   Deste   modo,   é   dado   a   ele   o   direito   de converter o tempo especial por um fator multiplicador no qual o seu tempo especial será contado com um acréscimo para a  contagem da Aposentadoria. (vigente)

Atividade   a converter 

Para 15 anos Para 20 anos Para 25 anos Para   30   anos (mulher)

Para   35   anos (homem)

De 15 anos  1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

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Page 24: Apostila   aposentadoria especial

De 20 anos  0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

De 25 anos  0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

De   30   anos (mulher) 

0,50 0,67 0,83 1,00 1,17

De   35   anos (homem) 

0,43 0,57 0,71 0,86 1,00

TABELAS DE PROVASPERÍODO TRABALHADO ENQUADRAMENTODe 05/09/60 a 28/04/95 Fórmulário,  CP/CTPS, LTCAT para o ruído. 

Quadro Anexo Dec. 53.831/64 e Anexos I e II do Dec. 83.080/79

De 29/04/95 a 13/10/96 Formulário,   LTCAT   ou   demais   obrigações ambientais   obrigatório   para   ruído.   Código 1.0.0   do   Quadro   Anexo   do   Dec.   53.831/64   e Anexo I do Dec. 83.080/79

De 14/10/96 a 05/03/97 Formulário,   LTCAT   ou   demais   obrigações ambientais para todos os agentes. Código 1.0.0 do Quadro Anexo do Dec. 53.831/64 e Anexo I do Dec. 83.080/79

06/03/97 a 31/12/98 Fórmulário, LTCAT ou demais demonstrações ambientais, para todos os agentes. Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Dec. 2.172/97

De 01/01/99 a 05/05/99 Fórmulário, LTCAT ou demais  demonstrações ambientais,   para   todos   os   agentes   com confrontação   com   as   informações   do   CNIS. Anexo   IV   do   RBPS   aprovado   pelo   Dec. 2.172/97 c/c artigo 19 e § 2 º   do artigo 68 do RPS –Dec. 4.079/02

06/05/99 a 31/12/03 Fórmulário, LTCAT ou demais  demonstrações ambientais,   para   todos   os   agentes   com confrontação   com   as   informações   do   CNIS. 

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Page 25: Apostila   aposentadoria especial

Anexo IV do RPS aprovado pelo Dec. 3.048/99 c/c artigo 19 e § 2 º  do artigo 68 do RPS –Dec. 4.079/02

A partir de 01/01/04 Formulário (PPP), que deverá, ser confrontado com   as   informações   relativas   ao   CNIS   para homologação  da contagem de tempo especial. Anexo IV do RPS aprovado pelo Dec. 3.048/99 c/c artigo 12 artigo 19 e § 2º   do artigo 68 do RPS –Dec. 4.079/02

PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPPI SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS

1­ CNPJ do Domicílio Tributário/CEI:

 

2­Nome Empresarial: 3­ CNAE:

4­ Nome do Trabalhador 5­ BR/PDH 6­ NIT 

7­ Data do Nascimento

8­ Sexo (F/M) 9­ CTPS (Nº, Série e UF) 10­ Data de Admissão 11­ Regime Revezamento

         

12 ­ CAT REGISTRADA

12.1 Data do Registro 12.2 Número da CAT 12.1 Data do Registro 12.2 Número da CAT

       

13 ­ LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO

13.1 Período

13.2 CNPJ/CEI 13.3 Setor 13.4 Cargo

13.5 Função

13.6 CBO 13.7 Cód. GFIP

__/__/__ a __/__/__

           

14 – PROFISSIOGRAFIA

14.1 Período 14.2 Descrição das Atividades

25

Page 26: Apostila   aposentadoria especial

__/__/__ a __/__/__

 

II ­ SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS15 ­ EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS

15.1 Período 15.2 Tipo15.3 Fator de Risco

15.4 Itens./Conc

15.5 Técnica Utilizada

15.6 EPCEficaz (S/N)

15.7 EPIEficaz (S/N) 15.8 CA EPI

__/__/__ a __/__/__              16 ­ RESPONSÁVEL PELOS REGISTROS AMBIENTAIS16.1 Período 16.2 NIT 16.3 Registro Conselho de Classe 16.4 Nome do Profissional Legalmente Habilitado

__/__/__ a __/__/__      III ­ SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA17 ­ EXAMES MÉDICOS CLÍNICOS E COMPLEMENTARES (Quadros I e II, da NR­07)17.1 Data 17.2 Tipo 17.3 Natureza 17.4 Exame (R/S) 17.5 Indicação de Resultados

__/__/___    

(   ) Normal (   ) Alterado(   ) Estável(   ) Agravamento(   ) Ocupacional(   ) Não Ocupacional

18 ­ RESPONSÁVEL PELA MONITORAÇÃO BIOLÓGICA18.1 Período 18.2 NIT 18.3 Registro Conselho de Classe 18.4 Nome do Profissional Legalmente Habilitado

__/__/___      __/__/___      

IV ­ RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕESDeclaramos, para todos os fins de direito, que as informações prestadas neste documento são verídicas e foram transcritas fielmente dos registros  administrativos, das demonstrações ambientais e dos programas médicos de responsabilidade da empresa. É de nosso conhecimento que a prestação  de informações falsas neste documento constitui crime de falsificação de documento público, nos termos do artigo 297 do Código Penal e, também,  que tais informações são de caráter privativo do trabalhador, constituindo crime, nos termos da Lei nº 9.029/95, práticas discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos competentes.19 ­ Data Emissão PPP 20 ­ REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA

____/___/___

20.1NIT 20.2 Nome   

    

(Carimbo) 

   

_____________________________(Assinatura)

OBSERVAÇÕES:

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JURISPRUDÊNCIA

O Autor, tenciona converter o tempo de serviço prestado àquele Instituto em condições de insalubridade ou ESPECIAL até  a presente data, Com a mudança de regime jurídico de celetista para o regime jurídico único, o Autor teve alterada sua situação jurídica inicial de forma substancial. No que tange ao tratamento da aposentadoria especial, como o novo regime jurídico não tratou da questão, remetendo a Lei específica consoante o parágrafo 2º, do artigo 186, da Lei nº 8.112 / 90, restou uma laguna na lei. Diante de tal lacuna restou sem regramento específico a aposentadoria especial para aqueles servidores que trabalham em atividades em condições especiais e prejudiciais à saúde ou à integridade física, devendo o Magistrado, de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, dizer no caso concreto. No caso em tela, a parte da legislação celetista que regulamentava a aposentadoria dos impetrantes não foi modificada pela lei do regime jurídico único e nem tampouco foi revogada expressamente pela nova lei, desta maneira o que se deve entender no caso em espécie é que houve jurídicas trabalhistas sucessivas do Autor com o CTA, de maneira que a aposentadoria especial restou incólume com a nova legislação do regime jurídico único, instituído pela Lei nº 8112 / 90. Negado provimento à remessa oficial e dado provimento ao apelo dos impetrantes para conceder a ordem de modo a assegurar­lhe a contagem do tempo de serviço prestado sob o regime jurídico único, como tempo de serviço especial, para fins de contagem de tempo de serviço, com tempo mínimo de 25 anos, bem como para confirmar a r. sentença na parte que conceda a contagem especial de tempo de serviço na vigência do regime jurídico celetista, no mais permanece a r. sentença tal como lançada. Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima indicadas.DECIDE a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da Terceira Região, por maioria de votos, dar parcial provimento à apelação e negar provimento à remessa oficial, na forma do relatório e voto do Relator, vencido o Juiz Federal Convocado Castro Guerra, na forma da declaração de voto que fica fazendo parte integrante do presente julgado.

AGRAVO   REGIMENTAL   EM   RECURSO   EXTRAORDINÁRIO   ­   CONSTITUCIONAL   ­ ADMINISTRATIVO   ­   PROFESSOR   ­   APOSENTADORIA   ­   REQUISITOS   ­   MAGISTÉRIO   ­ APOSENTADORIA   ESPECIAL:   CONSTITUIÇÃO   DE   1988,   ARTIGO   40,   III,   "B"   ­   O   direito   à aposentadoria especial dos professores só se aperfeiçoa quando cumprido totalmente o requisito temporal do "efetivo exercício em função de magistério", excluída qualquer outra. Precedente do Tribunal Pleno. Agravo regimental não provido. (STF ­ AGRE 299658 ­ SP ­ 2ª T. ­ Rel. Min. Maurício Corrêa ­ DJU 04.04.2003)APOSENTADORIA ­ PROFESSORES ­ ORIENTADORA EDUCACIONAL ­ TEMPO DE SERVIÇO ­ O preceito constitucional regedor da aposentadoria dos professores contenta­se com o efetivo exercício em funções de magistério, não impondo como requisito atividade em sala de aula. Assim, descabe ter como infringido o preceito da alínea "b" do inciso III do artigo 40 da Constituição Federal no que, presente a qualificação de professora, reconheceu­se o direito à aposentadoria especial à prestadora de serviço há vinte e cinco anos nas funções de especialista em educação e orientadora educacional. (STF ­ RE 196707 ­ 2ª T. ­ Rel. Min. Marco Aurélio ­ DJU 04.08.2000)STJ

PREVIDENCIÁRIO   ­   RECURSO   ESPECIAL   ­   TEMPO   DE   SERVIÇO   ESPECIAL   ­   GEÓLOGO   ­ CONVERSÃO   ­   EXPOSIÇÃO   A   CONDIÇÕES   ESPECIAIS   PREJUDICAIS   À   SAÚDE   OU   À INTEGRIDADE FÍSICA ­ AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO ­ 1. O reconhecimento do tempo de serviço especial  apenas  em face do enquadramento na  categoria profissional  do  trabalhador  foi  possível  até   a publicação da Lei nº 9.032/95. 2.  Todavia,  o  rol  de atividades  arroladas nos Decretos nºs 53.831/64 e 83.080/79 é exemplificativo, não existindo impedimento em considerar que outras atividades sejam tidas como insalubres, perigosas ou penosas, desde que estejam devidamente comprovadas. Precedentes. 3. No caso   em   apreço,   conforme   assegurado   pelas   instâncias   ordinárias,   o   segurado   não   comprovou   que efetivamente exerceu a atividade de geólogo sob condições especiais. 4. Recurso especial desprovido. (STJ ­ REsp 765215/RJ ­ 5ª T ­ Rel.ª Min.ª Laurita Vaz ­ DJU 6.02.2006)

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APOSENTADORIA   ESPECIAL   ­   SERRALHEIRO   ­   ATIVIDADE   INSALUBRE   ­   DECRETO   Nº 83.080/79 ­ ART. 60 ­ RBPS ­ A atividade exercida como serralheiro, reconhecida pela legislação vigente como insalubre, confere ao segurado direito à aposentadoria especial, após vinte e cinco anos de trabalho, em analogia a outras atividades similares. Recurso conhecido, mas desprovido. (STJ ­ REsp 250780 ­ SP ­ 5ª T. ­ Rel. Min. Jorge Scartezzini ­ DJU 18.12.2000)

APOSENTADORIA   ESPECIAL   ­   PROFESSOR   ­   ATIVIDADE   DOCENTE   E   ADMINISTRATIVA   ­ ART.   40,   III,   B,   DA   CF   ­   O   professor   que,   não   obstante   o   desempenho   de   função   tipicamente administrativa, desenvolvia, no mesmo período, atividade docente, ministrado disciplinas afeitas à área de economia, detém o direito líquido e certo de ter computado esse tempo de serviço, efetivamente prestado na área de magistério, para efeito de aposentadoria especial. Precedente do colendo STF (RE nº 235.672/RS). (STJ ­ ROMS 5154 ­ PR ­ 5ª T. ­ Rel. Min. Felix Fischer ­ DJU 16.10.2000)TJDF

CONTAGEM. TEMPO DE SERVIÇO. APOSENTADORIA ESPECIAL. EXERCÍCIO. MAGISTÉRIO. FUNÇÃO.   COORDENAÇÃO   PEDAGÓGICA.   POSSIBILIDADE.   Conforme   previsto   em   Portaria específica da Secretaria de Educação do DF, o coordenador pedagógico possui várias atribuições, dentre as quais a de "suprir ausências eventuais de professores, coordenando a realização de atividades diversificadas independente   de   sua   área   específica   de   magistério",   garantindo   o   cômputo   do   tempo   prestado   como professor para a aposentadoria especial. Dessa forma, o entendimento encontra­se em consonância com o art. 40, §5º da CF/1988, que se refere à necessidade de exercício nas funções de magistério para que se consiga a aposentadoria especial, sem, contudo, especificar o tipo de função a ser exercida, sendo indevido conferir interpretação restritiva à citada norma, em conseqüência da aplicação do princípio constitucional da máxima efetividade. Segundo o voto minoritário, não se pode estender o benefício da aposentadoria especial  de  professor   a  quem não  se  dedique   efetivamente   ao  magistério  em sala  de  aula,  pois,   caso contrário, estar­se­ia concedendo tratamento idêntico a pessoas que se acham em situações fático­jurídicas diversas. Maioria. (TJDF ­ EIC  20020110837202 ­ 2ª C.Cív. ­ Relª. Desª. Carmelita Brasil ­ J. 19.10.2005)

CONTAGEM.   TEMPO   DE   SERVIÇO.   MAGISTÉRIO.   APOSENTADORIA.   READAPTAÇÃO. OBRIGATORIEDADE.   Em   se   tratando   de   requerimento   de   aposentadoria   especial,   é   correto   o entendimento de que, preenchidos os demais requisitos de idade e tempo de serviço, deve ser contado o período em que o funcionário readaptado exerceu atividade relacionada ao magistério, mesmo que estranha à   sala   de   aula.   Segundo   entendimento   do   STF,   as   funções   do   magistério   devem   ser   interpretadas extensivamente, abrangendo as atividades relacionadas ao ensino em geral. (TJDF ­ APC 20040110113877 ­ 1ª T. ­ Rel. Des. Flavio Rostirola ­ J. 29.08.2005)TJES

MANDADO DE SEGURANÇA ­ SERVIDORA POLICIAL CIVIL ­ APOSENTADORIA ESPECIAL ­ EMENDA   CONSTITUCIONAL   Nº   20/98   ­   ARTIGO   40,   §   4º,   DA   CF   ­   AUSÊNCIA   DE   LEI COMPLEMENTAR FEDERAL ­ INAPLICABILIDADE DA LEGISLAÇÃO FEDERAL E ESTADUAL ANTERIOR   ­   SEGURANÇA   DENEGADA.   1.   Rejeita­se   a   preliminar   de   ilegitimidade   passiva   do impetrado, fundada na afirmação de que teria indeferido pedido de "Declaração de Tempo de Serviço para aposentadoria   especial",   pois   a   negativa   da   Administração   baseou­se   no   Pronunciamento   CPGE   nº 002/2003, que veda a concessão da aposentadoria especial aos policiais civis.  2.  A Lei Complementar federal  nº  51/85 não  foi   recepcionada pela  atual  Constituição Federal,   artigo 40,  §  4º,   com a  redação determinada pela Emenda Constitucional nº 20/98. 3. da mesma forma que a Carta Política anterior,  a norma constitucional  atual  prevê   a  possibilidade  de   lei   complementar  estabelecer   requisitos  e  critérios diferenciados para a concessão da aposentadoria especial, contudo a referida lei ainda não foi editada pelo Congresso Nacional, sendo inaplicável à espécie a Lei Complementar nº 51/85, editada sob a vigência da Constituição revogada. 4. Corrobora a tese de que não houve recepção da Lei Complementar nº 51/85 pela Emenda Constitucional nº 20/98 o fato de que, enquanto a primeira exige que o servidor tenha trabalhado por um período mínimo de 20 anos nas atividades policiais para a concessão da aposentadoria especial, a 

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segunda exige que a atividade especial seja exercida durante todo o período excepcionalmente estabelecido. 5. Precedentes. Segurança denegada. (TJES ­ MS 100040001156 ­ TP ­ Rel. Des. Catharina Maria Novaes Barcellos ­ J. 06.10.2005)TJMG

REMESSA OFICIAL E APELAÇÃO CÍVEL VOLUNTÁRIA. Ação de mandado de segurança. Professora. Aposentadoria   especial.   Art.   40,   §   5º,   da   Constituição   da   República.   Requisitos   legais   atendidos. Indeferimento   lesivo   a   direito   líquido   e   certo   da   servidora   pública.   Segurança   concedida.   Sentença confirmada. 1. Qualquer cidadão tem o direito líquido e certo de, atendidas as exigências legais, aposentar­se. Consoante dispõe o art. 40, § 5º, da Constituição da República, ao professor é assegurado o direito à aposentadoria especial quando do implemento de vinte e cinco anos de efetivo exercício do magistério. 2. Comprovado ter a impetrante trabalhado como professora durante o lapso temporal de vinte e cinco anos, revela­se lesivo a direito líquido e certo o indeferimento do pedido de aposentadoria. Revela­ se correta, neste caso, a sentença que concede a segurança. 3. Remessa oficial e apelação cível voluntária conhecidas. 4.   Sentença   confirmada   em   reexame   necessário,   prejudicado   o   recurso   voluntário.   (TJMG   ­   PROC. 107020414036770011 ­ Rel. Des. Caetano Levi Lopes ­ DJMG 01.07.2005)TJRS

ADMINISTRATIVO.   MAGISTÉRIO   PUBLICO   ESTADUAL.   APOSENTADORIA   ESPECIAL   DE PROFESSOR, PREVISTA NO ART. 40, INC. III, B, DA CF, ANTERIORMENTE A VIGÊNCIA DA EC Nº 20/98. NECESSIDADE DE PROVA INEQUÍVOCA DO EXERCÍCIO DE EFETIVO MAGISTÉRIO EM SALA DE AULA POR VINTE E CINCO ANOS,  SE  PROFESSORA,  OU TRINTA ANOS,  SE PROFESSOR.   INADMISSIVEL,   POR   VIA   DE   CONSEQUÊNCIA,   COMPUTAR­SE   LAPSO   DE TRABALHO   EM   ATIVIDADES   DISTINTAS,   AINDA   QUE   NO   MAGISTÉRIO,   SEJAM   DE NATUREZA   TÉCNICA   OU   ADMINISTRATIVA.   NORMA   CONSTITUCIONAL   DE   NATUREZA EXCEPCIONAL,   QUE   DEVE   SER   INTERPRETADA   RESTRITIVAMENTE.   PRECEDENTES JURISPRUDÊNCIAIS. APELAÇÃO DESPROVIDA. (TJRS ­ AC Nº 70003912649 ­ 3ª CC ­ Rel. Des. Luiz Ari Azambuja ­ J. 06.06.2002)

ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. PROFESSORA QUE TEVE TORNADO INSUBSISTENTE ATO PELO NÃO PREENCHIMENTO DE PRESSUPOSTO TEMPORAL PARA A CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 40 DA CE/89 E DA SUMULA Nº 13 DA CORTE DE CONTAS. O TEMPO ENTRE O ATO DE JUBILAÇÃO E AQUELE QUE DECRETA A INSUBSISTENCIA DO MESMO DEVE SER CONSIDERADO COMO DE LICENÇA ESPECIAL, POR ISSO   QUE   VALIDO   PARA   AMPARAR   PRETENSÃO   A   APOSENTADORIA   INTEGRAL.   PROVA DOCUMENTAL DO IMPLEMENTO DO LAPSO TEMPORAL DO ARTIGO 40, III, ALINEA `A¿, DA CF/88.   SENTENÇA   DEFERINDO   A   PRETENSÃO.   APELO   DESPROVIDO.   SENTENÇA CONFIRMADA EM REEXAME NECESSÁRIO. (TJRS ­ AC Reexame Necessário nº 70003642501 ­ 3ª CC ­ Rel.Des. Augusto Otávio Stern ­ J. 17.04.2002)

ADMINISTRATIVO.   MAGISTÉRIO   PUBLICO   ESTADUAL.   APOSENTADORIA   ESPECIAL. COMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO EM FUNCOES ESPECIFICAS DE MAGISTÉRIO, EXERCIDAS CONCOMITANTEMENTE COM ATIVIDADES TÉCNICO­PEDAGOGICAS E DE SUPERVISAO DE ESCOLA. SITUAÇÃO AFERIDA ANTES DA EC 20/98, VALENDO­SE DO RESGUARDO DO ART. 3º DA   MENCIONADA   EMENDA,   INTRODUZINDO   MODIFICACOES   NAS   REGRAS   DA APOSENTADORIA DO SERVIDOR PUBLICO. RECONHECIMENTO DO DIREITO, POREM, QUE SE LIMITA A AFASTAR O OBICE IMPOSTO PELA ADMINISTRAÇÃO, ONDE SERAO APURADOS OS   DEMAIS   PRESSUPOSTOS   A   APOSENTADORIA.   APELAÇÃO   DESPROVIDA,   SENTENÇA CONFIRMADA   EM   REEXAME   NECESSÁRIO,   COM   EXPLICITAÇÃO.   (TJRS   ­   AC   Reexame Necessário ­ 3ª CC ­ Rel. Des. Luiz Ari Azambuja Ramos ­ J. 04.04.2002)TJSCMandado de segurança. Professora. Aposentadoria Especial. Concessão administrativa. Fato superveniente (art. 462 do CPC). Perda de objeto. Impetrado o writ objetivando o cômputo do tempo de serviço prestado 

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em período de readaptação, para  fins de aposentadoria especial,  a  sua concessão administrativa  leva à extinção  do  mandamus,  por   falta  de   interesse  processual   superveniente.   (TJSC  ­  MS 2003023635­0   ­ G.C.Dir.Pub. ­ Relª. Desª. Sônia Maria Schmitz ­ DJSC 27.10.2005)

TJSPFUNCIONÁRIO PÚBLICO ­ Inativo. Professora aposentada por idade (60 anos), tendo seus proventos ficados proporcionalmente em 20/25 avos, por haver exercido apenas 20 anos de magistério. Pretensão da impetrada  de   reduzir  os  proventos  a  20/30  avos,  ao   fundamento  de  que  se   aplicaria  a   regra  geral  de aposentadoria, e não a especial para professores. Inadmissibilidade. Da conjugação das duas disposições da Constituição   Federal,   definindo   a   aposentadoria   por   idade   aos   60   anos   (para   mulher)   e   aos   25   para aposentadoria especial   (caso de professores),   resulta claro o direito de quem se aposenta por  idade de receber proporcionalmente os proventos equivalentes aos anos cumpridos de magistério. Ilegal e abusiva a pretensão de  calcular  pela  regra  geral  categoria  diferenciada  pela  Constituição Federal  como especial. Sentença mantida. Recursos voluntário e de ofício improvidos.(TJSP ­ AC 182.871­5/1 ­ 2ª Cam.Dir.Pub. ­ Rel. Des. Aloísio de Toledo César ­ Julg. 27.01.2004)Ref. Legislativa: Lei nº 8213­91

MAGISTÉRIO ­ Professor. Aposentadoria especial. Concessão da ordem. Inadmissibilidade. A impetrante, quando do requerimento de aposentadoria, não reunia os requisitos exigidos pelo artigo 8º e seu parágrafo 4º da Emenda Constitucional nº 20/98, c/c o artigo 40 da Constituição Federal, com a redação que lhe deu referida Emenda Constitucional. Reexame necessário e recurso voluntária providos.(TJSP ­ AC 181.221­5/9 ­ 7ª Cam.Dir.Pub. ­ Rel. Des. Walter Swensson ­ Julg. 26.01.2004)

PROCESSUAL ­  CONSELHO DE CLASSE ­  ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (AO) SUSPENDENDO RESOLUÇÕES DO CRM/MA TIDAS POR ILEGAIS  ­  FIXAÇÃO DOS HONORARIOS A SEREM SEGUIDOS PELOS "PLANOS DE SAÚDE"  ­  PRECEDENTE DO STJ   ­  SEGUIMENTO NEGADO MONOCRATICAMENTE ­ AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1­É dado ao relator negar seguimento ao recurso "manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em conformidade com súmula ou com   jurisprudência   dominante   do   respectivo   tribunal,   do   Supremo   Tribunal   Federal,   ou   de   Tribunal Superior" (art. 557, caput, do CPC), sem que isso signifique afronta ao princípio do contraditório, porque atende à  agilidade da prestação jurisdicional. Quando o relator assim age não "usurpa" competência do colegiado, mas atua dentro do permissivo legal.2­Muito embora a adoção de critérios objetivos na fixação da remuneração de serviços profissionais não fira, por si só, a livre concorrência ou impeça o exercício do trabalho, quiçá caracterize formação de cartel, tem o STJ entendido que não pode o CRM impor sua tabela de honorários (CBHPM) aos "planos de saúde", por isso violaria a "liberdade contratual":"MANDADO DE SEGURANÇA. RESOLUÇÃO Nº 19/87,  DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro tem competência para baixar resoluções a respeito da profissão de médico; não pode,  todavia,  a pretexto disso,  legislar acerca das relações entre médicos e empresas que têm como objeto social a prestação ou a garantia de serviços médicos. Recurso especial  conhecido e  provido,  em parte."   (STJ,  RESP 8490/RJ,  Rel.  Min.  PECANHA MARTINS,  T2, maioria, DJ 27/09/1999, p. 68)3­Agravo interno não provido.4­Peças liberadas pelo Relator em 24/08/2004 para publicação do acórdão. (TRF1ª R. ­ AI 20040100020286­8 ­ MA ­ 7ª T. ­ Rel. Des. Fed. Luciano Tolentino Amaral ­ J. 24.05.2004)

PREVIDENCIÁRIO   E   PROCESSUAL   CIVIL   ­   RECONHECIMENTO   DE   TEMPO   DE   SERVIÇO ESPECIAL ­ EXPOSIÇÃO A AGENTES INSALUBRES ­ CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM ­ LEIS 3087/60 E 8213/91 ­ DECRETOS 53.831/64, 83.080/79 E 2.172/97 ­ POSSIBILIDADE 1. O tempo de serviço especial é aquele decorrente de serviços prestados sob condições prejudiciais à saúde ou em atividades com riscos superiores aos normais para o segurado e, cumprido os requisitos legais, dá direito  à   aposentadoria  especial.  As   atividades   consideradas  prejudiciais  à   saúde  foram definidas  pela 

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legislação previdenciária, especificamente, pelos Decretos 53.831/64, 83.080/79 e 2172/97. 2. Exercendo o segurado uma ou mais atividades sujeitas a condições prejudiciais à saúde sem que tenha complementado o prazo mínimo para aposentadoria especial,  é  permitida a  conversão de  tempo de  serviço prestado sob condições especiais em comum, para fins de concessão de aposentadoria. (RESP 411946/RS, Relator Min. JORGE   SCARTEZZINI,   DJ   07/04/2003;   AMS   2000.38.00.036392­1/MG,   Relator   DES.   FEDERAL ANTONIO SÁVIO DE OLIVEIRA CHAVES, PRIMEIRA TURMA, DJ 05/05/2003) 3. O rol de agentes nocivos previstos nos Anexos I e II do Decreto nº 83.080/79 e no Anexo do Decreto nº 53.831/69, vigorou até a edição do Decreto nº 2.172/97 (05.03.97), por força do disposto no art. 292 do Decreto nº 611/92, devendo­se considerar como agente agressivo à saúde a exposição a locais de trabalho com ruídos acima de 80 dBA, para as atividades exercidas até 05.03.97.(AC 96.01.21046­6/MG; APELAÇÃO CÍVEL, Relator Desembargador   Federal   JIRAIR   ARAM   MEGUERIAN,   SEGUNDA   TURMA,   DJ   06/10/1997,   AMS 2001.38.00.032815­3/MG, Relator DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO SÁVIO DE OLIVEIRA CHAVES, PRIMEIRA TURMA, DJ 06/10/2003, AMS 2000.38.00.018266­8/MG, Relator DES. FEDERAL LUIZ GONZAGA BARBOSA MOREIRA, PRIMEIRA TURMA, DJ 17/03/2003). 4. Para a comprovação da   exposição   ao   agente   insalubre,   tratando­se   de   período   anterior   à   vigência   da   Lei   nº   9.032/95,   de 28.04.95, que deu nova redação ao art. 57 da Lei nº 8.213/91, basta que a atividade seja enquadrada nas relações dos Decretos 53.831/64 ou 83.080/79, não sendo necessário laudo pericial. Tratando­se de tempo de  serviço posterior  à  data acima citada,  28.04.95,  dependerá  de  prova da exposição permanente,  não ocasional e nem intermitente ­ não se exigindo integralidade da jornada de trabalho ­, aos agentes nocivos, visto tratar­se de lei nova que estabeleceu restrições ao cômputo do tempo de serviço, devendo ser aplicada tão­somente   ao   tempo   de   serviço   prestado   durante   sua   vigência,   não   sendo   possível   sua   aplicação retroativa(AC   1999.01.00.118703­9/MG,   Relator   Convocado   JUIZ   EDUARDO   JOSÉ   CORRÊA, PRIMEIRA   TURMA,   DJ   09/12/2002;   AMS   2000.01.00.072485­0/MG,   Relator   DES.   FEDERAL ANTONIO   SÁVIO   DE   OLIVEIRA   CHAVES,   PRIMEIRA   TURMA,   DJ   11/03/2002).   5.   Como documentos   hábeis   à   comprovação   do   tempo   de   serviço   sob   condições   insalubres   são   admitidos   os formulários DSS 8030 e laudo técnico, devendo ser ressaltado, conforme jurisprudência da Corte, que a exigência de laudo pericial somente pode se dar a partir de 10.12.97, data da publicação da Lei nº 9.528/97. No que diz respeito à  utilização de equipamento de proteção individual (EPI), ele  tem a finalidade de resguardar a saúde do trabalhador, para que não sofra lesões, não podendo descaracterizar a situação de insalubridade.   (AMS   2001.38.00.017669­3/MG,   Relator   DESEMBARGADOR   FEDERAL   TOURINHO NETO, SEGUNDA TURMA, DJ 24/10/2002) 6. A correção monetária incide a partir do vencimento de cada parcela, na forma do art. 1º, caput, da Lei nº 6.899/81, utilizando­se os índices de correção monetária, de acordo com os seus respectivos períodos de vigência. Súmulas 43 e 148 do STJ. Os juros são devidos à razão de 1% ao mês, a partir da citação, considerada a natureza alimentar da dívida, na linha de orientação do STJ (RESP 314181/AL), afastada a aplicação da taxa SELIC. 7. Honorários advocatícios fixados no percentual de 10% sobre o valor da condenação, até a data da prolação da sentença. Súmula 111 do STJ. 8. Apelação desprovida. Remessa parcialmente provida. (TRF1ª R. ­ AC 200238030030063 ­ MG ­ 1ª T. ­ Rel. Des. Fed. José Amilcar Machado ­ DJU 19.12.2005)

PREVIDENCIÁRIO   E   PROCESSUAL   CIVIL   ­   RECONHECIMENTO   DE   TEMPO   DE   SERVIÇO ESPECIAL ­ EXPOSIÇÃO A AGENTES INSALUBRES ­ CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM ­ LEIS 3087/60 E 8213/91 ­ DECRETOS 53.831/64, 83.080/79 E 2.172/97 ­ POSSIBILIDADE 1. O tempo de serviço especial é aquele decorrente de serviços prestados sob condições prejudiciais à saúde ou em atividades com riscos superiores aos normais para o segurado e, cumprido os requisitos legais, dá direito  à   aposentadoria  especial.  As   atividades   consideradas  prejudiciais  à   saúde  foram definidas  pela legislação previdenciária, especificamente, pelos Decretos 53.831/64, 83.080/79 e 2172/97. 2. Exercendo o segurado uma ou mais atividades sujeitas a condições prejudiciais à saúde sem que tenha complementado o prazo mínimo para aposentadoria especial,  é  permitida a  conversão de  tempo de  serviço prestado sob condições especiais em comum, para fins de concessão de aposentadoria. (RESP 411946/RS, Relator Min. JORGE   SCARTEZZINI,   DJ   07/04/2003;   AMS   2000.38.00.036392­1/MG,   Relator   DES.   FEDERAL ANTONIO SÁVIO DE OLIVEIRA CHAVES, PRIMEIRA TURMA, DJ 05/05/2003) 3. O rol de agentes nocivos previstos nos Anexos I e II do Decreto n. 83.080/79 e no Anexo do Decreto n. 53.831/69, vigorou até a edição do Decreto n. 2.172/97 (05.03.97), por força do disposto no art. 292 do Decreto nº 611/92, 

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devendo­se considerar como agente agressivo à saúde a exposição a locais de trabalho com ruídos acima de 80 dBA, para as atividades exercidas até 05.03.97.(AC 96.01.21046­6/MG; APELAÇÃO CÍVEL, Relator Desembargador   Federa   JIRAIR   ARAM   MEGUERIAN,   SEGUNDA   TURMA,   DJ   06/10/1997,   AMS 2001.38.00.032815­3/MG, Relator DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO SÁVIO DE OLIVEIRA CHAVES, PRIMEIRA TURMA, DJ 06/10/2003, AMS 2000.38.00.018266­8/MG, Relator DES. FEDERAL LUIZ GONZAGA BARBOSA MOREIRA, PRIMEIRA TURMA, DJ 17/03/2003). 4. Para a comprovação da   exposição   ao   agente   insalubre,   tratando­se   de   período   anterior   à   vigência   da   Lei   n.   9.032/95,   de 28.04.95, que deu nova redação ao art. 57 da Lei nº 8.213/91, basta que a atividade seja enquadrada nas relações dos Decretos 53.831/64 ou 83.080/79, não sendo necessário laudo pericial. Tratando­se de tempo de  serviço posterior  à  data acima citada,  28.04.95,  dependerá  de  prova da exposição permanente,  não ocasional e nem intermitente ­ não se exigindo integralidade da jornada de trabalho ­, aos agentes nocivos, visto tratar­se de lei nova que estabeleceu restrições ao cômputo do tempo de serviço, devendo ser aplicada tão­somente   ao   tempo   de   serviço   prestado   durante   sua   vigência,   não   sendo   possível   sua   aplicação retroativa(AC   1999.01.00.118703­9/MG,   Relator   Convocado   JUIZ   EDUARDO   JOSÉ   CORRÊA, PRIMEIRA   TURMA,   DJ   09/12/2002;   AMS   2000.01.00.072485­0/MG,   Relator   DES.   FEDERAL ANTONIO   SÁVIO   DE   OLIVEIRA   CHAVES,   PRIMEIRA   TURMA,   DJ   11/03/2002).   5.   Como documentos   hábeis   à   comprovação   do   tempo   de   serviço   sob   condições   insalubres   são   admitidos   os formulários DSS 8030 e laudo técnico, devendo ser ressaltado, conforme jurisprudência da Corte, que a exigência de laudo pericial somente pode se dar a partir de 10.12.97, data da publicação da Lei nº 9.528/97. No que diz respeito à  utilização de equipamento de proteção individual (EPI), ele  tem a finalidade de resguardar a saúde do trabalhador, para que não sofra lesões, não podendo descaracterizar a situação de insalubridade.   (AMS   2001.38.00.017669­3/MG,   Relator   DESEMBARGADOR   FEDERAL   TOURINHO NETO, SEGUNDA TURMA, DJ 24/10/2002) 6. A correção monetária incide a partir do vencimento de cada parcela, na forma do art. 1º, caput, da Lei n. 6.899/81, utilizando­se os índices de correção monetária, de acordo com os seus respectivos períodos de vigência. Súmulas 43 e 148 do STJ. Os juros são devidos à razão de 1% ao mês, a partir da citação, considerada a natureza alimentar da dívida, na linha de orientação do STJ (RESP 314181/AL), afastada a aplicação da taxa SELIC. 7. Honorários advocatícios fixados no percentual de 10% sobre o valor da condenação, até a data da prolação da sentença. Súmula 111 do STJ. (TRF1ª R. ­ AC 200238000102462 ­ MG ­ 1ª T. ­ Rel. Des. Fed. José Amilcar Machado ­ DJU 19.12.2005)

PREVIDENCIÁRIO ­ APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ­ TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL ­ AGENTE NOCIVO: RUÍDO COM MÉDIA SUPERIOR AO LIMITE REGULAMENTAR ­ DIREITO ADQUIRIDO À FORMA DE CONTAGEM DO TEMPO ­ DECRETOS Nº 53.831/64, 2.172/97 E   3.048/99   ­   CONVERSÃO   ­   TEMPO   DE   SERVIÇO   COMUM   COMPROVADO   ­   USO   DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO ­ EFEITOS FINANCEIROS (SÚMULA 271 DO STF). 1. "O segurado que presta serviço em condições especiais, nos termos da legislação então vigente, e que teria direito por isso à aposentadoria especial, faz jus ao cômputo do tempo nos moldes previstos à época em que realizada a atividade. Isso se verifica à  medida em que se  trabalha.  Assim, eventual  alteração no regime ocorrida posteriormente, mesmo que não mais reconheça aquela atividade como especial, não retira do trabalhador o direito à contagem do tempo de serviço na forma anterior, porque já inserida em seu patrimônio jurídico" (STJ;   RESP   425660/SC;   DJ   05/08/2002   PG:407;   Relator   Min.   FELIX   FISCHER).   2.   Tratando­se   de período anterior à edição da Lei nº 9.032/95, não há necessidade de comprovação de exposição permanente e efetiva aos agentes nocivos, conforme orientação da Instrução Normativa 84 do INSS, de 22.01.2003 (art. 146). 3. Para os períodos de atividade até 05.03.97 (quando entrou em vigor o Decreto nº 2.172/97), deve­se considerar como agente agressivo a exposição a locais com ruídos acima de 80 db, constante do Anexo ao Decreto nº 53.831/64 (item 1.1.6). Precedentes do TRF/1ª Região (AC 1998.38.00.033993­9 /MG; Relator JUIZ ANTONIO SAVIO DE OLIVEIRA CHAVES; PRIMEIRA TURMA; DJ 16 /07 /2001 P.35); (AC 96.01.21046­6 /MG; Relator JUIZ JIRAIR ARAM MEGUERIAN; SEGUNDA TURMA; DJ 06 /10 /1997 P.81985). 4. Constatado que as atividades descritas têm enquadramento nos Decretos nºs 53.831/64 (item 1.1.6), 2.172/97 (item 2.0.1), 3.048/99 (item 2.0.1), hão de ser reconhecidos os períodos 17/03/76 a 04/06/76, 28/08/76 a 08/07/78, 10/03/80 a 30/06/89, 01/07/89 a 30/10/92, 01/11/92 a 30/06/93, 01/07/93 a 31/03/94 e 01/04/94 a 28/05/98 como tempo de serviço especial, com possibilidade de conversão para tempo comum (art. 70, § 2º, Decreto nº 3.048/99, com redação do Decreto nº 4.827/03). 5. O "Resumo de Documentos 

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para Cálculo de Tempo de Contribuição" comprova o tempo de serviço comum do impetrante. De qualquer sorte, os períodos não foram impugnados, de forma específica, pelo INSS. 6. Esta Corte já se posicionou no sentido de que "o uso de equipamentos de proteção não descaracteriza a  situação de agressividade ou nocividade à saúde ou à integridade física, no ambiente de trabalho" (AMS 2001.38.00.017669­3/MG, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL TOURINHO NETO, SEGUNDA TURMA do TRF 1ª  Região, DJ de 24/10/2002   P.44),   principalmente   quando   não   há   provas   cabais   de   que   sua   efetiva   utilização   tenha neutralizado por completo a ação deletéria  dos  agentes  ambientais  nocivos.  7.  Devida a aposentadoria proporcional por tempo de contribuição requerida, com a conversão do tempo especial, sendo certo que uma   vez   implementadas   as   condições   para   concessão   do   benefício   antes   do   advento   da   Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/1998, as inovações constitucionais não atingem o direito adquirido. 8. Nos termos da Súmula nº 271 do STF, os efeitos financeiros devem incidir a partir da data da impetração da segurança. 9. Apelação e Remessa Oficial parcialmente providas. (TRF1ª R. ­ AMS 200038000183656 ­ MG ­ 1ª T. ­ Rel. Des. Fed. Luiz Gonzaga Barbosa Moreira ­ DJU 19.12.2005)

PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE   SERVIÇO.   CONVERSÃO   DE   TEMPO   ESPECIAL   EM   COMUM.   EXPOSIÇÃO   A   AGENTES INSALUBRES.   TRABALHO   PERMANENTE,   NÃO   OCASIONAL   NEM   INTERMITENTE. DECRETOS   53.831/64   E   83.080/79.   REQUISITOS.   POSSIBILIDADE.   1.   Estando   devidamente comprovado o exercício de atividade profissional considerada prejudicial à saúde, o segurado tem direito à conversão do tempo de atividade especial em tempo de atividade comum para fins de restabelecimento de seu benefício de aposentadoria. 2. É considerada insalubre, para fins de contagem de tempo especial, a atividade desenvolvida com exposição a tensão superior a 250 volts, conforme o item 1.1.8 do Anexo ao Decreto 53.831/64. 3. O uso de equipamentos de proteção não descaracteriza a situação de agressividade ou nocividade à saúde ou à integridade física, no ambiente de trabalho. 4. Reconhecida a natureza especial do serviço prestado e convertido em tempo de atividade comum, o suplicante passou a contar mais de 34 anos de serviço, tendo direito à  renda mensal inicial do benefício baseada no coeficiente de 94% (noventa e quatro por cento) do salário­de­benefício (art. 53, II, da Lei 8.213/91). 5. Conquanto tenha a r. sentença concedido ao suplicante o benefício de aposentadoria especial, nada impede a concessão do benefício de aposentadoria  proporcional  por   tempo de  serviço,  desde  que  preenchidos os  pressupostos   legais.  6.  A Primeira Seção da Corte firmou entendimento majoritário no sentido de que os juros de mora são devidos no   percentual   de   1%   (um   por   cento)   ao   mês,   a   partir   da   citação   (TRF   1ª   Região,   1ª   Seção,   AR 2002.01.00.020011­0/MG,   j.  de  07.10.2003).  7.  Honorários  advocatícios,  nas  ações  previdenciárias,  não incidem sobre prestações vincendas (Súmula 111/STJ). 8. Apelação e remessa oficial a que se dá parcial provimento. (TRF1ª R. ­ AC 200040000057649 ­ PI ­ 1ª T. ­ Rel. Des. Fed. Antônio Sávio de Oliveira Chaves ­ DJU 22.08.2005)

PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM COMUM. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. EXPOSIÇÃO A AGENTES INSALUBRES. TRABALHO PERMANENTE, NÃO OCASIONAL   NEM   INTERMITENTE.   DECRETOS   53.831/64   E   83.080/79.   REQUISITOS. POSSIBILIDADE.   HONORÁRIOS   ADVOCATÍCIOS.   CORREÇÃO   MONETÁRIA.   1.   Estando devidamente comprovado o exercício de atividade profissional considerada prejudicial à saúde, o segurado tem direito  à   conversão  do   tempo  de   atividade   especial   em  tempo  de   atividade   comum para   fins  de aposentadoria.   2.   É   considerada   insalubre,   para   fins   de   contagem   de   tempo   especial,   a   atividade desenvolvida com exposição a tensão superior a 250 volts, conforme o item 1.1.8 do Anexo ao Decreto 53.831/64. 3. Honorários advocatícios, nas ações previdenciárias, não incidem sobre prestações vincendas (Súmula 111/STJ). 4. A correção monetária deve ser calculada nos termos da Lei 6.899/81, a partir do vencimento de cada parcela (Súmulas 43 e 148 do STJ). 5. Apelação a que se nega provimento, remessa oficial a que se dá parcial provimento e recurso adesivo do autor a que se dá provimento. (TRF1ª R. ­ AC 200038000438892 ­ MG ­ 1ª T. ­ Rel. Des. Fed. Antônio Sávio de Oliveira Chaves ­ DJU 25.07.2005)

PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM COMUM. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. EXPOSIÇÃO A AGENTES INSALUBRES. TRABALHO PERMANENTE, NÃO OCASIONAL   NEM   INTERMITENTE.   DECRETOS   N.   53.831/64   E   N.   83.080/79.   REQUISITOS. 

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POSSIBILIDADE. TRABALHO RURAL RECONHECIDO. CORREÇÃO MONETÁ­  RIA.  1.  Estando devidamente comprovado o exercício de atividade profissional considerada prejudicial à saúde, o segurado tem direito  à   conversão  do   tempo  de   atividade   especial   em  tempo  de   atividade   comum para   fins  de aposentadoria.   2.   É   considerada   insalubre,   para   fins   de   contagem   de   tempo   especial,   a   atividade desenvolvida com exposição a tensão superior a 250 volts, conforme o item 1.1.8 do Anexo ao Decreto n. 53.831/64. 3. Comprovado o tempo de atividade rural por prova testemunhal baseada em início de prova documental, o suplicante tem direito ao reconhecimento do tempo de serviço para fins de aposentadoria. 4. A correção monetária deve ser calculada nos termos da Lei n. 6.899/81, a partir do vencimento de cada parcela (Súmulas n. 43 e 148 do STJ). 5. Sentença sujeita ao duplo grau de jurisdição (art. 475, I, do CPC), vez que não impôs condenação de valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos. 6. Apelação a que se nega provimento e remessa oficial, tida por interposta, a que se dá parcial provimento. (TRF1ª R. ­ AC 2003.38.01.001545­7/MG ­ 1ª T. ­ Rel. Des. Fed. Antônio Sávio de Oliveira Chaves ­ DJU 11.07.2005) 

PREVIDENCIÁRIO. RENÚNCIA À  APOSENTADORIA ESPECIAL. CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE SERVIÇO. OBTENÇÃO DE NOVO BENEFÍCIO. POSSIBILIDADE. 1. Inexiste qualquer ilegalidade no ato de renúncia à aposentadoria especial. O benefício é um direito disponível do autor, que dele  pode  abdicar   se  assim  lhe   for  conveniente.  2.  Encontra­se  consolidado  o  entendimento  de  que  a contagem recíproca do tempo de contribuição como servidor público e como empregado celetista não se opõe   ao   ordenamento   jurídico   pátrio.   3.   Apelação   e   remessa   oficial   improvidas.   (TRF1ª   R.   ­   AC 01001131715   ­   (199901001131715)   ­  GO  ­  1ª  T.   ­  Rel.   p/Ac.   Juiz  Manoel   José  Ferreira  Nunes   ­  DJU 08.05.2003)

PREVIDENCIÁRIO   ­   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO   ­   CARACTERIZAÇÃO   DE ATIVIDADE   DE   TELEFONISTA   COMO   TRABALHO   EM   CONDIÇÕES   INSALUBRES   ­ CONVERSÃO   ­   DECLARAÇÃO   SIMPLES   DE   EMPREGADORES   ­   INSALUBRIDADE CONFIGURADA   ­   INEXIGÊNCIA   DE   LAUDO   TÉCNICO   DE   CONDIÇÕES   AMBIENTAIS   DO TRABALHO   ­   MP   Nº   1.523/96   ­   CONDIÇÕES   PARA   APOSENTADORIA   PROPORCIONAL   JÁ IMPLEMENTADAS   ­   DIREITO   ADQUIRIDO   ­   REQUERIMENTO   ADMINISTRATIVO   ­   TERMO INICIAL   ­   1   ­   O   tempo   de   trabalho   exercido   sob   condições   especiais   que   sejam   ou   venham   a   ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social,  para efeito de concessão de qualquer  benefício (Lei nº  8.213/91, art.  57,  §  5º).  2  ­ Contando mais de 25 (vinte e cinco) anos de serviço na data da edição da Medida Provisória nº 1.523/96, que revogou a Lei nº 7.850/89, considerando­se a conversão, em atividade comum, do período trabalhado como telefonista, a impetrante faz jus à aposentadoria por tempo de serviço. 3 ­ Indeferido o benefício na via  administrativa,   o   seu   termo  inicial   deve  ser   fixado  na  data  do   requerimento  perante  o   INSS.  4   ­ Apelação a que se nega provimento. (TRF1ª R. ­ AMS 1999.01.00.120581­1 ­ MG ­ 2ª T. ­ Rel. Conv. Juiz Antônio Sávio Machado ­ Unânime ­ DJU 28.02.2001)

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL ­ EXPOSIÇÃO A RUÍDO ­ NECESSIDADE DE LAUDO PERICIAL. 1. Aquilatando­se os requisitos necessários à  fruição de aposentadoria especial, na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91, certo é afirmar­se que a efetiva demonstração da exposição do segurado às condições laborativas adversas, mediante laudo pericial, somente passou a ser imprescindível em relação ao tempo de serviço posterior a 28.04.95, de forma geral, dado o advento da Lei nº 9.032; bastando, para o período pretérito,  que a atividade se subsuma ao rol previsto nos Decretos nº 5.831/64 e 83.080/79. 2. Todavia,  cuidando­se de exposição a  ruído,   impende considerar  que a comprovação de referido agente sempre foi exigida, mesmo em relação ao tempo de serviço anterior à Lei nº 9.032/95, como, aliás, consta do item 12.6 da Ordem de Serviço INSS/DSS Nº 564, de 9 de maio 1997. 3. Remessa necessária provida. (TRF2ª R. ­ REO­AC 99.02.17539­2 ­ 6ª T. ­ Relª Desª Fed. Maria Helena Cisne ­ DJU 16.02.2005)

PREVIDENCIÁRIO ­ RECONHECIMENTO DE ATIVIDADE INSALUBRE­ GARI ­ CONVERSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO COMUM PARA APOSENTADORIA ESPECIAL ­ CABIMENTO A aposentadoria especial foi instituída através da Lei 3.807, de  26/08/1960, sendo destinada 

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àqueles trabalhadores que laboravam em condições peculiares, submetidos a certo grau de risco e prejuízo à sua própria saúde ou integridade física, reclamando, assim, redução do tempo de serviço (quinze, vinte ou vinte e cinco anos de atividade)  para a sua concessão. É certo que, anteriormente à edição do Decreto nº 2.172/97,  de  05/03/97,  a  atividade  de  coleta  e   industrialização de   lixo  não estava  consignada entre  as previstas nas disposições legais como especial. No entanto, tal fato não infirma o direito almejado, eis que a lista das atividades tidas como nocivas à saúde não é taxativa, mas meramente exemplificativa, podendo se concluir pela existência de insalubridade, periculosidade ou penosidade no trabalho desenvolvido através de outros elementos probatórios carreados aos autos. ­O formulário DIRBEN 8030 e o laudo técnico atestam que o Autor esteve exposto a agentes agressivos prejudiciais à saúde ou à integridade física, no período em que trabalhou como Gari junto à COMLURB ­ Companhia Municipal de Limpeza Urbana. ­O Autor faz jus à aposentadoria especial desde a data em que foi concedida equivocadamente a aposentadoria por tempo de contribuição ­ em 28/08/95, pois comprovado pelo mesmo que desde aquela época já fazia jus ao benefício almejado, ante o exercício, de modo habitual e permanente, de atividade insalubre por mais de 25 (vinte e cinco) anos. ­ Honorários advocatícios reduzidos para o percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor da condenação,   a   teor   do   art.   20,   §   4º   do   CPC,   até   a   data   do   efetivo   adimplemento.   (TRF2ª   R.   ­   AC 1998.51.01.015706­3 ­ 6ª T. ­ Rel. Des. Sergio Schwaitzer ­ DJU 13.01.2004)

PREVIDENCIÁRIO   ­   CONCESSÃO   DE   APOSENTADORIA   ESPECIAL   ­   EXPOSIÇÃO   À ELETRICIDADE E A RUÍDO ­ 1 ­ Considerando que o Autor foi funcionário da LIGHT S/A entre agosto de 1959 e abril de 1982, e que em 22 de maio de 1968 não havia completado o tempo de serviço necessário à   jubilação especial,  não assiste ao mesmo direito à  concessão de aposentadoria especial  com base na categoria funcional de eletricitário, na medida em que referida profissão não foi classificada como penosa, perigosa ou insalubre pelo Decreto nº 63.230/68. 2 ­ No que tange às informações de exposição a agentes agressivos físicos, prestadas pela LIGHT S/A, dando conta da exposição do segurado a altos níveis sonoros, sinale­se que o Decreto nº 83.080/79 exigia o tempo mínimo de trabalho, na referida atividade, de 25 anos, que também não foi atingido pelo Autor, razão pela qual, mesmo por este flanco, improcede o pleito. 3 ­ Apelação desprovida. (TRF2ª R. ­ IV ­ APELACAO CIVEL 98.02.38520­4 ­ 6ª T. ­ Rel. Des. Fed. Poul Erik Dyrlund ­ DJU 01.04.2003)

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. RECONHECIMENTO DOS PERÍODOS PARA FINS   DE   APOSENTADORIA   ESPECIAL.   TERMO   INICIAL.   CORREÇÃO   MONETÁRIA.   JUROS MORATÓRIOS.   HONORÁRIOS   ADVOCATÍCIOS.   APELAÇÃO   PARCIALMENTE   PROVIDA.   ­   O direito à aposentadoria especial está assegurado desde a vigência da Lei nº 3.807/60. E o rol de atividades consideradas insalubres e perigosas, previsto no Decreto nº 53.831/64 não é taxativo, de modo que, se no exercício da atividade desenvolvida estiverem presentes os agentes nocivos tipificadores da insalubridade e penosidade,   é   devido   o   reconhecimento   da   atividade   como   sendo   de   natureza   especial.   ­   Benefício concedido a partir de 20.06.1985, data do pedido ADMINISTRATIVO, acrescido de correção monetária na forma do Provimento nº 26 de 10 de setembro de 2001, da Corregedoria­Geral deste Tribunal. Os juros de mora incidirão na forma legal (Código Civil, artigos 1.062 e 1.536, § 2º) e são devidos a partir da citação (Código de Processo Civil, artigo 219). Os honorários advocatícios são devidos no percentual de 10% (dez por cento) sobre o total da condenação, nos termos do artigo 20, § 3º do Código de Processo Civil, sem a incidência das prestações vincendas, na forma da Súmula nº 111 do Colendo Superior Tribunal de Justiça. Sem condenação de custas e despesas processuais, posto que a parte autora litigou sob os auspícios da assistência judiciária gratuita. ­ Apelação parcialmente provida. (TRF3ª R. ­ AC ­103869 ­ 1ª T ­ Rel.Juiz Gilberto Jordan ­ DJU. 12.03.2002)

PREVIDENCIÁRIO ­ APOSENTADORIA ESPECIAL ­ MÉDICO AUTÔNOMO ­ CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM COMUM ­ AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ­ 1 ­ Muito embora o pedido de concessão de aposentadoria proporcional por tempo de serviço não tenha constado da inicial, sendo deduzido apenas em sede de apelação, o recurso deve ser conhecido, porquanto o pedido menor (de concessão de aposentadoria proporcional por tempo de serviço) se encontra inserido no pedido maior, de concessão de aposentadoria especial (que é o da inicial e restou indeferido). 2 ­ A autarquia reconheceu, como atividade comum, o período compreendido entre 11.03.75 e 23.02.76, no qual o autor laborou como 

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médico autônomo.  3  ­  O período em que o autor  foi  bolsista  no Hospital  Souza Aguiar não pode ser computado como tempo de serviço,  já  que não comprovada a existência de vínculo empregatício ou o reconhecimento das contribuições previdenciárias. 4 ­ Uma vez prestado o serviço sob a égide de legislação que o ampara, o segurado adquire o direito à contagem como tal, bem como à comprovação das condições de trabalho na forma então exigida. 5 ­ Até o advento da MP nº 1.523/96 é possível o reconhecimento de tempo de serviço pela atividade ou grupo profissional do trabalhador, constante no Decreto nº 53.813/64, cujo exercício presumia a sujeição a condições agressivas à saúde ou perigosas. Após sua entrada em vigor, necessária a comprovação de efetiva exposição a agente nocivo à saúde. 6 ­ Muito embora o laudo pericial judicial   tenha apontado a exposição  intermitente do autor  a  agentes  biológicos e  radiações   ionizantes, mesmo que o trabalhador execute suas atividades em locais insalubres durante apenas parte de sua jornada de trabalho, tem direito ao cômputo de tempo de serviço especial, porque não há como mensurar o prejuízo causado pelos agentes insalutíferos à  sua saúde. 7 ­  Esta Turma vem entendendo pela possibilidade de conversão do tempo de serviço especial em comum mesmo após 28.05.98, de forma que não há porquê deixar de se converter período anterior a esta data e, portanto, anterior à vigência da Medida Provisória nº 1.663­10/98 e Lei nº 9.711/98. 8 ­ A decisão monocrática merece reparos apenas para que seja averbado como comum o tempo de 27 anos, 3 meses e 6 dias, mediante conversão pelo multiplicador 1,4 do tempo de serviço reconhecido pela autarquia, somado ao tempo de serviço comum posterior a 05.03.97 e até a data do requerimento administrativo. 9 ­ Diante da sucumbência recíproca, autor e réu arcarão, respectivamente, com 1/3 e 2/3 dos honorários advocatícios, mantido o percentual fixado na sentença, de 10% sobre o valor atualizado da causa, quantias que se compensam em parte, na forma do art. 21 do Código de Processo Civil, devendo, ainda, a autarquia reembolsar 1/3 das custas processuais adiantadas pelo autor. (TRF4ª R. ­ AC 2000.04.01.130926­0 ­ RS ­ 5ª T. ­ Rel. Juiz Fed. Fernando Quadros da Silva ­ DJU 18.02.2004)

PREVIDENCIÁRIO ­  APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO ­  ATIVIDADE ESPECIAL ­ MAGISTÉRIO ­ TEMPO DE SERVIÇO COMUM ­ MONITORA DO MOBRAL ­ 1 ­ De acordo com a orientação   consolidada   no   Supremo   Tribunal   Federal,   não   se   reconhece   ao   professor   o   direito   à aposentadoria especial, com base na legislação comum, sem o implemento dos requisitos constantes do art. 202, III, da Constituição Federal, na sua redação original. 2 ­ Os tempos de serviço concomitantes não se somam para fins de aposentadoria, refletindo­se apenas no valor do salário­de­benefício do segurado (art. 32 da Lei 8213/91). Não seria distinta a solução se se aplicassem ao caso as regras da contagem recíproca (art. 96, II, da Lei nº 8.213/91). 3 ­ Evidenciados os elementos essenciais da relação de emprego, como pagamento de remuneração, subordinação e prestação de serviço não eventual, é de se reconhecer o tempo de serviço prestado pela segurada como monitora do MOBRAL. (TRF4ª R. ­ AC 2000.70.01.006310­0 ­ PR ­ 5ª T. ­ Rel. Des ­ Federal A. A. Ramos de Oliveira ­ DJU 18.02.2004)

PREVIDENCIÁRIO   ­   ATIVIDADE   ESPECIAL   ­   CONVERSÃO   DA   FUNÇÃO   DE   BOLEIRO   DE VIDROS EM ATIVIDADE COMUM ­ RUÍDO ­ POSSIBILIDADE ­ HONORÁRIOS ­ 1 ­ A lei vigente por ocasião do exercício da atividade é  que deve ser observada para efeitos de conversão do tempo de serviço especial para comum, mesmo que ainda não exista o direito adquirido à aposentadoria. 2 ­ A função de boleiro de vidros é análoga a do soprador de vidros, admitindo a classificação como especial por força do Decreto 83.080/79  ,  Anexo II,   item 2.5.5.  3   ­  Até  05 de  março de 1997,  data do Decreto 2172,  é considerada especial a atividade cujo nível de ruído é superior a 80dB. 4 ­ Quando sucumbente o INSS, são devidos honorários advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o montante das parcelas vencidas até a data da   sentença.   5   ­   Apelação   do   INSS   improvida.   Remessa   oficial   improvida.   (TRF4ª   R.   ­   AC 2000.04.01.139755­0 ­ SC ­ 5ª T. ­ Rel. Juiz Fed. Luiz Carlos Cervi ­ DJU 02.07.2003)

PREVIDENCIÁRIO ­ CONVERSÃO DA ATIVIDADE ESPECIAL ­ VIGIA ­ MUDANÇA DA RAZÃO SOCIAL DA EMPREGADORA ­  COMPROVAÇÃO ­  1   ­  A  lei  vigente  por  ocasião do  exercício  da atividade é que deve ser observada para efeitos de conversão do tempo de serviço especial para comum, mesmo que ainda  não exista  o  direito  adquirido à   aposentadoria.  2   ­  É  possível  o  enquadramento  do vigia/vigilante   como  trabalhador   sujeito  à   aposentadoria   especial   (EI  1999.04.01.082520­0/SC).   3   ­  A comprovada mudança da razão social da empregadora torna possível a emissão de formulários SB/40 com a nova   denominação,   sem   prejuízo   para   o   segurado.   4   ­   Apelação   do   autor   provida.   (TRF4ª   R.   ­   AC 

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2000.04.01.141200­8 ­ RS ­ 5ª T. ­ Rel. Juiz Fed. Luiz Carlos Cervi ­ DJU 02.07.2003)PREVIDENCIÁRIO   ­   EMBARGOS   INFRINGENTES   ­   ATIVIDADE   ESPECIAL   ­   PROFESSOR   ­ CONVERSÃO PARA COMUM ­ IMPOSSIBILIDADE ­ A Constituição Federal ao conferir o direito à aposentadoria especial após trinta anos, ao professor, e, após vinte e cinco anos, à professora, por efetivo exercício de função do magistério, exige que o requisito temporal seja cumprido exclusivamente na função de professor, impossibilitando, caso não cumprido pelo segurado o período integral de 30/25 anos, seja considerada   a   especialidade   e,   em   decorrência,   veda   a   conversão   da   atividade   de   professor,   quando exercidada em tempo inferior ao previsto. (TRF4ª R. ­ EI­AC 1999.04.01.015808­6 ­ RS ­ 3ª S. ­ Rel. Des. Fed. Tadaaqui Hirose ­ DJU 02.07.2003)

PREVIDENCIÁRIO ­ APOSENTADORIA ESPECIAL ­ FRAUDE E MÁ­FÉ ­ INEXISTÊNCIA ­ NOVA VALORAÇÃO DA PROVA ­ RECONHECIMENTO TEMPO ESPECIAL ­ AGENTE FÍSICO ­ CALOR ­ HABITUALIDADE E PERMANÊNCIA ­ INTERMITÊNCIA ­ INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL ­ 1 ­ Se o conjunto probatório não demonstra a causa motivadora do cancelamento do benefício (ausência de comprovação do labor rural), é indevida a suspensão de aposentadoria por tempo de serviço operada pela Autarquia. 2 ­ O cancelamento de benefício previdenciário fundado tão­somente em nova valoração da prova e/ou mudança de critério interpretativo da norma, salvo comprovada fraude e má­fé, atenta contra o princípio da segurança das relações jurídicas e contra a coisa julgada administrativa. 3 ­ O agente nocivo calor detém o caráter de insalubre, pois acha­se elencado no código 1.1.1 do Decreto nº 83.080/79 e no código 1.1.1 do Decreto nº 53.831/64, com previsão de aposentadoria aos 25 anos de serviço. 4 ­ Se o laudo pericial atesta a habitualidade e a permanência da atividade insalubre ­ muito embora sem o tempo exato de exposição, mas exercida diuturnamente ­ é de ser reconhecida a especialidade do labor do segurado. 5 ­ Se o segurado não comprova a perda moral ou a ofensa decorrente do indeferimento administrativo, não lhe é devida a indenização a esse título. Precedentes desta corte. (TRF4ª R. ­ AC 2003.04.01.016376­2 ­ PR ­ 5ª T. ­ Rel. Des. Federal Paulo Afonso Brum Vaz ­ DJU 25.06.2003)

PREVIDENCIÁRIO   ­   MANDADO   DE   SEGURANÇA   ­   PROVA   PRÉ­CONSTITUÍDA   ­   VIA COMPATÍVEL   ­   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO   ­   ATIVIDADE   ESPECIAL   ­ TELEFONISTA   ­   ALÍQUOTAS   DIFERENCIADAS   PARA   HOMENS   E   MULHERES   ­ INSALUBRIDADE RECONHECIDA ­ LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ­ 1 ­ Não havendo necessidade de dilação probatória, porquanto existente prova pré­constituída, afigura­se a via compatível do mandado de segurança. 2 ­ Nos casos de aposentadoria especial, o enquadramento das atividades por agentes nocivos deve ser feito conforme a legislação vigente à época da prestação laboral, e sua prova depende da regra incidente em cada período. 3 ­ Comprovando o formulário emitido pela Empresa, o desenvolvimento da atividade sob os efeitos de agente insalubre, em conformidade com o disposto nos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, é possível o reconhecimento da especialidade do trabalho prestado. 4 ­ O reconhecimento da penosidade apenas pelo enquadramento em atividade especial somente é possível até 13.10.96, pois a partir de   14.10.96   seria   exigível   que   houvesse   laudo   que   trouxesse   específica   prova   da   penosidade   ou insalubridade. 5 ­ Inexiste ofensa ao princípio da isonomia com a diferenciação das alíquotas de acréscimo ao tempo de serviço especial para homens e mulheres, uma vez que a igualdade deve ser observada em relação   às   situações   iguais.   6   ­   Presentes   os   requisitos   de   tempo   de   serviço   e   carência,   é   devida   a aposentadoria por tempo de serviço.(TRF4ª R. ­ AMS 2000.72.00.009195­4 ­ SC ­ 6ª T. ­ Rel. Des. Federal Néfi Cordeiro ­ DJU 18.06.2003)

PREVIDENCIÁRIO   ­   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO   ­   COMPROVAÇÃO   DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES ESPECIAIS ­ AGENTE FÍSICO ­ ELETRICIDADE ­ AUSÊNCIA DE LAUDO   PERICIAL   APÓS   A   MP   1.523/96   ­   LAUDO   TÉCNICO   ­   HABITUALIDADE   E PERMANÊNCIA ­ INTERMITÊNCIA ­ CONVERSÃO ­ PERCENTUAL MÍNIMO ­ REVOGAÇÃO DO § 5º DO ART. 57 DA LEI 8.213/91 ­ 1. O enquadramento da atividade considerada especial faz­se de acordo com a  legislação contemporânea à  prestação do serviço.  A Lei nº  9.032/95, que alterou o seu regime jurídico, não opera efeitos retroativos. 2. É  suficiente a apresentação dos formulários SB­40, hoje DSS 8030, para a comprovação das atividades profissionais previstas nos Decretos nº 83.080/79 e nº 53.831/64, quanto ao período de exercício anterior à vigência da MP 1.523/96. 3. O agente físico eletricidade configura 

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a atividade especial (perigosa), conforme código 1.1.8 do Decreto 53.831/64. 4. Se o formulário e o laudo pericial atestam a habitualidade e a permanência da atividade insalubre ­ muito embora sem o tempo exato de exposição, mas exercida diuturnamente ­ é de ser reconhecida a especialidade do labor do segurado. 5. Possível a conversão de tempo de serviço especial em comum, nos termos da redação original do art. 57, § 5º, da Lei nº 8.213/91. 6. É possível, mesmo depois de 28/05/98, a conversão de tempo de serviço especial em comum, nos termos da redação original do art.  57,  § 5º,  da Lei nº 8.213/91, em pleno vigor,  nada obstante a redação do art. 28 da Lei nº 9.711/98, que não o revogou, nem tácita, nem expressamente. Na colidência   entre   preceptivos   legais,   haver­se­á   de   prestigiar   aquele   cuja   redação   seja   a   mais   clara   e consentânea com o sistema jurídico em que inserido. 7. O INSS, ao vedar a conversão de tempo de serviço especial, segundo o disposto na Ordem de Serviço nº 600, exorbitou do poder regulamentar, dispondo de forma a alargar indevidamente conteúdo da lei regulamentada (Lei nº 9.032/95). 8. A desvalia do art. 28 da lei nº 9.711/98, como norma impeditiva da conversão de tempo de serviço especial, prejudica também a exigência de percentual mínimo para dita conversão. (TRF4ª R. ­ AC 1999.71.10.006151­5 ­ RS ­ 5ª T. ­ Rel. Des. Federal Paulo Afonso Brum Vaz ­ DJ 02.04.2003)

PROCESSO CIVIL E PREVIDENCIÁRIO ­ AGRAVO RETIDO ­  AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO ­ APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO ­ ATIVIDADE ESPECIAL ­ AGENTES QUÍMICOS E RUÍDO   ­   INSALUBRIDADE   RECONHECIDA   ­   ELETRICIDADE   ­   LEGISLAÇÃO   APLICÁVEL   ­ HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ­ 1 ­ Agravo retido não conhecido, por ausência de ratificação e pedido expresso  de  apreciação pelo  Tribunal.  2   ­  Nos  casos  de  aposentadoria  especial,  o  enquadramento  das atividades por agentes nocivos deve ser feito conforme a legislação vigente à época da prestação laboral, e sua  prova  depende  da   regra   incidente   em cada  período.  3   ­  Comprovando o   formulário   emitido  pela empresa,  o  desenvolvimento  da  atividade  sob  os  efeitos  de  agente   insalubre,  em conformidade com o disposto nos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, é  possível o reconhecimento da especialidade do trabalho prestado. 4 ­ O fato de a exposição não se dar durante toda a jornada de trabalho não retira a especialidade do labor, eis que comprovado que sua exposição ao agente nocivo periculosidade era diuturna, restando caracterizada a exposição de modo constante, habitual e permanente. 5 ­ Presentes os requisitos de tempo de serviço e carência, é devida a aposentadoria por tempo de serviço. 6 ­ Os honorários advocatícios são devidos em 10% sobre as parcelas vencidas até a decisão judicial concessória do benefício pleiteado nesta ação previdenciária, excluídas as vincendas. (TRF4ª R. ­ AC 2000.71.00.029847­9 ­ RS ­ 6ª T. ­ Rel. Des. Fed. Néfi Cordeiro ­ DJU 26.02.2003)

AGRAVO   DE   INSTRUMENTO   ­   PREVIDENCIÁRIO   ­   RECONHECIMENTO   DE   TEMPO   DE SERVIÇO   ESPECIAL   ­   ILUMINAMENTO   ­   IMPOSSIBILIDADE   ­   1   ­   A   insalubridade   para   fins trabalhistas,   mesmo   reconhecida   na   Justiça   do   Trabalho,   não   equivale   a   insalubridade   para   fins previdenciários.  O iluminamento, que eventualmente leva ao reconhecimento do direito à  percepção de adicional de insalubridade, não pode ser utilizado para fins previdenciários,  eis  que não previsto como agente nocivo nos regulamentos pertinentes. 2 ­ Por esse motivo não se defere pedido de produção de prova pericial, pois não há possibilidade de enquadramento do iluminamento como agente nocivo, nem mesmo por analogia, restando evidente a inexistência de interesse da agravante na produção da prova. 3 ­ Agravo de instrumento desprovido. (TRF4ª R. ­ AI 2001.04.01.074220­0 ­ RS ­ 5ª T. ­ Rel. Des. Fed. A A Ramos de Oliveira ­ DJU 05.06.2002)

PREVIDENCIÁRIO ­ EMBARGOS INFRINGENTES ­ APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO ­   COMPROVAÇÃO   DO   EXERCÍCIO   DE   ATIVIDADES   ESPECIAIS   ­   RUÍDO   ­   INSTRUÇÃO NORMATIVA 57/2001 ­ CONVERSÃO ­ 1 ­ O exercício de atividade enquadrada como especial pela legislação da época gera direito adquirido do segurado à contagem como tal, bem assim quanto à forma de comprovação respectiva. 2 ­ Nos termos do art. 173 da Instrução Normativa 57/2001 ­ INSS, considera­se especial  a atividade onde o segurado esteja exposto a ruído superior a 80 db, até  a edição do Decreto 2.172/97   (   05.03.1997),   e   a   partir   de   então,   eleva­se   o   limite   de   exposição   para   90   db,   mediante   a apresentação de laudo. Interpretação de normas internas da própria Autarquia. 3 ­ Possível a conversão de tempo de serviço especial em comum, nos termos da redação original do art. 57, § 5º, da Lei nº 8.213/91, até 28.05.98, com o advento da Lei nº 9.711/98. (TRF4ª R. ­ EI­AC 2000.04.01.134834­3 ­ RS ­ 3ª S. ­ Rel. Des. 

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Fed. Paulo Afonso Brum Vaz ­ DJU 05.02.2003)

PREVIDENCIÁRIO   ­   EMBARGOS   INFRINGENTES   ­   ATIVIDADE   ESPECIAL   ­   VIGILANTE   ­ COMPROVAÇÃO   DA   ATIVIDADE   ­   1   ­   Até   o   advento   da   MP   1.523,   em   13/10/96,   é   possível   o reconhecimento de tempo de serviço pela atividade ou grupo profissional do trabalhador,  constante do Decreto 53.831/64, cujo exercício presumia a sujeição a condições agressivas à saúde ou perigosas. 2 ­ A categoria profissional de vigilante se enquadra no Código nº 2.5.7 do Decreto nº 53.831/64, por equiparação à função de guarda. 3 ­ A atividade especial, enquadrada por grupo profissional, dispensa a necessidade de comprovação da exposição habitual e permanente ao agente nocivo, porquanto a condição extraordinária decorre   da  presunção   legal,   e   não   da   sujeição  do   segurado  ao   agente   agressivo.   (TRF4ª  R.   ­  EI­AC 1998.04.01.066101­6 ­ SC ­ 3ª S. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Afonso Brum Vaz ­ DJU 05.02.2003)

PREVIDENCIÁRIO.   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO.   ATIVIDADE   ESPECIAL. PESCADOR.   LEGISLAÇÃO   APLICÁVEL.   RECONHECIMENTO   PARCIAL.   AVERBAÇÃO   ­   1.   É adquirido o direito à aposentadoria pela lei vigente quando preenchidos os requisitos legais pertinentes, mesmo requerida a aposentadoria voluntária sob império da lei nova ­ Súmula 359/STF, revista no ERE 72.509/STF. 2. A atividade de pescador, segurado obrigatória da Previdência Social, é na Lei nº 8.213/91 enquadrada como empregado, contribuinte individual ou segurado especial  (pescador artesanal) ­   todas essas   categorias   passíveis   de   realizarem  labor   especial.   3.   Comprovam  as   certidões   do   Ministério   da Marinha a condição de pescador, primeiro como pescador artesanal, após como contribuinte individual ­ antigo  autônomo eventual   ­,   em razão do  maior  porte  dos  navios,  e  em dois  períodos  a  condição de empregado, porque contratado sob subordinação e salários de um empregador (empresa de pesca). 4. O enquadramento legal da atividade especial (no Dec. 53.831/64 e Dec. 83.080/89) deixou de ser possível com o advento da Lei nº 9.032/95 ­ que passa a exigir prova em concreto da sujeição ao agente nocivo. 5. Apresentado   formulário  onde   são  descritos  os   agentes   insalubres   frio   e  umidade,   resta   reconhecida   a situação de risco, apta à comprovação da atividade especial. 6. Não pode ser computado como especial o período posterior a 14.10.96, pela exigência então surgida de laudo técnico contemporâneo (MP 1.523/96). 7. A atividade de pesca e seus agentes insalutíferos deixam de constar do Dec. 2.172/97, partir de 05 de março de  1997.  8.  A contagem proporcionalmente  aumentada  do  segurado marítimo embarcado  (Dec. 611/92 e Dec. 2.172/97, art. 57, parágrafo único) não é cumulável com a conversão de atividade especial do segurado   obrigatório   da   previdência   social.   9.   Ausente   o   requisito   tempo   de   serviço,   é   negada   a aposentadoria, determinando­se a averbação do controvertido período de labor especial. (TRF4ª R. ­ AC 1999.71.01.001489­5 ­ RS ­ 6ª T. ­ rel. Des. Federal Néfi Cordeiro ­ DJ 18.12.2002)

PREVIDENCIÁRIO.   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO.   ATIVIDADE   ESPECIAL. VIGIA.   HIDROCARBONETOS.   PERICULOSIDADE   E   INSALUBRIDADE   RECONHECIDAS. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. 1. Nos casos de aposentadoria especial, o enquadramento das atividades por agentes nocivos deve ser feito conforme a legislação vigente à  época da prestação laboral, e sua prova depende  da   regra   incidente  em cada  período.  2.  Comprovando  o   formulário  emitido  pela  Empresa,  o desenvolvimento da atividade sob os efeitos de agente insalubre, em conformidade com o disposto nos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, é possível o reconhecimento da especialidade do trabalho prestado. 3. A função de guarda prevista no código 2.5.7 do Anexo do Decreto nº 53.831/64 corresponde à de agente de proteção do patrimônio ou da vida (vigilante ou "guarda­costas"), pois não seria razoável a restrição dessa função à atividade policial, inclusive porque em regra desempenhada por servidor público, não sujeito às normas previdenciárias ou trabalhistas quanto à periculosidade. 4. Reconhecida a especialidade da atividade exercida   sob  condições   insalubres,  é   devida   a   sua   conversão para   tempo  comum,  para   fins  de   futura concessão de benefício previdenciário. (TRF4ª R. ­ AC 1999.71.02.004309­0 ­ RS ­ 6ª T. ­ Rel. Des. Federal Néfi Cordeiro ­ DJ 18.12.2002)

TRIBUTÁRIO   ­   REPETIÇÃO   DE   INDÉBITO   ­   JUÍZES   CLASSISTAS   ­   EXTINÇÃO   DA APOSENTADORIA ESPECIAL PREVISTA NA LEI 6.903/81 PELAS DISPOSIÇÕES DA LEI 9.528/97 ­ 1 ­ A Lei 6.903/81 previa aposentadoria especial aos juízes classistas da justiça do trabalho, aplicando­se­lhes o mesmo regime previdenciário dos servidores civis da União. 2 ­ Esta extensão foi afastada pela Lei 

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9.528/97, que dispõe que os exercentes de tais cargos continuariam abrangidos pelo regime jurídico a que pertenciam antes do exercício da judicatura. 3 ­ Se os Autores estavam vinculados, antes de ocupar o cargo, ao RGPS, restaurada a vinculação, não é  cabível a repetição das contribuições pagas a maior,  mas tão somente   a   contagem   recíproca   entre   os   diferentes   regimes   previdenciários.   (TRF4ª   R.   ­   AC 2001.70.00.000508­9 ­ PR ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Dirceu De Almeida Soares ­ DJU 31.07.2002)

PREVIDENCIÁRIO   ­   CONCESSÃO   DE   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO   ­ REQUISITOS ­ ATIVIDADE ESPECIAL ­ TÓXICOS ORGÂNICOS ­ TIPÓGRAFO ­ EMPREGADO APRENDIZ ­  1   ­  A parte  autora   faz   jus  à  concessão de  aposentadoria  por   tempo de  serviço quando preenchidos os requisitos dos artigos 52 e seguintes da Lei Previdenciária. 2 ­ O enquadramento como atividade especial é possível quando comprovado o exercício de atividade profissional sujeita a condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física da parte autora. 3 ­ A característica especial da atividade de tipógrafo, notoriamente prejudicial à saúde, independe de qualquer mensuração, através de laudo pericial, quando o segurado permanece no exercício da mesma atividade após a vigência da MP 1.523/96. 4 ­ O tempo de serviço do empregado­aprendiz sujeito a condições nocivas à saúde deve ser computado como especial, mesmo que em oposição ao inc. XXXIII do art. 7º da CF/88 e inc. I do art. 405 da CLT, porquanto tais normas somente visam a proteger o menor, e não prejudicá­lo. (TRF4ª R. ­ AC 2000.70.00.009874­9 ­ PR ­ 6ª T. ­ Rel. Des. Fed. Tadaaqui Hirose ­ DJU 31.07.2002)

MANDADO DE SEGURANÇA ­  PREVIDENCIÁRIO   ­  MUDANÇA DE REGIME  ­  CELETISTA  ­ ESTATUTÁRIO ­  TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL ­  PROCESSUAL CIVIL  ­  MULTA ­ O  tempo trabalhado   em   atividade   especial   é   definitivamente   incorporado   ao   patrimônio   do   trabalhador   com   a finalidade de diminuir o impacto da agressão física ou psicológica que o empregado sofre por meio da conseqüente conversão do  tempo de serviço,  não havendo óbice à  expedição da certidão de  tempo de serviço  ao   segurado,  mesmo diante  da  mudança  de   regime,  de   celetista  para   estatutário.  É   cabível   a cominação de multa diária por descumprimento de comando sentencial mandamental, ainda que não haja expressa previsão na Lei do Mandado de Segurança, por aplicação subsidiária do art. 461 do CPC. A multa por eventual descumprimento da ordem contida na sentença deve ser fixada em R$ 25,00 ao dia. (TRF4ª R. ­ AMS 2000.71.12.004652­4 ­ RS ­ 5ª T. ­ Rel. p/Ac. Des. Fed. Paulo Afonso Brum Vaz ­ DJU 31.07.2002)

PREVIDENCIÁRIO   ­   APOSENTADORIA   ESPECIAL   ­   PROFESSOR   ­   IMPOSSIBILITADA CONVERSÃO ­ 1 ­ Não se confunde a aposentadoria especial do professor, cujos requisitos encontram­se previstos no art. 201, § 8º, da CF/88, com a aposentadoria decorrente do trabalho em atividades especiais, regulada pela Lei 8.213/91, arts. 57 e 58. 2 ­ Somente terá direito à aposentadoria constitucional em menor prazo o professor que cumpra integral período em exclusiva atividade de magistério, não sendo possível a conversão dessa atividade para somatória com outras diversas. (TRF4ª R. ­ AC 2001.04.01.007507­4 ­ SC ­ 6ª T. ­ Rel. Juiz Néfi Cordeiro ­ DJU 27.03.2002)

MANDADO   DE   SEGURANÇA   ­   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO   ­   ATIVIDADE ESPECIAL ­  O  tempo  de   serviço  prestado  em condições   especiais,   consoante   a   legislação  da  época, configura direito adquirido, fazendo jus o segurado à conversão do tempo de serviço considerado como em condições   especiais,   ainda   que   atualmente   seja   outro   o   regime   jurídico   aplicável.  A  partir   da   Lei  nº 9.032/95 passou  a   ser  necessária  a  demonstração efetiva  de  exposição aos  agentes  nocivos através  da apresentação   de   laudo   pericial   para   o   período   posterior   à   referida   Lei.   Apelação   e   remessa   oficial conhecidas e improvidas. (TRF4ª R. ­ AMS 2000.72.00.008178­0 ­ SC ­ 6ª T. ­ Rel. Juiz Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz ­ DJU 19.09.2001)

APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO ­ ENQUADRAMENTO ­ ATIVIDADE PERIGOSA ­ VIGIA ­ CONVERSÃO ­ LEI Nº 9.032/95 ­ 1 ­ A atividade de vigia prestada até o Decreto nº 2.172/97 pode ser enquadrada como especial,  de acordo com o Decreto nº 53.080/64. Se posterior,  descabe seu enquadramento. 2 ­ A conversão de atividade especial para comum é viável mesmo na ausência de direito adquirido ao benefício em 28­04­1995. 3 ­ Apelação provida em parte. (TRF4ª R. ­ AC 2000.70.09.001159­6 ­ PR ­ 6ª T. ­ Relª Juíza Eliana Paggiarin Marinho ­ DJU 05.09.2001)

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO ­ ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADE URBANA COMO ESPECIAL ­ AUXILIAR DE ESCRITA ­ ILUMINAÇÃO ­ 1 ­ A insalubridade atestada em laudo pericial  elaborado em reclamatória   trabalhista,  decorrente de  falta  de  iluminação adequada na agência bancária onde trabalhava o Autor, não é suficiente à caracterização da especialidade do tempo de serviço. Não se pode confundir ausência de condições ideais de trabalho com exercício de atividade especial. 2 ­ Apelação do INSS e remessa oficial providas. (TRF4ª R. ­ AC 2001.04.01.001733­5 ­ RS ­ 6ª T. ­ Relª Juíza Eliana Paggiarin Marinho ­ DJU 05.09.2001)EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ­ Menção ao fornecimento do mesmo no laudo pericial. Inexistência da prova de sua utilização, muito menos de que esta neutralizou efetivamente os efeitos nocivos do agente físico. Aposentadoria devida. Provimento da apelação. (TRF4ª R. ­ AMS 2000.71.08.004078­4 ­ RS ­ 6ª T. ­ Rel. Juiz Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz ­ DJU 05.09.2001)ATIVIDADE ESPECIAL ­ EXIGÊNCIA DE LAUDO ­ Descabe a realização de perícia e a tomada de depoimento pessoal da autora para o fim de comprovar o exercício de atividade especial desenvolvida em período  em que a   legislação  então vigente  não   fazia   exigência  de   apresentação de   laudo,  bastando a comprovação   do   exercício   pelo   preenchimento   do   formulário   respectivo.   (TRF4ª   R.   ­   AI 2000.04.01.127004­4 ­ RS ­ TE ­ Relª Juíza Virgínia Scheibe ­ Unânime ­ DJU 07.02.2001)

CONVERSÃO   DO   TEMPO   DE   SERVIÇO   ­   ENÓLOGO   ­   ATIVIDADE   NÃO   PREVISTA   EM REGULAMENTO COMO INSALUBRE ­ l ­ A conversão de tempo de serviço é devida ao segurado pelo exercício de atividade perigosa,   insalubre ou penosa,  mesmo não inscrita em regulamento.  Neste caso, imprescindível a comprovação das condições especiais do exercício da atividade através da competente perícia e que a atividade desempenhada pelo segurado seja, ao menos, enquadrada analogicamente na lista das atividades  insalubres,  penosas ou perigosas,  e  que o risco à  saúde decorra da própria natureza da atividade ou do agente causador e não unicamente das condições em que é executado trabalho. 2 ­ Em que pese ter sido exercida em local periculoso e em contato com agentes químicos, a atividade de enólogo não acarreta   contagem  de   tempo   de   serviço  especial,   uma   vez   que  não   encontra   correlata  no  Decreto   nº 83.080/79. (TRF4ª R. ­ AC 1999.04.01.078640­1 ­ RS ­ 5ª T. ­ Rel. Juiz Altair Antônio Gregório ­ Unânime ­ DJU 07.02.2001)

PREVIDENCIÁRIO. COMPROVAÇÃO DA CONDIÇÃO DE TRABALHADOR RURAL, PARA O FIM DE   APOSENTADORIA   ESPECIAL   POR   IDADE.   INÍCIO   DE   PROVA   MATERIAL COMPLEMENTADA   POR   PROVA   TESTEMUNHAL.   COMPROVAÇÃO   DO   PERÍODO   DE CARÊNCIA E DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE RURAL. ADMISSIBILIDADE. 1.O Trabalhador Rural tem direito à aposentadoria especial, aos 60 anos, se homem, e aos 55 anos, se mulher (art. 201, parág. 7o. da Carta Magna), comprovados o exercício de labor no campo e o período de carência (art. 143 da Lei 8.213/98). 2.É meramente exemplificativo o rol de documentos constante do art. 106, parág. único da Lei 8.213/98, daí se poder aceitar qualquer outro indício de prova material, revelador da realidade e típicos da cultura rural, a ser complementado com a prova testemunhal; neste caso, a Certidão de Casamento na qual consta a condição de agricultor da demandante e do seu cônjuge, a Declaração de exercício de atividade rural   emitida  pelo  Sindicato  dos  Trabalhadores  Rurais  de  Nazarezinho­  PB,   atestando  que   a   apelante trabalhou  como  agricultora  no   período   de   15.03.83   a  26.03.88   e   de   01.02.97   a   10.03.03,   a   Ficha  de associado do Sindicato dos trabalhadores Rurais de Nazarezinho­PB, a Ficha da Associação das Famílias Rurais do Sítio Cedro de Cima, onde consta a condição de agricultora da apelante, a Ficha da Secretaria Municipal de Saúde, em que consta a profissão da apelante como agricultora, as Fichas de Matrícula dos filhos  da   apelante   constando  a  profissão  da  mesma como agricultora,   o  Cadastro  de  Participação em Programa Governamental de Combate à Seca, a Declaração do ITR (Imposto Territorial Rural) dos anos de 1997/2002,   em   nome   do   cônjuge   da   apelante   e   testemunhos   prestados   em   juízo   demonstram satisfatoriamente a qualidade de Trabalhadora Rural da apelante. 3.Exigir­se prova material ou escrita de relações historicamente informais é o mesmo que fadar os pleitos dos Trabalhadores Rurais ao insucesso processual ou lhes vedar acessibilidade à jurisdição protectiva, máxime quando lhes é reconhecido o direito ao benefício da inativação, independentemente de contribuição ao sistema previdenciário, indicando que se trata  de   técnica  de   amparo  à   pessoa  do  hipossuficiente  e  de  distribuição da   renda social  pela  via  da 

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assistência estatal. 4.Apelação do particular provida. (TRF5ª R. ­ AC 367329/PB ­ 2004.82.02.000696­5 ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Napoleão Nunes Maia Filho ­ DJU 16.01.2006)

APELAÇÃO.   MANDADO   DE   SEGURANÇA.   EXISTÊNCIA   DE   DIREITO   LÍQUIDO   E   CERTO. TEMPO ESPECIAL. DIREITO À  CONVERSÃO, A DESPEITO DO USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. PROVIMENTO. I ­ Encontrando­se os fatos narrados fora de questionamento pela Administração,  há  de ser  apreciado o mérito do mandado de segurança,  ainda que, sob o prisma jurídico, a questão apresente complexidade. Súmula 625 ­  STF. II ­  Impossibilidade, à  míngua do não conhecimento da data da publicação da decisão recorrida, ainda que no âmbito interno da Administração, de   reconhecimento   da   intempestividade   do   recurso   interposto   perante   o   Conselho   de   Recursos   da Previdência Social. III ­ Não desnatura a condição especial da atividade exercida pelo segurado o fato deste haver utilizado equipamentos de proteção individual, estando assegurado, portanto, o direito à conversão em comum do referido tempo de serviço. IV ­ Apelação provida. Concessão da segurança, nos termos do voto do relator.  (TRF5ª R. ­ AMS 87235 ­ PROC 200181000044222­CE ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed.  Edílson Nobre ­ DJU 04.08.2004, p.449)

PREVIDENCIÁRIO.   ATIVIDADE   ESPECIAL.   DECRETO   Nº   53.831/64.   PROVA   INEQUÍVOCA. AVERBAÇÃO   DO   TEMPO   ESPECIAL.   APOSENTADORIA.   CONCESSÃO.   1.   A   atividade desempenhada  pelo   apelado   ­   superintendente   em armazém de  combustível   ­   não  está   dentre   aquelas sujeitas,   por   expressa   determinação   legal,   à   aposentadoria   especial.   Contudo,   do   conjunto   probatório acostado   aos   autos   ­   laudo   técnico   e   formulário  do   INSS  com  informações   das   atividades   exercidas, observa­se que o trabalho, no período de 11/05/1971 a 31/07/1993, estava sujeito às condições especiais, devendo tais provas ser admitidas como válidas e suficientes para fins de atestar o trabalho prestado em condições consideradas perigosa e  insalubre pelo Anexo II,  do Decreto 83.080/79, código 1.2.10. 2.  O tempo de serviço é regido sempre pela Lei da época em que foi prestado. Destarte, em respeito ao direito adquirido, se o trabalhador laborou em condições adversas e a Lei da época permitia a contagem de forma mais vantajosa, o tempo de serviço assim deve ser contado. 3. A Lei nº 9.711, de 20.11.1998, bem como o Regulamento Geral da Previdência Social (Decreto nº 3.048, de 06.05.1999), resguardam o direito adquirido do segurado de averbar o tempo de serviço prestado em condição nociva à saúde, observada para fins de enquadramento,   a   legislação  vigente  à   época   da  prestação  do   serviço.  4.  Apelação   e   remessa   oficial improvidas. (TRF5ª R. ­  AMS 81429 ­ PROC 200081000073837­CE ­ 1ª T. ­  Rel.  Des. Fed. Francisco Wildo ­ DJU 05.07.2004, p.886)

PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM. AVERBAÇÃO   PARA   CONCESSÃO   DE   APOSENTADORIA.   POSSIBILIDADE.   1.   A   atividade desempenhada pelo apelante ­ engenheiro químico ­ está dentre aquelas sujeitas, por expressa determinação legal,  à  aposentadoria  especial.  do conjunto probatório  acostado aos  autos   ­  cópia  de sua CTPS,  com informações   das   atividades   exercidas,   observa­se   que   o   trabalho   exercido   estava   sujeito   às   condições especiais, devendo ser admitidas como válidas e suficientes para fins de atestar o trabalho em condições consideradas perigosa e insalubre pelo Anexo do Decreto nº 53.831/64, sob o código 2.1.2., c/c o 83.080/79, anexo II, código 2.1.1.. 2. A Lei nº 9.711, de 20.11.1998, bem como o Regulamento Geral da Previdência Social (Decreto nº 3.048, de 06.05.1999), resguardam o direito adquirido de os segurados terem convertido o tempo de serviço especial em comum, observada, para fins de enquadramento, a legislação vigente à época da prestação do serviço. 3. Apelação provida. (TRF5ª R. ­ AC 298159 ­ PROC 200085000040002­SE ­ 1ª T. ­ Rel. Des. Fed. Francisco Wildo ­ DJU 05.07.2004, p.918)

PREVIDENCIÁRIO.   PROCESSUAL   CIVIL.   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO. CONVERSÃO   DO   TEMPO   ESPECIAL   EM   TEMPO   COMUM.   ENGENHEIRO   CIVIL   DA COMPANHIA   DE   ÁGUAS   E   ESGOTOS   DO   RIO   GRANDE   DO   NORTE.   COMPROVAÇÃO. Comprovado   o   exercício   de   atividade   considerada   nociva   à   saúde   por   prova   documental   e,   ainda, preenchidos  os   requisitos  necessários  à   aposentadoria  por   tempo de  serviço,  o  segurado   tem direito  à conversão do tempo de atividade especial em tempo de atividade comum para fins de aposentadoria. Os engenheiros civis que foram reincorporados, por legislação especial, ao elenco dos profissionais exercentes 

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de atividades insalubres, jamais poderiam ser atingidos pelas alterações advindas com uma lei geral, como a Lei nº 9.032/95, em obediência ao princípio de que lei especial anterior prevalece sobre lei geral posterior. À presunção de insalubridade da atividade por eles exercida manteve­se até o ano de 1996, quando então passou   a   vigorar   a   Medida   Provisória   nº   1.523/96,   referendada   pela   lei   especial   de   nº   9.528/97,   que expressamente revogou a Lei nº 5.527/68, de igual natureza. "Para o reconhecimento de tempo de serviço especial prestado até o advento da Lei nº 9.032, de 28.04.95, não é necessário laudo técnico pericial. Sendo este   então   exigido,   apenas,   para   atividade   com   exposição   a   ruído.   "Precedentes   do   TRF­1ª   Região. Apelação e remessa oficial improvidas.  (TRF5ª R. ­ AC 284779 ­ PROC 200184000099709­RN ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Machado Cordeiro ­ DJU 27.07.2004, p.269)

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. ADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.   RECONHECIMENTO   DE   TEMPO   DE   SERVIÇO   ESPECIAL,   PARA   FINS   DE APOSENTADORIA   PROPORCIONAL.   EXPOSIÇÃO   A   AGENTES   INSALUBRES   E   PERIGOSOS. LEIS 3087/60 E 8213/91. DECRETOS 53.831/64, 83.080/79 E 2.172/97. POSSIBILIDADE. Insurgindo­se a parte impetrante contra o ato da autoridade impetrada que lhe negara a conversão em tempo comum do serviço prestado em condições especiais e trazendo aos autos provas robustas que comprovam a liquidez do seu direito, rejeita­se a preliminar de impropriedade da via eleita. Como o benefício previdenciário é regido pela lei vigente ao tempo da aquisição do direito, e tratando a causa de tempo de serviço especial, deve­se levar em consideração a lei vigente ao tempo em que foram exercidas a atividades tidas como prejudiciais à saúde. O tempo de serviço especial é aquele decorrente de serviços prestados sob condições prejudiciais à saúde ou em atividades com riscos superiores aos normais para o segurado e, cumprido os requisitos legais, dá direito à aposentadoria especial. As atividades consideradas prejudiciais à saúde foram definidas pela legislação previdenciária, especificamente, pelos Decretos 53.831/64, 83.080/79 e 2172/97. Exercendo os segurados atividades  sujeitas  a  condições  prejudiciais  à   saúde sem que  tenha complementado o prazo mínimo para aposentadoria especial, é permitida a conversão de tempo de serviço prestado sob condições especiais em comum, para fins de concessão de aposentadoria. (RESP 411946 / RS, Relator Min. JORGE SCARTEZZINI, DJ 07/04/2003; AMS71800PB, REL. Des. Fed. Petrúcio Ferreira, MAS 70771 RN, REL. Des. Fed. Lázaro Guimarães, AMS66251AL, REL. Des. Fed. Francisco Cavalcanti, 2000.38.00.036392­1 /MG, Relator DES. FEDERAL ANTONIO SAVIO DE OLIVEIRA CHAVES, PRIMEIRA TURMA, DJ 05 /05   /2003).   Quanto   à   atividade   de   professor,   a   cópia   da   CTS   é   documento   hábil   à   comprovação   do respectivo exercício,   tendo  os  demandantes  professores  direito  à   contagem de   tempo de  serviço como especial, nos moldes da legislação então vigente (Decreto nº 53.831/64). Precedente Des. Fed. Francisco Cavalcanti, AC 26321 SE­4ª Turma. Para a comprovação da exposição ao agente insalubre, tratando­se de período anterior à vigência da Lei nº 9.032/95, de 28.04.95, que deu nova redação ao art. 57 da Lei 8213/91, basta  que   a   atividade   seja   enquadrada   nas   relações   dos   Decretos   53.831/64   ou  83.080/79,   não   sendo necessário laudo pericial, exceto para a atividade com exposição a ruído. Tratando­se de tempo de serviço posterior à data acima citada, 28.04.95, dependerá de prova da exposição permanente, não ocasional e nem intermitente ­ não se exigindo integralidade da jornada de trabalho ­, aos agentes nocivos, visto tratar­se de lei nova que estabeleceu restrições ao cômputo do temo de serviço, devendo ser aplicada tão­somente ao tempo   de   serviço   prestado   durante   sua   vigência,   não   sendo   possível   sua   aplicação   retroativa(AC 1999.01.00.118703­9 /MG, Relator Convocado JUIZ EDUARDO JOSÉ CORRÊA, PRIMEIRA TURMA, DJ   09   /12   /2002;   AMS   2000.01.00.072485­0/MG,   Relator   DES.   FEDERAL   ANTONIO   SAVIO   DE OLIVEIRA CHAVES, PRIMEIRA TURMA, DJ 11 /03 /2002). Como documentos hábeis à comprovação do tempo de serviço sob condições insalubre são admitidos os formulários DSS 8030 e laudo técnico, devendo ser ressaltado, conforme jurisprudência da Corte, que a exigência de laudo pericial somente pode se   dar   a   partir   de   10.12.97,   data   da   publicação   da   Lei   9.528/97.No   que   diz   respeito   à   utilização   de equipamento de proteção individual (EPI), ele tem a finalidade de resguardar a saúde do trabalhador, para que não sofra lesões, não podendo descaracterizar a situação de insalubridade. (AMS 2001.38.00.017669­3 /MG,   Relator   DESEMBARGADOR   FEDERAL   TOURINHO   NETO,   SEGUNDA   TURMA,   DJ 24/10/2002)   Apelação   e   remessa   às   quais   se   nega   provimento.   (TRF5ª   R.   ­   AMS   87247   ­   PROC 200382010016003­PB ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Machado Cordeiro ­ DJU 16.07.2004, p.251)

PREVIDENCIÁRIO.   PROCESSUAL   CIVIL.   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO. 

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CONVERSÃO   DO   TEMPO   ESPECIAL   EM   TEMPO   COMUM.   MOTORISTA   DE   CAMINHÃO. COMPROVAÇÃO. JUROS. HONORÁRIOS. Comprovado o exercício de atividade considerada nociva à saúde por prova documental e, ainda, preenchidos os requisitos necessários à aposentadoria por tempo de serviço, o segurado tem direito à conversão do tempo de atividade especial em tempo de atividade comum para  fins  de aposentadoria.  A atividade  de  motorista  de  caminhão era  considerada  especial,  conforme códigos   2.4.4,   anexo   III,   do   Decreto   53.831/64   e   2.4.2,   anexo   II,   do   Decreto   83.080/79.   "Para   o reconhecimento de tempo de serviço especial prestado até o advento da Lei nº 9.032, de 28.04.95, não é necessário   laudo   técnico   pericial.   Sendo   este   então   exigido,   apenas,   para   atividade   com   exposição   a ruído."Precedentes do TRF­1ª Região. Juros de 1% ao mês a partir da citação válida, de acordo com o que foi decidido na AR 1999.01.00.099582­9, 1ª Seção do TRF­1ª Região. Honorários de 10% sobre o valor da condenação, observando­se a Súmula 111 do STJ. Apelação provida.  (TRF5ª R. ­  AC 285154 ­ PROC 200084000071483­RN ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Machado Cordeiro ­ DJU 27.07.2004, p.269)

PREVIDENCIÁRIO.   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO.   CONVERSÃO.   TEMPO   DE SERVIÇO   ESPECIAL.   TEMPO   COMUM.   AGENTES   AGRESSIVOS   ACIMA   DOS   ÍNDICES   DE TOLERÂNCIA. HIDROCARBONETOS. ÓLEO MINERAL E QUEIMADO. GRAXAS, SOLVENTES E GASOLINA. 1. Somente após a Lei 9.032/95, o tempo de trabalho exercido sob condições especiais, para ser considerado como tal, dependerá, além da comprovação do tempo de trabalho, também de comprovação pelo segurado perante o Instituto Nacional do Seguro Social ­ INSS, da exposição aos agentes nocivos, químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. 2. O trabalho em condições especiais,  submetido a eletricidade em grau de periculosidade, comprovado por laudos   técnicos   ou   formulários   SB40   ou   DSS8030,   deve   ser   convertido   em   tempo   comum.   3.   A obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteção Individual ­ EPI, introduzido com a Lei 9.732, de 11/12/98, não descaracteriza a situação de agressividade ou nocividade à saúde ou à integridade física no ambiente de trabalho. 4. Segundo a orientação jurisprudencial do Colendo STJ (REsp 314.181/AL, Rel. Min. Félix Fischer, DJU/I de 05/11/2001, e AgREsp 289.543/RS, Rel. Min. Jorge Scartezzini, DJU/I de 19/11/2001), seguida por esta Turma, os juros moratórios são devidos no percentual mensal de 1%, a partir da citação válida, dado o caráter alimentar da dívida e o disposto no art. 3º do Decreto­lei 2.322/87. 5. Apelação do INSS improvida e remessa oficial também improvida. Apelação do autor provida. (TRF5ª R. ­ AC 308773   ­  PROC 200284000028732­RN  ­  2ª  T.   ­  Rel.  Des.  Fed.  Paulo  Machado  Cordeiro   ­  DJU 27.07.2004, p.272)

PREVIDENCIÁRIO.   PROCESSO   CIVIL.   TEMPO   DE   SERVIÇO   ESPECIAL.   CONDIÇÕES   DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE DE MINERAÇÃO DE SUBSOLO, EM PROFUNDIDADE DE ATÉ 450   METROS.   POSSIBILIDADE.   Somente   após   a   Lei   9.032/95   o   tempo   de   trabalho   exercido   sob condições especiais, para ser considerado como tal, dependerá, não apenas da comprovação do tempo de trabalho, mas de comprovação pelo segurado perante o Instituto Nacional do Seguro Social ­ INSS, da exposição aos agentes nocivos, químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou   à   integridade   física.   O   trabalho   em   condições   especiais,   exercendo   atividade   em   mineração,   foi amplamente   comprovado.   Apelação   e   remessa   oficial   improvidas.   (TRF5ª   R.   ­   AC   288119   ­   PROC 200185000023021­SE ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Machado Cordeiro ­ DJU 27.07.2004, p.269)

PREVIDENCIÁRIO.   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO.   CONVERSÃO.   TEMPO   DE SERVIÇO   ESPECIAL.   TEMPO   COMUM.   SOLDA   ELÉTRICA.   OXIACETILÊNIO.   ESMERIL. RADIAÇÃO. CONSERTO DE RADIADORES. A jurisprudência admite a dispensa da prévia postulação na via administrativa quando o INSS, citado na ação, contesta o mérito do pedido, revelando que seria inócua a exigência de passagem por aquela esfera.  Somente após a Lei 9.032/95, o tempo de trabalho exercido sob condições especiais,  para ser  considerado como tal,  dependerá,  além da comprovação do tempo de trabalho, também de comprovação pelo segurado perante o Instituto Nacional do Seguro Social ­ INSS, da exposição aos agentes nocivos, químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. O trabalho em condições especiais, submetido a eletricidade em grau de periculosidade, comprovado por laudos técnicos ou formulários SB40 ou DSS8030, deve ser convertido em tempo comum. Preenchimento das condições exigidas nos artigos 62 a 68 do Decreto 611/92. A alegação de 

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falta de pagamento das contribuições é impugnada pelo deferimento da aposentadoria por tempo de serviço, sendo   certo   que   o   pretendido   pelo   apelado   foi   a   aposentadoria   especial.   Apelação   e   remessa   oficial improvidas. (TRF5ª R. ­ AC 277921 ­ PROC 200083000011599­PE ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Machado Cordeiro ­ DJU 27.07.2004, p.269)

PREVIDENCIÁRIO.   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO.   CONVERSÃO.   TEMPO   DE SERVIÇO ESPECIAL. TEMPO COMUM. EXPOSIÇÃO DE FORMA HABITUAL E PERMANENTE AO RUÍDO MÉDIO DE 83 DECIBÉIS. 1. Somente após a Lei 9.032/95, o tempo de trabalho exercido sob condições especiais, para ser considerado como tal, dependerá, além da comprovação do tempo de trabalho, também de comprovação pelo segurado perante o Instituto Nacional do Seguro Social ­ INSS, da exposição aos  agentes  nocivos,  químicos,   físicos,  biológicos  ou  associação de  agentes  prejudiciais  à   saúde ou  à integridade  física.  2.  O  trabalho em condições  especiais,  submetido  a  exposição média  a   ruído de  83 decibéis em grau de agressividade, comprovado por laudos técnicos ou formulários SB40 ou DSS8030, deve   ser   convertido   em   tempo   comum.   3.   A   obrigatoriedade   do   uso   de   Equipamentos   de   Proteção Individual ­ EPI, introduzido com a Lei 9.732, de 11/12/98, não descaracteriza a situação de agressividade ou nocividade à saúde ou à integridade física no ambiente de trabalho. 4. Apelação improvida e remessa oficial também improvida. (TRF5ª R. ­ AC 332843 ­ PROC 200183000226020­PE ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Machado Cordeiro ­ DJU 27.07.2004, p.273)PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM. Pedido de conversão de tempo de serviço especial exercido em ambientes de risco com exposição a agentes químicos e eletricidade. A atividade desempenhada pelo impetrante foi comprovadamente insalubre, através de do contato com agentes nocivos de natureza química, acústica e eltricidade, com voltagem superior a 250 volts. Prova colacionada às fls. 18/22 dos autos. Falta de prova documental do tempo mínimo de contribuição e do atendimento aos requisitos para concessão da aposentadoria proporcional com base em regra de transição prevista   na   EC   20/98.   Apelação   e   remessa   oficial   improvidas.   (TRF5ª   R.   ­   AMS   80059   ­   PROC 200082000117648­PB ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Machado Cordeiro ­ DJU 27.07.2004, p.268)CONSTITUCIONAL.   PREVIDENCIÁRIO.   AGRAVO   DE   INSTRUMENTO.   APOSENTADORIA PROPORCIONAL.   CONVERSÃO   DE   TEMPO   DE   SERVIÇO   ESPECIAL   EM   COMUM   E   SUA CONTAGEM. ATIVIDADE EXERCIDA EM CONDIÇÕES INSALUBRES. INDÍCIOS PROBATÓRIOS. PERICULUM   IN   MORA   INVERSO.   OCORRÊNCIA.   01.   Para   que   se   conceda   a   aposentadoria proporcional antes do advento da Emenda Constitucional nº 20/98, deve o segurado ter  implementado, dentre outros  requisitos,  30 (trinta) anos de  tempo de serviço. 02. A necessidade de caracterização da atividade como insalubre, para que possibilite a contagem de tempo de serviço especial e sua conversão em comum, e, por conseguinte, seja concedida a aposentadoria proporcional, é incompatível com a antecipação da tutela, em face da necessidade de dilação probatória. 03. Após o advento da Emenda Constitucional nº 20/98, um dos requisitos para concessão de aposentadoria proporcional por tempo de contribuição, é  o atendimento ao requisito etário, que para o Homem é a idade mínima de 53 anos. 04. No caso dos autos, o agravado não preencheu  o   requisito  etário  previsto  na   regra  de   transição da  Emenda  questionada.  05. Demonstrado   a   ocorrência   do   periculum   in   mora   inverso,   dado   a   irreversibilidade   do   provimento antecipado. 06. Agravo de instrumento provido. (TRF5ª R. ­ AG 54590 ­ PROC 200405000069524­CE ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Roberto de Oliveira Lima ­ DJU 27.07.2004, p.263)

PREVIDENCIÁRIO.   APOSENTADORIA   POR   TEMPO   DE   SERVIÇO.   CONVERSÃO.   TEMPO   DE SERVIÇO   ESPECIAL.   TEMPO   COMUM.   SOLDA   ELÉTRICA.   EXIACETILÊNIO.   ESMERIL. RADIAÇÃO. 1. Somente após a Lei 9.032/95, o tempo de trabalho exercido sob condições especiais, para ser considerado como tal, dependerá, além da comprovação do tempo de trabalho, também de comprovação pelo segurado perante o Instituto Nacional do Seguro Social ­ INSS, da exposição aos agentes nocivos, químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. 2. O trabalho em condições especiais,  submetido a eletricidade em grau de periculosidade, comprovado por laudos   técnicos   ou   formulários   SB40   ou   DSS8030,   deve   ser   convertido   em   tempo   comum.   3.   A obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteção Individual ­ EPI, introduzido com a Lei 9.732, de 11/12/98, não descaracteriza a situação de agressividade ou nocividade à saúde ou à integridade física no ambiente  de  trabalho.  4.  Apelações   improvidas  e   remessa oficial   também improvida.   (TRF5ª  R.   ­  AC 

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329133 ­ PROC 200284000043940­RN ­ 2ª T. ­ Rel. Des. Fed. Paulo Machado Cordeiro ­ DJU 01.07.2004, p.474)

Notícia: Direito Adquirido e Aposentadoria Especial (Fonte STF)Comprovado o exercício de atividade considerada insalubre, perigosa ou penosa, pela legislação à época aplicável,   o   trabalhador   possui   o   direito   à   contagem   especial   deste   tempo   de   serviço.   Seguindo   essa orientação, a Turma negou provimento a recurso extraordinário interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social ­ INSS em que se alegava ofensa ao art. 5º, XXXVI, da CF, ao argumento de inexistência de direito adquirido  à   conversão do   tempo de   serviço  especial   para   comum,   em  face  do   exercício  de   atividade insalubre elencada nos Decretos 53.831/64 e 83.080/79. Entendeu­se que o tempo de serviço deveria ser contado de acordo com o art. 57, § 3º, da Lei 8.213/91 ("O tempo de serviço exercido alternadamente em atividade profissional sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou   à   integridade   física   será   somado,   após   a   respectiva   conversão,   seguindo   critérios   de   equivalência estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, para efeito de qualquer beneficio."), vigente à época da prestação dos serviços, e não pela Lei 9.032/95 que, alterando o citado parágrafo, exigiu, expressamente,   a   comprovação   de   efetiva   exposição   aos   agentes   nocivos   através   de   laudo   técnico. Precedentes citados: RE 367314/SC (DJU de 14.5.2004) e RE 352322/SC (DJU de 19.9.2003) (STF ­ RE 392559 ­ RS ­ 2ª T ­ Rel. Min. Gilmar Mendes ­ DJU 07.02.2006)

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MODELO DE PETIÇÃO:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___  VARA FEDERAL DE XXXXXXXXX­SP.

FULANO DE TAL,  brasileiro,   casado,   portador  do  CPF n.  XXXXXXX, residente   e   domiciliado   nesta   cidade   na   Rua   XXXXXX,   n.   XXXXXX   – BAIRRO: XXXXXX, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por   seus   advogados   constituídos,   CILANOS   DE   TAL,   todos   inscritos   na OAB/SP   sob  os  números  XXX,  XXXX e  XXXX,   com escritório  na  Rua XXXXX, n.  XXXXX – BAIRRO:XXXX – CIDADE:XXXX, propor  Ação Ordinária pedindo CONCESSSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO ­  COM   PEDIDO   DE   TUTELA   ANTECIPADA,   contra   o  INSTITUTO NACIONAL   DO   SEGURO  (INSS),   com   endereço   para   citação   na   Rua XXXX, n. XXXX – BAIRRO:XXXX – CIDADE:XXXX zeiro, pelos fatos e fundamentos a seguir:

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PRELIMINARMENTE

1. O autor requer seja concedido o benefício da assistência gratuita, por não poder arcar com os ônus financeiros decorrentes do presente processo, sem que com isso sacrifique o seu sustento e o de sua família.

TUTELA ANTECIPADA

2. O autor, respaldado pelo artigo 273 do CPC, requer seja­lhe deferida a antecipação da tutela,  para   garantir­lhe   o   direito   de   perceber,   eminentemente,   o   benefício previdenciário   que   requer,   tendo   em   vista   não   pairar   qualquer   resquício   duvidoso quanto ao direito ora requerido, pois a demora na solução da demanda acarretará como já vem ocorrendo, dano irreparável ao suplicante, por tratar­se de crédito de natureza alimentícia.

3. Insta observar, como se verá a seguir que é líquido e certo do direito do Autor de ver concedido o benefício previdenciário que pleiteia.

4. Existe,   portanto,  PROVA   INEQUÍVOCA  do   direito   do   Autor   e   qualquer   defesa apresentada pelo INSS configurará abuso do direito de defesa, merecendo, portanto, a concessão da TUTELA ANTECIPADA nos termos do art. 273 do Estatuto Processual vigente.

5. Portanto, REQUER SEJA CONCEDIDA TUTELA ANTECIPADA “inaudita altera pars” para determinar que imediatamente o INSS conceda o benefício ao Autor.

NO MÉRITO

6. Conforme   consta   da   documentação   em   anexo,   o   Requerente   trabalhou   na   roça (trabalhador rural) no período de 15/06/74 a 15/06/79, em regime de economia familiar. Este   tempo de  trabalho rural,   inclusive,   foi  objeto de  justificação judicial   (doc.  em anexo).

7. Trabalhou   também  com  empregado  da  Empresa   XXX  ELÉTRICA,   no   período   de 10/04/79 a 30/09/2001.   Neste último labor, como aponta documento hábil fornecido pela Empresa, esteve exposto ao agente agressivo: ELETRICIDADE.

8. Com base nas provas que possui o Requerente postulou administrativamente junto ao INSS, em 08 de fevereiro de 2001, a concessão do benefício de aposentadoria.   Seu processo administrativo recebeu o número 1111111. 

9. Ocorre, entretanto, que o benefício pleiteado foi negado pelo INSS que desconsiderou o tempo de serviço rural e considerou como especial o período de 10/04/79 a 05/03/97.

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10.Embora o Requerente tenha submetido a decisão à avaliação do Conselho de Recurso da Previdência Social, fato é que o seu pedido de concessão do benefício de aposentadoria foi negado.

11.Portanto,   não   resta   alternativa   ao   Requerente   a   não   ser   bater   às   portas   do   Poder Judiciário para fazer valer o seu Direito à aposentação em face das normas vigentes à época em que adquiriu o direito ao benefício previdenciário.

DA TOTALIDADE DO TEMPO DE SERVIÇO EM 16/12/98

12. Até a vigência da Emenda Constitucional 20/98, com vigência a partir de 16/12/98, os segurados da Previdência Social, se homem tinham direito à aposentadoria proporcional desde que contassem, no mínimo, com 30 anos de serviço.  Este é o caso do Requerente.

13. Conforme se expressou anteriormente o Requerente teria se ativado durante o seguinte período:

TEMPO DE SERVIÇO RURAL: 15/06/74 a 15/06/79TEMPO DE SERVIÇO EPTE: 10/04/79 a 30/09/2001

14. Limitando o tempo de serviço do Requerente a 16/12/98, somando­se o tempo rural (economia familiar) e o urbano (XX ELÉTRICA), o Autor teria constituído até aquela data o seguinte somatório: 24 anos, 08 meses e 12 dias. Senão vejamos:

CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO

NOME:REINALDO MARQUES BUSTAMANTE

EMPRESA ADM. DEM. COMUM ­ C TEMPO TEMPO TOTALESPECIAL ­ E COMUM ESPECIAL

ATIVIDADE RURAL 15/6/1974 15/6/1979 1826,00 0,00 1826,00XX ELÉTRICA 10/4/1979 16/12/1998   7190,00 0,00 7190,00

0,00 0,00 0,00

TOTAL EM DIAS 9016,00 0,00 9016,00

CONVERSÃO ANOS 24,70137MESES 8,4164384DIAS 12,493151

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TEMPO TRABALHADO 24 ANOS 24,7014 0

8 MESES 8,4164 0,000012 DIAS 12,4932 0,0000

15. Como se disse o período trabalhado na XX ELÉTRICA é considerado como tempo de serviço   especial,   já   que   o   Requerente   trabalho   exposto   ao   agente   agressivo ELETRICIDADE.  

16. Este período convertido em comum pelo fator 1,40 acresceria ao tempo computado até 16/12/98 mais 07 anos, 10 meses e 16 dias, totalizando 32 anos, 6 meses e 29 dias, conforme planilha abaixo descrita:

CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO

NOME:REINALDO MARQUES BUSTAMANTE

EMPRESA ADM. DEM. COMUM ­ C TEMPO TEMPO TOTALESPECIAL ­ E COMUM ESPECIAL

ATIVIDADE RURAL 15/6/1974 15/6/1979 1826,00 0,00 1826,00EPTE 10/4/1979 16/12/1998 E 7190,00 2876,00 10066,00

0,00 0,00 0,00

TOTAL EM DIAS 9016,00 2876,00 11892,00

CONVERSÃO ANOS32,58082

2MESES 6,969863DIAS 29,09589

TEMPO TRABALHADO 32 ANOS 24,7014 7,8794521

6 MESES 8,4164 10,553429 DIAS 12,4932 16,6027

17. Com   32   anos,   06   meses   e   29   dias,   conforme   acima   calculado,   o   Requerente   em 16/12/98,   ou   seja,   antes   da   vigência   da   EC   20/98,   teria   direito   à   aposentadoria proporcional, com coeficiente de 82%, na forma dos arts. 52 e 53, II, da Lei 8213/91, então vigentes, in verbis:

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“Art. 52 – A aposentadoria por tempo de serviço será  devida,  cumprida   a   carência   exigida   nesta   Lei,   ao   segurado   que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo feminino,  ou 30 (trinta) anos, se do masculino.

Art.  53 – A aposentadoria por tempo de serviço, observado o  disposto na Seção  III deste Capítulo, especialmente no art. 33,  consistirá numa renda mensal de:.....II   –   para   homem:   70%   (setenta   por   cento)   do   salário­de­benefício  aos  30   (trinta)   anos  de   serviço,  mais  6%  (seis   por  cento) deste, para cada ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do salário­de­benefício aos 35 (trinta e  cinco) anos de serviço.”

18. Embora o INSS tenha considerado o tempo de trabalho especial até  05/03/97 (Doc. anexo), a não consideração ­  equivocada  ­ do tempo rural ao Requerente, impediu o gozo do benefício.

DO TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL

19. Embora o INSS tenha reconhecido o tempo de serviço especial do Autor no período entre 10/04/79 a 05/03/97, conforme decisão prolatada pelo Conselho de Recursos da Previdência Social (4ª JR), em anexo, fato importante de narrar que o Requerente esteve exposto ao agente agressivo ELETRICIDADE durante todo o período em que laborou para a empresa XX ELÉTRICA, conforme atesta documento específico denominado DSS8030, também conhecido como SB­40, anexado aos autos.

20. É   sabido   que   o   segurado   que   se   expõe   à   agentes   agressivos   tem   o   direito   à aposentadoria especial, normalmente aos 25 anos de trabalho.   Para aquele que não completou todo o tempo (25 anos) em atividade considerada especial, existe o direito à conversão do tempo especial em comum.   Nesta conversão, no caso de segurado do sexo masculino, acresce­se 40% a mais no tempo trabalhado.

21. Esta   regra,   também   vigia   em   16/12/98,   quando   o   Requerente   já   possuía   ou   teria constituído todos os pressupostos para a aposentadoria proporcional. Senão vejamos os arts. 57 da Lei 8.213/91, então vigentes:

Art.   57   –   A   aposentadoria   especial   será   devida,   uma   vez  cumprida a carência nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado  sujeito   a   condições   especiais   que   prejudiquem   a   saúde   ou   a  integridade física durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei......§ 5º ­ O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que  sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à  saúde ou à  

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integridade física será  somado, após a respectiva conversão  ao tempo  de   trabalho  exercido  em atividade   comum,   segundo  os  critérios   estabelecidos   pelo   Ministério   da   Previdência   e  Assistência Social, para efeito de qualquer benefício.

22. O art.  64 do Regulamento da Previdência Social  (Decreto 2.172/97),  então vigente, estabelecia no caso a tabela de conversão cujo multiplicador era 1,40, ou seja, com acréscimo de 40%.

23. Neste caso, o agente agressivo ELETRICIDADE está catalogado e considerado para efeito   da   aposentadoria   especial,   pela   legislação   (Quadro   –   Art.   2°   ­   Decreto   n° 53.831/64;   Decreto   n°   83.060/79   –   Quadros   Agentes   Nocivos   e   Atividades Profissionais;   Relação   Anexa   OF/MPAS/SPS/GAB   n°   95/96;   Anexo   IV   Decreto 2.172/97),.

24. A prova da exposição ao agente agressivo está lastreada no documento apresentado pela ex­empregadora (DSS­8030 ou SB­40), que confirma a exposição eletricidade em até 230.000 volts, em equipamento energizados ou desenergizados com possibilidade de energização acidental.

25. Portanto, deve ser considerado como especial o período de atividade junto à empresa EPTE.

DO TEMPO DE SERVIÇO RURAL

26. Conforme acima descrito, o Requerente se ativou em regime de economia familiar, como trabalhador rural, no período de 15/06/74 a 15/04/79, em terras pertencentes ao seu pai (XXXXX), tendo como atividades a de ordenha de gado, plantio de culturas temporárias, e permanentes, sendo que toda a produção era para a própria subsistência da família (vide declaração de exercício de atividade rural em anexo).

27. O trabalho foi realizado em sítio do pai do Requerente, mais precisamente denominado QQQQ, na cidade de XXXXX – Minas Gerais.

28. Para   comprovação   do   tempo   rural,   o   Requerente   apresentou   as   seguintes   provas documentais:

a) Declaração da Cooperativa  de Laticínios  de AAAAA, atestando que o Requerente e seu pai   remeteram produção de  leite,  diariamente,  àquela Cooperativa, no período de junho de 1971 a outubro de 1974 (Doc. em anexo);

b) Declaração dos Laticínios LLLLL Ltda., da cidade de XXXXX, de que o Requerente era quem fazia a entrega de leite adquirido do sítio de seu pai àquela empresa, declarando que sabia que a família trabalhava em regime de economia familiar (Doc. em anexo);

c) Declaração   do   Presidente   do   Sindicato   dos   Trabalhadores   Rurais   de XXXXXXX,  Estado  de  Minas  Gerais,   que  o  Requerente   trabalhou  de 

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15/06/1974 até 15/04/1979, em regime de economia familiar, em imóvel rural, inclusive citando a existência do INCRA da propriedade (Doc. em anexo);

d) Foram colhidas provas testemunhais através de Termo de Depoimento de Testemunhas   na   Justificação   Judicial   realizada   na   Comarca   de   Passa Quatro (Processo n. 5874/00), onde WWWWWW, FFFFFF e RRRRRRR, afirmaram conhecer o Requerente e confirmaram o tempo acima citado como   de   trabalho   rural   em   regime   de   economia   familiar   (íntegra   do Processo em anexo);

e) Apresentou  também Certidão do  Registro  de   Imóveis  de  XXXX, onde certifica que o pai do Requerente teria locado no período de 15/06/74 a 15/06/79 imóvel rural naquela cidade, destacando que o   sr. TTTTT era produtor rural (Doc. em anexo);

f) Apresentou   também   duas   certidões   exaradas   pelo   Ministério   do Desenvolvimento   Agrário,   apontando   que   seu   avô   VVVVVVV   foi proprietário   rural   em   XXXXXX   de   1972   a   1977   e   de   1978   a   1992, comprovando a atividade rural da família (Doc. em anexo);

g) Na   Justificação   Judicial   (em   anexo)   juntou   Declaração   da   direção   da Escola onde estudou onde se declara que “o aluno estudou no período noturno pois era trabalhador rural”.

h) Também   na   Justificação   Judicial   (em   anexo)   juntou   documentos contemporâneos   (de   1975,   1976,   1977,   1978)   de   matrícula   escolar   no período noturno.   Em todos esses documentos cita­se a figura do pai do Requerente   como   sendo   “sitiante”,   comprovando   atividade   rural   da família;

i) Vários  outros  documentos  oficiais   acostados   aos   autos  da   Justificação Judicial apontam o pai do Requerente como produtor rural;

j) Foram apresentados mais do que  inícios de prova material  do  trabalho rural do Autor.

29. Ainda assim, o INSS desconsiderou o tempo de serviço rural do Requerente obstando assim a concessão do benefício de aposentadoria especial.

DO PEDIDO

30. Requer o Autor a citação do Instituto­Réu, para responder nos termos desta inicial, apresentando defesa, sob pena de revelia e acompanhar a presente ação até  decisão final que, acolhendo o pedido e julgando­o procedente, deverá condenar o INSS a:

a) A   averbar   o   tempo   de   serviço   especial   do   Requerente,   com   a   devida conversão em tempo comum pelo fator 1,40,  conforme os fundamentos acima colacionados;

b) A averbar o tempo de serviço rural prestado pelo Requerente, conforme as provas carreadas aos autos e outras mais que se fizerem necessárias;

c) A somar os tempos de trabalho averbados e devidamente convertidos e a conceder o benefício de aposentadoria por tempo de serviço proporcional, com base no direito adquirido até 16/12/98, com o pagamento dos valores 

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apurados para as rendas mensais, inclusive abono anual, desde o pedido administrativo junto ao INSS;

d) Seja concedida TUTELA ANTECIPADA no sentido do pedido.e) Juros e correções legais.f) Honorários advocatícios.

31. O alegado será comprovado por todos os meios de prova em direito admitidos, o que desde  já  se requer,  especialmente  a  juntada de documentos,  expedição de ofícios e cartas  precatórias   e  apresentação  pelo   INSS  da   íntegra  da   cópia  do  procedimento administrativo do pedido de benefício (NB 1111111) de concessão da aposentadoria ao Autor.

32. Dá­se à presente causa, para efeitos fiscais, valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

33. Assim espera o Requerente, ver ao final julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a presente  ação,  nos   termos  da  fundamentação acima,  por   ser  de  direito  e  merecida JUSTIÇA!

Termos em que,P. deferimento.

XXXXXX, 10 de maio de 2003.

____________________CICLANO DE TAL

AB/SP XXXX

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