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TECNOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES III Prof. Antônio Neves de Carvalho Júnior I) REVESTIMENTOS DE PAREDES E TETOS 1) INTRODUÇÃO ARGAMASSAS . Aglomerantes + agregados minerais + água (eventualmente aditivos) . Intervalo de tempo entre as diversas fases de execução e da decoração final Maturação da argamassa (desenvolvimento das propriedades de aderência e resistência) . Superfícies impróprias tela galvanizada . Superfície para aplicação deve ser áspera (lisas chapisco) . Bases com elevada absorção devem ser suficientemente pré-umedecidas CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS . Quanto a utilização : - para assentamento de elementos de alvenaria - para revestimentos * preparadas no canteiro de obras * pré-fabricadas comuns (emboço e reboco)

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TECNOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES III Prof. Antônio Neves de Carvalho Júnior

I) REVESTIMENTOS DE PAREDES E TETOS 1) INTRODUÇÃO ARGAMASSAS . Aglomerantes + agregados minerais + água (eventualmente aditivos) . Intervalo de tempo entre as diversas fases de execução e da decoração final → Maturação da argamassa (desenvolvimento das propriedades de aderência e resistência) . Superfícies impróprias → tela galvanizada . Superfície para aplicação deve ser áspera (lisas → chapisco) . Bases com elevada absorção devem ser suficientemente pré-umedecidas CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS . Quanto a utilização : - para assentamento de elementos de alvenaria - para revestimentos * preparadas no canteiro de obras * pré-fabricadas → comuns (emboço e reboco)

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→ especiais (acabamento final) - para assentamento de pisos, azulejos e pedras (adesivas) * preparadas no canteiro de obras * pré-fabricadas . Quanto aos aglomerante empregados : - argamassas de cal * cal hidratada (em pó) * cal virgem (em pedras ou em pó e hidratada-extinta- na obra) - argamassas de cimento - argamassas de gesso - argamassas de cal e cimento (mistas ou compostas) . Quanto o número de aglomerantes utilizados : - argamassas simples (apenas 1 aglomerante) - argamassas compostas (2 ou mais aglomerantes) . Quanto a dosagem : - magras ou pobres (o volume da pasta não preenche totalmente os vazios entre o grãos do agregado)

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- cheias, normais ou básicas (o volume da pasta preenche exatamente os vazios entre os grãos do agregado) - gordas ou ricas (quando há excesso de pasta) . Quanto a consistência : - secas - plásticas - fluidas TRAÇO DE UMA ARGAMASSA . Traço → proporção relativa entre os constituintes da argamassa (com exceção da água) . Volume ou peso ( volume → mais comum, menos preciso) . Relação numérica entre aglomerante e agregado (1 : m) PROPRIEDADES ESSENCIAIS DA ARGAMASSA . Trabalhabilidade - distribui-se facilmente ao ser assentada - não agarra à ferramenta quando está sendo aplicada - não segrega ao ser transportada

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- não endurece em contato com superfícies absortivas - permanece plástica por tempo suficiente para que seja completada a operação - argamassas só de cimento possuem pouca trabalhabilidade - o acréscimo de água, até certo limite, melhora esta propriedade, porém piora todas as outras, e deve ser sempre evitada - a adição de cal aumenta a trabalhabilidade (diminui a tensão superficial da pasta e contribui para molhar perfeitamente os agregados) - o aumento da superfície da areia (aumento do teor de finos) também aumenta a trabalhabilidade - para que a trabalhabilidade seja otimizada a capacidade de retenção de água exerce grande influência - Sem retenção adequada de água além de não se manter plástica o tempo suficiente para seu manuseio adequado, terá menor resistência quando endurecida → umidade da argamassa garantida por tempo insuficiente para as completas reações de hidratação do cimento e carbonatação da cal

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- argamassas de cal tem maior capacidade de retenção da água que as de cimento (maior finura, maior superfície específica, maior capacidade de adsorção de suas partículas → formação de um gel na superfície das particulas com até 100 % de água em função do volume da partícula) . Resistência mecânica - Quanto maior a resistência a compressão, maior a resistência aos outros esforços solicitantes - argamassas de cal e areia → pequenas resistências (0,5 a 2,0 MPa à compressão aos 28 dias) - argamassas de cimento e areia, e cimento, cal e areia → faixas variadas → função das proporções relativa entre os componentes (1,5 a 16,0 MPa à compressão aos 28 dias) - Elasticidade → capacidade de se deformar sem apresentar ruptura no regime elástico - a retenção de água e a cura lenta e constante favorecem a elasticidade

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. Aderência - capacidade de absorver tensões tangenciais e normais à superfície de interface argamassa/base - é importante a aderência tanto da argamassa fresca como da argamassa endurecida . Durabilidade - a partir da sua aplicação a argamassa pode ter a sua integridade comprometida por diversos fatores: * retração na secagem, penetração de água de chuva, temperaturas excessivamente baixas, choque térmico (incêndio), etc.

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VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES COM ORIGEM NA VARIAÇÃO DOS COMPONENTES (argamassa de cimento, cal e areia) PROPRIEDADE VARIAÇÃO NA

PROPORÇÃO DE AUMENTO DE CAL NO AGLOMERANTE

Resistência à compressão (E)

decresce

Resistência à tração (E) decresce Aderência (E) decresce Durabilidade (E) decresce Impermeabilidade (E) decresce Resistência a altas temperaturas (E)

decresce

Resistências iniciais (F) decresce Trabalhabilidade (F) cresce Retenção de água (F) cresce Plasticidade (F) cresce Elasticidade (E) cresce Retração na secagem (F e E)

decresce

Custo decresce Obs : E = estado endurecido, F = estado fresco

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No quadro anterior, manteve-se constante a proporção volume de aglomerante e agregado e a consistência. Alterando-se para mais o teor de água piora-se todas as condições com exceção da trabalhabilidade, (até certo limite de água, que se ultrapassado conduz a perda de trabalhabilidade) PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ARGAMASSAS ARGAMASSAS DE CAL . Compostas de cal e areia . Desenvolve lentamente a resistência a compressão . Os valores finais da resistência a compressão são pequenos . São indicadas para empregos que exijam elevados graus de : - trabalhabilidade - plasticidade - elasticidade . As vantagens obtidas na utilização de cal hidratada são : - maior facilidade de manuseio, transporte e armazenamento

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- produto pronto para ser utilizado eliminando operação de extinção e longos envelhecimentos - por ser um produto seco, pulverulento, oferece maior facilidade de mistura na elaboração das argamassas que a pasta de cal resultante da extinção da cal virgem - não está sujeita aos riscos provocados pela hidratação expontânea da cal virgem e por incêndios que podem ocorrer durante o seu transporte ou seu armazenamento ARGAMASSAS DE CIMENTO . Adquirem resistências iniciais e finais bastante elevadas em comparação com outras argamassas . Misturas pobres não possuem trabalhabilidade adequada . Misturas ricas causam problemas de retração indesejáveis . São indicadas para empregos que exijam requisitos determinantes de : - aderência - impermeabilidade - resistência e ou durabilidade - adesividade (ex: assentamento azulejos)

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. Em se necessitando as características de trabalhabilidade podem ser conseguidas com o emprego de aditivos plastificantes ARGAMASSAS COMPOSTAS DE CAL E CIMENTO . Possuem propriedades desejáveis das argamassas simples feitas com cada material . Apresentam bom desempenho no que se diz respeito a: - resistência, durabilidade e aderência da argamassa endurecida - trabalhabilidade adequada - custo reduzido 2) ARGAMASSAS PREPARADAS NO CANTEIRO DE OBRA CHAPISCO . Consiste em salpicar sobre superfícies lisas ou pouco rugosas (tijolos furados e maciços, blocos de concreto elementos estruturais de concreto armado) uma camada irregular e descontinua de argamassa forte de cimento e areia lavada

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. Finalidade → permitir maior aderência da argamassa de revestimento . Traço → 1 x 3 (cimento e areia lavada grossa) . Execução : - manual → argamassa bem fluida, lançada violentamente com a colher de pedreiro - mecânica → máquina de chapiscar (manivela ou ar comprimido) ENCASQUE . Enchimento de depressões com material idêntico ao da alvenaria assentado com argamassa forte de cimento e areia traço 1 : 5 . Engrossamento com argamassa → alto custo e fissuramento devido a retração . Utilização → paredes fora de prumo ou de esquadro e acentuadas irregularidades na alvenaria EMBOÇO . É a segunda camada de revestimento que se aplica a alvenaria . Finalidade → servir de base ao revestimento final (regularização) . Deve ser executado após a completa solidificação das argamassas das alvenarias e do chapisco

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. As paredes devem estar arrematadas (instalações elétricas, hidráulicas e gás embutidas) . Registros e válvulas com canopla devem ser posicionados segundo as mestras . Os marcos das portas devem estar assentados . Traços : - Industrializadas ensacadas - mista cimento / cal : . * 1 : 5 de cal e areia grossa (comum ou lavada) = massa branca * 1 : 8 de cimento e massa branca

. 1:1:6 (cimento / cal aditivada / areia lavada média)

. 1 saco (20 kg) de pré-misturado cimento/cal aditivada : 3(externo) / 4 (interno) latas (18 litros) de areia lavada média - 1 lata (18 litros) de cimento : 1 saco (20 kg) de filler calcário aditivado : 8 latas (18 litros) de areia lavada média

. Técnicas de execução : - Colocação de taliscas p/ execução das mestras (mesmo prumo afastadas de +/- 1,50 m) definindo a espessura do emboço (1,5 a 2,0 cm)

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- Mestras → cantos e internas espaçadas de 2,00 a 2,50 m (linhas) - Após a secagem das mestras faz-se o enchimento e sarrafeamento dos espaços entre as mestras (do teto para o piso) REBOCO . Camada única de argamassa aplicada sobre o chapisco, sarrafeada com régua, alisada com desempenadeira de madeira e feltrada (espuma de poliuretano) . Traços :

- Industrializadas ensacadas - mista cimento / cal . * 1 : 5 de cal e areia (lavada média a fina) = massa branca * 1 : 10 de cimento e massa branca

. 1:2:8 externo e 1:2:10 interno (cimento / cal aditivada / areia lavada fina) . 1 saco (20 kg) de pré-misturado cimento/cal aditivada : 4(externo) / 5 (interno) latas (18 litros) de areia lavada fina - 1 lata (18 litros) de cimento : 1 saco (20 kg) de filler calcário aditivado : 10 latas (18 litros) de areia lavada fina

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. Execução : - Idêntica ao emboço comum - Após o sarrafeamento → desempenadeira de madeira → borrifa-se água → feltro - Espessuras maior que 2,0 cm → chapar a argamassa de duas vezes, só sarrafeando e desempenando a 2a. camada . Antes da secagem da superfície → varrer para retirada de grãos de areia saliente CHAPISCO RÚSTICO a) Com peneira . Lançamento de argamassa de cimento e areia lavada grossa (1 : 4) através de peneira de malha 0,5 cm sobre o emboço sarrafeado . Revestimento áspero e resistente podendo receber corantes . Variação → chapisco rústico desempenado (obtenção de áreas planas e depressões) b) Com brita 0 . Sobre o emboço com a colher de pedreiro aplica-se um concreto de traço 1 : 2 : 3 de cimento, areia e brita 0

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BARRA LISA CIMENTADA . Aplicar sobre emboço 1 : 3 (cimento e areia lavada grossa) uma camada de cimento e areia lavada fina (1 : 3) com espessura de 0,5 cm . Acabamentos : - natado : colher de pedreiro + pó de cimento - queimado : sem o pó de cimento . Alto teor de cimento → cura (3 dias) . Divisão em paineis 1,00 x 1,00 m ou 1,00 x 1,50 m . Utilizam-se corantes . Utilizadas geralmente em sanitários e cozinhas de construções de acabamento baixo com barras de 1,50 m de altura REVESTIMENTO IMPERMEÁVEL . Argamassas de cimento + areia + aditivos impermeabilizantes . Impermeabilização rígida REBOCO COM PÓ DE PEDRA . Utilizado em construções de estilo colonial ou rústico (moldura nos vãos das janelas e portas) . Aplicado sobre o emboço

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. Argamassa de cimento e pó de pedra peneirado (1 : 4) . Acabamento liso (desempenadeira de madeira) . Dois dias após a aplicação → lavagem com solução 1 : 10 de ácido muriático e água e posterior limpeza somente com água PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS . NBR 7200 – Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento . NBR 13.749 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação

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PATOLOGIA DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO EFLORESCÊNCIA Aspectos observados : . Manchas de umidade . Pó branco acumulado sobre a superfície Causas prováveis : . Umidade constante . Sais solúveis presentes no elemento alvenaria . Sais solúveis presentes na água de amassamento ou umidade infiltrada . Cal não carbonatada Reparos : . Eliminação da infiltração de umidade . Secagem do revestimento . Escovamento da superfície . Reparo do revestimento quando pulverulento BOLOR : Aspectos observados : . Manchas esverdeadas ou escuras . Revestimento em desagregação Causas prováveis : . Umidade constante . Área não exposta ao sol

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Reparos : . Eliminação da infiltração da umidade . Lavagem com solução de hipoclorito . Reparo do revestimento quando pulverulento VESÍCULAS : Aspectos observados : . Empolamento da pintura, apresentando-se as partes internas das empolas na cor : - branca - preta - vermelho acastanhada Causas prováveis : . Hidratação retardada da cal . Presença de pirita ou matéria orgânica na areia . Presença de concreções ferruginosas na areia Reparos : . Renovação da camada de reboco . Eliminação da infiltração da umidade DESCOLAMENTO COM EMPOLAMENTO : Aspectos observados : . A superfície do reboco descola do emboço formando bolhas, cujos diâmetros aumentam progressivamente . O reboco apresenta som cavo sob percussão

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Causas prováveis : . Infiltração de umidade . Hidratação retardada da cal Reparos : . Renovação da pintura . Renovação da camada de reboco DESCOLAMENTO EM PLACAS : Aspectos observados : . A placa apresenta-se endurecida quebrando-se com dificuldade . Sob percussão o revestimento apresenta som cavo Causas prováveis : . A superfície em contato com a camada inferior apresenta placas frequentes de mica . Argamassa muito rica . Argamassa aplicada em camada muito espessa . A superfície da base é muito lisa . A superfície da base está impregnada com substância hidrófuga . Ausência da camada de chapisco Reparos : . Renovação do revestimento . Renovação do revestimento : - apicoamento da base - eliminação da base hidrófuga

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- aplicação de chapisco p/ melhoria da aderência Aspectos observados : . A placa apresenta-se endurecida mas quebradiça, desagregando-se com facilidade . Sob percussão o revestimento apresenta som cavo Causas prováveis : . Argamassa magra . Ausência da camada de chapisco . Aplicação prematura de tinta impermeável Reparos : . Renovação do revestimento DESCOLAMENTO COM PULVERULÊNCIA Aspectos observados : . A película de tinta descola arrastando o reboco que se desagrega com facilidade . O reboco apresenta som cavo sob percussão Causas prováveis : . Excesso de finos no agregado . Traço pobre em aglomerante . Traço excessivamente rico em cal . Ausência de carbonatação da cal . O reboco foi aplicado em camada muito espessa Reparos : . Renovação da camada de reboco

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FISSURAS HORIZONTAIS : Aspectos observados : . Apresenta-se ao longo de toda a parede . Descolamento do revestimento em placas, com som cavo sob percussão Causas prováveis : . Expansão da argamassa de assentamento por hidratação retardada da cal . Expansão da argamassa de assentamento por reação cimento-sulfatos ou devido à presença de argilo-minerais expansivos no agregado Reparos : . Renovação do revestimento após hidratação completa da cal da argamassa de assentamento . A solução a adotar é função da intensidade da reação expansiva FISSURAS MAPEADAS : Aspectos observados : . As fissuras têm forma variada e distribuem-se por toda a superfície Causas prováveis : . Retração da argamassa de base Reparos : . Renovação do revestimento . Renovação da pintura

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) Convênio EPUSP – ENCOL. PROJETO EP/EN-1. Recomendações para Execução de Revestimentos de Argamassas para Paredes de Vedação e Tetos. Desenvolvimento Tecnológico de Métodos Construtivos para Alvenarias e Revestimentos, São Paulo. SP, 1988.

2) CINCOTTO, Maria Alba et al. Argamassas de revestimento : características, propriedades e métodos de ensaio. São Paulo. SP. Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995.

3) SABBATINI, Fernando Henrique. Argamassas - Notas de Aula. USP. São Paulo.

4) CINCOTTO, Maria Alba. Patologias das argamassas de revestimento: análise e recomendações. Artigo do livro Tecnologia das Edificações. Pini. São Paulo – SP.

5) PIROLI, Ênio. Revestimento de Paredes e Pisos. Notas de Aula. Fundação Christiano Ottoni. Belo Horizonte, 1981.

6) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação – NBR 13749/1996.

7) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de paredes e tetos com argamassas - Materiais, preparo, aplicação e manutenção - NBR 7200/98.