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SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA C C U U R R S S O O D D E E C C A A P P A A C C I I T T A A Ç Ç Ã Ã O O N N A A Á Á R R E E A A D D E E S S E E G G U U R R A A N N Ç Ç A A E E X X T T E E R R N N A A - - A A T T U U A A Ç Ç Ã Ã O O O OP P E E R R A A C C I I O O N N A A L L 2 2 0 0 1 1 1 1

Apostila at. Oper. Atualizada-PDF

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SSEECCRREETTAARRIIAA DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO PPEENNIITTEENNCCIIÁÁRRIIAA EESSCCOOLLAA DDEE AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO PPEENNIITTEENNCCIIÁÁRRIIAA

CCCUUURRRSSSOOO DDDEEE CCCAAAPPPAAACCCIIITTTAAAÇÇÇÃÃÃOOO NNNAAA ÁÁÁRRREEEAAA

DDDEEE SSSEEEGGGUUURRRAAANNNÇÇÇAAA EEEXXXTTTEEERRRNNNAAA

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2

CCUURRSSOO DDEE CCAAPPAACCIITTAAÇÇÃÃOO NNAA ÁÁRREEAA DDEE SSEEGGUURRAANNÇÇAA EEXXTTEERRNNAA

AATTUUAAÇÇÃÃOO OOPPEERRAACCIIOONNAALL

REVISÃO TÉCNICA

ADILSON BRITO CORRÊA – Penitenciária de Marília

ANDRÉ LUIZ MARIANO – Penitenciária Feminina – Tremembé

CARLOS EDUARDO ALVES DA SILVA – Penitenciária I de Pirajuí

CLODOMIR DOS PRAZERES – Penitenciária de Lucélia

DAVID CLAYTON DE SANDRE – Penitenciária I Pirajuí

DILSON SUDÁRIO DA SILVA – Penitenciária de Araraquara;

EVERALDO DE JESUS DA SILVA – CDP I Guarulhos

JULIANO RODRIGUES DOS SANTOS – Penitenciária de Itaí

LUIZ ROBERTO CAPELA JUNIOR - CDP de Vila Independência

MARCELO ALESSANDRO PEREIRA – Penitenciária I de Sorocaba

MARIONILDO MOREIRA – Penitenciária I de Presidente Venceslau

PLINIO MARCOS DOS SANTOS SERRA – Penitenciária I de Tremembé

SILVIO DAMACENO SIMORA RIBEIRO – Penitenciária I de São Vicente

TOMAZ ALBERTO DA SILVA – CDP I de Guarulhos

VALTER FERREIRA DOS SANTOS – Penitenciária de Dracena

EEssccoollaa ddaa AAddmmiinniissttrraaççããoo PPeenniitteenncciiáárriiaa ((EEAAPP))

SSããoo PPaauulloo

22001111

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SUMÁRIO CONTEÚDO PG 1 - QUADRO ORGANIZACIONAL E ESTRUTURAL GERAL ............................................................5 1.1 - Subordinação Hierárquica: ......................................................................................................5 1.2 – Autoridade: ..............................................................................................................................5 1.3 – Organograma: .........................................................................................................................5 1.4 - Estrutura Organizacional Básica – Núcleo de EVP (LC-898/2001): ........................................5 1.5 – Estrutura Organizacional Básica – Centro de EVP (LC-976/2005): .......................................6 1.6 – Estrutura Organizacional Básica – Unidade Prisional: ..........................................................6 1.7 - Disciplina Funcional: ...............................................................................................................7 1.8 - Subordinação dos Diretores de Segurança Externa: .............................................................7 1.9 - Cadeia de comando: ................................................................................................................7 2 - NOÇÕES ELEMENTARES DE DIREITO ADMINISTRATIVO .......................................................8 2.1 - Administração Pública:............................................................................................................8 2.2 - Órgãos Públicos: .....................................................................................................................8 2.3 - Agentes públicos: ....................................................................................................................8 2.4 - Investidura Pública: .................................................................................................................8 2.5 - Princípios Básicos da Administração Pública:.......................................................................8 2.6 - Poderes do Administrador Público: ........................................................................................9 2.7 - Abuso de Poder: ......................................................................................................................9 2.8 - Poderes da Administração Pública: ........................................................................................9 2.9 - Poder vinculado: ......................................................................................................................9 2.10 - Poder discricionário: ........................................................................................................... 10 2.11 - Poder hierárquico: ............................................................................................................... 10 2.12 – Hierarquia: ........................................................................................................................... 10 2.13 - Poder disciplinar: ................................................................................................................. 10 2.14 - Poder Regulamentar: ........................................................................................................... 10 2.15 - Poder de Polícia: .................................................................................................................. 10 2.16 - Atos administrativos: ........................................................................................................... 10 2.17 - Atributos do Ato Administrativo: ........................................................................................ 11 3 - PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO ............................................................................ 11 3.1 - Teorias sobre a Administração: ............................................................................................ 11 3.2 - Princípios Gerais de Administração: .................................................................................... 12 3.3 - Sistemas de Informação: ....................................................................................................... 12 3.4 – Comunicação: ....................................................................................................................... 12 3.5 - Controle e Fiscalização: ........................................................................................................ 13 4 - ASSÉDIO MORAL ...................................................................................................................... 13 5 - ESCRITURAÇÃO DE DOCUMENTOS ....................................................................................... 14 5.1 - Documentos utilizados nos Centros/Núcleos de EVP: ........................................................ 17 5.2 – Documentação/Procedimentos: ........................................................................................... 19 5.3 - Sigilo de documentos: ........................................................................................................... 20 5.1 - Arquivo de Documentos: ....................................................................................................... 20 6 - FISCALIZAÇÃO E RONDAS ...................................................................................................... 21 6.1 - Períodos de Intensificação das Rondas: .............................................................................. 22 7 - CONSERVAÇÃO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS, EQUIPAMENTOS E ARMAMENTOS ........... 23 7.1 – Inventário Físico: ................................................................................................................... 23 7.2 - Dever de Conservação:.......................................................................................................... 24 7.3 - Sistemas de Comunicação: ................................................................................................... 24 7.4 - Sistema de Rádio: .................................................................................................................. 25 7.5 - Armamento, Munições e Equipamentos de Proteção Individuais: ...................................... 26 7.6 – Incidentes de Tiro: ................................................................................................................ 27 7.7 - Acidentes de Tiro: .................................................................................................................. 27 7.8 - Perda ou extravio de armamento, munição ou equipamentos: ........................................... 28 7.9 – Lei de Improbidade Administrativa: ..................................................................................... 28 7.10 – Higiene e Conservação das Instalações: ........................................................................... 28 7.11 - Manutenção do Sistema de Segurança:.............................................................................. 29 8 - LIMITES DE ATUAÇÃO DOS AEVP .......................................................................................... 29 8.1 - Área de jurisdição do AEVP: ................................................................................................. 30 8.2 – Linha de segurança: .............................................................................................................. 30 8.3 - Abuso de autoridade e outros delitos: .................................................................................. 30

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9 - OCORRÊNCIAS EM UNIDADES PRISIONAIS ........................................................................... 30 9.1 - Ocorrências típicas do serviço de segurança externa: ........................................................ 30 9.2 – Diferença entre tentativa de fuga e fuga: ............................................................................. 31 9.3 – Meios empregados nas fugas:.............................................................................................. 31 9.4 – Revistas de presos nas unidades prisionais: ...................................................................... 32 9.5 – Necessidade de intervenção da Polícia Militar: ................................................................... 32 9.6 – Atuação dos policiais (P-2): .................................................................................................. 32 9.7 – Competência para acionamento da Polícia Militar: ............................................................. 32 9.8 – Atuação do Departamento de Inteligência da SAP (DISAP): ............................................... 33 9.9 – Atuação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e Célula de Intervenção Rápida (CIR): ... 33 9.10 - Preservação de local de crime: ........................................................................................... 33 10 - OCORRÊNCIAS COM AERONAVES ....................................................................................... 34 10.1 - Sobrevôo de aeronaves: ...................................................................................................... 34 11 – GERENCIAMENTO DE CRISES NO SISTEMA PRISIONAL ................................................... 35 11.1 - Doutrina de Gerenciamento de Crises: ............................................................................... 35 12 – PLANO DE SEGURANÇA ....................................................................................................... 36 12.1 – Conceito: ............................................................................................................................. 36 12.2 - Plano de Chamada: .............................................................................................................. 37 12.3 - Normas Gerais de Ação (NGA): ........................................................................................... 38 13 - ACIONAMENTO DO PLANO DE CHAMADA ........................................................................... 38 13.1 - Determinantes para o acionamento do plano de chamada: ............................................... 38 14 – DEVERES DOS DIRETORES E CHEFES DOS CEVP/NEVP .................................................. 39 14.1 - Deveres do Diretor de Centro/Núcleo: ................................................................................ 39 14.2 - Deveres dos Diretores de Núcleo/Chefes de Equipe:......................................................... 41 14.3 – Das Rondas: ........................................................................................................................ 42 15 - DEVERES DO AEVP NO POSTO DE VIGILÂNCIA .................................................................. 42 16 - REGIME DE TRABALHO ......................................................................................................... 44 17 - PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO AEVP (SEQUÊNCIA DE AÇÃO) ................. 45 17.1 - Nas Tentativas de Fuga: ...................................................................................................... 45 17.2 - Nas Fugas: ........................................................................................................................... 46 17.3 - Dos Agentes escalados de reforço: .................................................................................... 46 17.4 – Das Proibições: ................................................................................................................... 47 18 - USO DE ARMAS DE FOGO PARTICULARES OU ILEGAIS .................................................... 48 18.1 – Princípios Para Emprego da Arma de Fogo: ...................................................................... 48 18.1.1 - Fundamentação legal: ....................................................................................................... 48 18.1.2 - Princípios Internacionais de Direitos Humanos: ............................................................. 49 18.1.3 - Código de conduta: ........................................................................................................... 49 18.1.4 - Emprego de armas de fogo: ............................................................................................. 49 ANEXOS ......................................................................................................................................... 51 Lei Complementar nº 898, de 13 de julho de 2001 ........................................................................ 51 Resolução SAP-5, de 20-1-2003..................................................................................................... 55 Resolução SAP - 159, de 16-7-2010 ............................................................................................... 59 Decreto Nº 50.963, de 17 de Julho de 2006 ................................................................................... 63 Resolução SAP - 8, de 26-1-2004 ................................................................................................... 64 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 67

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1 - QUADRO ORGANIZACIONAL E ESTRUTURAL GERAL

1.1 - Subordinação Hierárquica:

As tarefas em uma organização têm grau de complexidade diferentes. Sem hierarquia as organizações não teriam condições de empregar uma grande quantidade de colaboradores ou servidores.

Com uma estrutura organizada podemos ter a certeza de que cada um terá definidas suas responsabilidades.

1.2 – Autoridade:

É o poder legitimado. É dado pela estrutura Organizacional. É o direito de tomar a decisão específica e ordenar obediência.

1.3 – Organograma:

É um gráfico que mostra de forma imediata as relações funcionais entre as pessoas na organização, o fluxo de Autoridade e Responsabilidade, e as funções organizacionais da empresa.

1.4 - Estrutura Organizacional Básica – Núcleo de EVP (LC-898/2001):

DIRETOR TÉCNICO III(departamento)

DIRETOR NEVP(serviço)

Chefe do Turno II(seção)

Chefe do Turno I(seção)

Chefe do Turno III(seção)

Diretor do NúcleoTurno IV(serviço)

A.E.V.P. - Turno IIA.E.V.P. - Turno I A.E.V.P. - Turno III A.E.V.P. - Turno IV

Chefe do Turno IV(seção)

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1.5 – Estrutura Organizacional Básica – Centro de EVP (LC-976/2005):

1.6 – Estrutura Organizacional Básica – Unidade Prisional:

DIRETOR TÉCNICO III(departamento)

DIRETOR CEVP(centro)

Diretor do NúcleoTurno II(serviço)

Diretor do NúcleoTurno I

(serviço)

Diretor do NúcleoTurno III(serviço)

Diretor do NúcleoTurno IV(serviço)

A.E.V.P. - Turno IIA.E.V.P. - Turno I A.E.V.P. - Turno III A.E.V.P. - Turno IV

Diretor do NúcleoTurno IV(serviço)

Diretor Técnico III

Supervisor Técnico II

Centro deReintegração

e Atendimentoà Saúde

Centro deEscolta eVigilância

Penitenciária

Centro Integradode Movimentações

e InformaçõesCarcerárias

Centro de Trabalho eEducação

Centro de Segurançae Disciplina

Núcleo de Segurança

Turno I

Núcleo de Segurança

Turno II

Núcleo de Segurança

Turno III

Núcleo de SegurançaTurno IV

Núcleo de PortariaTurno I

Núcleo de PortariaTurno II

Núcleo de PortariaTurno III

Núcleo de PortariaTurno IV

Núcleo deInclusão

Núcleo de Trabalho

Núcleo deAtendimento

à Saúde

Núcleo deEscolta eVigilância

Turno I

Núcleo deEscolta eVigilânciaTurno II

Núcleo deEscolta eVigilânciaTurno III

Núcleo deEscolta eVigilânciaTurno IV

CentroAdministrativo

Núcleo dePessoal

Núcleo deInfraestrutura

e Conservação

Núcleo deFinanças e

Suprimentos

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1.7 - Disciplina Funcional:

Uma das manifestações de disciplina funcional é a lealdade às normas e regulamentos da organização, bem como às ordens dos chefes. A lealdade é um sentimento de ligação, pela comunhão das idéias entre um mesmo grupo, chefe, pares e subordinados. A lealdade demonstra a confiança que existe entre as pessoas do grupo e representa um poder sem nenhum tipo de coerção.

Quando a disciplina não ocorre de forma natural e consciente, caracterizam-se as infrações administrativas, e os chefes dispõem de ferramentas legais para a correção dos atos de seus subordinados, aplicando-lhes as sanções que são previstas nas leis e regulamentos, de acordo com a gravidade dos fatos.

1.8 - Subordinação dos Diretores de Segurança Externa:

Na representação dos organogramas acima se verifica que os Diretores de Centro/Núcleo de AEVP possuem subordinação hierárquica direta ao Diretor da Unidade Prisional em que estão lotados, sendo impróprio e indevido subordinarem-se a outra autoridade, não havendo hipótese de delegação dessa subordinação.

Essa subordinação, associada à investidura de seus cargos públicos, lhes confere o poder legítimo e a autoridade formal para o exercício de suas atribuições, com as consequentes responsabilidades legais e administrativas por suas ações e as ações de seus subordinados, quando em serviço.

A subordinação Hierárquica dos Diretores de Centro/Núcleo de EVP e Chefes de Equipe de Escolta e Vigilância estão prevista no Artigo 3º da Resolução SAP-5, de 20 de janeiro de 2003.

1.9 - Cadeia de comando:

É o canal hierárquico que determina o fluxo de comunicação funcional entre as autoridades ou integrantes do órgão onde estão lotados os servidores. Os documentos produzidos pelos AEVP deverão ser dirigidos obrigatoriamente a seus respectivos Chefes de Equipe, de forma que esses procedam ao atendimento do que for de sua competência legal, ou procedam a seu formal encaminhamento à autoridade imediatamente superior, através de despacho formalizado e devidamente assinado, apondo-se seu carimbo, ou registro de seu nome e cargo, sempre contendo data, e na urgência, hora do despacho.

Nenhum agente, ou autoridade subordinada ao Diretor de Núcleo, poderá proceder à elaboração e tramitação de documentos de serviço diretamente à Diretoria da Unidade, ou aos órgãos superiores a esta, sem que haja o conhecimento de seus superiores imediatos.

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2 - NOÇÕES ELEMENTARES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

Neste capítulo encontram-se os principais conceitos sobre Administração Pública, nos dizeres do renomado jurista e mestre HELY LOPES MEYRELLES1.

2.1 - Administração Pública:

Administração Pública é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo. É o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral. É o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.

É a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade, no âmbito federal, estadual ou municipal, segundo os preceitos do direito e da moral, visando o bem comum.

Os fins da Administração Pública se resumem no bem comum da coletividade administrada.

Ilícito e Imoral será todo o ato administrativo que não for praticado no interesse da coletividade.

2.2 - Órgãos Públicos:

São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Cada órgão público tem necessariamente funções, cargos e agentes.

2.3 - Agentes públicos:

São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal.

2.4 - Investidura Pública:

Todo Agente público se vincula ao Estado por meio de ato ou procedimento legal a que se denomina investidura.

2.5 - Princípios Básicos da Administração Pública:

Os princípios básicos da Administração pública são a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficácia. 1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Revista dos Tribunais.

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Na administração privada o administrador pode praticar aquilo que seja de sua vontade, desde que não contrarie a lei.

Na administração pública só é permitido ao administrador fazer aquilo que a lei autoriza.

2.6 - Poderes do Administrador Público:

Os poderes e deveres do administrador público estão expressos na lei, são impostos pela moral administrativa e exigidos pelo interesse da coletividade.

2.7 - Abuso de Poder:

O agente público, quando despido da função ou fora do exercício do cargo, não pode usar da autoridade pública, nem invocá-la a seu capricho, para sobrepor-se aos demais cidadãos, o que caracteriza abuso de poder, e, dependendo do caso, o crime de abuso de autoridade, definido e punido pela Lei 4.898 de 9 de dezembro de 1965.

2.8 - Poderes da Administração Pública:

A administração Pública é dotada de Poderes administrativos, que são classificados:

consoante sua liberdade em poder vinculado e poder discricionário;

quanto ao ordenamento da administração e à punição aos que se vinculam à administração pública em poder hierárquico e poder disciplinar;

quanto à sua finalidade normativa em poder regulamentar; e

em razão de seus objetivos de contenção dos direitos individuais, em poder de polícia.

2.9 - Poder vinculado:

É aquele conferido pela lei à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização, dessa forma o agente público fica condicionado a proceder somente da forma em que a lei determina.

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2.10 - Poder discricionário:

É o direito concedido à administração de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos, com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. Este poder dá ao agente público a liberdade para agir dentro dos limites da lei, tratando-se assim de uma liberdade parcial.

2.11 - Poder hierárquico:

É o que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.

2.12 – Hierarquia:

É a relação de subordinação existente entre os vários órgãos e agentes do Executivo, com a distribuição de função e a gradação da autoridade de cada um.

2.13 - Poder disciplinar:

É a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas, sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração.

2.14 - Poder Regulamentar:

É a faculdade atribuída ao chefe do Executivo para explicitar a lei para sua correta execução, ou expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência, ainda não disciplinada por lei. É um poder privativo do Chefe do Executivo.

2.15 - Poder de Polícia:

É a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

2.16 - Atos administrativos:

A administração pública realiza sua função executiva por meio de atos jurídicos que recebem a denominação especial de atos administrativos.

Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,

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transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.

2.17 - Atributos do Ato Administrativo:

São os seguintes os atributos do ato administrativo:

Presunção de legitimidade: os atos administrativos nascem com presunção de legitimidade, independentemente de norma legal que a estabeleça. Enquanto não sobrevier o pronunciamento de nulidade, os atos administrativos são tidos por válidos e operantes, quer para a administração, quer para os particulares sujeitos ou beneficiários de seus efeitos.

Imperatividade é o atributo do ato administrativo que impõe coercibilidade para o seu cumprimento ou execução.

Auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração.

3 - PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO

3.1 - Teorias sobre a Administração:

Na era da Revolução Industrial, surgiu a Teoria Clássica da Administração. Henry Fayol2 (1841-1925), seu fundador, em sua obra Administração Industrial e Geral, define o ato de administrar como sendo: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

Diversos estudiosos surgiram após Fayol, mas esses conceitos continuam sendo aplicados como base das organizações.

Prever: significa visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.

Comandar: dirigir e orientar o pessoal.

Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.

Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.

2 FAYOL, Henry. Administração Industrial e Geral, São Paulo, Ed. Atlas, 1950.

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3.2 - Princípios Gerais de Administração:

Para Henry Fayol, os princípios gerais de administração são:

Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.

Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade. Ambas devem estar equilibradas entre si.

Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.

Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.

Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo.

Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais (ou coletivos): os interesses gerais ou coletivos devem sobrepor-se aos interesses particulares.

3.3 - Sistemas de Informação:

Toda organização funciona com um fluxo de informações. Em todos os sistemas de informação a fonte serve para fornecer as mensagens, as quais serão operadas pelo transmissor, transformando-as em forma adequada pelo canal. O canal leva a mensagem sob uma nova forma, para um local distante. O ruído perturba a mensagem no canal. O receptor procura decifrar a mensagem gravada no canal e a transforma numa forma adequada ao destino.

Redundância é a repetição da mensagem para que sua recepção correta seja mais garantida. A redundância introduz no sistema de comunicação uma certa capacidade de eliminar o ruído e prevenir distorções e enganos na recepção da mensagem.

3.4 – Comunicação:

É um dos processos fundamentais em uma organização e constitui a base para todas as suas atividades. A comunicação é também o processo pelo qual conduzimos nossas vidas. Quando as pessoas se reúnem, há a necessidade de comunicação entre elas.

Os gerentes passam mais de 75% de seu tempo se comunicando.

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3.5 - Controle e Fiscalização:

Na administração são imprescindíveis os mecanismos de Controle e Fiscalização.

Segundo Hely Lopes Meirelles3, na Administração Pública controle é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro.

A fiscalização hierárquica é um dos meios de controle administrativo e é exercida pelos superiores a seus subordinados, visando ordenar, coordenar, orientar e corrigir suas atividades.

A Resolução SAP-5, no artigo 6º e 7º trata do exercício do controle e fiscalização que deve ser exercida pelos Diretores de Núcleo e Chefes de Equipe de AEVP.

A fiscalização dos Diretores de Núcleo e Chefes de Equipe será exercida por meio de rondas e inspeções, que serão abordados nos capítulos seguintes.

4 - ASSÉDIO MORAL

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.

Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto-estima.

Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este pressupõe:

1. Repetição sistemática;

2. Intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego); 3 obra citada

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3. Direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório);

4. Temporalidade (durante a jornada, por dias e meses);

5. Degradação deliberada das condições de trabalho;

Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, devemos combater firmemente por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.

5 - ESCRITURAÇÃO DE DOCUMENTOS

O ato de registrar as ações e atos do administrador público permite a sistematização do controle funcional exercido sobre ele mesmo e seus subordinados. Da mesma forma, o exercício da fiscalização deverá ser registrado, como meio de prova de sua efetiva realização e das medidas adotadas para imediata correção, quando se fizer necessária.

A atividade de segurança externa de unidades prisionais se dá em duas situações elementares – normalidade e anormalidade. Em situações de normalidade, o serviço é realizado de maneira pouco dinâmica, porém a manutenção das instalações físicas do “corpo da guarda”, dos equipamentos e acessórios do sistema de segurança, iluminação, comunicações e, principalmente armamento e munições, devem ser registrados diariamente, e qualquer alteração verificada deverá imediatamente constar desses registros, por meio de relatórios de serviço, com a adoção das medidas necessárias à sua correção e por quem fez ou solicitou.

A transmissão do serviço, com anormalidades, só deverá ocorrer quando essas forem declaradamente insanáveis dentro do turno de serviço. Uma ocorrência característica de guarda externa poderá ter sido iniciada por uma alteração em uma dessas condições, ou mesmo só se tornará possível enquanto elas perdurarem.

Em situações de anormalidade, um relatório de serviço deverá ser iniciado, tendo o Diretor de Núcleo e Chefe de Turno, sempre em mão, papel e caneta para anotar e fazer constar em seu relatório o nome das autoridades presentes, o horário de sua chegada e saída, o prefixo ou placas de suas viaturas, as decisões tomadas e seus resultados.

O fluxo documental faz parte do sistema de informações da Unidade Prisional, da respectiva Coordenadoria e da própria Secretaria da Administração Penitenciária. Vezes os documentos serão agentes de mudança, de melhoria das condições de serviço, e vezes fonte de informação para processos administrativos e judiciais. A fidelidade das informações, a clareza e, sobretudo a ausência de subjetivismos em

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detrimento à necessidade imperiosa de elementos de informações objetivas, serão a base para a eficiência do sistema.

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5.1 - Documentos utilizados nos Centros/Núcleos de EVP:

Documento Finalidade Ocorrência Origem Destino

Comunicado de Evento

Informa ocorrências diversas na área de segurança externa como: tentativas de fuga, disparo acidental de arma de fogo, quebra de equipamentos e armamento, ocorrência com funcionários, etc.

Ocasional Envolvidos diretamente na ocorrência

Superior imediato

Escala de serviço Relação dos Agentes de Escolta que estão de serviço no dia, observações para o plantão (deverá possuir o local para o chefe fazer a distribuição dos postos)

Plantão DNEVP/Chefe Quadro de Avisos

Relatório de Rondas Informar a quantidade de rondas efetuadas por plantão, horários e ocorrências em cada ronda Plantão DNEVP/Chefe DNEVP

Comunicado de Faltas Informar as faltas ocorridas no plantão e situação Plantão DNEVP/Chefe Núcleo de Pessoal

Saída Antecipada Autorização de saída antecipada, com ou sem reposição Ocasional DNEVP/Chefe Portaria

Comunicados Internos Informações passadas de Chefes para integrantes da equipe ou de DNEVP para Chefes de turno Ocasional DNEVP/Chefe Subordinado imediato

Convocação Convoca AEVPs para apresentar em serviço devido situação anormal e necessidade de reforço na segurança externa

Ocasional DCEVP/DNEVP RH c/ Ciência do convocado

Memorandos Informações passadas de um setor a outro Ocasional Diretores/Chefes Todos setores

Livro Ata Descreve a rotina diária e as ocorrências no plantão bem como assuntos tratados em reuniões de chefia Plantão DNEVP/Chefe Corpo da Guarda

Estágio Probatório Informações sobre a conduta do funcionário no período específico bem como, assiduidade, subordinação, presteza, relacionamento, etc

Trimestral Comissão Recursos Humanos

Ofícios

Documento oficial externo – usar somente com autorização do DG da Unidade – documento normalmente direcionado a autoridades fora da unidade prisional.

Ocasional Diretor Geral Diversos

Ordem de Serviço

É o documento por meio do qual a Autoridade Superior transmite à Autoridade Subordinada ou seus subordinados de serviço, determinação ou ordem. Sempre da autoridade superior para a subordinada. Normalmente é caracterizado pelo uso das expressões "...Determino a esse...¨ "...Deverá VSa...".

Ocasional Diretores/Chefes Subordinados

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5.2 – Documentação/Procedimentos: Comunicado de Evento quando acontece alguma ocorrência

envolvendo a segurança externa do estabelecimento prisional, o responsável no momento do fato deve atentar para a seguinte situação:

Com vítima ou danos ao patrimônio (primeiramente socorrer a vítima) deve ser ouvido os agentes envolvidos na ocorrência, especificando no comunicado de ocorrências, os dados do agente, data, hora, local do fato e um breve relato do acontecido (objetivo e com poucas palavras) descrevendo com precisão o ocorrido do ponto de vista do agente envolvido; juntar os materiais que constituírem provas (não se esquecer de preservar o local do fato), encaminhar juntamente com um oficio ao diretor geral da unidade (com cópia arquivada no corpo da guarda);

Sem vítima o responsável pelo plantão deverá relatar o acontecido de forma sucinta e precisa, apenas no livro de ocorrências diárias; o superior imediato, ciente do acontecido, deverá elaborar um comunicado de evento descrevendo de forma lúcida e concreta o fato, encaminhar juntamente com cópia do livro de ocorrência ao diretor geral da unidade.

Manutenção de Armamento notado a quebra de armamento, deverá ser elaborado pelo chefe do plantão um comunicado de evento relatando o ocorrido com a referida arma e constar no livro de ocorrências o fato; o superior imediato ao tomar conhecimento do fato, deverá verificar quais providências cabíveis à questão, em se tratando de necessidade de envio para conserto, deverá ser comunicado ao superior imediato (DG) que emitirá uma guia de trânsito; de posse da guia de transito, o Diretor do Centro/Núcleo deverá elaborar um ofício que servirá para apresentação da referida arma no local de reparo (duas vias), na retirada do armamento, deverá trazer uma via do ofício relatando pelo armeiro os reparos efetuados juntamente com a nota fiscal da despesa.

Teste de arma de fogo toda vez que for efetuado testes em armamento com a necessidade de uso de munição, deverá ser feito um comunicado de evento pelo Diretor do Centro/Núcleo ao superior imediato (DG) informando o número da arma que foi feito o teste, bem como a quantidade de munição utilizada (deverá ficar uma cópia arquivada na casa da guarda), para comprovação em relatórios mensais enviados á DISAP

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Livro Ata todo livro de ocorrências, não pode haver rasuras, sendo que se necessário corrigir algum erro de ortografia ou de colocação de palavras, deverá ser usado o termo “digo” e na frente a palavra correta (nunca utilize o corretivo “branquinho”); não pode haver linhas em branco ou espaços que permitam a inserção de textos; toda passagem de serviço, o responsável pelo preenchimento do livro deve finalizar passando um risco divisório para o inicio do próximo plantão; o DNEVP deverá diariamente proceder a leitura das ocorrências com uma rubrica indicando que já tomou ciência do ocorrido naquele plantão.

Situação especial (ex: rebelião) o Diretor do Centro/Núcleo assume o plantão, toma ciência da situação no momento, faz as convocações e toma as providências que julgar necessárias; quando voltar à normalidade, passa o serviço para o chefe do turno que ficará escalado, sendo necessário o registro de todo o ocorrido no livro de ocorrências e comunicado de evento especificando todas as ações dos agentes envolvidos, material utilizado e munição gasta na ocorrência.

5.3 - Sigilo de documentos:

Alguns documentos produzidos no Centro/Núcleo de EVP, poderão tratar de assuntos cujo teor determine que tenham uma tramitação e um trato restrito, preferencialmente devendo ser protocolados pelo próprio emitente e tramitado pessoalmente, entregando-se, ou recebendo-se, em mãos de seus destinatários, se possível em envelope lacrado e com tarjas ou carimbos que remetam à sua urgência e à sua reserva. Exemplo: carimbos ou etiquetas de "urgente" "reservado".

5.1 - Arquivo de Documentos:

Todos os documentos produzidos ou recebidos, cujas providências que sejam por eles demandadas, foram encerradas e esgotadas, deverão ser arquivados em pastas ou caixas próprias, classificadas e identificadas por tipo de documento, sendo que receberão os documentos também classificados por seu tipo e por ordem cronológica, o que facilitará sua localização. Ao final de cada ano as pastas poderão ser substituídas, ou os documentos retirados e guardados em outro local.

Em razão dos atos administrativos sofrerem a chamada prescrição quinquenal, ou seja, os atos emanados não poderão mais ser revistos quanto aos

“Artigo 37, §1º do Decreto Federal nº 4.553/2002: Todo aquele que tiver conhecimento, nos termos deste Decreto, de assuntos sigilosos fica sujeito às sanções administrativas, civis e penais decorrentes da eventual divulgação dos mesmos”. “Artigo 65 – Toda e qualquer pessoa que tome conhecimento de documento sigilosos, nos termos deste Decreto, fica, automaticamente, responsável pela preservação de seu sigilo”.

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procedimentos das autoridades administrativas, somente poderão ser destruídos após cinco anos, contados de seu protocolo.

Escalas de serviço e documentos que contenham assuntos sigilosos, deverão ser arquivadas por pelo menos dez anos.

Documentos que tratam de assuntos de cunho restrito ou sigiloso, como planos de segurança, planos de chamada, fichas individuais de AEVP e outros, que, se caírem em mãos de terceiros, poderão comprometer a segurança e as atividades realizadas pelo Centro/Núcleo de EVP, deverão ser guardados em local seguro, como cofres ou armários com chaves, ou mesmo em envelopes lacrados, de acesso restrito e sob guarda pessoal.

6 - FISCALIZAÇÃO E RONDAS

As atribuições de competência do cargo de AEVP, Chefes e Diretores de Centro/Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária, encontram-se preconizadas na Lei Complementar Nº 898, de 13 de Julho de 2001, e na Resolução SAP-5 de 20 de janeiro de 2003.

Rondas são procedimentos de controle e fiscalização do exercício das atividades realizadas pelos AEVP. Podemos dizer que rondas são mecanismos de “feedback” que provocam a retroalimentação do sistema de segurança, afim de torná-lo constantemente em eficiência, corrigindo falhas, quer seja nos equipamentos, acessórios e principalmente na postura e compostura do homem, o AEVP.

O registro das rondas é o fator de vital importância para comprovação de sua efetiva realização, tanto material como testemunhal, isentando os chefes e diretores de serem questionados administrativa ou penalmente por omissão.

Porém, é importante que os responsáveis pela realização das rondas saibam que a inserção de dados fictícios e fraudulentos nos relatórios de registro de rondas incorrerá em infração administrativa, cuja prova é o próprio relatório, e será usado pela Administração Pública em procedimento ou processo administrativo a ser instaurado em seu desfavor.

Não há determinantes para tempo ou freqüência de realização das rondas, porém elas devem ser sistemática com duração mínima necessária para fiscalização de todos os AEVP de serviço nos postos, e inspeção nos postos desocupados, verificando se não abrigam pessoas escondidas ou objetos estranhos ao serviço.

Durante as rondas devem ser inspecionadas as condições de higiene do posto, as condições de visibilidade e iluminação, a atenção do AEVP de serviço, sua apresentação pessoal, o uso correto dos uniformes, a utilização correta dos equipamentos de proteção individual, o estado, conservação e correto carregamento e porte do armamento, o porte indevido de objetos como rádios portáteis,

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revistas, jornais, jogos eletrônicos, ou qualquer outro objeto que possa desviar a atenção do AEVP de serviço no posto.

Tais objetos deverão ser imediatamente recolhidos e conduzidos à Casa da guarda, para apreciação da conduta funcional do AEVP, documentando a apreensão dos mesmos nos relatórios de serviço, devendo ser encaminhado juntamente com o comunicado de evento pelo Diretor do Centro/Núcleo de EVP ao superior imediato (DG) que julgará a necessidade ou não de abertura de procedimento disciplinar (tendo em vista que o AEVP infrator, comete transgressão disciplinar conforme Resolução SAP 5 de 20 de janeiro de 2003, Seção VII, Artigo 18, XLVIII).

6.1 - Períodos de Intensificação das Rondas:

As rondas deverão ser intensificadas em:

a) Situações de anormalidade interna, ou externa ao estabelecimento prisional.

b) Nos casos de suspeitas dessas.

c) Na presença de informes sobre iminência de atos criminosos.

d) Na ausência de Agentes ao Serviço da Equipe.

e) Na deflagração de ocorrências típicas de estabelecimentos prisionais.

f) Na deficiência de equipamentos e acessórios do Sistema de Segurança.

g) Nas noites chuvosas, frias ou de visibilidade diminuída por neblinas.

h) Nos feriados normais ou prolongados.

i) Nos dias de visitas.

j) Durante revistas no estabelecimento prisional.

k) Nos dias de jogos importantes como finais de campeonatos, jogos da seleção brasileira e outros eventos esportivos de ampla transmissão televisiva.

l) Nos festejos de Natal, comemoração do Ano Novo, Carnaval e outros.

m) É de grande importância realizar rondas inopinas em sentidos diferentes.

Nossa vivência e experiência, além de dados estatísticos de fugas e tentativas de fuga, apontam essas datas como as mais propícias para a prática de ações externas para o arrebatamento de presos e a ocorrência de fugas ou tentativas de fuga de presos.

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7 - CONSERVAÇÃO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS, EQUIPAMENTOS E ARMAMENTOS

O Diretor do Centro/Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária é o responsável pelo imóvel (instalações prediais), armamento, munição, equipamentos, utensílios, móveis, consumo racional de água, luz, gás, telefone, alimentos e tudo mais que sejam materiais do patrimônio do Estado, ou colocados sob sua guarda, para execução do serviço de segurança externa de estabelecimentos prisionais, ainda que sob a responsabilidade direta de seus subordinados, como no caso do armamento e munição, devendo zelar por sua apresentação, conservação e utilização.

Ao armamento, munição e equipamentos de comunicação, não empregados, deverá dar especial atenção, mantendo-o sob guarda constante e em local fora das vistas de estranhos, devidamente armazenado. É conveniente a utilização de “reservas de armas” nos moldes militares, ou cofres-fortes, que permaneçam sob guarda constante, vez que a presença desse material é sempre um atrativo para ações externas em caso de arrebatamento de presos, em rebeliões ou motins;

Quanto aos equipamentos do sistema de segurança, que estejam de alguma forma, conectados ou instalados nos postos de guarda, o Diretor do Centro/Núcleo deverá conhecer seu funcionamento, inclusive realizando treinamentos específicos para sua utilização.

Deverá também prover, no que for necessário, os meios para execução do serviço. Quando isso não for de sua alçada direta, deverá ser inconstante na busca de soluções alternativas, mas que contribuam de forma determinante para o serviço.

7.1 – Inventário Físico:

O Diretor de Centro/Núcleo de EVP deverá proceder a um inventário físico de todo o material sob responsabilidade de seu Núcleo, relacionando, e após confrontando com o setor de patrimônio da Unidade a que pertence. A falta, quer por extravio, perda, furto, ou outra forma de subtração, é sempre caso de instauração de sindicância para apuração das circunstâncias em que ocorreu o evento, definindo as responsabilidades e autoria. Lembrando que haverá sempre uma tríplice responsabilidade para os casos de furto ou apropriação indébita, que no caso do funcionário público é denominado peculato. Tal responsabilidade ocorre de forma simultânea e independente nos campos penal, administrativo e cível.

Um bom sistema de controle é a utilização de listagens individualizadas por salas ou outros espaços físicos, a partir do inventário físico, fixadas em local visível, preferencialmente em um quadro para sua conservação, de tal maneira que as inspeções para conferência do material hão de se tornarem mais efetivas, atualizando-as sempre, quando houver alteração em tais materiais. Os programas Access e Excel prestam-se muito bem a emitir listagens e informações gerenciais desse controle.

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O Armamento, munição, equipamentos como coletes e algemas, e o equipamento de rádio-comunicação devem ser conferidos a cada passagem de serviço, pessoalmente pelos Diretores/Chefes de Equipe ou pelo próprio Diretor de Centro/Núcleo de EVP, quando se fizer presente. Nos afastamentos longos dos Diretores de Núcleo (mais de 30 dias), é prudente que se faça um termo de passagem de “carga do material”, o qual deverá ser devidamente datado e assinado pelo substituto e pelo substituído, constando-se as alterações verificadas.

O uso de qualquer material pertencente ao Estado para fins particulares, ou com desvio de sua finalidade, bem como dos serviços pelo qual o Estado paga com recursos do Tesouro, constituí ilícito definido como ato de improbidade administrativa, na qual lei define as respectivas condutas e sanções previstas, o que será abordado mais adiante.

Qualquer bem ou serviço do Estado, colocado à disposição do funcionário público, sempre deverá atender ao interesse público ou coletivo, e nunca o individual. Um bom Diretor de Centro/Núcleo de EVP procurará conhecer as normas e legislação de material do patrimônio público.

7.2 - Dever de Conservação:

Cabe aos Diretores/Chefes de Equipe e Diretor de Centro/Núcleo zelar pela correta utilização dos bens públicos, conscientizando, controlando e fiscalizando os atos de seus subordinados em relação a eles.

A conservação do material, sua manutenção e reparo, impõem-se da mesma forma como um dever. Os materiais têm um tempo de vida útil, estabelecidos por normas e legislação específica de cada Secretaria. Quando um material patrimônio do Estado for considerado inservível e tiver vencido o tempo de sua utilização, deverá ser solicitada formalmente sua declaração de inservibilidade e correta destinação legal.

O empréstimo de qualquer material a outros setores ou órgãos públicos pode levar a seu descontrole funcional, exigindo a elaboração de documentos e recibos, que atestem sua utilização por outros órgãos públicos. Convém que os chefes de serviço dos outros órgãos assinem os recibos.

7.3 - Sistemas de Comunicação:

Os equipamentos de telecomunicações em um Centro/Núcleo de EVP não requerem por parte dos Agentes condutas técnicas para sua manutenção e conservação, porém é sempre útil lembrar alguns cuidados:

Seu uso deve ser o mais racional possível, para que esteja sempre disponível a receber ou transmitir informações do interesse do serviço, pois para isso se destinam. Deve haver rigoroso controle do tempo de seu uso, nos casos que forem necessária sua utilização por AEVP ou qualquer pessoa, nas situações que se justifiquem.

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A hipótese de instalação de um telefone público comunitário deve ser pensada, porém, preferencialmente no interior de sala do corpo da guarda, onde haja presença constante de pessoas, o que funcionará como meio dissuasivo para seu emprego indevido, transmitindo-se ou recebendo-se mensagens de integrantes de quadrilhas. Haverá ainda, nessa situação, uma menor exposição do efetivo de serviço, pois ao telefonar em um orelhão, fora do corpo da guarda, o AEVP torna-se um alvo fácil.

Os aparelhos telefônicos internos devem ser constantemente limpos, e instalados em locais que evitem ser alvo de umidade de qualquer forma, como acidentes com copos cheios, a fim de não comprometer seus componentes internos, provocando sua utilização.

A fiação deve ser acondicionada em dutos próprios, junto à parede, evitando-se sua violação pelas chamadas "gambiarras" e até mesmo escutas ilegais (grampos). O Diretor de Centro/Núcleo deve periodicamente percorrer toda a fiação, desde o aparelho até o os distribuidores (caixas metálicas nas paredes), para isso poderá valer-se de integrante de sua equipe com habilidade na área.

Ao sinal de falha na comunicação, ou suspeita de "grampos", deverá solicitar inspeção técnica da Companhia Telefônica local, com prioridade de atendimento de sua chamada. Para isso é essencial o estabelecimento prévio com pessoa responsável por esse serviço na Companhia Telefônica, formando o relacionamento necessário para um pronto atendimento.

A presença de técnicos, quando chamados ou não, requer sempre o acompanhamento de seu serviço.

Tais condutas são aplicadas também para os casos de defeitos nos sistemas elétricos e de abastecimento de água.

Se houver aparelhos telefônicos nos postos, as mesmas condutas deverão ser adotadas em relação a eles, para sua conservação, porém o sistema interno não sofre manutenção pela concessionária de telefonia local.

7.4 - Sistema de Rádio:

Os rádios fixos deverão ser instalados em locais longe de umidade. Convém o uso de equipamentos do tipo "no break", à base de baterias, para os casos de queda do fornecimento de energia. As conexões de tomadas, antenas, microfones e outras deverão ser verificadas constantemente. Especial atenção deverá ser dada às antenas dos rádios fixos, que normalmente são externas, verificando-se a presença de objetos que nela se prenderam e providenciando sua remoção.

Os rádios móveis ou HT, devem ser protegidos da umidade, e adequados a um ponto do corpo do AEVP que evite seu atrito com as muretas, ou grades das muralhas ou postos, a fim de não danificá-los. Devem ser limpos periodicamente, externamente, com uso de pincéis ou aspirador para evitar o acúmulo de poeira ou resíduos que obstruam os sons emitidos pelo alto-falante ou recebidos pelo microfone.

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Especial atenção deverá ser dada às baterias dos rádios móveis, procurando sempre ter baterias de reserva e controlando-se seu tempo de validade, registrando-se de alguma forma, para que não se caia no esquecimento e o lote inteiro, ao mesmo tempo, comece a apresentar perda rápida de carga acumulada. O chamado "efeito memória" das baterias é evitado pelo seu correto recarregamento, conforme os manuais, ou, se não houver, ligando-se para o suporte técnico dos fabricantes e pedindo informações. Recarregar baterias de rádios ainda com carga parcial, de forma sistemática, poderá levar à sua inutilização precoce.

Cabe lembrar também que o consumo de bateria é sempre bem maior quando o rádio é utilizado para se comunicar. Quando ele permanece ligado, apenas recebendo mensagens, e em comunicações necessárias, o consumo é reduzido. É vedado seu uso para qualquer tipo de brincadeiras.

Os meios de comunicação devem ser de uso estritamente restrito principalmente o sistema da rede rádio.

7.5 - Armamento, Munições e Equipamentos de Proteção Individuais:

O armamento disponibilizado ao AEVP, se corretamente empregado, não requer procedimentos complicados para sua manutenção. Sua desmontagem e manutenção de 1º Escalão é tarefa simples, porém revestida sempre de grau de risco em relação a seu correto descarregamento. Acidentes ou incidentes com arma ocorrem por falta de atenção ou descuido mínima são os casos constatados pela perícia de falha do equipamento. É certo que uma arma não dispara sozinha. É sempre necessária uma pressão suficiente em seu gatilho para acioná-la, porém, depois de ocorrido o evento, quase sempre danoso, culpa-se a arma e alega-se impropriamente disparo acidental. Este será sempre de responsabilidade do atirador, e não da arma.

As regras de segurança do manuseio de armamento deverão ser reiteradas diariamente, permanecendo afixadas em quadros de aviso, ou paredes, às vistas dos AEVP, para que as leiam sempre, proporcionado sua assimilação, e coibidos quaisquer tipo de brincadeiras com armas.

O Diretor do Centro/Núcleo de EVP deve determinar limpeza e manutenção de 1º escalão com periodicidade semanal, confiando à tarefa a Agente de sua confiança, preferencialmente com curso de armeiro, ou então supervisionar a limpeza de seus Agentes, evitando assim a inobservância das regras de segurança no manuseio do armamento.

O armamento não empregado deverá ser guardado limpo, em condições de uso, em local vigiado e sob sua responsabilidade.

Quando o armamento apresentar defeito, deverá ser encaminhado para manutenção, observando regras de segurança para seu transporte, sempre em viaturas, sob responsabilidade de um funcionário habilitado em seu manuseio, convém que essa tarefa seja realizada por um de seus superiores.

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Quanto à munição, deve ser observada sua validade, procurando expô-la ao sol, sobre uma lona, após chuvas, frio intenso, ou quando apresentar sinais de umidade, visíveis externamente. Rígido controle deverá ser observado quanto à quantidade de munição, a cada passagem de serviço.

O equipamento de proteção individual dos AEVP, como coletes, cintos, coldres, porta-munição, algemas e lanternas individuais, não requerem cuidados específicos, devendo estar pelo menos limpos. Maior atenção deve ser dada aos coletes, evitando sua exposição à umidade, que poderá comprometer sua eficiência.

Os Diretores/Chefes de Equipe deverão inspecionar diariamente a limpeza e conservação do armamento e dos equipamentos utilizados pelos AEVP, ao assumirem o serviço, em seu término ou a qualquer momento, quando se fizer necessário.

7.6 – Incidentes de Tiro:

Podemos conceituar incidentes de tiro como os disparos de arma de fogo, ocorridos de forma não intencional por quem porta a arma, não havendo prejuízos à vida, à integridade física própria ou de outrem, nem danos ao patrimônio público ou particular.

Um incidente de tiro ocorre normalmente por descuido ou falta de atenção, sendo capitulado como transgressão disciplinar a qual o AEVP deverá responder, conforme inciso XXVI do Artigo 18, da Resolução SAP-5, lembrando que esse mesmo artigo, em seu inciso XIX, proíbe o porte de arma de fogo em serviço pelo AEVP.

7.7 - Acidentes de Tiro:

Acidentes de tiro podem tirar a vida de pessoas, quer seja daquele que porta a arma ou de terceiros. Podem causar ofensa à integridade física, das lesões mais simples às mais complicadas. Causam danos ao patrimônio público ou de terceiros.

Acidentes de tiro ocorrem por descuido ou desatenção de quem tem a posse de uma arma de fogo, ou quando esses, ainda que não queiram causá-los, assumem seu risco, desta forma poderão ser caracterizados como crime, pelo dolo eventual (não ter a intenção, mas assumir o risco de causá-lo) ou por culpa, caracterizada pela negligência ou imprudência do atirador, ficando a tese da imperícia quase sempre afastada, vez que o AEVP concluiu o Curso de Formação Técnico Profissional, no qual se tornou habilitado ao uso de arma de fogo quando em serviço.

Em caso de acidentes de tiro a primeira providência será a prestação de socorro à vítima, se houver. A segunda providência é a apreensão imediata da arma empregada, acionando-se a autoridade responsável pela lavratura de Boletim de Ocorrência, assumindo a preservação do local do acidente (local de crime).

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Cabe ao Diretor de Centro/Núcleo acompanhar todas as providências adotadas, inteirando-se do que as autoridades policiais farão, auxiliando-as no que couber, e, após, elaborará relatório de serviço, de forma clara, precisa e objetiva, sem considerações pessoais, o qual servirá para instaurar a necessária Apuração Preliminar.

7.8 - Perda ou extravio de armamento, munição ou equipamentos:

É inadmissível a hipótese de perda ou extravio de armamento, munição ou equipamentos utilizados pelos AEVP durante o serviço. Haverá sempre a hipótese do crime de peculato. O efetivo controle e fiscalização impedem que isso ocorra, sendo sempre responsabilidade do AEVP que estava em sua posse.

Noticiada a perda ou extravio, o Diretor de Centro/Núcleo ou Chefe de Equipe, deverá proceder a busca minuciosa, se necessária busca pessoal em seus agentes, nos arredores do corpo da guarda, em seu interior, nos armários, nos veículos e viaturas estacionadas em seus limites e na linha de segurança do estabelecimento. A arma, munição ou equipamento, deverá ser localizado.

Na hipótese de sua não localização, tratando-se de armamento, munição, algemas, coletes ou HT, deverá ser lavrado o Boletim de Ocorrência.

No caso de ocorrências policiais havidas com o efetivo de serviço do Corpo da Guarda, o Diretor deverá solicitar a apresentação de seus agentes após o término do serviço, exceção aos casos de flagrante delito, evitando-se desguarnecer os postos e colocando em risco a segurança da unidade.

7.9 – Lei de Improbidade Administrativa:

Os integrantes do Centro/Núcleo de EVP deverão ter sempre em mente que não poderão valer-se dos bens públicos, de qualquer forma, para obter vantagens pessoais, mesmo que deles não necessitem se apropriar.

A obtenção de vantagens a partir de bens públicos, ou serviços, constitui ato ilícito, caracterizando a improbidade administrativa, tais situações são objeto de lei específica, a Lei Federal N° 8.429, de 2 de junho de 1992, que Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta e indireta.

7.10 – Higiene e Conservação das Instalações:

O ambiente em que exercemos nossas atividades deve ter um aspecto agradável, exercendo influência positiva sobre nosso estado psicológico. Um ambiente sujo e mal arrumado tende a tornar as pessoas depressivas.

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A limpeza, a estética dos móveis, a conservação predial, as práticas saudáveis de higiene, os banheiros limpos, tornarão o ambiente agradável e salutar.

Ambientes coletivos são passíveis de proporcionar a proliferação de determinadas doenças, sendo indispensáveis as práticas sadias.

Compete ao Diretor e Chefes de Equipe determinar a limpeza diária das instalações, colaborando para sua manutenção.

A conservação das instalações, limpeza, pintura e outros, em princípio, poderão como doutrina de segurança, ser realizado por AEVP com espírito de voluntariedade ou por terceiros, contratados, pois, a realização desses serviços por sentenciados, em razão da presença de armas no local, é fator de risco para a segurança da unidade prisional.

O famoso “Motim da Ilha Anchieta”, no ano de 1952, no Instituto Correcional da Ilha Anchieta, onde 453 presos cumpriam sentença, causou a morte de dez funcionários e policiais, além de ferimentos em muitos outros. O início do plano de fuga que levou ao motim teve como pano de fundo a quebra da vigilância e o excesso de confiança, que aproximou os sentenciados daqueles que deveriam vigiá-los.

Quando da elaboração das Normas Gerais de Ação, cada Diretor deverá disciplinar as tarefas para limpeza e conservação das instalações e dos postos, pelos integrantes das Equipes de EVP.

7.11 - Manutenção do Sistema de Segurança: Todos os acessórios que compõem o sistema de segurança física das

unidades prisionais, relativos à segurança externa, incluindo-se as barreiras físicas, que serão abordados no próximo capítulo, devem receber atenção especial do Diretor de Centro/Núcleo e do Chefe de Equipe, que devem ser incansáveis na busca de soluções para sua manutenção, quer por meio de documentos junto à sua Diretoria, quer por alternativas para sua realização, através de seus Agentes.

O sistema de segurança torna-se vulnerável quando permite uma "fissura" em qualquer dos seus "tentáculos".

Quando ocorrer a contratação de serviços de terceiros, esses deverão ser rigorosamente acompanhados e constatados a eficiência da manutenção e a qualidade de seus serviços.

Registros diários deverão apontar a deficiência no sistema, e qual é o posicionamento das providências que demandam sua correção.

8 - LIMITES DE ATUAÇÃO DOS AEVP

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8.1 - Área de jurisdição do AEVP:

O Artigo 1º, parágrafo 1º, da Lei Complementar 898/01, permite o desempenho de atribuições pelos AEVP, fora das unidades prisionais onde estão lotados, somente no caso de escolta e custódia de presos, e pelo período de tempo que se fizer necessário sua movimentação externa, ou sua permanência em local diverso da unidade prisional.

Quando no exercício de atividade de segurança externa de unidades prisionais, tem como área de jurisdição somente a linha de segurança.

8.2 – Linha de segurança:

A segurança externa do estabelecimento penal se limita à faixa que o circunda, coincidindo com a barreira perimetral, onde o AEVP atuará em postos, com a finalidade de impedir a evasão de presos e a ação externa em caso de tentativa de arrebatamento desses, ou introdução de objetos ilegais por arremesso e outros meios, estabelecendo o que podemos chamar de uma linha de segurança em volta do presídio, para contenção desses atos e até mesmo para isolá-lo, em caso de sua eclosão.

8.3 - Abuso de autoridade e outros delitos:

Qualquer atuação dos AEVP em serviço, fora desses limites legais, poderá incorrer na caracterização do crime de abuso de autoridade, previsto na Lei 4898/65 (ANEXOS), e em outros crimes, em razão dos resultados produzidos.

Porém, para que não causemos controvérsias há que se ter a perseguição de preso que tente a fuga, e ultrapasse o limite da linha de segurança, como atribuição e dever legal imposto aos AEVP, estando assim caracterizada a antijuridicidade do fato, pelo estado de necessidade, ou estrito cumprimento do dever, até mesmo adentrando-se em domicílios no caso dessa perseguição, ou cercando o local e acionando a Polícia Militar, hipótese tecnicamente mais viável, pois os policiais militares são especialistas nessas ocorrências.

9 - OCORRÊNCIAS EM UNIDADES PRISIONAIS

9.1 - Ocorrências típicas do serviço de segurança externa:

Entende-se por ocorrências em um estabelecimento prisional aquelas situações que rompam sua rotina, sua normalidade, e que possam comprometer sua

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segurança, com ou sem ameaça de vidas, ou da integridade física das pessoas que ali estejam.

As principais ocorrências em estabelecimentos prisionais que demandam atuação diferenciada, ou mesmo intervenção, como resposta imediata, pelo pessoal responsável pela guarda externa de estabelecimentos prisionais são:

fuga de presos

tentativa de fuga de presos

incêndios

resgate de presos ou tentativa

motins ou revolta de presos (rebeliões)

tomada de funcionários ou visitantes como reféns

incidentes naturais ou devidos à falha humana (queda de raios, curtos-circuitos)

explosões

desmoronamentos

construções ou encontro de túneis

retenção de familiares durante as visitas

e outras ocorridos em seu interior ou exterior, mas que tenham relação direta com a sua segurança

9.2 – Diferença entre tentativa de fuga e fuga:

Ocorre a tentativa quando um ou mais presos, com ou sem meios, chegam até a barreira perimetral, muralha, ou alambrado que antecede esta, e a ultrapassam ou não, sem sair do controle do pessoal da segurança externa, em razão de sua imediata atuação.

Ocorre a fuga quando preso ou presos, com ou sem meios, chegam até a barreira perimetral e a ultrapassam. Escapar da vigilância e observação, perdendo-se o controle visual sobre o preso, é o requisito para caracterização da fuga.

9.3 – Meios empregados nas fugas:

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São considerados como meios os artifícios usados pelos presos, como “teresas” (cordas de pano trançados, ou cadarços), garatéias (ganchos), estiletes, disfarces de uniformes, e outros recursos usados para consecução da fuga.

É importante ressaltar que a transposição da muralha ou de outro tipo de barreira perimetral, deixa vestígios, como deformidades do suporte, do piso, pegadas, encontro de “teresas” e outros, constituindo-se em vasto campo para a atuação da perícia.

9.4 – Revistas de presos nas unidades prisionais:

São realizadas por deliberação da Direção da Unidade, e normalmente é dada ciência ao pessoal da Segurança externa (Corpo da Guarda), que reforça os postos.

Porém, a critério e conveniência da SAP, poderão ser realizadas por órgãos policiais, muitas vezes sem o conhecimento da própria Direção do estabelecimento, e, conseqüentemente do pessoal do Centro/Núcleo de EVP.

9.5 – Necessidade de intervenção da Polícia Militar:

Quando acionada a Polícia Militar, em casos excepcionais, há uma fase em que a guarda permanece a cargo dos AEVP. Deve ser franqueada a entrada dos especialistas da PM para as observações necessárias, com a finalidade de possível invasão do estabelecimento, devidamente autorizada pelo superior imediato que se fizer presente.

9.6 – Atuação dos policiais (P-2):

A Polícia Militar dispõe de um serviço de informações policiais, com PM que trabalham em trajes civis e viaturas descaracterizadas, os quais normalmente comparecem às unidades prisionais para coletarem informações sobre a situação, antes do deslocamento dos Batalhões de Choque ou Forças Táticas.

Tais policiais militares, uma vez devidamente identificados, poderão ter acesso a qualquer local, a fim de realizarem seu trabalho.

9.7 – Competência para acionamento da Polícia Militar:

Em casos de ocorrências mais simples ou corriqueiras, o responsável pelo plantão é competentes para acionamento da PM, por meio do COPOM (190), ou telefones de emergência, como do Batalhão ou da Companhia local.

Em ocorrências mais graves, como rebeliões, a competência é do Diretor do estabelecimento ou quem estiver substituindo-o.

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9.8 – Atuação do Departamento de Inteligência da SAP (DISAP):

O Departamento de Inteligência da SAP (DISAP), tem sua sede na capital, junto a SAP, porem possui núcleos de inteligência junto às Coordenadorias regionais e tem por objetivo elaborar e implantar, no âmbito da Pasta, políticas gerais de inteligência, de segurança, interna e externa, das unidades prisionais e de movimentação e escolta de presos, conforme prevê em seu decreto de criação nº49874, de 09-08-2005.

O responsável pelo Centro/Núcleo de EVP, deverá procurar uma aproximação e um bom relacionamento junto ao DISAP, pois, várias das atividades executadas pelo Centro/Núcleo de EVP são fiscalizadas/subsidiadas pelo DISAP, bem como aquisição de armamento, distribuição de munições e materiais de uso restrito, devem ser informado e solicitado através do DISAP.

9.9 – Atuação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e Célula de Intervenção Rápida (CIR):

O GIR/CIR tem em seus limites de atuação os interiores dos presídios, e no uso de armamentos o estritamente não letal, portanto nas intervenções pode haver a necessidade de uso de Cal. 12 com munição não letal, canileiros, granadas de efeito moral, bombas de gás, etc, nestes casos, o corpo da guarda deve estar previamente avisado e ter a atenção necessária para não confundir com outro tipo de ação.

9.10 - Preservação de local de crime:

Local de crime é todo sítio (lugar) onde tenha ocorrido uma infração penal, e divide-se em local mediato e imediato, podendo ser local interno ou externo.

Local imediato é aquele onde o evento efetivamente produziu seu resultado, enquanto o local mediato constitui-se das cercanias onde possam ser localizados vestígios ou outros objetos de crime.

A preservação do local de crime é de competência e responsabilidade da autoridade policial, até a chegada e realização das perícias necessárias pela Polícia Científica.

À Polícia Militar cabe a função de preservar o local de crime, cientificando a autoridade policial do evento, que solicitará o concurso da Polícia Científica.

Ocorrendo um crime na Linha de segurança, o AEVP deverá isolar de imediato o local, não tocando em nada, até a chegada da Polícia Militar.

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10 - OCORRÊNCIAS COM AERONAVES

10.1 - Sobrevôo de aeronaves:

Atenção especial deverá ser dada ao sobrevôo rasteiro de aeronaves sobre o estabelecimento, por qualquer tipo de aeronave, inclusive as do tipo ultraleve ou similar, com especial atenção aos helicópteros, ocasião em que o AEVP de serviço no posto deverá dar imediata ciência do fato ao seu superior imediato, anotando o prefixo da aeronave.

O sobrevôo de helicópteros só será admitido quando com prévia ciência da Direção do estabelecimento, sua autorização, e através de aeronave com a devida homologação e identificação com base nas normas do Departamento de Aviação Civil (DAC).

O espaço aéreo sobre estabelecimentos prisionais é considerado zona de exclusão, ficando proibido o sobrevôo de helicópteros civis e seu pouso no interior do estabelecimento prisional, conforme estabelecem regras da Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo, com base em seu regulamento, disciplinando que “é proibida a operação de helicópteros sobre as áreas presidiárias em altura inferior a 500 pés (160 m), exceto quando solicitada por autoridade governamental competente”.

Aeronaves da Polícia, devidamente identificadas e reconhecidas por suas cores e nomenclaturas, atuarão em estabelecimentos prisionais em situações de emergência ou anormalidade, sendo possível contatá-las através de radio-comunicador, ou utilizando-se do COPOM, porém, da mesma forma seguem os protocolos de ciência aos estabelecimentos prisionais.

A tentativa de aproximação e pouso de aeronaves do tipo helicóptero no interior do estabelecimento, em condições diversas das acima, sobretudo aquelas que estejam em situações que possam indicar ou presumir ações de resgate de presos ou introdução de objetos ilegais no interior do estabelecimento, deverá ser imediatamente reprimida com disparos de arma de fogo direcionados contra seu rotor de cauda, se as condições locais assim o permitirem.

A instalação de cabos de aço sobre a unidade impede o pouso dessas aeronaves, porém sua ação ainda poderá ser frutífera nos caso de lançamento de escadas ou cabos (cordas).

Todas as medidas possíveis devem ser adotadas para dissuadir a tentativa de pouso, e o uso de arma de fogo nessa situação, ou após sua decolagem, se houve êxito no intento, deverá ser criteriosamente avaliada caso o estabelecimento prisional situe-se em área urbana.

Convém lembrar neste tópico que “pipas” (papagaios, quadrados – brinquedos) e até mesmo aeromodelos, podem ser utilizados para introdução de objetos ilegais

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em um estabelecimento prisional, ou troca de informações entre o ambiente interno e externo.

11 – GERENCIAMENTO DE CRISES NO SISTEMA PRISIONAL

11.1 - Doutrina de Gerenciamento de Crises:

O Ten Cel PM MASCARENHAS44, especialista em gerenciamento de crises em segurança pública, autor de monografias e livros na área, além de sua experiência em ocorrências em presídios e com reféns ensina que fugas, tentativas de fuga, motins de presos, tomada de pessoas, como funcionários, outros detentos, familiares, visitantes ou autoridades, como reféns, poderão constituir-se em uma crise

Mascarenhas afirma que o gerenciamento de crises é um processo de identificação, obtenção e aplicação dos recursos necessários à antecipação, prevenção e resolução de uma crise, com o objetivo de salvar vidas e aplicar a lei, onde a tomada de decisão engloba rigorosamente os critérios de necessidade, validade e aceitabilidade do risco.

A adoção de Gabinetes de Crise para o gerenciamento destas, é uma medida imprescindível para a busca da solução aceitável, conforme prega a doutrina atual.

A Secretaria da Administração Penitenciária possui uma equipe de Negociação, e o processo de Gerenciamento da Crise envolve a atuação dos órgãos policiais.

Caberá ao Diretor do Centro/Núcleo de EVP reforçar a segurança externa, colaborando ao máximo, no que couber, com os órgãos públicos.

O acesso de policiais militares ou civis à muralha durante as ocorrências, desde que devidamente identificados e sob comando próprio, poderá ocorrer por sua conveniência e necessidade, devendo ser relacionados e identificados, e constado em relatório a data e horários que subiram às muralhas e postos, bem como quando deixaram esses locais.

A missão dos AEVP no processo de gerenciamento de crises é limitada ao reforço da segurança externa.

Conflitos originados por AEVP, bem como melindres de qualquer natureza, demonstram uma atitude anti-profissional, podendo resultar em desdobramentos que incorrerão em sua responsabilização administrativa e até mesmo penal, vez que poderão incorrer nos crimes de desobediência ou desacato.

4 WANDERELEY MASCARENHAS DE SOUZA, é Tenente Coronel da Polícia Militar e, atualmente, comandante do 26º BPM/M, autor dos livros Gerenciando Crises em Segurança e Como se comportar enquanto refém.

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12 – PLANO DE SEGURANÇA

12.1 – Conceito:

É um instrumento legal e normativo, através do qual está previsto toda atuação, individualizada e pormenorizada, adotada pelo pessoal da segurança externa do estabelecimento prisional, bem como os materiais e meios necessários à segurança nos casos de normalidades e anormalidades. Podemos ressaltar que tudo o que envolve a segurança externa do estabelecimento prisional, desde a definição dos turnos, postos a serem guarnecidos, equipamentos utilizados, sistemas de iluminação, comunicação, pessoal, etc., faz parte do plano de segurança, devendo estar previsto e minuciosamente descrito nos casos de situação normal e anormalidades (rebeliões, motins, resgates, etc.).

A elaboração do plano de segurança é um trabalho metódico, de planejamento, que requer tempo, conhecimento técnico e envolvimento de diversas pessoas, inclusive coletando-se sugestões e opiniões daqueles que atuam diretamente na segurança do estabelecimento.

Deve ainda contar com a participação, e envolvimento no projeto, das autoridades de segurança local, e outros órgãos, como hospitais, corpo de bombeiros, concessionárias de serviços públicos (energia, água, telefonia, transporte, gás, trânsito e outros), a fim de que sejam formados os necessários relacionamentos para ação imediata quando de seu acionamento.

A análise e definição do grau de risco e vulnerabilidade do estabelecimento, bem como a definição dos objetivos do plano, constitui uma das fases mais importantes de sua elaboração.

A partir da identificação dos riscos, parte-se para os planos de ação individualizados por ocorrências (procedimentos operacionais padrão), definindo os níveis de resposta associados ao grau de risco de cada evento.

Necessário se faz o conhecimento, por todos os integrantes do serviço de segurança externa, de suas atribuições específicas, quando do acionamento do plano.

Um plano de segurança deverá detalhar todas as ações e prever ainda situações de contingência, ou seja, alternativas para eventualidades que impeçam de qualquer forma o seu desenvolvimento.

Deverá contar com o "croqui" e, se possível, ainda que em separado, com as plantas arquitetônicas do estabelecimento.

Fotos aéreas do estabelecimento juntadas ao plano facilitarão a compreensão da dinâmica das rebeliões, quando se deflagrarem.

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Os telefones de autoridades, de órgãos policiais, concessionárias de serviços públicos, funcionários de setores-chaves da unidade como o pessoal de manutenção, delegacias, hospitais, Batalhões ou Companhias da PM, empresas de manutenção e fornecedoras de alimentação, e outros, deverão constar do plano e serem atualizados constantemente, mediante ligações para sua confirmação, o que, em caso de normalidade, poderá ser feito mensalmente, e no prenúncio de anormalidades, antes que elas venham a ocorrer.

Dos itens que devem ser descritos no plano de segurança do estabelecimento prisional, destacamos os seguintes:

Plano de ação coordenada

Plano de Chamada

Sistema de Iluminação

Sistema de comunicação

Sistema de alarmes

Plano Particular de Intervenção

Plano de Auxilio Mútuo

Mapa de Risco

Plano de Manutenção

Gerenciamento de Crises

Plano de Prevenção de Incêndio (PPI)

12.2 - Plano de Chamada:

O plano de chamada é um documento e um instrumento legal para acionamento dos AEVP das equipes de folga. Deverá descrever as situações que determinarem seu acionamento, tendo como base o interesse público, a defesa e segurança da sociedade, como rebeliões, motins e outras graves perturbações da normalidade naquela unidade. Situações que tenham ainda a previsibilidade de se desdobrarem em situações mais graves, ou perdurarem por tempo indeterminado.

É competente para acionar o Plano de Chamada o responsável pelo plantão, o Diretor do Centro/Núcleo de EVP e seus superiores hierárquicos. O plano de chamada deverá conter o nome dos Agentes, endereços residenciais, telefones para contato, e-mail, telefones celulares e outros telefones onde possam ser localizados.

O plano de chamada deverá ser atualizado periodicamente, ou sempre que houver alteração em quaisquer dos dados de seus integrantes.

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O plano de chamada organizará os integrantes de sua respectiva equipe em homens-chave e sub-chave, agrupados por proximidade de endereço, de tal forma que em caso de convocação, além do contato direto do Chefe de Equipe ou Diretor, o homem-chave proceda ao contato com os integrantes de sua chave.

12.3 - Normas Gerais de Ação (NGA):

As atribuições dos AEVP, Chefes de Equipe, Diretores de Núcleo e Diretores de Centro, acham-se reguladas pela lei Complementar 898/01, Lei Complementar 976/05 e Resolução SAP-5, já citadas e constante dos ANEXOS deste trabalho, porém, devido à peculiaridade de cada unidade prisional, o Diretor de Núcleo, no uso de suas atribuições, conferidas pelo artigo 6º da Resolução SAP-5, poderá estabelecer normas internas, de âmbito da segurança externa, que não atentem contra qualquer preceito estabelecido em norma vigente.

É essencial que as normas estabelecidas visem sempre o interesse público e o serviço que exerce, para que se enquadrem nos princípios de legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência, e tenham como objeto a proteção de pessoas, bens e serviços públicos, na área de vigilância.

13 - ACIONAMENTO DO PLANO DE CHAMADA

13.1 - Determinantes para o acionamento do plano de chamada:

A estruturação e a elaboração do plano de chamada já foi estudado em capítulo anterior, porém seu acionamento é um motivo de apreciação nesse capítulo.

Quando de sua elaboração, devem constar seus objetivos, finalidades, formas de contato com os agentes e meios para seu acionamento.

Deve haver um protocolo que determine as situações para seu acionamento, de conhecimento dos Diretores/Chefes de Equipe. Esse protocolo estabelecerá as situações de ocorrências internas, externas e eventos que, apesar de não guardarem relação direta com a situação de anormalidade interna, poderão determinar a necessidade de seu acionamento, como por exemplo, blecautes duradouros, rompimento do fornecimento de água, alimentação para o estabelecimento e até greves nos transportes públicos que interfiram no transporte de AEVP que se utilizem exclusivamente desse meio de transporte.

É necessário que haja um consenso para seu acionamento, de forma a não desgastar o próprio Diretor de NEVP ou Chefe de Equipe, evitando também descrédito à própria eficiência do plano e desgaste físico de seus homens. Muitas vezes será mais prático permanecer com parte dos homens que não saíram do serviço, do que acionar aqueles que estejam em suas residências, pois a equipe

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que entra de serviço estará descansada, em condições de ser suprimida parte de seu período de folga no turno, utilizando o pessoal que saiu de serviço apenas para que possam descansar.

Órgãos policiais poderão avaliar a gravidade da situação, disponibilizando viaturas para reforço da segurança na área externa, quando solicitados pela Direção, ou em caso de extrema urgência, possuindo considerável poder de mobilização, até a chegada dos AEVP.

14 – DEVERES DOS DIRETORES E CHEFES DOS CEVP/NEVP

Relacionamos a seguir algumas atribuições e deveres dos Diretores de Centro/Núcleo, Chefes de Equipe e AEVP de serviço, que complementam as impostas pela Lei Complementar 898/01 e a Resolução SAP-5 de 2003.

As prescrições abaixo não se constituem as únicas atribuições e deveres dos integrantes desses cargos, devendo ser complementadas, de forma particular, em cada Unidade Prisional, com as Normas Gerais de Ação (NGA).

14.1 - Deveres do Diretor de Centro/Núcleo:

São atribuições do Diretor do Centro/Núcleo:

a) manter total controle sobre o pessoal a sua disposição;

b) elaborar escalas de serviço, mantendo-as devidamente arquivadas em local seguro, após efetivo cumprimento;

c) elaborar o plano de férias; planejar o gozo de licenças prêmios e outros afastamentos previsíveis, de forma que não haja comprometimento à segurança do estabelecimento em razão dos absenteísmos;

d) fazer conhecer a necessidade de provisão de pessoal ao Diretor de Presídio, e solicitar a substituição daqueles afastados por longo período ou definitivamente;

e) avaliar com critério pedidos de afastamentos, negando-os ou manifestando-se contrário se houver comprometimento à segurança do estabelecimento;

f) zelar pela apresentação pessoal dos AEVP sob sua chefia direta;

g) zelar pela manutenção do moral elevado de seu pessoal;

h) zelar pela saúde de seus subordinados, procurando conhecer suas condições físicas necessárias ao bom desempenho do serviço e, se necessário, encaminhá-los ao serviço de saúde;

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i) conhecer sobre eventuais desvios de conduta de seus subordinados, como alcoolismo, dependência química e sociopatias, encaminhando-os para o devido tratamento;

j) impedir a realização de festas como “churrascos” e outros eventos, nas dependências da Casa da Guarda, que possam comprometer a segurança do estabelecimento;

k) vedar o uso de bebidas alcoólicas, ou mesmo sua presença, nas dependências da Casa da Guarda;

l) manter atualizado o cadastro de seus AEVP, incluindo atualização de endereços e meios de contato, elaborando o plano de chamada para acionamento em casos de extrema anormalidade;

m) dar especial atenção às escalas de serviço quando de festividades em geral, como Natal, ano novo, carnaval, feriados prolongados, finais de campeonatos, greves de transportes coletivos e outros, cuja previsibilidade de ocorrerem absenteísmos seja iminente, pois as séries históricas indicam a maior ocorrência de fugas e rebeliões nesses períodos.

Ao Diretor do Centro/Núcleo de AEVP compete ainda:

a) o adestramento constante de seus subordinados, através de instruções de manutenção (educação continuada – armamento e tiro, ordem unida, gerenciamento de crises e outros);

b) a elaboração e atualização, constante, do Plano de Chamada;

c) a elaboração e atualização, constante, do Plano de Segurança do Estabelecimento Prisional;

d) sua atualização profissional constante, junto aos órgãos de segurança pública, na busca de novos conhecimentos que possam ser úteis em seu serviço, propondo sua aplicabilidade, mediante parecer e autorização da Secretaria da Administração Penitenciária;

e) a fiscalização da correta execução do Plano de Segurança, no caso de eclosão de ocorrências no estabelecimento;

n) fazer conhecer, por todos os seus subordinados, suas atribuições quando de serviço, em caso de desencadeamento do Plano de Segurança do estabelecimento;

o) proceder rondas, inclusive de inópino, visando verificar as condições de execução do serviço, equipamentos e instalações;

f) providenciar o registro de todas as ocorrências verificadas no serviço de segurança externa de estabelecimentos prisionais;

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g) solicitar apoio dos órgãos de segurança pública quando necessário, para contenção de ocorrências internas ou externas, conforme previsto no Plano de Segurança;

h) manter bom relacionamento com as autoridades de segurança pública local, dos diversos poderes do Executivo e Judiciário.

Obs: O descrito neste tópico destina-se aos Diretores de Centro nas unidades em conformidade com a Lei Complementar 976/2005 e aos Diretores de Núcleo nas unidades cuja estrutura obedece a Lei Complementar 898/2001.

14.2 - Deveres dos Diretores de Núcleo/Chefes de Equipe:

O Diretor do Núcleo (turno) é o Principal assessor do Diretor do Centro de Escolta, assim como o Chefe de Equipe é o principal assessor do Diretor de Núcleo, e seu substituto imediato em seus afastamentos, atuando em jornadas de 12 horas, nos moldes dos AEVP, cabendo-lhes:

1. conferir a presença dos AEVP ao serviço conforme escala do Diretor de Núcleo, comunicando faltas e atrasos, transmitindo as orientações e determinações por início do turno de serviço;

2. distribuição diária dos Postos de Vigilância a serem guarnecidos pelos AEVP de serviço;

3. executar a fiscalização das instalações físicas da área de segurança externa;

4. orientar os agentes, quanto à conduta e postura junto ao serviço de guarda;

5. zelar pela segurança do Agente de serviço no posto de vigilância;

6. elaborar relatórios de serviço relatando ocorrências havidas em seu turno;

7. comunicar de imediato ao Diretor de Núcleo, ou na ausência desse, ao Diretor do estabelecimento, as ocorrências de vulto no âmbito do estabelecimento;

8. fiscalizar o estacionamento de veículos na via de acesso à Unidade Prisional e imediações, bem como em sua linha de segurança, fazendo cumprir o previsto nas Resoluções que definem o local como “Área de Segurança”;

9. atentar para o número mínimo de postos a serem cobertos, conforme estabelecido pelo Diretor de Núcleo;

10. efetuar rondas, quantas forem necessárias;

11. registrar as rondas realizadas, bem como fazer constar que o AEVP foi individualmente rondado, mencionando inclusive os horários;

12. fiscalizar as atividades dos AEVP escalados de reforço;

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13. manter a disciplina;

14. comunicar as novidades durante o serviço, constando os fatos, providências tomadas e sugestões para sua melhor solução;

15. inteirar-se das ordens e determinações, transmiti-las aos seus Agentes, e, no caso de dúvidas, esclarecer com seu Diretor de Núcleo ou Diretor da Unidade;

16. tratar todos os seus Agentes com profissionalismo, interessar-se pelos seus problemas, mesmo que sejam de ordem particular, orientar e sugerir a melhor solução e, se for o caso, levar ao conhecimento de seu Diretor de Núcleo ou Diretor da Unidade;

17. acionar e fazer cumprir o Plano de Segurança, nos casos previstos, e acompanhar sua evolução nas diferentes etapas;

18. zelar pela manutenção e conservação do equipamento, armamento e munição à disposição do pessoal da segurança externa.

Obs: O descrito neste tópico destina-se aos Diretores de Núcleo nas unidades em conformidade com a Lei Complementar 976/2005 e aos Chefes de Equipe nas unidades cuja estrutura obedece a Lei Complementar 898/2001.

14.3 – Das Rondas:

1) rondar nos horários estabelecidos em escala, permanecendo na muralha durante todo período;

2) estar sempre em condições de ser localizado facilmente em caso de ser acionado;

3) levar ao conhecimento do Chefe de Equipe todas as novidades do serviço, bem como sugerir alternativas de soluções;

4) ao efetuar a ronda, estar atento a qualquer movimento, dialogar com a sentinela no sentido de constatar as suas condições orgânicas e conhecimentos para o desempenho do serviço;

5) acionar o pessoal de horário de folga e apresentá-lo ao Chefe de Equipe para a necessária distribuição em reforço da muralha quando de situação anormal;

6) quando do impedimento de sentinela, propor ao Chefe de Equipe a substituição ou remanejamento de postos.

15 - DEVERES DO AEVP NO POSTO DE VIGILÂNCIA

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Além dessas atribuições, para cada posto de vigilância poderá ser previstas situações/procedimentos específicos descritos em NGA interna.

a) assumir o serviço rigorosamente no horário designado, antecipando seu deslocamento se necessário;

b) conhecer as atribuições de seu posto de vigilância;

c) assumir o serviço com uniforme devidamente alinhado;

d) receber e conferir o armamento, a munição, o equipamento rádio e outros apetrechos necessários ao serviço;

e) inteirar-se das novidades do posto com seu parceiro;

f) verificar a limpeza e as condições gerais do posto de serviço;

g) ter sua atenção voltada para o interior do presídio, sem descuidar do lado de fora da muralha, comunicando imediatamente a presença ou aproximação de pessoas estranhas, ou em atitude suspeita, bem como de objetos estranhos, na linha de segurança do estabelecimento;

h) prestar atenção aos movimentos dos presos, procurando observar somente o que interessa ao serviço, não revidando às provocações;

i) comunicar verbalmente aos rondantes, ou Chefe de Equipe, qualquer novidade observada na segurança do estabelecimento;

j) acionar o alarme geral do Presídio sempre que a anormalidade observada for de caráter urgente, e se não estiver nas imediações de seu posto nenhum rondante, caso em que passará a este a responsabilidade sobre a iniciativa;

k) conferir e manter a munição de seu armamento sempre em condições de uso imediato;

l) zelar pela limpeza de seu posto e conservação dos meios de comunicação:

m) comunicar qualquer irregularidade ao assumir o posto, ou durante seu turno de serviço;

n) não estando de hora, permanecer no alojamento da Casa da Guarda, pronto para, em caso de emergência, dar cumprimento ao que estabelece o plano de segurança;

o) conhecer as atribuições de seu posto em caso de acionamento do Plano de Segurança;

p) não utilizar de qualquer aparelho de telefonia móvel, celular, Pager, rádio, televisor e qualquer outro meio que venha a provocar sua distração no posto de serviço, exceto o HT fornecido pelo Chefe de Equipe;

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q) não portar arma particular durante o serviço;

r) só manusear a arma quando necessário, evitando qualquer risco de incidente ou acidente de tiro, procurando ainda conservar seu estado geral;

s) não trocar de horário com seu parceiro sem a prévia autorização de seu chefe de turno;

t) não se afastar de seu posto de serviço e, em caso de necessidade de ordem fisiológica, acionar o Chefe de Equipe que providenciará sua substituição;

u) ter consciência de que sua saúde e seu estado geral são determinantes para o seu bom desempenho profissional, comunicando qualquer alteração a seu Chefe de Equipe;

v) não manter diálogos com presos;

w) adotar o Procedimento Operacional Padrão no caso de tentativa de fuga, ou arrebatamento de presos.

16 - REGIME DE TRABALHO

O regime de trabalho dos AEVP tem fundamentação legal na Lei Complementar 898/2001, Resolução SAP-5/2003, Resolução SAP-27/2005 e Resolução SAP-1/2007 e deve ser fielmente observado e cumprido.

A atividade de segurança externa de unidades prisionais é um serviço que está enquadrado na necessidade e no interesse público, em defesa da sociedade, e é caracterizado por sua ininterruptabilidade e pelo revezamento, sendo desenvolvido por força de lei 24 (horas) por dia.

Conforme disciplinam os respectivos instrumentos legais, a jornada de trabalho é de 12 (doze) horas de serviço por 36 (trinta e seis) horas de folga, ou 12 (doze) horas de serviço por 24 (vinte e quatro) horas de folga, seguindo de 12 (doze) horas de serviço por 48 (quarenta e oito) horas de folga, a critério de cada unidade prisional. Entende-se por jornada o período de efetivo trabalho, de forma que a jornada diária, dividida em turnos de horas de serviço no posto, por horas de prontidão na casa da guarda, quando os AEVP constituirão a equipe de reforço e reação às situações de anormalidade, aplica-se apenas em situações de normalidade, pois, ocorrendo anormalidades, a folga deverá ser imediatamente suprimida.

Nenhum AEVP, Diretor, ou Chefe de Equipe, deverá afastar-se de seu local de trabalho, ou das cercanias da Unidade onde exercem seus cargos, durante o serviço.

Por se tratar de um serviço de segurança, do interesse público, e em defesa da sociedade, cabe ao Diretor de Centro/Núcleo de EVP proceder à convocação,

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mediante Ordem de Serviço escrita, ou por acionamento do Plano de Chamada, dos AEVP de folga, mediante critérios de imperiosa necessidade, devidamente justificada por situações de anormalidade, ou iminência de sua ocorrência, e que justifiquem um reforço do efetivo da guarda externa.

A esta convocação por ordem de serviço, ou acionamento do plano de chamada, caberá aos AEVP responderem de imediato, vez que tal ato convocatório é sustentado pelos atributos do ato administrativo, que são a presunção da legitimidade, a imperatividade e a auto-executoriedade.

Há ainda o dever ético, o qual o AEVP assumiu o compromisso ao tomar posse para o exercício de seu cargo, e por ocasião da conclusão de seu curso de formação técnico-profissional, dever esse materializado pela responsabilidade e comprometimento compartilhado de prover a segurança de seus companheiros de equipe, que deles necessitarão nas situações de convocação extraordinária, para a preservação de suas vidas e integridade física própria ou de terceiros.

17 - PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO AEVP (SEQUÊNCIA DE AÇÃO)

17.1 - Nas Tentativas de Fuga:

1) o AEVP no posto de vigilância deverá acionar o alarme ou outro meio existente, alertando o pessoal do reforço, não havendo outro meio, até mesmo com um disparo de arma direcionado a local seguro (previamente definido).

2) através de verbalização tentará dissuadir o preso ou presos envolvidos, procurando visualizar suas características e meios empregados, para eventual reconhecimento futuro, dando-lhe nesse momento voz de advertência e parada, ao mesmo tempo em que procede a manobra própria de carregar a arma.

3) não obtendo êxito, efetuará um disparo de arma de fogo para o interior da linha de segurança, longe do(os) infrator(es), como forma de intimidação e, se mesmo assim o infrator ou infratores prosseguirem no seu intento, efetuará outro disparo direcionado a local seguro, próximo à(s) pessoa(s) envolvida(s) no evento;

4) se suas atitudes não se demonstrarem suficientes para obstar a ação e na impossibilidade de utilizar-se de outro meio para cumprir sua função de impedir a fuga, (se necessário) disparar sua arma de fogo direcionada para o(s) infratores(s), visando pontos não vitais, mas que impeçam a continuidade do intento, como as pernas do(s) infrator(s), em sua parte inferior. Toda a ação deve ser dirigida com o objetivo único de impedir a fuga, isto é, cumprindo com a função que lhe foi confiada e para a qual foi devidamente treinado. Agindo assim, e não dando margem a interpretações de ter havido o cometimento de excessos, certamente estará amparado pela

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excludente de criminalidade definida como estrito cumprimento de seu dever legal. É necessário ressaltar que o uso da arma de fogo constitui-se no último recurso a ser empregado pelo AEVP;

5) somente efetuará disparo de arma de fogo em situação diversa dessa se estiver sendo vítima de injusta agressão ou na iminência dessa, contra si ou contra outra pessoa (companheiros de serviço), com efetiva ameaça à sua vida ou de outrem, usando sua arma de forma moderada para não incorrer em excesso, de maneira que configure a excludente de criminalidade definida como legítima defesa.

6) impedindo ou não a fuga deverá ser providenciado, de imediato, relato pormenorizado ao Chefe de Equipe, que por sua vez deverá tomar as demais medidas requeridas.

17.2 - Nas Fugas:

1) Se, diante de todas as medidas preconizadas, mesmo assim ocorreu a fuga, deverá permanecer em seu posto, mantendo o preso em seu campo visual, observando a direção em que seguiu para orientação de seus companheiros, logo após deverá preservar o local por onde houve a evasão, procurando isolá-lo, até a chegada da Polícia Militar e posteriormente da Polícia Científica.

2) Providenciar imediato relato pormenorizado do fato ao Chefe de Equipe.

17.3 - Dos Agentes escalados de reforço:

a) ter conhecimento dos meios de comunicação a fim de acioná-los nos casos de emergência;

b) revistar malas e pacotes que adentrarem ou saírem do presídio, se a segurança externa atuar na portaria principal do estabelecimento;

c) não permitir a saída de nenhum integrante da segurança externa, de serviço, salvo se autorizado por superior, se a segurança externa atuar na portaria principal do estabelecimento;

d) solicitar a presença de um AEVP de reforço, a fim de acompanhar pessoas estranhas às dependências do estabelecimento, se a segurança externa atuar na portaria principal do estabelecimento;

e) comunicar ao Chefe de Equipe a presença de estranhos ao serviço;

f) conferir e controlar o armamento da reserva de armas;

g) controlar a distribuição de armamentos em livro;

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h) zelar pela limpeza, manutenção e conservação das armas e da reserva de armas, quando sob sua responsabilidade, impedindo acesso de outros AEVP em seu interior ;

i) comunicar qualquer irregularidade que seja constatada ao assumir o serviço;

j) manter um bom relacionamento com seus companheiros, evitando qualquer conflito ou intriga durante seu horário de folga (escala de reforço);

k) manter constante vigília sobre seu armamento, porém sem manuseá-lo desnecessariamente;

l) não promover qualquer tipo de jogo, brincadeira, ou outro evento que possa distrair a atenção de seus companheiros de serviço, adotando uma postura profissional e comedida em suas ações;

17.4 – Das Proibições:

A) Fica terminantemente proibido o acesso à muralha de AEVP em trajes civis, ou por pessoas estranhas ao serviço, como amigos, parentes e outras, a não serem aquelas expressamente autorizadas pelo Diretor da Unidade, anotando-se nome completo, identificando-a por RG ou outro documento e a finalidade;

B) É vedado o acesso de AEVP de outros estabelecimentos prisionais aos postos de vigilância, ainda que uniformizados, sem prévia autorização do Chefe de Equipe;

C) É vedado ao AEVP de serviço no posto portar arma de fogo particular, ainda que devidamente legalizada.

D) Na comunicação via rádio deverá ser fiscalizado rigorosamente o uso do Código "Q" e do Alfabeto Internacional, devendo estar fixado em quadro de avisos para instrução constante dos AEVP. A comunicação via rádio devem ser breves e objetivas, lembrando-se que poderão ser recebidas por rádios de terceiros.

E) Quando da utilização dos coletes à prova de balas esses deverão estar bem ajustados ao corpo e o Agente não deverá portar nenhum objeto por debaixo do colete como chaves, canetas, moedas, isqueiros e outros. É obrigatória sua utilização durante o serviço, de permanência na muralha ou quando o AEVP sair do corpo da guarda.

F) Deve ser limitadas ao estritamente necessário qualquer tipo de visita ao AEVP em serviço, sobretudo após o por do sol ou antes do nascer deste.

G) Não deverá ser permitida a presença de estranhos no corpo da guarda nos horários de troca de turno, exceção a autoridades em serviço.

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18 - USO DE ARMAS DE FOGO PARTICULARES OU ILEGAIS O AEVP possui investidura pública e seu cargo preconiza o uso de armas de fogo patrimônio do Estado, tão somente quando em serviço, e no local de sua atuação jurisdicional, ou seja, o Núcleo de AEVP onde se encontra lotado, ou durante as escoltas e custódia de presos, pelo período de tempo que se fizer necessário.

Esse porte regular de arma de fogo tem como fundamento o parágrafo 3º, do Artigo 1º da Lei 898 de 13 de julho de 2001. O objetivo único é a defesa da vida e integridade física do AEVP e de seus companheiros de equipe, contra ações internas ou externas que justifiquem seu emprego, o que será devidamente explorado nos capítulos seguintes.

Dessa forma, por prover o Estado o AEVP dos meios necessários ao exercício das atribuições inerentes a seu cargo público, a posse de arma de fogo particular, durante o serviço, mesmo de porte legal, não encontra respaldo, sendo prática que deve ser constantemente fiscalizada e coibida, com o recolhimento da arma e adoção das mesmas providências previstas no caso do encontro de AEVP na posse de celulares.

É importante que o Diretor de Núcleo de AEVP estabeleça como Norma Geral de Ação que as armas particulares, bem como os documentos de porte obrigatório, registro e porte, permaneçam na sua posse, em local fechado e seguro, sob sua responsabilidade, ou do Chefe de Equipe, do início ao fim de cada plantão.

Armas sem registro, sem posse, ou de numeração ilegível, raspada, caseiras, adaptadas, de posse exclusiva das Forças Armadas ou Polícias, são consideradas como de porte Ilegal pelos AEVP, devendo ser apreendidas e acionada a Polícia Militar de imediato, por constituir-se crime, previsto em lei, a qual adotará as providências legais, prendendo o infrator da Lei e o conduzindo ao Distrito Policial Local, e o Diretor de Núcleo elaborará relatório circunstanciado de serviço, levando ao conhecimento do Diretor do Estabelecimento para o competente processo administrativo.

18.1 – Princípios Para Emprego da Arma de Fogo: 18.1.1 - Fundamentação legal:

O AEVP em serviço, conforme dispõe o parágrafo 3º do Artigo 1º da Lei Complementar 898/01, tem autorização para portar arma de fogo.

O porte desta arma tem como fundamento a proteção de sua vida e integridade física, no caso de tentativa de fuga de indivíduos presos, mediante uso de violência contra ele ou seus companheiros de equipe, funcionários ou terceiros, dentro dos limites de sua área de jurisdição. Também poderá empregá-las para evitar arrebatamento de presos por terceiros, quando se justificar e for necessário.

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A antijuridicidade das lesões e dos danos causados, quando não incorrerem em excesso, estará fundamentada nas excludentes do estrito cumprimento do dever legal e legítima defesa.

18.1.2 - Princípios Internacionais de Direitos Humanos:

O Brasil é um dos países compromissados com os chamados Pactos Internacionais da Humanidade e os Princípios Internacionais de Direitos Humanos, preconizados pela ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDADES (ONU).

O Governo Brasileiro adota esses tratados como compromisso jurídico, e assim, seus funcionários devem conhecê-los e tê-los como referencial em suas ações. As leis brasileiras são elaboradas respeitando-se esses pactos e princípios, entre eles a defesa da vida e da dignidade da pessoa humana.

Nos ANEXOS deste trabalho constam referências aos principais princípios internacionais de direitos humanos a serem observados pelo AEVP durante o cumprimento de suas atribuições.

18.1.3 - Código de conduta:

O Código de Conduta Para os Funcionários Responsáveis Pela Aplicação da Lei foi aprovado pela Assembléia Geral da ONU em 17 de dezembro de 1979.

18.1.4 - Emprego de armas de fogo:

Os Princípios Básicos Sobre a Aplicação da Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, data de 27 de setembro de 1990.

Por esses princípios o Agente da lei deverá utilizar armas de fogo somente como último recurso, observando em sua ação os critérios de:

Legalidade Necessidade Proporcionalidade

Assim, deverá o AEVP ter em mente questões como:

Será legal minha ação?

É necessário o emprego de arma de fogo em minha ação?

A necessidade do emprego de arma de fogo é proporcional à ação sofrida?

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O Agente da Lei deve fazer anunciar sua intenção em empregar a arma de fogo quando isso se fizer necessário.

O AEVP, antes de acionar o gatilho de sua arma para tentar obstar uma fuga, deve em primeiro lugar advertir o infrator, objetivando sua parada, e, se necessário, atirar para o alto ou para o solo, demonstrando sua intenção de uso da arma de fogo.

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ANEXOS

Lei Complementar nº 898, de 13 de julho de 2001

Institui no Quadro da Secretaria da Administração Penitenciária a classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, e dá providências correlatas. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar: Artigo 1º - Fica instituída, no Quadro da Secretaria da Administração Penitenciária, a classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, composta por 6 (seis) níveis de vencimentos, identificados por algarismos romanos de I a VI, para o desempenho de atividades de escolta e custódia de presos, em movimentações externas, e a guarda das unidades prisionais, visando evitar fuga ou arrebatamento de presos. § 1º - As atribuições de escolta e custódia envolvem as ações de vigilância do preso durante o período de tempo no qual se fizer necessário sua movimentação externa ou a sua permanência em local diverso da unidade prisional. § 2º - As atribuições de guarda envolvem as ações de vigilância da unidade prisional nas muralhas e guaritas que compõem as suas edificações. § 3º - O Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, quando no exercício de suas atividades, fica autorizado a portar arma de fogo, obedecidos os procedimentos e requisitos da legislação que disciplina a matéria. (*) Dispositivo regulamentado pelo Decreto nº 47.592, de 17/01/2003 Artigo 2º - Ficam criados, na Tabela III (SQC-III) do Subquadro de Cargos Públicos do Quadro da Secretaria da Administração Penitenciária, 4.000 (quatro mil) cargos de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária. Artigo 3º - Os cargos de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ficam incluídos na Jornada Completa de Trabalho, a que se refere o inciso I do artigo 70 da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978. (*)Dispositivo alterado pela Lei Complementar n. 976, de 06/10/2005. "Artigo 3º - Os cargos de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ficam incluídos no Regime Especial do Trabalho Policial, a que se refere o artigo 44 da Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979." (NR); Artigo 4º - O provimento dos cargos de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária far-se-á sempre no nível de vencimentos I, mediante nomeação em caráter de estágio probatório, precedida de concurso público, realizado em 4 (quatro) fases eliminatórias e sucessivas, a saber: I – provas, ou provas e títulos; II – prova de aptidão psicológica; III – prova de condicionamento físico; IV – comprovação de idoneidade e conduta ilibada na vida pública e na vida privada. Parágrafo único – Em cada fase do concurso, serão verificadas as qualificações essenciais para o desempenho das atribuições do cargo. Artigo 5º - Além do atendimento a outros requisitos a serem estabelecidos em instruções especiais que regerão o concurso público, exigir-se-á do candidato: I – certificado de ensino médio ou equivalente; II – idade compreendida entre 18 (dezoito) e 40 (quarenta) anos, até a data do encerramento das inscrições; III – estatura mínima, descalço e descoberto, de 1,65m; IV – estar em dia com as obrigações eleitorais e no pleno exercício dos direitos políticos; V – idoneidade e conduta ilibada na vida pública e na vida privada. Artigo 6º - Durante o estágio probatório, que compreende o período de 1.095 (um mil e noventa e cinco) dias de efetivo exercício, o Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária será submetido a curso de formação técnico-profissional e terá verificado o preenchimento dos seguintes requisitos: I – aprovação no curso de formação técnico-profissional; II – idoneidade e conduta ilibada na vida pública e na vida privada; III – adequação física e mental, além de capacidade para o exercício do cargo; IV – compatibilidade da conduta profissional com o exercício do cargo; V – aptidão, disciplina, assiduidade, dedicação ao serviço, eficiência e responsabilidade. § 1º - A apuração da conduta de que trata o inciso II abrangerá também o tempo anterior à nomeação.

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§ 2º - O Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, aprovado no curso de formação técnico-profissional, que tiver preenchido os requisitos dos incisos II a V deste artigo, cumprido o período de estágio probatório, será enquadrado no nível de vencimentos II. § 3º - Somente será computado como tempo de efetivo exercício, para fins de estágio probatório, os dias efetivamente trabalhados e os de descanso deles decorrentes, os dias de trânsito, de férias, e os dias de freqüência ao curso de formação técnico-profissional, ou outros cursos específicos para a classe. § 4º - Durante o período de estágio probatório, será exonerado, a qualquer tempo, o Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária que não atender os requisitos dos incisos I a V deste artigo. § 5º - O ato de exoneração do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária que não obtiver aproveitamento e freqüência no curso de formação técnico-profissional será de competência do Secretário da Administração Penitenciária. (*)Dispositivo alterado pela Lei Complementar n. 976, de 06/10/2005. "§ 5º - O ato de exoneração do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária que não preencher os requisitos de que tratam os incisos I a V deste artigo será de competência do Secretário da Administração Penitenciária." (NR); § 6º - No decorrer do estágio probatório, o integrante da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária será submetido a avaliações periódicas, destinadas a aferir seu desempenho, de acordo com procedimentos a serem definidos em resolução a ser expedida pelo Secretário da Administração Penitenciária. Artigo 7º - A retribuição pecuniária do servidor integrante da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária compreende vencimento, cujos valores são os fixados no Anexo que faz parte integrante desta lei complementar, bem como asvantagens pecuniárias a seguir enumeradas: I – adicional por tempo de serviço, de que trata o artigo 129 da Constituição do Estado, que será calculado na base de 5% (cinco por cento) por qüinqüênio de serviço sobre o valor do vencimento, não podendo essa vantagem ser computada nem acumulada para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento, nos termos do inciso XVI do artigo 115 da mesma Constituição; II – sexta-parte; III – salário-família e salário-esposa; IV – décimo terceiro salário; V – ajuda de custo; VI – diárias; VII – outras vantagens pecuniárias previstas nesta ou em outras leis, inclusive gratificações. (*)Dispositivo alterado pela Lei Complementar n. 976, de 06/10/2005. "Artigo 7º - A retribuição pecuniária do servidor integrante da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária compreende vencimento, cujos valores são os fixados no Anexo que faz parte integrante desta lei complementar, bem como as vantagens pecuniárias a seguir enumeradas: I - gratificação pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho Policial, previsto no artigo 3º desta lei complementar, calculado à razão de 100% (cem por cento) do respectivo valor do vencimento; II - adicional por tempo de serviço, de que trata o artigo 129 da Constituição do Estado, calculado na base de 5% (cinco por cento) por qüinqüênio de serviço sobre o valor do vencimento, acrescido da vantagem pecuniária prevista no inciso I, não podendo essa vantagem ser computada nem acumulada para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento, nos termos do inciso XVI do artigo 115 da mesma Constituição; III - sexta-parte; IV - salário-família e salário-esposa; V - décimo terceiro salário; VI - ajuda de custo; VII - diárias; VIII - outras vantagens pecuniárias previstas nesta ou em outras leis, inclusive gratificações." (NR); Artigo 8º - A elevação do servidor integrante da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, enquadrado no nível de vencimento II e subseqüentes, para o nível imediatamente superior, dar-se-á por promoção por antigüidade e merecimento, a ser realizada alternadamente e por semestre. (*) Redação dada pela Lei Complementar nº 1.060, de 23/09/2008

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"Artigo 8º - A elevação do servidor integrante da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária enquadrado no nível de vencimentos II e subseqüentespara o nível imediatamente superior processar-se-á por meio de promoção a ser realizada anualmente, adotados, alternadamente, os critérios de antiguidade e merecimento." (NR) Artigo 9º - A promoção por antigüidade, será determinada pelo tempo de efetivo exercício no nível e a promoção por merecimento, mediante a avaliação do trabalho e de títulos, na forma a ser estabelecida em regulamento. § 1º - Não poderá concorrer à promoção por antigüidade e por merecimento o Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária que tenha sofrido nos 24 (vinte e quatro) meses anteriores ao evento, penas disciplinares de repreensão, suspensão e multa. § 2º - O interstício mínimo para concorrer à promoção é de 3 (três) anos de efetivo exercício no primeiro, segundo e terceiro níveis e de 4 (quatro) anos no quarto e quinto níveis. § 3º - Obedecidos os interstícios e as demais exigências estabelecidas em regulamento, poderão ser beneficiados, semestralmente, com a promoção, até 10% (dez por cento) do contingente de cada nível, existente na data de abertura do respectivo processo de promoção. (*) Redação dada pela Lei Complementar nº 1.060, de 23/09/2008 § 3º - Obedecidos os interstícios e as demais exigências estabelecidas em regulamento, poderão ser promovidos, anualmente, até 20% (vinte por cento) do contingente de cada nível, existente na data-base do respectivo processo de promoção." (NR) § 4º - Interromper-se-á o interstício quando o servidor estiver afastado para ter exercício em cargo ou função de natureza diversa daquela que exerce, exceto quando: 1. estiver afastado nos termos dos artigos 78, 79 e 80, da Lei nº 10. 261, de 28 de outubro de 1968; 2. afastado, sem prejuízo dos vencimentos, para participação em cursos, congressos ou demais certames afetos à sua área de atuação, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias; 3. afastado nos termos do § 1º do artigo 125 da Constituição do Estado; 4. for designado para função de direção ou chefia retribuída mediante "pro labore", a que se refere o artigo 10 desta lei complementar. (*) Redação dada pela Lei Complementar nº 1.060, de 23/09/2008 4 - designado para função de direção ou chefia caracterizada como específica da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, nos termos do artigo 10 desta lei complementar, na redação dada pelo inciso IV do artigo 1° da Lei Complementar n° 976, de 6 de outubro de 2005." (NR) 5 - nomeado para cargo em comissão, desde que no âmbito dos Estabelecimentos Penitenciários da Secretaria da Administração Penitenciária." (NR) Artigo 10 – O exercício de função de direção e chefia de unidades que venham a ser caracterizadas como atividades específicas da classe de que trata esta lei complementar, será retribuído com gratificação "pro labore", calculada mediante aplicação de percentuais sobre duas vezes o valor do nível VI do cargo de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, na seguinte conformidade: DENOMINAÇÃO DA FUNÇÃO PERCENTUAIS Diretor de Serviço 62% Chefe de Seção 20% § 1º - A designação para as funções previstas neste artigo recairá sobre integrantes da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária II a VI. § 2º - Para o fim previsto neste artigo a identificação das funções, bem como as respectivas quantidades e unidades a que se destinam, será estabelecida em decreto, mediante proposta da Secretaria da Administração Penitenciária. § 3º - O Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, designado para o exercício das funções a que alude este artigo, não perderá o direito à gratificação "pro labore" quando se afastar em virtude de férias, licença-prêmio, gala, nojo, júri, licença para tratamento de saúde, faltas abonadas, licença por adoção, licença paternidade, serviços obrigatórios por lei e outros afastamentos que a legislação considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais. § 4º - O substituto fará jus à gratificação "pro la-bore" atribuída à respectiva função, durante o tempo em que a desempenhar. (*) Dispositivo alterado pela Lei Complementar Nº 1116, de 27 de Maio de 2010 “Artigo 10 - O exercício de função de direção e chefia de unidades que venham a ser caracterizadas como atividades específicas da classe de que trata esta lei complementar será retribuído com gratificação ‘pro labore’, calculada mediante aplicação de percentuais sobre o valor do nível de vencimento VI do cargo de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, acrescido do valor da gratificação pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho Policial, na seguinte conformidade:

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Denominação da Função Percentuais Diretor de Divisão 36,97% Diretor de Serviço 23,37% Chefe de Seção 10,46%”(NR) § 1º - A designação para as funções previstas neste artigo deverá recair em servidores que: 1 - sejam integrantes da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária II a VI. 2 - tenham comprovado sua freqüência e aproveitamento no curso de capacitação na área de segurança externa, ministrado pela Escolta de Administração Penitenciária. § 2º - Para as funções de Diretor de Serviço e de Divisão exigir-se-ão, no mínimo, 3 (três) anos de experiência comprovada na área de segurança externa. § 3º - Para o fim previsto neste artigo, a identificação das funções, as respectivas quantidades e as unidades a que se destinam, bem como outras exigências, serão estabelecidas em decreto, mediante proposta da Secretaria da Administração Penitenciária. § 4º - Sobre o valor da gratificação "pro-labore" de que trata este artigo, incidirão o adicional por tempo de serviço e a sexta-parte dos vencimentos. § 5º - O Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, designado para o exercício das funções a que alude este artigo, não perderá o direito à gratificação "pro-labore" quando se afastar em virtude de férias, licença-prêmio, gala, nojo, júri, licença para tratamento de saúde, faltas abonadas, licença por adoção, licença paternidade, serviços obrigatórios por lei e outros afastamentos que a legislação considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais. § 6º - O substituto fará jus à gratificação "pro-labore" atribuída à respectiva função, durante o tempo em que a desempenhar." (NR); Artigo 11 – O valor da gratificação "pro labore" de que trata o artigo 10 desta lei complementar, será computado para fins de cálculo do décimo terceiro salário, de acordo com o § 2º do artigo 1º da Lei Complementar nº 644, de 26 de dezembro de 1989. Artigo 12 – Fica instituída a Gratificação por Atividade de Escolta e Vigilância – GAEV aos ocupantes do cargo da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, calculada mediante a aplicação do percentual de 22,70% (vinte e dois inteiros e setenta centésimos por cento) sobre o valor do nível VI. (*)Dispositivo alterado pela Lei Complementar n. 976, de 06/10/2005. "Artigo 12 - Fica instituída a Gratificação por Atividade de Escolta e Vigilância - GAEV aos ocupantes do cargo da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, calculada mediante a aplicação do percentual de 28,50% (vinte e oito inteiros e cinqüenta centésimos por cento) sobre o valor do nível de vencimento VI." (NR). § 1º - O servidor não perderá o direito a percepção da gratificação de que trata este artigo, quando se afastar em virtude de férias, licença-prêmio, gala, nojo, júri, licença para tratamento de saúde até o limite de 45 (quarenta e cinco) dias, faltas abonadas, serviços obrigatórios por lei, licença por adoção, licença paternidade e outros afastamentos que a legislação considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais. § 2º - O valor desta gratificação será computado no cálculo do décimo terceiro salário, nos termos do artigo 1º da Lei Complementar nº 644, de 26 de dezembro de 1989, e no cálculo do acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, não podendo ser considerado para cálculo de quaisquer outras vantagens pecuniárias. § 3º - Sobre o valor da Gratificação por Atividade de Escolta e Vigilância – GAEV, incidirão os descontos previdenciários e de assistência médica devidos. Artigo 13 – O servidor que passar à inatividade, terá a Gratificação por Atividade de Escolta e Vigilância – GAEV, computada no cálculo de seus proventos, na base de 1/60 (um sessenta avos) para cada mês em que, no período dos 60 (sessenta) meses imediatamente anteriores à aposentadoria, tenha percebido a referida vantagem. Artigo 14 - O Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária não poderá ser afastado para exercer as funções de seu cargo em unidades que não desenvolvam as atividades de que trata o artigo 1º desta lei complementar. (*) Redação dada pela Lei Complementar nº 1.060, de 23/09/2008 "Artigo 14-A - A mobilidade funcional do integrante da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária de uma unidade prisional para outra, observado o interesse público e o disposto em regulamento, será processada mediante: I - transferência a pedido; II - transferência por interesse do serviço penitenciário; III - remoção por união de cônjuges." (NR)

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Artigo 15 – As despesas resultantes da aplicação desta lei complementar correrão à conta das dotações próprias consignadas no orçamento vigente. Artigo 16 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação. Disposição Transitória Artigo único – Durante o período de 5 (cinco) anos contados da data da publicação desta lei complementar, poderá ser dispensada a exigência contida no § 1º do artigo 10 desta lei complementar. Palácio dos Bandeirantes, aos 13 de julho de 2001. Geraldo Alckmin Nagashi Furukawa Secretário da Administração Penitenciária João Caramez Secretário-Chefe da Casa Civil Antonio Angarita Secretário do Governo e Gestão Estratégica Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 13 de julho de 2001. Resolução SAP-5, de 20-1-2003

Disciplina Normas de Conduta dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária. O Secretario da Administração Penitenciária, tendo em vista a necessidade de disciplinar normas de conduta do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, no decorrer do desempenho de suas atividades nas unidades prisionais, resolve: SEÇÃO I Das Disposições Preliminares Artigo 1º - Esta Resolução tem por finalidade disciplinar no âmbito da Secretaria da Administração Penitenciária, normas de conduta destinadas aos integrantes da classe Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, instituída pela Lei Complementar 898, de 13 de julho de 2001, com intuito de direcioná-los no desenvolvimento das atividades de escolta e custódia dos presos em movimentações externas, bem como nas de guarda e vigilância da unidade prisional nas muralhas alambrados e guaritas. Artigo 2º - Os Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária desenvolverão suas atividades junto aos Núcleos de Escolta e Vigilância Penitenciária ou Equipes de Escolta e Vigilância que integram as estruturas organizacionais das Unidades Prisionais. SEÇÃO II Do Superior Hierárquico Artigo3º - São superiores hierárquicos do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, as seguintes autoridades: I. Chefe da Equipe de Escolta e Vigilância. II. Diretor do Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária; III. Diretor da Unidade prisional; IV. Coordenador SEÇÃO III Do Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária e da Equipe de Escolta e Vigilância Artigo 4º - O Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária cabe o planejamento, a execução e a fiscalização das atividades de: I - escolta e custódia de presos em movimentações externas; II - guarda e vigilância das muralhas, alambrados e guaritas. Artigo 5º - A Equipe de Escolta e Vigilância, tem as seguintes atribuições: I. exercer a escolta armada, vigilância e proteção dos presos, quando em transito e movimentação externa; II. exercer a vigilância armada nas muralhas, alambrados e guaritas da unidade prisional; III. elaborar boletins relatando as ocorrências diárias; IV. zelar pela higiene e segurança dos locais onde desenvolvem suas atividades; V. adotar todas as medidas de segurança necessárias ao bom funcionamento da unidade; VI. vedar a entrada de pessoas estranhas à unidade; VII. efetuar a revista dos presos quando for escoltá-los. SEÇÃO IV Das Competências do Diretor de Núcleo e do Chefe de Equipe Artigo 6º - Ao Diretor do Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária, compete:

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I. zelar pela guarda, conservação e manutenção do armamento e munição utilizados na unidade; II. elaborar as escalas de serviços dos servidores; III. supervisionar a vigilância e escolta; IV. zelar pela guarda, manutenção e limpeza das viaturas sob sua responsabilidade; V. adotar medidas relativas a fiscalização, intensificando a segurança do servidor na muralha; VI. zelar pelo condicionamento físico dos servidores, realizando testes de avaliação e estabelecendo metas a serem atingidas; VII. promover o treinamento e a avaliação de tiro, visando o preparo dos servidores; Parágrafo único - O disposto neste artigo, aplica-se ao Chefe da Equipe de Escolta e Vigilância do Centro de Ressocialização. Artigo 7º - Ao Chefe da Equipe de Escolta e Vigilância, compete: I - efetuar a ronda diurna e noturna nos postos de vigilância; II - percorrer a área sob sua responsabilidade, atentando para eventuais anomalias; III - efetuar a distribuição das tarefas de vigilância de muralhas, de alambrados e de guaritas, bem como de escolta armada externa dos presos; IV - orientar os servidores sobre as medidas de precaução a serem adotadas no desenvolvimento das atividades; V - supervisionar a revista dos presos; VI - efetuar a distribuição dos postos de trabalho; Parágrafo único - Compete ainda ao Chefe da Equipe de Escolta e Vigilância do Centro de Ressocialização, analisar a conveniência e a necessidade de substituições dos postos de trabalho, durante o plantão. SEÇÃO V Do Horário de Trabalho e Registro de Ponto Artigo 8º - Os Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária, em face da natureza especial dos serviços a serem prestados, estarão sujeitos a prestação de jornada de 12 horas seguidas de trabalho, por 36 horas seguidas de descanso. Parágrafo único - O horário do início do plantão, para atender à conveniência do serviço, será fixado a critério do dirigente de cada unidade prisional. Artigo 9º - O ponto é o registro pelo qual se verificará, diariamente, a entrada e saída do funcionário em serviço. Parágrafo único - Deverão constar expressamente do registro de ponto, o nome, o RG do funcionário, o horário de entrada e saída, as faltas ao serviço, férias, licenças, saída durante o expediente, compensações e outros afastamentos. Artigo 10 - A freqüência do funcionário será apurada pelo ponto. § 1º - Para registro do ponto serão usados de preferência, meios mecânicos ou eletrônicos. § 2º - As faltas ao serviço observarão as disposições contidas na regulamentação específica, aplicável ao servidor público estadual. Artigo 11 - Os dispositivos dos artigos 8º, 9º, e 10.º desta resolução, aplicam-se, também, aos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária designados para o exercício da função de chefia retribuída com gratificação "pro labore", na conformidade do artigo 10 da Lei Complementar 898/2001. Artigo 12 - Aplicam-se aos funcionários de que trata esta resolução os artigos 274, 275, 276 e 277 do Decreto 42.850, de 30 de dezembro de 1963, como também o Decreto 52.810, de 6 de outubro de 1971, com suas alterações. Artigo 13 - O Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária no desempenho de suas funções de guarda, vigilância das muralhas, alambrados e guaritas, obedecerá em seu plantão o revezamento de 3 (três) horas de trabalho por 3 (três) horas de descanso, em situação normal. Artigo 14 - Nas horas de descanso a que se refere o artigo anterior, o Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária não poderá ausentar-se da unidade, permanecendo pronto para ação imediata, pois constitui a força de reserva para emprego imediato em situação de anormalidade. SEÇÃO VI Do Uniforme Artigo 15 - É obrigatório o uso adequado do uniforme durante o horário de trabalho. Artigo 16 - Constitui-se uniforme do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária: I - calça comprida na cor cinza II - camisa de manga curta ou comprida na cor cinza, com símbolo do Estado na manga esquerda; III - cinturão de couro; IV - bota de solado de borracha, cano curto, na cor preta; V - jaqueta na cor preta com forro para frio;

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VI - boné na cor cinza; VII - capa de chuva. VIII - revolver calibre 38 ou pistola calibre 40. SEÇÃO VII Dos deveres e obrigações Artigo 17 - São deveres do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, os previstos no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, especialmente: I. empregar de toda sua atenção e energia em benefício do serviço; II. adequar suas atitudes com relação ao trabalho; III. zelar pela manutenção da ordem e disciplina na unidade prisional; IV. freqüentar, com assiduidade para fins de aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos profissionais, cursos instituídos periodicamente por esta Secretaria; V. apresentar-se em serviço sempre rigorosamente uniformizado , asseado , com a máxima compostura; VI. abster-se da prática de vícios que prejudiquem a saúde e aviltem a moral; VII. compenetrar-se da responsabilidade que lhe cabe sobre o armamento e o uniforme de que é detentor; VIII. comunicar , imediatamente, o seu superior imediato o extravio ou dano causado ao armamento e uniforme sob sua responsabilidade; IX. conhecer e observar os princípios gerais da disciplina e da hierarquia; X. exercer suas atribuições de modo pleno, porém, sem prepotência ou abuso; XI. não confundir energia , que deve ser usada quando necessária , com violência desnecessária , que jamais deve ser praticada; XII. no caso de exoneração, devolver o uniforme e os documentos funcionais. XIII. portar a carteira funcional; XIV. comunicar o endereço onde possa ser encontrado quando dos afastamentos regulamentares. SEÇÃO VIII Das Transgressões Disciplinares Artigo 18 - São transgressões disciplinares dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária, além das previstas no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, as seguintes: I. faltar à verdade quando chamado a depor sobre temas que diz respeito as suas atividades, o local de trabalho e seus pares; II. deixar de verificar, com antecedência necessária, a escala de serviço para o dia imediato após o término do serviço, férias, licenças e outros afastamentos que tenha usufruído; III. sentar-se, estando de serviço na guarita, no posto ou muralha; IV. dormir durante as horas de trabalho, negligenciando seu posto de serviço; V. permutar horário de serviço ou execução de tarefa sem expressa permissão do superior hierárquico ; VI. abandonar o posto sob sua vigilância ou serviço de escolta, mesmo que por mínimo espaço de tempo; VII. deixar de assumir posto ou serviço para o qual for designado ; VIII. usar bebida alcoólica ou substâncias que determinem dependência física ou psíquica, quando em serviço, bem como, induzir ou permitir a introdução dos mesmos nas dependências da unidade; IX. introduzir ou distribuir nas dependências da unidade prisional ou em lugar público, estampas , publicações que atentem contra a disciplina e a moral; X. trabalhar mal,intencionalmente trazendo prejuízos à unidade prisional; XI. sobrepor os interesses particulares aos da unidade prisional ; XII. exercer atividades incompatíveis com a moral e os bons costumes na função de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ; XIII. omitir ou retardar a comunicação de mudança de residência ou endereço provisório; XIV. apresentar-se uniformizado , com : a). costeletas ou cavanhaque , barba ou cabelos crescidos , bigodes ou unhas desproporcionais; b).o uniforme em desalinho ou desasseado ou , portando , nos bolsos ou cintas , volumes que prejudiquem a estética e postura; XV. usar uniforme incompleto ou de forma contrária à regulamentar; XVI. deixar de ter o devido zelo para com o armamento , o uniforme ou o equipamento sob sua responsabilidade ; XVII. emprestar a quem quer que seja peça de uniforme , equipamento ou qualquer material pertencente à Unidade prisional.

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XVIII. revelar falta de compostura por atitudes ou gestos, estando em serviço ou não comprometendo o nome da Unidade prisional ; XIX. portar arma de sua propriedade quando em serviço; XX. conduzir viatura de maneira imprudente; XXI. acionar indevidamente o sistema de alarme luminoso e sirene da viatura oficial; XXII. usar equipamento ou armamento sem observar as prescrições regulamentares e as regras de segurança exigidas, durante treinamento; XXIII. contrariar regras de trânsito , salvo nas urgências impostas pelo serviço e desde que com os sistemas de alarme devidamente ligados; XXIV. conduzir viaturas oficiais , sem que para isto esteja habilitado pela Unidade prisional ; XXV. fazer uso indevido de documento funcional, arma, algema, ou bens da Unidade prisional ou cedê-los a terceiros; XXVI. disparar a arma por descuido ou sem necessidade; XXVII. portar ostensivamente arma ou instrumento intimidativo em público; XXVIII. induzir alguém a erro ou engano, mediante informações inexatas; XXIX. divulgar ou propiciar a divulgação, sem autorização da autoridade competente, através da imprensa escrita, falada ou televisionada, de fato ocorrido na Unidade prisional; XXX. espalhar notícias falsas em prejuízo da ordem e da disciplina ou do bom nome da Unidade prisional; XXXI. representar a Unidade prisional sem que para isto esteja devidamente autorizado; XXXII. divulgar decisão, despacho, ordem ou informação, antes de sua publicação oficial; XXXIII. procurar resolver assunto referente ao serviço ou à disciplina que não seja de sua alçada; XXXIV. deixar de assumir a responsabilidade de seus atos; XXXV. deixar com qualquer pessoa à carteira funcional e a autorização para porte de arma de fogo em serviço; XXXVI. manter relações de amizade com pessoa notoriamente suspeita ou de baixa reputação; XXXVII. recusar-se obstinadamente a cumprir ordem dada por superior hierárquico exceto as ilegais; XXXVIII. simular moléstia esquivando-se ao cumprimento da obrigação para obter, licença ou qualquer outra vantagem ; XXXIX. cuidar de negócios próprios e de terceiros , quando ter faltado ao serviço por problema de saúde; XL. aconselhar ou concorrer para que não seja cumprida ordem superior ou seja retardada a sua execução; XLI. valer-se de sua qualidade de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária para perseguir desafeto, ou usufruir benefícios próprio; XLII. deixar de preservar o local que esteja sob sua responsabilidade direta no caso de ocorrência; XLIII. permitir a permanência de pessoas estranhas ao serviço , em local em que isso seja vedado; XLIV. praticar violência desnecessária no exercício da função; XLV. deixar de providenciar para que seja garantida a integridade física das pessoas que estiverem sob sua custódia; XLVI. maltratar ou permitir maltrato físico ou mental do preso sob sua guarda; XLVII. interceder em favor da liberdade do preso ou facilitar a fuga; XLVIII. usar: aparelhos sonoros, telefones celulares, revistas, jornais, livros, e similares que possa distrair atenção, quando em exercício no posto de trabalho, exceto o rádio transceptor. XLIX. acessar a muralha em trajes civis. L. acessar a muralha ainda que uniformizado, sem prévia autorização do Chefe de Turno, quando for lotado em outro estabelecimento prisional. Artigo 19 - Na aplicação das penas disciplinares com relação a violação por parte dos Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária das suas obrigações e de seus deveres, de que trata o artigo anterior serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público, conforme dispõe o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo e a competência para aplicar a pena disciplinar são as estabelecidas nas legislações específicas que criam e organizam as unidades prisionais. Artigo 20 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada as disposições em contrario em especial a Resolução SAP-52, de 21-8-2001

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Resolução SAP - 159, de 16-7-2010 Altera a padronização dos uniformes utilizados pelos Agentes de Segurança Penitenciária, Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária e integrantes dos Grupos e das Células de Intervenção Rápida O Secretário da Administração Penitenciária considerando: a necessidade de alterar as disposições constantes da Resolução SAP-511, de 13 de novembro de 2.006, em face de novas propostas apresentadas por servidores das classes profissionais envolvidas; a importância da padronização e a obrigatoriedade da utilização correta dos uniformes dos servidores que atuam na área de segurança, escolta e vigilância das unidades prisionais que integram esta Pasta; resolve: Artigo 1º- Fica alterada a padronização dos uniformes utilizados pelos Agentes de Segurança Penitenciária, conforme especificações a seguir: I- camisa: tipo pólo; confeccionada em tecido de malha tipo piquê; cor branca (ref. 2.001 nilester/Santanense ou equivalente); mangas curtas; 01 bolso no peito esquerdo, nas dimensões 12cm de altura x 12cm de largura; aplicação de logomarcas em termo colante, da seguinte forma: sobre o bolso colocado no peito superior esquerdo: Brasão do Estado de São Paulo, nas dimensões de 7, 5cm de altura x 7, 3cm de largura; abaixo do brasão, a sigla ASP, nas dimensões de 1cm de altura x 3, 2cm de largura; manga direita: logotipo da SAP, nas dimensões 5cm de altura x 9cm de largura; manga esquerda: Bandeira do Estado de São Paulo, nas dimensões 4, 5cm de altura x 7cm de largura; II- calça: jeans; modelo tradicional; confeccionada em índigo blue 11/12 OZ, pré-encolhido; cintura com cós; zíper; costura entre as pernas; 04 bolsos tipo americano e 02 traseiros chapados com pala. Artigo 2º- Fica alterada a padronização dos uniformes táticos, utilizados pelos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária, conforme especificações a seguir: I- gandola: modelo masculino; cor verde petróleo; confeccionada em 70% poliéster e 30% algodão; tecido techno rip stop, com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou - 5%); armação tela; gola tipo esporte; pé de 4cm; ponta de 8cm; transpasse de 8, 5cm; lado esquerdo da gola sob o colarinho; fechamento por botão no lado direito; colarinho duplo com 5cm; 04 bolsos, sendo 02 na altura do peito, tipo envelope com fole, medindo 18cm de altura x 15cm de largura, sendo que no bolso do lado direito do peito deverá ter tarjeta com velcro e crepe para identificação do servidor, do tipo sutache, medindo 2cm de altura x 15cm de largura; 02 abaixo da linha da cintura, medindo 22cm de altura x 20cm de largura; mangas longas com acabamento em canhão nos punhos, fechados por 02 botões medindo 1, 5cm de diâmetro; aplicação de etiquetas na seguinte conformidade: manga direita: etiqueta convencional bordada e costurada com a sigla A.E.V.P., tipo brevê côncavo, na cor cinza com letras pretas e bordas pretas, medindo 2, 5cm de altura x 9cm de largura, aplicada a 5cm abaixo da platina da manga direita e a 0, 5cm abaixo da sigla, aplicação do logotipo da SAP nas dimensões 5cm de altura x 9cm de largura; manga esquerda: etiqueta convencional bordada e costurada com a Bandeira do Estado de São Paulo, nas dimensões 4, 5cm de altura x 7cm de largura, aplicada a 5cm abaixo da platina da manga esquerda; aplicação de reforço acolchoado em manta acrílica, na parte traseira da região dos cotovelos, em pesponto xadrez, medindo 18cm x 14cm; fechamento por 05 botões de massa com 1, 5cm de diâmetro, sendo o primeiro botão fixado a 8cm abaixo do colarinho e os demais de maneira equidistante; platinas com entretelas de 100% poliéster, medindo 6cm de altura x 14cm de largura, acabamento em forma de bico, fechadas por botão; 02 pregas tipo fole partindo da linha dos ombros sentido linha da cintura/barra, medindo 15 cm de amplitude; cordão interno na linha da cintura; II- calça: modelo masculino; na cor verde petróleo; confeccionada em 70% poliéster e 30% algodão; tecido techno rip stop, com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou - 5%), armação tela; cós postiço com 4cm de altura, fechado com botão de pressão e 06 passantes para cinto em fita de nylon, medindo 7cm de altura x 3, 5cm de largura; ajuste lateral da cintura por 02 fivelas de metal com 3cm de comprimento; fechamento da calça por zíper grosso de 18cm de comprimento, com vista embutida; 07 bolsos, sendo 02 frontais embutidos com abertura oblíqua tipo faca, forração tela; 02 traseiros chapados com lapela de 14cm de altura x 16cm de largura e prega central vertical de 3cm de largura, fechamento por velcro; 02 laterais com lapela na altura da coxa, de 20cm de altura x 22cm de largura e prega vertical de 10cm de comprimento, fechamento por velcro e 01 pequeno com 7cm de altura x 10cm de largura sobre a prega do lado direito do bolso lateral direito; reforço acolchoado em manta acrílica no joelho, medindo 22cm de altura x 22cm de largura; reforço acolchoado em manta acrílica no gancho entre pernas, na medida proporcional à numeração da calça; barra com caseado lateral e ajuste com elástico e ponteira plástica na cor preta; costura lateral com pesponto duplo;

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III-cinturão: confeccionado em cordura preto; com 5cm de largura; enchimento de Etil Vinil Acetato (EVA) de 0, 6cm de espessura, costurado sobre uma fita de poliamida de 5cm de largura; em um das extremidades, passador de arame com 4,6cm de largura e diâmetro de 0, 6cm, que serve para o travamento do cinto à cintura e na outra extremidade, uma tira de poliamida de 5cm de largura acoplada com velcro para fixação à fivela; em toda sua extensão, no lado interno, uma tira de velcro fêmea de 2, 5cm de largura para que se possibilite travar os acessórios; protetor acolchoado: confeccionado em cordura preto; com 8cm de largura; enchimento de EVA de 0, 3cm de espessura acoplado com espuma e forrado internamente em poliamida 245 com resina; 3 passadores (dois nas extremidades e um no centro) de velcro tipo macho e fêmea para se fixar ao cinturão; o protetor deverá ser debruado em toda sua volta com debrum de poliamida de 2, 5cm de largura; coldre: confeccionado em cordura preto no lado externo; enchimento EVA; forrado internamente com couro tipo camurça preto de 0,7cm de espessura; sistema duplo de retenção da arma: um por meio de botão de pressão de latão preto e o outro, uma tira de poliamida de 2, 5cm de largura sobreposta ao botão fixada por velcro, que se estende à parte frontal do coldre, onde se fixa ao velcro costurado nele, ajustando-se ao tamanho da arma, o que possibilitará o encaixe de vários modelos; o passante costurado na parte traseira do coldre é produzido em poliamida com 5cm de largura; regulável em altura através de velcro acoplado à parte traseira do coldre; chapa de 12, 5cm de altura por 27, 5cm de largura, confeccionada em cordura preto com enchimento de EVA e forrada de couro tipo camurça para fixação à perna; as duas fitas reguláveis de poliamida de 2, 5cm costuradas nesta chapa e com fechos de poliamida darão o ajuste perfeito à perna do usuário; porta munição: confeccionado em cordura e debruado com fita de poliamida, com compartimento para dois municiadores rápidos para revólver calibre 38 modelo 07 tiros; fechamento feito através de 2 tampas removíveis, confeccionadas com cordura e enchimento de EVA, tendo velcro em ambos os lados, proporcionando seu fechamento e regulagem de altura de acordo com o tamanho do municiador; porta algema: confeccionado em cordura, com 10cm de largura por 12cm de altura e enchimento de EVA; o compartimento para a algema deverá ser de cordura duplo e seu fechamento feito através de velcro; porta lanterna ou canivete: confeccionado em cordura, com 7,5cm de largura por 15cm de altura e enchimento de EVA; o compartimento para a lanterna ou canivete deverá ser de cordura e seu fechamento feito através de velcro; bolsa para acessórios: confeccionada em cordura, com 12, 5cm de largura por 19cm de altura e enchimento de EVA; o compartimento para acessórios deverá ser de cordura e seu fechamento é feito através de velcro; possui uma alça de fita de poliamida de 5cm costurada em toda a parte traseira da bolsa que servirá para a fixação ao cinturão e um regulador para o seu travamento; também possui uma fita regulável de poliamida de 5cm, transpassada ao passador traseiro; um elástico e um passador de poliamida no meio da fita preso a um passador de metal e nas extremidades um fecho de poliamida dará o ajuste perfeito à perna do usuário; porta cartucho; confeccionado em cordura; na cor preta; será utilizado para o calibre 12; com capacidade para armazenar 24 cartuchos; para acoplamento ao cinto tático e à coxa (perna); fixação através de suporte para fixação no cinto e fixação do porta cartucho com velcro e elástico; porta Rádio HT: confeccionado em cordura, com 7cm de largura por 13, 5cm de altura e enchimento de EVA; o compartimento para o rádio deverá ser de cordura duplo e seu fechamento por uma fita de poliamida de 3,4cm de largura removível, tendo velcro em ambos os lados proporcionando seu fechamento e regulagem de altura de acordo com o tamanho do rádio. Obs.: Os passadores do porta lanterna, porta algema, porta rádio e porta municiador rápido, deverão possuir uma tira de velcro internamente que fará o travamento no cinturão; IV- bota: modelo masculino; com cabedal em couro semicromo; hidrofugado; sem marcas; isenta de cortes ou furos; espessura mínima de 0, 2cm; na cor preta; fechada através de cadarço fibra de nylon; 4 pares de ilhoses, diâmetro externo de 0,9cm de alumínio e 6 pares de ilhoses com passador preto; cano médio mínimo de 20cm de altura; borda superior acolchoada em espuma látex de 1cm revestida de couro tipo napa; cano em nylon cordura, 1000 denier; preto; resinado; todo almofadado e forrado com malharia urdume; solado em borracha látex legitima forma unisola, na espessura: planta 1, 0cm; salto 2,5cm; antiderrapante 6, 5cm; solado fixado pelo sistema blak; palmilha de montagem em couro, espessura mínima de 0, 4cm depois de calibrada, reforçada com papelão; palmilha higiênica em EVA de 0, 5cm de espessura, com uma camada de gel na região calcânea; biqueira em resina termoplástica, com adesivo termorreativável, reforçado em um dos lados; alma em plaqueta de aço com 10cm de comprimento x 1cm de largura x 0, 2cm de espessura, com tratamento antiferrugem: V- jaqueta: modelo (combate) masculino; na cor verde petróleo; confeccionada em 50% algodão e 50% poliamida, tecido “rip stop nyco” com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou - 5%); armação tela; uma face; 04 bolsos chapados dianteiros, sendo 02 na altura do peito, tipo envelope com fole,

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medindo 18cm de altura x 15cm de largura, sendo que no bolso do lado direito do peito deverá ter tarjeta com velcro e crepe para identificação do servidor, do tipo sutache, medindo 2cm de altura x 15cm de largura, 02 abaixo da linha da cintura, medindo 22cm de altura x 20cm de largura; frente fechada por 05 botões; costas com prega tipo fole partindo do ombro até a bainha, contendo nas laterais (linha da cintura), 02 travetes horizontais reforçados para prender os foles; pregas tipo fole pespontadas internamente e soltas na bainha da blusa; mangas compridas; abertura pespontada com 01 prega e botões no punho, contendo a 4cm da costura da parte superior da manga direita etiqueta convencional bordada e costurada com a sigla A.E.V.P., tipo brevê côncavo, na cor cinza, com letras pretas e bordas pretas, medindo 2, 5cm x 9cm, aplicada a 5cm abaixo da platina da manga direita, abaixo da sigla, aplicação do logotipo da SAP, nas dimensões 9 cm de largura x 5 cm altura de largura; manga esquerda: etiqueta convencional, bordada e costurada com a Bandeira do Estado de São Paulo, nas dimensões 4, 5cm de altura x 7, 0cm de largura, aplicada a 5cm abaixo da platina da manga esquerda; aplicação de reforço acolchoado em manta acrílica, na parte traseira da região dos cotovelos, em pesponto xadrez, medindo 14cm x 18cm; cintura com aplicação de reforço interno pespontado e cadarço para ajuste; bolso embutido com fechamento por zíper na manga esquerda; punhos em tecido duplo, com as pontas embutidas e pespontadas com fechamento por botão; ombros fechados com máquina de interloque e pespontados; gola com bicos de cantos vivos, com aplicação de aleta* no lado esquerdo e botão do lado direito; VI- boné: na cor preta; confeccionado em 70% poliéster e 30% algodão, tecido techno rip stop com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou – 5%); etiqueta convencional a ser aplicada no centro da parte frontal, bordada e costurada com o logotipo da SAP medindo 7, 5cm de largura x 4cm de comprimento; Bandeira do Estado de São Paulo, bordada na lateral esquerda, na cor cinza, medindo 4cm de comprimento x 3cm largura. VII- capa de chuva: impermeável; na cor preta; tipo poncho militar; confeccionada em nylon emborrachado; com capuz; VIII- cinto: na cor preta; confeccionado em nylon; face única; tipo rapel rápido com fecho metálico; IX- camiseta: modelo unissex; na cor camuflado urbano escuro; confeccionada em 65% poliéster e 35% viscose, com gramatura de 160g/m2; construção do tipo malha com fio 30/1 cardado; manga curta; gola do tipo careca; costura do tipo overlocada; gola e punhos na cor preta; X- calção: masculino; na cor preta; confeccionada em 70% poliéster e 30% algodão, tecido techno rip stop, com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou - 5%), armação tela; cós com 4cm de largura e elástico embutido em toda volta, medindo 3,5cm de largura; pesponto com 03 costuras e cadarço de 16cm de comprimento; bordas do tecido overlocadas, sem listras. XI- colete balístico: na cor preto fosco; não reflexivo; fabricado no sistema modular para transporte de cargas, com sistema para acoplagem de painel balístico; acionamento tipo pára quedas para desacoplassem de carga em situações de risco ou adentramento em ambiente hostil durante operação; fabricado em tamanhos p, m, g, e gg; regulagem ao corpo pelas laterais e pelos ombros; bolsos destacáveis de vários tamanhos, presos ao corpo principal do colete, tanto à frente, quanto à retaguarda, por sistema de acoplamento/desacoplamento rápido, com fitas e botões de rebite (pressão); mínimo de 06 bolsos destacáveis, sendo 02 bolso para carregador de CT Calibre .40; sendo 01 bolso para granada e 01 bolso para bateria de rádio; 01 bolso para porta munição calibre 12; Porta sistema incorporado de hidratação com 02 litros de capacidade; fechamento por velcro interno, de forma a acomodar melhor o painel balístico. Artigo 3º- Fica alterada a padronização dos uniformes táticos utilizados pelos operacionais que integram os Grupos de Intervenção Rápida e as Células de Intervenção Rápida, conforme especificações a seguir descritas: I- gandola: modelo masculino; na cor preta; confeccionada em 70% poliéster e 30% algodão, tecido techno rip stop, com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou - 5%), armação tela; gola tipo esporte, com pé de 4cm e ponta com 8cm cada, transpasse de 8, 5cm lado esquerdo da gola, sob o colarinho, fechamento por botão no lado direito, colarinho duplo com 5cm; 05 bolsos, sendo 02 na altura do peito, tipo envelope com fole, medindo 15cm de largura x 18cm de altura, 02 tipo fole, situados abaixo da linha da cintura, medindo 20cm de largura x 22cm de altura e 01 embutido vertical, localizado na manga esquerda a 15cm abaixo da platina, com profundidade de 12cm, fechamento por zíper de 15cm de comprimento, mangas longas com acabamento em canhão nos punhos, fechamento por dois botões de 1, 5cm de diâmetro; aplicação de etiquetas na seguinte conformidade: manga direita: logotipo da SAP medindo 5cm de altura x 9cm de comprimento, etiqueta convencional bordada e costurada com o símbolo do G.I.R., medindo 6, 5cm diâmetro, aplicada a 2cm abaixo do logotipo da SAP; manga esquerda: etiqueta convencional bordada e costurada com a Bandeira do Estado de São Paulo, nas dimensões 4, 5cm de altura x 7,

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0cm de largura, aplicada a 5cm abaixo da platina da manga esquerda; aplicação de reforço acolchoado em manta acrílica, na parte traseira da região dos cotovelos, em pesponto xadrez, medindo 18cm x 14cm; fechamento com 05 botões de massa de 1, 5cm de diâmetro, sendo o primeiro botão fixado a 8cm abaixo do colarinho e os demais de maneira equidistante; platinas com entretelas 100% poliéster, medindo 14cm de comprimento x 5cm de largura, acabamento em forma de bico, fechadas por botão; duas pregas laterais do tipo fole, partindo da linha dos ombros sentido linha da cintura/barra, com 15cm de amplitude; cordão na cintura; 02 pregas laterais tipo fole, partindo da linha dos ombros por toda a extensão das costas; II- calça: modelo masculino; na cor preta; confeccionada em 70% poliéster e 30% algodão, tecido techno rip stop, com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou - 5%), armação tela; cós postiço com 4cm de largura, fechado por botão de pressão, com 05 passantes de cinto em fita de nylon, medindo 3, 5cm de largura x 7cm de altura, ajuste lateral da cintura por 02 fivelas de metal com 3cm; fechamento da calça por zíper grosso de 18cm de comprimento, com vista embutida; 07 bolsos, sendo 02 frontais embutidos com abertura oblíqua tipo faca, forração tela, 02 traseiros chapados com lapela de 14cm de altura x 16cm de largura e prega central vertical com 3cm de largura, fechamento por velcro, 02 laterais com lapela na altura da coxa, com 20cm de altura x 22cm de largura e prega vertical de 10cm, fechamento por velcro e 01 pequeno, com 7cm de altura x 10cm de largura sobre a prega do lado direito do bolso lateral direito; reforço acolchoado em manta acrílica no joelho, medindo aproximadamente 22cm de altura x 22cm de largura; acolchoado de manta acrílica, no gancho entre pernas, na medida proporcional à numeração da calça; barra com caseado lateral, ajuste com elástico e ponteira plástica na cor preta; costura lateral com pesponto duplo; III- cobertura tipo boné headh: na cor preta; confeccionada em 70% poliéster e 30% algodão, tecido techno rip stop, com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou – 5%); IV- cinto: na cor preta; confeccionado em nylon; face única; tipo rapel rápido com fecho metálico; V- cinturão: modelo tático unissex; na cor preta; confeccionado em correia de fita em polipropileno, com 0, 2cm de espessura, no mínimo, 5cm de largura; forrado com velcro fêmea de 5cm na cor preta e nas pontas velcro macho de 5cm na cor preta; regulagem por velcro; fechado por 01 fivela de plástico rígido/fecho engate/desengate rápido em nylon de 02 peças separadas, com 5cm; 02 passadores em nylon com 5cm de largura, no mínimo; porta algemas em formato de bolsa, confeccionado em correia de fita em polipropileno com espessura mínima de 0, 2cm; porta tonfa, confeccionado em correia de fita em polipropileno na cor preta, com espessura mínina de 0, 2cm; VI- camiseta: modelo unissex; na cor preta; confeccionada em 65% poliéster e 35% viscose, com gramatura de 160g/m2; construção do tipo malha com fio 30/1 cardado; manga curta; gola do tipo careca; costura do tipo overlocada; gola e punhos na cor preta; aplicação de silkscreen emborrachado térmico, na seguinte conformidade: manga esquerda: Bandeira do Estado de São Paulo, nas dimensões 4, 5cm de altura x 7cm de largura, a ser colocada a 5cm abaixo da linha do ombro; manga direita: aplicar o logotipo da SAP medindo 9cm de comprimento x 5cm de largura; na parte da frente, na altura do peito do lado esquerdo, medindo 8, 5cm de largura x 4, 5cm de comprimento, a sigla G.I.R., em letra formato arial negrito de 2cm, a ser distribuída pela área da aplicação; VII- calção: masculino; na cor preta; confeccionada em 70% poliéster e 30% algodão, tecido techno rip stop, com gramatura de 220g/m2 (tolerância de + ou - 5%), armação tela; cós com 4cm de largura e elástico embutido em toda volta, medindo 3,5cm de largura; pesponto com 03 costuras e cadarço de 16cm de comprimento; bordas do tecido overlocadas, sem listras. VIII- bota: modelo masculino; com cabedal em couro semicromo; hidrofugado; sem marcas; isenta de cortes ou furos; espessura mínima de 0, 2cm; na cor preta; fechada através de cadarço fibra de nylon; 4 pares de ilhoses, diâmetro externo de 0,9cm de alumínio e 6 pares de ilhoses com passador preto; cano médio mínimo de 20cm de altura; borda superior acolchoada em espuma látex de 1cm revestida de couro tipo napa; cano em nylon cordura, 1000 denier; preto; resinado; todo almofadado e forrado com malharia urdume; solado em borracha látex legitima forma unisola, na espessura: planta 1, 0cm; salto 2,5cm; antiderrapante 6, 5cm; solado fixado pelo sistema blak; palmilha de montagem em couro, espessura mínima de 0, 4cm depois de calibrada, reforçada com papelão; palmilha higiênica em EVA de 0, 5cm de espessura, com uma camada de gel na região calcânea; biqueira em resina termoplástica, com adesivo termorreativável, reforçado em um dos lados; alma em plaqueta de aço com 10cm de comprimento x 1cm de largura x 0, 2cm de espessura, com tratamento antiferrugem: com cabedal em couro semi-cromo, hidrofugado, sem marcas, isenta de cortes ou furos com espessura mínima de 0,2cm; na cor preta; modelo masculino (tático); fechado através de cadarço fibra de nylon, 4 pares ilhós diâmetro externo 0, 9cm de alumínio 6 pares ilhós passador preto; com cano médio mínimo 20cm de altura, borda superior acolchoada em espuma látex de 1cm revestida de couro tipo napa; cano em nylon cordura, 1000 denier, preto, resinado, todo

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almofadado e forrado com malharia urdume; solado em borracha látex legitima forma unisola, espessura: planta 1, 0cm, salto 2, 5cm antiderrapante 6, 5cm; solado fixado pelo sistema “blak”; palmilha de montagem em couro, espessura mínima de 0, 4cm depois de calibrada, reforçada com papelão; palmilha higiênica em EVA de 0, 5cm de espessura, com uma camada de gel na região calcânea; biqueira em resina termoplástica, com adesivo termorreativavel, reforçado em um dos lados; alma em plaqueta de aço com 10cm comprimento x 1cm largura x 0, 2cm espessura, com tratamento antiferrugem: IX- capa de chuva: na cor preta; impermeável; confeccionada em nylon emborrachado; tipo poncho militar; com capuz; X- colete balístico: na cor preto fosco; não reflexivo; fabricado no sistema modular para transporte de cargas, com sistema para acoplagem de painel balístico; acionamento tipo pára quedas para desacoplassem de carga em situações de risco ou adentramento em ambiente hostil durante operação; fabricado em tamanhos p, m, g, e gg; regulagem ao corpo pelas laterais e pelos ombros; bolsos destacáveis de vários tamanhos, presos ao corpo principal do colete, tanto à frente, quanto à retaguarda, por sistema de acoplamento/desacoplamento rápido, com fitas e botões de rebite (pressão); mínimo de 06 bolsos destacáveis, sendo 01 bolso para granada e 01 bolso para rádio; 01 bolso para porta munição calibre 12 não letal; Porta sistema incorporado de hidratação com 02 litros de capacidade; fechamento por velcro interno, de forma a acomodar melhor o painel balístico. Artigo 4º- O Departamento de Inteligência e Segurança Penitenciária disponibilizará todas as especificações técnicas dos coletes táticos, incluindo, características e especificações do tecido, do material e da fabricação. Artigo 5º- Para a aquisição dos uniformes táticos, em especial, as gandolas e as calças dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária e dos integrantes dos Grupos e das Células de Intervenção Rápida, deverá ser dado preferência à Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” - FUNAP Artigo 6º- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições anteriores. Decreto Nº 50.963, de 17 de Julho de 2006 Regulamenta o artigo 10 da Lei Complementar nº 898, de 13 de julho de 2001, com nova redação dada pela Lei Complementar nº 976, de 6 de outubro de 2005, e dá providências correlatas CLÁUDIO LEMBO, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Decreta: Artigo 1º - As funções de direção e chefia caracterizadas como atividades específicas dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária, do Quadro da Secretaria da Administração Penitenciária, de que trata o § 1º, do artigo 10 da Lei Complementar nº 898, de 13 de julho de 2001, com nova redação dada pelo inciso IV, do artigo 1º da Lei Complementar nº 976, de 6 de outubro de 2005, deverão recair em servidores que: I - sejam integrantes da classe de Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária II a VI; II - tenham comprovado sua freqüência e aproveitamento no curso de capacitação na área de segurança externa, a ser ministrado pela Escola de Administração Penitenciária. Parágrafo único - Para as funções de Diretor de Serviço e Diretor de Divisão exigir-se-ão, no mínimo, 3 (três) anos de experiência comprovada, na área de segurança externa. Artigo 2º - O curso de capacitação, a que se refere o inciso II do artigo anterior, terá caráter seletivo. Parágrafo único - O Secretário da Administração Penitenciária fica incumbido, mediante resolução, da definição da carga horária, do conteúdo das disciplinas e da estrutura do curso, que poderão ser alterados se houver motivos que justifiquem. Artigo 3º - Os Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária serão submetidos à prova de avaliação de conhecimento em cada uma das disciplinas que fizerem parte do curso que serão avaliadas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) inteiros. Artigo 4º - Serão fornecidos certificados de aproveitamento, emitidos pela Escola de Administração Penitenciária, aos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária que obtiverem média igual ou superior a 5,0 (cinco) inteiros e registrarem 100% (cem por cento) de freqüência. Artigo 5º - A Escola de Administração Penitenciária fará publicar no Diário Oficial do Estado comunicado de abertura de inscrições, bem como as instruções especiais que regerão o processo seletivo destinado aos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária, candidatos aos cursos de capacitação de que trata o inciso II, do artigo 1º deste decreto. Parágrafo único - Inicialmente serão convocados os servidores que respondem pelos expedientes das Diretorias e Chefias, bem como seus respectivos substitutos, até a data da publicação deste decreto. Artigo 6º - Os Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária que se encontram nas condições de que

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trata o artigo 1º deste decreto e que foram aprovados nos cursos de capacitação, ministrados nos anos de 2004 e/ou 2005 ficarão dispensados do curso de que trata este decreto. Artigo 7º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Palácio dos Bandeirantes, 17 de julho de 2006 CLÁUDIO LEMBO Antonio Ferreira Pinto Secretário da Administração Penitenciária Rubens Lara Secretário-Chefe da Casa Civil Publicado na Casa Civil, aos 17 de julho de 2006. Resolução SAP - 8, de 26-1-2004

Dispõe sobre a constituição da Comissão de Avaliação de Desempenho do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária - CAD - AEVP, nas Unidades Prisionais da Secretaria da Administração Penitenciária, e dá providências correlatas O Secretário Da Administração Penitenciária, considerando as disposições do artigo 6º da Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998, do § 6º do artigo 6º da Lei Complementar nº 898, de 13 de julho de 2001, e visando disciplinar e padronizar procedimentos destinados a aferir o desempenho do AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA, no decorrer do estágio probatório resolve: Artigo 1º - Determinar que seja constituída, nas unidades prisionais desta Secretaria, COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO - CAD/AEVP, incumbida de mediante avaliações periódicas, verificar o preenchimento dos requisitos dispostos nos incisos I a V do artigo 6º da Lei Complementar nº 898/2001, do AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA, durante o período de estágio probatório, que compreende o período de 1095 (um mil e noventa e cinco) dias de efetivo exercício. Artigo 2º - A CAD/AEVP será constituída por Portaria interna do Diretor da Unidade Prisional e deverá ser integrada por funcionários/servidores nomeados em comissão ou designados para exercerem funções de direção, chefia ou encarregatura das unidades administrativas, abaixo especificadas, sob a coordenação do primeiro: I-CENTRO/NUCLEO ADMINISTRATIVO; II-NÚCLEO DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA; III-EQUIPE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA; IV-NÚCLEO DE PESSOAL; V-CENTRO/NÚCLEO DE SEGURANÇA E DISCIPLINA. Artigo 3º - Nos Centros de Ressocialização a CAD/AEVP será composta nos termos do disposto no artigo anterior, excluindo-se os incisos II e IV. Artigo 4º - Para a avaliação dos funcionários designados nos Núcleos e Equipes de Escolta e Vigilância, o Diretor da unidade deverá substituí-los na CAD/AEVP pelos responsáveis dos Centros/Núcleos de Qualificação Profissional e Produção ou das Equipes de Segurança e Disciplina, no caso dos Centros de Ressocialização. § 1º - Deverão, da mesma forma, ser substituídos os membros que tenham parentesco consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclusive, cônjuge, companheiro ou qualquer integrante do núcleo familiar do avaliando, bem assim o subordinado deste. § 2º - O coordenador da CAD/AEVP ou o funcionário designado deverá comunicar, desde logo, aos demais membros, o impedimento que houver. § 3º -Na hipótese de afastamento temporário de qualquer um dos membros da comissão, assumirá suas atribuições, o substituto legal, devendo ser declarado pelo coordenador no Relatório Parcial - Anexo III, o motivo do impedimento, o período e a fundamentação legal. Artigo 5º - A Unidade Prisional de classificação do funcionário deverá autuar processo único e individual, por ocasião do exercício no cargo de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, juntando a Ficha Funcional (Anexo I), cópia da publicação da lista de aprovados e, oportunamente, o Certificado do Curso de Formação Técnico-Profissional. Artigo 6º - Trimestralmente deverão ser juntados aos autos a Ficha de Freqüência (Anexo II) e o Relatório Parcial da CAD/AEVP (Anexo III).

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Parágrafo único - Compete a CAD/AEVP, no prazo máximo de 03 dias, cientificar o funcionário de sua avaliação parcial, sugerindo, quando for o caso, ações que visem o aperfeiçoamento de seu desempenho. Artigo 7º - O preenchimento do requisito disposto no inciso III do artigo 6º da LC 898/2001, será comprovado através de avaliação realizada por profissionais devidamente habilitados, e atestado após a verificação anual das condições de adequação física e mental para o exercício do cargo, conforme procedimentos regulamentares a serem definidos pela Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário. Parágrafo único - A CAD/AEVP deverá providenciar para que o funcionário seja avaliado, anualmente, nos termos do disposto no “caput’ desse artigo, cientificando-o do parecer e juntando a documentação ao processo de avaliação de desempenho. Artigo 8º - Verificado o preenchimento dos requisitos dispostos no artigo 6º da LC 898/2001, e cumprido o período de estágio probatório, o funcionário será enquadrado no nível de vencimentos II, devendo, para tanto, ser juntado aos autos, o Relatório Final e Conclusivo da CAD (Anexo IV) e a manifestação do Diretor da Unidade Prisional (Anexo V), encaminhando o processo à Coordenadoria. Parágrafo único - O Centro de Pessoal da respectiva Coordenadoria de Unidades Prisionais juntará aos autos a Informação (Anexo VI) e a manifestação do Coordenador (Anexo VII), e encaminhará os que contenham parecer favorável ao Departamento de Recursos Humanos. Artigo 9º - O Diretor do Centro de Mobilidade Funcional do Departamento de Recursos Humanos, deverá proceder à análise do processo, adotando de imediato as providências necessárias para o enquadramento do funcionário. Artigo 10 - O Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, que não obtiver aprovação e/ou freqüência no Curso de Formação Técnico-Profissional será exonerado, por ato do Secretário da Administração Penitenciária, pelo não preenchimento do requisito disposto no inciso I do Artigo 6º da LC 898/2001. Artigo 11 - A Escola de Administração Penitenciária deverá publicar no prazo de 03 dias do término do curso, listagem dos funcionários que não obtiveram aprovação e/ou freqüência no Curso de Formação Técnico-Profissional, abrindo-se o prazo de 03 (três) dias, a partir da publicação desse resultado, para apresentação de recurso. §1º - Caberá recurso, por uma única vez, dirigido ao Diretor da Escola de Administração Penitenciária, que deverá no prazo de 15 (quinze) dias, a partir da data que protocolizar a petição, para motivadamente manter sua decisão ou reforma-la, cientificando o interessado através de publicação. §2º - Mantida a decisão, o Diretor da Escola de Administração Penitenciária providenciará no prazo de 02 (dois) dias contados da publicação, o encaminhamento do Processo EAP, devidamente instruído e concluído, ao Departamento de Recursos Humanos. §3º - A CAD/AEVP, ciente do não aproveitamento no Curso de Formação Técnico-Profissional, deverá encaminhar no mesmo prazo estipulado no §2º, o Processo de Avaliação de Desempenho, devidamente atualizado com as publicações da EAP, ao Departamento de Recursos Humanos. §4º - O Diretor do Centro de Mobilidade Funcional do Departamento de Recursos Humanos providenciará a análise e o apensamento dos autos, encaminhando-os, no prazo de 02 (dois) dias, através da Chefia de Gabinete, para análise da Consultoria Jurídica da Pasta. §5º - Instruído com o parecer da Consultoria Jurídica, o processo contendo proposta de exoneração será encaminhado à apreciação do Titular da Pasta. Artigo 12 - Durante o período de estágio probatório, será exonerado, a qualquer tempo, o Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária que não preencher quaisquer dos requisitos estabelecidos respectivamente nos incisos II a V do artigo 6º da Lei Complementar nº 898/2001. §1º - Na hipótese de proposta de exoneração, nos termos do “caput”, deverão ser juntados aos autos o Relatório Final da CAD/AEVP (Anexo IV) e a manifestação do Diretor da Unidade Prisional (Anexo V), ambos com parecer conclusivo e devidamente cientificado pelo avaliando. §2º - O Processo de Avaliação de Desempenho, contendo proposta de exoneração, deverá ser encaminhado de imediato e, no máximo, em 120 (cento e vinte) dias anteriores ao término do estágio, à respectiva Coordenadoria de Unidades Prisionais. §3º - O Centro de Pessoal da respectiva Coordenadoria de Unidades prisionais, no prazo máximo de 02 (dois) dias do recebimento do processo, providenciará a juntada da Informação (Anexo VI) e da manifestação do Coordenador (Anexo VI) e, e encaminhará os autos à Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário. Artigo 13 - O Corregedor Administrativo do Sistema Penitenciário designará Corregedor Auxiliar que se incumbirá de intimar o funcionário, entregando-lhe cópias do Parecer Final da CAD/AEVP, das

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manifestações do Diretor e do Coordenador, e designar dia e hora para o interrogatório, assegurando-lhe os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, observando, no que couber, o disposto na Lei nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998. § 1º - A intimação do funcionário será feita pessoalmente, no mínimo 06 (seis) dias antes do interrogatório, por intermédio do respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde possa ser encontrado. § 2º - Da intimação deverá constar que o funcionário será defendido por advogado dativo, caso não constitua advogado próprio. § 3º - Após o interrogatório, abrir-se-á prazo de 07 (sete) dias, para a apresentação de defesa prévia, indicação do rol de testemunhas e juntada de documentos, sob a pena de preclusão. § 4º - O Corregedor Auxiliar designado indeferirá produção de provas manifestamente protelatórias ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos, fundamentando a decisão. § 5º - Encerrada a instrução, abrir-se-á vista dos autos à defesa para apresentação de alegações finais no prazo de 07 (sete) dias, contados do recebimento da devida intimação. § 6º - O Corregedor Auxiliar designado manifestar-se-á conclusivamente nos autos, no prazo de 20 (vinte) dias, submetendo-o à apreciação do Corregedor Administrativo do Sistema Penitenciário. § 7º - Havendo proposta de exoneração do funcionário, a Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário - CASP providenciará o encaminhamento dos autos, no prazo de 02 (dois) dias, à Consultoria Jurídica da Pasta, por meio da Chefia de Gabinete. § 8º - Após tramitar pela Consultoria Jurídica e havendo parecer favorável à exoneração, nos termos do § 4º do artigo 6º da LC nº 898/2001, o processo será elevado à apreciação do Titular da Pasta, com proposta de encaminhamento à consideração do Excelentíssimo Governador do Estado. Artigo 14 - Terá tramitação em caráter preferencial, o processo que contiver proposta de exoneração do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, visando o cumprimento dos prazos de maneira a possibilitar que o ato exoneratório possa ser expedido e publicado antes de concluído o período de estágio probatório. Artigo 15 - A Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário e a Consultoria Jurídica encaminharão ao Departamento de Recursos Humanos, através da Chefia de Gabinete, os processos cujos pareceres sejam desfavoráveis à exoneração do funcionário. Artigo 16 - Havendo qualquer ocorrência ou alteração funcional, após o encaminhamento do processo de avaliação, o Diretor da Unidade Prisional deverá comunicar por ofício e de imediato ao Departamento de Recursos Humanos e a Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário. Artigo 17 - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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